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-LIÇÃO 5-
3 de fevereiro de 2019
SÍNTESE
Sempre haverá dificuldades na vida daquele que caminha com Deus, mas nunca
se deve perder a fé no cumprimento de suas promessas, porque Ele é
sumamente fiel!
TEXTO BÍBLICO
Números 13.26-33
26 E caminharam, e vieram a Moisés, e a Arão, e a toda a congregação dos filhos
dizendo: A terra, pelo meio da qual passamos a espiar, é terra que consome os
seus moradores; e todo o povo que vimos no meio dela são homens de grande
estatura.
3 Também vimos ali gigantes, filhos de Anaque, descendentes dos gigantes; e
éramos aos nossos olhos como gafanhotos e assim também éramos aos seus
olhos.
Números 14.1,2
1 Então, levantou-se toda a congregação, e alçaram a sua voz; e o povo chorou
I - OS ESPIAS
“1. O fim da jornada. Em Números 13, Deus acena para o fim da caminhada.
Espias deveriam ser enviados para analisar o extraordinário presente de Deus
— a Terra da Promissão. Doze homens, representando suas tribos, deveriam
subir à Canaã (v. 17). As conquistas dadas pelo Senhor ao seu povo sempre são
representadas por “subidas”. É interessante o fato de que Deus tenha se
ocupado em fazer com que os filhos de Israel declarassem o desejo de
conquistar a promessa, por Ele anunciada. Eles precisavam somente dizer: Que
linda e abençoada terra, meu Senhor. Os espias eram representantes de todos
que saíram do Egito. Eles tinham sobre si o compromisso de comunicar aos
hebreus o que estava além do rio Jordão. A terra que mana leite e mel estava
muito próxima e poucos instantes separavam os ex-escravos da maior conquista
de suas vidas. O Senhor lhes daria mais que um lugar para habitarem,
sobretudo lhes outorgaria dignidade enquanto indivíduos e nação. A promessa
feita, ainda, ao patriarca Abraão, o amigo de Deus, estava plenamente em
vigor, não obstante os séculos decorridos.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- É interessante a maneira como o comentarista vê o fato que ele chama
de “subidas”. Os capítulos 13 e 14 trazem uma história memorável e muito
melancólica, onde realmente encontramos uma“subida”, mas também está lá
uma “descida” - o retorno do povo de Israel das fronteiras de Canaã, quando eles
estavam prontos para lá entrar, e a sentença de que deveriam vagar e perecer
no deserto por sua incredulidade e murmurações. “Os espiões avançaram com
ordens de Moisés para observarem se a terra de Canaã era boa ou má, cheia de
matas ou nua, se eram muitos ou poucos seus habitantes, se eram fortes ou
fracos, se eram nômades que habitavam em tendas ou se já haviam se
estabelecido há muito com fortalezas muradas. Depois de uma exploração de
quarenta dias, do Neguebe até os limites de Hamate, os espias retornaram.
Todos concordaram que a terra marrava “leite e mel”, mas dez deles ficaram tão
profundamente impressionados com as fortalezas e a estatura gigantesca dos
habitantes que incitaram uma onda de opiniões contra qualquer tentativa de
tomar a terra. Só Calebe e Josué tinham confiança em que “Se o Senhor se
agradar de nós, então nos fará entrar nessa terra, e no-la dará”. A súbita aparição
da glória do Senhor salvou os dois espias fiéis de serem apedrejados. O Senhor
propôs a Moisés destruir o povo para formar do próprio profeta uma nação maior.
Mas Moisés intercedeu eficazmente por Israel. Ele defendeu a necessidade de
preservar a honra de Deus diante dos pagãos, que certamente diriam, “o Senhor
não foi capaz”. E ele também apelou para a paciência e misericórdia de Deus. O
Senhor perdoou o povo mas também o castigou, declarando que aquela geração
que tinha murmurado e se rebelado não veria a Terra Prometida. O povo de
Israel, grato pelo perdão mas não compreendendo o significado pleno do castigo
prometido, tomou a decisão de agora obedecer naquilo que antes tinha
desobedecido. Apesar da advertência de Moisés, subiram para lutar contra os
amalequitas e cananeus. Foram completamente derrotados e tiveram de
retroceder para Hormate.” (BIBLIOTECA BIBLICA)
“2. O tempo da alegria. Deus não escolheu um tempo qualquer para essa visita
in locu tão especial. Está escrito que era o tempo das “primícias das uvas” (Nm
13.20). Um período que simbolizava tudo de bom, o tempo de sublime alegria,
porque estava acontecendo uma colheita muito grande, de excelentes frutos.
As pessoas de Canaã estavam tão felizes que, possivelmente, nem
desconfiavam da verdadeira intenção daqueles doze homens que atravessavam
seu território. Aquele tempo de alegria em Canaã prenunciava uma vitória
maiúscula para os hebreus, recompensa das mãos do Senhor, prometida há mais
de quatro séculos. Moisés pediu que eles olhassem tudo, analisassem
minuciosamente e, por fim, enfatizou: “[...] esforçai-vos e tomai do fruto da
terra [...]” (Nm 13.20). Essa seria a prova incontestável de que o Senhor falara
a verdade quanto ao potencial agrícola daquela região.”. [Lições Bíblicas CPAD,
Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- Como Deus instruiu, Moisés enviou 12 espiões a fim de levantar alguns
dados que possibilitassem uma estratégia militar como também, encorajamento
no povo. Interessante que destes doze, dez dos espias “infamaram” a terra
(v.32), e levaram os israelitas a temer o povo daquela terra e não tiveram fé
suficiente para entrar na terra prometida. “As instruções dadas a esses espias,
v.v. 17-20. O cumprimento de sua tarefa de acordo com as instruções recebidas,
e o seu retorno da investigação, v.v. 21-25. O relatório que eles trouxeram para
o acampamento de Israel, v. 26ss”. (Henry, Matthew, Comentário do Pentateuco)
II – MURMURAÇÃO E FÉ
“1. A vista humana. Os espias que voltaram de Canaã dirigiram-se aos seus
líderes e ao povo, levando consigo a prova da bênção de Deus: o fruto da terra.
Então confirmaram que, de fato, da Terra Prometida manava leite e mel — a
expressão não tinha sido nenhum exagero de Deus e a prova disso era o fruto
(Nm 13.26,27). Em seguida, porém, afirmaram que as cidades eram muito bem
protegidas e os moradores podiam ser considerados gigantes (Nm 13.28,29).
Um verdadeiro terror! O olhar humano dos representantes das dez tribos
trouxe consequências terríveis para a história do povo de Deus. Um desespero
abateu-se imediatamente sobre os descendentes de Isaque. No dia a dia da
vida, inúmeros medos solapam a mente humana, como foi mencionado pelo
apóstolo Paulo (2 Co 7.5), entretanto isso não pode obstruir a visão daqueles
cujos corações estão firmados em Deus (Sl 108.1).”. [Lições Bíblicas CPAD,
Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- Este reconhecimento teve a intenção de determinar se a terra era boa ou
não, se o povo era forte ou fraco, se habitava em cidades muradas como seus
donos permanentes ou em tendas como beduínos. Séculos mais tarde, quando
os assírios inventaram a guerra por meio do cerco das cidades, usaram
maquinaria pesada e grupos de engenharia para tomar as cidades muradas; e
mesmo então levava anos. Do ponto de vista humano, Israel tinha de enfrentar
um inimigo formidável. Os espiões trouxeram um relatório concreto sobre a terra.
Com este relatório ou palavra (deibeir, v. 26) Josué e Calebe concordaram (vs.
26.29). Foi no relatório pernicioso (dibbat, “uma difamação”, “um boato”, v. 32)
que eles objetaram.
“2. A visão da fé. No meio dos doze espias havia dois homens de fé: Josué e
Calebe. Eles não viviam segundo o que viam, mas eram guiados pela fé. Logo
quando os dez espias começaram a desanimar o povo, Calebe levantou-se e
proferiu palavras de fé e exortação. Ele compreendia, como Martin Luther
King, que “mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora
de uma grande realização”. Ele sabia que Deus poderia fazer, num movimento,
o que os homens passariam meses e anos para realizar. Josué e Calebe, com
ímpeto, refutaram instantaneamente os outros companheiros de viagem, pois
estes haviam dito que os cananitas eram mais fortes do que eles e, que, por
tal motivo, Israel não deveria conquistar a Terra Prometida (Nm
13.30)..”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3
Fev, 2019]
- “Calebe disse: Eia! subamos, e possuamos” - Calebe tinha confiança
naquele que dera provas a respeito de si mesmo até então. Moisés expressou a
característica atitude de Calebe quando disse: “O Senhor vosso Deus . . .
pelejará por vós, segundo a tudo o que fez conosco... no Egito; como também
no deserto” (Dt 1.30,31). Certamente prevaleceremos contra ela. Foi depois
desta expressão triunfante de fé que os dez espiões começaram sua campanha
difamatória (infamaram, v. 32). Isto foi o suficiente pala torná-los objeto do
desprezo divino. “Enquanto se preparavam para a espionagem, Calebe e Josué
não desgrudaram de Deus. Enquanto percorriam a terra inimiga, os dois não
perderam a visão de Deus. Enquanto relataram ao povo o que viram, ambos não
se esqueceram da promessa de Deus. Eles conheciam a Deus e sabiam, por
isto, qual era a Sua vontade. Deus já lhes tinha dado a terra, não importavam
quão armadas estivessem as tropas inimigas e quão inexpugnáveis fossem as
fortalezas adversárias. Eles tomaram o recuo diante dos problemas como uma
rebeldia diante de Deus. Pela fé, então, eles viram não uma terra a ser
conquistada, mas uma terra já conquistada. A fé renovada aumentou neles a
dependência de Deus e a confiança nEle. Sua fé lhes levou a olhar para o
Senhor.” (PRAZERDAPALAVRA)
“3. O poder do desânimo. O discurso negativo dos dez espias adentrou o
coração dos hebreus a ponto de fazer com que esqueceu-se das promessas do
Senhor. O povo, subitamente, esqueceu-se do Deus que deu um filho a Abraão
na sua velhice, através de uma mulher estéril. Esqueceram-se daquEle que
trouxe as dez pragas ao Egito e os tirou com mão forte e braço estendido das
garras de Faraó. Nenhuma imagem, palavra, teoria, ou discurso seria mais
eloquente do que o poder do desânimo disseminado pelos espias incrédulos.
Está escrito que toda a congregação chorou naquela mesma noite (Nm 14.1). O
projeto de Deus, dado e confirmado para várias gerações de crentes fiéis,
estava, agora, fulminado no coração daqueles ex-escravos, por causa de uma
única abordagem pessimista de um grupo de dez homens infiéis.”. [Lições
Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- “Infamaram a terra” (v 32). O hebraico diz: Espalharam uma difamação da
terra, o que sugere que deram início a uma campanha de difamação contra os
dois homens fiéis. È terra que devora os seus moradores. Isto não significa que
a terra fosse pobre - eles mesmos provaram o contrário - mas que muita gente
brigava por causa dela justamente por ser tão boa. “Gigantes (os filhos de
Enaque)” (v 33). Alguns sugerem que os espiões imaginassem que havia
gigantes por ali, quando viram os grandes muros, alguns de até 15 metros de
altura, supondo que só gigantes poderiam tê-los construído. Mas as medidas do
estrado da cama do rei Ogue dados em Deuteronômio 3.11, testificam da
existência de uma raça de pessoas anormalmente grandes. Dt 2.10,20 e Gn 14.5
indicam que no tempo dos patriarcas existiam “gigantes” que recebiam diversas
designações locais (emins, zuzins e refains). No hebraico de Dt 2.11 os enaquins
são chamados refains (traduzido para “gigantes”). Josué 11.22 conta-nos que os
enaquins permaneceram em três das cidades filisteias: Gaza, Gade e Asdode
(Jr 27.5). A família de Golias em Gade poderia descender dessa gente, pois em
2º Samuel 21.16,22 e em 1º Crônicas 20.4-8 esses gigantes filisteus são
chamados de filhos Rafa. “Eles se esqueceram de Deus, ou melhor, eles se
esqueceram de Quem Deus é. Deus era aquele que concordara com a estratégia
de se enviar espiões à terra, mas sobretudo era aquele que estavam enviando o
Seu povo para habitar na terra. A conquista da terra não dependia do trabalho
dos espiões. A terra já estava dada. Por não conhecerem Deus, os dez acharam
que eram eles quem conquistariam a terra, que as coisas dependiam deles, e
sucumbiram diante de tanto peso. Deus já dera a conhecer a Sua vontade. Era
só fazer o que mandava. Eles preferiam seguir sua própria visão, contra a visão
de Deus. Gosto de uma mãe, que conheço e que sempre diz à sua filha, quando
em tribulação: - Minha filha, Deus alguma vez te abandonou? Podemos
perdermos todas as visões, mas não podemos perder a visão de Deus. Nossa
força é a presença de Deus. Nosso vigor é ter os olhos fitos em Deus. Nossa
esperança é vivendo segundo as Suas promessas. Fora disso, somos calados
pelo desânimo, paralisados pelo medo, derrubados pela tragédia nunciada
(imaginada).” (PRAZERDAPALAVRA)
CONCLUSÃO
“A geração que saiu do Egito tinha, de fato, enormes dificuldades para
conquistar os “gigantes” de Canaã; mas, quaisquer que fossem os obstáculos,
Deus lhe introduziria, como prometido, naquela boa terra. Os hebreus só
precisavam crer e obedecer, porém preferiram a rebeldia em seus corações.
Por isso, morreram e foram enterrados em sepulturas no deserto. Poderia ter
sido diferente, pois “o justo viverá da fé”.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- A história da espionagem hebréia da terra de Canaã nos apresenta dois
grupos de pessoas: o primeiro é constituído dos dez que não quiseram avançar
sobre a terra prometida; o segundo é formado pelos dois que ousaram ir à luta
pela conquista. Diante dos obstáculos e mesmo diante da vida, eles nos tipificam.
Nós somos os dez. Nós somos os dois. Os dez são os fracos. Os dois são os
fortes. Os dez são os medrosos. Os dois são os corajosos. Os dez são os
desanimados. Os dois são os animados. É natural pensarmos que os
desanimados estão entre os adultos e os idosos. No entanto, temos visto cada
vez mais que o desânimo não respeita experiência; há, cada vez mais, jovens e
adolescentes com baixa disposição para enfrentar seus desafios. Por isto, em
diferentes idades, "há pessoas que parecem fadadas ao fracasso e à derrota.
Foram tantas vezes vencidas pelo torvelinho do mundo que a única coisa que
esperam da vida são as pancadas que lhes destroem as forças" (TOURNIER,
Paul. Os fortes e os fracos. São Paulo: ABU, 1999, p. 18).
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o
gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor
Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Janeiro de 2019
HORA DA REVISÃO
1. Conforme a lição, ao determinar o envio de espias, o que Deus estava
indicando?
Deus estava indicando o fim da caminhada.
2. Segundo Números 13.20, em que momento Deus comissionou os espias?
No tempo das primícias das uvas.
3. Identifique pelo menos uma passagem bíblica que demonstre a fé e
obediência de Calebe.
Números 13.30.
4. Qual referência bíblica afirma que os hebreus voltaram ao Egito em seus
corações?
Atos 7.39.
5. Qual a lição que Deus ensinou ao transformar 40 dias de desânimo dos espias
em 40 anos de caminhada no deserto?
Se o povo for obediente, a vitória será certa, mas se apostatar da fé, e voltar
ao Egito, atrairá para si dor e vergonha que nunca serão esquecidas. [Lições
Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019].
Postado por Francisco Barbosa