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CITOLOGIA CLÍNICA
Ementa
Citologia cérvico-vaginal, espermograma, citologia de líquidos corporais
Objetivo Geral
Descrever o diagnóstico citológico normal, inflamatório, infeccioso e neoplásico
Programa
Preparo, coloração, montagem, leitura dos esfregaços e laudos citológicos
Citologia do aparelho genital feminino, aparelho genital masculino e componentes
celulares benignos de cavidades serosas
Citopatologia cérvico-vaginal: citologia do epitélio escamoso estratificado e do
epitélio colunar; classificações do diagnóstico citológico; alterações celulares
benignas reativas; alterações celulares degenerativas; reparo ou regeneração;
alterações celulares associadas com atrofia; hiperplasia de células basais e de
células de reserva; metaplasia escamosa; critérios citomorfológicos de malignidade.
Espermograma: colheita e preparação do sêmen; análise física; análise
morfológica; análise microscópica quantitativa; análise microscópica qualitativa
Citologia de líquidos corporais: composição bioquímica, citologia das células
presentes
Bibliografia básica
STRASINGER, S. K. Uroanálise & fluidos biológicos. 3.ed. São Paulo: Premier,
2000.
GOMPEL, C., KOSS, L.G. Citologia ginecológica e suas bases anatomoclínicas. Ed.
Manole Ltda, São Paulo, 1997.
KURMAN, R.J., SOLOMON, D. O Sistema Bethesda para o Relato de Diagnóstico
Citológico Cervicovaginal. Ed Revinter; Rio de Janeiro, 2001.
INTRODUÇÃO À CITOPATOLOGIA
Estudo citológico, finalidade, preparo, coloração, montagem, leitura dos esfregaços
cervicovaginais dos esfregaços e laudos citológicos
Exame citopatológico
Preparação de células em lâmina de microscopia, coradas pela coloração de
Papanicolaou e, exploração microscópica dessas células de forma individualizada.
Figura3: Células epiteliais normais; células epiteliais apresentando atipias de baixo grau; células
epiteliais apresentando atipias de baixo grau.
Figura 4: Citologia, colposcopia e histologia (de cima para baixo); normal, lesão de baixo grau, lesão
de alto grau e carcinoma de células escamosas (da esquerda para direita).
Colheita do material
Colo de útero – a colheita de material citológico cervico-vaginal é realizado com
espátula de Ayre e escova citológica endocervical.
Figura 5: Representação do útero e colo do útero com epitélio normal e atípico. Representação da
coleta de material citológico cervico-vaginal.
Apostila de Citologia Clínica
Prof. Vera Regina Medeiros Andrade
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Fixação do material
O objetivo da fixação é preservar o estado morfológico e manter as características
citomorfológicas e os elementos citoquímicos das células e deve ser imediata.
Fixadores
Álcool etílico em solução de 70 a 90%, álcool isopropílico em solução de 70 a 90%,
álcool isopropílico e polietileno glicol (Carbowax), forma uma película de proteção,
pode ser em gotas (4 gotas sobre o esfregaço) ou atomizador.
Coloração de Papanicolaou
Colorações foram desenvolvidas para visualizar componentes das células e dos
tecidos baseadas no princípio ácido-base. A hematoxilina é uma base, cora
componentes ácidos da célula em uma cor azulada – núcleo (DNA e RNA); a eosina
é um ácido que cora componentes básicos da célula em róseo – citoplasma. A
coloração de Papanicolaou é universalmente utilizada em citologia genital.
Displasia moderada
Displasia acentuada
Quadro 2: Classificação de Papanicolaou modificada com novos conceitos introduzidos por Reagan.
Quadro 3: Classificação de Papanicolaou, modificada com novos conceitos introduzidos por Richart.
Quadro 4: Classificação de Papanicolaou, modificada com novos conceitos introduzidos por Richart.
Achados Não-Neoplásicos
Variações celulares não-neoplásicas
o Metaplasia escamosa
o Mudanças celulares
o Metaplasia tubária
o Atrofia
o Mudanças associadas a gravidez
Mudanças celulares reativas associadas com:
o Inflamação
o Cervicite folicular
o Radiação
o Dispositivo intrauterino
Organismos
o Trichomonas vaginalis
o Fungos morfologicamente consistentes com Candida spp.
o Desvio na flora sugestivo de vaginose bacteriana
o Bactérias morfologicamente consistentes com Actinomyces spp.
o Mudanças celulares consistentes com o vírus do herpes simples
o Mudanças celulares consistentes com o citomegalovírus
Células escamosas
o Células escamosas atípicas
o De significado indeterminado (ASC-US)
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Células glandulares
o Atípicas
o Células endocervicais (NOS)
o Células endometriais (NOS)
o Células glandulares (NOS)
o Atípicas
o Células endocervicais, favor neoplasia
o Células glandulares, favor neoplasia
o Adenocarcinoma endocervical “in situ”
o Adenocarcinoma
o Endocervical
o Endometrial
o Extrauterino
o Não especificado
Adequação da amostra
Boa Celularidade
DIAGNÓSTICO DESCRITIVO
Dentro dos limites da normalidade, no material examinado
Alterações celulares benignas
Atipias celulares
Microbiologia
Lactobacillus sp
Bacilos supracitoplasmáticos (sugestivos de Gardnerella/Mobiluncus)
Outros bacilos
Cocos
Candida sp
Trichomonas vaginalis
Sugestivo de Chlamydia sp
Actinomyces sp
Efeito citopático compatível com vírus do grupo Herpes
Outros (especificar)
Atipias celulares
Células atípicas de significado indeterminado
Escamosas
Possivelmente não-neoplásicas
Não se pode afastar lesão intraepitelial de alto grau
Glandulares
Possivelmente não-neoplásicas
Não se pode afastar lesão intraepitelial de alto grau
De origem indefinida
Possivelmente não-neoplásicas
Não se pode afastar lesão intraepitelial de alto grau
Em células escamosas
Lesão intraepitelial de baixo grau (compreendendo efeito citopático pelo HPV e
neoplasia intraepitelial cervical grau I)
Lesão intraepitelial de alto grau (compreendendo neoplasias intraepiteliais cervicais
graus II e III)
Lesão intraepitelial de alto grau, não podendo excluir microinvasão
Carcinoma epidermóide invasor
Em células glandulares
Adenocarcinoma in situ
Adenocarcinoma invasor
Cervical
Endometrial
Sem outras especificações
Outras neoplasias malignas
Presença de células endometriais (na pós-menopausa ou acima de 40 anos, fora
do período menstrual)
CITOLOGIA
Estuda a morfologia e funções das células e dos componentes celulares, “cito” –
cytos (latim = cavidade) – célula.
Organelas Celulares
Citoesqueleto
Membrana plasmática
Mitocôndrias
Retículo Endoplasmático
Aparelho de Golgi
Lisossomos e peroxissomos
Centríolos
Ribossomos
Inclusões Citoplasmáticas
Figura 7: Representação da célula eucarionte com
as organelas.
HISTOLOGIA
Estudo da estrutura microscópica dos tecidos, órgãos e sistemas, “histos” (grego
– tecido), “tissu” (francês – tecido).
História - Bichat (1771-1802) estudou e classificou os tecidos, sem microscópio,
em + de 600 corpos 21 tipos de tecidos e órgãos. Mais tarde, com microscópio
4 tecidos fundamentais.
Tecido Epitelial
Cobre o corpo por fora e reveste os órgãos por dentro. Células poliédricas, pouca
substância extracelular, firmemente unidas umas às outras por complexos
juncionais, formando camadas contínuas. Apoiado em tecido conjuntivo ligado
pela membrana basal (sintetizada pelas células epiteliais). Não possui vasos
sanguíneos, sendo nutrido por difusão através do tecido conjuntivo. Duas formas:
epitélios que cobrem todo o corpo externamente e revestem o corpo internamente;
glândulas que se originam das células epiteliais.
Simples
Número de camadas
Estratificada
Figura 8: Tecido epitelial cilíndrico simples e representação esquemática do tecido cilíndrico simples.
Superficial
Intermediária
Parabasal
Basal
Figura 11: Histologia mostrando diferenciação das células do tecido epitelial pavimentosos
estratificado não queratinizado (mucosa) e representação esquemática das células do tecido epitelial
pavimentosos estratificado não queratinizado.
Desdiferenciação
A diferenciação retrógrada (desdiferenciação) ocorre quando uma célula segue uma
direção oposta da maturação celular normal e retorna à sua forma embrionária.
Figura 12: Histologia mostrando várias camadas das células do tecido epitelial pavimentosos
estratificado não queratinizado (mucosa) sem diferenciação e representação esquemática.
FISIOLOGIA
A célula epitelial é provida de receptores hormonais (estrogênio e progesterona)
que controlam a sua maturação e diferenciação
Figura 13: Representação de uma célula epitelial com receptores de estrogênio e progesterona e
células epiteliais apresentando diferenciação celular.
Ciclo menstrual
ANATOMIA
Aparelho genital feminino
Vulva
Lábios maiores, Lábios menores, Clitóris, Glândulas (sebáceas, Bartolin)
Revestimento de Tecido epitelial escamoso estratificado queratinizado
Figura 16: Representação esquemática da vulva; histologia do tecido epitelial que reveste a vulva e
citologia da vulva.
Vagina
Canal que liga o colo do útero à vulva, está à frente do reto e atrás da bexiga
Revestida por Tecido epitelial escamoso estratificado não queratinizado
Útero
Forma de cone cujo vértice é inferior, parte superior é o corpo e a inferior é o colo
Revestido por: Epitélio cilíndrico simples ciliado e não ciliado, formando
glândulas tubulares retas com células cilíndricas altas
Figura 18: Representação esquemática do útero e colo do útero; histologia do tecido epitelial
pavimentoso cilíndrico simples que reveste o colo do útero e citologia com células epiteliais.
Figura 20: Citologia com agrupamento de células epiteliais escamosas basais e esquema das
células. Imagem comparativa: Pequenas bolas com bolas menores, ou latas de tinta azul
15 a 30 m
Figura 21: Citologia apresentando células epiteliais escamosas parabasais e imagem comparativa:
ovos, onde a gema é o núcleo
Figura 23: Citologia apresentando células epiteliais escamosas superficiais eosinófilas e cianófilas e
imagem comparativa: uma folha de papel com um pingo de tinta preta ou um grão de feijão
Figura 24: Histologia do tecido epitelial pavimentoso estratificado não queratinizado e citologia
apresentando células epiteliais escamosas da camada basal, intermediária e superficial e esquema
das células.
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Figura 25: Desenho esquemático do tecido epitelial glandular simples em paliçada e em favo de mel;
imagem comparativa: cerca (paliçada) ou favo de mel.
Outras células
Leucócitos polimorfonucleares neutrófilos são componente usual nos esfregaços
cervicais em pequeno número. Variam conforme a fase do ciclo menstrual.
Escassos na ovulação e mais numerosos na fase progestacional. Quando
presentes em grandes quantidades, estão associados a processos inflamatórios.
Linfócitos células redondas, são bem menos frequentes nos esfregaços cervicais.
São observados em grandes quantidades em infecções crônicas, como em cervicite
folicular.
METAPLASIA ESCAMOSA
É uma alteração reversível onde ocorre uma mudança de um tipo de célula adulta
e madura em outro tipo celular adulto. Um processo em que um tipo de epitélio se
transforma em outro tipo epitelial. Representa uma substituição adaptativa das
células que são sensíveis ao estresse por tipos celulares melhor preparados para
suportar o ambiente adverso. O tecido metaplásico é mais resistente às agressões
Mecanismo da Metaplasia
Ectopia
Figura 30: Representação esquemática do colo do útero apresentando ectopia (eversão) do colo e
metaplasia.
Critérios citológicos
Aparecem em agregados soltos ou isoladas. Mostram processos citoplasmáticos
proeminentes. Células metaplásicas imaturas são pequenas e semelhantes às
células basais e parabasais. Células metaplásicas maduras são grandes poligonais
de tamanho e forma similar às células intermediárias e superficiais.
Figura 32: Citologia apresentando células metaplásicas com projeções citoplasmáticas e desenho
esquemático de uma célula metaplásica com projeções citoplasmáticas proeminentes.
Atrofia
Células parabasais degeneradas eosinofílicas com núcleos degenerados. Autólise
do núcleo, resultando núcleos desnudos. Exsudato inflamatório com granulações
basofílicas. Material amorfo basofílico
Figura 35: Citologia apresentando esfregaço atrófico com células epiteliais profundas apresentando
degeneração nuclear, fundo grumoso.
Critérios Citológicos
Núcleo
Aumento nuclear
Hipercromatismo
Binucleação ou multinucleação
Degeneração nuclear
Nucléolos únicos ou múltiplos
Halos perinucleares, sem espessamento periférico
Citoplasma
Metacromasia, policromasia (anfofilia)
Vacuolização
Fagocitose
Degeneração citoplasmática
Citoplasma com bordas apagadas
Outras células – Leucócitos
Neutrófilos
Histiócitos
Linfócitos
Núcleo
Aumento nuclear
Células escamosas apresentando 1 ½ a 2 vezes o tamanho do núcleo de uma
célula intermediária normal
Calibrar o olho com as outras células intermediárias normais do esfregaço
Células glandulares endocervicais podem apresentar grande aumento nuclear
(núcleos volumosos) e nucléolos
Figura 37: Citologia apresentando células epiteliais com núcleos aumentados de tamanho.
Figura 38: Citologia apresentando células epiteliais com núcleos hipercromático; citologia
apresentado célula com binucleação.
Degeneração nuclear
Cariorrexe
Dissolução da cromatina
Dispersão da cromatina
Perda dos limites nucleares
Picnose
Retração nuclear
Redução do volume nuclear
Condensação do DNA
Núcleo hipercromático
Cariólise
Dissolução da cromatina pela DNAse
Núcleo sem coloração ou pouco corado
Nucléolos únicos ou múltiplos, proeminentes
Citoplasma
Citoplasma com metacromasia, policromasia (anfofilia). Vacuolização e
degeneração citoplasmática. Fagocitose, Halos perinucleares, sem espessamento
periférico. Citoplasma com bordas apagadas.
Figura 39: Citologia apresentando células epiteliais metacromasia; citologia apresentando célula
com vacuolização e degeneração citoplasmática.
Figura 40: Citologia apresentando célula epitelial com um fagossomo; citologia apresentando célula
epitelial com bordas citoplasmáticas apagadas.
Outras Células
Leucócitos
Neutrófilos são vistos nos esfregaços cervicais e não são indicativos
de infecção. Mas, quando eles estão presentes, em quantidade
aumentada indicam um processo infeccioso.
Na fase aguda da infecção - Exsudato leucocitário, apresentando
neutrófilos e histiócitos (macrófagos – monócitos). Exsudato
inflamatório denso, pode impedir uma análise citológica.
Monócitos Histiócitos
Pequenos: após a fase menstrual (êxodo) NORMAL. Fora dessa
fase INFLAMAÇÃO CRÔNICA . Grandes: com núcleo excêntrico,
forma oval, redonda ou em feijão. Após menopausa e após
radioterapia
Linfócitos
Na fase crônica, ocorre infiltração localizada ou difusa de linfócitos
formando folículos linfoides
Alterações de reparo
Reparo Erosão ou Úlcera
Um trauma ou infecção aguda pode levar a uma perda da descontinuidade do
epitélio ulcera ou erosão
Figura:
Fonte:
Inflamação
- Cervicite folicular
Linfócitos e seus precursores com padrão de cromatina grosseira, nucléolos
proeminentes, mimetiza carcinoma de células escamosas pouco diferenciado.
Infecção crônica - Chlamydia trachomatis (Doença inflamatória pélvica - DIP)
Radiação
Critérios
Tamanho celular normalmente aumentado. Células em forma bizarra. Núcleos
aumentados com degenerações. Binucleação ou multinucleação comum. Nucléolos
proeminentes único ou múltiplos. Reação reparatória pode ser observada.
Vacuolização do citoplasma.
Dispositivo intrauterino
Células podem descamar em agrupamentos ou isoladas. Agrupamentos podem
imitar as células de adenocarcinoma. – cautela na presença de um DIU. Em caso
de dúvida, considere repetir a amostragem após a remoção do DIU
Figura 45: Citologia apresentando agrupamento glandular com mudanças reativas associadas ao
DIU.
Trichomonas vaginalis
Figura 46: Citologia apresentando processo inflamatório, mostrando diversas estruturas piriformes,
núcleo pálido, vesicular, cianofíceas, algumas com granulações, e flagelo não visível. Ao lado uma
representação esquemática do protozoário.
Figura 48: Citologia apresentando processo inflamatório por desvio na flora sugestivo de vaginose
bacteriana, observe as células alvo ou clue cellls.
Critérios citológicos
Grupos entrelaçados de organismos filamentosos (borrão). Grupos em “cotton
boll” (bola de algodão). Usualmente ramificados
Vírus grandes, encapsulados, com dupla fita de DNA, conhecidas mais de 100
espécies, 6 causam doenças no homem. HSV-1 e HSV-2 são geneticamente
semelhantes e causam um padrão semelhante de infecção primária e recorrente.
Infectam a pele e as mucosas orofaríngea (HSV-1) e genital (HSV-2). Causam
lesões vesiculares com ulceração e evidente reparo epitelial, provocando dor,
queimação e bolhas dolorosas, pequenas feridas.
Critérios citológicos
Fundo apresenta exsudato leucocitário. Células grandes, multinucleadas, com
núcleos moldados. Núcleos com aspecto de vidro fosco com fina membrana
nuclear, cromatina marginalizada. Inclusões intranucleares eosinofílicas, densas
Figura 51: Citologia apresentando célula epiteliais grandes, multinucleadas, com núcleos
moldados, aspecto de vidro fosco com efeito citopático consistente com o vírus do herpes simples.
Figura 52: Citologia apresentando célula epiteliais com efeito citopático consistente com o vírus
citomegalovírus.
Figura 53: Figura esquemática do Papilomavírus, apresentando seu capsídeo e molécula do DNA;
representação da cadeia de DNA com os genes E (early) e L (late).
Alto risco (16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 ...)
Associado ao câncer da cérvice, vulva, ânus e pênis
Figura 54: Representação esquemática do útero e da cérvice uterina e seus epitélios; representação
esquemática linear dos dois epitélios, na junção epitelial do epitélio da cérvice uterina – Junção
escamo colunar.
Figura 55: Representação esquemática linear mostrando uma fissura no epitélio escamosos e junção
escamo-colunar por onde o vírus HPV pode ter acesso a célula da camada basal.
Núcleo
Figura 56: Representação esquemática de uma célula epitelial escamosa da camada basal,
mostrando o HPV penetrando na célula e a molécula de DNA do vírus, circular (epissomal) no núcleo.
Figura 57: Representação esquemática do tecido epitelial mostrando o HPV, no núcleo, desde a
célula da camada basal, na forma epissomal, até a célula superficial.
Que doenças podem ser causadas pelo HPV, se o DNA não se integra ao
genoma celular?
Lesões benignas
Figura 58: Desenho esquemático de verrugas vulgares na pele da planta do pé; foto de verrugas
vulgares na pele do rosto; foto de verrugas vulgares na pele na mão. HPV de baixo risco (6, 11, ...)
Figura 59: Fotos de verrugas vulgares na pele da região genital e anal; histologia de verruga vulgar
na pele. HPV de baixo risco (6, 11, ...)
Figura 60: Representação esquemática do núcleo de uma célula epitelial escamosa da camada
basal, mostrando a molécula do DNA do HPV; a seta vermelha mostra onde normalmente ocorre a
quebra da molécula circular do DNA que se lineariza.
Figura 61: Representação esquemática do núcleo de uma célula epitelial escamosa da camada
basal, mostrando a molécula do DNA do HPV linearizada se integrando no DNA da célula
hospedeira.
Figura 62: Representação esquemática do tecido epitelial mostrando o DNA do HPV integrado ao
DNA da célula hospedeira, ocorrendo transformação na célula.
Lesões causadas pelo HPV, quando o DNA está integrado ao DNA da célula
Figura 63: Representação esquemática do útero normal; colo do útero e citologia com lesão
precursora; colo do útero e citologia com câncer. HPV de alto risco (16, 18, ...)
Células escamosas
Características citológicas
Diferenciação escamosa
Aumento da área do núcleo em relação ao citoplasma. Núcleo 2 ½ a 3 X maior do
que o núcleo de uma célula intermediária normal ou 1 ½ a 2 X a área do núcleo de
uma célula metaplásica normal. Variação no tamanho e forma nuclear e eventual
binucleação. Leve hipercromatismo, mas a cromatina mantém distribuição
uniforme sem granulações
Figura 64: Citologia apresentando células epiteliais escamosas normais e células epiteliais
escamosas com alterações celulares compatíveis com ASC-US.
Critérios citológicos
Células com aparência MADURA do citoplasma apresentando núcleos atípicos.
Células com alguns, mas não todos fatores, que sugerem efeitos citopáticos do
HPV, lembram coilócitos. Hiperceratose, células escamosas poligonais maduras
anucleadas (pode ser contaminação). Paraceratose atípica, células sozinhas ou em
agrupamentos tridimensionais com alongamentos, núcleo aumentado, binucleação,
e hipercromatismo.
Figura 65: Citologia apresentando células epiteliais metaplásicas normais e células epiteliais
escamosas com alterações celulares compatíveis com ASC-H.
Figura 66: Esquema da diferenciação terminal do tecido epitelial apresentando efeito citopático da
infecção pelo HPV; histologia de uma lesão intraepitelial cervical de baixo grau; seta indicando a
diferenciação em dois terços superiores do epitélio.
Histologia
Hiperplasia da camada basal que ocupa 30% da altura do epitélio. Sobre essa
camada, as células se diferenciam e mostram anisonucleose e citoplasma com
vacuolização (Coilocitose). Pode ser observado distúrbios de queratinização,
paraceratose.
Citologia
Células isoladas ou agrupadas com contornos celulares nítidos. Anormalidades
nucleares em células intermediárias e superficiais. Aumento nuclear de pelo menos
3X a área do núcleo de uma célula intermediária normal. Binucleação e
multinucleação. Membrana nuclear lisa com leves irregularidades. Célula
mostrando cavidade perinuclear opticamente clara e densa borda citoplasmática –
coilócito. Paraceratose e ceratose.
Figura 65: Citologias apresentando células epiteliais escamosas intermediárias com núcleo atípico e
coilócitos; desenho esquemático de uma célula com coilócito.
Figura 66: Microscopia eletrônica do núcleo de célula epitelial com lesão intraepitelial escamosa de
baixo grau (LSIL) apresentando partículas virais no interior do núcleo.
Figura 67: Esquema da diferenciação terminal do tecido epitelial apresentando efeito citopático da
infecção pelo HPV; histologia de uma lesão intraepitelial cervical de alto grau (NIC 2); seta
mostrando a diferenciação no terço superior do epitélio.
Figura 68: Esquema não mostra diferenciação do tecido epitelial; histologia de uma lesão
intraepitelial cervical de alto grau (NIC 3); seta representando que não há diferenciação do tecido
epitelial.
Citologia
Figura 69: Citologias apresentando células epiteliais escamosas com alterações compatíveis com
HSIL
Figura 70: Esquema mostrando invasão do tecido conjuntivo; histologia de carcinoma de células
escamosas.
Citologia
Células menores que as de HSIL, com características de HSIL. Acentuada variação
no tamanho e forma celular. Células em forma caudadas. Células em forma
fusiformes. Formações em pérolas córneas. Descamação em células isoladas ou
agrupadas. Células em agregados sinciciais com bordas celulares mal definidas.
Células escamosas com citoplasma denso orangeofílico – queratinizadas.
Núcleos
Coloração em tinta de nanquim MALIGNO
Anisocariose
Cromatina grosseira granular, cromatina irregular
Membrana nuclear ultrapassando a membrana celular
Nucléolos visíveis (macronucléolos proeminentes)
Mitoses atípicas. Diátese tumoral, fundo sujo com aspecto proteináceo, como
nuvem - restos de produtos de degradação celular
Células glandulares
Atípicas
Células endocervicais (Sem outra especificação - NOS)
Células endometriais (NOS)
Células glandulares (NOS)
Critérios citológicos
Células glandulares endocervicais com núcleos aumentados e levemente
irregulares
Citoplasma vacuolizado e denso
Modificações que excedem as mudanças reativas, mas sutis que impedem o
diagnóstico de displasia glandular
Critérios citológicos
Células ocorrem em camadas, blocos ou rosetas. Sobreposição nuclear. Variação
no tamanho e forma nuclear. Leve a moderada hipercromasia. Nucléolos
Figura 72: Citologias apresentando agrupamento celular glandular com aumento nuclear, arranjo
irregular do agrupamento.
Figura 73: Citologia apresentando agrupamento celular glandular com aumento nuclear e
hipercromatismo, arranjo do agrupamento em forma de roseta.
Adenocarcinoma endocervical
Citologia
Apresenta todas as características do adenocarcinoma “in situ”. Agrupamentos ou
agregados tridimensionais de células. Núcleos aumentados, pleomórficos,
afastados para periferia, cromatina com distribuição irregular. Macronucléolos.
Diátese tumoral, mostra características de invasão. Lesões precursoras do câncer
do colo uterino.
Figura 74: Citologia apresentando agrupamento celular glandular com hipercromatismo nuclear,
núcleos em forma de charuto, arranjo do agrupamento em forma de roseta.
Espermograma
Conceito
É a avaliação físico-química, qualitativa, quantitativa e morfológica do esperma.
Deve ser sempre analisada, pelo menos, duas amostras de sêmen com coletas
obtidas com um intervalo mínimo de duas semanas, devido à enorme variabilidade
que existe na emissão seminal e, caso haja diferença maior que 20% entre
qualquer parâmetro, será necessária uma nova amostra. Consiste de uma revisão
morfofuncional do sistema genital masculino
Bexiga
Próstata
Ampola
Vesícula seminal
Bulbo
uretral Ducto ejaculador
Uretra
Ducto deferente
Pênis
Lóbulos testiculares
Albugínea
Túnica vaginal
Túbulos retos
Rede testicular
Função
Gametogênese (espermatozóides)
Esteroidogênese (testosterona)
Desenvolvimento
Cavidade abdominal, no final do período fetal (8o mês) descem para o saco
escrotal (peritônio → túnica vaginal → cavidade serosa recobre porção antero-
lateral)
Porção posterior → vasos, nervos
Túbulos Seminíferos
Enovelados, comprimento 40 a 70cm, diâmetro 150 a 280 µm
Epitélio estratificado complexo - Células Germinativas e Células de Sertoli -
suporte físico e nutrição do epitélio germinativo
Tecido intersticial - Células de Leydig - sintetizam TESTOSTERONA, sob ação do
LH
Espermatogênese e Espermiogênese
Fatores de liquefação
Espermolisinas
Trobolisina
Cálcio, zinco, magnésio e ácido cítrico
Fosfatase ácida e alcalina
Inusitol
Ativador de plasminogênio
Albumina
Inibidores de tripsina
Espermograma
Avaliação das glândulas seminais, da fertilidade e monitoramento pós-vasectomia
Além das avaliações físico-químicas, microscópicas e morfológicas dos
espermatozóides, podem ser realizadas também avaliações imunológicas,
bioquímicas e hormonais
Espermograma
Biossegurança
Vacina contra Hepatite B
Uso obrigatório de luvas descartáveis
Lavagem das mãos com sabão neutro
Havendo contaminação externa do frasco, utilizar desinfetante (hipoclorito)
Descarte do material utilizado
Abstinência sexual
O período de abstinência deverá ser de 2 a 5 dias, mas deve-se levar em conta a
atividade sexual do paciente, o ideal cinco dias - 1 a 3 dias, mínimo dois e máximo
sete dias
Deve-se registrar o período de abstinência, data e hora da coleta, período de
intervalo entre a coleta e o exame, medicamentos usados.
Coleta do sêmen
Deve ser realizada no laboratório por automasturbação
Orientações ao paciente
O paciente deverá ser orientado para evitar perda de material
Não utilizar preservativos de látex durante a coleta (presença de
substâncias espermaticidas)
Não utilizar métodos alternativos para obtenção do sêmen
Por exemplo, relação sexual interrompida devido a contaminação de
células, bactérias, alteração pH
Proteção do material contra altas e baixas temperaturas
Menos de 20o C e mais de 40o C
SÊMEN
As 1as porções são ricas em:
Espermatozóides
Fluidos das glândulas bulbouretrais e do epidídimo
As porções finais são ricas em secreções:
Vesículas seminais, coágulo
Próstata, liquefação
COAGULAÇÃO
Tempo de duração da coagulação
1a Fase: Liquefação inicial
2a Fase: Coagulação
3a Fase: Liquefação secundária
COAGULAÇÃO
1a Fase:
Inicial liquefeita, (virtual) de duração extremamente curta em casos normais
Logo após a ejaculação, o sêmen se transforma em gel pelo contato com uma
superfície estranha - frasco (“in vitro”), colo de útero (“in vivo”)
Esse mecanismo protege os espermatozóides do gasto de energia e ação
deletéria do pH vaginal
2a Fase:
Coagulação, período de 5 a 30 minutos
Os gametas ficam presos nas malhas do coágulo, processo parecido com a
coagulação plasmática (sêmen não tem fibrinogênio)
3a Fase:
Liquefação secundária, definitiva - após a liquefação, os demais parâmetros,
devem ser analisados imediatamente
A liquefação normal de 30 a 60 minutos
A liquefação parcial ou ausente é considerada uma importante causa de
infertilidade
Determinação do tempo de coagulação
Método: análise virtual – observa-se a dissolução do coágulo
Valores de referência: 5’ a 30’ após a coleta
COAGULAÇÃO
Ausência de coagulação ou liquefação primária
Falta completa ou parcial de fatores de coagulação (vesícula seminal)
Persistência de um estado líquido ou semi-líquido do sêmen
Altera a mobilidade dos espermatozóides
COAGULAÇÃO
Ausência de liquefação secundária. Persistência de coágulos ou uma alta
viscosidade (próstata)
Baixa concentração de fibrinolisina
CONSISTÊNCIA / VISCOSIDADE
Representa a consistência do sêmen. Com uma pipeta de 5ml, deixar o
esperma cair em gotas pela ação da gravidade
Técnica:
Consistência / Viscosidade
Com uma pipeta de 0,1 mL com 11 cm de coluna de esperma, gotejar 3 gotas
cronometrando.
Entre 4,8 a 5,2 segundos: normal
> que 5,2 segundos: viscosidade elevada
< que 4,8 segundos: baixa viscosidade
Referências
Normal
gotas discretas se desprendem da pipeta
Aumentada
gotas se alongam, formando filetes de mais de 2cm (deficiência de produção
de espermolisinas pela próstata)
Diminuída
quando o líquido escorre da pipeta (deficiência vesicular com baixa produção
de fatores da coagulação)
VOLUME
O volume está diretamente dependente da freqüência de coitos
Valores normais: 2,0 a 5,0 ml
Valores menores que 1,0 ml (hipospermia) são insuficientes para análise,
devendo ser solicitada nova coleta, observando o novo período de abstinência
Hipospermia: <1ml
Falta de abstinência
Insuficiência vesicular ou prostática
Hiperespermia: > 5ml
Abstinência prolongada
Tumores benignos ou malignos da próstata ou vesícula
Ejaculação retrógrada
Anormalidades da uretra que provocam insuficiência das válvulas urinárias
Alterações do controle neurológico da ejaculação
ASPECTO
Observação subjetivo do analista
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Aspecto Homogêneo
Normal
Espesso e gelatinoso
Após a liquefação, pode apresentar-se mais fluido e opalescente
Aspecto Heterogêneo
Agregados proteináceos
Períodos abstinência sexual ↑
Testosterona ↓
Processos inflamatórios
Certos medicamentos
COR
Cor normal
Branco opaco a cinza claro
Cores anormais
Amarela intensa
Leucospermia
Vermelhas
Hemospermia
ODOR
É considerado "sui generis“ e deve-se a presença de três aminas: esperminas,
espermidina e putrescina
O odor é resultado da oxidação dessas aminas
A ausência desse odor pode sugerir infecção
pH
Potenciômetro, tiras indicadoras, graduadas em décimos de unidade, entre 6,0
e 9,0
Valores normais: 7,2 a 8,0
Em contato com o ar o pH tende a elevar-se a valores de 8,8 a 9,0
Manter o frasco fechado
Este teste dever ser realizado no prazo máximo de 1 hora após a coleta
pH
pH – medido logo após a ejaculação
pH básico > 8,0
Indica deficiência de secreção prostática
pH ácido < 7,2
Indica insuficiência da secreção vesicular
Análise morfológica
Análise morfológica dos espermatozoides
Espermatozoides alterados
Alterações de cabeça
Alterações de peça intermediária
Alterações de cauda
Alterações de cabeça
Alterações de cauda
Defeitos da cauda, incluindo caudas curtas, múltiplas, dobradas, quebradas,
irregulares, espiraladas, caudas com gotículas terminais, ou qualquer combinação
entre essas alterações
Células germinativas
A identificação das células germinativas imaturas pode ser feita através de
colorações como Leishman, Giemsa, Papanicolaou etc.
Aglutinação
A sua presença pode sugerir causa imunológica de infertilidade
Deve ser analisada em 10 campos
A sua presença deve ser relatada, e o tipo de aglutinação registrado
Cabeça-cabeça
Cauda-cauda
Peça intermediária – peça intermediária
Mista (vários tipos presentes)
Motilidade
Percentual de frequência
100% e 90%: Não existe
80%: Pouco frequente
70%: Frequente
60%: Muito frequente
50%: Muito frequente
40%: Pouco frequente
30%: Pouco frequente
20%: Raro
10%: Raro
Percentual de frequência
60%: Raro
50%: Frequente
40%: Muito frequente
30%: Muito frequente
20%: Frequente
10%: Raro
Percentual de frequência
40%: Pouco frequente
30%: Frequente
20%: Muito frequente
10%: Muito frequente
Vitalidade
Reagentes
Técnica
Valores de referência
Câmara de Neubauer
Técnica
Diluir o esperma de 1/40, depois de liquefeito e homogeinizado, em solução salina
a 0,9% com 5% de formaldeido
Exemplo: 0,1ml de esperma + 3,9ml de solução diluente
Após homogeinizar bem, colocar na câmara e aguardar 5 minutos em
ambiente úmido, para sedimentação dos gametas
Contar com objetiva de 40X os 5 quadrantes e multiplicar por 80.000
Com concentração alta, contar o quadrante central e multiplicar por 400.000
Outros elementos
Leucócitos, hemácias, células fagocitárias, células germinativas imaturas, células
de Sertoli, células epiteliais não germinativas e resíduos celulares anucleados não
diferenciados
Líquidos serosos
Constituição
Filtrado do plasma, formado na camada parietal e absorvido na camada
visceral da pleura; peritônio e pericárdio
Função principal
Lubrificação, permite o deslizamento das membranas
Patologia
Derrames – efusões (cúmulo de líquido)
Trauma, infecção ou neoplasias
Derrames de membranas serosas
Transudatos
A saída de fluído para a cavidade excede a capacidade de reabsorção
Exudatos
A saída de fluído para a cavidade excede a capacidade de reabsorção, causada
muitas vezes por processos inflamatórios decorrentes de infecção ou por
neoplasia
Transudatos
Causas mais comuns
Cirrose, insuficiência cardíaca, embolismo pulmonar, outros
Diminuição da pressão osmótica das proteínas do plasma
Aumento da pressão hidrostática venosa/arterial
Retenção de sódio e água
Densidade < 1.015; Proteínas < 3.0 g/dl
Teste de Rivalta Negativo (presença de material proteináceo, com 2 a 3 gotas
de ácido acético) paucicelular (- de 1.000 células/l)
Exudatos
Ocorre por inflamação (infecção) ou neoplasias
Aumento da permeabilidade capilar ocasionada por bactérias, substâncias tóxicas,
agentes químicos e físicos, etc.
Densidade > 1.015; Proteínas > 3.0 g/dl
Teste de Rivalta Positivo, hipercelularidade (+ de 1.000 células/l)
Derrame pleural
Líquido pleural
Coleta para exame citológico
Histologia do Mesotélio
Toracocentese
EDTA 10% - 100ul para 10 ml
Citrato de sódio 3,8% - 400ul para 10ml
Citologia de derrames
Células mesoteliais
Nos grupos celulares observa-se espaços claros entre as células, janelas
Isoladas ou em grupos, bi ou multinucleadas
Núcleo redondo, oval, aparência uniforme, nucléolos e figuras de mitoses
normais
Citoplasma “sombreado”, azul profundo, algumas vezes mais pálido ou róseo
perto do núcleo, pode ter alguns vacúolos e microvilos
Adenocarcinoma
Forma acinar
citoplasma vacuolizado
aspecto tridimensional
agregados papilares redondos ou irregulares
nucléolos gigantes
Forma livre
mais raro, pequenas células tumorais, difícil diagnóstico
Carcinoma escamoso
Raramente encontrado em efusões
Grupos de células fortemente hipercromático de núcleo irregular
Mesotelioma
Tumor primário das membranas serosas
Muitos grupos grandes de células mesoteliais
Bi ou multinucleados com figuras mitóticas
Linfomas
Células variam de tamanho, geralmente discretas
Marcado pleomorfismo nuclear, cromatina fina, nucléolos
Semelhantes aos blastos vistos no sangue periférico, nos linfomas leucemizados
Líquido pericárdico
Derrame pericárdico é resultado de alterações de permeabilidade na membrana
Líquido pericárdico
Causas de pericardites
Bacterianas
Virais
Tuberculosa
Urêmica
Neoplásica
Amostra
Coleta por pericardiocentese
Exame citológico
Contagem de células vermelhas
Contagem de leucócitos: > 1000 sinal de infecção
Contagem diferencial: valor limitado
Fundamental importância - detecção de células neoplásicas
Análise laboratorial
Glicose: pode estar diminuída (< 40mg/dl)
tuberculose
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malignidade
doença reumatóide bacteriana
pH ácido, <7,0
efusões purulentas
doença reumatóide
algumas efusões hemorrágicas
Exames microbiológicos
Gram
Cutura
Biópsia
Líquido de ascite
Ascite - acúmulo de fluido na cavidade peritoneal
Líquido de ascite
Causas mais frequentes
cirrose carcinomatose peritoneal
insuficiência cardíaca congestiva
tuberculose peritoneal
tumores de ovários, trato gastrointestinal e linfoma em homens e mulheres;
em crianças, leucemia-linfoma, tumor de Wilms, neurobastoma
Coleta de amostra por paracentese
Classificação
Transudatos
Exsudatos
Citologia
Citológico diferencial
Predomóinio de linfócitos/monócitos, raras ou ausência de células mesoteliais
Tuberculose
Presença de vários macrófagos e células mesoteliais Cirrose
Presença maciça de neutrófilos peritonite bacteriana
Presença de células neoplásicas 80% positividade na primeira amostra,
elevando-se para 90% em três
Análise laboratorial
Exame físico
Aspecto:
Transudatos - límpidos, serosos
Exsudatos - turvos, purulentos, fibrinosos
Brilhante: derrames crônicos
Hemorrágico: presença de sangue recente ou crônico
Sero-fibrinoso: tuberculoso
Exame físico
Cor
Transudatos - amarelo-palha
Exsudatos: amarelo turvo, ouro
Branco, leitoso ou quiloso- lesão linfática ou derrame crônico
Densidade
>1020 exsudatos
<1020 transudatos
pH
transudatos: >7,20
exsudatos: < 7,20
Líquido Cefalorraquidiano
Sistema Nervoso
Células ependimárias
Células ependimárias revestem os ventrículos cerebrais (terceiro e quarto
ventrículos e ventrículos laterais), e canal central da medula espinhal
Formam o plexo coroide
Exame do LCR
Punção
Geralmente, punção lombar, entre 3a e 4a espaço intravertebral
Ocasionalmente, punção ventricular ou occipital
Diagnóstico
Meningites bacterianas, virais, fúngicas e parasitárias
Tumores
Hemorragias
Reações à válvulas na hidrocefalia
Neuroleucemias
Prognóstico
Infiltrações leucêmicas
Metástases tumorais
Tratamento
Quimioterapia
Amostras
Ideal três frascos esterilizados
Exame microbiológico
Exames físico bioquímico e imunológico
Exame citológico
Exame Microbiológico
A função do laboratório de microbiologia é identificar o agente etiológico (exemplo:
meningite)
O laboratório deve realizar outros exames de triagem como a coloração de Gram e
coloração de Ziehl (bactérias), prova com tinta nanquim (Cryptococcus
neoformans ) e provas de aglutinação em látex
Exame físico
Aspecto: avaliação antes e após centrifugação
Normal: límpido (cristalino, transparente)
Anormal: opalescente, turvo, hemorrágico
Cor: avaliação após centrifugação
Normal: incolor e xantocrômico (até 1 mês de vida)
Anormal: xantocômico, eritrocrômico
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Citologia
Objetivo principal é diagnóstico de meningite, neoplasia e na monitorização de
tratamentos
O diagnóstico de tumor cerebral primário é limitado
Contagem de Células
Celularidade – eritrócitos e leucócitos
Adultos: 0 a 5 leucócitos/ul
Rn........: 0 a 30 leucócitos/ul
Contagem celular
Câmaras de Neubaeur e/ou Fuchs Rosenthal
Usar o líquor puro ou diluído, se necessário, para contagem total de células
Contagem Diferencial
Contar as células identificar os tipos celulares presentes
A contagem diferencial deve ser feita após método de concentração da amostra
por:
Filtração, sedimentação, citocentrifugação e centrifugação comum
As lâminas podem ser coradas com o corante de Wrigth ou May-Grünwald-
Giemsa e deve-se contar 100 células registrando o resultado em percentagem
As células encontradas no LCR são principalmente linfócitos e monócitos;
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