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, ,
VIDA
DE
D. JOAO DE CASTRO
QUARTO VISO-REI DA INDIA ?
ESCRITA POR
PARIS
Vende-se em casa d€ Theo?hii,o Barrots filho^
quai Voltaire, n°. n.
1818.
+3?
AOS QUE LEREM.
VIDA
DO AUTOR
Tirada da Bibliotheca Lusitana.
IT VIDA
e eos Méstres a investigar os arcanos da
Theologia, e as difíiculdades de huma,
enoutra Jurisprudencia que todos se ía-
,
qualoobrigou a ausenfar-seaassistcncia
desuairmáaD. MariaCoulinho, que mo-
ravaem Lisboa; comaqual viveo alguns
temposoccupado na cultura dos livros,
em que achava a maior deleitacao, até
que mais cheio de merecimentos que de
annos pois nao excediáo de 6o, expirou
,
rente ,
patarras naturaes , e elegantes,
pensamentos agudos,e claros. Cada clau-
sula he filha da elequencia mas sublime,
e cada periodo parto da locucao mais
discreta. Persuade com efficacia, discorre
com juizo, reprehende com moderacáo,
e loma sem lizonja. Igual methodo se
admirou ñas snas cartas, nao se distin-
guindo o estilo familiar com que tratava
aos seus amigos daquelle a que o res-
,
COMPOZ.
Vida de D. Joáo de Castro quarto Vi-
so-Reidalndia. Lisboa na OfficinaCraes-
beeckiana. 1601. fol. eibi. por Joáo da
Costa. 1671. fol., eibi ; pelos herdeiros
X VIDA
de Miguel Manescal. íyoZ. fot. e ibi na
Officina da Música, 1712. 8. e ibi por
Antonio Isidoro da Fonseca, 1736. 4«
Sabio traduzida na lingua Ingleza por
Peter Wichek com este titulo The Ufe :
nome.Foidedicada a traduccáoimpressa
sem anno, nem lugar, em 24, á Serení-
sima Rainha de Porlngal D. Luiza Fran-
cisca de Gusmáo, fechando o traductor a
Dedicatoria feitaá 20 de Marco de i645,
com estas discretas palavras : Aqui neto
ha cousa minha. sendo os erros da Per-
sao j porque traduzir nao he mais que
levar hum recado alheo , que eu aceitei
para com elle me -por de joelhos aos pés
de V. Magestade.
Origen y progresso de la Casa y Fa-
,
VIDA
DE
D. JOÁO DE CASTRO
QUARTO VISO-REI DA INDIA.
LITRO I.
eh
™ ei
°
as virtudes.
EIRei mandou logo chamar a D.
Loma / e Joáo por huma eáHa táo honrada, co-
premea.
mo se n^
q U i zera fazer outra
]b e
mercé ; qual D. Joáo se veio
cora a
á Corte, onde foi táo envejado peías
feridas, como pelos favores. ElPxei lhe
fez mercé da commenda de Salvater-
ra, accordando aos homens de novo
seu merecimento a estimacáo com que
os tratava.
Seuprocc- Cursou Dom Joáo algum tempo a
nlTorte. Corte sem que a nenhum desar da
,
k^ nre»
campo.
O Infante Dom Luiz Principe Aeompa- ,
a Historia.
Fidaigos Os íidalgos que se embarcáiáo nes-
Sesta'^or-*
3, armac a ^ 'de ^ ue aleancei noticia,
'
Joáo Gómez
da Silva Pagem da lau-
ca, e D. Luiz de Attaide, que de-
pois foi Conde d'Attouguia; e morreo
na India, sendo segunda vez Viso-Rei
daquelle Estado. Todos estes fidalgos
foráo servir á sua cusía , levando cria-
dos, e soldados ) sem receberem sói-
do, com galas, e libres demonstrado-
ras do gosto eom que seguiáo a guer-
ra. Tonuou a armada o porto de Bar-
cellona, e salvando a Capitanía Im-
perial , den de si huma mostra bellico-
sa , e alegre. O Emperador se veio
as do Embaixador de Portugal
casas
Alvaro Méndez de Vasconceilos que ,
* aceita,
t
!
MVRO 2. 17
frías do Oriente , que haviáo de coroar
suas victorias, nao desembareou ou-
tras riquezas > mais que a fama de suas
obras ¡ e estando eom os vestidos do
mar ainda mal enxutos, o nomeou
EIRei por General das armadas da cos-
ta , daodo-lhe novas occasióes de ser-
vir em premio do que tinha servido.
Sahio log*o Dom
Joáo no anno de
• Fíe G * '
<
22 VIDA DEJOAO DE CASTRO.
D.
tros a Mageslade motivos que co- ;
nada.
Avisos do O Emperador Carlos, que da ne-
Empcra-
g OC ac áo de Barba-Roxa em Consían-
¡
visto.
AiuDta-se ^
0S ^ oze ^
as de Agosto de 1 5^5 ,
«om o Ge- se fez á vela toda a armada , e em pou-
Tu?coi.
eiknáomudava de opiniáo á vista do
LIVKO I. 27
inimigo; que bastava para animar os
Turcos o verem-se temidos;, cjoe pois
el les pretendiáo pisar térra de Hespa-
nha, as armadas se deviáo íirrisear pe-
la repulacáo quanio mais pete injuria;
,
I
LIYRO r.
^J^ ^ me;
táráo por inveja, e outros por costo-
ekicáo. tanto , que ñas virtudes em que
lhe nao podiáo achar faltas lhe ar- .
cipe com
obediencia servil Ihe auto-
risasseo cetro que Ihe tjrannisava. Os
Sátrapas do Reino vendo-se fora de
lempo arrependidos, e que já nao po-
diáo ser traidores, nem leaes sem pe-
rigo, andavao consultando meios de
44 VIDA DE D. JOAO DE CASTRO.
assegurar Meale* da tyrannia do Hidal-
cao , como se tivera o desgranado
Principe mais justica para viver l do
que para reinar. Nestes discursos pas-
sáráo alguns anuos, nos quaes Meale
chegou a idade que podia conhecer
seu perigo e considerando que sua
,
como a Rei
dias ihe fizeráo tratamento
os o litros perseguido. Com ludo
como a
Meale se deixou ficar em Cambaia ,
havendo por mais tolerareis os desfa-
vores do hospede, que as injurias do
tjranno.
Entretanto o maior cuidado do
Hidalcáo era destruir aquelles que Ihe
deráo a Coroa que ainda que como
,
a sabia engeitar.
Com esta reposta despedio o Go-
vernador os Embaixadores que na }
LIVRO I, 53
constancia com que lhes respondeo,
en ten dé rao que o nao dobraria a en-
tregar Meale temor ou beneficio.
Apercebec-se logo para fazer , e espe-^
rar a guerra , que coino era de Prin-faz,
cipe vezinho , primeiro poderíamos
sentir o golpe, que ver a espada. Man-
dou logo alistar a gente de cavallo,
que seriáo duzeníos homens, e ser-^
yiáo debaixo de huma só bandeira,
milicia mais valerosa que ordenada. En-
carregou a guarda da Gidade a gen-
te da ordenanca. e os soldados pa-
gos fe ve promptos para qualquer in4
vasáo súbita do inimi^o. Trato u lo^o
de aprestar a armada, que achou des-
baratada pelas viagens, e guerras de
seu antecessor, e pobreza do Estado,
e como as foreas navaes sao as mais
importantes, aquí se empregou todo.
Reparou as embarcaeóes que estaváo
no rio, fez tres gales, e seis navios
redondos com estranha brevidade nao ,
mvrq i. §g
tras antigás ;
cujo significado ignora-
váo os na Iviraes da térra, por nao es-
tarem em lingua eoiiliécida nem se
,
S'fiHío °í
ue i:sos P ortos d° Hidalcáo íizesse
D. Alvaro, lo d o daño possivelj ofíerecendo aos
soldados escala franca, para com as
esperancas do saco os fazer dissimu- ,
LIVRO I. 67
Fora a Cidade antigamen te habitada de
Bramenes, e agora de Mouros merca-
dores lugar entre os Orientaes sempre
;
migo.
?
exemplo.
VoitaD. Levou - se o General com toda a
foa!° ^rniada, e se fez na volta de Goa
a descarregar os navios que com o
,
aceita.
á sua fortuna.
Traía Jas Voltou logo o animo ao expedi-
cousas do en t e (jos negocios pai riculares ¡ pre-
miando aos soldados que haviao servi-
do aos quaes deixava táo satisfeitos
,
salios ao Estado,
y
Caria d EIRei a D* Joáo de Castro.
te ras
, apartar ao dito Reí (a quem
« sobre o caso escrevemos ) de táo
« barbara crueldade \ pois delia re-
« sulta tanto mal para as almas , e
* corpos de seus vassallos ;o que fará
« por ser nosso amigo, pondo vos da
« vossa parte o cuidado que vos en-
« comendamos. E no que por vossas
«<cartas ,e informacóes nos avisas-
tetes ácerca de livrar os povos de
ü Socotora da miseravel servidáo em
«que vivem, nos pareceo remedíalo
* de maneira que o Turco
, cujos ,
« escusem aggravos
se e extorcoes,
,
« isso ou violencia
necessaria forca ,
LIVRO II.
C ° fe
£ufar.
* poderoso 9 e aborrecido de Cambaia,
e que da privanea de EíRei lograva a
melhor parte persuadia cauteloso a
>
§4 VIDA DE D. JO A O DE CASTRO.
bres recebiáo dos -Christáos táo cruel
trataíriento que andaváo por Italia
, e ,
Suas ra-
<(
As mercés que por espaco de dez
zoes para a « an nos recebi de Soltao Badup 3 sao
^rcsade r foánifestas a todos ; aos de fora com
« espanto de sua grandeza , aos de
« casa com enreja de minha fortu-
« na poz-me os olhos, e levantou-
;
jmtvro ir.
97
te mo Je pai) , debaixo do sagrado
« da paz , tiráráo os Portuguezes a
« vida com escándalo de lodos os
« Reis, e nao menor injuria de seas
« vassallos indignos de o baver-
,
k ré Capocate
, Paraogale Tanor , , ,
(( to conhecidas ,
porque de táo der-
c( ramadas Conquistas faz o Mun-,
portas ao soccorro.
Une escre- Guando Dom Joáo de Castro rece-
Soi
ai^ ~beo este aviso, tinha já mandado du-
zentos soldados áquella fortaleza > de-
IíIVRO II. IO7
baixo das Capitanías de Joáo Dom
e Dom Pedro de AJmeida filhos de ,
6
,
•
-110 VIDA DE D. JOAO DE (TAS TU O
Fácilmente.
Vao Cas- Entretanto cousas de Maluco
as
eii-T
1105 a
es * av ^l ° alteradas com
a vinda de tres
navios Castelhanos que derrotados
.
:i
:
s
tent0,
resistir, nem lhe convinha obeceder \
fruto e premio de
, navegacáo tao
perigosa; e cjue os Portuguezes , co-
mo nacao soberba , e sempre oppos-
ta á sua , fai iáo riso , ou gloria de táo
vil rendimento. Porém que elle sa-
,
UVRO 117
IX.
nha tocava
, ao Governador da India ,
enviados ,
que mandara a Cambaia ,
comiente
toc^° a negocio, pesando a im-
esíe s°
e duibí-' portancia daquella praca resolveo so- ,
s oes *
bre sua defensa empenhar as forcas
todas do Estado, sem perdoar a des-
pesa, perigo , ou diligencia. As Ci-
dades de Bacaim \ e Chaul, que eráo
as mais vezinhas , encommendou affec-
tilosamente os soccorros de Dio lem- ,
ao muro. O soldado
temeroso ou irre- ,
cáo imaginada.
E como Dom Mascarenbas Pr eren
Joao -
0,
tinha a guerra por certa,ordenou que j
se eomprassem os mantimentos cüecáren¿as.
^^
na Cidade batía ) em quanto aquella
paz fingida fazia sombra ao commer-
cio;
diligencia que entreteve ou re- ,
xo he ao servico inútil
, outra ao ;
do temor ou da experiencia e no
, ,
praiica dizendo
, :
cc gurados n a p az o u na soberba
,
(( ra
, que fazemos que ainda que ;
(<
s era ineu lis o o. Esta be a bencáo
« que nos deixáráo nossos maiores ,
cemorrer gloriosamente pola lei ,
'
I
•
IíIVRO II. l3l
Entre os escravos e outra gen'e in-
,
livro ir. 1 53
« tentar do ultimo Occidente a tao re-
ce motas partes. E o que mais he que
« tudo, peleijamos com inimigos de
« nossa Fé, e nao nos pode faltar favor
« para tao justa causa, pois servimos ao
* Déos das victorias.
Acabada a pratica se ouviologono
, Entra®
campo dos Turcos huma grossa salva, mais soc-
corros RO
com que Coge Cofar festejava hum kih^gJ
soccorro de dous mil infantes, que Ihe
haviáo chegado de Canibaia , todos
soldados velhos, que faziáo o soccorro
maior na qualidade, que no nun)ero.
Acompanhavao esta gente, entre outros,
dous Capitáes Mogores pessoas entre
os seus de grande nome. No mesmo
dia entrón grao parte da nobreza da
Corte, que se alojou separada do Cam-
po^ em mui lustrosas tendas, com tal
concertó , que nao deviáo nada á po-
licía de Europa. Os nossos com a de-
sestimadlo da vida divertiao o horror
de tantos apparatos, animando-se com
discursos conformes ao tempo , tirando
da necessidade conselho para as cousas
presentes.
Ao seguinte dia, que foi Quinta Comeca*
feira maior deste anno de mil qui-k^
aforw
LIVRO ÍE J 35
aleatráo, e outros materiaes dispostos
ao fogo ; estes dispuseráo na primeira
cubería, como ardil reservado para
segundo intento por cima delles fize- ,
meira faccáo
¿
deste cerco fosse sua ; e
Í 56 VIDA BE 33. JOAO DE CASTRO.
praticando -lhe tudo o referido; lhe
ordenou y que na secunda
vigia da
noite, tudo a ponto. Sahio
tivesse
Jacome Leite na hora determina-
da, com dous catures e trinta sol- ,
perdida.
Instavao os Turcos, porque se dés-
se o assalío,
porque já em muitos lu-
gares pelas ruinas da bataria 9 se podia
subir ao muro; porém Coge Gofar os
detinha., ou esperando maior poder,
ou qnerendo que o trabaiho, e fe-
,
teiros vinha
, forcando as ondas em
demanda da nossa fortaleza. Vinháo
todas com flámulas > e galhardetes ,
empavezadas , e guerreiras. Salváráo
logo as torres ? donde Ihes respon-
derao com a mesma cortesía naval.
Os Mouros Ihes tirárao muitas pecas
de térra, em quanto davao fundo. Fo-
rao desembarcando as municoes e ,
despedio
A
seu filho D. Fernando man- dor
pavei^s*- ,
, P guerra
don pregoar guerra a logo e san- contra
, ,
ao n?ais experto.
Em Dio nao descansaváo as armas.
,
Soitáocom
po p ara Ihe entregara fortaleza com o
te, pnmeiro assalto. JNa ie .cesta promessa
acodio o Soltao com dez mil de ca-
vallo, e grao parte de sua Corte, onde
foi recebido com huma salva Real, a
volta de muitos instrumentos de guer-
ra e de alegría ; consonancia que os
i ,
ditoso.
Polos avisos do Mouro soube o ,
promptos.
O baluarte Sanctiago como mais ,
íro , que
he ficasse igual ou emi-
i ,
engenho.
Comecárao dous mil pioes a cobrir
a cava com os materiaes do forte. En-
tretanto hum grande troco do exer-
cito com dardos, settas, e espingar-
daria impedia os nossos assomar-se ao
,
,
cahio quasi mortal e nao podendo
;
melhor obediencia
a e elle mandan- ,
ios e feridos
, como para cobrir aos
j
ria ,
que lhes nao deixava ver , nem
iiivno ii. i6g
temer o perigo, porém forao recebi-
dos dos nossos de man eirá, que volta-
rio n ais depressa do que haviáo subi-
do, cahindo muitos mortos, os mais
feridos, e outros abrazados do fogo.
Ouviáo-se as vozes de Juzarcáo, e Ru-
mecáo, que incitaváo outros a escalar
a
os baluartes. Estes subíráo de refresco,
favorecidos da escopetaria do exerci-
to i innumeraveis settas, e outros ti-
ros missivos. Aqui se ateou com grao
calor o assalto, instando os Turcos
por restaurar a opiniáo perdida pe-,
za e o da companhia do General
,
q ne com
virtudes alheas. Eráo dezenove os na- eUeliiáo *
MVRO ii. ig r
e pe- sos.
ii
nos-
,
.
199
1,1 vro ii.
Na
, °
de Antonio Pecanha
*
sfuarita 6
'
se
i grande dos
peleijou con) nao menor valor nem ,
in i m i gos#
desigual fortuna ; e sem particularizar
accidentes , podemos ajuizar pelo suc -
cesso , os casos deste dia ; porque dei-
xou o inimigo mil e seiscentos mor-
ios , fora innumeravel copia de feridos;
cousa incrivei de pouco mais de duzen-
tos soldados, que seriáo os nossos; as-
sim o adiamos escrito ñas Reiacoes, e
Historias deste Cerco , que sendo nos-
sas costumáo escrever louvores pro-
,
te;
porém furtaváo os nossos as horas
ao descanso , trabalhando de noite e ,
criado , como
abortivo de Ca-
fruto
tholicas plantas e que agora já com,
f
LiVRo ir. 207
inimigo. Obedecéráo todos ás vozes
do Capitáo mor deixando o posto;
,
11 .
208 VIDA DE D. JOAO DE CASTRO.
i áo feridos , ou disformes do fogo. Es-
inventor da mina.
Passado algum espaco logo que o ,
50 *-
sustentando largo espaco o peso de
táo nova batalha. Verdade táo estra-
n ha, que necessita de tanto valor pa-
ra se escrever, como para se obrar ;
gos e Plómanos.
.
no facilitar a entrada.
,
^ -
deH^ii
1
^m uanl0 estas collsas passaváo,
c
I
wo 'de anda va Dom
Alvaro de Castro com as
Castro, tormentas do invernó a bracos; por-
que sendo vinte e quatro de Junho J
tempo em que se náo deixáo navegar
aquelles mares, elle, teniendo o pe-
rigo da fortaleza, e desprezando o
da armada y forcaya o remo navegan-»
,
companheiro.
Foráo aquelles Fidalgos navegan- Perigosa
do com terapos táo rijos , que an- Yia S em *
continuar as minas ,
que se obravao
com menos risco ,com maior
e ef-
Jeito; para cujo intento mando u
pi-
car o baluarte Sanctiago, e o lanco de
muro que para elle corría, tudo por
estradas torcidas, e encubertas, para
nos esconder o desenlio, e assegurar
os seus trabalhadores. D. Joáo Mas-
carenhas cauto , e prevenido argu- ,
ai
Rebenta
para chamaren) á defensa a maior for-
a .
L1VRO II. 2 27
LtVTtO Ilt Í2
29
estar quasi todo arrasado as ruinas
,
b«
gas.
Ordenou que
1
com hum Quartao se
i -i Intenta
atesse a cisterna, a quai, cnegara
se arrombara
a arrombar-se, nos perderíamos com cisterna,
de ajudar.
O temor ou o pejo destas pala»
,
tra nova'batalha.
«
LITRO II. 52
fortalez a e
apag-ava as cordas, e que nao podiáo valor >
r O T.
f , dos .
a
'„
soccórro de cinco mil infantes com
nmitos Cabos Turcos, que Run eeáo
q?iz logo avistar coiii os eóssos, para
Ibes mostrar os contendores que ti-
nha como
, em prora do que haría
obrado.
ciiegao a Ao
segtiinte día depois do assalto ,
Pin
10 r, ' :ns
ei-tírao pela barra Dom Antonio de
:
*a.
«colar de
hum sóida- deixais perder
r o baluarte d'EIRei? Vou-
,
n /n .
Quer ,er
^or as
9 '
ovejón hum coracao láo livre
suadüo^a táo baixa fortuna ; fazendo estima-
deixarafe. cao (como soldado ) de quem entre
prisóes o desprezava. Rogou-lhe, que
se fizesse Mouro porque com melhor
,
>
XJYB.0 m 249
a vida, crendo , que lhe seria mais
leve a pena, que a injuria; e logo
enlre baldees , e mofas o mandou ,
nio Correa.
Os Mouros, que estavao fortifica-
,
c» i- ° ° a fortaleza. •
*
pre julgáo melbor a causa dos ternera-; 1
:
>
crtA a '
t
'
ílcando elle com Garcia Rodríguez Mello,
de Tavora, Antonio Moniz e ou~ ,
yiflá.
Morte de
JJom r ran-
Dom Francisco de Menezes pelei-
*
.
cisco de
,
jando mm ,
ousadia.
Acordó
c apitao
Dom Joao Mascarenhas se portou
^°
ól #
nesta desgraca com valor, e acordó,
humas vezes retirando os seus , outras
fazendo voltas ao inimigo em quanto
se recolhiáo os desmandados, com que
evitou grande parte do daño; e ten-
do já salvado as paredes se derramou ,
T.ÍVRO II. 2r
1 e os nossos
.
D. Alvaro do porém D.
us mil pardaos de ouro :
, 'ir
tosamente, queprezáráo quatorze, tra- ~I omao
i
í
os
7
de r a }i
Parecer de
As pequeñas foreas que hoje te-
* ,
de Aimei-
da em con-
K uiJopqs em quanto
1
as nao conhecem:7
7
,
m muro ;
porem desembarcados em
« térra estes poneos soldados abrirá ,
LIVIÍO III.
qi
arai°adL e
Coiistava a armada de dozé ga-
Capitaes. leóes grossos , de que era Capitanía S.
Diniz em que hia embarcado o Go-
,
Manoel Déca ,
Jorge da Silva , Luiz
Figueira, Jerónimo de Sousa , Nuno
Fernandez Pegado o Ramaiho Lou- ,
•
Carta do Infante Dom Luis*
« mas repostas
, nao me pareceo acer-
catado tornar-volas a referir , porque
« por suas cartas veréis o contenta*
« mentó que tem, de como nessas
« partes o boa
comecais a servir, e a
« opiniáo que tem de vos
a gente ,
« que
principalmente hao de defen-
« der a India. Procurai de lancar
« dessa térra as despezas sobejas dos
« homens, e as branduras , e delica-
« dezas , de que usáo e os vestidos ; .
« honra e mercé
3 e porém por al-
;
« ca ;
espero em Nosso Senhor que y
I •
'
•
,
espada.
Foi D. Manoel de Lima assolan- lu E °^
tr<>£
i
Sg8 VIDA BE D. JOAO DE CASTJ&O.
alegres vesperas huía temeroso dia. Os
Mouros tambem disparaváo muitas pe-
cas mostrando da ehegada do Gover-
,
.de aUum
abrigo igualmente servis-
sem á victoria fazendo-lhes o pelei-
,
E JaZa»T
s
íc Entramos era huma batalha onde ,
¿ o r ]f
encaminhou logo aponte, que eslava te
°.
dos inimi- i .
-
rr\ , a -r
numero,
.
dos Astros.
OGotot- Dom Joáo de Castro nao querer do ,
í
i ~ zer rosto, t i -,
plina.
Aquí esteve Dom Alvaro perdido, Perigo, e
porque nao podendo seus soldados a^h^tíS
resistirdivididos, hiáo deixando aos varo,
defendiáo.
Ajunta-se A este Manoel
tempo chegou Dom
Bie p. Ma-
iioel de Li~
e Li ma tao valeroso no mar, CO-
-.
-,
oí
D.
OGover-tro novo exercito.
Hador
O Governador nao
desfaz. querendo que a suspensao parecesse
,
#
dous, que buscassem os inimigos pe-
los lados, e elle pela frente. Nesta
ordem eometeo o inimigo, o qual mais
desesperado que constante ,
aguar- ,
LiVRo nr. 5 7j
Nossos
S
° tr í mll ph°
l{ ^ 0S n ossos faltai ao
5
o Gover-
nador a
aQS inconvenientes
tar comecou a ,
, r i
. • •
\
livro ra. 5 19
intelligentes convinha eslender o si-
,
u
P a gos. E o modo que ueste pága-
te mentó se deve ter o ordenareis lá
« com elle. Hei por excusado de vos
« aíFeitar palavras para vos encarecer
>
livuo ni. 53
logo a execucáo o conselho. Entrou <M ^
Dorn Manoel a Cidade quasi sem *é-
sistencia; o saco dos soldados foi gran-
de , e o que desprezou a cobica se ,
tinháo ás vidas.
Recoihe- Deu Dom Manoel volta a Dio, on-
:
a Dio.
¿ e aehou ao Governador entre os ma-
teriaes da nova fabrica a cuja vista
,
l
l ,
.
537
ta v ito ni.
« no rogo vos muito
: que lhe facais ,
grato.
Concluidas as cousas de Dio, dei- Deixa na-
xou o Governador a Dom Jorge°
de Me- q^iiacos-
ta a Dom
nezes com seis navios, para que aa~ orge ,
LIVRO IV.
Poucos foráo os Reinos do Orien-
te ?
que no Governo de Doui Joáo de
Castro nao alterassem aquelle listado
com diversos movimentos de guerra ,
ou cpni -armas oppostas ou com reci-,
a Fé ,
porém que
a pregaría a seus vas-
salios. Com
esta resolncáo partió hum
Religioso a Goa , e certificado o Go-
Ternador da causa de sua vinda > ze-
a conversáo daquelle Principe,
lou
como o maior negocio do Oriente
nao menos prompto a dar á Igreja fi-
OGovei-lhos, que ao estado victorias. Despa-
rta" con- chou logo comsete fustas a Antonio
versáo ;
e Moniz Barreto e ordem que,encon- .
m anda ais- i
A • i
j) .j or e
da Ihe servirem de guias. Tanto que
g
a entra de anoiteceo tornoua armada a deman-
nome de Africano.
Acudió O Mil luCO COIll cinCO mil Acode o
cavalius cedo á lasúiua, tarde ao re- Maluco
,
tardc *
medio e vendo que o ferro > e fogo
j
55o VI23A DE D, JOAO BE CASTRO.
nao deixára cousa alguma com se-
melhanca do que íiavia sido, vollon
impaciente a EíRei de Cambaia co- ,
fruto.
o Reí ae
Entendía o Machine P\ei da Cotta
Costa dis- como o de Gandea buscava com a
e
clnd ea°aa mu ^ ííD 9 a de Religiao a proteccáo do
,
LJYRO IV. 35
da térra ,
pois nao sofría, que o Mun-
do tivesse oiitro outro
Rei , nem
Déos, mais que os que elle servia;
e adorava; que nao negava ser a Re-
ligiáo dos Portuguezes, ou melhor,
ou mais felice, pois cultivao o Déos
das victorias; porén que a elle lhe
,
«
"dahi ir mos a buscar nossa armada,
LITRO iv. 555
Logo que Antonio Moniz come- He come*
V' 10
con a marchar, se descobríráo os ini- .
ao parecer 9
hum corpo de oito mil
homens regidos por seu Cabos, a que
chamáo Modeliares, destros naqueííe
modo bárbaro de cometer e retirar , }
táo ;
que o Déos em que comecava ,
lívho iv. 56
dio quatro mil soldados que sem gol- ,
nao qu eren-
to dos successos passados ,
^
do dar outros ao descanco como ho- \
migo ,
que estava com quatro mil sol-
dados ñas aldeas vezinbas. E tanto que
os Mouros tíveráo aviso, que a nossa
gente marchava, sem esperar o som
das caixas nem a vista das bandei-
,
AcKem ,
e meiáo * chegando a desembarcar de
e se
iogo. noite no porto de Malaca para poder ,
embarcar.
Tocou-se na Cidade a rebate onde 9
wct0 ~
tlia ,em que se deu a batalha es- , *
LIVR0 IV.
sem.
O Governador^ com o primeiro avi-
so desta entrada ordenou, que Dom
,
victoria.
O Governador aínda que bellicoso, Dilata-**
,
com ,
iayzg iv. 58
táes BalthasarLobo de Sonsa, e Fran-
cisco de Gouveá; das quatro qi.e í'al-
taváo Doin Francisco de Lima em Sao
Philippe > próvido na Capita-
e viaba
nía de Goa Francisco da Cnuha
;
llama.
Achava - se o Governador com tres
582 Y IDA DE 13.
•
JOAO BE CASTRO.
>-
. .
j
¿na gente.
García de Noronha, Manoel de Sou-
sa de Sepulveda y e Vasco da Cunha.
Hia tambem Dom Diogo de Almeida
Freiré com duzcntos cavallos , e os
casados de Goa, a quem se a-gregá-
ráo os pioes da térra em número ,
68 ^
a embaixada com ceremonias decentes L,
á ambicáo do Rei e grandeza do ,
Tanguarda.
deando e peleijando juntamente o
, ;
L
586 VIDA DE D, JOAO DE CASTRO.
Toita a teresses da campanha. Voltou o Go-
oa
*
vernador a Goa, onde tinha a armada
prompta para passar ao Norte, nao
tendo outro lugar para descanso que ,
Lobatto Antonio
, de Sa Alvaro Ser- ,
ribe ra ;
, Coge Percoli lingua; e os
navios , que vieráo de Cocíhiin , de
588 VIDA BE D. JOÁO BE CASTRO,
que os Cabos erao nossos. Foráo nesía
conserva alguns navios de Particula-
res-, que por benevolencia do Gover-
nador serví rao graciosamente o Es-
tado.
Chega a Coíti toda esta frota foi o Governa-
Bacami.
¿ Qr SUT a¡[ v em Bacaim donde mandou
,
Alvaro
Surrate.
de Surrate, despachasse alguma pessoa
de eonfianca ¿ que notasse o estado
da fortaleza , ou tomando lingua da
térra, sonbesse com que nmnicoes ,
e presidio Caracem se achava e pa- :
Que íhes
D, Jorge, que se hia recolhendo ,
succede. ,
1° . n
quando vio as iuslas surtas, e que os
nossos peleijaváo em térra , poz nella
aproa, e acudió a tempo, que pode
carregar ao inimigo o qual se recol- ,
011 crédulos. O
Governador por fazer
apparente omedo ou a galantaria ¿ ,
cí) ni
i
,
para sondar o rio, e ver o que
se podia obrar, informando-se do es-
tado da fortaleza com vista de oihos.
Este Capitáo subió pelo rio alé haver
vista do exercito do Soltao derramado
por huma dilatada campiña. Era fama,
¿íÍvrq iv. 5g5
que duzentos mil soletados; o
trazia
certo he, que era a muitidáo táo gran-
de que cobria os campos vezinhos,
,
°
Mandón que levantasse ferro a arma- $olt¿.
da , e foi subindo até dar fundo na
í ente do exercito , cujo numeroso po-
fortaleza , em que
S. Alteza e o ,
missos.
Lembra a jNjeste breve ocio . que o Governa-
ElRei os i o
em bacaim eomeeou
•
Hidaicao
com guer- forcas j
ó
E s t a do estariáo 7; aínda que
. , , .1 .
mimigo
Recebido este aviso , Dom Diogo o Capitáo
de Álmeida com conselho do Bispo de Go \ ie ,
1
í
aviso , mandou
peca de leva e tirar ,
o dos feridos.
Chega a O Governador deixando a Cidade
gacaim. abrazada , se tornou a embarcar e ,
aviso enteridérap
, que O Governa- ,
.
I
4o4 VIDA DE D. JOÁO DE CASTRO.
para fazer com a fúgida aos seus exem-
p!o. Deixáráo nos quarteis as tendas ,
teridad e.
a Dom Joáo de Cas-
áo pareceo Contimi»
tro que eslava o Hidalcao aínda bem
,
oGovernA -
Danos que
stabilidade dos successos da guerra.
° En-
i i • i
'
que depois de perder no sitio grande
parte da armada , o temor de nossas
naos, ainda ancoradas no porto, o
fez retirar fugindo e deixando em
,
e vigilante em
guardar a Cidacle por- j
que a fé e o
, poder faziáo ao Ba-
xá sospeitoso. O Turco que vio sua
traicáo temida ou descuberta
> qui- ,
4i5
dos Arabios, e que para se defender
lhe faltaváo forcas, e bastimentos ,
quella praca.
Era fama, que o Marzao esperava
de Bacorá em breve importantes soc-
corros; e que se o deixassem engros-
sar o poder cometería Cidade com
,
LIVRO IV. 4 1
"
navios, e alguma gente escolhida pa- ,
honesto tributo.
Aiegra-se D. Joáo de Castro se alegro u de
oGovema-ver soar sen nome 7 e suas victorias
nos ouvidos dos Principes remotos,
fazendo-os nao só reverentes mas su- ,
exemplo»
Poem^iiie
Sitiáráo a Cidade os Turcos , pOn-
xivro iv. 4^5
do-lhe duas batarias com algumas pe-
cas de disforme grandeza, entre ellas
duas que chamaváo Quartaos ; joga-
,
fiel
, e ao Estado. Porém o perigo a ,
amor, e abundancia.
426 Y IB A DE 13. JOÁO DE CASTRO.
_ D. Alvaro de Castro, partindo com
de d. ai- toda a armada junta , como levava os
varc#
Levantes em popa , fez a viagem
breve, e tanto avante , como os íi heos
de Canecanim , lhe sabio Dom Joáo
de Attaide do qual soube a perda
;
útil ,
que difficil.
Mandou Dom
governar a Alvaro
a*
Xael e surgindo
, do castello á vista ; Xael.
os Fartaques temerosos oa amigos , ,
aiyiearas.
q U j n a ¿ e Cintra, e rernatao
f
em huta
pequeño cabeco que ainda hc.e con-
serva o nome do Monte das Alvicaras.
1
tiiVBó i\r
45 .
« dencia ?
discricáo provastes em
e
« todas as colisas, que para se poder
« alcancar , eráo necessarias e quáo ,
j
« Rei meu Senhor, poder nisso sa-
e< tisfazer a vos e a ella
, mas polo
;
|
« que a todos lá fazeis por meu respei-
« to. Pero Fernandez a fez em Lisboa
•
a trinta dias de Outubro de mil qui*
te
nada
ce pois com tantos trabalhos >
,
|1
O Infante D. Luis.
* I
Deixa-se bem
ver destas cartas, B
|
tomar Angediva; donde mandón avi-
i so ao Viso-Rei para o prover do ne-
!- cessario , visto ser-lhe foreado inver-
- nar em aquelle porto. Piloto de O
e Ghristováo de Sá soube-se marear me-
:
IhoT, porque tanto que avistou a eos-
I
ta da India, foi metendo de lo para
- se por a barlavento de Goa, e houve
- vista da térra por Carapatáo , onde foi
- demandar a barra.
Logo que o Viso-Rei soube \ que che ga hu-
VIDA DE D. JOÁO DE CASTRO.
4i6
eatrára nao do Pveino mandou de- ,
to que
í(
to= xa me alimente. » E logo pedin-
m», do hum Missal fez juramento sobre
,
ivirEo iv. 4 í
& em ° 9
com reverente , e piedoso applauso ,
ultimo beneficio , que com suas cin-
zas ha recebido a patria , e trazidos
Depositao-
hombros ^e quatro netos seus ao
aos
se em s. Convento de S. Domingos de Lis-
de LiTboa
.^a, onde
muitos dias se Ibes fize-
ráo sumptuosas exequias. Daqui fo-
ráo segunda vez trasladados ao Gon-
Trasia- vento de S. Domingos de Bemfica
a
Bemfica. onde (posto que em Capella alheia)
estiveráo alguns annos com túmulo
decente até que o Bispo Inquisidor
,
D. JOANNES DE CASTRO
XX. PRO RELIGIONE IN UTBAQUE
MAURITANIA ST1PENDIIS FACTIS :
D. ALVAR US DE CASTRO,
MAGNI JOANNIS PRIMOGENITUS ,
TRÍUMPHORUM CONSORS ,
jemulus roRTiTUDiNis ,
H.ERE5 VIRTÜTUM }
NON OPUM ;
E
logo no mitro arco junio a esle,
está D. Anna de Attaide sua mulher.
No váo desía Capella se fez hum car-
neiro com seis arcos de pedraria em 9
456 VIDA DE D. JOAO DE CASTRO.
hum dos quaes ha altar para se dizer
Missa; e os mais tem repartimentos para
os ossos, e corpos dos defuntos.
Dotou o Bispo Inquisidor Geral
fundador desta Capella ) ao Conven-
to de Bemfica para sustento dos Re-
,
P e ^° >
Cantío.
,
INDEX
DAS PRINCIPAES COUSAS
DESTA HISTORIA,
A.
422. Como se háo os Arabios de- Capitáes que com elle váo, i8i.
samparados dos nossos 424. ,
Trabalhos da viagem 21 5. Ar- ,
mar , 25. Dis corre m sobre a Sobe o muro ; donde cahio com
464 INDEX.
huma pedrada 261 Engeita , sos, ibid.Arvorao os nossos a ca-
grande resgate que U:e ofi'eieee ,
beca de hum Mouro á vista da
Rumecáo por huni Capitao Ja- de Antonio Correa 25o. ,
Valor com que se ha, 307. Peii- Bacaim,2i5. Valor com que sal-
go em que se ve 5n. En ira na , va o caraveláo 216. Parte para ,
584. E faz fugir o inimigo, ibid. vora, 218. Valor com que se ha
Parle a Dio com o Governador em varias occasióes 226. E ,
toria, 4o6. Assola outra Cidade que faz , 555. Chega a Candea e ,
Dabul, 4o8. Yai com soccorro a acha tudo trocado , ibid. Trata
Adem 4i8. Que armada leva ,
, de voltar-se, 354. He acomettido
4ig. Successouda viagem 426. , dos inimigos, 355. Trabalhos
Faz couseUío e que se assenta, , que passa ibid. Prudencia com
,
vanta Coge ofar huma maqui- ' go a Cachil Aeyro , 363. Chega
na , que faz grande daño i52. ,
com elle a Teníate , 563.
Assalta Juzarcao o Baluarte S. Bertholameu Correa. Hum
Joáo, 161. E ííumecáo o ba- dos cinco soldados que com ,
Mostra depois inconstancia, mas Quem era este Mouro, gi. Como
os Religiosos o animáo , ibid. veio a Cambaia g5. Razóes ,
Lanco de cortezia entre o Em- traz, 123. Pr ática que faz aos
perador , e o infante D. Luiz, seus 124. Torna a instar ao
,
INDEX. 467
vel da mesmn Cruz , 6o. A Becto nossos ao reparo das minas, 22^
com que o Governador recebe Dá o inimigo outro assalto
esta nova , 62. 228. Resistem os nossos valero-
sámente 229. Perigo em que se
,
Outro assalto, 1 68. Sobem Tur- dor a entrega a Luiz Falcao, 3g6.
eos á* Igreja a que acode ü,
, Diogo de Almei da Freiré (D.)
Joao Mascarenhas 175. Onde ,
Capitao mor de Goa 276. En- ,
sos, 189. Assalto geral, 18 i*, no mar, 338. Yai contra o Hi-
Pveparo dos nossos contra o dalcao, por mandado do Gover-
fogo , 192. Recolhcse o inimigo, dador, 56 1 e 575. Chega á* for-
,
ig3. Com que perda, 194. taleza de Rachol, Ó76. Onde re-
Novo assalto jgG. Resistencia,
colhe a gente ib. Sahe contra o
,
INDEX 4c 5
Francisco ce Mello, Capitáo houve 218. Valor com
,
cr;
n ardor o m
uida a Caxem ,*42o. Peleija com elle, e desbarata-o,
8ucces&o da viagem 425. Sahe , 5G. Aceita a paz que o Hidalcáo
ao encontró a D. Alvaro 426. , pede, 72. Trata das cousas do
Valor com que se ha em Xael ; Estado ibid. E das da Religiáo,
,
INDEX. 471
Cuulados em que andava sobre de Lima 335. Escreve a EIReí ,
Aprestos que fica fazendo, i83. tado no mar , ibid. Deci eta-se~
Cuidados eni que andava , 267. Ihe triumpbo cuja fabrica se ,
Ihe dao ,317. Reedifica a forta- Dio , ^e com que armada ibid, ,
baia, 329. Depois manda a An- Falla aos soldados, ibid. Re-
tonio Moniz esperar as náos de posta dos Fidalgos e Cabos , ,
Cambaia, 333. Tem aviso de Or- 594. Espera no campo tres ho-
muzde novos motins de guerra, ras ,embarca-se
e , 395. Danos
334. Manda para 14 a D. Manoeí que faz ao inimigo , ibid* Cbega
472 ini
a Dio 3n5. Entrega a praca a
, Rei D. Joáo de Castro, 456.
Iruiz Falcáo por deixacáo de D. Filhos que teve 462. ,
IN] IES.
leza} 255.
Trata díssuadir os mandado de D. Alvaro 389. ,
INDEX.
Cidade , 4i4. Danos que depois Enreste a fortaleza ,
e retira se ,
Ihe fogo os inimigos com perda gao a Goa náos do Reino 33o. ,
EX. 'Í77
taleza de Dio , 160. Reposta que Surrate, entrada , e destruida
llie da, 161. por D. Manoel de Limá 296. ,
FIM.
EM PARIS ,
Na officina de j. smith.