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RESUMO
Este estudo tem como proposta investigar a recepção infantil de vídeos do Youtube.
Pretende-se compreender de que maneira essas narrativas alcançam o processo de
construção de identidade das crianças, como elas são estimuladas a assistir a
determinados vídeos, por que o fazem e que tipo de conteúdo tem sido veiculado
nessa plataforma. Embasada nas metodologias científicas pesquisa bibliográfica,
análise fílmica e grupo focal, esta pesquisa espera comprovar o grande alcance
psíquico das narrativas audiovisuais nas crianças e entender o porquê de tamanho
interesse nesse tipo de conteúdo.
1 INTRODUÇÃO
1
Trabalho apresentado no GT 2 – Caiu na rede, ainda é cinema? do 4o CAPPA realizado nos dias 15 e 16 de maio
de 2017.
2
Estudante
de
Graduação
6º.
semestre
do
Comunicação
Social
–
Publicidade
e
Propaganda
da
UFG,
email:
anajucarrijo@gmail.com
3
Orientadora do trabalho. Docente do curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda da UFG, email:
satlerlara@gmail.com
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O espaço de análise é parte da recepção de vídeos publicados plataforma
Youtube, cujos produtores são os chamados Youtubers. Este estudo propõe-se a
realizar uma oficina para um grupo de crianças com idade de 7 a 13 anos ensinando-
as a produzir, elas mesmas, vídeos no modelo que se vê atualmente na referida
plataforma. Haverá momentos para uma conversa informal com as crianças, visando
investigar a quais canais elas assistem, em qual meio, qual o Youtuber favorito de
cada uma e porquê. E haverá, também, espaços formativos com dicas para a produção
dos vídeos. Para a análise desse material, a pesquisa recortará os dados coletados em
busca de a) compreender que tipo de relação crianças e Youtubers constroem uns com
os outros; b) quais conteúdos mais atraem as crianças recrutadas; c) de que maneira
esses conteúdos são veiculados (linguagem verbal e audiovisual).
2 QUESTÃO PROBLEMA
3 OBJETIVO
• Objetivo geral:
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o Compreender qual a contribuição dessas narrativas no
processo de construção de identidade de sua audiência
infantil;
o Realizar revisão bibliográfica sobre processos de formação
de identidade, narrativas audiovisuais contemporâneas e
teoria da recepção.
4 JUSTIFICATIVA
5 METODOLOGIA
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realizar uma oficina e, entre um momento e outro, propiciar conversas sobre os vídeos
assistidos e produzidos. A partir do feedback das crianças, mesmo que não
verbalizado, a pesquisa conseguirá respostas. O grupo focal será utilizado, então,
como uma via de mão dupla: por meio da discussão que surgirá entre as crianças,
observar de que modo elas percebem o discurso dos Youtubers e qual a repercussão
das opiniões individuais no grupo, e, em contrapartida oferecer a elas um espaço
formativo.
A análise fílmica (VANOYE, 2008) é válida para esta pesquisa para fazer um
contraponto entre a visão da pesquisadora e a visão das crianças do grupo. Essa
metodologia guiará o entendimento da proposta narrativa dos vídeos, sua linguagem e
conteúdo, para que, depois, seja possível contrapor as diferentes maneiras de análise e
recepção deles. A análise será sobre duas fontes: alguns vídeos que essas crianças
disserem que assistem e também sobre os vídeos que elas mesmas produzirem. Assim
será possível comparar os materiais e perceber os processos de identificação ali
presentes.
A pesquisa bibliográfica (STUMPF, 2010) será usada como uma maneira de
guiar a observação do objeto por meio de um contexto construído por pesquisas
anteriores, ou seja, embasado nas teorias. “As teorias são como prismas através dos
quais o observador olha e procura enxergar, reconhecer e interpretar o mundo”
(BARROS; JUNQUEIRA, 2008, p. 33). Elas são fundamentais para que este estudo
se insira no âmbito científico. Para associar aquilo que se vê na prática ao pensamento
crítico é fundamental ser guiado por pesquisadores que já analisaram o tema.
6 DISCUSSÃO TEÓRICA
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deste estudo. A partir daí faz-se necessário buscar contribuições que as pesquisas em
Comunicação, em especial as teorias da recepção – Nilda Jacks (2015), Jesús Martín-
Barbero (1997) –, podem oferecer. Assim como as narrativas em questão, seu público
infantil é crescente e novo. Público esse que também é sujeito produtor de sentido.
Quais são suas referências culturais, sociais e psicológicas? O que essas pessoas estão
buscando no Youtube? O que elas pensam estar encontrando? É mais que devido
compreender quem é esse novo público e a maneira pela qual ele recebe essa nova
linguagem. Para ir além, este estudo se propõe a fundamentar-se, também, em
Sigmund Freud (2011). O objetivo é aprofundar esta pesquisa indo em busca de uma
aplicação da tese do referido autor, segundo a qual a construção subjetiva do
indivíduo é fundada a partir de sua relação com o outro. Aqui, estão incluídas noções
de identificação, desejo e desenvolvimento infantil. O “outro” em questão são as
figuras chamadas Youtubers e o grupo de pessoas envolvidas nos canais – o público
interativo, por exemplo. Para as crianças, quem são eles? Eles se apresentam como
modelos a serem seguidos? Ou esse público os enxerga assim?
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FREUD, Sigmund. Psicologia das massas e análise do eu e outros textos. 1ª edição.
São Paulo: Companhia das letras, 2011.
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