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cooperativo)
Com a passagem da fase sincretista em que o processo era meio adjetivo do direito material,
para a fase da autonomia do processo civil o estudo ficou centrado nos institutos de processo,
deixando de lado a busca pela finalidade do processo.
Com Dinamarco começou a fase instrumentalista, sustentando que os institutos de processo
civil deveriam ser estudados sem perder de vista que a finalidade do processo é efetivar o
direito material. Porém, essa fase passou a ser centrada na busca pela decisão do processo,
onde o juiz via o processo buscando argumentos para decidir, por vezes ignorando os
argumentos das partes, vistas como embaraçadores da relação processual.
A técnica de decidir conforme a própria consciência, apesar de garantir a independência do
juiz, é antidemocrática na medida em que cada indivíduo terá uma consciência diferente e as
partes não tem como controlar a legitimidade da decisão.
É desse contexto que surge a doutrina do garantismo processual, que tem por objetivo
proteger o cidadão dos abusos do Estado (excesso de poderes do juiz), o que acontece pelo
efetivo respeito ao devido processo legal e ao contraditório material.
Assim, o NCPC conferiu grande importância ao contraditório (arts. 7, 9 e 10), que deixa de ser
meramente formal e passa a ser material e efetivo, com poder de influenciar a decisão.
O art. 6º do NCPC positiva o princípio da cooperação, caracterizado pelo redimensionamento
do contraditório com inclusão do órgão julgador no rol dos sujeitos do diálogo processual. A
condução do processo não é mais inquisitiva nem totalmente dispositiva. Busca-se a condução
cooperativa, sem destaques para qualquer dos sujeitos processuais. O contraditório passa a ser
visto como instrumento de aprimoramento da decisão judicial.
O modelo cooperativo impõe aos sujeitos processuais os deveres de esclarecimento, prevenção
e assistência. Em vários dispositivos do NCPC como o que determina que seja oportunizado a
parte emendar a inicial indicando a o ponto e as restrições a jurisprudência defensiva
entendida como aquela que deixava de analisar recursos com vícios formais entre outros.
Por fim, cabe mencionar que há doutrina entendendo pela não possibilidade de utilização de
meios atípicos na execução de prestação em dinheiro, por questão topográfica, uma vez que a
previsão legal (art. 139, IV) não está inserida no título das execuções, mas sim no capítulo dos
poderes e deveres do juiz.
Que é possível a utilização de meios atípicos em tutela provisória e que é possível que as partes
entabulem negócio jurídico que impeça ou restrinja a utilização desses meios.
Na tutela provisória com base no art. 297