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Aula 04
Olá!
A aula de hoje talvez foram apresentadas até aqui. É de boa
aplicabilidade prática e de fácil assimilação. Ao analisar questões que se referem aos atos ilícitos e à
responsabilidade civil tenha em mente a situação de inferioridade na qual é colocado aquele que
sofre o dano (em relação àquele que o causa) e que esta situação será sempre levada em
consideração pelo direito. Imagine as situações na prática, ficando clara esta ideia, você poderá
acertar questões mesmo sem um domínio absoluto do assunto.
Coragem.
2. CRONOGRAMA DA AULA
Os efeitos desses atos se produzem ex lege1. É o que acontece, por exemplo, quando um pai
reconhece um filho, deste ato de reconhecimento que não é um ato negocial, mas é lícito, decorre
uma série de consequências jurídicas. Deste modo, existe um ato de vontade da pessoa, mas a
produção dos efeitos não se dá de acordo com o seu querer, mas sim de acordo com o que está
determinado na lei em relação aquele ato praticado. Isto não pode ser modificado pela pessoa
interessada.
✓Todo negócio jurídico é um ato lícito, mas nem todo ato lícito será um negócio jurídico, é o que
ocorre com os atos jurídicos em sentido restrito que são apenas lícitos ou meramente lícitos.
✓O ato ilícito, embora seja um fato jurídico, não será considerado ato jurídico, pois atenta contra
o direito (desta forma, sempre que você estiver diante da expressão ato jurídico estará diante de
um ato lícito).
2.Negócio
Jurídico
1.Ato jurídico
em sentido 3.Atos ilícitos
estrito
Fato
Jurídico
Figura 1. O Fato Jurídico compreende: O ato Jurídico em sentido amplo (1 e 2); e, também, os atos ilícitos (3). Todos estes atos devem ter
repercussão no mundo jurídico.
A responsabilidade civil poderá ter origem em um ato que a princípio é lícito (como, por exemplo, a
contratação de uma obrigação), mas que no seu inadimplemento (no seu não cumprimento) pode
gerar a necessidade de indenizar. E a responsabilidade civil poderá se originar pela não observação
de determinadas regras de convívio em sociedade.
Portanto, a responsabilidade pode advir de um não cumprimento contratual diz responsabilidade
civil ¹contratual ou negocial, ou poderá advir de um não respeito a regras de convívio em sociedade
e, neste caso, diz responsabilidade civil ²extracontratual ou aquiliana.
No Código Civil de 2002, a responsabilidade civil extracontratual ou aquiliana está baseada em dois
dispositivos legais, quais sejam: o art. 186 que trata do ato ilícito, e o art. 187 que trata do abuso
de direito.
1
Ex lege = de acordo com a lei.
Assim, estaremos no campo dos atos ilícitos se o agente, por ¹ação ou ²omissão voluntária, pratica
ato contra o direito, com ou sem a intenção manifesta de prejudicar, no entanto ocasiona o
prejuízo, ocasiona dano a outrem.
Observe que para o Direito Civil existirá interesse no ato ilícito se houver dano a ser reparado (um
dano a ser indenizado).
N D C N
interesse está na reparação do dano, com a recomposição patrimonial da pessoa que foi atingida
pelo ato ilícito.
Neste momento, surge, então, a outra figura do nosso estudo de hoje, qual seja: a responsabilidade
civil.
Cabe faze o ato ilícito na esfera civil (como já
explicado) e na esfera penal.
Na esfera do Direito Penal, há uma série de condutas denominadas típicas, que estão descritas na
lei, são condutas que atentam contra a lei penal, violam a lei, indo de encontro à vida social. Estas
condutas constituem os crimes ou delitos penais.
2
Manual de Direito Civil, vol. Único, ed. Método, 2ª ed., pg. 418.
Outra ótica que pode ser analisada, mas que não cabe nesta aula de direito civil o seu estudo
aprofundado, é a que diz respeito às infrações administrativas.
Ainda analisando a relação entre o direito civil e o direito penal, outra diferenciação que devemos
fazer, para um melhor entendimento da aula, é com relação à palavra culpa.
A culpa será um dos pressupostos da responsabilidade civil. No campo civil usa-se muito a palavra
culpa em sentido lato sensu, ou seja, a culpa em sentido amplo. Na responsabilidade, quando
falarmos em culpa, estamos nos referindo tanto ao dolo3 quanto a culpa4 propriamente dita. Em
sentido amplo a culpa abrange toda espécie de comportamento contrário a direito, seja ele
intencional ou não, bastando que seja imputável ao causador do dano.
Para o direito civil ato ilícito é aquele contrário à ordem jurídica e lesivo ao direito subjetivo
individual, criando o dever de reparar tal prejuízo, seja ele ¹moral ou ²patrimonial. Assim está
normatizado no artigo 186 do CC:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, ¹violar direito e
²causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
3
No dolo o agente procura intencionalmente o resultado.
4
Na culpa o fato se dá por negligência, imprudência ou imperícia.
Verificamos que o art. 186 menciona tanto o dolo como a culpa (assim considerados no campo
penal).
Q se refere ao dolo que é a situação em que o agente
quer o resultado ou assume o risco de produzi-lo. A culpa, segundo o art. 186, vem representada
. Na conduta culposa, há sempre ato voluntário
determinante de um resultado involuntário.
A pessoa não previu o resultado, mas a previsibilidade do evento existe, isto é, se nós olharmos
objetivamente para o evento observaremos que o acontecimento era previsível.
1.Ação
2.Omissão
Voluntária
Assim, o abuso de direito consiste em um ato jurídico de objeto lícito, mas cujo exercício não observa
os limites que são impostos. Desta forma, o agente exercita um direito seu, mas exorbita seus limites
e acaba por desviar-se dos fins sociais para os quais estava voltado este direito.
O ato em si é lícito, mas perderá esta licitude (tornando-se ilícito) na medida de sua execução.
Atente que este artigo não fala em culpa, pois para que se caracterize o abuso de direito basta que
a pessoa seja titular de um direito e que, na utilização de suas prerrogativas, exceda os seus limites.
Uma vez presentes os requisitos do art. 187, a responsabilidade será objetiva ou seja,
independente de culpa.
Neste sentido, temos o enunciado 37 da I Jornada de Direito Civil do Conselho Nacional de Justiça:
Art. 187. A responsabilidade civil decorrente do abuso de direito independe de culpa, e fundamenta-
se somente no critério objetivo-
O Código Civil de 2002 (como vimos acima no art. 187) considera o abuso de direito um ato ilícito,
isto porque, extrapolar os limites de um direito em prejuízo de outra pessoa merece uma resposta,
em virtude de consistir em violação a princípios de finalidade da lei.
Aquele que transborda os limites aceitáveis de um direito, ocasionando prejuízo, deve indenizar.
A diferença básica entre os institutos vistos acima (ato ilícito e abuso de direito) é que no primeiro
o ato já nasce ilícito e assim também serão suas consequências; já no segundo o ato nascerá lícito,
mas será ilícito o exercício abusivo de suas prerrogativas.
Ainda sobre o art. 187 temos o enunciado 413 da V Jornada de Direito Civil que reforça a orientação
do atual código quanto ao princípio da sociabilidade, presente no mencionado artigo:
O CC subjetiva, destinada ao controle
da moralidade social de determinada época; e objetiva, para permitir a sindicância da violação dos
negócios jurídicos em questões não abrangidas pela função social e pela boa-
5. EXCLUDENTES DE ILICITUDE
O artigo 188 do CC enumera casos de exclusão de ilicitude. São os atos lesivos que não são
considerados ilícitos.
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em ¹legítima defesa ou no ²exercício regular de um direito reconhecido;
Portanto não se esqueça, há três casos excepcionais que não constituem atos ilícitos apesar de
causarem lesões aos direitos de outrem, isto ocorre porque a própria norma jurídica lhes retira a
qualificação de ilícito. São eles:
A legítima defesa;
Exercício regular (ou normal) de um direito reconhecido;
Estado de necessidade (quando há perigo iminente).
Mas cuidado! Conforme já explicado anteriormente, se houver abuso do direito será configurado
ato ilícito.
Embora a lei declare que a o estado de necessidade (inciso II do art. 188) e a legítima defesa (art.
188, inciso I) não tipificam um ato ilícito, em determinados casos, sujeitam o autor do dano à
reparação. É o que encontraremos nos arts. 929 e 930:
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados
do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá
o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art.
188, inciso I).
Portanto, se a pessoa lesada, ou dono da coisa destruída ou deteriorada não forem culpados do
perigo, estes terão direito a indenização e o autor do dano será responsável pela reparação, ficando,
contudo, com ação regressiva contra seu causador.
6. DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Para que uma pessoa seja responsabilizada civilmente e assim surja o dever de indenizar, três5 são
os pressupostos6 que devem estar presentes, quais sejam:
✓Fato lesivo voluntário ou conduta humana, causado pelo agente por ação ou omissão, que
ocasione dano a outrem, ainda que exclusivamente moral. Normalmente ocorre uma ação positiva
ou seja, o sujeito pratica uma ação que ocasionará o dano. Já a omissão é mais trabalhosa para ser
5
Existe divergência entre os doutrinadores sobre quais são os pressupostos do dever de indenizar. Alguns acrescentam aos três
a conduta, o nexo e o dano - a culpa genérica ou lato sensu. Nós optamos por explicar a culpa em separado, por uma questão
didática, mas vale o esclarecimento.
6
Vocês também poderão encontrar estes pressupostos como elementos da responsabilidade civil.
comprovada, uma vez que se precisa provar que existia um dever de agir e também que se tivesse
ocorrido esta ação, o dano não se teria concretizado. O fato poderá estar relacionado tanto a ato
próprio como a ato de terceiro e que esteja sob a guarda da pessoa.
✓Ocorrência de um dano, seja ele ¹patrimonial (material) ou ²moral (extrapatrimonial). Não pode
haver responsabilidade civil sem a existência de um dano, é também necessário que exista prova,
real e concreta, desta lesão.
✓Nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente. É uma ligação virtual entre a
ação e o dano resultante. A causa do dano deve ser o comportamento do agente. Este nexo ficará
afastado, excluindo a responsabilidade, por exemplo, se o evento se deu por culpa exclusiva da
vítima, no chamado estado de necessidade, na legítima defesa e no caso fortuito ou força maior.
O código coloca o Título - Da Responsabilidade Civil dentro da Parte Especial, no Direito das
Obrigações, e o divide em dois capítulos: ¹Da Obrigação de Indenizar (arts. 927 a 943) e ²Da
Indenização (arts. 944 a 954).
A responsabilidade civil dirige-se à restauração de um equilíbrio moral e patrimonial desfeito. É a
perda ou a diminuição verificada no patrimônio do lesado ou o dano moral que desencadeiam a
reação legal, movida pela ilicitude da ação do autor, pela lesão ou pelo risco.
Assim, todo aquele que causar dano7 a outrem fica obrigado a repará-lo, restabelecendo assim o
equilíbrio rompido. É uma espécie de contraprestação.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos ¹casos
especificados em lei, ou ²quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,
por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
6.1 A CULPA
Conforme já explicamos, a culpabilidade no campo do direito civil envolve ¹a culpa stricto sensu
(ou aquiliana) e ²o dolo.
Não há de se confundir os conceitos de dolo e de culpa que são bastante distintos, mas as
consequências, no que diz respeito às indenizações civis, serão as mesmas.
A indenização baseia-se no dano sofrido, no entanto a culpa poderá ser analisada. Veja o que dizem
os artigos 944 e 945:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o
juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será
fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
7
Pessoa natural ou pessoa jurídica.
No artigo 945 aparece a figura da culpa concorrente, que trará a diminuição dos efeitos do ato ilícito
como consequência.
Quando ocorre culpa exclusiva da vítima não há de se falar em indenização, porque, aqui, a outra
parte não contribuiu para o evento danoso.
Quando se tem a culpa como elemento necessário para a caracterização do dever de indenizar,
estaremos diante da responsabilidade subjetiva esta depende da culpa do agente causador do
dano.
O contrário também foi previsto no nosso ordenamento jurídico. Existem várias situações
para as quais o ordenamento dispensa a culpa para o dever de indenizar, bastando ¹o dano, ²a
autoria e ³o nexo causal, o que se denomina responsabilidade objetiva.
A imputabilidade, é o termo jurídico utilizado para aferir se alguém pode ser responsabilizado por
seu ato, é elemento constitutivo da culpa, se refere a condições pessoais 8 daquele que praticou o
ato lesivo, é a verificação se o ato é resultado de uma vontade livre. Existem casos que afastam a
imputabilidade:
✓A menoridade porém o ato ilícito por ele praticado acarretará a responsabilidade objetiva (art.
933 e 932, que será visto mais afrente);
✓A demência ou estado de grave desequilíbrio mental, acarretado pelo alcoolismo ou pelo uso de
drogas, ou de debilidade mental, que torne o agente incapaz de controlar suas ações. Também neste
caso haverá a responsabilidade objetiva do responsável pelo incapaz;
✓A anuência da vítima que por ato de vontade interna ou de simples escolha elege um de seus
interesses em detrimento de outro.
O parágrafo único do art. 927 é taxativo quando diz que haverá casos onde não se cogita a culpa do
agente, são hipóteses em que o dano é reparável mesmo sem o fundamento da culpa
(responsabilidade objetiva), baseando-se simplesmente no risco objetivamente considerado.
Neste caso, de responsabilidade sem culpa, é preciso esclarecer que o perigo deve resultar do
exercício da atividade e não do comportamento do agente. A atividade é lícita, mas causa perigo a
outrem.
Art. 927. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos
¹casos especificados em lei, ou ²quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
8
Se no momento da prática do ato, a pessoa tinha consciência do que fazia e mesmo assim o praticou.
As espécies de responsabilidade:
✓Quanto ao seu fundamento, poderá ser: responsabilidade subjetiva que é a teoria clássica e
pressupõe a culpa em sentido amplo como elemento necessário, como fundamento, para a
responsabilização civil; e responsabilidade objetiva que se fundamentada no risco, no dano mesmo
sem culpa, sendo necessários apenas o dano e o nexo de causalidade.
✓Quanto ao seu fato gerador, como já falado anteriormente, poderá ser: responsabilidade
contratual (quando oriunda de inexecução de negócio jurídico bilateral ou unilateral);
responsabilidade extracontratual ou aquiliana (a fonte dessa responsabilidade é a inobservância da
lei, é a lesão a um direito, sem que entre as partes exista qualquer relação jurídica).
A responsabilidade contratual está localizada principalmente no que diz respeito ao
Inadimplemento10 de obrigações:
9
Caio Mario da Silva Pereira, Instituições de direito Civil, volume I, 25 ed., pág. 560.
10
Não cumprimento.
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização
monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou
o ato de que se devia abster.
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor.
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato
aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das
partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se
expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não
era possível evitar ou impedir.
...
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor
abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os
prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na
lei processual.
✓Quanto ao agente (quanto à pessoa que pratica a ação), poderá ser: direta (se proveniente da
própria pessoa responsabilizada), e indireta ou complexa (se derivada de ato de terceiro na vigência
de vínculo legal de responsabilidade; ou de responsabilidade sobre animais (fato de animal) e
objetos que estão sob sua guarda).
6.4 O DANO
Após detalharmos a culpa e o risco passemos para o dano. Já falamos anteriormente que não pode
haver responsabilidade civil sem um dano, para que haja pagamento de indenização, é necessária a
comprovação da existência de lesão.
Como você já pode perceber, a responsabilidade civil constitui uma relação obrigacional que tem
por objeto a prestação de ressarcimento, ou seja, a reparação do dano procurando, na medida do
possível, desfazer seus efeitos, restituindo o prejudicado ao status quo ante.
Portanto a função da responsabilidade é servir como sanção civil, punindo o lesante e
desestimulando a pratica de atos lesivos, mas é também, principalmente, a garantia ao direito do
lesado, tendo natureza compensatória, mediante a reparação do dano causado a vítima.
✓A Lesão a direito subjetivo ocorre sem que preexista entre o lesado e lesante qualquer relação
jurídica. Nesta responsabilidade extracontratual aparecerão, por exemplo, os casos de
¹responsabilidade por fato de terceiro, ²de animais e ³de coisas, que configuram a responsabilidade
indireta.
Vamos dar uma olhada em alguns artigos do Código Civil onde temos a possibilidade da
responsabilidade indireta:
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as
empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em
circulação.
...
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da
vítima ou força maior.
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se
esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que
dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
O princípio que rege a profundidade de alcance da responsabilidade, até onde ela atingirá o
patrimônio da pessoa que deve indenizar, é o princípio da responsabilidade patrimonial. Ou seja, a
pessoa deverá responder com seu patrimônio pelos prejuízos causados a terceiros.
A responsabilidade deverá ser total, cobrindo o dano em todos os seus aspectos, de modo que todos
os bens do devedor, com exceção dos inalienáveis, respondam pelo ressarcimento.
Além disso, a obrigação de prestar a reparação transmite-se com a herança e o lesado poderá
demandar o espólio até onde este alcançar o saldo positivo deixado pelo de cujus aos seus
sucessores.
Continuando!
Em tese, apenas o lesado ou seus herdeiros teriam legitimação para exigir a indenização do prejuízo,
porém, atualmente, se tem admitido que a indenização possa ser reclamada pelos que viviam sob a
dependência econômica da vítima.
Havendo direito à reparação do dano, surge à liquidação, que é a operação de vai concretizar a
indenização, fixando o quanto e o modo do ressarcimento.
Este ressarcimento não poderá exceder o valor do dano causado por não se permitir enriquecimento
indevido. Ao credor se deve dar aquilo que baste para restaurar a situação ao status quo ante, sem
acréscimos nem reduções.
Para se chegar ao quantum devido, de acordo com os arts. 944 e 945 deverá o magistrado analisar
o grau de culpa do lesante e se houve participação (culpa) do lesado:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o
juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será
fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
O nexo causal vem a ser o vínculo entre o prejuízo sofrido e a ação. Para caracterizar este nexo,
basta que se verifique que o dano11 não ocorreria se o fato não tivesse acontecido.
Você precisa tomar cuidado com a negação da causalidade, as excludentes de responsabilidade.
As principais excludentes de responsabilidade civil são: o estado de necessidade; a legítima defesa
(já vistos quando analisamos os excludentes de ilicitude do art. 188); a culpa da vítima; o fato de
terceiro; o caso fortuito ou força maior 12 e a clausula de não indenizar.
Todos os casos de excludentes de responsabilidade deverão ser devidamente analisados e
comprovados, porque sua comprovação deixa o lesado sem a composição do dano sofrido.
11
O dano poderá ter um efeito indireto, como por exemplo, quando uma pessoa quebra a vitrine de uma loja, e por causa desta
atitude objetos são furtados da loja. Terá que indenizar o vidro e também os objetos que foram furtados, por ser dano indireto,
embora efeito necessário da ação de quebrar a vitrine.
12
Se o evento danoso foi resultado de caso fortuito ou força maior, deixa de existir o elemento culpa, deixando de existir a
responsabilidade. Neste caso, existem dois elementos: um de ordem interna que é a inevitabilidade do evento, e outro de ordem
externa que é a ausência de culpa do agente. A alegação de caso fortuito ou força maior cabe ao réu, ou a pessoa que está sendo
acusada de ter cometido o ato.
✓A responsabilidade direta, simples ou por fato próprio - é a que decorre de um fato pessoal do
causador do dano, resultando, portanto, de uma ação direta de uma pessoa ligada à violação ao
direito ou ao prejuízo ao patrimônio, por ato culposo ou doloso.
O fato de terceiro não exclui a responsabilidade, mas aquele que ressarcir o dano causado por
outrem, se este não for seu descendente, absoluta ou relativamente incapaz, poderá reaver o que
pagou.
Com relação a responsabilidade civil dos incapazes e a reparação do dano há outro artigo no código:
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis ¹não
tiverem obrigação de fazê-lo ou ²não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
E também o Enunciado nº 41 da I Jornada de Direito Civil: 41 Art. 928: a única hipótese em que
poderá haver responsabilidade solidária do menor de 18 anos com seus pais é ter sido emancipado
nos termos do art. 5º, parágrafo único, inc. I, do novo Código Civil .
O titular do domínio ou possuidor, ao usar coisa inanimada que lhe pertencer ou que tem permissão
para possuir, pode originar acidentes lesivos ao patrimônio e à integridade física do terceiro, caso
em que deverá reparar o dano causado.
Como exemplos podemos citar os prejuízos resultantes de: ruína total ou parcial de um edifício;
queda de árvore; instalações domésticas; queda de elevador por falta de conservação.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que
dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
Assim a solidariedade possibilita que qualquer um dos codevedores seja demandado pelo total da
dívida, permite que o titular do crédito possa exigir de qualquer deles o que lhe é devido e instaura
o direito de reembolso do devedor, que, demandado pelo débito solidário, satisfez a dívida por
inteiro. Este direito de reembolso ou direito de regresso está autorizado nos arts. 930 e 934:
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o
autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art.
188, inciso I).
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele
por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente
incapaz.
Estamos falando de excesso de pedido, onde o autor, movendo ação de cobrança de dívida, pede
mais do que aquilo a que faz jus.
Por este motivo, o demandante de má-fé deverá esperar o tempo que falta para o vencimento,
descontar os juros correspondentes e pagar as custas em dobro. Se agiu de boa-fé, deverá pagar tão
somente as custas vencidas na ação de cobrança, de que decairá, por ser intempestiva.
Este artigo trata do excesso de pedido, e tem por finalidade impedir que se exija uma segunda vez,
dívida que já foi paga no todo ou em parte.
Art. 941. As penas previstas nos arts. 939 e 940 não se aplicarão quando o autor desistir da ação
antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que
prove ter sofrido.
Portanto, se o credor desistir da ação, antes da outra parte ter respondido, não se aplicarão as penas
previstas, salvo se o réu (devedor) tiver tido algum prejuízo por conta da ação.
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre
a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas
no juízo criminal.
Assim, podemos definir a responsabilidade civil como a aplicação de medidas que obriguem alguém
a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiro em razão de: ato próprio; ato de pessoa por
quem ele responde; ou de fato decorrente de coisa ou animal sob sua guarda; ou, ainda, de simples
imposição legal.
Outro assunto que, por vezes, é pedido em provas é a responsabilidade civil relacionada aos
contratos de transporte, tal temática é encontrada nos artigos abaixo (A cobrança deste assunto,
quando ocorre, tende a literalidade da lei. Se você tiver dúvidas com relação a algo, por favor, entre
em contato conosco):
Art. 733. Nos contratos de transporte cumulativo, cada transportador se obriga a cumprir o contrato
relativamente ao respectivo percurso, respondendo pelos danos nele causados a pessoas e coisas.
§ 1o O dano, resultante do atraso ou da interrupção da viagem, será determinado em razão da
totalidade do percurso.
§ 2o Se houver substituição de algum dos transportadores no decorrer do percurso, a
responsabilidade solidária estender-se-á ao substituto.
Art. 734. O transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas e suas bagagens,
salvo motivo de força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente da responsabilidade.
Parágrafo único. É lícito ao transportador exigir a declaração do valor da bagagem a fim de fixar o
limite da indenização.
Art. 735. A responsabilidade contratual do transportador por acidente com o passageiro não é elidida
por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva.
Art. 736. Não se subordina às normas do contrato de transporte o feito gratuitamente, por amizade
ou cortesia.
Parágrafo único. Não se considera gratuito o transporte quando, embora feito sem remuneração,
o transportador auferir vantagens indiretas.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final da nossa aula, e mais uma vez reiteramos o pedido de que façam todas as
questões propostas, e caso fiquem em dúvida entrem em contato através do fórum.
Bons estudos!
Aline Baptista Santiago.
8. RESUMO DA MATÉRIA
8.1 O ATO ILÍCITO, para o direito civil, é aquele contrário à ordem jurídica e lesivo ao direito
subjetivo individual, criando o dever de reparar tal prejuízo, seja ele ¹moral ou ²patrimonial. Assim
está normatizado no artigo 186 do CC:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, ¹violar direito e
²causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Lembre- culpa.
Q dolo que é a situação em que o agente
quer o resultado ou assume o risco de produzi-lo.
8.2 A CULPA, . Na
conduta culposa, há sempre ato voluntário determinante do resultado involuntário. A pessoa ou o
agente, não prevê o resultado, mas existe a previsibilidade do evento, isto é, se olharmos
objetivamente para o evento veremos que este era previsível. O agente é que não prevê o resultado,
pois, se ele previsse o que iria acontecer e mesmo assim praticasse a conduta, estaria agindo com
dolo e não com culpa.
Casos de exclusão de ilicitude: são os atos lesivos que não são considerados ilícitos.
Há, então, três casos excepcionais que não constituem atos ilícitos apesar de causarem lesões aos
direitos de outrem, isto ocorre porque a própria norma jurídica lhes retira a qualificação de ilícito.
Informação: Não constitui ato ilícito a destruição de coisa alheia ou a lesão a pessoa a fim de remover
perigo iminente.
Mas lembre-se de que, em regra, todo aquele que causar dano a outrem fica obrigado a repará-lo.
Quanto ao fundamento:
✓Responsabilidade Subjetiva Depende de culpa do agente.
✓Responsabilidade Objetiva - independe de culpa. Exemplo: O empregador ou comitente, por ato
lesivo de seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício de trabalho que lhes competir ou em
razão dele, responsabiliza-se objetivamente pela reparação civil, pouco importando que se
demonstre que não concorreu para o prejuízo por culpa ou negligência de sua parte.
(responsabilidade objetiva por fato de terceiro não precisa demonstrar a concorrência de culpa)
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Outras informações:
Há responsabilidade objetiva e solidária do empregador pelos erros e enganos de seus prepostos
para evitar que ele possa exonerar-se dela, provando que não houve culpa in eligendo ou in
vigilando.
O empregador responde, por exemplo, por incêndio provocado por empregado ao consertar
canalização de água, enquanto atendia a cliente seu.
O empregador tem ação regressiva contra empregado para reaver o que pagou ao lesado, por ato
lesivo culposo praticado durante o exercício do trabalho. (se houver culpa do empregado)
Os empresários e as pessoas jurídicas respondem pelos danos causados pelos produtos postos em
circulação.
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas
respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em
circulação.
9 QUESTÕES DA FCC
Comentários:
Afirmativa I correta.
A responsabilidade do incapaz é subsidiária (só quando o pai NÃO tiver condições de arcar com o
dano); condicional (não ultrapassa o patrimônio do incapaz).
Afirmativa II errada.
Súmula 54 do STJ: "os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso
de responsabilidade extracontratual."
Afirmativa IV errada.
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo
iminente.
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados
do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Gabarito: Letra D.
Comentários:
O enunciado da questão apresenta duas situações em que o resultado, o dano, é o mesmo, no
entanto, a culpa é diferente, sendo assim, será aplicado o art. 944, § único do CC/2002:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o
juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
Gabarito: Letra C.
Comentários:
Afirmativa I correta.
Súmula 227/STJ: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
Afirmativa II errada.
Súmula 362/STJ: A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data
do arbitramento.
Afirmativa IV correta.
Súmula 402/STJ: O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo
cláusula expressa de exclusão.
Gabarito: Letra C.
Em ação penal promovida pelo Ministério Público, Paulo foi definitivamente condenado à pena de
um mês de detenção pela prática de crime de dano, por ter dolosamente destruído aparelho celular
pertencente a Regina. Em seguida, Regina ajuizou contra Paulo ação de indenização por perdas e
danos por conta desse mesmo fato. Nessa ação, de acordo com o Código Civil,
(A) não se poderá mais questionar sobre a existência do fato, mas será admitida a contestação sobre
a sua autoria, pois a responsabilidade civil é independente da criminal.
(B) não se poderá mais questionar sobre a existência do fato nem sobre a sua autoria, pois a
responsabilidade civil é dependente e subordinada à criminal.
(C) poderá se questionar tanto sobre a existência do fato quanto sobre sua autoria, pois a
responsabilidade civil é independente da criminal.
(D) não se poderá mais questionar sobre a existência do fato nem sobre sua autoria, em que pese a
responsabilidade civil seja independente da criminal.
(E) poderá se questionar tanto sobre a existência do fato quanto sobre sua autoria, em que pese a
responsabilidade civil seja dependente e subordinada à criminal.
Comentários:
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre
a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas
no juízo criminal.
Gabarito: Letra D.
Comentários:
A errada.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,
por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
A errada.
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
==115572==
A errada.
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas
respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.
A correta.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
A errada.
Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
Gabarito: Letra D.
(E) subjetiva.
Comentários:
O empregado de João enquadra-se no caso do art. 932, III do CC/2002
O caso de Luiza (que é a empregada) é de responsabilidade subjetiva, com base no art. 186 do
CC/2002.
E a responsabilidade de Pedro, que é o pai, é objetiva, com base no art. 932, I do CC/2002.
Gabarito: Letra D.
Comentários:
A alte
De acordo com o Código Civil:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de
sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele
por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente
incapaz.
Gabarito: Letra A.
Comentários:
A afirmativa I está errada.
O empregador responde pela conduta de seus empregados no exercício do trabalho que lhes
competir, ou em razão dele. Só que esta responsabilidade objetiva é também indireta, e neste caso,
a culpa do empregado, em sentido amplo, será levada em conta.
Assim, para que esta responsabilidade objetiva ocorra, é necessário verificar se todos os
pressupostos da responsabilidade civil estão presentes na conduta do empregado. Como por
exemplo, se ele de fato agiu com dolo ou culpa, ou se foi um caso fortuito ou força maio, ou, até
mesmo, culpa exclusiva da vítima.
Comentários:
A
Regra descrita no art. 928 do CC/2002, trata-se de responsabilidade subsidiária (secundária, pois
primeiro o lesado deve cobrar dos responsáveis, se estes não tiverem condições, cobra-se do
incapaz) em relação a seus pais.
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
A
Dano em ricochete ou dano moral reflexo é aquele que mira em uma pessoa mas acaba acertando
em outra. Como no caso de difamação de uma pessoa morta, onde o morto não será atingido em
sua personalidade, tendo em vista que esta surge com o nascimento e se extingue com a morte, mas
as outras pessoas da família podem vir a sofrer, por reflexo, a dor e o sofrimento. Por este motivo,
é aceita a legitimidade de irmãos, pais, filhos, dentre outros, para requerer a indenização por tal
dano.
A
Este não é o entendimento do STJ, vide jurisprudência a seguir colacionada:
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE CIRURGIA
ESTÉTICA. DANOS MORAIS. MERO DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL DECORRENTE DE
CONTROVÉRSIA A RESPEITO DE COBERTURA. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. A jurisprudência desta
Corte entende que, quando a situação experimentada não tem o condão de expor a parte a dor,
vexame, sofrimento ou constrangimento perante terceiros, não há falar em dano moral, uma vez
que se trata de circunstância a ensejar mero aborrecimento ou dissabor, mormente quando mero
descumprimento contratual, embora tenha acarretado aborrecimentos, não gerou maiores danos
ao recorrente. 2. No caso, não ficou demonstrada nenhuma hipótese de excepcionalidade. O Tribunal
de origem, mediante análise do contexto fático-probatório dos autos, entendeu não estarem
presentes elementos que caracterizem a indenização por danos morais. 3. A reversão do julgado
afigura-se inviável, tendo em vista a necessidade de reexame do contexto fático-probatório dos
autos. Incidência da Súmula 7/STJ. 4. Agravo regimental não provido.
A
Atente para o seguinte artigo:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o
juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
A
Caso fortuito é aquele que ocorre independente da vontade das partes, como greve, guerra, e a
força maior deriva de acontecimentos naturais, como terremotos, por exemplo. Ambos são
considerados excludentes de ilicitude. Observe a seguinte jurisprudência:
Ementa: EMENTA ADMINISTRATIVO CONSTITUCIONAL RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
ESTADO HEMOFÍLICOS CONTAMINAÇÃO PELO VÍRUS HIV DEVER DE FISCALIZAÇÃO DO PODER
PÚBLICO AUSÊNCIA DE DIAGNÓSTICO PRECISO SOBRE A AIDS AO TEMPO DA TRANSFUSÃO
EXCLUSÃO DO NEXO DE CAUSALIDADE. Embora a hipótese seja de conduta omissiva, a qual, em
princípio, se insere no campo da responsabilidade subjetiva, não prescindindo da presença do
elemento culpa, não há como elidir a responsabilidade objetiva, a qual encontrava-se expressamente
prevista na Emenda Constitucional nº 1, de 1969, em seu art. 107, e atualmente disposta no art. 37,
§ 6º da Constituição Federal de 1988, vez que o evento danoso decorreu do próprio fato
administrativo em si considerado. A responsabilidade objetiva não se reveste de caráter absoluto,
eis que se admite a exclusão do nexo causal nas hipóteses de caso fortuito, força maior, fato
exclusivo da vítima ou de terceiro. No caso específico, à época do contágio do filho dos Autores
com o vírus HIV ainda não havia um diagnóstico preciso sobre a AIDS, e, por conseqüência, não existia
um teste eficiente que pudesse detectar a doença na amostra de sangue do doador voluntário. O
paciente em questão foi submetido a transfusões de sangue e contaminado em época que sequer
havia conhecimento detalhado sobre a AIDS, o vírus HIV, suas formas de contaminação e métodos
de prevenção e detecção. Não se poderia exigir da União e tampouco do Estado do Rio de Janeiro
a devida fiscalização do sangue, de forma a se detectar a existência do vírus HIV, se ao tempo da
contaminação não havia uma previsibilidade de contágio da AIDS por transfusão de sangue. Com
efeito, não se pode responsabilizar os Réus pela demora da ciência no desenvolvimento do teste de
detecção do vírus HIV. Não se pode imputar aos Réus o descumprimento de um dever inexistente.
Excluído o nexo causal, não há como imputar à União Federal e ao Estado do Rio de Janeiro qualquer
responsabilidade civil pelo ocorrido....
Gabarito: Letra A.
Comentários:
A afirmativa I está errada.
Súmula 37 do STJ: “
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o
juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
Comentários:
A
Quanto ao fundamento a responsabilidade pode ser:
Responsabilidade Subjetiva Depende de culpa do agente.
Responsabilidade Objetiva - independe de culpa. Exemplo: O empregador ou comitente, por ato
lesivo de seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício de trabalho que lhes competir ou em
razão dele, responsabiliza-se objetivamente pela reparação civil, pouco importando que se
demonstre que não concorreu para o prejuízo por culpa ou negligência de sua parte.
(responsabilidade objetiva por fato de terceiro não precisa demonstrar a concorrência de culpa)
Assim, todo aquele que causar dano a outrem fica obrigado a repará-lo, restabelecendo assim o
equilíbrio rompido. É uma espécie de contraprestação.
De acordo com o Código Civil:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos ¹casos
especificados em lei, ou ²quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Gabarito: Letra D.
Comentários:
A
Geralmente a doutrina usa estas duas expressões como sinônimas.
A
Temos a responsabilidade objetiva e subjetiva. Todos os casos de responsabilidade objetivas
estão previstas em lei, como este exemplo:
Art. 927. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,
nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
A
Pois para as relações de consumo o caso fortuito e a força maior não se encontram elencados
de modo expresso no CDC, é mais uma construção doutrinária e jurisprudencial.
A
A jurisprudência afirma que
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá
o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização
será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
Gabarito: Letra E.
Comentários:
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do
trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro,
mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Gabarito: Letra B.
João e Rodrigo entraram em luta corporal depois de uma discussão no trânsito. Sem que Rodrigo
pudesse se defender, João desferiu-lhe socos e pontapés, causando lesões corporais. Muito
machucado, Rodrigo representou pela persecução criminal e ajuizou ação de indenização. A
responsabilidade civil
(A) Independe da criminal, podendo ser rediscutida no juízo civil qualquer questão já decidida no
juízo criminal.
(B) Independe da criminal, mas, se João for absolvido, na ação penal, por falta de provas, Rodrigo
não poderá pleitear indenização na esfera civil.
(C) Depende da criminal, devendo o juiz extinguir a ação de indenização, sem resolução de mérito,
se ainda não tiver havido trânsito em julgado da decisão proferida na ação penal.
(D) Depende da criminal, devendo sempre o juiz suspender a ação de indenização até o julgamento
definitivo da ação penal.
(E) Independe da criminal, mas, se a existência do fato for decidida, em definitivo, no juízo criminal,
não poderá ser discutida novamente no juízo civil.
Comentários:
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre
a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas
no juízo criminal.
Trata-se do princípio da independência relativa da responsabilidade civil em relação à criminal. O
indivíduo poderá não ser penalmente responsabilizado e, no entanto, ser obrigado a reparar o dano
civil ou, vendo por outra ótica, a pessoa poderá ser civilmente responsável, sem ter que prestar
contas de seu ato na esfera criminal.
No entanto, ainda conforme art. 935, no que diz respeito à existência do fato ou de quem seja o
seu autor, se estas questões já estiverem decididas na esfera criminal, não se pode mais questioná-
las na esfera civil.
Gabarito: Letra E.
(B) O Juiz deverá, de ofício, incluir no polo passivo da ação a pessoa de Marcel, o qual responderá,
solidariamente com a seguradora, pelos danos que houver causado culposamente a Henrique.
(C) A obrigação da seguradora é aferida independentemente da responsabilidade civil do segurado.
(D) A seguradora responderá de maneira objetiva, no âmbito de referida ação, se ficar comprovado
que Marcel agiu com culpa.
(E) A seguradora responderá de maneira objetiva, no âmbito de referida ação, independentemente
de prova de que Marcel agiu com culpa.
Comentários:
A
Questão que exigia o conhecimento de súmula do STJ, mais especificamente da súmula nº 529 N
seguro de responsabilidade civil facultativo, não cabe o ajuizamento de ação pelo terceiro
Gabarito: Letra A.
C
A
De acordo com o Código Civil:
A O
Gabarito: Letra A.
Comentários:
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre
a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas
no juízo criminal.
Trata-se do princípio da independência relativa da responsabilidade civil em relação à criminal. O
indivíduo poderá não ser penalmente responsabilizado e, no entanto, ser obrigado a reparar o dano
civil ou, vendo por outra ótica, a pessoa poderá ser civilmente responsável, sem ter que prestar
contas de seu ato na esfera criminal.
No entanto, ainda conforme art. 935, no que diz respeito à existência do fato ou de quem seja o
seu autor, se estas questões já estiverem decididas na esfera criminal, não se pode mais questioná-
las na esfera civil.
Gabarito: Letra E.
Comentários:
A
Trata-se de responsabilidade objetiva.
De acordo com o Código Civil:
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que
dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
Enunciado 557 da VI Jornada de Direito Civil: Nos termos do art. 938 do CC, se a coisa cair ou for
lançada de condomínio edilício, não sendo possível identificar de qual unidade, responderá o
condomínio, assegurado o direito de regresso.
Gabarito: Letra B.
Comentários:
A
Comentários:
A
Informativo 517 STJ: A norma do art. 935 do Código Civil consagra a independência relativa das
jurisdições cível e criminal (independência das instâncias). Somente na hipótese de a sentença penal
absolutória fundamentar-se na inexistência do fato ou na negativa de autoria está impedida a
discussão no juízo cível. A decisão fundamentada na falta de provas aptas a ensejar a condenação
criminal não restringe o exame da questão na esfera cível.
Além disso, para que a sentença criminal produza efeitos no juízo cível é necessário que ela já tenha
transitado em julgado.
De acordo com o Código Civil:
Art. 942. Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as
pessoas designadas no art. 932.
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho
que lhes competir, ou em razão dele;
Gabarito: Letra A.
Comentários:
A
Atente para o seguinte enunciado e súmula:
Enunciado 26 da I jornada de direito civil Art. 422: A cláusula geral contida no art. 422 do novo
Código Civil impõe ao juiz interpretar e, quando necessário, suprir e corrigir o contrato segundo a
boa-fé objetiva, entendida como a exigência de comportamento leal dos contratantes.
Súmula 479 STJ: As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por
fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações
bancárias.
De acordo com o Código Civil:
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente
os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Gabarito: Letra E.
Comentários:
A
Trata-se de responsabilidade objetiva impura ou imprópria, onde a empresa será responsabilizada
de modo objetivo, mas a culpa de Lúcio será levada em conta.
O empregador responde pela conduta de seus empregados no exercício do trabalho que lhes
competir, ou em razão dele. Só que esta responsabilidade objetiva é também indireta, e neste caso,
a culpa do empregado, em sentido amplo, será levada em conta.
Assim, para que esta responsabilidade objetiva ocorra, é necessário verificar se todos os
pressupostos da responsabilidade civil estão presentes na conduta do empregado. Como por
exemplo, se ele de fato agiu com dolo ou culpa, ou se foi um caso fortuito ou força maio, ou, até
mesmo, culpa exclusiva da vítima.
Gabarito: Letra D.
Comentários:
A
Comentários:
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Gabarito: Letra A.
(D) Poderá pleitear indenização de Joãozinho, após a prova de que Ambrósio não possui patrimônio
suficiente, fixando-se essa indenização sem qualquer limite ou restrição patrimonial no tocante a
Joãozinho ou seu núcleo familiar, salvo se houver bem de família.
(E) Deverá aguardar a maioridade de Joãozinho, quando então poderá propor ação indenizatória
contra ele e contra Ambrósio, solidariamente; antes disso, só poderá ajuizar a demanda
indenizatória contra Ambrósio.
Comentários:
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Gabarito: Letra C.
Comentários:
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre
a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas
no juízo criminal.
Gabarito: Letra C.
Comentários:
A
Trata-se de responsabilidade objetiva, indireta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da
vítima ou força maior.
Gabarito: Letra A.
(C) Responsabilidade civil subjetiva, haja vista os lucros cessantes produzidos pela conduta de
Jussara.
(D) Responsabilidade civil subjetiva pela perda de uma chance de Victor diante da omissão de
Jussara.
(E) Responsabilidade civil objetiva, haja vista a irrelevância jurídica da conduta culposa de Jussara.
Comentários:
A
RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. PERDA DE UMA CHANCE. DESCUMPRIMENTO DE
CONTRATO DE COLETA DE CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS DO CORDÃO UMBILICAL DO RECÉM
NASCIDO. NÃO COMPARECIMENTO AO HOSPITAL. LEGITIMIDADE DA CRIANÇA PREJUDICADA. DANO
EXTRAPATRIMONIAL CARACTERIZADO.
1. Demanda indenizatória movida contra empresa especializada em coleta e armazenagem de
células tronco embrionárias, em face da falha na prestação de serviço caracterizada pela ausência
de prepostos no momento do parto.
2. Legitimidade do recém nascido, pois "as crianças, mesmo da mais tenra idade, fazem jus à
proteção irrestrita dos direitos da personalidade, entre os quais se inclui o direito à integralidade
mental, assegurada a indenização pelo dano moral decorrente de sua violação" (REsp. 1.037.759/RJ,
Rel. Min. Nancy Andrighi, TERCEIRA TURMA, julgado em 23/02/2010, DJe 05/03/2010).
3. A teoria da perda de uma chance aplica-se quando o evento danoso acarreta para alguém a
frustração da chance de obter um proveito determinado ou de evitar uma perda.
4. Não se exige a comprovação da existência do dano final, bastando prova da certeza da chance
perdida, pois esta é o objeto de reparação.
5. Caracterização de dano extrapatrimonial para criança que tem frustrada a chance de ter suas
células embrionárias colhidas e armazenadas para, se for preciso, no futuro, fazer uso em tratamento
de saúde.
6. Arbitramento de indenização pelo dano extrapatrimonial sofrido pela criança prejudicda.
7. Doutrina e jurisprudência acerca do tema.
8. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
(REsp 1291247/RJ, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em
19/08/2014, DJe 01/10/2014)
Gabarito: Letra D.
Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei,
ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza,
risco para os direitos de outrem.
Esse enunciado aplica-se à responsabilidade
(A) Objetiva, na modalidade de risco atividade, que admite as excludentes de responsabilidade da
culpa exclusiva da vítima e do caso fortuito ou força maior.
(B) Objetiva, na modalidade de risco criado, que não admite excludentes de responsabilidade, a não
ser a culpa exclusiva da vítima.
(C) Subjetiva, na modalidade de culpa presumida pela atividade, com excludentes de culpa exclusiva
da vítima e caso fortuito ou força maior.
(D) Objetiva, na modalidade de risco integral e, portanto, sem excludentes de responsabilidade
possíveis.
(E) Objetiva, na modalidade de risco administrativo, que admite somente o caso fortuito ou força
maior como excludente de responsabilidade.
Comentários:
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 927. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,
nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
O parágrafo único do art. 927 é taxativo quando diz que haverá casos onde não se cogita a culpa do
agente, são hipóteses em que o dano é reparável mesmo sem o fundamento da culpa
(responsabilidade objetiva), baseando-se simplesmente no risco objetivamente considerado.
Neste caso, de responsabilidade sem culpa, é preciso esclarecer que o perigo deve resultar do
exercício da atividade e não do comportamento do agente. A atividade é lícita, mas causa perigo a
outrem.
H , independentemente de culpa, nos ¹casos especificados em
lei, ou ²quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco
São duas as situações da chamada responsabilidade objetiva:
Casos especificados em lei
Atividade que por sua natureza implique risco ao direito de outro.
Comentários:
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele
por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente
incapaz.
Gabarito: Letra B.
13
Caio Mario da Silva Pereira, Instituições de direito Civil, volume I, 25 ed., pág. 560.
Comentários:
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,
por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Gabarito: Letra D.
Comentários:
Comentários:
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele
por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente
incapaz.
Gabarito: Letra C.
Comentários:
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente
os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo.
Neste sentido, temos o enunciado 37 da I Jornada de Direito Civil do Conselho Nacional de Justiça:
Art. 187. A responsabilidade civil decorrente do abuso de direito independe de culpa, e fundamenta-
se somente no critério objetivo- .
Gabarito: Letra A.
José propôs, contra João, ação de indenização, alegando danos morais por este tê-lo caluniado. José
e João morreram no curso do processo. Nesse caso,
(A) O processo terá de ser extinto, porque o direito e a obrigação que se discutem são
intransmissíveis.
(B) O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
(C) Extingue-se o direito à indenização se o autor morrer primeiro, porque a ação é personalíssima.
(D) Extingue-se o direito à indenização se o réu morreu primeiro, porque a pena não pode passar da
pessoa do ofensor.
(E) O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la não se transmitem com as respectivas
heranças, exceto se ocorrer comoriência.
Comentários:
Aa
De acordo com o Código Civil:
Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
Gabarito: Letra B.
Comentários:
A
Trata-se de responsabilidade subjetiva.
Comentários:
A
Responsabilidade subjetiva que é a teoria clássica e pressupõe a culpa em sentido amplo como
elemento necessário, como fundamento, para a responsabilização civil.
(A) Apenas indenização por danos materiais, porque de acidentes de veículo não se podem extrair
danos morais, e os estéticos só serão indenizáveis quando, também, se reconhecerem danos morais.
(B) Somente metade da indenização dos dias em que ficou sem trabalhar e que, comprovadamente,
não lhe tiverem sido ressarcidos pelo empregador, por seguro privado ou pela previdência social, já
levando em consideração a culpa recíproca.
(C) Indenização por danos materiais, morais e estéticos cumulativamente, mas o juiz deverá, ao fixar
a indenização, ter em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
(D) Apenas indenização por danos materiais e morais ou, alternativamente, por danos materiais e
estéticos, mas o juiz deverá, ao fixar a indenização, ter em conta a gravidade de sua culpa em
confronto com a do autor do dano.
(E) Indenização por danos materiais, morais e estéticos, cumulativamente, mas o juiz não poderá
levar em conta a culpa da vítima, porque o motorista não possuía habilitação para dirigir.
Comentários:
A
Trata-se de culpa concorrente:
De acordo com o Código Civil:
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será
fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
Súmula 387 do STJ: É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.
Gabarito: Letra C.
Comentários:
A
Responsabilidade subjetiva que é a teoria clássica e pressupõe a culpa em sentido amplo como
elemento necessário, como fundamento, para a responsabilização civil.
Comentários:
A
Trata-se de responsabilidade objetiva.
De acordo com o Código Civil:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho
que lhes competir, ou em razão dele;
No entanto, para que a empresa responda Carlos deve ter praticado o ato.
Gabarito: Letra A.
Comentários:
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis ¹não
tiverem obrigação de fazê-lo ou ²não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre
a ¹existência do fato, ou ²sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas
no juízo criminal.
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será
fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o
juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
A
O juiz não reconhecerá a responsabilidade objetiva de modo discricionário, mas sim, de acordo com
a Lei, mais precisamente com o art. 932.
Gabarito: Letra D.
(E) Lícito, pois não tinha intenção de comprar o terreno da frente quando da realização da venda.
Comentários:
A
O abuso de direito consiste em um ato jurídico de objeto lícito, mas cujo exercício não observa os
limites que são impostos. Desta forma, o agente exercita um direito seu, mas exorbita seus limites
e acaba por desviar-se dos fins sociais para os quais estava voltado este direito.
O ato em si é lícito, mas perderá esta licitude (tornando-se ilícito) na medida de sua execução.
De acordo com o Código Civil:
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes.
Além do mais temos os seguintes Enunciados do STJ :
362 Art. 422. A vedação do comportamento contraditório (venire contra factum proprium) funda-
se na proteção da confiança, tal como se extrai dos arts. 187 e 422 do Código Civil.
363 Art. 422. Os princípios da probidade e da confiança são de ordem pública, estando a parte
lesada somente obrigada a demonstrar a existência da violação.
Gabarito: Letra B.
Comentários:
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
Comentários:
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da
vítima ou força maior.
E também Enunciado nº 452 da V Jornada de Direito Civil:
452 Art. 936: A responsabilidade civil do dono ou detentor de animal é objetiva, admitindo-se a
excludente do fato exclusivo de terceiro.
Gabarito: Letra A.
No C “ ) L denúncias graves
A Ó
seu movimento de clientes caiu por volta de 50%. Meses mais tarde, prova-se que as denúncias eram
falsas, mas parte da clientela jamais retornou.
Nessas circunstâncias, poderá o advogado do restaurante, ao acionar o jornal,
(A) Pleitear apenas danos materiais, pois os danos morais são cabíveis exclusivamente às pessoas
naturais ou físicas, inexistindo atributos da personalidade às pessoas jurídicas nesse sentido.
(B) Pleitear tanto danos materiais, pelo que o restaurante deixou de lucrar, como danos morais, pois
pessoas jurídicas também possuem atributos da personalidade e, no caso, foi lesada sua honra
objetiva.
(C) Pleitear apenas danos morais, pela lesão à honra objetiva da pessoa jurídica, que, no caso,
englobam os danos materiais, não podendo ser cumulados.
(D) Pleitear danos materiais por lucros cessantes e por danos emergentes, bem como danos morais
por lesão à honra objetiva e subjetiva da pessoa jurídica.
(E) Nada poderá fazer, judicialmente, pois o direito de crítica jornalística é amplo, não respondendo
o jornal pela falsidade posteriormente verificada da notícia que fez veicular, ainda que em editorial
que explicite seu posicionamento sobre a matéria.
Comentários:
A
Lembre-se da Súmula 227, que diz:
Porém, atente que o dano moral será objetivo, relativo a atributos sujeitos à valoração
extrapatrimonial da sociedade, como o bom nome, por exemplo.
Gabarito: Letra B.
(C) Poderá propor ação tanto contra os pais de Carlinhos como contra ele próprio, direta e
solidariamente, sem restrições quanto à responsabilidade patrimonial de ambos, dada a natureza
do ilícito cometido.
(D) Poderá propor ação tanto contra os pais de Carlinhos como contra o próprio Carlinhos, que
apesar de ser absolutamente incapaz responderá equitativamente com seu próprio patrimônio se
os recursos de seus pais não forem suficientes, só não podendo ser privado do necessário, a si ou às
pessoas que dele dependem.
(E) Não terá como propor ação indenizatória alguma contra Carlinhos ou contra seus pais, já que,
sendo Carlinhos absolutamente incapaz, a questão resolvesse, exclusivamente, pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente, sem implicações indenizatórias civis.
Comentários:
A
De acordo com o Código Civil:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis ¹não
tiverem obrigação de fazê-lo ou ²não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Gabarito: Letra D.
Comentários:
A
Comentários:
A
Tanto a responsabilidade de Aracy quanto a do Hotel será objetiva, de acordo com o arts. 932, IV;
933 e 936 do CC/2002:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro,
mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de
sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da
vítima ou força maior.
Gabarito: Letra B.
I. Mario, dezessete anos de idade, escondido de seu pai, Golias, pegou a chave do carro da família e
atropelou Xisto.
II. Fabiana, dezesseis anos de idade, com a permissão de sua mãe, Maria, que lhe entregou as chaves
do veículo da família, dirigiu alcoolizada e colidiu o referido veículo com a moto de Fabrício.
III. C CC “ M
Fátima, ferindo-a.
IV D AA N
quarto, no qual estava hospedado, vasos, um abajur e um lustre, ferindo Simone, uma transeunte.
De acordo com o Código Civil brasileiro, responderão pelos atos praticados pelos terceiros
mencionados nas situações hipotéticas,
(A) Golias, Maria e Carlos, apenas.
(B) Maria, Carlos e Diogo, apenas.
(C) Maria e Diogo, apenas.
(D) Golias, Maria, Carlos e Diogo.
(E) Carlos e Diogo, apenas.
Comentários:
A
(E) serão diferentes porque uma das vítimas tinha somente vinte anos de idade e, portanto,
expectativa de maior tempo futuro de vida, o que implica indenização mais vultosa à sua família,
pelos lucros cessantes e danos morais de maior intensidade, mas a gravidade da culpa é
absolutamente irrelevante para a fixação da indenização.
(D) Responde objetivamente pelo ato de Gabriel e tem direito de regresso contra o filho, que deverá
ressarci-lo quando atingir a maioridade civil.
(E) Responde subjetivamente pelo ato de Gabriel e não tem direito de regresso contra o filho, que é
pessoa absolutamente incapaz.
(E) O caso fortuito e a força maior são excludentes da responsabilidade civil subjetiva, pois afastam
a culpa genérica (lato sensu) e, assim, não se aplicam às hipóteses em que a lei impõe a
responsabilidade civil objetiva.
(C) A caracterização do caso fortuito ou da força maior no âmbito civil é a mesma para as relações
de consumo.
(D) O dano moral abrange a indenização pelo mero desgosto ou frustração.
(E) O Código Civil de 2002 adotou a gradação da culpa como critério de redução da indenização.
N reside no décimo andar de um edifício, em apartamento do qual caiu um vaso de flor que acabou
por acertar Z, que sofreu danos. N será responsabilizado de maneira
(A) Subjetiva, independentemente de demonstração do elemento culpa.
(B) Objetiva, independentemente de demonstração do elemento culpa.
(C) Subjetiva, desde que demonstrado que agiu com culpa.
(D) Objetiva, desde que demonstrado que agiu com culpa.
(E) Subjetiva, desde que demonstrado que agiu com dolo, direto ou eventual.
(B) Somente o empregador será responsável pela indenização, porque o empregado foi absolvido
no juízo criminal.
(C) Somente o motorista será responsável pela indenização, se o seu empregador provar que
diligenciou na escolha do preposto e o vigiou, mas ambos serão solidariamente responsáveis se essa
prova não for realizada.
(D) O motorista e seu empregador serão conjuntamente responsáveis pela indenização, sendo
subsidiária a responsabilidade do empregador.
(E) Não haverá obrigação de indenizar, porque a sentença penal absolutória eliminou a
responsabilidade civil.
(E) Deverá aguardar a maioridade de Joãozinho, quando então poderá propor ação indenizatória
contra ele e contra Ambrósio, solidariamente; antes disso, só poderá ajuizar a demanda
indenizatória contra Ambrósio.
(C) Poderá reaver de ambos o que pagou a título de indenização, mas não incidirá correção
monetária, nem vencerão juros, até que cada um deles atinja a maioridade.
(D) Não poderá reaver o que pagou a título de indenização, mas esses filhos terão de trazer à colação
o que o pai despendeu, se houver outro irmão, a fim de se igualarem as legítimas.
(E) Poderá reaver de ambos os filhos o que pagou a título de indenização com correção monetária,
mas sem acréscimo de juros, mesmo depois que atingirem a maioridade.
de seu candidato preferido. Durante o percurso, Simone atropelou uma família matando um homem
de cinquenta anos de idade ao invadir uma loja de alimentos. Neste caso, de acordo com o Código
Civil brasileiro, João
(A) Responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha e poderá reaver de Simone o valor
total que pagar pelo ressarcimento do dano causado.
(B) Não responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha uma vez que ela é relativamente
incapaz.
(C) Responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha mas não poderá reaver de Simone o
que pagar pelo ressarcimento do dano causado.
(D) Responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha e poderá reaver de Simone somente
50% do valor total que pagar pelo ressarcimento do dano causado.
(E) Só responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha se esta não possuir patrimônio
pessoal.
(D) Apenas indenização por danos materiais e morais ou, alternativamente, por danos materiais e
estéticos, mas o juiz deverá, ao fixar a indenização, ter em conta a gravidade de sua culpa em
confronto com a do autor do dano.
(E) Indenização por danos materiais, morais e estéticos, cumulativamente, mas o juiz não poderá
levar em conta a culpa da vítima, porque o motorista não possuía habilitação para dirigir.
(A) Mesmo que o empregado tenha sido absolvido em processo criminal, no qual tenha ficado
provado não ser ele o autor do ato ilícito.
(B) Apenas se tiver sido negligente na escolha do empregado ou sobre ele não exerceu vigilância.
(C) Ainda que não tenha agido com culpa, na escolha ou na vigilância do empregado.
(D) Em qualquer circunstância, porque a responsabilidade civil do patrão é sempre objetiva.
(E) Somente se o empregado for condenado em processo criminal.
(D) Pleitear danos materiais por lucros cessantes e por danos emergentes, bem como danos morais
por lesão à honra objetiva e subjetiva da pessoa jurídica.
(E) Nada poderá fazer, judicialmente, pois o direito de crítica jornalística é amplo, não respondendo
o jornal pela falsidade posteriormente verificada da notícia que fez veicular, ainda que em editorial
que explicite seu posicionamento sobre a matéria.
9.3 GABARITO
1. D 26. C
2. C 27. A
3. C 28. D
4. D 29. A
5. D 30. B
6. D 31. D
7. A 32. C
8. D 33. C
9. A 34. A
10. B 35. B
11. D 36. A
12. E 37. D
13. B 38. C
14. E 39. A
15. A 40. B
16. A 41. A
17. E 42. D
18. B 43. B
19. D 44. C
20. A 45. A
21. E 46. B
22. D 47. D
23. E 48. D
24. A 49. B
25. C 50. D