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COMO SABER SE SOU FILHO DE DEUS

1 João 2:3-14

3 Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos.
4 Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.
5 Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus.
Nisto sabemos que estamos nele:
6 aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.

7 Amados, não vos escrevo mandamento novo, senão mandamento antigo, o qual, desde o princípio, tivestes.
Esse mandamento antigo é a palavra que ouvistes.
8 Todavia, vos escrevo novo mandamento, aquilo que é verdadeiro nele e em vós, porque as trevas se vão
dissipando, e a verdadeira luz já brilha.
9 Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas.
10 Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço.
11 Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque
as trevas lhe cegaram os olhos.

12 Filhinhos, eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados, por causa do seu nome.
13 Pais, eu vos escrevo, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevo, porque
tendes vencido o Maligno.
14 Filhinhos, eu vos escrevi, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele que existe
desde o princípio. Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes
vencido o Maligno.

INTRODUÇÃO

Como saber se sou um filho de Deus? O apóstolo João nos dá alguns recursos objetivos
para analisarmos se estamos, de fato, andando na verdade, se somos realmente cristãos. Os
testes conhecidos como: “teste moral”, “teste social” e “teste doutrinário” (que não será visto
nesta seção) eram importantes naquele contexto em que a semente da heresia gnóstica
tentava se estabelecer no seio da Igreja. Assim, os verdadeiros cristãos deveriam ser
reconhecidos, dentre outras coisas, como aqueles que vivem a vida de Cristo “teste moral” e
aqueles que amam ao próximo “teste social”. É sobre isso que falaremos nesta mensagem.

I – O TESTE DA MORAL (vv. 3-6)

O “teste moral” diz respeito a como os cristãos se comportam diante da Palavra de


Deus, como correspondem “ética” e “moralmente” com suas obras e práticas diante dos
reclames do evangelho.
Objetivamente, o apóstolo apontou que “o temos conhecido por isto: se guardamos os
seus mandamentos”. Na prática, o cristão não é parecido com o mestre gnóstico que não se
importava muito com seu corpo, com suas práticas, com a moralidade, uma vez que
acreditava ser o espírito inerte às promiscuidades carnais. Desta forma, não consideravam
a moralidade algo que fosse necessário.
Ao contrário, o evangelho não é algo dissociado da vida prática, da vida na “carne”. Ele
requer, sim, mudança de atitude e afastamento do pecado.
Os cristãos deveriam, portanto, ser reconhecidos como aqueles que “guardam os seus
mandamentos”.
Hoje parece ser estranho em alguns redutos cristãos a ideia de guardar mandamentos.
Soa um pouco farisaico e muitos acreditam que Jesus “aboliu” a lei na cruz e não há mais
nenhuma exigência na vida do cristão.
Pode-se até pensar que em termos salvíficos, de fato, não há necessidade alguma de
obediência a leis ou mandamentos. A lei realmente nunca salvou ninguém. Contudo, o
sentido do mandamento sempre foi o de aperfeiçoar o servo de Deus. Neste sentido, ainda
existem mandamentos no Novo Testamento que devem ser observados pelos cristãos. Os que
negam a realidade dos mandamentos para os cristãos são chamados de antinomianistas1.
João contesta o conhecimento intelectual defendido pelos mestres apelando a um
conhecimento prático de Cristo, que se expressa na guarda dos mandamentos. A
referência é aos mandamentos de Deus que nos foram revelados e registrados
infalivelmente nos escritos bíblicos. É quase certo que João tem em mente
especialmente os Dez Mandamentos, que são o resumo da vontade de Deus em relação
ao culto, à vida moral, social e familiar do homem. Guardar esses mandamentos
significa obedecê-los (conforme a NVI traduziu)2.

Vejamos alguns mandamentos que o próprio Senhor Jesus estabeleceu:


“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a
julgamento.
Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará
sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do
tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo”. (Mateus 5.21-22).
Jesus amplia o entendimento do “Não matarás”. Agora, até mesmo a ira sem motivo é
um pecado. Porque o assassinato de uma pessoa não só ocorre literalmente, mas pode existir
no coração, numa ira, num desprezo, num insulto. Assim, o mandamento alcança além do
exterior, o interior; além da literalidade, a imaterialidade. O Senhor quer que seu
mandamento alcance o coração; que haja o entendimento do ‘espírito da lei’ e não da lei seca!
Jesus ainda se pronunciou: “Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás
falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos. Eu, porém, vos
digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus; nem pela terra, por ser
estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei; nem jures pela tua
cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, a tua palavra:
Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno”. (Mateus 5.33-37).
Da mesma forma, o mandamento do juramento foi reinterpretado. Jesus Cristo está
dando outro princípio à Igreja: “Não façam juramentos temerários”!
E sobre a retribuição? Jesus ensinou: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por
dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face
direita, volta-lhe também a outra; e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-
lhe também a capa. Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem
te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes”. (Mateus 5.38-42).
Jesus ensinou a igreja a não pagar o mal com o mal, mas resistir o mal com o bem.
“Protestar” diante da ofensa com a resistência pacífica. Com a metáfora de virar a outra face.
Sobre o amor, o Senhor ainda vaticinou: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo
e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos
perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste (...)”. (Mateus 5.43-45).
O mandamento do amor foi reafirmado. Agora, não se deve amar somente os amigos,
mas a todos, até mesmo os inimigos. Além de amá-los, é preciso orar pelos que vos
perseguem, somente assim se tornarão filhos do Pai, ou seja, somente quando o verdadeiro
amor sacrificial do Pai for manifesto em vós.
Outros mandamentos de Cristo:

1 A palavra antinomianismo vem de duas palavras gregas, anti, que significa "contra", e nomos, que significa
"lei". Sendo assim, antinomianismo significa “contra a lei.” Teologicamente, o antinomianismo é a crença de
que não há leis morais que Deus espera que os cristãos obedeçam. O antinomianismo leva um ensinamento
bíblico a uma conclusão antibíblica. O ensinamento bíblico é o de que os cristãos não são obrigados a
observarem a lei do Antigo Testamento como um meio de salvação. Quando Jesus Cristo morreu na cruz, Ele
cumpriu a Lei do Antigo Testamento (Romanos 10:4, Gálatas 3:23-25, Efésios 2:15). A conclusão antibíblica é
a de que não há nenhuma lei moral que Deus espera que os cristãos obedeçam. Disponível em:
https://www.gotquestions.org/Portugues/antinomianismo.html. Acesso em: 01 fev. 2019.
2 LOPES, Augustus Nicodemus. Interpretando o Novo Testamento: Primeira Carta de João. São Paulo:

Cultura Cristã, 2004. p. 52.


“Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”. (Mateus 5.48).
“Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens (...)”. (Mateus 6.1).
“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai,
que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”. (Mateus 6.6).
“Tu, porém, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer
aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará”. (Mateus 6.17-18).
“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra (...) mas ajuntai para vós outros
tesouros no céu (...)”. (Mateus 6.19-20).
“Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida (...)”. (Mateus 6.25).
“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a
eles; porque esta é a Lei e os Profetas”. (Mateus 7.13).
João fala ainda que “Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos
é mentiroso”. Não pode ser verdade a fala de alguém que diz que conhece ao Senhor, que é
seu filho, seu servo, mas não obedece seus mandamentos! Isso é uma falácia.
O critério para saber se alguém é filho de Deus passa justamente pelo “teste da moral”.
“Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve andar assim
como ele andou”.
Mas, não basta obedecer a mandamentos, é preciso algo mais. A motivação deve ser
adequada. Warren Wierbe afirma que “a obediência pode ter três motivações. Obedecemos
porque somos obrigados, porque precisamos ou porque queremos”3. As duas primeiras
formas de obediência são inadequadas ao evangelho. Por obrigação a obediência é forçada.
“O escravo obedece porque é obrigado”. Por necessidade, a obediência também é
problemática, pois se corresponde por meio de troca, de barganha. “O funcionário obedece
porque precisa. Pode não gostar de seu trabalho, mas certamente gosta de receber o salário
no final do mês!”. Por fim, a última forma de obediência seria a mais adequada e requerida
do cristão. Obedece-se porque se quer, porque se ama fazer isso! “O cristão deve obedecer ao
Pai celestial porque quer – porque tem um relacionamento de amor com Deus”4.

APLICAÇÃO

Obviamente não somos perfeitos! O próprio apóstolo João afirmou que quem diz não
ter pecados é mentiroso! Mas, não podemos estar presos, acorrentados, amarrados ao
pecado, caso contrário, é suspeita de que ainda precisamos da salvação e libertação de Jesus
Cristo em nossa vida.
Mas, seria importante algumas perguntas para refletirmos sobre o quanto estamos
alinhados com a obediência aos mandamentos do Senhor e o quanto estamos comprometidos
com o pecado. Façamos a autoanálise.
Sobre o mandamento acerca da ira. Temos nos irado contra nosso irmão sem motivo?
Temos insultados a nosso irmão? Temos o chamado de tolo? Cuidado, podemos estar sendo
assassinos, sujeito a julgamento e ao inferno de fogo!
Sobre os juramentos. Temos feito juramentos temerários, irresponsáveis? Temos
mentido ou omitido a verdade colocando Deus como testemunha? Temos conseguido ser
sinceros e cumpridores de nossas obrigações. Devemos ter cuidado para não sermos
blasfemos!
E sobre a retribuição? Temos dado a outra face? Temos resistido ao mal com o bem?
Temos protestado contra a injustiça com as armas da pacificidade? Caso contrário,
incorremos em pecado contra o mandamento de Jesus Cristo.
Sobre o amor. “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos
torneis filhos do vosso Pai celeste (...)”. (Mateus 5.43-45). Temos amado até mesmo nossos
inimigos e orado por eles?

3
WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento. volume II. Santo André – SP:
Geográfica, 2006. p. 621.
4 Idem.
O problema maior problema não né pecar num desses quesitos de modo fortuito, mas
estar aprisionado a eles e não conseguir manifestar uma vida que siga o exemplo de Cristo.
O alvo desse ensino é mostrar justamente ao cristão que ele deve ter uma nova vida em
Cristo, livre das amarras do diabo para viver as boas obras do reino! Glória a Deus.

2 – O TESTE SOCIAL (vv. 7-11)

O outro teste listado por João é o “teste social”. Ele se relaciona com o amor com que
os irmãos devem viver. Um verdadeiro crente deve transbordar do amor de Deus em sua vida.
Não é uma opção, mas uma necessidade. Quem não ama não pertence a Deus, porque “Deus
é amor!”.
O apóstolo não diz que está trazendo mandamento novo. Ou seja, ele não está criando
novas exigências, inventando leis ou tradições. Na verdade, está repassando o que é
conhecido desde os primórdios. “O mandamento a que João se refere é aquele de amar o
próximo, e é tão antigo quanto o Antigo Testamento (...) (Lv .19.18)”5.
Neste sentido podemos refletir sobre a continuidade da Palavra de Deus. De certa
forma o que foi revelado no Antigo Testamento tem sua continuidade na Igreja. A Palavra do
Senhor ainda é aplicável em todos os tempos. Os princípios do perdão, do amor de Deus, da
graça já estavam em operação no passado. Desta forma, a Igreja se apropria dos
mandamentos antigos.
Mas, João parece se contradizer quando em seguida diz que tem novo mandamento (v.
8). Para uma melhor compreensão do que o escritor quer dizer, vamos apresentar duas
traduções diferentes. A Bíblia Viva e a NTLH.
“Queridos irmãos, eu não estou escrevendo um novo preceito para vocês obedecerem,
pois é coisa antiga, que vocês sempre tiveram, desde o princípio mesmo. Tudo isto vocês já
ouviram antes. Ainda assim ele é sempre novo, e dá resultado para vocês tal como deu para
Cristo (...)”, (VIVA, vv. 7-8).
“Meus queridos amigos, este mandamento que estou dando a vocês não é novo. É o
mandamento antigo, aquele que vocês receberam lá no começo. O mandamento antigo é a
mensagem que vocês já ouviram. Porém o mandamento que eu estou dando a vocês é novo
porque a sua verdade é vista em Cristo e também em vocês (...)”. (NTLH, vv. 7-8).
“Os gregos tinham duas palavras diferentes para se referir a algo novo. O termo neós,
que significa "temporalmente novo". Usa-se essa palavra, na forma de prefixo, em termos
como "neo-ortodoxia" ou "neoclassicismo". O termo kainós referia-se a algo "qualitativamente
novo, inédito"6. A palavra usada por João aqui é kainós. O mandamento para amar uns aos
outros não é novo em termos de tempo, mas o é em termos de qualidade.
Assim, podemos compreender que João não se contradisse. Mas, ele estava falando
que o mandamento era antigo num sentido e novo, em outro sentido diferente. Assim, ele
estava trazendo novo mandamento no sentido de sua aplicabilidade em Jesus Cristo. Esse
novo mandamento é aquele que a igreja deve compreender e praticar, o mandamento do
amor.
Hernandes Dias Lopes nos esclarece três aspectos em que o mandamento de amar ao
próximo é novo.
O mandamento é novo em profundidade. O novo mandamento de Cristo nos desafia a
amar como ele nos amou. Isso é mais do que amar o próximo como a si mesmo, uma
vez que Cristo nos amou e a si mesmo se entregou por nós. O amor cristão não é
sentimento, é ação. Não somos quem dizemos ser, mas o que fazemos. Cristo deu sua
vida por nós e devemos dar a nossa vida pelos irmãos (3.16).
O mandamento é novo em extensão. Jesus redefiniu o significado de “próximo”. O
próximo que devemos amar é qualquer pessoa que precise da nossa compaixão,
independentemente de raça ou posição. Devemos amar até mesmo os nossos inimigos.
Em Jesus o amor busca o pecador. (...).
O mandamento é novo em experiência. Andar em amor e andar na luz são a mesma
coisa. Quando conhecemos a Deus tornamo-nos filhos da luz. Na vida cristã as trevas

5Idem. p. 56.
6WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento. volume II. Santo André – SP:
Geográfica, 2006. p. 178.
vão se dissipando, pois as trevas não podem prevalecer sobre a luz. Na vida cristã a
verdadeira luz, que é Cristo, já brilha.7

E qual é o ponto fundamental aqui? O amor. “Aquele que diz estar na luz e odeia seu
irmão, até agora, está nas trevas” (v. 9). O ódio injustificável, pecaminoso não combina com
o evangelho. Odiar ao irmão não é atitude de cristão. Não conseguir amar ao próximo é um
sinal marcante de que se precisa de Jesus Cristo e de uma sincera conversão de vida antes
de prosseguir. Mas, o que é esse ódio? Ao contrário da imagem de cólera e raiva desmedidas
que possam vir em nossas mentes, o ódio aqui pode ser algo diferente. “O ódio a que João se
refere na carta é a falta de cuidado, provisão e ajuda para com irmãos verdadeiramente
necessitados”8 e “notemos mais uma vez que ‘odiar’ aqui é simplesmente não amar de forma
concreta. A manifestação mais clara do ódio é a falta de consciência social para com o irmão
necessitado (3.17, 18”9.
Ao contrário do ódio, em que consiste esse amor? Augustos Nicodemos igualmente nos
ajuda nas definições de termos: “(...) podemos perceber que o verdadeiro amor consiste, como
Cristo ensinou e exemplificou, em dar a vida pelos irmãos”10.
Aquele que não passa no “teste social”, no “teste do amor”, precisa se reconciliar
urgentemente com o Senhor. Falhou em sua missão como cristão e, conforme o texto, ainda
está em trevas! É um autoengano. A pessoa pensa estar salva, estar vivendo para Deus, mas,
na verdade, ainda está em trevas!
As trevas estão ao seu redor, elas a cegam. É preciso que seus olhos sejam abertos
para que possa ver! É preciso a luz do Senhor entrar e irradiar sobre sua vida.

APLICAÇÃO

Uma das maiores provas de que somos filhos de Deus é quando temos o amor de Deus
em nossos corações e conseguimos transbordar esse amor ao próximo. O Senhor Jesus
Cristo já insistia: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua
alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo
como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes”. (Marcos 12.30-31).
A grande pergunta de um milhão é: temos passado no “teste social”? Temos amado ao
nosso próximo? E mais, temos amado aos nossos inimigos? Quais atitudes (porque o amor
se mostra na prática) mostram isso em nossa vida? Temos conversado com as pessoas das
quais não temos afinidade? Temos evitado discutir e brigar com as pessoas? Temos tido
reação pacífica diante dos dilemas dos relacionamentos? Cuidado das necessidades daqueles
que pouco ou nada tem? (Amor também se expressa pelo cuidado das necessidades dos
pobres). Conseguimos orar pelos nossos inimigos? Bem, a lista é grande. Mas, que o Senhor
nos ajude a responder satisfatoriamente a todas essas perguntas. Que nosso amor seja real
e vívido na Igreja e no mundo.

3 – A VITÓRIA SOBRE O MALIGNO (vv. 12-14)

Após uma série de apontamentos quanto à fidelidade do cristão em relação aos


mandamentos do Senhor e ao amor a Deus; João prossegue dando uma injeção de ânimo
em seus ouvintes. De fato, ele traz ânimo ao seu público reafirmando a vitória do Senhor em
suas vidas, mostrando-lhe que são vitoriosos diante das dificuldades e diante dos ataques
do diabo.
Hernandes Dias Lopes enfatizou três preciosas bênçãos que os cristãos têm em Cristo
Jesus:

7 LOPES, Hernandes Dias. 1, 2 e 3 João: como ter garantia da salvação. São Paulo: Hagnos, 2010. p. 104-
105.
8
LOPES, Augustus Nicodemus. Interpretando o Novo Testamento: Primeira Carta de João. São Paulo:
Cultura Cristã, 2004. p. 57.
9 Idem.
10
Idem.
Em primeiro lugar, o cristão tem perdão em Cristo Jesus (2.12). (...) Aqueles que creem
no Senhor Jesus já estão perdoados. Seus pecados já foram cancelados. Eles já estão
limpos. (...). Em segundo lugar, o cristão tem o verdadeiro conhecimento de Deus
(2.13,14). (...) Os falsos mestres pensavam que eram os detentores do verdadeiro
conhecimento de Deus. Ufanavam-se por causa disso. Porém, João escreve aos crentes
para mostrar-lhes que o verdadeiro conhecimento de Deus não é um privilégio dos
gnósticos, mas dos crentes. (...) Em terceiro lugar, o cristão tem a força vitoriosa contra
o Maligno (2.13,14). (...) Os jovens são fortes não por causa da sua força física. Eles são
fortes não por causa de sua audácia. Eles são fortes porque a Palavra de Deus
permanece neles. Eles têm vencido o Maligno não fiados em sua própria força, mas pelo
poder da Palavra que neles permanece 11.

Assim, o apóstolo, após suas incursões contra a heresia gnóstica, reafirma e reanima
a igreja, endossando que os cristãos de fato são filhos de Deus. Eles realmente conhecem ao
Senhor, são perdoados por Deus e venceram o Maligno. Uma grande realidade e incentivo
para igreja continuar sua caminhada confiando ainda mais no Senhor.

APLICAÇÃO

Em alguns momentos é preciso que nossa fé e vida com Deus seja reafirmada. Como
servos fieis ao Senhor, temos muitas bênçãos da parte dele, dentre elas: o perdão, o
conhecimento de Deus e a vitória contra o Maligno.
Sendo assim, vivamos tais realidades. Nos momentos difíceis e de acusação,
lembremos que nossos pecados foram e continuam sendo perdoados por Deus! Diante da
falha, do erro, relembremos: nossos pecados foram e são perdoados por Deus.
Em relação ao conhecimento de Deus. Tenhamos a certeza: temos conhecido a Deus!
O Deus verdadeiro!
Por fim, uma realidade triunfante para a igreja: temos vencido o Maligno. Não estamos
numa batalha indecisa! Não teremos garantias apenas no final. Não! Pelo contrário, a vitória
já está antecipada: vencemos o Maligno! Que tal realidade fortaleça e encoraje a igreja contra
as investidas do Maligno sabendo que ele já foi vencido.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

João traz dois testes para orientar a igreja como identificar o verdadeiro filho de Deus.
O teste moral e o social. Ou seja, o teste da obediência e do amor. Só é um verdadeiro crente
aquele que passa em ambos os testes. Só é um filho de Deus, só se conhece, de fato, a Deus,
aquele que guarda os seus mandamentos, bem como aquele que ama ao seu próximo!
Os filhos de Deus correspondem adequadamente a tais testes; são novas criaturas,
portanto capazes de viver em obediência ao Senhor e em amor ao próximo. Mesmo que não
alcancem a perfeição, suas vidas são caracterizadas por tais ênfases.

LOPES, Hernandes Dias. 1, 2 e 3 João: como ter garantia da salvação. São Paulo: Hagnos, 2010. p. 116-
11

118.

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