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AS ALEGORIAS DA

ALEGORIA: A CONSTRUÇÃO
DO DISCURSO METAFÓRICO
EM UTOPIA, DE THOMAS
MORE
Wagner dos Santos Rocha
Orientadora: Shenna Luíssa Motta Rocha
RESUMO
Utopia, de Thomas More é uma das obras-primas da literatura e da filosofia
ocidental, nela, o humanista inglês se propõe a descrever a organização política e
social da fictícia Ilha de Utopia, uma sociedade sem falhas, que exprime as virtudes
que eram necessárias às sociedades europeias da época. A narrativa é contada
através da fala do viajante português Rafael Hitlodeu que residiu na Ilha de Utopia
durante cinco anos, e que decide proferir ao autor um discurso sobre a melhor
forma de se constituir uma república. Entretanto, mais do que tentar criar uma
sociedade perfeita aos olhos humanos, More apresenta em seu texto uma crítica
moralizante à organização das sociedades europeias no início do século XVI, que
sempre continuaram a nutrir o vício por mais poder quando não o precisavam. Para
isso, ele utiliza o recurso retórico da alegoria, a fim de moralizar os governantes da
época através de seu discurso. Desta forma, o seguinte trabalho se propõe a
estudar a construção alegórica da Ilha de Utopia e suas instituições,
compreendendo esse recurso retórico como forma de moralização.
INTRODUÇÃO
Thomas More (1478 – 1535)

Humanista inglês

Chanceler e Membro do
Parlamento de Henrique VIII

Pregava a liberdade religiosa e


promovia uma educação política

Contrário à Reforma Protestante


INTRODUÇÃO

Utopia (1516)

Dividido em duas partes

Discurso de Rafael Hitlodeu

Alegoria: recurso retórico


ALEGORIA IN VERBIS
• “[...] dizer ou mostrar o oposto do que pensamos para entender melhor
a verdade profunda” (PREVOST, 1971, p. 161).

• “[...] metáfora continuada como tropo de pensamento, e consiste na


substituição do pensamento em causa por outro pensamento [...]”
(LAUSBERG, 1976, p. 283)

• Alegoria in verbis / Alegoria in factis

• Procedimento intencional do autor

• Quintiliano (alegoria como tropo)


- Tropo
- 4 tipos (Alegoria por ironia/oposição)
CONTEXTO HISTÓRICO

• Século XVI • Relatos de viagens

• Reformas • Belicismo

• Escola Humanista • Distinção de classes

• Expansão ultramarina • Utopia: Consequência do


contexto
A CONSTRUÇÃO DO DISCURSO
METAFÓRICO EM UTOPIA

• Nomes (provenientes do grego)


- Utopia
- Amauroto
- Acóreos
- Ademos
- Morosofos
- Rafael Hitlodeu
A CONSTRUÇÃO DO DISCURSO
METAFÓRICO EM UTOPIA

• Liberdade racional • Religião

• Ideal Comunitário • Paz

• Composição política • Igualdade

• Leis • Desapago material


CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tomando como base o conceito de alegoria forjado por Quintiliano, e
apresentado por Hansen, o qual afirma que a alegoria pode ser de
quatro tipos, e a partir da análise da obra de Thomas More, é possível
afirmar que, Utopia constrói-se como alegoria de ironia ou oposição, uma
técnica retórica que busca um ideal moralizante em seu tropo.
Ao construir o que chama de “a melhor das repúblicas”, o autor na
verdade constrói uma crítica aos meios políticos, religiosos e sociais da
sociedade europeia, o que pode ser afirmado com a etimologia da
palavra utopia, que significa o lugar que não existe ou não lugar em
tempo algum, ou no nome do conhecedor deste local, Rafael Hitlodeu, o
mensageiro que distribui mensagens sem sentido, ou seja, o que existe
na obra é uma grande ironia por trás deste local, que é imaginário e só
serve para contrapor os vícios, estes que são reais e precisam ser
evitados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os costumes da ilha de Utopia parecem esquisitos aos olhos, pois como
o autor mesmo coloca: “é certo que tudo aquilo que se ouve sobre os
costumes diferentes, quanto mais distantes forem estes costumes de
nós, tanto mais demonstram ser inacreditáveis” (Id, p. 121). Neste caso,
eles realmente não existem, contudo não seriam abomináveis se fossem
verdadeiros, pois pregam a igualdade e o respeito entre as crenças, o
desapego material, o horror à guerra e o ideal comunitário, fatores
faltosos no século XVI, e que continuam faltosos hoje, e nisto podemos
ver a atualidade da crítica de More e como sua Utopia continua relevante
na literatura e na filosofia ocidental.
REFERÊNCIAS
ALMINO, João. A utopia é um império. In: MORE, Thomas. Utopia.
Brasília: UnB, 2004.

HANSEN, João Adolfo. Alegoria. São Paulo: Hedra, 2007.

MATOS, Andityas. Utopia: passado, presente e futuro de um não lugar,


variações sobre um tema de Thomas More. In: MORE, Thomas. Utopia.
Belo Horizonte: Autêntica, 2016.

MORE, Thomas. Utopia. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.

SÁNCHEZ, Juan Antonio. Utopía e ironía en el contexto de Tomás Moro.


Disponível em: <
https://revistas.ucm.es/index.php/RESF/article/viewFile/37630/36416
>. Acesso em 04 jan. 2018.

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