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PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo


13ª Câmara de Direito Criminal

Registro: 2019.0000047490

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº


0002996-25.2016.8.26.0126, da Comarca de Caraguatatuba, em que é apelante ALEX
SANDER CANDOR DE PAULA, é apelado MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO
DE SÃO PAULO.

ACORDAM, em 13ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça


de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Deram provimento parcial ao recurso, nos
termos que constarão do acórdão. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que
integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores


AUGUSTO DE SIQUEIRA (Presidente sem voto), FRANÇA CARVALHO E
CARDOSO PERPÉTUO.

São Paulo, 31 de janeiro de 2019

DE PAULA SANTOS
RELATOR
Assinatura Eletrônica
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
13ª Câmara de Direito Criminal

VOTO nº 17.913
APELAÇÃO nº 0002996-25.2016.8.26.0126
Comarca: Caraguatatuba Vara Criminal
Apelante: Alex Sander Candor de Paula
Apelado: Ministério Público do Estado de São Paulo

APELAÇÃO Posse ilegal de munição de uso permitido


Prescrição não verificada Materialidade e autoria
comprovadas Firmeza do conjunto probatório
Condenação que deveras se impunha Ato típico,
penalmente punível Ausência da respectiva arma apta que
não retira a tipicidade da conduta Precedentes Hipótese
que se amolda ao artigo 14 da Lei nº 10.826/03 –
Condenação e penas mantidas Reconhecimento das
atenuantes da confissão espontânea e da menoridade, sem,
porém, alteração da sanção, por conta do enunciado na
Súmula nº 231 do C. STJ Parcial provimento ao recurso,
tão somente neste aspecto, mas sem reflexo na pena final.

Cuida-se de apelação interposta por ALEX


SANDER CANDOR DE PAULA contra a sentença de fls. 141/145, cujo
relatório se adota, que o condenou, como incurso no art. 14, caput, da Lei
nº 10.826/03, a 02 (dois) anos de reclusão, em regime inicial aberto, e 10
(dez) dias-multa, no valor unitário mínimo. A sanção privativa de liberdade
foi substituída “por duas restritivas de direitos, consistente em prestação
de serviços à comunidade e prestação pecuniária no valor de um salário
mínimo, devendo ser depositado na conta judicial do Banco do Brasil,
agência 6774-1 Conta Judicial 0100118019802” (fls. 145).

Inconformado, apela o réu (fls. 156/163). Nas


razões recursais, pugna por sua absolvição, pois a arma era inapta à
realização de disparos. Alega que, por isto, a conduta é atípica e que não
está comprovada a materialidade do delito. Afirma, outrossim, que “além

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de ser atípica a conduta de portar arma de fogo ineficaz, também é atípica


a conduta de portar arma de fogo sem munições ou com munições
ineficazes ou que não passaram por perícia que atestasse sua eficácia”.
Pleiteia a absolvição, nos termos do art. 386, III, do Código de Processo
Penal. Subsidiariamente, requer o reconhecimento das atenuantes da
confissão espontânea e da menoridade relativa, com a redução da pena
aquém do mínimo legal.

Foram apresentadas contrarrazões (fls. 167/174).

A douta Procuradoria Geral de Justiça opinou


pelo não provimento do recurso defensivo (fls. 215/219).

É o relatório.

A solução condenatória merece ser mantida.

Ficam, com efeito, aqui expressamente adotados


como razões de decidir os pertinentes fundamentos enunciados na sentença
quanto à materialidade e à autoria.

Nesse rimo, acertado o entendimento do Juízo no


tocante ao porte irregular de munições para arma de fogo de uso permitido,
cumprindo transcrever e encampar o trecho que segue:
“A materialidade do delito está comprovada auto de prisão em
flagrante, por meio do boletim de ocorrência, auto de exibição e apreensão,
laudo pericial (fl.91/104) e demais peças dos autos. A autoria resta comprovada
pelo conjunto probatório. As testemunhas Sérgio Costa e Fábio Alexandre
Alves, policiais civis declararam que em cumprimento de mandado de prisão
expedido em desfavor de Alex, dirigiram-se até a residência de seu pai, onde ao
chegarem e depararam-se com o mesmo em frente à residência. Que ao se
identificarem como policiais civis, o mesmo empregou fuga para o interior da

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residência, desvencilhando de uma arma niquelada ao solo. Conseguiram


abordar Alex, quando este já se encontrava em cima do muro. A arma
desvencilhada foi localizada, tratando-se de um revolver niquelado, calibre 22.
Indagado, Alex não contou onde adquiriu a arma. Em Juízo, a testemunha
Sérgio confirmou a versão apresentada na fase policial. Ressalte-se, por
oportuno, que os policiais não estão impedidos de depor pela legislação
processual pátria e o fato de serem servidores comprometidos com a aplicação
da lei, repressão e combate ao crime, não retira a força de suas palavras. Pelo
contrário, suas palavras têm pleno crédito até que prova manifesta em contrário
exclua a presunção. [...] Em seu interrogatório, o réu Alex Sander Candor de
Paula, confessou ser o proprietário da arma e munições. Mas, negou que a
arma e as munições poderiam fazer disparos. Dessa forma, analisando conjunto
probatório, não há dúvidas de que o réu possuía e transportava a arma de fogo
e munições aptas, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar. Corrobora a tese acusatória o laudo pericial de fls. 85/86, onde
se concluiu que os cartuchos encontrados são aptos para a realização de
disparos. É certo que a arma de fogo e as munições apreendidas, eram de
propriedade do acusado. Sobre este tema, recentemente o TJSP decidiu que:
'Porte ilegal de munição de arma de fogo de uso permitido Absolvição por
atipicidade da conduta Impossibilidade Reconhecimento da atenuante prevista
no artigo 65, inciso III, 'd', do Código Penal Inadmissibilidade Recurso
improvido'. Extrai-se o do acordão que: 'Chega a ser pueril, data venia, a
crença de que a posse de arma desmuniciada, ou apenas de munições, traduza a
ausência absoluta de ânimo de utilização desses artefatos e, por extensão, a
ausência de ofensividade ao bem jurídico 'segurança coletiva'. Fosse assim, até
mesmo o infrator dotado do menor grau de inteligência perceberia que a
impunidade quanto à posse/propriedade de armas e munições poderia
facilmente ser alcançada mediante a separação da arma e das munições, até
mesmo mediante solicitação a um vizinho que guardasse uma ou outras e as
devolvessem sempre que houvesse solicitação para pronto uso' (Apelação nº
0000615-17.2013.8.26.0169. Des. OTAVIO ROCHA. São Paulo, 31 de janeiro

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de 2018). Seguindo este entendimento, afasto as teses da defesa quanto a


atipicidade. Portanto, diante das provas produzidas sob o crivo do
contraditório, indiscutível a responsabilidade penal do réu, ante a não
aplicação de causas de exclusão da tipicidade ou da culpabilidade, sendo de
rigor a procedência do pedido” (fls. 142/144).

Merece ser preservado, deveras, o concluído na


decisão apelada.

O apelante, em seu interrogatório judicial,


admitiu a propriedade da arma de fogo e das munições, mas alegou que
com elas não poderia realizar disparos.

Em juízo, as testemunhas Sérgio Costa e Fábio


Alexandre Alves, policiais civis, foram uníssonas e categóricas no relato da
abordagem e das circunstâncias em que apreendidas a arma e as munições
e surpreendido o acusado, demonstrando a efetiva responsabilidade deste.
Confirmaram que foram até a residência dele, para darem cumprimento a
mandado de busca e apreensão, e visualizaram o réu, que, ao perceber a
presença policial, empreendeu fuga, livrando-se da arma e munições
apreendidas.

Cumpre ressaltar que os depoimentos dos


policiais devem, sim, ser levados em consideração, mesmo porque o
acusado não comprovou que estes pudessem ter qualquer interesse em
prejudicá-lo. Nada há, enfim, que enfraqueça o valor probatório das
detalhadas declarações das referidas testemunhas.

E não existe impedimento algum para que os


depoimentos de policiais que atuaram na ocorrência sejam utilizados na

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fundamentação da decisão condenatória, conforme já decidido pelo C. STJ:


“Os policiais não se encontram legalmente impedidos de depor sobre atos
de ofício nos processos de cuja fase investigatória tenham participado, no
exercício de suas funções, revestindo-se tais depoimentos de inquestionável
eficácia probatória, sobretudo quando prestados em juízo, sob a garantia
do contraditório. Precedentes desta Corte e do Supremo Tribunal
Federal” (STJ, Habeas Corpus nº 149540/SP, rel. Min. Laurita Vaz, DJe
04.05.2011).

Com efeito, os milicianos confirmaram que os


cartuchos e a arma de fogo foram encontrados após o apelante os
dispensar. E, na sua presença, conforme relatado, o réu assumiu a
propriedade das munições e da arma (embora esta última, especificamente,
tenha sido considerada, como se verá, inapta para disparar, algo que não
ocorreu, todavia, no tocante aos citados cartuchos). Em juízo, não foi
diferente a postura do acusado, pois ele próprio corroborou que assim foi.

Note-se, pois, que a prova produzida nos autos


não deixa dúvida alguma sobre a prática do crime pelo acusado.

Portanto, não há que se falar em insuficiência


probatória neste coerente e harmônico conjunto, rejeitando-se, assim, as
ponderações do apelante em contrário do ora exposto. Note-se que a prova
produzida nos autos não deixa dúvida alguma e, pois, não há que se falar
no princípio in dubio pro reo.

Dispõe o art. 14, caput, da Lei nº 10.826 que é


crime: “portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,

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transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter,


empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar”.

É insofismável que o recorrente portava, e


mantinha sob sua guarda seis munições de calibre nominal .22, tendo sido
constatado, diferentemente do alegado pela defesa, que “quando testadas
nessa equipe, com uma arma em boas condições, as munições se
mostraram aptas para disparos” (fls. 85/86). E isto já basta para que seja
condenado.

Embora o revólver que tinha consigo, do mesmo


calibre, não estivesse apto a realizar disparos, “pois seus mecanismos se
encontram danificados”, conforme constou do respectivo laudo, a fls. 67, o
fato é que as munições apresentavam pleno potencial de utilização e
detonação.

Inviável, pois, a absolvição, já que a atitude do


réu se coaduna, perfeitamente, com a figura delitiva prevista no art. 14,
caput, da Lei nº 10.826/03.

Ressalte-se, outrossim, que o delito em tela se


consuma com a simples caracterização de uma das condutas descritas no
tipo, ou seja, é crime de mera conduta e de perigo abstrato, punindo-se
independentemente da intenção do agente.

Deveras, consta do laudo pericial reitere-se


que as munições, “quando testadas nessa equipe, com uma arma em boas

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condições, as munições se mostraram aptas para disparos” (fls. 85/86).

Não prospera, a alegação de que a conduta seria


atípica em razão de não estarem as munições acompanhadas de arma apta à
realização de disparos. Como já destacado, o delito previsto no artigo 14,
caput, da Lei nº 10.826/03 é de perigo abstrato. E o potencial lesivo da
infração é evidente, pois, a qualquer momento, os cartuchos poderiam ser
efetivamente usados.

A conduta praticada pelo réu, de portar as


munições apreendidas por ocasião do flagrante, basta, à luz da lei, para
configurar o crime em tela, segundo explicitado no referido dispositivo
legal, não sendo relevante a circunstância da arma de fogo encontrada em
seu poder não se mostrar eficaz.

Por isso mesmo, na denúncia constou


expressamente da descrição fática que a conduta imputada ao réu é a de
porte ilegal de munições, capitulada no art. 14, caput, da Lei nº
10.826/2003, abstraindo-se a arma ante a constatação da inaptidão desta
(com efeito, o representante o Ministério Público deixou claro, na
oportunidade: “A arma desvencilhada pelo acusado foi localizada,
apreendida e submetida a perícia, ocasião em que foi constada que a
mesma não poderia ter sido utilizada de forma eficaz na realização de
disparos (fls. 33). Contudo, as munições que a acompanhavam também
foram submetidas à perícia, que atestou que as mesmas se mostraram
aptas para disparos (fls.48)”.

No rumo do acima exposto, mutatis mutandis,


cumpre trazer à colação os seguintes julgados do C. Superior Tribunal de

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Justiça:

“CONSTITUCIONAL E PENAL. HABEAS CORPUS


SUBSTITUTIVO DE RECURSO. ART. 12 DA LEI N. 10.826/2003. POSSE
ILEGAL DE MUNIÇÃO. ABSOLVIÇÃO. EXCEPCIONALIDADE NA VIA
ELEITA. CRIME DE PERIGO ABSTRATO. ATIPICIDADE DA CONDUTA
NÃO EVIDENCIADA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.
INAPLICABILIDADE. WRIT NÃO CONHECIDO. [...] 3. A conclusão do
Colegiado a quo se coaduna com a jurisprudência deste Superior Tribunal de
Justiça, no sentido de que o crime previsto no art. 12 da Lei n. 10.826/2003
é de perigo abstrato, sendo desnecessário perquirir sobre a lesividade
concreta da conduta, porquanto o objeto jurídico tutelado não é a incolumidade
física, e sim a segurança pública e a paz social, colocadas em risco com a posse
de munição, ainda que desacompanhada de arma de fogo, revelando-se
despicienda a comprovação do potencial ofensivo do artefato através de laudo
pericial. Precedentes. 4. Nos termos da jurisprudência desta Corte, o
princípio da insignificância não é aplicável aos crimes de posse e de porte
de arma de fogo, por se tratarem de crimes de perigo abstrato, sendo
irrelevante inquirir a quantidade de munição apreendida. Precedente. 5.
Habeas corpus não conhecido” (HC 338.153/RS, Rel. Ministro Ribeiro Dantas,
Quinta Turma, julgado em 03/05/2016). Grifei.

“PENAL. RECURSO ESPECIAL. POSSE ILEGAL DE


MUNIÇÕES DE USO PERMITIDO. CONDUTA TÍPICA. [...] 1. A posse
ilegal de duas cartelas de munições calibre .32, desacompanhadas da
respectiva arma de fogo, configura o tipo penal descrito no art. 12, caput,
da Lei n. 10.826/2003, crime de perigo abstrato que presume a ocorrência
de dano à segurança pública e prescinde de resultado naturalístico à
incolumidade física de outrem [...]” (REsp 1484853/GO, Rel. Ministro Rogerio
Schietti Cruz, Sexta Turma, julgado em 12/04/2016). Grifei.

A condenação, portanto, era mesmo de rigor, sem

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a configuração das escusas levantadas.

Quanto à dosimetria, observe-se que a sentença


recorrida, considerando que o réu não possui antecedentes criminais,
condenou-o à pena mínima prevista para o crime tipificado no artigo 14 da
Lei nº 10.826/03 (02 anos de reclusão e 10 dias-multa, no valor unitário
mínimo).

Apenas anote-se que, na segunda etapa, o douto


magistrado deixou de considerar a atenuante de confissão espontânea e a
menoridade relativa.

Impende, todavia, reputá-las presentes.

O apelante, bem ou mal, assumiu a propriedade


das munições. Portanto, é de rigor o efetivo reconhecimento da presença da
atenuante da confissão.

Ademais, conforme comprovado nos autos (fls.


15), o acusado era menor de 21 (vinte e um) anos à época dos fatos,
devendo ser reconhecida, também, a atenuante da menoridade relativa.

Contudo, como a pena básica foi estabelecida no


mínimo, não pode ser diminuída, ante a impossibilidade de fixação da
sanção aquém do piso legal na segunda etapa da dosagem, conforme
disposto na Súmula nº 231 do C. STJ:
“Súmula nº 231: A incidência da circunstância atenuante
não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal”.

De qualquer forma, embora isso não propicie a


diminuição da reprimenda abaixo do piso legal, há que se reconhecer a
presença da atenuante genérica da menoridade relativa e da confissão

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espontânea, prevista nos artigo 65, inciso I e III, alínea “d”, do Código
Penal.

O regime inicial fixado foi o aberto, o mais


benéfico possível, e a pena privativa de liberdade foi substituída “por duas
restritivas de direitos, consistente em prestação de serviços à comunidade
e prestação pecuniária no valor de um salário mínimo, devendo ser
depositado na conta judicial do Banco do Brasil, agência 6774-1 Conta
Judicial 0100118019802” (fls. 145).

Destarte, quanto à punição aplicada, verifica-se


que foi fundamentada na sentença e, por proporcional ao caso concreto,
afigura-se possível mantê-la.

Diante do exposto, dou parcial provimento ao


recurso, tão somente para reconhecer a presença das atenuantes genéricas
da menoridade relativa e da confissão espontânea, sem, contudo, alterar a
pena final já fixada (Súmula nº 231 do C. STJ). Fica mantida, no mais, a r.
sentença, por seus próprios e jurídicos fundamentos.

DE PAULA SANTOS
Relator

Apelação nº 0002996-25.2016.8.26.0126 - Voto nº 17.913 11

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