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Envelhecimento demográfico
Fernanda Dias
02-01-2019
Manual UFCD 8899 | Fernanda Dias
Índice
Ciclo de vida (da criança ao idoso)
Processo de maturação – fenómeno natural de todas as fases do ciclo de vida do ser
humano ….…………………………………………………………………………………………………………….1
Maturação do sistema de valores – Pirâmide de Maslow ................................................... 6
Período temporal e os aspetos que demarcam as diferentes fases do ciclo de vida ........... 9
Esperança média de vida e os fatores que contribuem para o seu aumento ……………….32
Atitudes negativas mais comuns para com a pessoa idosa (gerontofobia, idadismo e
infantilização, p.e )……………………………………………………………………………………………….40
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1. Ciclo de Vida
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Para Papalia et al. (2006), três questões básicas norteiam os trabalhos destes
teóricos:
• Como a hereditariedade ou o ambiente atuam na produção dos
comportamentos que nos tornam humanos;
• Qual o grau de participação do sujeito (ativo ou passivo) em seu
próprio desenvolvimento;
• Como as etapas são progressivas e contínuas;
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Desde o instante em que o indivíduo entra em contato com o meio ambiente, ele
está apto a desenvolver habilidades e aptidões, de acordo com sua maturidade
física, emocional, mental, social e mesmo a maturidade geral das
personalidades.
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A Teoria de Maslow
Segundo Maslow, seres humanos possuem necessidades diferentes que se
sobrepõem umas as outras. Dessa forma, quando suprimos um grupo de
necessidades, nossa motivação é redirecionada para o próximo grupo.
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Após nove meses de gestação, nascerá um bebê, que iniciará uma nova
fase da vida do ser humano: a infância. Nossa infância vai até os 11 anos
de idade. Nessa fase, inúmeras transformações físicas, psicológicas e
sociais ocorrem em nossas vidas, de maneira muito rápida. Nela
aprendemos a engatinhar, a andar, a falar, a ler, a escrever e a interagir
com o mundo ao nosso redor. É uma época de descobertas e intensas
modificações influenciadas pelo ambiente onde estamos inseridos. É
incrível como nosso corpo e mente se modificam. Tornamos-mos cada
vez mais capazes de compreender o que acontece ao nosso redor.
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A fase adulta chega com os 21 anos de idade. Nela temos mais autonomia
e somos capazes de tomar decisões e assumir maiores responsabilidades.
Começamos a apresentar uma independência financeira em decorrência
do trabalho, conhecemos melhor o nosso corpo e passamos querer
construir a nossa própria família.
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O número de idosos passará de 2,1 para 2,8 milhões entre 2017 e 2080. Face ao
decréscimo da população jovem, a par do aumento da população idosa, o índice
de envelhecimento mais do que duplicará, passando de 147 para 317 idosos por
cada 100 jovens em 2080.
O INE fez também projeções para as sete regiões do país – Norte, Centro, Área
Metropolitana de Lisboa, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira –, tendo
concluído que estas tendências são em geral transversais a todas as regiões.
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As Projeções de População Residente são publicadas pelo INE a cada três anos,
sendo desagregadas por sexo e por idade, para Portugal e para as regiões. Foram
definidos quatro cenários de projeção da população: baixo, central, e sem
migrações, com base em diferentes conjugações das hipóteses alternativas de
evolução das componentes de evolução demográfica: pessimista, central e
otimista para a fecundidade; central e otimista para a mortalidade; e pessimista,
central e otimista, para as migrações, a que se juntou ainda uma hipótese sem
migrações.
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Os resultados obtidos não devem ser entendidos como previsões, uma vez que
são condicionados pelo volume e pela estrutura da população, no momento de
partida (2017) e pelos diferentes padrões de comportamento da fecundidade, da
mortalidade e das migrações, estabelecidos em cada um dos cenários, ao longo
do período de projeção.
O álcool usado em pequenas quantidades (até uma por dia) pode oferecer
alguma forma de proteção contra derrame e doença coronariana em
indivíduos com 45 ou mais.
Esta elevada dependência por parte dos idosos em relação à pouca população
ativa ainda existente remete-nos para uma questão existencial: Será que, se nada
mudar, Portugal terá capacidade para ter estabilidade ao nível económico e
financeiro que chegue para preservar e assegurar boas condições de vida para a
sua população? Logicamente que, se o envelhecimento continuar a agravar-se e o
número de jovens continuar a diminuir, dificilmente teremos essas condições
asseguradas pois a população ativa no nosso país não será suficiente para
assegurar o seu futuro.
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Este decréscimo, por sua vez, terá um grande impacto ao nível económico visto
que Portugal estará menos disponível para eventuais oportunidades que possam
aparecer bem como estará menos apto para inovar, algo que é cada vez mais
essencial para manter uma economia sustentável.
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Exceção à regra são os dois períodos focados no gráfico. O primeiro ocorreu nos
anos de 1975 e 1976 muito por culpa do 25 de Abril de 1974 e consequente
retorno a Portugal de muitas famílias portuguesas. O segundo verificou-se entre
1996 e 2000 devido a uma fase de maior fulgor da economia portuguesa e
também à entrada de muitos imigrantes no nosso país. Atualmente, Portugal
aparenta estar novamente numa curva ascendente no que à natalidade diz
respeito.
Nestes últimos anos, o desfecho tem sido mais animador. Em 2015, Portugal teve
85500 nascimentos, um aumento de 3133 face ao ano de 2014. Em 2016,
Portugal teve 87126 nascimentos (valor não indicado no gráfico) um aumento de
1626 nascimentos face ao ano anterior. É certo que não deixa de ser um
indicador bastante positivo, porém, não se trata de uma subida abrupta o que
leva a que não haja uma alteração do rumo dos acontecimentos.
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Acrescentar ainda que estes dados são ainda mais preocupantes quando
observamos que em 1960 a taxa bruta de natalidade cifrava-se nos 24,1 ‰,
enquanto que no ano de 2016 esta taxa é apenas de 8,4‰.
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Este é um cenário bastante preocupante para o futuro das gerações mais novas e
por essa razão é necessário o governo tomar medidas que incentivem o aumento
da natalidade no nosso país, como por exemplo o aumento de subsídios a
famílias com dois ou mais filhos, entre outras medidas.
Insustentabilidade da dívida
Este declínio previsto para a população de Portugal representa uma séria ameaça
às finanças públicas portuguesas. De acordo com o FMI, num relatório sobre os
impactos adversos do desenvolvimento demográfico em Portugal divulgado a
22/09/2016, “Nesse cenário, a despesa pública relacionada com o
envelhecimento aumentaria mais de sete pontos percentuais do Produto Interno
Bruto (PIB) e a dívida pública tornar-se-ia insustentável”.
Neste cenário, o FMI admite que a despesa com o envelhecimento aumente 6,1
pontos percentuais do PIB até 2050 e 7,4 pontos percentuais até 2100.
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Como podemos observar pelo gráfico acima apresentado, entre 1980 e 2009
ocorreu um grande aumento na despesa do Estado com a saúde. De acordo com
o FMI, está previsto que este aumento da despesa pública com a saúde se
acentue ainda mais num futuro próximo. Em 2050 esta despesa representará 5,8
pontos percentuais do PIB dentro dos 6,1 pontos percentuais do PIB que
representam a total despesa com o envelhecimento em 2050. Estes valores
representam o maior rácio de despesa com saúde face ao PIB perante os países
comparáveis (como Espanha) e uma grande diferença face à média da zona euro.
No que diz respeito às pensões está previsto que a despesa aumente em 1 ponto
percentual até 2035.
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Perante este cenário e as previsões que são feitas para o futuro do nosso país que
já foram abordadas neste relatório anteriormente, é admissível que façamos a
seguinte pergunta: Como irá o país sobreviver e ter capacidade para
pagar esta despesa com o envelhecimento sabendo que a população
ativa está cada vez mais a diminuir e a população idosa a
aumentar?
A Redução das pensões da população idosa fazendo com que o esforço recaísse
mais sobre os idosos e não tanto em termos fiscais sobre a população ativa. Esta
solução também não seria a ideal visto que hoje em dia as pensões já são
bastante baixas, portanto diminuí-las ainda mais seria estar a contribuir para o
aumento da pobreza e mesmo da miséria, visto que seria impossível para muitos
idosos conseguirem ter as condições mínimas de subsistência.
Assim sendo é necessário que o Estado realize no curto prazo uma ação política
para combater este grande “desafio orçamental” através de políticas que
promovam o aumento do crescimento potencial.
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Na opinião de vários autores, para que exista uma restauração das famílias é
fundamental que a descendência média seja igual ou superior a 2,1 filhos por
mulher. Contudo, no nosso país, o número de filhos vai diminuindo, pois, os
valores registados, segundo o INE, foram os seguintes
Figura 13: Quantidade de mães necessárias para ter 10 bebés entre 1960 e 2014
Ainda, de acordo com os resultados dos Censos 2001, o Norte do país possui a
mais baixa percentagem de idosos registada no Continente. O Alentejo possui o
maior número de idosos, seguido do Algarve e do Centro. A faixa litoral é a zona
menos envelhecida. As Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores possuem os
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Pirâmide Jovem: possui uma base mais larga, em virtude dos altos índices de
natalidade e um topo muito estreito, em função da alta mortalidade e da baixa
natalidade em tempos anteriores. Esse tipo de pirâmide é visto com mais
frequência em países subdesenvolvidos.
Pirâmide Adulta: possui uma base também larga, porém com uma taxa de
natalidade menor em face da população infantil e jovem. A pirâmide brasileira
acima representada é um exemplo de pirâmide adulta.
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A maior parte dessas alterações está relacionada ao modo de como este tempo
foi vivido.
O álcool usado em pequenas quantidades (até uma por dia) pode oferecer
alguma forma de proteção contra derrame e doença coronariana em indivíduos
com 45 ou mais.
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Felizmente, a imagem social dos idosos mudou muito nos últimos anos. As
pessoas que tinham 60 anos eram consideradas "velhas", enquanto atualmente
não são consideradas como tais até os 75 ou 80 anos de idade.
Isso implica que, a partir das políticas sociais, são promovidas ações voltadas
aos idosos que promovem um envelhecimento satisfatório, valorizando esse
grupo, como já mostramos mais de uma vez da Fundação Saúde e Comunidade.
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Para isso, é preciso manter uma rotina de vida saudável ao longo da vida, que
inclui uma alimentação balanceada, a prática regular de exercícios físicos, bem
como atividades intelectuais e sociais. Vale a pena investir em uma rotina de
vida equilibrada e feliz para garantir uma velhice mais tranquila e com saúde.
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Ainda de acordo com esse modelo, pessoas ajustadas têm alto senso de
desenvolvimento e crescimento contínuo; estão abertas a novas experiências;
reconhecem seu potencial de realização, e suas mudanças refletem
autoconhecimento e autoeficácia.
Conforme Queroz (2003, 2008), o conceito de bem-estar psicológico
corresponde a uma busca de ideal de excelência, de crescimento pessoal ou de
autorrealização e está associado ao ajustamento emocional e social, na medida
em que reúne o cumprimento de expectativas sociais e emocionais,
considerando seus atributos físicos, cognitivos e afetivos, idade e gênero.
O envelhecimento satisfatório depende do equilíbrio entre as potencialidades e
as limitações do indivíduo. As necessidades de auto atualização e de crescimento
pessoal não declinam com a idade, mas podem ser afetadas quando o indivíduo
enfrenta limitações de atividades e de capacidades em múltiplos domínios e
quando enfrenta estresse psicológico.
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d. Tarefas evolutivas
A vida dos seres humanos desenvolve-se por etapas que constituem o ciclo de
vida. Ao longo dessas etapas, o indivíduo vai-se confrontando com tarefas,
desafios que tem de ultrapassar, para passar à etapa seguinte – Tarefas
evolutivas - é a forma como resolve esses desafios que conduz o seu
desenvolvimento
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Referencias
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https://tvi24.iol.pt/sociedade/nascimentos/nascer-em-portugal-o-pais-dos-filhos-unicos
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