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Dimensão do cuidado na teologia e na psicologia

É crescente o campo de atuação da psicologia. A fé e a religião,


excluídas das ciências nos últimos séculos, passam a despertar novamente
profundo interesse. A história da psicologia mostra que esta evolui como
ciência acadêmica apenas nos últimos cem anos, buscando estudar o
comportamento humano. Já a teologia cristã, que fomentou o surgimento das
grandes universidades na idade média, tornou-se aos poucos direcionada ao
contexto eclesial, cedendo, portanto, seu lugar nos centros de estudo e
fechando-se em si mesma.
A psicologia, ao pretender estudar e, se possível, atender às demandas
emocionais do ser humano, coloca-se neste campo de convergência e
divergências necessárias às ciências. Neste sentido, tanto a psicologia como
a teologia tornaram-se menos prepotentes e exclusivistas do que nos seus
primeiros anos de existência, pois passaram a valer-se dos conhecimentos
advindos das ciências que priorizam o estudo do ser humano. Na própria
psicologia observa-se um crescente uso de termos teológicos, em livros e
artigos científicos, tais como espiritualidade, religiosidade, religiões, crenças,
divindades, Deus,…

1.Conceituação
O uso de termos conhecidos adquire uma significação especial, pois
conforme indica, o enfoca é a pessoa que exerce e que carece de cuidados:
Cuidando de quem cuida. Entende-se como cuidadores pastorais aquelas
pessoas que exercem seus ministérios em igrejas, comunidades, paróquias,
células, grupos caseiros, escolas, seminários e outras situações nas quais
esta atuação é reconhecida como tal; portanto, não somente são cuidadores,
mas cuidadores e cuidadoras pastorais.
Cuidador, remete à palavra cuidado, e significa aquele que cuida. Neste
estudo utilizaremos o termo cuidador para indicar pessoas que se dedicam a
cuidar de outras pessoas, mas também o cuidado consigo mesmo, que inclui
a saúde e aparência própria.

2. A Filologia (estudo do termo) cuidado

Segundo Leonardo Boff, a palavra cuidado tem a mesma raiz da palavra


cura. Em sua forma mais antiga, no latim, cura escrevia-se coera e era usada
num contexto de relações de amor e amizade. No entanto, lembra o próprio
autor, outros pesquisadores consideram-na derivada de cogitara-cogitares, no
latim, cujo sentido é o mesmo de cura: cogitar, pensar, colocar atenção,
mostrar interesse, revelar uma atitude de desvelo e de preocupação. O
cuidado somente surge quando a existência de alguém tem importância
pessoal. Cuidado significa, então, desvelo, solicitude, diligência, zelo, atenção,
bom trato. É possível o cuidado a objetos, plantas, animais, rios, pessoas ou
ao planeta terra. O “modo-de-ser-no-mundo”, nos diz Boff, é o diferencial, pois
possibilita o conviver relacional que envolve a dignidade, numa relação que
abre mão do poder dominador e busca a comunhão. Nesta pesquisa, enfoca-
se a atividade Pastoral, onde o cuidado é condição sine-qua-non, pois cuidar
pressupõe que há alguém que cuida e alguém que é alvo desse cuidado; outra
face do cuidado, que se destaca, é aquele que se dá, ou seja, o indivíduo é ao
mesmo tempo o que cuida e o que é cuidado. A isso se denomina o cuidado
de si mesmo.

2.1. Ponderações sobre o conhecer e o cuidar de si mesmo.

A expressão cuidar de si mesmo, que aparece na obra tardia de


Foucault, aponta para as relações de ajuda, notadamente nas profissões que
se ocupam da assistência ao ser humano, em nível físico, mental ou espiritual.
O cuidar de si mesmo refere-se ao cuidado que os cuidadores devem dedicar
a sua própria pessoa, dado o desgaste que a função cuidadora provoca. Esta
ideia já foi utilizada no relato de Lucas acerca de um discurso do Apóstolo
Paulo nos primórdios do cristianismo, que assim recomendava aos pastores:
“Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo
os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus que Ele comprou
com o seu próprio sangue”, At.20.28.
Convém salientar que o texto bíblico neotestamentário revela também
em outras ocasiões, a questão do cuidado, tanto o cuidado consigo como o
cuidado ao outro ou à igreja. Tomar conta de si mesmo ou cuidado consigo ou
preocupar-se, cuidar-se, era “uma das regras de conduta da vida social e
pessoal, um dos fundamentos da arte de viver” assim pensavam os gregos.
Entende-se com isso que o conselho socrático conhece-te a ti mesmo indica
que: o indivíduo deve ou precisa conhecer suas necessidades, seus estados,
suas formas de ser e aperfeiçoá-los na medida de suas escolhas. (Exercício
prático) Ao historiar a evolução das técnicas de si, percebe-se que Sócrates
entendia que o cuidado de si mesmo reverteria em bem estar para a cidade,
pois os cuidadores estariam ocupados em se aperfeiçoarem, com a sabedoria
e a verdade. Oito séculos mais tarde, porém, Gregório de Nissa (Teólogo,
místico e escritor cristão. Influenciado pelos trabalhos de Orígenes e Platão,
foi professor de retórica. Foi consagrado bispo de Níssa, na Capadócia - atual
Turquia - em 371 - experimentou algumas desilusões - ofício de professor), ao
retornar ao tema, o faz com sentido totalmente diferente, ou seja, insiste que
o indivíduo renuncie ao mundo e as paixões da carne. Assim, relembra
Foucault, que a ideia da falta de cuidado consigo herdamos da moral cristã,
que faz da renúncia de si a condição de salvação. A tradição cristã afastou-se
do princípio do cuidado, por entendê-lo como não renúncia de si mesmo. O
mundo moderno prioriza apenas o conhece-te a ti mesmo, desconsiderando o
cuide de si mesmo.
E o que se percebe no cristianismo atual? Que o mesmo baseia-se na
máxima conhece-te a ti mesmo e cuide do outro, com todas as implicações
decorrentes para a atividade Pastoral, ou seja, da falta de cuidado dos
pastores para consigo mesmos, somada ao cuidado constante ao outro ou aos
outros.

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