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A autocrítica necessária, porém deixada de lado.

Relutei diversas vezes em escrever qualquer coisa sobre política nesse


ano de 2018 que envolvesse estritamente o Brasil, porém na situação que
estamos, sinto que falta uma opinião analítica sobre o que vem ocorrendo
em nosso país diante de tanta desinformação e desonestidade intelectual.

Deixando as paixões de lado, começo voltando ao ano de 2015,


precisamente no dia 5 de Dezembro daquele ano, Eduardo Cunha –
presidente da câmara – acolhe o pedido de impeachment da presidente em
exercício Dilma Rousseff, trazendo para o Congresso Nacional o tom de
insatisfação de grande parte do eleitorado brasileiro não só com a crise de
representatividade política, mas sim com os rumos econômicos que o Brasil
estava sendo conduzido.

A seguir um trecho de um texto redigido por mim para um trabalho de


Economia da faculdade em Novembro de 2016:

[...]Trocando por míudos, nos últimos 15 anos tivemos 3 grandes grupos


de desequilíbrio econômicos no país, um fomento maior à políticas de
consumo e poucas políticas de estímulos de produção.

Economicamente falando, mais incentivos ao consumo, geram maior


circulação de dinheiro, com mais dinheiro em circulação, temos um aumento
do consumo, com o aumento do consumo temos a elevação dos salários, que
consequentemente aumenta a oferta de crédito e com mais crédito
disponível no mercado, maiores incentivos a políticas de consumo, com isso
o problema está gerado e se retroalimentando, a dita inflação.

1. As empresas param de produzir no Brasil por causa desses aumentos


de custo, é mais barato trazer de fora do que produzir aqui, porém
quando a empresa produz fora ela não gera empregos aqui, ela gera
empregos lá fora. (está aqui um dos fatores do aumento do indice de
desemprego)

2. Não só paramos de produzir, como paramos de comprar aqui também,


as empresas param de investir no Brasil para investir em outros países
mais seguros.

3. Temos as contas públicas. O Governo Dilma (por não atacar


suficientemente) resolveu abordar o ajuste fiscal com medidas
provisórias como a MP 664 e 665 que modificavam regras de
concessão de benefícios trabalhistas e como proposto pelo então
ministro da fazenda Joaquim Levy, a elevação da carga tributária, o
que desagradou o congresso.

Então as contas desandam.

O que acontece quando as contas desandam você me pergunta. Bom


quando as contas não são aprovadas, as Agências de classificação de risco
(Leia-se S&P, Moody's e Fitch Ratings) rebaixam a nota do Brasil.

Mas o que acontece com esse movimento?


Bom, a maioria dos investidores extrangeiros só podem investir em
paises com certa classificação minima de risco, e quando o Brasil perde o
Grau de Investimento, praticamente secam essas fontes estrangeiras e
acabamos afundados na maior crise econômica dos últimos 117 anos (que é
desde que esses dados são recolhidos para análise).[...]

Diante desse panorama, me assusta a postura por parte do Partido dos


Trabalhadores de desde o dia do acolhimento do Pedido de Impeachment
adotar a postura de que estava em curso no Brasil um Golpe – palavra esta
repetida milhares de vezes até os dias de hoje – e de ter abandonado toda e
qualquer racionalidade, necessária para a defesa da então PR Dilma
Rousseff.

Se adotou o caminho mais fácil, assim como no Mensalão, buscou-se no


imaginário popular a confeccção de uma narrativa de que o PR era nada mais
que uma vítima e que nada ali era culpa dela. Porém dessa vez não houve um
José Dirceu.

Dando um salto para o ano que estamos, Lula é preso no dia 7 Abril e
novamente aqui temos a tentativa de se criar no imaginário popular a ideia
de que há no Brasil um outro Golpe (porém Jurídico dessa vez), de que o ex-
PR estava sendo preso sem provas alguma, uma legítima desonestidade
intelectual, que virou livro (A verdade vencerá: o povo sabe por que me
condenam) dias antes de ser preso, para ajudar na concepção da injustiça
praticada pelo poder jurídico do país.

Não satisfeitos com tudo que vinha ocorrendo, temos no dia 4 de


Agosto, o pedido de registro da chapa Lula/Haddad para o pleito eleitoral.

E aqui acredito que seja o “Horizonte de Eventos” que tratou de vez de


afundar o PT nessas eleições. Não sei se por egoísmo do líder do partido ou
ideologia, se optou pelo prolongamento de uma chapa que todos sabíamos
que não iria ser aprovada pelo TSE (Ficha Limpa), pois a candidatura é uma
concessão e não um direito.

Se apostou ao máximo na narrativa de que Lula era Haddad,


enfraqueceram ao máximo o surgimento de outra liderança do campo da
Esquerda (Ciro Gomes) em todo o nordeste, pressionando o PSB a fechar
questão com o PT, deixando Ciro a ver navios e isolado no Ceará, pensaram
que Lula seria forte o bastante para levar Haddad (e a sí próprio novamente
ao Palácio do Planalto) mas a 11 dias da votação do segundo turno, apenas
um fato novo mudaria o resultado infeliz de que teremos Bolsonaro como
PR.

A Autocrítica era oportuna já em 2006 pós Mensalão, era necessária


pós Pedaladas Fiscais, inevitável pós Petrolão e agora pós desastre nas
urnas é vital para o ressurgimento do Partido dos Trabalhadores, porém se
até o presente momento não tivemos a ascensão da racionalidade no
discurso petista, talvez não vejamos isso ocorrer jamais.

Vinicius Guedes. 17/10/2018

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