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NBR 5410
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
Sumário
1 Histórico 014
2 Objetivos, campo de aplicação e abrangência 014
3 Origem da instalação 014
4 Aspectos gerais de projeto 015
13
5 Iluminação 022
6 Proteção contra choques elétricos 031
7 Proteção contra efeitos térmicos (incêndios e queimaduras) 035
8 9Proteção contra sobrecorrentes 037
9 9Proteção contra sobretensões 037
10 Proteção contra mínima e máxima tensão, falta de fase e inversão de fase 057
11 Proteção das pessoas que trabalham nas instalações elétricas de baixa tensão 057
12 Serviços de segurança 058
13 Seleção e instalação dos componentes 060
14 Linhas elétricas 069
15 Dimensionamento de condutores 090
16 Aterramento e equipotencialização 105
17 Seccionamento e comando 116
18 Circuitos de Motores 117
19 Conjuntos de proteção, manobra e comando (quadros de distribuição) 120
corrente alternada, funcionam com tensão superior a 1.000 V, como quais a instalação deve satisfazer. As instalações elétricas cobertas
é o caso de circuitos de lâmpadas de descarga, de precipitadores pela norma estão sujeitas também, naquilo que for pertinente, às
eletrostáticos etc.; normas para fornecimento de energia estabelecidas pelas autoridades
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reguladoras e pelas empresas distribuidoras de eletricidade. determinada por cargas ou por grupo de cargas e, geralmente,
Desta forma, as prescrições estabelecidas em regulamentações baseia-se nos dados conhecidos de outras instalações similares.
federais, estaduais e municipais podem ser aplicadas nas instalações No que diz respeito às cargas deve-se considerar para um
elétricas de baixa tensão sem causar conflitos legais com o texto da equipamento a sua potência nominal dada pelo fabricante ou
norma brasileira. Por exemplo, prescrições específicas do Corpo de calculada a partir dos dados de entrada (tensão nominal, corrente
Bombeiros sobre iluminação de emergência, bombas de incêndio, nominal e fator de potência), ou calculada a partir da potência de
etc., podem ser acomodadas no projeto elétrico sem conflitos. Da saída, caso seja conhecido o rendimento do equipamento (Figura 2).
mesma forma, apesar de a NBR 5410:2004 incluir os componentes
do padrão de entrada da concessionária, uma vez que ela tem origem
de aplicação no ponto de entrega, o item 1.7 mantém a autoridade Equipamento de utilização
da empresa distribuidora de energia elétrica em definir como será
construído esse padrão de entrada.
UN, IN, PN (P N)
cos Φ N
η
(Entrada) (Saída)
Rendimento η = PN / PN
seja adequadamente avaliado, o valor final da potência de alimentação Por exemplo, em uma sala de 4 m x 5 m, ou seja, com área de 20 m2
pode resultar em subdimensionamento dos circuitos elétricos. (20 = 6 + 4 + 4 + 4 + 2), a potência de iluminação mínima a ser atribuída
Conforme o caso, a potência de alimentação deve ser a este cômodo será de 100 + 60 + 60 + 60 = 280 VA.
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• Em halls de serviço, salas de manutenção e salas de equipamentos, tais Sugestão 2: conforme indicado no livro Instalações elétricas industriais,
como casas de máquinas, salas de bombas, barriletes e locais análogos, de João Mamede Filho
deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada de uso geral, e aos Para escritórios comerciais ou locais similares com área ≤ 37 m2,
circuitos termi-nais respectivos deve ser atribuída uma potência de no a quantidade mínima de tomadas de uso geral deve ser calculada pelo
mínimo 1.000 VA. critério, dentre os dois seguintes, que conduzir ao maior número:
• Quando um ponto de tomada for previsto para uso específico,
deve ser a ele atribuída uma potência igual à potência nominal do • Um ponto de tomada para cada 3 m, ou fração, de perímetro.
equipamento a ser alimentado ou à soma das potências nominais • Um ponto de tomada para cada 4 m2, ou fração, de área.
dos equipamentos a serem alimen-tados. Quando valores precisos
não forem conhecidos, a potência atribuída ao ponto de tomada deve Para escritórios comerciais ou locais análogos com área > 37 m2, a
seguir um dos dois seguintes critérios: (1) a potência ou soma das quantidade mínima de tomadas de uso geral deve ser calculada com base
potências dos equipamentos mais potentes que o ponto pode vir a no seguinte critério: 8 pontos de tomadas para os primeiros 40 m2 e 3
alimentar; (2) a potência deve ser calculada com base na corrente de pontos de tomada para cada 37 m2, ou fração, de área restante.
projeto e na tensão do circuito respectivo. Em lojas e locais similares, devem ser previstos pontos de tomadas de
uso geral em quantidade nunca inferior a um ponto de tomada para cada
- Os pontos de tomada de uso específico devem ser localizados no 37 m2, ou fração, não consideradas as tomadas para a ligação de lâmpadas,
máximo a 1,5 m do ponto previsto para a tomadas de vitrines e tomadas para a demonstração de aparelhos.
localização do equipamento a ser alimentado.
- Os pontos de tomada destinados a alimentar mais de um equipamento 4.1.2.2 Locais residenciais
16 devem ser providos com a quantidade
adequada de tomadas. A seção 9.5.2 da NBR 5410 trata de aspectos relacionados à previsão
de carga de tomadas em instalações residenciais, conforme descrito a
A NBR 5410 não tem prescrições específicas sobre previsão de seguir.
quantidade de pontos de tomadas em locais não residenciais. Um ponto de tomada é um ponto de utilização de energia elétrica em
Seguem-se algumas recomendações baseadas em literaturas: que a conexão dos equipamentos a serem alimentados é feita por meio
de tomada de corrente. Um ponto de tomada pode conter uma ou mais
Locais industriais tomadas de corrente.
A norma define o número mínimo de pontos de tomadas que devem
A quantidade e a potência das tomadas em locais industriais ser previstos num local de habitação, a saber:
dependem do tipo de ocupação dos diversos locais e devem ser • em banheiros deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada
determinadas caso a caso. próximo ao lavatório;
• em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais
Escritórios comerciais e locais similares análogos deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada para cada
3,5 m, ou fração, de perímetro. E acima da bancada da pia em cozinhas,
Sugestão 1: conforme indicado no livro Instalações elétricas, de Ademaro copas e copas-cozinhas devem ser previstas no mínimo duas tomadas de
Cotrim corrente, no mesmo ponto de tomada ou em pontos distintos (Figura 3);
Para escritórios comerciais ou locais similares com área ≤ 40 m2,
a quantidade mínima de tomadas de uso geral deve ser calculada pelo
critério, dentre os dois seguintes, que conduzir ao maior número:
A partir dessas designações, são definidos os esquemas TT, TN e IT, No esquema TT, o ponto da alimentação (em geral, o secundário
descritos a seguir. do transformador com seu ponto neutro) está diretamente aterrado e
as massas da instalação estão ligadas a um eletrodo de aterramento
4.2.3.1 Esquema TN (ou a mais de um eletrodo) independentemente do eletrodo de
aterramento da alimentação (Figura 6).
No esquema TN, um ponto da alimentação, em geral, o neutro, é
diretamente aterrado e as massas dos equipamentos elétricos são ligadas
a esse ponto por um condutor metálico (Figura 5).
UC
RF RM
Uc
do condutor neutro (N), em que, instantaneamente, o potencial do e à eventual impedância existente entre a alimentação e a terra.
condutor de fase passa para a massa da carga, colocando em risco a Somente em dupla falta fase-massa, em fases distintas, a corrente
segurança das pessoas. de curto-circuito poderá provocar a atuação da proteção.
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b) conjuntos de manobra especialmente projetados para efetuar Em geral, quanto maior o número, mais severa é a intensidade
o intercâmbio das fontes de alimentação; daquela determinada influência.
c) linhas abertas e nas quais os condutores de uma e de outra
alimentação sejam adequadamente identificados. Na NBR 5410, há três tipos de tabelas de influências
externas diretamente relacionadas entre si, conforme indicado
na Figura 11.
A partir dos conceitos anteriores, cabe ao projetista classificar
as influências externas predominantes na instalação elétrica
de média tensão, observando-se que nem todas as influências
precisam estar presentes numa instalação ou, às vezes, mesmo
presentes, elas podem ser desprezadas.
Para efeito de exemplo de aplicação das tabelas indicadas
na Figura 10, suponha-se que tenha sido verificado que, no local
Figura 9 – Compartilhamento de linhas elétricas onde será instalado um barramento blindado de baixa tensão,
existe uma rede de sprinklers instalada sobre o barramento
4.7 Influências externas blindado. Neste caso, pode-se adotar um dos três procedimentos
descritos a seguir (Figura 11):
A classificação das influências externas sobre a instalação
de baixa tensão deve ser realizada nas fases de elaboração e • (A) Considerando-se que não seja colocado nenhum anteparo
execução das instalações elétricas, sendo fundamental para a entre o barramento blindado e a rede de sprinklers, o barramento
correta seleção e utilização dos componentes e para a garantia estará sujeito a uma “chuva” de água após uma eventual atuação
da segurança e funcionamento da instalação. da rede de sprinklers. Neste caso, a influência externa sobre o
Conforme 4.2.6 da NBR 5410, cada condição de influência barramento é AD4 (conforme Tabela 4 da norma), resultando em
externa é designada por um código que compreende sempre um grupo um grau de proteção mínimo do barramento IPX4;
de duas letras maiúsculas e um número, como descrito a seguir: • (B) Considerando-se que seja colocado m anteparo entre o
barramento blindado e a rede de sprinklers, o barramento não
• Primeira letra: indica a categoria geral da influência externa: estará sujeito a uma “chuva” de água após uma eventual atuação
20 A = meio ambiente; da rede de sprinklers. Neste caso, a influência externa sobre o
B = utilização; barramento é AD1 (conforme Tabela 4 da norma), resultando em
C = construção das edificações. um grau de proteção mínimo do barramento IPX0;
• Segunda letra (A, B, C,...) indica a natureza da influência • (C) Considerando-se que não seja colocado nenhum anteparo
externa. entre o barramento blindado e a rede de sprinklers, e que o
• Número (1, 2, 3,...) indica a classe de cada influência externa. projetista avalie que a atuação dos sprinklers não é uma situação
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Tabela A.2 – Classificação das influências externas de locais de afluência de público
Item Local AD AH BB BC BD BE
01 Auditórios, salas de conferência/reuniões, cinemas hotéis, motéis e
similares, locais de culto, estabelecimentos de atendimento ao público, -*) -*) -*) 3**) 3 ou 4 2
bibliotecas, arquivos públicos, museus, salas de arte
Teatros, arenas, casas de espetáculos e locais análogos:
02 - palco 4 2**) 3 3**) 3 2
- demais locais -*) -*) -*) -*) 3 2
03 Salas polivalentes ou modulares, galpões de usos diversos e usos -*) -*) -*) -*) 3 ou 4 2
sazonais
04 Lojas de departamentos -*) -*) -*) 3**) 3 ou 4 2
Restaurantes, lanchonetes, boates, cafés e locais análogos: 4 -*) -*) 3 3 2
05 - cozinha
- demais locais -*) -*) -*) 3**) 3 2
06 Supermercados e locais análogos -*) -*) -*) 3 3 2
07 Circulações e áreas comuns em centros comerciais, -*) -*) -*) 3 3 2
shopping centers
08 Danceterias, salões de baile, salões de festas, salões de -*) 2**) -*) 3 3 ou 4 2
jogos , boliches, diversões eletrônicas e locais análogos
09 Estabelecimentos de ensino -*) -*) -*) 3 3 2
10 Estabelecimentos esportivos e de lazer cobertos -*) 2**) -*) 3 3 ou 4 2
11 Estabelecimentos esportivos e de lazer ao ar livre, estádios -*) 2**) 3 3**) 3 ou 4 2
12 Locais de feiras e exposições ao ar livre, parques de diversões, circos -*) 2**) 3 4**) 3 2
13 Locais de feiras e exposições cobertos, mercados -*) 2**) -*) 3 3 2
cobertos com boxes
14 Estruturas infláveis -*) -*) -*) -*) -*) 2
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A NBR 5413 - Iluminância de interiores estabelece os valores de • As refletâncias ou contrastes são relativamente altos;
iluminâncias médias mantidas em serviço para iluminação artificial • A velocidade e/ou precisão não são importantes;
em interiores, para diversas atividades e tarefas, como comércio, • A tarefa é executada ocasionalmente.
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luminárias, lâmpadas e dos equipamentos auxiliares, como reatores pela eficiência da lâmpada e dos equipamentos auxiliares (reatores,
para lâmpadas de descarga, os transformadores para as lâmpadas transformadores e controladores). No dimensionamento dos
halógenas e os controladores (drivers) para os leds. sistemas de iluminação é necessário conhecer os dados relativos ao
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para estimar o fator de manutenção (FM) ou fator de perdas adequados para as atividades desenvolvidas no local, pois, quanto
luminosas (FPL) mais eficiente for o conjunto luminária-lâmpada-equipamento
auxiliar, maior será a economia de energia obtida no sistema de
Etapa 1- Cálculo do Índice do local (K) iluminação proposto.
O índice do local (K) é uma relação definida entre as dimensões Etapa 3 - Determinação do Fator de Utilização (U)
(em metros) do local (Figura 14), calculado conforme as seguintes
equações: O fator de utilização (U) indica o desempenho da luminária no
ambiente considerado no cálculo, sendo apresentado em tabelas dos
Iluminação direta Iluminação indireta
fabricantes de luminárias. Para determinar o fator de utilização, basta
cxl 3xcxl cruzar o valor do índice do local (K) calculado anteriormente (dado
K= Ki =
h x(c + l) 2 x h x (c + l) na horizontal), com os dados de refletância das superfícies do teto,
parede e piso (dado na vertical), conforme indicado na Tabela 5.
c - comprimento do ambiente
l - largura do ambiente Tabela 5: Exemplo para determinação do Fator de Utilização de luminárias
• Equipamentos auxiliares: potência consumida, fator de potência, Para reduzir a depreciação da luminária, deve-se adotar uma
fator de fluxo luminoso, distorção harmônica. manutenção periódica dos sistemas através da limpeza de lâmpadas
Recomenda-se o emprego de componentes mais eficientes e e luminárias e substituição programada de lâmpadas.
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Etapa 5 – Determinar o Fator de Fluxo Luminoso • Recomenda-se que as distâncias “a” e “b” entre luminárias sejam
o dobro da distância entre estas e as paredes laterais;
O fator de fluxo luminoso (FFL), ou fator de reator, é o fator • Recomenda-se sempre o acréscimo de luminárias quando
que irá determinar o fluxo luminoso emitido pelas lâmpadas com a quantidade resultante do cálculo não for compatível com a
reatores eletrônicos. É a razão do fluxo luminoso emitido por uma distribuição desejada.
lâmpada de referência, funcionando com reator comercial, pelo
fluxo luminoso emitido pela mesma lâmpada quando funcionando
com o reator de referência.
Assim, quando:
a)Determinação da iluminância requerida conforme norma Tabela 8: Comparação de dados medidos das amostras de lâmpadas incandescentes,
fluorescentes compactas e de leds
NBR 5413
Caso 1: Caso 2: Caso 2:
Lâmpadas Incandescente Fluorescente Fluorescente
Tomando-se como exemplo uma sala de estar de 10m2 (2,5 m compacta compacta
de largura x 4,0 m de comprimento x 2,75 m de pé direito), verifica- Potência 60W 15W 12W
se na Tabela 7 (em destaque) que a iluminância média geral varia Amostra 1 2 3 4 5 6
Tensão (V) 127V 127V 127V 127V 127V 127V
de 100 a 200 lux. Nos cálculos a seguir será adotado o valor médio
Temperatura de cor (K) 2830 2842 2816 2861 2678 2673
de 150 lux.
Indice de reprodução de cor (Ra) 100 100 83 82 81 81
Fluxo (lm) 796 825 973 911 827 822
b) Escolha da luminária
Eficiência luminosa (lm/W) 13,5 13,8 66,6 66,0 64,5 65,5
Tensão medida (V) 127 127 127 127 127 127
No exemplo será considerado um mesmo modelo de luminária Corrente medida(A) 0,456 0,468 0,186 0,177 0,1 0,1
para duas lâmpadas base E27 (Figura 16), que pode acomodar Fator de potência medido 1,00 1,00 0,62 0,61 0,127 0,124
lâmpadas incandescentes de 60 W (caso 1), fluorescentes compactas Distorção harmônica tensão 1,7% 2,7% 2,1%
de 15 W (caso 2) ou lampleds (lâmpadas de leds) de 12 W (caso 3). Distorção harmônica corrente 2,0% 109,0% 70,0%
Potência ativa (W) 59 60 15 14 13 13
Economia potência ativa (%) - 76% 79%
Potência aparente (VA) 59 60 24 23 16 16
Economia (%) - 61% 73%
27
Figura 16: Luminária utilizada no exemplo
c) Lâmpadas
spectrum 1.0-125.194mW/nm
1.2
1.0
0.8
Voltage
0.6
Resolution: 178.94 V/div
Crest Value: 178.9 V 0.4
Current 0.2
Figura 18: Curva de tensão e corrente de uma lâmpada de led de 12W Figura 21: Distribuição espectral de uma lâmpada de led 12 W – 3000 K
spectrum
1.0-125.194mW/nm • Dimensões da sala: 2,5 m de largura x 4,0 m de comprimento x
1.2
2,75 m de pé direito;
1.0
• Plano de trabalho a 0,75 m do piso;
0.8 • Refletâncias de teto 70%, paredes 50% e piso 10%;
• Ambiente normal e manutenção periódica de 7500 horas
0.6
0.4
Etapa 1- Cálculo do Índice do local (K)
cxl
0.2
K=
h x(c + l)
NBR 5410
0.0
300 400 500 600 700
Wavelength (nm)
4 x 2,5
Figura 20 - Distribuição espectral de uma lâmpada fluorescente compacta 15 Ki = = 0,77
W – 3000 K 2 x (4 + 2,5)
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TETO (%) 70 50 30 0
PAREDE(%) 50 30 10 50 30 10 30 10 0
PISO (%) 10 10 10 0
K FATOR DE UTILIZAÇÃO (X0.01)
0,60 23 19 17 23 19 16 19 16 15
0,80 28 24 21 27 24 21 23 21 19
1,00 32 28 25 31 27 25 27 24 23
1,25 36 32 29 35 31 29 30 28 26
1,50 39 35 32 37 34 32 33 31 29
2,00 43 40 37 41 39 36 37 35 34
2,50 45 43 40 44 41 39 40 39 37
3,00 47 45 43 46 43 42 42 41 39
4,00 49 48 46 48 46 45 46 43 41
5,00 51 49 48 49 48 46 46 45 43
Figura 22: Fator de utilização e curva de distribuição luminosa da luminária com 2 lâmpadas incandescentes de 60 W
TETO (%) 70 50 30 0
PAREDE(%) 50 30 10 50 30 10 30 10 0
PISO (%) 10 10 10 0
K FATOR DE UTILIZAÇÃO (X0.01)
0,60 17 14 12 16 14 12 14 12 11
0,80 21 18 15 20 17 15 17 15 14
1,00 24 21 19 23 20 18 20 19 17
1,25 26 23 21 26 23 21 22 20 19
1,50 28 26 23 27 25 23 24 23 21
29
2,00 31 29 27 30 28 26 27 26 25
2,50 33 31 29 32 30 29 29 28 27
3,00 34 33 31 33 32 30 31 30 28
4,00 36 35 33 35 34 32 33 32 30
5,00 37 36 35 36 35 34 34 33 31
Figura 23: Fator de utilização e curva de distribuição luminosa da luminária com 2 lâmpadas compactas de 15 W
TETO (%) 70 50 30 0
PAREDE(%) 50 30 10 50 30 10 30 10 0
PISO (%) 10 10 10 0
K FATOR DE UTILIZAÇÃO (X0.01)
0,60 19 16 13 18 15 13 15 13 12
0,80 23 19 17 22 19 17 18 16 15
1,00 26 23 20 25 22 20 21 19 18
1,25 29 26 2 28 25 23 24 22 21
1,50 31 28 26 30 27 25 27 25 23
2,00 34 32 30 33 31 29 30 28 27
2,50 36 34 32 35 33 31 32 31 29
3,00 38 36 34 36 35 33 34 32 31
4,00 39 38 35 38 37 36 36 35 33
5,00 41 39 38 39 38 37 37 36 34
NBR 5410
Figura 24: Fator de utilização e curva de distribuição luminosa da luminária com 2 lâmpadas de led de 12 W
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Etapa 2 - Definição dos componentes Tabela 9: Comparação de dados das luminárias e resultados
do Método dos Lumens
O fator de fluxo luminoso para as três condições é igual a 1,0, f) C álculo da previsão de potência de iluminação para
uma vez que está sendo adotado o fluxo luminoso medido das locais residenciais conforme a NBR 5410
lâmpadas analisadas.
30 Conforme tratado em 4.1.1.2 deste guia, em 9.5.2 da NBR
Etapa 6 - Dimensionamento 5410 determina-se que, em cômodos com área igual ou inferior
a 6 m2, deve ser prevista uma carga mínima de iluminação de
Para determinação da quantidade de luminárias utiliza-se a 100 VA e com área superior a 6 m2 deve ser prevista uma carga
fórmula: mínima de 100 VA para os primeiros 6 m2, acrescida de 60 VA
Emed x A para cada aumento de 4 m2 inteiros.
N=
n x φn x U x FM x FFL No exemplo em questão, onde a sala tem 10 m2 (6 + 4), a
Onde: potência de iluminação mínima a ser atribuída a este cômodo
será de 100 + 60 = 160 VA.
N: número necessário de luminárias
Emed: 150 lux g) C onclusão
A: 10 m2
N: 2 Comparando-se os valores de potência aparente da Tabela
φn : fluxo luminoso de cada lâmpada (lm) 9 (714, 282 e 192 VA), respectivamente, para lâmpada
U: fator de utilização (definido na etapa 3) incandescente, fluorescente compacta e led) calculados pelo
FM: 0,8 (definido na etapa 4) Método dos Lumens conforme iluminância média da NBR
FFL: 1,0 (definido na etapa 5) 5413 com o valor de 160 VA calculado de acordo com o item
9.5.2.1 da NBR 5410, verifica-se uma grande diferença.
A Tabela 9 resume os dados fotométricos das luminárias e os O exemplo em questão considerou um cômodo específico,
resultados do cálculo luminotécnico pelo Método dos Lumens para mas o resultado obtido pode ser estendido a outros locais da
os três casos em análise. residência. Desta forma, mesmo com o amparo técnico da
Embora 5 luminárias atendam as condições de projeto para a prescrição da NBR 5410, recomenda-se que o projetista avalie
sala considerada, para melhor distribuição espacial foi considerada criteriosamente a sua utilização em determinados projetos.
a instalação de 6 (seis) luminárias no ambiente. Assim, o nível de Por existir uma norma específica sobre o tema de iluminação,
sempre que possível seria recomendável realizar o projeto
NBR 5410
• Para determinar a corrente (mA) que, circulando por 5 segundos, seja segura em relação à proteção contra choques elétricos. Tal
tem 0,5% de probabilidade de causar uma fibrilação ventricular, princípio determina que partes vivas perigosas não devem ser
multiplicar o peso da pessoa (em libras; 1 lb = 0,453 kg) por 0,49. acessíveis e que massas não devem oferecer perigo em condições
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normais e no caso de falhas. Em outros casos, pode-se prover a isolação básica em campo como,
Partes vivas são condutores destinados a serem energizados por exemplo, recobrindo-se uma emenda de condutores com fita
em condições de uso normais (condutores de fase), incluindo isolante ou recobrindo-se um barramento com uma manta, tubo ou
também o condutor neutro. luva isolante. Ou então isolando as extremidades dos condutores com
Massa é uma parte condutora que pode ser tocada e que conectores de torção, conforme Figura 27.
normalmente não é viva, mas pode tornar-se viva em caso de
falha da isolação. São exemplos de massa as carcaças metálicas 6.4 Barreira
dos equipamentos eletroeletrônicos, dos quadros, dos motores, dos
transformadores, etc. Barreira é um elemento que assegura proteção contra contatos
Para atender a este princípio, as medidas mais usuais a serem diretos de uma pessoa com partes vivas em todas as direções usuais
implementadas, em conjunto, nas instalações elétricas são as de acesso. É o caso, por exemplo, de uma tampa colocada sob a
seguintes: porta dos quadros elétricos que impede o contato das pessoas com
os barramentos vivos no interior do quadro (Figura 28).
• Prover as partes vivas com uma isolação básica;
• Usar barreiras ou invólucros apropriados para manter as partes
vivas inacessíveis;
• Aterrar e equipotencializar a instalação; Porta
• Isolação dupla;
• Separação elétrica;
• Limitação de tensão (SELV e PELV).
Figura 28: Quadro com porta e tampa
6.3 I solação básica
32 6.5 I nvólucro
Em muitos casos, a isolação básica já vem no produto de fábrica
como, por exemplo, a isolação dos fios e cabos elétricos (Figura 26). Invólucro é um elemento que assegura proteção contra
contatos diretos em qualquer direção. É um conceito semelhante
ao da barreira, porém mais amplo, uma vez que o invólucro deve
“envolver” completamente o componente, impedindo o acesso
direto as suas partes vivas partindo de qualquer e todas as direções.
Condutor
É o caso, por exemplo, de uma caixa de ligação de tomadas,
interruptores ou motores provida de tampa (Figura 29).
Isolação básica
do funcionamento adequado dos sistemas de proteção contra choque elétrico consiste em desligar automaticamente toda
choques elétricos, sobretensões, descargas atmosféricas, descargas instalação ou parte dela para que o perigo seja eliminado e a
eletrostáticas, além de ajudar a garantir o funcionamento adequado pessoa protegida.
dos equipamentos de tecnologia de informação (computadores, Para compreender melhor este tema, vamos observar a
centrais telefônicas, modems, controladores lógicos, etc.). O figura 31.
capítulo 15 deste guia trata o assunto em detalhes. Ocorrendo em qualquer ponto uma falta de impedância
desprezível entre um condutor de fase e o condutor de proteção
6.7 Tipo de tomada para instalações residenciais e análogas ou uma massa, conforme indicado na Figura 31, um dispositivo
de seccionamento automático deve desligar o circuito em um
A NBR 5410 estabelece em 5.1.2.2.3.6 que todo circuito deve tempo bastante reduzido e seguro.
dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão. E acrescenta No esquema TN, a equipotencialização via condutores
em 6.5.3.1 que todas as tomadas de corrente fixas das instalações de proteção, conforme 5.1.2.2.3, deve ser única e geral,
devem ser do tipo com contato de aterramento (PE), sendo que as envolvendo todas as massas da instalação, e deve ser
tomadas de uso residencial e análogo devem ser conforme NBR interligada com o ponto da alimentação aterrado, geralmente
NM 60884-1 e NBR 14136. o ponto neutro. Recomenda-se o aterramento dos condutores
A NBR NM 60884-1 é a norma que testa as tomadas em geral, de proteção em tantos pontos quanto possível. Além disso, em
qualquer que seja o seu desenho (configuração) e a NBR 14136 é a construções de porte, tais como edifícios de grande altura, a
norma que padroniza o formato das tomadas para uso residencial e realização de equipotencializações locais, entre condutores de
análogo até 20 A – 250 V (Figura 30). proteção e elementos condutivos da edificação, cumpre o papel
de aterramento múltiplo do condutor de proteção;
No esquema TN, as características do dispositivo de
proteção e a impedância do circuito devem ser tais que, ocor-
rendo em qualquer ponto uma falta de impedância desprezível
entre um condutor de fase e o condutor de proteção ou uma
massa, o seccionamento automático se efetue em um tempo no
máximo igual ao especificado na tabela 25 da norma.
Zs . Ia ≤ Uo
Figura 30: Tomada padrão NBR 14136 onde:
Desta forma, de acordo com a norma, é obrigatório
distribuir o condutor de proteção (PE) em todos os circuitos Zs é a impedância, em ohms, do percurso da corrente de falta,
e utilizar todas as tomadas de corrente com o contato de composto da fonte, do condutor vivo, até o ponto de ocorrência
terra disponivel. Consequentemente, em todas as caixas de da falta, e do condutor de proteção, do ponto de ocorrência da
derivação e passagem deverá estar disponibilizado o condutor falta até a fonte;
de proteção (verde ou verde-amarelo) em seu interior. Ia é a corrente, em ampères, que assegura a atuação do dispositivo
de proteção num tempo no máximo igual ao especificado na
6.8 S eccionamento automático da alimentação elétrica tabela 25 da norma, ou a 5 s, nos casos previstos na alínea c)
de 5.1.2.2.4.1;
O seccionamento automático da instalação no caso da Uo é a tensão nominal, em volts, entre fase e neutro, valor
ocorrência de uma situação que possa resultar em perigo de eficaz em corrente alternada.
dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade visa casos concebidos em esquema IT, visando garantir continuidade
com os de falha de outros meios de proteção e de descuido de serviço, quando essa continuidade for indispensável à
ou imprudência do usuário. No entanto, é importante destacar segurança das pessoas e à preservação de vidas, como, por
que a utilização desses DRs de alta sensibilidade nestes locais exemplo, na alimentação de salas cirúrgicas ou de serviços de
não é reconhecida como constituindo em si uma medida de segurança.
proteção completa e não dispensa, em absoluto, o emprego de • Quando o risco de desligamento de congeladores por atuação
uma das outras medidas de proteção descritas (principalmente intempestiva da proteção, associado à hipótese de ausência
o uso do condutor de proteção em todos os circuitos) prolongada de pessoas, significar perdas e/ou conseqüências
34 Os locais que são objeto da medida de proteção adicional sanitárias relevantes, recomenda-se que as tomadas de
por uso de DR de alta sensibilidade são os seguintes: corrente previstas para a alimentação de tais equipamentos
sejam protegidas por dispositivo DR com característica de
• Nos circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos alta imunidade a perturbações transitórias, que o próprio
de utilização (iluminação e força) situados em cozinhas, copas- circuito de alimentação do congelador seja, sempre que
cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais possível, independente e que, caso exista outro dispositivo DR
dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a a montante do de alta imunidade, seja garantida seletividade
lavagens. Há uma exceção a esta regra unicamente para os de entre os dispositivos (sobre seletividade entre dispositivos DR.
pontos de iluminação situados a mais de 2,50 m do piso; Alternativamente, porém menos comum de se utilizar na
• Nos circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam prática, ao invés de dispositivo DR, a tomada destinada ao
a pontos de tomada situados em cozinhas, copas-cozinhas, congelador pode ser protegida por separação elétrica individual,
lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências recomendando-se que também aí o circuito seja independente e
internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens; que caso haja dispositivo DR a montante, este seja de um tipo
• Nos circuitos que, em qualquer tipo de edificação, sirvam a imune a perturbações transitórias.
pontos de utilização (iluminação e força) situados em locais Os dispositivos DRs podem ser individuais por circuitos,
contendo banheira ou chuveiro; ou por grupos de circuitos ou pode ainda ser usado um único
• Nos circuitos que, em qualquer tipo de edificação, sirvam a DR protegendo todos os circuitos de uma instalação (Figura
tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação 32).
ou tomadas de corrente situadas em áreas internas mas que Em 6.3.3.2.6, a norma lembra que os DRs devem ser
possam vir a alimentar equipamentos no exterior da edificação. escolhidos e os circuitos devem ser divididos de tal modo que a
soma das correntes de fuga à terra que podem circular pelo DR
Em relação a estas prescrições, valem as seguintes durante o funcionamento normal das cargas não seja suficiente
observações gerais: para provocar a atuação do dispositivo.
Como as normas de DRs indicam que eles já podem atuar
• No que se refere a tomadas de corrente, a exigência de a partir de 50% de sua corrente de disparo nominal, é preciso
NBR 5410
proteção adicional por DR de alta sensibilidade se aplica às conhecer com bastante detalhe as cargas que serão alimentadas
tomadas com corrente nominal de até 32 A. por um único DR. Por exemplo, um DR de corrente nominal
• A exigência não se aplica a circuitos ou setores da instalação de disparo de 30 mA pode disparar a partir de correntes de
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
fuga à terra maiores ou iguais a 15 mA. E dependendo da Tabela 11: correntes nominais de DRs
natureza das várias cargas ligadas a um único DR de 30 mA, IΔn (atuação) In (A)
25
este valor (15 mA) pode ser facilmente atingido, resultando
40
em constantes desligamentos da instalação e causando enorme
30 mA, 100 mA, 63
desconforto aos usuários. Uma solução que pode conciliar
300 mA e 500 mA 80
custo com continuidade de operação é o uso de um DR para um
100
determinado grupo de circuitos. 125
Os tipos mais usuais de DRs encontrados no Brasil
são aqueles para instalação em quadros e geralmente são Em 6.3.3.2.5, a norma determina que o circuito magnético do
comercializados nas versões bipolares e tetrapolares (Figura DR deve envolver todos os condutores vivos do circuito ou grupo
33 e Tabela 11). Devem atender as normas NBR NM 61008-1e de circuitos protegidos, inclusive o neutro, mas não pode envolver
NBR NM 61008-2-1. o condutor de proteção, o qual deve passar “por fora” do DR.
Podem ainda ser na versão Interruptor DR (IDR) ou A Figura 34 mostra exemplos de ligação de dispositivos DR em
Disjuntor DR (DDR): no primeiro caso, o dispositivo atua um circuitos terminais típicos.
apenas para seccionar o circuito no caso de correntes de fuga
à terra, enquanto que no segundo caso, atua adicionalmente na 7 Proteção contra efeitos térmicos
proteção do circuito contra sobrecargas e curtos-circuitos. (incêndios e queimaduras)
NBR 5410
7.1.1 G eral
de combustão difícil e de baixa condutância térmica. Nas instalações elétricas de locais BD3 ou BD4 e em saídas
Para atender às prescrições anteriores, fica evidente que é de emergência é terminantemente proibido o uso de componentes
fundamental conhecer previamente as temperaturas máximas contendo líquidos inflamáveis.
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
Os equipamentos elétricos devem ser limitados aos que o local Partes acessíveis Material das Temperaturas
partes acessíveis máximas °C
exige, para as atividades aí desenvolvidas.
Alavancas, volantes ou punhos Metálico 55
Os dispositivos de proteção, comando e seccionamento devem
de dispositivos de manobra Não-metálico 65
ser dispostos fora dos locais BE2, a menos que eles sejam alojados
Previstas para serem tocadas, Metálico 70
em invólucros com grau de proteção adequado a tais locais, no
mas não empunhadas Não-metálico 80
mínimo IP4X. Não destinadas a serem Metálico 80
Quando as linhas elétricas não forem totalmente embutidas tocadas em serviço normal Não-metálico 90
(imersas) em material incombustível, devem ser tomadas
precauções para garantir que elas não venham a propagar
chama. Em particular, os condutores e cabos devem ser não- 8 Proteção contra sobrecorrentes
propagantes de chama. Os condutores PEN não são admitidos
nos locais BE2, exceto para circuitos que apenas atravessem As medidas de proteção contra sobrecorrentes da NBR 5410
o local. foram incluidas no guia no capitulo 16
Os motores comandados automaticamente ou a distância,
ou que não sejam continuamente supervisionados, devem ser
protegidos contra sobreaquecimento por sensores térmicos.
9 Proteção contra sobretensões
As luminárias devem ser adequadas aos locais e providas de
A proteção contra sobretensões é tratada na NBR 5410 nos itens
invólucros que apresentem grau de proteção no mínimo IP4X. Se o
indicados na Tabela 13.
local oferecer risco de danos mecânicos às luminárias, elas devem
ter suas lâmpadas e outros componentes protegidos por coberturas
Tabela 13: Itens da NBR 5410 sobre proteção contra sobretensões
plásticas, grelhas ou coberturas de vidro resistentes a impactos,
Prescrições Características Medidas de Seleção e
com exceção dos porta-lâmpadas (a menos que comportem tais 37
fundamentais geraisv proteção instalação
acessórios). 3.3 4.1.5 5.4 6.3.5
Para limitar os riscos de incêndio suscitados pela circulação
de correntes de falta, é bastante recomedável que o circuito Em função de sua origem, as sobretensões que podem ocorrer em
correspondente deva ser: uma instalação elétrica de baixa tensão e que são abordadas na NBR
5410 são classificadas em temporárias e transitórias.
a) protegido por dispositivo a corrente diferencial-residual
(dispositivo DR) com corrente diferencial-residual nominal de 9.1 Sobretensões temporárias
atuação de no máximo 500 mA; ou
b) supervisionado por um DSI (dispositivo supervisor de isolamento) Uma sobretensão temporária ocorre quando existe uma falha de
ou por um dispositivo supervisor a corrente diferencial-residual, isolamento para outra instalação de tensão mais elevada ou quando
ajustados para sinalizar a ocorrência de falta em bases no máximo acontece a perda do condutor neutro em esquemas de aterramento TN
equivalentes àquelas da alínea anterior. e TT.
As sobretensões causadas por falhas do isolamento em instalação
7.2 Proteção contra queimaduras de tensão mais elevada acontecem nas seguintes situações:
De acordo com 5.2.3 da NBR 5410, as partes acessíveis de • Quando ocorre uma falta para terra no lado da instalação de tensão
equipamentos elétricos que estejam situadas na zona de alcance mais elevada;
normal não devem atingir temperaturas que possam causar • Quando um condutor do circuito de tensão mais elevada
queimaduras em pessoas e, para tanto, devem atender aos limites acidentalmente entra em contato com outro condutor do circuito de
de temperatura indicados na tabela 29 da norma (Tabela 12 deste tensão mais baixa;
guia). Além disso, todas as partes da instalação que possam, em • Quando ocorre defeito interno no transformador como, por exemplo, o
serviço normal, atingir, ainda que por períodos curtos, temperaturas contato entre os enrolamentos de alta e de baixa tensão ou, o que é mais
que excedam os limites dados na Tabela 12, devem ser protegidas comum, o contato por rompimento da isolação entre o enrolamento de
contra qualquer contato acidental. Isso pode ser conseguido, por alta tensão e a carcaça.
NBR 5410
exemplo, pela colocação fora de alcance ou pela instalação de Esses casos são chamados de sobretensão “à frequência industrial”
barreiras ou obstáculos que impeçam o contato acidental com as ou “temporária”, porque colocam os circuitos de tensão mais elevada
superfícies quentes.
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
e mais baixa praticamente no mesmo potencial a partir do ponto de os componentes devem possuir uma tensão nominal de isolamento de,
contato. pelo menos, 380 V (valor entre fases). Como exemplos da aplicação
Se a instalação de tensão mais baixa não tiver condutor neutro deste requisito, um condutor elétrico isolado para 450/750 V (suporta
diretamente aterrado, seu potencial atingirá quase que instantaneamente 450 V entre fase-neutro e 750 V entre fases) atende ao requisito da
o potencial da instalação de tensão mais elevada. Por outro lado, se norma, assim como um disjuntor 460 Vca e quadro elétrico 750 V, etc.
a instalação de tensão mais baixa tiver condutor neutro diretamente Em particular, nas instalações com esquema TT, deve-se verificar
aterrado, muito embora circule uma corrente elétrica de maior se as sobretensões temporárias provocadas pela ocorrência de falta
intensidade no circuito (corrente de falta), a tensão transferida será à terra na média tensão são compatíveis com a tensão suportável à
menor do que o caso anterior. frequência industrial dos componentes da instalação BT. O item 5.4.1.2
Para reduzir a possibilidade da ocorrência de sobretensões da norma indica as condições para se fazer essa verificação.
temporárias nas instalações elétricas de baixa tensão que possuem A tensão nominal de isolamento que é mencionada no texto
circuitos operando em tensões diferentes, o item 6.2.9.5 da NBR 5410 da NBR 5410 é a tensão suportável à frequência industrial dos
prescreve que os condutores de faixas de tensão diferentes (Faixa I e componentes da instalação de baixa tensão, definida (NBR 5460)
II definidas no Anexo A da norma) não utilizem os mesmos condutos como o valor eficaz da tensão à frequência nominal do sistema que
fechados ou que sejam instalados em compartimentos separados em um equipamento elétrico pode suportar. Apesar da clara definição do
condutos abertos. termo, esse valor é indicado nos catálogos dos fabricantes através
Apesar de esta prescrição indicar a separação de circuitos apenas de diferentes termos, tais como “tensão nominal”, “tensão nominal
entre os dois grandes grupos (faixas) de tensão (faixa I até 50 Vca e de serviço”, “tensão de isolamento” ou “classe de isolação”, dentre
faixa II acima de 50 Vca até 1000 Vca), é muito recomendável que outros. Exemplos: condutor isolado 450/750 V; disjuntor 460 Vca;
sejam separados eventuais circuitos que operam em tensões diferentes quadro elétrico 750 V, etc.
dentro da faixa II. Por exemplo, caso existam na mesma cseparados
fisicamente de outros que operam em 220/380 V, e assim por diante. 9.2 Sobretensões transitórias
Embora a NBR 5410 seja omissa, é óbvio que essa recomendação é
mais adequada ainda no caso da separação física entre circuitos de 9.2.1 Conceitos
baixa tensão (até 1000 Vca) e circuitos de tensões acima de 1000 Vca.
Seguindo-se o conceito de separação física (por meio de barreiras As principais origens das sobretensões transitórias são aquelas
ou invólucros) dos circuitos, é mais provável que a ocorrência de devidas às descargas atmosféricas, descargas oriundas do acúmulo de
38 sobretensões temporárias fique restrita ao caso de falhas internas do eletricidade estática entre pontos diferentes da instalação e manobras
transformador que, embora possíveis, não são muito usuais quando se (chaveamentos) de circuitos (Figura x).
utilizam equipamentos de boa qualidade. As sobretensões provenientes das descargas atmosféricas que
Além da medida de proteção por separação física dos circuitos, a incidem diretamente nas edificações, em redes aéreas de alimentação
NBR 5140 trata, em 5.4.1.1, especificamente das situações que podem da instalação, ou muito próximo a elas, produzem tensões conduzidas
submeter os circuitos fase-neutro às sobretensões que podem atingir o e induzidas com impulsos caracterizados por seu valor de crista. Na
valor da tensão entre fases. Com isto, a NBR 5410 é omissa em relação prática, as sobretensões transitórias são aquelas que podem causar
aos casos que podem submeter os circuitos a sobretensões temporárias danos mais severos às instalações elétricas de energia e de sinal, aos
acima de 1000 Vca mencionadas anteriormente. equipamentos por elas servidos e aos seus usuários.
As situações que podem submeter os circuitos fase-neutro às As sobretensões causadas por manobra decorrem do seccionamento
sobretensões que podem atingir o valor da tensão entre fases são: rápido (brusco) da corrente elétrica em um circuito de indutância
elevada (com baixo fator de potência). O valor da sobretensão depende
• Falta à terra envolvendo qualquer dos condutores de fase em um da variação da intensidade da corrente seccionada e do tempo efetivo
esquema IT. de seccionamento (U = L di/dt). Esse valor pode chegar a quatro ou
Neste caso, os componentes da instalação elétrica devem ser cinco vezes a tensão nominal para tempos inferiores a 1ms, como
selecionados de forma a que sua tensão nominal de isolamento seja os obtidos com a atuação de disjuntores de abertura rápida ou com
pelo menos igual ao valor da tensão nominal entre fases da instalação dispositivos fusíveis.
(6.1.3.1.1 da norma). Se o condutor neutro for distribuído, os
componentes ligados entre uma fase e o neutro devem ser isolados para 9.2.2Tipos de surtos
a tensão entre fases.
• Perda do condutor neutro em esquemas TN e TT, em sistemas Para efeito de aplicação das medidas de proteção da NBR 5410,
trifásicos com neutro, bifásicos com neutro e monofásicos a três os surtos são divididos em induzidos (ou diretos) e conduzidos (ou
condutores. indiretos).
Neste caso, os componentes da instalação elétrica devem ser
selecionados de forma a que sua tensão nominal de isolamento seja 9.2.2.1 Surtos induzidos (ou indiretos)
NBR 5410
Figura 37 - Forma aproximada dos surtos de tensão quando comparados com a onda fundamental.
ETI
NBR 5410
ETI
Figura 39 – Surtos de tensão e corrente produzidos pelos efeitos diretos dos raios
eletrodo(s) de aterramento do(s) serviços públicos (concessionárias correntes circulantes indesejáveis em muitos componentes que tenham
de energia, TV a cabo, telefonia, etc.). suas partes condutoras de eletricidade integradas a duas ou mais dessas
Quando chega à terra, por incidência direta ou através de condutores linhas com potenciais diferentes.
aterrados, a corrente elétrica das descargas atmosféricas flui pelo solo. Se uma instalação elétrica de energia e de sinal (dados, voz,
Ao encontrar resistência (oposição) à sua passagem, ela dá origem às vídeo, etc.) possuem vários eletrodos de aterramento diferentes e
linhas de potencial assimétricas e com intensidades diferentes. Essas independentes haverá circulação dessas correntes indesejáveis entre
40 linhas têm ponto de origem no local de incidência da corrente na terra e os equipamentos servidos pela instalação podendo causar danos
podem manter valor significativo, embora decrescente, a distâncias que significativos e até definitivos aos mesmos. Assim, não é concebível a
variam conforme a intensidade do raio, as influências do solo e outros existência de eletrodos de aterramento distintos para servir componentes
elementos enterrados. As diferenças de potencial no solo podem gerar diferentes de uma instalação na mesma edificação (Figura 40).
Energia SPDA
Sinal PABX
Reforço do CPD
ΔV Aterramento ΔV ΔV
NBR 5410
ΔV
Figura 40 – Forma INCORRETA de instalação de eletrodo de aterramento em uma edificação (eletrodos de aterramento separados)
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
QDP
L1 L1
Vdif PEN PE Vcom Vdif
PE
N
Vdif Vcom
DGS SINAL
Vcom
BEP N TAT
Tensão nominal de Instalação (V) Tensão de Impulso suportável requerida (kV) Categoria do produto
Produto a ser utilizado na Produto a ser utilizado em circuitos Produtos especialmente Equipamentos
Sistemas entrada da instalação de distribuição e circuitos terminais protegidos de utilização
Sistemas trifásicos monofásicos
Categoria de suportabilidade a impulso
com neutro
IV III II I
120/208 115/230 4 2,5 1,5 0,8
127/220 120/240
127/254
220/380 6 4 2,5 1,5
NBR 5410
230/400
277/480
400/690 8 6 4 2,5
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
As quatro categorias indicadas na tabela 14 representam em algum ponto da instalação fixa ou entre a instalação fixa e o produto,
suportabilidade ao impulso decrescente na seguinte ordem: limitando as sobretensões transitórias a um nível especificado.
• Categoria IV: são componentes utilizados na entrada da instalação Como visto, a suportabilidade à sobretensão impulsiva de um
ou próximo da entrada, a montante do quadro de distribuição componente está relacionada com a coordenação de isolamento
principal. Exemplos: medidores de energia, dispositivos gerais entre regiões distintas na baixa tensão. Essa coordenação tem
de seccionamento e proteção e outros itens usados tipicamente na como referência a norma IEC 60664-1 e as regiões, chamadas de
interface da instalação elétrica com a rede pública de distribuição; “lightning protection zones” (zona de proteção contra raios – ZPR),
estão definidas na IEC 62305-4.
• Categoria III: são componentes da instalação fixa propriamente O conceito da ZPR é basicamente o mesmo dos níveis de
dita e outros produtos dos quais se exige um maior nível de proteção (categorias dos produtos) adotados pela NBR 5410 quando
confiabilidade. Aqui podem ser citados, como exemplo, quadros de trata da proteção contra surtos, porém é mais completo, pois , além
distribuição, disjuntores, linhas elétricas (o que inclui condutores, da parte interna da instalação, abrange também a parte externa da
barramentos, caixas de derivação, interruptores e tomadas de edificação (Figura 42).
corrente) e outros elementos da instalação fixa, bem como produtos ETI é um equipamento de tecnologia da informação concebido
de uso industrial e equipamentos, como motores elétricos, que com o objetivo de receber dados de uma fonte externa (por
estejam unidos à instalação fixa através de uma conexão permanente. exemplo, via linha de entrada de dados ou via teclado); processar os
dados recebidos (por exemplo, executando cálculos, transformando
• Categoria II: são produtos destinados a serem conectados ou registrando os dados, arquivando-os, triando-os, memorizando-
à instalação elétrica fixa da edificação. São, essencialmente, os, transferindo-os); e fornecer dados de saída (seja a outro
equipamentos de utilização como aparelhos eletrodomésticos, equipamento, seja reproduzindo dados ou imagens).
aparelhos eletroprofissionais, ferramentas portáteis e cargas análogas. Esta definição abrange uma ampla gama de equipamentos,
como, por exemplo: computadores; equipamentos transceptores,
• Categoria I: também são produtos destinados a serem conectados a concentradores e conversores de dados; equipamentos de
uma instalação fixa de edificação, mas providos de alguma proteção telecomunicação e de transmissão de dados; sistemas de alarme contra
específica, que se assume externa ao equipamento e situada, portanto, incêndio e intrusão; sistemas de controle e automação predial, etc.
42
ZPR-0A
ZPR-0B
ZPR-1
EGM EGM
ZPR-2
DPS ETI
ZPR-0B Classe 3 ZPR-0B
BEL
DPS DPS
Classe 1 Classe 2
Alimentação
BEP
- Ndc ≥ 10-3 (um dano a cada 1000 anos): é uma frequência de • Tensão máxima de operação contínua UC, que é o equivalente a
danos causados por impacto direto de raio na edificação considerada tensão nominal do DPS, um valor para cada modo de proteção e
inaceitável pela NBR 5419, sendo obrigatória a instalação do SPDA frequência nominal;
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
A linha elétrica
de energia que chega Sim
à edificação inclui
neutro?
O neutro
será aterrado no
barramento de Não
equipotencialização
principal da edificação?
(BEP, ver 64.2.1)
Dois
Não esquemas
de conexão são
possiveis
Sim
PE PEN PEN L1
BEP BEP L1 L2
L2 L3
L1 L1 L3
44 L2 L2
L3 L3 N
PE
BEP
PE PE PE PE
BEP
BEP BEP N
de sua impedância, de muito alto para praticamente desprezível, quando Analogamente o DPS comutador de tensão tende a “esvaziar” a
do aparecimento de um impulso de tensão em seus terminais. Em 3.5 da maior parte do surto para o aterramento de uma só vez (Figura 46).
NBR IEC 61643-1, o DPS limitador ou atenuador de tensão é definido
como: “um DPS que apresenta uma alta impedância quando nenhum
surto está presente, mas a reduz continuamente com o aumento do surto
de corrente e tensão. Exemplos comuns de componentes usados como
dispositivos não lineares são varistores e diodos supressores. Estes DPS
às vezes são chamados tipo não curto-circuitantes (“tipo clamping”)”.
• DPS combinado
Incorpora no mesmo dispositivo as propriedades dos DPSs
comutadores e dos atenuadores de tensão. Em 3.6 da NBR IEC
61643-1 o DPS combinado é definido como: “um DPS que incorpora
ambos os tipos de componentes comutadores e limitadores de tensão
podendo exibir limitação, comutação ou ambos os comportamentos Figura 46 – Gráfico que estabelece a analogia para DPS comutador de tensão
de tensão, dependendo das características da tensão aplicada.”
Com a mesma configuração anterior, faz-se agora vários furos
Para melhor entender o funcionamento dos dispositivos são no recipiente 2 de forma que a água proveniente do recipiente 1
utilizados dois exemplos a seguir: escoe esvaziando-o lentamente sem que o nível de desequilíbrio
Tomam-se dois recipientes desnivelados. O número 1, seja atingido no recipiente 2 (Figura 47).
cheio de água, sobre uma superfície plana e o número 2, vazio,
equilibrado sobre um rolete. Posiciona-se o recipiente 2 de forma
que este permaneça em equilíbrio enquanto a água não atingir um
determinado nível (no desenho representado pela linha). Libera-se
a água do recipiente 1 para o 2 (Figura 44).
1
1 Nível de
desequilíbrio
45
2
Nível de
desequilíbrio
2
Figura 47 - Analogia para DPS atenuador ou limitador de tensão.
1
2
NBR 5410
Up
URES
DPS
Aterramento
46 • Nível de proteção de tensão do DPS (UP): Valor que é caracterizado Segundo a NBR IEC 61643-1, um DPS é classificado conforme
pela limitação de tensão do DPS entre seus terminais. É a porção as especificações de construção do fabricante e, principalmente,
do surto que o DPS “deixa passar” para a instalação à jusante função dos parâmetros de ensaio a que é submetido:
(Figura 49);
• Tensão residual do DPS (URES): Valor do pico da tensão entre • Classe I: DPS ensaiado em condições de corrente que melhor
os terminais do DPS devido à passagem da corrente de descarga simule o primeiro impacto da descarga atmosférica, IIMP (kA) sob
gerada pela atuação do DPS (Figura 49); carga Q (A.s) (efeitos diretos do raio). A IEC 62305-1 e 4 adota
• Tensão de operação contínua do DPS (UC): Máxima tensão que como forma de onda que melhor simula o impulso para este tipo
pode ser aplicada continuadamente ao modo de proteção do DPS de ensaio aquela que tem tempo de frente (T1) de 10 µs ao atingir
sem comprometer seu funcionamento. É o equivalente a tensão 90% da corrente máxima do ensaio e tempo de cauda (T2) de 350 µs
nominal do DPS; para atingir 50% da mesma corrente. Daí curva 10/350 (Figura 50).
• Modo de proteção do DPS: Cada possibilidade de ligação de • Classe II: DPS ensaiado em condições de correntes que melhor
um DPS na instalação (entre: fase / fase, fase / neutro, fase / terra, simulem os impactos subsequentes das descargas atmosféricas e as
neutro / terra e outras combinações); condições de influências indiretas nas instalações, IN (efeitos indiretos
• Corrente máxima do DPS (IMÁX): Valor de crista de um impulso dos raios e manobras). Forma de onda para ensaio com tempo de frente
utilizado na forma de onda tempo x corrente para ensaio do DPS; de 8 µs e de cauda de 20 µs. Daí curva 8/20 (Figura 50);
• Corrente nominal do DPS (IN): Fração do valor de crista de um • Classe III: por ser um dispositivo atenuador de ajuste de tensão,
impulso cuja forma de onda tempo x corrente representa o mais utilizado em níveis internos de proteção este DPS é ensaiado com
fielmente possível o impulso gerado pelos surtos induzidos. É forma de onda combinada, isto é, com um “gerador combo” que
utilizada para ensaio e classificação de DPS classe II. A NBR IEC
61643-1 utiliza o parâmetro IN também para determinar a vida útil
do DPS. O mesmo deve suportar, pelo menos, 15 a 20 surtos com
o valor de IN;
• Corrente de impulso do DPS (IIMP): Fração do valor de crista
(IMAX) de um impulso cuja forma de onda tempo x corrente
NBR 5410
com circuito aberto, aplica no DPS um impulso de tensão (UOC) Valor mínimo de Uc exigível do DPS, em função do esquema
de 1,2/50 µs, e um impulso de corrente (IN) de 8/20 µs, em curto de aterramento. (Tabela 49 da NBR 5410)
circuito. Desta relação de valores aplicados (V, I) obtêm-se um
resultado conhecido como impedância fictícia (Zf) que segundo a Exemplo:
NBR IEC 61643-1 não pode ultrapassar a 2 Ω.
- Tensão da instalação: 127 / 220 V;
Definidas as classificações dos DPSs, conhecendo sua forma de - Esquema de aterramento empregado: TN-S;
operação e aplicação, há como desenvolver as seguintes associações - Modo de proteção do DPS: Entre os condutores de Neutro e PE.
de conceitos:
UC = U0 = 127 (V)
• Riscos de danos provenientes dos efeitos indiretos causados pelas
descargas atmosféricas nas linhas de alimentação que adentrem A especificação do DPS deve ser no valor comercialmente
a edificação surtos induzidos DPS Classe II instalado no 1º disponível de UC imediatamente superior ao calculado. Para este
nível de proteção. caso, 150 ou 155 V, são opções tecnicamente viáveis.
A proteção contra riscos causados pelos efeitos indiretos deve
ser feita, basicamente, com DPS de característica atenuador de • Determinação da corrente de impulso (IIMP) para DPS classe I e
tensão (supressores de surto) ou combinado. Vale lembrar que nominal (IN) para DPSs classes II:
este tipo de proteção também é eficaz para os efeitos dos surtos de
tensão causados por manobras na rede. A NBR 5410 fornece parâmetros mínimos para a especificação do
• Riscos de danos provenientes do efeito direto causados pelas conjunto de DPS no primeiro nível de proteção da instalação e determina
descargas atmosféricas no SPDA, em outros componentes da que seja realizado o estudo de necessidade de proteção nos demais níveis
instalação ou muito próximo a ela surtos conduzidos DPS baseado nos valores de suportabilidade a tensões impulsivas. Esse estudo
Classe I instalado no 1º nível de proteção. deve ser feito comparando-se UP do DPS escolhido com os demais
A proteção contra riscos causados pelos efeitos diretos deve níveis de proteção da tabela 16 deste guia. Após a comparação deverão
ser feita, basicamente, com DPS de característica comutador de ser instalados tantos conjuntos de DPS quantos forem necessários para
tensão (descarregador de corrente) ou combinado, minimizando o atingir os valores descritos naquela tabela.
surto através do escoamento de uma parcela da corrente impulsiva Há também dados que constam da IEC 62305-4 e que fornecem
diretamente para a terra ou para os condutores de alimentação os valores das correntes de primeiro raio para as condições de 47
da instalação (concessionárias e redes de serviços públicos), correntes de impulso provocadas pelos efeitos diretos dos raios,
dependendo do esquema de aterramento no local. função do nível de proteção (classe) atribuído ao SPDA a ser
instalado no local. Esses valores permitem dimensionar com maior
9.2.5.5 Seleção dos DPSs: precisão a corrente IIMP para o DPS classe I.
Tabela 16 – Parâmetros da corrente do primeiro raio, segundo a IEC 62305-1 e 4
A correta seleção de um DPS depende da definição dos seguintes Nível de proteção para o SPDA
parâmetros: Parâmetros de corrente
I I II III E IV
Corrente de pico 200 200 150 100
• Tensão de operação contínua do DPS (UC) Tempo de frente (T1) 10 10 10 10
Tempo de 50% da cauda (T2) 350 350 350 350
Para determinação do valor de UC basta conhecer do modo de Carga para as condições de 1o raio (Qs) 100 100 75 50
proteção e o esquema de aterramento da instalação e então aplicar Energia específica (W/R) 10 10 5,6 2,5
essas informações na Tabela 15:
A NBR 5419 define os níveis de proteção considerando:
Tabela 15 - Determinação de Uc
estrutura, utilização, localização, topologia e outros.
DPS conectado entre Esquema de aterramento
Para os casos de dano provocados por impacto direto na
Fase Neutro PE PEN TT TN-C TN-S IT com IT sem instalação devem ser considerados os seguintes parâmetros:
neutro neutro
distribuido distribuido - Nível I: 200 kA (10/350) µs;
X X 1,1 Uo 1,1 Uo 1,1 Uo - Nível II: 150 kA (10/350) µs;
X X 1,1 Uo 1,1 Uo √3 Uo U - Níveis III e IV: 100 kA (10/350) µs.
X X Uo
X X Uo Uo Uo A IEC 62305-4 convenciona que a corrente elétrica da descarga
atmosférica se divide ao longo do SPDA, sendo que ao chegar ao nível do
NBR 5410
Notas
1 Ausência de indicação significa que a conexão considerada não se aplica ao esquema de aterramento.
2 Uo é a tensão fase-neutro.
solo metade dessa corrente se dispersa pelo eletrodo de aterramento e a outra
3 U é a tensão entre fases. metade retorna para a instalação, função da diferença de tensão que aparece
4 Os valores adequados de Uc podem significativamente superiores aos valores mínimos da tabela
entre os aterramentos da edificação e da fonte de alimentação (Figura 51).
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
1/2 1/2
1/2
1/2
1/2 1/2
1/6
1/6
1/6 1/2 1/2
1/2 1/4 1/4 1/4
1/4
1/4
1/4
* Tanto para IIMP quanto para IN, o DPS de neutro é assim denominado por ter
características de suportabilidade diferentes dos DPS utilizados em outros
- Corrente da descarga atmosférica:
modos de instalação.
I = 200 kA, (10/350) µs
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
Para o cálculo de IN visando a proteção da instalação contra • IN = 5 kA, por modo de proteção e
os efeitos indiretos dos raios (surtos induzidos), onde o foco é • IN = 10 kA para DPS de neutro* em ligações monofásicas;
minimizar surtos já atenuados pela impedância das linhas ou por • IN = 20 kA para DPS de neutro* em ligações trifásicas.
DPS classe I instalado a montante pode-se utilizar o método do
nível de exposição à sobretensões indiretas, provenientes das É importante ressaltar que no caso de instalar DPS classe
descargas atmosféricas. II no primeiro nível de proteção da instalação é prudente que IN
tenha valores maiores daqueles que constam da NBR 5410. Esta
F=Td (1,6 + 2LBT + δ) afirmação tem o objetivo de garantir a efetiva coordenação com
outros possíveis DPSs instalados a jusante e com a durabilidade
Onde: do conjunto (DPS x Instalação), pois a vida útil do DPS classe
F - Nível de exposição a surtos provenientes das descargas II, construído com componente(s) semicondutor(es), tipicamente
atmosféricas, varistor(es), está diretamente ligada a IN. Então, quanto maior IN,
Td - Índice ceráunico, em relação ao valor inicialmente dimensionado, maior será a vida
LBT - Comprimento, em km, da linha aérea de alimentação da útil provável do DPS. Outro fator de grande importância é a relação
instalação, e custo x benefício: a diferença de valor entre um DPS com corrente
δ - Posicionamento, situação e topologia da linha aérea e da nominal IN= 10 kA e outro com IN = 20 kA é muito pequena se
edificação: considerarmos as mesmas condições de exposição e atuação. Então
os parâmetros determinantes nessa comparação serão o valor da
Sendo: mão de obra para instalação do DPS, o provável tempo de parada
δ = 0 - para linha aérea e edificação completamente envolvidas por para troca dos dispositivos e o numero de trocas.
outras estruturas,
δ = 0,5 - para linha aérea e edificação com algumas estruturas 9.2.5.6 Instalação e coordenação
próximas ou em situação desconhecida,
δ = 0,75 - para linha aérea e edificação em terreno plano ou Determinação do nível de proteção de tensão (UP)
descampado,
δ = 1 - para linha aérea e edificação sobre morro, em presença de Particularizando um trecho da tabela 31 da NBR 5410 (Figura
água superficial e área montanhosa. 52) pode-se exemplificar como definir o valor UP para um DPS
e ainda entender o conceito do estabelecimento dos níveis de 49
Comparando o resultado obtido com os padrões estabelecidos, tem- proteção.
se uma referência para o valor IN: Ao considerar-se que cada segmento de em uma instalação
elétrica deve ter sua característica de suportabilidade a impulso
- F ≤ 40 IN = 5 kA previamente definido pode-se estabelecer que o nível de proteção
- 40 < F ≤ 80 IN = 10 kA esteja localizado no ponto de transição entre categorias.
- F > 80 IN = 20 kA No caso da rede externa, quando para proteção dos efeitos
diretos causados pelo raio, o primeiro nível de proteção está
As correntes nominais mínimas normalizadas pela NBR 5410 são: localizado exatamente no ponto onde os condutores adentram
220/380
6 4 2,5 1,5
NBR 5410
50 a edificação, o segundo nível de proteção estará localizado onde • O DPS classe II também pode ser instalado no 1º nível de
iniciar-se a distribuição dos circuitos, geralmente o quadro de proteção da instalação quando o objetivo for o da proteção contra
distribuição principal (QDP), o terceiro nível junto a outros quadros os efeitos indiretos causados pelos raios ou no 2º e demais níveis
de distribuição secundários (QDS) e assim sucessivamente. de proteção da instalação, quando o objetivo for o da proteção
Se a proteção visa mitigar efeitos indiretos causados pelos contra os efeitos diretos causados pelos raios, e existir um DPS
raios, o primeiro nível de proteção estará situado diretamente no classe I já instalado no 1º nível de proteção.
QDP, o segundo nível no QDS, etc. Em geral, não há linearidade • O DPS classe III funciona como “atenuador local” que regula
espacial na determinação dos níveis de proteção. Uma edificação e praticamente restabelece as condições normais de tensão.
terá tantos primeiros níveis de proteção quantos locais em que Comparado como um “ajuste fino” na proteção está sempre
conjuntos de condutores metálicos adentrarem a mesma, bem como instalado nos últimos níveis de proteção, ou seja, exatamente
poderá ter mais de um determinado nível de proteção (2o, 3o, etc.) antes do equipamento, algumas vezes embutido no mesmo.
repetido, dependendo da localização dos circuitos, componentes e
equipamentos a serem protegidos. Para a coordenação por tempo considera-se que cada DPS
Como o nível de proteção deve obedecer às tensões impulsivas tem um tempo de resposta (atuação) função dos componentes
normalizadas e a característica de UP em um DPS é determinada pela que foram utilizados em sua construção (Figura 54). Geralmente
tensão que aparecerá a jusante do ponto onde este estiver instalado adota-se a seguinte correlação: DPSs com maior capacidade de
deduz-se que o DPS deve ter UP igual à categoria de suportabilidade dissipação de energia levam mais tempo para “sentir” o surto. Essa
a impulso subsequente ao seu ponto de instalação (Figura 53). característica exige que o projetista coordene adequadamente os
A nota 1 contida em 6.3.5.2.4 da NBR 5410 estabelece que dispositivos na instalação para que o DPS mais robusto sempre
quando for instalado um único conjunto de DPSs, no primeiro atue primeiro.
nível de proteção da instalação, este possua UP compatível com a Para que haja coordenação efetiva os fabricantes adotam
categoria II para qualquer tensão ou sistema de distribuição. distâncias mínimas de condutores entre os níveis de proteção.
Os conceitos de nível de proteção da instalação e classe do Quando não existir esta distância mínima recomendada há
DPS não devem estar diretamente atrelados, por exemplo: necessidade da inserção no circuito de um elemento que “atrase”
o surto, geralmente indutores ou termistores, a fim de fazer com
NBR 5410
• O DPS classe I sempre deve ser instalado no 1º nível de proteção que o DPS instalado no 1º nível de proteção “sinta” o surto e
da instalação quando o objetivo for o da proteção contra os efeitos atue antes do DPS instalado no 2º nível de proteção e assim
diretos causados pelos raios; sucessivamente.
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0 0 0 0
0 20 40 60μs 0 1 2μs 0 100 20ns 0 100 20ps
Indutor Indutor
UN =24V
Posicionamento dos DPSs no 1º nível de proteção da instalação na linha externa de alimentação ou contra surtos causados por
manobra): os DPSs devem ser instalados junto ao ponto de entrada
Seguindo a classificação das influências externas e análise de da linha na edificação ou no QDP, localizado o mais próximo
riscos, a NBR 5410 divide em duas as possibilidades de instalação possível do ponto de entrada. Simplificando: para a proteção contra
do conjunto de DPS no primeiro nível de proteção: os efeitos indiretos é correto instalar os DPSs sempre no QDP 51
• Proteção contra os efeitos indiretos dos raios (surtos induzidos (Figura 55);
QDP DGS
BEP
TAT - NBR 14306
BEP
PEN
Infraestrutura de aterramento
NBR 5410
Figura 55 – Posicionamento do DPS classe II, primeiro nível para surtos induzidos ou no segundo nível com DPS classe I instalado a montante, na rede elétrica de energia
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QDP
N PE DGS PE
BEP TAT
PEN
É admitida apenas uma exceção a essa regra, quando há edificações • Proteção contra sobretensões provocadas por descargas
de uso unifamiliar, atendidas pela rede pública de distribuição em baixa atmosféricas diretas sobre a edificação ou próximo a ela, surtos
52 tensão, a barra PE utilizada na caixa da medição deve ser interligada ao conduzidos: os DPSs devem ser instalados especificamente no
BEP, além de essa caixa de medição não distar mais de 10 m do ponto de ponto de entrada da linha na edificação (Figuras 57 e 58).
entrada da instalação na edificação. Nessas condições os DPSs podem O ponto de entrada da instalação na edificação é definido pela NBR
ser instalados junto ao barramento na caixa de medição (Figura 56). 5410 como o ponto em que o condutor penetra (adentra) a edificação.
SPDA
QDP DGS
BEP
TAT - NBR14306
PEN
NBR 5410
Infraestrutura de aterramento
Figura 57 – Posicionamento do DPS classe I, primeiro nível, na rede elétrica de energia. QDP no ponto de entrada.
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SPDA
No ponto de entrada:
Descarga direta / equipotencialização
CLASSE I
QDP DGS
BEP
BEP
TAT - NBR14306
PEN
Infraestrutura de aterramento
Figura 58 – Posicionamento do DPS classe I, primeiro nível, na rede elétrica de energia. QDP fora do ponto entrada.
O comprimento dos condutores para a conexão do DPS deve ser o • Excesso de cabo a montante do DPS: atraso no tempo de atuação
mais curto possível, sem curvas ou laços (Figuras 59 e 60). No primeiro do dispositivo fazendo com que uma parcela maior de surto passe
nível de proteção o comprimento total do condutor de ligação (entre para o próximo nível de proteção ou para a instalação;
condutor vivo, DPS e BEP) não deve exceder 0,5 m. A justificativa • Excesso de cabo a jusante do DPS: dificuldade na dissipação
dada para a coordenação por tempo pode ser utilizada para explicar esta da corrente do surto elevando a energia dissipada (calor) no DPS
prescrição. Se nas condições de instalação o DPS for posicionado no chegando, em situação extrema, a explodir o dispositivo.
NBR 5410
A seção nominal mínima do condutor para interligação do DPS alimentação do circuito. Cuidados especiais com a coordenação
à instalação deve seguir as seguintes prescrições: devem ser considerados, pois dependendo do caso o condutor de
interligação do DPS terá seção inferior ao do alimentador do circuito;
• Proteção contra os efeitos indiretos causados pelos raios: No
mínimo 4 mm2 em cobre ou equivalente;
• Proteção os efeitos diretos causados pelos raios: No mínimo 16 ICC
mm2 em cobre ou equivalente.
• No circuito ao qual está conectado o DPS, corresponde geralmente 9.2.5.9 Condições para coordenação entre DPS e dispositivos DR
NBR 5410
DR L1
L2
L3
N
DR não é
DPS sensibilizado
ETI
PE
Figura 64 – Coordenação entre DR e DPS – Em caso de falha do DPS o DR não sentirá a corrente de fuga.
utilizem componentes semicondutores, quando situados no mesmo sinal (vídeo, dados, telefonia) há algumas prescrições a serem
nível de proteção, o DPS deve ser instalado a montante do dispositivo acrescidas àquelas feitas para linhas de energia, porém o vínculo
DR (Figura 64). com os barramentos de equipotencialização é fundamental e
deve ser mantido:
• Quando, por qualquer razão, o DPS for posicionado a jusante do • Linha originária da rede pública de telefonia: deve ser
dispositivo DR, seja ele instantâneo ou temporizado, deve também instalado um DPS por linha. Os DPSs devem ter características
possuir imunidade a correntes de surto de, no mínimo, 3 kA (8/20). curto-circuitante e estar localizados no distribuidor geral de
DR tipo “S” (Figura 65). sinal (DGS) da edificação onde está o terminal de aterramento 55
de telecomunicações (TAT), como determina a norma NBR
9.3 Proteção em linhas de sinal 14306. O TAT será ligado ao aterramento através do BEP. O
DGS deve estar situado o mais próximo possível do BEP;
9.3.1 Localização • Linha externa originária de outra rede pública que não a de
telefonia: o DPS, instalado para cada linha de sinal, deve ser
Em 6.3.5.3 da NBR 5410, para a proteção de linhas de localizado junto ao BEP;
DR L1
L2
L3
N
S
DPS
NBR 5410
PE
Instalar 01 DPS
por linha de sinal
(TV, dados, etc.)
QDP
ETI
FONE DGS
Instalar 01 DPS
PEN por linha de sinal
BEP TAT (Telefonia)
56 ETI ETI
A Figura 66 ilustra as duas prescrições anteriores. DPSs destinados à proteção de linhas de telefonia em par trançado:
• O DPS deve ser do tipo comutador de tensão, simples ou
• Linha que se dirija a outra edificação, a estruturas anexas ou no combinado (com limitador de sobretensão em paralelo);
caso de linha associada à antena externa ou outras estruturas no • Tensão de disparo c.c.: O valor da tensão de disparo c.c. deve ser
topo da edificação: o DPS deve ser localizado junto ao BEP, ao de no máximo 500 V e, no mínimo, 200 V, quando a linha telefônica
BEL, ou ao terminal “terra”, o que estiver mais próximo em cada for balanceada ou 300 V, quando a linha telefônica não for aterrada
edificação ou estrutura (Figura 67) (flutuante);
• Tensão de disparo impulsiva: O valor da tensão de disparo
Os DPSs sempre devem ser conectados na linha de sinal com impulsiva do DPS deve ser de, no máximo, 1 kV;
a referência de equipotencialização mais próxima. Dependendo do • Corrente de descarga impulsiva:
posicionamento do DPS, a referência de equipotencialização mais •No mínimo, 5 kA, quando a blindagem da linha telefônica for
próxima pode ser o BEP, o TAT, o BEL, o condutor PE ou, caso o DPS aterrada, e
seja instalado junto a algum equipamento, o terminal conectado à massa • No mínimo 10 kA quando a blindagem não for aterrada.
desse equipamento. O eletroduto por onde passará o condutor do sinal • Para condições onde a proteção seja contra os efeitos diretos dos
deve ser metálico, ter continuidade elétrica garantida e suas extremidades raios, recomenda-se a comparação dos valores de correntes de
interligadas aos eletrodos de aterramento de cada edificação. primeira descarga atmosférica possíveis (já demonstrada para DPS
de energia) e a adoção do maior valor.
9.3.2 Seleção dos DPSs de telefonia • Corrente de descarga c.a: O valor da corrente de descarga c.a. do
NBR 5410
as pessoas. Essa avaliação de risco deve ser feita pelo projetista removíveis, como, por exemplo, os fusíveis, são utilizadas para a
em conjunto com o responsável pela obra para que sejam (ou não) desconexão da instalação completa ou parte dela e são substituídas
aplicadas as medidas de proteção necessárias. por coberturas ou barreiras, estas devem ser montadas de tal
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forma que a sua remoção somente possa ser executada com o uso uma fonte, por circuitos, chamados de circuitos de segurança,
de ferramenta apropriada. que vão até os terminais dos equipamentos de utilização e, em
Os equipamentos que são operados manualmente devem certos casos, incluem os próprios equipamentos alimentados
permitir o uso de dispositivos de travamento mecânico, tais como (Figura 68).
cadeados, para evitar o seu religamento indevido. Os sistemas de alimentação elétrica de reserva, opcionais, são
As pessoas que trabalham nas instalações elétricas devem possuir e previstos para manter o funcionamento da instalação ou de partes
saber utilizar dispositivos (fixos ou portáteis) para a verificação do estado da instalação no caso de interrupção da alimentação normal, por
de desenergização em todos os pontos onde o trabalho for realizado. razões outras que a segurança das pessoas. São casos nos quais
Cada parte de uma instalação que possa ser isolada de outras a interrupção da alimentação elétrica pode causar situações de
partes deve possuir dispositivos que permitam o seu aterramento e desconforto ou prejudicar atividades comerciais e industriais,
curto-circuito, evitando assim os riscos de choques elétricos para como por exemplo, equipamentos de processamento de dados,
os operadores. Além disso, equipamentos como, por exemplo, comunicação, ar-condicionado, equipamentos industriais, etc.
transformadores e capacitores devem ser providos de meios para A NBR 5410 não inclui prescrições sobre sistemas de
seu aterramento e curto-circuito no ponto de sua instalação. alimentação de reserva.
Os serviços de segurança são tratados na NBR 5410 nos itens Nas instalações de segurança e de reserva, podem ser usados
indicados na Tabela 17. como fontes:
Tabela 17: Itens da NBR 5410 sobre serviços de segurança
Prescrições Medidas de Seleção e (a) baterias: são utilizadas na alimentação de equipamentos
fundamentais proteção instalação
de potência relativamente pequena, por tempos relativamente
3.5 4.1.6 / 4.2.4 6.6
curtos. É o caso, por exemplo, da utilização em sistemas de
iluminação de segurança (emergência).
12.1 Definições
(b) geradores independentes da alimentação normal: são usados
Pode-se definir sistema de alimentação elétrica para na alimentação de equipamentos de segurança de maior potência,
58 serviços de segurança como um sistema de alimentação previsto por tempos relativamente longos. São os casos, por exemplo,
para manter o funcionamento de equipamentos e instalações de bombas de incêndio, elevadores para brigada de incêndio e
essenciais à segurança das pessoas, à salubridade e/ou quando bombeiros, sistemas de alarme, sistemas de exaustão de fumaça,
exigido pela legislação, para evitar danos significativos ao meio equipamentos médicos essenciais, dentre outros.
ambiente ou a outros materiais .
São exemplos de serviços de segurança: a iluminação de (c) ramais separados da rede de distribuição, efetivamente
segurança (iluminação de emergência), bombas de incêndio, independentes da alimentação normal: trata-se de um ramal da
elevadores para brigada de incêndio e bombeiros, sistemas de rede de distribuição da concessionária, totalmente separado física
alarme, como os de incêndio, fumaça, CO e intrusão, sistemas e eletricamente do ramal normal de alimentação da instalação.
de exaustão de fumaça, equipamentos médicos essenciais. A separação visa a minimizar as possibilidades de interrupções
As instalações de segurança devem observar também, simultâneas. As entradas dos dois ramais devem ser separadas
no que for pertinente, a legislação referente a edificações, os e sua alimentação deve provir de transformadores separados ou
códigos de segurança contra incêndio e pânico e outros códigos mesmo de subestações diferentes.
de segurança aos quais a edificação e/ou as atividades nela
desenvolvidas possam estar sujeitas. (d) sistemas especiais: são os chamados sistemas de energia
Um sistema de alimentação de segurança é constituído por ininterrupta, também designados pela sigla UPS (Uninterruptible
NBR 5410
componentes do sistema devem apresentar adequada resistência segurança forem concebidos, eletricamente, como um esquema
ao fogo, seja construtivamente, seja por meio de disposições IT, o conjunto deve ser provido de dispositivo supervisor de
equivalentes quando de sua instalação. isolamento (DSI).
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devem ser adequados à tensão nominal (valor eficaz em corrente As características dos componentes necessárias para atender
alternada) da instalação, acrescentado que, se numa instalação aos requisitos da Tabela 18 devem constar das informações técnicas
que utiliza o esquema IT o condutor neutro for distribuído, os fornecidas pelos fabricantes.
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superior
superior
inferior
inferior
inferior
Limite
Limite
Limite
Limite
Limite
Limite
AM1-1 Nível controlado Devem ser tomadas precauções para que a situação controlada não Inferior à tabela 1 da
seja prejudicada IEC 61000-2-2:2002
De acordo com a
AM1-2 Nível normal tabela 1 da
Medidas especiais no projeto da instalação, tais como filtros IEC 61000-2-2:2002
Localmente superior
AM1-3 Nível alto à tabela 1 da
IEC 61000-2-2:2002
AM2 - Tensões de sinalização (4.2.6.1.10)
AM2-1 Nível controlado Circuitos de bloqueio, por exemplo Inferior aos especi
ficados abaixo
Nível médio Sem requisitos adicionais IEC 61000-2-1 e
AM2-2 IEC 61000-2-2
AM2-3 Nível alto Requer medidas adequadas
AM3 - Variações de amplitude da tensão (4.2.6.1.10)
AM3-1 Nível controlado
NBR 5410
BE4 Riscos de contaminação – proteção contra fragmentos de lâmpadas e de outros objetos frágeis
– anteparos contra radiações prejudiciais, como infravermelhas e
ultravioletas
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I (ou L)
O (ou D)
corresponder ao equipamento desligado (Figura 70 a). Nos demais (BA4 ou BA5), devem ser entregues acompanhadas de um
componentes, é conveniente convencionar que os cabos ou manual do usuário, redigido em linguagem acessível a leigos,
barramentos provenientes do lado da fonte devem estar conectados que contenha, no mínimo, os seguintes elementos:
sempre nos bornes superiores de entrada (Figura 70 b).
a) esquema(s) do(s) quadro(s) de distribuição com indicação dos
13.1.5 Identificação dos dispositivos de proteção circuitos e respectivas finalidades, incluindo relação dos pontos
alimentados, no caso de circuitos terminais;
Os dispositivos de proteção devem ser dispostos e b) potências máximas que podem ser ligadas em cada circuito
66 identificados de forma que seja fácil reconhecer os respectivos terminal efetivamente disponível;
circuitos protegidos (Figura 71).
c) potências máximas previstas nos circuitos terminais deixados
13.1.6 Documentação da instalação como reserva, quando for o caso;
A documentação de uma instalação elétrica é uma das d) recomendação explícita para que não sejam trocados, por
exigências da Norma Regulamentadora NR-10 (vide item 2 tipos com características diferentes, os dispositivos de proteção
do Guia NR-10). Esse assunto também é tratado em 6.1.8 da existentes no(s) quadro(s).
NBR 5410, que determina que a instalação de baixa tensão deve São exemplos de tais instalações as de unidades residenciais,
ser executada a partir de projeto específico e deve conter no de pequenos estabelecimentos comerciais, etc.
mínimo a seguinte documentação: plantas; esquemas (unifilares A seguir é apresentado, apenas como exemplo, um modelo de
e outros que se façam necessários); detalhes de montagem, manual do usuário de um suposto apartamento tipo. É importante
quando necessários; memorial descritivo; especificação lembrar que a linguagem do manual deve ser básica, possível de
dos componentes: e uma descrição sucinta do componente, ser entendida por leigos em eletricidade. Por exemplo, mesmo
características nominais e normas a que devem atender; com o prejuízo da perda de rigor técnico, devem ser evitadas
parâmetros de projeto (correntes de curto-circuito, queda de palavras tais como potência aparente, potência reativa, fator
tensão, fatores de demanda considerados, temperatura ambiente de potência, corrente de curto-circuito presumida, corrente
etc.). diferencial-residual, etc.
Para facilitar a operação e manutenção, é imprescindível
que, depois de concluída a instalação, toda a documentação Manual do Usuário de Instalações Elétricas
indicada anteriormente seja revisada de acordo com o que foi doApartamento Tipo
executado (projeto “como construído” ou “as built”).
1. Identificação da obra e responsáveis:
Manual do usuário
Obra: Edifício X
NBR 5410
De acordo com 6.1.8.3, as instalações para as quais não Endereço: Rua ...........
se prevê equipe permanente de operação, supervisão e/ou Construtora: YYYY
manutenção, composta por pessoal advertido ou qualificado Instaladora: ZZZ
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
Projetista Elétrico: WWWW do equipamento a uma tensão inadequado pode provocar seu
Manual do Usuário elaborado por: RRRR mau funcionamento, não funcionamento ou eventualmente
sua destruição. Por isso, sempre se assegure que a tensão de
2. Apresentação: funcionamento do equipamento é compatível com a tensão
disponível na instalação.
Este Manual de Instalações Elétricas, doravante designado
por Manual, é parte integrante da documentação da instalação • Corrente elétrica: também conhecida por “amperagem”, é
exigida pela norma NBR 5410 publicada pela Associação a grandeza que representa o movimento de eletricidade dentro
Brasileira de Normas Técnicas. de um componente ou equipamento elétrico. Ela é medida em
Este Manual tem por objetivo prover ao usuário da “ampères”. Por exemplo, existem disjuntores elétricos de 10
instalação elétrica identificada no item anterior as informações ampères, 20 ampères, 50 ampères, etc. Assim como tomadas de
e recomendações essenciais relativas à operação e manutenção 10 ampères e 20 ampères.
da instalação de forma a garantir o adequado, eficiente e seguro
funcionamento da mesma, preservando assim a segurança das • Potência elétrica: é o número resultante da multiplicação de
pessoas e animais domésticos, bem como a conservação dos uma tensão elétrica por uma corrente elétrica. Ela é medida em
bens e integridade do patrimônio. “watts”. Por exemplo, um equipamento ligado em uma tensão
de 127 volts pela qual circula uma corrente elétrica de 10
3. Advertências: ampères, tem uma potência elétrica de 127 x 10 = 1270 watts.
Consequentemente, se uma lâmpada de 100 watts for ligada em
Antes de utilizar a instalação elétrica deste apartamento 127 volts, a corrente elétrica que circulará por ela será de 100
pela primeira vez, realizar qualquer intervenção na mesma / 127 = 0,79 ampère.
ou ligar novos aparelhos e equipamentos eletroeletrônicos,
consulte este Manual. Em caso de dúvida, consulte sempre um • Capacidade máxima de um circuito elétrico: a potência
profissional de instalações elétricas devidamente habilitado e máxima possível de ser ligada a um circuito elétrico de uma
qualificado. instalação é o produto da tensão daquele circuito pela corrente
Tenha sempre em mente que cada componente elétrico e, por nominal do disjuntor daquele circuito. Assim, por exemplo,
conseqüência, a instalação elétrica como um todo, tem limites a potência máxima de um circuito com tensão 127 volts que
máximos de potência de utilização. Quando ultrapassados estes possui um disjuntor de 10 ampères é de 127 x 10 = 1270 watts. 67
limites, os componentes em geral podem apresentar alterações Procure identificar e respeitar a capacidade máxima dos
de funcionamento e aquecimentos excessivos, os quais reduzem circuitos da instalação elétrica do seu apartamento utilizando
significativamente a vida útil dos componentes e, em certas as informações que serão apresentadas a seguir neste Manual.
condições, podem acarretar sua destruição, colocando todo o
meio ao seu redor em situação de risco de incêndios, explosões, 5. Aspectos gerais da instalação elétrica do apartamento
choques elétricos, queimaduras, etc. Para evitar estes problemas,
ou minimizá-los substancialmente, a instalação elétrica conta Os principais componentes da instalação elétrica do
com dispositivos de proteção tais como disjuntores, dispositivos apartamento são os seguintes:
DRs, condutores de proteção (fio terra) e outros que, em hipótese
alguma, devem ser substituídos por outros de características • quadro de distribuição, dentro do qual estão os disjuntores e
diferentes ou removidos sem a aprovação de um profissional de os dispositivos de proteção contra choques elétricos (DRs);
instalações elétricas devidamente habilitado e qualificado. • condutores elétricos que formam os circuitos que interligam
o quadro de distribuição até as cargas (lâmpadas, tomadas,
4. Grandezas elétricas fundamentais aquecedores, aparelhos de ar condicionado, etc.);
• interruptores, tomadas e luminárias.
Para a correta compreensão de algumas informações
contidas adiante neste Manual, é importante identificar algumas O quadro de distribuição é o centro de distribuição de toda
grandezas elétricas fundamentais que estão presentes nas a instalação elétrica. Ele recebe os fios que vêm do medidor de
instalações elétricas, a saber: energia elétrica da concessionária, é nele que se encontram os
dispositivos de proteção contra sobrecargas, curtos-circuitos e
• Tensão elétrica: também conhecida por “voltagem” é choques elétricos e é dele que partem os circuitos (condutores)
uma espécie de força que provoca a circulação de corrente que vão alimentar diretamente as lâmpadas, tomadas e aparelhos
elétrica pelos componentes da instalação. Ela é medida em elétricos e eletrônicos. Numa instalação elétrica existem diversos
“volts”. Cada equipamento eletroeletrônico deve ser ligado circuitos que levam energia para grupos de lâmpadas, grupos
NBR 5410
em um tensão especificada pelo fabricante, sendo que em de tomadas de uso geral e para equipamentos específicos. É
alguns casos o equipamento funciona em mais de uma tensão possível o usuário ligar e desligar individualmente os circuitos,
(às vezes chamados de equipamentos “bi-volt”). A ligação sem necessidade de, por exemplo, desligar toda a instalação
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apenas para a troca de uma lâmpada da cozinha. O esquema • Nunca inutilize os dispositivos DR.
do quadro elétrico indicado na Figura 1 representa como estão • Nunca troque a fiação elétrica por outra diferente da
divididos os circuitos do seu apartamento. Desta forma, por originalmente projetada sem antes consultar um profissional
exemplo, para a realização de uma intervenção na tomada do habilitado e qualificado.
quarto do casal, basta desligar o disjuntor identificado como • Evite o uso de extensões soltas pelo piso ou presas a paredes.
“3” e para a troca da resistência elétrica do chuveiro deve ser É preferível consultar um profissional habilitado e qualificado
desligado o disjuntor “6”. para avaliar a possibilidade de instalar uma fiação permanente
No interior do quadro de distribuição existem alguns dentro da tubulação embutida existente ou usar canaletas
disjuntores que têm a função de proteger os condutores elétricos aparentes apropriadas para esta finalidade.
contra aquecimentos indevidos (chamados de sobrecargas e • O uso de “benjamins” ou “tês” deve ser evitado, preferindo-se
curtos-circuitos). Os disjuntores automaticamente desligam os a instalação de tomadas múltiplas dentro da caixa de ligação.
circuitos quando da ocorrência de uma sobrecarga ou curto- Caso o emprego destas peças seja indispensável, respeite a
circuito. A escolha do disjuntor adequado para a proteção dos capacidade das mesmas (corrente elétrica máxima).
condutores é feita através de critérios técnicos específicos e • Nunca inutilize o fio terra dos equipamentos elétricos e
UM DISJUNTOR NUNCA DEVE SER TROCADO por outro de eletrônicos.
capacidade diferente daquela originalmente projetada. • Sempre desligue o disjuntor do circuito no qual se pretende
Um outro componente presente no interior do quadro de fazer uma intervenção qualquer, tais como troca de lâmpadas,
distribuição é o dispositivo DR que tem a função de proteger troca de tomadas, etc.
as pessoas contra os perigos resultantes de um choque elétrico. • Substitua imediatamente qualquer componente da instalação
O desligamento automático do dispositivo DR indica que elétrica ao menor sinal de deterioração, tais como ressecamento,
existe alguma anormalidade na instalação elétrica que pode trincamento, rachaduras, alteração significativa de coloração,
colocar os usuários em risco de choque elétrico. Portanto, enegrecimento, ruídos estranhos, etc. Recorra a um profissional
NUNCA RETIRE OU TROQUE um dispositivo DR por outro de habilitado e qualificado para realizar esta substituição.
características diferentes daquele originalmente projetado.
Os condutores da instalação elétrica devem ter a seção
(bitola) compatível com a energia elétrica que irão transportar
do quadro de distribuição até as cargas. NUNCA SUBSTITUA
68 um condutor elétrico por outro de bitola inferior àquela que foi
originalmente projetada.
6. Recomendações gerais para uso e manutenção adequados
da instalação elétrica do apartamento.
• conduto elétrico: elemento de linha elétrica destinado a conter edificação, e acessível apenas em pontos determinados.
condutores elétricos. • linha pré-fabricada: é uma linha elétrica constituída por peças em
• condutor elétrico: é o produto metálico, geralmente de forma tamanhos padronizados, contendo condutores de seção maciça com
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proteção mecânica, que se ajustam entre si no local da instalação. todos os pavimentos da edificação.
Os barramentos blindados (busways) são exemplos de linhas pré- • prateleira para cabos: suporte contínuo para condutores, engastado
fabricadas. ou fixado em uma parede ou teto por um de seus lados, e com uma
• linha pré-fabricada: linha constituída construída por peças em de borda livre.
tamanhos padronizados, contendo condutores de seção maciça com • suportes horizontais para cabos: suportes individuais espaçados
proteção mecânica, que se encaixam ajustam entre si no local da entre si, nos quais é fixado mecanicamente um cabo ou um eletroduto.
instalação.
• linha subterrânea: linha construída com cabos isolados, enterrados 14.2 Tipos de linhas elétricas
diretamente no solo ou instalados em condutos subterrâneos
enterrados no solo; Os tipos de linhas elétricas admitidos pela NBR 5410 estão
70 • moldura: conduto aparente, fixado ao longo de superfícies, indicados na tabela 33 da norma.
compreendendo uma base fixa, com ranhuras para a colocação de Na tabela 33 da norma, os cabos elétricos são divididos
condutores e uma tampa desmontável. Quando fixada junto ao ângulo em três famílias, conforme Figura 74: condutores isolados,
parede/piso, a moldura é também denominada “rodapé”. cabos unipolares e cabos multipolares (ver definição em 14.1
• perfilado: eletrocalha ou bandeja de dimensões transversais deste guia).
reduzidas. Um dos tipos mais comuns de perfilados tem a dimensão Os condutos são divididos em duas famílias, conforme Figura
38 x 38 mm. 74: condutos abertos e condutos fechados (ver definição em 14.1
• poço: espaço de construção vertical, estendendo-se geralmente por deste guia).
NBR 5410
O resumo da tabela 33 da NBR 5410 é que os condutores isolados Os condutores isolados, cabos unipolares ou veias de cabos
(providos unicamente de isolação) devem ser instalados unicamente multipolares de baixa tensão devem ser identificados conforme essa
dentro de condutos fechados, ao passo que cabos unipolares e função por anilhas, etiquetas ou outro meio indelével qualquer. Em
multipolares (que possuem cobertura) podem ser utilizados em caso de identificação por cor, devem ser usadas as cores indicadas
condutos abertos, condutos fechados, diretamente fixados, etc. na Tabela 20.
A lógica desta regra é que a cobertura dos cabos unipolares e
multipolares oferece uma proteção adequada da isolação contra 14.4 Cabos elétricos de baixa tensão
as influências externas normais (sobretudo sob o ponto de vista
mecânico), enquanto que, nos condutores isolados, não há nenhum 14.4.1 Construção
tipo de proteção para a isolação. Neste caso, após a instalação, a
isolação deverá ser protegida pelos condutos fechado (é como se A construção típica de condutores elétricos de baixa tensão é
o conduto fechado no caso do condutor isolado fizesse o papel da aquela mostrada na Figura 76.
cobertura nos cabos unipolares e multipolares). A única exceção a
essa regra acontece, sob certas condições muito específicas, com Condutor Condutor
canaletas e perfilados sem tampa (condutos abertos), que são tratados isolado Isolação
mais adiante neste guia.
Isolação
Qualquer cor, exceto azul-claro, Por razões de segurança, não deve ser usada a cor de isolação
Fases verde-amarelo ou verde exclusivamente amarela onde existir o risco de confusão com a dupla
coloração verde-
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polivinila e polietileno) ou termofixos (borracha etileno-propileno presença de fauna (roedores, cupins – AL), radiação solar (NA), e
e polietileno reticulado). condição de fuga das pessoas em emergência (BD)
Entre as características comuns a todos os materiais isolantes O PVC é o material de cobertura mais econômico e com
sólidos estão: resistência suficiente para o uso corrente na maioria das aplicações,
porém emite uma quantidade apreciável de fumaça, gases tóxicos
• Homogeneidade da isolação e boa resistência ao envelhecimento e corrosivos quando queima. O polietileno (pigmentado com negro
em serviço; de fumo para torná-lo resistente à luz solar) é frequentemente
• Ausência de escoamento; utilizado nas instalações em ambientes com alto teor de ácidos,
• Insensibilidade às vibrações; bases ou solventes orgânicos, assim como em instalações sujeitas às
• Bom comportamento ao fogo. intempéries. Nas aplicações onde são necessárias as características
de baixa emissão de fumaça, gases tóxicos e corrosivos são
A seguir são apresentadas as características específicas de cada utilizados os materiais não halogenados na cobertura dos cabos de
um dos materiais isolantes sólidos mencionados. média tensão.
Em algumas situações, dependendo das influências externas
• Cloreto de polivinila (PVC): sua rigidez dielétrica é elevada, (particularmente para proteção mecânica), pode ser necessário
porém menor do que a de outros isolantes; suas perdas dielétricas incluir no cabo de baixa tensão uma proteção metálica adicional
são elevadas, principalmente acima de 20 kV; sua resistência aos com função de armação. As armações mais usuais são compostas
agentes químicos em geral é muito boa; tem boa resistência à água; por fitas planas de aço, aplicadas helicoidalmente; ou fitas de aço
não propaga a chama, mas sua combustão emite grande quantidade ou alumínio, aplicadas transversalmente, corrugadas e intertravadas
de fumaça, gases corrosivos e tóxicos. (interlocked). As armações com fios de aço são recomendadas
• Borracha etileno-propileno (EPR): excelente rigidez dielétrica; quando se deseja atribuir ao cabo resistência aos esforços de tração.
sua flexibilidade é muito grande, mesmo a temperaturas baixas;
apresenta uma resistência excepcional às descargas e radiações 14.4.2 Tensão nominal dos cabos de baixa tensão
ionizantes, mesmo a quente; suas perdas (no dielétrico) são
baixas nas misturas destinadas aos cabos de média tensão; A tensão de isolamento nominal de um cabo é uma característica
possui uma resistência à deformação térmica que permite relacionada com o material isolante, com a espessura da isolação
temperaturas de 250 °C, durante os curtos-circuitos; possui boa e com as características de funcionamento do sistema (instalação)
72 característica no que diz respeito ao envelhecimento térmico, em que o cabo vai atuar. É indicada por dois valores de tensão
o que permite conservar densidades de corrente aceitáveis separados por uma barra, designados por Uo/U, onde Uo refere-se à
quando os cabos funcionam em temperatura ambiente elevada; tensão fase-terra e U à tensão fase-fase, em volts.
apresenta baixa dispersão da rigidez dielétrica e é praticamente Os valores normalizados de tensão de isolamento nominal na
isento do treeing (fenômeno de formação de arborescências baixa tensão são: 300/300 V; 300/500 V; 450/750 V; 0,6/1 kV.
no material, provocando descargas parciais localizadas e sua
consequente deterioração); 14.4.3 Normas técnicas dos cabos de baixa tensão
• Polietileno reticulado (XLPE): excelente rigidez dielétrica;
apresenta uma resistência à deformação térmica bastante satisfatória Todos os condutores devem ser providos, no mínimo, de
em temperaturas de até 250 °C; a reticulação do polietileno permite isolação, a não ser quando o uso de condutores nus ou providos
a incorporação de cargas minerais e orgânicas utilizadas para apenas de cobertura for expressamente permitido.
melhorar o comportamento mecânico, a resistência às intempéries As normas técnicas dos cabos admitidos pela NBR 5410 estão
e, sobretudo, o comportamento ao fogo; apresenta dispersão indicados na Tabela 21.
relativamente alta da rigidez dielétrica, bem como o fenômeno do Tabela 21 - Tipos de cabos admitidos pela NBR 5410
treeing com alguma frequência (mas isso pode ser contornado com Sem Isolação Isolação Isolação Cabo não
revestimento em PVC em EPR em XLPE halogenado
misturas especiais de XLPE).
Condutores
de cobre sem
Cobertura
isolação (fios
e cabos nus ou NBR 6524 ---x--- ---x--- ---x--- ---x---
Os cabos unipolares e multipolares de baixa tensão são com cobertura
protegidos com uma cobertura de PVC, polietileno, neoprene, protetora)
polietileno clorossulfonado, material não halogenado (com baixa
emissão de fumaça, gases tóxicos e corrosivos), dentre outros Condutor ---x--- NBR ---x--- ---x--- NBR
materiais. isolado NM 247-3 13248
A escolha do tipo de material da cobertura é função das Cabo unipolar ---x--- NBR 7288 NBR 7286 NBR 7287 NBR
NBR 5410
influências externas (ver 13.1.3 deste guia) a que o cabo estará ou multipolar (formato redondo) NBR 7285 13248
NBR 8661
submetido, principalmente no que se refere à presença de água
(formato plano)
(AD), substâncias corrosivas (AF), solicitações mecânicas (AG),
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do metal, como aquela presente nas sucatas, causa uma qualificado para lidar com as conexões em alumínio que a
queda significativa na sua condutividade. Em certos casos, NBR 5410 impõe várias restrições ao uso de fios e cabos
essa redução pode chegar quase à metade. Isso implica, por elétricos com este condutor.
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AA1 - 60°C + 5°C Sob temperaturas inferiores a - 10°C, os condutores ou cabos com
AA2 - 40°C + 5°C isolação e/ou cobertura de PVC, bem como os condutos de PVC não
AA3 - 25°C + 5°C devem ser manipulados nem submetidos a esforços mecânicos, visto
AA4 - 5°C + 40°C que o PVC pode tornar-se quebradiço
AA5 + 5°C + 40°C Quando a temperatura ambiente (ou do solo) for superior aos valores
AA6 + 5°C + 60°C de referência (20°C para linhas subterrâneas e 30°C para as demais),
AA7 - 25°C + 55°C as capacidades de condução de corrente dos condutores e cabos
AA8 - 50°C + 40°C isolados devem ser reduzidas de acordo com 6.2.5.3.3
AC - Altitude (4.2.6.1.3) (sem influência)
AD1 Desprezível O uso de molduras em madeira só é permitido em AD1
AD2 Gotejamento Nas condições AD3 a AD6 só devem ser usadas linhas com
AD3 Precipitação proteção adicional à penetração de água, com os graus IP
AD4 Aspersão adequados, em princípio sem revestimento metálico externo
AD5 Jatos Os cabos uni e multipolares dotados de cobertura extrudada
AD6 Ondas podem ser usados em qualquer tipo de linha, mesmo com
AD7 Imersão condutos metálicos
Cabos uni e multipolares com isolação resistente à água (por
exemplo, EPR e XLPE)
AD8 Submersão Cabos especiais para uso submerso
AE - Presença de corpos sólidos (4.2.6.1.5)
AE1 Desprezível Nenhuma limitação
AE2 Pequenos objetos Nenhuma limitação, desde que não haja exposição a danos mecânicos
AE3 Objetos muito pequenos Nenhuma limitação
AE4 Poeira leve Podem ser necessárias precauções para evitar que a deposição de
AE5 Poeira moderada poeira ou outras substâncias chegue ao ponto de prejudicar a
75
AE6 Poeira intensa dissipação térmica das linhas elétricas. Isso inclui a seleção de um
método de instalação que facilite a remoção da poeira
AF - Presença de substâncias corrosivas ou poluentes (4.2.6.1.6)
AF1 Desprezível Nenhuma limitação
AF2 Atmosférica As linhas devem ser protegidas contra corrosão ou contra agentes
AF3 Intermitente químicos; os cabos uni e multipolares com cobertura extrudada são
considerados adequados; os condutores isolados só podem ser
usados em eletrodutos que apresentem resistência adequada aos
agentes presentes
AF4 Permanente Só é admitido o uso de cabos uni ou multipolares adequados aos
agentes químicos presentes
AG - Choques mecânicos (4.2.6.1.7)
AG1 Fracos Nenhuma limitação
AG2 Médios Linhas com proteção leve; os cabos uni e multipolares usuais são
considerados adequados; os condutores isolados podem ser usados
em eletrodutos que atendam às ABNT NBR 5624 e ABNT NBR 6150
Linhas com proteção reforçada; os cabos uni e multipolares providos
AG3 Severos de armação metálica são considerados adequados; os condutores
isolados podem ser usados em eletrodutos que atendam às
ABNT NBR 5597 e ABNT NBR 5598
AH - Vibrações (4.2.6.1.7)
AH1 Fracas Nenhuma limitação
AH2 Médias Podem ser necessárias linhas flexíveis
NBR 5410
AH3 Severas Só podem ser utilizadas linhas flexíveis constituídas por cabos
uni ou multipolares flexíveis ou condutores isolados flexíveis em
eletroduto flexível
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NBR 5410
c) no caso de linhas em condutos fechados, os condutos que não escolas, etc., são locais “BDX”, os quais possuem áreas privadas,
sejam metálicos ou de outro material incombustível devem ser não- sem acesso ao grande público (escritório, cozinha, lavanderia,
propagantes de chama, livres de halogênios e com baixa emissão de camarins, etc.) e áreas comuns, de circulação e de concentração de
fumaça e gases tóxicos. Na primeira hipótese (condutos metálicos público (Figura 80). No primeiro caso valem as regras gerais da
ou de outro material incombustível), podem ser usados condutores NBR 5410 e no segundo caso é onde de fato valem as prescrições
e cabos apenas não-propagantes de chama; na segunda, devem ser específicas acima.
usados cabos não-propagantes de chama, livres de halogênio e com Para efeito de escolha dos condutores, o item 6.2.3.5 da
78 baixa emissão de fumaça e gases tóxicos (Figura 79). NBR 5410 esclarece que os cabos não-propagantes de chama,
Note-se que o texto menciona algumas “áreas” em “locais livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases
BD2, BD3 e BD4”. Ou seja, hospitais, hotéis, teatros, cinemas, tóxicos devem atender a NBR 13248.
NBR 5410
(50 Vca < tensão entre fases ≤ 1000 Vca) definidas no anexo A da suportar os esforços que podem sobrevir de danos causados pelo
norma não devem compartilhar a mesma linha elétrica. São os casos fogo aos meios de fixação e de suporte da linha elétrica. Essa
das linhas de energia (faixa II), linhas de telefonia, dados, internet, prescrição é considerada atendida se a fixação da linha elétrica
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Obturação de poço
NBR 5410
quando as impedâncias dos cabos em paralelo são aproximadamente revestimento protetor, com rosca NBR 6414 - Especificação
iguais. Como a resistência elétrica será praticamente a mesma • NBR 5624:1993 - Eletroduto rígido de aço-carbono, com costura,
em todos os condutores (todos tem a mesma seção nominal e com revestimento protetor e rosca NBR 8133 – Especificação
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• NBR 13057:1993 - Eletroduto rígido de aço-carbono, com costura, Conforme 6.2.11.1.2 da norma, somente são admitidos,
zincado eletroliticamente e com rosca NBR 8133 em instalações aparentes e embutidas, eletrodutos que não
• NBR 15465:2007 - Sistemas de eletrodutos plásticos para propaguem chama. É importante notar que esta prescrição
82 instalações elétricas de baixa tensão - Requisitos de desempenho é geral, independentemente do tipo de local, influências
• NBR15701:2009 - Conduletes metálicos roscados e não roscados externas, etc. Obviamente, eletrodutos metálicos atendem
para sistemas de eletrodutos naturalmente a esta exigência, porém o mesmo não ocorre
com todos os tipos de eletrodutos não metálicos. Desta
No que tange a especificação dos eletrodutos, o item 6.2.11.1 da forma, especificadores, compradores e instaladores devem
norma indica que é vedado o uso, como eletroduto, de produtos que prestar especial atenção a este requisito quando forem utilizar
não sejam expressamente apresentados e comercializados como eletrodutos não metálicos.
tal. Esta proibição inclui, por exemplo, produtos caracterizados por
seus fabricantes como “mangueiras”. 14.6.7.2 Número máximo de condutores no interior de um
Um modo de atender a este item da norma é utilizar nas obras eletroduto
apenas aqueles produtos que indiquem a norma técnica que rege sua
fabricação e ensaios. Essa informação pode fazer parte do material A NBR 5410 admite, em 6.2.10.2, que os condutos fechados
informativo do produto (catálogo impresso, catálogo virtual, em geral, e os eletrodutos em particular, contenham condutores
folhetos, etc.) assim como deve vir gravado sobre a superfície do de mais de um circuito se as seções nominais dos condutores de
eletroduto a identificação da norma que lhe é aplicável. Somente fase estiverem contidas dentro de um intervalo de três valores
com estas informações claramente disponibilizadas, o profissional normalizados sucessivos, tais como 1,5, 2,5 e 4 mm², ou 6, 10
ou consumidor poderão ter elementos para fazer a escolha que e 16 mm² ou 35, 50 e 70 mm², e assim por diante. Desta forma,
julgar mais adequada. por exemplo, pode-se colocar dentro de um eletroduto cabos com
Como até o momento da publicação deste guia não há certificação seções de 1,5, 2,5 e 4 mm², mas não se podem colocar juntos num
compulsória de eletrodutos no âmbito do INMETRO, o fornecimento eletroduto cabos com seções 1,5, 6 e 10 mm².
das informações mencionadas está sob a responsabilidade primária Em 6.2.11.1.6, determina-se que a quantidade máxima de
do fornecedor/fabricante do produto. No caso de eletrodutos vendidos condutores dentro de um eletroduto de modo a se deixar uma boa
em lojas, cabe também ao revendedor do produto disponibilizar as área livre no interior do eletroduto para facilitar a dissipação do
informações técnicas para os profissionais que especificam, compram calor gerado pelos condutores e para faci-litar a enfiação e retirada
e instalam os eletrodutos. E, acima de tudo, como força propulsora dos cabos. Para tanto, é necessário que os condutores ou cabos não
NBR 5410
deste assunto, cabe a estes profissionais exigirem por escrito as ocupem uma porcen-tagem da área útil do eletroduto superior a
informações que atestem que os produtos que serão utilizados como 53% para um condutor, 31% para dois condutores e 40% para três
eletrodutos são de fato eletrodutos. ou mais condutores.
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Com base nesta prescrição, a maneira de calcular a quantidade curvas, o limite de 15 m e o de 30 m devem ser reduzidos em 3 m
máxima de condutores é resumida em comparar a área interna de para cada curva de 90°. Em cada trecho de tubulação entre duas
um eletroduto com a área total de condutores. Da geometria, a área caixas, ou entre extremidades, ou ainda entre caixa e extremidade,
útil de um eletroduto (AE) é dada por: só devem ser previstas, no máximo, 3 curvas de 90°, ou seu
equivalente até, no máximo, 270°, não devendo ser previstas curvas
π
AE = (de – 2e)2 com deflexão superior a 90°. Ver figura 87.
4 Desta forma, por exemplo, um trecho de tubulação situada
no interior de uma obra, contendo 2 curvas não poderá ter um
onde: de é o diâmetro externo do eletroduto e e a espessura da comprimento superior a 15 – (2 x 3) = 9 m.
parede do eletroduto. Tais valores podem ser obtidos, por exemplo,
no catálogo do fabricante.
π
Ac = de2
4
sendo: d o diâmetro externo do cabo isolado, valor que é obtido no
catálogo do fabricante.
Figura 87: regra sobre instalação de caixas em eletrodutos
eletroduto 25 1
32 1 1/4
60 2 1/2
devem exceder 15 metros de comprimento para linhas internas
75 3
às edificações e 30 metros para as li-nhas em áreas externas às
85 3 1/2
edificações, se os trechos forem retilíneos. Se os trechos incluírem
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14.6.7.5 Caixas de derivação e de passagem Seção Nominal do condutor isolado (mm2) Volume equivalente (cm3)
1,5 32,9
Localização 2,5 39,4
4 44,6
A localização das caixas deve ser de modo a garantir que elas 6 46,8
sejam facilmente acessíveis. Elas devem ser providas de tampas 10 58,8
ou, caso alojem interruptores, tomadas de corrente e congêneres,
fechadas com os espelhos que completam a instalação desses Essa tabela é aplicável a condutores isolados apenas, não sendo
dispositivos. As caixas de saída para alimentação de equipamentos válida para cabos unipolares ou multipolares. Assim, se a caixa
podem ser fechadas com as placas destinadas à fixação desses deverá conter apenas condutores isolados (sem emendas, conexões
equipamentos. ou ligações a tomadas de corrente), então se pode simplesmente
dividir os volumes da Tabela 25 pelos da Tabela 26 e obter-se assim
Tampas a quantidade máxima de condutores isolados admissível em cada
caixa, como mostra a Tabela 27.
A NBR 5410 admite a ausência de tampa em caixas de
Tabela 27 – Quantidade máxima de condutores isolados dentro de uma caixa
derivação ou de passagem instaladas em forros ou pisos falsos,
desde que essas caixas efetivamente só se tornem acessíveis com Tipo de Quantida máxima de condutores isolados
a remoção das placas do forro ou do piso falso, e que se destinem caixa 1,5 mm2 2,5 mm2 4 mm2 6 mm2 10 mm2
consideração também a disposição do condutor dentro da caixa. isolados de 2,5 mm2, três condutores isolados de 4 mm2 e, ainda, um
Tomando como base a tabela do NEC e procurando manter a corpo de tomada dupla, ao qual serão conectados os condutores de
relação entre áreas e volumes ali indicados, foi elaborada a tabela 26. 4 mm2.
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técnicos (vão livre, onde cabe uma pessoa, situada entre dois a operação e manutenção do sistema, pode acarretar problemas
pavimentos), os pisos elevados, os forros falsos e os espaços de compatibilidade eletromagnética, que afetam o funcionamento
internos existentes em certos tipos de divisórias. Além desses, do sistema de sinal. A propósito, a NBR 5410 traz algumas
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recomendações genéricas em 5.4.3.5 relativas à disposição dos Vmatcomb = (π / 4) x {[dc + 2 x (ei + ecob)]2 – dc2]} x 10-3
cabos de energia e de sinais em geral (isto é, não se refere apenas
aos espaços de construção). A Tabela 28 apresenta alguns valores obtidos em catálogos de
fabricantes de um cabo unipolar 0,6/1 kV categoria BF e o respectivo
14.6.9 Requisitos específicos para instalação em bandejas cálculo do volume de material combustível para cada seção nominal.
A última coluna da tabela indica quantos cabos daquela respectiva
Sob o ponto de vista da instalação dos condutores elétricos em seção podem ser instalados numa bandeja, respeitando-se o limite
bandejas, diferentemente do que ocorre com cabos instalados em de 3,5 dm3 por metro linear de material (para obter essa quantidade,
eletrodutos, a NBR 5410 não estabelece uma ocupação máxima basta dividir 3,5 pelo volume da respectiva seção de cabo).
de x% da área útil da bandeja pelos cabos. A única restrição à
Tabela 28 - volume e número de cabos unipolares em bandeja
quantidade de cabos na bandeja é dada em 6.2.11.3.5.
Seção (mm²) Vmatcomb (dm³/m) Num. Cabos cat BF
do diâmetros do condutor (dc), e da espessuras da isolação (ei) e estes condutos sejam instalados em locais só acessíveis a pessoas
da cobertura (ecob). O volume de material combustível (Vmatcomb), advertidas (BA4) ou qualificadas (BA5); ou sejam instalados a uma
expresso em dm3 por metro linear, pode ser calculado por: altura mínima de 2,50 m do piso (Figura 89).
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14.6.11 Requisitos específicos para instalação em linhas Figura 90 – Instalação de eletrodutos enterrados
enterradas
NBR 5410
com 99,5% de pureza. Nas extremidades dos barramentos são o comprimento do percurso, ou a outros equipamentos, como
estampados furos para permitir uma fácil conexão na montagem transformadores ou painéis. Outro tipo de elemento de conexão é o
no local da obra. Além disso, as barras podem estar revestidas de elemento de dilatação, também conhecido como junta de dilatação.
prata ou estanho para melhorar a resistência de contato e diminuir Esta peça permite a dilatação térmica, compensando a diferença
as perdas joule. Dependendo da corrente no circuito, são instaladas de dilatação térmica dos diferentes materiais que compõem a
uma ou mais barras em paralelo por fase. instalação.
Em edifícios residenciais, os barramentos são dispostos na Os barramentos blindados são equipamentos que se tornam
vertical, no espaço de construção, do qual é derivada a energia economicamente compensatórios quando utilizados para
para os andares e de onde será distribuída a eletricidade para cada transportar grandes correntes, além de agregar outros benefícios
apartamento e, na horizontal, desde o quadro de proteção até a como a flexibilidade de alteração da instalação e da rapidez de
base da prumada. Barramentos na horizontal podem ser também instalação (Figura 94).
encontrados em indús-trias e comércios, como shoppings centers,
para facilitar a distribuição da energia para cada loja abaixo da
linha elétrica.
Os barramentos blindados de baixa tensão podem ainda ter
as barras coladas uma à outra, sem espaço de isolação. Nesse
caso, é comum que os fabricantes façam o isolamento com fita,
encapsulando as barras. Este tipo de barra-mento é mais utilizado
para transmissão de energia. Na distribuição de energia, apesar de
possível, não é usual, dada a complexidade apresentada, pois, para
derivar corrente no tipo barra colada, é preciso separar as barras
antes de acoplar uma caixa plugin que irá distribuir energia. Isso
torna o processo mais caro também.
produzidos pela circulação de correntes de valores iguais às de difícil aplicação, pois contém numerosos cálculos complexos,
capacidades de condução de corrente respectivas, durante períodos somente possíveis de realizar em tempos razoáveis por meio de
prolongados em serviço normal. uso de softwares específicos. Há alguns poucos softwares para
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2
1
3
4
Figura 95 – Sequência para determinação da seção nominal do condutor nas tabelas 36 a 39
estes dimensionamentos disponíveis no mercado, tais como o pelas tabelas 36 a 39 são sempre referidos a uma temperatura
CYMCAP - Cable Ampacity Calculation, cuja versão original ambiente de 30°C para todas as maneiras de instalar, exceto as linhas
foi desenvolvida em conjunto pela Ontario Hydro (Hydro One), enterradas, cujas capacidades são referidas a uma temperatura (no
McMaster University e CYME International, com o apoio da solo) de 20°C.
Canadian Electricity Association. Desta forma, se os condutores forem instalados em ambiente
cuja temperatura seja diferente das indicadas, sua capacidade de
91
Fator de correção de temperatura ambiente condução de corrente deve ser determinada, usando-se as tabelas 36
a 39, com a aplicação dos fatores de correção de temperatura dados
O valor da temperatura ambiente a utilizar no dimensionamento na tabela 40 da norma.
é o da temperatura do meio que envolve o condutor quando ele não É importante considerar que, no caso de instalações sujeitas a
estiver carregado. intempéries, os fatores de correção da tabela 40 não consideram
Os valores de capacidade de condução de corrente fornecidos o aumento de temperatura devido à radiação solar ou a outras
2
X
3
1
NBR 5410
θa = 30ºC IZ = 50 A
θa = 40ºC IZ = 50 . 0,87 = 43,5 A
1
2
radiações infravermelhas. Quando os condutores forem submetidos carregados que se encontra indicado em cada uma de suas colunas.
a tais radiações, as capacidades de condução de corrente devem ser Para linhas elétricas contendo um total de condutores superior às
calculadas pelos métodos especificados na ABNT NBR 11301. quantidades indicadas nas tabelas 36 a 39, a capacidade de condução
Para entender a aplicação do fator de correção de temperatura, de corrente dos condutores de cada circuito deve ser determinada,
92 considera-se o “circuito 1” anteriormente utilizado, porém com usando-se as tabelas 36 a 39, com a aplicação dos fatores de correção
temperatura ambiente 40 ºC. A Figura 96 apresenta as tabelas 36 pertinentes dados nas tabelas 42 a 45 (fatores de agrupamento).
e 40 lado a lado e a sequência de setas indica o caminho que deve Os condutores para os quais se prevê uma corrente de projeto
ser seguido até se obter a nova capacidade de corrente da seção não superior a 30% de sua capacidade de condução de corrente,
nominal de 10 mm2 referida a 40 ºC. Note-se que o valor obtido já determinada observando-se o fator de agrupamento incorrido,
(IZ = 43,5 A) é menor do que a corrente de projeto IB = 48 A e, podem ser desconsiderados para efeito de cálculo do fator de
portanto, a seção do condutor deverá ser aumentada. correção aplicável ao restante do grupo. São os casos, por exemplo,
de condutores que tiveram sua seção nominal aumentada em
Fator de correção de resistividade térmica do solo decorrência do atendimento ao critério de queda de tensão.
Os fatores de agrupamento foram calculados admitindo-se todos
Nas tabelas 36 e 37, as capacidades de condução de corrente os condutores vivos permanentemente carregados com 100% de
indicadas para linhas subterrâneas (método de referência D) são sua carga. Caso o carregamento seja inferior a 100%, os fatores de
válidas para uma resistividade térmica do solo de 2,5 K.m/W. correção podem ser aumentados, porém a norma não traz nenhuma
Quando a resistividade térmica do solo for superior a 2,5 K.m/W, indicação de quais fatores devem ser utilizados. Neste caso, a
caso de solos muito secos, os valores indicados nas tabelas devem aplicação da NBR 11301 não é possível, pois ela trata apenas de
ser adequadamente reduzidos, a menos que o solo na vizinhança circuitos com 100% de carga e deve-se, a partir da determinação
imediata dos condutores seja substituído por terra ou material do ciclo de carregamento do cabo, utilizar a norma IEC 60853-1já
equivalente com dissipação térmica mais favorável. A tabela 41 da mencionada.
norma fornece fatores de correção para resistividades térmicas do Os fatores de correção da tabela 42 da norma são aplicáveis a
solo diferentes de 2,5 K.m/W. condutores agrupados em feixe, seja em linhas abertas ou fechadas
O procedimento para aplicação do fator de correção para (os fatores pertinentes são os da linha 1 da tabela 42), e a condutores
resistividade do solo é semelhante àquele explicado para o fator de agrupados num mesmo plano e numa única camada (demais linhas da
correção de temperatura. tabela). Por sua vez, os fatores de correção da tabela 43 são aplicáveis
a agrupamentos consistindo em mais de uma camada de condutores.
Fator de correção para agrupamento de circuitos Assim, no caso de agrupamento em camadas, os fatores de
NBR 5410
4
2
4 circuitos
1
3 camadas
Sendo
15.1.1.4 Critério de proteção contra corrente de sobrecarga α = 1,9 IN para fusíveis com IN ≤ 10 A;
α = 1,75 IN para fusíveis com IN < 10 ≤ 25 A;
Condições de proteção α = 1,6 IN para fusíveis com 25 < IN < 1000 A
Onde:
Tendo em vista as características dos disjuntores e fusíveis Figura 104 – Circuitos com mesma seção nominal
definidas em suas respectivas normas no que diz respeito às No entanto, se houver seções diferentes, a regra geral
correntes e tempos de atuações, as duas condições anteriores podem determina que deve ser instalado um dispositivo na emenda.
ser simplificadas conforme a seguir: Pode-se imaginar uma situação como esta se o Alimentador
1 tem seção 35 mm2, o Alimentador 2 tem seção 25 mm2 e
Disjuntores o Alimentador 3 tem seção 10 mm2. Neste exemplo, cada
alimentador deverá ter um dispositivo de proteção que atenda
IB ≤ IN ≤ Iz as prescrições de 5.3.4.1 da norma. Poderia ser o caso de o
Alimentador 1 ser protegido contra sobrecargas por um
NBR 5410
Deslocamento do dispositivo de proteção distribuição for menor do que três metros, o dispositivo de
proteção contra sobrecargas poderá estar situado no interior do
Em 5.3.4.2.2, prescreve-se que o dispositivo destinado a quadro.
proteger uma linha elétrica contra sobrecargas pode não ser A situação prevista em (a), seria aquela em que, por exemplo,
posicionado exatamente no ponto de derivação, mas deslocado existiria um dispositivo de proteção contra curtos-circuitos
ao longo do percurso da linha, se a parte da linha compreendida (disjuntor ou fusível) instalado no quadro geral (QG) que atuaria
entre a mudança de seção e o dispositivo de proteção não no caso da ocorrência de um curto-circuito em qualquer ponto
possuir nenhuma derivação, nenhuma tomada de corrente e entre a derivação e o quadro de distribuição (alimentadores 2 ou 3
atender a pelo menos uma das duas condições seguintes: (a) da Figura 106). Como indicado, nesta condição seria dispensada
96
estar protegida contra curtos-circuitos ou (b) seu comprimento a instalação do dispositivo de proteção contra sobrecargas em
não exceder 3 m, ser instalada de modo a reduzir ao mínimo o qualquer ponto dos alimentadores 2 e 3 do exemplo.
risco de curto-circuito e não estar situada nas proximidades de Em todos os casos, a norma indica que deve ser reduzido
materiais combustíveis. ao mínimo o risco de curto-circuito nas derivações. Isto pode
A Figura 106 ilustra o caso (b), onde se verifica que, se o ser atendido pela escolha adequada do tipo de linha elétrica em
comprimento do condutor entre a derivação e o quadro de função das influências externas existentes no local da instalação.
NBR 5410
Omissão da proteção contra sobrecargas Tabela 32 – Temperaturas limites de curto-circuito dos condutores
(Tabela 35 da NBR 5410)
Tipo de isolação Temperatura limite de
As prescrições a seguir não são válidas para locais com riscos curto-circuito (condutor) °C
de incêndio (BE2) ou explosões (BE3) previstas na Tabela 22 da Cloreto de polivinila (PVC) até 300 mm2 160
NBR 5410. Assim, ao invés de instalar dispositivos de proteção Cloreto de polivinila (PVC) maior que 300 mm2 140
contra sobrecargas na derivação (Figura 105) ou em algum ponto Borracha etilenopropileno (EPR) 250
deslocado ao longo da linha elétrica (Figura 106), existem três Polietileno reticulado (XLPE) 250
situações em que simplesmente estes dispositivos de proteção
podem nem existir, a saber: No estudo da proteção contra correntes de curto-circuito devem,
em princípio, ser determinadas as correntes de curto-circuito
(a) Quando o circuito de derivação (alimentadores 2 e 3 nos presumidas simétricas em todos os pontos julgados necessários.
exemplos anteriores) for protegido a montante (atrás) por dispositivo O dispositivo destinado a proteger os condutores vivos de um
contra sobrecargas. Seria o caso, por exemplo, de existir no QG das circuito deve estar adequadamente coordenado com os condutores.
figuras anteriores um dispositivo de proteção que atuasse quando Para isso, a NBR 5410 impõe duas condições (Figura 107):
da ocorrência de uma sobrecarga no Alimentador 2 ou 3. Para que
isso ocorresse, as condições de 5.3.4.1 da norma deveriam ser • A capacidade de interrupção do dispositivo (ICN) deve ser no
atendidas, o que é muito raro acontecer na prática quando se tratam mínimo igual à corrente de curto-circuito presumida (Ik) no ponto
de condutores com seções nominais muito diferentes. onde for instalado (Figura 107). Só se admite um dispositivo com
capacidade de interrupção inferior, se houver, a montante, outro
(b) Quando o circuito de derivação não estiver sujeito à circulação dispositivo com a capacidade de interrupção necessária que deve
de correntes de sobrecarga, estiver protegido contra curtos- ser coordenado com o anterior;
circuitos e não possuir derivação ou tomada de corrente. Esta • A integral de Joule que o dispositivo deixa passar deve ser
também é uma situação pouco usual na maioria das instalações inferior ou igual à integral de Joule necessária para aquecer o
elétricas, principalmente no que diz respeito a não existir a condutor desde a temperatura máxima para serviço contínuo até a
possibilidade de circulação de correntes de sobrecarga. Além temperatura limite de curto-circuito (Figuras 107, 108 e 109), o que
disso, deveria existir um dispositivo de proteção contra curtos- pode ser indicado pela seguinte expressão:
circuitos (disjuntor ou fusível) instalado no quadro geral (QG) que
atuaria no caso da ocorrência de um curto-circuito em qualquer ∫ i 2 t dt ≤ K 2 S 2 97
ponto entre a derivação e o quadro de distribuição (alimentadores
2 ou 3 da Figura 106). onde:
(c) Podem ser omitidos dispositivos de proteção contra sobrecargas ∫ i 2 t dt é a integral de Joule (energia) que o dispositivo de proteção
em todas as derivações de linhas de sinal, incluindo circuitos de deixa passar, em ampères quadrados-segundo;
comando. K2 S2 é a integral de Joule (energia) capaz de elevar a temperatura do
condutor desde a temperatura máxima para serviço contínuo até a
Proteção contra sobrecargas de condutores em paralelo temperatura de curto-circuito, supondo-se aquecimento adiabático.
As condições de proteção contra sobrecargas de condutores em O valor de K é indicado na tabela 30 da NBR 5410 e S é a seção
paralelo são tratadas em 5.3.4.5 e no Anexo D.2 da NBR 5410. do condutor, em milímetros quadrados.
Condições de proteção
onde:
98
deverá ter um dispositivo de proteção que atenda as prescrições de do condutor entre a derivação e o quadro de distribuição for menor do
5.3.5.5.2 da norma. Sem entrar em muitos detalhes, poderia ser o caso de que três metros, o dispositivo de proteção contra curtos-circuitos poderá
o Alimentador 1 ser protegido contra curtos-circuitos por um disjuntor de estar situado no interior do quadro de distribuição (QD-1 e QD-2).
125 A, o Alimentador 2 por um disjuntor de 100 A e o Alimentador 3 por A norma indica que deve ser reduzido ao mínimo o risco de curto-
um disjuntor de 50 A, conforme indicado na Figura 111. circuito nas derivações. Isto pode ser atendido pela escolha adequada do
tipo de linha elétrica em função das influências externas existentes no
Deslocamento do dispositivo de proteção local da instalação.
99
Ainda conforme a prescrição de 5.3.5.2.2, alínea b), em alternativa
Em 5.3.5.2.2, prescreve-se que o dispositivo destinado a proteger à situação descrita anteriormente, é possível não instalar um dispositivo
uma linha elétrica contra curtos-circuitos pode não ser posicionado de proteção no ponto de derivação caso o condutor de seção reduzida
exatamente no ponto de derivação, mas deslocado ao longo do percurso estivesse garantidamente protegido contra curtos-circuitos por um
da linha, se a parte da linha compreendida entre a redução de seção dispositivo de proteção localizado a montante da derivação. Isso está
e a localização pretendida para o dispositivo de proteção atender ilustrado na Figura 4, onde o dispositivo de proteção instalado no
simultaneamente aos seguintes três requisitos: (a) não exceder 3 m, (b) QG estaria protegendo contra curtos-circuitos simultaneamente os
ser instalada de modo a reduzir ao mínimo o risco de curto-circuito e, (c) Alimentadores 1, 2 e 3. Para que isso seja possível, é preciso que os
não estar situada nas proximidades de materiais combustíveis. requisitos de 5.3.5.5.2 da NBR 5410 relativos à integral de Joule dos
A Figura 112 ilustra o caso (a), onde se verifica que, se o comprimento dispositivos e dos condutores sejam atendidos.
NBR 5410
Nos três casos mencionados a seguir é possível não existir a) circuito com tensão fase-neutro 127 V, seção dos condutores
nenhum dispositivo de proteção contra curtos-circuitos instalado 2,5 mm2 e comprimento 25 m, têm-se a seguinte corrente de curto-
na derivação ou deslocado ao longo da linha, desde que a linha circuito mínima presumida:
elétrica seja instalada de modo a reduzir ao mínimo o risco de
curto-circuito e não esteja situada nas proximidades de materiais Ikmin = 0,8 U S / r ρ 2 l
combustíveis: = 0,8 (127) (2,5) / (1,00) (0,027) 2 (25) = 188 A
(d) Em linhas que ligam geradores, transformadores, retificadores b) circuito com tensão fase-neutro 127 V, seção dos condutores
e baterias aos seus quadros correspondentes, desde que existam 25 mm2 e comprimento 25 m:
dispositivos de proteção instalados dentro dos quadros.
Ikmin = 0,8 U S / r ρ 2 l
(e) Em circuitos onde o desligamento automático seja perigoso, tais = 0,8 (127) (25) / (1,00) (0,027) 2 (25) = 1.882 A
como circuitos de excitação de máquinas rotativas, de alimentação
de eletroímãs para elevação de cargas, circuitos secundários de Fica evidente nos exemplos a influência da seção dos
transformadores de corrente e circuitos de motores usados em condutores (de fase e neutro) no valor da corrente mínima.
bombas de incêndio, extração de fumaça, etc. O primeiro caso (2,5 mm 2) é típico de circuitos terminais de
força e iluminação, enquanto que o segundo caso (25 mm 2) é
(f) Em circuitos de medição. mais encontrado em circuitos de distribuição e alimentação
de quadros em geral. A reduzida seção dos condutores
utilizados geralmente nos circuitos terminais contribui
Corrente de curto-circuito mínima presumida significativamente para a redução da corrente de curto-
circuito mínima presumida.
Na NOTA 2 de 6.4.3 (Seleção dos dispositivos de proteção
contra curtos-circuitos), informa-se que “para efeito de verificação 15.1.1.6 Natureza dos dispositivos de proteção contra
das condições especificadas em 6.3.4.3.1 e 6.3.4.3.2, considera- sobrecorrentes
1,15 150
a tempo inverso e podem apresentar uma capacidade de interrupção
1,20 185
inferior à corrente de curto-circuito presumida no ponto de
1,25 240
instalação.
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Dispositivos capazes de prover apenas proteção contra sobrecorrentes. Ora, na prática, garantir o atendimento a estas
correntes de curto-circuito três condições não é nada fácil e, conseqüentemente, reduzir a
seção do condutor neutro deve ser uma decisão tomada somente
Tais dispositivos podem ser utilizados quando a proteção contra após uma análise muito criteriosa do caso. Note que a norma
sobrecargas for provida por outros meios ou nos casos em que se não obriga a redução do condutor neutro, mas apenas deixa uma
admite omitir a proteção contra sobrecargas). Esses dispositivos possibilidade para que esta redução aconteça.
devem poder interromper qualquer corrente de curto-circuito
inferior ou igual à corrente de curto-circuito presumida. Podem ser Condutor neutro pode ser igual ao condutor de fase
dos seguintes tipos:
Em 6.2.6.2.3 e 6.2.6.4, admite-se que, respectivamente, num
a) disjuntores conforme NBR 5361, NBR IEC 60947-2, circuito trifásico com condutor neutro e num circuito de duas fases
NBR NM 60898 ou IEC 61009-2.1; com condutor neutro, a seção do condutor neutro pode ser igual à
seção do condutor de fase desde que a taxa de terceira harmônica
b) dispositivos fusíveis com fusíveis tipo gG, gM ou aM, conforme (e suas múltiplas) presentes no circuito seja maior ou igual a 15% e
NBR IEC 60269-1 e NBR IEC 60269-2 ou NBR IEC 60269-3. menor ou igual a 33%. 101
15.2 Dimensionamento do condutor neutro Condutor neutro pode ser maior que o condutor de fase
Em 6.2.6.2, são feitas considerações sobre o dimensionamento Em 6.2.6.2.5, admite-se que num circuito trifásico com
do condutor neutro em função da taxa de terceira harmônica condutor neutro ou num circuito com duas fases com condutor
(THD3) e suas múltiplas presentes no circuito. neutro, a seção do condutor neutro pode ser maior que a seção do
Desta forma, são consideradas três situações: taxa inferior condutor de fase desde que a taxa de terceira harmônica (e suas
a 15%, taxa entre 15% e 33% e taxa superior a 33%, conforme múltiplas) presentes no circuito seja maior ou igual a 33%. Tais
indicado na Tabela 34. taxas são muito comuns em circuitos que alimentam, por exemplo,
computadores e outros equipamentos de tecnologia de informação.
Tabela 34 - Taxa de 3ª harmônica x seção do condutor neutro
De acordo com o anexo F da norma NBR 5410, a seção do
THD3 e 15% ≤ THD3 e THD3 e múltiplas
múltiplas < 15% múltiplas ≤ 33% > 33% condutor neutro nestas condições pode ser determinada calculando-
Condutor neutro Condutor neutro pode Condutor neutro se a corrente por:
pode ser menor que o ser igual ao condutor pode ser maior que o
condutor de fase de fase condutor de fase IN = fh IB
valores da tabela 48 da referida norma, desde que (1) o circuito recomenda-se a adoção dos maiores fatores da tabela, ou seja,
seja equilibrado, (2) a taxa de 3ª harmônica e múltiplas seja 1,73 e 1,41, respectivamente, para circuitos trifásicos e com
menor que 15% e (3) que o condutor neutro seja protegido contra duas fases.
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TABELA 35 - Fator para a determinação da corrente no neutro da forma energeticamente mais eficiente e ambien-talmente
fh mais amigável possível desde a fonte até o ponto de utilização.
Taxa de 3ª harmônica Circuito trifásico Circuito com duas No entanto, devido à sua resistência elétri-ca, o cabo dissipa, na
com neutro fases e neutro
33% a 35% 1,15 1,15
forma de calor (perda joule), uma parte da energia transportada,
36% a 40% 1,19 1,19
de forma que uma eficiência de 100% não é obtida neste processo.
41% a 45% 1,24 1,23 Em consequência, essa perda irá requerer a geração de uma energia
46% a 50% 1,35 1,27 adicional que contribuirá para o acréscimo da emissão de gases de
51% a 55% 1,45 1,30 efeito estufa na atmosfera.
56% a 60% 1,55 1,34 A energia dissipada por estes cabos precisa ser paga por alguém,
61% a 65% 1,64 1,38 transformando-se assim em um acréscimo nos custos operacionais
≥ 66% 1,73 1,41 do equipamento que está onde alimentado e da instalação elétrica
como um todo. Esta sobre-carga financeira se estende por toda a
Exemplo: sendo I1 = 110 A, I3 = 57 A e I5 = 29 A, circuito vida útil do processo envolvido. O custo da energia tem um peso
trifásico com neutro, segue-se: cada vez mais importante nos custos operacionais das edificações
comerciais e industriais. Neste sentido, todos os esforços possíveis
IB = √1102 + 572 + 292 = 127 A devem ser feitos para conter gastos desnecessários.
Os aspectos ambientais e conservacionistas relacionados com a
THD3 = 100 x 57 / 110 = 52% energia desperdiçada também são importantes fato-res, cada vez mais
ressaltados. Estudos revelam que, ao longo do ciclo de vida dos fios e
Entrando com 52% na tabela F.1 fh = 1,45 cabos elétricos, as mais significativas emissões de CO2 (gás do efeito
estufa) são produzidas quando os condutores estão sendo utilizados
Então, IN = fh IB = 1,45 x 127 = 184 A no transporte de energia elétrica, onde relativamente pequenas na fase
de fabricação e descarte desses produtos. Essas emissões de CO2 são
Proteção contra sobrecorrentes do condutor neutro resultantes da geração extra de energia necessária para compensar
as perdas joule na condução da corrente elétrica pelo circuito. Desta
Nos esquemas TN e TT, quando a seção do condutor neutro forma, mantidas todas as demais características da instalação, a
for pelo menos igual ou equivalente à dos condutores de fase, não maneira mais adequada de reduzir as perdas joule nos fios e cabos, e
102 é necessário prever detecção de sobrecorrente no condutor neutro, consequentemente, as emissões de CO2, é aumentar a seção nominal
nem dispositivo de seccionamento nesse condutor. dos condutores elétricos.
Quando a seção do condutor neutro for inferior à dos condutores Teoricamente, seria possível reduzir a perda de energia
de fase, é necessário prever detecção de sobrecorrente no condutor (joule) e a consequente emissão de CO2 a valores insignifi-cantes,
neutro, adequada à seção desse condutor. Essa detecção deve aumentando-se a seção do condutor. No entanto, como isto
provocar o seccionamento dos condutores de fase, mas não significa aumentar o custo inicial do cabo, seus acessórios, linhas
necessariamente do condutor neutro. No entanto, admite-se omitir a elétricas e mão de obra de instalação, tende-se a anular a economia
detecção de sobrecorrente no condutor neutro, se as duas condições conseguida pela melhoria da eficiência na distribuição. Neste caso,
seguintes forem simultaneamente atendidas: é interessante encontrar um compromisso entre estas duas variáveis
(redução nas perdas x aumento do custo inicial da instalação).
a) o condutor neutro estiver protegido contra curtos-circuitos pelo A melhor ocasião para se considerar a questão das perdas joule
dispositivo de proteção dos condutores de fase do circuito; e emissão de CO2 numa instalação elétrica é na etapa de projeto,
b) a corrente máxima suscetível de percorrer o condutor neutro em quando custos adicionais são marginais. É fácil compreender que,
serviço normal for claramente inferior ao valor da capacidade de após sua instalação, é muito mais difícil e caro incorporar melhorias
condução de corrente desse condutor. a um circuito. A questão central neste assunto é identificar uma seção
de condutor que reduza o custo da energia desperdiçada, sem incorrer
Considera-se esta condição satisfeita se a potência transportada em custos iniciais excessivos de compra e insta-lação de um cabo.
pelo circuito for distribuída tão uniformemente quanto possível entre Os critérios de dimensionamento econômico e ambiental
as diferentes fases. Por exemplo, se a soma das potências absorvidas apresentados a seguir são aplicáveis a todos os tipos de instalações
pelos equipamentos de utilização alimentados entre cada fase e o elétricas de baixa e média tensão, sejam nas instalações prediais,
neutro for muito inferior à potência total transportada pelo circuito comerciais e industriais ou nas redes públicas de distribuição de
em questão. Um valor prático usual para esse desequilíbrio é de 10%. energia elétrica.
Existem algumas situações onde o emprego de tais critérios é
15.3-Dimensionamento econômico e ambiental de condutores particularmente mais interessante, tais como aquelas que envolvem
circuitos com cargas relativamente elevadas, que funcionam por
NBR 5410
elétricos
longos períodos durante o dia. São os casos de alimentadores de
15.3.1 Introdução quadros de distribuição, quadros de luz, alimentação de motores
A função de um cabo de potência é conduzir a energia elétrica elétricos, torres de resfriamento, ar condicionado, dentre outros,
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facilmente encontrados, por exemplo, em shopping centers, θ = temperatura máxima nominal do condutor para o tipo de cabo
indústrias em geral, hospitais, edifícios comerciais e públicos, considerado [ºC];
portos, aeroportos, estádios e ginásios esportivos, dentre ou-tros. θa = temperatura ambiente média [ºC].
A = componente variável do custo por unidade de comprimento
15.3.2 Dimensionamento técnico e econômico de condutores conforme seção do condutor [$/m.mm2]
elétricos conforme a norma NBR 15902 Np = número de condutores de fase por circuito;
Nc = número de circuitos que levam o mesmo tipo e valor de carga;
15.3.2.1 Seção Econômica T = tempo de operação com perda joule máxima [h/ano];
P = custo de um watt-hora no nível da tensão pertinente [$/W.h]
A Seção Econômica (Sec) de um condutor elétrico pode ser D = variação anual da demanda [$/W.ano];
determinada pela expressão [1] que utiliza parâmetros calculados Q = quantidade auxiliar;
pelas expressões [2] a [5]. i = taxa de capitalização para cálculo do valor presente [%];
yp = fator de proximidade, conforme IEC 60287-1-1;
ys = fator devido ao efeito pelicular, conforme IEC 60287-1-1;
[1]
λ1 = fator de perda da cobertura, conforme IEC 60287-1-1;
λ2 = fator de perda da armação, conforme IEC 60287-1-1;
r = quantidade auxiliar;
[2] N = período coberto pelo cálculo financeiro, também referido como
“vida econômica” [ano];
a = aumento anual da carga (Imax) [%];
[3] b = aumento anual do custo da energia, sem incluir efeitos da
inflação [%].
[4]
15.3.2.2 Aspectos econômicos
S Custo Total
Custo Inicial
Valor mínimo
Custo de operação
(perdas)
mm2
NBR 5410
ST SE
Figura 115 - Custo inicial e custo operacional dos cabos em função da seção nomial
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Custo total = CT = CI + CJ [6] para sua fabricação. Os itens 6.2 e 6.3 a seguir apresentam os
onde: modos de calcular as emissões de CO2 evitadas e realizadas.
CI é o custo inicial de um comprimento de cabo instalado, [$]; Redução das emissões de CO 2 na geração de energia pelo
CJ é o custo operacional equivalente na data em que a instalação aumento da seção
foi adquirida, ou seja, o valor presente, das perdas joule durante a
vida considerada, [$]. Quando os condutores dimensionados pelo critério
técnico (de menor seção) são substituídos por condutores
A Figura 115 apresenta as curvas típicas do custo operacional dimensionados pelo critério econômico (de maior seção), a
(CJ) e custo inicial de uma instalação (CI) em função da seção quantidade anual de redução de emissões de CO2 é dada pela
nominal dos condutores. seguinte fórmula:
Na Figura 115, somando-se ponto a ponto as duas curvas (custo
inicial e custo operacional), tem-se , para cada seção nominal, o Z 1 = Σ [Np Nc I2 (R1 – R2) 10-3 T l K1] [9]
custo total daquele condutor ao longo de sua vida referido a um
valor presente. onde:
Conforme a Figura 115, a curva relativa ao custo total apresenta
um ponto de valor mínimo ($) para uma dada seção (mm2). Z1 = quantidade anual de redução de emissões de CO2 [kg-CO2];
Denomina-se como seção econômica (Sec) de um circuito N p = número de condutores de fase por circuito;
aquela seção que resulta no menor custo total de instalação e N c = número de circuitos que levam o mesmo tipo e valor de
operação de um condutor elétrico durante sua vida econômica carga;
considerada. I = corrente de projeto, [A];
De acordo com a NBR 15920, o custo total (CT) pode ser l = comprimento do cabo, [km];
calculado por: R1 = resistência do condutor por unidade de comprimento
CT = I2max R l F [$] [7] dimensionado pelo critério técnico (menor seção), [Ω/km] –
onde: calculada conforme equação [8];
Imax = carga máxima no cabo durante o primeiro ano, [A]; R 2 = resistência do condutor por unidade de comprimento
l = comprimento do cabo, [m]; dimensionado pelo critério econômico (maior seção), [Ω/km]
104 F = calculado pela equação [2]; – calculada conforme equação [8];
R = resistência c.a. aparente do condutor por unidade de comprimento, T = tempo de operação por ano [h/ano];
levando em conta os efeitos pelicular e de proximidade (yp, ys) e as K 1 = emissões de CO 2 no momento da geração por unidade de
perdas em blindagens metálicas e armações (λ1, λ2), [Ω/m]. energia elétrica, [kg-CO 2/kWh]. Este valor varia conforme
a característica da matriz energética de cada país, sendo
O valor de R em função da seção padronizada S do condutor maior nos casos onde fontes primárias de energia são mais
deve ser considerado na temperatura média de operação do condutor poluentes (combustíveis fósseis) e menor onde as fontes
(θm) e calculado pela seguinte expressão: primárias são mais limpas e renová-veis (hidráulica, solar,
eólica, etc.). No caso do Brasil, dados de 2010 indicam um
ρ 20 •
B[1 + α 20 • (θm - 20)] [8] valor de K 1 = 0,089 kg-CO 2/kWh.
R(S) = • 10 6
S
Aumento das emissões de CO 2 na fabricação de condutores
Ao longo do ciclo de vida dos fios e cabos elétricos, as O aumento da seção dos condutores quando dimensionados
mais significativas emissões de CO2 (gás do efeito estufa) pelo critério econômico tem como consequência direta o
são produzidas quando os condutores transportam a energia aumento nas emissões de CO2 no processo completo de
elétrica, sendo relativamente pequenas na fase de fabricação e fabricação dos cabos elétricos, desde a fase de extração do
descarte desses produtos. Essas emissões de CO2 são resultantes metal condutor na mina até o descarte do produto após sua
da geração extra de energia necessária para compensar as utilização (ciclo de vida do produto). Isso se deve ao fato de que
perdas joule na condução da corrente elétrica pelo circuito. seções maiores utilizam mais materiais e, consequentemente,
Como visto nas seções anteriores, é possível reduzir a perda mais energia é consumida na fabricação e demais etapas da
de energia (joule) e a consequente emissão de CO2 através vida do produto.
do aumento da seção do condutor pela aplicação do critério O principal aumento nas emissões de CO2 devido ao
de dimensionamento econômico. Assim, é fácil concluir aumento da seção ocorre na produção do cobre, desde a mina
NBR 5410
que haverá um ganho ambiental sempre que, num período até a fabricação do elemento condutor do cabo. O aumento
considerado, as emissões de CO2 evitadas durante a operação anual das emissões de CO2 neste caso é dado pela seguinte
do cabo forem menores do que as emissões de CO2 realizadas expressão:
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Z2 = Σ [(W2 – W1) l K2] [10] • O fabricante deve fornecer as informações necessárias para a
onde: correta seleção e dimensionamento do dispositivo de proteção
contra curto-circuito que irá proteger o barramento blindado ou
Z2 = quantidade anual de aumento de emissões de CO2 [kg-CO2]; indicar diretamente o dispositivo de proteção contra curto-circuito
W1 = peso do condutor por unidade de comprimento dimensionado que deve ser utilizado;
pelo critério técnico (menor seção), [kg/km] • O fabricante deve declarar os valores de resistência elétrica,
W2 = peso do condutor por unidade de comprimento dimensionado reatância e impedância do sistema de barramento blindado nas
pelo critério econômico (maior seção), [kg/km]; condições de montagem especificadas a fim de permitir os cálculos
l = comprimento do cabo, [km]; das correntes de curto-circuito e de falta em qualquer ponto de uma
K2 = emissões de CO2 no momento da produção do cobre por instalação elétrica que inclua o barramento blindado;
unidade de cobre, [kg-CO2/kg-Cu]. Este valor varia conforme a • O dispositivo de proteção do barramento blindado deve ter a
característica da matriz energética de cada país e do processo de capacidade de interrupção contra curto-circuito igual ou superior
extração e fabricação do metal, sendo maior nos casos onde fontes à corrente de curto-circuito presumida no ponto onde o dispositivo
primárias de energia são mais poluentes (combustíveis fósseis) for instalado;
e menor onde as fontes primárias são mais limpas e renováveis • O fabricante deve declarar os limites de queda de tensão no
(hidráulica, solar, eólica, etc.). No caso do Brasil, onde a maioria sistema de barramento blindado.
do cobre utilizado nos condutores elétricos é importada do Chile,
recomenda-se utilizar K2 = 4,09 kg-CO2/kg-Cu que é aquele
correspondente à produção do catodo de cobre eletrolítico realizada
naquele país. 16 Aterramento e equipotencialização
O resultado do dimensionamento ambiental de condutores
elétricos pode ser determinado por Z 1 – Z 2. Na condição de 16.1 Generalidades
Z 1 – Z 2 > 0, as reduções nas emissões de CO 2 obtidas pelo
uso de cabos de maiores seções durante a vida eco-nômica O aterramento, que é tratado em 6.4.1 na NBR 5410, tem
considerada compensaram os aumentos nas emissões de CO 2 como função principal garantir a segurança das pessoas em relação
devidas ao processo de fabricação dos cabos com maiores às tensões de passo e toque, além do correto funcionamento das
seções. Em outras palavras, Z 1 – Z 2 representa o ganho instalações elétricas e dos equipamentos por elas servidos.
ambiental obtido pela redução das emissões de CO 2 devido ao Um sistema de aterramento é o conjunto de todos os eletrodos, 105
dimensionamento econômico dos condutores. barramentos, massas e elementos condutores estranhos à instalação
elétrica interligados direta ou indiretamente entre si por meio dos
15.3.2.4 Software condutores de aterramento, de proteção e de equipotencialização
(Figura 116).
O Instituto Brasileiro do Cobre, Procobre, disponibiliza um Um sistema de aterramento pode ser dividido em duas partes
software que realiza o dimensionamento econômico e ambiental de principais, a saber:
condutores elétricos no site www.leonardo-energy.org.br.
• A primeira parte, que fica enterrada (no solo), é denominada
15.4 Dimensionamento de barramentos blindados “eletrodo de aterramento”, sendo assim definido nas normas
mencionadas anteriormente: elemento ou conjunto de elementos
Uma vez que as características elétricas dos barramentos do sistema de aterramento que assegura o contato elétrico com o
variam entre fabricantes, o dimensionamento de um barramento solo e dispersa a corrente de defeito, de retorno ou de descarga
blindado de baixa tensão e suas proteções deve seguir as instruções atmosférica na terra.
do fabricante. Esse dimensionamento deve levar em consideraração • A segunda parte abrange todo o complexo de condutores
os seguintes aspectos gerais: (rabichos de aterramento, condutores PE, condutores para
referência de sistemas e de equipotencialização) e massas
• A corrente nominal do barramento blindado (In) deve ser igual metálicas (carcaças de equipamentos, estruturas e outros
ou superior à corrente de projeto do circuito (IB), incluindo as elementos) situadas acima do nível do solo e que deverão estar
componentes harmônicas; convenientemente interligados e aterrados;
• A corrente nominal do sistema de barramento blindado deve ser
declarada pelo fabricante para uma determinada temperatura de 16.2 Eletrodo de aterramento
referência do ar ambiente;
• O fabricante deve fornecer as informações necessárias para a O eletrodo de aterramento deve ser construído de tal forma a
correta seleção e dimensionamento do dispositivo de proteção desempenhar sua função causando a menor perturbação possível,
NBR 5410
contra sobrecarga que irá proteger o barramento blindado ou indicar na forma de tensões superficiais no solo sobre o mesmo e em
diretamente o dispositivo de proteção contra sobrecarga que deve seus arredores ou através do retorno de correntes impulsivas
ser utilizado; para a instalação elétrica.
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Quadro
106
9
1 Eletrodo de aterramento 10
(infraestrutura de ater-ramento)
2 Condutor de aterramento
3 BEP (Barramento de
Equipotencialização Principal) 7
4 Condutor de equipotencialização 8
principal
5 Condutor de proteção principal 8
6 Condutor de equipotencialização
suplementar 6 6
7 Condutor de proteção 7 10
8 BEL (Barramento de
Equipotencialização Local)
9 Elemento condutor estranho
à instalação elétrica
10 Massa
5 Equipamento
Elétrico
Neutro da
9 Concessionária
3
4 9
4
NBR 5410
Nos casos em que a infraestrutura de aterramento da edificação Seções mínimas de condutores de aterramento enterrados no solo
for constituída pelas próprias armaduras embutidas no concreto das Protegido contra Não protegido contra
fundações (armaduras de aço das estacas, dos blocos de fundação danos mecânicos danos mecânicos
e vigas baldrames), pode-se considerar que as interligações Protegido contra corrosão Cobre: 2,5 mm2 Cobre: 16 mm2
se obter um eletrodo de aterramento com características elétricas Não protegido contra corrosão Cobre: 50 mm (solos ácidos ou alcalinos)
2
(Figura 118).
• O tipo e a profundidade de instalação dos elementos do eletrodo
de aterramento devem suprir as mudanças nas condições do solo,
por exemplo: umidade, para que a resistência ôhmica do conjunto
(eletrodo/solo) não varie acima do valor parametrizado em 107
projeto.
• Devem ser seguidas medidas apropriadas de instalação visando
garantir proteção mecânica adequada para que os materiais e
conexões possam suportar as condições de influências externas
(movimentação do solo, compressão, etc.) (Tabela 37). Neste
sentido, devem ser tomados os devidos cuidados com a execução
das soldas, aperto das conexões mecânicas com torque adequado e,
em alguns casos, pode ser necessário envelopar os condutores em
uma mistura de cimento e areia.
• Não é admitida na composição do eletrodo de aterramento a
utilização de tubulações metálicas de serviços (água, esgoto, etc.)
ou outros elementos que possam ser periodicamente retirados
Figura 118 - Interligações entre elementos da armadura
para manutenção, porém estes devem estar conectados a ele para
cumprir as medidas prescritas de equipotencialização;
Nas fundações em alvenaria, a infraestrutura de aterramento • O eletrodo deve possuir distribuição espacial conveniente, além de
pode ser constituída por fita, barra ou cabo de aço galvanizado apresentar valor de impedância (resistência ôhmica) de aterramento
imerso no concreto das fundações, formando um anel em todo o condizente com as condições de topologia, dimensões e do solo que
perímetro da edificação. A fita, barra ou cabo deve ser envolvido o envolve a fim de minimizar as tensões superficiais (toque e passo)
por uma camada de concreto de no mínimo 5 cm de espessura, a que possam surgir. Uma das possibilidades neste caso é dispor o
uma profundidade de no mínimo 0,5 m. eletrodo de forma a que ele fique posicionado abaixo da edificação
Para que não haja falsas expectativas ou utilização indevida ou estrutura a ser aterrada , estendendo-o a pelo menos 1 m de
dos componentes estruturais, deve-se deixar claro que, em 6.4.1.1.1 barreiras da divisa (muro, cercas, etc.);
a), está explícita a permissão para utilização das armaduras de • Preferencialmente o eletrodo de aterramento convencional deve
fundação. Portanto, as conexões descritas em 6.4.1.2.3 não devem constituir no mínimo, um anel (fechado) circundando o perímetro
NBR 5410
ser executadas indiscriminadamente ao logo da edificação. Neste da edificação (Figura 119). Portanto não se deve construir um
sentido, por exemplo, armaduras dos pilares não podem substituir eletrodo de aterramento distante do local onde o mesmo deverá
os condutores PE. prover a infra-estrutura de aterramento;
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Dimensões mínimas
restringe a execução desses ensaios a poucas áreas onde haja espaço Conexões com solda de estanho não asseguram resistência
livre de interferências. A própria NBR 5410 recomenda que nesses mecânica adequada e, portanto, não devem ser utilizadas para
casos seja realizado o ensaio do anexo K relacionado com medição esta finalidade.
da impedância do percurso da corrente de falta. Há ainda a opção
da utilização dos métodos descritos na NBR 15749 ou o ensaio de 16.4 Condutor de proteção (PE)
continuidade elétrica descrito na NBR 5419.
Os condutores de proteção, ou PE, são tratados em diversos
16.3 Condutor de aterramento trechos do texto da NBR 5410, pois sua função é de importância
fundamental para o funcionamento de vários dispositivos de
O condutor de aterramento principal é o condutor de proteção proteção em uma instalação elétrica.
que liga o barramento de aterramento principal ao eletrodo de O condutor PE é utilizado para conduzir correntes de fuga ou
aterramento. de falta para o eletrodo de aterramento, bem como promover a
A conexão de um condutor de aterramento ao eletrodo de equipotencialização entre massas metálicas e a instalação elétrica.
aterramento embutido no concreto das fundações (a própria armadura Segundo a NBR 5410, podem ser usados como condutores de
do concreto ou, então, fita, barra ou cabo imerso no concreto) deve proteção:
ser feita garantindo-se simultaneamente a continuidade elétrica, a
capacidade de condução de corrente, a proteção contra corrosão, a) veias de cabos multipolares;
inclusive eletrolítica, e adequada fixação mecânica. b) condutores isolados, cabos unipolares ou condutores nus em
Essa conexão pode ser executada, por exemplo, recorrendo-se a conduto comum com os condutores vivos;
dois elementos intermediários, conforme descrito a seguir: c) armações, coberturas metálicas ou blindagens de cabos;
d) eletrodutos metálicos e outros condutos metálicos, sob certas
a) o primeiro elemento, que realiza a derivação do eletrodo para condições;
fora do concreto, deve ser constituído por barra de aço zincada, com e) invólucros metálicos de barramentos blindados, sob certas
diâmetro de no mínimo 10 mm, ou fita de aço zincada de 25 mm x 4 condições.
mm e ligada ao eletrodo por solda elétrica. A barra ou fita deve ser
protegida contra corrosão; É terminantemente proibido o uso como condutor de proteção,
b) o segundo elemento, destinado a servir como ponto de conexão do mas sem prejuízo na interligação para garantir a equipotencialização,
condutor de aterramento, deve ser constituído por barra ou condutor dos seguintes elementos metálicos: 109
de cobre, ligado ao primeiro elemento por solda exotérmica (Figura
120) ou processo equivalente do ponto de vista elétrico e da corrosão. a) tubulações de água;
b) tubulações de gases ou líquidos combustíveis ou inflamáveis;
No caso de o eletrodo ser a armadura do concreto, essa armadura c) elementos de construção sujeitos a esforços mecânicos em
deve ter, no ponto de conexão, uma seção maior ou igual a 50 mm2 e serviço normal;
um diâmetro de preferência maior ou igual a 8 mm. d) eletrodutos flexíveis, exceto quando concebidos para esse fim;
e) partes metálicas flexíveis;
f) armadura do concreto (vigas, colunas, etc.);
g) estruturas e elementos metálicos da edificação (vigas, colunas, etc.);
h) massas de equipamentos.
Figura 120 – Solda exotérmica A utilização do condutor PEN (o neutro aterrado) é admitida
em instalações fixas e sua seção mínima, relacionada a questões
Em alternativa às soldas elétrica e exotérmica, podem ser mecânicas, deve ser de 10 mm2 (cobre).
NBR 5410
utilizados conectores adequados, instalados conforme instruções O condutor PEN deve ser um condutor isolado e a tensão de
do fabricante e de modo a assegurar uma conexão equivalente, sem isolação deve ser compatível com a maior tensão a que ele possa ser
danificar o eletrodo nem o condutor de aterramento. submetido na instalação.
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Toda vez que um condutor PEN adentrar uma edificação o para a proteção contra choques elétricos, mas insuficiente
mesmo deverá ser conectado direta ou indiretamente ao BEP. sob o ponto de vista da proteção contra perturbações
Uma regra que deve ser sempre lembrada está em 6.4.3.4.3 eletromagnéticas.
da NBR 5410: se, em um ponto qualquer da instalação, as funções Deve-se entender equipotencialização como um conceito,
de neutro e de condutor de proteção forem separadas, com a um conjunto de medidas a serem tomadas em uma instalação
transformação do condutor PEN em dois condutores distintos, um elétrica visando minimizar o surgimento de tensões perigosas
destinado a neutro e o outro a condutor de proteção, não se admite provenientes das mais variadas fontes (rompimento do
que o condutor neutro, a partir desse ponto, venha a ser ligado isolamento, raios, indução, etc.) e que não possam ser
a qualquer ponto aterrado da instalação. Por isso mesmo, esse suportadas pelas instalações elétricas, equipamentos e pessoas
condutor neutro não deve ser religado ao condutor PE que resultou por elas servidas.
da separação do PEN original. Partindo desse principio, a NBR 5410 estipula cada medida
Isto significa que após a separação, o condutor de neutro passa relacionada a uma causa da diferença de potencial a ser
a exercer sua função específica de conduzir correntes elétricas de mitigada. Em grande parte dos casos o atendimento de algumas
retorno, de desequilíbrio de fases, ou mesmo as correntes harmônicas, recomendações resulta no cumprimento de outras.
enquanto o condutor PE continua como componente para interligação Assim como no aterramento, cujo eletrodo deve ser
de elementos metálicos, normalmente desenergizados, ao eletrodo de único para todos os componentes a serem aterrados em uma
aterramento. Reconectar o neutro ao PE após a separação, significa edificação, a equipotencialização tem por principio reunir,
transferir as correntes elétricas já mencionadas para esse condutor. direta ou indiretamente, todos os elementos metálicos
existentes nessa edificação em um único ponto. Esse conceito
16.6 Equipotencialização é denominado “equipotencialização principal”.
Cada edificação deve possuir uma equipotencialização
A NBR 5410 define equipotencialização, em 3.3.1como: principal e tantas equipotencializações suplementares quantas
“Procedimento que consiste na interligação de elementos forem necessárias.
especificados, visando obter a equipotencialidade necessária Em 6.4.2.1.1, a NBR 5410 especifica que em cada edificação
para os fins desejados. Por extensão, a própria rede de deve ser realizada uma equipotencialização principal, reunindo
elementos interligados resultante. A equipotencialização é os seguintes elementos (Figura 121):
um recurso usado na proteção contra choques elétricos e na
110 proteção contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas. a) as armaduras de concreto armado e outras estruturas
Uma determinada equipotencialização pode ser satisfatória metálicas da edificação (Figura 123);
3.d
Detalhe A (**)
3
EC
BEP
f) os condutores de interligação provenientes de outros Figura 123 – Detalhe de ligação equipotencial da armadura do concreto
eletrodos de aterramento porventura existentes ou previstos no
entorno da edificação; Em um local onde haja várias edificações, por exemplo, em
indústrias, condomínios horizontais ou verticais, clubes, etc., deve
g) os condutores de interligação provenientes de eletrodos de haver tantas equipotencializações principais quantas forem as
aterramento de edificações vizinhas, nos casos em que essa edificações existentes. Ou seja, cada edificação deve ter sua própria
interligação for necessária ou recomendável; equipotencialização principal.
Atendendo não só aos requisitos de equipotencialização, mas
h) o condutor neutro da alimentação elétrica, salvo se não proteção contra choques, sobrecorrentes e também para fins de
existente ou se a edificação tiver de ser alimentada, por compatibilidade eletromagnética todos os circuitos, inclusive
qualquer motivo, em esquema TT ou IT ; trifásicos sem o condutor de neutro, devem ser providos de
condutor PE.
i) os condutores de proteção principais da instalação elétrica A equipotencialização principal de uma instalação tem como
principio a união direta ou indireta de massas metálicas a um
111
(interna) da edificação.
único ponto e deste ponto parte então a interligação para o eletrodo
A Figura 122 mostra a maneira de realizar a de aterramento. Esse ponto chama-se BEP – Barramento de
equipotencialização em função do esquema de aterramento. Equipotencialização Principal.
N PE PE PE PE N PE PE PE
Quadro de Quadro de
distribuição distribuição
principal principal
barra PE barra PE
Detalhe A Detalhe A
BEP
BEP
PEN N
NBR 5410
Esquema TN Esquema TT
Local
Suplementar
Principal
BEL Barra
Suplementar
BEP
Infraestrutura de aterramento
S=
As ligações aos barramentos de equipotencialização devem ser onde: k
feitas através de conexões mecânicas apropriadas e individualmente e
devem ser providas de sinalização, segundo 6.4.2.1.5 da NBR 5410. S é a seção do condutor (mm2), em milímetros quadrados;
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SPDA
Local específico
Massas
metálicas
TAT
BEP
Aterramento
Figura 125 – Posicionamento preferencial do BEP e dos demais barramentos de equipotencialização.
I é o valor (eficaz) da corrente de falta que pode circular pelo condutor de fase. Nesta situação, o dispositivo de proteção do
dispositivo de proteção, para uma falta direta (A); circuito em questão estará protegendo contra esta sobrecorrente
t é o tempo de atuação do dispositivo de proteção, em segundos; (falta fase-PE) dois condutores de seções diferentes (por exemplo, 113
k é o fator que depende das temperaturas iniciais e finais e do SFASE = 120 mm2 / SPE = 70 mm2). Naturalmente, estes condutores
material: do condutor de proteção, de sua isolação e outras partes. suportam energias diferentes e, desta forma, seria possível,
teoricamente, haver danos ao condutor de proteção mesmo com a
As tabelas 53 a 57 da NBR 5410 dão os valores de k para existência de um dispositivo que atue no caso de corrente de falta.
condutores de proteção em diferentes condições de uso ou serviço. Isto porque, via de regra, existe apenas um dispositivo de proteção
Para a aplicação desta expressão com o objetivo de contra sobrecorrentes em cada circuito, o qual é responsável pelas
determinação a seção do condutor de proteção é necessário, dentre atuações em sobrecarga e curto-circuito (entre fases e fase-PE).
outras condições, conhecer o valor da corrente de falta presumida Como alternativa ao cálculo indicado, a seção do condutor de
(I) entre fase e condutor de proteção. Mas aqui há um problema proteção pode ser determinada por uma simples consulta à tabela 58
de ordem prática, uma vez que para a determinação da corrente da norma (Tabela 38 deste guia), que relaciona a seção do PE com
de falta é imprescindível conhecer as impedâncias que fazem a seção do condutor de fase correspondente. Os valores da Tabela
parte do caminho desta corrente, o que, necessariamente, inclui a x são válidos apenas se o condutor de proteção for constituído do
impedância do condutor de proteção. No entanto, esta impedância mesmo metal que os condutores de fase. Caso não seja, sua seção
é função da seção do condutor de proteção, que é exatamente o deve ser determinada de modo que sua condutância seja equivalente
elemento que se quer determinar com o uso da expressão anterior. à da seção obtida pela tabela.
Assim sendo, o requisito de 6.4.3.1.2 tem pouca ou nenhuma
Tabela 38 - Seção mínima do condutor de proteção
aplicação prática na determinação da seção do condutor de proteção.
Seção dos condutores de fase S Seção mínima do condutor de proteção
A utilidade da expressão pode estar apenas na determinação do mm2 correspondente mm2
tempo de atuação (t) do dispositivo de proteção responsável pelo S ≤ 16 S
seccionamento automático, uma vez conhecidos os valores de S, I 16 < S ≤ 35 16
e k. Desta forma, é possível verificar se o dispositivo de proteção S > 35 S/2
Esta verificação, raramente feita nos projetos, é particularmente Tabela 38 é recorrente nas várias edições da norma e sua aplicação
importante nos casos em que a seção do condutor de proteção é é imediata nos casos em que cada circuito tem seu próprio condutor
menor (em geral, aproximadamente a metade) do que a seção do de proteção (Figura 126).
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Figura 126: caso em que cada circuito tem seu próprio condutor de proteção (PE)
Figura 127: caso em que cada o condutor de proteção (PE) é comum a mais de um circuito
Nos casos previstos em 6.4.3.1.5 da norma, é permitido que Tabela 39 – Correntes suportadas por condutores isolados em PVC em 1 ciclo
Tabela x - Correntes suportadas por condutores isolados em PVC em 1 ciclo
um condutor de proteção seja comum a dois ou mais circuitos, S (mm2) I (kA)
desde que esteja instalado no mesmo conduto que os respectivos 1,5 1,7
condutores de fase. Nestes casos, indica-se que a seção do condutor 2,5 2,8
4 4,4
114 PE deve ser selecionada conforme a Tabela 38, com base na maior
6 6,6
seção de condutor de fase desses circuitos. (Figura 127).
10 11,1
Embora não esteja tratado de modo explícito no texto da norma, nos
16 17,7
casos em que um dado circuito é composto por cabos em paralelo por
25 27,7
fase, sob o ponto de vista elétrico pode se considerar cada conjunto de
35 38,8
condutores vivos (ABCN) como um circuito independente para efeito de
50 55,4
aplicação da prescrição de 6.4.3.1.5. Assim, por exemplo, se um circuito
70 77,5
tem 3 cabos por fase 120 mm2, considera-se como se 3 circuitos de 120
95 105,2
mm2 estivessem instalados no mesmo conduto, sendo então 120 mm2
120 132,9
a maior seção de condutor de fase desses circuitos, resultando em um 150 166,2
condutor de proteção de 70 mm2 de seção nominal (120 / 2 = 60 mm2). 185 204,9
É importante entender que, ao permitir o compartilhamento do 240 265,8
condutor de proteção por mais de um circuito e determinar que se
considere a maior seção do condutor de fase dentre esses circuitos, 21 são elevadas, o que demonstra que a seleção destes condutores
a norma pressupõe que a pior falta fase-PE ocorrerá entre apenas pelo uso da tabela resulta num dimensionamento bastante adequado.
um condutor de fase de maior seção e o PE, sem a possibilidade Por exemplo, um condutor PE de 16 mm2 isolado em PVC suporta
de ocorrência de duas faltas ou mais entre fases e o condutor de por 1 ciclo uma corrente de falta fase-PE de 17,7 kA. Mesmo nos
proteção. Na prática, esta suposição é bastante real e razoável. casos das seções menores (abaixo de 10 mm2), as correntes ainda
Para verificar se a tabela 21 indica valores adequados, pode-se são altas considerando-se que, provavelmente, tais condutores
fazer um exercício simples, verificando-se os valores de corrente de servem a circuitos terminais, que possuem naturalmente uma
falta que seriam suportados pelos condutores de proteção isolados elevada impedância com conseqüentes correntes de falta reduzidas.
em PVC e protegidos por dispositivos de proteção que atuassem
no caso de faltas fase-PE em tempos de 1 ciclo (DRs, fusíveis e 16.8.2 Condutor de aterramento
disjuntores operam geralmente abaixo deste tempo). Assim, usando
a expressão de 6.4.3.1.2, com t = 1/60 s (1 ciclo) e k = 143 (isolação O condutor de aterramento deve ser dimensionado conforme
NBR 5410
em PVC), tem-se os resultados da Tabela 39. as mesmas prescrições do condutor de aterramento, porém a seção
Note-se nos valores da tabela que as correntes de falta fase-PE resultante deve ser maior ou igual à seção indicada na Tabela 52
suportadas pelos condutores de proteção dimensionados pela tabela (Tabela 40 deste guia).
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
Aço: 80 mm2
SECCIONAMENTO
INDIVIDUAL
INTERRUPTOR DR
PROTEÇÃO DR 63A/30MA
63A 16A
ABC ABC A
6 TOMADAS GARAGEM ILM. BANHO
#2.5
16A
16A
C 7 TOMADA GARAGEM 2P+T
1 ILUMINAÇÃO GARAGEM #2.5
60HZ - ICC=60KA
3F + N - 220/127V
#2.5 50A
16A A
B 8 CHUVEIRO ELÉTRICO
SECCIONAMENTO 2 ILUMINAÇÃO GARAGEM #10.0
#2.5 50A
COMUM 16A
A 9 CHUVEIRO ELÉTRICO
3 ILUMINAÇÃO GARAGEM
#2.5 #10.0
63A 16A
VEM DO QDC ABC C R
DO CONDOMÍIO
4 ILUMINAÇÃO VIGIA
# 16.0 # 16.0 #2.5
16A
B R
5 ILUMINAÇÃO BOX
3F + N + - 220/127V
#2.5
60HZ - ICC=60KA
16A
AC SENSORES DE PRESENÇA QUADRO DE
10 PTO FORÇA PORTÃO ELETRÔNICO NA PLANTA
#2.5 CONTATORES
10A
BA 9 k1
NBR 5410
CIRC.11 A
#1.0 #1.0
no condutor neutro. Portanto, quando for necessário comandar o contínuo, regime de curta duração e regime intermitente.
neutro de um circuito por qualquer razão funcional, devem ser Os motores normalmente são projetados para suportar o
utilizados dispositivos multipolares. regime S1, que é aquele no qual o motor é submetido a uma
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
carga constante por um período de tempo suficiente para atingir que o motor possa trabalhar com ligação em dupla tensão, por
o equilíbrio térmico. exemplo, 220/380 V, 380/660 V ou 440/760 V. Além disso, os
O regime de serviço deve ser cuidadosamente observado na motores deverão ter, no mínimo, seis bornes de ligação.
especificação do motor, pois implica diretamente na temperatura Na ligação estrela, a corrente fica reduzida em cerca de 25%
de operação do motor e consequentemente na integridade do a 33% da corrente de partida na ligação triângulo e a curva do
sistema de isolamento. conjugado também é reduzida na mesma proporção. Por isso, a
partida estrela-triângulo normalmente é indicada para uso com
18.2 Limitação das perturbações devidas à partida de motores motor de conjugado elevado, em partidas em vazio, com carga
parcial, ou com aplicação da carga mecânica somente depois de
Durante a partida direta dos motores usuais, a corrente no ter sido atingida a rotação nominal.
circuito elétrico aumenta significativamente (da ordem de 5 a
10 vezes a corrente nominal) e, por conta disso, o motor pode Chave compensadora
provocar perturbações nas redes elétricas, sejam internas do
consumidor ou na rede da concessionária. Diferentemente da chave estrela-triângulo, a chave
Assim, os equipamentos a motor não devem, durante sua compensadora pode ser usada para a partida de motores sob
partida, causar perturbações inaceitáveis na rede de distribuição, carga. Ela reduz a corrente de partida, deixando, porém, o motor
na instalação propriamente dita e nos demais equipamentos. com um conjugado suficiente para a partida e aceleração.
Algumas destas perturbações incluem afundamentos de tensão A tensão na chave compensadora é reduzida através de um
e flicker (ver parte 22 deste guia). autotransformador que possui normalmente tapes de 50, 65 e
Em particular, devem ser consultadas as concessionárias 80% da tensão nominal.
sobre as condições de fornecimento de energia no caso da
partida direta de motores com potência acima de 3,7 kW (5 cv), Sistema eletrônico de partida suave (soft-starter)
em instalações alimentadas por rede pública em baixa tensão.
Caso a partida escolhida seja direta, a plena tensão, ela é O sistema eletrônico de partida suave (“soft-starter”) é um
feita por meio de um dispositivo de comando, geralmente um dispositivo formado basicamente por uma ponte de tiristores
contator. Existem conjuntos pré-montados, para a partida direta (SCR) que controlam a corrente de partida de motores de
de motores, que reúnem no mesmo invólucro o dispositivo de corrente alternada trifásica. Através da variação do ângulo de
118 comando (por exemplo, contator tripolar), o dispositivo de disparo dos SCRs da ponte, consegue-se variar progressivamente
proteção contra correntes de sobrecarga (por exemplo, relé o valor da tensão eficaz aplicada nos terminais do motor. Assim,
bimetálico) e o dispositivo de proteção do circuito terminal pode-se controlar muito bem a corrente de partida do motor,
contra correntes de curtos-circuitos (por exemplo, dispositivo proporcionando uma “partida suave”, de forma a minimizar os
fusível). Esses dispositivos são chamados de chaves de partida distúrbios.
direta de motores. As principais aplicações de soft-starters incluem as bombas
Durante a partida de motores de potência mais elevada, centrífugas, ventiladores, exaustores, sopradores, compressores de ar,
quando a corrente no circuito aumenta muito, a queda de misturadores, aeradores, centrífugas, serras e plainas, transportadores
tensão nos demais pontos de utilização da instalação não deve de carga, escadas rolantes, esteiras de bagagem, etc.
ultrapassar os valores indicados pela NBR 5410 e apresentados
no capítulo 15 deste guia. 18.3 Dimensionamento dos circuitos de motores
Para minimizar as perturbações em geral e reduzir a queda
de tensão durante a partida, recorre-se à utilização de sistemas O dimensionamento de um circuito de motor de acordo com
de partida de motores. Uma vez que os dispositivos de partida, a NBR 5410 inclui os elementos indicados na Figura x:
independentemente do tipo, alteram a tensão e a corrente
elétrica durante o tempo de partida, afetando assim o torque • Condutores do circuito terminal;
do motor, a escolha do sistema de partida mais adequado para • Dispositivo de proteção do circuito terminal contra correntes
uma determinada aplicação deve levar em conta o tipo de carga de curto-circuito (geralmente um dispositivo fusível);
mecânica a ser acionada. Também devem ser considerados os • Dispositivo de seccionamento para desligar o circuito terminal,
tempos de aceleração e de rotor bloqueado quando se utiliza a o dispositivo de comando e o motor. Em geral, são usados chaves
partida com tensão reduzida. seccionadoras e interruptores;
• Dispositivo de comando para partir e parar o motor (geralmente
Os tipos mais utilizados de dispositivos de partida indireta
um contator);
são os seguintes:
• Dispositivo de proteção do motor contra correntes de sobrecarga
NBR 5410
Quando um motor possuir característica nominal com mais • Disjuntores equipados apenas com disparadores de
de uma potência e/ou velocidade, o condutor a ser escolhido sobrecorrente instantâneos, com corrente de disparo magnético
deverá ser o que resulte em maior seção, quando considerada maior que a corrente de rotor bloqueado do motor, porém não
individualmente cada potência e velocidade. superior a 12 vezes a corrente nominal do motor; ou
Os condutores que alimentam dois ou mais motores devem • Dispositivos fusíveis com característica gM ou aM, com
ter capacidade de condução de corrente não inferior à soma das corrente nominal inferior ao valor obtido multiplicando-se a
capacidades determinadas para cada motor mais as correntes corrente de rotor bloqueado do motor pelo fator indicado na
nominais das outras cargas (IL) eventualmente alimentadas pelo Tabela 42.
mesmo circuito.
Tabela 42 - Fator para a determinação da corrente nominal
máxima de fusíveis tipo ‘gM’
esse quadro é dado o nome de TTA, por ter sido totalmente testado • Corrente nominal (A)
em relação aos ensaios de tipo. A partir deste ponto, todos os demais • Capacidade de curto-circuito (kA)
quadros produzidos a partir do projeto original do quadro TTA também • Grau de proteção – IP
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
Devem ser previstos espaços de reserva no interior dos quadros 19.4.4 I nstalação e graus de proteção
d) Seleção, ajuste e localização dos dispositivos de proteção: de identificação clara e indelével dos componentes elétricos e
as características nominais e os eventuais ajustes de todos os a sua correspondência com o projeto elétrico. Por exemplo, os
dispositivos de proteção determinados em projeto devem ser projetos costumam identificar nos esquemas os quadros, circuitos,
cuidadosamente verificados uma vez que, inadvertidamente, dispositivos e equipamentos por nomes, letras e/ou números
eles podem ser alterados durante a execução da instalação. (conforme Figura 135), os quais devem ser marcados nos
Em particular, nos casos de dispositivos de proteção respectivos componentes instalados em obra. Essa identificação é
multifuncionais, deve-se verificar também se o ajuste indicado fundamental para a realização segura, ágil e eficaz das atividades
no projeto está aplicado no dispositivo adequado, pois é possível de manutenção e operação da instalação elétrica.
que, de forma acidental, sejam invertidos os parâmetros de
ajustes entre diferentes funções de um mesmo relé. Outro h) presença das instruções, sinalizações e advertências requeridas:
ponto de atenção é com relação à verificação da capacidade de a verificação desse item garante que os documentos e esquemas
interrupção nominal dos dispositivos de proteção instalados, sejam mantidos à disposição do pessoal de operação e manutenção
que deve ser a mesma indicada em projeto; da instalação, além de autoridades que vierem a fiscalizar a obra.
Em relação apenas ao atendimento da NBR 5410, a documentação
e) Presença dos dispositivos de seccionamento e comando, mínima que deve estar permanentemente disponibilizada
sua adequação e localização: essa verificação tem por objetivo no local, na versão “as built”, é aquela indicada em 6.1.8 da
principal avaliar as condições de montagem dos dispositivos norma, que é a seguinte: plantas; esquemas (unifilares e outros
em relação à posição, condições de acesso, ventilação, que se façam necessários); detalhes de montagem; memorial
afastamentos e demais aspectos relativos ao correto emprego descritivo; especificação dos componentes: descrição sucinta
dos componentes. do componente, características nominais e normas a que devem
atender. Embora não seja obrigatório para efeito de verificação
f) adequação dos componentes e das medidas de proteção às da conformidade conforme a Seção 7 da NBR 5410, pode ser útil
condições de influências externas existentes: após a montagem, que o comissionamento solicite (ou faça um alerta), além dos
mesmo que ela tenha sido fiel ao projeto executivo original, e documentos anteriores, aqueles que são solicitados na NR-10
ainda que tenha passado pelo crivo do “as built”, é possível que relativos ao chamado “Prontuário de instalações elétricas” (ver
existam condições externas que possam afetar o funcionamento, item 2 na parte deste Guia relativa à NR-10).
desempenho e vida útil dos componentes. Dessa forma, além de
conferir as especificações dos componentes e suas adequadas i) execução das conexões: o profissional encarregado da 123
instalações conforme previsto no projeto, a verificação verificação deve avaliar visualmente se as conexões de
em questão deve estar atenta a outras influências externas cabos elétricos a barramentos, terminações, buchas ou entre
importantes presentes no local que não foram consideradas. barramentos e isoladores, etc. estão adequadamente executados.
Sempre que necessário deve-se recorrer às instruções de
g) identificações dos componentes: deve ser verificada a existência montagem dos fabricantes.
PROTEÇÃO DR
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NBR 5410
#1.0 #1.0
j) acessibilidade: essa verificação tem por objetivo principal e 24 V, sendo que a corrente de ensaio deve ser de, no mínimo 0,2
avaliar as condições de acesso e operação dos dispositivos A. Usualmente são utilizados instrumentos de medição específicos
em relação aos espaçamentos mínimos e áreas de circulação para a finalidade (chamados de terrômetros) com configuração a
necessárias para garantir a segurança dos trabalhadores e o quatro fios (dois para corrente elétrica e dois para tensão). Essa
correto manuseio dos componentes. configuração diminui ou evita o erro provocado pela resistência
própria dos cabos utilizados no ensaio e de seus respectivos
20.3 Ensaios contatos. Podem ser utilizados também miliohmimetros ou
microohmimetros de quatro terminais. No caso de utilização
Conforme 7.3, os ensaios da instalação devem ser de instrumentos independentes, deve-se atentar para a corrente
realizados com valores compatíveis aos valores nominais mínima que eles podem injetar.
dos equipamentos utilizados e o valor nominal de tensão da
instalação. No caso de não-conformidade em qualquer dos b) R esistência de isolamento da instalação elétrica
ensaios, este deve ser repetido, após a correção do problema,
bem como todos os ensaios precedentes que possam ter sido Por definição, resistência de isolamento é o valor da
influenciados. resistência elétrica entre duas partes condutoras separadas por
A NBR 5410 apresenta algumas sugestões de métodos de materiais isolantes.
ensaio, porém outros procedimentos podem ser utilizados, A resistência de isolamento deve ser medida entre os
desde que, comprovadamente, produzam resultados confiáveis condutores vivos, tomados dois a dois e entre cada condutor
e acordados entre as partes envolvidas no processo de vivo e a terra. Em geral, os instrumentos que medem essa
comissionamento da instalação. No caso de se utilizar métodos grandeza são chamados de “megômetro”, em português ou
de ensaios diferentes daqueles indicados na NBR 5410, “megger” em inglês, porque os valores obtidos são sempre da
recomenda-se que as justificativas que levaram a essa escolha ordem de megaohms.
sejam incluídas no relatório final. As medições devem ser realizadas com corrente contínua e
Deve-se destacar que o ensaio de partes da instalação o equipamento de ensaio deve ser capaz de fornecer a tensão
ou de componentes em separado não substitui a realização de ensaio especificada na tabela 60 da norma (Tabela 44 deste
dos ensaios listados anteriormente, os quais abrangem a guia) com uma corrente de 1 mA.
instalação elétrica completa. Com efeito, já foram verificadas Quando o circuito incluir dispositivos eletrônicos, o ensaio
124 situações em que, apesar dos equipamentos ainda não ligados à deve se limitar apenas à medição entre a terra, de um lado, e
instalação possuírem níveis de isolamento adequados ou dentro a todos os demais condutores interligados, de outro, a fim de
de limites e tolerâncias, após a sua montagem em posição final evitar danos aos dispositivos eletrônicos.
e a realização das interligações ao sistema elétrico, o resultado Quando se mede resistência de isolamento, não é
desse nível de isolamento se mostrou precário ou abaixo dos conveniente usar um multímetro comum, pois a sua tensão
limites estabelecidos. . interna é muito baixa, resultando em erros grosseiros de
Os ensaios indicados na norma visam também a detectar (e medição.
sanar) uma situação comum que é a ocorrência de problemas A resistência de isolamento é considerada satisfatória se
durante o transporte dos equipamentos até a obra, ocasionando o valor medido no circuito sob ensaio, com os equipamentos
danos internos não detectados numa inspeção visual, mas que de utilização desconectados, for igual ou superior aos valores
ficam evidenciados quando da realização dos ensaios. Podem mínimos especificados na Tabela 44.
acontecer também problemas na montagem, esquecimento de Tabela 44 - Valores mínimos de resistência de isolamento
ferramentas no interior do equipamento ou até mesmo danos Tensão nominal do Tensão de ensaio Resistência
circuito V (V em corrente de isolamento
à isolação ou partes internas e móveis dos acionamentos e contínua) MW
mecanismos. SELV e extrabaixa tensão funcional, quando o 250 ≥ 0,25
circuito for alimentado por um transformador de
Para efeito de conformidade com a NBR 5410, os ensaios
segurança (5.1.2.5.3.2) e atender aos requisitos
mínimos a serem realizados são os seguintes: de 5.1.2.5.4
O ensaio de continuidade dos condutores de proteção Existem alguns fatores apresentados a seguir que podem
deve verificar se o aterramento principal, os trechos de influenciar o valor da resistência de isolamento de forma acentuada,
conexão entre equipamentos e malhas de terra, as ligações de e que deverão ser levados em conta para uma correta interpretação
equipotencialização previstas no projeto existem e se estão dos testes.
NBR 5410
quando depositados sobre a superfície dos isolantes e superfícies Os anexos H, J, K e L da norma fornecem explicações sobre
não isoladas, como conectores, coletores, etc. reduzem a estes procedimentos.
resistência de isolamento superficial. Por outro lado, materiais não
condutores podem fazer-se condutores quando mesclados com e) ensaio de tensão aplicada
óleos e graxas. Isto alcança importância especial nas máquinas de
coletor, devido à grande quantidade de material condutor exposto. O ensaio de tensão aplicada deve ser realizado nos quadros de
Por esta razão o dielétrico deverá estar perfeitamente limpo, antes distribuição construídos ou montados no local, sendo o valor da
da realização dos testes. tensão de ensaio aquele indicado nas normas aplicáveis ao conjunto
ou montagem, como se fosse um produto pronto de fábrica.
• Umidade superficial Na ausência de Norma Brasileira e IEC, as tensões de ensaio
Indiferentemente da limpeza, quando o dielétrico estiver a uma devem ser as indicadas na tabela 61 da norma (Tabela 45 neste
temperatura inferior ao ponto de orvalho, será formado um filme guia), para o circuito principal e para os circuitos de comando e
de umidade condensada sobre a superfície, que será absorvida auxiliares. Quando não especificado diferentemente, a tensão de
pelos materiais isolantes, devido às suas higroscopias (capacidade ensaio deve ser aplicada durante 1 min. Existem fontes de alta
de absorver umidade do ar ou de outros elementos por simples tensão disponíveis no mercado especificamente fabricadas para a
exposição ou contato). A condensação será mais agressiva no caso realização de ensaios de tensão aplicada, usualmente conhecidas
em que os materiais se encontrem com a superfície suja. Neste caso, por “Hipot”, em inglês.
o valor da resistência de isolamento será muito pequena. Durante o ensaio não devem ocorrer arcos nem falhas da
isolação.
• Temperatura Tabela 45 - Ensaio de tensão aplicada - Valores da tensão de ensaio (V)
A resistência de isolamento varia extraordinariamente com U1) Isolação Isolação Isolação
a temperatura. Nas máquinas rotativas, por exemplo, pode ser (V eficaz) básica suplementar reforçada
resistência de isolamento se reduz à metade. Para poder comparar 133 1 000 1 000 1 750
os valores de resistência de isolamento ao longo da vida útil dos 230 1 500 1 500 2 750
equipamentos é necessário que os resultados dos diferentes testes 400 2 000 2 000 3 750
sejam corrigidos para o mesmo valor de temperatura. Para cada 690 2 750 2 750 4 500
tipo de componente, existem tabelas nas suas normas técnicas que 1 000 3 500 3 500 5 500
125
fornecem estes fatores de correção.
f) ensaios de funcionamento
c) resistência de isolamento das partes da instalação objeto de
SELV, PELV ou separação elétrica As montagens tais como quadros, acionamentos, controles,
intertravamentos, comandos etc. devem ser submetidas a um ensaio
A isolação básica e a separação de proteção, implícitas no uso de de funcionamento para verificar se o conjunto está corretamente
SELV ou PELV (conforme 5.1.2.5 da norma) e no uso da separação montado, ajustado e instalado em conformidade com a norma e o
elétrica individual (conforme 5.1.2.4), devem ser verificadas por projeto.
medição da resistência de isolamento. Os valores de resistência de Neste caso, devem ser simuladas todas as possíveis combinações
isolamento devem ser medidos da mesma forma que no caso b) de operação previstas no projeto, tais como desligamento e
anterior, e os valores obtidos devem ser iguais ou superiores aos transferência de cargas, atuação de relés e alarmes, etc. de modo a
valores mínimos especificados na Tabela x. verificar o correto funcionamento do conjunto.
Durante a realização dos ensaios de funcionamento do conjunto,
d) seccionamento automático da alimentação
pode ser necessário avaliar o comportamento de alguns dispositivos
de proteção individualmente para verificar se estão corretamente
No caso do esquema de aterramento TN, essa parte da inspeção instalados e ajustados.
compreende a medição da impedância do percurso da corrente de
falta, a verificação visual das características nominais do dispositivo de 21 Manutenção
proteção associado e o ensaio de funcionamento do dispositivo DR .
A medição da impedância pode ser substituída pela medição Os aspectos gerais de manutenção das instalações elétricas de
da resistência dos condutores de proteção, mas tanto a medição baixa tensão são tratados na seção 8 da NBR 5410, que estabelece
da impedância do percurso da corrente de falta quanto a medição as diretrizes básicas para as equipes de manutenção e operação.
da resistência dos condutores de proteção podem ser dispensadas, Entende-se por manutenção as ações que venham a contribuir
se os cálculos da impedância do percurso da corrente de falta para prever, evitar ou corrigir desvios de operação e continuidade
NBR 5410
ou da resistência dos condutores de proteção forem disponíveis de trabalho apresentado por uma instalação ou equipamento. Nos
e a disposição da instalação for tal que permita a verificação do casos de ausência da ação corretiva, é possível que haja a diminuição
comprimento e da seção dos condutores. ou perda de desempenho e funcionamento de um equipamento ou
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
do todo, o risco de parada de um processo e, principalmente, pode As rotinas de inspeção básicas para equipamentos elétricos
haver um risco a integridade física dos profissionais ou pessoas em operação normal envolvem, de uma forma geral, avaliar o
que venham a ter contato direto ou indireto com essa instalação aquecimento dos equipamentos elétricos e a sua limpeza. No caso
defeituosa. das máquinas elétricas rotativas, também é interessante verificar-se
vibrações e ruídos anormais, temperatura dos mancais, superfície
21.1 Condições gerais de manutenção do estator e do rotor (inspeção visual para determinar a presença de
alguma contaminação ou ferrugem, bem como lascas, borbulhas e
Sempre que aplicável, a instalação a ser verificada deve ser arranhões).
desenergizada. Os casos em que não seria aplicável a desenergização A NBR 5410 determina que devem ser inspecionados o estado
podem estar relacionados com aspectos operacionais complexos dos cabos e seus respectivos acessórios, assim como os dispositivos
ou custos elevados de paradas de produção e indústrias, centros de fixação e suporte, observando sinais de aquecimento excessivo,
de processamento de dados, áreas de segurança, etc. Além disso, rachaduras, ressecamento, fixação, identificação e limpeza.
podem existir questões de segurança e saúde das pessoas afetadas Deve ainda ser verificada a estrutura do conjunto de manobra e
por essa parada do equipamento, como em instalações assistenciais controle (quadros), observando seu estado geral quanto à fixação,
de saúde, por exemplo. A NR-10 traz uma série de medidas para danos na estrutura, pintura, corrosão, fechaduras e dobradiças.
segurança dos trabalhadores que executam serviços de manutenção Deve ser verificado o estado geral dos condutores e dispositivos de
em redes energizadas (ver parte deste Guia relativa à NR-10). aterramento. No caso de componentes com partes internas móveis,
A NR-10 prescreve que, após a manobra de desenergização, devem ser inspecionados, quando o componente permitir, o estado
caso ela ocorra, todas as partes vivas devem ser ensaiadas quanto à dos contatos e das câmaras de arco, sinais de aquecimento, limpeza,
presença de energia mediante dispositivos de detecção compatíveis fixação, ajustes e aferições. Se possível, devem ser realizadas
ao nível de tensão da instalação. algumas manobras no componente, verificando seu funcionamento.
Todo equipamento e/ou instalação desenergizado deve ser No caso de componentes fixos, deve ser inspecionado o estado
aterrado, lembrando-se que, antes de proceder ao aterramento, deve- geral, observando sinais de aquecimento, fixação, identificação,
se garantir que não haja carga residual ou cumulativa, efetuando-se ressecamento e limpeza.
primeiro a sua descarga elétrica (pode ser o caso de aterramento A análise de temperatura é a técnica de medições térmicas para
de capacitores). Após a desenergização, toda instalação e/ou todo levantamento da temperatura de operação de equipamentos, buchas,
equipamento desenergizado deve ser bloqueado e identificado. conexões e conectores, etc. As técnicas termográficas (termografia e
126 Os dispositivos e as disposições adotados para garantir termovisão) servem para identificar pontos quentes em instalações
que as partes vivas fiquem fora do alcance podem ser retirados elétricas e detecção de falhas em isolamentos térmicos.
para uma melhor verificação, devendo ser impreterivelmente A NBR 5410 prescreve que, na atividade de manutenção
restabelecidos ao término da manutenção. Além disso, deve-se preventiva, devem ser efetuados os ensaios de continuidade dos
garantir a confiabilidade dos instrumentos de medição e do ensaio, condutores de proteção, incluindo as equipotencializações principal
calibrando-os conforme orientação do fabricante. e suplementares; ensaio de resistência de isolamento; verificação
Os acessos de entrada e saída aos locais de manutenção devem do funcionamento dos dispositivos de proteção; e os ensaios de
ser desobstruídos, sendo obrigatória a inclusão de sinalização funcionamento. Todos estes procedimentos seguem as prescrições
adequada que impossibilite a entrada de pessoas que não sejam BA4 indicadas em 20.3 deste guia.
e BA5, chamadas, respectivamente, de capacitadas e habilitadas na
NR-10. Manutenção corretiva
A NR-10 prescreve que é obrigatório o uso de EPC (equipamentos
de proteção coletiva) e EPI (equipamentos de proteção individual) A manutenção corretiva é aquela que é efetuada após a
apropriados, em todos os serviços de manutenção das instalações ocorrência de uma pane, destinada a recolocar um item em
elétricas de baixa tensão e os envolvidos no serviço devem ter condições de executar uma função requerida.
conhecimento dos procedimentos que vierem a ser executados. Toda instalação ou parte dela, que por qualquer motivo coloque
em risco a segurança dos seus usuários, deve ser imediatamente
21.2 Condições específicas de manutenção desenergizada, no todo ou na parte afetada, e somente deve ser
recolocada em serviço após reparação satisfatória. O atendimento
Periodicidade aos procedimentos para realização de serviços indicados na NR-10
garantem o atendimento desta prescrição da NBR 5410 (ver parte
A periodicidade da manutenção deve adequar-se a cada tipo deste Guia relativa à NR-10).
de instalação, considerando-se, entre outras, a sua complexidade e Toda falha ou anomalia constatada nas instalações,
importância, as influências externas e a vida útil dos componentes. componentes ou equipamentos elétricos, ou em seu funcionamento,
Manutenção preventiva deve ser comunicada à pessoa qualificada (BA5), para fins de
NBR 5410
A manutenção preventiva é aquela efetuada em intervalos reparação, notadamente quando os dispositivos de proteção contra
predeterminados, ou de acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir sobrecorrentes ou contra choques elétricos atuarem sem causa
a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item. conhecida.
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
500 100
75
V o lt s
Amperes
250
50
0 25
400 H a r m o n ic s 3 5 7 9 11 13
C u rren tL1 2 4 ,9 1 ,7 1 7 7 ,1 1 ,7 5 4 ,8 1 ,2 7 ,0 1 ,2 1 5 ,5 0 ,9 2 ,5
Volts
C u rren tL2 3 7 ,1 1 ,8 1 6 8 ,5 2 ,0 4 1 ,4 1 ,4 1 4 ,3 0 ,6 2 6 ,6 0 ,4 4 ,0
C u rren tL3 3 3 ,7 1 ,9 1 5 9 ,5 0 ,8 4 8 ,4 0 ,9 1 9 ,3 0 ,1 2 3 ,2 0 ,8 3 ,0
200 M in 1 7 ,7 0 ,1 1 5 1 ,8 0 ,1 3 3 ,4 0 ,1 1 ,1 0 ,1 8 ,8 0 ,0 0 ,1
Max 7 2 ,8 1 5 ,6 1 8 3 ,2 1 0 ,9 7 2 ,1 7 ,4 2 8 ,8 8 ,2 3 6 ,2 5 ,3 9 ,8
L 1 2 V o lta g e 3 ,1 0 ,4 2 7 ,2 0 ,6 1 2 ,8 0 ,2 0 ,8 0 ,2 5 ,5 0 ,4 1 ,2
L 2 3 V o lta g e 2 ,5 0 ,4 2 6 ,4 0 ,2 1 1 ,8 0 ,4 3 ,6 0 ,3 8 ,1 0 ,4 1 ,5
L 3 1 V o lta g e 2 ,0 0 ,3 2 9 ,5 0 ,3 1 2 ,3 0 ,1 2 ,9 0 ,5 6 ,6 0 ,2 1 ,0
0
H a rm o n ic s M in 1 ,2 0 ,0 2 4 ,5 0 ,0 7 ,7 0 ,0 0 ,3 0 ,0 4 ,2 0 ,0 0 ,3
1 3 5 7 9 11 13 15 M a1 x7 4 ,2 1 ,1 3 2 ,1 1 ,1 1 5 ,6 1 ,2 5 ,8 1 ,2 9 ,7 0 ,7 1 ,9
C u rre n t L 1 5 0 7 ,7 2 ,5 2 4 ,9 1 ,7 1 7 7 ,1 1 ,7 5 4 ,8 1 ,2 7 ,0 1 ,2 1 5 ,5 0 ,9 2 ,5 0 ,1 0 ,6 0 ,5 0 ,5 0 ,1
C u rre n t L 2 4 8 4 ,5 3 ,3 3 7 ,1 1 ,8 1 6 8 ,5 2 ,0 4 1 ,4 1 ,4 1 4 ,3 0 ,6 2 6 ,6 0 ,4 4 ,0 0 ,2 1 ,3 0 ,2 1 ,2 0 ,2
C u rre n t L 3 4 1 5 ,2 3 ,9 3 3 ,7 1 ,9 1 5 9 ,5 0 ,8 4 8 ,4 0 ,9 1 9 ,3 0 ,1 2 3 ,2 0 ,8 3 ,0 0 ,2 1 ,1 0 ,3 1 ,1 0 ,3
M in 3 8 7 ,7 0 ,0 1 7 ,7 0 ,1 1 5 1 ,8 0 ,1 3 3 ,4 0 ,1 1 ,1 0 ,1 8 ,8 0 ,0 0 ,1 0 ,0 0 ,1 0 ,0 0 ,1 0 ,0
M ax 5 2 0 ,2 3 4 ,7 7 2 ,8 1 5 ,6 1 8 3 ,2 1 0 ,9 7 2 ,1 7 ,4 2 8 ,8 8 ,2 3 6 ,2 5 ,3 9 ,8 4 ,4 4 ,3 4 ,3 3 ,7 3 ,3
L 1 2 V o l ta g e 4 3 2 ,0 0 ,2 3 ,1 0 ,4 2 7 ,2 0 ,6 1 2 ,8 0 ,2 0 ,8 0 ,2 5 ,5 0 ,4 1 ,2 0 ,2 0 ,5 0 ,1 0 ,3 0 ,2
L 2 3 V o l ta g e 4 2 4 ,3 0 ,4 2 ,5 0 ,4 2 6 ,4 0 ,2 1 1 ,8 0 ,4 3 ,6 0 ,3 8 ,1 0 ,4 1 ,5 0 ,1 0 ,5 0 ,3 0 ,4 0 ,4
L 3 1 V o l ta g e 4 2 4 ,6 0 ,4 2 ,0 0 ,3 2 9 ,5 0 ,3 1 2 ,3 0 ,1 2 ,9 0 ,5 6 ,6 0 ,2 1 ,0 0 ,3 0 ,0 0 ,3 0 ,1 0 ,5
M in 4 2 3 ,6 0 ,0 1 ,2 0 ,0 2 4 ,5 0 ,0 7 ,7 0 ,0 0 ,3 0 ,0 4 ,2 0 ,0 0 ,3 0 ,0 0 ,0 0 ,0 0 ,0 0 ,0
M ax 4 3 3 ,7 1 ,0 4 ,2 1 ,1 3 2 ,1 1 ,1 1 5 ,6 1 ,2 5 ,8 1 ,2 9 ,7 0 ,7 1 ,9 0 ,7 1 ,1 0 ,6 1 ,0 0 ,8
Figura 136 – Histograma que representa o espectro das harmônicas de corrente de um acionamento de 6 pulsos e comportamento das tensões harmônicas no
ponto de ligação. No detalhe o espectro da distorção de tensão.
Sc op e
L 1 /L 1 2 L 2 /L 2 3 L 3 /L 3 1
500
M a in L N [A ]
Forma de onda
0
distorcida de corrente
-5 0 0
Forma de onda
500
distorcida de tensão
250
L L [v ]
-2 5 0
NBR 5410
-5 0 0
Tabela 46 – Níveis de compatibilidade para tensões harmônicas individuais em redes de baixa tensão (valores r.m.s. como percentual do valor r.m.s. da componente fundamental)
Ordem da harmônica h Tensão harmônica% Ordem da harmônica h Tensão harmônica% Ordem da harmônica h Tensão harmônica%
5 6 3 5 2 2
7 5 9 1,5 4 4
11 3,5 15 0,4 6 0,5
13 3 21 0,3 8 0,5
17 ≤ h ≤ 49 2,27 x (17h) -0,27 21 < h ≤ 45 0,2 10 ≤ h ≤ 50 0,25 x (10/h) + 0,25
palavras as cargas não lineares causam a distorção da tensão das e de distribuição de energia elétrica; os consumidores de energia
fontes que as alimentam. elétrica conectados ao sistema de distribuição, em qualquer classe
No detalhe da Figura 136, observa-se a medição de valores da de tensão; as cooperativas de eletrificação rural; e os importadores
ordem de 28 a 30 V na 5ª harmônica e 12 V na 7ª harmônica, alem ou exportadores de energia elétrica conectados ao sistema de
de outros valores com menor significância, resultados da circulação distribuição.
das correntes harmônicas, da ordem de 170 A na 5ª harmônica é O Módulo 8 do Prodist – Qualidade de energia, estabelecer os
50A na 7ª harmônica. procedimentos relativos à qualidade da energia elétrica, abordando
Como se pode esperar, o comportamento da forma de onda a qualidade do produto e a qualidade do serviço prestado.
da tensão de alimentação apresenta distorção, e quanto maior A Tabela 47, que reproduz tabela 3 do Módulo 8, apresenta
for a carga, maior a distorção de tensão, até valores limítrofes como referência valores de até 10% de distorção total de tensão em
recomendados pelas normas específicas, a partir de onde algumas baixa tensão no ponto de acoplamento comum.
medidas corretivas devem ser implantadas.
Tabela 47 – Valores de referência globais das distorções harmônicas totais (em
A Figura 137 apresenta formas de onda de corrente e tensão, porcentagem da tensão fundamental)
onde devido a distorção de corrente da carga, pode-se observar a Tensão nominal do Distorção Harmonica Total
Barramento de Tensão (DTT) [%]
distorção de tensão relativa.
VN ≤ 1kV 10
1kV < VN ≤ 13,8kV 8
22.3.1.3 Limites 13,8kV < VN ≤ 69kV 6
69kV < VN ≤ 138kV 3
harmônica
Prodist Módulo 8
A maioria dos sistemas de compensação de energia reativa,
No Brasil, o Prodist - Procedimentos de Distribuição (Prodist), é isto é, capacitores fixos, semi-automáticos ou mesmo os bancos
um documento emitido pela Agência Nacional de Energia Elétrica, de capacitores automáticos, presentes nas instalações elétricas de
composto de oito módulos, elaborados para regular as atividades de baixa tensão se devem a promover a isenção de pagamento de
distribuição de energia elétrica. energia reativa excedente junto às concessionárias que suprem estas
O Prodist visa garantir segurança, eficiência, qualidade e instalações. Este, portanto tem sido o principal fator motivador
confiabilidade aos sistemas de distribuição. Além disso, prevê, para a aplicação destes componentes. Contudo, historicamente e
NBR 5410
entre outros pontos, que seja dado tratamento igual a todos os muito antes do inicio da cobrança desta energia reativa por parte
agentes do setor. Estão sujeitos ao Prodist as concessionárias, das concessionárias de energia, os capacitores já vinham sendo
permissionárias e autorizadas dos serviços de geração distribuída aplicados na melhoria da regulação de tensão destas instalações,
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Tabela 48 - Nîveis de referência para distorções harmônicas individuais de tensão (em percentagem da tensão fundamental)
ou seja, a correta aplicação de capacitores em uma instalação é, função da potência reativa e impedância dos capacitores.
elétrica impõe significativo incremento na qualidade de energia de Caso uma das correntes harmônicas presentes nesta instalação
alimentação das cargas. possuir frequência característica que esteja próxima a esta frequência
130 Nas últimas décadas novos tipos de cargas surgiram nas de ressonância, ocorrerá o fenômeno chamado de ressonância.
indústrias e outras considerações adicionais devem ser levadas Nesta situação as correntes que circulam nos circuitos de rede e dos
em conta quando da especificação de um sistema de compensação capacitores serão incrementadas, causando sobrecorrentes, além da
de energia reativa ou de correção de fator de potência. A análise queima dos próprios capacitores e fenômenos indesejados como
cuidadosa de cada um dos pontos envolvidos deve merecer especial sobre tensão e aumento da distorção de tensão na rede entre outros.
atenção nas etapas de projeto, especificação e manutenção das A ressonância ocorre quando a impedância do capacitor é
instalações. De outra forma a queima dos capacitores e destruição similar (em módulo) a impedância da rede de alimentação (fonte).
ou má operação de equipamentos associados será inevitável. Note- O valor da impedância da fonte pode ser estimado através da
se que capacitores operando sob as condições nominais podem impedância do transformador (ou gerador) do circuito.
sobreviver mais de 15 anos. A expressão (1) é uma boa estimativa para o cálculo da
Na sequência são apresentados alguns pontos de atenção a serem frequência de ressonância.
analisados quando da implementação de sistema de compensação
reativa e correção do fator de potência. Independente de o sistema hr = (MVAcc/ Mvar cap)
de compensação ser fixo, semi-automatico, automático, ou tempo
real, outros cuidados, tais como o fenômeno da ressonância, devem Onde:
sempre ser levados em consideração.
hr= frequência harmônica de ressonância
22.3.2.1 Ressonância harmônica MVAcc = Potencia de curto circuito da fonte em MVA
Mvar cap= Potencia do capacitor em Mvar
A instalação de capacitores em sistemas elétricos que alimentam
cargas não lineares como os acionamentos em corrente alternada Como em qualquer circuito elétrico, as correntes circularão
ou contínua, retificadores, sistemas de iluminação, fornos, prensas, conforme as impedâncias das fontes e cargas; portanto a análise
sistemas de soldas, cargas de informática (TI) entre outras, deve ser quantitativa destas correntes harmônicas que circularão na rede e nos
precedida de uma analise do comportamento desta rede quando da capacitores dependerá da divisão de corrente que será estabelecida
instalação dos capacitores, uma vez que a implantação de capacitores no circuito (capacitor e rede), levando-se em conta a análise do
NBR 5410
em uma rede elétrica tipicamente indutiva incorrerá em uma sistema elétrico em cada uma das frequências consideradas, que são
frequência de ressonância que é função da potência de alimentação normalmente aquelas frequências presentes no espectro de corrente
(impedância da fonte) e da potência reativa a ser implementada, isto da carga. O circuito da Figura 9 ilustra o modelo típico.
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Deve-se considerar que a circulação das correntes nos Portanto a circulação de corrente nos capacitores não
capacitores não ocorrerá somente na frequência de ressonância, ocorre somente na situação exata do ponto da ressonância
mas este é o ponto onde teoricamente a penetração das correntes calculada, mas nas circunvizinhanças deste ponto. A Figura
harmônicas no capacitor é a máxima e limitada somente pela 138 ilustra um circuito típico de compensação reativa na
componente resistiva do circuito. presença de capacitores. No caso apresentado, a existência
Em medições efetuadas verificaram-se circulação de correntes da ressonância ocorrerá se a frequência de ressonância (rede
harmônicas em capacitores em situações em que as frequências de e capacitores) ocorrer próximo aquelas relativas as 5ª e 7ª
ressonância calculadas do sistema não são exatamente iguais aquelas das harmônicas ( 300 e 420 Hz). O gráfico indica a impedância
correntes harmônicas presentes (mas apenas próximas) nas cargas e que equivalente com ocorrência de ressonância na 5ª harmônica.
circulam em parte pelos capacitores. Esta ocorrência é justificada pela Portanto, para a situação apresentada ocorrerá ressonância na
divisão das correntes harmônicas da carga para a rede e para os capacitores 5ª harmônica.
em função de suas impedâncias (modelo de divisor de corrente). A Figura 139 ilustra os efeitos na tensão de alimentação
k
de ressonância registrada. Observa-se o sensível incremento
da distorção total de tensão (THDV), bem como a elevação
N crescente N decrescente
de tensão em valores alem dos previstos simultaneamente
a conexão dos capacitores e injeção da energia reativa, ou
seja, no instante próximo as 11h35min, os capacitores foram
manobrados para a compensação do reativo, ocorrendo a
ressonância registrada, podendo-se verificar os efeitos da
mesma (observando-se os incrementos de tensão e THDV).
n
1 2 3 4 5 6 7 8
Ponto de Ponto de
ressonância (7ª)
22.3.2.2 T ransientes de manobra de capacitores
ressonância (5ª)
R esson ân cia
L1 L2 L3 A v g/T ot
390
Vptp [V]
380
100
50
Q [kVAr]
4 6% com capacitores
• Aumento da tensão de 4%
(o dobro do esperado)
1 1 :3 1 :5 5
1 1 :3 2 :0 4
1 1 :3 2 :1 3
1 1 :3 2 :2 3
1 1 :3 2 :3 2
1 1 :3 3 :0 0
1 1 :3 4 :0 9
1 1 :3 4 :3 2
1 1 :3 5 :5 4
1 1 :3 7 :1 6
1 1 :3 8 :2 0
1 1 :3 8 :3 0
1 1 :3 9 :0 7
1 1 :3 9 :1 6
1 1 :3 9 :2 5
1 1 :3 9 :3 4
NBR 5410
Tim e [H H :M M :SS]
Notas
Figura 139 – Registro sobre o gráfico:
de ressonância harmônica e efeitos na tensão
THDV aumenta de 3% para 6% com capacitores
Aumento da tensão de 4% (o dobro do esperado)
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750 2.0
I(A) U(V)
500 1.5
VOLTAGE (V XX)
CURRENTE (A )
250 1.0
0 0.5
-250 0
-0.5
-500
-1.0
-750 -1.5
8 10 12 14 0 20 40 60 80 100
TIME (ms) TIME (ms)
22.3.2.3- R egulação de tensão , afundamentos e a em regime permanente os valores são integrados em períodos de 10
cintilação ( flicker ) - C argas variáveis e correntes de “I n - minutos (no caso do Módulo 8), em curta duração são estudados em
rush ” intervalos de tempo bem menores
A tabela 3 do Módulo 8, aqui reproduzida como Tabela
A regulação de tensão tem fundamental importância nas 49 apresenta a classificação das tensões de leitura em regime
instalações, uma vez que existe uma forte dependência da permanente em relação a tensão nominal aqui considerada em
qualidade do processo industrial em relação a qualidade de energia 220/127V.
de alimentação das cargas. Controles e acionamentos micro A tabela 9 do mesmo documento, reproduzida como Tabela
processados nas cargas industriais e de informática (TI), ou ainda 50 apresenta a classificação dos valores de tensão na classificação
aquelas associadas a transformação da energia e qualidade do da variações de tensão de curta duração. Uma outra definição
produto final dependem da qualidade de energia de alimentação para afundamentos poder ser encontrada na IEEE 1159, onde
e devem prever redes elétricas com bons índices de qualidade de os afundamentos (tratados por “voltage sags” na literatura
energia, notadamente com relação a regulação de tensão e isenção internacional) ocorrem em tempos desde ½ ciclo (8 ms) a 1 minuto
de afundamentos e transientes. com variações da tensão desde 0,1 a 0,9 pu;
Apesar da regulação de tensão poder ser definida como Tabela 49 – Pontos de conexão em Tensão Nominal igual ou inferior a 1 kV (220/127)
o desvio de uma tensão medida em relação a um valor nominal Tensão de Atendimento (TA) Faixa de Variação da Tensão de Leitura
em Relação à Tensão Nominal (Volts)
132 ou contratual, nem sempre os procedimentos e regulamentos de
Adequada (201 TL 231)/(116 TL 133)
medição consideram o fenômeno em curtos intervalos de tempo;
Precária (189 TL<201 ou 231<TL 233)/
não se trata de impor ao sistema elétrico alto níveis de exigência, (109 TL<116 ou 133<TL 140)
mas simplesmente entender que cargas podem deixar de operar, Crítica (TL<189 ou TL>233)/(TL<109 ou TL>140)
caso durante alguns ciclos (dezenas ou centenas de milissegundos),
os valores de tensão foram reduzidos a valores abaixo de limites Afundamentos podem ser causados por razões internas e
toleráveis por estas cargas. externas
Interrupção Temporária de Tensão Superior a três segundos e inferior ou igual a um minuto Inferior a 0,1 p.u
Variação Temporária Afundamento Temporário de Tensão Superior a três segundos e inferior ou igual a um minuto Superior ou igual a 0,1 e inferior a 0,9 p.u
de Tensão Elevação Temporária de Tensão Superior a três segundos e inferior ou igual a um minuto Superior a 1,1 p.u
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horizontal como os elevadores, guindastes, esteiras e pontes da instalação não ser adequada (redes fracas de baixa potência
rolantes; equipamentos eletromédicos (raio X, ressonância de curto são susceptíveis a estes fenômenos), pode ser a injeção
e outros), equipamentos industriais como as injetoras, controlada da energia reativa evitando ou atenuando o fenômeno,
extrusoras, trefilas, misturadores, prensas, estações de soldas tratado mais adiante.
principalmente as de solda a ponto, fornos, compressores e A Figura 141 ilustra o afundamento independente da carga
outros equipamentos. e a Figura 142 ilustra o afundamento causado pela carga,
Nota-se nestes casos o afundamento da tensão, impossibilitando sua partida, na sequência com a injeção de
simultaneamente com o consumo da energia reativa. A solução reativos por manobra estática o afundamento é compensado e a
para estes afundamentos no caso da potência de curto circuito operação do sistema é estabelecida.
550
500
I (A )
450
60
50
Q (k V A r)
40
30
365
U L (V )
360
355
350 133
1 3 :5 4 :2 1 :3 2 8 1 3 :5 4 :3 1 :1 4 1 1 3 :5 4 :4 0 :9 5 4 1 3 :5 4 :5 0 :7 6 7 1 3 :5 5 :0 0 :5 8 0 1 3 :5 5 :1 0 :3 9 3
L1 L2 L3 A v g/T ot
475
450
Vptp [V]
425
400
250
P [kW]
500
Q [kVAr]
250
0
1 6 :2 2 :2 3
1 6 :2 2 :4 8
1 6 :2 3 :1 3
1 6 :2 3 :4 0
1 6 :2 4 :0 5
1 6 :2 4 :3 1
1 6 :2 4 :5 8
1 6 :2 5 :2 4
1 6 :2 5 :4 9
1 6 :2 6 :1 4
1 6 :2 6 :4 0
1 6 :2 7 :0 6
1 6 :2 7 :3 2
1 6 :2 7 :5 9
1 6 :2 8 :2 6
1 6 :2 8 :5 3
NBR 5410
Tim e [H H :M M :SS]
Figura 142 - Afundamento decorrente do consumo instantâneo de energia reativa impossibilitando a operação da carga e solução com compensa-ção estática de energia
reativa reduzindo o afundamento
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50
Cycle-cycle trend view
250
40
kV A r
245
30
240
20
235
10
0
V L -L
230
260 225
250 220
240 215
V L -L
230 210
220 1 6 :1 6 :0 3 :8 5 8 1 6 :1 6 :4 0 :5 1 9 1 6 :1 7 :1 9 :9 0 5 1 6 :1 8 :1 4 :3 9 1 1 6 :1 9 :0 7 :6 1 7 1 6 :2 0 :0 0 :8 4 3
210
3 minutos
1 6 :0 6 :2 5 :8 0 1 1 6 :0 9 :5 3 :2 2 7 1 6 :1 3 :2 0 :2 8 9 1 6 :1 6 :0 5 :7 3 8 1 6 :1 9 :3 7 :6 4 2
Estimated time
O Módulo 8 do Prodist também trata o assunto na tabela 7 A solução é a correção do problema com substituição de
(Tabela 51 deste guia) estabelecendo limites de “Plt” (flicker de células ou grupo de capacitores queimados ou fusíveis, alem da
longo tempo) e “Pst” (flicker de curto tempo). A medição do flicker pesquisa das razões do defeito, e ainda introduzindo técnicas
é efetuada com instrumentos específicos. conhecidas a fim de evitar que o fenômeno volte a ocorrer.
A Figura 144 ilustra esta situação em medição tomada
Tabela 51 - Limites de Pst e Plt
no ponto de acoplamento comum da concessionária com o
134 Valor de Referência PstD95% PltS95%
Adequado < 1 p.u. / FT < 0,8 p.u. / FT
consumidor.
Precário 1 p.u. – 2 p.u. / FT 0.8 – 1.6 p.u. / FT Queima de capacitores e fusíveis de proteção dos mesmos
Crítico > 2 p.u. / FT > 1,6 p.u. / FT não devem ser considerados como ocorrência rotineira e
merecem pesquisa de possível ressonância ou outro fenômeno.
entre as fases e a queima de fusíveis de proteção dos bancos de monitoração continua além das tensões de linha, das variáveis
capacitores. O que acaba ocorrendo é a injeção não uniforme desbalanceamento de tensão (relação das tensões de sequência
de reativos entre as fases, causando o desequilíbrio de tensão. negativa e positiva), Plt e distorção total de tensão.
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135
50
40
kVAr
30
20
10
0
260
250
240
V L-L
230
220
210
1 6 :0 6 :2 5 :8 0 1 1 6 :0 9 :5 3 :2 2 7 1 6 :1 3 :2 0 :2 8 9 1 6 :1 6 :0 5 :7 3 8 1 6 :1 9 :3 7 :6 4 2
Estimated time
Figura 146 – Comportamento da tensão de gerador com o consumo de energia reativa de elevador
136
Existe uma relação direta entre o comportamento da tensão tensão com a mudança de fonte (transformador para gerador) para
do sistema e a energia reativa consumida pela carga, esta situação uma carga industrial.
é tanto mais perceptível quanto menor for a relação da potência
de curto circuito da fonte em relação a carga consumidora de Limitação dos geradores - a curva de capabildade
significativa quantidade de energia reativa; a tensão tende a “cair”
causando os conhecidos afundamento de tensão. A Figura 146 Os geradores apresentam uma característica de operação
apresenta o comportamento da tensão do gerador com a operação fortemente dependente da energia reativa consumida (indutiva) ou
de um elevador e a Figura 147 apresenta o comportamento da fornecida (capacitiva) pela carga.
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Figura 147 – Comportamento da tensão com fonte principal (transformador) e de “back-up” (gerador)
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Reactive Capability
Operating Chart
Leading Lagging
1.2
0.8PF 1.0PF 0.8PF
1.0
0.6PF 0.6PF
A
0.6
0.4PF 0.4PF
0.4
B
0.2PF 0.2 0.2PF
kVAr/Rated kVA
Figura 148 - Curva de capabilidade (fonte: Caterpillar) 137
A Figura 148 apresenta esta curva de capabilidade, onde se observa 250 kvar (750 kvar (carga)-500 kvar(capacitor)), e a relação
o regime de operação normal limitado pelas curvas azul e vermelha. citada será portanto de 250/1500=0,17. A relação kW/kVA será
Analisando-se esta curva, nota-se que na “região capacitiva” (faixa de 1000/1500= 0,67. Este ponto é representado no diagrama da
de valores negativos no eixo das abscissas (x)) existe uma importante Figura 148 como ponto “A” e está na faixa adequada de operação.
restrição de operação em relação à região chamada de “indutiva” • Se em um segundo instante a carga variar sem que o banco de
Observa-se ainda na curva, que o mesmo eixo das abscissas capacitores acompanhe esta variação, pela própria inércia e tempo
define a relação da potência reativa instantânea da carga pela de resposta do sistema, e que esta variação de carga seja reduzida
potência nominal do gerador; a potência reativa negativa seria em 60%, as novas relações serão:
aquela fornecida por carga capacitiva ou capacitor e a positiva - Nova situação da carga: 400 kW; 80%; 300 kvar
aquela consumida pela carga. O eixo das ordenadas (y) apresenta - Injeção de energia reativa mantida em 750 kvar
a relação da potência ativa instantânea da carga pela potência - Novo balanço de energia reativa: – 450 kvar
nominal do gerador. (energia reativa injetada)
Tomando-se para exemplo o caso de um grupo de motores com - kvar/kVA= - 450/1500 = -0,3; kW/kVA=0,26
1000 kW, fator de potência de regime de 80%; potência reativa da • Esta segunda situação que é ilustrada como o ponto B na curva da
ordem de 750 kvar, alimentado por um gerador de 1500 kVA, e Figura 148, é uma situação limítrofe de operação do gerador, isto
um sistema de compensação de energia reativa de 500 kvar que é, caso a carga fosse reduzida para valores ainda mais reduzidos
corrigiria o fator de potência para 97%; observa-se: que 60% do valor original sem o consequente acompanhamento do
banco de capacitores, o gerador seria desligado pelo seu sistema de
• A relação kvar/kVA do eixo das abscissas poderá assumir proteção de excitação. A situação é ainda mais crítica nas situações
diversos valores, em função da potência reativa injetada pelos em que o sistema de compensação reativa é composto por bancos
capacitores em relação aquela consumida pelos motores. O valor fixos. Portanto, caso o sistema de compensação de energia reativa
a se utilizar será, portanto o balanço de reativos (a diferença dos não tenha velocidade para acompanhar a variação da carga, deve
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valores consumidos pelos motores e injetados pelos capacitores) ser desligado quando o gerador assume a carga se aplicado como
em relação a potência nominal do gerador. No caso da situação fonte de contingencia, caso a situação possa não atender os limites
de máxima demanda, o reativo fornecido pelo gerador será de estabelecidos pela curva de capabilidade.
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• Aumento da potência das fontes A Figura 151 apresenta o registro da distorção harmônica de
O aumento da potência reduz a impedância de curto circuito a tensão em um barramento onde um filtro passivo com manobra
montante da carga, reduzindo as distorções de tensão nos barramentos. estática , com tempo de resposta de 16 ms e composto por 6 grupos
de 100 kvar foi instalado.
• Especificação de cargas com controle de emissão Neste caso todos os grupos estão sintonizados em frequência
A IEC 61000-3-2 apresenta limites para as harmônicas de corrente dos próxima à 5ª harmônica. Há uma relação de compromisso muito
equipamentos monofásicos de até 16 A. Os equipamentos são classificados importante na construção deste filtro, visto que operam em paralelo
em A, B,C e D e para cada um deles existem restrições aplicáveis, cujo e buscam a injeção de energia reativa em intervalos muito curtos,
objetivo é restringir a circulação de correntes harmônicas nas instalações e filtrando a 5ª harmônica simultaneamente. A distorção de tensão é
como consequência evitar os efeitos de perdas e aquecimentos associados, reduzida de valores médios de 8% para 5%.
além de controlar a distorção de tensão nos barramentos.
• Filtros Ativos
• Instalação de filtros Os filtros ativos, apesar de terem a mesma função dos passivos são
A instalação de filtros de harmônicas é outra possibilidade para concebidos por equipamentos eletrônicos que injetam correntes
adequação dos valores registrados de distorção de tensão. De uma harmônicas defasadas daquelas geradas pelas cargas, de modo
forma geral os filtros evitam que as harmônicas circulem pelas que ao se somarem se cancelem. Enquanto os filtros passivos
fontes, reduzindo, portanto as tensões harmônicas a montante e são normalmente dependentes e especificados pelos valores dos
por consequência reduzindo também as distorções de tensão nos indutores, capacitores e elementos de manobra que os compõe, os
barramentos de baixa tensão. Os filtros mais comumente aplicáveis filtros ativos são especificados pelos ampères que irão filtrar.
são os filtros passivos e filtros ativos e estão descritos na seqüência.
A Figura 152 apresenta o registro da distorção harmônica de
NBR 5410
1 7 ,5
Distorção total de tensão (THDV)
1 5 ,0 Antes 8% depois 5%
1 2 ,5
THD[%] Vptp
1 0 ,0
7 ,5
5 ,0
2 ,5
1 3 :3 2 :5 0 1 3 :3 3 :2 5 1 3 :3 4 :0 0 1 3 :3 4 :3 5 1 3 :3 5 :1 1 1 3 :3 5 :4 9 1 3 :3 6 :2 3 1 3 :3 6 :5 5 1 3 :3 7 :3 0 1 3 :3 8 :0 3 1 3 :3 8 :3 7 1 3 :3 9 :1 0 1 3 :3 9 :4 2 1 3 :4 0 :1 6 1 3 :4 0 :5 1 1 3 :4 1 :2 6
T im e [H H :M M :S S ]
Figura 151 – comportamento da distorção harmônica de tensão no barramento sem e com filtro
140
Figura 152 – Diagrama de instalação de filtro ativo e comportamento das formas de onda de corrente
• Filtros antirressonantes – solução para evitar ressonante, pode-se fazer uso da norma IEEE 519 que estabelece
ressonância em capacitores limites de distorção de tensão a serem atendidos, isto é, mesmo
na presença de cargas altamente deformantes, nem sempre se faz
Sistemas antirressonantes, ou filtros antirressonantes, são necessário a aplicação de filtro sintonizado. O que definirá será
filtros passivos como os acima apresentados, porém cuja sintonia a resposta do sistema elétrico existente (fontes e outras cargas)
não é próxima às frequências presentes na corrente das cargas, alem das cargas deformantes na presença dos capacitores a serem
mas em outra faixa. Esta aplicação é bastante comum e econômica instalados.
quando se deseja proteger os capacitores e evitar que os mesmos A injeção de reativos com filtro anti-ressonante (indutor e
provoquem ressonância harmônica em redes que suportam capacitor) reduz a corrente fundamental na proporção da relação
a presença de cargas não lineares e não se deseja a redução da do fator de potência original e o corrigido (após a injeção dos
distorção de corrente. reativos). É de se esperar um natural aumento da distorção de
Os indutores antirressonantes adequadamente dimensionados corrente (THDI) e redução da distorção de tensão (THDV),
elevarão a impedância do ramo do capacitor de forma a controlar por conta de circulação de parte das correntes harmônicas
NBR 5410
as correntes harmônicas que circularão nos capacitores e na rede, pelos capacitores. A aplicação de filtros sintonizados em
conforme ilustrado na Figura 153. frequências existentes no sistema reduzirá a distorção de tensão
Para a decisão entre utilização de filtro ressonante ou anti- significativamente.
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
L 2 .1 L 2. N
isentando a rede dos transientes nas duas condições de manobra.
Esta possibilidade é típica de manobra de capacitores por tiristores,
e aplicada nos equipamentos de compensação de energia reativa
Figura 153 – Implementação de reatores antirressonantes e comportamento
da impedância em função da frequência. tempo real, que possuem manobra por elementos semi-condutores,
com precisão na manobra e tempo de comutação bastante reduzidos.
Outra condição a ser considerada e nem sempre possível de ser
Incremento da tensão, esperado pela presença de capacitores em evitada é a possibilidade de manobra acidental de capacitores pré-
instalações elétricas carregados ou energizados, com danos aos dispositivos de manobra
eletromecânicos.
Normalmente em sistemas industriais sem ressonância, e Cuidados complementares devem ser tomados com relação à 141
com injeções típicas de reativos, este incremento de tensão não sensibilidade de capacitores á condições operacionais diferentes
ultrapassa valores da ordem de 1% a 2%. Caso a tensão se eleve das nominais com redução dramática de vidas úteis, notadamente
acima destes valores é grande a possibilidade de ressonância e o limites de tensão de operação e temperatura ambiente.
caso merece investigação
A expressão a seguir fornece uma estimativa do incremento Eficiência energética e redução das perdas elétricas.
de tensão devido à injeção de potência reativa na ausência de
ressonância: A redução das correntes elétricas das cargas nos circuitos e
transformadores com a correta inserção de capacitores reduz na
% V= Qcap (kvar) . Ztr (%) / Ptr (kVA) proporção quadrática da corrente as perdas por efeito Joule nos
mesmos.
Onde: Manutenção de sistemas em regime capacitivo, além de elevar
a tensão aumentam as correntes circulando pelos circuitos elevando
%V: Variação percentual de tensão esperada as perdas elétricas.
Qcap: Potência reativa injetada (kvar) A manutenção da tensão operacional próxima da nominal reduz
Ztr(%): Impedancia do transformador em % a perda nos circuitos magnéticos, e já é um método de melhoria do
Ptr: Potência do Transformador (kVA) fator de potência.
Pontos importantes para uma compensação de energia reativa Aumento da capacidade da instalação
adequada
carga, incluindo as harmônicas com período de avaliação adequado • Cargas com ciclos curtos de operação, cargas extremamente
bem como quanto a resolução da medição. variáveis - a compensação de energia reativa tempo real.
• Implementação de sistemas antirressonantes com reatores A instalação dos capacitores deve considerar de preferência a
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
inserção dos mesmos no sistema elétrico, somente quando a carga • Equivalência entre as potencias ativa e aparente: Pode-se assumir
associada estiver operando sob o risco de sobrecompensação de que a potência aparente (kVA) e a potência ativa (kW) serão
reativos e fenômenos associados (sobretensões e outros). Caso a iguais durante todo o tempo de operação da carga; desde que o
carga possua ciclo de operação variável ou ainda extremamente compensador reativo seja dimensionado para tal.
variável (ordem de ciclos), será necessário adequar a manobra dos • Compensação de flicker: A compensação instantânea de energia
capacitores ao ciclo de operação da carga. O atendimento a esta reativa confere ao sistema competência para compensar o flicker;
premissa atende com folgas as condições previstas na portaria 414 cintilação causada por afundamentos de tensão provocados em
da ANEEL quanto a tarifação do excedente de energia reativa. geral por cargas que consomem consideráveis quantidade de energia
Os sistemas de compensação tempo real têm sido instalados em reativa em curtos intervalos de tempo e em ciclos repetitivos.
inúmeras cargas consideradas como criticas tais como solda a ponto
(Figura x), injetoras, equipamentos eletromédicos, guindastes, A Figura 155 ilustra um equipamento instalado para
cargas de refrigeração, sistemas ferroviários, prensas, nas citadas compensação de energia reativa consumida em guindaste portuário
plantas de geração eólica entre outros. e a Figura 156 apresenta o comportamento da potência reativa
consumida pela carga e aquela injetada pelo compensador estático.
O que se observa é praticamente um espelho, onde em intervalos
285 de dezenas de milissegundos o sistema de compensação se adequa
a situação da carga, praticamente anulando o reativo fornecido pela
voltages
280
500
600
kVAs
300
0
30 7 97-21 33 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 00 02 04 06 08
Time
como “zero crossing” da manobra estática, permite compensação A redução de corrente de partida de motores é um dos mais
reativa com isenção de transiente de manobra. tradicionais métodos de evitar afundamentos de tensão devido as
• Possibilidade de compensação reativa monofásica: Cargas ligadas correntes de “in–rush” (ou de partida) dos motores.
entre 2 fases ou entre fase e neutro como soldas a ponto podem
ter sua energia reativa compensada com a inserção de capacitores Após as chaves compensadoras e as chaves estrelas triângulo
ligados da mesma forma que as cargas, promovendo injeção reativa aplicadas à exaustão e ainda presentes em grande quantidade nas
NBR 5410
200
150
100
50
Q [kVAr]
-5 0
-1 0 0
-1 5 0
1 3 :3 8 :4 1 1 3 :3 9 :1 9 1 3 :3 9 :5 8 1 3 :4 0 :3 7 1 3 :4 1 :1 6 1 3 :4 1 :5 5 1 3 :4 2 :3 2 1 3 :4 3 :1 2 1 3 :4 3 :4 8 1 3 :4 4 :2 7 1 3 :4 5 :0 4 1 3 :4 5 :4 3 1 3 :4 6 :2 0 1 3 :4 6 :5 7 1 3 :4 7 :3 3 1 3 :4 8 :1 4
T im e [H H :M M :S S ]
Figura 156 – Potência reativa consumida pela carga e injetada pelo compensador
inversores de frequência que possuem função de operação também • Uso de compensadores estáticos de energia reativa na
durante o período de operação normal da carga (regime síncrono). regulação de tensão e nos afundamentos na partida de motores.
A Figura 23 apresenta o conceito de operação dos soft A partida de motores assíncronos apesar de ser um
starters, onde sistemas equipados com acionamentos estáticos assunto bastante estudado ainda causa controvérsias, pois
(controle estático) controlam a tensão de alimentação, controlando nem sempre os dispositivos de partida especificados atendem
por consequência a corrente absorvida da rede pelos motores. seus propósitos. O objetivo deste trabalho é apresentar a 143
Eventualmente os soft starters não podem ser aplicados em função possibilidade de se efetuar a compensação da energia reativa
de restrições de conjugado e escorregamento. Neste caso devem consumida no período de partida de grandes motores ou de
ser aplicados os inversores de frequência que possuem maiores um grupo de motores, como ferramenta para compensação dos
recursos de ajuste ou a injeção de energia reativa controlada durante afundamentos de tensão associados e efeitos indesejáveis.
a partida, conforme exposto na sequência. Correntes de partida de motores apresentam importantes
componentes reativas, fazendo com que estas correntes atinjam
valores desde 3 a 8 vezes os valores nominais da situação de
regime, por um período típico da ordem de dezenas a centenas
de ciclos. Da mesma forma que nos transformadores, estas
correntes são independentes da carga e assumem estes altos
valores em função do modelo da impedância, no caso do motor.
Como consequência desta corrente, o barramento e a
instalação onde o motor está ligado, será submetido a um
afundamento de tensão, cuja severidade dependerá justamente
da potência de curto circuito (da fonte) e do ponto de conexão.
De forma a atenuar este fenômeno, umas das possíveis
soluções é a injeção de energia reativa através de compensadores
estáticos, no mesmo instante em que o motor está partindo;
em outras palavras, a energia reativa consumida pelo motor,
durante a partida pode ser fornecida não só pela fonte (causando
o afundamento de tensão), mas também por fonte de reativos
externa, no mesmo instante e em proporção controlada, de forma
a reduzir o efeito do afundamento de tensão citado. Quanto maior
for a parcela do reativo injetado pelo compensador, menor será
NBR 5410
conseguem partir, mas a terceira bomba encontra problemas. de tensão registrado é tolerado pelo acionamento da bomba.
A Figura 161 detalha o comportamento da tensão e corrente Como conclusão, observa-se que a técnica apresentada é uma
no instante da tentativa da partida desta terceira bomba. boa ferramenta para partida de motores de media a alta potência,
A Figura 162 apresenta o comportamento da partida da em baixa ou média tensão inclusive na situação em que as fontes
terceira bomba, (por diversas vezes), com a injeção de energia são geradores em sistemas isolados cuja potência de curto-circuito
reativa pelo compensador estático, neste caso o afundamento possam não ser favoráveis.
Figura 161 – DETALHE DO COMPORTAMENTO DA TENSÃO E CORRENTE NA TENTATIVA DE PARTIDA DA TERCEIRA BOMBA
145
NBR 5410
Figura 162 – PARTIDA BEM SUCEDIDA DA TERCEIRA BOMBA COM COMPENSAÇÃO DE ENERGIA REATIVA
CAPACIDADEDE
CONDUÇÃODECORRENTE
PARA CABOS DE BAIXA TENSÃO
O dimensionamento de uma instalação elétrica alimentada sob tensão nominal igual ou inferior a 1000V, em corrente alternada é a 1500V
em corrente contínua, deve cumprir com todas as prescrições da norma NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão: E uma forma
de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens.
A seção dos condutores deve ser determinada de forma que sejam atendidos, no mínimo, todos os seguintes critérios:
a) a capacidade de condução de corrente dos condutores deve ser igual ou superior à corrente de projeto do circuito, incluindo as componentes
harmônicas, afetada dos fatores de correção aplicáveis;
b) a proteção contra sobrecargas;
c) a proteção contra curtos-circuitos e solicitações térmicas;
d) a proteção contra choques elétricos por seccionamento automático da alimentação em esquemas TN e IT, quando pertinente;
e) os limites de queda de tensão;
f) as seções mínimas dos condutores de acordo com a utilização do circuito (tabela 47 da NBR 5410)
Os valores de capacidade de condução de corrente para os cabos de baixa tensão apresentados a seguir foram determinados de acordo com a IEC 60364-5-52 – Electrical
Installations of Buildings – Part 5-52: Selection and Erection of Electrical Equipment – Wiring Systems, da International Electrotechnical Commission (IEC) e são os mesmos
retratados nas tabelas da NBR 5410.
TABELA 1
Os métodos de referência são os de instalação indicados na NBR - 5410
NOTAS:
1) Nos métodos A1 e A2, a parede é formada por uma face externa estanque, isolação térmica e uma face interna em madeira ou material
análogo com condutância térmica de no mínimo 10W/m2.K. O eletroduto, metálico ou de plástico, é fixado junto à face interna (não
necessariamente em contato físico com ela).
2) Nos métodos B1 e B2, o eletroduto, metálico ou de plástico, é montado sobre uma parede de madeira, sendo a distância entre o
eletroduto e a superfície da parede inferior a 0,3 vez o diâmetro do eletroduto.
3) No método C, a distância entre o cabo multipolar, ou qualquer cabo unipolar, e a parede de madeira é inferior a 0,3 vez o diâmetro do
cabo.
4) No método D, o cabo é instalado em eletroduto (seja metálico, de plástico ou de barro) enterrado em solo com resistividade térmica
de 2,5K.m/W, à profundidade de 0,7m.
5) Nos métodos E, F e G, a distância entre o cabo multipolar ou qualquer cabo unipolar e qualquer superfície adjacente é de no mínimo
0,3 vez o diâmetro externo do cabo, para o cabo multipolar, ou no mínimo uma vez o diâmetro do cabo, para os cabos unipolares.
6) No método G, o espaçamento entre os cabos unipolares é de no mínimo uma vez o diâmetro externo do cabo.
A 01
TABELA 2
As tabelas 3, 4, 5 e 6 apresentam as capacidades de condução de corrente dos cabos listados abaixo para as maneiras de
instalar indicadas na Tabela 1. Estas tabelas não se aplicam aos cabos Flexonax Flex para Inversor de Frequência, uma vez que
estes cabos têm sua capacidade de corrente afetada pela blindagem metálica, composta por fios e fitas de cobre sobre as veias
isoladas. A tabela 7 apresenta capacidades de condução de corrente para estes cabos.
Grupo Nome
NOTAS:
1) Os Cabos PP e Cordão Foreplast, em conformidade com a ABNT NBR 13249, não são admitidos nas maneiras de instalar previstas
na tabela 1, tendo em vista que tais cabos destinam-se tão somente à ligação de equipamentos.
2) Os Cabos Forex Sem Cobertura são considerados cabos unipolares. Embora, desprovidos de cobertura, tais condutores apresentam
uma isolação espessa o suficiente para garantir resultado equivalente ao de uma dupla camada, isolação mais cobertura.
A 02
TABELA 3
Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D da Tabela 1
Seção
A1 A2 B1 B2 C D
Nominal Número de condutores carregados
mm2
2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3
Cobre
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13)
0,5 7 7 7 7 9 8 9 8 10 9 12 10
0,75 9 9 9 9 11 10 11 10 13 11 15 12
1 11 10 11 10 14 12 13 12 15 14 18 15
1,5 14,5 13,5 14 13 17,5 15,5 16,5 15 19,5 17,5 22 18
2,5 19,5 18 18,5 17,5 24 21 23 20 27 24 29 24
4 26 24 25 23 32 28 30 27 36 32 38 31
6 34 31 32 29 41 36 38 34 46 41 47 39
10 46 42 43 39 57 50 52 46 63 57 63 52
16 61 56 57 52 76 68 69 62 85 76 81 67
25 80 73 75 68 101 89 90 80 112 96 104 86
35 99 89 92 83 125 110 111 99 138 119 125 103
50 119 108 110 99 151 134 133 118 168 144 148 122
70 151 136 139 125 192 171 168 149 213 184 183 151
95 182 164 167 150 232 207 201 179 258 223 216 179
120 210 188 192 172 269 239 232 206 299 259 246 203
150 240 216 219 196 309 275 265 236 344 299 278 230
185 273 245 248 223 353 314 300 268 392 341 312 258
240 321 286 291 261 415 370 351 313 461 403 361 297
300 367 328 334 298 477 426 401 358 530 464 408 336
400 438 390 398 355 571 510 477 425 634 557 478 394
500 502 447 456 406 656 587 545 486 729 642 540 445
Alumínio
16 48 43 44 41 60 53 54 48 66 59 62 52
25 63 57 58 53 79 70 71 62 83 73 80 66
35 77 70 71 65 97 86 86 77 103 90 96 80
50 93 84 86 78 118 104 104 92 125 110 113 94
70 118 107 108 98 150 133 131 116 160 140 140 117
95 142 129 130 118 181 161 157 139 195 170 166 138
120 164 149 150 135 210 186 181 160 226 197 189 157
150 189 170 172 155 241 214 206 183 261 227 213 178
185 215 194 195 176 275 245 234 208 298 259 240 200
240 252 227 229 207 324 288 274 243 352 305 277 230
300 289 261 263 237 372 331 313 278 406 351 313 260
400 345 311 314 283 446 397 372 331 488 422 366 305
500 396 356 360 324 512 456 425 378 563 486 414 345
A 03
TABELA 4
Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D da Tabela 1
A 05
TABELA 6
46
400 654 566 740 663 694 792
500 756 652 856 770 806 991 921
(1) ou ainda, condutores isolados, quando o método de instalação permitir.
TABELA 7
Condutor: cobre
Isolação: EPR
Temperatura no condutor: 90°C
Temperaturas de referência do ambiente: 30°C
Seções
Nominais
dos condutores 3 condutores carregados Código do produto
mm2
3 x 2,5 33 46002.003.377
3x4 43 46002.003.380
3x6 55 46002.003.382
3 x 10 75 46002.003.384
3 x 16 103 46002.003.386
3 x 25 137 46002.003.388
3 x 35 169 46003.003.390
3 x 50 206 46003.003.392
3 x 70 257 46003.003.394
3 x 95 314 46003.003.396
3 x 120 367 46003.003.398
3 x 150 418 46003.003.400
3 x 185 480 46003.003.401
3 x 240 565 46003.003.402
(*) a capacidade de condução de corrente foi calculada considerando-se temperatura ambiente de 30ºC. Temperatura
de operação no condutor de 90ºC, cabos instalados ao ar, na sombra e três condutores carregados.
A 07
FATORESDECORREÇÃO
DACAPACIDADE
DE CONDUÇÃO DE CORRENTE
Os valores de capacidade de condução de corrente para os cabos que operam em baixa tensão foram calculados adotando-se os tipos de
instalação mais usuais. No caso das condições reais serem diferentes dos tipos adotados, torna-se necessário a aplicação de fatores de
correção sobre os valores de capacidade de corrente indicados.
Em geral, são suficientes os seguintes fatores de correção:
FT – fator de correção para temperatura ambiente diferente da considerada – Tabela 8
FR – fator de correção para linhas subterrâneas em solo com resistividade térmica diferente de 2,5 K.m/W – Tabela 9
FA – fator de correção devido ao agrupamento de cabos – Tabelas 10, 11, 12 e 13
TABELA 8
Fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes de 30°C para linhas não-subterrâneas e de 20°C (temperatura do
solo) para linhas subterrâneas.
Temperatura Isolação
ºC PVC EPR ou XLPE
Ambiente
10 1,22 1,15
15 1,17 1,12
20 1,12 1,08
25 1,06 1,04
35 0,94 0,96
40 0,87 0,91
45 0,79 0,87
50 0,71 0,82
55 0,61 0,76
60 0,50 0,71
65 - 0,65
70 - 0,58
75 - 0,50
80 - 0,41
Solo
10 1,10 1,07
15 1,05 1,04
25 0,95 0,96
30 0,89 0,93
35 0,84 0,89
40 0,77 0,85
45 0,71 0,80
50 0,63 0,76
55 0,55 0,71
60 0,45 0,65
65 - 0,60
70 - 0,53
75 - 0,46
80 - 0,38
TABELA 9
Fatores de correção para linhas subterrâneas em solo com resistividade térmica diferente de 2,5 km/W
Fatores de correção aplicáveis a condutores agrupados em feixe (em linhas abertas ou fechadas) e a condutores agrupados
num mesmo plano, em camada única.
Camada única em bandeja 1,00 0,88 0,82 0,77 0,75 0,73 0,73 0,72 0,72
4 5e6
perfurada
(métodos
5 Camada única sobre leito, E e F)
1,00 0,87 0,82 0,80 0,80 0,79 0,79 0,78 0,78
suporte, etc.
NOTAS:
1) Esses fatores são aplicáveis a grupos homogêneos de cabos, uniformemente carregados.
2) Quando a distância horizontal entre cabos adjacentes for superior ao dobro de seu diâmetro externo, não é necessário aplicar
nenhum fator de redução.
3) O número de circuitos ou de cabos com o qual se consulta a tabela refere-se:
- à quantidade de grupos de dois ou três condutores isolados ou cabos unipolares, cada grupo constituindo um circuito
(supondo-se um só condutor por fase, isto é, sem condutores em paralelo), e/ou
- à quantidade de cabos multipolares que compõe o agrupamento, qualquer que seja essa composição (só condutores isolados,
só cabos unipolares, só cabos multipolares ou qualquer combinação).
4) Se o agrupamento for constituído, ao mesmo tempo, de cabos bipolares e tripolares, deve-se considerar o número total de cabos
como sendo o número de circuitos e, de posse do fator de agrupamento resultante, a determinação das capacidades de condução de
corrente nas tabelas 3 a 6 deve ser então efetuada:
- na coluna de dois condutores carregados, para os cabos bipolares e;
- na coluna de três condutores carregados para os cabos tripolares
5) Um agrupamento com N condutores isolados ou N cabos unipolares, pode ser considerado composto tanto de N/2 circuitos com
dois condutores carregados quanto de N/3 circuitos com três condutores carregados.
6) Os valores indicados são médios para a faixa usual de seções nominais, com dispersão geralmente inferior a 5%.
TABELA 11
Fatores de correção aplicáveis a agrupamentos consistindo em mais de uma camada de condutores
- Métodos de referência C (tabelas 3 e 4), E e F (tabelas 5 e 6)
NOTAS:
1) Os fatores são válidos independentemente da disposição da camada, se horizontal ou vertical.
2) Sobre condutores agrupados em uma única camada, ver tabela 10 (linhas 2 a 5 da tabela).
3) Se forem necessários valores mais precisos, deve-se recorrer à NBR 11301.
A 09
TABELA 12
a a a a
NOTAS:
1) Os valores indicados são aplicáveis para uma profundidade de 0,7 m e uma resistividade térmica do solo de 2,5 Km/W. São valores
médios para as dimensões de cabos abrangidas nas tabelas 3 e 4. Os valores médios arrendondados podem aparesentar erros de até
+10% em certos casos. Se forem necessários dados mais precisos deve-se recorrer à ABNT NBR 11301.
A10
TABELA 13
a a a
NOTAS:
1) Os valores indicados são aplicáveis para uma profundidade de 0,7 m e uma resistividade térmica do solo de 2,5 Km/W. São valores
médios para as dimensões de cabos abrangidas nas tabelas 3 e 4. Os valores médios arrendondados podem aparesentar erros de até
+10% em certos casos. Se forem necessários dados mais precisos deve-se recorrer à ABNT NBR 11301.
2) Deve-se atentar para as restrições e problemas que envolvem o uso de condutores isolados ou cabos unipolares em eletrodutos
metálicos, quando se tem um único condutor por eletroduto.
A11
QUEDA DE TENSÃO
PARA CABOS
DE BAIXA TENSÃO
Nas tabelas a seguir são dados os valores de queda de tensão, em V/A km, em sistemas monofásicos e trifásicos, considerando-se os tipos
mais usuais de instalações.
No caso dos parâmentros da instalação serem diferentes dos valores adotados, o valor da queda de tensão poderá ser calculado de acordo
com as seguintes fórmulas:
Sendo:
V = queda de tensão, em V/km
I = corrente, em A
Rcci = resistência do condutor em corrente contínua à temperatura de operacão, em /km
Rca = resistência do condutor em corrente alternada, em /km
COS = fator de potência de carga
XL = reatância indutiva da linha, em /km
Seções D
Nominais
S
mm2
S=D
0,5 79,501
0,75 53,047
1 39,816
1,5 27,199
2,5 16,368
4 10,198
Seções D Seções D
Nominais S
Nominais S S
mm2 mm2 D
A13
QUEDA DE TENSÃO
PARA CABOS
DE BAIXA TENSÃO
D D
Seções Seções
Nominais S
Nominais S S
mm2 mm2 D
Cabo Foreplast Flexível BWF - 750V / Atox Flex 750V Cabo Foreplast Flexível BWF - 750V / Atox Flex 750V
Sistema Monofásico Sistema Trifásico
QUEDA DE TENSÃO EM V/A.km FATOR DE POTÊNCIA = 0,85 QUEDA DE TENSÃO EM V/A.km FATOR DE POTÊNCIA = 0,85
Seções D D
Seções
Nominais S
Nominais S S
mm2 mm2 D
S = 13 cm S=2XD S=D S = 13 cm S=2XD S=D S=D
0,5 79,804 79,541 79,486 0,5 69,129 68,901 68,863 68,837
0,75 53,344 53,087 53,033 0,75 46,212 45,991 45,943 45,928
1 40,110 39,860 39,805 1 34,752 34,536 34,488 34,472
1,5 27,484 27,247 27,192 1,5 23,818 23,613 23,565 23,549
2,5 16,642 16,422 16,368 2,5 14,438 14,238 14,190 14,175
4 10,459 10,250 10,196 4 9,074 8,893 8,846 8,830
6 7,075 6,884 6,829 6 6,143 5,978 5,930 5,914
10 4,227 4,055 4,001 10 3,677 3,528 3,481 3,465
16 2,785 2,627 2,572 16 2,427 2,291 2,243 2,227
25 1,893 1,752 1,696 25 1,655 1,533 1,485 1,469
35 1,420 1,289 1,234 35 1,246 1,132 1,085 1,069
50 1,067 0,943 0,889 50 0,940 0,833 0,786 0,771
70 0,821 0,709 0,655 70 0,727 0,630 0,584 0,568
95 0,677 0,575 0,521 95 0,602 0,514 0,468 0,452
120 0,575 0,483 0,428 120 0,514 0,434 0,388 0,372
150 0,499 0,417 0,364 150 0,448 0,377 0,332 0,316
185 0,443 0,371 0,318 185 0,400 0,337 0,292 0,276
240 0,382 0,319 0,266 240 0,347 0,292 0,248 0,232
300 0,343 0,286 0,234 300 0,313 0,264 0,221 0,205
400 0,300 0,255 0,204 400 0,276 0,237 0,195 0,179
500 0,271 0,236 0,186 500 0,251 0,220 0,179 0,163
QUEDA DE TENSÃO
PARA CABOS
DE BAIXA TENSÃO
DV
Seção D
Nominal S S
mm2
S = 13 cm S = 20 cm S = 2D S=D S = DV
1,5 26,660 26,695 26,450 26,395 -
2,5 16,474 16,508 16,272 16,217 -
4 10,386 10,420 10,192 10,137 -
6 7,053 7,087 6,867 6,812 -
10 4,323 4,357 4,157 4,102 -
16 2,831 2,865 2,675 2,620 -
25 1,896 1,930 1,752 1,607 -
35 1,443 1,447 1,308 1,253 -
50 1,135 1,169 1,010 0,955 -
70 0,862 0,897 0,747 0,693 -
95 0,687 0,721 0,581 0,527 -
120 0,592 0,626 0,496 0,442 -
150 0,520 0,555 0,432 0,378 -
185 0,458 0,492 0,376 0,322 -
240 0,396 0,430 0,323 0,270 -
300 0,354 0,388 0,291 0,238 -
400 0,317 0,352 0,261 0,210 -
500 0,285 0,319 0,238 0,188 -
A15
QUEDA DE TENSÃO
PARA CABOS
DE BAIXA TENSÃO
Seção
Nominal
mm2 S S D
S = 13 cm S = 20 cm S = 2D S=D S = DV
1,5 23,104 23,134 22,922 22,859 -
2,5 14,283 14,312 14,108 14,044 -
4 9,010 9,040 8,843 8,779 -
6 6,124 6,154 5,963 5,899 -
10 3,760 3,790 3,616 3,552 -
16 2,467 2,497 2,333 2,269 -
25 1,658 1,687 1,533 1,470 -
35 1,266 1,295 1,148 1,085 -
50 0,999 1,028 0,890 0,827 -
70 0,763 0,792 0,633 0,600 -
95 0,611 0,640 0,519 0,457 -
120 0,528 0,558 0,446 0,384 -
150 0,467 0,496 0,390 0,328 -
185 0,412 0,442 0,341 0,280 -
240 0,359 0,389 0,296 0,235 -
300 0,323 0,352 0,268 0,208 -
400 0,291 0,320 0,243 0,184 -
500 0,263 0,292 0,222 0,165 -
A16
QUEDA DE TENSÃO
PARA CABOS
DE BAIXA TENSÃO
DV
D
Seção
Nominal S S
mm2
S = 13 cm S = 20 cm S = 2D S=D S = DV
1,5 26,660 26,695 26,464 26,409 26,360
2,5 16,474 16,508 16,285 16,230 16,185
4 10,386 10,420 10,205 10,150 10,108
6 7,053 7,087 6,877 6,822 6,783
10 4,323 4,357 4,160 4,150 4,067
16 2,831 2,865 2,677 2,622 2,589
25 1,896 1,930 1,758 1,703 1,672
35 1,443 1,447 1,313 1,259 1,230
50 1,135 1,169 1,011 0,956 0,933
70 0,862 0,897 0,750 0,696 0,674
95 0,687 0,721 0,585 0,531 0,510
120 0,592 0,626 0,497 0,443 0,423
150 0,520 0,555 0,434 0,381 0,362
185 0,458 0,492 0,380 0,326 0,309
240 0,396 0,430 0,328 0,275 0,258
300 0,354 0,388 0,294 0,242 0,226
400 0,317 0,352 0,266 0,214 0,200
500 0,285 0,319 0,244 0,193 0,179
Seção D DV
Nominal S S
mm2
S = 13 cm S = 20 cm S = 2D S=D S = DV
16 4,415 4,449 4,260 4,205 4,236
25 2,892 2,926 2,754 2,699 2,697
35 2,163 2,197 2,033 1,978 1,975
50 1,665 1,699 1,540 1,486 1,483
70 1,230 1,264 1,118 1,063 1,053
95 0,951 0,985 0,849 0,794 0,784
120 0,801 0,835 0,706 0,651 0,639
150 0,690 0,724 0,605 0,551 0,538
185 0,594 0,628 0,515 0,461 0,448
240 0,500 0,534 0,430 0,376 0,363
300 0,436 0,470 0,375 0,322 0,309
400 0,381 0,415 0,329 0,276 -
500 0,338 0,372 0,294 0,242 -
A17
QUEDA DE TENSÃO
PARA CABOS
DE BAIXA TENSÃO
Seção
Nominal
mm2 S S D
S = 13 cm S = 20 cm S = 2D S=D S = DV
1,5 23,104 23,134 22,935 22,871 22,829
2,5 14,283 14,312 14,312 14,055 14,017
4 9,010 9,040 9,040 8,790 8,754
6 6,124 6,154 6,154 5,908 5,874
10 3,760 3,790 3,790 3,555 3,522
16 2,467 2,497 2,497 2,271 2,242
25 1,658 1,687 1,687 1,475 1,448
35 1,266 1,295 1,295 1,090 1,065
50 0,999 1,028 1,028 0,828 0,808
70 0,763 0,792 0,792 0,603 0,584
95 0,611 0,640 0,640 0,460 0,442
120 0,528 0,558 0,558 0,384 0,368
150 0,467 0,496 0,496 0,330 0,315
185 0,412 0,442 0,442 0,284 0,269
240 0,359 0,389 0,398 0,239 0,226
300 0,323 0,352 0,352 0,211 0,198
400 0,291 0,320 0,320 0,187 0,175
500 0,263 0,292 0,292 0,169 0,158
Seção
Nominal
mm2 S S D
S = 13 cm S = 20 cm S = 2D S=D S = DV
16 3,839 3,869 3,705 3,642 3,669
25 2,520 2,550 2,401 2,338 2,336
35 1,889 1,919 1,776 1,413 1,711
50 1,457 1,487 1,350 1,287 1,284
70 1,081 1,111 0,984 0,921 0,912
95 0,840 0,869 0,751 0,688 0,680
120 0,709 0,739 0,627 0,564 0,554
150 0,614 0,643 0,540 0,477 0,467
185 0,530 0,559 0,462 0,400 0,389
240 0,449 0,478 0,388 0,326 0,316
300 0,394 0,423 0,341 0,280 0,269
400 0,346 0,375 0,301 0,240 -
500 0,309 0,338 0,271 0,211 -
A18
QUEDA DE TENSÃO
PARA CABOS
DE BAIXA TENSÃO
DV
D
Seção
Nominal S S
mm2
S = 13 cm S = 20 cm S = 2D S=D S = DV
1,5 26,660 26,695 26,474 26,419 26,735
2,5 16,474 16,508 16,294 16,238 16,198
4 10,386 10,420 10,215 10,160 10,119
6 4,053 7,087 6,887 6,832 6,793
10 4,323 4,357 4,166 4,111 4,076
16 2,831 2,865 2,683 2,628 2,596
25 1,896 1,930 1,763 1,708 1,678
35 1,443 1,477 1,318 1,263 1,235
50 1,135 1,169 1,017 0,962 0,939
70 0,862 0,897 0,745 0,699 0,678
95 0,687 0,721 0,590 0,536 0,515
120 0,592 0,626 0,501 0,446 0,427
150 0,520 0,555 0,438 0,384 0,365
185 0,458 0,492 0,383 0,330 0,312
240 0,396 0,430 0,331 0,278 0,261
300 0,354 0,388 0,298 0,245 0,229
400 0,317 0,352 0,270 0,218 -
500 0,285 0,319 0,247 0,196 -
Seção D
Nominal S S
mm2
S = 13 cm S = 20 cm S = 2D S=D S = DV
16 4,415 4,449 4,266 4,211 4,244
25 2,892 2,926 2,759 2,704 2,704
35 2,163 2,197 2,037 1,982 1,981
50 1,665 1,699 1,547 1,492 1,489
70 1,230 1,264 1,121 1,066 1,057
95 0,951 0,985 0,854 0,799 0,790
120 0,801 0,835 0,709 0,655 0,643
150 0,690 0,724 0,608 0,554 0,542
185 0,594 0,628 0,519 0,465 0,451
240 0,500 0,534 0,434 0,380 0,367
300 0,436 0,470 0,379 0,326 0,313
400 0,381 0,415 0,332 0,279 -
500 0,338 0,372 0,298 0,245 -
A19
QUEDA DE TENSÃO
PARA CABOS
DE BAIXA TENSÃO
Seção
Nominal
mm2 S S D
S = 13 cm S = 20 cm S = 2D S=D S = DV
1,5 23,104 23,143 22,943 22,879 22,841
2,5 14,283 14,312 14,126 14,063 14,028
4 9,010 9,040 8,862 8,799 8,764
6 6,124 6,154 5,980 5,917 5,883
10 3,760 3,790 3,624 3,561 3,530
16 2,467 2,497 2,339 2,276 2,248
25 1,658 1,687 1,543 1,479 1,454
35 1,266 1,295 1,157 1,094 1,070
50 0,999 1,028 0,897 0,834 0,813
70 0,763 0,792 0,669 0,606 0,587
95 0,611 0,640 0,527 0,464 0,447
120 0,528 0,558 0,450 0,387 0,371
150 0,467 0,496 0,395 0,333 0,317
185 0,412 0,442 0,348 0,286 0,272
240 0,359 0,389 0,303 0,242 0,228
300 0,323 0,352 0,274 0,214 0,201
400 0,291 0,320 0,250 0,190 -
500 0,263 0,292 0,230 0,171 -
Seção
Nominal
mm2 S S D
S = 13 cm S = 20 cm S = 2D S=D S = DV
16 3,839 3,869 3,710 3,647 3,676
25 2,520 2,550 2,405 2,342 2,342
35 1,889 1,919 1,780 1,717 1,716
50 1,457 1,487 1,355 1,292 1,290
70 1,081 1,111 0,986 0,923 0,916
95 0,840 0,869 0,755 0,692 0,685
120 0,709 0,739 0,630 0,567 0,558
150 0,614 0,643 0,543 0,480 0,470
185 0,530 0,559 0,465 0,403 0,392
240 0,449 0,478 0,392 0,329 0,319
300 0,394 0,423 0,345 0,283 0,273
400 0,346 0,375 0,304 0,243 -
500 0,309 0,338 0,274 0,214 -
A20
QUEDA DE TENSÃO
PARA CABOS
DE BAIXA TENSÃO
DV
Seção
Nominal
mm2 S S D
S = 13 cm S = 20 cm S = 2D S=D S = DV
1,5 26,660 26,695 26,474 26,419 26,735
2,5 16,474 16,508 16,294 16,238 16,198
4 10,386 10,420 10,215 10,160 10,119
6 7,053 7,087 6,887 6,832 6,793
10 4,323 4,357 4,166 4,111 4,076
16 2,831 2,865 2,683 2,628 2,596
25 1,896 1,930 1,763 1,708 1,678
35 1,443 1,477 1,318 1,263 -
50 1,135 1,169 1,017 0,962 -
70 0,862 0,897 0,754 0,699 -
95 0,687 0,721 0,590 0,536 -
120 0,592 0,626 0,501 0,446 -
150 0,520 0,555 0,438 0,384 -
185 0,458 0,492 0,383 0,330 -
240 0,396 0,430 0,331 0,278 -
300 0,354 0,388 0,298 0,245 -
400 0,317 0,352 0,270 0,218 -
Seção
Nominal
mm2 S S D
S = 13 cm S = 20 cm S = 2D S=D S = DV
1,5 23,104 23,143 22,943 22,879 22,841
2,5 14,283 14,312 14,126 14,063 14,028
4 9,010 9,040 8,862 8,799 8,764
6 6,124 6,154 5,980 5,917 5,883
10 3,760 3,790 3,624 3,561 3,530
16 2,467 2,497 2,339 2,276 2,248
25 1,658 1,687 1,543 1,479 1,454
35 1,266 1,295 1,157 1,094 -
50 0,999 1,028 0,897 0,834 -
70 0,763 0,792 0,669 0,606 -
95 0,611 0,640 0,527 0,464 -
120 0,528 0,558 0,450 0,387 -
150 0,467 0,496 0,395 0,333 -
185 0,412 0,442 0,348 0,286 -
240 0,359 0,389 0,303 0,242 -
300 0,323 0,352 0,274 0,214 -
400 0,291 0,320 0,250 0,190 -
A21
CORRENTE
DE CURTO CIRCUITO
NO CONDUTOR
O fator que limita a capacidade de corrente de um cabo em regime de curto circuito é a máxima temperatura que o condutor pode atingir
durante o curto circuito, sem causar danos à isolação e às conexões. A Tabela 1 apresenta as temperaturas máximas admissíveis para os
materiais isolantes e tipos de conexão mais utilizados.
Para o cálculo da capacidade de corrente em regime de curto circuito são aplicadas duas fórmulas:
1/2
Icc = 340,1 . A . 1 . log θ1 + 234
t θ0 + 234
1/2
Icc = 220,7 . A . 1 . log θ1 + 228
t θ0 + 228
Onde:
Icc = corrente de curto circuito em ampéres
A = seção nominal do condutor em mm2
t = tempo de duração do curto circuito em segundos
θ1 = temperatura do condutor durante o curto circuito em ºC
θ0 = temperatura do condutor em regime permanente em ºC
As equações acima, bem como os gráficos a seguir, podem ser utilizadas nas seguintes situações:
- para determinar a máxima corrente de curto circuito que o cabo suporta;
- para determinar a seção do condutor necessária para suportar uma particular condição de curto circuito;
- para determinar o tempo máximo que um cabo pode operar com uma particular corrente de curto circuito.
A 22
CORRENTE
DE CURTO CIRCUITO
NO CONDUTOR DE COBRE
200
100
90
80
70
60
7s
50
40 33 ,016
0
3s
0,0
30
7s
66
o
icl
0,0
20
1C
3s
s
33
o
icl
0,1
2C
s
67
s
Corrente de Curto Circuito - Ampéres X103
26
icl
0,0
4C
10
0s
9
o s
00
8
icl
0,5
8C
7
s 0s
os
6
67 ,000
cl
Ci
5
16
los
1,6
c
4
Ci
30
os s
icl lo
3
i c
0C 0C
610
1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
1.000
400
800
185
300
500
630
150
120
1,5
2,5
10
16
35
25
50
70
95
4
0,1
1
600
30
700
900
40
100
250
20
60
200
9
5
7
8
3
2
A23
CORRENTE
DE CURTO CIRCUITO
NO CONDUTOR DE COBRE
100
90
80
70
60
50
40 7s
33 016
30
0,
3s
0,0
20
7s
o
66
icl
0,0
1C
Corrente de Curto Circuito - Ampéres X103
3s
o s
33
icl
0,1
2C
10
9
s
67
os
8
00 ,026
icl
7
4C
0
0s
6
os
icl
0,5
5
8C
s 0s
s
4
67 000
clo
Ci 6 Ci
1,6 1,
1
3
s
clo
30
os s
icl iclo
2
0C 0C
10 6
1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
1.000
400
800
185
300
500
630
150
120
1,5
2,5
10
16
35
25
50
70
95
4
0,1
1
600
30
700
900
40
100
250
20
60
200
9
5
7
8
3
2
A24
CORRENTE
TABELA
DE CURTOIII
CIRCUITO
NO CONDUTOR DE ALUMÍNIO
Cabo Flexonax
Cabo Forex / Cabo Forex Sem Cobertura
Conexões Prensadas
Máxima temperatura em regime contínuo ...............90oC
Máxima temperatura do curto circuito...................250oC
200
100
90
80
70
60
50
40
30 7s
16
0,0
3s
33
20
0,0
7s
66
o
0,0
icl
1C
Corrente de Curto Circuito - Ampéres X103
3s
os
33
icl
10
0,1
2C
9
s
os
67
8
icl
26
7
4C
0,0
6
0s
os
00
icl
5
0,5
8C
0s
4
s
clo
00
Ci
1,0
16
3
s
s
67
clo
1,6
Ci
30
os
2
icl
C
60
os
icl
0C
10
1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
1.000
400
800
185
300
500
630
150
120
1,5
2,5
10
16
35
25
50
70
95
4
0,1
1
600
30
700
900
40
100
250
20
60
200
9
5
7
8
3
2
A25
CORRENTE
DE CURTO CIRCUITO
NO CONDUTOR DE ALUMÍNIO
Cabo Flexonax
Cabo Forex / Cabo Forex Sem Cobertura
Conexões Soldadas
Máxima temperatura em regime contínuo ...............90oC
Máxima temperatura do curto circuito...................160oC
200
100
90
80
70
60
50
40
7s
16
30
0,0
3s
33
20
0,0
o
s
icl
7
33 066
1C
0,
Corrente de Curto Circuito - Ampéres X103
3s
os
icl
10
0,1
2C
9
s
67
8
26
los clos
7
0,0
i
4C
6
0s
5
c
00
i
8C
0,5
s
4
s
clo
67 000
Ci
1,6 1,0
16
3
icl los clos
Ci
30
2
0 C Cic
os
10 60
1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
1.000
120
400
800
185
300
500
630
150
1,5
2,5
10
16
35
25
50
70
95
4
0,1
1
600
30
700
900
40
100
250
20
60
200
9
5
7
8
3
2
A26
RESISTÊNCIA
DO CONDUTOR
EM CORRENTE CONTÍNUA
k1 = fator que depende do diâmetro dos fios elementares, do tipo de metal e se o cobre é nu ou revestido.
k1
Diâmetro fios
Elementares mm Condutor sólido ou compactado Condutor encordoado não compactado
k3 = fator que depende da forma de reunião das veias isoladas - cabos multipolares.
Forma de reunião k3
A27
RESISTÊNCIA
DO CONDUTOR
EM CORRENTE CONTÍNUA
Yp = Xp4 dc 2 2,9
192 + 0,8 Xp 4 S
A28
INDUTÂNCIA
E REATÂNCIA INDUTIVA
Sendo:
XL = reatância indutiva, em Ω/km a10 a10
f = frequência do sistema, em Hz 3 2
DMG = a 10 . a11
L = indutância, em mH/km
A29
RAIO MÍNIMO
DE CURVATURA
O raio mínimo de curvatura para cabos móveis, durante a instalação ou manuseio em serviço, é de 6 vezes o
diâmetro externo para cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6kV e é de 8 vezes o
diâmetro externo para cabos com tensões de isolamento superiores a 3,6/6kV. Para cabos de formato plano,
a menor dimensão é utilizada para determinar o raio mínimo.
A30