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1- Processo civil democrático (devido processo legal, contraditório, processo civil

cooperativo)
Com a passagem da fase sincretista em que o processo era meio adjetivo do direito material,
para a fase da autonomia do processo civil o estudo ficou centrado nos institutos de processo,
deixando de lado a busca pela finalidade do processo.
Com Dinamarco começou a fase instrumentalista, sustentando que os institutos de processo
civil deveriam ser estudados sem perder de vista que a finalidade do processo é efetivar o
direito material. Porém, essa fase passou a ser centrada na busca pela decisão do processo,
onde o juiz via o processo buscando argumentos para decidir, por vezes ignorando os
argumentos das partes, vistas como embaraçadores da relação processual.
A técnica de decidir conforme a própria consciência, apesar de garantir a independência do
juiz, é antidemocrática na medida em que cada indivíduo terá uma consciência diferente e as
partes não tem como controlar a legitimidade da decisão.
É desse contexto que surge a doutrina do garantismo processual, que tem por objetivo
proteger o cidadão dos abusos do Estado (excesso de poderes do juiz), o que acontece pelo
efetivo respeito ao devido processo legal e ao contraditório material.
Assim, o NCPC conferiu grande importância ao contraditório (arts. 7, 9 e 10), que deixa de ser
meramente formal e passa a ser material e efetivo, com poder de influenciar a decisão.
O art. 6º do NCPC positiva o princípio da cooperação, caracterizado pelo redimensionamento
do contraditório com inclusão do órgão julgador no rol dos sujeitos do diálogo processual. A
condução do processo não é mais inquisitiva nem totalmente dispositiva. Busca-se a condução
cooperativa, sem destaques para qualquer dos sujeitos processuais. O contraditório passa a ser
visto como instrumento de aprimoramento da decisão judicial.
O modelo cooperativo impõe aos sujeitos processuais os deveres de esclarecimento, prevenção
e assistência. Em vários dispositivos do NCPC como o que determina que seja oportunizado a
parte emendar a inicial indicando a o ponto e as restrições a jurisprudência defensiva
entendida como aquela que deixava de analisar recursos com vícios formais entre outros.

2- Sobre a extinção ou não das condições da ação no NCPC:


Conforme enuncia o art. 17 do NCPC, para postular em juízo é necessário ter interesse e
legitimidade. A redação é praticamente idêntica à do art. 3 do CPC/73.
Percebe-se que o NCPC, além de extinguir a possibilidade jurídica do pedido como categoria
autônoma, também não fez menção ao termo "condições da ação"
Como consequência, surgiu celeuma doutrinária a respeito da permanência do instituto das
condições da ação no nosso sistema processual.
Há quem defenda que as condições da ação não mais subsistem. Nesse sentir, a legitimidade
"ad causam" e o interesse de agir são tratados como pressupostos processuais de validade,
objetivo intrínseco e relativo às partes, respectivamente.
Tal entendimento encontra amparo na sistemática germânica, que prevê tão somente
requisitos de admissibilidade processuais, inexistindo a categoria autônoma das condições da
ação.
Todavia, ainda prepondera o entendimento de que a categoria "condições da ação" não foi
extinta do nosso sistema processual - tendo sido a impossibilidade jurídica do pedido absorvida
pelo interesse de agir, tal como na última proposta defendida por Liebman -, ainda que o
Código tenha sido omisso quanto à utilização da terminologia condições da ação ou outra que
lhe atribua o mesmo significado (carência da a ação).
Conforme lição de Alfredo Buzaid: "não basta, para que seja decidida a lide, que o processo
tenha se constituído e se tenha desenvolvido validamente. As partes podem estar regularmente
representadas e o juiz ser competente. Pode não ter ocorrido nenhum motivo que autorize a
absolvição de instância. Mas tudo isso ainda não habilita o juiz a dar ingresso no conhecimento
do mérito. É que, além dos requisitos concernentes à validade do processo e à inexistência de
impedimentos, deve o juiz verificar se concorrem as condições de admissibilidade da ação. A
ação pode ser inadmissível, por lhe faltar qualquer de suas condições, ainda que o processo
seja regular e válido".

3- Discorra sobra as tutelas de urgência e a respectiva estabilização:


Inicialmente consigne-se que o novo CPC instituiu um gênero denominado tutela provisória. A
tutela provisória foi dividida em duas espécies, quais sejam, a tutela provisória de urgência e
evidência. De seu turno, a tutela provisória de urgência foi subdividida em tutelas cautelares
ou antecipadas, podendo estas serem propostas em caráter antecedente (antes do pedido
principal) ou incidental (conjuntamente ou após o pedido principal).
Insta destacar, outrossim, que o traço distintivo fundamental entre as tutelas cautelares e
antecipadas é que as primeiras possuem caráter conservativo e as segundas carácter
satisfativo.
Note-se, também, que a tutela de urgência de natureza antecipada não poderá ser concedida
quando houver pedido de irreverssibilidade.
Conforme artigo 304 do novo CPC, a tutela antecipada concedida em carácter antecedente
torna-se estável se a decisão que a conceder não for interposto recurso.
Trata-se de uma técnica monitória de contraditório eventual.
Assim, concedida a tutela e não havendo interposição de recurso, a mesma se tornará estável e
o processo será extinto sem resolução de mérito, podendo qualquer das partes promover uma
ação revisional no prazo de 2 anos.
Um exemplo de tal hipótese seria a concessão de uma tutela antecipada antecedente para
viabilizar a realização de uma cirurgia e a operadora de plano de saúde não agravar. Dessa
forma, a tutela antecipada se estabilizará e o processo será extinto sem resolução de mérito.
Importante frisar que para o réu pode ser vantajoso não recorrer, pois haverá a diminuição dos
custos do processo (aplicação analógica do artigo 701, 1, do CPC) e pagamento dos honorários
em 5% (aplicação analógica do artigo 701, caput, do CPC).
Por fim, cumpre realçar que ultrapassado o prazo de 2 anos para a propositura da ação
revisional da tutela antecipada estabilizada, prevalece que não cabe rescisória, conforme
enunciado 421 do FPPC.
Nesse último caso é possível a propositura de nova demanda, respeitados os prazos
prescricionais pertinentes.
4 - INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS – IRDR
Previsto no art. 976, cabível quando houver efetiva repetição de processos com controvérsia
sobre a mesma questão unicamente de direito e haja risco de ofensa a isonomia e segurança
jurídica. Aplica-se a recurso, remessa necessária ou qualquer processo de competência
originária de Tribunal.
A quantidade de processos discutindo a questão deve ser analisada com prudência: se forem
poucas decisões conflitantes não haverá amadurecimento da discussão e reflexão sobre os
entendimentos, porém, se a instauração do incidente demorar a multiplicação de decisões
conflitantes já terá consumado a ofensa a isonomia e segurança jurídica.
Não se admite IRDR quando algum dos Tribunais Superiores tiver afetado o recurso para
definição de tese.
Legitimidade para requerer instauração: art. 977 pode ser requerido pelo juiz ou relator, pelas
partes, pelo MP e pela Defensoria. O Projeto aprovado na Câmara, inspirado na ação civil
pública, previa legitimidade também a pessoa jurídica de direito público e associação civil, mas
acabou suprimido na redação final.
Competência: dos Tribunais de segundo grau (TJ e TRF). Não há previsão expressa no NCPC,
mas o entendimento está no enunciado 343 do FPPC. Além disso, os fatos de que a decisão
desafia RE e Resp, bem como que a suspensão é limitada ao Estado, indicam a competência do
TJ e TRF.
No Paraná, compete ao Órgão Especial do TJ julgar o IRDR.
Os Tribunais Superiores não têm competência para IRDR, mas poderão atuar em grau recursal,
já que cabe Resp e RE da decisão do incidente.
Legitimidade para participar do incidente: o MP tem participação obrigatória como custos
legis, ainda que não o tenha suscitado.
O Juízo em que o processo originário tramita poderá se manifestar se o Relator pedir
informações.
Não há previsão para intervenção das partes dos processos suspensos. O STJ não admite que a
parte que teve seu processo suspenso intervenha como amicus curiae no julgamento por
amostragem. A doutrina entende que as partes dos processos suspensos poderiam intervir
como assistente litisconsorcial, pois seriam titulares da relação jurídica discutida na tese.
Procedimento: o incidente é requerido por algum dos legitimados, por ofício ou petição,
instruído com os documentos necessários, diretamente ao TJ ou TRF.
Após a distribuição, o órgão colegiado competente para julgar realiza o exame de
admissibilidade (não pode ser decisão monocrática). A admissão do incidente gera suspensão
obrigatória de todos os processos que versem sobre a matéria.
A suspensão é limitada ao território do órgão julgador, mas qualquer legitimado a recorrer
pode requerer que o Tribunal Superior determine a suspensão em todo o território nacional. O
art. 982 prevê que apenas os legitimados poderiam fazer esse pedido de extensão da
suspensão, mas Daniel Neves entende que o Órgão julgador pode fazer de ofício esse
requerimento, em razão do poder geral de cautela.
A suspensão cessa se não for interposto recurso da decisão que julga o incidente.
Suspensão imprópria: ocorre quando o processo tem cumulação de pedidos e apenas um dos
pedidos é suspenso, os demais prosseguem.
O incidente deve ser julgado no prazo de 1 ano, senão cessa a suspensão.
Os julgadores não estão limitados as alegações da parte, não se aplicando o princípio da
adstrição, pois o objetivo do incidente é fixar a tese jurídica. Pelo mesmo motivo, o NCPC prevê
que a desistência do recurso pela parte não obsta a fixação da tese.
A tese jurídica será aplicada a todos os processos sobre a questão. Trata-se de eficácia
vinculante e obrigatória do precedente, cuja inobservância permite interpor reclamação
constitucional.
O art. 978, §único prevê que o recurso será julgado pelo órgão que julgou o incidente. A
doutrina entende que o dispositivo tem inconstitucionalidade formal, pois não constava no
projeto aprovado no Senado.
Além disso o art. 978, §único gera um problema nos Juizados Especiais, uma vez que não há
tribunal. O enunciado 44 do FPPC prevê que o IRDR nos Juizados deve ser julgado pela Turma
Recursal.
Contra a decisão que julga o IRDR cabe Resp ou RE (art. 987). A repercussão geral é presumida
(presunção absoluta). Parte da doutrina entende que a regra é inconstitucional, pois os arts.
102 e 105 da CF dispõe que cabe RE e Resp apenas de acórdão que julgue a “causa” em
segunda instância, e o IRDR não seria “causa”.

5 – Coisa julgada – mudanças:


Na sistemática do Código de Processo Civil de 1973, não fazia coisa julgada material a
apreciação da questão prejudicial decidida incidentalmente no processo.
Do cotejo dos dispositivos do CPC/73 e do novo Código, depreende-se que a regra não
encontra correspondência.
O novo CPC caminhou em sentido oposto e expressamente permite que a coisa julgada
material acoberte a resolução da questão prejudicial, sem que para isso seja necessário o
ajuizamento da ação declaratória incidental.
Com efeito, o ajuizamento da ação declaratória incidental é prescindível para que a solução da
questão prejudicial faça coisa julgada.
Para o novo CPC, para se tornar imutável a questão prejudicial prescinde de requerimento das
partes e deve atender aos requisitos dos par. 1 e 2 do art. 503, entre eles, observância do
contraditório e juiz competente, bem como ausência de restrições probatórias e limitações
cognitivas.
Oportuno dizer que parcela da doutrina comunga do entendimento de que a regra do art. 503
ampliou os limites objetivos da coisa julgada, uma vez que teria estendido à fundamentação os
efeitos da imutabilidade e da indiscutibilidade, próprios da coisa julgada.
Não obstante, extrai-se da redação do art. 504 que a coisa julgada está limitará ao dispositivo
da decisão de mérito.
Os defensores da não ampliação dos limites da coisa julgada, argumentam que a decisão da
questão prejudicial não é uma simples fundamentação da decisão, mas na verdade um
comando da sentença. Dessa maneira, integra o dispositivo

6- Meios atípicos de execução.


Até o advento do NCPC não havia previsão legal da utilização de meios atípicos de execução
para execuções de PRESTAÇÕES EM DINHEIRO (para obrigações de fazer, não fazer e entregar já
existia). O que havia era uma doutrina que já se dedicava a esse tema a partir de uma
interpretação do art. 5, XXXV, CF, que compreende o direito de acesso à justiça como o direito a
uma justiça que franqueie aos que dela se utilizam os meios adequados para a efetiva
obtenção da tutela pretendida.
O NCPC, em seu art. 139, IV, passou a autorizar o emprego desses meios atípicos para a
satisfação de créditos em dinheiro.
Atenção: a análise aqui é somente para a execução de prestações em dinheiro.
Os meios atípicos São medidas para induzir o devedor a mudar o seu comportamento e
cumprir a prestação, por isso não precisam ter um liame com a relação discutida.
Exemplo de meios atípicos: suspensão de CNH, restrição de passaporte, proibição de contratar
com o poder público etc.
Divergências:
1- O juiz precisa exaurir todos os meios típicos de execução para somente após ir para os meios
atípicos? Marinoni diz que não. O juiz, no caso concreto, pode antever a insuficiência dos
meios típicos e demonstrar que o meio atípico é o mais adequado para o caso. Didier e outros
(majoritario) entendem que sim, deve o juiz esgotar os meios típicos para só então se valer dos
meios atípicos. Se o legislador fez mais de 100 artigos tratando dos meios de execução é
inconcebível o juiz esquecê-los para lançar mão diretamente de meios não previstos em lei.
Eduardo Talamini diz que o art. 139, IV, NCPC não está dando ao juiz os poderes para se utilizar
de execução por meios atípicos e sim poderes instrumentais para compelir o executado a
revelar os seus bens ou informação necessária para localiza-los ou se ter acesso a eles (a
execução recairia sobre esses bens).
2- os meios atípicos podem ser utilizados para a execução de título extrajudicial ou somente no
cumprimento de sentença de título judicial?
Marinoni diz que somente podem ser empregados na execução de títulos judiciais, pois os
títulos extrajudiciais possuem regramento próprio para compelir o executado a pagar (o que
não havia para as prestações em dinheiro decorrentes de título judicial).
Didier (majoritário) admite para todos os tipos de execução.
Medina entende que no título extrajudicial não cabe a utilização de meios atípicos, devendo-se
seguir o catálogo típico. Mas se o executado embargar autorizaria a adoção dos meios atípicos,
pois, com a rejeição dos embargos, o título extrajudicial teria um chancela maior efetuada pelo
poder judiciário.
Sobre essas duas divergências, adotando o posicionamento de Didier, foi editado o enunciado
12 do fórum permanente de processualistas civis:

Por fim, cabe mencionar que há doutrina entendendo pela não possibilidade de utilização de
meios atípicos na execução de prestação em dinheiro, por questão topográfica, uma vez que a
previsão legal (art. 139, IV) não está inserida no título das execuções, mas sim no capítulo dos
poderes e deveres do juiz.
Que é possível a utilização de meios atípicos em tutela provisória e que é possível que as partes
entabulem negócio jurídico que impeça ou restrinja a utilização desses meios.
Na tutela provisória com base no art. 297

Diferencie marca de alto renome de marca notoriamente reconhecida.


A marca de alto renome é aquela conhecida no mercado de consumo em geral, que alcançou
um patamar de grande reconhecimento e reputação positiva, sendo protegida em todos os
ramos de atividade, conforme art. 125 da Lei 9.279/96:
Art. 125. À marca registrada no Brasil considerada de alto renome será assegurada proteção
especial, em todos os ramos de atividade.
Já a marca notoriamente conhecida é aquela registrada em outro país, mas que possui
expressivo reconhecimento perante os consumidores. Nesse caso, a proteção estende-se
apenas ao seu ramo de atuação. É o que depreendemos da leitura do art. 126 da Lei 9.279/96:
Art. 126. A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos termos do art. 6º bis
(I), da Convenção da União de Paris para Proteção da Propriedade Industrial, goza de proteção
especial, independentemente de estar previamente depositada ou registrada no Brasil.

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