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Roteiro da apresentação:
d) Espécies de responsabilidade.
III – ILICITUDE
a) Definição de ilicitude;
b) Ato ilícito;
c) Abuso de direito;
d) Causas excludentes de responsabilidade;
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V – REFERÊNCIAS
PEREIRA, Caio Mário Silva. Responsabilidade Civil, 11ª edição. Rio de Janeiro:
Forense, 2016.
VI – JULGADOS
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1. O cúmplice de cônjuge infiel não tem o dever de indenizar o traído, uma vez que o
conceito de ilicitude está imbricado na violação de um dever legal ou contratual, do
qual resulta dano para outrem, e não há no ordenamento jurídico pátrio norma de
direito público ou privado que obrigue terceiros a velar pela fidelidade conjugal em
casamento do qual não faz parte.
2. Não há como o Judiciário impor um “não fazer” ao cúmplice, decorrendo disso a
impossibilidade de se indenizar o ato por inexistência de norma posta – legal e não
moral – que assim determine. O réu é estranho à relação jurídica existente entre o
autor e sua ex-esposa, relação da qual se origina o dever de fidelidade mencionado
no art. 1.566, inciso I, do Código Civil de 2002.
3. De outra parte, não se reconhece solidariedade do réu por suposto ilícito
praticado pela ex-esposa do autor, tendo em vista que o art. 942, caput e parágrafo
único, do CC/02 (art. 1.518 do CC/16), somente tem aplicação quando o ato do
coautor ou partícipe for, em si, ilícito, o que não se verifica na hipótese dos autos.
(BRASIL, Superior Tribunal de Justiça, REsp 1122547/MG, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 10/11/2009, DJe 27/11/2009)
Edgardo López Herrera: “La responabilidad civil puede ser definida de modo muy
genérico como aquella obligación de pagar uma reparación o indemnización a la
víctima, derivada del deber de responder por la ilicitud cuando se le há causado
daño. También es muy genérica la definición y por eso es quizás la mejor para definir
um fenómemo jurídico tan complejo, que da Viney, quien dice que "la expresión
responsabilidad civil designa en el lenguaje jurídico actual al conjunto de reglas que
obligan al autor de un daño causado a otro a reparar ese perjuicio ofreciendo a la
víctima una compensación”. En el mismo sentido también se há dicho que la
responsabilidad civil es la "institución jurídica destinada a proporcionar a quien ha
sufrido um daño como consecuencia de la conducta, activa u omisiva, de otra
persona, los mecanismos necessários para obtener su reparación o una
compensación (normalmente una indemnización en dinero)". La obligación de
reparar el daño es técnicamente una obligación civil, si bien en algunos casos puede
sostenerse que moralmente todos estamos obligados a compensar a la víctima por
nuestros actos, ello puede ser cierto en relación a los daños causados con culpa,
pero no tanto en los cada vez mayores campos de la responsabilidad por garantía
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de los hechos ajenos. Es además uma obligación no dineraria, ejemplo
paradigmático de obligación de valor y de obligación ilíquida.”1
Caio Mario da Silva Pereira: “Não chegam os autores a um acordo quando tentam
enunciar o conceito de responsabilidade civil. Alguns incidem no defeito condenado
pela lógica, de definir usando o mesmo vocábulo a ser definido, e dizem que a
“responsabilidade” consiste em “responder”, no que são criticados, com razão, por
Aguiar Dias. Outros estabelecem na conceituação de responsabilidade a alusão a
uma das causas do dever de reparação, atribuindo-a ao fato culposo do agente;
outros, ainda, preferem não conceituar. Passando em revista algumas definições,
procurarei salientar a sua essência. (...) A responsabilidade civil consiste na
efetivação da reparabilidade abstrata do dano em relação a um sujeito passivo da
relação jurídica que se forma. Reparação e sujeito passivo compõem o binômio da
responsabilidade civil, que então se enuncia como o princípio que subordina a
reparação à sua incidência na pessoa do causador do dano. Não importa se o
fundamento é a culpa, ou se é independente desta. Em qualquer circunstância, onde
houver a subordinação de um sujeito passivo à determinação de um dever de
ressarcimento, aí estará a responsabilidade civil.” 2
1 HERRERA, Edgardo López. Teoría general de la responsabilidad civil. Buenos Aires: Lexis Nexis
Argentina, 2006. (e-book).
2 PEREIRA, Caio Mário Silva. Responsabilidade Civil, 11ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2016. (e-
book).
3 CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de Responsabilidade Civil, 12ª edição. São Paulo: Atlas,
2015. p. 16-17.