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Luciano Mancuso Salomão

História Econômica Geral 2018 – Professor: Alexandre Saes

SEGUNDA RESENHA

Essa resenha se baseará em uma leitura entre os textos de Hartwell (“The Causes
of the Industrial Revolution”) e Landes (“A Riqueza e a Pobreza das Nações”). A questão
a ser trabalhada será: os requisitos para uma explicação sobre a Revolução Industrial,
ditados e aprofundados por Hartwell, são atingidos pela explicação de Landes? Caso
contrário, eles são de fato necessários? Vale ressaltar que os autores são contemporâneos
(século XX) e que Hartwell não menciona o trabalho de Landes em seu ensaio, embora
aborde outros historiadores de suma importância.

Hartwell começa seu texto apresentado a convicção de que até aquele momento,
não foi feito nenhum estudo historiográfico que explicasse, com perfeição, as causas da
“Revolução Industrial”. Para o autor, todas as explicações partiam de uma variável
central, usando-a como causa única para a descontinuidade econômica denominada de
Revolução Industrial, até às vezes sem ter de fato os dados estatísticos corretos do
período.

Hartwell conclui que há uma grande quantidade de variáveis econômicas que


atuaram no processo de Revolução Industrial, sendo elas tanto fatores endógenos quanto
exógenos, contudo, é impossível chegar a uma conclusão para o crescimento econômico
no século XVIII usufruindo de dados das inovações industriais por exemplo, pois para o
autor, eles são inconclusivos e insuficientes, além de se tratar de uma manifestação do
próprio crescimento e não uma variável autônoma. Hartwell também apresenta a
discussão de dois modelos de crescimento econômico, abraçando a ideia de que a
Revolução Industrial se iniciou graças a um “crescimento desbalanceado” de alguns
setores bases que incentivaram o restante da economia no decorrer do tempo.

David Landes tem como principal objetivo em seu texto responder a questão do
por que da Revolução Industrial (estão em acordo sobre o significado desse termo) ter
ocorrido na Inglaterra e naquela época, dúvida esta não trabalhada diretamente por
Hartwell. Para isso, o autor faz uso do argumento de inovações tecnológicas e de
mudanças no pensamento da sociedade em relação ao consumo, alocação de renda e
espírito empreendedor, além do advento de instituições britânicas mais liberais.
Landes, segundo a abordagem de Hartwell, não consegue, de maneira direta e
aprofundada, explicar com seu modelo a Revolução Industrial. Faltam variáveis
econômicas a serem discutidas, como o papel do mercado externo, e não há dados
conclusivos no período que deem uma base real para o modelo. É fato que ele não possui
a explicação que o segundo autor tanto procura e exemplifica em seu estudo; entretanto,
um tal modelo é possível? Não seria teoricamente impossível de se chegar a um modelo
tão completo sem ter os devidos dados históricos e sem um ponto de vista de uma
variável?

A explicação de Landes para a Revolução Industrial se convence em todos os


pontos: possui uma variável inicial (inovação tecnológica), possui causas para o advento
dessa variável (método científico e espírito liberal inovador inglês), apresenta um modelo
perfeito de sociedade para tal crescimento econômico (modelo este considerado até agora
inexistente para o autor) e o “por quê” de não ter ocorrido em outras nações (no caso, a
Índia). Ela não é completa e nem mesmo há convicção de suas bases estatísticas, mas ela
põe em jogo pontos aprofundados de estudo e os explica dentro de sua lógica. Pode se
dizer então que ela, ao invés de ser o “todo” procurado por Hartwell, é pelo menos “um
terço” do processo. Dificilmente um autor sozinho seria capaz de criar um modelo que
explicasse perfeitamente o crescimento da Revolução Industrial, mas um conjunto de
teorias que se completem talvez tornassem tal façanha possível.

Concluo então que o quê Hartwell propõe a ser buscado de fato não existe ainda,
mas que grande parte do estudo já foi realizado. Boa parte das variáveis econômicas já
foram explicadas por Landes, como: inovações tecnológicas, acumulação de capital, livre
mercado e sua expansão. É aprofundada a explicação no que abrange o pensamento
cultural inglês e o avanço científico no século XVII e XVIII, e se baseia no modelo de
crescimento desbalanceado; demonstrando que há uma convergência entre os interesses
e teorias de ambos os autores.

Para mim, o estudo de Landes contribui em grande parte para uma explicação
completa sobre essa descontinuidade econômica, abordando de forma aprofundada
variáveis econômicas e sociológicas, e apresentando um modelo ideal de sociedade. Creio
que vale a pena ser buscado esse modelo completo, mas deve ser entendido que sempre
haverá pontos de vista distintos, ainda mais por se tratar de uma combinação de estudos
sobre apenas um fenômeno histórico.

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