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Decisões do Congresso:
2 - Senador:
Conceito: representantes dos ESTADOS/DF.
Mandato: de 8 anos sendo que a eleição será feita de 4 em 4 anos,
modificando-se alternadamente 1/3 e 2/3 dos membros do Senado.
Eleição: se dará pelo sistema majoritário.
Número: 3 senadores por cada Estado/DF eleitos com 2 suplentes.
OBS - Território Federal não elege Senadores, pois estes são
representantes dos Estados/DF e TF não é Estado.
Noções iniciais:
1- O art. 48 traz matérias que serão discutidas através de leis. Quem
irá propor estas leis? Isso é indiferente, pode ser o Presidente,
Parlamentar, STF... o que importa e é exigido pela Constituição, é
que estas matérias sejam levadas através de lei ao Congresso para
deliberação. Após essa deliberação o Presidente da República irá
sancionar ou vetar a lei.
2- Os art. 49, 51 e 52 trazem matérias que são reservadas ao trato
exclusivo das Casas Legislativas- Câmara dos Deputados (art. 51),
Senado (art. 52), ou se reunidos em Casa Única, ao Congresso - (art.
49). Nestes 3 artigos não há a participação de nenhum outro Poder,
seja na iniciativa ou seja para sanção/veto.
Pulo do Gato:
1- Tudo que for assunto de extrema importância, ou relevância
nacional ou internacional, ou ainda assuntos delicados
(atividade nuclear, índios...) ficou à cargo do Congresso Nacional (em
casa única) - art. 49. Ex: resolver definitivamente sobre tratados
internacionais, autorizar guerra ou que forças estrangeiras transitem em
solo brasileiro fora dos casos da lei complementar, autorizar o Presidente
da Rep. a se ausentar do país, bem como julgar as suas contas,
autorizar atividades nucleares a explorações em terras indígenas e etc.
2- Ao Senado, reservou-se as matérias referentes a:
a) Aprovação (e em alguns casos, exoneração) de
autoridades. Ex. Procurador Geral da República, Ministros do STF,
Governador de Território, Presidente do Banco Central, Chefe de
Missão Diplomática Permanente, entre outros. - O Senado é o único
órgão do Legislativo Federal que aprova a nomeação de autoridades.
b) Julgamento de autoridades por crimes de
responsabilidade- O Senado é o único órgão do Legislativo Federal
que faz julgamentos de autoridades.
c) Finanças Públicas. Ex. Avaliar o Sistema Tributário Nacional,
fixar limites de dívidas e condições de créditos e etc.
3-À Câmara dos Deputados não foram elencadas muitas competências
relevantes. Apenas competências internas (elaborar o regimento interno
e etc.) e devemos fazer destaque a apenas 2 competências:
a) autorizar que o Senado instaure o processo contra o
Presidente da Rep., seu Vice e seus Ministros.
b) Tomar as contas do Presidente da Rep., caso este não
apresente as contas para o julgamento do Congresso em 60
dias.
Obs. Nestes casos onde a Câmara dos Deputados atua de forma a
autorizar o processo de julgamento pelo Senado enquanto este atua
como a efetiva Casa julgadora, a lei 1079/50 - que define crimes de
responsabilidade e seu processo - denomina a Câmara como sendo
"Tribunal de Pronúncia" e o Senado como sendo "Tribunal de
Julgamento". Lembrando que tal autorização somente se faz necessária
nos casos de Presidente da República, Vice-Presidente e Ministros.
DEPUTADOS E SENADORES
Pessoal, o art. 53 deve ser muito bem estudado,
completamente! Ele é o mais fácil entre todos os referentes a
parlamentares e um dos que mais cai.
Por favor, após a explanação que darei, leiam e releiam o art. 53,
ok?
Imunidade material:
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e
votos.
1- Imunidade"material" = proteção dada ao conteúdo
(matéria) de suas manifestações.
2- Essa imunidade torna inadmissível que um parlamentar seja
punido seja na esfera cível, seja na esfera penal, por palavras que
tenha proferido, pois isto é inerente à sua função 1 .
3- A imunidade não se restringe àquelas manifestações que são
proferidas na tribuna parlamentar. Abrange qualquer manifestação,
onde quer que tenha sido feita, desde que inerentes ao exercício da
atividade parlamentar.
4- A imunidade material não é, porém, absoluta, pois somente se
verifica nos casos em que a conduta possa ter alguma relação com o
exercício do mandato parlamentar 2 .
5- Caso a manifestação seja dada dentro do plenário, o STF considera
que ela é conexa com o exercício da sua função, independente do
teor que tenha, não podendo o parlamentar ser punido3.
3
RE 463.671-AgR.
Parlamentar praticou um
crime!
ANTES DEPOIS
Incorporação às FFAA
§ 7o A incorporação às Forças Armadas de Deputados e
Senadores, embora militares e ainda que em tempo de
guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
Expedição
do diploma: Posse
A partir d a q u i , n ã o p o d e r á : A partir d a q u i , n ã o p o d e r á :
Pulo do Gato:
Veja que "a partir da expedição do diploma" só há 2 impedimentos a
serem decorados:
1- Firmar ou manter contrato...
2- Aceitar ou exercer cargo... (remunerado)
Todos os outros são apenas a partir da posse. Com isso já se resolve
várias questões!
O Deputado ou Senador não irá perder o seu mandato:
1- se for investido no cargo de:
• Ministro de Estado;
• Governador de TF; Podendo
• Secretário de Estado/DF ou de TF; optar pela
• Secretário de Prefeitura de CAPITAL; ou remuneração
do mandato.
• Chefe de missão diplomática TEMPORÁRIA;
4
Como salienta SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo 33ª ed. Pg. 540.
Observe que quando se fala em quebra de decoro, infração a
impedimentos e até mesmo condenação criminal transitada em
julgado (sem levar em conta a decisão do STF do final de 2012), a
Casa irá decidir pela perda ou não do mandato do parlamentar,
diferentemente do que ocorre por faltas ou por requisição da justiça
eleitoral, onde caberá a Mesa da Casa simplesmente declarar a perda
do mandato.
Pulo do Gato:
Veja que temos 3 hipóteses onde a perda do mandato é decidida
(pode perder ou não, depende do voto da Casa), e outras 3 hipóteses
onde a perda é declarada (não cabe à Casa decidir, apenas cumprir).
A Casa declara a perda do cargo (não cabendo fazer juízo) sobre
coisas que foram determinadas externamente, independentes de uma
ação do parlamentar,são elas: perda/suspensão dos direitos políticos
e decisão da Justiça Eleitoral. Ocorrerá ainda no caso de faltas
excessivas (mais de 1/3 das sessões ordinárias), pois isso demonstra
desinteresse equiparado à renúncia do cargo e, se ele decidiu
"renunciar", não cabe à Casa Legislativa decidir a respeito.
Agora, quando estamos diante de uma ação do parlamentar que
acaba incorrendo em impedimentos funcionais ou ferindo o
decoro inerente à categoria (caso do ex-senador Demóstenes Torres,
que perdeu o cargo por quebra do decoro),a Casa respectiva irá
decidir (por maioria absoluta) se a ofensa foi relevante o suficiente
para declarar a perda de seu cargo.
Responsável pela
Motivo: Observações:
convocação:
- Em caso de decretação de
estado de defesa ou de
intervenção federal;
- De pedido de autorização
Presidente do Senado para a decretação de —
Federal: estado de sítio; e
- Para o compromisso e a
posse do Presidente e do
Vice-Presidente da
República;
Pulo do Gato:
Veja que a regra é a convocação extraordinária ser sempre realizada
pelo Presidente do Senado (que é o Presidente do Congresso), a
exceção é a convocação pelas demais autoridades. A exceção deve
ser decorada, pois é o único caso:
• Urgência ou interesse público relevante (precisa de
aprovação da MA das Casas Legislativas).
Comissões:
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões
permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as
atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de
que resultar sua criação.
§ 1o - Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é
assegurada, tanto quanto possível, a representação
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que
participam da respectiva Casa.
Competências
§ 2º - às comissões, em razão da matéria de sua
competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar; na forma do
regimento, a competência do Plenário, salvo se houver
recurso de um décimo dos membros da Casa;
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade
civil;
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações
sobre assuntos inerentes a suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou
queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das
autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
Vou passar para vocês uma pesquisa que fiz para meu livro
"Constituição Federal Anotada para Concursos 2a Edição":
Indiciados e testemunhas:
- O privilégio contra a auto-incriminação - que é plenamente
invocável perante as Comissões Parlamentares de Inquérito -
traduz direito público subjetivo assegurado a qualquer pessoa,
que, na condição de testemunha, de indiciado ou de réu, deva
5
HC 86.581, Rei. Min. Eilen Gracie, julgamento em 23-2-06, Plenário, DJ de 19-5-06.
6
HC 80.539, Rei. Min. Maurício Corrêa, 21/03/2001.
7
MS 24.831, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 22-6-05, DJ de 4-8-06.
8
MS 27.483-REF-MC, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 14-8-08, Plenário, DJE de 10-10-
08.
prestar depoimento perante órgãos do Poder Público. O direito
de silêncio impede, quando concretamente exercido, que aquele
que o invocou venha, por tal específica razão, a ser preso, ou
ameaçado de prisão, pelos agentes ou pelas autoridades do
Estado 9 .
- Se o objeto da CPI é mais amplo do que os fatos em relação
aos quais o cidadão intimado a depor tem sido objeto de
suspeitas, ainda assim o cidadão não poderá recusar-se a
comparecer para depor, mas terá o direito de não responder às
perguntas cujas repostas entenda possam vir a incriminá-lo. 10
9
HC 79.812, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 8-11-00, DJ de 16-2-01.
10
HC 79.244, Rei. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 23-2-00, Plenário, DJ de 24-03-00.
n
M S 24.817, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 3-2-2005, Plenário, DJE de 6-11-2009.
12
MS 23.652, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 22-11-00, DJ de 16-2-01.
por comissão parlamentar de inquérito, o que não ofende o
princípio da separação de poderes 13 .
- O sigilo telefônico capaz de ser quebrado pela CPI incide sobre
os dados/registros telefônicos e que não se identifica com a
inviolabilidade das comunicações telefônicas 14 .
- É incompetente a CPI para expedir decreto de indisponibilidade
de bens de particular, já que não é medida de instrução 15 .
CPI estadual:
- Ainda que seja omissa a Lei Complementar 105/2001, podem
essas comissões estaduais requerer quebra de sigilo de dados
bancários, com base no art. 58, § 3 o , da Constituição 16 .
13
MS 25.668, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 23-3-06, DJ de 4-8-06.
U
M S 23.452, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 16-9-1999, Plenário, DJ de 12-5-2000.
15
MS 23.480, Rei. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 4-5-00, DJ de 15-9-00.
16
AC O 730, Rei. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 22-9-04, Plenário, DJ de 11-11-05.
17
MS 23.452, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 16-9-99, DJ de 12-5-00.
18
HC 95.277, Rei. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 19-12-2008, Plenário, DJE de 20-2-2009.
• Determinar a condução coercitiva de testemunha que se
recuse a comparecer.
CPI não pode
• Apreciar acerto ou desacerto de atos jurisdicionais ou intimar
magistrado para depor.
• Determinar indisponibilidade de bens do investigado.
• Decretar a prisão preventiva (pode decretar prisão só em
flagrante).
• Determinar interceptação/escuta telefônica.
• Decretar busca domiciliar de pessoas ou documentos
(inviolabilidade domiciliar é reserva de jurisdição).
19 - ACO 730, Rei. min. Joaquim Barbosa, julgamento em 22/9/04, Plenário. DJ de 11/11 /05.
estes poderes.
Gabarito: Correto
GABARITO: