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João XIII
Papa da Igreja Católica
Atividade Eclesiástica
Sucessor Bento VI
Ordenação e nomeação
Cardinalato
Criação 964
por Papa Leão VIII
Ordem cardeal-presbítero
Dados pessoais
Nascimento 932
Roma, Itália
Nacionalidade Italiano
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Lista de Papas
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O Papa João XIII exerceu o papado de 1 de outubro de 965 a 6 de setembro de 972, por
exatos 6 anos, 11 meses e 5 dias. Nasceu em Roma. Foi imposto pelo imperador do Sacro
Império Romano-Germânico e, por isso, não era bem aceite pelos romanos.
A data do seu nascimento é desconhecida. Depois da morte do Papa João XII, em 964,
Grammaticus Benedictus foi eleito seu sucessor com o nome de Bento V. Mas o
imperador Otão I trouxe de volta a Roma o antipapa Leão VIII, nomeado por ele em 963,
depois de ter banido a Bento para Hamburgo. Leão morreu em março de 965, pelo que os
romanos pediram a Otão que enviasse de volta a Bento. Mas Otão recusou e Bento
morreu pouco depois, em julho de 965.[1]
Na presença dos enviados imperiais, João, Bispo de Narni, foi eleito papa e consagrado
a 1 de Outubro de 965 como João XIII. Pertencia à família de Teodora, que pelo seu
casamento com o senador e conde de Túsculo, Teofilato I, teve, além de Marózia, outra
filha conhecida por Teodora, a Jovem, que se casou com o cônsul João. Este João entrou
posteriormente na carreira eclesiástica e tornou-se bispo. Da união com Teodora teve duas
filhas e três filhos, entre eles João que, ainda jovem, se tornou sacerdote e mais tarde
bispo de Narni. Foi neste descendente da nobreza romana que caiu a escolha dos
eleitores.[2]
Mas alguns nobres eram hostis ao novo papa, por ser o candidato imperial e, quando o
papa tentou reprimi-los, eles contra-atacaram e, em dezembro de 965 conseguiram
capturá-lo e aprisioná-lo, primeiro no Castelo de Santo Ângelo e depois numa fortaleza
na Campânia. João, no entanto, conseguiu escapar e encontrou protecção no príncipe
Pandulfo I de Cápua, príncipe de Benevento. Em Roma mantinha-se a oposição ao novo
papa, mas quando, em 966, o imperador Otão realizou uma expedição a Itália, os
romanos, aterrorizados, permitiram que João XIII regressa-se à cidade a 14 de novembro.
O papa não perdeu tempo em castigar os conspiradores, alguns dos quais foram
enforcados e os outros expulsos.[3]
João XIII aliou-se intimamente com o imperador. Em Abril de 967, viajou com Otão
até Ravena, onde num sínodo, confirmou a elevação de Magdeburgo à dignidade
metropolitana, resolveu várias disputas sobre os privilégios concedidos a igrejas e
conventos e, restaurou Ravena como parte do território dos Estados Pontifícios. As
relações entre João e o imperador continuaram cordiais e no dia de Natal de 967, João
coroou Otão II, de treze anos, como imperador em conjunto com o seu pai. João também
participou nas negociações para o casamento de Otão II com a princesa bizantina Teofânia
Escleraina. O casamento teve lugar em Roma e foi abençoado pelo próprio papa a 14 de
abril de 972.[4]
O papa João XIII trabalhou intensamente nos assuntos da Igreja. No início do seu
pontificado elevou Cápua ao estatuto de metropolitana, em sinal de gratidão pela ajuda
prestada pelo príncipe Pandulfo. Em 969 Benevento recebeu a mesma dignidade.
Confirmou decretos de sínodos realizados em Inglaterra e França. Concedeu muitos
privilégios a igrejas e conventos, principalmente da Ordem de Cluny e decidiu várias
questões de direito eclesiástico de vários países que a ele apelaram. [5]
Referências
1. ↑ Encyclopedia (1913)/Pope John XIII