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Direito Processual do Trabalho Teoria e Questões

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Poder Executivo, averbando-se no registro todas as


alterações por que passar o ato constitutivo.

 Capacidade processual: também denominada de capacidade para estar em


juízo. Está relacionada à capacidade civil. Se a parte possui capacidade civil,
também possui capacidade processual, nos termos do art. 70 do CPC/15. Nos
moldes do art. 402 da CLT, capaz para fins trabalhistas é o maior de 18
(dezoito) anos. Ao maior de 14 (quatorze) e menor de 18 (dezoito), será
aplicado o art. 793 da CLT, que trata da representação para ajuizamento da
ação. No tocante às pessoas jurídicas, estas devem ser representadas por
alguém, que se for um preposto, segundo dispõe a Súmula nº 377 do TST,
deve ser empregado, salvo se o empregador for doméstico ou micro e pequena
empresas.

! Capacidade processual está relacionada à capacidade civil.

Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de


seus direitos tem capacidade para estar em juízo.

Art. 402 da CLT: Considera-se menor para os efeitos


desta Consolidação o trabalhador de quatorze até
dezoito anos.

Art. 793 da CLT: A reclamação trabalhista do menor


de 18 anos será feita por seus representantes legais
e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do
Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público
estadual ou curador nomeado em juízo.

Súmula 377 do TST: Exceto quanto à reclamação de


empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno
empresário, o preposto deve ser necessariamente
empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, §

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1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123,


de 14 de dezembro de 2006.

 Capacidade postulatória: é a necessidade de estar representado por


Advogado, nos termos do art. 133 do CRFB/88. Nos domínios do direito
processual do trabalho, aplica-se o jus postulandi, prescrito no art. 791 da CLT,
que já foi objeto de análise em tópico próprio sobre os princípios. Destaca-se
sobre o tema a Súmula nº 425 do TST.

Art. 133 da CF: O advogado é indispensável à administração


da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações
no exercício da profissão, nos limites da lei.

Art. 791 da CLT: Os empregados e os empregadores poderão


reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e
acompanhar as suas reclamações até o final. § 1º - Nos dissídios
individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se
representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador,
ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. § 2º
Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência
por advogado. § 3º A constituição de procurador com poderes
para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples
registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado
interessado, com anuência da parte representada.

Súmula nº 425 do TST: O jus postulandi das partes, estabelecido


no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais
Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação
cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência
do Tribunal Superior do Trabalho.

Exemplo: qualquer pessoa, mesmo sem ser Advogado ou ter


contratado um, pode ajuizar uma ação trabalhista, pois na Justiça
do Trabalho não há necessidade desse profissional, com algumas
exceções da Súmula nº 425 do TST. Se João não vier a receber as

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verbas rescisórias, após ser demitido, pode ele mesmo mover a


ação trabalhista e acompanhá-la até o final. A essa possibilidade
de mover a ação sem Advogado dá-se o nome de jus postulandi,
que é o direito de postular (pedir) em juízo. Se a sentença for
desfavorável a João, ele poderá recorrer ao TRT sem Advogado.
Se perder novamente, somente poderá interpor recurso para o
TST se contratar Advogado, pois essa é uma das exceções ao jus
postulandi previstas na Súmula nº 425 do TST.

 Emancipação na órbita civil e suas implicações no processo do trabalho;

A menoridade, segundo o Código Civil Brasileiro, cessa aos dezoito anos,


quando a pessoa torna-se maior e, para os menores, nas situações de emancipação,
descritas nos incisos do parágrafo único do art. 5º do CC.

Art. 5º do CC: A menoridade cessa aos dezoito anos completos,


quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da
vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a
incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na
falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença
do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos
completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego
público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino
superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela
existência de relação de emprego, desde que, em função deles,
o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

Questiona-se se a emancipação na órbita civil traz consequências na esfera


trabalhista. Segundo a doutrina majoritária, a maioridade civil por meio da
emancipação produz efeitos na esfera trabalhista, o que significa dizer que a demanda
poderá ser ajuizada pelo menor, sem representação ou assistência. Não se aplica o
art. 793 da CLT, ante a desnecessidade de representação do menor. Pelo mesmo
motivo, não há necessidade de intervenção do Ministério Público do Trabalho no feito,
não importando em nulidade a sua ausência.

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Art. 793 da CLT: A reclamação trabalhista do menor de 18


anos será feita por seus representantes legais e, na falta
destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo
sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador
nomeado em juízo.

Ainda sobre o tema, ao menor emancipado se aplicam normalmente as


normas sobre prescrição, o que representa dizer que o art. 440 da CLT não deve ser
aplicado, pois não há necessidade de proteção, já que apesar de menor, mostra-se
emancipado e, portanto, capaz para todos os atos da vida civil e trabalhista.
Por fim, as regras criadas pelo Legislador Trabalhista para proteger a saúde
do empregado, em especial, o menor, são normalmente aplicadas ao menor
emancipado, pois decorrem de interesse público na preservação da vida e saúde do
empregado. Assim, o menor antecipado não pode trabalhar no período noturno, em
atividade insalubre ou perigosa, dentre outras.

Art. 440 da CLT: Contra os menores de 18 (dezoito) anos


não corre nenhum prazo de prescrição.

Exemplo: imagine que José foi contratado aos 16 anos como


empregado de uma empresa. Aos 17 anos foi demitido, sem
receber nenhuma verba rescisória. José pretende ajuizar ação
trabalhista em face do ex-empregador, mas não sabe qual é o
prazo que possui para tanto. Conversando com um amigo, viu que
tinha até 2 anos a contar da rescisão do contrato, conforme art.
7º, XXIX da CF. Ocorre que esse prazo não se inicia para José, já
que menor. José pode esperar completar 18 anos para começar a
contar os 2 anos da prescrição bienal, já que o art. 440 da CLT diz
que não corre prazo de prescrição contra o menor.

 Assistência judiciária;

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Segundo as normas de direito processual do trabalho, a assistência


judiciária será prestada ao trabalhador que esteja representado pelo Sindicato da
Categoria e perceba quantia inferior a dois salários mínimos, conforme art. 14 da Lei
n. 5584/70. O primeiro ponto a ser destacado, de extrema importância, é que a
assistência deve ser prestada pelo sindicato independentemente do empregador ser
filiado ou não. A filiação não é condição para a assistência judiciária, já que é dever do
sindicato representar a categoria.

! Mesmo não sendo filiado, é direito do empregado ser assistido pela


entidade, conforme art. 18 da Lei nº 5584/70.

Art. 14 da Lei 5584/70: Na Justiça do Trabalho, a assistência


judiciária a que se refere a Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de
1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a
que pertencer o trabalhador. § 1º A assistência é devida a todo
aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do
mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador
de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica
não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou
da família.§ 2º A situação econômica do trabalhador será
comprovada em atestado fornecido pela autoridade local do
Ministério do Trabalho e Previdência Social, mediante diligência
sumária, que não poderá exceder de 48 (quarenta e oito) horas.
§ 3º Não havendo no local a autoridade referida no parágrafo
anterior, o atestado deverá ser expedido pelo Delegado de
Polícia da circunscrição onde resida o empregado.

O fato do empregado perceber quantia superior a 2 (dois) salários mínimos,


não impede o acesso à assistência judiciária, já que poderá afirmar não ter condições
de arcar com os custos do processo. Em todas as situações, a prova da miserabilidade
será realizada por declaração firmada pelo empregado ou por seu Advogado.
Mais restrita que a assistência judiciária, tem-se o benefício da justiça
gratuita, que nos termos do art. 790, §3º da CLT, pode ser concedida de ofício ou a
requerimento das partes, isentando do pagamento das custas processuais, àqueles
que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, isto é, dois salários

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mínimos, ou percebendo quantia superior, afirmarem não ter condições de pagar as


custas processuais. Conforme art. 790-B da CLT, o benefício da justiça gratuita isenta
o empregado do pagamento dos honorários periciais.

! O Novo CPC traz no art. 98 a possibilidade de ser concedida a


justiça gratuita às pessoas jurídicas, mas o TST entende que
continua sendo devida a realização do depósito recursal.
! Os honorários do assistente técnico sempre serão suportados pela
parte que o contratou, não sendo possível a isenção daqueles, pois a
contratação desse profissional é mera faculdade da parte. Assim
prescreve a Súmula nº 341 do TST.

Art. 790, §3º da CLT: É facultado aos juízes, órgãos


julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de
qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício,
o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a
traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário
igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem,
sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar
as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou
de sua família.

Art. 790-B da CLT: A responsabilidade pelo pagamento dos


honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão
objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita.

Súmula nº 341 do TST: A indicação do perito assistente é


faculdade da parte, a qual deve responder pelos
respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da
perícia.

Exemplo: se sou demitido e pretendo ajuizar reclamação


trabalhista contra o meu ex-empregador, posso ir ao sindicato da
minha categoria ou contratar um Advogado particular. Se vou ao

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Sindicato e recebo até 2 salários mínimos (ou recebendo mais,


declaro não ter condições financeiras), preencho os requisitos da
assistência judiciária gratuita e, se a empresa for condenada ao
pagamento das minhas verbas rescisórias, será também
condenada ao pagamento de uma quantia, chamada de
honorários advocatícios, para o Sindicato. Agora, se contrato um
Advogado particular, isso não quer dizer que eu tenha situação
financeira boa, que posso gastar com o processo. Muito pelo
contrário. Assim, requeiro ao Juiz a isenção das custas
processuais, ou seja, os benefícios da justiça gratuita, para não
pagar as custas processuais.

 Substituição processual;

O tema ora em análise merece cuidado em seu estudo, pois vários pontos
são relevantes sob os aspectos teórico e prático.
Em primeiro lugar, a substituição processual também é denominada
legitimidade extraordinária, sendo previsto genericamente no art. 18 do CPC/15, que
traz importante regra: a legitimidade extraordinária só é possível nas hipóteses
previstas em lei. O que é a legitimidade extraordinária, enfim? De maneira mais
didática, comparam-se as espécies de legitimidade:

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome


próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento
jurídico. Parágrafo único. Havendo substituição
processual, o substituído poderá intervir como assistente
litisconsorcial.

 Legitimidade Ordinária: nessa espécie de legitimidade, o titular do direito


material vai a juízo defender interesse próprio, ou seja, o titular do direito
material exercita o direito de ação. Em um exemplo simples, o empregado que
não recebeu as horas extraordinárias trabalhadas ajuíza a reclamação
trabalhista (é autor daquela ação).

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! Verifica-se a coincidência nos planos material e processual: o


titular do direito material exerce o direito de ação.

 Legitimidade Extraordinária: já na legitimidade extraordinária, consonante a


regra prescrita no art. 6º do CPC, o titular do direito material não é o autor da
ação, pois este é um terceiro, autorizado por lei a pleitear direito de outrem. A
situação típica é verificada quando o sindicato ajuíza reclamação trabalhista
(como autor), pedindo a condenação da reclamada ao pagamento de verbas
devidas à determinados empregados (que não são os autores, mas titulares do
direito material).

! O titular do direito material é um e quem exerce o direito de ação é


outro, não havendo a coincidência já tratada.

Assim, a legitimidade extraordinária pode ser entendida como a


possibilidade de um terceiro pleitear direito de outrem, quando autorizado por lei,
sendo o autor da ação, em substituição ao titular do direito material. Daí o nome
substituição processual. Nessa não há a coincidência entre o titular do direito material
e aquele que exerce o direito de ação.
Na seara trabalhista, os sindicatos estão autorizados pelo art. 8º, III da
CRFB/88 a defender os direitos e interesses coletivos e individuais da categoria, em
questões judiciais e administrativas.

Art. 8º, III da CF: ao sindicato cabe a defesa dos direitos e


interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive
em questões judiciais ou administrativas.

Nesse ponto surgiu importante questão jurisprudencial acerca da amplitude


do comando constitucional acima descrito. Num primeiro momento, o TST editou a
Súmula n. 310, restringindo a legitimidade extraordinária dos sindicatos, afirmando
que aquela seria possível apenas nas hipóteses previstas em lei. Contudo, adequando-
se ao entendimento do STF, o Tribunal Superior do Trabalho cancelou o referido
verbete, fazendo com que o entendimento se firmasse no sentido de que o art. 8º, III
da CRFB/88 deve ser interpretado de maneira ampla, proporcionando maior acesso ao
Poder Judiciário. Assim, atualmente entende-se que o sindicato possui legitimidade

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extraordinária para defender qualquer direito do trabalhador que esteja relacionado ao


vínculo empregatício (ou mesmo para requerer a sua declaração).

! Com o cancelamento da Súmula n. 310 do TST, passou-se a


entender que a legitimidade extraordinária do sindicato é ampla,
abarcando todas as situações relacionadas ao vínculo de emprego.

A legitimidade extraordinária do sindicato, apesar de comum, não se dá


apenas no polo ativo da demanda, conforme reconhecido pela Súmula 406 do TST,
que prevê que o sindicato, na ação rescisória, constará no polo passivo quando tiver
ocupado o polo ativo na ação originária.

Súmula nº 406 do TST: I - O litisconsórcio, na ação rescisória, é


necessário em relação ao polo passivo da demanda, porque
supõe uma comunidade de direitos ou de obrigações que não
admite solução díspar para os litisconsortes, em face da
indivisibilidade do objeto. Já em relação ao polo ativo, o
litisconsórcio é facultativo, uma vez que a aglutinação de
autores se faz por conveniência e não pela necessidade
decorrente da natureza do litígio, pois não se pode condicionar
o exercício do direito individual de um dos litigantes no
processo originário à anuência dos demais para retomar a lide.
(ex-OJ nº 82 da SBDI-2 - inserida em 13.03.2002) II - O
Sindicato, substituto processual e autor da reclamação
trabalhista, em cujos autos fora proferida a decisão
rescindenda, possui legitimidade para figurar como réu na ação
rescisória, sendo descabida a exigência de citação de todos os
empregados substituídos, porquanto inexistente litisconsórcio
passivo necessário.

Também detém legitimidade para a defesa dos direitos coletivos, difusos e


individuais homogêneos o Ministério Público do Trabalho, bem como as associações,
conforme art. 82 do Código de Defesa do Consumidor.

Art. 82 do CDC: Para os fins do art. 81, parágrafo único, são


legitimados concorrentemente: I - o Ministério Público, II - a

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União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; III - as


entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta,
ainda que sem personalidade jurídica, especificamente
destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por
este código; IV - as associações legalmente constituídas há pelo
menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a
defesa dos interesses e direitos protegidos por este código,
dispensada a autorização assemblear. § 1° O requisito da pré-
constituição pode ser dispensado pelo juiz, nas ações previstas
nos arts. 91 e seguintes, quando haja manifesto interesse social
evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela
relevância do bem jurídico a ser protegido.

Exemplo: se eu fui lesado em meus direitos trabalhistas, eu devo


buscar a reparação perante o Poder Judiciário, ajuizando a ação
trabalhista. Nesse caso, o empregado que foi lesado é o autor da
ação. Dá-se o nome de legitimidade ordinária. Meu irmão não
pode ajuizar essa ação para mim, pois ele não possui
legitimidade. Se ajuizasse, a ação seria extinta sem resolução do
mérito. Diferente seria se a situação envolvesse um número maior
de empregados e o Sindicato da categoria ajuizasse a ação. Ele
(Sindicato) seria o autor da ação trabalhista, defendendo
interesses de outras pessoas. Teríamos, nessa hipótese, a
legitimidade extraordinária.

 Sucessão processual;

Não se deve confundir sucessão processual e substituição processual,


estudado no tópico anterior, pois absolutamente distintas, pois a primeira decorre de
ato que venha a ocorrer no curso do processo, como a morte do empregado-
reclamante ou a alienação da empresa-reclamada, enquanto que a segunda importa
na possibilidade da ação ser ajuizada por terceiro (ou mesmo em situações
excepcionais, como a rescisória, que a ação venha a ser ajuizada em face de terceiro
em relação ao direito material).
A sucessão processual pode ocorrer em duas situações, a depender se o
sujeito processual a ser substituído é pessoa física ou jurídica.

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Sendo pessoa física, empregado ou empregador, o espólio, representado


pelo inventariante, assumirá aquela posição processual, pois designado na ação de
inventário para representar aquele ente (espólio). Se não for ajuizada ação de
inventário, pela inexistência de bens deixados pelo morto, entende-se que haverá a
habilitação direta dos sucessores, mediante a apresentação das certidões
(nascimento, casamento, contrato de união estável, etc) ou através de certidão do
INSS em que constam os seus herdeiros.

! Se for ajuizado o inventário, a reclamação trabalhista será


suspensa até que seja nomeado o inventariante, que assumirá a
representação do espólio na demanda trabalhista.
! Cuidado, pois se o óbito ocorrer antes do ajuizamento da
reclamação trabalhista não haverá sucessão processual.

Ainda sobre a morte da pessoa física, importante frisar que se o


empregador for pessoa física e vier a falecer, o art. 483, §2º da CLT permite ao
empregado rescindir o contrato ou continuar a prestar os serviços, continuando o
vínculo de emprego com os herdeiros do ex-empregador.

Art. 483, §2º da CLT: No caso de morte do empregador


constituído em empresa individual, é facultado ao
empregado rescindir o contrato de trabalho.

A sucessão processual também pode ocorrer no polo do empregador,


hipótese que não interfere na relação de emprego mantida com o empregado, à luz
dos artigos 10 e 448 da CLT, pois em relação ao empregador o contrato de trabalho
não é intuitu personae, podendo haver modificações na titularidade da empresa sem
que represente um novo contrato de trabalho.

! Se o contrato de trabalho é considerado intuitu personae em


relação ao empregado, que não pode ser substituído, o mesmo não
pode ser dito em relação ao empregador, já que as alterações na
estrutura jurídica não importam em alteração ou rescisão do
contrato de trabalho.

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Art. 10 da CLT: Qualquer alteração na estrutura jurídica da


empresa não afetará os direitos adquiridos por seus
empregados.

Art. 448 da CLT: A mudança na propriedade ou na


estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de
trabalho dos respectivos empregados.

Se João trabalha para a Empresa Alfa, que vem a ser vendida para a
Empresa Beta, o seu contrato de trabalho será mantido, sendo que a segunda passará
a ser integralmente responsável pelos débitos trabalhistas para com João. Assim, se
tal alienação se der no curso do processo, Alfa será substituída por Beta no polo
passivo. Se a alteração ocorrer antes de ser ajuizada a reclamação trabalhista, João
incluirá no polo passivo tão somente a Empresa Beta, por ser a nova empregadora,
com responsabilidade integral.

 LITISCONSÓRCIO;

Na imensa maioria das vezes, as demandas trabalhistas fazem nascer a


relação processual entre um autor, um réu e o Estado, demonstrando-se
subjetivamente simples. Porém, pode ocorrer de mais um autor se juntar para propor
uma só reclamação trabalhista, ou um autor ajuizar aquela ação em face de mais de
uma empresa reclamada, como geralmente ocorre nas hipóteses de terceirização,
quando se inclui no polo passivo a empresa tomadora, na busca de sua condenação
subsidiária. Pelo que foi demonstrado, os polos da demanda (ativo e passivo) podem
conter uma singularidade ou pluralidade de sujeitos, sendo que essa última hipótese é
denominada de litisconsórcio.
Tal pluralidade pode ocorrer no polo ativo e passivo em separado, bem
como nos dois ao mesmo tempo. Aquelas partes, que se aglutinaram em
litisconsórcio, são chamadas de litisconsortes.

! O litisconsórcio é importante ora para determinar a economia


processual, reduzindo o número de ações ajuizadas, ora para

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manter a igualdade entre as partes, uma vez que a situação


vivenciada pelos litisconsortes será analisada por um único Juiz.

 Classificações;

A questão mais importante acerca do instituto do litisconsórcio toca às


classificações existentes, que são 4 (quatro) e que passam a ser analisadas a partir de
agora.

 Quanto à posição:

Ativo: será ativo o litisconsórcio quando houver mais de um autor.

Passivo: será passivo o litisconsórcio quando houver mais de um réu, como ocorre
quando o autor ajuíza a demanda em face de responsável subsidiário ou solidário,
quando há sucessão de empresas, etc.

Misto: será misto quando o litisconsórcio ocorrer ao mesmo tempo nos polos ativo e
passivo, ou seja, houver mais de um autor e réu no mesmo processo.

 Quanto à formação:

Facultativo: será facultativo o litisconsórcio quando a sua formação decorrer


unicamente da vontade de partes, que possuem a opção de ajuizar as demandas em
separado ou em litisconsórcio. A regra é a existência dessa espécie de litisconsórcio,
cujas hipóteses estão descritas no art. 113 do CPC/15. A possibilidade de haver a
aglutinação decorre da existência de causas de pedir ou pedidos comuns, de maneira
a possibilitar economia processual. Destaque para os §§ 1º e 2º do art. 113 do
CPC/15, que alude ao litisconsórcio multitudinário, que é caracterizado pelo número
significativo de litisconsortes, o que poderia atrapalhar a realização dos atos
processuais ou a defesa do reclamado. Visando evitar tais infortúnios, o legislador
previu a possibilidade de fracionamento, evitando-se, desta forma, que uma demanda
seja ajuizada por 5.000 (cinco mil) reclamantes, sendo que seria mais viável o
ajuizamento de 10 (dez) ações cada uma com 500 (quinhentos) autores.

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! Destaque importante deve ser dado à espécie de litisconsórcio que


pode ser fracionado: apenas o litisconsórcio facultativo, nunca o
necessário, já que, conforme será visto, esse último decorre da
vontade da lei, não podendo haver qualquer interferência em sua
formação.

Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo


processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: I -
entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações
relativamente à lide; II - entre as causas houver conexão
pelo pedido ou pela causa de pedir; III - ocorrer afinidade
de questões por ponto comum de fato ou de direito. § 1o O
juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao
número de litigantes na fase de conhecimento, na
liquidação de sentença ou na execução, quando este
comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a
defesa ou o cumprimento da sentença. § 2o O
requerimento de limitação interrompe o prazo para
manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação
da decisão que o solucionar.

Além disso, deve-se atentar para a regra acerca do fracionamento do litisconsórcio


multitudinário, já que:

 Pode ser determinado de ofício pelo Juiz, quando prejudicar o


desenvolvimento dos atos processuais, bem como a celeridade do processo.

 Pode ser requerido pelo réu, quando dificultar a apresentação da defesa.


Claro que a limitação do número de litigantes não possui razão se a matéria discutida
nos autos for unicamente de direito, já que a análise a ser realizada pelo Magistrado é
única, inexistindo fatos a serem apurados em relação a cada um dos litigantes.

Necessário: no litisconsórcio necessário, previsto no art. 114 do CPC/2015, a lei


impõe a sua formação, prevendo a obrigação de sua formação, sob pena de extinção
do processo sem resolução de mérito. Nessas hipóteses, as partes não possuem

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escolha, haja vista que a lei assim determina. Por exemplo, o art. 73, §1º do CPC
trata da citação obrigatória dos cônjuges, sendo indispensável a presença de ambos.
Na hipótese de rescisória por colusão das partes, o litisconsórcio também será
necessário, pois a decisão poderá afetar a ambos. Nos domínios do processo do
trabalho, adota-se a teoria acerca da impossibilidade do litisconsórcio necessário
ativo, ou seja, da obrigação da demanda ser proposta por mais de um autor, por
violar o livre acesso ao Poder Judiciário.

Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro


para propor ação que verse sobre direito real imobiliário,
salvo quando casados sob o regime de separação absoluta
de bens. § 1o Ambos os cônjuges serão necessariamente
citados para a ação: I - que verse sobre direito real
imobiliário, salvo quando casados sob o regime de
separação absoluta de bens; II - resultante de fato que
diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por
eles; III - fundada em dívida contraída por um dos
cônjuges a bem da família; IV - que tenha por objeto o
reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus
sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges.

 Quanto à decisão que será proferida:

Simples: Também denominada de litisconsórcio comum, nesse a decisão a ser


proferida pode ser a mesma ou diferente para os litisconsortes, já que as relações
jurídicas, apesar de parecidas, comuns, não são idênticas. Se as relações jurídicas não
são idênticas, o Poder Judiciário pode tratá-las de maneira diversa. Importante
observar que a decisão pode ser igual para os litigantes, mas não necessariamente,
uma vez que o Juiz pode decidir, por exemplo, pela procedência dos pedidos
formulados pelo autor “a” e pela improcedência dos pedidos do autor “b”.

! Assim, a possibilidade de divergência no tratamento dado aos


litisconsortes é o que caracteriza tal instituto, não sendo correto
dizer que nessa espécie as decisões são obrigatoriamente diversas.

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Unitário: Nessa espécie de litisconsórcio, prevista no art. 116 do CPC/2015, a decisão


a ser proferida deve ser a mesma para todos os litisconsortes, haja vista que a
relação jurídica posta em discussão é a mesma, como no célebre exemplo do
ajuizamento de ação anulatória de cláusula convencional pelo MPT em face dos entes
sindicais que a convencionaram. Nessa situação, a decisão judicial anulará ou manterá
a cláusula para todos os litisconsortes (réus), não sendo possível anular aquela para
um ou alguns ou mantê-la intacta para os demais.

 Quanto ao momento de formação:

Inicial: trata-se de uma das mais simples classificações, pois apenas leva em
consideração o momento da formação do litisconsórcio. Se já presente na petição
inicial, será inicial. Trata-se da situação mais comum, quando, por exemplo, na
hipótese de responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços (terceirização),
ajuíza-se a demanda em face das duas empresas – terceirizada (empregadora) e
tomadora dos serviços, conforme Súmula nº 331 do TST, de maneira a buscar o
adimplemento por meio da segunda empresa, caso a execução em face da primeira
seja infrutífera.

Súmula nº 331, IV do TST: O inadimplemento das obrigações


trabalhistas, por parte do empregador, implica a
responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto
àquelas obrigações, desde que haja participado da relação
processual e conste também do título executivo judicial.

Ulterior (superveniente): se o litisconsórcio for formado após a distribuição da


ação, será ulterior ou superveniente. É o que ocorre na hipótese de sucessão
processual, quando, por exemplo, o autor ou o réu, pessoa física, morre, sendo
sucedido pelos dependentes ou quando se ajuíza a ação de execução em face da
empresa componente do grupo econômico, mas que não participou do processo de
conhecimento (o que é permitido após o cancelamento da Súmula nº 205 do TST).

 Reflexos processuais do litisconsórcio;

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A previsão do litisconsórcio no processo do trabalho (assim como no


processo civil) traz uma séria de consequências ou reflexos, dentre as quais podem
ser destacadas as seguintes:

 Apesar dos litisconsortes encontrarem-se no mesmo polo da demanda, muitas


vezes utilizando-se das mesmas teses jurídicas, produzindo as mesmas provas,
devem ser considerados como litigantes distintos, nos termos do art. 117 do
CPC/15, o que significa dizer que os atos e omissões de um não prejudicarão
aos demais, uma vez que podem realizar os atos processuais em separado.

Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas


relações com a parte adversa, como litigantes distintos,
exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as
omissões de um não prejudicarão os outros, mas os
poderão beneficiar.

 Os litisconsortes, quantos forem, devem ser intimados de todos os atos


processuais, não sendo válida a intimação de apenas um ou alguns. Por se
tratarem de litigantes distintos, assim devem ser tratados, tendo ciência dos
atos processuais que foram realizados e aqueles que podem ser realizados.
Essa regra está descrita no art. 118 do CPC/15.

Art. 118. Cada litisconsorte tem o direito de promover o


andamento do processo, e todos devem ser intimados dos
respectivos atos.

 Havendo mais de um litigante, a defesa apresentada por um aproveita aos


demais, não havendo presunção de veracidade, conforme art. 345, I do
CPC/15.

Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art.


344 se: I - havendo pluralidade de réus, algum deles
contestar a ação;

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 Em relação aos recursos, importante se mostra a regra do art. 1.005 do


CPC/15, que afirma: “O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos
aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses”. Atenção, pois essa
regra somente é válida para o litisconsorte unitário, já que a decisão deve ser a
mesma para todos, conforme já estudado.

Art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes


a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus
interesses. Parágrafo único. Havendo solidariedade
passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará
aos outros quando as defesas opostas ao credor lhes
forem comuns.

 Por fim, o art. 229 do CPC/15, antigo art. 191 do CPC/73 não é aplicável ao
processo do trabalho, conforme OJ nº 310 da SDI-1 do TST, não havendo prazo
em dobro para os litisconsortes com diferentes procuradores.

Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes


procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão
prazos contados em dobro para todas as suas
manifestações, em qualquer juízo ou tribunal,
independentemente de requerimento.

OJ nº 310. LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS.


PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE
2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO
DO TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de 2015) –
Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art.
229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de
1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe
é inerente.

Exemplo: as hipóteses mais comuns de litisconsórcio na Justiça

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do Trabalho são: 1. litisconsórcio facultativo ativo, na hipótese de


ajuizamento de uma única ação por vários ex-empregados da
empresa; 2. Litisconsórcio facultativo passivo, quando há
responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços na
terceirização. Se trabalhei como segurança na empresa Alfa, que
prestava serviços para a empresa Beta, há terceirização. Eu posso
ajuizar a ação em face das duas empresas, especialmente, se
quiser a condenação da empresa Beta, tomadora dos serviços.
Tem-se um litisconsórcio facultativo passivo.

 PROCURADORES;

Nos termos do art. 104 do CPC/15, o Advogado, ao patrocinar uma


demanda, deve juntar aos autos o denominado instrumento de mandato, também
conhecido por procuração, quando da prática do ato processual (ajuizamento da ação,
apresentação de defesa, interposição de recurso, etc), sob pena do ato considerar-se
inexistente. Ocorre que nos domínios do processo do trabalho as regras sobre
representação por Advogado e apresentação do instrumento de mandato são
relativizadas, ante o jus postulandi e o mandato tácito, a serem estudados a seguir.

Art. 104. O advogado não será admitido a postular em


juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão,
decadência ou prescrição, ou para praticar ato
considerado urgente. § 1o Nas hipóteses previstas
no caput, o advogado deverá, independentemente de
caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias,
prorrogável por igual período por despacho do juiz. § 2o O
ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente
àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o
advogado pelas despesas e por perdas e danos.

 Mandato tácito;

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Por vezes é comum folhear um processo trabalhista e não encontrar, como


é comum na seara cível, um documento de nome procuração ou mandato. Não há nos
autos nenhum documento no qual expressamente a parte confere poderes para o
Advogado atuar em seu nome. Fora dos domínios do processo do trabalho, tal
situação somente é permitida para os Advogados Públicos (Procuradores de
Municípios, Estados, Advogados da União, Procuradores Federais, etc).
Ocorre que em uma demanda trabalhista, pode ser que não se encontre o
tal documento e mesmo assim exista Advogado nos autos realizando os atos
processuais. Nesse ponto fica a pergunta: mas como saber se aquele Advogado possui
poderes para representar a parte se não há um documento expresso nos autos?
Neste ponto vislumbra-se a importância do instituto do mandato tácito, que
decorre da presença do Advogado em Audiência para representar determinado
litigante. Em outras palavras, o fato do Advogado “X” ter comparecido à audiência
acompanhando o autor faz presumir que aquele possui poderes para agir em nome
deste último. Daí o mandato tácito que permite a prática de atos ordinários no
processo trabalhista.

! A presença em audiência faz presumir que o Advogado possui


procuração/mandato da parte para agir naquele processo.

Tal fato é expressamente reconhecido pela Súmula nº 383 do TST, alterada


em 2016 para adequar-se ao Novo CPC, que afirma ser possível a interposição de
recurso pelo Advogado detentor do mandato tático, conforme inciso I da
jurisprudência consolidada, abaixo transcrita:

I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem


procuração juntada aos autos até o momento da sua
interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art.
104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado,
independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo
de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável
por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba,
considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do
recurso.

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Sobre o tema, ainda é importante frisar que tal forma de mandato outorga
apenas os poderes gerais ao Advogado, excetuando-se aqueles descritos no art. 38 do
CPC, que são denominados especiais, pois intimamente ligados ao direito material
objeto do litígio. A existência dos poderes gerais está descrita no art. 791 §3º da CLT.

Art. 791, §3º da CLT: A constituição de procurador com


poderes para o foro em geral poderá ser efetivada,
mediante simples registro em ata de audiência, a
requerimento verbal do advogado interessado, com
anuência da parte representada.

Destaque para a corrente doutrinária e jurisprudencial que identificam a


similitude entre mandato tácito e procuração apud acta, considerando expressões
sinônimas no direito processual do trabalho.
Por fim, o detentor de mandato tácito não pode substabelecer, por não ser
considerada uma providência ordinária, isto é, comum no rito trabalhista. Tal
afirmação está em conformidade com a OJ nº 200 da SDI-1 do TST. Já em relação ao
mandato escrito, expresso, a regra já é um pouco diversa, conforme análise do inciso
III da Súmula n. 395 do TST, que prevê a regularidade dos atos processuais
realizados pelo substabelecido, mesmo que não haja poder expresso para
substabelecer.

OJ nº 200 da SDI-1 do TST: É inválido o substabelecimento de


advogado investido de mandato tácito.

Súmula nº 395, III do TST: São válidos os atos praticados pelo


substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes
expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código
Civil de 2002).

Exemplo: imagine que um cliente ligou para um Advogado


falando que daqui a 2 horas teria uma audiência e que se não
fossem seria decretada a revelia, com possível condenação. Os
dois conversaram sobre a situação, que era simples e o Advogado
compareceu ao ato processual. Chegando na sala de audiências,

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foi inserido o nome do Advogado na ata de audiência, com a


informação de que estava representando dos interesses do
reclamado. Mesmo não tendo procuração escrita, o Advogado
poderá praticar atos no processo, pois é detentor de mandato
tácito, já que seu nome consta na ata de audiência.

 Honorários advocatícios;

O tema honorários advocatícios mostra-se extremamente importante, ainda


mais após a alteração da Súmula nº 219 do TST, uma vez que foram inseridos dois
incisos no verbete, tratando de 3 (três) temas: ação rescisória, sindicato como
substituto processual e relação de trabalho.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a


redação do item I e acrescidos os itens IV a VI na sessão
do Tribunal Pleno realizada em 15.03.2016) - Res.
204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de
honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente
da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a)
estar assistida por sindicato da categoria profissional; b)
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do
salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica
que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio
sustento ou da respectiva família. (art.14,§1º, da Lei nº
5.584/1970). II - É cabível a condenação ao pagamento
de honorários advocatícios em ação rescisória no
processo trabalhista. III – São devidos os honorários
advocatícios nas causas em que o ente sindical figure
como substituto processual e nas lides que não derivem
da relação de emprego. IV – Na ação rescisória e nas lides
que não derivem de relação de emprego, a
responsabilidade pelo pagamento dos honorários

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advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina do


Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90). V – Em
caso de assistência judiciária sindical, revogado o art. 11
da Lei nº 1060/50 (CPC de 2015, art. 1072, inc. III), os
honorários advocatícios assistenciais são devidos entre o
mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o
valor da condenação, do proveito econômico obtido ou,
não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado
da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º). VI - Nas causas em
que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os
percentuais específicos de honorários advocatícios
contemplados no Código de Processo Civil.

Antes de tratar das alterações na referida súmula, alguns pontos que


devem ser levados em consideração.
Sobre o tema em estudo, duas são as correntes doutrinárias e
jurisprudenciais:

 Minoritária: aplica os artigos 133 da CRFB/88 e 20 do CPC, afirmando que


após a Constituição de 1988, os honorários advocatícios são devidos pela mera
sucumbência, ou seja, quem for perdedor no objeto da demanda, paga a
quantia referente aos honorários ao advogado da parte vencedora.

 Majoritária: aplica as Súmulas nº 219 e 329 do TST, afirmando que os


honorários são devidos se presentes dois requisitos: parte assistida pelo
sindicato e beneficiária da assistência judiciária gratuita, conforme Lei nº
5584/70. Verifica-se que a verba não é devida pela mera sucumbência, e
sim, apenas quando presentes os requisitos legais.

! Para fazer jus à assistência judiciária gratuita, nos termos da Lei


n. 5584/70, a parte deve estar assistida pelo sindicato da categoria
e perceber quantia até 2 (dois) salários mínimos por mês (ou
recebendo quantia superior, declarar não ter condições de arcar
com os custos do processo).

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O Inciso I: traz uma alteração importante ocorrida em 2016, que é a


retirada do percentual máximo, que era de 15% e que agora passa a ser de
20%, conforme CPC.
O sistema de condenação, porém, continua a ser diferente do direito
processual civil, que adota a “mera sucumbência”, enquanto no processo do trabalho
somente há a condenação caso preenchidos dois requisitos, explícitos no próprio
inciso I, a saber:
 Assistência Judiciária Gratuita: deve o autor estar assistido pelo
sindicato de classe;
 Recebimento de quantia máxima: deve o autor receber até 2
(dois) salários mínimos ou, se receber mais, declarar não ter
condições de arcar com os custos do processo, sendo-lhe deferido o
benefício da justiça gratuita.

! Lembre-se que Assistência Judiciária Gratuita e Justiça Gratuita


são dois institutos diferentes, pois o primeiro decorre do
ajuizamento da ação pelo Sindicato e o segundo é a concessão da
gratuidade do processo, para aqueles que não possuem condições
financeiras para pagar as custas processuais.

Seguindo-se na análise da Súmula, temos que:

Inciso II: Honorários Advocatícios em ação rescisória: O TST


entendeu que há condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação
rescisória, pela mera sucumbência.

Inciso III: Honorários Advocatícios quando o sindicato for


substituto processual: A inclusão do inciso III na Súmula n. 219 do TST põe fim à
séria controvérsia antes existente, pois parte da doutrina e jurisprudência advogavam
a tese de que ao sindicato não eram devidos os honorários quando atuasse como
legitimidade extraordinária (art. 8º, III da CRFB/88). A mudança é salutar, pois a Lei
nº 5584/70, em seu art. 16, afirma que os honorários são devidos ao sindicato.

Inciso IV: Percentual devido nas lides decorrentes da relação de


trabalho e na ação rescisória: Nas lides que não derivem de relação de emprego,

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isto é, aquelas relacionadas à relação de trabalho, assim como nas ações rescisórias,
já mencionadas no inciso III, os honorários serão fixados conforme disposições
contidas nos artigos 85, 86, 87 e 90 do CPC/15, abaixo transcrito para conhecimento:

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.


§ 1o São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença,
provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos,
cumulativamente.
§ 2o O honorário erão fi ado entre o mínimo de dez e o má imo de vinte por cento obre
o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo,
sobre o valor atualizado da causa, atendidos:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
§ 3o Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os
critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2o e os seguintes percentuais:
I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do
proveito econômico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;
II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do
proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000
(dois mil) salários-mínimos;
III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou
do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até
20.000 (vinte mil) salários-mínimos;
IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou
do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até
100.000 (cem mil) salários-mínimos;
V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do
proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos.
§ 4o Em qualquer das hipóteses do § 3o:
I - os percentuais previstos nos incisos I a V devem ser aplicados desde logo,
quando for líquida a sentença;
II - não sendo líquida a sentença, a definição do percentual, nos termos previstos
nos incisos I a V, somente ocorrerá quando liquidado o julgado;
III - não havendo condenação principal ou não sendo possível mensurar o proveito
econômico obtido, a condenação em honorários dar-se-á sobre o valor atualizado

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da causa;
IV - será considerado o salário-mínimo vigente quando prolatada sentença líquida
ou o que estiver em vigor na data da decisão de liquidação.
§ 5o Quando, conforme o caso, a condenação contra a Fazenda Pública ou o benefício
econômico obtido pelo vencedor ou o valor da causa for superior ao valor previsto no inciso I
do § 3o, a fixação do percentual de honorários deve observar a faixa inicial e, naquilo que a
exceder, a faixa subsequente, e assim sucessivamente.
§ 6o Os limites e critérios previstos nos §§ 2o e 3o aplicam-se independentemente de qual seja
o conteúdo da decisão, inclusive aos casos de improcedência ou de sentença sem resolução
de mérito.
§ 7o Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que
enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada.
§ 8o Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o
valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa,
observando o disposto nos incisos do § 2o.
§ 9o Na ação de indenização por ato ilícito contra pessoa, o percentual de honorários incidirá
sobre a soma das prestações vencidas acrescida de 12 (doze) prestações vincendas.
§ 10. Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa ao
processo.
§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em
conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando, conforme o caso, o
disposto nos §§ 2o a 6o, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários
devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2 o e
3o para a fase de conhecimento.
§ 12. Os honorários referidos no § 11 são cumuláveis com multas e outras sanções
processuais, inclusive as previstas no art. 77.
§ 13. As verbas de sucumbência arbitradas em embargos à execução rejeitados ou julgados
improcedentes e em fase de cumprimento de sentença serão acrescidas no valor do débito
principal, para todos os efeitos legais.
§ 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os
mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a
compensação em caso de sucumbência parcial.
§ 15. O advogado pode requerer que o pagamento dos honorários que lhe caibam seja
efetuado em favor da sociedade de advogados que integra na qualidade de sócio, aplicando-
se à hipótese o disposto no § 14.
§ 16. Quando os honorários forem fixados em quantia certa, os juros moratórios incidirão a
partir da data do trânsito em julgado da decisão.
§ 17. Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria.

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§ 18. Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorários ou
ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança.
§ 19. Os advogados públicos perceberão honorários de sucumbência, nos termos da lei.

Art. 86. Se cada litigante for, em parte, vencedor e vencido, serão proporcionalmente
distribuídas entre eles as despesas. Parágrafo único. Se um litigante sucumbir em parte
mínima do pedido, o outro responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários.
Art. 87. Concorrendo diversos autores ou diversos réus, os vencidos respondem
proporcionalmente pelas despesas e pelos honorários.
§ 1o A sentença deverá distribuir entre os litisconsortes, de forma expressa, a
responsabilidade proporcional pelo pagamento das verbas previstas no caput.
§ 2o Se a distribuição de que trata o § 1o não for feita, os vencidos responderão
solidariamente pelas despesas e pelos honorários.

Art. 90. Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia ou em


reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu,
renunciou ou reconheceu.
§ 1o Sendo parcial a desistência, a renúncia ou o reconhecimento, a responsabilidade pelas
despesas e pelos honorários será proporcional à parcela reconhecida, à qual se renunciou ou
da qual se desistiu.
§ 2o Havendo transação e nada tendo as partes disposto quanto às despesas, estas serão
divididas igualmente.
§ 3o Se a transação ocorrer antes da sentença, as partes ficam dispensadas do pagamento
das custas processuais remanescentes, se houver.
§ 4o Se o réu reconhecer a procedência do pedido e, simultaneamente, cumprir integralmente
a prestação reconhecida, os honorários serão reduzidos pela metade.

Em resumo, podemos dizer, em relação aos dispositivos do NOVO


CPC, sobre honorários advocatícios de sucumbência, que:

 Art. 85: os honorários são fixados entre 10% e 20% (não mais
15%), levando-se em consideração o trabalho do Advogado, que é
“medido” conforme os parâmetros pensados pelo legislador, a saber:
grau de zelo, lugar da prestação dos serviços, natureza e importância
da causa e o trabalho realizado pelo Advogado e o tempo exigido. Já
nas causas envolvendo a Fazenda Pública, os percentuais são

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específicos, conforme reconhecido pelo inciso V da Sumula nº 219 do


TST, variando de acordo com o valor em discussão.

 Art. 86: havendo sucumbência recíproca, os honorários serão fixados


reciprocamente, considerando-se a extensão da perda de cada
litigante, podendo haver o pagamento apenas por um deles, caso a
sucumbência do outro seja mínima.

 Art. 87: havendo litisconsórcio ativo ou passivo, a responsabilidade


de cada um pelas despesas e honorários será proporcional, devendo
o Juiz fixar na sentença tal obrigação. Na ausência, a
responsabilidade será solidária por tal pagamento.

 Art. 90: Se houver desistência, renúncia ou reconhecimento jurídico


do pedido, a parte que realizou aqueles atos arcará com o pagamento
dos honorários, ou seja, se o autor desistiu da ação, deverá pagar os
honorários de sucumbência.

Inciso V: na assistência judiciária gratuita, os honorários devidos ao


Sindicato serão fixados entre 10% e 20%.

Inciso VI: na execução em que figure a Fazenda Pública, teremos a


aplicação dos percentuais específicos do art. 85 do CPC/15.

Também são devidos os honorários de sucumbência pela mera


sucumbência, conforme OJ nº 421 da SDI-1 do TST, nas ações sobre acidentes de
trabalho que foram ajuizadas na justiça comum e, com a EC 45/04, remetidas à
Justiça do Trabalho. Vejamos:

OJ nº 421. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. AÇÃO DE


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRABALHO OU DE
DOENÇA PROFISSIONAL. AJUIZAMENTO PERANTE A
JUSTIÇA COMUM ANTES DA PROMULGAÇÃO DA EMENDA
CONSTITUCIONAL Nº 45/2004. POSTERIOR REMESSA
DOS AUTOS À JUSTIÇA DO TRABALHO. ART. 85 DO CPC

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DE 2015. ART. 20 DO CPC DE 1973.


INCIDÊNCIA. (atualizada em decorrência do CPC de
2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e
26.04.2016. A condenação em honorários advocatícios
nos autos de ação de indenização por danos morais e
materiais decorrentes de acidente de trabalho ou de
doença profissional, remetida à Justiça do Trabalho após
ajuizamento na Justiça comum, antes da vigência da
Emenda Constitucional nº 45/2004, decorre da mera
sucumbência, nos termos do art. 85 do CPC de 2015 (art.
20 do CPC de 1973), não se sujeitando aos requisitos da
Lei nº 5.584/1970.

Dois últimos aspectos importantes sobre o tema: a competência para a ação


de cobrança de honorários de profissionais liberais, nos termos da Súmula n. 363 do
STJ é da Justiça Comum, ou seja, a justiça do trabalho é incompetente nessas
situações.

Exemplo: ao ser demitido, fui ao Sindicato da categoria e houve


o ajuizamento de ação trabalhista. Na época, recebia 1,5 salário
mínimo. O Juiz condenou a empresa ao pagamento de
R$10.000,00 por danos morais e 15% de honorários advocatícios
de sucumbência, em favor do sindicato. Essa condenação em 15%
decorreu do fato de estar representado pelo sindicato e receber
até 2 salários mínimos, ou seja, por ter preenchido os requisitos
da assistência judiciária gratuita, da Lei nº 5584/70. Poderia o
Juiz ter fixado qualquer percentual entre 10% e 20%, conforme
art. 85 do CPC/15.

 Amicus Curiae – Novo CPC:

O amicus curiae ou “amigo da corte”, é uma figura de intervenção de


terceiro que já era bastante adotado pelo STF nas ações do controle concentrado de
constitucionalidade, hipóteses em que o órgão permitia a participação de pessoas e
entidades representativas de determinado seguimento ou especializadas em

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determinada matéria, que dessem o seu parecer acerca da matéria, “ajudando” no


julgamento da demanda. Nada melhor, por exemplo, do que ouvir uma associação de
médicos acerca de uma matéria médica.
Assim também poderá ocorrer no processo do trabalho com a aplicação do
art. 138 do Novo CPC, conforme expressamente consignado na IN nº 39/16.
A grande novidade do NCPC é a permissão para que a participação do
amicus curiae ocorra em qualquer instância, desde o primeiro grau de jurisdição até o
STF. No âmbito trabalhista, poderemos ter a participação do “amigo da corte” nas
ações que tramitam nas Varas do Trabalho, nos TRTs e no TST, desde que a matéria
seja relevante e exista repercussão social da controvérsia, pois presentes os
requisitos há interesse em ouvir os setores da sociedade com conhecimento técnico
para que a decisão seja a mais democrática possível.
Passemos à análise do único dispositivo que trata da matéria:

Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a


especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da
controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das
partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação
de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com
representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.

Percebe-se que a intervenção do amicus curiae pode ser provocada ou


espontânea, ou seja, pode a pessoa física ou jurídica que atuará naquela função,
requerer a sua intervenção ou pode o Magistrado intimar o terceiro para que atue na
qualidade de amicus curiae. Percebe-se também que tal atuação pode partir
espontaneamente do Juiz, que determinará a intimação de ofício ou através de
requerimento formulado por alguma das partes. A decisão sobre a admissão ou não
do amicus curiae é irrecorrível, de forma a que não tenhamos uma maior
complexidade em virtude do procedimento. A ideia é facilitar o julgamento e não
torná-lo mais difícil, complexo, etc.

§ 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência


nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos
de declaração e a hipótese do § 3o.

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Um ponto importante para os concursos futuros que venham a cobrar a


matéria, consta no §1º do art. 138 do NCPC, sobre a impossibilidade de alteração da
competência em virtude da atuação do amicus curiae e a impossibilidade de
interposição de recursos, salvo os embargos de declaração.
Vimos que a decisão sobre a admissão do amicus curiae é irrecorrível. As
decisões proferidas no processo também são irrecorríveis para ele, ou seja, não
poderá o terceiro recorrer das sentenças e acórdãos proferidos, já que o mesmo não é
parte e não pode ser considerado terceiro prejudicado, na medida em que o direito
discutido não é dele. A sua atuação é apenas no sentido de ajudar no julgamento a
questão, já que há relevância e repercussão social. Apenas o recurso de embargos
de declaração, que não possui finalidade de modificação da decisão, em
regra, poderá ser manejado pelo amicus curiae.

§ 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a


intervenção, definir os poderes do amicus curiae.
§ 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de
resolução de demandas repetitivas.

Quais atos processuais podem ser realizados pelo amicus curiae? Poderá
produzir prova, falar em audiência, etc? A definição dos poderes caberá ao Juiz. O
Magistrado definirá de acordo com o §2º do art. 138 do NCPC os poderes do terceiro,
o que o mesmo poderá realizar no procedimento trabalhista.
Por fim, nos termos do §3º, poderá recorrer da decisão que julgar o
incidente de resolução de demandas repetitivas, que será estudado
oportunamente.

 ATOS PROCESSUAIS:
 Dos atos do juiz;

Dispostos nos artigos 203, 204 e 932 do CPC/15, o Juiz poderá, ao atuar
em um processo, realizar os seguintes atos, a serem estudados separadamente:
despachos, decisões interlocutórias, sentenças, acórdãos e decisões monocráticas.
Estudam-se os atos em ordem invertida do art. 203 do CPC/15, iniciando-se pelo mais
simples (despacho) até o mais complexo (sentença), de maneira a facilitar o
aprendizado.

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Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em


sentenças, decisões interlocutórias e despachos. §
1o Ressalvadas as disposições expressas dos
procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento
por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts.
485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento
comum, bem como extingue a execução. § 2o Decisão
interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza
decisória que não se enquadre no § 1o. § 3o São despachos
todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no
processo, de ofício ou a requerimento da parte. § 4o Os
atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista
obrigatória, independem de despacho, devendo ser
praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz
quando necessário.

 Despachos;

Previsto no §3º do art. 203 do CPC/15, são conceituados pelo legislador


como “(...) todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício
ou a requerimento da parte.”.

§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do


juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento
da parte.

Trata-se do mais simples ato processual praticado pelo Juiz na condução do


processo e tem por finalidade proporcionar andamento ao feito, isto é, fazer com que
o processo se movimente, conforme preconizado no art. 2º do CPC/15, que diz que o
processo se desenvolve por impulso oficial.
As principais características dos despachos são:

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 Praticados de ofício pelo Magistrado, isto é, sem necessidade de pedido das


partes;

 Não há prazo para a sua prática, diferentemente das decisões e sentenças;

 Não possuem forma predeterminada;

 Não geram prejuízo às partes, pois apenas movimentam o processo, não


possuindo conteúdo decisório;

 Não podem ser impugnados por recurso, exatamente pela razão acima
disposta, conforme art. 1.001 do CPC/15.

Art. 1.001. Dos despachos não cabe recurso.

São exemplos de despachos a determinação de intimação das partes sobre


determinado ato processual, a designação de perito, a determinação para devolução
dos autos, a determinação para subida dos autos ao Tribunal para julgamento de
recurso, concessão de vista às partes, etc.

Exemplo: se o Juiz determina uma nova audiência, esse ato é um


despacho, pois não está causando prejuízo às partes, e sim,
apenas movimentando o processo. Se o Juiz condena o réu ao
pagamento de indenização, ele está proferindo uma sentença,
pois julga o pedido formulado pela parte. Se ele, liminarmente,
defere um pedido para que a gestante retorne ao trabalho, depois
de ter sido ilegalmente demitida, o Juiz profere uma decisão
interlocutória, pois o processo continuará com a prática de outros
atos processuais.

 Decisões interlocutórias;

Tratadas no art. 203, §2º do CPC, possuem importância ímpar, já que


podem ser proferidas diversas vezes no curso do processo, quando decidirem

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incidentes processuais, ou seja, questões que surgem no curso da demanda, mas que
não representam o objeto principal do litígio. Segundo a dicção legal, “Decisão
interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se
enquadre no § 1o.”.

§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial


de natureza decisória que não se enquadre no § 1o.

Em direito processual do trabalho, as interlocutórias vem sendo cada vez


mais proferidas, tendo em vista a complexidade crescente das demandas, nas quais
regularmente são formulados pedidos liminares, ora para obstar transferência de
empregado, reintegrar obreiro, determinar ao empregador que custeie tratamento
médico no curso da ação, ora para determinar que o sindicato não impeça a empresa
de funcionar, durante movimento paredista, dentre outras situações do cotidiano
forense.
Sobre as decisões interlocutórias, algumas características devem ser
destacadas:

 Necessitam de pedido da parte, pois em regra o Juiz não pode decidir de


ofício;

 Possuem forma predeterminada, já que nelas há que se ter relatório,


fundamentação e dispositivo, por aplicação do art. 489 do CPC/15, sendo que
no primeiro o Magistrado demonstra qual é a questão controvertida, no
segundo demonstra o seu convencimento e no último decide a questão
incidente.

 Podem gerar prejuízo às partes, já que a decisão favorável ao autor


prejudica o réu e vice-e-versa;

 Não podem ser impugnadas de imediato, pois como já estudado, vige no


processo do trabalho o princípio da irrecorribilidade imediata das
interlocutórias, previsto no art. 893 da CLT, com as exceções da Sumula 214 do
TST, devendo a parte prejudicada aguardar a decisão final para dela recorrer.

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Sendo proferida em audiência, a parte deverá apresentar protesto, sob pena de


preclusão.

Exemplo: a decisão interlocutória mais comum na Justiça do


Trabalho é aquela que determina a reintegração do empregado
que, apesar de sua estabilidade, é demitido pelo empregador. Um
dirigente sindical que foi demitido durante o período de
estabilidade, pode pedir ao Juiz, liminarmente, que seja
reintegrado aos quadros da empresa, voltando a trabalhar. Vejam
que o processo não terminou, e sim, foi proferida uma decisão no
curso dele, provisória. Outros atos processuais serão praticados e,
depois, será proferida a sentença, dizendo se o reclamante tem ou
não direito ao que pediu.

 Sentenças;

Conforme dispõe o art. 203, §1º do CPC, “§ 1o Ressalvadas as disposições


expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do
qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do
procedimento comum, bem como extingue a execução.”, ou seja, pode determinar a
extinção do processo com ou sem resolução do mérito. Essa é a principal diferença em
relação à decisão interlocutória, já que esta não possui por finalidade precípua a
extinção do feito, como já verificado.

§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos


procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento
por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts.
485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento
comum, bem como extingue a execução.

A sentença é por natureza o ato judicial que determina a extinção do


processo no primeiro grau de jurisdição, ao julgar o mérito, conforme art. 487 do
CPC/15, ou ao afirmar a ausência de algum requisito indispensável à análise dos

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pedidos formulados, hipótese em que extinguirá o feito sem resolução do mérito, de


acordo com o art. 485 do CPC/15.

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: I -


indeferir a petição inicial; II o processo ficar parado
durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe
incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30
(trinta) dias; IV - verificar a ausência de pressupostos de
constituição e de desenvolvimento válido e regular do
processo; V - reconhecer a existência de perempção, de
litispendência ou de coisa julgada; VI - verificar ausência
de legitimidade ou de interesse processual; VII - acolher a
alegação de existência de convenção de arbitragem ou
quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; VIII
- homologar a desistência da ação; IX - em caso de morte
da parte, a ação for considerada intransmissível por
disposição legal; e X - nos demais casos prescritos neste
Código.

Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: I -


acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na
reconvenção; II - decidir, de ofício ou a requerimento,
sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; III -
homologar: a) o reconhecimento da procedência do
pedido formulado na ação ou na reconvenção; b) a
transação; c) a renúncia à pretensão formulada na ação
ou na reconvenção. Parágrafo único. Ressalvada a
hipótese do § 1o do art. 332, a prescrição e a decadência
não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes
oportunidade de manifestar-se.

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Sobre a fundamentação das sentenças, decisões interlocutórias e acórdãos,


que serão vistos em seguida, dispõe o art. 489 do CPC/15, aplicável ao processo do
trabalho por determinação da IN 39/16 do TST, temos que:
Certamente uma das regras do Novo CPC que tendem a atrapalhar a
celeridade da Justiça do Trabalho, e que por isso entendia-se por sua não aplicação, é
o art. 489 do Novo Código, considerado pela IN nº 39/16 do TST como totalmente
compatível e aplicável ao processo do trabalho, apesar da CLT prever em seu art. 832
os requisitos da sentença.
Sob a égide do antigo código, a sentença possui como requisitos do art. 458
o relatório, a fundamentação e o dispositivo. O novel art. 489 do CPC/15 mantém tais
requisitos, mas inova ao inserir o §1º no sistema processual, ao dizer que a sentença
não é considerada fundamentada em uma série de hipóteses, muitas delas
extremamente importantes no processo do trabalho, dado ao número de súmulas e
OJs do TST que são utilizadas como fundamentos de pedidos e defesas. Pelo que
vamos ver daqui a pouco, o Juiz deve enfrentar todas aquelas súmulas e OJs que
foram alegadas pelas partes, demonstrando o motivo de sua aplicação ou afirmando
porque não se aplicam ao caso concreto. A decisão que não analisar todas as
súmulas, Ojs e fundamentos das partes, será considerada nula, sem fundamentação,
podendo-se alegar ao mesmo tempo o ferimento ao dispositivo e ao disposto no art.
93, IX da CF/88.
Vamos transcrever o dispositivo para que o mesmo seja analisado com
calma:

§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja


ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato
normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão
decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o
motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra
decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo
capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;

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V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem


identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o
caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de
distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.

Conforme pode ser visto no inciso I do §1º do art. 489 do CPC/15, nenhum
órgão da Justiça do Trabalho poderá decidir, seja proferindo decisões interlocutórias,
sentenças ou acórdãos, sem analisar a situação em concreto que foi levada ao Poder
Judiciário. Decidir analisando a situação concreta significa dizer que o Magistrado
poderá dizer de que forma o artigo de lei, a súmula ou OJ do TST se mostram
aplicáveis naquela situação, de forma que não será considerada fundamentada a
decisão que simplesmente indicar ou transcrever aquela norma jurídica. De nada
adiantará o Magistrado afirmar que “o reclamante não possui direito nos termos da
súmula nº x”, ou que procedente o pedido conforme art. Y, da CLT”. O inciso I diz que
o Magistrado deverá demonstrar a relação da norma jurídica com a relação jurídica
posta em juízo”.
Por sua vez, o inciso II trata da utilização de “termos jurídicos
indeterminados”, sem demonstração da sua incidência no caso concreto, como por
exemplo, “interesse público”, “ordem pública”. Uma sentença que negue ou conceda
um direito com base na existência de norma de ordem pública, deverá explicar o
motivo da negativa ou da concessão, explicando a razão da norma ser de ordem
pública, o interesse público que está por detrás da criação da norma jurídica.
Outra forma de evitar a decisão genérica é por meio da aplicação do inciso
III, que trata dos fundamentos que servem para justificar várias decisões, como por
exemplo, “ausência de provas”. Deverá afirmar o motivo de não ter sido provado o
fato constitutivo, impeditivo, extintivo ou modificativo.
Já o inciso IV trata da necessidade do Magistrado analisar todos os
fundamentos que foram deduzidos pelas partes e que são necessários para o deslinde
da controvérsia, para análise da situação em concreto. Se o fundamento não estiver
diretamente ligado ao mérito, não precisará ser analisado.
O inciso V complementa o I, que trata da simples indicação de dispositivos,
no caso específico de súmulas e precedentes. Como já dito, não poderá uma decisão

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valer-se da indicação de súmula ou precedente jurisprudencial sem explicar o motivo


de sua aplicação ou de sua não aplicação. Assim também consta no inciso VI.
Em suma, o art. 489 do CPC/15 quer evitar as decisões genéricas, que
não analisam a situação em concreto, quer evitar o “CTRL C + CTRL V” nas
decisões judiciais.
Caso a decisão judicial – interlocutória, sentença e acórdão – não siga os
ditames do art. 489 do CPC/15, teremos nulidade nos termos do art. 93, IX da CF/88,
podendo-se interpor recurso para anular a decisão de modo que seja outra proferida
em substituição.

 Acórdãos;

Acórdão é a denominação genérica para toda e qualquer decisão colegiada


tomada por tribunal, de qualquer instância ou justiça (comum, eleitoral, trabalhista,
etc), conforme destaca o art. 204 do CPC/15, assim redigido: “recebe a denominação
de acórdão o julgamento proferido pelos tribunais”.

Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido


pelos tribunais.

Salienta-se que o acórdão é uma decisão colegiada e que tal espécie de


decisão é a regra geral dos tribunais, ante a presunção de que o julgamento proferido
por colegiado é melhor do que o juízo singular, pela troca de experiências e
discussões que aquele proporciona.
Apesar de mostrar-se bastante comum o julgamento monocrático nos
tribunais, é importante fixar que a regra continua sendo o julgamento colegiado, que
impõe o proferimento de acórdão, uma vez que as decisões monocráticas somente
podem ser proferidas se preenchidas as hipóteses do art. 932 do CPC/15.

! Os acórdãos não são proferidos apenas nos julgamentos dos


recursos, e sim, em todos os procedimentos julgados por
colegiados, seja em questões administrativas ou judiciais.

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Assim, se impetrado um mandado de segurança ou ação rescisória de


competência do TRT ou TST, o seu julgamento, regra geral, se dará por meio de
acórdão.

Exemplo: O Juiz da 10ª Vara do Trabalho de Vitória/ES proferiu


sentença negando todos os meus pedidos. Dessa sentença
interpus recurso ordinário, que será julgado pelo TRT/ES. Nesse
tribunal, quem julgará o recurso será uma turma composta por 3
Desembargadores. A decisão dos Desembargadores será chamada
de acórdão, pois proferida por um órgão colegiado.

 Decisões monocráticas;

Excepcionalmente os feitos que tramitam nos tribunais podem ser julgados


monocraticamente, isto é, por apenas um julgador e não pelo colegiado. Esse único
julgador é denominado relator, que é o Magistrado para o qual o processo é
distribuído no tribunal e que, em regra, o conduz até julgamento final.
Até o ano de 1998, os julgamentos pelos tribunais sempre eram colegiados,
mas o legislador, por meio da Lei n. 9756/98, previu hipóteses nas quais o processo
poderia ser julgado apenas pelo relator, por tratar-se de situação mais simples, que
dispensa a discussão pelo colegiado.
De acordo com o art. 932 do CPC/15, a decisão monocrática poderá ser
proferida nas seguintes situações:

 Recurso inadmissível, ou seja, ausência de qualquer pressuposto de


admissibilidade (tempestividade, legitimidade, interesse processual, preparo,
etc).

 Recurso prejudicado, que é aquele que não mais precisa ser julgado, por
ausência superveniente do interesse recursal (perda do objeto).

 Recurso improcedente, no qual não há a demonstração do direito por parte do


recorrente ou, em outras palavras, aquele no qual resta nítida a ausência do
direito do recorrente;

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 Recurso em confronto com jurisprudência dominante do Tribunal, do Supremo


Tribunal Federal ou de Tribunal Superior, hipóteses em que já se verifica a
inexistência de direito do recorrente, por sua pretensão esbarrar na
jurisprudência dominante dos Tribunais.

 Recurso em face de decisão que conflita com jurisprudência dominante,


hipótese em que o relator, monocraticamente, dará provimento ao apelo,
anulando ou reformando a decisão recorrida.

! A decisão monocrática pode ser proferida para negar ou conceder


o pedido do recorrente, conforme dispõe o art. 932 do CPC/15.

Art. 932. Incumbe ao relator: I - dirigir e ordenar o


processo no tribunal, inclusive em relação à produção de
prova, bem como, quando for o caso, homologar
autocomposição das partes; II - apreciar o pedido de
tutela provisória nos recursos e nos processos de
competência originária do tribunal; III - não conhecer de
recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha
impugnado especificamente os fundamentos da decisão
recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior
Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal
ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de
recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução
de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
V - depois de facultada a apresentação de
contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão
recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior

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Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;


b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal
ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de
recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução
de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
VI - decidir o incidente de desconsideração da
personalidade jurídica, quando este for instaurado
originariamente perante o tribunal;
VII - determinar a intimação do Ministério Público,
quando for o caso;
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no
regimento interno do tribunal.
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o
recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao
recorrente para que seja sanado vício ou complementada
a documentação exigível.

Apesar das diversas hipóteses que permitem o julgamento monocrático nos


tribunais, é importante frisar que continua tal situação a ser excepcional no sistema
processual pátrio.

Exemplo: ajuizei ação trabalhista pedindo horas sobreaviso por


usar o telefone celular que a empresa me forneceu. O pedido foi
negado por sentença, nos termos da Súmula nº 428 do TST, que
diz que o simples fornecimento do celular não gera horas
sobreaviso. Dessa sentença interpus recurso ordinário. Chegando
ao TRT, o meu recurso foi distribuído a um dos Desembargadores,
chamado de relator. Esse relator, lendo o recurso, verá que é uma
situação simples, que o meu pedido esbarra no entendimento do
TST, na súmula nº 428. Ele relator poderá julgar sozinho,
proferindo decisão monocrática. Não há necessidade que esse
recurso seja julgado por 3 Desembargadores, pois é uma situação
simples.

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 PRAZOS PROCESSUAIS;

Prazo é o tempo de que se dispõe para a prática de um determinado ato


processual. Trata-se de instituto extremamente importante em direito processual, pois
está interligado ao princípio da preclusão, já estudado, que possui como uma de suas
espécies a preclusão temporal (art. 223 do CPC/15).

Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de


praticar ou de emendar o ato processual,
independentemente de declaração judicial, ficando
assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por
justa causa.

 Classificação;

Diversas são as classificações em relação aos prazos processuais, levando


em consideração, por vezes, quem os determina, o fato de poderem ou não ser
alterados e o destinatário.

 Legais, judiciais e convencionais;

Em relação à determinação dos prazos, estes podem ser legais, judiciais e


convencionais, se o criador for, respectivamente, a lei, o Juiz ou as partes (mediante
convenção).
A regra quanto à determinação dos prazos é que sejam legais, isto é,
criados pela lei. Por questão de segurança jurídica e visando a concretização do
princípio da isonomia, o legislador deve criar os prazos de que dispõem os sujeitos
processuais para a prática de atos no decorrer da marcha processual.
Ocorre que nem todas as situações processuais foram pensadas pelo
legislador, que não impôs o prazo para a prática de todos os atos processuais. Assim,
diante dessa impossibilidade, delegou ao Magistrado, no caso concreto, a
determinação do prazo que atenda à situação concreta, ou seja, um prazo razoável
para que se realize o ato. Surgem assim os prazos judiciais, determinados in concreto,

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para a prática de determinado ato. Verifica-se que em relação aos prazos legais, o
legislador tratou de situações genéricas (recursos, defesa, etc.), ao passo que nos
judiciais o ato é concreto.
Geralmente nos prazos judiciais, o legislador afirma que o julgador
determinará a prática do ato em prazo razoável, que em duas demandas que
tramitem perante o mesmo rito e juízo, podem ser diferentes, tendo em vista a
complexidade da causa.
Aqui temos que destacar o art. 218 do CPC/15, que em seu §1º diz que o
Juiz fixará os prazos levando em consideração a complexidade do ato.

Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos


prazos prescritos em lei. § 1o Quando a lei for omissa, o
juiz determinará os prazos em consideração à
complexidade do ato.

O art. 76 do CPC/15 é um bom exemplo de prazo judicial, que pode ser


utilizado perfeitamente nos domínios do processo do trabalho, tendo em vista a
preocupação com economia e celeridade processuais. No referido artigo, o legislador
fixou que:

Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a


irregularidade da representação da parte, o juiz
suspenderá o processo e designará prazo razoável para
que seja sanado o vício.

Por fim, por representarem número bastante restrito, os prazos


convencionais são aqueles definidos por acordo (convenção) das partes. Nessas
situações, os litigantes possuem certa liberdade para definir os prazos processuais.
Situação típica encontra-se no art. 313, §4º do CPC/15, que prevê a suspensão do
prazo por convenção das partes, hipótese em que o prazo será por elas estipulado,
tendo por máximo 6 (seis) meses. Verifica-se que a liberdade na definição não é
absoluta, e sim, relativa, uma vez que o legislador limita a definição a um prazo
máximo. Situação diversa poderia impedir o Estado de exercer a sua função
constitucional de analisar e decidir conflitos.

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qual estou preparando o meu recurso ordinário. No ultimo dia do prazo


para a interposição do recurso, toda a cidade foi surpreendida com uma
chuva que inundou todas as ruas, travou todo o trânsito, acarretou a
morte de algumas pessoas, ou seja, houve um desastre total. Em virtude
do caos, não consegui interpor o meu recurso. O Juiz, considerando
tratar-se de justa causa, permitiu a prática do ato no dia útil seguinte,
conforme art. 223, do CPC/15, já que o evento era imprevisto.

 Impróprios e próprios;

A última classificação leva em consideração o destinatário da norma: sendo


o Estado, que atua por meio do Juiz, Ministério Público fiscal da lei, perito, dentre
outros, o prazo será considerado impróprio; se as partes, os prazos serão próprios.
Se o Juiz possui 30 (trinta) dias para decidir, de acordo com o art. 226, III,
do CPC/15, deverá fazê-lo naquele prazo. Contudo, a desobediência não acarreta a
perda da possibilidade de atuar posteriormente, isto é, se não decidir no prazo legal,
poderá fazê-lo posteriormente. Em outras palavras, não haverá preclusão.

! Característica importante dos prazos impróprios é a ausência de


preclusão, já que o destinatário é o próprio Estado, através do qual
é exercida a função jurisdicional.

Art. 226. O juiz proferirá: III - as sentenças no prazo de


30 (trinta) dias.

Já os prazos próprios são destinados às partes, que devem cumpri-los sob


pena de preclusão temporal (art. 223 do CPC/15). Se a lei fixa que o recurso ordinário
deve ser interposto em 8 (oito) dias, a parte deverá agir dentro do prazo destacado,
sob pena de não poder interpor mais o recurso, gerando o trânsito em julgado por
consequência. É importante lembrar que a preclusão temporal é uma regra que possui
por exceção a ocorrência de justa causa, que poderá relevar a pena processual,
permitindo a prática do ato processual mesmo que a destempo.

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! A parte deverá demonstrar ao Juiz a ocorrência de um evento


imprevisível, que o impediu de realizar o ato processual no prazo,
como um acidente grave, sendo que o Magistrado, ao reconhecer a
justa causa, concederá à parte um prazo para a prática de ato, que
pode ser igual ou diferente do prazo originário.

Por fim, o fato da parte não ter requerido a produção de determinado meio
de prova no momento oportuno, gera-lhe preclusão e, consequentemente, perda
daquela possibilidade, salvo se o Magistrado, por meio de seus poderes instrutórios
(art. 370 do CPC/15), determinar de ofício a produção da prova. Não poderá a parte
insistir diante do indeferimento, já que houve preclusão.

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da


parte, determinar as provas necessárias ao julgamento
do mérito. Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão
fundamentada, as diligências inúteis ou meramente
protelatórias.

 Ausência de estipulação do prazo;

Já foi dito anteriormente que no silêncio da lei, o Juiz determinará a prática


de ato em prazo razoável, isto é, determinando em um caso concreto, de acordo com
a complexidade do ato. Assim:

Ausência de estipulação legal Juiz determina prazo razoável

Mas o que ocorreria se o Julgador não fixasse o prazo de acordo com a


complexidade da causa? No silêncio da lei e do Juiz, qual é o prazo de que dispõe a
parte para a prática do ato processual?

Ausência de estipulação do prazo pela lei

Ausência de estipulação do prazo pelo julgador

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! As empresas públicas e sociedades de economia mista estão


excluídas da regra em referência por possuírem personalidade
jurídica de direito privado, o que significa dizer que as normas
aplicáveis são aquelas previstas para as empresas privadas em
geral.

Mas o que significa dizer, na prática, que aqueles entes possuem prazo em
quádruplo para apresentar defesa? No processo do trabalho, como ainda será
estudado em profundidade, a defesa é apresentada em audiência, sendo que esse ato
será designado com intervalo mínimo de 5 (cinco) dias a contar do recebimento de
notificação, o que, em outras palavras, representa dizer que o reclamado terá pelo
menos 5 (cinco) dias para preparar a documentação e defesa para apresentação em
audiência. Para as pessoas jurídicas de direito público, o prazo mínimo entre o
recebimento da notificação e a realização da audiência, momento em que poderá ser
apresentada a defesa, deve ser de, no mínimo, 20 (vinte) dias, isto é, o quádruplo se
comparado aos particulares.
O Ministério Público possui a prerrogativa de prazo em dobro (e não mais
em quádruplo), por aplicação subsidiária do art. 180 do CPC/15, seja quando atua
como fiscal da lei ou como parte. Nos termos do dispositivo do Código de Processo
Civil, poderá o MP:

 Apresentar defesa em prazo duplo (não mais em quádruplo como era


no art. 188 do CPC/73);

 Recorrer em prazo duplo – se o prazo recursal trabalhista é, em regra, de 8


(oito) dias, para o Ministério Público, será de 16 (dezesseis) dias.

! Importante destacar que a prerrogativa de prazo para recurso das


pessoas jurídicas de direito público e Ministério Público não alcança
o prazo para apresentação de contrarrazões, que é sempre simples.
A prerrogativa existe apenas quando aqueles entes interpõem
recurso e não quando respondem ao apelo.

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Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro


para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de
sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o. §
1o Findo o prazo para manifestação do Ministério Público
sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os
autos e dará andamento ao processo. § 2o Não se aplica o
benefício da contagem em dobro quando a lei
estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o
Ministério Público.

Mais uma vez, considerando a importância da regra e os equívocos que


podem dela surgir, destaca-se a inaplicabilidade do art. 229 do CPC/15. Não há no
processo do trabalho a prerrogativa de prazo para os litisconsortes que possuem
diferentes procuradores, como há no processo civil. Na seara trabalhista,
independentemente dos litisconsortes estarem representados por iguais ou diferentes
procuradores, o prazo será sempre simples. Essa informação consta na OJ nº 310 da
SDI-1 do TST.

Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes


procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão
prazos contados em dobro para todas as suas
manifestações, em qualquer juízo ou tribunal,
independentemente de requerimento.

OJ 310 SDI-1 do TST: Inaplicável ao processo do trabalho


a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC
de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de
incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente.

 Regras sobre contagem de prazos;

Em primeiro lugar, devemos deixar claro que a contagem dos prazos


processuais no processo do trabalho não sofre influência do Novo CPC, já que o art.

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219 do novo código diz serem contados apenas os dias úteis, ao passo que a CLT
deixa claro que os prazos são contínuos, o que significa dizer que os dias não
úteis são contados normalmente, quando já em curso o prazo, conforme será
analisado a seguir.
A Instrução Normativa nº 39/16 do TST fixou a não aplicação do art. 219 do
CPC/15, que é assim redigido:

Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido


por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias
úteis. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se
somente aos prazos processuais.

Prosseguindo no estudo do tema, é imprescindível diferenciar início do


prazo e início da contagem do prazo, considerados pelas Súmulas nº 1 e 262 do
TST, nos seguintes termos:

 Início do prazo: se dá com a ciência do ato a ser realizado, ou seja, com o


recebimento da notificação. Assim, se recebida aquela numa sexta-feira, o
início do prazo será naquele mesmo dia.

 Início da contagem do prazo: ocorrerá no primeiro dia útil seguinte ao início


do prazo. Assim, se o início do prazo ocorreu numa sexta-feira, o início da
contagem do prazo será na segunda-feira, caso dia útil, prosseguindo-se na
contagem do prazo até o último dia.

SUM-1 PRAZO JUDICIAL (mantida) – Res. 121/2003, DJ


19, 20 e 21.11.2003. Quando a intimação tiver lugar na
sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for
feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-
feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente,
caso em que fluirá no dia útil que se seguir.

SUM-262 PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU

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INTIMAÇÃO EM SÁBADO. RECESSO FORENSE (redação do


item II alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em
19.05.2014) - Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22
e 23.05.2014 I - Intimada ou notificada a parte no
sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil
imediato e a contagem, no subsequente. (ex-Súmula nº
262 - Res. 10/1986, DJ 31.10.1986) II - O recesso
forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal
Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais.

Como saber qual é o primeiro e o último dia de um prazo de 5 (cinco) dias


para a juntada de determinado documento? Ou o primeiro e último dia para a
interposição de um recurso? A memorização das seguintes regras impedirá a
ocorrência de qualquer falha na contagem dos referidos prazos:

 1ª regra: ao contar o prazo, será excluído o primeiro dia (início do prazo,


dia da ciência) e incluído o último, ou seja, o ato poderá ser realizado até o
último momento do expediente forense do último dia. Assim, se o último dia do
prazo for uma terça, poderá ser utilizado aquele dia em sua integralidade.

! Sendo a parte intimada na sexta-feira, esse dia será excluído, não


sendo contado para fins do prazo processual.

 2ª regra: o primeiro e o último dia do prazo devem cair em dias úteis,


ou seja, não há início ou fim de prazo em dias não úteis, que são aqueles em
que não há expediente forense, tais como: sábados, domingos e feriados,
prorrogando-se o prazo para o primeiro dia útil seguinte.

! Sendo a parte intimada na sexta-feira, esse dia será excluído,


iniciando-se o prazo apenas na segunda-feira, caso seja dia útil, já
que em sábados, domingos e feriados não há início de prazo.
! Se o prazo terminar em um sábado, domingo ou feriado, será
prorrogado para o próximo dia útil, já que o último dia deve ser útil.

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 3ª regra: considera-se dia não útil aquele que o expediente forense não for
completo, isto é, se o expediente terminar antes da hora normal, o prazo será
prorrogado para o próximo dia útil.

! Se por qualquer motivo não houver expediente forense completo


(suspeita de bomba, falta de luz, etc.), o prazo será prorrogado para
o próximo dia útil, uma vez que a parte possui direito a praticar o
ato até o último minuto do último dia.

 4ª regra: caso o sábado, domingo ou feriado estiverem no curso do prazo, ou


seja, se o início da contagem do prazo se der antes desses dias, eles serão
normalmente incluídos na contagem, já que os referidos dias tão somente não
geram o início e término do prazo, mas são contados no curso.

! Sendo intimada a parte na quinta-feira, esse dia será excluído,


iniciando-se a contagem na sexta-feira, se dia útil. O sábado e o
domingo serão contados normalmente, não havendo qualquer
suspensão ou interrupção do prazo em decorrência da ausência de
expediente forense.

 5ª regra: caso a intimação seja realizada no sábado ou outro dia sem


expediente forense, o prazo será contado da seguinte maneira: considerar-se-á
intimada a parte no primeiro dia útil seguinte, excluindo-se tal dia e iniciando-
se a contagem no subsequente, se útil. Essa regra está disposta na Súmula nº
262 do TST, relacionada à intimação no sábado.

! Sendo intimado no sábado, presumir-se-á intimado na segunda-


feira, iniciando-se a contagem na terça-feira. O aluno deve ter
atenção especial, pois a tendência é pensar que o prazo possui
início na segunda-feira, o que está errado, já que inicia a contagem
na terça-feira.

Ainda sobre a contagem dos prazos, é importante destacar dois aspectos


tratados pelo TST na Súmula nº 387, que especifica a forma de contagem do prazo
recursal quando o apelo é interposto por aparelho de fax (fac-símile).

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Súmula nº 387 do TST RECURSO. FAC-SÍMILE. LEI Nº


9.800/1999 (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res.
208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
I - A Lei nº 9.800, de 26.05.1999, é aplicável somente a
recursos interpostos após o início de sua vigência. (ex-OJ nº
194 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) II - A contagem do
quinquidio para apresentação dos originais de recurso
interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir do dia
subsequente ao término do prazo recursal, nos termos do art.
2º da Lei nº 9.800, de 26.05.1999, e não do dia seguinte à
interposição do recurso, se esta se deu antes do termo final do
prazo. (ex-OJ nº 337 da SBDI-1 - primeira parte - DJ
04.05.2004) III - Não se tratando a juntada dos originais de
ato que dependa de notificação, pois a parte, ao interpor o
recurso, já tem ciência de seu ônus processual, não se aplica a
regra do art. 224 do CPC de 2015 (art. 184 do CPC de 1973)
quanto ao "dies a quo", podendo coincidir com sábado,
domingo ou feriado. (ex-OJ nº 337 da SBDI-1 - "in fine" - DJ
04.05.2004) IV – A autorização para utilização do fac-símile,
constante do art. 1º da Lei n.º 9.800, de 26.05.1999, somente
alcança as hipóteses em que o documento é dirigido
diretamente ao órgão jurisdicional, não se aplicando à
transmissão ocorrida entre particulares.

O primeiro aspecto está explicitado no inciso II da súmula em estudo e


analisa o início do prazo de 5 (cinco) dias para o encaminhamento dos originais, sob
pena do apelo considerar-se inexistente. Assim, quando terá início o referido prazo? A
dúvida surgiu em decorrência da possibilidade do recorrente interpor o apelo antes do
término no prazo, ou seja, de forma antecipada. Se o recorrente interpuser o recurso
no 2º dia do prazo, no subsequente já terá início o quinquídio legal? A resposta é
negativa, já que o TST firmou entendimento de que a aquele somente terá início
quando findo o prazo recursal, independentemente de ter sido manejado antes ou no
último dia.

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! Assim, se interposto no 2º dia, o prazo de 5 (cinco) dias para a


remessa dos originais só terá início após o último dia do prazo
recursal, que na maioria dos recursos é de 8 (oito) dias.

A segunda questão, indispensável para a prática trabalhista, relaciona-se ao


início da contagem do prazo de 5 (cinco) dias para o encaminhamento dos originais.
Segundo o inciso III, da Súmula nº 387, do TST, o primeiro dia desse prazo pode ser
útil ou não útil, ou seja, pode ter início em sábados, domingos e feriados. Assim, se o
último dia do prazo recursal foi sexta-feira, o primeiro dia do quinquídio será no
sábado, o segundo dia no domingo e assim sucessivamente.
Lembre-se que a ausência de envio dos originais faz considerar-se
inexistente o ato processual realizado por fac-símile.
Por fim, destaque para a regra contida na Súmula nº 385 do TST, que trata
da demonstração de feriado local ou de dia sem expediente forense, quando da
interposição do recurso.

SUM-385 FERIADO LOCAL. AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE


FORENSE. PRAZO RECURSAL. PRORROGAÇÃO.
COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE. ATO ADMINISTRATIVO
DO JUÍZO “A QUO” (redação alterada na sessão do
Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012
– DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I – Incumbe à
parte o ônus de provar, quando da interposição do
recurso, a existência de feriado local que autorize a
prorrogação do prazo recursal. II – Na hipótese de
feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a
decisão de admissibilidade certificar o expediente nos
autos. III – Na hipótese do inciso II, admite-se a
reconsideração da análise da tempestividade do recurso,
mediante prova documental superveniente, em Agravo
Regimental, Agravo de Instrumento ou Embargos de
Declaração.

Segundo a regra em estudo, se houver algum feriado local (municipal e


estadual) que interfira na contagem do prazo recursal, em seu início ou término, esse

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(dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64


(dez reais e sessenta e quatro centavos) e serão
calculadas: I – quando houver acordo ou condenação,
sobre o respectivo valor; II – quando houver extinção
do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado
totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da
causa; III – no caso de procedência do pedido
formulado em ação declaratória e em ação
constitutiva, sobre o valor da causa; IV – quando o
valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. §
1o As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito
em julgado da decisão. No caso de recurso, as custas
serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do
prazo recursal.§ 2o Não sendo líquida a condenação, o
juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das
custas processuais.§ 3o Sempre que houver acordo,
se de outra forma não for convencionado, o
pagamento das custas caberá em partes iguais aos
litigantes.§ 4o Nos dissídios coletivos, as partes
vencidas responderão solidariamente pelo pagamento
das custas, calculadas sobre o valor arbitrado na
decisão, ou pelo Presidente do Tribunal.

Podemos resumir as regras assim: a sentença mencionará o valor das


custas, que serão:

 2% (dois por cento) sobre alguns valores, que podem ser:


o Valor da causa: nas hipóteses de improcedência ou extinção sem
resolução do mérito.
o Condenação ou acordo: quando tais situações ocorrerem nos autos.
o Valor fixado pelo Juiz: quando o valor da causa for indeterminado.
 O valor é pago pelo vencido, que é aquele considerado sucumbente, que não
consegue atingir a sua pretensão.

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 O vencido pagará as custas ao final, após o trânsito em julgado, mas se for


recorrer, deverá pagar a quantia no prazo do recurso, pois esse pagamento é
um dos pressupostos de admissibilidade dos recursos.

! Trata-se de regra muito cobrada nos concursos. Se estou


insatisfeito com a sentença, posso dele interpor recurso
ordinário, no prazo de 8 dias. Nesse prazo, tenho que depositar
o valor das custas, sob pena do meu recurso não ser admitido,
conhecido, recebido pelo Poder Judiciário, por deserção, que é
falta de pagamento do recurso.

 Se houver acordo, os 2% incidirão sobre o valor dele, cada parte pagando a


metade, já que no acordo não há vencedor nem perdedor. Ocorre que o §3º, do
art. 789, da CLT prevê a possibilidade das partes alteraram essa regra, por
exemplo, uma parte assumindo integralmente o valor das custas, como ocorre
muito no dia-a-dia.

! Nos acordos, geralmente as empresas assumem a totalidade


do valor das custas, valendo-se dessa regra do §3º, do art. 789,
da CLT.

 Alguns entes são isentos de custas processuais, conforme art. 790-A da


CLT. Esse dispositivo precisa ser memorizado, principalmente o seu parágrafo
único, pois responde à maioria das questões da FCC. Vejamos:

Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos


beneficiários de justiça gratuita: I – a União, os Estados, o Distrito
Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas
federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade
econômica; II – o Ministério Público do Trabalho. Parágrafo único. A
isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras
do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no
inciso I da obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas
pela parte vencedora.

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 Vejam que NÃO ESTÃO ISENTAS as entidades fiscalizadoras do exercício


profissional, como OAB, CREA, CRA, dentre outros, bem como as
EMPRESAS PÚBLICAS e SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA, já que
possuem personalidade jurídica de direito privado.

 Os honorários periciais já foram tratados em tópico anterior, razão pela qual


apenas se fará a transcrição, para nova leitura, do art. 790-B da CLT:

Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos


honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão
objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita.

Por fim, vamos destacar alguns entendimentos do TST, consolidados em


Súmulas, que podem ser objeto de prova, por parte da FCC:

Súmula nº 25 do TST: I - A parte vencedora na primeira


instância, se vencida na segunda, está obrigada,
independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na
sentença originária, das quais ficara isenta a parte então
vencida; II - No caso de inversão do ônus da sucumbência em
segundo grau, sem acréscimo ou atualização do valor das
custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe um
novo pagamento pela parte vencida, ao recorrer. Deverá ao
final, se sucumbente, reembolsar a quantia; (ex-OJ nº 186 da
SBDI-I) III - Não caracteriza deserção a hipótese em que,
acrescido o valor da condenação, não houve fixação ou cálculo
do valor devido a título de custas e tampouco intimação da
parte para o preparo do recurso, devendo ser as custas pagas
ao final; (ex-OJ nº 104 da SBDI-I) IV - O reembolso das custas
à parte vencedora faz-se necessário mesmo na hipótese em que
a parte vencida for pessoa isenta do seu pagamento, nos
termos do art. 790-A, parágrafo único, da CLT.

Súmula nº 36 do TST: Nas ações plúrimas, as custas incidem


sobre o respectivo valor global.

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Súmula nº 86 do TST: Não ocorre deserção de recurso da massa


falida por falta de pagamento de custas ou de depósito do valor
da condenação. Esse privilégio, todavia, não se aplica à
empresa em liquidação extrajudicial.

Súmula nº 170 do TST: Os privilégios e isenções no foro da


Justiça do Trabalho não abrangem as sociedades de economia
mista, ainda que gozassem desses benefícios anteriormente ao
Decreto-Lei nº 779, de 21.08.1969

 NOTIFICAÇÃO;

O termo notificação é utilizado genericamente no processo do trabalho,


diferentemente do que ocorre no direito processual civil, que distingue os atos de
comunicação em citação e intimação, descritos nos artigos 238 e 239 do CPC/15,
respectivamente. No direito processual do trabalho, notificação tanto é utilizada para
o autor quanto para o réu, o que demonstra certa autonomia em relação ao direito
processual comum.

! A notificação engloba a comunicação sobre o ajuizamento da


demanda e ciência do ato processual já realizado ou a realizar.

Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o


executado ou o interessado para integrar a relação
processual.

Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a


citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de
indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar
do pedido.

Apenas no processo de execução é que a CLT, em seu art. 880, tratou da


citação do executado, que se dará de maneira bastante diferente daquela ocorrida no
processo de conhecimento.

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Como pontos principais da notificação do réu, seguindo-se o curso do


procedimento ordinário, tem-se que:
 Trata-se de ato automático realizado por servidor da Justiça do Trabalho, no
prazo de 48h a contar do recebimento da petição inicial. Logo, não há despacho
do Juiz determinando a notificação do reclamado, pois aquele, geralmente,
somente tem contato com os autos na audiência.

! No processo civil o Juiz despacha a inicial (art. 334 do CPC/15) e


estando presentes todos os requisitos, determina a citação do réu
para comparecer à audiência de conciliação ou mediação.

Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos


essenciais e não for o caso de improcedência liminar do
pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de
mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias,
devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de
antecedência.

 A notificação na seara trabalhista ocorre para que o reclamado compareça à


audiência e apresente defesa, querendo, sob pena de revelia.

! Lembre-se que a revelia importa em presunção de veracidade dos


fatos e não do direito.

 Importante frisar que entre o recebimento da notificação e a realização da


audiência deve haver prazo mínimo de 5 (cinco) dias, sob pena de nulidade,
conforme art. 841 da CLT. Caso a notificação seja recebida com o desrespeito
ao prazo mínimo, poderá o reclamado comparecer à audiência tão somente
para arguir o vício, sendo determinada nova data para o ato.

Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o


escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito)
horas, remeterá a segunda via da petição, ou do
termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo,
para comparecer à audiência do julgamento, que será

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a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.

 A notificação no processo do trabalho, quando realizada no processo de


conhecimento, é feita por via postal, com aviso de recebimento, não havendo
necessidade de ser pessoal, já que o TST entende que a entrega no endereço
do reclamado, a qualquer pessoa ou na caixa postal, é totalmente válida, já que
o ato não é pessoal.

! A notificação somente é pessoal no processo de execução, já que o


executado deve ser cientificado da existência de condenação e da
necessidade de seu cumprimento no prazo de 48h.

Exemplo: após trabalhar muitos anos, fui demitido e resolvi


ajuizar ação trabalhista em face do meu ex-empregador. O meu
Advogado redigiu a petição inicial e incluiu o endereço
corretamente, conforme anotação na minha CTPS. Após
ajuizamento da ação, a mesma foi distribuída para a 3ª Vara do
Trabalho de Vitória, sendo que o servidor encaminhou a
notificação pelos correios, que entregaram a mesma na empresa,
para um funcionário que estava na portaria. Essa notificação foi
considerada válida, pois entregue no local indicado.

 Não sendo possível a notificação pela via postal, dispõe o art. 841, §1º da CLT,
que far-se-á a notificação por edital, o que importa dizer que a autorização para
a realização do ato por Oficial de Justiça existe apenas para o processo de
execução. Na prática, por questões de economia e celeridade, prefere-se seguir
a ordem: postal, oficial de justiça e edital.

! Para os concursos, seguir, no processo de conhecimento, a


ordem: postal e edital.

§ 1º - A notificação será feita em registro postal com


franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu
recebimento ou não for encontrado, far-se-á a

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notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no


que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado
na sede da Junta ou Juízo.

 Quando realizada a notificação por edital, não se aplicará o art. 72, II do


CPC/15, se o reclamado ficar revel, ou seja, não se nomeará curador especial,
já que este somente será nomeado quando o reclamante for menor e não tiver
representante legal.

Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: II - réu preso


revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora
certa, enquanto não for constituído advogado.

 Se o reclamado for pessoa jurídica de direito público, o prazo entre o


recebimento da notificação e a realização da audiência será, conforme Decreto-
Lei 779/1969, considerado em quádruplo, isto é, o prazo mínimo será de 20
(vinte) dias. Além disso, é importante dizer que o TST possui posicionamento
segundo o qual as pessoas jurídicas de direito público devem ser notificadas por
via postal, como já afirmado em relação às privadas.

Exemplo: após trabalhar para uma empresa de segurança, que


prestava serviços para o Estado do Espírito Santo, ajuizei ação
trabalhista em face do meu ex-empregador e da pessoa jurídica
de direito público Estado do ES, uma vez que houve terceirização
e o último possuía responsabilidade subsidiária. Ao marcar a
audiência, o Servidor da Justiça do Trabalho teve o cuidado de
marcar em uma data mais distante, uma vez que o Estado do ES
tem direito a, pelo menos, 20 dias entre o recebimento da
notificação e a realização da audiência, já que precisa de mais
tempo para preparar a defesa.

 Há que se destacar ainda o posicionamento consolidado na Súmula n. 16 do


TST, segundo o qual há uma presunção de recebimento da notificação no prazo
de 48h a contar da postagem, isto é, postada a notificação, presume-se que o

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reclamado a recebeu no aludido prazo, devendo aquele demonstrar que o prazo


não foi respeitado, sendo ônus da prova que lhe incumbe.

! O aviso de recebimento mostra-se como importante meio de


comprovação de que a notificação não foi recebida dentro do prazo
a que alude a Súmula n. 16 do TST.

Súmula nº 16 do TST: Presume-se recebida a


notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua
postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o
decurso desse prazo constitui ônus de prova do
destinatário.

 Se o reclamado residir ou tiver sede fora da comarca, será notificado da mesma


maneira por via postal, ou seja, não há necessidade de notificação por carta
precatória, já que o art. 247 do CPC/15 autoriza a notificação por correios para
todas as comarcas do país. Caso esteja em outro país, a notificação será
realizada mediante carta rogatória, nos termos do art. 260 e seguintes do
CPC/15.

Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer


comarca do país, exceto: I - nas ações de estado, observado
o disposto no art. 695, § 3o; II - quando o citando for
incapaz; III - quando o citando for pessoa de direito público;
IV - quando o citando residir em local não atendido pela
entrega domiciliar de correspondência; V - quando o autor,
justificadamente, a requerer de outra forma.

Por fim, e em separado, pois será objeto de estudos no tópico apropriado,


afirma-se que no rito sumaríssimo não há espaço para a notificação por edital, já que
a lei (Art. 852-B, II da CLT) impõe a indicação correta e completa do endereço do
reclamado. Em não havendo tais dados, deverá o processo ser arquivado (extinto sem
resolução do mérito), ajuizando-se novamente perante o rito ordinário, já que tal
procedimento permite a prática do ato naquela forma.

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Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no


procedimento sumaríssimo: (...) II - não se fará
citação por edital, incumbindo ao autor a correta
indicação do nome e endereço do reclamado.

Exemplo: ajuizei uma ação trabalhista em face do meu ex-


empregador, mencionando como valor da causa a quantia de
R$10.000,00. Por ser um valor inferior a 40 salários mínimos, tal
demanda será processada como rito sumaríssimo. Foi expedida
notificação para o reclamado, mas a mesma retornou dos correios
com a indicação de que naquele local não há a empresa
reclamada. Assim, nos termos do §1º do art. 852-B da CLT, o Juiz
determinou o arquivamento do processo, ou seja, a sua extinção
sem resolução do mérito, com a minha condenação ao pagamento
das custas processuais, para que novamente fosse ajuizada a
ação, pelo rito ordinário, com pedido de citação por edital.

DICAS

Partes e procuradores

1. A capacidade processual plena ocorre aos 18 anos, conforme art. 402 da CLT, o
que significa dizer que a pessoa pode realizar todos os atos processuais sem
assistência ou representação. Antes de tal idade, apesar de ser possível o
trabalho na qualidade de emprego, conforme art. 7º da CF/88 (a partir dos 16
anos ou 14 anos, na qualidade de aprendiz), o ajuizamento da ação dependerá
da assistência dos representantes legais.

2. Sobre a incapacidade processual, importante destacar o art. 793 da CLT que


prevê o ajuizamento da ação para os incapazes pelos representantes, Ministério
Público e Sindicatos.

3. A capacidade postulatória, conforme art. 133 da CF/88, é inerente ao


Advogado, já que por meio dele as partes tem suas pretensões analisadas pelo

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Poder Judiciário. Ocorre que a regra possui exceções. Apesar do Advogado ser
indispensável à administração da justiça, em algumas situações o profissional é
dispensado. Uma das situações excepcionais é o processo do trabalho, pois as
partes possuem o jus postulandi, que é o direito de postular em juízo sozinhas,
acompanhando as ações até o final, conforme o art. 791 da CLT.

4. Em 2011 o TST restringiu o jus postulandi ao criar a Súmula nº 425 do TST,


afirmando que no mandado de segurança, na ação rescisória, na ação cautelar
e nos recursos para o TST, é indispensável a presença do Advogado, ou seja,
tais medidas não podem ser apresentadas sem assinatura de um Advogado. A
parte até pode ajuizar uma ação trabalhista e recorrer ao TRT sem Advogado,
mas querendo recorrer ao TST, terá que contratar um Advogado.

5. Nos dissídios coletivos a assistência por Advogado é facultativa, conforme art.


791 da CLT.

6. A assistência judiciária gratuita, prevista na Lei n. 5.584/70, presume a


assistência pelo sindicato da categoria (mesmo que o empregado não seja
filiado), bem como o recebimento de até 2 salários mínimos mensais ou a
declaração de hipossuficiência. Nessa hipótese, preenchidos os requisitos legais,
haverá a isenção do pagamento das custas processuais e a condenação do
reclamado ao pagamento de honorários advocatícios, de acordo com a Súmula
n. 219 do TST.

7. Já o benefício da justiça gratuita, previsto no art. 790, § 3º, da CLT, pode ser
concedido a requerimento da parte, que demonstrará situação de
hipossuficiência, podendo ser deferido de ofício pelo Magistrado, a qualquer
tempo e grau de jurisdição. Nessa hipótese, basta a demonstração de
hipossuficiência econômica, dispensando-se a assistência pelo sindicato.

8. No processo do trabalho, admite-se o mandato tácito ou apud acta, que decorre


da presença do Advogado em audiência, e a inserção de seu nome na ata de
audiência, conforme o art. 791, § 3º, da CLT. Dispensa-se, portanto, o mandato
expresso, ou seja, o documento procuração. O Advogado com mandato tácito
pode recorrer, conforme a Súmula n. 383 do TST, alterada em 2016 e que

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gerou o cancelamento da Súmula nº 164 do TST, sem contudo alterar o


entendimento da matéria. Apesar do Advogado portador do mandato tácito
poder recorrer, não pode substabelecer, de acordo com a OJ n. 200 da SDI-1
do TST.

9. Os honorários advocatícios de sucumbência são concedidos de acordo com a


Súmula n. 219 do TST, que prescreve que, regra geral, no processo do trabalho
não se aplica a regra da mera sucumbência, como ocorre no processo civil. Para
que haja a condenação, cabe ao autor preencher os requisitos da assistência
judiciária gratuita, conforme a Lei n. 5.584/70, a saber: estar assistido pelo
sindicato da categoria e receber até 2 salários mínimos (ou declarar pobreza
caso receba mais). Uma alteração de 2015 na súmula deixou claro que o
preenchimento dos dois requisitos deve ser concomitante, ou seja, devem estar
presentes ao mesmo tempo.

10. Em 2016 a Súmula nº 219 foi novamente alterada para adequar-se ao Novo
CPC, retirando-se a menção ao valor máximo de 15% para a condenação ao
pagamento dos honorários de sucumbência. Atualmente a condenação pode ser
de até 20%, como no Novo Código de Processo Civil.

11.A regra geral acima estudada, em relação à necessidade de preenchimento de


requisitos, possui situações excepcionais, nos quais se aplica a regra do CPC,
ou seja, da mera sucumbência, que é o “perdeu-pagou”, ou seja, a parte que
perdeu paga uma quantia ao Advogado da parte que venceu. As situações
previstas na Súmula 219 do TST em que se aplica o sistema da mera
sucumbência são: à ação rescisória, às ações em que o sindicato atua como
substituto processual e às lides que não decorrem da relação de emprego.

12.Também deve ser lembrada a OJ nº 421 da SDI-1 do TST, que traz outra
hipótese de condenação por mera sucumbência, trata das ações sobre
acidentes de trabalho que foram ajuizadas na Justiça Comum e posteriormente
encaminhadas à Justiça do Trabalho em decorrência da EC nº 45/04.

13. O art. 138 do CPC/15 traz a figura do amicus curiae, que é traduzido como
“amigo da corte” e participa do processo auxiliando o Juiz na tomada de sua

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decisão, por trazer elementos técnicos/científicos para o processo em curso.

14. O legislador previu que o amicus atuará nos processos em que a matéria seja
relevante ou quando o tema for muito específico (técnico) ou, ainda, quando
houver grande repercussão social.

15. O amicus curiae pode surgir no processo em todas as instâncias e espécies de


processos, requerendo o seu ingresso ou por solicitação judicial, no prazo de 15
dias a contar da intimação. O ingresso do amicus não modifica a competência já
estabelecida para a ação.

16. É o Juiz (no primeiro grau de jurisdição) ou o Relator (nos tribunais) que
determinará os poderes do amicus, sendo certo que o mesmo não pode
recorrer, a não ser se o recurso for de embargos de declaração, bem como no
incidente de resolução de demandas repetitivas.

17.Em relação ao comparecimento das partes em audiência, o art. 843 da CLT


afirma que deve ser pessoal, sendo que a ausência do autor importa em
arquivamento do feito e a ausência do réu, em revelia. O réu poderá ser
representado por preposto, que necessariamente deve ser empregado com
conhecimento dos fatos, nos termos da Súmula n. 377 do TST. Somente é
dispensada a qualidade de empregado se o reclamado for empregador
doméstico ou micro e pequena empresa.

18.Não há previsão legal para atraso das partes na audiência, ou seja, não há
tolerância em relação ao horário do ato. Se a audiência está marcada para as
9h e no horário tem início, deverão as partes estar presentes naquele horário,
sob pena de aplicação das penalidades previstas no art. 844 da CLT:
arquivamento (reclamante) e revelia (reclamado).

19.O Juiz pode chegar atrasado em até 15 minutos, conforme art. 815 da CLT,
mas as partes não possuem o mesmo tratamento, por falta de precisão legal.
Caso o Juiz se atrase por mais de 15 minutos, poderá a parte retirar-se,
requerendo certidão, para que não sofra qualquer penalidade. Ocorre que há
uma situação em que não se aplica o art. 815 da CLT, que é aquela em que o

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atraso da audiência decorre da realização de outro ato processual pelo Juiz.


Assim, se a audiência de 9h ainda não começou apesar de já serem 11h, por
estar sendo realizada a audiência das 10h, não poderá a parte se retirar.

20.Por fim, eventual falta das partes à audiência pode ser justificada por atestado
médico, mas não pode qualquer doença atestada, já que a Súmula nº 122 do
TST diz que o atestado deve demonstrar a impossibilidade de locomoção. Na
hipótese, o Juiz deverá redesignar a audiência. Caso não seja apresentada
justificativa, serão aplicadas as consequências do art. 844 da CLT:
arquivamento (ausência do autor), revelia (ausência do réu) e arquivamento
(ausência de ambos).

21.Sobre os atos judiciais, previstos nos arts. 203 e 204 do NCPC, temos que o
Juiz profere sentenças, decisões interlocutórias, despachos e acórdãos. As
sentenças, previstas no art. 203 do NCPC, podem ser definitivas ou extintivas,
ou seja, podem extinguir o processo com ou sem resolução (julgamento) do
mérito (pedido). As decisões interlocutórias são qualificadas como decisões no
curso do processo, que decidem incidentes processuais, que são questões
relacionadas ao desenvolvimento do processo e que, no processo do trabalho,
são consideradas irrecorríveis. Os despachos são manifestações do Juiz em
relação ao desenvolvimento do processo. Nada decidem, não possuem forma e
não geram prejuízo às partes. Em razão dessas peculiaridades, os despachos
são irrecorríveis, conforme art. 1.001 do NCPC.

22.Já os acórdãos, previstos no art. 204 do NCPC, são decisões colegiadas dos
tribunais, ou seja, tomadas por mais de um julgador no âmbito de um tribunal,
como acontece geralmente com os recursos. Excepcionalmente os recursos
podem ser julgados nos tribunais por um único julgador, que é o Relator,
prolator da decisão denominada de monocrática, prevista no art. 932 do NCPC.

23.As decisões monocráticas podem ser proferidas no processo do trabalho por


autorização da Súmula nº 435 do TST, sendo geralmente utilizadas quando o
Relator verifica que o recurso é inadmissível, improcedente ou prejudicado. São
proferidas, como já dito, pelo Relator do recurso ou ação de competência
originária dos tribunais.

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24.Por fim, em relação ao Juiz, vale a pena lembrar-se do princípio da


congruência, que nas provas de concursos e OAB também é denominado como
correlação e adstrição. O princípio está previsto nos artigos 141 do NCPC e 492
do NCPC e serve como um limitador da atuação do Juiz, da decisão que será
por ele proferida. O limite é imposto pelo princípio, pois o legislador afirmou
que o Juiz não pode julgar além ou fora do que foi pedido pela parte. Se não foi
pedido, não pode ser decidido!

25.Caso o princípio seja ignorado, poderá ser proferida uma decisão viciada,
denominado de extra, ultra ou citra petita, a depender da situação. A decisão
extra petita concede algo que não foi pedido pela parte, como uma condenação
ao pagamento de dano moral sem pedido de dano moral. A decisão ultra petita
concede o que foi pedido, mas em valor/quantidade superior, como um pedido
de dano moral de R$10.000,00 que gera uma condenação ao pagamento de
danos morais de R$50.000,00. Por fim, a decisão citra petita é aquela que
deixa de decidir o que foi pedido, ou seja, é uma decisão omissa, que julga o
pedido de dano moral apenas, quando também foi pedido dano material.

26.Como exceções importantes ao princípio da congruência, destacam-se as


Súmulas 211 e 396 do TST, que possibilitam a condenação sem pedido ao
pagamento de juros e correção monetária, bem como de indenização quando o
pedido de reintegração ao emprego não for viável. Nas duas situações, o Juiz
poderá conceder o que não foi pedido, isto é, a atuação de Magistrado se faz de
oficio, o que denota ser a situação excepcional.

Atos, termos e Prazos processuais

1. Os atos processuais são realizados nos dias úteis, das 6h às 20h, conforme art.
770 da CLT. Trata-se de uma norma importante, sempre cobrada nos concursos
trabalhistas, especialmente de tribunais. Tal regra possui uma exceção,
relacionada à penhora, que pode ser feita aos domingos e feriados, fora dos
horários acima apontados, desde que haja autorização expressa do Juiz.

2. Já a audiência, que é um ato processual, mas com horário diferenciado, deve

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ser realizada nos dias úteis das 8h às 18h. Tal norma consta no art. 813 da
CLT. Nas provas você deve observar se a questão fala em “atos processuais”
ou especificamente sobre “audiência”.

3. Os atos e termos processuais, em relação à sua forma, podem ser realizados à


tinta, datilografados ou a carimbo, conforme art. 771 da CLT. Já o art. 772 da
CLT prevê que os atos processuais serão assinados pelos procuradores, partes
ou duas testemunhas. Por fim, o movimento processual será datado e
rubricado pelos secretários ou escrivães, certificando o ocorrido, conforme art.
773 da CLT.

4. Os prazos processuais podem ser classificados em legais, judiciais e


convencionais, caso criados pela lei, pelo Juiz no caso concreto ou por
convenção das partes. Também podem ser dilatórios e peremptórios, caso
possam ser modificados ou não, nos termos do art. 222 do NCPC. Por fim,
podem ser próprios e impróprios, sendo que os primeiros estão sujeitos à
preclusão e os demais não.

5. Sobre a preclusão temporal, que é a perda da possibilidade de realização de um


ato processual pela perda do prazo, destaque para o art. 223 do NCPC que
trata de tal instituto, afirmando que a perda do prazo acarreta
automaticamente a perda da possibilidade de praticar o ato processual. Não há
necessidade de decisão ou pronunciamento judicial, pois é realmente
automático.

6. A preclusão temporal pode ser excepcionada, ou seja, a perda do prazo pode


ser relevada pelo Juiz, caso se verifique uma justa causa para a perda do
prazo, isto é, um motivo justo para que a parte tenha perdido o prazo. Se a
justificativa convencer o Juiz, este permitirá à parte a prática do ato, em um
prazo que assinar, conforme art. 223, §2º, do NCPC.

7. Os prazos no processo do trabalho são contados de forma corrida, ou seja,


diferentemente do novo CPC, não são contados apenas os dias úteis. Os
sábados, domingos e feriados são contados normalmente quando estiverem no
curso do prazo. O CPC/15, na parte que trata da contagem dos prazos apenas

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em dias úteis, não se aplica ao processo do trabalho, conforme dispõe a IN nº


39/16 do TST.

8. Uma regra importante e que se deve ter em mente está relacionada à ausência
de estipulação do prazo, regra inscrita no art. 218, §3º, do NCPC, que afirmam
que o prazo para a prática do ato processual será de 5 dias quando não houver
estipulação pela lei ou pelo julgador.

9. Outra importante regra a ser lembrada está relacionada à terminologia utilizada


no processo do trabalho. Nessa matéria, é costume falar em início do prazo e
início da contagem do prazo, em decorrência da Súmula n. 262 do TST, que
utiliza a diferenciação. No processo do trabalho, o início do prazo é o dia da
ciência (da intimação, por exemplo), enquanto o início da contagem do prazo é
o dia útil seguinte. Assim, se notificado em uma segunda-feira, este será o
início do prazo, sendo que o início da contagem do prazo ocorrerá na terça-
feira, se dia útil.

10.Ainda em relação à mesma Súmula n. 262 do TST, vamos recordar o que


ocorre com a contagem do prazo quando a notificação é recebida no sábado.
Nessa hipótese, considera-se ter sido notificado no primeiro dia útil (segunda-
feira, por exemplo), excluindo esse dia e iniciando a contagem do prazo na
terça-feira. Então, se notificado no sábado, começa-se a contar o prazo na
terça-feira.

11.Vale a pena lembrar as outras regras sobre contagem dos prazos processuais:
em sábados, domingos, feriados e dias em que não houver expediente forense,
não se inicia a contagem de prazos. Se o último dia do prazo cair nesses dias,
haverá a prorrogação para o próximo dia útil. Se esses dias estiverem no meio
da contagem do prazo, serão contados normalmente.

12.No processo do trabalho não se aplica o art. 231 do NCPC, que prevê o início
da contagem do prazo após a juntada aos autos do mandado cumprido. No
processo do trabalho o primeiro dia do prazo, que é excluído, é o do
conhecimento (recebimento da notificação) e não o da sua juntada aos autos.
Os atos de comunicação serão juntados aos autos, mas apenas para

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documentação, não influindo no início da contagem do prazo.

13.A Fazenda Pública possui prerrogativas de prazos, que consistem em prazos


diferenciados (maiores) para a prática de atos processuais, por envolver
interesse e patrimônio públicos. Tais prerrogativas constam no DL 779/69,
sendo: prazo em dobro para interposição de recursos e em quádruplo para
apresentação de defesa. Cuidado, porque o prazo em dobro é para recorrer e
não para apresentar contrarrazões (defesa ao recurso).

14.Apesar do art. 183 do CPC/15 frisar que o prazo da Fazenda Pública é sempre
em dobro, a doutrina vem sustentando que continua a ser quádruplo o prazo
para defesa, por aplicação do Decreto-Lei 779/69, que é especial em relação
ao CPC e se aplicação específica ao processo do trabalho.

15.Contudo, o art. 183 do NCPC, a despeito de não se aplicar no processo do


trabalho à Fazenda Pública, é aplicável em relação ao Ministério Público, pois
não há qualquer norma específica no processo do trabalho sobre a matéria.
Assim, na omissão, aplica-se o NCPC quanto à matéria.

16.Ainda sobre os prazos, importante ressaltar o entendimento da OJ nº 310 da


SDI-1 do TST, que prevê a não aplicação do art. 229 do NCPC, ou seja, a
manutenção do prazo simples (normal) para os litisconsortes que possuem
procuradores diferentes. Ex: se ajuízo uma ação em face de “B” e “C”,
independentemente dos litisconsortes terem o mesmo ou diferentes
procuradores (Advogados), os prazos serão aqueles previstos em lei, ou seja,
simples, normais, sem qualquer acréscimo.

17.Nos termos da Súmula n. 385 do TST, cabe à parte comprovar a ocorrência de


feriado local ou ausência de expediente forense no recurso, para que o órgão
ad quem possa analisar a tempestividade do apelo. Assim, se houve feriado em
Vitória/ES e vou interpor um recurso de revista, tenho que comprovar a
prorrogação do prazo em decorrência do feriado, para que o TST possa
analisar, em juízo de admissibilidade, se o apelo foi tempestivo. A ausência de
comprovação poderá acarretar a inadmissibilidade do recurso.

18.A contagem dos prazos recursais, quando o ato é realizado por fax, sofre

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algumas alterações, conforme disposições contidas na Súmula n. 387 do TST.


A Lei n. 9.800/99 prevê a possibilidade de realização de ato processual por fax,
desde que a parte protocole os originais no prazo de 5 dias, que é chamado de
quinquídio. A contagem desse quinquídio gerava muitas dúvidas,
principalmente na interposição de recurso por fax.

19.A primeira regra diz respeito à contagem do prazo de 5 dias quando o recurso
é interposto antes do último dia. Se tenho até 8 dias para interpor o recurso,
posso enviá-lo por fax no 6º dia, sendo que o prazo de 5 dias para a contagem
somente tem início com o término dos 8 dias. Não há necessidade de enviar o
fax desde o 6º dia, e sim somente após o último dia do prazo recursal.

20.Contudo, se envio o meu recurso por fax na sexta-feira, a partir de quando


começo a contar o prazo de 5 dias para protocolo dos originais? Sábado?
Segunda-feira? Por mais estranho que seja, o prazo terá início no sábado, de
acordo com a Súmula n. 387 do TST. Trata-se de um prazo que pode ter
início no sábado, segundo o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho.

21.Claro que, se esse prazo de 5 dias terminar em sábado, domingo e feriado,


será prorrogado diante da impossibilidade de protocolo da petição.

Custas Processuais

22.As custas processuais, valor pago ao Poder Judiciário como contraprestação


pela prática dos atos processuais, são pagas pelo vencido ao final, conforme
art. 789, §1º, da CLT. O vencido pode ser o réu que foi condenado ou o autor
que teve os seus pedidos julgados improcedentes ou a ação extinta sem
resolução do mérito. O pagamento das custas processuais, como dito, será
feita ao final, o que pode ser encarado de duas formas: com o trânsito em
julgado, caso não haja interposição de recursos, ou no prazo recursal, já que
um dos requisitos para a admissão do recurso é o depósito da quantia
relacionada às custas, no prazo de que dispõe a parte para recorrer.

23.O valor das custas é de 2% sobre algumas variáveis, como valor da


condenação, valor da causa, valor do acordo, etc. Se houver condenação,

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qualquer que seja o valor, este será utilizado para cálculo das custas
(R$1.000,00 de condenação = R$20,00 de custas). O valor da causa será
utilizado como padrão para o cálculo das custas quando houver o
arquivamento do processo (extinção sem resolução do mérito) ou a
improcedência. Em relação ao acordo, já uma norma importante a ser
lembrada: o valor das custas será repartido entre as partes, ou seja, cada uma
pagará metade do valor.

24.Ocorre que pode haver norma constante no acordo sobre o pagamento das
custas, como a assunção das custas integralmente por uma das partes ou
pagamento 40%/60%, o que deve ser respeitado.

25.Ainda em relação ao valor das custas, no cálculo dos 2%, temos que tomar
cuidado com uma pegadinha, que é o valor mínimo de R$10,64. Imagine a
seguinte situação: condenação ao pagamento de R$100,00. Se calculássemos
2%, teríamos R$2,00 de custas, o que não corresponde ao que prevê a CLT,
pois na hipótese as custas serão de R$10,64.

26.As regras sobre isenção das custas processuais são encontradas em várias
provas, estando previstas no art. 790-A da CLT. Temos que tomar cuidado
primeiro com o conceito da Fazenda Pública, pois alguns entes não estão
isentos das custas, como as sociedades de economia mista e as empresas
públicas, que possuem natureza jurídica de direito privado. Além disso, o
parágrafo único do art. 790-A da CLT prevê que a isenção não alcança as
entidades fiscalizadoras do exercício profissional, como OAB, CREA, CRA, etc.

27.As custas são fixadas na sentença e devem ser depositadas pelo recorrente,
como forma de comprovação do preparo, um dos pressupostos de
admissibilidade dos recursos. Caso o valor não seja devidamente recolhido no
prazo do recurso, o mesmo não será admitido, por ser considerado deserto.

28.Caso o depósito das custas se dê em valor inferior ao devido, poderá o


recorrente complementar o valor no prazo de 5 dias, conforme IN nº 39/16 do
TST, o que é uma novidade decorrente do Novo CPC. Complementado o valor,
poderá ser admitido. Não complementado, será considerado deserto. Perceba

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que tal possibilidade existe apenas em relação às custas processuais, não se


aplicando ao depósito recursal, que será objeto de análise posterior.

Notificação do reclamado

1. A notificação do reclamado está prevista no art. 841 da CLT e é realizada como


um ato automático, no prazo de 48 horas, pelo servidor da Vara do Trabalho.
Tal ato independe de pedido do autor, pois a petição inicial não traz como
requisito o pedido de notificação do reclamado.

2. A notificação do reclamado será realizada pelos Correios, não sendo necessária


a entrega pessoal, pois o TST reconhece válida a notificação entregue no
endereço do reclamado. Se não for possível a realização da notificação postal,
será realizado o ato por edital, de acordo com o § 1º do art. 841 da CLT. Não
há no processo de conhecimento a realização do ato por Oficial de Justiça, pois
esse servidor apenas realiza a citação do executado, ou seja, no processo de
execução, de acordo com o art. 880 da CLT.

3. Encaminhada pelos Correios, a notificação chega ao destinatário no prazo de 48


horas, de acordo com a Súmula n. 16 do TST. Trata-se de presunção relativa,
pois a própria súmula afirma ser ônus da prova do destinatário o não
recebimento ou o recebimento tardio.

4. Entre o recebimento da notificação e a realização da audiência, há necessidade


de garantir um prazo mínimo de 5 dias para que o reclamado possa preparar a
defesa que será apresentada naquele ato. A entrega fora do prazo da Súmula
n. 16 do TST e que acarrete a redução do prazo mínimo de 5 dias poderá ser
alegada pelo reclamado, devendo o Magistrado redesignar a audiência.

5. Vimos que a notificação poderá ser realizada por edital, de acordo com o § 1º
do art. 841 da CLT, quando não for possível a notificação postal ou quando o
reclamado criar embaraços ao recebimento. Sendo notificado por edital, poderá
o reclamado ficar revel, caso não compareça à audiência. Nessa hipótese,
diferentemente do que assevera o CPC, não será nomeado curador especial ao
réu revel citado por edital.

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6. As pessoas jurídicas de direito público possuem prerrogativa de prazo, prevista


no Decreto-Lei n. 779/69. Nos termos dos dispositivos, tais entes possuem
prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para se defender. A prerrogativa
do prazo em quádruplo é efetivada da seguinte forma: entre o recebimento da
notificação e a realização da audiência, deverá haver espaço de tempo de 20
dias. Não se aplica o prazo em dobro do art. 183 do NCPC, na medida em que
há uma norma específica para o processo do trabalho, prevendo o prazo em
quádruplo, que é o DL 779/69.

7. Apesar da prerrogativa de prazo, as pessoas jurídicas de direito público serão


notificadas também pelos Correios, não se aplicando o art. 247 do NCPC, que
diz ser por meio de Oficial de Justiça no processo civil.

8. No rito sumaríssimo, não haverá notificação por edital, nos termos do art. 852-
B, II, da CLT. Esse dispositivo legal afirma que cabe ao autor a indicação do
endereço correto e completo do reclamado, sob pena de arquivamento da
reclamação trabalhista, com a condenação ao pagamento das custas
processuais, que serão calculadas com base no art. 789 da CLT, em 2% sobre o
valor da causa.

9. No rito sumaríssimo, se o endereço estiver errado ou for insuficiente, não cabe


a emenda da petição inicial, e sim o arquivamento do processo, isto é, a
extinção sem resolução do mérito, conforme art. 852-B da CLT.

10.A notificação (ou citação) no processo de execução será realizada pelo Oficial
de Justiça Avaliador, conforme art. 880 da CLT, em um ato completo que
envolve encontrar o executado, comunicar-lhe que deve pagar ou depositar a
quantia devida em 48 horas, podendo também nomear bens à penhora no
mesmo prazo, sob pena de penhora dos bens, que serão avaliados pelo mesmo
servidor.

11.Ainda sobre notificação, temos a que é realizada aos Advogados, em uma


situação bem específica e cotidiana, constante na Súmula nº 427 do TST, que
prevê a pluralidade de Advogados representando a mesma parte. É comum a

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contratação de escritórios de advocacia com diversos Advogados, todos


constantes na procuração e com poderes para agir no processo. Nestes casos, é
válido o pedido para que as intimações sejam realizadas em nome de um único
Advogado, sendo possível alegar-se nulidade processual caso o pedido não seja
atendido e ocorra algum prejuízo à parte representada.

12.Sobre a notificação de testemunhas, importante frisar que não há notificação


prévia para comparecimento à audiência, conforme art. 825 da CLT, pois as
testemunhas devem comparecer ao ato independentemente de qualquer ato
judicial. Na prática, representa dizer que as partes devem conversar com as
testemunhas e pedir que compareçam no dia e hora designados para a
audiência.

13.Caso alguma ou todas as testemunhas faltem ao ato, poderá a parte requerer


ao Juiz a intimação delas, sendo necessária a designação de nova audiência. Tal
notificação depende da análise do Juiz acerca da necessidade da prova, já que
pode o Magistrado entender que não há necessidade de tal prova, que o
processo pode ser julgado com base nos documentos que constam nos autos.

14.No rito sumaríssimo, as testemunhas somente serão intimadas pelo Juiz caso a
parte prove que elas foram convidadas previamente, conforme art. 852-H, §3º,
da CLT. Nesse caso, geralmente é encaminhada uma carta com A.R (aviso de
recebimento) para provar em juízo o convite feito. Se a parte não provar tal
convite, perderá a oitiva da testemunha.

15.Por fim, se a sentença for proferida em audiência, que é a regra geral, à


medida que é proferida oralmente ao final daquele ato, a intimação das partes
ocorrerá no mesmo momento, mesmo que ausentes caso tenham sido
intimadas para a audiência, conforme Súmula nº 197 do TST. O réu revel será
intimado da sentença por edital, conforme art. 852 da CLT.

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QUESTÕES RELACIONADAS À MATÉRIA DA AULA

PARTES E PROCURADORES

1. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário -
Oficial de Justiça

Ulisses foi nomeado Procurador-Geral do Trabalho. Durante o seu mandato poderia ser
acusado de desvio de suas atribuições funcionais em caso de

(A) decidir, atendendo a necessidade do serviço, sobre remoção a pedido ou por permuta de
membro do Ministério Público do Trabalho.
(B) decidir processo disciplinar contra membro da carreira ou servidor dos serviços auxiliares,
aplicando as sanções que sejam de sua competência.
(C) nomear o Corregedor-Geral do Ministério Público do Trabalho, segundo lista tríplice
formada pelo Conselho Superior.
(D) elaborar a proposta orçamentária do Ministério Público do Trabalho, submetendo-a, para
aprovação, ao Conselho Superior.
(E) exercer o poder normativo no âmbito do Ministério Público do Trabalho, especialmente
para elaborar e aprovar as normas e as instruções para o concurso de ingresso na carreira.

GABARITO: E
COMENTÁRIOS: A atribuição descrita na letra “E” realmente não é do Procurador-Geral do
Trabalho, mas do Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho, conforme art. 98, I da
LC nº 75/93, conforme transcrição abaixo:

Art. 98. Compete ao Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho: I - exercer o poder
normativo no âmbito do Ministério Público do Trabalho, observados os princípios desta lei
complementar, especialmente para elaborar e aprovar: b) as normas e as instruções para o
concurso de ingresso na carreira;

2. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Técnico Judiciário

Em relação às capacidades de postular e de estar em juízo, conforme normas contidas na


Consolidação das Leis do Trabalho,

(A) nos dissídios individuais os empregados e empregadores somente poderão estar em juízo
se estiverem representados por advogado particular ou de entidade sindical.
(B) nos dissídios coletivos trabalhistas, as partes representadas pelos entes sindicais, deverão
ter a necessária assistência por advogado.

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(C) a constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada,
mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado
interessado, com anuência da parte representada.
(D) a reclamação trabalhista do menor de 18 anos somente será acolhida se feita por órgão do
Ministério Público do Trabalho.
(E) os maiores de 18 e menores de 21 anos poderão pleitear perante a Justiça do Trabalho
sem a assistência de seus pais ou tutores, desde que assistidos por advogado.

GABARITO: C
COMENTÁRIOS: A letra “C” trata do mandato tácito ou apud acta, que consta expressamente
no art. 791, §3º da CLT, que decorre da inclusão do nome do Advogado na ata da audiência,
com a anuência da parte representada. Tal fato caracteriza a representação para a foro em
geral, ou seja, outorga os poderes gerais para a prática dos atos processuais.

3. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário

Vênus atuou durante 6 anos como preposta da Cia de Bebidas Fonte de Amor. Por força da
crise econômica foi dispensada sem receber alguns direitos trabalhistas. Em razão de sua
experiência, ingressou com reclamação trabalhista de forma verbal, sem constituir advogado.
Conforme súmula do Tribunal Superior do Trabalho e dispositivo processual trabalhista, a
capacidade postulatória de Vênus em relação a essa reclamatória

(A) está restrita a fase de conhecimento na Vara do Trabalho.


(B) limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a
fase executória.
(C) limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando os
recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
(D) é ilimitada quanto a fase processual, bem como em relação à instância, alcançando
inclusive o Tribunal Superior do Trabalho, porque a lei permite o acompanhamento das
reclamações até o final.
(E) está restrita à fase de conhecimento, incluindo recursos em todas as instâncias
trabalhistas, Varas do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunal Superior do
Trabalho, mas não envolve a fase de execução.

GABARITO: C
COMENTÁRIOS: A questão é respondida com base na Súmula nº 425 do TST, que trata do
tema jus postulandi. A reclamante poderá realizar os atos processuais sem a assistência de
Advogado na Vara do Trabalho e no Tribunal Regional do Trabalho, não podendo interpor
recursos dirigidos ao TST, pois a súmula restringe o jus postulandi naquele último tribunal.

4. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário

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O Ministério Público da União, organizado por Lei Complementar, é instituição permanente,


essencial à função jurisdicional do Estado, compreendendo em sua estrutura o Ministério
Público do Trabalho. Sobre a organização desse último, é correto afirmar que

(A) os Procuradores Regionais do Trabalho poderão atuar tanto nos Tribunais Regionais do
Trabalho quanto nas Varas do Trabalho, de forma residual.
(B) o chefe do Ministério Público do Trabalho é o Procurador-Geral da República indicado em
lista tríplice pelos seus pares e nomeado pelo Congresso Nacional.
(C) dentre os órgãos do Ministério Público do Trabalho estão o Colégio de Procuradores do
Trabalho, a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho e a
Corregedoria do Ministério Público do Trabalho.
(D) os Subprocuradores-Gerais do Trabalho serão designados para oficiar junto ao Tribunal
Regional do Trabalho da 10a Região – Distrito Federal, com sede em Brasília.
(E) o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho será composto pelo Procurador-Geral
do Trabalho, o Vice Procurador-Geral do Trabalho, quatro Subprocuradores-Gerais do Trabalho
e quatro procuradores regionais do trabalho, todos eleitos pelos seus pares.

GABARITO: C
COMENTÁRIOS: A questão, que entendo ser difícil, por ser “mais do que decoreba” e sem
aplicação prática para um Servidor do TRT, está de acordo com o art. 85 da LC nº 75/93, que
traz os órgãos do MPT, dentes os quais aqueles descritos na letra “C”, a saber:

Art. 85. São órgãos do Ministério Público do Trabalho: I - o Procurador-Geral do


Trabalho; II - o Colégio de Procuradores do Trabalho; III - o Conselho Superior do
Ministério Público do Trabalho; IV - a Câmara de Coordenação e Revisão do
Ministério Público do Trabalho; V - a Corregedoria do Ministério Público do
Trabalho; VI - os Subprocuradores-Gerais do Trabalho; VII - os Procuradores
Regionais do Trabalho; VIII - os Procuradores do Trabalho.

5. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista
Judiciário

Sobre as partes e procuradores, o jus postulandi e a representação processual, conforme


norma legal e entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho,
a) o jus postulandi somente pode ser exercido pelo empregador, visto que o trabalhador é
parte hipossuficiente e necessita de assistência profissional de advogado particular ou do
sindicato.

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b) se o trabalhador utilizar o jus postulandi para a propositura da ação, sendo sucumbente na


decisão de primeiro grau, deverá contratar advogado para interpor recurso ao Tribunal.
c) a Constituição Federal aboliu o instituto do jus postulandi revogando expressamente
dispositivo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho sobre o tema.
d) nos dissídios coletivos é obrigatória aos interessados a assistência por advogado, não
podendo ser utilizado o jus postulandi, que é restrito aos dissídios individuais até a prolação de
sentença.
e) a reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e,
na falta destes, pelo Ministério Público do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público
Estadual ou curador nomeado pelo Juízo.

GABARITO: LETRA “E“. A informação, bastante cobrada pela FCC, está em conformidade
com o art. 793 da CLT que traz as várias possibilidades para o ajuizamento da ação pelo
empregado menor: representantes legais, MPT, Sindicato, MPE ou curador.
A alternativa “a” está INCORRETA, pois o jus postulandi é garantido para empregado e
empregador (art. 791, da CLT). A alternativa “b” está INCORRETA, já que nos termos da
Súmula nº 425, do TST, o jus postulandi pode ser utilizado pela parte em Varas do Trabalho e
no Tribunal Regional do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o
mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. A
alternativa “c” está INCORRETA, dado que não foi abolido pela Constituição Federal. A
alternativa “d” está INCORRETA, pois ele não se limita à prolação da sentença, conforme
previsto na Súmula nº 425, do TST.

6. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de São Luiz – MA Prova: Procurador
Municipal

Camilo, metalúrgico, ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa Q. Na audiência de


instrução e julgamento, Camilo, hospitalizado, enviou, para o representar, Carlos, metalúrgico,
que também trabalha na empresa Q, sem comunicar com antecedência à Justiça do Trabalho.
Neste caso, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho,
a) Camilo fez correto e não terá nenhum prejuízo.
b) o processo será arquivado pela ausência de Camilo, podendo ele ajuizar outra reclamação
trabalhista após 6 meses do arquivamento.
c) o processo será arquivado uma vez que não foi comunicada a referida representação com a
antecedência mínima de 48 horas.
d) o processo será arquivado pela ausência de Camilo, podendo ele ajuizar imediatamente
outra reclamação trabalhista.

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e) o processo será arquivado, uma vez que não foi comunicada a referida representação com a
antecedência mínima de 24 horas.

GABARITO: LETRA “A“. Nos termos do art. 843 da CLT, Camilo atuou corretamente, já que
em situações urgentes e graves, como na hipótese, poderá o reclamante ser representado por
empregado da categoria ou da mesma empresa, não havendo necessidade de informação
prévia à Justiça do Trabalho. O colega de trabalho justificará a ausência, evitando o
arquivamento do processo.

7. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Campinas – SP Prova: Procurador

Hermes ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa Olympikus Serviços Gráficos S/A
postulando o pagamento de salários em atraso e 13° salário. Na primeira audiência UNA, a
reclamada compareceu com seu advogado e o reclamante não compareceu por motivo de
doença, mas fez-se representar por colega de trabalho da mesma profissão, acompanhado de
advogado. Não havendo nenhuma proposta de conciliação, o Juiz recebeu a contestação da
reclamada e designou uma audiência de instrução, ficando a reclamada intimada para
comparecimento na audiência em prosseguimento para depor, sob a pena cominada em lei e o
reclamante intimado pessoalmente por via postal com a mesma cominação. Na audiência de
instrução, a reclamada compareceu com seu advogado, mas o reclamante não compareceu e
seu advogado presente não apresentou nenhuma justificativa para a sua ausência. Nessa
situação, conforme dispositivos processuais contidos na Consolidação das Leis do Trabalho e
entendimento sumulado pelo Tribunal Superior do Trabalho, o Juiz
a) não poderia arquivar o processo na primeira audiência e deveria aplicar a pena de confissão
quanto à matéria de fato ao reclamante ausente na segunda audiência, visto que,
expressamente intimado com aquela cominação, não compareceu à audiência de
prosseguimento, na qual deveria depor.
b) deveria ter arquivado o processo já na primeira audiência em face da ausência do
reclamante.
c) não poderia ter recebido a contestação da reclamada por irregularidade de representação do
reclamante.
d) poderia receber a contestação e designar audiência de instrução, mas constatada a ausência
do reclamante na segunda audiência deveria arquivar o processo, aplicando multa por
litigância de má-fé ao reclamante.
e) deveria ter adiado a primeira audiência aplicando multa para o reclamante ausente, mas
não poderia receber a contestação da reclamada e designar audiência de instrução.

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GABARITO: LETRA “A“. As informações constantes na letra “A” estão corretas à luz do art.
843 da CLT, que prevê a possibilidade de outro empregado da mesma profissão comparecer
para justificar a ausência do reclamante por motivo sério (no caso, doença), bem como da
Súmula nº 9 do TST, que diz ser aplicável a pena de confissão, não havendo o arquivamento
no processo na hipótese, já que a defesa foi apresentada na primeira audiência e o reclamante
foi intimado expressamente para depor na audiência em prosseguimento.

8. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Analista Judiciário -
Área Judiciária

O trabalhador Hércules convidou uma testemunha para depor em audiência UNA designada na
reclamação trabalhista movida em face da empresa Vênus de Millus S/A. No saguão do fórum,
após o pregão das partes, o reclamante resolveu não ingressar na sala de audiências da Vara
do Trabalho porque a sua testemunha não compareceu e a reclamada tinha trazido três
testemunhas. O representante da reclamada, ao verificar que Hércules se evadiu do local,
também não ingressou na sala de audiências. Nesse caso, o Juiz
a) não deverá arquivar nem aplicar a revelia visto que ausentes ambas as partes, julgando o
processo no estado em que se encontra.
b) deverá redesignar a audiência intimando ambas as partes para comparecimento, sob pena
de condução coercitiva e pagamento de multa.
c) deverá marcar nova audiência para que o trabalhador possa trazer suas testemunhas em
razão do devido processo legal.
d) deverá aplicar a revelia e consequente pena de confissão à reclamada ausente.
e) deverá arquivar a ação diante da ausência injustificada do reclamante.

GABARITO: LETRA “E“. Na hipótese, independentemente das partes estarem presentes no


saguão e terem se evadido quando da realização do pregão, deve ser aplicada a penalidade
prevista no art. 844 da CLT em relação à ausência do reclamante. Se realizado o pregão o
reclamante não compareceu, deve o Juiz determinar o arquivamento do feito, ou seja, a sua
extinção sem resolução do mérito.

9. TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova:
Analista Judiciário. Agatha, empregada doméstica, ingressou com reclamação
trabalhista em face da sua empregadora Isis, de forma verbal sem a assistência de
advogado, postulando o pagamento de férias com 1/3. O pedido foi julgado
procedente e a reclamada sucumbente interpôs recurso ordinário. A autora foi
intimada para apresentar contrarrazões. No caso, conforme previsão legal e
entendimento sumulado do TST,

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a) a autora não pode exercer o jus postulandi para contrarrazoar perante o Tribunal Regional.
b) nenhuma das partes pode utilizar o jus postulandi em fase recursal.
c) ambas podem exercer o jus postulandi para recorrer e contrarrazoar o recurso ordinário
perante o Tribunal Regional.
d) apenas por se tratar de reclamação de empregado doméstico as partes podem exercer o jus
postulandi em todas as fases e instâncias do processo.
e) por se tratar de condenação de pessoa física, a reclamada pode exercer o jus
postulandi para o recurso ordinário, o mesmo não ocorrendo à autora que foi vencedora.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A interposição de recursos perante o TRT é permitida
pelas partes pessoalmente, ou seja, exercendo o jus postulandi, já que a Súmula nº 425 do
TST apenas restringe o instituto para os recursos dirigidos ao TST. Vejamos:

“O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e
aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o
mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho”.

10. TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova:
Técnico – Administração. Na reclamação trabalhista movida contra a Empresa “S",
Leila está assistida pelo sindicato de sua categoria profissional, alegando que recebe
salário de R$ 1.200,00 mensais e requerendo os benefícios da justiça gratuita,
comprovando sua condição de miserabilidade, não podendo suportar o ônus da
condenação sem prejuízo de seu próprio sustento. Neste caso, sendo julgada
procedente a reclamação,
a) não há direito ao pagamento de honorários advocatícios, pois pela regra do jus postulandi,
Leila poderia se fazer representar sozinha no processo do trabalho, tendo sido sua a escolha
do patrocínio através de sindicato, portanto, arcará com os honorários devidos, abatidos de
seu crédito na condenação.
b) caberá condenação somente em honorários advocatícios, pois no caso de assistência pelo
sindicato, se defere apenas um dos pedidos.
c) caberá somente os benefícios da justiça gratuita, pois a previsão legal é a de que o sindicato
deve patrocinar o empregado sem nada receber.
d) não há direito aos honorários advocatícios, pois Leila recebe mais do que um salário
mínimo.
e) caberá condenação em honorários advocatícios, bem como poderá ser deferido os benefícios
da justiça gratuita pelo Juiz.

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COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Haverá a condenação ao pagamento de honorários
advocatícios de sucumbência, pois presentes os dois requisitos da Súmula 219 do TST, a
saber: representação por Sindicato e recebimento de até 2 salários mínimos. Sobre a justiça
gratuita, também poderá ser deferida, nos termos do art. 790, §3º da CLT uma vez que o
reclamante não possui condições financeiras de arcar com os custos do processo.

11. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova:
Analista Judiciário - Área Judiciária. Thales, bacharel em Direito não inscrito nos
quadros da OAB, ajuizou reclamação trabalhista em face de sua
empregadora postulando o pagamento de adicional de periculosidade. A ação foi
julgada improcedente. Inconformado, Thales resolveu interpor recurso ordinário no
prazo legal, recolhendo as custas devidas. Para evitar despesas, e por entender que
tinha conhecimentos jurídicos adequado, decidiu atuar sem advogado. Nessa
hipótese, o recurso ordinário
a) não será conhecido porque é indispensável a assistência de advogado.
b) somente será conhecido se, no prazo legal de 10 dias, for subscrito por um advogado.
c) não será conhecido porque o jus postulandi somente pode ser exercido com assistência
sindical.
d) será conhecido somente em caso de a ação tramitar pelo rito sumaríssimo.
e) será conhecido em razão do jus postulandi.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. O recurso ordinário pode ser interposto sem
Advogado, por aplicação do jus postulandi previsto no art. 791 da CLT. Além disso, não há na
Súmula nº 425 do TST qualquer restrição à interposição do recurso ordinário pela parte
desacompanhada de Advogado. Os recursos para o TST, que não é o caso do RO, é que
dependem de Advogado. Vejamos o entendimento do TST:

“O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do
Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a
ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal
Superior do Trabalho”.

12. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Técnico
Judiciário - Área Administrativa. No tocante as partes e os procuradores, considere:

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I. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e,
na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público
estadual ou curador nomeado em juízo.
II. Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.
III. A constituição de procurador com poderes para o foro em geral não poderá ser efetivada,
mediante simples registro em ata de audiência, havendo expressa vedação legal neste sentido.
De acordo com as normas previstas na Consolidação das Leis do Trabalho, está correto o que
se afirma APENAS em:
a) I.
b) I e III.
c) II e III.
d) I e II.
e) II.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Estão corretas apenas as assertivas I e II, conforme
análise a seguir:
I. Correta, pois em conformidade com o art. 793 da CLT, abaixo transcrito:

“Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus
representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho,
pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo”.
II. Correto, conforme informação constante no art. 791, §2º da CLT:

§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por


advogado.

III. Errado, pois o mandato tácito é aceito na Justiça do Trabalho, estando explicitamente
previsto no art. 791, §3º da CLT:

§ 3o A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser


efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do
advogado interessado, com anuência da parte representada.

13. TRT/SP – 2013: Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta.


(A) Segundo jurisprudência sumulada do TST, o alcance do jus postulandi das partes limita-se
às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não se estendendo à ação
rescisória, à ação cautelar, ao mandando de segurança e aos recursos de competência do TST.

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(B) O princípio do impulso oficial nas execuções trabalhistas é aplicável somente às ações
trabalhistas típicas, ou seja, aquelas em que se discutem créditos advindos de relações de
emprego.
(C) O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, transitando em
julgado na data de sua homologação, salvo em relação à Previdência Social, quanto às
contribuições que lhe forem devidas, passível somente de ação rescisória.
(D) O princípio protetor, utilizado amplamente no direito material do trabalho, é igualmente
aplicado ao processo do trabalho, tendo em vista a hipossuficiência do trabalhador, sendo
desnecessária a produção de provas para deferimento do quanto pleiteia o reclamante,
bastando a apresentação de prova documental.
(E) Consoante a sistemática da Consolidação das Leis do Trabalho, sendo escrita, a reclamação
deverá conter a designação do presidente da Vara ou do Juiz de Direito, a quem for dirigida, a
qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o
dissídio, os fundamentos jurídicos do pedido, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou
de seu representante.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A única assertiva correta é a letra “A”, pois em
conformidade com a Súmula nº 425 do TST, sobre jus postulandi, muito cobrada nas provas
da FCC. Vejamos a sua redação:

“O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e
aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o
mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho”.

As demais assertivas estão erradas, de acordo com a análise a seguir:


Letra “B”: errada, pois não há qualquer interpretação restritiva no art. 878 da CLT. Assim,
pode em qualquer espécie de ação, a execução ser iniciada de ofício pelo Magistrado.
Letra “C”: errada, pois a União é que pode recorrer, conforme art. 832, §3º e 4º da CLT, por
meio de recurso e não ação rescisória.
Letra “D”: errada, pois o princípio da proteção não retira do trabalhador o ônus de provar a
veracidade de suas alegações.
Letra “E”: errada, pois não são necessários os fundamentos jurídicos do pedido, pois tal
requisito não consta no art. 840, §1º da CLT.

14. TRT/SC – 2013: ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores;) Camila e Carla são irmãs, advogadas e sócias administradoras do

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escritório de advocacia criado por ambas. Camila atua na área Trabalhista e Carla na
área Cível. Considerando que ambas figuram como advogadas em todas as
procurações, mas que nas reclamações trabalhistas, Camila requer na petição inicial,
expressamente, que as publicações e intimações sejam realizadas exclusivamente
em seu nome, a comunicação feita apenas em nome de Carla é
a) válida, porque ambas figuram como advogadas na procuração.
b) nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo.
c) válida, porque são irmãs e sócias administradoras do escritório.
d) nula, independente da existência ou não de prejuízo, em razão do expresso requerimento
contido nos autos.
e) válida, porque o requerimento de Camila deveria ter sido feito através de petição própria e
não no corpo da petição inicial.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. O pedido de intimação em nome de um determinado
Advogado é possível de ser feito, nos termos da Súmula nº 427 do TST, assim redigida:

“Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas


exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome de outro
profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo”.

Se houve pedido de intimação apenas em nome de Camila e a intimação foi feita em nome de
Carla, esse ato será nulo, salvo se constatada a ausência de prejuízo, uma vez que
nulidade = erro + prejuízo. Se não houve prejuízo, o ato é válido (princípio do prejuízo).

15. TRT/SC – 2013: ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;
) O jus postulandi das partes previsto no artigo 791 da Consolidação das Leis do
Trabalho alcança
a) o Recurso ordinário interposto ao Tribunal Regional do Trabalho.
b) o Recurso de revista interposto ao Tribunal Superior do Trabalho.
c) o Recurso de embargos interposto ao Tribunal Superior do Trabalho.
d) o mandado de segurança.
e) a ação rescisória.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. Uma questão simples, que é facilmente respondida
pela leitura da Súmula nº 425 do TST. Vejamos:

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“O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e
aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o
mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho”.

O entendimento do TST diz que não se aplica o jus postulandi aos seguintes procedimentos:
ação rescisória, ação cautelar, mandado de segurança e RECURSOS PARA O TST
(todos os recursos para aquele tribunal). Analisando as assertivas, vemos que as letras “B” e
“C” se referem à recursos para o TST, ao passo que a letra “D” menciona o mandado de
segurança e a letra “E” a ação rescisória. A única situação em que há um procedimento em
que se aplica o instituto em análise, ou seja, em que não há necessidade de Advogado, é a
letra “A”, que trata do RECURSO ORDINÁRIO dirigido ao TRT. Realmente nessa situação não
há necessidade de Advogado. Pode a parte valer-se do jus postulandi, previsto no art.791 da
CLT.

16. QUESTÃO ADAPTADA ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) Quanto aos
honorários advocatícios no processo do trabalho, é correto afirmar:
a) São requisitos para a condenação ao pagamento de honorários advocatícios na Justiça do
Trabalho: estar a parte assistida por sindicato da categoria profissional, comprovar a
percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo e comprovar não encontrar-se em
situação econômica que lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da
respectiva família.
b) É incabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória.
c) São devidos honorários advocatícios nas lides que não derivem da relação de emprego.
d) São devidos honorários advocatícios sempre que a parte estiver assistida por sindicato da
categoria profissional, exceto nas causas em que o sindicato atue como substituto processual.
e) Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, nunca
superiores a 15%, não decorre simplesmente da sucumbência, devendo a parte estar assistida
por sindicato da categoria profissional.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A condenação ao pagamento de honorários
advocatícios de sucumbência no processo do trabalho difere, num primeiro momento, do
sistema aplicado ao processo civil. Nos termos da Súmula nº 219, I do TST, a condenação não
surge da mera sucumbência, e sim, do preenchimento dos requisitos da assistência judiciária
gratuita, prevista no art. 14 da Lei nº 5584/70, que são dois: a. assistência pelo sindicato da
categoria; 2. Percepção de renda de até 2 salários mínimos ou declaração de pobreza, caso

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receba quantia superior. Presentes tais requisitos, haverá a condenação ao pagamento da


verba. Ocorre que há situações em que a condenação nasce da mera sucumbência, ou seja,
aplica-se o mesmo sistema do processo civil. Essas hipóteses estão nos incisos II e III da
Súmula nº 219 do TST. Transcreve-se na integralidade o verbete para análise:

I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios


não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte,
concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b)
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-
se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio
sustento ou da respectiva família II - É cabível a condenação ao pagamento de
honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. III – São
devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como
substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. IV - Na
ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a
responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência
submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90).
V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical,
excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários
advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre
o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível
mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º).
VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais
específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.

Percebam que nos incisos II e III estão as hipóteses em que a condenação ao pagamento dos
honorários de sucumbência decorrem da mera sucumbência, ou seja, do sistema “perdeu—
pagou”. Tais hipóteses são:

a. Ação rescisória;
b. Ação em que o Sindicato atue como substituto processual;
c. Lide que não derive da relação de emprego, ou seja, em que se discuta relação de
trabalho.

De acordo com a recentes alterações que a Súmula nº 219 sofreu, atualmente os honorários
advocatícios são devidos entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% sobre o valor da
condenação, exceto quando uma das partes for a Fazenda Pública, razão pela qual já
dispensamos todas as alternativas que não façam menção ao aludido percentual. Perceba que

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a letra “C” menciona as ações que não derivam da relação de emprego, que é o que ocorre no
inciso III da Súmula, razão pela qual está correta a assertiva.

Letra “A”: está errada, pois a afirmativa traz 3 requisitos, a saber: 1. Assistência pelo
sindicato; 2. Recebimento de até 2 salários mínimos; 3. Comprovação de impossibilidade
financeira. Na verdade, os itens “2” e “3” são um requisito só. A redação é “receber até 2
salários mínimos ou afirmar a impossibilidade financeira” e não “e”, como dito pela FCC.
Letra “B”: errada, pois viola o inciso II da Súmula que diz ser cabível a condenação aos
honorários na ação rescisória.
Letra “D”: errada, pois nas lides em que o sindicato atua como substituto processual, os
honorários são devidos, conforme inciso III da Súmula em estudo.
Letra “E”: errada, pois os honorários são devidos entre o mínimo de 10% e o máximo de 20%
sobre o valor da condenação, conforme inciso V da Súmula nº 219 do TST.

17. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Reclamação
Trabalhista; ) Hermes manteve contrato de trabalho com a empresa Gama
Transportadora de Cargas por três anos, sendo dispensado por justa causa, sem
receber nenhuma verba rescisória. Procurou a Vara do Trabalho do município para
ajuizar reclamação trabalhista. Conforme previsão contida na Consolidação das Leis
do Trabalho e jurisprudência atual e sumulada pelo TST, Hermes
a) deve necessariamente constituir advogado para a propositura da reclamação trabalhista.
b) pode postular sem a necessidade de advogado em todas as instâncias da Justiça do
Trabalho.
c) pode propor a reclamação trabalhista sem constituir advogado, apenas na primeira
instância.
d) não precisa constituir advogado para atuar em todas instâncias da Justiça do Trabalho,
desde que esteja assistido pelo Sindicato da Categoria Profissional.
e) pode reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho, limitando-se às Varas do
Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A resposta está em conformidade com a importante
Súmula nº 425 do TST, que trata do jus postulandi das partes, instituto previsto no art. 791 da
CLT. Transcrevemos a Súmula do TST e o artigo da CLT, para comentarmos:

SUM-425 JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE - Res. 165/2010,


DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e 04.05.2010. O jus postulandi das partes,

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estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais


Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado
de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.

Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente


perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.

O jus postulandi, que é possibilidade das partes demandarem na Justiça do Trabalho, seja na
qualidade de autor ou réu, sem Advogado, encontra-se em vigor, tendo sido recepcionado pela
CF/88, por não conflitar com o art. 133 daquela Carta, mesmo que haja a informação acerca
da indispensabilidade do Advogado para a administração da Justiça. Contudo, o TST, por meio
da súmula já destacada, o TST restringiu o cabimento do instituto, afirmando que o mesmo
somente pode ser aplicado às Varas do Trabalho e os Tribunais Regionais do Trabalho, não se
aplicando ao TST. Além disso, nem todos os procedimentos das Varas do Trabalho e TRTs
podem ser utilizados sem Advogado, pois a súmula também restringiu o jus postulandi,
afirmando que não é aplicável ao mandado de segurança, ação rescisória e ação cautelar
(além dos recursos para o TST). Com base no entendimento sumulado, está correta a
afirmativa da FCC, quando diz que o instituto é aplicado apenas às Varas do Trabalho e
Tribunais Regionais do Trabalho, já que no TST a parte não pode “chegar” sem Advogado, já
que os recursos por ele julgados dependem de Advogado.

Letra “A”: para ajuizar a reclamação trabalhista, não há necessidade de Advogado, aplicando-
se o art. 791 da CLT.
Letra “B”: não de aplica à todas as instâncias, já que a Súmula nº 425 diz que não se aplica ao
TST.
Letra “C”: errado, pois na segunda instância (TRT) também não precisa de Advogado.
Letra “D”: errado, pois o Sindicato, para recorrer ao TST, precisa estar assistido por Advogado,
não se aplicando o jus postulandi.

18. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho / Direito
Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) Em relação à representação
processual no processo do trabalho, conforme entendimento jurisprudencial
dominante,
a) a constituição de procurador com poderes para o foro em geral depende de outorga de
procuração escrita.
b) a representação em juízo, ativa e passiva, da União, Estados, Municípios e Distrito Federal,
suas autarquias e fundações públicas, por seus procuradores, deve ser comprovada mediante
a juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato de nomeação.

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c) os Estados e os Municípios têm legitimidade para recorrer em nome das autarquias


detentoras de personalidade jurídica própria.
d) é inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não
contenha, pelo menos, o nome da entidade outorgante e do signatário da procuração, pois
estes dados constituem elementos que os individualizam.
e) caracteriza a irregularidade de representação a ausência da data da outorga de poderes,
pois, no mandato judicial, tanto quanto no mandato civil, é condição de validade do negócio
jurídico.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A afirmação contida na letra “D” está em total
consonância com a Súmula nº 456, I, do TST, alterada em 2016, que atualmente possui a
seguinte redação:

“É inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não


contenha, pelo menos, o nome da entidade outorgante e do signatário da procuração,
pois estes dados constituem elementos que os individualizam”.

Perceba que a letra “D” transcreve o conteúdo da Súmula nº 456, I, do TST, que afirma a
necessidade de ser informados na procuração os dados que identifiquem a pessoa jurídica,
bem como aquele que está assinando o documento em nome da empresa, sob pena de se
considerar a irregularidade de representação. Vejamos as demais assertivas:

Letra “A”: errada, pois pode ocorrer também por meio do mandato tácito, conforme previsão
contida no art. 791, §3º da CLT.
Letra “B”: errada, pois a Súmula nº 436 do TST, que dispensa tais documentos.
Letra “C”: errada, pois contraria a OJ nº 318 da SDI-1 do TST, que afirma a ilegitimidade na
hipótese.
Letra “E”: errada, pois contraria a OJ nº 371 da SDI-1 do TST, que diz não ser condição de
validade do mandato a data da outorga de poderes.

19. ( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito Processual do Trabalho /


Partes e Procuradores; Teoria Geral do Processo do Trabalho; ) As pessoas jurídicas
de direito público, segundo o entendimento do TST,
a) não podem ser consideradas revéis, por defenderem interesses considerados indisponíveis.
b) não se submetem à multa por atraso no pagamento das verbas rescisórias.
c) têm afastado o duplo grau de jurisdição obrigatório na ação rescisória quando a decisão
desfavorável está em consonância com súmula do Tribunal Superior do Trabalho.

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d) têm direito ao duplo grau de jurisdição quando condenadas ao pagamento de qualquer


quantia de dinheiro.
e) têm o prazo em quádruplo para a oposição de embargos de declaração.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A questão trata do tema “remessa necessária”,
também denominada, como na questão, de duplo grau de jurisdição obrigatório. Nesse
ponto, mostra-se indispensável o estudo da Súmula nº 303 do TST, que será transcrita a
seguir:

“I - Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na vigência


da Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a
condenação não ultrapassar o valor correspondente a: a) 1.000 (mil) salários
mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; b)
500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas
autarquias e fundações de direito público e os Municípios
que constituam capitais dos Estados; c) 100 (cem) salários mínimos para todos os
demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em:
a) súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do
Trabalho em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência;
d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito
administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou
súmula administrativa.
III - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho está
sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público,
exceto nas hipóteses dos incisos anteriores. (ex-OJ nº 71 da SBDI-1 - inserida em
03.06.1996)
IV - Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na relação
processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela
concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como
impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de
matéria administrativa. (ex-OJs nºs 72 e 73 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente,
em 25.11.1996 e 03.06.1996)”.

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Percebam que a letra “C” afirma o que foi dito pelo TST no inciso III da Súmula em comento:
se a decisão, mesmo que desfavorável ao ente público, estiver em consonância com Súmula
do TST, não haverá remessa necessária, por uma presunção de que a decisão está correta e
que, por isso, não precisa ser revista pelo órgão superior (Tribunal).

Letra “A”: errada, pois podem ser revéis, caso não apresentem defesa, conforme OJ nº 152 da
SDI-1 do TST.
Letra “B”: errada, pois contraria o entendimento da OJ nº 238 da SDI-1 do TST.
Letra “D”: errada, pois contraria a Súmula nº 303 do TST, que diz não haver duplo grau de
jurisdição obrigatório nas hipóteses previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do item I.
Letra “E”: errada, pois os embargos de declaração são um recurso e, assim, o prazo é contado
em dobro, conforme DL 779/69 e art. 180 do CPC/15.

20. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito
Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) Quanto ao mandato e ao
substabelecimento, de acordo com o entendimento da jurisprudência pacífica do TST,
é INCORRETO afirmar:
a) Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à outorga
passada ao substabelecente.
b) É inválido o substabelecimento de advogado investido de mandato tácito.
c) Diante da existência de previsão, no mandato, fixando termo para sua juntada, o
instrumento de mandato só tem validade se anexado ao processo dentro do aludido prazo.
d) São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato,
poderes expressos para substabelecer.
e) Inválido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula
estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda.

COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “E”. A afirmação contida na Letra “E” está incorreta,
pois contraria totalmente o conteúdo da Súmula nº 395 do TST, que será transcrita na íntegra,
com o destaque posterior do inciso que se aplica à hipótese tratada na questão:

“SUM-395 MANDATO E SUBSTABELECIMENTO. CONDIÇÕES DE VALIDADE (nova


redação dos itens I e II e acrescido o item V em decorrência do CPC de 2015) - Res.
211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula
estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda (§ 4º do
art. 105 do CPC de 2015). (ex -OJ nº 312 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003)

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II – Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, o


mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo instrumento no
aludido prazo. (ex-OJ nº 313 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003)
III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no
mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código
Civil de 2002). (ex-OJ nº 108 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)
IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é
anterior à outorga passada ao substabelecente. (ex-OJ nº 330 da SBDI-1 - DJ
09.12.2003)
V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e IV,
deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja sanado o
vício, ainda que em instância recursal (art. 76 do CPC de 2015)”.

A afirmação da FCC está em desconformidade com o inciso I, que diz ser possível constar na
procuração um prazo, bem como a afirmação de que os poderes outorgados se aplicam até o
final da demanda. Pode haver a estipulação do prazo, sem problemas, conforme entendimento
sumulado. Vejamos as demais alternativas, todas corretas:

Letra “A”: correta, pois de acordo com o inciso IV da súmula em estudo.


Letra “B”: correta, pois a OJ nº 200 da SDI-1 do TST afirma a impossibilidade do
substabelecimento se o mandato é tácito.
Letra “C”: correta, em conformidade com o inciso II da Súmula em destaque.
Letra “D”: correta, pois de acordo com o inciso III da Súmula nº 395 do TST, aqui analisada.

21. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito
Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Audiências; Procedimento
ordinário e sumaríssimo; ) De acordo com o entendimento pacífico da jurisprudência
do TST,
a) inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte à audiência.
b) pessoa jurídica de direito público não se sujeita à revelia.
c) a reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, salvo se
presente seu advogado munido de procuração específica.
d) diante da gravidade do ato, a revelia da reclamada não pode ser ilidida.
e) a revelia produz confissão na ação rescisória.

COMENTÁRIOS:

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A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A afirmação de que inexiste previsão legal tolerando
atraso no horário de comparecimento da parte à audiência está contida na OJ nº 245 da SDI-1
do TST, que tantas vezes é cobrada nos concursos. Transcreve-se:

“Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte na


audiência”.

Se não existe a dita tolerância, devem ser aplicadas as consequências processuais da ausência
das partes à audiência, previstas no art. 844 da CLT, a saber:
a. Ausência do reclamante: arquivamento do processo (extinção sem resolução do
mérito).
b. Ausência do reclamado: revelia (com presunção de veracidade dos fatos afirmados
na petição inicial).
c. Ausência de ambas as partes: arquivamento do processo.

Letra “B”: errada, pois a OJ nº 152 da SDI-1 do TST diz que as pessoas jurídicas de direito
publico também podem ser consideradas revéis.
Letra “C”: errada, pois mesmo que presente o Advogado, será considerada revel, conforme
previsão da Súmula nº 122 do TST.
Letra “D”: errada, pois a própria Súmula nº 122 do TST traz uma hipótese em que a revelia
será evitada, a saber: declaração expressa no atestado médico da impossibilidade de
locomoção no dia da audiência.
Letra “E”: errada, pois a Súmula nº 398 do TST diz que não há confissão na rescisão, caso não
haja apresentação de defesa, ou seja, a revelia não produz os seus efeitos.

22. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 /
Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) De acordo com o
entendimento adotado pelo Tribunal Superior do Trabalho, é INCORRETO afirmar:
a) Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas
exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome de outro
profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo.
b) Diante da existência de previsão, no mandato, fixando termo para sua juntada, o
instrumento de mandato só tem validade se anexado ao processo dentro do aludido prazo.
c) Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à outorga
passada ao substabelecente.
d) Os Estados e os Municípios não têm legitimidade para recorrer em nome das autarquias
detentoras de personalidade jurídica própria, devendo ser representadas pelos procuradores
que fazem parte de seus quadros ou por advogados constituídos.

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e) Inválidos os atos praticados no processo por estagiário, ainda que, entre o


substabelecimento e a interposição do recurso, sobreveio a habilitação, do então estagiário,
para atuar como advogado.

COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “E”. A afirmação da FCC, de que seriam inválidos os
atos processuais realizados pelo estagiário nessa hipótese, conflita com a OJ nº 319 da SDI-1
do TST, a seguir transcrita:

“Válidos são os atos praticados por estagiário se, entre o substabelecimento e a


interposição do recurso, sobreveio a habilitação, do então estagiário, para atuar
como advogado”.

Perceba que os atos processuais são válidos, pois convalidados pela habilitação posterior do
estagiário na qualidade de Advogado. Vejamos as demais assertivas:

Letra “A”: perfeito, pois de acordo com a Súmula nº 427 do TST.


Letra “B”: correta, em conformidade com a Súmula nº 395, II do TST.
Letra “C”: correta, de acordo com a Súmula nº 395, IV do TST.
Letra “D”: correta, de acordo com a OJ nº 318 da SDI-1 do TST.

23. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 /
Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Audiências; ) É INCORRETO
afirmar que
a) o preposto deve ser necessariamente empregado.
b) nas ações plúrimas, os empregados poderão fazer-se representar pelo sindicato da
categoria profissional correspondente.
c) o não comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação.
d) aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação.
e) a vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não
afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo.

COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “A”. A afirmativa genérica da FCC acerca da
necessidade do preposto ser empregado está errada, pois conflita com a Súmula nº 377 do
TST, que traz importantes exceções à regra, a saber:

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“Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno


empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado.
Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14
de dezembro de 2006”.

Percebam que não há necessidade do preposto ser empregado caso a ação seja movida por
empregado doméstico ou empregado de micro ou pequena empresa, já que nessas situações o
preposto pode ser pessoa com conhecimento do fato, apenas.
Letra “B”: correto, pois em conformidade com o art. 843, §2º da CLT.
Letra “C”: correto, já que de acordo com o art. 844 da CLT.
Letra “D”: correto, pois de acordo com o art. 846 da CLT.
Letra “E”: correto, já que de acordo com a Súmula nº 74, III do TST.

24. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 /
Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) É INCORRETO afirmar:
a) Embora não haja previsão expressa na CLT para o litisconsórcio passivo, o mesmo é
possível no processo do trabalho, não havendo qualquer impedimento para o mesmo.
b) Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser acumuladas
num só processo, se se tratar de empregados de uma mesma empresa ou estabelecimento.
c) O Sindicato, substituto processual e autor da reclamação trabalhista, em cujos autos fora
proferida a decisão rescindenda, possui legitimidade para figurar como réu na ação rescisória,
sendo descabida a exigência de citação de todos os empregados substituídos, porquanto
inexistente litisconsórcio passivo necessário.
d) O litisconsórcio, na ação rescisória, é necessário em relação ao polo passivo da demanda,
porque supõe uma comunidade de direitos ou de obrigações que não admite solução díspar
para os litisconsortes, em face da indivisibilidade do objeto. Já em relação ao polo ativo, o
litisconsórcio é facultativo, uma vez que a aglutinação de autores se faz por conveniência e
não pela necessidade decorrente da natureza do litígio, pois não se pode condicionar o
exercício do direito individual de um dos litigantes no processo originário à anuência dos
demais para retomar a lide.
e) Litisconsortes com procuradores distintos têm no processo do trabalho prazo em dobro para
contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “E”. A afirmação, muito comum nos concursos, de que
os litisconsortes com procuradores diferentes possuem prazos em dobro nos autos, apesar de
constar no art. 229 do CPC/15 (art. 191 do CPC/73), não é aplicável ao processo do trabalho,
tendo em vista o entendimento da OJ nº 310 da SDI-1 do TST, a seguir transcrita:

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“Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e 2º,


do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a
celeridade que lhe é inerente.”.

Vejam que no processo do trabalho, mesmo que os litisconsortes possuam diferentes


procuradores, os prazos serão simples, ou seja, sem qualquer prerrogativa. Vejamos as
demais alternativas:

Letra “A”: perfeito. O litisconsórcio passivo, ou seja, o polo passivo formado por mais de um
réu, é muito comum no processo do trabalho, em especial, quando o empregado ajuíza ação
em face do empregador e do tomador dos serviços, na hipótese de terceirização trabalhista,
conforme Súmula nº 331, IV do TST.
Letra “B”: correto, pois de acordo com o art. 842 da CLT.
Letra “C”: correto, já que em conformidade com a Súmula nº 406, II do TST.
Letra “D”: correto, pois de acordo com a Súmula nº 406, I do TST.

25. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; )
Considere as assertivas abaixo a respeito das partes, representação e procuradores
no processo trabalhista.

I. Segundo entendimento Sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, em regra, não há


obrigatoriedade do preposto ser empregado do reclamado.

II. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e,
na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público
estadual ou curador nomeado em juízo.

III. O jus postulandi é o direito que tem a parte de ingressar em juízo podendo praticar
pessoalmente todos os atos processuais da respectiva reclamação trabalhista.

IV. Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.
De acordo com a CLT, é correto o que se afirma APENAS
a) III e IV.
b) II e III.
c) II, III e IV.
d) I e III.

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e) I e II.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. As alternativas corretas são as de número I e II,
conforme análise a seguir:

I. incorreta, já que a Súmula nº 377 do TST diz que a regra geral é que o preposto deve ser
empregado da reclamada. Somente não precisa se aquele for empregador doméstico ou micro
e pequeno empresário.
II. correta, pois de acordo com o Art. 793 da CLT.
III. correta, já que em conformidade com o art. 791 da CLT. Vejam que não é preciso levar em
consideração as restrições da Súmula nº 425 do TST.
IV. correta, já que o dissídio coletivo não é ação descrita na Súmula nº 425 do TST como
necessária a contratação de Advogado, razão pela qual pode ser dito que é uma situação em
que é possível a contratação (apesar de não ser necessária).
26. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) Quanto
às partes e aos procuradores, é correto afirmar:
a) O empregador que não puder comparecer à audiência de instrução e julgamento poderá
fazer-se representar por seu advogado, desde que este esteja munido de procuração com
poderes para tanto.
b) O empregado que não puder comparecer à audiência de instrução e julgamento por motivo
de doença poderá fazer-se representar por sua esposa ou pessoa da família.
c) Em se tratando de reclamação plúrima, os empregados poderão fazer-se representar na
audiência de instrução e julgamento pelo sindicato de sua categoria.
d) A reclamação trabalhista do menor de 16 anos, na falta de seus representantes legais,
poderá ser feita por outro empregado maior que pertença à mesma profissão.
e) Sendo o reclamante empregado doméstico, a representação do empregador só pode ser
feita pelo proprietário do imóvel onde exerça suas funções.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A informação acerca da representação dos
trabalhadores em audiência, quando ajuizada ação plúrima, encontra-se no art. 843 da CLT, a
seguir transcrito para verificação:

“Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado,


independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de

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Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão


fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria”.

Perceba que a letra “C” é a transcrição do dispositivo mencionado acima, razão pela qual está
correta. Vejamos as demais alternativas:

Letra “A”: errado, pois não existe tal previsão. A representação por Advogado, mesmo que
munido de procuração, não evita as consequências do art. 844 da CLT (arquivamento e
revelia), nos termos da Súmula nº 122 do TST.
Letra “B”: não há tal previsão na CLT. A previsão é para a hipótese de impossibilidade de
comparecimento do art. 843, §2º da CLT, em que pode haver a representação por empregado
da mesma categoria ou pelo Sindicado.
Letra “D”: incorreto, pois conflita com o art. 793 da CLT, a seguir transcrito: “A reclamação
trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes,
pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou
curador nomeado em juízo”.
Letra “E”: Nos termos da Súmula nº 377 do TST, que diz que o empregado não precisa ser
representado por empregado, extrai-se a ideia de que pode ser representado por qualquer
pessoa que tenha conhecimento dos fatos.

27. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) Com base nas
regras do processo do trabalho aplicáveis as partes e procuradores, a substituição e
representação processuais, é correto afirmar:
a) Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do
Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
b) Nos dissídios coletivos é obrigatória aos interessados a assistência por advogado.
c) A constituição de procurador com poderes para o foro em geral somente poderá ser
efetivada, mediante instrumento de procuração, não valendo o simples registro em ata de
audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte
representada.
d) Nos dissídios individuais os empregados e empregadores não poderão fazer-se representar
por intermédio do sindicato, valendo tal situação apenas para os dissídios coletivos.
e) A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita apenas pela Procuradoria da
Justiça do Trabalho ou pelo sindicato.

COMENTÁRIOS:

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A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A alternativa correta trata do jus postulandi, previsto
no art. 791 da CLT, que é a possibilidade das partes reclamarem em juízo sem a necessidade
de Advogado. Tal regra continua em vigor mesmo após a CF/88, não havendo conflito com a
regra da indispensabilidade do Advogado para a administração da Justiça. Nos termos do
dispositivo da CLT, temos:

“Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a


Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final”.

Vejamos as demais alternativas:

Letra “B”: errado, pois o §2º do art. 791 da CLT diz ser facultativa tal assistência.
Letra “C”: errado, pois o §3º do art. 791 da CLT trata do mandato tácito, que surge quando há
a inclusão do nome do Advogado na ata de audiência.
Letra “D”: errado, pois contraria o §1º do art. 791 da CLT.
Letra “E”: errado, pois o art. 793 da CLT diz que poderá ser ajuizada pelos representantes
legais, pela Procuradora da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público Estadual
ou curador nomeado pelo juízo.

28. QUESTÃO ADAPTADA ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;
) Mário ajuizou reclamação trabalhista verbal, sem a constituição de advogado, em
face da empresa W. A reclamação trabalhista foi julgada improcedente e Mário
contratou Hortência, advogada, para interpor Recurso Ordinário. Hortência interpôs o
recurso, mas não juntou à peça processual o referido instrumento de mandato. Neste
caso, de acordo com entendimento Sumulado do TST
a) a parte deverá regularizar a representação processual no prazo de cinco dias, após a
interposição do recurso, independentemente de intimação.
b) será admitido o oferecimento de procuração posteriormente, uma vez que a o instrumento
de mandato poderá ser anexado aos autos a qualquer momento até o julgamento do referido
recurso.
c) só será admitido o oferecimento de procuração após o protocolo de recurso, mediante
protesto por posterior juntada na referida peça processual.
d) a parte deverá regularizar a representação processual no prazo de dez dias, após a
interposição do recurso, independentemente de intimação.
e) a parte deverá ser previamente intimada para regularizar a representação processual no
prazo peremptório de cinco dias.

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COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. Perceba que na hipótese temos hipótese de
regularização da representação processual em grau recursal, o que passou a ser viável nos
termos da nova redação conferida à Súmula nº 383 do TST. Se não foi juntada a procuração
quando da interposição do recurso, excepcionalmente, admitir-se-á a sua exibição no prazo de
5 dias, independentemente de intimação:

“SUM-383 RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRE-SENTAÇÃO. CPC DE


2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res.
210/2016, DEJT divulgado em 30.06, 1º e 04.07.2016
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos
até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional
(art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de
intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do
recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba,
considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso.
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em
procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão
competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que
seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do
recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento
das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de
2015).”.

Vejamos as demais alternativas:


Letra “B”: não poderá ser regularizada a qualquer momento, nos termos da Súmula nº 383 do
TST.
Letra “C”: não necessita o protesto.
Letra “D”: o prazo não é de dez dias, o prazo será de cinco dias, podendo ser prorrogado por
igual período mediante despacho do Juiz, conforme Súmula nº 383, I, do TST.
Letra “E”: o prazo não é peremptório, poderá ser prorrogado por igual período mediante
despacho do Juiz, conforme Súmula nº 383, I, do TST.

29. ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) Murilo ajuizou
reclamação trabalhista em face de sua ex- empregadora a empresa Azul Ltda; Mateus
ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora a multinacional Blue;
e Matias ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora a empresa

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Branca Ltda. Na audiência UNA já designada nos respectivos processos, todas as


empresas pretendem enviar prepostos. Nestes casos, considerando que Murilo e
Mateus possuem mais de dez anos de contrato de trabalho, de acordo com o
entendimento Sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, o preposto deve ser
necessariamente empregado
a) das empresas Azul, Blue e Branca.
b) das empresas Azul e Branca, apenas.
c) da empresa Blue, apenas.
d) das empresas Azul e Blue, apenas.
e) da empresa Branca, apenas.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A necessidade do preposto ser empregado da
empresa reclamada independe do vínculo de emprego discutido nos autos, de efêmero ou
longo. Na hipótese trazida na questão, o prazo de 10 anos do contrato é irrelevante, tendo
sido utilizado apenas para atrapalhar o candidato. Nos termos da Súmula nº 377 do TST, a
necessidade do preposto ser empregado somente é relevada quando o empregador é
doméstico ou micro ou pequena empresa. Na questão da FCC, não constam tais informações,
razão pela qual se entende que há necessidade de que o preposto seja empregado em todas
elas. Transcrevo a Súmula nº 377 do TST, por sua importância para as provas:

“Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno


empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado.
Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14
de dezembro de 2006”.

As demais alternativas, por versarem sobre o mesmo assunto, não precisam ser analisadas em
separado.

30. QUESTÃO ADAPTADA ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; ) Considere as seguintes assertivas a respeito da representação:
I. O oferecimento tardio de procuração, em instância recursal, só será possível mediante
protesto por posterior juntada.

II. Nas Reclamatórias Plúrimas os empregados não poderão fazer-se representar pelo Sindicato
de sua categoria, tendo em vista que não se trata de dissídio coletivo, mas sim de dissídio
individual com diversos reclamantes.

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III. É válido o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula
estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda.

IV. Não configura irregularidade de representação o fato do substabelecimento ser anterior à


outorga passada ao substabelecente, tratando-se de mera irregularidade formal.

Está correto o que se afirma SOMENTE em:


a) III.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) I, III e IV.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A única alternativa correta é a III, conforme análise
pormenorizada abaixo:

I. Errada, com a nova redação da Súmula nº 383, I do TST, excepcionalmente é admitida


a juntada de procuração, posterior à interposição do recurso, no prazo de 5 dias,
independentemente de protesto pela sua juntada.
II. Errada, já que o art. 843, §2º da CLT permite a representação nas reclamações
plúrimas, evitando-se, assim, o comparecimento de dezenas de reclamantes à audiência.
III. Correta, já que em conformidade com a Súmula nº 395 do TST, que permite a inclusão
de data na procuração.
IV. Errada, já que a Súmula nº 395, IV do TST diz configurar tal situação irregularidade de
representação. É importante lembrar aqui que, apesar do item IV da súmula em comento
considerar irregular a representação, o item V prevê que nesses casos o juiz deverá suspender
o processo e designar um prazo para que a parte sane o vício.
Transcrevo o item IV e V da Súmula nº 395 do TST, por sua importância para as provas:
“IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é
anterior à outorga passada ao substabelecente. (ex-OJ nº 330 da SBDI-1 - DJ
09.12.2003)
V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e IV,
deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja sanado o
vício, ainda que em instância recursal (art. 76 do CPC de 2015)”.

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31. QUESTÃO ADAPTADA ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; Custas e emolumentos; ) De acordo com Súmula do Tribunal Superior
do Trabalho, em demanda trabalhista ajuizada por pessoa que comprove a percepção
de salário inferior ao dobro do mínimo legal, a condenação ao pagamento de
honorários advocatícios,
a) arbitrados entre 15 e 30%, não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a
parte estar assistida por sindicato da categoria profissional.
b) nunca superiores a 30%, não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a
parte estar assistida por sindicato da categoria profissional.
c) nunca superiores a 25%, decorre pura e simplesmente da sucumbência, independente da
assistência por sindicato da categoria profissional.
d) arbitrados entre 10 e 20%, não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a
parte estar assistida por sindicato da categoria profissional.
e) nunca superiores a 15%, não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a
parte estar assistida por sindicato da categoria profissional.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A questão é fácil se o candidato lembrar o percentual
dos honorários advocatícios de sucumbência na Justiça do Trabalho, que nos termos da nova
redação da Súmula nº 219, V do TST, é devido entre o mínimo de 10% e o máximo de 20%
sobre o valor da condenação. Apenas com essa informação já seria possível afirmar que a letra
“D” é a correta, pois é a única que traz tal informação. Nos termos da Súmula, temos:

I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios


não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte,
concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b)
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-
se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio
sustento ou da respectiva família (art.14, § 1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305
da SBDI-I).
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação
rescisória no processo trabalhista.
III - São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure
como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego.
IV - Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a
responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência
submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90).

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V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical,


excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários
advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre
o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível
mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º).
VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais
específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.

A informação de que a condenação não decorre da mera sucumbência está correta, pois há
necessidade do preenchimento de dois requisitos, que são aqueles vinculados à assistência
judiciária gratuita, da Lei nº 5584/70, a saber: assistência pelo sindicato da categoria e
percepção de salário igual ou inferior a 2 salários mínimos ou declaração de hipossuficiência
caso receba mais. Como as demais alternativas tratam do mesmo assunto, não
precisam ser analisadas em separado.

32. ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) A
procuração apud acta é o mandato
a) com vigência previamente estipulada.
b) passado a advogado dativo para fins específicos e determinados logo após a intimação da
reclamada.
c) passado em audiência perante o Juiz do Trabalho.
d) para fins genéricos com permissão expressa para substabelecer.
e) para fins genéricos que veda expressamente substabelecimento.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. O mandato apud acta também é denominado de
mandato tácito, previsto no art. 791, §3º da CLT, sendo aquele que surge da apresentação do
Advogado à audiência representando uma das partes, fazendo-se a inclusão de seus dados na
ata de audiência. Não há necessidade de procuração expressa, escrita, bastando a inserção
dos dados do causídico na ata de audiência, para que o mesmo tenha os poderes gerais para o
foro, ou seja, para a prática dos atos processuais. Assim, o mandato apud acta ou mandato
tácito é passado em audiência perante o Juiz do Trabalho, conforme afirmação do art.
791, §3º da CLT, a seguir transcrito:

“A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser


efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do
advogado interessado, com anuência da parte representada”.

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Tal espécie de mandato confere apenas os poderes gerais, não sendo possível o
substabelecimento, conforme OJ nº 200 da SDI-1 do TST. Contudo, é possível a interposição
de recurso.

33. ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) A União,
Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, quando
representados em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores,
a) devem juntar aos autos instrumento de mandato, sendo, porém, concedido pela legislação
prazo de quinze dias a contar da prática do primeiro ato processual.
b) devem juntar aos autos instrumento de mandato, sendo, porém, concedido pela legislação
prazo de trinta dias a contar da prática do primeiro ato processual.
c) estão dispensados da juntada de instrumento de mandato.
d) estão dispensados da juntada de instrumento de mandato, se juntarem obrigatoriamente
documento público oficial de comprovação do exercício do cargo público.
e) devem juntar aos autos instrumento de mandato, sendo, porém, concedido pela legislação
prazo de quinze dias a contar da intimação pessoal.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A dispensa da juntada do instrumento de mandato
para os entes públicos listados na questão encontra-se prevista na Súmula nº 436 do TST,
criada em setembro de 2012, a seguir transcrita, para conhecimento:

“SÚM-436 REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PROCURADOR DA UNIÃO, ES-TADOS,


MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL, SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS.
JUNTADA DE INSTRUMENTO DE MANDATO (conversão da Orientação Jurisprudencial
nº 52 da SBDI-I e inserção do item II à redação) - Res. 185/2012, DEJT divulgado
em 25, 26 e 27.09.2012
I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações
públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus
procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de
comprovação do ato de nomeação.
II - Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-
se exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de
inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil”.

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Percebam que não há necessidade de juntada de procuração ou ato de nomeação, mas é


indispensável que afirmem a qualidade de procurador, não podendo haver apenas a indicação
da OAB do mesmo. Todas as assertivas tratam do mesmo assunto, razão pela qual não
precisam ser analisadas em separado.

34. ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;
Reclamação Trabalhista; ) Danilo, 19 anos, trabalhava em uma empresa onde
realizava horas extras que nunca lhe foram remuneradas. Por ter recebido proposta
melhor de emprego, Danilo pediu dispensa da referida empresa e decidiu ajuizar
Reclamação Trabalhista em face da mesma para reaver os valores relativos a tais
horas. Diante dessa situação, é correto afirmar:
a) Danilo pode propor a Reclamação Trabalhista, independentemente de assistência de seus
pais ou responsáveis.
b) Por ser menor de 21 anos de idade, Danilo necessita da assistência dos pais ou
responsáveis para propor a Reclamação Trabalhista.
c) Quem deve propor a Reclamação Trabalhista requerendo as horas extras trabalhadas por
Danilo são seus pais ou responsáveis, tendo em vista ser ele menor de 21 anos de idade.
d) Danilo pode propor a Reclamação Trabalhista desde que colacione aos autos autorização de
seus pais ou responsáveis com fins específicos para tal postulação.
e) A Consolidação das Leis do Trabalho autoriza Danilo a propor a Reclamação Trabalhista,
porém, na audiência UNA ou inicial deve estar acompanhado de seus pais ou responsáveis.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. Percebe-se claramente que Danilo em maior de 18
anos, ou seja, plenamente capaz para a prática dos atos da vida civil e também os
processuais. Assim, pode Danilo ajuizar a sua reclamação trabalhista independentemente da
assistência dos seus pais ou responsáveis. Aos menores de 18 anos é que a CLT confere
proteção ao afirmar no art. 793 que:

“A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes


legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato,
pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo”.

Todas as demais alternativas estão claramente erradas, pois dizem que o trabalhador, por ser
menor de 21 anos, precisa de assistência ou autorização de pais ou responsáveis.
Entendemos que não há necessidade de análise das demais alternativas.

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35. QUESTÃO ADAPTADA ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista
Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho
/ Partes e Procuradores; ) Na Justiça do Trabalho, a condenação em honorários
advocatícios, nunca superiores a
a) 10%, são devidos quando a parte estiver assistida por Sindicato da categoria profissional e
apenas se comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal.
b) 10%, são devidos quando a parte estiver assistida por Sindicato da categoria profissional e
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal, ou encontrar-se em
situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da
respectiva família.
c) 20%, são devidos quando a parte estiver assistida por Sindicato da categoria profissional e
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal, ou encontrar-se em
situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da
respectiva família.
d) 15%, são devidos quando a parte estiver assistida por Sindicato da categoria profissional e
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal, ou encontrar-se em
situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da
respectiva família.
e) 20%, são devidos quando a parte estiver assistida por Sindicato da categoria profissional e
apenas se comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Novamente a resposta em relação aos honorários
advocatícios de sucumbência é facilmente resolvida pela análise do percentual, nunca superior
a 20%, conforme disposição contida no inciso I da Súmula nº 219 do TST. Perceba que
somente a alternativa “C” traz o percentual correto. Nos termos do entendimento sumulado:

I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios


não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte,
concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b)
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-
se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio
sustento ou da respectiva família (art.14, § 1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305
da SBDI-I).
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação
rescisória no processo trabalhista.
III - São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure
como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego.

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IV - Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a


responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência
submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90).
V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical,
excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários
advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre
o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível
mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º).
VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais
específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.

Salienta-se que a condenação ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência não


decorre da mera sucumbência, como no processo civil, e sim, do preenchimento dos requisitos
da assistência judiciária gratuita, conforme Lei nº 5584/70. Somente em se tratando de ação
rescisória, sindicato atuando como substituto processual e lide que derive da relação de
trabalho, é que a condenação decorre pura e simplesmente da sucumbência.

36. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Área
Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; ) Com relação ao mandato e ao substabelecimento, é correto afirmar:
a) O advogado sem procuração poderá propor reclamação trabalhista a fim de evitar a
decadência de direitos, devendo, no entanto, exibir o instrumento do mandato no prazo
improrrogável de 90 dias.
b) É inválido o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula
estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda.
c) São inválidos os atos praticados pelo substabelecido, se não houver, no mandato, poderes
expressos para substabelecer.
d) Existindo previsão, no mandato, fixando termo para sua juntada, o instrumento de
mandato terá validade, inclusive se anexado ao processo após o aludido prazo.
e) Considera-se irregular a representação se o substabelecimento é anterior à outorga
passada ao substabelecente.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Novamente a resposta em relação ao tema
regularidade de representação encontra-se na Súmula nº 395 do TST, que será novamente
transcrita para análise:

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SUM-395 MANDATO E SUBSTABELECIMENTO. CONDIÇÕES DE VALIDADE (nova


redação dos itens I e II e acrescido o item V em decorrência do CPC de 2015) - Res.
211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula
estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda (§ 4º do
art. 105 do CPC de 2015). (ex -OJ nº 312 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003)
II – Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, o
mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo instrumento no
aludido prazo. (ex-OJ nº 313 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003)
III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no
mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código
Civil de 2002). (ex-OJ nº 108 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)
IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é
anterior à outorga passada ao substabelecente. (ex-OJ nº 330 da SBDI-1 - DJ
09.12.2003)
V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e IV,
deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja sanado o
vício, ainda que em instância recursal (art. 76 do CPC de 2015)”.

A resposta ao questionamento encontra-se no inciso IV da Súmula, que foi destacado em


negrito. È irregular a representação se o substabelecimento é anterior à outorga de poderes,
pois quem não tinha poderes não pode substabelecer, ou seja, o substabelecimento deve vir
aos autos posteriormente em relação à procuração. Todavia, recente alteração realizada nessa
Súmula, acrescentou o item V que prevê que o Juiz deve suspender o processo e designar um
prazo para que esse vício seja sanado. Vejamos as demais alternativas:

Letra “A”: errado, pois não há necessidade de juntada posterior de procuração, já que o art.
791, §3º da CLT admite o mandato tácito.
Letra “B”: errado, pois a situação é prevista no inciso I da Súmula transcrita.
Letra “C”: errado, pois contrária ao inciso III da Súmula nº 395 do TST, acima transcrita.
Letra “D”: errado, pois contraria ao inciso II da Súmula nº 395 do TST.

37. ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Custas e
emolumentos; ) O regramento da gratuidade judiciária vigente no processo do
trabalho, segundo prevê a Consolidação das Leis do Trabalho, decorre da
a) comprovação da falta de suficiência econômica, mediante atestado emitido por entidade
pública.

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b) prova da condição de desempregado, pelo prazo mínimo de 90 dias.


c) demonstração de que não há ninguém, no domicílio do interessado, com renda igual ou
superior a dois salários mínimos.
d) percepção de até dois salários mínimos, assistência do sindicato e apresentação do
atestado de pobreza.
e) mera declaração do interessado de que não tem condições de arcar com as despesas
processuais sem prejuízo próprio ou de sua família.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. O benefício da justiça gratuita, previsto no art. 790,
§3º da CLT, não pode ser confundido com a Assistência Judiciária Gratuita da Lei nº 5584/70,
pois institutos diversos. Para a concessão da justiça gratuita, basta a percepção de quantia
igual ou inferior ao dobro do mínimo legal ou declaração do interessado de que não pode arcar
com os custos do processo, nos termos da CLT, podendo, inclusive, ser deferido de ofício. Já a
Assistência Judiciária Gratuita, além da questão financeira, exige a assistência pelo sindicato
da categoria.
O dispositivo celetista mencionado afirma que:

“É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de


qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça
gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem
salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da
lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do
sustento próprio ou de sua família”.

Percebe-se que o reclamante pode se enquadrar em duas situações:


a. Receber até dois salários mínimos, não havendo necessidade de declaração.
b. Receber mais de dois salários mínimos e não ter condições de arcar com os custos do
processo, necessitando, nessa situação, de declaração firmada por ele mesmo.
Não há necessidade de que tal declaração seja firmada por qualquer órgão ou autoridade.
Também não é necessário o desemprego. Com base nessas afirmações, não há
necessidade de análise pormenorizada de todas as alternativas, por tratarem do
mesmo tema, aliás, bem específico.

38. ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;
Audiências; Dissídios Coletivos; ) Considere as seguintes assertivas:

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I. O advogado pode ser preposto e advogado ao mesmo tempo, não havendo impedimento
legal neste sentido, mas para ser preposto em audiência deverá se empregado do
representado.
II. Nas ações de cumprimento os empregados poderão fazer-se representar pelo sindicato da
categoria.
III. É vedado ao empregador fazer-se representar em juízo por preposto em dissídio coletivo.
IV. Em regra, o preposto em audiência deve ser necessariamente empregado do reclamado.

Está correto o que se afirma SOMENTE em


a) I e II.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) III e IV.
e) II e IV.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Apenas as assertivas II e IV estão corretas. Vejamos:

I. Errada, pois o não é possível ser preposto e Advogado ao mesmo tempo. Tal situação é
vedada pelo Código de ética da Advocacia. Sobre o tema, rever a Súmula nº 377 do TST, que
trata da necessidade do preposto ser empregado.

II. Correta, pois a informação está em conformidade com o art. 843 da CLT, que prevê a
representação dos empregados pelo Sindicato, conforme transcrição a seguir:

“Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado,


independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de
Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se
representar pelo Sindicato de sua categoria”.

III. Errada, pois contraria o art. 861 da CLT, transcrito a seguir:

“É facultado ao empregador fazer-se representar na audiência pelo gerente, ou por qualquer


outro preposto que tenha conhecimento do dissídio, e por cujas declarações será sempre
responsável”.

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IV. Correta, pois de acordo com a Súmula nº 377 do TST, transcrita diante de sua
importância para os concursos trabalhistas:

“Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno


empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do
art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006”.

39. ( Prova: FCC - 2008 - TRT-2R - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) Com relação ao mandato e ao
substabelecimento, é correto afirmar:
a) Existindo previsão, no mandato, fixando termo para sua juntada, o instrumento de mandato
terá validade, inclusive se anexado ao processo após o aludido prazo.
b) Considera-se irregular a representação se o substabelecimento é anterior à outorga
passada ao substabelecente.
c) O advogado sem procuração poderá propor reclamação trabalhista a fim de evitar a
decadência de direitos, devendo, no entanto, exibir o instrumento do mandato no prazo
improrrogável de 90 dias.
d) É inválido o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula
estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda.
e) São inválidos os atos praticados pelo substabelecido, se não houver, no mandato, poderes
expressos para substabelecer.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A resposta ao questionamento novamente encontra-
se na Súmula nº 395 do TST, tantas vezes objeto das questões da FCC. Percebe-se que a letra
“B” está totalmente de acordo com o inciso IV da referida súmula, que diz ser irregular a
representação se o substabelecimento é anterior à outorga, pois primeiro devem ser
outorgados os poderes por meio de procuração para, somente após, ser realizado o
substabelecimento. Vejamos o inciso mencionado:

“Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à


outorga passada ao substabelecente”.

Passemos à análise das demais alternativas:


Letra “A”: errado, pois viola o inciso II da Súmula nº 395 do TST.
Letra “C: errado, pois não há necessidade de juntada, já que é previsto o mandato tácito,
conforme art. 791, §3º da CLT.

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Letra “D”: errado, pois o inciso I da Súmula nº 395 do TST diz ser válido o instrumento de
mandato com prazo e poderes para atuar até o final.
Letra “E”: errado, pois os atos são validos, conforme inciso III da Súmula nº 395 do TST.

40. ( Prova: FCC - 2008 - TRT-2R - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) Considere:

I. A reclamação trabalhista A tem como partes Maria e sua ex-empregada doméstica Ursula.
II. A reclamação trabalhista B tem como partes a micro-empresa SAPO e seu ex-empregado
João.
III. A reclamação trabalhista C tem como partes a sociedade anônima RATO e seu ex-
empregado Domingos.
IV. A reclamação trabalhista D tem como partes a empresa privada ROMA e sua ex-funcionária
Vânia.

Para se fazerem representados em audiência, o preposto deverá ser necessariamente


empregado do(a) reclamado(a) APENAS nas demandas indicadas em
a) II e III.
b) I, III e IV.
c) II, III e IV.
d) I, II e III.
e) III e IV.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A alternativa CORRETA é a letra “E”, que traz a
necessidade do preposto ser empregado apenas nas hipóteses narradas em III e IV, ou seja,
nas ações ajuizadas em face de sociedade anônima e da empresa privada Roma. Nas demais,
a ação foi ajuizada em face de empregador doméstico e de micro-empresa, sendo que nessas
duas situações, conforme Súmula nº 377 do TST, o preposto não precisa ser necessariamente
empregado. Vejamos:

“Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno


empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado.
Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14
de dezembro de 2006”.

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41. ( Prova: FCC - 2006 - TRT-24R - Técnico Judiciário - Área Administrativa /


Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Dissídios Individuais; ) De
acordo com o Decreto Lei no 5.452/43, a reclamação trabalhista do menor de 18
anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes,
a) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato ou curador nomeado em
juízo.
b) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho ou pelo Ministério Público estadual.
c) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho ou pelo curador nomeado em juízo.
d) apenas pelo curador nomeado em juízo ou pelo sindicato.
e) pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou
curador nomeado em juízo.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Novamente a FCC exige o conhecimento acerca do
art. 793 da CLT, que prevê o ajuizamento de ação de empregado menor de 18 anos.
Transcreve-se novamente o dispositivo para conhecimento:

“A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes


legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato,
pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo”.

A resposta, infelizmente, depende de memorização do dispositivo, para saber que além dos
representantes legais, também podem ajuizar a reclamação trabalhista do menor, a
Procurador da Justiça do Trabalho, o sindicato, o Ministério Público estadual ou um curador
nomeado em juízo. Todas as assertivas tratam do mesmo assunto, razão pela qual não
precisam ser analisadas em separado.

PRAZOS PROCESSUAIS

1. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário

Na reclamação trabalhista movida pelo empregado Záfiro em face da empresa Olimpo S/A
houve procedência parcial em sentença. A reclamada interpôs recurso, mas por equívoco do
Juízo não houve intimação do reclamante para apresentar contrarrazões. O recurso teve seu
provimento negado. No caso, quanto à teoria das nulidades processuais, conforme previsão
contida no texto consolidado,

(A) caberia arguição pela reclamada da nulidade processual visto que não foi cumprido ato
processual essencial.

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(B) deveria ser declarada a nulidade de ofício, que alcançaria todos os atos decisórios.
(C) não poderia ser declarada nulidade de ofício por não ser absoluta, mas caso fosse arguida
por quaisquer das partes seria acolhida com anulação dos atos decisórios.
(D) a nulidade não seria declarada porque não houve prejuízo à parte que não foi intimada
para apresentar contrarrazões do recurso.
(E) deveria ser declarada a nulidade por provocação da reclamada apenas em eventual ação
rescisória a ser movida.

GABARITO: D
COMENTÁRIOS: Na hipótese não houve nulidade, na medida em que não houve prejuízo para
o reclamante que deixou de ser intimado, já que o recurso da reclamada foi negado. Assim,
apesar de não ter podido se manifestar no processo, nenhum prejuízo foi imposto ao
reclamante. Com base no art. 794 da CLT, se não houver prejuízo, não há nulidade.

2. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário

Considerando que o processo pode ser entendido como uma sequência ordenada de atos que
devem seguir procedimentos e prazos previstos em lei, no Processo Judiciário do Trabalho,
segundo normas contidas na Consolidação das Leis do Trabalho e entendimentos sumulados do
Tribunal Superior do Trabalho,

(A) intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil
imediato e, a contagem, no subsequente, e os prazos que se vencerem em sábado, domingo
ou feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte.
(B) em qualquer situação a penhora poderá realizar-se em domingo ou dia de feriado, não
havendo necessidade de urgência ou determinação legal expressa.
(C) quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for
feita nesse dia, o prazo judicial será contado, a partir deste dia porque se trata de dia útil
forense.
(D) presume-se recebida a notificação vinte e quatro horas depois de sua postagem; o seu não
recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.
(E) o prazo decadencial para ajuizamento de ação rescisória quando expira em feriado, final de
semana, ou em dia que não houver expediente forense, não se prorroga até o primeiro dia útil,
imediatamente subsequente.

GABARITO: A
COMENTÁRIOS: A letra “A”, considerada correta, traz duas importantes regras sobre
contagem dos prazos processuais, a saber:

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 Súmula nº 262 do TST: quando a notificação é recebida no sábado, presume-se


que foi recebido no primeiro dia útil, iniciando-se a contagem no dia seguinte,
se também for útil.

 Art. 775, § único da CLT: quando o último dia for sábado, domingo ou feriado,
será prorrogado o prazo para o primeiro dia útil seguinte.

Letra “b”: ERRADA, art. 770, parágrafo único, prevê que a penhora no domingo somente
por autorização expressa do juiz ou presidente.
Letra “c”: ERRADA, Súmula nº 1, do TST, nesse caso será contado da segunda-feira
imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se
seguir.
Letra “d”: ERRADA, Súmula nº 16, do TST, presume-se recebida 48h após sua postagem.
Letra “e”: ERRADA, Súmula nº 100, IX, do TST, prorroga até o primeiro dia útil
imediatamente subsequente.
3. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista
Judiciário

Sobre os atos processuais relativos ao processo do trabalho no rito ordinário é correto


afirmar:
a) Serão públicos, salvo quando o contrário determinar o interesse social, e serão realizados,
nos dias úteis das 6 às 20 horas, exceto a penhora, que pode ser realizada em domingo ou
feriado, mediante autorização judicial expressa.
b) A penhora poderá ser realizada em qualquer dia e horário independente de autorização
expressa do juiz por se tratar de ato de execução e para atender ao princípio da eficácia.
c) Serão sempre públicos, realizados somente nos dias úteis, no horário das 6 às 21 horas,
exceto a penhora que poderá ocorrer das 5 às 23 horas.
d) Serão públicos, salvo em caso de segredo de justiça assim determinado pelo Ministério
Púbico do Trabalho, apenas em dias úteis, no horário das 8 às 19 horas.
e) Serão sempre públicos, não havendo segredo de justiça em processo trabalhista, nos dias
úteis, das 11 às 19 horas, exceto as penhoras que podem ocorrer das 8 às 20 horas.

GABARITO: LETRA “A“. A informação constante na letra “A”, sobre a realização dos atos
processuais, está perfeitamente adequada ao art. 770 da CLT, que prevê a sua realização das
6h às 20h, em dias úteis, salvo a penhora, que por determinação expressa do Juiz poderá ser
realizada em domingos e feriados, conforme § único do mesmo artigo.

4. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Técnico
Judiciário - Área Administrativa

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Em uma ação que tramita na Justiça do Trabalho em que o reclamante empregado postula o
pagamento de indenização por danos materiais em face da reclamada empregadora, é correto
afirmar:
a) Os atos processuais serão públicos não comportando nenhuma exceção em razão do
interesse social.
b) Os prazos para realização dos atos contam-se com inclusão do dia do começo e do
vencimento, ficando suspensos nos finais de semana.
c) Os prazos processuais que se vencerem na sexta-feira, terminarão na segunda-feira da
semana seguinte.
d) As audiências serão públicas e realizar-se-ão nos dias úteis, somente no horário
compreendido entre as 11 e 19 horas, não podendo ultrapassar 2 horas seguidas.
e) A penhora na fase de execução da sentença poderá ser realizada em domingo ou feriado,
mediante expressa autorização judicial.

GABARITO: LETRA “E“. A única informação correta é a que consta na letra “E”, sobre a
possibilidade da penhora ser realizada em domingos e feriados, mediante autorização expressa
do Juiz, em conformidade com o § único do art. 770 da CLT.

5. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Analista
Judiciário
Os prazos processuais previstos no Processo Judiciário do Trabalho contam-se
a) a partir do dia imediatamente seguinte à data em que foi feita a notificação.
b) 48 horas após a data em que foi feita a publicação do edital no jornal oficial.
c) 10 dias após a data em que foi feita a publicação do edital na sede da Vara ou Tribunal.
d) 48 horas após a data em que foi recebida a notificação por oficial de justiça.
e) com a exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A regra geral sobre a contagem dos prazos
processuais consta no art. 775 da CLT, que ocorre com a exclusão do primeiro dia e a inclusão
do último, conforme transcrição a seguir:

“Art. 775 - Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do
começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo,
entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou
tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada”.

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6. Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista Judiciário -
Área Judiciária. Conforme dispositivos legais aplicáveis à matéria, quanto ao
processo trabalhista em geral, é INCORRETO afirmar:
a) Os prazos são contados com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e
são considerados apenas os dias úteis, suspendendo-se os dias de sábado, domingo ou
feriado.
b) Os autos dos processos da Justiça do Trabalho não poderão sair dos cartórios ou
secretarias, salvo se solicitados por advogado regularmente constituído por qualquer das
partes, ou quando tiverem de ser remetidos aos órgãos competentes, em caso de recurso ou
requisição.
c) Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior,
apresentar-se no prazo de cinco dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a
pena estabelecida em lei.
d) Nos dissídios individuais e coletivos do trabalho, nas ações de competência da Justiça do
Trabalho, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de dois por cento,
observado o mínimo de R$ 10,64.
e) Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das
custas caberá em partes iguais aos litigantes.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A informação contida em “A”, de que são contados
apenas os dias úteis, suspendendo-se nos sábados, domingos e feriados, está errada, pois tais
dias são contados normalmente quando no curso do prazo, ou seja, iniciada a contagem do
prazo, sábados, domingos e feriados são contados normalmente, em conformidade com o art.
775 da CLT, que prevê a continuidade do prazo.

“Art. 775 - Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com


exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são
contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo
tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de
força maior, devidamente comprovada”.

7. (TRT – 2ª Região (SP) 2014 FCC) No tocante aos prazos processuais, é correto afirmar:
(A) Os prazos são contínuos e irreleváveis, razão pela qual os feriados que recaírem no meio
não suspendem seu curso.
(B) Os prazos para razões finais são de 20 minutos para cada parte ou 48 horas, dependendo
do juiz.

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(C) Os prazos para a Administração pública são contados em dobro apenas para a
apresentação da defesa, quando esta for reclamada na ação.
(D) O prazo para apresentação da contestação é de 15 dias da data da juntada do aviso de
recebimento dos Correios nos autos trabalhistas.
(E) O prazo dos embargos de declaração no processo do trabalho é de 8 dias, contados
da publicação da sentença.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A questão era respondida com base no art. 775 da
CLT, transcrito a seguir:

“Art. 775 - Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia
do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis,
podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo
juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada.
Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado,
terminarão no primeiro dia útil seguinte.”

Vejam que, iniciada a contagem do prazo, o mesmo é continuo, isto é, não para mesmo que
haja um feriado (sábado, domingo ou feriado). Assim, se o prazo começou a ser contado na
quinta, seguirá na sexta, sábado, domingo, segunda, etc, passando pelo final de semana
normalmente, o que significa dizer que, nos termos da letra “A”, tais dias não suspendem a
contagem dos prazos, pois eles são contínuos e irreleváveis. As demais assertivas estão
erradas, de acordo com a análise abaixo realizada:

Letra “B”: errada, pois o art. 850 da CLT fala em 10 minutos para cada parte, oralmente, na
audiência.
Letra “C”: errada, pois o Decreto 779/69 também traz o prazo em quádruplo para a defesa e
em dobro para os recursos.
Letra “D”: errada, já que o art. 847 da CLT fala em apresentação da defesa em audiência, no
prazo de 20 minutos.
Letra “E”: errada, já que o recurso de embargos de declaração, previsto no art. 897-A da
CLT, é interposto no prazo de 5 dias.

8. (TRT - 12ª Região (SC) 2013 FCC) Hortência, estudante de direito, possui
dúvidas quanto à contagem do prazo processual no processo do trabalho.
Ao questionar sua professora, esta respondeu que se o prazo processual
vencer em sábado, ele terminará no primeiro dia útil:

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a) anterior ao término, sendo que os prazos processuais contam-se com a exclusão do


dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
b) seguinte, sendo que os prazos processuais contam-se com a exclusão do dia do
começo e inclusão do dia do vencimento.
c) anterior ao término, sendo que os prazos processuais contam-se com a inclusão do dia
do começo e exclusão do dia do vencimento.
d) seguinte, sendo que os prazos processuais contam-se com a inclusão do dia do
começo e exclusão do dia do vencimento.
e) seguinte, sendo que são, em regra, contínuos e releváveis.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A regra de contagem do prazo descrita pela
Professora de Hortência encontra-se no importante art. 775 da CLT, abaixo transcrito:

“Art. 775 - Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do


dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e
irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente
necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente
comprovada.
Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou
dia feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte”.

Duas regras podem ser retiradas do dispositivo legal:


a. Haverá a exclusão do primeiro dia e inclusão do último;
b. Se o último dia não for útil, haverá a prorrogação do prazo para o primeiro dia útil
seguinte;

9. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista
Judiciário

A Teoria Geral do Processo conceitua a nulidade como sendo uma sanção pela qual a lei priva
um ato jurídico dos seus efeitos normais, quando em sua execução não são observadas as
formas ou requisitos para ele prescritas. Entretanto, diante da informalidade do processo do
trabalho, em relação às nulidades é correto que
a) só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes
litigantes.
b) as partes litigantes podem arguir as nulidades a qualquer momento processual, cabendo-
lhes a escolha do momento processual que entendam oportuno.

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c) a nulidade será declarada mesmo que for possível suprir-lhe a falta ou repetir o ato, uma
vez que o ato já foi realizado e se consolidou.
d) a nulidade deverá ser pronunciada ainda que tenha sido arguida pela parte litigante que lhe
originou ou lhe deu causa.
e) o juiz que pronunciar a nulidade não precisa declarar os atos a que ela se estende porque a
nulidade de um ato prejudica os atos anteriores a este.

GABARITO: LETRA “A“. A informação constante em “A” está de acordo com o art. 794
da CLT, que trata do princípio da transcendência ou prejuízo, que afirma exatamente que
somente haverá nulidade se houver prejuízo. Caso contrário, não havendo prejuízo, mas
mero erro de forma, não teremos nulidade processual.

10.(TRT - 18ª Região (GO) 2013 FCC) O Processo Judiciário do Trabalho


prevê algumas regras sobre nulidades processuais e exceções que podem
ser opostas pela parte. Conforme essas normas,
(A) toda nulidade pode ser declarada de ofício pelo juiz ou mediante provocação das
partes, que podem alegá-la em qualquer momento processual.
(B) nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, só haverá nulidade
quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
(C) a nulidade será declarada ainda que seja possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato,
bem como quando for arguida por quem lhe tiver dado causa.
(D) apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por
05 dias, prorrogáveis por igual período, devendo a decisão ser proferida na primeira
audiência ou sessão que se seguir.
(E) o fato de a parte recusante ter praticado algum ato pelo qual haja consentido na
pessoa do juiz, não impede que ela alegue exceção de suspeição, sobrevindo ou não novo
motivo.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. O art. 794 da CLT trata do princípio do prejuízo,
aplicável às nulidades processuais. Só há que se falar em nulidade se houver prejuízo, pois o
conceito de nulidade está sempre atrelado ao desrespeito em relação à forma, bem como à
ocorrência de prejuízo. Vejamos o dispositivo legal:

“Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só


haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às
partes litigantes”.

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Vale a pena ler os demais artigos sobre os princípios da nulidade, pois de vez em quando são
cobrados pela FCC:

“Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das
partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em
audiência ou nos autos. § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a
nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos
os atos decisórios. § 2º - O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente
determinará, na mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à
autoridade competente, fundamentando sua decisão.
Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: a) quando for possível suprir-se a falta
ou repetir-se o ato; b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa.
Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela
se estende.
Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele
dependam ou sejam consequência”.

11.(TRT - 18ª Região (GO) 2013 FCC) Quanto à publicidade, aos dias e
horários de realização, o processo do trabalho estipula que os atos
processuais serão
a) públicos, salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizados em dias
úteis, das 8 às 18 horas, podendo a penhora ser realizada em domingo ou feriado,
independentemente de autorização judicial.
b) sempre públicos, sem qualquer exceção, e serão realizados em qualquer dia da
semana, das 8 às 18 horas, exceto as penhoras que somente podem ser realizadas em
dias úteis.
c) públicos, salvo quando o juiz o determinar segundo o seu próprio interesse, e
realizados de segunda a sexta-feira, das 6 às 20 horas, podendo a penhora ser realizada
em sábado ou domingo, mediante autorização judicial.
d) sempre públicos, sem qualquer exceção, e realizados nos dias úteis das 9 às 19 horas,
podendo a penhora ser realizada em domingo ou feriado, independentemente de
autorização judicial.
e) públicos, salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizados nos dias
úteis das 6 às 20 horas, podendo a penhora ser realizada em domingo ou feriado,
mediante autorização judicial.

COMENTÁRIOS:

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A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A resposta buscada pela FCC está no art. 770 da CLT.
Na verdade, a letra “E” é praticamente idêntica ao mencionado dispositivo de lei. Vejamos:

“Art. 770 - Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário


determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às
20 (vinte) horas. Parágrafo único - A penhora poderá realizar-se em domingo
ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente”.

Importante salientar que a penhora somente ocorrerá em domingos e feriados mediante


autorização do Juiz do Trabalho, sob pena de nulidade do ato processual.

12.Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Técnico -
Administração
Na Justiça do Trabalho, o reclamante incorrerá na perda do direito de reclamar pelo período de
seis meses, quando
a) tiver distribuído reclamação verbal, deixando de apresentar-se à Secretaria ou ao Cartório
para reduzi-la a termo, no prazo de 24 horas, sem justificativa.
b) tiver distribuído reclamação verbal, deixando de apresentar-se à Secretaria ou ao Cartório
para reduzi-la a termo, no prazo de 48 horas, sem justificativa.
c) deixar de comparecer à primeira audiência em que deveria estar presente, sem justificativa,
por duas vezes.
d) deixar de comparecer à segunda audiência em que deveria estar presente, sem justificativa,
estando intimado para prestar depoimento.
e) apresentar-se judicialmente sem estar portando um documento de identificação com foto,
sem justificativa, por duas vezes.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A questão trata do tema “perempção”, que é a perda
do direito de ação nas hipóteses previstas em lei. A perempção trabalhista é provisória,
retirando o direito de ação pelo prazo de 6 meses e pode ocorrer em duas situações, que estão
previstas nos artigos 731 e 732 da CLT, a saber: quando a parte faltar à redução a termo da
reclamação trabalhista verbal (5 dias após a reclamação verbal ter sido distribuída) ou quando
faltar, por duas vezes, à audiência, sem qualquer justificativa, sendo os processos extintos
sem resolução do mérito (arquivados), conforme art. 844 da CLT. A situação prevista na letra
“C”, considerada correta, encontra-se no art. 732 da CLT, abaixo transcrito:

“Art. 732 - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por
2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844”.

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13.Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista Judiciário
- Área Administrativa
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a reclamação verbal será
distribuída antes de sua redução a termo. Após a distribuição da ação, o reclamante
possui o prazo de cinco dias para apresentar-se ao cartório ou à secretaria, para
reduzi-la a termo. Em regra, se o reclamante não comparecer neste prazo
a) incorrerá na penalidade de perda, pelo prazo de sessenta dias, do direito de reclamar
perante a Justiça do Trabalho.
b) será marcado novo dia, com a intimação do reclamante via Correio, não havendo
penalidade.
c) será marcado novo dia, com a intimação pessoal do reclamante através de Oficial de
Justiça, não havendo penalidade.
d) incorrerá na penalidade de perda, pelo prazo de três meses, do direito de reclamar perante
a Justiça do Trabalho.
e) incorrerá na penalidade de perda, pelo prazo de seis meses, do direito de reclamar
perante a Justiça do Trabalho.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A pena a ser aplicada consta no art. 731 da CLT e
recebe o nome de “perempção”, que impede um novo ajuizamento da ação pelo prazo de 6
(seis) meses. Assim, é correto dizer que a parte incorrerá na perda, pelo prazo de seis meses,
do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho, conforme consta no dispositivo acima
referido. Vejamos:

“Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação


verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único
do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá
na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de
reclamar perante a Justiça do Trabalho”.

14.(TRT Campinas 2013 FCC) Marlene, trabalhou na qualidade de empregada


da empresa “ZAZ Ltda.” por quinze meses e foi dispensada sem justa
causa e pretende ajuizar reclamação trabalhista para obter seus direitos
trabalhistas que lhe foram negados durante o contrato de trabalho.
Marlene consultou advogado e indagou quanto o mesmo cobraria a título
de honorários advocatícios. Diante do valor dos honorários, Marlene
decidiu ajuizar sozinha a reclamação. Assim, apresentou reclamação

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trabalhista verbal. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a


reclamação trabalhista verbal
(A) é distribuída após a sua redução a termo, devendo a reclamante apresentar-se em
quinze dias contados da solicitação à Distribuição do Foro Competente.
(B) é distribuída após a sua redução a termo, devendo a reclamante apresentar-se em
cinco dias contados da solicitação à Distribuição do Foro Competente.
(C) é distribuída antes da sua redução a termo e uma vez distribuída a reclamante deverá
apresentar-se em cinco dias à secretaria da Vara.
(D) é distribuída antes da sua redução a termo e uma vez distribuída a reclamante deverá
apresentar-se em quinze dias à secretaria da Vara.
(E) somente é permitida na Justiça do Trabalho para reclamações que não ultrapassem o
valor de vinte salários mínimos.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Essa questão sempre foi muito cobrada nos
concursos trabalhistas e trata de um pequeno procedimento a ser realizado quando o autor da
ação apresenta reclamação trabalhista verbal. Esse procedimento encontra-se no art. 786 da
CLT, que será transcrito a seguir:

“A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo.


Parágrafo único - Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo
motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório
ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no art. 731”.

Primeiro haverá a distribuição do pedido a uma das Varas do Trabalho da localidade para,
somente após, ser realizada a redução à termo, ou seja, ser colocadas no papel todas as
informações, fatos e pedidos do autor. Primeiro distribui, para depois reduzir à termo.
Após a distribuição, deverá o autor comparecer à Vara do Trabalho no prazo de 5 (cinco) dias,
sob pena de perempção, que faz com que o autor perca a possibilidade de ajuizar reclamação
trabalhista pelo prazo de 6 (seis) meses.

15.(TRT Campinas 2013 – FCC) Com relação aos atos processuais, a penhora
(A) deve realizar-se das 6 às 20 horas nos dias úteis, vedada, em qualquer hipótese, a
realização em domingos ou feriados.
(B) pode realizar-se em domingos ou feriados, mediante autorização expressa do juiz.
(C) deve realizar-se das 11:30 às 18 horas nos dias úteis, vedada, em qualquer hipótese,
a realização em domingos ou feriados.

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(D) pode realizar-se em domingos ou feriados, independentemente de autorização


judicial, em razão da necessidade da constrição legal.
(E) deve realizar-se das 6 às 20 horas nos dias úteis bem como aos sábados, vedada, em
qualquer hipótese, a realização em domingos ou feriados.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. O regramento da penhora está contido no parágrafo
único do art. 770 da CLT, que diz:

“A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante


autorização expressa do juiz ou presidente”.

As demais assertivas trazem vedações à realização em domingos e feriados, assim como


ignoram a necessidade de autorização do Juiz, razão pela qual estão erradas.

16.(TRT Campinas 2013 FCC) Gabriela é advogada de Bruna na reclamação


trabalhista que esta ajuizou em face da empresa “ZZZ Ltda”. No dia 18 de
Novembro de 2013, uma segunda-feira, Gabriela saiu intimada da
sentença de improcedência da ação proferida em audiência. Gabriela
pretende opor Embargos de Declaração, neste caso, o prazo para a
referida oposição encerra-se no dia
(A) 25 de Novembro de 2013.
(B) 22 de Novembro de 2013.
(C) 27 de Novembro de 2013.
(D) 26 de Novembro de 2013.
(E) 29 de Novembro de 2013.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A regra a ser aplicada está prevista nos artigos 774 e
seguintes da CLT e art. 184 do CPC, que diz, em síntese, que o primeiro dia é excluído e que
os prazos têm início e término em dias úteis. Caso o último dia não seja útil, haverá a
prorrogação. Vejamos: a intimação da sentença ocorreu no dia 18 de novembro, segunda-
feira. Esse dia será excluído, iniciando-se a contagem em 19 de novembro, terça-feira. Pelo
art. 897-A da CLT, os embargos de declaração devem ser opostos em 5 dias. Ocorre que o
prazo referido terminaria no dia 23 de novembro, sábado. Como sábado não é dia útil, haverá
a prorrogação para o dia 25 de novembro, uma segunda-feira.

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17.(TRT Campinas 2013 FCC) Tendo sido a intimação publicada no Diário


Oficial no dia 02 de agosto − 6a feira, o prazo de cinco dias para a parte
apresentar a manifestação determinada pelo Juiz vence em:
(A) 06 de agosto − 3a feira.
(B) 07 de agosto − 4a feira.
(C) 08 de agosto − 5a feira.
(D) 12 de agosto − 2a feira.
(E) 09 de agosto − 6a feira.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Segue a regra de contagem de prazos de que o
início e o término do prazo devem ser em dias úteis. Assim, a parte foi intimada na 6º
feira, excluindo-se esse dia. No sábado e domingo não temos início de contagem de prazo.
Assim, o prazo terá o seu início na segunda-feira. Contando-se 5 dias, chegamos a 09 de
agosto, 6º feira, último dia para a prática do ato processual. Seguem-se as regras dos artigos
774 e seguintes da CLT e art. 184 do CPC.

18.(TRT/BA 2013 – FCC) A CLT estabelece um sistema de nulidades


processuais dotado de regras próprias, entre as quais NÃO se inclui:
(A) Sendo possível suprir a falta do ato ou ordenar sua repetição, o juiz não decretará a
nulidade.
(B) Toda e qualquer nulidade é passível de declaração ex officio.
(C) A nulidade não será pronunciada quando suscitada por quem lhe deu causa.
(D) O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.
(E) A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam
consequência.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. As nulidades processuais constam em poucos artigos
da CLT, que merecem serem lidos e relidos, pois as questões sobre o tema refletem a
literalidade da CLT. Nos artigos 794 a 798 da CLT temos algumas regras, dentre elas a de que
existem dois tipos de nulidades: as relativas e as absolutas. Somente as últimas é que
podem ser declaradas de ofício pelo Juiz, ou seja, sem requerimento das partes. Vejamos:

“Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das
partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em
audiência ou nos autos. § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a

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nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados


nulos os atos decisórios”.

As nulidades relativas devem ser arguidas pelas partes, como ocorre com a incompetência
relativa. Somente as absolutas é que podem ser reconhecidas de ofício. Esse é o erro em
que incorre a letra “B”, ao dizer que toda e qualquer nulidade será reconhecida de ofício.
Errado, pois as relativas não podem!!

19.(TRT/BA 2013 FCC) Publicada a sentença no Diário Oficial em


07/11/2012, 4a feira, o vencimento do prazo para interposição do
recurso ordinário se deu em
(A) 14/11/2012 − 4a feira.
(B) 22/11/2012 − 5a feira.
(C) 12/11/2012 − 2a feira.
(D) 16/11/2012 − 6a feira.
(E) 15/11/2012 − 5a feira.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A regra a ser aplicada aqui é a que consta nos
artigos 774 e seguintes da CLT e art. 184 do CPC, que pode ser assim resumida, para
contagem dos prazos processuais:
 O primeiro dia é sempre excluído;
 Os prazos não começam nem terminam em dias não úteis;
 O último dia é incluído, ou seja, nele pode ser realizado o ato processual.

Na situação dada pela FCC, a sentença foi publicada no diário oficial no dia 07/11/2012, uma
4ª feira, sendo que a contagem do prazo teve início em 08/11/2012, quinta-feira, por ser dia
útil. O prazo a ser contado é de 8 dias, pois esse é o prazo de interposição do recurso
ordinário, conforme art. 895 da CLT. O último dia seria 15/11/2012, mas esse dia é feriado
nacional. Assim, o último dia passa a ser 16/11/2012, pela prorrogação do prazo. A regra é
fácil. O difícil era lembrar que dia 15/11 é feriado nacional (proclamação da República).

20.(TRT/AL 2013 – FCC) No tocante aos prazos processuais, considere:


I. Quanto à origem da fixação, o prazo estabelecido na Consolidação das Leis do
Trabalho para o executado pagar ou garantir a execução em 48 horas classifica-
se como um prazo judicial.
II. Os prazos dilatórios não admitem a prorrogação pelo juiz, inclusive quando
solicitado pela parte.

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III. Os prazos fixados pelo ordenamento jurídico e destinados aos juízes e


servidores do Poder Judiciário, não sujeitos a preclusão, classificam-se, quanto
aos destinatários, em impróprios.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e III.
(B) I.
(C) I e II.
(D) II e III.
(E) III.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Está correta apenas a assertiva III, conforme análise
a seguir:

I. Errado, pois se está previsto no art. 880 da CLT, é porque se trata de um prazo legal.
II. Errado, pois o art. 181 do CPC permite a alteração dos prazos dilatórios por pedido das
partes.
III. Correto, já que tais prazos, se desrespeitados, não geram preclusão, ou seja,
impossibilidade de realização do ato, como ocorre com as partes, para quem os
prazos são próprios.

21.(TRT/AL – 2013 – FCC) Viviane compareceu ao distribuidor da Justiça


Trabalhista objetivando a propositura de uma reclamação trabalhista
verbal. Após a sua distribuição, Viviane foi advertida de que deveria
comparecer na secretaria da Vara competente no prazo de cinco dias para
que a reclamação trabalhista fosse reduzida a termo. De acordo com a
Consolidação das Leis do Trabalho, se Viviane não comparecer na referida
secretaria, sem justo motivo, dentro do respectivo prazo,
(A) incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar
perante a Justiça do Trabalho.
(B) incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 12 (doze) meses, do direito de reclamar
perante a Justiça do Trabalho.
(C) não ocorrerá a redução a termo da reclamação verbal e Viviane somente poderá
ajuizar ação escrita através de advogado ou do sindicato da categoria.
(D) não ocorrerá a redução a termo da reclamação verbal e Viviane poderá ajuizar
novamente reclamação verbal após dez dias do arquivamento da distribuição anterior.

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(E) não ocorrerá a redução a termo da reclamação verbal e Viviane poderá ajuizar
novamente reclamação verbal após trinta dias do arquivamento da distribuição anterior.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A questão trata da pena de perempção, prevista no
art. 731 da CLT, abaixo transcrito:

“Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal,


não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à
Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo
prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do
Trabalho”.
Caso a reclamante não compareça no prazo de 5 dias, estipulado no art. 786 da CLT, ficará
impedida de ajuizar ação pelo prazo de 6 meses, sendo essa perda provisória denominada de
perempção, conforme letra “A” da questão.

22.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho / Direito
Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; ) Em relação aos prazos
no processo do trabalho, é entendimento jurisprudencial dominante:
a) Os prazos contam-se com inclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
b) Os prazos que se vencerem em sábado ou domingo, terminarão na segunda-feira
seguinte.
c) Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará na segunda-feira
imediata, e a contagem, na terça-feira.
d) O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho
suspendem os prazos recursais.
e) Não se aplica o prazo em dobro para a interposição de embargos declaratórios por pessoa
jurídica de direito público.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A afirmativa acerca da suspensão dos prazos
recursais no recesso forense e férias coletivas do Ministros do TST, está de acordo com o
inciso II da Súmula nº 262 do TST, a seguir transcrito:

“O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do


Trabalho (art. 177, § 1º, do RITST) suspendem os prazos recursais”.

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Letra “A”: errada, pois os prazos são contados com a exclusão do primeiro dia e inclusão
do último.
Letra “B”: errada, pois o prazo é prorrogado para o primeiro dia útil seguinte, e não, na
segunda-feira seguinte, pois se esse dia não for útil, será novamente prorrogado.
Letra “C”: errada, pois não se pode falar em segunda e terça-feira, e sim, em dia
subsequente. Realizada a notificação no sábado, a intimação será presumidamente
realizada no dia útil seguinte e o início da contagem no subsequente, conforme Súmula
nº 262 do TST.
Letra “E”: errada, pois o DL 779/69 diz em prazo em dobro para a interposição de
recursos, inclusive os embargos de declaração.

23.( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito Processual do


Trabalho / Atos, Termos e Prazos; ) O seguinte comando do Código de
Processo Civil é considerado INCOMPATÍVEL com o Processo do Trabalho,
de acordo com entendimento sumulado pelo TST:
a) Os atos processuais realizar-se-ão nos prazos prescritos em lei. Quando esta for
omissa, o juiz determinará os prazos, tendo em conta a complexidade da causa.
b) Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em
dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.
c) Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e
incluindo o do vencimento.
d) Não havendo preceito legal nem assinalação pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo
para a prática de ato processual a cargo da parte.
e) Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de
praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A aplicação do art. 229 do CPC/15, que trata da
dobra do prazo quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, é incompatível
com o processo do trabalho, conforme OJ nº 310 da SDI-1 do TST, uma vez que viola o
princípio da celeridade processual. Transcreve-se a OJ, uma vez que muitas vezes é
exigida nos concursos trabalhistas:

“A regra contida no art. 191 do CPC (art. 229 do CPC/15) é inaplicável ao


processo do trabalho, em decorrência da sua incompatibilidade com o princípio
da celeridade inerente ao processo trabalhista”.

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Letra “A”: essa regra, descrita no art. 218 do CPC/15, é compatível com o processo do
trabalho. Caso a lei seja omissa, o Juiz fixará o prazo. Sendo omisso o juiz, o prazo será
de 5 dias, conforme §3º do mesmo artigo.
Letra “C”: tal regra é compatível com o processo do trabalho, pois tanto no processo civil,
quanto no trabalhista, a regra de contagem do prazo é a mesma, ou seja, haverá a
exclusão do primeiro dia e inclusão do último.
Letra “D”: perfeito, nos termos do art. 218, §3º do CPC/15.
Letra “E”: o art. 223/15 do CPC, que trata da preclusão temporal, é compatível com o
processo do trabalho.

24.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho - Tipo 5 /
Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; ) Os prazos
a) peremptórios decorrem de normas que permitem à parte dele dispor para a prática de
determinado ato.
b) peremptórios, em regra, podem ser objeto de convenção.
c) convencionais, em regra, não são dilatórios.
d) dilatórios podem ter a prorrogação autorizada pelo juiz a qualquer momento.
e) dilatórios decorrem de normas de natureza dispositiva.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Os prazos dilatórios realmente decorrem de
normas de natureza dispositiva, pois podem ser alterados por vontade das partes. Os
prazos peremptórios decorrem de normas de ordem pública, em que há o interesse do
Estado, não sendo possível a sua alteração por vontade das partes. Os prazos
convencionais, como aquele previsto no art. 313 do CPC/15, que trata da suspensão do
processo, são em regra dilatórios, podendo ser alterados por vontade das partes.

25.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho - Tipo 5 /
Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; Dissídios
Individuais; ) Quanto à forma de reclamação e a notificação no dissídio
individual trabalhista pelo rito ordinário, conforme previsões contidas na
CLT e em súmulas da jurisprudência uniformizada do TST é correto
afirmar:
a) Recebida e protocolada a reclamação, dentro de 5 dias será notificado o reclamado
para comparecer em audiência que será a primeira desimpedida, depois de 48 horas.
b) Não é possível a acumulação num só processo de várias reclamações, ainda que se
trate de empregados da mesma empresa, sem a participação da entidade sindical.

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c) Diante da complexidade das matérias que podem ser discutidas no processo


trabalhista, com o advento das novas competências, como por exemplo, as indenizações
por danos morais e por acidente do trabalho e as responsabilidades relativas à
terceirização de mão de obra, não mais se admite a reclamação trabalhista verbal.
d) Ao receber a petição inicial, a Secretaria da Vara, conforme expressa previsão legal,
deve enviar os autos imediatamente ao juiz para realização do juízo de admissibilidade.
e) Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem; o seu não
recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do
destinatário.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. O recebimento da notificação pelo reclamado
está de acordo com a Súmula nº 16 do TST, que presume o recebimento daquela no
prazo de 48h, sendo uma presunção relativa. A mesma Súmula afirma ser ônus do
destinatário a prova do não recebimento ou do recebimento posterior àquele prazo. Nos
termos do entendimento sumulado, temos:

“Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua


postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo
constitui ônus de prova do destinatário”.

Letra “A”: errado, pois em desconformidade com o art. 841 da CLT. Houve a inversão dos
prazos. A remessa é feita em 48h, para a audiência em, pelo menos, 5 dias.
Letra “B”: errado, pois contraria o art. 842 da CLT, que não fala em participação do
sindicato.
Letra “C”: errado, pois a petição trabalhista verbal continua sendo compatível com o
processo do trabalho, conforme art. 840 da CLT.
Letra “D”: errado, pois não há juízo de admissibilidade da petição inicial. Deve ser
realizada a notificação do reclamado pelo Secretaria da Vara do Trabalho.

26.( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos;
) Maria, advogada da empresa Rural, foi intimada pelo Diário Oficial
Eletrônico para cumprir determinação de magistrado em cinco dias.
Porém, Maria está com dúvidas a respeito da contagem do prazo
processual indagando João, seu colega de trabalho, a respeito da
respectiva contagem. João deverá responder que os prazos processuais

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a) são, em qualquer hipótese, contínuos, irreleváveis e improrrogáveis, por expressa


determinação legal.
b) contam-se com a inclusão do dia do começo e exclusão do dia do vencimento, e são
contínuos e releváveis.
c) contam-se com a inclusão do dia do começo e exclusão do dia do vencimento, e são
contínuos e irreleváveis.
d) que terminarem aos sábados ou domingos vencerão antecipadamente na primeira
sexta-feira antecedente.
e) contam-se com a exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são
contínuos e irreleváveis.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A contagem dos prazos processuais será
realizada conforme previsão do art. 775 da CLT, a seguir transcrito, diante de sua
importância:

“Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo
e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo,
entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou
tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada“.

Como as demais alternativas tratam do mesmo assunto, não precisam ser


analisadas em separado.

27.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos;
) De acordo com a CLT, em regra, os atos processuais praticados no
Processo Trabalhista serão
a) sempre públicos e realizar-se-ão nos dias úteis das 8 às 18 horas.
b) públicos salvo quando as partes estabelecerem o contrário e realizar-se-ão nos dias
úteis das 6 às 20 horas.
c) públicos salvo quando o contrário determinar o juiz e realizar-se-ão nos dias úteis das
6 às 18 horas.
d) públicos salvo quando envolver pessoa pública de notoriedade social e a penhora
poderá realizar-se em domingo ou dia de feriado, independente de autorização expressa
do juiz.
e) públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social e realizar-se-ão nos
dias úteis das 6 às 20 horas.

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COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A prática dos atos processuais segue a regra do
art. 770 da CLT, a seguir transcrito:

“Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o


interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
Parágrafo único - A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado,
mediante autorização expressa do juiz ou presidente”.

Percebe-se que os atos são públicos e realizados nos horários descritos na alternativa “E”
da FCC.

Letra “A”: errado, pois não são sempre públicos, podendo haver restrição da publicidade,
sendo realizados das 6h às 20h.
Letra “B”: errado, pois a restrição à liberdade não decorre da vontade das partes, e sim,
do interesse social.
Letra “C”: errado, pois quem determina a restrição à publicidade é o interesse social e
não a vontade do Juiz. Além disso, serão os atos realizados das 6h às 20h.
Letra “D”: errado, pois é o interesse social que justifica a restrição da publicidade, bem
como a penhora somente é realizada em domingos e feriados com autorização do Juiz.

28.( Prova: FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador / Direito Processual do


Trabalho / Atos, Termos e Prazos; Nulidades; ) É INCORRETO afirmar
que
a) os atos processuais serão públicos, salvo quando o contrário determinar o interesse
social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 às 20 horas.
b) as nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais
deverão ser arguidas somente em razões recursais.
c) nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando
resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
d) a reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes
legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo
Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo.
e) na Justiça do Trabalho, o não comparecimento do reclamante à audiência inicial
importa o arquivamento da reclamação, e o não comparecimento do reclamado importa
em revelia, além de confissão, quanto à matéria de fato.

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COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “B”. A informação contida na alternativa “B” está
conflitando com o art. 795 da CLT, que trata das nulidades processuais. Transcreve-se o
dispositivo legal para análise:

“As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as
quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou
nos autos”.

Percebe-se que a FCC diz que a parte deve arguir em razões recursais, enquanto o
dispositivo da CLT afirma “primeira vez que tiverem de falar em audiência ou nos autos”.
As nulidades tratadas no dispositivo são as relativas, pois as absolutas podem ser
reconhecidas de ofício pelo Magistrado, bem como serem alegadas pelas partes em
qualquer tempo e grau de jurisdição.

Letra “A”: correta, em sintonia com o art. 770 da CLT.


Letra “C”: correta, pois em conformidade com o art. 794 da CLT.
Letra “D”: correta, pois de acordo com o art. 793 da CLT.
Letra “E”: correta, pois em conformidade com o art. 844 da CLT.

29.( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos;
) No tocante aos atos processuais, o fato impeditivo, destinado a garantir
o avanço progressivo da relação processual e a obstar o seu retorno para
fases anteriores do procedimento é
a) a preclusão.
b) a prescrição.
c) a decadência.
d) a litispendência.
e) o impulso ex officio.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A preclusão é a perda da possibilidade de
realização de um ato processual. Não realizado o ato no prazo adequado, surgirá a
preclusão temporal, uma das suas espécies, permitindo o progresso do processo e a
impossibilidade de retorno à momentos anteriores. A preclusão proporciona a marcha
avante do processo. Como principais espécies de preclusão temos:
a. Temporal: ligada ao prazo para a prática de atos processuais;

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b. Lógica: relacionada à pratica de atos incompatíveis no processo.


c. Consumativa: ligada à prática do ato processual e a impossibilidade, regra geral,
de sua repetição.

Em relação ao tema preclusão temporal, destaca-se o art. 223 do CPC/15:

“Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato


processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à
parte provar que não o realizou por justa causa. § 1o Considera-se justa causa o
evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por
mandatário. § 2o Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no
prazo que lhe assinar”.

30.( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; )
Ana Maria, representante legal da empresa XUBA, recebeu intimação na
reclamação trabalhista proposta por Ana Joaquina, sua ex-funcionária.
Considerando que a intimação ocorreu no sábado e que segunda-feira é
feriado nacional, será considerada que a intimação foi realizada
a) no próprio sábado e o prazo processual começará a correr na terça-feira.
b) no próprio sábado e o prazo processual começará a correr na segunda-feira.
c) na terça-feira e o prazo processual começará a correr na quarta-feira.
d) na terça-feira e o prazo processual começará a correr da própria terça-feira.
e) na sexta-feira antecedente e o prazo processual começará a correr na terça-feira.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A resposta ao questionamento encontra-se na
Súmula nº 262, I do TST, a seguir redigida:

“Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro


dia útil imediato e a contagem, no subsequente”.

Conforme informações constantes na questão da FCC, a intimação foi recebida no sábado,


o que faz com que seja presumidamente recebida no primeiro dia útil, ou seja, na terça-
feira, já que segunda-feira é feriado. Sendo recebida a intimação na terça (por
presunção), o início da contagem do prazo será na quarta-feira.
Como as demais alternativas tratam do mesmo tema, não precisam ser
analisadas em separado.

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31.( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito
Processual do Trabalho / Nulidades; ) Reconhecendo a importância da
forma dos atos processuais para garantir o bom desenvolvimento do
processo até que se alcance a sua finalidade, o legislador trabalhista
adotou um sistema de nulidades composto de diversas regras, entre as
quais destaca-se:
a) a instrumentalidade é a técnica da prevalência da forma na prática dos atos
processuais sobre o fim dos mesmos; o ato processual deve se ater à observância das
formas, sob pena de ser declarado nulo e, consequentemente, não atingir sua finalidade.
b) o desrespeito à forma prevista para a prática do ato implica na sua nulidade, podendo
o mesmo, no entanto, ser aproveitado caso tenha alcançado sua finalidade.
c) a simples desconformidade do ato processual com a forma estabelecida para sua
prática permite ao juiz declarar a nulidade do mesmo, bastando, para tanto, que haja
requerimento expresso da parte interessada.
d) a nulidade de um ato processual pode ser alegada pela parte a qualquer tempo, sendo
certo, porém, que os atos posteriores que não sejam consequência do ato considerado
nulo e que dele não dependam poderão ser aproveitados.
e) a nulidade fundada em incompetência deve ser declarada de ofício, devendo o juiz que
se julgar incompetente determinar a remessa do processo, com urgência, à autoridade
competente, fundamentando sua decisão.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Um dos princípios mais importantes em relação
às nulidades processuais denomina-se instrumentalidade das formas, que descreve
que o ato processual, mesmo se realizado de forma diversa da prevista em lei, será
considerado válido se atingir a sua finalidade. Isso significa dizer que a finalidade é
mais importante que a forma, não devendo ser considerado nulo o ato se a sua
finalidade foi atingida. Dois dispositivos do CPC/15 tratam do tema, a saber: Artigos 188
e 277, sendo que o primeiro será transcrito a seguir:

“Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada,


salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”.

Vejamos as demais assertivas da FCC:


Letra “A”: errado, pois conforme dito, a instrumentalidade se apega mais à finalidade do
que com a forma do ato processual.

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Letra “C”: errado, pois o Juiz deve verificar se houve o respeito à finalidade, não devendo
declarar a nulidade do ato nessa hipótese.
Letra “D”: errado, já que existem as nulidades relativas que não podem ser alegadas
pelas partes a qualquer tempo, pois sofrem preclusão. Essas, conforme art. 795 da CLT,
devem ser alegadas na primeira vez que as partes tiverem que falar nos autos.
Letra “E”: errado, pois duas são as espécies de incompetência: absoluta e relativa.
Somente a primeira deve ser declarada de ofício, com remessa dos autos ao Juízo
competente, conforme art. 795, §1º da CLT. A relativa deve ser alegada pela parte,
conforme art. 64 do CPC/15 e Súmula nº 33 do STJ.

32.( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Nulidades; )
Conforme dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho relativos às
nulidades e exceções processuais, é INCORRETO afirmar que
a) se a parte recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na pessoa
do Juiz, não mais poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo.
b) nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, só haverá nulidade quando
resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
c) as nulidades não serão declaradas, como regra, senão mediante provocação das
partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência
ou nos autos.
d) dentre os motivos, em relação à pessoa das partes, em que o Juiz é obrigado a dar-se
por suspeito, e pode ser recusado estão a inimizade pessoal e a amizade íntima.
e) a nulidade sempre será pronunciada, mesmo quando for possível suprir-lhe a falta ou
repetir o ato, diante do princípio da irretroatividade dos atos processuais.

COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “E”. A afirmativa de que a nulidade sempre será
pronunciada, encontra-se em conflito com o art. 796 da CLT, assim redigido:

“Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: a) quando for possível suprir-se a
falta ou repetir-se o ato; b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa”.

Percebam que se o vício puder ser suprido ou o ato realizado novamente, não haverá
declaração de nulidade. Assim também ocorrerá quando arguido o vício por quem lhe
tiver dado causa. Nessa hipótese, por lógica, não será possível a declaração de nulidade.
Vejamos as demais assertivas:

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Letra “A”: correta, pois em conformidade com o art. 801, § único da CLT.
Letra “B”: correta, já que de acordo com o art. 794 da CLT.
Letra “C”: correta, pois de acordo com o art. 795 da CLT.
Letra “D”: correta, pois tais hipóteses de suspeição encontram-se no art. 801 da CLT.

33.( Prova: FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Recursos; Nulidades; ) No processo do
trabalho, considerando as normas específicas e a jurisprudência sumulada
do TST é correto afirmar:
a) Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas
exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome de outro
profissional constituído nos autos é válida, diante do princípio do jus postulandi.
b) A nulidade não será declarada senão mediante provocação das partes, devendo ser
pronunciada ainda que arguida por quem lhe tiver dado causa.
c) Haverá nulidade por julgamento extra petita da decisão que deferir salário quando o
pedido for de reintegração, ante a falta de previsão legal.
d) Na Justiça do Trabalho as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo
nas hipóteses de decisão que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa
dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado.
e) Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, as exceções serão alegadas como
matéria de defesa, não havendo suspensão do feito, ainda que se trate de exceções de
suspeição ou incompetência.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A FCC considerou a alternativa “D” correta em
decorrência da Súmula nº 214 do TST. Percebam que a regra geral no processo do
trabalho realmente é a irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias, conforme
art. 893, §1º da CLT. Ocorre que a Súmula nº 214 do TST traz 3 situações excepcionais,
sendo que uma delas, a alínea “C”, trata do julgamento da exceção de incompetência, de
forma como foi afirmado pela banca examinadora. Não é a única, pois a Súmula também
traz outras duas alíneas (“a” e “b”), mas a FCC considerou correta a assertiva.
Transcreve-se a referida súmula para fixação:

“Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões
interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a)
de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação
Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação
mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de

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incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional


distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no
art. 799, § 2º, da CLT”.

Vejamos as demais assertivas:


Letra “A”: errada, pois contrária a Súmula nº 427 do TST.
Letra “B”: errada, já que contrária ao art. 796 da CLT.
Letra “C”: errada, pois a Súmula nº 396 do TST traz entendimento contrário.
Letra “E”: errada, pois o art. 799 da CLT diz que haverá a suspensão do processo.

34.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho - Tipo 5 /
Direito Processual do Trabalho / Nulidades; ) Em relação às nulidades no
processo do trabalho, considere:

I. O princípio do prejuízo está intimamente ligado ao princípio da instrumentalidade das


formas e é explicitamente albergado pela CLT.
II. Não se declara a nulidade se inexistir vício processual que possa ter acarretado
prejuízo às partes, consoante o princípio da convalidação, explicitamente gravado na CLT.
III. A CLT abriga o princípio da transcendência, segundo o qual as nulidades não serão
declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las na primeira
vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
IV. O princípio da convalidação, albergado pela CLT, só é aplicável às nulidades relativas,
que dependem de provocação da parte interessada, não se aplicando às nulidades
absolutas ou quando a parte provar legítimo impedimento para a prática do ato.
V. O princípio da economia processual está contido na CLT, ao estabelecer que a nulidade
não será pronunciada quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I, IV e V.
b) I, II e V.
c) I, II e III.
d) II, III e V.
e) I e IV.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. Apenas as assertivas I, IV e V estão corretas,
nos termos dos comentários abaixo destacados:

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I. Perfeito, pois somente há declaração de nulidade se a finalidade do ato não for


alcançada, o que acarreta prejuízo às partes, conforme previsto no art. 794 da CLT.
II. Errado, pois o princípio da convalidação diz que a nulidade pode não ser
reconhecida se, por exemplo, o ato puder ser refeito, isto é, o vício será sanado,
convalidado.
III. Errado, pois também existem as nulidades absolutas, que não precisam de
provocação das partes, já que podem ser reconhecidas de ofício pelo Magistrado, nos
termos do art. 795, §1º da CLT.
IV. Correta, pois as nulidades absolutas, por ferirem interesse do Estado, não se
sujeitam à convalidação, ou seja, os vícios continuam a existir mesmo que não alegados
pelas partes, haja vista que o próprio Juiz pode reconhecê-los de ofício.
V. Correta, pois o art. 796 da CLT traz essas hipóteses de convalidação.

35.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Execução
de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Nulidades; ) Nos
processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, em relação à
matéria de nulidades, é correto afirmar que:
a) As nulidades somente serão declaradas se forem arguidas em recurso de revista ao
TST.
b) A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam
consequência.
c) O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade não precisa declarar os atos a que se
estende.
d) Ainda que seja possível repetir-se o ato, a nulidade será pronunciada.
e) Ainda que dos atos inquinados não resulte manifesto prejuízo às partes, a nulidade
deverá ser declarada de ofício pelo juiz.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A declaração de nulidade parte de várias
premissas, uma das quais trata da economia, ou seja, da possibilidade de aproveitamento
dos atos processuais. O art. 798 da CLT diz que:

“A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou


sejam consequência”.

Perceba que os atos anteriores ao vício serão mantidos, não serão anulados. Os
posteriores não necessariamente serão anulados, pois podem não estar relacionados ao

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vício, ou seja, podem não ser consequência direta do ato viciado. Vejamos as demais
assertivas:

Letra “A”: errado, pois as nulidades absolutas podem ser arguidas a qualquer tempo, bem
como reconhecidas de ofício pelo Magistrado, conforme art. 795, §1º da CLT.
Letra “C”: errado, pois diverso do que afirma o art. 798 da CLT.
Letra “D”: errado, pois contrário ao que dispõe o art. 797 da CLT.
Letra “E”: errado, pois em desconformidade com o que é apregoado no art. 795 da CLT.

36.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Nulidades; ) Nos processos
sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, a nulidade
a) não poderá ser declarada mediante provocação das partes, mas apenas se
arguida exofficio pelo Juiz.
b) será pronunciada ainda quando arguida por quem lhe tiver dado causa.
c) só será declarada quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes
litigantes.
d) após declarada não prejudicará senão os atos anteriores ou posteriores que dele
dependam, ou sejam consequência.
e) será sempre pronunciada, mesmo que seja possível suprir-se a falta ou repetir-se o
ato.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Mais uma questão baseada no art. 795 da CLT.
Para que você possa memorizar os dispositivos da CLT ligados às nulidades processuais,
transcrevo os mesmos abaixo, por serem apenas 4 artigos:

“Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá


nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes
litigantes. Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante
provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que
tiverem de falar em audiência ou nos autos. § 1º - Deverá, entretanto, ser
declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso,
serão considerados nulos os atos decisórios. § 2º - O juiz ou Tribunal que se
julgar incompetente determinará, na mesma ocasião, que se faça remessa do
processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão.
Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: a) quando for possível suprir-se a
falta ou repetir-se o ato; b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa. Art.

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797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se
estende. Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que
dele dependam ou sejam conseqüência”.

Conforme dispõe o art. 795 da CLT, a nulidade somente é declarada se houver prejuízo às
partes ou se for uma nulidade absoluta, em que o prejudicado é o Estado, desde que não
seja possível refazer o ato e que o mesmo não tenha atingido a sua finalidade (Art. 154
do CPC).
Vejamos as demais assertivas:

Letra “A”: errada, pois as nulidades relativas devem ser argüidas pelas partes
prejudicadas, não podendo ser declaradas de ofício pelo Juiz, como ocorre com a
incompetência relativa, nos termos da Súmula nº 33 do STJ.
Letra “B”: errada, pois o art. 796 “b” da CLT não permite tal alegação por quem gerou
(deu causa) à nulidade.
Letra “D”: errada, pois os atos anteriores não são atingidos, conforme art. 798 da CLT.
Letra “E”: errada, pois o art. 796 da CLT diz que se for possível suprir a falta, não será
pronunciada a nulidade.

37.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho - Tipo 5 /
Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; Dissídios
Individuais; ) Quanto à forma de reclamação e a notificação no dissídio
individual trabalhista pelo rito ordinário, conforme previsões contidas na
CLT e em súmulas da jurisprudência uniformizada do TST é correto
afirmar:
a) Recebida e protocolada a reclamação, dentro de 5 dias será notificado o reclamado
para comparecer em audiência que será a primeira desimpedida, depois de 48 horas.
b) Não é possível a acumulação num só processo de várias reclamações, ainda que se
trate de empregados da mesma empresa, sem a participação da entidade sindical.
c) Diante da complexidade das matérias que podem ser discutidas no processo
trabalhista, com o advento das novas competências, como por exemplo, as indenizações
por danos morais e por acidente do trabalho e as responsabilidades relativas à
terceirização de mão de obra, não mais se admite a reclamação trabalhista verbal.
d) Ao receber a petição inicial, a Secretaria da Vara, conforme expressa previsão legal,
deve enviar os autos imediatamente ao juiz para realização do juízo de admissibilidade.
e) Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem; o seu não
recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do
destinatário.

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COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A resposta da questão encontra-se em
consonância com a Súmula nº 16 do TST, que alude ao prazo de recebimento da
notificação postal, que é de 48h a contar de sua postagem. Trata-se de uma presunção
relativa, que pode ser desconstituída pelo destinatário, sendo seu o ônus da provar o não
recebimento ou o recebimento posterior às 48h, que pode acarretar a ausência do prazo
mínimo de 5 dias a que alude o art. 841 da CLT. Lembre-se que entre o recebimento da
notificação e a realização da audiência, deve ser respeitado o prazo mínimo de 5 dias,
para que o reclamado tenha tempo hábil de preparar a defesa. Transcreve-se a Súmula
nº 16 do TST para conhecimento:

“Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua


postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo
constitui ônus de prova do destinatário”.

Vejamos as demais alternativas:


Letra “A”: errada, pois os prazos foram invertidos. Conforme art. 840 da CLT, a
notificação será remetido em 48h, para audiência que será a primeira desimpedida depois
de 5 dias.
Letra “B”: errada, pois o art. 842 da CLT autoriza a acumulação, sem a necessidade de
participação do Sindicato.
Letra “C”: errada, pois a reclamação trabalhista verbal continua sendo possível, nos
moldes do art. 840 da CLT, mesmo com as novas competências estabelecidas pela EC nº
45/04.
Letra “D”: errada, pois os autos são remetidos à Secretaria para realização da notificação,
independentemente de prévio juízo de admissibilidade pelo Magistrado.

38. (TRT 2ª Região – SP FCC 2014) Com relação à petição inicial trabalhista de ação
que corre pelo rito ordinário, é INCORRETO afirmar:
(A) Se a petição inicial não contiver valor da causa será indeferida de plano, uma vez que não
há possibilidade de emenda.
(B) Havendo pedido de insalubridade e/ou periculosidade, o Juiz determinará a realização de
perícia técnica, mesmo havendo revelia da reclamada.
(C) A petição inicial deve conter a exposição dos fatos, sendo clara, breve e precisa,
dispensando para sua validade a indicação dos fundamentos legais do pedido.

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(D) Poderá haver cumulação de pedidos, caracterizando-se a cumulação alternativa quando


somente um dos pedidos puder ser acolhido, como é o caso da reintegração do empregado
estável ou conversão do período estabilitário em indenização.
(E) O pedido deve ser certo ou determinado, no entanto, a ausência de indicação dos
valores correspondentes, não causam, por si só, o arquivamento da reclamação.

COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “A”. Se a ação tramita pelo rito ordinário, não há
necessidade da petição inicial conter o valor da causa, já que esse requisito é indispensável
apenas para as ações que tramitam pelo rito sumaríssimo, conforme art. 852-B da CLT. Logo,
na hipótese de ausência de valor da causa, não será a petição inicial indeferida. Pelo contrário,
será aceita e o Juiz do Trabalho é que fixará o valor dos pedidos que foram formulados. As
demais assertivas estão corretas, conforme análise a seguir:

Letra “B”: correta, pois a prova pericial é obrigatória nas situações de insalubridade e
periculosidade, conforme art. 192 e 193 da CLT, mesmo que haja revelia.
Letra “C”: correta, pois o art. 840, §1º da CLT fala apenas em breve exposição dos fatos, não
havendo necessidade de exposição dos fundamentos jurídicos do pedido.
Letra “D”: correta, pois no pedido alternativo o Juiz aceita um ou outro, podendo ser
cumulados pedidos na petição inicial.
Letra “E”: correta, pois como já dito na explicação, o Juiz fixará o valor da causa, já que
estamos no rito ordinário, não cabendo o arquivamento da reclamação na situação.

39.( Prova: FCC - 2006 - TRT-24R - Analista Judiciário - Área Judiciária -


Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e
Prazos; Dissídios Individuais; Reclamação Trabalhista; ) De acordo com
a Consolidação das Leis do Trabalho, considere as seguintes assertivas a
respeito da forma de reclamação e de notificação nos dissídios
individuais:
I. Recebida e protocolada a reclamação, em regra, o escrivão ou secretário, dentro de 15
dias, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, que será notificado
posteriormente, para comparecer à audiência do julgamento.
II. A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar
embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital.
III. Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser
acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou
estabelecimento.
Está correto o que se afirma APENAS em

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a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Estão corretas as assertivas II e III, conforme
análise a seguir realizada:

I. Errada, pois o art. 841 da CLT diz que o escrivão ou secretário, dentro de 48
horas, remeterá a notificação para o reclamado.
II. Correta, pois o §1º do art. 841 da CLT afirma que a notificação será postal, mas
que será realizada por edital caso o reclamado crie embaraços ao seu recebimento ou não
seja encontrado. Não há, nessa hipótese, notificação por Oficial de Justiça, pois esse
realiza atos no processo de execução.
III. Correta, pois essa é a redação do art. 842 da CLT, abaixo transcrito:

“Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser


acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa
ou estabelecimento”.

40.( Prova: FCC - 2006 - TRT-24R - Técnico Judiciário - Área Administrativa /


Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Dissídios
Individuais; ) De acordo com o Decreto Lei no 5.452/43, a reclamação
trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais
e, na falta destes,
a) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato ou curador nomeado
em juízo.
b) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho ou pelo Ministério Público estadual.
c) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho ou pelo curador nomeado em juízo.
d) apenas pelo curador nomeado em juízo ou pelo sindicato.
e) pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público
estadual ou curador nomeado em juízo.

COMENTÁRIOS:

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A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Trata-se de questão freqüente nas provas de


processo do trabalho da FCC. A resposta é sempre a transcrição do art. 793 da CLT, cuja
redação segue:

“A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus


representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do
Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado
em juízo”.

Percebam que a letra “E” além de estar de acordo com a redação da CLT, é a única em
que não se tem a informação “apenas”! As expressões “apenas”, “nunca”, “sempre”, etc,
geralmente trazem informações equivocadas. Assim, cuidado com as mesmas!! Além
disso, memorize o artigo 793 da CLT, que foi transcrito, pois comum nas provas.

41.( Prova: FCC - 2007 - TRT-23R - Técnico Judiciário - Área Administrativa /


Direito Processual do Trabalho / Dissídios Individuais; ) De acordo com a
Consolidação das Leis do Trabalho, nos dissídios individuais, a reclamação
poderá ser apresentada pelos empregados
a) somente através de advogado ou do sindicato da classe.
b) somente através de advogado.
c) apenas por escrito.
d) pessoalmente.
e) através de qualquer colega de trabalho.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Trata-se de questão simples, mas que deve ser
analisada com cuidado, pois por vezes o simples é desprezado e gera um erro grave! A
resposta correta é “pessoalmente”, pois o art. 791 da CLT prevê o jus postulandi na
Justiça do Trabalho, que é possibilidade das partes demandarem em juízo sem Advogado,
tanto autor quanto réu. Contudo, deve-se sempre atentar para a Súmula nº 425 do
TST, que restringiu o jus postulandi, afirmando em que 4 situações o Advogado é
atualmente indispensável, a saber: mandado de segurança, ação rescisória, ação cautelar
e recursos para o TST.
As demais assertivas estão erradas. Vejamos:

Letra “A”: como visto, não há necessidade de Advogado (Art. 791 da CLT e Súmula nº
425 do TST).

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Letra “B”: como visto, não há necessidade de Advogado (Art. 791 da CLT e Súmula nº
425 do TST).
Letra “C”: a petição inicial pode ser oral, nos termos do art. 840 da CLT.
Letra “E”: a ação trabalhista não pode ser ajuizada por meio de colega de trabalho. O que
ocorre é que o art. 843, §2º da CLT diz que, se por doença ou outra situação o
empregado não puder comparecer à audiência, poderá ser representado por empregado
da mesma categoria para evitar o arquivamento do processo, mas trata-se de situação
totalmente diferente.

42.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho - Tipo 5 /
Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo;
) São considerados requisitos essenciais da petição inicial do dissídio
individual trabalhista rito ordinário, conforme norma prevista na
Consolidação das Leis do Trabalho:
a) qualificação das partes, quesitos para prova pericial quando for pedida e valor da
causa.
b) qualificação das partes, as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade
dos fatos alegados e rol de testemunhas.
c) designação da Vara a quem for dirigida, qualificação das partes e rol de testemunhas.
d) qualificação das partes, breve exposição dos fatos que resulte o dissídio e pedido.
e) designação da Vara a quem for dirigida, requerimento para a citação do réu e valor da
causa.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Os requisitos da petição inicial trabalhista do
rito ordinário encontram-se no art. 840, §1º da CLT, abaixo transcrito:

“Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da


Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e
do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o
pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante”.

Não são requisitos indispensáveis:


a. Valor da causa;
b. Pedido de citação (notificação) do réu;
c. Indicação das provas com que pretende provar o alegado, o que exclui a
necessidade de indicação de rol de testemunhas.

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As demais assertivas ficam excluídas automaticamente, pois trazem os requisitos


descritos acima.

43.( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;
Reclamação Trabalhista; ) Hermes manteve contrato de trabalho com a
empresa Gama Transportadora de Cargas por três anos, sendo dispensado
por justa causa, sem receber nenhuma verba rescisória. Procurou a Vara
do Trabalho do município para ajuizar reclamação trabalhista. Conforme
previsão contida na Consolidação das Leis do Trabalho e jurisprudência
atual e sumulada pelo TST, Hermes
a) deve necessariamente constituir advogado para a propositura da reclamação
trabalhista.
b) pode postular sem a necessidade de advogado em todas as instâncias da Justiça do
Trabalho.
c) pode propor a reclamação trabalhista sem constituir advogado, apenas na primeira
instância.
d) não precisa constituir advogado para atuar em todas instâncias da Justiça do Trabalho,
desde que esteja assistido pelo Sindicato da Categoria Profissional.
e) pode reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho, limitando-se às Varas do
Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A questão menciona o instituto do jus
postulandi, previsto no art. 791 da CLT, bem como na Súmula nº 425 do TST. O jus
postulandi é a possibilidade que as partes possuem de buscar o Poder Judiciário
Trabalhista sem Advogado. Vejamos:

“Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a


Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final”.

Ocorre que o TST, por meio da Súmula referida, restringiu o cabimento do instituto,
afirmando que o mesmo está limitado às Varas do Trabalho e Tribunais Regionais do
Trabalho, por dizer que não se aplica aos recursos para o TST, bem como às ações
cautelares, mandados de segurança e ações rescisórias. Vejamos a súmula:

“O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas
do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação

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rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de


competência do Tribunal Superior do Trabalho”.

As demais assertivas estão erradas, segundo a análise abaixo:

Letra “A”: errada, pois contraria o art. 791 da CLT.


Letra “B”: errada, pois não cabe a interposição de recurso ao TST sem Advogado.
Letra “C”: errada, pois também pode atuar perante o TRT sem Advogado.
Letra “D”: errada, pois o Sindicato deverá estar assistido por Advogado, caso atue no
TST, bem como nas ações rescisórias, cautelares e mandados de segurança.

44.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho - Tipo 5 /
Direito Processual do Trabalho / Reclamação Trabalhista; ) Afrodite
ajuizou reclamatória trabalhista em face de Alfa & Gama Produções Ltda.,
formulando pedidos de pagamento de verbas contratuais e rescisórias.
Atribuiu à causa o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Em despacho
saneador, o Juiz competente extinguiu o processo sem resolução do
mérito por indeferimento da petição inicial, por estar desacompanhada de
documento indispensável à propositura da ação. Neste caso, com base na
legislação aplicável e jurisprudência sumulada pelo TST, a decisão judicial
está
a) correta, visto que o não atendimento de requisito essencial da petição inicial de ação
trabalhista, relativo ao acompanhamento dos documentos indispensáveis à propositura da
ação, assim como a não indicação do valor correspondente aos pedidos ou indicação
incorreta de endereço do réu, implica o arquivamento da reclamação, que equivale à
extinção do processo sem resolução do mérito.
b) errada, visto que, neste caso, o Juiz deve determinar que o autor emende ou complete
a inicial, no prazo de 15 dias, e caso o autor não cumpra a diligência, indeferir a petição
inicial, extinguindo o processo sem julgamento do mérito.
c) correta, visto que o indeferimento de plano da petição inicial e a consequente extinção
do processo sem resolução do mérito, está inserido nos poderes relativos à ampla
liberdade na direção do processo para o andamento célere das causas.
d) errada, visto que o Juiz deveria aguardar a realização da audiência para, naquele
momento processual, indeferir a petição inicial e extinguir o processo sem julgamento do
mérito.
e) errada, visto que o Juiz não poderia indeferir de plano a petição inicial, mas sim
aguardar a análise de preliminar do réu em contestação e decidir no ato da audiência,
acolhendo a preliminar e extinguindo o processo com julgamento do mérito.

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COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Percebam que o valor atribuído à causa
(R$100.000,00) é superior a 40 salários mínimos, razão pela qual o rito a ser adotado é o
ordinário. Assim, aplica-se o art. 321 do CPC/15 em relação à determinação de emenda
da petição inicial caso esteja ausente algum documento indispensável ao ajuizamento da
demanda, conforme Súmula nº 263 do TST. O Juiz não deveria ter arquivado o feito
(extinto sem resolução do mérito, e sim, deveria ter concedido prazo de 15 dias para
emenda da petição inicial, ocasião em que o autor poderia ter juntado o documento,
somente extinguindo o feito caso a providência não fosse realizada no prazo aludido.
Vejamos o entendimento sumulado do TST:

“Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015 (art. 295 do CPC de 1973), o
indeferimento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de
documento indispensável à propositura da ação ou não preencher outro
requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade
em 15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do que deve ser corrigido ou
completado, a parte não o fizer (art. 321 do CPC de 2015)”.

Todas as demais assertivas trazem entendimentos diversos, razão pela qual são
excluídas de plano.

45.( Prova: FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Reclamação
Trabalhista; ) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a
reclamação trabalhista verbal será distribuída
a) em vinte e quatro horas após a sua redução a termo.
b) em quarenta e oito horas após a sua redução a termo.
c) dentro do prazo de quinze dias após a sua redução a termo.
d) antes de sua redução a termo.
e) dentro do prazo de cinco dias após a sua redução a termo.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A questão, apesar de fácil, é comumente
encontrada nos concursos trabalhistas, sendo que o procedimento a ser adotado na
hipótese de ajuizamento de reclamação trabalhista verbal encontra-se no art. 786 da
CLT, que será abaixo transcrito:

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“Art. 786 - A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo.
Parágrafo único - Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo
motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à
secretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no art. 731”.

Percebe-se, claramente, que haverá a distribuição da reclamação trabalhista antes da sua


redução à termo, ou seja, será primeiro distribuído o feito para, em cinco dias, o
reclamante comparecer à Vara do Trabalho para a redução à termo (ou seja, colocar no
papel a sua história). Se o reclamante não comparecer no aludido prazo, haverá a
perempção, que gera a impossibilidade de ajuizamento da demanda pelo prazo de 6
meses, conforme art. 731 da CLT.
Todas as demais assertivas ficam eliminadas com a transcrição do dispositivo
legal acima.

46.( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;
Reclamação Trabalhista; ) Danilo, 19 anos, trabalhava em uma empresa
onde realizava horas extras que nunca lhe foram remuneradas. Por ter
recebido proposta melhor de emprego, Danilo pediu dispensa da referida
empresa e decidiu ajuizar Reclamação Trabalhista em face da mesma para
reaver os valores relativos a tais horas. Diante dessa situação, é correto
afirmar:
a) Danilo pode propor a Reclamação Trabalhista, independentemente de assistência de
seus pais ou responsáveis.
b) Por ser menor de 21 anos de idade, Danilo necessita da assistência dos pais ou
responsáveis para propor a Reclamação Trabalhista.
c) Quem deve propor a Reclamação Trabalhista requerendo as horas extras trabalhadas
por Danilo são seus pais ou responsáveis, tendo em vista ser ele menor de 21 anos de
idade.
d) Danilo pode propor a Reclamação Trabalhista desde que colacione aos autos
autorização de seus pais ou responsáveis com fins específicos para tal postulação.
e) A Consolidação das Leis do Trabalho autoriza Danilo a propor a Reclamação
Trabalhista, porém, na audiência UNA ou inicial deve estar acompanhado de seus pais ou
responsáveis.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A resposta é bastante simples, bastando
lembrar que com 18 anos a pessoa já é capaz de praticar todos os atos da vida civil, bem

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como os atos processuais. Possui, portanto, capacidade civil e processual. O art. 792 da
CLT afirma:

“Os maiores de 18 (dezoito) e menores de 21 (vinte e um) anos e as mulheres


casadas poderão pleitear perante a Justiça do Trabalho sem a assistência de
seus pais, tutores ou maridos”.

Assim, por ser capaz, não há qualquer necessidade de assistência ou representação de


qualquer pessoa ou Sindicato da categoria. Simplesmente o reclamante ajuizará a
demanda e realizará todos os atos processuais por ser totalmente capaz para a prática
dos atos da vida civil (e atos processuais, por consequência). As demais assertivas são
facilmente descartadas, por todas afirma a necessidade do obreiro estar
assistido por alguém.

47.( Prova: FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público / Direito Processual do


Trabalho / Audiências; Reclamação Trabalhista; ) A perempção, no
processo do trabalho, ocorre nas hipóteses de
a) arquivamento da reclamação, por ausência do trabalhador, por quatro vezes seguidas,
em relação aos mesmos pedidos; e falta de confirmação da reclamação verbal, por duas
vezes seguidas, em relação aos mesmos pedidos.
b) arquivamento da reclamação, por extinção sem resolução do mérito, em razão da falta
de liquidação dos pedidos apresentados no rito sumaríssimo, por quatro vezes; e falta de
confirmação da reclamação verbal, por duas vezes seguidas, em relação aos mesmos
pedidos.
c) abandono da causa, por mais de um ano, depois da intimação pessoal do trabalhador,
para dar andamento ao feito; e falta de confirmação da reclamação verbal, por duas
vezes seguidas, em relação aos mesmos pedidos.
d) arquivamento da reclamação, por ausência do trabalhador, por duas vezes seguidas,
em relação aos mesmos pedidos; e falta de confirmação da reclamação verbal
apresentada ao distribuidor.
e) arquivamento da reclamação, por ausência do trabalhador, por duas vezes seguidas,
em relação aos mesmos pedidos; e falta de confirmação da reclamação verbal, por duas
vezes seguidas, em relação a pedidos diferentes.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Em primeiro lugar, a perempção no processo do
trabalho é provisória, pelo prazo máximo de 6 meses, diferentemente do que ocorre no
processo civil, pois nos termos do art. 268, § único do CPC, a perempção é definitiva,

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retirando por completo e “para sempre” o direito de ação do autor, que não perde, por
óbvio, o direito material, que poderá ser alegado em defesa. Além disso, no processo do
trabalho duas são as hipóteses de perempção, a saber:
a. Art. 731 da CLT: ausência do reclamante à redução à termo da reclamação
trabalhista verbal, ajuizada conforme art. 840 e distribuída antes de sua redução à termo,
conforme art. 786 da CLT. Conforme esse último dispositivo, o reclamante terá que
comparecer à Vara do Trabalho para a qual foi distribuída a sua ação, no prazo de 5 dias,
para redução à termo, sob pena de perempção. Essa espécie ocorre pela ausência da
parte ao ato apenas uma vez!
b. Art. 732 da CLT: a segunda hipótese de perempção é a ausência injustificada à
audiência, acarretando a extinção do processo sem resolução do mérito (arquivamento)
por duas vezes. Explica-se: João ajuizou RT em face de Maria, faltou à audiência e o
processo foi arquivado. Tornou a ajuizar a mesma ação, faltando novamente à audiência,
levando ao arquivamento do feito mais uma vez. Nesse momento, surge a perempção
conforme art. 732 da CLT, que impedirá o ajuizamento da mesma ação pelo prazo de 6
meses.

Nenhuma outra situação gera a perempção no processo do trabalho, razão pela


qual podemos excluir todas as demais alternativas, de plano.

CUSTAS PROCESSUAIS

1. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª REGIÃO (SE) Prova: Técnico Judiciário

Afrodite, empregada doméstica, ajuizou ação reclamatória trabalhista em face de sua ex-
empregadora Minerva, postulando o pagamento de horas extras, férias e 13º salários não
adimplidos. A ação foi julgada procedente em parte, uma vez que foram acolhidos apenas os
pedidos de férias e 13° salários, sendo rejeitado o pedido de horas extras. No caso proposto, o
valor, bem como a responsabilidade pelo pagamento das custas processuais, será de

(A) 2% sobre o valor da condenação a cargo da parte vencida, ou seja, da reclamada.


(B) 1% sobre o valor de cada pedido acolhido sob a responsabilidade da reclamada e 1% sobre
o pedido não acolhido sob a responsabilidade da reclamante.
(C) 2% sobre o valor dos pedidos acolhidos, com redução proporcional ao pedido não acolhido,
sob a responsabilidade da reclamada.
(D) 2% sobre o valor da causa, pagas pela reclamante, porque não houve procedência total
dos pedidos requeridos.

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(E) 1% sobre o valor da causa, a cargo da reclamada, visto que houve procedência apenas
parcial.
GABARITO: A
COMENTÁRIOS: A condenação ao pagamento das custas processuais consta no art. 789 da
CLT, sendo de 2% sobre o valor da condenação, sendo pago pela parte vencida. Na hipótese, a
parte vencida foi a reclamada, por ter sido condenada, mesmo que parcialmente.

2. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Analista
Judiciário

A sociedade de economia mista DIEPAX Medicamentos foi condenada ao pagamento de horas


extraordinárias em processo movido por seu empregado. Na mesma decisão, foi acolhido o
pedido de responsabilidade subsidiária do segundo reclamado, o Município de Cuiabá e
condenação em custas processuais. A isenção das custas processuais abrange

a) apenas a sociedade de economia mista.


b) apenas o Município.
c) nenhuma das reclamadas.
d) as duas reclamadas.
e) apenas o réu principal em caso de condenação subsidiária, devendo o Município efetuar o
recolhimento.

GABARITO: LETRA “B“. Apenas o Município, por ser um ente de direito público com natureza
jurídica de direito público, conforme art. 790-A da CLT. A sociedade de economia mista não é
isenta das custas processuais, na medida em que possui personalidade jurídica de direito
privado.

3. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Técnico -
Administração

Martin ajuizou ação em face de sua ex-empregadora, a empresa “M", sendo que na audiência
as partes se conciliaram amigavelmente, nada sendo convencionado a respeito das custas
processuais. Neste caso, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, considerando
que o Juiz acolheu o pedido de concessão dos benefícios da justiça gratuita formulado na inicial
pelo reclamante,

a) as custas serão pagas em partes iguais sobre o valor do acordo, pelo reclamante e pela
reclamada, sendo Martin dispensado do pagamento.

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b) as custas serão pagas em partes iguais sobre o valor dado à causa, pelo reclamante e pela
reclamada, sendo Martin dispensado do pagamento.
c) ficarão as custas a cargo exclusivo da reclamada, sobre o valor do acordo, pois a mesma
não pode ser dispensada do seu pagamento.
d) ficarão as custas a cargo exclusivo da reclamada, sobre o valor dado à causa, pois a mesma
não pode ser dispensada do seu pagamento.
e) serão dispensadas ambas as partes do pagamento das custas processuais, tendo em vista a
conciliação.

GABARITO: LETRA “A“. A situação encontra-se prevista no art. 789, §1º da CLT, que trata
do pagamento de custas processuais na hipótese de homologação de acordo. Na hipótese, as
partes pagarão metade das custas cada uma, sendo dispensado Martin do pagamento, já que
concedido o benefício da justiça gratuita.

4. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista
Judiciário

Como o Estado não pode assumir todos os encargos para satisfação dos gastos da
administração da justiça, no processo trabalhista, como regra, as partes estão sujeitas ao
pagamento de custas. Entretanto, por força da lei, estão isentos do pagamento de custas nos
processos que tramitam na Justiça do Trabalho:

a) As instituições de beneficência, associações recreativas ou outras instituições sem fins


lucrativos.
b) As entidades de caráter religioso declaradas de utilidade pública em nível federal.
c) Os empregadores domésticos em razão da ausência de finalidade lucrativa do trabalho
doméstico.
d) As empresas públicas e sociedades de economia mista federais.
e) As autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem
atividade econômica.

GABARITO: LETRA “E“. A única assertiva que trata dos entes que estão isentos do
pagamento das custas processuais, situação prevista no art. 790-A da CLT, é a letra “E”, que
trata das pessoas jurídicas de direito público autarquias e fundações públicas. Além dessas, a
União, Estados, DF, Municípios, beneficiários da justiça gratuita e MPT, também estão isentos.

5. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista
Judiciário

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Conforme normas aplicáveis ao tema relativo às custas processuais e aos emolumentos no


Processo Judiciário do Trabalho,
a) apenas a União, dentre os entes federativos, está isenta do pagamento de custas
processuais, ainda que vencida, visto que a Justiça do Trabalho é órgão do Poder Judiciário
Federal.
b) as empresas públicas federais estão isentas de custas processuais, mas não dos
emolumentos na fase executória.
c) o Ministério Público do Trabalho está isento do recolhimento de custas processuais.
d) no processo ou fase de execução não há incidência de custas ou emolumentos por faltas de
previsão legal.
e) as autarquias municipais não estão isentas do recolhimento de custas processuais.

GABARITO: LETRA “C“. O Ministério Público consta como ente isento do pagamento de
custas processuais no processo do trabalho, conforme art. 790-A da CLT, que também isenta
as pessoas jurídicas de direito público e beneficiários da justiça gratuita.

As demais estão erradas. Vejamos:


Letra “A”: errada, pois não é só a União, mas também os Estados, o Distrito Federal, os
Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que
não explorem atividade econômica, conforme art. 790-B, I, da CLT.
Letra “B”: errada, pois as empresas públicas não estão isentas do pagamento de custas,
consoante art. 790-B, da CLT.
Letra “D”: errada, pois há incidência sim de custas na fase de execução, conforme art. 789-A
da CLT.
Letra “E”: errada, pois estão isentas sim, nos termos do art. 790-B, I, da CLT.

6. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Técnico
Judiciário - Área Administrativa

Em relação às custas e aos emolumentos nos dissídios individuais e coletivos do trabalho e nas
ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, é correto afirmar:

a) As custas no processo de conhecimento incidirão à base de 2%, observado o mínimo de R$


10,64.
b) Quando houver acordo, o pagamento das custas caberá à reclamada visto que arcará com
pagamento ao reclamante.

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c) Não há previsão legal para o pagamento de custas ou emolumentos no processo ou fase de


execução.
d) Não haverá qualquer responsabilidade do ente sindical pelo pagamento das custas devidas
caso o empregado não tenha obtido benefício da justiça gratuita ou isenção de custas e tenha
havido a intervenção do sindicato no processo.
e) São isentos do pagamento de custas processuais as sociedades de economia mista.

GABARITO: LETRA “A“. As custas incidem em 2%, que podem ser sobre o valor da causa,
valor da condenação, valor do acordo, valor estipulado pelo Juiz, conforme art. 789 da CLT,
havendo o valor mínimo fixado por lei de R$10,64.
Letra “B”: errada, pois caberá às partes de forma igualitária, conforme art. 789, §3º, da CLT.
Letra “C”: errada, pois há incidência sim de custas na fase de execução, conforme art. 789-A
da CLT.
errada, pois as empresas públicas não estão isentas do pagamento de custas, consoante art.
790-B, da CLT.
Letra “D”: errada, pois o sindicato responderá de forma solidária pelo pagamento das custas,
conforme art. 790, §1º, da CLT.
Letra “E”: errada, nos termos do art. 790-A, da CLT.

7. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: PGE-MT Prova: Procurador

Na reclamação trabalhista ajuizada por Diana em face da sua empregadora AMAS − Autarquia
Municipal de Assistência Social do Município de Campo Grande, foram analisados dois pedidos.
A sentença deferiu a pretensão de maior valor e rejeitou a de menor expressão econômica. Na
presente situação, de acordo com as regras da Consolidação das Leis do Trabalho, a
responsabilidade pelas custas processuais será

a) do réu, que deverá arcar com metade do valor, uma vez que sucumbente apenas em um
dos dois pedidos, à base de 1% sobre o valor atribuído à causa.
b) do réu, que deverá arcar com o pagamento integral à base de 2% sobre o valor da causa,
sem isenção, porque tal benefício atinge apenas os órgãos da Administração direta, não
abrangendo entes da Administração indireta como as Autarquias.
c) de ambas as partes, em rateio de 50%, visto que houve sucumbência parcial, ou seja,
foram formulados dois pedidos, um foi acolhido e o outro rejeitado; à base de 2% sobre o
valor de cada pedido.
d) do réu, que arcará com o pagamento integral, visto que foi vencido, ainda que em um
pedido, à base de 2% sobre o valor da condenação, ficando a Autarquia Municipal, todavia,
isenta na forma da lei.

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e) de cada uma das partes, na proporção exata de cada pedido, visto que houve sucumbência
recíproca, à base de 1% sobre o valor de cada pedido.

GABARITO: LETRA “D“. A informação constante na letra “B” está em conformidade com os
arts. 789 e 790-A da CLT, que preveem que o vencido, no caso a Autarquia, já que condenado
em um pedido, arcará com o pagamento das custas processuais, de 2% sobre o valor da
condenação, sendo que a quantia não será paga, na medida em que a Autarquia é isenta da
mesma, conforme art. 790-B da CLT, por ser pessoa jurídica de direto público.

8. Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 6ª Região (PE) Prova: Juiz do trabalho

Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de
competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça
Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de
conhecimento incidirão à base de

a) 2%, observado o mínimo previsto em lei e serão calculadas, no caso de procedência do


pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa.
b) 5% e serão calculadas, quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar.
c) 5%, observado o mínimo previsto em lei e serão calculadas, no caso de procedência do
pedido formulado em ação constitutiva, sobre o valor da condenação.
d) 2%, observado o mínimo previsto em lei e serão calculadas, quando houver acordo ou
condenação, sobre o respectivo valor, acrescido dos honorários periciais, se houver.
e) 2% e serão calculadas, quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou
julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor acordado pelas partes.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A informação está de acordo com o art. 789 caput e
inciso III da CLT, que fala em 2%, observado um mínimo (R$10,64), sendo calculado com
base no valor da causa. Vejamos:

“Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas
ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas
demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição
trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de
2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e
quatro centavos) e serão calculadas:
(...)

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III – no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em


ação constitutiva, sobre o valor da causa”;

As demais estão erradas. Vejamos:


Letra “B”: errada, pois são 2%.
Letra “C”: errada, pois são 2%
Letra “D”: errada, pois não se incluem os honorários periciais, que são pagos conforme art.
790-B da CLT.
Letra “E”: errada, pois o valor é calculado com base no valor da causa.

9. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário / Direito
Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Considere: I. Autarquia Municipal W. II. Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa


Catarina. III. Fundação Pública Estadual X. IV. Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil. Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho, são isentos do pagamento de custas,
dentre outras, as entidades indicadas APENAS em:

a) II, III e IV.


b) III e IV.
c) I, II e III.
d) I e IV.
e) I e III.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Somente as assertivas I e III trazem entes isentos de
custas, conforme análise abaixo realizada. Mas antes, transcrevemos o art. 790-A da CLT, que
trata do assunto:

“Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos


beneficiários de justiça gratuita:
I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas
autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que
não explorem atividade econômica;
II – o Ministério Público do Trabalho.
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as
entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as
pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as
despesas judiciais realizadas pela parte vencedora”.

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I. Autarquia encontra-se prevista no inciso I, razão pela qual é isenta de custas.


II. Conselho Regional de Medicina, não é isento, nos termos do parágrafo único, por ser
entidade fiscalizadora do exercício profissional.
III. Fundação Pública Estadual é isenta das custas, conforme inciso I acima transcrito.
IV. Conselho Federal da OAB não é isento, nos termos do parágrafo único, por ser entidade
fiscalizadora do exercício profissional.

10.( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

O processo judiciário trabalhista apresenta regras específicas sobre custas processuais e


emolumentos. Sobre eles é correto afirmar:

a) No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do exequente e


pagas antecipadamente, sendo que ao final ele será reembolsado por essas despesas pelo
executado.
b) A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na
pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária de justiça gratuita, visto que o perito não
pode ficar sem receber.
c) Nos dissídios individuais, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base
de 2% para o procedimento sumaríssimo e de 4% para o procedimento ordinário.
d) As custas serão calculadas sobre o valor da causa quando houver extinção do processo, sem
resolução do mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido.
e) O reclamante deverá recolher previamente as custas para ajuizar a reclamatória, exceto se
for beneficiário de justiça gratuita, sendo que esses valores lhe serão devolvidos em caso de
êxito na demanda.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. As custas processuais, conforme art. 789 da CLT,
serão calculadas em 2% sobre o valor da causa, quando a ação for arquivada, ou seja, extinta
sem resolução do mérito, bem como na hipótese de improcedência dos pedidos formulados.

Letra “A”: o art. 789-A da CLT diz que a responsabilidade pelo pagamento das custas no
processo de execução será suportada pelo executado e elas serão pagas ao final.
Letra “B”: errada, pois a OJ nº 387, da SDI-1, do TST diz que caberá à União o pagamento dos
honorários periciais, caso o sucumbente na pretensão objeto da perícia seja beneficiário pela
justiça gratuita.

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Letra “C”: errada, pois não há diferença em relação ao valor das custas de acordo com o
procedimento. São sempre 2%.
Letra “E”: errada, pois o art. 789, §1º, da CLT diz que as custas são pagas ao final, pelo
vencido, não havendo custas prévias.

11.( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos;
Custas e emolumentos; )

Conforme previsões contidas na Consolidação das Leis do Trabalho em relação ao Processo


Judiciário do Trabalho, é correto afirmar que

a) os atos processuais serão sempre públicos e serão realizados nos dias úteis, das 8 (oito) às
20 (vinte) horas.
b) sempre que houver acordo em reclamação trabalhista, se de outra forma não for
convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes.
c) os prazos processuais são contínuos, irreleváveis e são contados com a inclusão do dia do
começo e exclusão do dia do vencimento.
d) a reclamação verbal será distribuída antes da sua redução a termo e o reclamante deverá
apresentar-se no prazo de 48 horas para reduzi-la a termo, sob a pena de perda do direito de
reclamar por 6 (seis) meses.
e) a penhora não poderá ser realizada em domingos ou dias de feriado, visto que os atos
processuais devem ser realizados em dias úteis.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. O pagamento das custas processuais quando da
homologação de acordo, encontra-se regulamentado pelo art. 789, §3º, da CLT, assim
redigido:

“Sempre que houver acordo, se de outra forma não for


convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos
litigantes”

Percebam que as custas serão calculadas em 2% sobre o valor do acordo, sempre haverá o
pagamento pela metade por cada litigante, desde que não haja disposição especial, já que no
acordo pode ficar convencionado o pagamento integral desse valor pelo reclamante ou
reclamado, ou qualquer outra disposição especial. Se houver, será respeitada. Na ausência,
metade das custas para cada parte.

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Letra “A”: errada, pois o art. 770 da CLT diz que os atos serão realizados das 6h às 20h.
Letra “C”: errada, pois o art. 775 da CLT fala em exclusão do primeiro dia e inclusão do último
dia.
Letra “D”: errada, pois o art. 786 da CLT prevê prazo de 5 dias para o reclamante comparecer
à Vara do Trabalho para redução a termo da reclamação, sob pena de perempção, conforme
art. 731 da CLT.
Letra “E”: errada, pois o art. 770, parágrafo único, da CLT prevê a realização de atos aos
domingos, desde que haja autorização do Juiz.

12.( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Execução de
Mandados / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

A respeito de custas e emolumentos no Processo do Trabalho, conforme normas legais


aplicáveis, é correto afirmar:

a) Nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista,


as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento),
observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos).
b) Em caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva,
as custas relativas ao processo de conhecimento serão calculadas sobre o valor arbitrado pelo
Juiz.
c) O Ministério Público do Trabalho e as entidades fiscalizadoras do exercício profissional estão
isentas do pagamento das custas processuais.
d) Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção
de custas, o sindicato que houver intervindo no processo não terá nenhuma responsabilidade
pelo pagamento das custas devidas.
e) A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na
pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária de justiça gratuita.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. O caput do art. 789 da CLT é um dos mais cobrados
nos concursos trabalhistas. Trata do valor das custas no processo de conhecimento. Nessa
questão, a FCC “pegou” uma parte não muito significativa do dispositivo e utilizou como
assertiva correta. Vejamos a redação legal:

“Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas


ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem
como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no
exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de

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conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o


mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e serão
calculadas:”

Sabe-se que, teoricamente, o Juiz Estadual pode atuar como Juiz do Trabalho (art. 112 da
CF/88), sendo que nessa situação, as custas serão calculadas como se estivéssemos na Justiça
do Trabalho, ou seja, em 2%, sendo no mínimo R$10,64, conforme art. 789 da CLT. As demais
assertivas estão incorretas. Vejamos:
Letra “B”: errada, pois o inciso III, do art. 789, da CLT diz que o valor será calculado sobre o
valor da causa.
Letra “C”: errada, pois as entidades fiscalizadoras do exercício profissional não estão isentas,
conforme parágrafo único, do art. 790-A, da CLT (OAB, Crea, etc.).
Letra “D”: errada, pois o Sindicato será solidariamente responsável, conforme §1º, do art.
790, da CLT.
Letra “E”: errado, pois o art. 790-B da CLT diz que a parte, se beneficiária de Justiça Gratuita,
não pagará os honorários periciais.

13.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho / Direito
Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Em relação às custas, é INCORRETO afirmar:


a) Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de
competência da justiça do trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça
Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de
conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo previsto em lei.
b) As custas serão calculadas, quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo
valor.
c) As custas serão calculadas, no caso de procedência do pedido formulado em ação
declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da condenação.
d) No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado, e
pagas ao final.
e) Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das
custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal.
COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “C”. As custas no processo de conhecimento quando há
procedência em ação constitutiva e declaratória, são calculadas sobre o valor da causa, já que
não há condenação. O art. 789 da CLT traz tal regra no inciso III do dispositivo mencionado.
Letra “A”: correta, em conformidade com o art. 789, caput, da CLT.

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Letra “B”: correta, pois de acordo com o inciso I, do art. 789, da CLT.
Letra “D”: correta, pois de acordo com o art. 789-A da CLT.
Letra “E”: correta, em sintonia com o §4º, do art. 789, da CLT.

14.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Juiz do Trabalho - Prova TIPO 4 /
Direito Processual do Trabalho / Recursos; Custas e emolumentos; )

As custas processuais, no caso de interposição de recurso ordinário em mandado de


segurança, deverão ser

a) comprovadas em oito dias a contar do recolhimento.


b) comprovadas dentro do prazo recursal.
c) pagas e comprovadas em oito dias da interposição do recurso.
d) pagas e comprovadas em cinco dias da interposição do recurso.
e) pagas em cinco dias da interposição do recurso e comprovadas em cinco dias a contar do
recolhimento.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. As custas, quando da interposição de recurso, são
pagas e comprovado o pagamento no prazo recursal, conforme §1º, do art. 789, da CLT, assim
redigido:

“As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da


decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o
recolhimento dentro do prazo recursal”.

Como todas as assertivas tratam do mesmo assunto, não precisam ser analisadas em
separado.

15.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Execução de
Mandados / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Rafus ajuizou reclamação trabalhista em face da sua empregadora a empresa Alfa & Beta
Comunicações, pleiteando o pagamento de verbas rescisórias. Houve a determinação de ser
emendada a petição inicial no prazo de 10 dias. Tal determinação não foi cumprida, razão pela
qual ocorreu a extinção do processo sem resolução ou julgamento do mérito. Nesta situação,
sobre as custas

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a) relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 1% e serão calculadas sobre o


valor da causa.
b) relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 1% observado o mínimo legal e
serão calculadas sobre o valor arbitrado pelo juiz.
c) relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% e serão calculadas sobre o
valor estimado da condenação da ação.
d) relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% observado o mínimo legal e
serão calculadas sobre o valor da causa.
e) haverá isenção do pagamento em razão da não apreciação do mérito da ação.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Na hipótese, percebe-se que houve a extinção do
processo sem resolução do mérito, uma vez que o Juiz determinou a emenda da petição inicial,
conforme art. 321 do CPC/15 e não houve o atendimento da determinação. Havendo
arquivamento do feito, o reclamante será condenado ao pagamento das custas processuais,
que incidirão a base de 2% sobre o valor da causa, em conformidade com a letra “D” da
questão da FCC. Transcreve-se o art. 789, II, da CLT:

“quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou


julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa”.

Como as demais assertivas tratam do mesmo tema, não precisam ser analisadas em
separado.
16.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Conforme determinações contidas na Consolidação das Leis do Trabalho, quanto ao processo


judiciário do trabalho é INCORRETO afirmar:

a) Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão


sempre sujeitos à conciliação.
b) Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual
do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas processuais do trabalho
contidas na CLT.
c) Os municípios e respectivas autarquias e fundações públicas que não explorem atividade
econômica não estão isentos do pagamento de custas caso sejam vencidos na demanda
trabalhista.
d) Nos dissídios individuais e nas ações e procedimentos de competência da Justiça do
Trabalho, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por

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cento), observado o mínimo de R$ 10,64 e serão calculadas quando houver acordo ou


condenação, sobre o respectivo valor.
e) As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão, sendo que no
caso de recurso, as custas serão pagas e será comprovado o recolhimento dentro do prazo
recursal.
COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “C”. A afirmação contida na letra “C” está em
desconformidade com o art. 790-A da CLT, que trata da isenção do pagamento de custas,
conforme transcrição abaixo:

“Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos


beneficiários de justiça gratuita: (Incluído pela Lei nº 10.537, de
27.8.2002)I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e
respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou
municipais que não explorem atividade econômica; (Incluído pela Lei
nº 10.537, de 27.8.2002)II – o Ministério Público do
Trabalho. (Incluído pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002)Parágrafo único.
A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades
fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas
jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas
judiciais realizadas pela parte vencedora”.

Letra “A”: correta, pois a conciliação está presente nos dissídios individuais (art. 846 e 850 da
CLT), bem como nos dissídios coletivos (Art. 860 da CLT).
Letra “B”: correta, em total conformidade com o art. 769 da CLT.
Letra “D”: correta, pois de acordo com o art. 789, caput e inciso I, da CLT.
Letra “E”: correta, de acordo com o art. 789, §1º, da CLT.

17.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Com relação às custas no processo trabalhista, é INCORRETO afirmar:

a) São isentos do pagamento de custas, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios


e respectivas autarquias e as fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não
explorem atividade econômica.
b) No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo
recursal.

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c) Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das
custas processuais.
d) Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das
custas caberá em partes iguais aos litigantes.
e) Nos dissídios coletivos do trabalho, as custas relativas ao processo de conhecimento
incidirão à base de 1% e serão calculadas, quando houver acordo ou condenação, sobre o
respectivo valor.
COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “E”. A assertiva, bem simples, possui um erro fácil de
ser detectado: as custas incidem em 2% sobre o valor do acordo ou condenação e não 1%,
conforme dito. Já foi afirmado em outra questão que o art. 789 da CLT é um dos mais
importantes para as provas de direito processual do trabalho. Vejamos a sua transcrição:

“Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas


ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem
como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no
exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de
conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o
mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e serão
calculadas: (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) I –
quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor”.

As demais assertivas estão corretas. Vejamos:


Letra “A”: a isenção está prevista no art. 790-A, I, da CLT.
Letra “B”: a informação está adequada, conforme art. 789, §1º, da CLT.
Letra “C”: perfeito, de acordo com o art. §2º, do art. 789, da CLT.
Letra “D”: de acordo com §3º, do art. 789, da CLT.

18.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 /
Direito Processual do Trabalho / Execução; Custas e emolumentos; )

De acordo com o entendimento adotado pelo TST, é correto afirmar:

a) Os débitos trabalhistas das entidades submetidas aos regimes de intervenção ou liquidação


extrajudicial estão sujeitos a correção monetária desde o respectivo vencimento até seu
efetivo pagamento, sem interrupção ou suspensão, incidindo, ainda, sobre tais débitos, juros
de mora.

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b) Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, desde que constantes do


pedido inicial ou da condenação.
c) Os juros de mora incidem sobre a importância da condenação não corrigida
monetariamente.
d) É devida a incidência de juros de mora em relação aos débitos trabalhistas de empresa em
liquidação extrajudicial sucedida nos moldes dos arts. 10 e 448 da CLT. O sucessor responde
pela obrigação do sucedido, não se beneficiando de qualquer privilégio a este destinado.
e) A Fazenda Pública, quando condenada subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas
devidas pela empregadora principal, beneficia-se da limitação dos juros, prevista em lei.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A informação contida em “D” reflete o entendimento
do TST na OJ nº 408, da SDI-1, do TST, abaixo transcrita:

“É devida a incidência de juros de mora em relação aos débitos


trabalhistas de empresa em liquidação extrajudicial sucedida nos
moldes dos arts. 10 e 448 da CLT. O sucessor responde pela obrigação
do sucedido, não se beneficiando de qualquer privilégio a este
destinado”.

Como houve sucessão, não há razão para a concessão de qualquer benefício ao sucessor, já
que este passa a ser o responsável por todos os débitos da sucedida, aplicando-se as regras
ordinárias em relação à incidência de juros e correção monetária. As demais assertivas estão
erradas.

Letra “A”: errada, pois a Súmula nº 304 do TST diz não incidirem os juros de mora.
Letra “B”: errada, pois a Súmula nº 211 do TST diz que, mesmo que ausentes no pedido, os
juros de mora e a atualização monetária podem ser incluídas na liquidação.
Letra “C”: errada, pois a Súmula nº 200 do TST diz que os juros incidem sobre a quantia
atualizada monetariamente.
Letra “E”: errada, pois conforme OJ nº 382, da SDI-1, do TST não há tal benefício, já que foi
condenada apenas subsidiariamente.

19.( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito
Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

No que tange às custas no processo do trabalho, é correto afirmar:


a) No processo de execução as custas devidas são de responsabilidade do executado, devendo
ser pagas ao final.

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b) No caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, o


valor das custas será fixado pelo juiz.
c) Nas ações plúrimas as custas devem ser calculadas individualmente, considerando o valor
da condenação em relação a cada um dos reclamantes.
d) Não ocorre deserção de recurso de massa falida ou de empresa em liquidação extrajudicial
por falta de pagamento de custas.
e) Tendo em vista que o ajuizamento de dissídio coletivo depende de comum acordo entre as
partes, as custas incidentes na ação, que serão calculadas sobre o valor arbitrado na decisão,
ou pelo Presidente do Tribunal, serão suportadas, em proporção igual, pelas mesmas.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. No processo de execução, as custas são pagas tão
somente pelo executado, isto é, ele é o único responsável pelo pagamento da quantia,
conforme art. 789-A da CLT, com a seguinte redação:

“No processo de execução são devidas custas, sempre de


responsabilidade do executado e pagas ao final, de conformidade com
a seguinte tabela: ”

As outras assertivas trazem informações inadequadas, conforme análise realizada abaixo:


Letra “B”: errada, pois o art. 789, III, da CLT diz que as custas são de 2% sobre o valor da
causa.
Letra “C”: errada, pois a Súmula nº 36 do TST diz que as custas são calculadas sobre o valor
total.
Letra “D”: errada, pois a Súmula nº 86 do TST não estende o benefício da gratuidade para as
empresas em liquidação extrajudicial, que devem realizar o preparo sob pena de deserção.
Letra “E”: errada, pois a responsabilidade será solidária e não em proporções iguais (meio a
meio), conforme §4º, do art. 789, da CLT.

20.( Prova: FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Fernanda ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa "Amiga" que foi julgada
parcialmente procedente. Neste caso, em regra, as custas processuais caberão à

a) empresa Amiga e a Fernanda, em 0,5% para cada uma.


b) empresa Amiga e a Fernanda, em 1% para cada uma.
c) empresa Amiga, no importe de 2% sobre o valor da condenação.
d) empresa Amiga, no importe de 1% sobre o valor da condenação.

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e) Fernanda no importe de 1% sobre o valor da condenação.


COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Pouco importa se a condenação decorre da
procedência ou parcial procedência dos pedidos. Se houve condenação, as custas incidirão
em 2% sobre o valor da condenação. Na hipótese da questão, houve condenação da
empresa Amiga, devendo essa ser condenada em 2% sobre o valor da condenação, conforme
art. 789, I da CLT:

“Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas


ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem
como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no
exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de
conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o
mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e serão
calculadas: I – quando houver acordo ou condenação, sobre o
respectivo valor”

As demais assertivas não precisam ser analisadas, pois tratam do mesmo assunto.

21.( Prova: FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Determinada reclamação trabalhista foi julgada parcialmente procedente e a empresa Leão


condenada ao pagamento de R$ 400.000,00 ao reclamante. Neste caso, com relação às custas
processuais, em regra, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a empresa
reclamada

a) deverá efetuar o recolhimento de R$ 4.000,00 dentro do prazo recursal a título de custas.


b) não está obrigada a recolher qualquer valor a título de custas, tendo em vista que estas são
pagas pelo vencido após o trânsito em julgado da condenação.
c) não está obrigada a recolher qualquer valor a título de custas, tendo em vista que estas são
pagas pelo reclamante no momento da propositura da ação.
d) não está obrigada a recolher qualquer valor a título de custas, tendo em vista que a
reclamação trabalhista foi julgada parcialmente procedente.
e) deverá efetuar o recolhimento de R$ 8.000,00 dentro do prazo recursal a título de custas.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A questão trata novamente do art. 789 da CLT, que
diz que a parte condenada pagará 2% do valor da condenação, a título de custas. A “maior

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dificuldade” que poderia ser encontrada aqui é a realização da conta para se chegar ao valor
de 2% sobre R$400.000,00 (quatrocentos mil). O valor das custas é R$8.000,00 (2% de
R$400.000,00), sendo que o §1º, do artigo 789, da CLT diz que o valor deve ser pago após o
trânsito em julgado, ou no prazo recursal, caso a parte venha a recorrer. Vejamos:

“As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da


decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o
recolhimento dentro do prazo recursal”.

Essa é a ideia trazida pela letra “E”, razão pela qual está adequada. Vejamos as demais
assertivas:
Letra “A”: errada, pois fala em R$4.000,00, sendo que o correto é R$8.000,00.
Letra “B”: errada, pois a empresa reclamada foi condenada e, por isso, deve arcar com as
custas processuais.
Letra “C”: errada, pois não há pagamento, pelo reclamante, de custas prévias.
Letra “D”: errada, pois se houve julgamento de parcial procedência, é porque foi imposta
condenação, incidindo, portanto, custas processuais.

22.( Prova: FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )
Manoela, alta executiva, ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora. A
mencionada reclamação foi julgada totalmente improcedente. Neste caso, com relação ao
processo de conhecimento, em regra,

a) as custas processuais incidiram na base de 0,5% sobre o valor total dos pedidos, deduzidas
as parcelas que não possuam natureza trabalhista direta.
b) as custas processuais incidiram na base de 1% sobre o valor da causa e serão devidas por
Manoela.
c) as custas processuais incidiram na base de 2% sobre o valor da causa e serão devidas por
Manoela.
d) não haverá condenação ao pagamento de custas tendo em vista que a ação foi julgada
improcedente.
e) as custas processuais incidiram na base de 1% sobre o valor total dos pedidos, deduzidas
as parcelas que não possuam natureza trabalhista direta.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Na situação posta pela FCC, as custas são devidas
pela reclamante, pois houve julgamento de improcedência, isto é, todos os pedidos
formulados pela reclamante foram negados. Assim, diante da improcedência, Manoela

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(reclamante) arcará com o pagamento das custas processuais, no importe de 2% sobre o valor
da causa, conforme art. 789, II, da CLT, abaixo transcrito:

“Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do


trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do
Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça
Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao
processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento),
observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro
centavos) e serão calculadas: II – quando houver extinção do
processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente
improcedente o pedido, sobre o valor da causa”.

As demais assertivas são facilmente descartadas, pois afirmam que não haverá condenação ao
pagamento de custas ou trazem o percentual errado (0,5%, 1%). Assim, não há
necessidade de análise individualizada das assertivas.

23.( Prova: FCC – 2011 – TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Para a Consolidação das Leis do Trabalho, NÃO há isenção do pagamento de custas para

a) o sindicato dos empregados.


b) os Municípios.
c) as fundações públicas federais que não explorem atividade econômica.
d) as fundações públicas municipais que não explorem atividade econômica.
e) o Ministério Público do Trabalho.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A isenção em relação ao pagamento das custas
processuais está regulamentada no art. 790-A da CLT, muitas vezes cobrado em concursos da
FCC. Transcreve-se primeiro o dispositivo legal para análise posterior da questão:

“Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos


beneficiários de justiça gratuita:
I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas
autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que
não explorem atividade econômica;
II – o Ministério Público do Trabalho.

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Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as


entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as
pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as
despesas judiciais realizadas pela parte vencedora”.

Lendo a questão novamente e o dispositivo legal, percebemos que os sindicatos não estão
incluídos dentre aqueles que possuem isenção do pagamento das custas. Assim, os sindicatos
devem pagá-las conforme art. 789 da CLT. Como se busca o ente que não possui isenção,
chega-se facilmente à assertiva “A”.

24.(Prova: FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Na reclamação trabalhista X, é parte reclamada a Ordem dos Advogados do Brasil Santa


Catarina OAB/SC; na reclamação trabalhista W, é parte reclamante o Ministério Público do
Trabalho; na Reclamação Trabalhista Y, é parte reclamada o Conselho Regional de Medicina de
Santa Catarina CREMESC; e na Reclamação Trabalhista Z, é parte reclamada o Sindicado dos
Empregados na Indústria Alpha. Estão isentos do pagamento de custas as entidades
relacionadas

a) em todas as reclamações trabalhistas.


b) nas reclamações trabalhistas X e W.
c) nas reclamações trabalhistas X, W e Y.
d) somente na reclamação trabalhista W.
e) nas reclamações trabalhistas W, Y e Z.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Outra questão que trata da isenção ao pagamento de
custas processuais, facilmente respondida com base em um único dispositivo legal, que é o
art. 790-A da CLT. Nas reclamações trabalhistas acima listadas, apenas na reclamação
trabalhista W, em que é parte reclamante o Ministério Público do Trabalho, é que
teremos isenção para esse ente. Nas demais, temos Conselhos de Fiscalização da atividade
profissional e sindicato, que não estão incluídos nas isenções legais.

25.( Prova: FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Maria ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, a empresa JARDIM,


pleiteando diversas verbas trabalhistas. Em audiência, as partes se compuseram

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amigavelmente e a empresa pagou à Maria a quantia de R$ 8.000,00, tendo o acordo sido


homologado em audiência. Considerando que o valor da causa é R$ 20.000,00, segundo a
Consolidação das Leis do Trabalho, as custas processuais serão de

a) R$ 160,00.
b) R$ 80,00.
c) R$ 400,00.
d) R$ 200,00.
e) R$ 100,00.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A questão trouxe dois valores:
a. Acordo: R$8.000,00;
b. Valor da causa: R$20.000,00;
Na hipótese da questão, o valor a ser levado em consideração para fins de pagamento de
custas processuais, será o do acordo, conforme art. 789, I, da CLT. Na hipótese, 2% de
R$8.000,00 é R$160,00 (cento e sessenta reais), valor corretamente exposto na letra “A”,
única correta. Não há necessidade, para a questão, do conhecimento do §3º do mesmo artigo,
mas transcreve-se para conhecimento:

“Sempre que houver acordo, se de outra forma não for


convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos
litigantes”.

26.( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Área
Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Custas e
emolumentos; )

É isento de custas, além dos beneficiários de Justiça gratuita,

a) a Ordem dos Advogados do Brasil.


b) o Sindicato Profissional.
c) a Fundação Pública Estadual que explora atividade econômica.
d) o Ministério Público do Trabalho.
e) o Conselho Federal de Medicina.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A questão sobre isenção de custas processuais, como
já visto em outros comentários, é bastante cobrada pela FCC, mas sempre respondida de

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forma simples, com base no art. 790-A da CLT, que será novamente transcrito, já que tão
importante:

“São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de


justiça gratuita: I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os
Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais,
estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica; II –
o Ministério Público do Trabalho. Parágrafo único. A isenção prevista
neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício
profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da
obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte
vencedora”.

Analisando as assertivas, vislumbra-se que o único ente que está dispensado do pagamento de
custas processuais é o Ministério Público do Trabalho, que consta na assertiva “D”, única
correta. Todos os demais, sindicatos, órgãos de fiscalização de atividades profissionais e
fundação que explora atividade econômica, pagam as custas conforme art. 789 da CLT.

27.( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Na Justiça do Trabalho as custas serão pagas pelo

a) reclamante quando da propositura da Reclamação Trabalhista.


b) vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas
dentro do prazo recursal.
c) reclamante, cinco dias após a audiência inicial ou UNA, caso não haja acordo entre as
partes.
d) reclamado quando da apresentação da Contestação.
e) vencido, em até cinco dias após a prolação da sentença pelo juiz de primeiro grau.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A questão é facilmente respondida com base no §1º,
da art. 789, da CLT, tantas vezes encontrado nas questões da FCC. Transcreve-se para
conhecimento:

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“As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da


decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o
recolhimento dentro do prazo recursal”.

Se não houver recurso, o processo atingirá o seu trânsito em julgado e, após esse, a parte
pagará as custas processuais. Se houver acordo, as custas serão pagas no prazo do recurso,
sob pena de deserção (não recebimento do recurso por falta de preparo).

28.( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Nas ações plúrimas, as custas incidem sobre

a) um valor fixo previamente estipulado pelo Tribunal Superior do Trabalho.


b) um valor fixo previamente estipulado pelo Supremo Tribunal Federal.
c) o valor da causa previamente estipulado na proporção de cada parte.
d) um valor fixo previamente estipulado pelo Tribunal Regional competente.
e) o respectivo valor global.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A questão foi pensada com base em uma súmula
bem antiga do TST, de nº 36, que diz:

“Nas ações plúrimas, as custas incidem sobre o respectivo valor


global”.

Apenas a letra “E” trata da redação da Súmula nº 36 do TST. Assim, se “1”, “2”, “3” e “4”,
ajuizarem ação em litisconsórcio ativo, formulando cada um, pedido de R$10.000,00, o valor
global da causa será R$40.000,00, sendo que esse valor será considerado para fins de custas
processuais. Se houver a improcedência dos pedidos, os autores serão condenados ao
pagamento de 2% sobre R$40.000,00.

29.( Prova: FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Eduardo ajuizou reclamação trabalhista em face de sua empregadora, a empresa ED. Em


audiência as partes celebraram acordo conforme a CLT, se não for convencionado de outra
forma, o pagamento das custas caberá

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a) ao Estado, da qual é isento.


b) à empresa ED.
c) ao Eduardo.
d) à empresa ED na proporção de 75% e ao Eduardo na proporção de 25%.
e) em partes iguais ao Eduardo e à empresa ED.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A realização de acordo é bem comum na Justiça do
Trabalho. Se as partes formulam e é homologado um acordo de R$10.000,00, as custas de 2%
incidirão sobre aquele valor, ou seja, serão de R$200,00. Mas quem pagará esse valor? Como
não há sucumbência (perda) de nenhuma das partes, o valor será repartido em partes
iguais, pagando reclamante e reclamada a quantia de R$100,00. Mas pode ser que haja
convenção em sentido contrário, ou seja, no acordo podem as partes pactuarem algo
diferente, como o pagamento integral pelo reclamado, o que é comum também. Essa
previsão encontra-se no §3º, do art. 789, da CLT, que será transcrito a seguir:

“Sempre que houver acordo, se de outra forma não for


convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos
litigantes”.

A questão quer saber o que ocorre se não houver convenção diferente. A resposta é
simples: cada parte pagará metade, conforme dito na letra “E”, única correta na questão.

30. ( Prova: FCC - 2010 - PGM-TERESINA-PI - Procurador Municipal - Prova tipo


3 / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Considere as seguintes assertivas a respeito das custas processuais:

I. As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de
recurso, serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo peremptório de cinco dias
após a publicação do respectivo acórdão.
II. A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada,
independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária, das quais
ficará isenta a parte então vencida.
III. As autarquias municipais e as fundações públicas municipais que não explorem atividade
econômica não são isentas do pagamento de custas.
IV. Nos dissídios individuais as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base
de 2% e serão calculadas, quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor.

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Está correto o que se afirma SOMENTE em


a) II, III e IV.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Apenas as assertivas II e IV estão corretas, conforme
análise abaixo realizada:

I. Errada, pois o §1º, do art. 789, da CLT diz que, na hipótese de recurso, as custas serão
pagas e comprovado o pagamento no prazo recursal.
II. Correta, pois em conformidade com a Súmula nº 25 do TST.
III. Errada, pois estão isentas de custas, conforme art. 790-A da CLT.
V. Correta, pois em conformidade com o art. 789, I, da CLT.

31. ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Marta, empregada da empresa X, ajuizou reclamação trabalhista tendo em vista a sua


demissão sem justa causa. A mencionada demanda foi julgada totalmente improcedente em
primeiro grau. Marta pretende ingressar com recurso ordinário. Considerando que Marta
ocupava cargo de direção, bem como que o valor da causa fornecido na reclamação trabalhista
foi de R$ 100.000,00, para interpor tal recurso ela
a) terá que efetuar o recolhimento das custas judiciais no importe de R$ 1.000,00.
b) terá que efetuar o recolhimento das custas judiciais no importe de R$ 2.000,00.
c) terá que efetuar o recolhimento das custas judiciais no importe de R$ 500,00.
d) está desobrigada a efetuar o pagamento das custas judiciais, tendo em vista que a
reclamação trabalhista foi julgada totalmente improcedente.
e) está desobrigada a efetuar o pagamento das custas judiciais, tendo em vista que exercia na
empresa cargo de direção.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Vocês já sabem, pois já comentamos diversas outras
questões sobre o mesmo tema, que as custas incidem em 2% sobre o valor da causa, na
hipótese de extinção sem resolução do mérito ou improcedência dos pedidos, conforme art.
789, II, da CLT. Se o valor da causa era R$100.000,00, as custas serão de R$2.000,00,

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devendo ser recolhidas pela reclamante para que seu recurso seja recebido pelo Poder
Judiciário, conforme art. 789, §1º, da CLT, que será transcrito uma vez mais:

“As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da


decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o
recolhimento dentro do prazo recursal”.

As outras assertivas são facilmente desconsideradas, pois trazem valores equivocados de


custas ou afirmam que a parte está desobrigada de recolher as custas processuais.

32. ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Custas e
emolumentos; )

O regramento da gratuidade judiciária vigente no processo do trabalho, segundo prevê a


Consolidação das Leis do Trabalho, decorre da
a) comprovação da falta de suficiência econômica, mediante atestado emitido por entidade
pública.
b) prova da condição de desempregado, pelo prazo mínimo de 90 dias.
c) demonstração de que não há ninguém, no domicílio do interessado, com renda igual ou
superior a dois salários mínimos.
d) percepção de até dois salários mínimos, assistência do sindicato e apresentação do atestado
de pobreza.
e) mera declaração do interessado de que não tem condições de arcar com as despesas
processuais sem prejuízo próprio ou de sua família.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Para que seja deferida a gratuidade de justiça no
processo do trabalho, a requerimento da parte, basta que essa afirme não possuir condições
financeiras de arcar com os custos do processo sem prejuízo de seu sustento e de sua família.
Uma declaração de próprio punho, sem qualquer formalidade, já serve. Não há necessidade de
que tal declaração seja proveniente de órgãos públicos ou de desemprego, pois mesmo
empregado, pode ser que o obreiro não tenha condições financeiras para gastar R$1,00 que
seja com o processo. Essa é a ideia do art. 790, §3º, da CLT, que será abaixo transcrito:

“É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais


do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de
ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e
instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao

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dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não


estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do
sustento próprio ou de sua família”.

Vejam que são duas situações:


a. O empregado que recebe até dois salários mínimos;
b. O empregado que declarar não estar em condições de pagar as custas processuais sem
prejuízo do sustento próprio ou de sua família.
Basta uma das situações para que a justiça gratuita seja deferida. É o que encontramos na
letra “E”. Pela análise realizada, estão descartadas todas as demais assertivas, que
tratam de desemprego, comprovação de outros fatos, documentos provenientes de órgãos
públicos, dentre outros.

RELAÇÃO DAS QUESTÕES ESTUDADAS NA AULA

PARTES E PROCURADORES

1. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário -
Oficial de Justiça

Ulisses foi nomeado Procurador-Geral do Trabalho. Durante o seu mandato poderia ser
acusado de desvio de suas atribuições funcionais em caso de

(A) decidir, atendendo a necessidade do serviço, sobre remoção a pedido ou por permuta de
membro do Ministério Público do Trabalho.
(B) decidir processo disciplinar contra membro da carreira ou servidor dos serviços auxiliares,
aplicando as sanções que sejam de sua competência.
(C) nomear o Corregedor-Geral do Ministério Público do Trabalho, segundo lista tríplice
formada pelo Conselho Superior.
(D) elaborar a proposta orçamentária do Ministério Público do Trabalho, submetendo-a, para
aprovação, ao Conselho Superior.
(E) exercer o poder normativo no âmbito do Ministério Público do Trabalho, especialmente
para elaborar e aprovar as normas e as instruções para o concurso de ingresso na carreira.

2. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Técnico Judiciário

Em relação às capacidades de postular e de estar em juízo, conforme normas contidas na


Consolidação das Leis do Trabalho,

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(A) nos dissídios individuais os empregados e empregadores somente poderão estar em juízo
se estiverem representados por advogado particular ou de entidade sindical.
(B) nos dissídios coletivos trabalhistas, as partes representadas pelos entes sindicais, deverão
ter a necessária assistência por advogado.
(C) a constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada,
mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado
interessado, com anuência da parte representada.
(D) a reclamação trabalhista do menor de 18 anos somente será acolhida se feita por órgão do
Ministério Público do Trabalho.
(E) os maiores de 18 e menores de 21 anos poderão pleitear perante a Justiça do Trabalho
sem a assistência de seus pais ou tutores, desde que assistidos por advogado.

3. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário

Vênus atuou durante 6 anos como preposta da Cia de Bebidas Fonte de Amor. Por força da
crise econômica foi dispensada sem receber alguns direitos trabalhistas. Em razão de sua
experiência, ingressou com reclamação trabalhista de forma verbal, sem constituir advogado.
Conforme súmula do Tribunal Superior do Trabalho e dispositivo processual trabalhista, a
capacidade postulatória de Vênus em relação a essa reclamatória

(A) está restrita a fase de conhecimento na Vara do Trabalho.


(B) limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a
fase executória.
(C) limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando os
recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
(D) é ilimitada quanto a fase processual, bem como em relação à instância, alcançando
inclusive o Tribunal Superior do Trabalho, porque a lei permite o acompanhamento das
reclamações até o final.
(E) está restrita à fase de conhecimento, incluindo recursos em todas as instâncias
trabalhistas, Varas do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunal Superior do
Trabalho, mas não envolve a fase de execução.

4. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário

O Ministério Público da União, organizado por Lei Complementar, é instituição permanente,


essencial à função jurisdicional do Estado, compreendendo em sua estrutura o Ministério
Público do Trabalho. Sobre a organização desse último, é correto afirmar que

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(A) os Procuradores Regionais do Trabalho poderão atuar tanto nos Tribunais Regionais do
Trabalho quanto nas Varas do Trabalho, de forma residual.
(B) o chefe do Ministério Público do Trabalho é o Procurador-Geral da República indicado em
lista tríplice pelos seus pares e nomeado pelo Congresso Nacional.
(C) dentre os órgãos do Ministério Público do Trabalho estão o Colégio de Procuradores do
Trabalho, a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho e a
Corregedoria do Ministério Público do Trabalho.
(D) os Subprocuradores-Gerais do Trabalho serão designados para oficiar junto ao Tribunal
Regional do Trabalho da 10a Região – Distrito Federal, com sede em Brasília.
(E) o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho será composto pelo Procurador-Geral
do Trabalho, o Vice Procurador-Geral do Trabalho, quatro Subprocuradores-Gerais do Trabalho
e quatro procuradores regionais do trabalho, todos eleitos pelos seus pares.

5. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista
Judiciário

Sobre as partes e procuradores, o jus postulandi e a representação processual, conforme


norma legal e entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho,
a) o jus postulandi somente pode ser exercido pelo empregador, visto que o trabalhador é
parte hipossuficiente e necessita de assistência profissional de advogado particular ou do
sindicato.
b) se o trabalhador utilizar o jus postulandi para a propositura da ação, sendo sucumbente na
decisão de primeiro grau, deverá contratar advogado para interpor recurso ao Tribunal.
c) a Constituição Federal aboliu o instituto do jus postulandi revogando expressamente
dispositivo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho sobre o tema.
d) nos dissídios coletivos é obrigatória aos interessados a assistência por advogado, não
podendo ser utilizado o jus postulandi, que é restrito aos dissídios individuais até a prolação de
sentença.
e) a reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e,
na falta destes, pelo Ministério Público do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público
Estadual ou curador nomeado pelo Juízo.

6. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de São Luiz – MA Prova: Procurador
Municipal

Camilo, metalúrgico, ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa Q. Na audiência de


instrução e julgamento, Camilo, hospitalizado, enviou, para o representar, Carlos, metalúrgico,

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que também trabalha na empresa Q, sem comunicar com antecedência à Justiça do Trabalho.
Neste caso, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho,
a) Camilo fez correto e não terá nenhum prejuízo.
b) o processo será arquivado pela ausência de Camilo, podendo ele ajuizar outra reclamação
trabalhista após 6 meses do arquivamento.
c) o processo será arquivado uma vez que não foi comunicada a referida representação com a
antecedência mínima de 48 horas.
d) o processo será arquivado pela ausência de Camilo, podendo ele ajuizar imediatamente
outra reclamação trabalhista.
e) o processo será arquivado, uma vez que não foi comunicada a referida representação com a
antecedência mínima de 24 horas.

7. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Campinas – SP Prova: Procurador

Hermes ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa Olympikus Serviços Gráficos S/A
postulando o pagamento de salários em atraso e 13° salário. Na primeira audiência UNA, a
reclamada compareceu com seu advogado e o reclamante não compareceu por motivo de
doença, mas fez-se representar por colega de trabalho da mesma profissão, acompanhado de
advogado. Não havendo nenhuma proposta de conciliação, o Juiz recebeu a contestação da
reclamada e designou uma audiência de instrução, ficando a reclamada intimada para
comparecimento na audiência em prosseguimento para depor, sob a pena cominada em lei e o
reclamante intimado pessoalmente por via postal com a mesma cominação. Na audiência de
instrução, a reclamada compareceu com seu advogado, mas o reclamante não compareceu e
seu advogado presente não apresentou nenhuma justificativa para a sua ausência. Nessa
situação, conforme dispositivos processuais contidos na Consolidação das Leis do Trabalho e
entendimento sumulado pelo Tribunal Superior do Trabalho, o Juiz
a) não poderia arquivar o processo na primeira audiência e deveria aplicar a pena de confissão
quanto à matéria de fato ao reclamante ausente na segunda audiência, visto que,
expressamente intimado com aquela cominação, não compareceu à audiência de
prosseguimento, na qual deveria depor.
b) deveria ter arquivado o processo já na primeira audiência em face da ausência do
reclamante.
c) não poderia ter recebido a contestação da reclamada por irregularidade de representação do
reclamante.
d) poderia receber a contestação e designar audiência de instrução, mas constatada a ausência
do reclamante na segunda audiência deveria arquivar o processo, aplicando multa por
litigância de má-fé ao reclamante.

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e) deveria ter adiado a primeira audiência aplicando multa para o reclamante ausente, mas
não poderia receber a contestação da reclamada e designar audiência de instrução.

8. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Analista
Judiciário - Área Judiciária

O trabalhador Hércules convidou uma testemunha para depor em audiência UNA designada na
reclamação trabalhista movida em face da empresa Vênus de Millus S/A. No saguão do fórum,
após o pregão das partes, o reclamante resolveu não ingressar na sala de audiências da Vara
do Trabalho porque a sua testemunha não compareceu e a reclamada tinha trazido três
testemunhas. O representante da reclamada, ao verificar que Hércules se evadiu do local,
também não ingressou na sala de audiências. Nesse caso, o Juiz
a) não deverá arquivar nem aplicar a revelia visto que ausentes ambas as partes, julgando o
processo no estado em que se encontra.
b) deverá redesignar a audiência intimando ambas as partes para comparecimento, sob pena
de condução coercitiva e pagamento de multa.
c) deverá marcar nova audiência para que o trabalhador possa trazer suas testemunhas em
razão do devido processo legal.
d) deverá aplicar a revelia e consequente pena de confissão à reclamada ausente.
e) deverá arquivar a ação diante da ausência injustificada do reclamante.

9. TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova:
Analista Judiciário. Agatha, empregada doméstica, ingressou com reclamação
trabalhista em face da sua empregadora Isis, de forma verbal sem a
assistência de advogado, postulando o pagamento de férias com 1/3. O pedido
foi julgado procedente e a reclamada sucumbente interpôs recurso ordinário.
A autora foi intimada para apresentar contrarrazões. No caso, conforme
previsão legal e entendimento sumulado do TST,
a) a autora não pode exercer o jus postulandi para contrarrazoar perante o Tribunal Regional.
b) nenhuma das partes pode utilizar o jus postulandi em fase recursal.
c) ambas podem exercer o jus postulandi para recorrer e contrarrazoar o recurso ordinário
perante o Tribunal Regional.
d) apenas por se tratar de reclamação de empregado doméstico as partes podem exercer o jus
postulandiem todas as fases e instâncias do processo.
e) por se tratar de condenação de pessoa física, a reclamada pode exercer o jus
postulandi para o recurso ordinário, o mesmo não ocorrendo à autora que foi vencedora.

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10.TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova:
Técnico – Administração. Na reclamação trabalhista movida contra a Empresa
“S", Leila está assistida pelo sindicato de sua categoria profissional, alegando
que recebe salário de R$ 1.200,00 mensais e requerendo os benefícios da
justiça gratuita, comprovando sua condição de miserabilidade, não podendo
suportar o ônus da condenação sem prejuízo de seu próprio sustento. Neste
caso, sendo julgada procedente a reclamação,
a) não há direito ao pagamento de honorários advocatícios, pois pela regra do jus postulandi,
Leila poderia se fazer representar sozinha no processo do trabalho, tendo sido sua a escolha
do patrocínio através de sindicato, portanto, arcará com os honorários devidos, abatidos de
seu crédito na condenação.
b) caberá condenação somente em honorários advocatícios, pois no caso de assistência pelo
sindicato, se defere apenas um dos pedidos.
c) caberá somente os benefícios da justiça gratuita, pois a previsão legal é a de que o sindicato
deve patrocinar o empregado sem nada receber.
d) não há direito aos honorários advocatícios, pois Leila recebe mais do que um salário
mínimo.
e) caberá condenação em honorários advocatícios, bem como poderá ser deferido os benefícios
da justiça gratuita pelo Juiz.

11.TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova:
Analista Judiciário - Área Judiciária. Thales, bacharel em Direito não inscrito
nos quadros da OAB, ajuizou reclamação trabalhista em face de sua
empregadora postulando o pagamento de adicional de periculosidade. A ação
foi julgada improcedente. Inconformado, Thales resolveu interpor recurso
ordinário no prazo legal, recolhendo as custas devidas. Para evitar despesas, e
por entender que tinha conhecimentos jurídicos adequado, decidiu atuar sem
advogado. Nessa hipótese, o recurso ordinário
a) não será conhecido porque é indispensável a assistência de advogado.
b) somente será conhecido se, no prazo legal de 10 dias, for subscrito por um advogado.
c) não será conhecido porque o jus postulandi somente pode ser exercido com assistência
sindical.
d) será conhecido somente em caso de a ação tramitar pelo rito sumaríssimo.
e) será conhecido em razão do jus postulandi.

12.TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova:
Técnico Judiciário - Área Administrativa. No tocante as partes e os
procuradores, considere:

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I. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e,
na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público
estadual ou curador nomeado em juízo.
II. Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.
III. A constituição de procurador com poderes para o foro em geral não poderá ser efetivada,
mediante simples registro em ata de audiência, havendo expressa vedação legal neste sentido.
De acordo com as normas previstas na Consolidação das Leis do Trabalho, está correto o que
se afirma APENAS em:
a) I.
b) I e III.
c) II e III.
d) I e II.
e) II.

13.TRT/SP – 2013: Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta.


(A) Segundo jurisprudência sumulada do TST, o alcance do jus postulandi das partes limita-se
às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não se estendendo à ação
rescisória, à ação cautelar, ao mandando de segurança e aos recursos de competência do TST.
(B) O princípio do impulso oficial nas execuções trabalhistas é aplicável somente às ações
trabalhistas típicas, ou seja, aquelas em que se discutem créditos advindos de relações de
emprego.
(C) O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, transitando em
julgado na data de sua homologação, salvo em relação à Previdência Social, quanto às
contribuições que lhe forem devidas, passível somente de ação rescisória.
(D) O princípio protetor, utilizado amplamente no direito material do trabalho, é igualmente
aplicado ao processo do trabalho, tendo em vista a hipossuficiência do trabalhador, sendo
desnecessária a produção de provas para deferimento do quanto pleiteia o reclamante,
bastando a apresentação de prova documental.
(E) Consoante a sistemática da Consolidação das Leis do Trabalho, sendo escrita, a reclamação
deverá conter a designação do presidente da Vara ou do Juiz de Direito, a quem for dirigida, a
qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o
dissídio, os fundamentos jurídicos do pedido, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou
de seu representante.

14.TRT/SC – 2013: ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; ) Camila e Carla são irmãs, advogadas e sócias administradoras
do escritório de advocacia criado por ambas. Camila atua na área Trabalhista e

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Carla na área Cível. Considerando que ambas figuram como advogadas em


todas as procurações, mas que nas reclamações trabalhistas, Camila requer na
petição inicial, expressamente, que as publicações e intimações sejam
realizadas exclusivamente em seu nome, a comunicação feita apenas em nome
de Carla é
a) válida, porque ambas figuram como advogadas na procuração.
b) nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo.
c) válida, porque são irmãs e sócias administradoras do escritório.
d) nula, independente da existência ou não de prejuízo, em razão do expresso requerimento
contido nos autos.
e) válida, porque o requerimento de Camila deveria ter sido feito através de petição própria e
não no corpo da petição inicial.

15.TRT/SC – 2013: ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; ) O jus postulandi das partes previsto no artigo 791 da
Consolidação das Leis do Trabalho alcança
a) o Recurso ordinário interposto ao Tribunal Regional do Trabalho.
b) o Recurso de revista interposto ao Tribunal Superior do Trabalho.
c) o Recurso de embargos interposto ao Tribunal Superior do Trabalho.
d) o mandado de segurança.
e) a ação rescisória.

16.QUESTÃO ADAPTADA ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do


Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) Quanto
aos honorários advocatícios no processo do trabalho, é correto afirmar:
a) São requisitos para a condenação ao pagamento de honorários advocatícios na Justiça do
Trabalho: estar a parte assistida por sindicato da categoria profissional, comprovar a
percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo e comprovar não encontrar-se em
situação econômica que lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da
respectiva família.
b) É incabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória.
c) São devidos honorários advocatícios nas lides que não derivem da relação de emprego.
d) São devidos honorários advocatícios sempre que a parte estiver assistida por sindicato da
categoria profissional, exceto nas causas em que o sindicato atue como substituto processual.
e) Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, nunca
superiores a 15%, não decorre simplesmente da sucumbência, devendo a parte estar assistida
por sindicato da categoria profissional.

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17.( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;
Reclamação Trabalhista; ) Hermes manteve contrato de trabalho com a
empresa Gama Transportadora de Cargas por três anos, sendo dispensado por
justa causa, sem receber nenhuma verba rescisória. Procurou a Vara do
Trabalho do município para ajuizar reclamação trabalhista. Conforme previsão
contida na Consolidação das Leis do Trabalho e jurisprudência atual e
sumulada pelo TST, Hermes
a) deve necessariamente constituir advogado para a propositura da reclamação trabalhista.
b) pode postular sem a necessidade de advogado em todas as instâncias da Justiça do
Trabalho.
c) pode propor a reclamação trabalhista sem constituir advogado, apenas na primeira
instância.
d) não precisa constituir advogado para atuar em todas instâncias da Justiça do Trabalho,
desde que esteja assistido pelo Sindicato da Categoria Profissional.
e) pode reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho, limitando-se às Varas do
Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho.

18.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho / Direito
Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) Em relação à representação
processual no processo do trabalho, conforme entendimento jurisprudencial
dominante,
a) a constituição de procurador com poderes para o foro em geral depende de outorga de
procuração escrita.
b) a representação em juízo, ativa e passiva, da União, Estados, Municípios e Distrito Federal,
suas autarquias e fundações públicas, por seus procuradores, deve ser comprovada mediante
a juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato de nomeação.
c) os Estados e os Municípios têm legitimidade para recorrer em nome das autarquias
detentoras de personalidade jurídica própria.
d) é inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não
contenha, pelo menos, o nome da entidade outorgante e do signatário da procuração, pois
estes dados constituem elementos que os individualizam.
e) caracteriza a irregularidade de representação a ausência da data da outorga de poderes,
pois, no mandato judicial, tanto quanto no mandato civil, é condição de validade do negócio
jurídico.

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19.( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito Processual do Trabalho /


Partes e Procuradores; Teoria Geral do Processo do Trabalho; ) As pessoas
jurídicas de direito público, segundo o entendimento do TST,
a) não podem ser consideradas revéis, por defenderem interesses considerados indisponíveis.
b) não se submetem à multa por atraso no pagamento das verbas rescisórias.
c) têm afastado o duplo grau de jurisdição obrigatório na ação rescisória quando a decisão
desfavorável está em consonância com súmula do Tribunal Superior do Trabalho.
d) têm direito ao duplo grau de jurisdição quando condenadas ao pagamento de qualquer
quantia de dinheiro.
e) têm o prazo em quádruplo para a oposição de embargos de declaração.

20.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito
Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) Quanto ao mandato e ao
substabelecimento, de acordo com o entendimento da jurisprudência pacífica
do TST, é INCORRETO afirmar:
a) Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à outorga
passada ao substabelecente.
b) É inválido o substabelecimento de advogado investido de mandato tácito.
c) Diante da existência de previsão, no mandato, fixando termo para sua juntada, o
instrumento de mandato só tem validade se anexado ao processo dentro do aludido prazo.
d) São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato,
poderes expressos para substabelecer.
e) Inválido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula
estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda.

21.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito
Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Audiências; Procedimento
ordinário e sumaríssimo; ) De acordo com o entendimento pacífico da
jurisprudência do TST,
a) inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte à audiência.
b) pessoa jurídica de direito público não sujeita-se à revelia.
c) a reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, salvo se
presente seu advogado munido de procuração específica.
d) diante da gravidade do ato, a revelia da reclamada não pode ser ilidida.
e) a revelia produz confissão na ação rescisória.

22.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 /
Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) De acordo com o

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entendimento adotado pelo Tribunal Superior do Trabalho, é INCORRETO


afirmar:
a) Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas
exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome de outro
profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo.
b) Diante da existência de previsão, no mandato, fixando termo para sua juntada, o
instrumento de mandato só tem validade se anexado ao processo dentro do aludido prazo.
c) Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à outorga
passada ao substabelecente.
d) Os Estados e os Municípios não têm legitimidade para recorrer em nome das autarquias
detentoras de personalidade jurídica própria, devendo ser representadas pelos procuradores
que fazem parte de seus quadros ou por advogados constituídos.
e) Inválidos os atos praticados no processo por estagiário, ainda que, entre o
substabelecimento e a interposição do recurso, sobreveio a habilitação, do então estagiário,
para atuar como advogado.

23.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 /
Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Audiências; ) É
INCORRETO afirmar que
a) o preposto deve ser necessariamente empregado.
b) nas ações plúrimas, os empregados poderão fazer- se representar pelo sindicato da
categoria profissional correspondente.
c) o não comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação.
d) aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação.
e) a vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não
afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo.

24.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 /
Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) É INCORRETO
afirmar:
a) Embora não haja previsão expressa na CLT para o litisconsórcio passivo, o mesmo é
possível no processo do trabalho, não havendo qualquer impedimento para o mesmo.
b) Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser acumuladas
num só processo, se se tratar de empregados de uma mesma empresa ou estabelecimento.
c) O Sindicato, substituto processual e autor da reclamação trabalhista, em cujos autos fora
proferida a decisão rescindenda, possui legitimidade para figurar como réu na ação rescisória,
sendo descabida a exigência de citação de todos os empregados substituídos, porquanto
inexistente litisconsórcio passivo necessário.

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d) O litisconsórcio, na ação rescisória, é necessário em relação ao polo passivo da demanda,


porque supõe uma comunidade de direitos ou de obrigações que não admite solução díspar
para os litisconsortes, em face da indivisibilidade do objeto. Já em relação ao polo ativo, o
litisconsórcio é facultativo, uma vez que a aglutinação de autores se faz por conveniência e
não pela necessidade decorrente da natureza do litígio, pois não se pode condicionar o
exercício do direito individual de um dos litigantes no processo originário à anuência dos
demais para retomar a lide.
e) Litisconsortes com procuradores distintos têm no processo do trabalho prazo em dobro para
contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

25.( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; )
Considere as assertivas abaixo a respeito das partes, representação e
procuradores no processo trabalhista.

I. Segundo entendimento Sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, em regra, não há


obrigatoriedade do preposto ser empregado do reclamado.
II. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e,
na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público
estadual ou curador nomeado em juízo.
III. O ius postulandi é o direito que tem a parte de ingressar em juízo podendo praticar
pessoalmente todos os atos processuais da respectiva reclamação trabalhista.
IV. Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.
De acordo com a CLT, é correto o que se afirma APENAS
a) III e IV.
b) II e III.
c) II, III e IV.
d) I e III.
e) I e II.

26.( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; )
Quanto às partes e aos procuradores, é correto afirmar:
a) O empregador que não puder comparecer à audiência de instrução e julgamento poderá
fazer-se representar por seu advogado, desde que este esteja munido de procuração com
poderes para tanto.
b) O empregado que não puder comparecer à audiência de instrução e julgamento por motivo
de doença poderá fazer-se representar por sua esposa ou pessoa da família.

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c) Em se tratando de reclamação plúrima, os empregados poderão fazer-se representar na


audiência de instrução e julgamento pelo sindicato de sua categoria.
d) A reclamação trabalhista do menor de 16 anos, na falta de seus representantes legais,
poderá ser feita por outro empregado maior que pertença à mesma profissão.
e) Sendo o reclamante empregado doméstico, a representação do empregador só pode ser
feita pelo proprietário do imóvel onde exerça suas funções.

27.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) Com
base nas regras do processo do trabalho aplicáveis as partes e procuradores, a
substituição e representação processuais, é correto afirmar:
a) Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do
Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
b) Nos dissídios coletivos é obrigatória aos interessados a assistência por advogado.
c) A constituição de procurador com poderes para o foro em geral somente poderá ser
efetivada, mediante instrumento de procuração, não valendo o simples registro em ata de
audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte
representada.
d) Nos dissídios individuais os empregados e empregadores não poderão fazer-se representar
por intermédio do sindicato, valendo tal situação apenas para os dissídios coletivos.
e) A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita apenas pela Procuradoria da
Justiça do Trabalho ou pelo sindicato.

28.QUESTÃO ADAPTADA ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; ) Mário ajuizou reclamação trabalhista verbal, sem a
constituição de advogado, em face da empresa W. A reclamação trabalhista foi
julgada improcedente e Mário contratou Hortência, advogada, para interpor
Recurso Ordinário. Hortência interpôs o recurso, mas não juntou à peça
processual o referido instrumento de mandato. Neste caso, de acordo com
entendimento Sumulado do TST
a) a parte deverá regularizar a representação processual no prazo de cinco dias, após a
interposição do recurso, independentemente de intimação.
b) será admitido o oferecimento de procuração posteriormente, uma vez que a o instrumento
de mandato poderá ser anexado aos autos a qualquer momento até o julgamento do referido
recurso.
c) só será admitido o oferecimento de procuração após o protocolo de recurso, mediante
protesto por posterior juntada na referida peça processual.

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d) a parte deverá regularizar a representação processual no prazo de dez dias, após a


interposição do recurso, independentemente de intimação.
e) a parte deverá ser previamente intimada para regularizar a representação processual no
prazo peremptório de cinco dias.

29.( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) Murilo
ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex- empregadora a empresa
Azul Ltda; Mateus ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-
empregadora a multinacional Blue; e Matias ajuizou reclamação trabalhista em
face de sua ex-empregadora a empresa Branca Ltda. Na audiência UNA já
designada nos respectivos processos, todas as empresas pretendem enviar
prepostos. Nestes casos, considerando que Murilo e Mateus possuem mais de
dez anos de contrato de trabalho, de acordo com o entendimento Sumulado do
Tribunal Superior do Trabalho, o preposto deve ser necessariamente
empregado
a) das empresas Azul, Blue e Branca.
b) das empresas Azul e Branca, apenas.
c) da empresa Blue, apenas.
d) das empresas Azul e Blue, apenas.
e) da empresa Branca, apenas.

30.QUESTÃO ADAPTADA ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista


Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; ) Considere as seguintes assertivas a respeito da
representação:
I. O oferecimento tardio de procuração, em instância recursal, só será possível mediante
protesto por posterior juntada.

II. Nas Reclamatórias Plúrimas os empregados não poderão fazer-se representar pelo Sindicato
de sua categoria, tendo em vista que não se trata de dissídio coletivo, mas sim de dissídio
individual com diversos reclamantes.

III. É válido o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula
estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda.

IV. Não configura irregularidade de representação o fato do substabelecimento ser anterior à

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outorga passada ao substabelecente, tratando-se de mera irregularidade formal.

Está correto o que se afirma SOMENTE em:


a) III.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) I, III e IV.

31.QUESTÃO ADAPTADA ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; Custas e emolumentos; ) De acordo com Súmula do Tribunal
Superior do Trabalho, em demanda trabalhista ajuizada por pessoa que
comprove a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal, a
condenação ao pagamento de honorários advocatícios,
a) arbitrados entre 15 e 30%, não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a
parte estar assistida por sindicato da categoria profissional.
b) nunca superiores a 30%, não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a
parte estar assistida por sindicato da categoria profissional.
c) nunca superiores a 25%, decorre pura e simplesmente da sucumbência, independente da
assistência por sindicato da categoria profissional.
d) arbitrados entre 10 e 20%, não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a
parte estar assistida por sindicato da categoria profissional.
e) nunca superiores a 15%, não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a
parte estar assistida por sindicato da categoria profissional.

32.( Prova: FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) A
procuração apud acta é o mandato
a) com vigência previamente estipulada.
b) passado a advogado dativo para fins específicos e determinados logo após a intimação da
reclamada.
c) passado em audiência perante o Juiz do Trabalho.
d) para fins genéricos com permissão expressa para substabelecer.
e) para fins genéricos que veda expressamente substabelecimento.

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33.( Prova: FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) A
União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações
públicas, quando representados em juízo, ativa e passivamente, por seus
procuradores,
a) devem juntar aos autos instrumento de mandato, sendo, porém, concedido pela legislação
prazo de quinze dias a contar da prática do primeiro ato processual.
b) devem juntar aos autos instrumento de mandato, sendo, porém, concedido pela legislação
prazo de trinta dias a contar da prática do primeiro ato processual.
c) estão dispensados da juntada de instrumento de mandato.
d) estão dispensados da juntada de instrumento de mandato, se juntarem obrigatoriamente
documento público oficial de comprovação do exercício do cargo público.
e) devem juntar aos autos instrumento de mandato, sendo, porém, concedido pela legislação
prazo de quinze dias a contar da intimação pessoal.

34.( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;
Reclamação Trabalhista; ) Danilo, 19 anos, trabalhava em uma empresa onde
realizava horas extras que nunca lhe foram remuneradas. Por ter recebido
proposta melhor de emprego, Danilo pediu dispensa da referida empresa e
decidiu ajuizar Reclamação Trabalhista em face da mesma para reaver os
valores relativos a tais horas. Diante dessa situação, é correto afirmar:
a) Danilo pode propor a Reclamação Trabalhista, independentemente de assistência de seus
pais ou responsáveis.
b) Por ser menor de 21 anos de idade, Danilo necessita da assistência dos pais ou
responsáveis para propor a Reclamação Trabalhista.
c) Quem deve propor a Reclamação Trabalhista requerendo as horas extras trabalhadas por
Danilo são seus pais ou responsáveis, tendo em vista ser ele menor de 21 anos de idade.
d) Danilo pode propor a Reclamação Trabalhista desde que colacione aos autos autorização de
seus pais ou responsáveis com fins específicos para tal postulação.
e) A Consolidação das Leis do Trabalho autoriza Danilo a propor a Reclamação Trabalhista,
porém, na audiência UNA ou inicial deve estar acompanhado de seus pais ou responsáveis.

35.QUESTÃO ADAPTADA ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista
Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do
Trabalho / Partes e Procuradores; ) Na Justiça do Trabalho, a condenação em
honorários advocatícios, nunca superiores a

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a) 10%, são devidos quando a parte estiver assistida por Sindicato da categoria profissional e
apenas se comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal.
b) 10%, são devidos quando a parte estiver assistida por Sindicato da categoria profissional e
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal, ou encontrar-se em
situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da
respectiva família.
c) 20%, são devidos quando a parte estiver assistida por Sindicato da categoria profissional e
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal, ou encontrar-se em
situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da
respectiva família.
d) 15%, são devidos quando a parte estiver assistida por Sindicato da categoria profissional e
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal, ou encontrar-se em
situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da
respectiva família.
e) 20%, são devidos quando a parte estiver assistida por Sindicato da categoria profissional e
apenas se comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal.

36.( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Área
Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; ) Com relação ao mandato e ao substabelecimento, é correto
afirmar:
a) O advogado sem procuração poderá propor reclamação trabalhista a fim de evitar a
decadência de direitos, devendo, no entanto, exibir o instrumento do mandato no prazo
improrrogável de 90 dias.
b) É inválido o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula
estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda.
c) São inválidos os atos praticados pelo substabelecido, se não houver, no mandato, poderes
expressos para substabelecer.
d) Existindo previsão, no mandato, fixando termo para sua juntada, o instrumento de
mandato terá validade, inclusive se anexado ao processo após o aludido prazo.
e) Considera-se irregular a representação se o substabelecimento é anterior à outorga
passada ao substabelecente.

37.( Prova: FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Custas e
emolumentos; ) O regramento da gratuidade judiciária vigente no processo do
trabalho, segundo prevê a Consolidação das Leis do Trabalho, decorre da

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a) comprovação da falta de suficiência econômica, mediante atestado emitido por entidade


pública.
b) prova da condição de desempregado, pelo prazo mínimo de 90 dias.
c) demonstração de que não há ninguém, no domicílio do interessado, com renda igual ou
superior a dois salários mínimos.
d) percepção de até dois salários mínimos, assistência do sindicato e apresentação do
atestado de pobreza.
e) mera declaração do interessado de que não tem condições de arcar com as despesas
processuais sem prejuízo próprio ou de sua família.

38.( Prova: FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;
Audiências; Dissídios Coletivos; ) Considere as seguintes assertivas:

I. O advogado pode ser preposto e advogado ao mesmo tempo, não havendo impedimento
legal neste sentido, mas para ser preposto em audiência deverá se empregado do
representado.
II. Nas ações de cumprimento os empregados poderão fazer-se representar pelo sindicato da
categoria.
III. É vedado ao empregador fazer-se representar em juízo por preposto em dissídio coletivo.
IV. Em regra, o preposto em audiência deve ser necessariamente empregado do reclamado.

Está correto o que se afirma SOMENTE em


a) I e II.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) III e IV.
e) II e IV.

39.( Prova: FCC - 2008 - TRT-2R - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) Com relação ao mandato e
ao substabelecimento, é correto afirmar:
a) Existindo previsão, no mandato, fixando termo para sua juntada, o instrumento de mandato
terá validade, inclusive se anexado ao processo após o aludido prazo.
b) Considera-se irregular a representação se o substabelecimento é anterior à outorga
passada ao substabelecente.

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c) O advogado sem procuração poderá propor reclamação trabalhista a fim de evitar a


decadência de direitos, devendo, no entanto, exibir o instrumento do mandato no prazo
improrrogável de 90 dias.
d) É inválido o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula
estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda.
e) São inválidos os atos praticados pelo substabelecido, se não houver, no mandato, poderes
expressos para substabelecer.

40. ( Prova: FCC - 2008 - TRT-2R - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; ) Considere:

I. A reclamação trabalhista A tem como partes Maria e sua ex-empregada doméstica


Ursula.
II. A reclamação trabalhista B tem como partes a micro-empresa SAPO e seu ex-empregado
João.
III. A reclamação trabalhista C tem como partes a sociedade anônima RATO e seu ex-
empregado Domingos.
IV. A reclamação trabalhista D tem como partes a empresa privada ROMA e sua ex-funcionária
Vânia.

Para se fazerem representados em audiência, o preposto deverá ser necessariamente


empregado do(a) reclamado(a) APENAS nas demandas indicadas em
a) II e III.
b) I, III e IV.
c) II, III e IV.
d) I, II e III.
e) III e IV.

41.( Prova: FCC - 2006 - TRT-24R - Técnico Judiciário - Área Administrativa /


Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Dissídios
Individuais; ) De acordo com o Decreto Lei no 5.452/43, a reclamação
trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e,
na falta destes,
a) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato ou curador nomeado em
juízo.
b) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho ou pelo Ministério Público estadual.
c) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho ou pelo curador nomeado em juízo.
d) apenas pelo curador nomeado em juízo ou pelo sindicato.

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e) pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou
curador nomeado em juízo.

PRAZOS PROCESSUAIS

1. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário

Na reclamação trabalhista movida pelo empregado Záfiro em face da empresa Olimpo S/A
houve procedência parcial em sentença. A reclamada interpôs recurso, mas por equívoco do
Juízo não houve intimação do reclamante para apresentar contrarrazões. O recurso teve seu
provimento negado. No caso, quanto à teoria das nulidades processuais, conforme previsão
contida no texto consolidado,

(A) caberia arguição pela reclamada da nulidade processual visto que não foi cumprido ato
processual essencial.
(B) deveria ser declarada a nulidade de ofício, que alcançaria todos os atos decisórios.
(C) não poderia ser declarada nulidade de ofício por não ser absoluta, mas caso fosse arguida
por quaisquer das partes seria acolhida com anulação dos atos decisórios.
(D) a nulidade não seria declarada porque não houve prejuízo à parte que não foi intimada
para apresentar contrarrazões do recurso.
(E) deveria ser declarada a nulidade por provocação da reclamada apenas em eventual ação
rescisória a ser movida.

2. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário

Considerando que o processo pode ser entendido como uma sequência ordenada de atos que
devem seguir procedimentos e prazos previstos em lei, no Processo Judiciário do Trabalho,
segundo normas contidas na Consolidação das Leis do Trabalho e entendimentos sumulados do
Tribunal Superior do Trabalho,

(A) intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil
imediato e, a contagem, no subsequente, e os prazos que se vencerem em sábado, domingo
ou feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte.
(B) em qualquer situação a penhora poderá realizar-se em domingo ou dia de feriado, não
havendo necessidade de urgência ou determinação legal expressa.
(C) quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for
feita nesse dia, o prazo judicial será contado, a partir deste dia porque se trata de dia útil
forense.
(D) presume-se recebida a notificação vinte e quatro horas depois de sua postagem; o seu não
recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.

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(E) o prazo decadencial para ajuizamento de ação rescisória quando expira em feriado, final de
semana.

3. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista
Judiciário

Sobre os atos processuais relativos ao processo do trabalho no rito ordinário é correto


afirmar:
a) Serão públicos, salvo quando o contrário determinar o interesse social, e serão realizados,
nos dias úteis das 6 às 20 horas, exceto a penhora, que pode ser realizada em domingo ou
feriado, mediante autorização judicial expressa.
b) A penhora poderá ser realizada em qualquer dia e horário independente de autorização
expressa do juiz por se tratar de ato de execução e para atender ao princípio da eficácia.
c) Serão sempre públicos, realizados somente nos dias úteis, no horário das 6 às 21 horas,
exceto a penhora que poderá ocorrer das 5 às 23 horas.
d) Serão públicos, salvo em caso de segredo de justiça assim determinado pelo Ministério
Púbico do Trabalho, apenas em dias úteis, no horário das 8 às 19 horas.
e) Serão sempre públicos, não havendo segredo de justiça em processo trabalhista, nos dias
úteis, das 11 às 19 horas, exceto as penhoras que podem ocorrer das 8 às 20 horas.

4. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Técnico
Judiciário - Área Administrativa

Em uma ação que tramita na Justiça do Trabalho em que o reclamante empregado postula o
pagamento de indenização por danos materiais em face da reclamada empregadora, é correto
afirmar:
a) Os atos processuais serão públicos não comportando nenhuma exceção em razão do
interesse social.
b) Os prazos para realização dos atos contam-se com inclusão do dia do começo e do
vencimento, ficando suspensos nos finais de semana.
c) Os prazos processuais que se vencerem na sexta-feira, terminarão na segunda-feira da
semana seguinte.
d) As audiências serão públicas e realizar-se-ão nos dias úteis, somente no horário
compreendido entre as 11 e 19 horas, não podendo ultrapassar 2 horas seguidas.
e) A penhora na fase de execução da sentença poderá ser realizada em domingo ou feriado,
mediante expressa autorização judicial.

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5. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Analista
Judiciário Os prazos processuais previstos no Processo Judiciário do Trabalho contam-
se
a) a partir do dia imediatamente seguinte à data em que foi feita a notificação.
b) 48 horas após a data em que foi feita a publicação do edital no jornal oficial.
c) 10 dias após a data em que foi feita a publicação do edital na sede da Vara ou Tribunal.
d) 48 horas após a data em que foi recebida a notificação por oficial de justiça.
e) com a exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.

6. Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista Judiciário -
Área Judiciária. Conforme dispositivos legais aplicáveis à matéria, quanto ao
processo trabalhista em geral, é INCORRETO afirmar:
a) Os prazos são contados com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e
são considerados apenas os dias úteis, suspendendo-se os dias de sábado, domingo ou
feriado.
b) Os autos dos processos da Justiça do Trabalho não poderão sair dos cartórios ou
secretarias, salvo se solicitados por advogado regularmente constituído por qualquer das
partes, ou quando tiverem de ser remetidos aos órgãos competentes, em caso de recurso ou
requisição.
c) Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior,
apresentar-se no prazo de cinco dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a
pena estabelecida em lei.
d) Nos dissídios individuais e coletivos do trabalho, nas ações de competência da Justiça do
Trabalho, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de dois por cento,
observado o mínimo de R$ 10,64.
e) Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das
custas caberá em partes iguais aos litigantes.

7. (TRT – 2ª Região (SP) 2014 FCC) No tocante aos prazos processuais, é correto
afirmar:
(A) Os prazos são contínuos e irreleváveis, razão pela qual os feriados que recaírem no meio
não suspendem seu curso.
(B) Os prazos para razões finais são de 20 minutos para cada parte ou 48 horas, dependendo
do juiz.
(C) Os prazos para a Administração pública são contados em dobro apenas para a
apresentação da defesa, quando esta for reclamada na ação.
(D) O prazo para apresentação da contestação é de 15 dias da data da juntada do aviso de
recebimento dos Correios nos autos trabalhistas.

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(E) O prazo dos embargos de declaração no processo do trabalho é de 8 dias, contados


da publicação da sentença.

8. (TRT - 12ª Região (SC) 2013 FCC) Hortência, estudante de direito, possui
dúvidas quanto à contagem do prazo processual no processo do
trabalho.A o questionar sua professora, esta respondeu que se o prazo
processual vencer em sábado, ele terminará no primeiro dia útil:
a) anterior ao término, sendo que os prazos processuais contam-se com a exclusão do
dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
b) seguinte, sendo que os prazos processuais contam-se com a exclusão do dia do
começo e inclusão do dia do vencimento.
c) anterior ao término, sendo que os prazos processuais contam-se com a inclusão do dia
do começo e exclusão do dia do vencimento.
d) seguinte, sendo que os prazos processuais contam-se com a inclusão do dia do
começo e exclusão do dia do vencimento.
e) seguinte, sendo que são, em regra, contínuos e releváveis.

9. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista
Judiciário

A Teoria Geral do Processo conceitua a nulidade como sendo uma sanção pela qual a lei priva
um ato jurídico dos seus efeitos normais, quando em sua execução não são observadas as
formas ou requisitos para ele prescritas. Entretanto, diante da informalidade do processo do
trabalho, em relação às nulidades é correto que
a) só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes
litigantes.
b) as partes litigantes podem arguir as nulidades a qualquer momento processual, cabendo-
lhes a escolha do momento processual que entendam oportuno.
c) a nulidade será declarada mesmo que for possível suprir-lhe a falta ou repetir o ato, uma
vez que o ato já foi realizado e se consolidou.
d) a nulidade deverá ser pronunciada ainda que tenha sido arguida pela parte litigante que lhe
originou ou lhe deu causa.
e) o juiz que pronunciar a nulidade não precisa declarar os atos a que ela se estende porque a
nulidade de um ato prejudica os atos anteriores a este.

10.(TRT - 18ª Região (GO) 2013 FCC) O Processo Judiciário do Trabalho


prevê algumas regras sobre nulidades processuais e exceções que podem
ser opostas pela parte. Conforme essas normas,

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(A) toda nulidade pode ser declarada de oficio pelo juiz ou mediante provocação das
partes, que podem alegá-la em qualquer momento processual.
(B) nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, só haverá nulidade
quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
(C) a nulidade será declarada ainda que seja possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato,
bem como quando for arguida por quem lhe tiver dado causa.
(D) apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por
05 dias, prorrogáveis por igual período, devendo a decisão ser proferida na primeira
audiência ou sessão que se seguir.
(E) o fato de a parte recusante ter praticado algum ato pelo qual haja consentido na
pessoa do juiz, não impede que ela alegue exceção de suspeição, sobrevindo ou não novo
motivo.

11.(TRT - 18ª Região (GO) 2013 FCC) Quanto à publicidade, aos dias e
horários de realização, o processo do trabalho estipula que os atos
processuais serão
a) públicos, salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizados em dias
úteis, das 8 às 18 horas, podendo a penhora ser realizada em domingo ou feriado,
independentemente de autorização judicial.
b) sempre públicos, sem qualquer exceção, e serão realizados em qualquer dia da
semana, das 8 às 18 horas, exceto as penhoras que somente podem ser realizadas em
dias úteis.
c) públicos, salvo quando o juiz o determinar segundo o seu próprio interesse, e
realizados de segunda a sexta-feira, das 6 às 20 horas, podendo a penhora ser realizada
em sábado ou domingo, mediante autorização judicial.
d) sempre públicos, sem qualquer exceção, e realizados nos dias úteis das 9 às 19 horas,
podendo a penhora ser realizada em domingo ou feriado, independentemente de
autorização judicial.
e) públicos, salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizados nos dias
úteis das 6 às 20 horas, podendo a penhora ser realizada em domingo ou feriado,
mediante autorização judicial.

12.Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Técnico -
Administração
Na Justiça do Trabalho, o reclamante incorrerá na perda do direito de reclamar pelo período de
seis meses, quando

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a) tiver distribuído reclamação verbal, deixando de apresentar-se à Secretaria ou ao Cartório


para reduzí-la a termo, no prazo de 24 horas, sem justificativa.
b) tiver distribuído reclamação verbal, deixando de apresentar-se à Secretaria ou ao Cartório
para reduzí-la a termo, no prazo de 48 horas, sem justificativa.
c) deixar de comparecer à primeira audiência em que deveria estar presente, sem justificativa,
por duas vezes.
d) deixar de comparecer à segunda audiência em que deveria estar presente, sem justificativa,
estando intimado para prestar depoimento.
e) apresentar-se judicialmente sem estar portando um documento de identificação com foto,
sem justificativa, por duas vezes.

13.Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista Judiciário
- Área Administrativa
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a reclamação verbal será
distribuída antes de sua redução a termo. Após a distribuição da ação, o reclamante
possui o prazo de cinco dias para apresentar-se ao cartório ou à secretaria, para
reduzi-la a termo. Em regra, se o reclamante não comparecer neste prazo
a) incorrerá na penalidade de perda, pelo prazo de sessenta dias, do direito de reclamar
perante a Justiça do Trabalho.
b) será marcado novo dia, com a intimação do reclamante via Correio, não havendo
penalidade.
c) será marcado novo dia, com a intimação pessoal do reclamante através de Oficial de
Justiça, não havendo penalidade.
d) incorrerá na penalidade de perda, pelo prazo de três meses, do direito de reclamar perante
a Justiça do Trabalho.
e) incorrerá na penalidade de perda, pelo prazo de seis meses, do direito de reclamar
perante a Justiça do Trabalho.

14.(TRT Campinas 2013 FCC) Marlene, trabalhou na qualidade de empregada


da empresa “ZAZ Ltda.” por quinze meses e foi dispensada sem justa
causa e pretende ajuizar reclamação trabalhista para obter seus direitos
trabalhistas que lhe foram negados durante o contrato de trabalho.
Marlene consultou advogado e indagou quanto o mesmo cobraria a título
de honorários advocatícios. Diante do valor dos honorários, Marlene
decidiu ajuizar sozinha a reclamação. Assim, apresentou reclamação
trabalhista verbal. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a
reclamação trabalhista verbal

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(A) é distribuída após a sua redução a termo, devendo a reclamante apresentar-se em


quinze dias contados da solicitação à Distribuição do Foro Competente.
(B) é distribuída após a sua redução a termo, devendo a reclamante apresentar-se em
cinco dias contados da solicitação à Distribuição do Foro Competente.
(C) é distribuída antes da sua redução a termo e uma vez distribuída a reclamante deverá
apresentar-se em cinco dias à secretaria da Vara.
(D) é distribuída antes da sua redução a termo e uma vez distribuída a reclamante deverá
apresentar-se em quinze dias à secretaria da Vara.
(E) somente é permitida na Justiça do Trabalho para reclamações que não ultrapassem o
valor de vinte salários mínimos.

15.(TRT Campinas 2013 – FCC) Com relação aos atos processuais, a penhora
(A) deve realizar-se das 6 às 20 horas nos dias úteis, vedada, em qualquer hipótese, a
realização em domingos ou feriados.
(B) pode realizar-se em domingos ou feriados, mediante autorização expressa do juiz.
(C) deve realizar-se das 11:30 às 18 horas nos dias úteis, vedada, em qualquer hipótese,
a realização em domingos ou feriados.
(D) pode realizar-se em domingos ou feriados, independentemente de autorização
judicial, em razão da necessidade da constrição legal.
(E) deve realizar-se das 6 às 20 horas nos dias úteis bem como aos sábados, vedada, em
qualquer hipótese, a realização em domingos ou feriados.

16.(TRT Campinas 2013 FCC) Gabriela é advogada de Bruna na reclamação


trabalhista que esta ajuizou em face da empresa “ZZZ Ltda”. No dia 18 de
Novembro de 2013, uma segunda-feira, Gabriela saiu intimada da
sentença de improcedência da ação proferida em audiência. Gabriela
pretende opor Embargos de Declaração, neste caso, o prazo para a
referida oposição encerra-se no dia
(A) 25 de Novembro de 2013.
(B) 22 de Novembro de 2013.
(C) 27 de Novembro de 2013.
(D) 26 de Novembro de 2013.
(E) 29 de Novembro de 2013.

17.(TRT Campinas 2013 FCC) Tendo sido a intimação publicada no Diário


Oficial no dia 02 de agosto − 6a feira, o prazo de cinco dias para a parte
apresentar a manifestação determinada pelo Juiz vence em:

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(A) 06 de agosto − 3a feira.


(B) 07 de agosto − 4a feira.
(C) 08 de agosto − 5a feira.
(D) 12 de agosto − 2a feira.
(E) 09 de agosto − 6a feira.

18.(TRT/BA 2013 FCC) A CLT estabelece um sistema de nulidades


processuais dotado de regras próprias, entre as quais NÃO se inclui:
(A) Sendo possível suprir a falta do ato ou ordenar sua repetição, o juiz não decretará a
nulidade.
(B) Toda e qualquer nulidade é passível de declaração ex officio.
(C) A nulidade não será pronunciada quando suscitada por quem lhe deu causa.
(D) O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.
(E) A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam
consequência.

19.(TRT/BA 2013 FCC) Publicada a sentença no Diário Oficial em


07/11/2012, 4a feira, o vencimento do prazo para interposição do
recurso ordinário se deu em
(A) 14/11/2012 − 4a feira.
(B) 22/11/2012 − 5a feira.
(C) 12/11/2012 − 2a feira.
(D) 16/11/2012 − 6a feira.
(E) 15/11/2012 − 5a feira.

20.(TRT/AL 2013 – FCC) No tocante aos prazos processuais, considere:


I. Quanto à origem da fixação, o prazo estabelecido na Consolidação das Leis do
Trabalho para o executado pagar ou garantir a execução em 48 horas classifica-
se como um prazo judicial.
II. Os prazos dilatórios não admitem a prorrogação pelo juiz, inclusive quando
solicitado pela parte.
III. Os prazos fixados pelo ordenamento jurídico e destinados aos juízes e
servidores do Poder Judiciário, não sujeitos a preclusão, classificam-se, quanto
aos destinatários, em impróprios.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e III.

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(B) I.
(C) I e II.
(D) II e III.
(E) III.

21.(TRT/AL 2013 FCC) Viviane compareceu ao distribuidor da Justiça


Trabalhista objetivando a propositura de uma reclamação trabalhista
verbal. Após a sua distribuição, Viviane foi advertida de que deveria
comparecer na secretaria da Vara competente no prazo de cinco dias para
que a reclamação trabalhista fosse reduzida a termo. De acordo com a
Consolidação das Leis do Trabalho, se Viviane não comparecer na referida
secretaria, sem justo motivo, dentro do respectivo prazo,
(A) incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar
perante a Justiça do Trabalho.
(B) incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 12 (doze) meses, do direito de reclamar
perante a Justiça do Trabalho.
(C) não ocorrerá a redução a termo da reclamação verbal e Viviane somente poderá
ajuizar ação escrita através de advogado ou do sindicato da categoria.
(D) não ocorrerá a redução a termo da reclamação verbal e Viviane poderá ajuizar
novamente reclamação verbal após dez dias do arquivamento da distribuição anterior.
(E) não ocorrerá a redução a termo da reclamação verbal e Viviane poderá ajuizar
novamente reclamação verbal após trinta dias do arquivamento da distribuição anterior.

22. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho / Direito
Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; ) Em relação aos prazos no
processo do trabalho, é entendimento jurisprudencial dominante:
a) Os prazos contam-se com inclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
b) Os prazos que se vencerem em sábado ou domingo, terminarão na segunda-feira
seguinte.
c) Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará na segunda-feira
imediata, e a contagem, na terça-feira.
d) O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho
suspendem os prazos recursais.
e) Não se aplica o prazo em dobro para a interposição de embargos declaratórios por pessoa
jurídica de direito público.

23. ( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito Processual do


Trabalho / Atos, Termos e Prazos; ) O seguinte comando do Código de Processo

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Civil é considerado INCOMPATÍVEL com o Processo do Trabalho, de acordo com


entendimento sumulado pelo TST:
a) Os atos processuais realizar-se-ão nos prazos prescritos em lei. Quando esta for
omissa, o juiz determinará os prazos, tendo em conta a complexidade da causa.
b) Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em
dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.
c) Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e
incluindo o do vencimento.
d) Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo
para a prática de ato processual a cargo da parte.
e) Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de
praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.

24. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho - Tipo 5 /
Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; ) Os prazos
a) peremptórios decorrem de normas que permitem à parte dele dispor para a prática de
determinado ato.
b) peremptórios, em regra, podem ser objeto de convenção.
c) convencionais, em regra, não são dilatórios.
d) dilatórios podem ter a prorrogação autorizada pelo juiz a qualquer momento.
e) dilatórios decorrem de normas de natureza dispositiva.

25. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho - Tipo 5 /
Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; Dissídios Individuais; )
Quanto à forma de reclamação e a notificação no dissídio individual trabalhista
pelo rito ordinário, conforme previsões contidas na CLT e em súmulas da
jurisprudência uniformizada do TST é correto afirmar:
a) Recebida e protocolada a reclamação, dentro de 5 dias será notificado o reclamado
para comparecer em audiência que será a primeira desimpedida, depois de 48 horas.
b) Não é possível a acumulação num só processo de várias reclamações, ainda que se
trate de empregados da mesma empresa, sem a participação da entidade sindical.
c) Diante da complexidade das matérias que podem ser discutidas no processo
trabalhista, com o advento das novas competências, como por exemplo, as indenizações
por danos morais e por acidente do trabalho e as responsabilidades relativas à
terceirização de mão de obra, não mais se admite a reclamação trabalhista verbal.
d) Ao receber a petição inicial, a Secretaria da Vara, conforme expressa previsão legal,
deve enviar os autos imediatamente ao juiz para realização do juízo de admissibilidade.

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e) Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem; o seu não


recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.

26. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; )
Maria, advogada da empresa Rural, foi intimada pelo Diário Oficial Eletrônico
para cumprir determinação de magistrado em cinco dias. Porém, Maria está com
dúvidas a respeito da contagem do prazo processual indagando João, seu colega
de trabalho, a respeito da respectiva contagem. João deverá responder que os
prazos processuais
a) são, em qualquer hipótese, contínuos, irreleváveis e improrrogáveis, por expressa
determinação legal.
b) contam-se com a inclusão do dia do começo e exclusão do dia do vencimento, e são
contínuos e releváveis.
c) contam-se com a inclusão do dia do começo e exclusão do dia do vencimento, e são
contínuos e irreleváveis.
d) que terminarem aos sábados ou domingos vencerão antecipadamente na primeira
sexta-feira antecedente.
e) contam-se com a exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são
contínuos e irreleváveis.

27. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; ) De
acordo com a CLT, em regra, os atos processuais praticados no Processo
Trabalhista serão
a) sempre públicos e realizar-se-ão nos dias úteis das 8 às 18 horas.
b) públicos salvo quando as partes estabelecerem o contrário e realizar-se-ão nos dias
úteis das 6 às 20 horas.
c) públicos salvo quando o contrário determinar o juiz e realizar-se-ão nos dias úteis das
6 às 18 horas.
d) públicos salvo quando envolver pessoa pública de notoriedade social e a penhora
poderá realizar-se em domingo ou dia de feriado, independente de autorização expressa
do juiz.
e) públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social e realizar-se-ão nos dias
úteis das 6 às 20 horas.

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28. ( Prova: FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador / Direito Processual do


Trabalho / Atos, Termos e Prazos; Nulidades; ) É INCORRETO afirmar que
a) os atos processuais serão públicos, salvo quando o contrário determinar o interesse
social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 às 20 horas.
b) as nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais
deverão ser arguidas somente em razões recursais.
c) nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando
resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
d) a reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes
legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo
Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo.
e) na Justiça do Trabalho, o não comparecimento do reclamante à audiência inicial
importa o arquivamento da reclamação, e o não comparecimento do reclamado importa
em revelia, além de confissão, quanto à matéria de fato.

29. ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; ) No
tocante aos atos processuais, o fato impeditivo, destinado a garantir o avanço
progressivo da relação processual e a obstar o seu retorno para fases anteriores
do procedimento é
a) a preclusão.
b) a prescrição.
c) a decadência.
d) a litispendência.
e) o impulso exofficio.

30. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; ) Ana
Maria, representante legal da empresa XUBA, recebeu intimação na reclamação
trabalhista proposta por Ana Joaquina, sua ex-funcionária. Considerando que a
intimação ocorreu no sábado e que segunda-feira é feriado nacional, será
considerada que a intimação foi realizada
a) no próprio sábado e o prazo processual começará a correr na terça-feira.
b) no próprio sábado e o prazo processual começará a correr na segunda-feira.
c) na terça-feira e o prazo processual começará a correr na quarta-feira.
d) na terça-feira e o prazo processual começará a correr da própria terça-feira.
e) na sexta-feira antecedente e o prazo processual começará a correr na terça-feira.

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31. ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito
Processual do Trabalho / Nulidades; ) Reconhecendo a importância da forma
dos atos processuais para garantir o bom desenvolvimento do processo até que
se alcance a sua finalidade, o legislador trabalhista adotou um sistema de
nulidades composto de diversas regras, entre as quais destaca-se:
a) a instrumentalidade é a técnica da prevalência da forma na prática dos atos
processuais sobre o fim dos mesmos; o ato processual deve se ater à observância das
formas, sob pena de ser declarado nulo e, consequentemente, não atingir sua finalidade.
b) o desrespeito à forma prevista para a prática do ato implica na sua nulidade, podendo
o mesmo, no entanto, ser aproveitado caso tenha alcançado sua finalidade.
c) a simples desconformidade do ato processual com a forma estabelecida para sua
prática permite ao juiz declarar a nulidade do mesmo, bastando, para tanto, que haja
requerimento expresso da parte interessada.
d) a nulidade de um ato processual pode ser alegada pela parte a qualquer tempo, sendo
certo, porém, que os atos posteriores que não sejam consequência do ato considerado
nulo e que dele não dependam poderão ser aproveitados.
e) a nulidade fundada em incompetência deve ser declarada de ofício, devendo o juiz que
se julgar incompetente determinar a remessa do processo, com urgência, à autoridade
competente, fundamentando sua decisão.

32. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Nulidades; )
Conforme dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho relativos às
nulidades e exceções processuais, é INCORRETO afirmar que
a) se a parte recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na pessoa
do Juiz, não mais poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo.
b) nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, só haverá nulidade quando
resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
c) as nulidades não serão declaradas, como regra, senão mediante provocação das
partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência
ou nos autos.
d) dentre os motivos, em relação à pessoa das partes, em que o Juiz é obrigado a dar-se
por suspeito, e pode ser recusado estão a inimizade pessoal e a amizade íntima.
e) a nulidade sempre será pronunciada, mesmo quando for possível suprir-lhe a falta ou
repetir o ato, diante do princípio da irretroatividade dos atos processuais.

33. ( Prova: FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Recursos; Nulidades; ) No processo do trabalho,

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considerando as normas específicas e a jurisprudência sumulada do TST é


correto afirmar:
a) Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas
exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome de outro
profissional constituído nos autos é válida, diante do princípio do jus postulandi.
b) A nulidade não será declarada senão mediante provocação das partes, devendo ser
pronunciada ainda que for arguida por quem lhe tiver dado causa.
c) Haverá nulidade por julgamento extra petita da decisão que deferir salário quando o
pedido for de reintegração, ante a falta de previsão legal.
d) Na Justiça do Trabalho as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo
nas hipóteses de decisão que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa
dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado.
e) Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, as exceções serão alegadas como
matéria de defesa, não havendo suspensão do feito, ainda que se trate de exceções de
suspeição ou incompetência.

34. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho - Tipo 5 /
Direito Processual do Trabalho / Nulidades; ) Em relação às nulidades no
processo do trabalho, considere:

I. O princípio do prejuízo está intimamente ligado ao princípio da instrumentalidade das


formas e é explicitamente albergado pela CLT.
II. Não se declara a nulidade se inexistir vício processual que possa ter acarretado
prejuízo às partes, consoante o princípio da convalidação, explicitamente gravado na CLT.
III. A CLT abriga o princípio da transcendência, segundo o qual às nulidades não serão
declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las na primeira
vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
IV. O princípio da convalidação, albergado pela CLT, só é aplicável às nulidades relativas,
que dependem de provocação da parte interessada, não se aplicando às nulidades
absolutas ou quando a parte provar legítimo impedimento para a prática do ato.
V. O princípio da economia processual está contido na CLT, ao estabelecer que a nulidade
não será pronunciada quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I, IV e V.
b) I, II e V.
c) I, II e III.
d) II, III e V.

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e) I e IV.

35. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Execução
de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Nulidades; ) Nos processos
sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, em relação à matéria de nulidades,
é correto afirmar que:
a) As nulidades somente serão declaradas se forem arguidas em recurso de revista ao
TST.
b) A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam
consequência.
c) O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade não precisa declarar os atos a que se
estende.
d) Ainda que seja possível repetir-se o ato, a nulidade será pronunciada.
e) Ainda que dos atos inquinados não resulte manifesto prejuízo às partes, a nulidade
deverá ser declarada de ofício pelo juiz.

36. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Nulidades; ) Nos processos
sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, a nulidade
a) não poderá ser declarada mediante provocação das partes, mas apenas se
arguida exofficio pelo Juiz.
b) será pronunciada ainda quando arguida por quem lhe tiver dado causa.
c) só será declarada quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes
litigantes.
d) após declarada não prejudicará senão os atos anteriores ou posteriores que dele
dependam, ou sejam consequência.
e) será sempre pronunciada, mesmo que seja possível suprir-se a falta ou repetir-se o
ato.

37. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho - Tipo 5 /
Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; Dissídios Individuais; )
Quanto à forma de reclamação e a notificação no dissídio individual trabalhista
pelo rito ordinário, conforme previsões contidas na CLT e em súmulas da
jurisprudência uniformizada do TST é correto afirmar:
a) Recebida e protocolada a reclamação, dentro de 5 dias será notificado o reclamado
para comparecer em audiência que será a primeira desimpedida, depois de 48 horas.
b) Não é possível a acumulação num só processo de várias reclamações, ainda que se
trate de empregados da mesma empresa, sem a participação da entidade sindical.

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c) Diante da complexidade das matérias que podem ser discutidas no processo


trabalhista, com o advento das novas competências, como por exemplo, as indenizações
por danos morais e por acidente do trabalho e as responsabilidades relativas à
terceirização de mão de obra, não mais se admite a reclamação trabalhista verbal.
d) Ao receber a petição inicial, a Secretaria da Vara, conforme expressa previsão legal,
deve enviar os autos imediatamente ao juiz para realização do juízo de admissibilidade.
e) Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem; o seu não
recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do
destinatário.

38.(TRT 2ª Região – SP FCC 2014) Com relação à petição inicial trabalhista de


ação que corre pelo rito ordinário, é INCORRETO afirmar:
(A) Se a petição inicial não contiver valor da causa será indeferida de plano, uma vez que não
há possibilidade de emenda.
(B) Havendo pedido de insalubridade e/ou periculosidade, o Juiz determinará a realização de
perícia técnica, mesmo havendo revelia da reclamada.
(C) A petição inicial deve conter a exposição dos fatos, sendo clara, breve e precisa,
dispensando para sua validade a indicação dos fundamentos legais do pedido.
(D) Poderá haver cumulação de pedidos, caracterizando-se a cumulação alternativa quando
somente um dos pedidos puder ser acolhido, como é o caso da reintegração do empregado
estável ou conversão do período estabilitário em indenização.
(E) O pedido deve ser certo ou determinado, no entanto, a ausência de indicação dos
valores correspondentes, não causam, por si só, o arquivamento da reclamação.

39. ( Prova: FCC - 2006 - TRT-24R - Analista Judiciário - Área Judiciária -


Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e
Prazos; Dissídios Individuais; Reclamação Trabalhista; ) De acordo com a
Consolidação das Leis do Trabalho, considere as seguintes assertivas a respeito
da forma de reclamação e de notificação nos dissídios individuais:
I. Recebida e protocolada a reclamação, em regra, o escrivão ou secretário, dentro de 15
dias, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, que será notificado
posteriormente, para comparecer à audiência do julgamento.
II. A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar
embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital.
III. Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser
acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou
estabelecimento.
Está correto o que se afirma APENAS em

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a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

40. ( Prova: FCC - 2006 - TRT-24R - Técnico Judiciário - Área Administrativa /


Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Dissídios Individuais; )
De acordo com o Decreto Lei no 5.452/43, a reclamação trabalhista do menor de
18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes,
a) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato ou curador nomeado
em juízo.
b) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho ou pelo Ministério Público estadual.
c) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho ou pelo curador nomeado em juízo.
d) apenas pelo curador nomeado em juízo ou pelo sindicato.
e) pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público
estadual ou curador nomeado em juízo.

41. ( Prova: FCC - 2007 - TRT-23R - Técnico Judiciário - Área Administrativa /


Direito Processual do Trabalho / Dissídios Individuais; ) De acordo com a
Consolidação das Leis do Trabalho, nos dissídios individuais, a reclamação
poderá ser apresentada pelos empregados
a) somente através de advogado ou do sindicato da classe.
b) somente através de advogado.
c) apenas por escrito.
d) pessoalmente.
e) através de qualquer colega de trabalho.

42. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho - Tipo 5 /
Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) São
considerados requisitos essenciais da petição inicial do dissídio individual
trabalhista rito ordinário, conforme norma prevista na Consolidação das Leis do
Trabalho:
a) qualificação das partes, quesitos para prova pericial quando for pedida e valor da
causa.
b) qualificação das partes, as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade
dos fatos alegados e rol de testemunhas.
c) designação da Vara a quem for dirigida, qualificação das partes e rol de testemunhas.

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d) qualificação das partes, breve exposição dos fatos que resulte o dissídio e pedido.
e) designação da Vara a quem for dirigida, requerimento para a citação do réu e valor da
causa.

43. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;
Reclamação Trabalhista; ) Hermes manteve contrato de trabalho com a
empresa Gama Transportadora de Cargas por três anos, sendo dispensado por
justa causa, sem receber nenhuma verba rescisória. Procurou a Vara do
Trabalho do município para ajuizar reclamação trabalhista. Conforme previsão
contida na Consolidação das Leis do Trabalho e jurisprudência atual e sumulada
pelo TST, Hermes
a) deve necessariamente constituir advogado para a propositura da reclamação
trabalhista.
b) pode postular sem a necessidade de advogado em todas as instâncias da Justiça do
Trabalho.
c) pode propor a reclamação trabalhista sem constituir advogado, apenas na primeira
instância.
d) não precisa constituir advogado para atuar em todas instâncias da Justiça do Trabalho,
desde que esteja assistido pelo Sindicato da Categoria Profissional.
e) pode reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho, limitando-se às Varas do
Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho.

44. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho - Tipo 5 /
Direito Processual do Trabalho / Reclamação Trabalhista; ) Afrodite ajuizou
reclamatória trabalhista em face de Alfa & Gama Produções Ltda., formulando
pedidos de pagamento de verbas contratuais e rescisórias. Atribuiu à causa o
valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Em despacho saneador, o Juiz
competente extinguiu o processo sem resolução do mérito por indeferimento da
petição inicial, por estar desacompanhada de documento indispensável à
propositura da ação. Neste caso, com base na legislação aplicável e
jurisprudência sumulada pelo TST, a decisão judicial está
a) correta, visto que o não atendimento de requisito essencial da petição inicial de ação
trabalhista, relativo ao acompanhamento dos documentos indispensáveis à propositura da
ação, assim como a não indicação do valor correspondente aos pedidos ou indicação
incorreta de endereço do réu, implica o arquivamento da reclamação, que equivale à
extinção do processo sem resolução do mérito.

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b) errada, visto que, neste caso, o Juiz deve determinar que o autor emende ou complete
a inicial, no prazo de 15 dias, e caso o autor não cumpra a diligência, indeferir a petição
inicial, extinguindo o processo sem julgamento do mérito.
c) correta, visto que o indeferimento de plano da petição inicial e a consequente extinção
do processo sem resolução do mérito, está inserido nos poderes relativos à ampla
liberdade na direção do processo para o andamento célere das causas.
d) errada, visto que o Juiz deveria aguardar a realização da audiência para, naquele
momento processual, indeferir a petição inicial e extinguir o processo sem julgamento do
mérito.
e) errada, visto que o Juiz não poderia indeferir de plano a petição inicial, mas sim
aguardar a análise de preliminar do réu em contestação e decidir no ato da audiência,
acolhendo a preliminar e extinguindo o processo com julgamento do mérito.

45. ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Reclamação Trabalhista; ) De
acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a reclamação trabalhista
verbal será distribuída
a) em vinte e quatro horas após a sua redução a termo.
b) em quarenta e oito horas após a sua redução a termo.
c) dentro do prazo de quinze dias após a sua redução a termo.
d) antes de sua redução a termo.
e) dentro do prazo de cinco dias após a sua redução a termo

46. ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;
Reclamação Trabalhista; ) Danilo, 19 anos, trabalhava em uma empresa onde
realizava horas extras que nunca lhe foram remuneradas. Por ter recebido
proposta melhor de emprego, Danilo pediu dispensa da referida empresa e
decidiu ajuizar Reclamação Trabalhista em face da mesma para reaver os
valores relativos a tais horas. Diante dessa situação, é correto afirmar:
a) Danilo pode propor a Reclamação Trabalhista, independentemente de assistência de
seus pais ou responsáveis.
b) Por ser menor de 21 anos de idade, Danilo necessita da assistência dos pais ou
responsáveis para propor a Reclamação Trabalhista.
c) Quem deve propor a Reclamação Trabalhista requerendo as horas extras trabalhadas
por Danilo são seus pais ou responsáveis, tendo em vista ser ele menor de 21 anos de
idade.

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d) Danilo pode propor a Reclamação Trabalhista desde que colacione aos autos
autorização de seus pais ou responsáveis com fins específicos para tal postulação.
e) A Consolidação das Leis do Trabalho autoriza Danilo a propor a Reclamação
Trabalhista, porém, na audiência UNA ou inicial deve estar acompanhado de seus pais ou
responsáveis.

47. ( Prova: FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público / Direito Processual do


Trabalho / Audiências; Reclamação Trabalhista; ) A perempção, no processo do
trabalho, ocorre nas hipóteses de
a) arquivamento da reclamação, por ausência do trabalhador, por quatro vezes seguidas,
em relação aos mesmos pedidos; e falta de confirmação da reclamação verbal, por duas
vezes seguidas, em relação aos mesmos pedidos.
b) arquivamento da reclamação, por extinção sem resolução do mérito, em razão da falta
de liquidação dos pedidos apresentados no rito sumaríssimo, por quatro vezes; e falta de
confirmação da reclamação verbal, por duas vezes seguidas, em relação aos mesmos
pedidos.
c) abandono da causa, por mais de um ano, depois da intimação pessoal do trabalhador,
para dar andamento ao feito; e falta de confirmação da reclamação verbal, por duas
vezes seguidas, em relação aos mesmos pedidos.
d) arquivamento da reclamação, por ausência do trabalhador, por duas vezes seguidas,
em relação aos mesmos pedidos; e falta de confirmação da reclamação verbal
apresentada ao distribuidor.
e) arquivamento da reclamação, por ausência do trabalhador, por duas vezes seguidas,
em relação aos mesmos pedidos; e falta de confirmação da reclamação verbal, por duas
vezes seguidas, em relação a pedidos diferentes.

CUSTAS PROCESSUAIS

1. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª REGIÃO (SE) Prova: Técnico Judiciário

Afrodite, empregada doméstica, ajuizou ação reclamatória trabalhista em face de sua ex-
empregadora Minerva, postulando o pagamento de horas extras, férias e 13o salários não
adimplidos. A ação foi julgada procedente em parte, uma vez que foram acolhidos apenas os
pedidos de férias e 13° salários, sendo rejeitado o pedido de horas extras. No caso proposto, o
valor, bem como a responsabilidade pelo pagamento das custas processuais, será de

(A) 2% sobre o valor da condenação a cargo da parte vencida, ou seja, da reclamada.

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(B) 1% sobre o valor de cada pedido acolhido sob a responsabilidade da reclamada e 1% sobre
o pedido não acolhido sob a responsabilidade da reclamante.
(C) 2% sobre o valor dos pedidos acolhidos, com redução proporcional ao pedido não acolhido,
sob a responsabilidade da reclamada.
(D) 2% sobre o valor da causa, pagas pela reclamante, porque não houve procedência total
dos pedidos requeridos.
(E) 1% sobre o valor da causa, a cargo da reclamada, visto que houve procedência apenas
parcial.

2. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Analista
Judiciário

A sociedade de economia mista DIEPAX Medicamentos foi condenada ao pagamento de horas


extraordinárias em processo movido por seu empregado. Na mesma decisão, foi acolhido o
pedido de responsabilidade subsidiária do segundo reclamado, o Município de Cuiabá e
condenação em custas processuais. A isenção das custas processuais abrange

a) apenas a sociedade de economia mista.


b) apenas o Município.
c) nenhuma das reclamadas.
d) as duas reclamadas.
e) apenas o réu principal em caso de condenação subsidiária, devendo o Município efetuar o
recolhimento.

3. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Técnico -
Administração

Martin ajuizou ação em face de sua ex-empregadora, a empresa “M", sendo que na audiência
as partes se conciliaram amigavelmente, nada sendo convencionado a respeito das custas
processuais. Neste caso, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, considerando
que o Juiz acolheu o pedido de concessão dos benefícios da justiça gratuita formulado na inicial
pelo reclamante,

a) as custas serão pagas em partes iguais sobre o valor do acordo, pelo reclamante e pela
reclamada, sendo Martin dispensado do pagamento.
b) as custas serão pagas em partes iguais sobre o valor dado à causa, pelo reclamante e pela
reclamada, sendo Martin dispensado do pagamento.

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c) ficarão as custas a cargo exclusivo da reclamada, sobre o valor do acordo, pois a mesma
não pode ser dispensada do seu pagamento.
d) ficarão as custas a cargo exclusivo da reclamada, sobre o valor dado à causa, pois a mesma
não pode ser dispensada do seu pagamento.
e) serão dispensadas ambas as partes do pagamento das custas processuais, tendo em vista a
conciliação.

4. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista
Judiciário

Como o Estado não pode assumir todos os encargos para satisfação dos gastos da
administração da justiça, no processo trabalhista, como regra, as partes estão sujeitas ao
pagamento de custas. Entretanto, por força da lei, estão isentos do pagamento de custas nos
processos que tramitam na Justiça do Trabalho:

a) As instituições de beneficência, associações rec


reativas ou outras instituições sem fins lucrativos.
b) As entidades de caráter religioso declaradas de utilidade pública em nível federal.
c) Os empregadores domésticos em razão da ausência de finalidade lucrativa do trabalho
doméstico.
d) As empresas públicas e sociedades de economia mista federais.
e) As autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem
atividade econômica.

5. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista
Judiciário
Conforme normas aplicáveis ao tema relativo às custas processuais e aos emolumentos no
Processo Judiciário do Trabalho,
a) apenas a União, dentre os entes federativos, está isenta do pagamento de custas
processuais, ainda que vencida, visto que a Justiça do Trabalho é órgão do Poder Judiciário
Federal.
b) as empresas públicas federais estão isentas de custas processuais, mas não dos
emolumentos na fase executória.
c) o Ministério Público do Trabalho está isento do recolhimento de custas processuais.
d) no processo ou fase de execução não há incidência de custas ou emolumentos por faltas de
previsão legal.
e) as autarquias municipais não estão isentas do recolhimento de custas processuais.

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6. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Técnico
Judiciário - Área Administrativa

Em relação às custas e aos emolumentos nos dissídios individuais e coletivos do trabalho e nas
ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, é correto afirmar:

a) As custas no processo de conhecimento incidirão à base de 2%, observado o mínimo de R$


10,64.
b) Quando houver acordo, o pagamento das custas caberá à reclamada visto que arcará com
pagamento ao reclamante.
c) Não há previsão legal para o pagamento de custas ou emolumentos no processo ou fase de
execução.
d) Não haverá qualquer responsabilidade do ente sindical pelo pagamento das custas devidas
caso o empregado não tenha obtido benefício da justiça gratuita ou isenção de custas e tenha
havido a intervenção do sindicato no processo.
e) São isentos do pagamento de custas processuais as sociedades de economia mista.

7. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: PGE-MT Prova: Procurador

Na reclamação trabalhista ajuizada por Diana em face da sua empregadora AMAS − Autarquia
Municipal de Assistência Social do Município de Campo Grande, foram analisados dois pedidos.
A sentença deferiu a pretensão de maior valor e rejeitou a de menor expressão econômica. Na
presente situação, de acordo com as regras da Consolidação das Leis do Trabalho, a
responsabilidade pelas custas processuais será

a) do réu, que deverá arcar com metade do valor, uma vez que sucumbente apenas em um
dos dois pedidos, à base de 1% sobre o valor atribuído à causa.
b) do réu, que deverá arcar com o pagamento integral à base de 2% sobre o valor da causa,
sem isenção, porque tal benefício atinge apenas os órgãos da Administração direta, não
abrangendo entes da Administração indireta como as Autarquias.
c) de ambas as partes, em rateio de 50%, visto que houve sucumbência parcial, ou seja,
foram formulados dois pedidos, um foi acolhido e o outro rejeitado; à base de 2% sobre o
valor de cada pedido.
d) do réu, que arcará com o pagamento integral, visto que foi vencido, ainda que em um
pedido, à base de 2% sobre o valor da condenação, ficando a Autarquia Municipal, todavia,
isenta na forma da lei.
e) de cada uma das partes, na proporção exata de cada pedido, visto que houve sucumbência
recíproca, à base de 1% sobre o valor de cada pedido.

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8. Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 6ª Região (PE) Prova: Juiz do trabalho

Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de
competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça
Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de
conhecimento incidirão à base de

a) 2%, observado o mínimo previsto em lei e serão calculadas, no caso de procedência do


pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa.
b) 5% e serão calculadas, quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar.
c) 5%, observado o mínimo previsto em lei e serão calculadas, no caso de procedência do
pedido formulado em ação constitutiva, sobre o valor da condenação.
d) 2%, observado o mínimo previsto em lei e serão calculadas, quando houver acordo ou
condenação, sobre o respectivo valor, acrescido dos honorários periciais, se houver.
e) 2% e serão calculadas, quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou
julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor acordado pelas partes.

9. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário / Direito
Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Considere: I. Autarquia Municipal W. II. Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa


Catarina. III. Fundação Pública Estadual X. IV. Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil. Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho, são isentos do pagamento de custas,
dentre outras, as entidades indicadas APENAS em:

a) II, III e IV.


b) III e IV.
c) I, II e III.
d) I e IV.
e) I e III.

10.( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

O processo judiciário trabalhista apresenta regras específicas sobre custas processuais e


emolumentos. Sobre eles é correto afirmar:

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a) No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do exequente e


pagas antecipadamente, sendo que ao final ele será reembolsado por essas despesas pelo
executado.
b) A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na
pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária de justiça gratuita, visto que o perito não
pode ficar sem receber.
c) Nos dissídios individuais, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base
de 2% para o procedimento sumaríssimo e de 4% para o procedimento ordinário.
d) As custas serão calculadas sobre o valor da causa quando houver extinção do processo, sem
resolução do mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido.
e) O reclamante deverá recolher previamente as custas para ajuizar a reclamatória, exceto se
for beneficiário de justiça gratuita, sendo que esses valores lhe serão devolvidos em caso de
êxito na demanda.

11.( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos;
Custas e emolumentos; )

Conforme previsões contidas na Consolidação das Leis do Trabalho em relação ao Processo


Judiciário do Trabalho, é correto afirmar que

a) os atos processuais serão sempre públicos e se-rão realizados nos dias úteis, das 8 (oito) às
20 (vinte) horas.
b) sempre que houver acordo em reclamação trabalhista, se de outra forma não for
convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes.
c) os prazos processuais são contínuos, irreleváveis e são contados com a inclusão do dia do
começo e exclusão do dia do vencimento.
d) a reclamação verbal será distribuída antes da sua redução a termo e o reclamante deverá
apresen-tar-se no prazo de 48 horas para reduzi-la a termo, sob a pena de perda do direito de
reclamar por 6 (seis) meses.
e) a penhora não poderá ser realizada em domingos ou dias de feriado, visto que os atos
processuais devem ser realizados em dias úteis.

12.( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Execução de
Mandados / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

A respeito de custas e emolumentos no Processo do Trabalho, conforme normas legais


aplicáveis, é correto afirmar:

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a) Nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista,


as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento),
observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos).
b) Em caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva,
as custas relativas ao processo de conhecimento serão calculadas sobre o valor arbitrado pelo
Juiz.
c) O Ministério Público do Trabalho e as entidades fiscalizadoras do exercício profissional estão
isentas do pagamento das custas processuais.
d) Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção
de custas, o sindicato que houver intervindo no processo não terá nenhuma responsabilidade
pelo pagamento das custas devidas.
e) A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na
pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária de justiça gratuita.

13.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho / Direito
Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Em relação às custas, é INCORRETO afirmar:


a) Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de
competência da justiça do trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça
Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de
conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo previsto em lei.
b) As custas serão calculadas, quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo
valor.
c) As custas serão calculadas, no caso de procedência do pedido formulado em ação
declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da condenação.
d) No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado, e
pagas ao final.
e) Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das
custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal.

14.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Juiz do Trabalho - Prova TIPO 4 /
Direito Processual do Trabalho / Recursos; Custas e emolumentos; )

As custas processuais, no caso de interposição de recurso ordinário em mandado de


segurança, deverão ser

a) comprovadas em oito dias a contar do recolhimento.

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b) comprovadas dentro do prazo recursal.


c) pagas e comprovadas em oito dias da interposição do recurso.
d) pagas e comprovadas em cinco dias da interposição do recurso.
e) pagas em cinco dias da interposição do recurso e comprovadas em cinco dias a contar do
recolhimento.

15.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Execução de
Mandados / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Rafus ajuizou reclamação trabalhista em face da sua empregadora a empresa Alfa & Beta
Comunicações, pleiteando o pagamento de verbas rescisórias. Houve a determinação de ser
emendada a petição inicial no prazo de 10 dias. Tal determinação não foi cumprida, razão pela
qual ocorreu a extinção do processo sem resolução ou julgamento do mérito. Nesta situação,
sobre as custas

a) relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 1% e serão calculadas sobre o


valor da causa.
b) relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 1% observado o mínimo legal e
serão calculadas sobre o valor arbitrado pelo juiz.
c) relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% e serão calculadas sobre o
valor estimado da condenação da ação.
d) relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% observado o mínimo legal e
serão calculadas sobre o valor da causa.
e) haverá isenção do pagamento em razão da não apreciação do mérito da ação.

16. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Conforme determinações contidas na Consolidação das Leis do Trabalho, quanto ao processo


judiciário do trabalho é INCORRETO afirmar:

a) Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão


sempre sujeitos à conciliação.
b) Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual
do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas processuais do trabalho
contidas na CLT.

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c) Os municípios e respectivas autarquias e fundações públicas que não explorem atividade


econômica não estão isentos do pagamento de custas caso sejam vencidos na demanda
trabalhista.
d) Nos dissídios individuais e nas ações e procedimentos de competência da Justiça do
Trabalho, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por
cento), observado o mínimo de R$ 10,64 e serão calculadas quando houver acordo ou
condenação, sobre o respectivo valor.
e) As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão, sendo que no
caso de recurso, as custas serão pagas e será comprovado o recolhimento dentro do prazo
recursal.

17.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Com relação às custas no processo trabalhista, é INCORRETO afirmar:

a) São isentos do pagamento de custas, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios


e respectivas autarquias e as fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não
explorem atividade econômica.
b) No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo
recursal.
c) Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe- á o valor e fixará o montante das
custas processuais.
d) Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das
custas caberá em partes iguais aos litigantes.
e) Nos dissídios coletivos do trabalho, as custas relativas ao processo de conhecimento
incidirão à base de 1% e serão calculadas, quando houver acordo ou condenação, sobre o
respectivo valor.

18.( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 /
Direito Processual do Trabalho / Execução; Custas e emolumentos; )

De acordo com o entendimento adotado pelo TST, é correto afirmar:

a) Os débitos trabalhistas das entidades submetidas aos regimes de intervenção ou liquidação


extrajudicial estão sujeitos a correção monetária desde o respectivo vencimento até seu
efetivo pagamento, sem interrupção ou suspensão, incidindo, ainda, sobre tais débitos, juros
de mora.

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b) Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, desde que constantes do


pedido inicial ou da condenação
c) Os juros de mora incidem sobre a importância da condenação não corrigida
monetariamente.
d) É devida a incidência de juros de mora em relação aos débitos trabalhistas de empresa em
liquidação extrajudicial sucedida nos moldes dos arts. 10 e 448 da CLT. O sucessor responde
pela obrigação do sucedido, não se beneficiando de qualquer privilégio a este destinado.
e) A Fazenda Pública, quando condenada subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas
devidas pela empregadora principal, beneficia-se da limitação dos juros, prevista em lei.

19.( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito
Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

No que tange às custas no processo do trabalho, é correto afirmar:


a) No processo de execução as custas devidas são de responsabilidade do executado, devendo
ser pagas ao final.
b) No caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, o
valor das custas será fixado pelo juiz.
c) Nas ações plúrimas as custas devem ser calculadas individualmente, considerando o valor
da condenação em relação a cada um dos reclamantes.
d) Não ocorre deserção de recurso de massa falida ou de empresa em liquidação extrajudicial
por falta de pagamento de custas.
e) Tendo em vista que o ajuizamento de dissídio coletivo depende de comum acordo entre as
partes, as custas incidentes na ação, que serão calculadas sobre o valor arbitrado na decisão,
ou pelo Presidente do Tribunal, serão suportadas, em proporção igual, pelas mesmas.

20.( Prova: FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Fernanda ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa "Amiga" que foi julgada
parcialmente procedente. Neste caso, em regra, as custas processuais caberão à

a) empresa Amiga e a Fernanda, em 0,5% para cada uma.


b) empresa Amiga e a Fernanda, em 1% para cada uma.
c) empresa Amiga, no importe de 2% sobre o valor da condenação.
d) empresa Amiga, no importe de 1% sobre o valor da condenação.
e) Fernanda no importe de 1% sobre o valor da condenação.

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21.( Prova: FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Determinada reclamação trabalhista foi julgada parcialmente procedente e a empresa Leão


condenada ao pagamento de R$ 400.000,00 ao reclamante. Neste caso, com relação às custas
processuais, em regra, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a empresa
reclamada

a) deverá efetuar o recolhimento de R$ 4.000,00 dentro do prazo recursal a título de custas.


b) não está obrigada a recolher qualquer valor a título de custas, tendo em vista que estas são
pagas pelo vencido após o trânsito em julgado da condenação.
c) não está obrigada a recolher qualquer valor a título de custas, tendo em vista que estas são
pagas pelo reclamante no momento da propositura da ação.
d) não está obrigada a recolher qualquer valor a título de custas, tendo em vista que a
reclamação trabalhista foi julgada parcialmente procedente.
e) deverá efetuar o recolhimento de R$ 8.000,00 dentro do prazo recursal a título de custas.

22.( Prova: FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )
Manoela, alta executiva, ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora. A
mencionada reclamação foi julgada totalmente improcedente. Neste caso, com relação ao
processo de conhecimento, em regra,

a) as custas processuais incidiram na base de 0,5% sobre o valor total dos pedidos, deduzidas
as parcelas que não possuam natureza trabalhista direta.
b) as custas processuais incidiram na base de 1% sobre o valor da causa e serão devidas por
Manoela.
c) as custas processuais incidiram na base de 2% sobre o valor da causa e serão devidas por
Manoela.
d) não haverá condenação ao pagamento de custas tendo em vista que a ação foi julgada
improcedente.
e) as custas processuais incidiram na base de 1% sobre o valor total dos pedidos, deduzidas
as parcelas que não possuam natureza trabalhista direta.

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Direito Processual do Trabalho Teoria e Questões
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23.( Prova: FCC – 2011 – TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Para a Consolidação das Leis do Trabalho, NÃO há isenção do pagamento de custas para

a) o sindicato dos empregados.


b) os Municípios.
c) as fundações públicas federais que não explorem atividade econômica.
d) as fundações públicas municipais que não explorem atividade econômica.
e) o Ministério Público do Trabalho.

24.(Prova: FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Na reclamação trabalhista X, é parte reclamada a Ordem dos Advogados do Brasil Santa


Catarina OAB/SC; na reclamação trabalhista W, é parte reclamante o Ministério Público do
Trabalho; na Reclamação Trabalhista Y, é parte reclamada o Conselho Regional de Medicina de
Santa Catarina CREMESC; e na Reclamação Trabalhista Z, é parte reclamada o Sindicado dos
Empregados na Indústria Alpha. Estão isentos do pagamento de custas as entidades
relacionadas

a) em todas as reclamações trabalhistas.


b) nas reclamações trabalhistas X e W.
c) nas reclamações trabalhistas X, W e Y.
d) somente na reclamação trabalhista W.
e) nas reclamações trabalhistas W, Y e Z.

25.( Prova: FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Maria ajuizou reclamação trabalhista em face de sua exempregadora, a empresa JARDIM,


pleiteando diversas verbas trabalhistas. Em audiência, as partes se compuseram
amigavelmente e a empresa pagou à Maria a quantia de R$ 8.000,00, tendo o acordo sido
homologado em audiência. Considerando que o valor da causa é R$ 20.000,00, segundo a
Consolidação das Leis do Trabalho, as custas processuais serão de

a) R$ 160,00.
b) R$ 80,00.

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c) R$ 400,00.
d) R$ 200,00.
e) R$ 100,00.

26.( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Área
Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Custas e
emolumentos; )

É isento de custas, além dos beneficiários de Justiça gratuita,

a) a Ordem dos Advogados do Brasil.


b) o Sindicato Profissional.
c) a Fundação Pública Estadual que explora atividade esconômica.
d) o Ministério Público do Trabalho.
e) o Conselho Federal de Medicina.

27.( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Na Justiça do Trabalho as custas serão pagas pelo

a) reclamante quando da propositura da Reclamação Trabalhista.


b) vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas
dentro do prazo recursal.
c) reclamante, cinco dias após a audiência inicial ou UNA, caso não haja acordo entre as
partes.
d) reclamado quando da apresentação da Contestação.
e) vencido, em até cinco dias após a prolação da sentença pelo juiz de primeiro grau.

28.( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Nas ações plúrimas, as custas incidem sobre

a) um valor fixo previamente estipulado pelo Tribunal Superior do Trabalho.


b) um valor fixo previamente estipulado pelo Supremo Tribunal Federal.
c) o valor da causa previamente estipulado na proporção de cada parte.
d) um valor fixo previamente estipulado pelo Tribunal Regional competente.
e) o respectivo valor global.

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29.( Prova: FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Eduardo ajuizou reclamação trabalhista em face de sua empregadora, a empresa ED. Em


audiência as partes celebraram acordo conforme a CLT, se não for convencionado de outra
forma, o pagamento das custas caberá

a) ao Estado, da qual é isento.


b) à empresa ED.
c) ao Eduardo.
d) à empresa ED na proporção de 75% e ao Eduardo na proporção de 25%.
e) em partes iguais ao Eduardo e à empresa ED.

30. ( Prova: FCC - 2010 - PGM-TERESINA-PI - Procurador Municipal - Prova tipo


3 / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Considere as seguintes assertivas a respeito das custas processuais:

I. As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de
recurso, serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo peremptório de cinco dias
após a publicação do respectivo acórdão.
II. A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada,
independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária, das quais
ficara isenta a parte então vencida.
III. As autarquias municipais e as fundações públicas municipais que não explorem atividade
econômica não são isentas do pagamento de custas.
IV. Nos dissídios individuais as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base
de 2% e serão calculadas, quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor.

Está correto o que se afirma SOMENTE em


a) II, III e IV.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.

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31. ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Custas e emolumentos; )

Marta, empregada da empresa X, ajuizou reclamação trabalhista tendo em vista a sua


demissão sem justa causa. A mencionada demanda foi julgada totalmente improcedente em
primeiro grau. Marta pretende ingressar com recurso ordinário. Considerando que Marta
ocupava cargo de direção, bem como que o valor da causa fornecido na reclamação trabalhista
foi de R$ 100.000,00, para interpor tal recurso ela
a) terá que efetuar o recolhimento das custas judiciais no importe de R$ 1.000,00.
b) terá que efetuar o recolhimento das custas judiciais no importe de R$ 2.000,00.
c) terá que efetuar o recolhimento das custas judiciais no importe de R$ 500,00.
d) está desobrigada a efetuar o pagamento das custas judiciais, tendo em vista que a
reclamação trabalhista foi julgada totalmente improcedente.
e) está desobrigada a efetuar o pagamento das custas judiciais, tendo em vista que exercia na
empresa cargo de direção.

32. ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Custas e
emolumentos; )

O regramento da gratuidade judiciária vigente no processo do trabalho, segundo prevê a


Consolidação das Leis do Trabalho, decorre da
a) comprovação da falta de suficiência econômica, mediante atestado emitido por entidade
pública.
b) prova da condição de desempregado, pelo prazo mínimo de 90 dias.
c) demonstração de que não há ninguém, no domicílio do interessado, com renda igual ou
superior a dois salários mínimos.
d) percepção de até dois salários mínimos, assistência do sindicato e apresentação do atestado
de pobreza.
e) mera declaração do interessado de que não tem condições de arcar com as despesas
processuais sem prejuízo próprio ou de sua família.

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GABARITO DAS QUESTÕES DA AULA

PARTES E 41.D
PROCURADORES PRAZOS PROCESSUAIS 42.D
43.E
1. E 44.B
2. C 1. D 45.D
3. C 2. A 46.A
4. C 3. A 47.D
5. E 4. E
6. A 5. E
7. A 6. A CUSTAS PROCESSUAIS
8. E 7. A
9. C 8. B 1. A
10.E 9. A 2. B
11.E 10.B 3. A
12.D 11.E 4. E
13.A 12.C 5. C
14.B 13.E 6. A
15.A 14.C 7. D
16.C 15.B 8. A
17.E 16.A 9. E
18.D 17.E 10.D
19.C 18.B 11.B
20.E 19.D 12.A
21.A 20.E 13.C
22.E 21.A 14.B
23.A 22.D 15.D
24.E 23.B 16.C
25.C 24.E 17.E
26.C 25.E 18.D
27.A 26.E 19.A
28.A 27.E 20.C
29.A 28.B 21.E
30.A 29.A 22.C
31.E 30.C 23.A
32.C 31.B 24.D
33.C 32.E 25.A
34.A 33.D 26.D
35.C 34.A 27.B
36.E 35.B 28.E
37.E 36.C 29.E
38.E 37.E 30. C
39.B 38.A 31. B
40.E 39.E 32. E
41.E 40.E

FECHAMENTO

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