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Κ. Κ. Η Ο FΒ | Β L Ι Ο Τ Η ΕΚ
ÒSTERR. NATIONALB|B L|OTHEK
61.] D.9
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緩 ఙజ్య
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經; P A R T E D A
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i.
MONARCHIA
s ; LVSYTANA.
Que contem a hitoria dos Primeiros 23. annos DelRey D.Dinis
ofraid, à Real ്ധ്ര -l? z).1് ുrം Nº/* Senhor
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LICENC,AS D Á OR DE M.
"E": , I por mandado de V. Reverendifima cíta quinta parte da Monar:
# , chia Lufitana,&tiue grande confolação, lembrandome, que fendo
4 a primeira vez Geral da Ordem encarreguei eta louuauel eccupo
ção ao Doutor Fr. Antonio Brandão (tio do Autor) oqual por morte do D.
Fr Bernardo de Britto a continuou na terceira, & quarta parte, & ele(aqué
naquelle tempo lanccio habito) a vai profeguindo com igual fplendor afeus
antccefores, como fe ve neta 器 parte,que julgo merecedora da bêção
de noffa fagrada Religião parafe dar à cítampa. Alcobaça 4 de Iulho de 1648.
; : : 0 Doutor Fr.Kemigio da Aljumpção.
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* \ ſ7 I por mandadoLufitanaque
Monarchia
do Confelho geral do S.Oficio, cita quinta parte da
contcmos primeiros vinte & tres annosda
creação,&gouerno do fenhor Rey D.Dinis,cujo Autor he o M.R.P.
Doutor Fr. Francifco Brandão,Abbade de N.Senhora do Deíterro, Chronif.
ta mór dete Reyno,& qualificador doSanto Oficio;nella não achei coufa,q
repugne a noíla S. Fé, ou bons cotumes, antes he obra digna de andar nas
mãos de todos. Lisboa no Conuento da Santifima Trindade, em 17 de lu
lho de 1645. - . . . . . . .. … - - º -*-
-
-** “… ºx ... ... * **- -* · · · · 0 Doutor Fr.Adrião Pedro.
L I C E NC,A DO OR D I N A R I O.
Podefeimprimir. Lisboa em 12 de Agoto de 1645. - - -
- v . : ". . . . . . .^ ". . . º
obiſpo de Targa.
LI CE N C,A D O P A C,o, , · ·
Odefe imprimir efte liurovitas as licenças do Santo Oficio,&Ordi
-* nario,& informação do Doutor Ioão Pinto Ribeiro, & depois de im
, prefo não correrafem tornará meza para fe taxar. Lisboa 12 de A
goto de 1645. -
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Aoárigº Martins, que em Aragão e/laua prefo,ºqual Rodrigº M4rtinº éra/ohrinhà do
mo e Infante D. Pedro,como efereue Zurita no indices Latinos n que, auna, aon
Bernardino Gomes da Miedes, Bi/po de Albarra/in.mi vida delRey Diltinie.…ec/arafex
fobrinho, filho de irmãa, poremhe mais verifmel, que/oje filho defeu irmão Atarii»
Sanches, com equal º Infante andou muito tempº na côrte delRey D.Afonjo de teãº,
.
feucumhado, & que dele reteue opatronimico de Martins. -
No cap.27 do me/moliuro 16 aonde/e deu hila lila dos fenhor\es, º,da. Vil . . . dis
. . . la * * *Alc
* á*
gouas,faltou nomear D.Fernando Henriques,que depois aí...ancei por c/critura deíxe:
D. Afon/o V. feita em Sacauem a 24 de Agoflo de 1439. lançada ás folhas 22o dº
ſexto liuro de Odiana. Nella declara elRey, ue ſeu pay elRey D.Duarte com senſenti •
mento do Infante D. Henrique, dèra as Alcaçoua; em ca/amento a D. Fernando/eu
tio,netº delRey D. Henrique de Cafella Conforme a e/la eferitura/ehão de emendar os
Nobiliarios,que fazem a efe D.Fernão,hjneto daquelle Rey filho de outro D.Fernãº
do 1. do nome.que dizem ferfilho do conde de Gijon.&Morönha,filho balardo delRey
D.Henrique porque o certo he, fer o primeiro D. Fernando, filho delRey D. Henrique,
como fe pode ver no liuro das moradias delRey D. João o I da era de 1452.4 heann º
do Senhor de 1414. & ofegundo D. Fjfilho dele,neto do me/mo Rey com o cóf.
ra da efcritura citada,& de outra dºme/mo Rey,feita em Euora a 5 de Fevereiro da
1453 conferuada nº cartorio dos fenhores das alcaçouas, pela qua/mandava entre
gar oreguengo deſa Villa a D. Brancaviuua ¿le ô.Fernándoféu primoneto DeRey
D. Henrique de ca/lella. "\"" . \ - A -
a D.دانBra
No cap. 5o dº me/moliuro numea infantºv,” لاﻣﺗnca
& irmań del - . D.Dinis por
-** Rey - -
Abb
# ade/a, não porque foje Religio/aprofefa, mas com nome generico, pelo fenhoria da
தelgai de Burgò;ி,&quêáé άπορ: moa.no/romo, no teue estadº
51.tc/
de fecular, & nelle foi/enhora da?uélla Abbadia, cºmo tambem deccap
lara/e obr inhoo
conde de Barcellos D. Pedro,no feu liuro das linhagens tit 7. s. 5. Alem do titulo de
Senhoradas Huelgas, lhe dchoo de Vicondea, & mão/ei donde o feria fe miohe
que comas terras do Infantado de callella quepojuio, como difemos nocap. 58/e lhe
Zeu ejie tittulo. No Clau/tro velho da See de Lisboa, na capella da Cruz inflituida por
Pedro Vicente,clerigo da Infanta,ao qualella deu a quinta de Manjapão de 7/efalou
no cap. 2.8.3 elle applicou á Capellaje lêo epitafio djie Pedro Picente,que falleceo a 6;
de Dezembro de 1368. & dis 3/Si: Aquijàz Pedro Vicente, clerigo criado da
mui nobre fenhora D.Branca Vifcôndefa, filha do mui nobre Rey D.Afonfo,
& fenhora das Huelgas, oqual Pedro Viccntc foi Meftreefcola do Porto, &
Conego de Lisboa,&c. Applicou os fufragios pelas almas delReyD.Dinis,& da Rai
mha Santa# defeus filhos,& pela Infanta/obreditta,& por D. Brittes de Nº
ataes, que difemos fora Religio/a nas Huelgas... . . . , - .
. No cap. 55:/e diffe, que a Villa de Nomão fora a antigua Numancia. Em proua di
ºfeveja, º queeruditamente difcorre o Doutor Ioão Salgadº d'Araujo, Abbade que
foi de Pera,& hoje he de Villanoua de Foz Coa,no % das guerras daBeira.jim
primio no anno de 1644 a fol. Iog.ver/ & agradecendolhe a aueriguação de/iahon
rº/a verdade,ficaràôfem duuidas na matéria. No me/mo cap./e dije, que era da def
trițio de Portugal o ćafello de Laeara; aduirto que elRey D. Afonfo o vltimo de Leãº
-marguerras com elRey D.Afonfo 11. (eu # ov/unpou a eflacoroa, como/epode
ver na feritura/exta do Appendice da quartaparte.
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que he anno de Chrifto 1293./endo nouilla, & nele deixa aº Mo/leiro as herdades de
Mortagoa,& Azambuja, as quaes elRey D. Afonſo ſeu 然 lhe auia dado, como fe vio
na quarta parte cap. 25. & 29. do liuro citado, & ainda reu"ga algüas clau/ulas do
primeiro té/lamêto,q apontamós,de q era te/famêteiro/eu tio FrAfonjo Rodriguez. El
Rey/eu irmão lhe tinha dado licença para deixar do Mo/leiro e/las heranças, efiando
ma ditta Villa de Santarem a 5.de Abril do anno antecedente de 1292 S no anno pri
meiro de feu reinado a 3. de Agofio,eflamao na cidade da Goarda lhas confirmou,fomo
elReyſeu paylhas deixara. Atè o anno de 13o. ha memorias aella naquelle carto
rio,aonde/eachão as outras e/crituras;parece que a leitou Deos para/y naquele tem
po pouco mais, ou menos,q o epitaño da/ºpultura,que tê nº choro, não declara o anno,
sò diz:Sepultura da # D.Lconor,filha delRey D.Afonſo III. irmaä del
Rey D. 燃 fundou cfte conuento, & nelle acabou fantamente.………
Por occafaõ defla irmaã delRey D. Dinis acclararei tambem º que/e dipe no me/-
mo cap. 29 de Rodrigº Afonfo, irmão do me/mo Rey, fazendoa mortº/eudo menino. O
.certo he, que chegou a idade de Sacerdote, & foi ºrior da colegiada da Alcaçova de
Santarem, & que foi alem diflo, Prior de Santa Eyria da mefma Pilla, & de S. A fle
uão de Alanquér, como/epode ver no fegundo liuño dos Padroados fol. 3.ē 4. 0 Aa
lendario antiguo da Collegiada/obreditta aponta o dia de /ua morte em 1o. de Setem
bro de 13o2. & dize/lar/epultado junto ao altar de N. Senhora, que he o da Capella
mayor, em/epultura alta para a parte do Ἀorte. 4. idus Sept. OÉji D Rodciicus
AÍÍonfus filius D.A.ilfuftris Regis Portug& Prior Ecclcfiae S.Mariæ de Alca
goua, EM.ccc.xL.& debet fieri anniuerfarium pro anima eius,& debet diui
di panis hæreditatis, quam ipfe legauit di&tæ Ecclcfi£ pro anniucrfariofuo,
quæ hærcditates (unt prope Golcganam in V. talhof & iacet intus in Ec
clefia prope altarc S. Mariæ in mónumento elcuatò vcrfus Aquilonem. ss.
No ¿ap.83. dije,que elRey D.Manoelin/lituiracadeira de refpora ae Theologia ma
Vmiuerúaade de Lisboa, na qual proueo a Fr. João Claro, Religiojo d'Alcobaça no anno
1504. de/pois me conflou, que os Padres Eremitas de Santo Ago/linho em fuas memas
rias apontão por lente defla cadeira no anno 15oo, a Fr:Bento de Lisboa. Religiofo da
fua Ordemyehe a/si/ucce/Sor/eufoi º nofº Fr/oão,de cuja promoção não ha duuida,
porque a carta de feuprouimento e(lá na Chancelaria delRey D. Manoel no liurº dº
anno 1504 às folhas 3 vef & nella declara, que fora eleito pelo Reitor, & lentes
dae/cola a 19 de Outubro de 1503. " …..….… -
No liuro 17. cap. 14 ratifiquei o mão/er D Mecia Lºpes de Haro,mulher legitima
delRey D. Sancho 11. acrecento agoraemproua defla verdade duas efcrituras do mef.
.mo Rey feita hüa no anno 1245. a 18. de Mayo,e/lando na cidade do Porto, & tratan
do/ejá em Roma/ua depofição por virtude da qual/eu irmão a 6 de Setembro do pro
prio anno foiyurado por gouernador do Reyno em Pariria outra foifeita e(lando o mefº
nº Key em Braga a 1. de Iunho do anno 1246 quando o Conde de Bolonha/eu irmão
jà e/laua no Reyno. Em ambas fenomea sº/em nomear a D. Mecia por Rainha. A pri
meira , que headoação do calledo de Marachiqueáquem da ferra 'ſ Algarue ao Bifpo
do Portè D. Pedro 1y, do nome, & áfua Igrejà,conjeruada no archiuo della, & mv2a
Torre do Tombo às fol.3. do fetimo liuro de odiana, começa defla maneira: Notum fit
omnibus hominibus has littcras infpe&uris,quod ego S.fecundus Dಣ್ಣgratia
* , … . . . . . . . - - -- - - Of (Ula
r . * - * . . - * * --
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Ao mefmo liuro no cap. 31. atè 34 e/ereui como fe apoderou elRey D. Dinis das
terras de Riba de Coa, que andãvão v/urpadas do tempo delRey D.Afânfo Henriques.
Naquarta parte liuro 14 cap. 16/e dije,que em tempo delRey D.Afonfo/11 nºs e/-
tauão/ogeitas: ouue ali equivocação, imaginando e/lar ca/lelmendo naquele defiri
to, fendo que fica do coa áquem no Bifpad0 de Vifeu:& o dar aquelle Rey/entença có
tra e/la Villa, em fauor do Mo/leiro a Aguiar,/ituado em # coá,bem podia/er;
ainda q era de/enhorio efiranho;antes he ordinario correrem as caufas de peijoas devá
rios Reynos confinantes, em qualquer delles aonde o letigio toca… ! . ,; -
Além deflay addiçoens, aduirto, quefe faltar no appéndice algún efcriturá, iralan:
$ada no volume/eguinte, & que/e ouuer algüas erratas alem das que vão mptadasſe
emendem, porque não pode acudir/e a tudo. . . . .……… … . . . .! ! !
Para aju/lar o que efcreui nefa quinta parte,fis conferencia tbm dous principaé
abonadores das pafadas, afaber o Chantré de Euóra Manoel Seuerim de Faria, & ö
Lecenceado Francifco Rodrigues ca[aó : ambos elles qualificadores approuados defer
melhantes materias,& lembrados de mim/empre com refeito/os titulos:quéprºceder
a mais dilatados elogios, feria deminuir em fia e/limação,a inda que não deixarei4
publicar a maior obrigação em que o Reyno efia ao chantre, por Å. dar agora à e/lã
pa oCatalogo de todos os e/critores Portugue/es. Tambem me vali das noticias Eccle
fa/licas do Lecenceado lorge Cardofo Sacerdotá, natural defla Cidade de Lisboa,Autor
do Agiologiº Lu/ytanº, que jà tem começadº a dar à imprefão, obra que chegandº º
fim,/erá hãa cabalhi/toria Eccle/la/lica do nofo Reyno.. Na mefma fòrma me confefo
deuedora outros/ogeitos, que me cômunicàrão algúas cou/as,& publicarei as ne/mas
obrigaçoens a todos ºs que daqui adianteme fizerem participante, do que feruir para
lufire da hiloria/uk/equente,ou melhorar efia já efcrita,porque tenho muiprefente 4-1 d. gºs,
lleaforimo
quetteajo ñacidó da ggenero/a docilidade de Ñ.P.s herñardo Duo mi hincce-ºº.º
- -
ËRRA
E R R A T A S.
Fol. 3. º A. aonde dis,para nomear, diga para não nomear
fol. 23.… As Velefcabcça, d. Vcles cabeça,
fol. 25... B. o Santarem, d. o de Santarem.
- fol 32. A. Cauaeiros, d. Caualeiros.
fol. 83. D. Iaca, d. laen.
fol. 98. D. cafa, d. caffa.
fol. 99. A. - difendas, d. difendo.
fol. 99. D. conferudi, d. conferuari.
fol. i Io, D. hiftria, d...hifloria.
fol. 113. D. não faz, d. não fez.
fol. 125. . A. Rates, d. Portel. - •
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А
MO NA R CHIA
| LV SITA NA
| Lonacimento de Dom IDinis Sextº Rey
de Portugal.
*** HISTOR I A principio a eſtà quinta parte,mè=
$j de Portugal di recedora certo de eſtimarſe pella
#l riuada de feus variedade de fucceos, & obras
¿} primeiros prin dignas de hurti Principe capaz de
. (: cipiosdeujama fero primeiro, & não o fiécedor
a teria aos quatro em qualquer Monarchia. , ,
volumes antecedentes, que corti Deduzirei a narração de(de d ,
titulo de Moriarchia Lufitana fe nacimiento dete Principe de que
diuulgarão. Cóntinuandoa ágora eſcreuemos, paraque ſeu nâcimëº
do anno mil duzentos & fêtenta to denoua origem a ete meu tra
& notie adiante, no principio do balho, & renacida com argumê
qual com a morte delRey Domi to tão graue hofa efcriturá, abrá
Áfonfo Terceiro entrou no fe caminho ao procefo da hifloriá
nhorio defla Coroa o grãde Rey fib(equête. He pois de faber, que
Dom Dinis ſexto Rey della, darei fèndo Cõde de Bolonha de Frã
A. ģa
- Liuro XVI, Da Momarchiá Luftama.
ça elRey Dom Afonfo terceiro tinha o pay vifinho; muitos auia
rvia defua mulher a Condef q o criminauão de deamor di
fa Matthilde, fenhora proprieta primurofo,outros o defèdião por
ria daquelle eftado, fe lhe occa cõferuaçaõ de eftado bem confi
fonou vir fenhorear o Reyno de derada não podia poré ocultarfe
Portugal, admitindoo primeiro fer mais juto repeitar a mulher
por gouernador os pouos por é cuja cópanhia o chegara Deos
á boa dita de fucceder em hum
mandado do Pontifice Innocécio
quarto,& fuccedendo defpois na Reyno,q pelos intentos de fe cõ
Coroa do Reyno por morte de feruar na pofe dele, aceitar ou
feu irmão elRey D. Sancho II, a tra contra os eftatutos dos Ca
quem o me{mo Põtifice priúara º nories (agrados.
do gouerno. Reconhecido por . Não deuia proceder totalmé
füceef of defte ReynooCôde de te elRey D.Afonófora dos limi
- *
falando da conquiíta dos lugares · cidade, & boa eftrea Com que ;
do Algarue pelo Metre D.Payo. Egas Monis criou aquele fanto,
Na tomada dos quaes foi o dito , -&valerofo Rey. Foielle acerta-.
Metreja como valalo, & com do no penfamento, que bem fe
padre que era do dito Rey, A deixou ver na prudencia, gene
ualidade;& acçoês defte famo rofidade,& mais qualidades que
L. 3. del- . Portugues tudo merecião;mas
ſeruem de ornamento á Mage
Rg dem eomonomeandoo o Conde Dõ. ftade Real, quanto obraraõ em
** Pedro tantas vezes lhe não cha feu filho os primeiros enfaios de
fol. 23- - - -
deſpoja
* ElRey Dom Dinis. …sty 8
defpojádo, paffou a Andalufia, annos, lhe refinitiao auôo 4 he
. aonde eftauaelRey D.Afonío Sa Algaruc Pofuife. Atudo fedeu
bio, que naquele tempo era In cóprimento na pretente occaGad,
fante, & renunciou nelle todo o em q o Infante D.Dinis chegou
direito 4 tinha no me{mo Rey a Seuilha. Na 5 fe festituirão por
no. Aceitou o Infante a renuncia entaõ outroslugares (obre apof.
gão, dando em recompenía ao fe dos quaes també fe contendia,
Mouro a villa de Niebla. Ficou no tépo adiante pela vigilãeia,&
ele melhor aquinhoado q o In induftria cö4 elReyDöDinis fe
fante porque a troco das contro aproueitaua das occaſioës acco
uerfias 4 lhe metia em cafa com modadas a eftesintentos,cobrou
hăparente, aceitaua pofle pacifi tudo, como feira vendo diftin
· ca dehă Reyno,aindaquepeque ćtamente. - »..…….…………….
-
- elRey
• *, * ..
. * ElRey Dom Dinis, 9
el Rey Dom Afono de Catella confeſſa elRey de Caftella, que
o direito fenhorio dos Reys fazia avltima demifaõ pelo 3
de Portugal nas terras do Al mor, & parentefèo que auia en
garue, reteue o vofructo que tre elle, & nofos Reys, & por lhe
veo a demitir a eu neto o Infan
ter mandado hum grande focor
te Dom Dinis, na forma que dif ropor ïnar,& terra onoffo Rey
femos. . . . -
Dini fºi nos das dez mil libras, 69 quitamoslhas empreza. Nuno Gonçalues de
26, gиe пoſeupadre deuia, as juaе: de Lara,que vio o Mouro intido,&
nºs/acou emprefiadas, quandonº/e/e- defcontente, foi a fua Corte, &
nhor elPey Z), Zinisfoi a Seuilha. lhe cfereceo fua parcialidade,
. ; As hiftorias de Caftella naó por ter agrauostambem del Rey
tiuerãonoticiada entrada que os Dom Afonfo, Deuião de prepa
Mouros de Africa fizeraõ em rarfe no fim do anno 1265& ain
Hefpanhanefte anno de 1266. & da conuocar os Mouros de Afri
aperto em que fevio elRey Dom ca, & affi no anno de 1266. fo
Afonfo o Sábio na ocafiaõ pre breueo a elRey Dom Afonfo a
cạ. Iy, fente porquea Chronica antigua perigola guerra, em que o nofo
defteReyo publica refidenteto Rey Dó Afono o mandaua aju
do aquelle anno em Murcia, def dar pelo Infante feu filho, º t
Pois de a fogeitar o anno paída Cölta a certeza da paflagem
- dos
dos Mouros de Africa em fauor perar a melma Ffpanha que em
-dos Efpanhoes, & da cruel guer tempos paffados tinhaõpèrdido.
raque no anno apontado (eleuã Os Chritaõs porem daquelas
todcom efta liga, que obrigou partes colligados, & ajidados
aos Reys Chriftãos de Epanha també dos que em diuerfas par
vnir as forças, & ainda a conce tes receberaõ a Cruzada, trium
derfe Cruzada para etrangeiros faraó dos Sarracenos, aindaque
acudirem, de hña memoria que com derramamento de muito
acheiem humliuro manuſcrito, fangue, ". . .
. . .
mil.& duzentos & fèffenta & fèis fè efpecífica tudo o concernente tra.
mui grande multidaố de Sarra á alieriguaçaõ da ida a Senilha
cenos pafando pelo Etreito às do Infante Dõ Dinis,& dos moti
partes de Epanha,&agregando uos della, com outrospontosim
îè aos Sarračenos que nella efta portantes, 4 ſededuzem da meſ
uaõ, executaraõ nos Chritaõs inaefcritura, cada hú dos quaes
grañde eftrago, intentandorcci¡- fe. proporà CIIl particular gapi
* - -
----
B4 ` tulo.
Liuro XVI, Da Momarchiá Luftama.
tulo. Diz pois a e(critura deta ego ipfampaecuniam ab ipfo Confilio mi
maneira. - tuatam recepi, obligans me bona fide
Neum/st omnibus preſentes litte eidem Con/lio ad eandem pæcuniâper
ras inſpecturi, quod cum ege Alfonfîış /oluendam. Em lingoa Portuguefa
Xex ?ortugalli;e ad honorem Z)ei, ©* diz dete modo. -
… . . .. -
º
- - -
-
-
Lib. 9.
Terceiro de Catella, do qual ef Rey de Catella, antes fe antici
cap. Io. creue o Arcebifpo D.Rodrigo, á pou a darlha,aindaque era de tão
fe armara caualeiro no real mo pouca idade. . . . .”
vos defejo. Conforme aito naõhe * Node 1189. armon elkey Dów,
criuelque elRey Dö Afonſo per Aföſo Oitauoo das Nauas, caua Ä
mitifeir feu filho herdeiro fazer leiro a Conrado filho delRey de pés.--
demotraçaõ de fogeito a hum Romanos, & logo em efcritura"”
Rey de que naõ tinha dependen daquele anno pelo me{mo Rey
cianofenhorio. No Capitulo e ao Mofteiro de Valueni, & ao
guintereolueremos cabalmente Abbade delle Martinho, declara
etaverdade. - - - - --- o notario,fer feitano anno em q
o Rey obredito armara caualei
CAPIT. VII, . . . . ro a Conrado filho delRey de
. . . .
- *ºf tº *. >. . . -
. . . . .' ºn tº .
-
Romanos, & deítas ha outras
..
...? ! -
muitas... : ; ;
Em que f conclue a mate No anno 1255, veo a Burgos ih Extra
να ria precedente. . . . . . f.
9 Principe Eduāído de Inglaier, ¡¡¡¡
tº ് : . :ا ز:: ،
از، تس ra filho delRey Henrique, & nar
#$ $ Ara que concluamos quella Cidade foi armado caua
岛惨 塑 com eſtacaualaria do
leiro por mão delRey DõAfonfo
Infante DõDinis, me
Sabio, de que falamos. Na mef.
*#*#quero valer do etilo ma, forma finalaraõ logo os no
que fevfäua em Catella, quando tariºs aquelle anno. Veffe ifto,
os Reys daquelle Reyno arma alé de 9utras efcrituras, em doa
uaõ caualeiros a filhos de Reys gaõ dasvillas de Cifuentes,aldea
etrangeiros. Por vezes fabemos de Aſenga,aldea de Huepe,Via
que vieraó a Catella alguns Prin na,algea de Cuenca, & Palaçoe
cipes, & receberaõ a caualaria los, á o mefmo Rey fez a D. Ma
da mão dos Reys daquela Co ior Guilhem de Guímão, mãy dạ
roa, que como Efpanha etauaa nofia Rainha D. Brites, as quaes
.pertada de Mouros, &, os Reys villas auião de ficar á mefmä Rai
della fêmpre com as armas, ña nha, & afeus filhos por morte da
mão; etimauão os Principes ID, Mayor,como fè declara na eg.
Chriftãos vir a efta emprefa, & critura,a qual remata detaforte.
- - - -- - - -
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Fecha
….. . ElRey Dom Dinis. . . . . i4
Fecha em 2 urges veinte co finco de vefinhos, em que ha competen
Otebre, era mil 8 dozientos (gr no cia fobre preferêcias, fempre có
uenta y tres, en el año que ZDon Idoare uem recatar neta parte. ElRey
fijo primero,6 heredero del Rey Hen Dom Afonfo o Nono, & vltimo
rique de Anglaterra,recabia caualleria de Leão foi armado caualeiro
en Zurgos del Rey ZDon Alono el /- fendo moço por elRey de Ca
brcácho. A Chronica antigua del tella Dom Afonfo Octauo;quan
Rey Dom Afono lança éte fuc do defpois cahio na conta,em to
Сар. 17. ccffo no anno mil & duzentos & da a vida motrou notauel fenti
feffenta & oito, que parecefe ha mento do á auiafeito. Era Prin
de emendar por eta efcritura, a cipe generofo, & reconheceo o
era da qual repõde ao anno mil deixar de fe fubordinar a hum
duzentos & fincoenta & finco. igual ſeu. Zolebatſe à Kege (astelle Είύ.2 το
24
Vai mui errada na chronologia accepißeßngulum militare. Àffi o ef,
aquellahiftoria; &affidá outros creueo Arcebifpo Dō Rodrigo,
muitos crros o autor della,que a 4 concorreo em tempo dos Reys
efcreueo no tempo delRey Dom ambos. E naõ só de Rey a Rey
Afonfo Onzeno feubifheto.Cô fe experimentou efteciume, mas
forme a ito fè no anno de mil de Infante a Infante fe vio na
duzentos & feffenta & feis, em q queletempo, & foi quando el
o Infante Dom Dinis foi a Seui , Rey DöAfonfo Sabió celebrou
lha,ou no de mil duzentos & fef> as bodas do Infante Dom Fernan
fenta & fete, em que podia ainda do feu filho herdeiro. Mandou
lâcftar, fora armado caualeiro, elle que ete Infante armafe ca
nas Cortes então feitas (e decla ualeiros a fèus tres irmaõs mais
raria, mas não vemos tal nas que moços, os Infantes Dô Sancho,
fc paffaraö no anno mil duzen 'Dom Ioâo, & Dom Pedro, obe
tos & feffenta & fete, que foraõ -deceraõ os dous vltimos;o Infan
as da vitima demifaõ, nem ha te Dom Sancho porem fabendo
algüa do anno mil duzentos & o cafo,{e retirou a cafa do Infan
feffenta & feis em q eu ovife. te Dö Pedro de Aragaő fêu tio,
Aindaque Principes etrangei & foi defpois armado caualeiro
ros recebiaõ a caualeria da mão por elRey Dom Afonfo feu pay,
daquelles Reys, podiaöfazelo cö arecédolhe que ainda4mais ve
mais franqueza, porque nunca ho feu irmaó o Infante Dó Fer
nelles podia denotar fubordina nando, naõ era ainda féu fupe
çaõ; antes era gentileza fua o vir rior, & naõ conuinha renderlhe
receber aquela honra em terra fubordinaçaó. Demafiada Ien
etranha. Contudo em Principes faõ parece eta, mas defeito afi
C2 pfoង
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
paffou, & o conta a hiftoria de rorem veroprefati %(archionis illuffri
ſeu pay Dom Afonſo. Com taö /nfanti Ioanni, filio ipfius Regis Aé.
frefcos exemplos como o de ſeu jon#, tradidit im yxorem. ?otems 34
tio elRey de Leão Dom Afonfo, roʻZDommus Caf?omus de 23tarmo: <9°
& do Infante Dom Sancho feu Χodulfus Comes, qui fuit poffmadum
cunhado, não auia elRey Dom z€ex Alemamiæ: & alj multi de/uis,
Afonfo de confentir em que feu & de diuerffs mundi partibus nobiles,
filho herdeiro recebeffe cauala g barones.
ria de mão a 4 pareceffe fubor Na lifta fobredita fe não no--
dinado. Afsi foi de certeza, & cõ meão Caualeiros particulares
ftarà ifto dando os nomes de tode varias partes, que forão mui
dos osPrincipes,que forão arma tos; dos Principes foraõ os fe
dos caualeiros por aquelle Rey guintes. Eduardo Reyjã de In
de Catella, entre os quais naõ glaterra, quãdo efêreuia Gaufri
vem nomeado o nofo Infante do : Felippe filho do Emperador
Dom Dinis. Gaufrido Arcediago de Contantinopla: Abdalá Rey
de Toledo no appendice que a de Granada:os Infantes Dom Fe
crecentou a hiftoiia do Arcebif. lippe, Dom Manoel, Dom Fer
po Dom Rodrigo nos deixou a nando, & Dom Sancho filho do
lifta delles neftas palauras. _ _ mefmo Rey , & feu fucceflor:
ApudChi ?ropter glorio/amfàm im/uâ mul Afonfo, & Ioão filhos de Ioão
phletium ti mobiles , &• egregij viri de diue%
си.й. ХI. Brene, que fe intitulou Rey de
mundi partibus veniebant ad ipfum, vt Acca, que he Ptolemaida: Ioão
ab eo acciperent cingulum militare: im Marquês de Monferrato: Dom
ter quosfuit illußris £exJAnglie, mo Gaſtão Principe de Bearne, & o
mine Odoardus : qui etiam Infanti, Conde Rodulfo, que defpois foi
poft receptam ab eo militiam, germa Emperador de Alemanha. Eftes
mam fùam momine Leomor, multum ſaö os Principes 4 ali ſe nomeaö,
magnifice tradidit in vxorem: nobilis & não entra o nofo Infante Dõ
yir ?hilippus Imperatoris Comffantino Dinis, porque lhe naõ deu elRey
polis filius : JAboadila £ex Cramatæ: feu auó a caualaria, que a fer ar
mobilißimi lnfantes Z)ommus 2hilip mado por ele caualeiro, naõ fi
. pus, ZDomnus Emmanuel, Fernandus, caria em efquecimêto a hum
&• Sancius, qui poßmodum in Regno tão miudo relator como
facc%it , filj Regis vAlfonú predičti, Gaufrido.
egregj yiri ~Affonfus , & Ioannes filij (?)
quondam £egis de Accon: nobili, Ioan
hes Xarchio %onferrati : cui etiam
CAP.
filiampropriam nomine 3eatricem, ß
ElRey Dom Dinis. , 15
Reyno, he o de mais juizo, fe
C A P I T. VIII. queixou jà deſte jಿ
mento na fegunda parte da chro і Са? #7t,
nica delRey D.Ioão o Primeiro;
Em que /2 proua que não & daquiinfiro eu, que naõefere
foi o Infante DõDinis cã ueo ele a delRey D.Afonfo Ter
foccorro, por fºr obrigado o ceiro; o autor da qual (que fem
falta foi Ruy de Pina) fe deixou
Reyno de Portugal, é leuar de parte detas impoturas
feus Reys a femelhâte de Caftella, & compouca aueri
ітрo/ipio. guação acerca das coufàs do Al
garue, & etas de que falamos,
# Or muitas vezes man vai feguindo ahiftoria Caftelha
இ. daráoos Reys de Por na, como elle confeffa neftas pa
營 tugal (ocorros aos de lauras: Segundº º dizem «s Chronicas
*ãº* Catella, & ainda em de (fiella.
algüas ofereceraõ as pefoas,co Pode tanto a cautella,&indu
mo he bem notorio. Puderão os tria daquela naçaõ, que ainda
noflos Reys acudir a feus vefi no tempo delRey D. Iöão o Pri-º
nhos, por terem os Reynos de meiro, em que andou mais aba
Portugal, & Algarue liures, que tida, & apertada por notasar
efa benção teuceta nação alim mas, procurou nas pazes do anno Ιhid, αφι
parembreuea parte ilhecoube 14or.introduzir humartigo,com 186.187.
රෑ.
defraudo que Catella nos podia Mas que muito que os Cate
fazer por efavia.Depoisqueen lhanos efèreuão contra nos eta
trou, 'ou fé introduzio viólenta impoſtura fem fundamento.Cöa
mente nette Reyno elRey Dom méfma facilidade diuulgaraõ, á
Felippe Segúdo, até fºr excluido elRey Dom Ramiro Segundode
-
C4 Aragão
LiuroxVI. Da Monarchih Luſitana.
Aragão fe fizera vaffalo delRey feus Reys obrigação algúa dere
Dom Afonfo Setimo de Catel conhecimento aos daquella Co
la,& lhe pagara feudo,fendo tan roa, & que o fenhorio do Reyno
to ao coñtrário, como confta de do Algarue foi fempre dos Reys
eſcrituras publicas,& autenticas, Portuguetes, & affi que não foi o
que o Dom Afonfo foi o que re Infante D.Dinis a Seuilha, nem a
cebeo da mão de Ramiro a ci reconhecer fuperior, nem a pro
dade Caragoça, & lhe fez della curar ifenção do tal reconheci
mento. Pudera com mais razaõ
omenage. E ta verdade prouaõ
exaćtañente Fabricio Gaüberto, fintirfe o nofo Infante de ver a
Martines del Villar, & Fr. João quella cidade em outro dominio,
Briz Martines,麗驚 efcri lembrado da muita acçaõ que ao
tores Aragoneſes.Se Portugal fo fenhorio della temos Reys Por
ra obrigado air a Cortes, # acu tuguefes. - -
- -
» º * 'noffo
ElRey Dom Dinis, º Y Z
noffo Rey D. Afonfo Henriques tugal aquella conquita, & asi
afeu filho o Infante DõSancho me{mo elReyD.Afonfofeu filho,
com exercito a Andalufia para & por efa razão largou naquela
ganhar Seuilha, & defeito a teue occafiaõ o Algarue, confefando
蠶 chegando atê Triana. que não era feu; a me{ma confil
or efta mefma caufa foi tambê faõ (e fez de outras terras de An
c!Rey Dö Afönfo cercar Bada! dalufia,que elRey D. Dinis reco
joz;& aindaquefe naó configuio brou atinos adiante. E pode fer
hña,& outra empreza, bem feve o dar elRey D. Afonfo Sabio húa
que forão intentadas pela certe das cartas de demiffaõ na cidade
za á auía de pertenceñem aquel de Badajoz, fofe lembrado de
les Reynos ao de Portugal, defde que andaua aquella Cidadevura
o tempo que fe conftitüio Reyn pada à Coroa Portuguela.""?
feparado do de Leão, é º º * A cidade de Seuilha ficou por
* Não ignoraua nada dito el Catella, por não ter elRey Dom
Rey D.Alono Sabio de Catella, Afonlo Terceiro cabedalpara a
'que tanta noticia teue das fcien recuperár, & acomodatfead té
cias,& dá hiftoria, né faltou em po, folicitando com ocafanien
Portugal quem lho lêbrafe, an to a retituição das terras que lhe
tes he de crer, que (e aduertio a tinhão occupado mais dentro de
elRey Dom Fernando feu pay, ſeu ſenhorio, 驚 forač as do Al
uando cercou Seuilha, que era garue. O Metre DõPayo Peres
aquela Cidade da cõquita Por Correa, & muitos fidalgos Por
tuguefa. O não fe apertar então tuguetes,que fe acharão no cerco
com aquelle Rey fobre eta ma de Seuilha, & principalmente o
teria, foi por ir ele cercar eta nofo Infante D. Pedro, que vul
cidade no anno mil & duzêtos & garmente chamamoso dós Mar
quaréta & fète, & mil& duzÉtos tyres de Marrocos,achandofe no
& quarenta & oito, em que Por fim do cerco, & entrada da mef.
tugal andaua diuidido cóa depo ma Cidade, bem entendião que
fiçaõ delRey DõSancho. & en aquella emprea nos tocaua a
trada do Conde de Bolonha feu nòs, mas como vião o Reyno nas
irmão, trabalhando hum por fe duas parcialidades que difemos,
conferuar, & outro por fe intro & que não podia acudir a hum
duzir no gouerno do Reyno; co tão grande empenho, ajudarão a
mo entre nòs auia efta guerra ci anhar a Cidade, sò pela verem
uil,não fe pode impedir a empre fora das mãos dos Mouros. O
fa a elRey D. Fernando. -
Metre Dom Payo antes das re
Conhecia elle bé fer de Por uoltas de Portugal, andava nos
ـه. Reynos
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Reynos de Catella com muitos nis cõ todo o cabedal deta Co
I'O3.
Portuguetes, outros pafaraõ lá, * *
J.
· ·· ElRey Dom
peufellaefiando elRey emiLei- ua eleiçaõ dos tres cflados.Simtr
ria no mes de Março de 1172. & ftitéſfueritzerſneflijs, / habcat/ха
diz que a fazia: Vna cum filo meo trem, / Χrxim $ita eius;& cum fueri*
£egez).Sancio,& filia mea Kegina ம். mortuus,hom erit £ex filius eius, fi mom
7harafa Regnimei coheredibus junta, fecerint eum Epifcopi, & procwrantes,
mente com meu filho elRey Dõ & nobiles curia Aegis. Principiou o
Sancho, & a Rainha D. Tharefa Reyno hereditario de paya filho,
minha filha, herdeiros ambos de & continuou do tépo do primei
meu Reyno. Tempos adiáte vie ro Rey D. Afonfo ate elRey Dom
rañosnófios Reysa referuar pa Sancho Segundo; pela depofiçaõ
rafiotitulo de Reys, nomeando do qual entrou nogouerno,& def
'afeus filhos com o de lnfantes,& bois delle morto, fomou a poffe
comidifierença ao mais velho:In por fucceaó hereditaria feu ir
fante filho primeiro herdeiro. maõ elRey DõAfonfo Terceiro,
“Em Catella 剔 fevfåta efte mö em virtude daquelles eftabeleci
dodendmeafos primogenitos. E mentos. O Pontifice Innocencio
por eta caufa nomearaó també Quarto o declara affino Capitulo
filho primeiro herdeiro a Eduar Candi, approuando nito, & con
"do,filho delRey Henrique Ter formandofe cõ as leis defte Rey
“ceiro de Inglaterranaquellaefcri 'no,& Cortes de Lamego: Qui tidº
tura que apontamos, por fe var Xegi, %al/qúe legitimo decederet filio,
naquelle Reyno o me{mo etilo, 'iure aegnifìccederet. Aqüellas duas
4 o titulo de Princip£s de Gaules palautas,jureregni, á querê dizer,
principiou nefte méfimo Eduardo čonforme′as féis dó Reyro, na6
no anno mil duzentos & fincoen etão introdufidas no cótexto por
ta & feis.… · · · · ¥ .,.,., …~ 'inaduertencia, ou erro doim preſ
o principiarno Infante D. Di for. A integra de que fe dedufo
nis o titulo de filho primeiro her efte capitulo,que he da depofiçaõ
deiro,entédo que fe originou por del Rey DóSancho, & introduc
repeito dás Cortes de Lamego, caöno gouerno de ſu irmaò o In
as quaes no reinado delRey Dom "fante Dom Afonfo,vi eu na Tor
Afonfo Terceiro (eu payfe pra "re do Tombo,aonde fe conferua,
.ticaraõ, & examinaraõ com toda · & outra bulla fêmelhante no car
aformalidade. Etatüíofe no ter torio da Sé de Coimbra, por vi
ceiro artigo daquellasCortes,que rem entaõ muitos tranfumptos a
morrendo elRey fem filhos, o In todo o Reyno, & em ambas ellas
fâte feuirmäofuccedefe no Rey leitaõ as iiiefimas palatiras. Das
r
no; mas q o filho de tal fuccefor · mcfimas palauras vía efte mefmo
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cAPiT., XI. ' ' - -
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ira manifetar, elRey o direito de :。メル、:liン・ベー。い。 。
- " -
bulla que Innocencio IV. inuiou Catalunha, & lha de Yuiça. Fo:
acerca dito ao Infante D.Pedro, rão varios os caos, que asi em,
& dellas deduzimos a caufâ, do. feruiço, como em deferuiço del
nouo titulo, do noffo Infante Dó. Rey feu (obrinho lhe acontece
Dinis,de filho primeiro herdeiro. raõ nos Reynos, & eftados que
Fundados neta bulla, a qual foi apontamos, & muitos também
expedida àquelle Infante a 17 de os que em outras pretençoês lhe
Agoito de i246. eftando o Papa acoñteceráo. Deixando agora os
em Leão de França;& confidera mais, & auífinhandome aos que,
da a caufa porque foi expedida, podem dar luz ao que de prefen
aclararemos mais aquele capitu
ko. Confiderando as hiftorias da “ប្ដ d ipor
. . . . .. .
He de faber, que ganhada por--
Z: 7o filio
-
?etro Infanti
-
mato
etaua a villa de Guimaraés por
clara memoriæ Sancj £egis ?ortu elRey D.Sancho,& paſſouelRey
galle. a fogeitala, como fez, & dito (e
Em comprimêto do manda lembrauão algüas tetemunhas,
do, cu rogatiua do Pontifice a que em tempo delRey DõDinis
companhada de indulgencias, & depuferaõ da idade nas conten
fauores, fè partio o Infante Dom das que D.Martim Gilteuefobie
Pedro para Portugal com defejo a quinta de Vnhão á no liuro pri
deverem paz fila patria,& de aju meiro das honras de Alem Dou
dara feufobrinho na poffe,& ad ro às folhas 116. verfo andaõ lan
minitração do gouerno, na for çadas.
ma dos decretos Apotolicos.Foi Deteuefe o Infante pouco em
grande parte de aliuio aos Portu Portugal, tanto á o vio obedien
guetes em tempo tão trabalhofo teaſeuſobrinho D.Afonſo,& in
ver aquelle Infante, q tantos an citado do animo guerreiro fepaf
nos auia q peregrinaua fora dete fou a Andalufia ajudar no cer
Reyno; & obrou fua preſença, & co de Seuilha a elRey D.Fernan
prudête razão de proceder a ma , do feu primo, & fer participante
ior parte de quanto ſe conſeguio da honra que fe ganhou em tão
na feguranga,& aceitagad defeu bom feito de armas. No fim do
fobrinho o Conde de Bolonha. anno foi a entrada daquela cida
Nos dous annos de 1247.& 1248. de, & no triunfo que teue elRey
em que durou o feruorofo da
D. Fernando a primeira vez que
guerra ciuil, feruio, & acompa entrou nella, o acompanhou o
nhou ao fobrinho, atè o deixar Infante D. Pedro, a quem elRey
obedecido de todos. Em duas depois aquinhoou, como conui
efcrituras, hüa dellas do anno nha, quando fez a repartiçaõ das
1247feita em Monte mór a qua herdades, & lugares de todo a
tro de Outubro, & outra em Bra quelle deſtricto, a qual tras treſ
ga no primeiro de Mayo de 1248 ladada Paulo de Efpinofa na hi
nas quaes elRey D. Afonfo Con toria de Seuilha, aonde fe pode
de de Bolonha confirma hűas,& ver o que toca ao Infante. Gran
dà outras herdades de Mondim des eftados poffuio fora de Por
ao nofo Moteiro de S. João de tugal, acquiridos todos por feu
Tarouca,anda a firma do Infante valor, & trabalho. . . . . .
D. Pedro, como refidente então Em Portugal teue algűas he
cânefte Reyno. Infans Z). ?etrus. ranças,qnão deuião fercõfidera
Acharfe o Infante em Braga cõ ueis; porque elRey DomfAonfo
. . . " ".
, ... "
- - D3 Segun
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Segundo não foi muito liberal cõ na eleiçaõ de Gouernador, entre
feus irmãos.Algú acrecentamen fobrinho, & tio, mandou que fe
to deuia alcançar agora da mão elegeffe, & aceitafe o fobrinho
delRey feu (obrinho, mas naõ foi irmaõ do Rey depofto, pois que
taó crecido, que deixafe de tor conforme as leis do Reyno lhe
nar a aufentarfe para Aragaõ,aõ auia de fucceder, o que naó con
«de paffou depois que efteue em corria na pefoa do tio. Por eta
Seuilha no anno r248. & là mor razaõ ficou excluido da preten
reo com o fenhorio fegunda vez faõ o Infante Dom Pedro, & ad
de Malhorca. No difcurſo de an mittido o Conde de Bolonha feu
nos que viueo defpois difto, lhe fobrinho.
fuccederaõ mais coufas, parte Beutere{creue, que tanto que dia…:
das quaes contaremos em outro em Portugalfe começou a tratar 216 24
lugar. O mais que agora eſcreue 2. depofiçāó delRey Dö Sancho,
mós he colhido dá biftoria de renunciara o nofo Infante Dom
Dameto. - Pedro em elRey D.Jaime o direi
Agora porem para acudir à to que tinha a Portugal, & man
intelligrncia do Capitulo, Grandi, 'dando elle cá Embaixadores fo
valendome do que fica propoto, bre eta materia, naó foraó rece
entendo que mandou o Papa que bidos. Direito áfucceaó do Rey
fe aceitafe o Conde de Bolonha, no naõ o tinha o Infante quando
viſto ſerelle o que auia de ſer ſuc viuia feu (obrinho irmão ម្ល៉េះ
ceſſor delRey Dö Sancho ſeu ir fücceffor forçoÍo conforme as lé¡s
mão, dando cafo que morrefe do Reyno. A pretenfaõ que teue
fem filho legitimo, foi porque foi de Gouernador do Reyno,co
pretendeo o Infante Dom Pedro mo diffemos,& para ifto fe deuia
fèr admittido no Reyno醬 go valer do fauor delRey D.Iaime,o
uernador naquella occafiaõ, & a qual pelo ver fora dos Reynos de
efte fim, por ficar mais expedito, Aragaõ,aonde lhe deixaria liures
largou o Reyno de Malhorca no os grandes eftados que pofiuia,
anno apontado de 1244, em que defejou que fe lhe abrife a co
andauão as queixas contra elRey modidade do gouerno de Portu
Dom Sancho propotas na Corte gal, que ajudou folicitar com os
de Roma. Naöfāltauaöparciaes Grandes defte Reyno,& a naô
em Portugal ao Infante, mas o ferareolucaă doPontifice,
Pontifice Innocécio Quarto, que pcdera fèr que faiffe
inclinaua mais ao juto fauor do cõo effeito. * : *
Concluirei ete capitulo acla Da qual ajuda yº quité para "empre li.isº.
Na quarta parte deffa hiftoría fè 34-33€
rando em breue a materia dos lançaraö, & aindaque naquelle 30s
醬 acerca da jornada a Se
ilha do Infante Dom Dinis com lugar (e falou neta ida do Infan
o poder de mar,& terra quedifie te por modo diferente,os monu
mos,& elRey Dö Afonſo ſeu auô 'mèntos que de nouo defcubri,me
confefa em húa das cartas dade fizeráo ampliar, & aclarar eta
*** mifaõ das fincoentalanças,a que Imateria.” ta ri: , , , i tri i
'' . . . . . . s' " . . . . . . . , jº
o Infante, & não elRey feu pay,
ou o Reyno eraõ obrigados Epor
la ayuda que nos fizjefies en nuera ***:*;: ") の ' gr'つ (。」。 ・・。
"eo" que yº era juizabenidor fobre los bom. Portugues vafalo delRey
terminos, y los departimientos de Auis. de Portugal com licença delRey
-Efta carta fe deu jā, na terceira de Catella, Diz eleito,quando
parte, mas naõ fe fez eta ponde e{Greuerque o Metre veio acom
raçaõ, nem fecitou o lugar aon Panhariña conquifta de Faro,a
de eftá, que he oliuro quinto dos *elRey D AfonfoTerceiro. O fer
"direitos Reaes folhas 27. & a efte vafalo delRey de Portugal, naõ
repeito tornei a repetir etas pa ha duuida que o era por nature
2 lauras. \i ž . , za, como natural do Reyno, &
. . . ... . . ....
*
~.
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Infante Dom Afonfo, irmão do a fim de que entrafem na repar
nofo Rey D. Dinis, com fe fazer tiçaò de feus deftrictos, & fofiem
vaffalo delRey feu irmão, fê fez aquinhoados nasherdades, & feß
defpóis vaffalo delRey D.Fernan marias dellas.As pedoas que mais
do Quarto de Caſtella, ſem con em particular admittião, eraõ os
trariar às leis da vafalagem, co miniftros, & validos dos Princi
'mo adiante veremos, & no tomo pes, por cuja via efperauão me
feguihtefe comprouarà;por onde lhoramentos em feus foros, &
"nem era necefario a Dom Payo priuilegios, aos quaes tambem
licença delRey de Catella para tinhaõ na Corte para Procurado
fefazer vaffalo delRey de Portu res defuas caufas. Em tempo del
gal, nem foi vaffalo delRey de Rey D. Afonfo Terceiro, como
-Caftella,fem que primeiro ofoffe taõ validos Dõ Ioão de Aboim,
… delRey de Portugal feufenhor, a D.Eſteue Annesfeu Chancerel,&
quem era obrigado por nacimen Ioão Monis feu Tefoureiro foraõ
to, & natureza, & pelas obriga admittidos pelos Confelhos de
“çoês da Caualeria de Santiago, Euora, Eluas, Beja, & outras vil
cujas rendas os Reys de Portugal las na forma (obredita, :como fê
doaraõ aos Caualeiros deta Ór -pode ver em varias efcrituras da
dem, com obrigaçaödeosſeruir Torre do Tombo.!*». -
gar, por lho pedir o Metre Dom ça, & Ioão Gomes o Santarem
Payo, fendo a colheita de Nan fobi e a herança de Dom Pedro canais
dim de quantia de vinte marauc Paes, & fua mulher Orraca; a de£4 Alcoba
lib. 6.
dis velhos. E por eta caufa naõ efcritura fe fez dentro da Igreja #.
dLuido que o Confelho de Enora de Sanéta Maria de Alcaceua, e- dºfili##
"o aceitafíe por vefinho,como aos ſtando preſente D. Eſteuad Soa
curros que nomeamos, & que res Rico homem,Gomes Correa
por eta via o chamem natural irmão do Comendador de Alca
daquella Cidade. cer, & Gonçalo Correa. 'Preſiden
Mais parece que foi natural tibus 2D. Stephano SuerijRicohomem,
de Santarem o Meftre Dó Payo omºfº Correa, germano Comendatorio
por nacimento, achandolhe na de Alcacer, Cunfaluus Correa. A efte
Alcaçoua defta Villa cafas pro Gonçalo Correa chama o Conde
prias de morada, que deuiáo fer Dom Pedro no titulo 36.5. 24.
~
---
Dos Metres deta Ordem nos « naõ por neto; maiormente de- '
· cohíta pelas hiltorias de Cafte!- dufindolhe o patronimico de .
la, que3 primeiro que nella ou Gomes de feu pay Gomez Paes
ue cafado, foi Dom Garcia de de Azeuedo, & de ſeu biſauo
Padilha em tempo delRey Dom 'Gomez Correa. Parecia coufa
Pedro, que foi annos muito adiã muy arratada chamar fobrinho
te do Meſtre D.Payo. . . . ahum bifneto de irmaõ, porem
Seu irmão Gomes Correa,que eta extenfaõ tem a palaura, fº
foi cafado, teue húa filha,a quem brinho,nos tranfuerfães defcenden f
Tit. 30. o Conde Dom Pedro chama Do tes, affi como a palaura, tio, a
ඵ් 52• na Terefa Correa em huma par tem nos afcendentes. ElRey Dom
te, & Dona Maria Gomes Cor .Afonfo Quinto na confirmaçaõ Lib. 3. de
Alē Dorure
rea em outra; cafou ela com 'dás terras de Chacim , & outras fol,187.
Payo Gomes de Azeuedo, & de a Vafco Pirez de Sampayo, diz
ambos foi filho Gomez Paes de que vira a doação dellas feita
}
- por
ElRey Dom Dinis. 26
por feu tio elRey Dõ Fernando. De tudo o propoto fê deixa bem
Èra elRey Dom Fernando irmaõ ver,que naõ era Gonçalo Gomes,
delRey Dom Ioão o Primeiro Correa por baronia, enaó Aze
ſeu auô, & comtudo chamaua uedo, & que o appellido Correa
lhe elRey Dom Afonfo tio. Da lhe vinha por fua auô fobrinha
mefma forte ao bifheto de hum do Metre.
irmaõ do Metre Dom Payo no Em Tauira prefümem alguns,
meauaó naquella ecritura por que foi o Metre Dom Payo fe
fobrinho feu, porque como rela pultado: o mais certo he, que
tauaõ aquclle famofo feito de ar na Igreja de Sancta Maria de
mas do Alferes mòr Gonçalo Tudia, que elle edificou pello
Gomez de Azeuedo, bufcaraõ milagre de parar o Sol: na de
para o aparentar no esforço a Talauera da Ordem de Santia
uele taõ notauelguerreiro.Cuius go foi o feu primeiro enterro,
vexillä portabat miles quidam in armis & deta, como diz o Licencia
frenuusgoſaluus Comº/j de Azeuedo, do Motta, foi defpois treslada
qui nepos fuit Z)ommi Pelagij Correa, do para a de Tudia. No anno
olim χagifiri $an&i Iacobi de Vclez. de fua morte concordaõ todos,&
O etandarte do qual (dizem e he o de mil duzentos & fetenta
{tas palauras falando delRey Dõ & finco : o dia querem alguns
Afonfo Quarto na batalha do que fofe o noueno, outros o de
Salado) leuaua Gonçalo Go cimo do mes de Feuereiro, & no
mes de Azeuedo, eftremado Ca proprio mes de Feuereiro do an
ualeiro em armas, o qual foi no antecedente de mil duzentos
fobinho de Dom Payo Correa &fetenta & quatro eteue cá em
Metre em outro tempo de San Portugal o Metre Dom Payo;
tiago de Vclez. Eta ecritura porque a 28. do fobredito na vil
do Cartorio da Sê de Lisboa he la de Alcacer deu a hum Dom
a mais autentica relaçaõ que te Pedro Martins a villa da Arruda
mos daquela batalha. As rimas em fua vida, por herdades que
tambem de Afonfo Giraldes, que ele largaua à Ordem na Liziria
fè achou nella, daõ ao Alferes da Toureira. Fazia ito com ou
mór o mefmo appellido de Aze torga de Dom Eteuão Fernam
uedo. des Comendador môr de Mer
tola, & daquelle Conuento.Tem
Conjalo Comes d'Azeuedo eta ecritura inco fellos, hum
-Alferes delRey de Portugal redondo com hüa vieira, & le- .
emtrau4 403 X(ourosfim medº tras ao redor, que dizem, Comuen
Como fidalgo leal. --- .- tus ºfertole; os outros cítaó que
--- - - E2 brados.
-**
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
brados. No Conuento de San to, Dom Afonfo Deão de Auila,
ćtos via eſcritura. & Arcediago de Salamanca,Vaf.
-
3:
*
-- *-
-
-
de lha ter dado. E que os Infantes. 2eos, na era de mil tre/entos é defa
feus anteceflores naõ foraõ cria /eis a vinte de lunho come,ºu Zo. Zinis
dos com cafa feparada; porque a ter cº/a, இன் para a/w/tentar,ſhe Ꮭó↑•
fêuauõ D. Afonfo Segundo,fèndo 6ти elfey2от 4fo/о/еврау диа
cafado, & com filhos, viuera em renta mil libras cada anno. Reduzida
caía defeu pay, fem ter cafa pro eíta quantiaa moeda corrente,vi
pria; & da mefma maneira os ou nha a fazer foma de defafeis mil
tros antecefores.Não ajuizo eta , cruzados, fegundo o computo do
limitação com que os Reys de Chronita Rui de Pina, dandofe a
Portugal criauão naquele tempo cada libra valia de vinte foldos
feus filhos:sò digo que não fahião naquelle tempo,com que vinhaõ
· elles por eta caufa menos gene a fazer duas & meia hum ma
refos. O primeiro a que, deu rauedi de ouro de fincoenta li
... . . . . . ;... -E+ bras,
Iiuro XVI. Da Monarchia Luftana.
bras, que tinha a melma valia grandes thefouros que elRey Dö.
dos ducados, ou crufados Portu Dinis ajñtou,& outros Reys dete
gueſes do tempo delRey D. Ma Reyno, & dos mais de Epanha,
ñoel: maso Chroni{ta Fernaö de tetemunhas foraõ da muita copia
Pina deminue muito na valia das que auia. Quando tratarmos das
liuras, & naöſembom fundamé minas de Portugal, ajuntaremos
to, & afifica a quantia muiaba confirmaçoés a eta verdade. En
tida, & afera defeu pay, he bem tédiaõ sò q eraõ muitas para fer
moderada.…… -
uigo:tantofeajuftauão os animos
-
tos àquelle Caftello, que he hum Pedro, que neta cafa tem capel
dos notaueis de toda Epanha.Era la, & fepultura. ·
elRey mui inclinado aefta viuen Foi tão liberal, ao queimagi
da, por fer aquella villa da Rai no,aMày de Deos com efte Rey
nha Santa Ifabel, a quem elle a no,pela religiofa fogeiçaõ com q
doou no anno mil & trefèntos. onoffo primeiro Rey D. Afonlo
. Na Igreja de Saõ Miguel de o fez feudatario à me{ma Senho
Ouiedo, conhecida em Hepanha ra no mofteiro de Santa Maria de
repetant. com o titulo de Camara Santa,
3. do an.
Claraual,no tempo em que nofo
798. pela arca de Reliquias trazida de Padre S. Bernardo era delle Ab
Ierulalem:parte dorotulo que de bade;& como o Santo foi conhe-,
clara quaes ellas faõ, diz traduzi cido por mimofo da Rainha dos
da do Latim, nefta maneira. Zas Anjos, pelo fauor do leite que lhe
v%iduras de/samã; a Virgem.»ta cómunicou, com a mefma pren
riº, g tambem do/eu leite, º que he da permittiofüapiedade enrique
marauilha grande. Com razão feté cer o Reyno, cujo primeiro Rey
a grande marauilha hüa Reliquia por liure fogeiçaõ a reconheceo
taõ notauel, como he o leite,par porSenhora,&a efcolheo porpa
te do qual criou,& futentou o fi droeira em Cortes: alem de que
lho de Deos minino. Deixou a ganhando avilla deSantarem aos
Máy de miericordia eta parte Mouros por oraçoês de noffo Pa-.
de fubtancia fua na Igreja, para dre São Bernardo, fundou a Igre- º:*
alimentar a deuaçaõ dos fieis, & ja Collegiada de Alcagoua da diſi.
criar esforços para feu culto. Alé uella nobre Villa, da inuocação #1 &#
da Reliquia de Leiria, foi ventu de nota Senhora, laurando paços! #
rofo o nofo Portugal em ter ou junto a ella, com intento de que
tras tambem do leite denofia Se os Reys feus defcendétes ficaffem
nhora nos reaes Moteiros de Al {endo freguefes da mefma Virgè.
cobaça, & Santa Cruz de Coim Por eta caufa fizeraó os Reys de
bra, na Igreja de Saõ Pedro de Portugal largas doaçoés a eta
Torres Vedras, & no Moteiro Igreja, como achambs efcrito nos
de Santo Antonio de Alcacere do liuros da Eftremadura da Torre
Sal. A ete Conuento a trouxe de do Tombo Ioão Adolfo Cypraeo in annu
Roma o Embaixador D. Pedro eſcreue chriſtäamentejactancio-Ä
Mafcarenhas, que defpois foi Vis fo, que a terra de Holfacia tinha 鶯
forrei da India. Na Dominga de por auogada a Máy de Deos Ma- º 15.
Pator bonus felhe faz feta, & a ria, & que a etere{peito todas as
lem de tubileo ha feira franca,al Cathredaes della erao da inuoca
cançado tudo pelo me{mo Dom çaõ da melma Virgem.Todas as
-
Sès
-- ---...----
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Sés dete Reyno de Portugal tem das, e aºs defua criaç45.
tambem a inuocação me{ma, & A Pero Pires efcriuão do fe
alem dito profefa outras reco nhor Rey confignou o Infante D.
nhecéças a eta Senhora, que não Dinis cada anno em pretimonio
tem a Holfacia, affi que concorrê na fefta do Natal fincoenta libras
em nos mais razoés de confiança pagas em pannos.
em fua aduocatura,& patrocinio. A Gil Nunes, filho de D. Nu
He a maior de todas fer a terra no cem libras em paanos pela fe
da cidade do Porto atè Guima ſta do Natal.
raés, & terra da Feira, em q Por A Durão Martins de Parada
tugal principiou, chamada 72rra em pretimonio cem libras em
de Santa Xaria, por fer dotada a pannos na mcfma fefta.
nofa Senhora, cemo he fabido. A Pero Coelho cem libras em
pannos em pretimonio dia de
CAPIT, XV. São Thome.
A Martim Pires feu vaffalo, fi
lho de Pero Paes Curuo trezertas
Dos fidalgos que entrarão libras em pannos por foldada a
a fêruir o Infante trinta de Outubro.
D. Dinis. A Henrique Nouaes feu vaffa
lo trezentas libras em pannos por
Os fidalgos que fe no" foldada a trinta de Outubro.
à# meão com acentamen A Efteuão Vafques de Coja
##tos na cafa do Infante feu vaffalo trezentas libras em
* D.Dinis,dareia liſta,pa pannos por foldada a trinta de
rafe vera differença delles, & de Outubro. -
%%"me{mo Rey, filho de Afonfo San tos & oitenta & dous. Reprenta
ches, fenhor de Albuquerque,em rão os pouos então a elRey,pare
hña doação que lhe faz, lhe cha ce por (e ir efquecendo no paço
Arguli mafeu criado. Em Catella deuia etecotume da criação dos fidal
*** correr o me{mo etilo, & affi acha gos, & de os receberem os Reys,
mos a Guterre Gonçalues de Pa Rainhas, Principe,& Infantes pa
dilha caualeiro da me{ma criaçaõ ra os criarem,& fe eruirem del
E#º delRey Dom Fernando o Santo, les, o quanto conuinha continuar
*# & deuia de auer outros muitos. tão bom cotume,&auiualo.
I.5. Bem he verdade, que na reparti. Item,/enhor ºutrº numero de fidal.
ção das terras de Seuilha feita pe gºsha em vº/a Corte, que defeu nºfi
lo mefmo Dom Fernando entrão mento tem ºfer, peréfalecemlhes as ri
nomeados por da criação delRey 4uezas, que os fazem de maior, Cºme
muitos de inferior qualidade,que mºrgrado, nếleixando de fer de linha
feruião em miniterios humildes, gem ºs principaes em elas, peró nom o
/om
El Rey Dom Dinis. 31
noforº,é abºfiança.Os filhosprimage criarom aquelles de que ctles derezdem.
mitos dos taes/ruão vº/a Real Senho Afique os á fé nomeão da cria
ria, o da/enhora Rainha, é do Prin çaõ dos Reys, & Infantes,eraó os
cipe cam tochas;es guaes nem trazprom que tambem fe chamauão don
4yos,nem azemellus, nem camas, man zees,como aquife praticou Ene
dandolhes V. JAltºſafazerſala, இன் do
{ta parte, aindaú não fofe cõ to
yºf the/ouro Wião ºccupandos que a das as formalidades, fe víâua em
prendiogramatica, es jugar de epada Catellaete cofune. Deuia ele
de ambas as mãos, dançar, cºbalhar, de cítar efquecido tambem nos
é todas autras boas manhas,69 coflu Primeiros annos delRey D. João
mes,que tiromos mogos de vicios, 6 es o Segundo daquelle Reyno, por
Сирг89.
chegão a virtudes. E criandofe desta que o autor que efcreueo a Chro
maneira ali,ºs ordene V. Alteza onde nica delRey Dö Afonfo Onzeno
fº mais inclinarem.E quãâo os tirardes no anno nono dete Rey D. Ioão
por ecudeiros, es podeis acrecentar/e- feubifheto, que foio de Chrifto
gundo avalia, cºmerecimento de cada 1415, fala dos donzees,& fua cria
hã. E em quanto ºfimoçºsforem,dur ção,como de coufa naõ cotuma
mão, é criem/e em vº/a camara, onde da de prefente em Catella,fenaõ
fe criarom aquelles de que elles decendč. pafada,& que fora em outro tê
2faça V. Senhoria hã homem fidalgº, po;defpois contudo fe continuou
que tenha carregº do Alcaide dos don ainda naquelle Reyno. Diz o au
zees,que os cºfigue,º faça alimparº tor daquèlla hiftoria, contando o cip283.
aprender as boas manhas. E as fuas be ម្ល៉ោះ de hti recontro no cerco
fias defes efem em vº/a firebaria, 6. de Al gezira: Ele Alcaide, & ·ffes
а/ги: тор:/ја dadaragāо. Е фиanto Z9oszeles eran homes,que/é auião &ia.
aos outros mºços, que nom faóprimoge do de de muyредиейо: en la camara del
mitos irmãos detes,recºlhãonos/euspaes Rey, y en lafu merced, y eran homes biº
parafuas cº/as,6 mandemnos enúnar, ac9umbrados, e auian buenos coraço
e> elles infinados terfehacó elles aquella nes, y/eruian al Key de buen talante en
maneira, quefe diÁe no titulo antes de lo que les el mandaua,y fosfueron cò
ße. Eſ sprimºgenito for mal diſpo, mengar la pelea con los Xtoros. Em
fique em V. Senhoria tomar a feupay Portugal auia cotume de fè cria
ourropor elle. récö os Reys, & Infantes os mo
Dete apontamêto vimos em 'gos nobres, quaes eraõ eftes á fe
conhecimento do cotume de nomeão da criação do Infante D.
nofos Reys na criação dos fidal 'Dinis. Varioufe o modo defpois,
gos,& que era antiguo o cotume massêpre os moços fidalgos tiue
de criar os primogenitos, como rão criação em caía dos Reys, &
fe colhe daquellas palauras:onde e Nietres que os doutrinauão.
F CAP.
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
fe limitou efte nome de Vafalo
c APIT. XVI. aos que feruião com lanças a pê,
& aos caualeiros que vfàuaô de
lanças de armas. ElRey Dom
Do titulo de Va/alos com Afonfo Quinto pelos annos qua
que fe nomeão alguns que trocentos & fincoenta & noue Lil.Extra;
entrarăo a ſeruiro In deu priuilegio de befteiro de ca fol. 125.
ualo a Andre Gongalues mora
fante D. Dinis. dor em Euora, que entraua em
lugar de Ioão Longo de Aluito,
綫
{Ñ¿9
sº falos,
Χ.), N うぐ
aos Vaf.
toca certo
queo mais he, ao qual elRey entaõ admittira a
vaalo: donde fe vè, que com
que foi nome gèral de
鯊 º "todos os que eftauão
fer milicia aliftada,& aquantiada
a dos beteiros de caualo, naõ lo
aquantiados , & vencião foldo, grauáo todauia o titulo de vaffa
ou gofauão priuilegios com que Ios,que efte fe daua sômente aos
eraõ obrigados a feruir na guer lanceiros, na cõpanhia dos quaes
ra. Nefta confideração eftàbem entraua o Ioão Longo,que deixa
fundada a deriuação do nome ua a praça de beteiro de caualo.
de Vaalos, que tras Adam Vefeito claramente em húa
Lib. 7, c. Konthié na fua politica, dedufin prouifåô do mefmo Rey do anno
17.5.7.
doo da palaura Franceſa, Ceſo, mil quatrocentos & feflenta &
que quer dizer, forte, por fe finco, acudindo a hum grauame,
fem ôs foldados a fortaleza, & -que o Coudel môr Fernão de Sil Ibid.:93.
firmeza dos Reynos, & Monar ueira do feu confelho fazia aos
chias; ou porque os Reys dauão vaffalos de Portalegre, querendo
os feudos aos caualeiros de va leuarlhe a pena de não poffuirem
lor, & fortaleza, como vimos caualos, por achar terem alguns
ao Almirante Mife Manoel Pe delles as quantias de fazenda que
cagno conduido por elRey Dó as ordenaçoês julgauão batantes
Dinis a ete Reyno, o qual no 體 futentar caualos; a que el
juramento de fidelidade pellas es replicauã o negando : Porque
osf
imerces, & officio de Almirante oslanceir r്
deuião chamara
dife: E eu febredito ി ᏘᏑ☾ contiados. Motrando claramente
noel por efa merce, 6 por efe/еи не fer o mefimolanceiros, que vaß
rvos fobredito fenhor Rey dades para falos.
mim, (8 para todos mens fucce/ores, Corrião principalmente por
ficº logº por vº/o va/alo. Parece vaffalos os que feruião cõ lanças
ſecaualeiros
dearmas.Chamauāo
todauia que no nofo Portugal ate
e E/Rey D. Euis, 32
atè o tempo que os Ingrefes en ches, & Ioão Afonfo filhos feus
trarão em Catella nas pertéçoés bafardos, rO infante, diz elle, fa
do Duque de Alencaftro, & nos fou muito trfie, é ainda mando" dº
focorros que, deraõ a Portugal zer a muitos vaalos de JAfonjo Sáñ
naquelles tempos, com cuja co ches 3 Grloão и/оп), que os مدهan
municação,por mais políticos, (e companha/em, fendo cºstume acompaº
variaraõ muitas coufas na politi nharem os caualeiros áquelles dé que
ca de Hepanha, como veremos tem algº. Deftas palauras e mo
adiante, entre os quaes fè intro ftra com euidencia fërem vafaa
dufio chamar lanças aos homens los os caualeiros, & a obrigação
de armas,que em Hepanha cha que tinhaõ de acompanhar os
mauaõ caualeiros. Detes caua
que lhe dauaõ tenças. Podefe
eiros, lanças,ou homësde armas prelumir alern dito, que eraó os
efcolhiaöos Reys,Infantes,& Ri vaffalos armados caualeiros pe
cos homens aquelles que lhespa los Reys. ou Ricos homens, que
reciaõ de mais valor, & confian os aceitauaõ para lhes ficar mais
ça para os acompanharem nas obrigados a continuar á profif.
guerras em guarda particular de faõ das armas, & Caualeria na
fuas pefoas,&pendôês configná companhia deles. Deixafe en
dolhe quando os aceitauaõ por tender efta circunftancia da cô+
vaffalos quantias, & tenças batã pofiçaõ feita entre o nofo Rey
teS a 醬 luziment
o o da Dom Dinis, & feta irmão o In
Lib.a tyø quelle poſto ElRey Dom Afonſo fante Dom Afonfo, aonde para
| dasly,Jol. Terceiro fez húa ley contra os maior fegurança o obrigou que
43. Ricos homens, que faziaõ afua foffe feu vaffalo, & diz detanha
das,& nella diz afi: E todo º va/a- neira: E deuoo fazer Caualeiro, & e!
lº de Ricohomem,que fizer ajuda, peite fºr meu vº/al, em tºdºlos dias de sá
amim millikrat, ó* tolhalhe o Xice he vida. ".
mem a terra, Gr o que deltiuer. E pa - Conforme a iſtofe deue expli
raque feja o tetemunho deta car a pratica vulgar,que etima o
verdade o me{mo Rey Dom Di titulo de vaffalo por honra gran
nis de que efereuemos, darei as de, 8 deuele entender daquelles
palauras com que fe queixa do vaffalos que o erão particulares
Infante Dom Afonfo feu filho, -dos Reys, Infantes, & Ricos ho
ue intentou contra efte Reyno mens; & mais em particular atè o
algúas defordens, & fabendo que tempo delRey Dom Pedro, por
de Catella vinha fazer guerra o que fegundo lemos ein fua Chro-es, g,
Infante Dom Pedro, cõtra quem nica,atê feu reinado não fe cotu- -
para o futuro: que haó he poli co, ficaráfèm nos obrigar a mais
vel fùftentar vaffalos,femtervaf. particulares,como tambem loão
falos armados que os defendaö. Fernandes, Ermigio Martins, &
& milicia continua que os affegu Redrigo Paes,de que naõ duuida
re: Quando elRey Dom Ioão o mos nobreza, & qualidade.
Segundo ahio de Euora aeperar . Era Gil Nunes filho de Nuno camar
o Principe Dom Afonſo ſeufilho, Martins de Chacim, ayo então "37
que vinha das terçarias de Mou do me{mo Infante D.Dinis,como
ra, diz o Chronita Ruy de Pina jà diffemos, & defua fegűda mu
eftas palauras: Saio elźey recebero lher Dona Tarefa Nunes,filha de
| Principe, (& com elle muitagente: Nuno Médes Queixada, da fami
em que ºs vº/des da Cidade, é- -
lia dosSiluas.Cafou Gil Nunes cö
… Cºmarcavinhão aorecebime-- Maria Martins, filha de Martim
* . . . . to todos armados. · Pires Zote, & de Dona Maria Vi
(.f.) - -
cête,fenhora da familia dos Perei
+ … .
* : ; ; ; ; ;; ) , , . " -": «’ + … ras. Duas filhas teue cafadas, húa
na cafa dos Ponces de Leão, & |
outra nados Mellos defte Reyno.
Durão Martins de Parada foi ra...;s.
filho
sº ElRey Dom Dinis, -- cº * ,
34
filho deMartim Garcia,o primei gas delRey a cauſa, ſem perjuizo.
ro que chamaráo de Parada, & dajuriſdicaä daquella Sè
deuia fer por fenhorio que tiuele Martim Pires fe chamou de Titº26s
-
- , ;; ;;
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
dos. E ainda feverà mais claro
nas doaçoês que elRey Dom Di
c APIT. XVIII. nis fez da villa da Atouguia à
Rainha Santa Ifabel, padroado
da Igreja de Bouças ao Bipo do
Em que fe profegue a me/> Porto, & carta do Couto do nof
ma materia. fo Moſteiro de Saõ Ioão de Ta
rouca, que daremos a feu tempo.
*¿ Or outra via fe argue Em todas ellas confirma em pri
º இ) º contra a fucceaó del meiro lugar Dom Fernando, que
醬 Rey Dom Dinis em fa
Fuor de Afonfo Dinis
era o de Lacerda, porfer neto le
gitimo do Infante Dom Fernan
feu irmão, dizendo fer filho da do, irmão mais velho delRey
Condeffa Mathilde, por fe naö Dom Dinis, logo o Conde Dom
nomear no liuro das geraçoensa Martim Gil Alferes môr, & def
mãy que teue, nem fe dizer que pois delle os Ricos homens, em
era filho de guança delRey Dom que entrauaõ os tres filhos ba
Com. Pet, Afonfo Terceiro, palauras com ftardos delRey, conuem a aber,
tit. 22. - 9. ue o Conde Dom Pedro parti Dom Afonfo Sanches fenhor de
. cularifa os filhos batardos. Po Albuquerque, Pedro Afonfo,que
remo certo he, que foi filho ba -foi defpois Conde, &a&tualmên
tardo, por hña oberuaçaó que te feruia de Mordomo mór da
tenho feitonas doaçoés antiguas, Infante, que deuia fer a Infan
em que os filhos legitimos dos te Dona Brites, mulher do In
Reys confirmaõ em primeiro lu fante Dom Afonfo, que def
gar, & logo os officiaes maiores; pois foi Rainha, & Fernaõ San
conuem a faber, Alferes mòr, ches, & tambem Dom Ray
Mordomo môr, & defpois del mundo de Cardona Alferes do
les os fenhores de terras,que erão me{mo Infante Dom Afonfo,
os Ricos homens, & mais fidal & defpois delles Afonfo Dinis,
gos principaes. Os filhos batar Ioão Simom Meirinho mòr, &
dos confirmauão abaixo dos of outros fidalgos.
ficiaes maiores, entre os outros Tanto erepeitauão os legiti
Ricos homens, & neta forma mos, que até os filhos naõ só dos
vi confirmar (empre a Afonfo Reys, fenão també dos Infantes
Dinis. fē preferião ao Alfères mór del
Por maneira que os Alferes Rey, & táta preheminencia era a
| môres, & Mordoinos dos Reys deíte cargo, & do de Mordomo
erão antepotos aos filhos baftar: mòr, que precedia aos filhos dos
Reys
ElRey Dom Dinis. 39
Reys fendo batardos, & por eta elRey: Querendofazergraça,º mer
razão entraua Afonfo Dinis no cea -foryo Zitnis meu irmão. Con
lugar á lhe competia por naõ le forme a ito não he criuel,que re.
gitimo,confirmando como qual conhecendo elRey por irmão a
quer dos outros Ricos homens, Afonfo Dinis, quando fora legiti
| titulo quesómente felhe daua,& mo, lhe faltaffe com as prehemi
naõ o de Infante, que fe deue aos nencias, que portal lhe eraõ de
filhos legitimos. Dete modo fa uidas na confirmaçaõ das efcritu
laônellèas efcrituras daquelle tê ras, & Priuilegios,que faõ monu
po, de que apontarei aquias pa mentos perpetuos em que fede
lauras das inquiriçoësdelRey D. pofita a fama, & qualidade das
is ... Pinis feitas por Ioão Cefar na pefoas,& lhe faltafe com o titu
Iniçã freguefia de Rio Ayraõ do julga lo de Infante, que fe deue aos fi
do Tde Vermui entre Douro & lhos dos Reys legitimos. Efe dif
Minho. O lugar de Zragadela dfía ferem q lhe não confentia elRey
freguſa tragia então Zem Fernão?e- eta preheminencia, por naó con
res de 2arboja, de que fe diz ºfeguin feſſar nella a juſtica que tiraua a
te. O lugar que chamáozragadela he hum irmão legitimo mais velho;
de Santo Tirſo, gr deraano empreſtemo fendo affi ifto, nem Afonfo Dinis
a Zom Fernão Peres, 6 deulhe º Ricº cõ{entiria que lhe pufefem a fir
homem .Afonſo 2>inis a vos à Coema, ma fora do lugar que lheera de
gc. Era Afonfo Dinis Rico ho uido: mas ele que naõ replicou,
mem,como filho de Rey,aindaú fabia que naõ e taua defraudado:
baftardo, &盛 ſenhorio das & quádoelReytiuera tal tençaö,
terras que po uia. -
nem titulo de irmão lhe dera nú
Não defconheceo ElRey Dõ ca,porá com eftetitulo defcobria
Dinis nunca a ete irmão, antes igoalmente o me{mo ponto.
nas doaçoês 體 lhe fazia, o no Vefe mais claro correr Afon
meaua portal,como achamos na fo Dinis nas firmas pelo lugar 4
1.5.9.a, outorga dehúas cafàs,que a Rai felhe deuia, como qualquer dos
chancle nha Dona Brites lhe daua em Lif outros filhos រ៉ែ de Rey, Lib.6.de,
ޭޕްޑ# ه.aob Vihua carta da Rainha Zona na doaçaõ que o nofo D.Dinis milicos
2rites inha madre,em que daua@rºu fez a fua fobrinha Dona Ifabel,fi-fºl. 25
torgaua 4* *á* cafas que auia em Liß Iha do Infante Dom Afonfo, das
boa, que forão de Ioão Atonis,a Afon villas de Penela,& Miranda junto
fo ZDinis meu irmão, é a mim pras a Coimbra com outros lugares
ende,0} ouro golhe. Em outra carta mais no anno mil trezétos & vin
Zbidſol.72 tambem de que confta fer fenhor
te & dous, adonde porque o C5
da Pouoa de Saluador Aires, diz de D. Pcdro,& AfönfoSanches,
- G3 filhos
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
filhos delRey batardos,tinhaõ os annos adiante, como fe pode ver b.t, fe!
cargos de Alferes, & Mordomo no foral de Oriola, & outras. E 燃* -
môr afiinaraõ em primeiro lugar, foi etilo efte tão vfado no reyna
. fendo que antes de occupar eſtes
do delRey Dom Dinis,que naõ vi
potos entrauaõ com os outros efcritura algüa em que fe variafe
Ricos homens, abaixo dos que o tal etilo Peloque confirmando
feruiaõ entaõ os mefmos cargos: fempre Afonfo Dinis em lugar
& neta propria doação confirma inferior, moſtraua fua illigitimi
Afonfo Dinis em lugar inferior, dade, maiormente que os filhos
feruindo de.prefente o officio de dos Reys legitimos (empre tiue
Mordomo mór da Rainha. raö Dom, & titulo de Infantes,
. Afonfo Sanches 3áordomo mór ് & nunca felhe additou patroni- .
firma. - ‘. .-
mico, ou outro nome adjunto de
O Conde ZDom Żedro-Alferes ር0፲ል╩
parente tranfuerial,& em Afonfo
firma. - ... . . . -
Dinisfevê tudo ao cõtrario. Efte
. . Ioão Afon/o confirma. difcurto fundado no etilo geral
; . Frater Ioannes confirma. daquele tempo, & comprouado
JAfon(o Zimis Xíordomo da Kai com taes monumentos, faz de
nha confirma. . . . moftraçaó de fer Afonfo Dinisir
... E naõ caufe duuida contraifto mão batardo do nofo Rey Dom
que dizemos, ver que na doação Dinis,& que conforme aito to
que elRey Dom Dinis fez da vil mou elRey pofie defte Reyno sẽ
la de Figueirô a MariaRodrigues, prejudicar aಛಿ que e preu
-
que he hüa das efèrituras cõ que me em ete (eu irmão, filho que
acclaramos cs Ricos homés de querem dar à Condefa Matthil
fte primeiro anno delRey, entra de, primeira mulher delRey Dõ
nomeado Martim Afonfo (que Afonfo Terceiro, a qual por naõ
tinha o gouerno da comarca de deixar filhos daquelle Rey, como
Chaues, & deuia fer o irmão ba jà diffemos, veio a herdar no Cő
Itardo do mefmo Rey,a que cha ¿lado de Bolonha a Emperatriz
maraó Chichorro) antes da fir Maria ſua prima. Quando ſe eſ Lt. 15,
ma do Mordomo mòr D.Nuno, creueo a terceira parte naõ efta-ap.2a.
8. logo defpois do Conde Dom ua ete ponto tão acclarado,
:Gonçalo Garcia de Soufa, q era mas ajuda o que acerca de
Alferes mór, porque fem duuida - Afonfo Dinis alife
deuiafer erro do tresladador, & eſcreue.
- afina outra doaçaõ vem emlu זלץ
- gar inferior ao Dom Nuno,& na * :* ~ *
`w ..
βί.145.
ço de Lisboa, que por eta razaõ curto da vida; & porque os mais
nos paga certo foro, & diz na delles confirmaraõ nas duas doa
efcritura que o doaua. Confide çoês que referimos do anno mil
rando em cºmº em outro tempºfoſſe a duzentos & oitenta, daremos a
mim dada hãa courela de vinha, por firma de ambas, de que colhe
zºom 3ertholameu, em ºutrº tempo remos tambem os Ricos homés,
2/ρο d, Algarие тенгіо, риe foi вте & delles fe tratarà em Capitulo
Frade do Xºteiro de Alcobaçº, por apartado. Na doação de Alco
efia, @ por ºutrº muitº Иет дне (% baça feita a doze de Iunho con
recebidº dito meu tio. Os Michoés firmaõ os feguintes.
eraõ fidalgos honrados, & pro O Infante Dom Afonfogo
cedião dos Fonfecas, nos quaes uernador da terra de Lamego.
entrou efte appellido por Afon Da terra de Neiua, o Conde
fo Rodrigues Michão, filho de Dom Gonçalo Garcia. Dom
Ruy Mendes da Fonfeca. Dete Nuno Mordomo mòr . Dom
or de
c., es, Afónfo Rodrigues Michão da Martim AfonfogouernadGil
ii. 66. Fonfeca, foi filha Dona Guiomar de
Chaues. Dom Martim
Afonfo, Abbadeffa de Almoſter, Eluas, Dom Afonfo Lopes da
- - - tCI 12
ElRey Dom Dinis. 44
terra de Soufa. Dom Martim
IRodrigues da terra de Maya. C APIT. XXII.
Dom Pedre Annes de Tras os
montes. Dom Pedro Ponce de
Cinfaës. Dom loão de Auoimte Dos Mefires das Ordens
nente de Alentejo. Dom Pedre AMilitares defíe mefmo
Annes de Portel tenente de Sin
tra. DöIoa6 Rodrigues de Brit tempo.
teiros.Martim Annes do Vinhal,
& Martim Dade Alcaide môr de 蕊欢笠 SQrdens militares que I 179.
Santarem faõ tetemunhas,& em #\#nefte tempo auia em
vltimo lugar o Chançarel mòr. {Portugal, erão quatro;
“a dos Templarios,a de
20.7°llus ele/tus 2r4char. Santiago, a de Auis,& a do Hof
zo. V Portuenf. Epiſc. pital de Sáo Ioáo. Os Templa
Zo. Aimerica, Calimb. rios obedecião agora em Portu- '
2. A^atthews Vlixb. gal ao Metre Dom Frei Louren
Eccleſia Ofenîi У4C«f> ço Martins. Tinha efte caualei
Ecclefia Egitamen/* vacat. ro militado nas guerras da Pale
Z). Zurandus Elleremſs. . . fina com grande fatisfaçaõ; veio
2.2.artholomeus Siluenês. daquellas Tpartes a efte Reyno
mandado pelo graõ Metre, &
Na doação do Pedrogão, feita a achouſe preſente á notificagaö,
Ioanna Dias a vinte & oito de que Frei Nicolao fez a elRey Dö
Outubro confirmao cſtes, .
* - -
Afonfo Terceiro: Fratre Laurentis
.*fartini, qui nunc de nouo venit miffus
zo. Tillus Archip.2rachár. 4%(agiftro Ordinis Templi. Os Me
. . Wincent. Portuenſ. * . ."
ftres do Templo que foraõ ne
JAimericus Calimb. : te Reyno, ou eraõ eleitos pelos
- Ioannes Egitan. ' '*' '' Freires dele em Capitulo geral,
Ecristia Lamacenfi yarat. (ou os recebiaóinuiados da Pale
tattheus Vifengs. " ftina pelo graõ Metre, como ve
xtattheus Vlixh. io ete Dom Lourenço Martins:
# zurandus Elkor. ; · · · · mas fe vinha là de Vltramar,
· · 24rtholomews®ilºm/? · · ·! neta forma não era admitti
-*
do fem confentimento dos Reys
, , .. . . . . .. . .
: ; ;;;; ; ; , , , , ; Tº
de Portugal. O nofo Rey Dom
.
-
..
-
. . ."
*
- - - -
影 鷺 de Santiago 1279.
coligir; elRey Dom Dinis lhe da
titulo de Prior doHof,pital,abfol
"A
穩
تهیه که
º
ſ -
Era entaõ Comendadeira, & dou elRey Dom Dinis reflituir நீே.
Prelada do conuento de Santos, a Ruy de Lemos, & a fua mu
ao que pude alcançar vendo ofeu lher algúas heranças, por liurar
cartorio,de que tireietas memo a alma delRey ſeu pay, & a ſua,
rias, Dona Oufenda Egas,a quem que parece lhas deuia ter tirado
fuccedeo no lugar de Comenda contra jutiça, elRey Dom Dinis,
deira,& Prelada a fanta Dona Sá que entaõ etaua no cerco de
/ cha,de que falamos. Parece que Portalegre, queria ajutar as ma
foi eleitã tres annos adiante deite terias da conciencia ... No anno
de mil duzentos & fètenta & no
mil trezentos & dez era o Ruy de cºnvi,
ue, porque no de mil duzentos & Lemos jä morto, & naquelle an-4, &#•
oitenta & húa quatorze deMayo no deu Eteuaõ Soares Alcaide ***1.do; Pri~
fez Orraca Pires freira de Santos N - -
- .ു്
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
fenhor Dom Jorge Duque de da expreflamente nomeado ne
Aueiro, filho delRey Dom João fta forma, fegundo a ortografia
o Segundo, no catalogo dos Me antigua. 2. Simao Soares Jºffre
tres deta Ordem aponta a Dom de. Auis.
Frei Fernaõ Soares do anno, mil
duzentos & fetenta & hum,atèo
de mil & trezentos & tres, & con ' CAP IT. xxv.
forme a iftologrou trinta & dous
annos o Metrado; & tirando os Dos Ritos homens, é
primeiros oito,os mais todos rey Minitros del Rey
nando o nofo Rey Dom Dinis,
No anno de fetenta & fete affina
dando fè das propoítas quefe fi § As duas efcrituras com
zerão a elRey Dom Afonfo Ter ## que no capitulo pafia-1279
ii.delre, ceiro. Simeon Suerij X(ag/?er Ordi
D.
§
ºš do demos razaõ dos
mis militiæ de J/wis, cum alijs duobus * Prelados, ſe aliſtaraö
மே. fratribus etufáem Ordinis. No anno aqui os Ricos homens, acre
antes de mil & duzentos & feten centando mais alguns minitros
ta & quatro, fez o Metre Dom do Paço, & da jutiça. Na pri
Simeaó húa compofiçaó por feu meira doagáo confirmao, o In
procurador comelRey D. Afon fante Dom Afonfo tenente, ou
fo Terceiro: Nomine religiofi viri gouernador da terra de Lame
fratris Z)omini Simeonis %agifiri Or go. O Conde Dom Gonçalo
dinis de Auis. Ainda que variem Garcia tenente da terra de Nei
no nome de Simeão, & Fernan ua. Dom Nuno Mordomo môr
do, como concordað no appelli do paço. Dom Martim Afon
do, pode fer que fèja o mefmo, fo tenente da terra de Chaues.
& que fofe vicio do ecreuente Dom Martim Gil tenente de
-, em algüa das partes; & quando Eluas. Dom Afonfo Lopes te
A pareça que foraõ diferentes, ete nente de Soufa. Dom Martim
vltimo feria o que continuou o Rodrigues tenente de Maia.
tempo que fe aponta. Porem o Dom Pedre Annes tenente de
catalogo moderno conformaco Tralos montes. Dom Pero Pon
a doação, & aponta o me{mo ce tenente de Cinfaês. Dom Ioão
Dom Simeão Soares. Na procu de Aboim tenente de Alentejo.
ração que elRey Dom Afonfo Dom Pedre Annes de Portel te
15 de di Terceiro fez no anno mil & du nente de Sintra. Dom Ioão Ro
:* zentos & fetenta & tres (obre as drigues de Britteiros. Martim
” contendas dos Ecclefiaíticos, an Annes do Vinhal, Martim Dade
- Alcaide
ElRey D. Dinis. so
Alcaide mòr de Santarem affina ma Villa, Deão de Vifeu, & Co
raô fèm gouernos , Chançarel nego de Coimbra, Clerigo del
mór era Meftre Pedro. Na fegun Rey, & logo foi cõtinuando Efte- .
da doaçaõ (e acrecentaõ Dom ue Annes Bochardo Arcediago
Lourenço Soares, que era o de da Collegiada de Santarem, Biſ
Valladares, tenente da Ribeira po defpois de Coimbra. A Me
do Minho, & vem com varieda tre Pedro quando lhe tirarão o
de o Mordomo mór Dom Nuno lugar Chançare mor, fize
de l o
tenente da terra de Bargança.Dó rão Chançarel mór da Rainha
Ioão de Auoim tenête de Euora.
Santa Ifabel tãto que ella entrou
D.Mem Rodrigues tenête da ter nefte Reyno, Era"Meftre Pedro
ra de Maya. Pedre Annes de Por Clerigo, & Medico del Rey, 8.
tel tenente de Leiria. Mem Ro
pedoa muito nobre,que andaua
drigues Porteiro mô. Vem mais naquele tempo a medicina eti
Fernão Pires de Barbofa fem go mada no preço que merece. El
uerno,& Domingos Annes Iardo Rey DõDinis o proueo na Igreja
Clerigo delRey. Ete he o que de S.Clemente de Loulè no anno
foi feñ valido.Neftafegunda,que feguinte de mil duzentos & oité
| heado Pedrogão, a Maria Ro ta, feruindo ainda de feu Chan
drigues, vem antepofto o Dom çarel, & defpois no anno mil du
Martim Afonfo ao Mordomo zentos & oitenta & oito, em que
mór, & foi feita em Monte môr feruia jà de Chãçarel da Rainha,
o nouo a 18. de Outubro.A outra lhe deu a Igreja de São Pedro de
de Alcobaça fe fez no Crato a Villacorçà do Bifpado da Goar
12. de lunho. da.Com eftas, & outras Preben
O Mordomo mór Dom Nu das teue cabedal para intituir o
no, & o Chancerel môr Meftre morgado dos Nogueiras em São
Pedro firmaraô as cartas, & pro Lourenço de Lisboa, como vere
. likr •** uifòés atè o anno de oitenra & mos, Nefte primeiro anno de feu
1 .ே hum, & nete a defanoue de Iulho reynado lhe deu elRey Dõ Dinis
deu elRey os fèllos ao Chançarel o Priorado de SantaMaria de Al
mór Domingos Arnes Iardo Co caçoua de Santarem.
nego de Euora, que foi defpois Dom Nuno Martins de Cha
)
|Biipo de Lisboa, & Euora, con chim Mordomo mórteue por Vi
· tinuou deixando elle o cargo de cemordomo a Durão Martins de
Changarel môr, Ioão Pires de Parada, que annos adianteferuio
Alpram naturalde Santarem, & ete cargo me{mo, fendo Mordo
Réitor de Saõ Nicolao da mcf. momôr o Conde de Barcellos D.
I 2 Іоао
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Ioão Afonfo deAlbuquerque,em Zum Cil 2 (artines de Poi tugal Cº” г.м.
cujo tempo feruio tambem de firma, 22.3íartim Cul /u ήηο confi - farara
. Vicemordomo hum Mem Rodri ma.Em outras efcrituras daquelle
gues,que não aueriguamos (e era Reyno vemos a fua firma, & ou i º:
ö de Wafconcellos, {e o de Brit tras acọoẽs teue là Dom Martim
teiros. . . . . ; -Gil, de 驚 iremos dando razão
Porteiro môr era nefte anno neta hifloria, no difcurto da qual
Mem Rodrigues da familia dos 'côftará das firmas das efcrituras,
Soufàs, como diremos adiante. & outros monumentos a certeza
Continuou no mefmo lugar Lou dos minitros á aqui apontamos,
renço Efcola Alcaide mór de Lif de que elRey Dom Dinisfe feruio
boa,& Vchão mór. nefte primeiro anno de feu Rey
O Conde Dõ Gonçalo Garcia nado.E ainda que até o fim delle
deSoufa cunhado delRey era Al ouue muitos mais que osnomea
feres mor. Por fua morte entrou
dos, etes alcançaraõ os vinte &
o Conde D. Gonçalo Telles, & a tres annos primeiros,que eftevo
ete fe feguio Dó Martim Gil, a lume comprehende, & no fegun
quem fuccedeo o Conde D. Mar do em que os outros vinte & tres
tim Gilfeu filho. A efte fuccedeo feefcreuem, daremos razão dos
no Condado,& cargo de Alferes mais que então feruirão.
mór o Conde Dõ Pedro, filho do O Chançarel mór Dom Ete
nofo Rey D. Dinis, autor 4 foido ue Annes, que o fora delRey Dó
liuro das linhagés. O Alferes mòr Afonfo Terceiro, deuia de nor
f
D.Martim Gil,pay do Conde Dõ rerno anno atras paſſado, & a e
Martinho, porfer cafado cõ húa fte repeito entrou o Metre Pe
fenhora chamada D. Milia An dro na Chancelaria. A vinte &
,
i drefa de Catro, & ter heranças finco de Abril do anno pretente
:
º
s
naquelle Reyno, & no de Leão, de milduzentos & fetenta & no
º por eta caufa continuou a Corte 'ue fe deu o treslado do feu tefla- ...
*
delRey D. Afono o Sabio,de que mento a Frei Ioão Miniſtro de ്
foi eftimado. Seu pay fechamou Santarem da Ordem da Santiff-dº"
D.Gil Martins,de à elle tomou o ma Trindade, eleito em Leão de :
patronimico, & era dos de Riba França pelo Minitrogêral no an
de Vifela, Ambos elles pay, & fi no milduzẽtos & fêtenta & qua- til.*.*
lho andão entre os Ricos homés, tro. O Bifpo de Euora D. Dufão, 醬
Fr.Domingos:Lourêço Cuftodio 似y
ó firmaraố cõ elRey Dõ Afonfo
Sabio o foral de Placencia,no an dos frades Menores de Lisboa,&
no mil duzêtos & fetenta & tres. Frei Domingos de Bouelio Goar
- dião
Aº - -
fenaõ na Beira,
158. emadura, como foi
feruicio guodmihi, • Z). Żeatricimą -& câ na Eftr
trimee impendit: Foi ifto a fincode em húa efcri tura
Cr1tu P rque largou Lib.doin
ra por
gios reaes, pelas datas dos quaes, | Deuia fer coftume e!!e gèral
& lugar aonde fe fazião, vim a entaõ dos Reys de Eſpanha,& afsi
conhecer o etilo, & modo de o vejo praticado em Cetella na
proceder que os Reys tinhaõ em -mefina forma. ElRey D. Afonfo
correr o Reyno, & aprefentarfe Sabio no anno miil düzehtos &
como Sol a todos os vaffalos, & oitenta & tres deu à noffa Rainha
.naã perfiflir no polo fixo da Cor Dona Brites fua filha as villas de
te. Naquela idade era mais facil Serpa, Moura, Noudar, & Mou
na etreiteza, & limitaçaõ dete rão, & referuou para fy o jantar
dellas.
º
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
dellas. Em privilegic á cidade de duuido que as concedeffe eftan
Сар. 22.
5. 19. Segouia, que Diogo de Colme do na propria Cidade. Do carto
nafes tresladou na hiftoria defta rio della naó pude decubrir cou
-
!
tejo neceffitaua mais da real pre O foral da villa das Alcaçouas
fença,ou que a repartiçaõ da jor que elRey DõDinis confirmou,
-nada cõforme aos tempos do an fora dado aos pouoadores pelo
no cabia a aquellas terras, elle Bipo de Euora Dom Martinho,
pafou em primeiro lugar a Alé & Cabido daquella Cathredal no
tejo. Os Chronitas antiguos e anno mil & duzentos & fincoenta
creuem,que fora a Eluas chama & noue, por ferherdade propria
dodefeu auóelRey Dom Afonfo ſua. Nos 24. Zei miſératione Ap/co
- o Sabio, (obre a materia que já pus, 2ecamus,ac (apitulum Elboremfe,
tocamos,& de que fedeu a razaõ damus hominibus tampra/entibus,quz
--
.mais apparente.. Da chegada a futuris de Santa Maria das ശlkയൂ
---
Eluas me não conta; & deue fer sùs, terram noßram adpopulumdum ad
-
-.
· tos lugares, & padroados daquel Rey Dom Pedro feu neto, o qual
la comarca, & na compofiçaõ á a deu a Dõ Fernando de Catro,
lº, º fizeraõ no anno mil duzentos & quando veio fugido de Catella:
dirtitos fetenta & hum, em que forać jui mas faindo Dom Fernando defte
7:46;e
zes arbitros Frei Giraldo Domins, Reyno para o de Inglaterra, tor
gues Doutor dos Frades Prêga nou á Coroa, & foi dada defpois
dores, Afonfo Soares fobrejuiz pelo me{mo Rey à Infanta Dona
delRey, & Reitor da Igreja de S. Maria fua filha, que a logrou em
Leonardo da Atouguia, & Vicê quanto felhe não pagou o dote
te Annes Conego de Euora, fe do cafamento com o Infante Dõ
julgou a elRey o fenhorio tépo Fernando de Aragaõ. ElRey Dõ
raldo Vimieiro, Arrayolos,& Al Fernando a deu tambem à Infan
caçouas com féus termos,deixan ta Dona Brites fua filha, & vlti
do o epiritual, & padroados ao mamente a Fernaõ Gonçalues de
Bipo. Ficou elRey Dom Afonfo Soufa. Seguio efte fidalgo as par
como ſenhorio das Alcaçouas,á tes de Caftella no tempo delRey
acrecentou,& fez villa,& confor Dom Ioão o Primeiro, & por eta
me ao que defpois (e aueriguou razão deu efte Rey a Villa a Afon
fo Pires da Charneca. Morreo
Rºy3D.de
Di
em tempo delRey Dõ Dinis no
ni, fol.39.
anno mil & trezentos & finco na Afonfo Pires na fegunda entrada
repartição das terras do termo 醬 elRey Dom João fez em Ca
defta Villa, que os cefmeiros del ella,& por fua morte deu elRey
Rey fizerão,feferuádo só para os a Villa ao Bipo de Coimbra Dõ
Reys o lugar que chamão a fonte Martinho,irmão do defunto, Ar
do Cortiço, o qual deu o melmo cebifpo que defpois foi de Braga.
Rey Dó Afono a Eteuão Peres Entrou no fenhorio da mefína
requeixeiro da Rainha, & cofi Villa Dom Aluaro Pires de Ca
nheiro das Infantas, & como rea ftro, & cafando a feu filho Dom
lengo mandou tomar poffe delle Pedro o Infante Dom Henrique.
elReyD.Dinis naquelle anno. em cuja cafa fe criara, o DõAl
Em feu tempo fez muito cafo uaro largou ao Infante as Alca
elRey DõDinis da villa dasAlca çouas,com condiçaõ que pagaffe
gouas,por er de ares faludaueis, o dote que DõAluaro promete
territorio fertil, viçofo, & abun ra. Por morte do Infante D.Hen
dante de caſſa,& peſcaria.Dentro rique achamos com o fenhorio
da
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
da Villa ao Marques de Monte Os mefes de Iulho, & Agoto
mor Dom João, filho do fegundo deuia elRey Dom Dinis pafar na
º* . Beira, & ainda a fete de Setem
Duque deBragança,& Condefta
ble defte Reyno: i como fenhor brovifitaua acidade de Lamego, cau,
della prouia a Alcaidaria mór das como fe ve de efcritura do Con- de chiº
º
º
Alcaçouas,a qual deu a Lopo da uento de Chellas, que he huma
'i
r
Gama caualeiro de fua cafa,& el compofição da Priorefa deta
Rey Dom Afonfo o Quinto lha cafa com Abril Pires Caualeiro
confirmou para filho mais velho de Lisboa, fobre a quinta da A.
na me{ma forma em que a tinha zoya, 器 fora de Martim Rool,
do Condeſtable. Perdeo elle o & de fua mulher Dona Sancha.
etado em tempo delRey D.Ioão ElRey Dom Dinis lhe mandaua
o Segundo, como he notorio, & dar juizes arbitros para eta cau.
tornando à Coroa outra vez eta fa, etando no dia que difemos
Villa, adeu vltimamente o meſ em Lamego. -
*
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
zentos & fetenta & fete. delRey D.Dinis,& da Infanta D.
—Ao muito alto/enhor Zom Afon/ Branca, cafado com fua mea ir
pelagra,a de Zeos Rey de Portugal,6. mãa D, Leonor, & como era tão
ao JAlgarue, Orraca £odrigues JAbba principal a Abbadeffa VrracaRo
dja,é º conuento do 34%irº de Zºr drigués, ordenou de autorilar o
uã inuiamos humildementebeijarvoffas Conuento com ter por fenhora a
mãos. Senhor, nos por boa parança, º Infanta,afsi como o fora aRainha
honra demos, 6 do m9fieiro de Loruao, Dona Tareja. A carta feita em tidas
#.:fi recebemos a mui nobre Infante Zºna no Loruão a 27 de Dezébro do an-D. Afonjá
fobredito,que vem a repõder 3-fol.14%
zrancaȼ/afilha por/enhor demos, Gr
--
*:
. . . º.
-
anhos quando o acompankáfem -Portugal, & Saftella, foi imita
º
-na guerra. Em outros muitos fo ºção dos Ingeles que então vie
-
º
º
ssay º Y El Rey D. DiniX es 5 s
nica artiguaddRey DomiAfoni ve, & pela maior felicidade que
fo Saboyidando razão da orderii podja defejar efte ಕ್ಲಿಚ್ಟೆ
có que ó fêu exercíto márchauá, do hoje gèralmente de todos os
quando ehtrou na Veiga de Graf «le-Eliroja, poêler depofito do
**adanöʻahno mil ddzeñtos&oja corpodesta Santa Rainħaಶಿáéé
tehta& hain, Lleaiükkidelantaa, logrado füa prefença por epaço
diz a Chrônica, etInfanti zººn sãº: defincơçmta&quatro annesëm
who, y lºftiniefiºſºftnesiºn «ue foi gouernaåò convfüapfu
4Pedro3fslikael/nºaiie©on foah:$ dencia,confolado com tua pieda
la çaga leuaºawn hijo d4z9;que éra de;& doutrinado com fuas raras
de' j அே yirtudes;& exemplos. O Ghrgai.
ceno.ełmiń.Wejäfetamibema Chroni fa Rui de Pina dilata mais hum
ea del Rey bom Afonſo XI. Gaf. áhoeíta embaixada, & oeõtrato
par Sanehes grauere{criturario do cafamento. Eu contudo naõ
iios quer perfiádir;que á paläürà fofro eta dilação, porque álem
*##çaga; foi imitada dos Efpanhoes de me leuar adeuáçaõïda Satita
đa tiebrea, Sabhir, quefignificả ở Rainha, defejo irtecendo etahi
'inferior; ou vltimo,pórterólitro storia cốividas de Santos, & me
que lheva diante.&não heade. imorias do eftádo Ecclefiàfigo;4
riuação mui defüiada; porembá faõ os materiaes mais lutrófos
fte por occafião do foral de Alja
fur em que ela entra, & cótinue có que le aperfeigoa8z afi qui
mos com elRey Dom Dinis eh fera.jàqueno primeiro anfibºde
Alentejo.* ºi?” !”* **;: fte Rey fe deiiñoticia da Safita
* *
கா பர்: Comendadeira Doña Saliehama
. ا
د اه. - م
هـ1 أ
تنام طب،
أن
CAPIT, ºxx...'. *tural do Réyii¿eitfarnefteº.
gundoriaturalilandohunia Santa
. . . . . . . . بي " يابانية étrangeira por meio detes def:
Da embaixada a Aragão peforios, & caíamento cõ elRey
"fobre o cafumento 蠶 tipom Dinis; E tá em meu fauër
. . delRey. [* .f :::: (ft#.
DimiDom . . رُنﺮ
. .”
leronymo de Zurita, afinos etis
-ahiiåes; corrio nos indices latihós.
- – *o : Deuele a ete autor todo o credi.
: 1 : .. :1 ) מי מי:f ; נגי21
to, porferobſerüátišimodacro
CaſamentodelReyÐ. - nologia, falta em que cairaõ os
| Dinis comia Rainha
º
shoffö&hiftofiadoresäntigos,con
-
#Santa Ifábel he julga - tentandofễ cơm relatarÌümáfia
--
ção mais acertada que elRey te "caçaõ dos tempos as mais 蠶ve
*...* !
K4 ZCS,
2. Liuro XVI. #De Mºnarchia Luftana.
zes. Conferiodo as memorias cö herdeira delRey Henrique, reco.
o que etes autores dizem,ambos lhida na tutela deíeu tio Felippe
faſa6 certo, porque neſte anno ſe Reyde França, viuiajà como ef;
de pidiraõ os Emdaixadores a Pola do Delfim, filho delRey, có
Aragão, no fim do anno feguinte quem defpeis cafou. Afşi que só
lhe mandou elRey a procuração Aragão podia comodamentedar
para o receberem; no principio húa das Infantas. Auia então na
¿lo outro, que foi o de milduzen quelle Reyno anfanta Dona Ifa
tos & oitenta & bel mais velha, & füa irmãa a In
por palauras de prefente em Bar fanta Dona Violante, eta º • *
醬 RainhâSanta I{abe), % s. Todos conformarão em que
ခ္ယိန္က ႏိုင္ဆိုႏိုင္ဆို eftaua . donuinha effeituarſe o caſamento
já recebido cõ ela em Trancofo có a Infanta Dona label de Ara
no mes de Iunho..., : :: :: :: :: : gaõ,&acertarão bem na efcolha.
· Vendo elRey dipotasascou Corria a fama deta Princefa por
fas de feufenhorio na melhor for toda Europa, não tanto das per--
| ma que ម្ល៉េះ requeria,tratou feigoés naturaes,em que excedeo"
logo cõ os defeu
c 18 confelho de ef a muitas daquelle tempo, como
colher por epofa huma Princefa pelas excelencias de animo com
tal,que fofe de proueito à confer que replãdecião por fuas acçoês
Euação da CorO3x ;Refolve9fè. que os thefouros da graça, que o Ser
deuia (cremEpanha o cafaméto, nhor tinha ႕ႏိုင္ဆိုႏိုင္ရန္
em fua al
-&lançando os olhos aos Reynos „ma. Eftas perfeiçoês a fizerão ju
vifinhos de Caftella, julgarão fer ftamente pretendida de grandes
difficultofo o cafamento cõ qual Principes, como Felippe Delfim
蠶 delRey,filhas de Frãça, antes de felhe occafio
del Rey D. AfóóSabio,a repeito nar o cafamento de Nauarra, &
da difpéfaçaó ó era neceffaria pe· Eduardo Principe de Gales her
ºv, v sº º
lograo tão chegado de parentef> deiro tambem de Inglaterra. Po- i
•o 4. . tº
co que difficultaua, & dilataria o rem a felicidade delRey D. Dinis
negocio, a que conuinha deuiar logrou o que outros pretenderáo;
dilagoés, 麗 rejeito do difira & mostrale bẽfer felicidade fua,
mento delRey, 4 principalmente porque no proprio anno em que
queria remedearfe, alem de 4el fe recebeo cometa Infanta, che
Rey D. Afono trataua jā o cafa 'gou á Corte de Aragão Micer ziii...
mento da Infanta D. Berenguela Acardo Embaxador de Paloelo- 4… 19.
em outra parte. O Reyno de Na go Emperador de Grecia, que a
uarra etaua então menos difpo pedia para Androuico feu filho
fto, porá a Princefà DonaIoanna berdeiro... :: -
Forão
- ElRey Dom Dinis. 59
Forão pois inuiados a Aragão Rey cõfiderou, medindo os aper
por Embaixadores delRey Dom tos em que fe via. Etaua elRey
Dinis, loão Velho, de que já fala D. Pedro entre as armas de Ca
mos,Ioão Martins,& ValeoPires, tella, & França: das de Catella
fidalgos todos tres do Confelho por repeito dos mininos Lacer
del Rey, & peloas de autoridade das fobrinhos do Infante Dõ San
para elte efeito. Ioão Martins de cho, & outras caufas, & das de
üia fer o de Soalhaês, Bilpo que França naõ só pelos me{mos La
foi defpois de Lisboa,& Arcebif. cerdas, fobrinhos també delRey ,
po de Braga, hum dos Clerigos & pelas materias tocantes a Na
do confelho delRey. E parece q uarra, que o Frances adminiſtra
etaua poto em razão que tiue - ua como tutor da Rainha pro
fe lugar em cafo femelhante hú4 prietaria D. Ioanna, fenaö també
pefoa deletras para acudir às du pelos intétos que elRey tinha de
uidas que cotumão mouerfe nos conquiftar o Reyno de Sifilia, á
contratos de cafamentos, a que fora de feu fogro Mäfredo, occu
não podem dar fatisfação os ca pado por Carlos irmaö de S.Luis,
ualeiros. De Aragaö vierão tam & tio de Felippe, difpofto refòlu
bem Embaixadores letrados. tamête a fuftentar na poffe ao tio
Chegados a Aragão os Embai Carlos, á entrara naquelle Rey
xadores,foraõ bem recebidos, &
no,& no Principado de Taranto,
melhor ouuidos delRey DómPe & outros eftados defpois de ven
dro, de quem alcançaraõ o fim, cer a batalha de Beneuento, em
cõ que auifaraólogo a Portugal, que morreo elRey Manfredo Pa
8c ó mefmo Rey de Aragaõ in ra empréder com mais feguran
uiou pouco defpois feus Embai ça o de fora, & ſegurar melhoro
xadores a ete Reyno, como ve de dentro de Epanha,vinha bem
remos no annoeguinte.Inclinou a liança com elRey Dom Dinis,
fé com tanta facilidade elRey de por meio da qual ficaua mais ref.
Aragaõ por muitos repeitos; hã peitado,& temido de Caftella, &
deles foi depedir logo de fua ca mais defembaraçado para proce
fa para Rainha húa filha que tan dercőtraFranca.Nem lheefque
to amaua. O que não feria com ceo a elRey D.Dinis a comodida
os outros Principes, á ainda naõ de do cafamento, cõ que fe fazia
leraõ herdados;& neftas materias igoalmente temido de Catella,
obra muito o entrar fenhorean -& atalhando com ifto a que da
do logo,& não efperar para man quelle Reynofe não defefauora
dar. Naõ foi també motiuo me feu irmão Dom Afonfo, quando
nos forçoo o á a prudencia del intentafe alguma nouidade, por
etar
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
eſtar tåo á mao oſocorro de Ara filha do Conde de Vrgel, outra
gão de feu fogro,ou de feu cunha º pretenfora daquella Coroa, com
do, que innouarião por meio dos que deixou a elRey Dom Afonfo
Lacerdas pretenfores daúlla Co firmifino na parcialidade, affi
roa, outras reuoluçoês femelhan por refpeito da irmãaRainha que
tes em Caſtella. câ tinha,como pelo temor de lhe
O noffo Rey Dom Ioão o Pri alterarem o Reyno por via do
meiro penetrou gentilmente efta Infante Dom Pedro,& da Infanta
razaõ de etado, porque vendofe fua mulher pretentora. Teue ete
cóas pendencias de Catella, di penfamento fempre taõ temero
poz logo cafamento na cafa de fo a elRey Dom Afonfo, 4 auen
Alencaſtro, conuidando aquelle do de paffar a Napoles, no anno
Duque ao fenhorio de ညှိုးဂျို့ pa de mil quatrocentos & trinta &
ra ter o vifinho naõ inquietador dous, naõ oufou a fazer a jorna
de fua pofe, fenaõ folicitador de da, ſem renouar naquelle anno
fua fegurança; & não confeguin azes com o nofo Rey Dõ Ioão,
do eta pretençaõ em tudo, tra & osInfantes feus filhos,temendo
tou de cafàro Infante Dó Duarte algüa inuafaõ em fua Coroa, &
com Dona Branca Rainha de Si conhecendo que firme na paz, &
cilia pretenfora de Aragaõ, pata colligaçaõ de Portugal deixaua
lhe ficar outro arrimo, & ter por Aragaó eguro de algüa inquie
dous lados apertadaCaftella.Naó taçaó de Caftella. Com a expe
teue effeito a pretenfaõ da Rai riencia dos Reys anteceflores al
nha DonaBranca,fuccedendo no cançaraõ os Reys fobreditos eta
Reyno de Aragaõ o Infante Dõ verdade, por fer maxima certa
Fernando, nem perdeo lango el de quê tem vifinho poderofo no
Rey Dom Ioão neta mudança. entremeio,affentarliança com os
antesentendendo a conueniencia colateraes, que o fazem na paz
da liança com Aragaõ, procurou eſtar ီ|ိ & na guerra com
cafar o filho herdeiro com a filha facilidade diuertido. A efte fim
donouo Rey,o que cóeguio de fe encaminharão os cafamentos
pois dele morto,reynando Dom de Portugal em Aragaõ,& as liã
Afonfo Sabio feu filho;& para ter ças delRey Dom Afonfo Henri
a ete Rey naó sófixo por afeiçoa ques, Dom Sanchofeu filho, Dõ
do pelo parentefco, fenão també Afonfo Quarto, Dom Pedro,Dõ
por receofo, pretendeo para o In Fernando,& Dom loăo o Primei
fante DõPedro a Rainha de Si meiro; & a iffo fè encaminhou o
cilia Dona Branca, & por fim o dicuro dosConfelheiros delRey
cafou com a Infanta Dona Ifabel DöDinis, & ainda defpois que a
Coroa
: * YElRey Dom Dinis... }, \º 6o
Corôa de Aragaõ fe vnio a Ca fenhorio das villas dePortalegre,
ítella,intentou elRey Dom Afon Maruão, Aronches, & Vide. TAs
{o Quinto efpertar a liga có Luis -tres villas primeiras com todos
Onzeno Rey de França,com que feus termos lhe deu em Lisboa a Lil delRey
B. Afinjo
de ambos os lados pudera ficar onze de Outubro de mil duzêtos 3-fol. 11o
elRey, deCatella apertado;& de % fêtenta,confirmando entre ou- '
faltar aquelle Rey a eta propo: tros Dom Pedre Annes dePortel,
fta,motraremos em outro lugar, que eſtaua com a tenēcia de Lei
gue deixou)elle á Coroa de Ca ria, & Dom Garcia de Paiua com
tella para as melhoras, que defe ade Aronches & Portalegre, &
pois teue contra França, o que fendo teftemunhas Pedre Annes
jaöferäjäagora, cófiderada ñe Porteiro,& Repofteiro mor. Ni
lhora importancia da colligaçaõ golac Saraça, & Miguel Fernan
de Portugal,& França paradimi des Eychaés, & Ecançaés, Pero
nuiçaó do poder de Caftella,: & ?Martins C,aquiteiro,Pero Ferná
des Ceuadeiro, Domingos Peres
.feguracôferuação deftas Coroas. -
de mil duzentos & fetêta & tres, ter no rio Alua, recolhidas pri
--
& com elle ſe apreſentou o proui meiro as agoasda ribeira do Pia
do, que pouco defpois o foi tam dão, & da Loriga, o -- - - - - - - -
bem no Arcebifpado. -
Motra etaVilla grande anti-s
- A Villa de Vide,em cuja doa guidade, & por hum letreiro de
ção confirma jà eleito ete Pre IRomanos,que efià na Capella de
lado,foi dada ao Infante D.Afon São Martinho, & hum caminho,
fo com (eu termo, & todo o fe ou via militar que hia para ella,
nhorio, & direito real: Todo º di de que evem os vetigios dede
-
reito, es fenhorio, 6, todo ius real que húas ruinas, de ponte no rio Al.
-----
*-. eu ei, o deuo auer de direito, 6 de/e- ua, aonde chamão Porto de mòz
nhoriº em o Cafello da Vide, ºu na Vil atèa ponte da ribeira do Piadão,
º la, & em todolos/eus termos, com todº & della à da Villa fe entende fer
las fas pretengas. A diftingaó que pouoação antigua de Romaños.
º
º-
!
de Vide; porque fendo eta, di grãde catello, & no meio da Vil
fera que lhe daua o fenhorio da la ha outras ruinas de muros de
villa de Caſtel de Vide : alem de argamaça, confrontaçoés todas.
que Catel de Vide não era ainda muito a propofito com o fucce
-
la franca Camerario da Igreja de . Saibão tºdos, que nos Zum Zinis mil 41;
Tarragona,& Córado Läça Em pelagraga de zeszo de Portugala ".
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana. --
º
Jalgaruº.fazemos, & ordenamosnofos curtugaremos em nenhum tempo. Em
procuradores certos, é ºficiaes, a το, tjtemundo do qual vcs damos aprºfen
João Velho, loão }{artins, & Ca/co teprecuraҫайjellada da o mojofelloma
fizes nºfos va/alos, a todos juntos, ෆ ior. Zada em Efremoz doze de Noué
a cada hum em particular, para tratar 7ίνο. ElKey o mandu. JAires.2tartins
com o illufre Zom?edro pellagra,a de a notou, Era.….(CC.XIX ` .
Zeos Keyde Aragão ſobreſe contrahir * He para confiderar fer a villa
matrimonio entrenos, 9 Zona fabelf de Etremos o lugar em que el
lhamáis velhado dito Rey, é paratam Rey Dom Dinis paflou a procu
bem fé contrahir em поб, тотеþðr pa ração para feu recebimento com
lauras depre/ente, ou fp/orios por pa à Rainha Santa Ifabel, & vir eta
lauras defuturo, é para aceitar tam Santa Rainha a morrer fincoenta
bem'o tmºntimento da mefma Zona '8¿ finco annos adiante refla pro
/belde nos quererpermarido, ou por pria Villa em que fora elcolhida
鷺 Epara alem diftonos compordes para Rainha.Talhe a incontam
m º átº%9 de Aragão febreº dote | cia das maiores grandefas, que os
que no ha de darpela diafuaba, º fitios me{mos aonde fe acquirem
para receber apaga, é fºgurançadelle;
feruem de femiterio para fepul- Prºva
రparåfazer àmfina zɔ. Iſabel doa tarfe. A ambula do óleo cõ que box
೫,೫೫à: */*/ zem os Reys de França fevngem, di-:
νρίβνιακαινισιπί, Ερσάβικη mðrrem,& alguns que feca quando eles….….
dºmin%partepromº/as, cº/gura º fornaa renouarſe pa
ao illafré Reyfobredito da certiza de ra a vnção do herdeiro, affi que
eu contrahir o tal matrimºnio, @ na no mefmo.inftrumento de glória
"máförmételt/garan*** 4*#* tem o defengano de fua pouca
рёёнщрёё,/kurandtшоготуу: duração, & permanencia. Não
*ints,"omingen gepnáris/* duuido que parapublicar ete def
Zerhºre,G emºſ alm-Epar enganoferetirafe a Rainha San
retiler dahiſmo #wpromiſſa, e ſº taiſabel à villa de Eſtremoz,an
teuendo o fim da vida, que felhe
έμφήίάρήμερμίritimwίβεί, auifinhaua. ... . . . . . . . .
####renos, é a febredita filha
f#zparfazz-materi ud." "… Mas tornãdo aos Embaixado
máis que nós pude/emosfizer
" ! ".. . . . . . م// pré
-- ") کﮯ: " : "** میٹر ﭘر۴ #* = ا ل ا تص م
res, elesfè partirão para Aragão
ente;'ரம் ; prometendi ¢ነን፯ boafë, no mes de Nouembro, & en
2: ; ; if : - - *: ; { : .. '{' : : مر: ﺑه، :
- * *
- - . - logo
.. ... ElRey Dom Dinis, … º. 64
logo partio para efte Reyno, co malfabel, em comprimento do ά
mo fe verá no capitulo feguinte, entre ambos os Reys etaua de
que darà principio ao anno mil. terminado. ElRey Dom Pedro
duzentos & oitenta & dous.E pa defejofo de ver já áquela filha q
ra dar remate a efte de oitenta & tantoamauano eftado deRainha
hum,aduirto que Domingos An que merecia, para comito ficar
Wh ſºpra
fol. 3۶۰
nes lardo Conego de Eúora, o' mais defembaraçado na expediê
qual afsinou na procuração del te de tantos negocios graues, co
Rey, era feu Chançarel mòr, & mo felhe oferecião, examinados
efteue fèrn feruir o officio atè de
os poderes,& procuraçaó que el
fanoue de Iulho defte anno pre Rey Dom Dinis mandaua,& cõ
fente, em quefe lhe retituiraõ os fideradas as arras que profnettia,
fellos, & Cóntinuou outra vez na ordenouſe deſpoſaſſe alnfantaſua
Chancelaria, como veremos e filha por palauras de prefente. E
crito no liuro primeiro delRey
Dom Dinis. * * * * * º, tº . . paraque ete acto fe celebrae có
a otentaçaó,& magetade ácon
ン。【 cAPiT. xxxIII.! uinha, fe poz a caminho para a
nobre cidade de Barcelona, cuja
zºº. . .. . . .. .. . . .
opulencia, & luftre႔ျဖွံ့ defêm
penhar bem feu defejo. No paço
Derecetimento del Rey că real da dita Cidade a onze dias
- a Rainha Santa ". do mez de Feuereiro do anno
*.*.*.* . . . * * ... I
鬣顎器 º Eio por dama també Huma dellas, que foi a Irene,
蠍 da Rainha Santa Ifabel ou Infanta Lafcara, cafou em Ge
huma illuftre Princefa noua com Guilhelmo Conde de
g º chamada Dona Bata -Veyentemilha, de que teue tres
ça. Eteue efcurecida fua memo filhas, & hum filho. Chamoufe o
ria, atè que adiligencia de Iero filho tambéIoão, q ficou cõ ofe
nymo Zurita,& Andre de Refen nhorio de Veyếtemilha,& a mãy
de deu della luz batante. Do que Lafcara cõ as tres filhas D.Violã
Refende acrecentou a Zurita, & te, D. Beatris de Grecia, & D.Ba
do que ajuntaremos a ambos e taça fe paflou a Aragão em tem
zuritalib,
- ftes
ſ: autóres, fefaiba, que vendo po delRey Dom Pedro, pay da
5.tvlt & e o Emperador de Grecia Alexio noffa Rainha Santa Ifabel. Cafà
#3c7, Angelo com duas filhas viuuas, rão em Aragaõ duas das filhas, &
*":"Irene,&
antiquit.
Anna, as tornou a cafar , a terceira, que foi Dona Bataça,
liί 4. fegunda vez, Irene com Alexio veio a Portugal por dama daRai
Paleologo, & Anna com Theo nha Santa. :... .
, doro Lafcaro, ambos elles Prin- . Por fer Dona Bataca de tão
cipes do melhor daquelle Impe altofangue, & parenta da Rainha
- Santa
ElRey D.Dinis. 69
Santa Ifâbel, por via de fua mãy mºeda velha de Portugal. E ºbligºtada
a Rainha Dona Cotança, a ca efa mtidade, @ todo o alque oíuer, a
fou elRey Dom Dinis em Portu daretes dinheiros de//o ditosa que vos
gal com Dő Martim Annes, Tio mandardes.E fiefaço devontade… de
de alcunha, filho de Ioão Gil de conſentimeto de meuſenhor elke zom
С0»t.Pet,
Souerofa, & de Dona Coftança Zinis. Eeu Keyz), Zinis de inhaau
tit.16. Gil, irmãa de Dom Martim Gil toridade, coménto,6… outorgogías cou/a
Alferes mór delRey Dom Dinis. de/öß ditas, @"por nom virem em du
Naõ auia em Portugal pefoade uida,mandeipoer meu/ello em #a car
mais illutre fangue por parte de ta em teſtimonio. Em testimonio dus
pay, & mãy, que de Martim An 4uais cou/as eu Xartim_annes fabre
nes, affi pelos de Souerofa taõ co dirºfende entre mim, o vai Zona
nhecidos, & de que fe tem da Žatan;afazer dúas cartaspartidas por
do noticia na terceira, & quar -43. (per mão de Zºomingos Soares
ta parte defta hiftoria, comó por publicº7ábalom de Lisboa, devm me
fua mãy, q procedia dos da Ma des teor, @ fizeas/celar de meu feelo
ya, Riba de Vifela, Soufàs,& ou pendente, E/obre todo co roget a Ioan
tras familias illuftrifsimas. O ca me 3dendes, 2 a ?ay 2ae7abalia,
famento de Dona Bataga fecele de Zibº, quepu/e/em/us/nae, em
brou no anno mil duzentos & oi cada hua J. cartas em tºftimonio de
tenta & finco na cidade de Lif. verdade. Fitas as cartas em Lisboa
boa,como fe vê da carta de arras dez dias de Julho/ak E.%Ccc.κκίή.
feita a dez de Iulho daquele an que preſentes fr് a effe feito chama
no,& diz deta maneira. dos, cºrºgados. No/fo/enhor elRey Z).
-
/n dei momineJ4mem. Saibáo todo;
. السلام
Žunis. Zom Žomingos Moamnes Žiſpo
'' aqueles que fia carta viré,que eu Xar de £uora, © (ham,arel delzey. z»êm
°mbiu, tim Ænnes cafo rom y%oZ)oma $atam- ¥a, tim Cl.z, „φο Εβolla-Αka
ça,& quero, & outorgo que ajades aſsi de de Á»ñéø4, (>?orteírómó d•l?•y.
Ç0ነ/ጋ0 cºſtume da Estremadura a mei- João Soares_Alaõ. Aires Ꮴ;aſues ്
dade de toda aquella hºrama que en 9, cruza delzey, Ioanne }Zendes, eo Pey
crepero auer, aſsi de mouel, 4
Paes zabalia de Lisboa.
como
raizº/Si daquela que eu ei em Portugal, Defpois de cafàda viueo Dona Uib.2.del
6 em Leom, como em Caliza, como a- Bataça na freguefia de Santiago ಲ್ಡ Dam
lhur hu 4uerqие о еи aja . Pero so tal de Lisboa, aonde teue cafas, que 器. v.
ajiºs. Dom Diogo Monis fez com ella ca que referimos,alem de que no
da Villa, 8 Caſtello de Santiago tempo delRey Dom Dinis, em 4
de Cacem no Campo de Ouri a Dona Bataça veio a Portugal,jà
que,comenda,& rendas do lugar efte Reyno eſtaua liure dos Mou
de Villalar,que Dona Bataça ti ros,excluidos do Algarue vltima
nha em Catella. A efcritura de mente por feupay elRey D. Afon
Panoyas foi feita no anno de mil fo Terceiro. No difcurfo dos an
trezentos & quatro, & a de San nos adiante auemos de falar mui
tiago de Cacem no de mil tre tas vezes em Dona Bataça, affi
zentos & dous. Na de Panoyas quando efcreuermos da Infanta
diz deta maneira : A vos la muy Dona Coftança, de que foy aya,
noble ZDona Zeta afija de la mui noble como na occafiaõ da moite de
Zona Lafcara Infanta de Crecia.Ena feu marido; & defpois no anno
de Santiago de Cacem: Por ello. mil duzentos & trinta & quatro,
C In
E!Rey Dom Dinis. 7o
em que ela morreo. Alem detas D.Gonçalo tenente de Neiua.
occafioés outras mais vezes tere Dom Nuno Mordomo môr.
mos materia de relatar algüasac Dò Mem Rodrigues tenente da
çoés fuas em feruiço das Coroas - terra de Maia. : -
.
em vifitar o Reyno,S-faz faẽs. .. . . -
\ -
dos,padeceo as contrariedades,&
dilagoés que ainda veremos. cAPiT. xxxvii. .
Os Prelados aqui nomeados
alguns foråo a Roma, & fem du Deaļušas atrožs del Rey,
uida tornou là por ordem del é” outras cou(as tocanteša
Rey Dom Dinis o Bipo DõVi.
cente do Porto, quejaviera da este tempo.
醬 Curia,aondeas controuer• #š: Omo a vínda delRey 1282,
ias particulares que com elRey #3 do Algarue à Cidade
Dom Afonfo Terceiro teue fo º ¿ de Euorafo por occa
bre as jurifdiçoens da fua Igreja, *** fão da concordata cõ
o leuarão, & detiuerão aufen OS မြှိုုိ့မ္ဟုဖ္ရစ္တို concluio a vin
te, & receofo, porque chegou a te & quatro deAbril,quiz dar em
termos o negocio, que mandou primeiro lugar razão della, por
elRey enforcar em Gaya hú fo ſer acção mais importante, ain
brinhofeuchamado Miguel Lou da que antes de executala tinha
renço,que feruía deAlcaide môr, elRey obrado em outras mate
& a Paſchaſio Ferrario ſeu vaſſa rias o que agora apontarei de va
lo. No ponto que foube da morte rias memorias.E porqfe conheça
daquelle Rey,veio para o Reyno, que não procedia elRey nas ma
aonde foi bem recebido delRey terias Eccleiaticas corn intento
Dom Dinis feu afilhado. Na jun de lhe deminuir nas rendas,como
ta prefente affitio em Euora, & alguns fentem, maiormente def.
alcançou delRey D. Dinis a vin is que virão a ley que el Rey có
te & oito do mez corrente huma rmou, de que não herdaffemos
tº,4:dº
ali Døtrø
carta, em que elRey lhe promet conuentos,em quedifcorreremos
266, tíalargar avilla do Lamegal,que a feu tempo,& que não foi nunca
elRey feu pay alcanfara dos Bif tal o intento dos Reys, á primei
မြှိုုံ Porto, dando em troca a ro a promulgaráo, liberâîíîïîmos
Igreja de São Chritouão de Ca fempre com as cafas deReligião,
banoés, por ficarleza a do Porto &lugarespios,ainda aquelles que
com a troca. Declara elRey que mais zelarão aizenção real, que
o metería de poetanto que vol era o ponto principal da contén
tafe de Roma,para onde de pre da. Sabemos que hum dia antes
fente o mandaua em feruiço de que elRey Dom Dinis pafafe a
Deos, & feu Paitum 4Äomma carta da compofição, que forão
curia rederir, adquamin/traitiazei, vinte & tres de Abril, tinha con
& nofiro mittimus eum. * * *i firmado ao realcotlučto de Santa
* * * **
- - - - - Cruz
Cartorio
a Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Cruz de Coimbra todas as ren maior detença no Reyno do Al
des.cruz.
das,& jurifdiçoês de que os Reys garue, agora efiando em Euora,
antepafados o dotarão, que feita onde fe deteue até o principio de
confideração com o que rendião Mayo, ordenou algúas couías da
cs Bifpados, & Arcebifpados do វ្នំ Reyno. No primeiro dia
Reyno, era igoal a qualquer de. o dito mez deu nouo foralâ vil
flas prelafiasâquelle famofo Prio la de Catro Marim; em que ha
rado. Em dezoito mil libras o tasó para notar o confirmar porAl
xaraõ no fubfidio á o Papa Ioão feres mór o Conde Dom Gonça
22. concedeo a elRey DõDinis lo Telles, fendo que antes era o
no anno mil trezentos & vinte. cargo do Conde Dom Gonçalo
Ehe muito para confiderar a Garcia de Soufa,cunhado delRey
franqueza có que aquelles Reys, cafado com fua meia irmãa Dona
limitados em rendas, afsi doauão Leonor. Porem deuia fer morto
-
hüa taò grande parte a hum con nete anno DõGonçalo Garcia,
uento, que depois vimos dimi porque dous adiante fezteftamê
nuida na occafiaõ em que a Afia, to a Condeffa D. Leonor já viu
Africa, & America engroſſarāoo ua.Seruio o Conde Dom Gonça
Reyno com (eus thefouros, de á lo Telles pouco tempo,& do an
fe pudera dar mais juíta queixa, no mil duzétos & oitenta & qua
Lihr, ro. que a de Symacho a Valentinia tro por diante entrou nefte lugar
•pift j9. no, & Arcàdio, vendo que notë. D.Martim Gil de Soula. . .
po detaâ grandioſos Principesſe Adozedo proprio mezde Ma
limitaua às Virgens Vetaes, o 4 yo temos húa ecritura, que por
com grande largueza fe lhe con tocarcoufas dignas de reparopa
cedera em tempos mais aperta raintelligencia de outras detahi
dos Duarte Galuaõ na Chronica ftoria, me pareceo conueniente
Сар. 12. delRey Dom Afonfo Henriques referila. Humafenhora nobre de
faz outra cófideraçaõ femelhan Santarem chamada Dona Maria,
te, vendo as fundaçoês que Egas cafada com Dom Siluetre Pires,
Monis fez dos dous រ៉ែ de fez (eu tetamento, & efcolheo Catorie
de Alaola
S.Martinho de Cucujaés,& Paço r teftamëteiro ao noffo Abba
fa lib. 5.
de Soufa,& louuao chriftaö pro de de Alcobaça Dom Frei Ete dºs dourº
ceder doscaualeiros daquelle tê uão Martins. Entre outras man- *fol.49
po nete particular. ElRey Dom das deixa por efmola finco mara
Dinis conferuou, & confirmou o uedis a Frei Domingos Darrais,
conuento de Santa Cruz comtu ermitão de Saõ Domingos de
do o que pofuia. Montirasdaquella Villa. Era Frei
Como elRey não pôde fazer Domingos Religiofo da fagrada
Ordem
*
* +
defe
º ElRey Dom Dinis, 24
defejado o Sacramento, & com
o de conf/ares, fe faz lembrada CAP IT, XXVIII.
aquella acção tão molefta da cõ
fifaõ das culpas que lhe faze
mos,com que em certo modo fi Dasprimeiras leis delRey
ca o miniftro caufando terror pe Dom Dinis,
lo que exercita. Mas a fog.ição
heroica dos penitentes quando fe $Elebrado o recebimë
expoem ao rigor medicinal da
ºto del Rey en Tranco
quelle Sacramento,jà ſabem que * (o dia de S. Ioão Bauti
tem efeitos mais de cauterio, 4 ºfta, pareceo conucnié
de lenitiuo. -
bredito queria elRey Dom Dinis fe pode ver mais por extento, &
hum fidalgo delinhagem, & co mui exaćtamente em Eſteuão de
mo os taes,ou eraõcaualeiros, ou Gariuay lib.12. cap.zo. .*
-*... 1
dos quinhentos foldos tomaua →శ్రీ as coufas daqlas duas
vingança em juízo da afronta, & º:* Comarcas,dibeira,&
defácato que lhe fazião. Tinha Tralosmontes, vendo auífinharfe
, , , me dado fundamento para eta -o inuerno,que na cidade daGoar. 5. 1. a
dahe demáfiadamente rigurofò, fl. 46.
::azಷ್ಟುgBi೦೦RFIPrude
agº." cio ¦ hum priui feaonde pos a caminho para Coimbra,
legio dos Conegos da Collegia chegou a quinze de Outu
dã de Catro xeris, em que lhes bro,auendo e detido em Vieu,&
concedia elRe 獻 asinju mais lugares, o que bataua para
ºrias quinhentos foldos, como fi naõfazerájornada penofà,&dar
dalgös: mäs defpois a acheiami lugar a que os moradores daquel
រ៉ូមុំា łeis déCa 'las terrás-feflejaffeinº aprifhèira”
:
wº
aCCI to
a Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
acerto para Lisboa; febem o in lanço, paraque fe conheça cm
| tento com que elRey D. Afonfo Hefpanha,que o acertado,&pro
· Terceiro efcolheo a viuenda de ueitofo documento de faber rel
Lisboa,foi mais por fedefuiar de peitar os leaes a feus fenhores,
ter prefente em Coimbra a repu ainda quando encontraõ preten
gnancia com que feus moradores sočs propiias, naõ foi inuentiua
o aceitaraó, obrando em fuften delRey Dom Henrique Segundo
tar o partido delRey Dó Sancho de Catella, por mais que o per
feu irmão as finezas,com que Dõ ſuadio, & recomendou no teſta
Martim de Freitas ficou hõrado. mento a elBey Dom loâo ſtu fi
Contudo elRey Dom Dinis, que lho, a repeito dos que tinhaõ fu
fabia com igualdade defapaixo ftentado as partes de feu irmaõ
nada pezar as acçoés, & os moti elRey Dom Pedro, fenão que era
uos dellas, pelos me{mos repti jà politica procedida, & praćtica
tos 4 obrigarão afeu pay, a naõ da detes lanços delRey D.Dinis,
fer tää afeiçoado a efta Cidade,a - cujas acçoés feruiraõ aos Reys
honrou, & fauoreceo elle aſſicö daquele tempo de roteiro em
fua afsitencia,& da Rainha, que , todas as materias. E neíta parte
japarece preagiaua o culto com - excedeo ele tanto a elRey Dom
que os moradores della auiâo de : Henrique, alem de fer oprimei
| venerar as Reliquias de (eu fagra tro, quanto vai de deixar por mã
'do corpo, como com a Vniuerfi <da huma obra, ou auela executa
.dade,que affèntou na mefma Çis do por efeito.Não nego eontudo
dade. É naó he só imaginado ete 駕 manifetagaó eta muicerta
o grande juizo delRey, D. Hen
difcurfo.O me{mo Rey fez julga
do de porfi, &izentou da Villa rique,& poderá fer que huma das
aos moradores dos mõtes, & ter mais jutificadas acçoes que nelle
mo de Alenquer, dando por ra fe viraõ.Efe os limites da hitória
zaõ deuerfelhe efte fauor, pela fofreraõ digrefoês mais dilata
lealdade 4 motraraõ em feguir das, ponto era ete em que eu de
'as partes, delRey DöSancho feu boa vontade me detiuera. …", .
#** tio Mereceacção femelhante fer … Mas tornando a elRey Dom
¿relatada com as mefmas palauras Dinis, ele pafou em Coimbra.
de quem a obrou, & aísias darei, atè o fim do anno, que tudo vai…
que aó etas: E a merce lhes façº contando por ecrituras, & me
por/ruigo que me fizerom, tº porque , mórias daquelle tempo, de que
eu achei que me fzerem, lealdade em ...fabemos falecer hum dia defpois
feer com{.. elRey Zum Sancho. delRey chegado a Coimbra o%"
da Sè de
\.
. .... ;
sº ir • -- r [. - - *, ,
" Liuro XVI. Da Monarchia Luftana.
defeitormôr do ouro,prata,eta gaçaõ de pagar a elRey a quinta
nho, & mais metaes dos Reynos parte, Finalmente todos os Reys
de Portugal,& Algarue, no ânno, dete Reyno que tiuerão cuidado
mil quinhétos & dezoito a Ayres de applicarſe, recolheraò conhe
doQuintal fidalgo defua cafa,em cido proueito, que de tudo he
| q enfraua parte da Eftremadura, fertil anofaterra. E não pode
que tinha defmembrado das fei mos culpar aos antigos de pouco
torias de Gil Homem,& Gonçalo induſtrioſos,ellesinuentaraömui
Priuado, os quaes tinhão a ſeu tos ingenhos de agoa para papel,
cargo as minas do ourc, & eſta ferro, & outros feruiços neceffa
nho da Beira, & para efte efeito rios,& cultiuauaõ a terra cõ toda
fe deu particular regimêto ao di a diligencia, plantando,& ſemeå
to Ayres do Quintal. O me{mo do frutos etrangeiros, como ar
Rey Dô Manoel mandou bufcar ros, & canaueaes de açucar, de 4
minas de vermelhão, & azougue ouue muitos, & de tudo ifto te
nefte Reyno por hü Ioão Dalua nho vito ecrituras autenticas, 4
Caſtelhano no anno milquinhen dareinos temposadiante, contê
tos & dez.AFernaõLopes da In tandome por agora com fazer af
foa concedeo elRey D.Ioáo o Se fieta reumpta, remetédo o que
gundo liures por finco annos as he mais vulgar aos que eferene
iminás de ouro do termo de Al raõ defcripšoês defte Reyno. Só
mendra,&dez1egoasao redor,cô concluo dizendo,que nos não fal
taõ de ಶ್ಗ nelle metaes de
tanto quedelles ao diante pagaffe
ós direitos cotumados. Seu tio o que valernos, & alem de outros
Infante D. Fernando laurou mina vieros mais modernos, batauaa
de ferro noTeixofó,& os Duques mina de prata que fe achou no
2.
: ... * * * r . . ~~
\",
- - - -
-*
".
* *
Velfrey DDinis... º
* - -
2. O4 diuino,
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
diuino, & humano: & podera fer que não etauão em rompimenº:
que o fautorizar elle defobedien to tudo fabe difpor bem quem tê
cia ſemelhante deſſe motiuoa ſeu ' prudencia. E ate a falta de fauor
filho Dom Afonfo a emprender temperada cõ bons termos, quã
outra tal,com que elRey D.Dinis do não obriga, não efcandaliza.
2
fevio no fim da vida bem inquie Mais fe podia célurar a elRey
to. Aſſicaſtiga Deospellos meſ Dom Dinis feguir a parcialidade
mos fios àquelles, que tecem em de feu tio o Infante Dom Sancho.
dipendioalheo taes defacertos. contra os (obrinhos filhos de ir
- O certo he que elRey Dom Dinis mão mais velho, a que reprefen
como politico conheceo etarlhe tauão para fer preferidos na he-,
mais a conto a parcialidade de rança, pois em Portugal efaua
feu tio Dom Sancho, que etaua praticada a reprefentação, & in
em idade de viuer mais annos 4 troduzida nas Cortes de Lame
elReyDom Afonfo (eu auðjave go. Dom Lopo Dias de Haro 13.
lho: & com elle ſe colligou nas fenhor de Bifcaia, fe acoftou ao
Cortes de Valladolid no anno. partido de Dom Sancho, por fe
affado de mil duzentos& oiten
praticar em Bifcaia a preferencia
ta & hum. Que lhe defe fauores do tio ao fobrinho, filho do ir
me não conta; porem fauor era mão mais velho, como fe vio em
não lhe fer contrario. E que o te Dom Inigo Lopes Sexto fenhor
ue por amigo naóha duuida por de Bifcaia, que entrou naquelle
. que annos adiante, como vere Senhorio antepoto aos fobrin
mos,vnio á Coroa as terras de fèu nhos filhos defeuirmão DõSan
irmão o Infante DõAfonfo, que cho Lopes. Contudo acharia el
as filhas pretendião herdar, & hü, Rey Dom Dinis, que aindaque
dos fundamétos por onde femo Portugal tinha eta opinião por
ftrou que as perdera o Infante,foi. maisjuta, Catella auia eguido
porque fendo vaffalo delRey Dõ nas Cortes de Segouia a contra
Dinis, & etando obrigado anaõ ria emfauor de feu tio D.Sancho.
fazer guerra, fenão afeus inimi Paffaráo no difcurfo deftas con
gos,o Infante todauia a fizera fem tendas delRey Dom Afonfo Sa
ordem delRey,& contra feu mã bio com feu filho Dom Sancho
dado a feu amigo elRey Dô San varios trances, & guerrasperigo
cho. Contudo deuia elRey Dom fas, em que tiuerão boa parte a
Dinis de dar batante fatisfação Rainha Dona Brites de Portugal,
defi ao auô,& correfponder.com & muitos caualeiros deteReyno,
ele cortefmente, pois trazia Em todos os quaes feguirão a parte
baixadores em fuã Corte,finaldº do mais ofendido,õ& neceffitado,
r
- . - - --- - que
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. . . ... - : ; " ." : " هضة A 3. - à .' -
A、A"、"。
`` ElRay Dom Dini.\ :* - - - - - $;
que era elRey DóAfono. No ca nandofe quafi todos ao Infante
. . . ." . . . -- نسخه
fauor que a Rainha Dona Brites Mordomo mór, & Martim Paes
fua may quifefe dar ao pay na ſeu Chançarel a noue de lunho,
quelles apertos. Cometareolu deu nouos priuilegios, & confir
ção fedeuiaõ capitular a concor fmou outros aos befteiros do cou
dia Defempenhou a Rainha Do to daquella Villa,mais a propofi
na Brites nefte lanço as diuidas, to para feuintento pela vifinhan
& repeitos de filha,& deixou em ça que tem cõ Andalufia. A vinte
todosos Reynos deHefpanha opi & quatro do proprio mez eſtaua
niaõ de grande valor, & Pruden elRey Dom Dinis em Trancofo
cia,merecendo por etavia defeu já catado, como deixamos eferi:
pay merces, & louuoresericare to, & affiacho dificuldade em á
- - ". - - * . .. . . .
cidos, que tudo exagera quem a Rainha Dona Brites fofe affitir
defemparado fente em feufauor . . áquelfas bodas, fendo a diftaficia
alguma lembrança. Com o exé de Serpa a Trăcofo tanta. Dicul
5 da Rainha femoueraõ mui pada eftā a Rainha,fehequehaô
tos fidalgos Portugueſes, que a foi affiftir ás bódas do filhò, cóm
acompanharaö &äte osdas Or occupaçaõ taõjuta de preparar
dens íilitares de Caftella, incli parafeu Payfocorro. uia ella
* . . . .”
dipor
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana,
ditor tudo com tanta diligencia, Leão. Por fer notauel a doação
que já no fim do anno pafado a das villas de Moura,Serpa, Nou
wife elRey Dom Afonfo em Se dar,& Mouraõ, a darei treslada:
uilha com a gente de armasPot da foi a data em Seuilha a quatro
tuguefas, como fe proua; pois jà de Março do anno que agora en
em Nouembro, quando elRey tra de mil duzentos & oitenta &
deu a fentença de defnaturalifa tres, etando naquela Cidade já
çaõ contra feu filho, affitiaõ em a Rainha. Mas he para aduertir,
Seuilha os criados da Rainha, & que tendo ella apofle da villa de
fe nomeão. Grande confolação Serpa no anno antecedente, fein
foi para o pay ver a promptidão cluiria a mefina Villa com as ou
. que 濫 filha 蠶 ម្ល៉េះtras neta doação para mais fegu
mas overfe reduzido a termos q. rança, & como confirmação do
neceffitaua de focorros dehuma primeiro titulo cõ que a pofuia.
mulher, lhe dobrauamais a ma Diz pois a doação delta maneira:
goa de feus trabalhos. A Nobre Porque,fegun dize el Sabio la ami
za,& pouo de Seuilha não ha du ziadverdadºra mas cumplidamente/e ನಿ
uida 4 ordenafe honrofo recebi-. prueua en el tiempo de la coita, que en
mento à Rainha,maiormente le otra fazen, y aquel es verdadero amigo,
uando configo a Infanta D.Bran que ama en todo tiempo. Span quantos,
ca, fegundo me parece, & era ju ¿tepriuilegioyierin,3 oitrin, como nos,
º fto que a húa filha, & neta defeu Xey ZDon Alfonfo por lagracia de ZDios
Rey, & tão zelofas de fua repu regnante em (affilla, em Leom, en 7aledo,
tação,que de Reyno e tranhovi en Califia, en Seuilla, en Cordoua, en
nhão apadecer em fua compa ·%ĉurcia, en laca,ê em el Algarbe. Cæ•
nhia os defcomodos da guerra tando elgrande amor, é verdadero que
ciuil, fe fizee toda a demotra fallamos en nuerafija la mucho hon
ção de reconhecimento. Não e rada Zona Zeatris por la mimagra
faua o tempo parafetejos,&aí cia Reyna de Portugaly del vAlgarbes
fi fé contentariâ a ੰ Dona y la lealtad que fiempre moró contra
Brites cõ entrar profefiandoobę nos,y de como nosfué obediente,y mans
diencia tão honrofa, que feruirá dada en todas cofas, como buenafja, é
deglorioſo trofeo a ſua memoria, leal deue fer apadre; y feñaladamente
Recompenfoulhebem elRey as porque a la/azon que los otros nutros
-
defpezåsda jornada, & publicou fijos, y la maior parte de los homes de
a etimaçaõ que fizera da fineza nueira tierrafe algaron contra nos por
dete amor de fua filha em mui co/as que le dixeron,y les fixieron entene
tas merces de Villas que lhe deu der como no eran,el quataleuantamien
na Andalufia, &Eftrémadurade to fue contra ZDios, y contra derecho, y
ÇÒ/¡Æንግፊ
--- -----
]R د
متعهشد:
-
Rºy Dom Afonfº
no anno mil trezentos & vinte & · Sabio.
Lib. 3.fl. tres a confirmou elRey Dom Di
J53, nis a feu neto Ioao Afonto Vas గ్రో Primeiro fdalgo Por. 1183.
lente. ་་་་་་་་་་་་་ ༥༣.༥༣་ Stugues que merece er
No proprio dia,3 comasmeſ ¿ noíneado,he D.Vafco
mas palauras doou també elRey * Martins Pimentel, o
DõAfonfo à me{ma Rainha fua qual por occafião de certos def.
L.de Afon
f%3foliói filha o Reyno de Niebla comas gotos que teue hete Reyno, fe
villas de Gibraleon, Huelüa, Sak pafou ao de Catella em tempo
tes, Aiamonte, Alfaiar de Pena, que as guerras delRey D.Afonfo
& Alfaiar de Lete com fêus ter com feu filho Dom Sancho anda
nos, no detricto todo de Niebla: uão mais trauadas, & offerecen
· declarando, que por morte della dofe ao feruiço delRey, foi gran
Rainha ficaria efte Reyno áquel de parte dos bons fuccefos que .
le filho a quem ele deixafeher teue até morrer em hum recon
dado no Reyno de Seuilha; porá tro com a gente do Infantejunto
ºteue elRey intento de repartir os a Cordcua, que não foi pequena
-Reynos entre outros filhos, del caufa de declinaré as coufàs del
pois defentencear 鷺 desleal ao Rey, como fe vio defpois de fua
º Infante Dom Sancho, & inhabil morte. Leucu Dom VafcoMar
para a fuccefaõ, pela rebelião q tins muitos caualeiros Portugue
fizera.Defa doação de Nieblafe fes, como ecreue o Conde Dom Titºf
fez menção no tomo anteceden Pedro, que ainda praticou com
te, & neftea darcmos no appen alguns delles, & fe informou de
dice ti esladada. A gora paflamos tudo o fuccedido. Efe Zom Vafia
a dar noticia dos fidalgos Portu 3íartins (diz o Conde)foi muibam
gueſes que acompanhatão a Rai casakire, 6 degram fazenda, dº foi
«,ʻ., +
~
3%irinhº
…º º ElReyDom Dinis.….….… s;
Xeirinho de todo o *ற de Portugal, rece que fe equiuocou o Chroni
6ూ. por/anha que delle ouue elKey fem >
fta com a gente que a Rainha D.
razão fofº a (astela com duzentos c. Brites leuou configo para efte ef-,
(incoenta de caualo de bons fidalgas, o feito; porque as güertas daquelle,
fos/epara elRey Ziõ Afonſo; es elauia, Rey com feu filho fepublicaraõ.
guerra com ZõSancho/eufilhº, & fez defpois da fentéça que (e deu nas.
nº/le tempo muitas lides 6…»enceoas,<. Cortes de Valladolid, qüañdo o.
ºpºfumeira que fez em (ordoua,6 re priuaraödo Reyno,quafro annos,
crbeo hi taesferidas de que morreo. A. depois da morte delRey D. Afon;
aos dºze dias diafilhou elRey Z). Afin fo, & tendo já outros tantos de,
fº graõpº/ar, e os/eus, olhandº comº: reynado elRey Dom Dinis feu,
lhe era biópara o meter muito afincado. filho, Ete Rey, como jà difemos,
que aulão E comº em cºopenfardã, afi. cõ aftucia de eftadiftafoübe en-.
lhes aconteceo,cº dali adiante foram de treter a ambos,auó, & tio; a ete,,
pequena defenfa. Deuia fer á morte liandoſe com elle, & aquelle,dei-,
deſte caualeiro no cerco 1o anno. xando fair a Rainha Dona Brites !
paflado fe pos à cidade de Cor fua mãy com agentePortugueſa,
doua por elRey Dom Afonfo cõ 醬 a quis feguir para focorro,
ajuda dos Mouros de Marrocos,a. elle. Deuiaſer boa copia, & de,
qual Cidade fedefendeo bem pe lufimento; que a femelhantes oc
lo Infante Dom Sancho. Grandes: cafioês não fe oferecem fenão,
deuião fer feus feruiços, & a efti pefoas de valor, & de Os, ཨཾ་ཨཱཿཧཱ་
maçaõ de fua pefoa, pois tinha uaes com os da companhia de
brio para fe aufèntar de humRey. Dom Valco Martins Pimentel,
que o degotara,& futétar antes fazião batante corpo, & nas hi
o Rey nece{sitado. A não fero, ftorias de Caftella ha memoria
Conde D. Pedro,nem eta breue delles:parecerlhcia ao Chronifta.
memoria alcançaramos,& ficara que os mándara elRey D. Afono,
DõVafco Martins nas treuas do .Terceiro: mas de certo fabemos
efquecimento com as defpezas á fèrem os que là andaraõ condu-,
fez em futentar os duzentos & zidos pela Rainha, & por Dom.
fincoenta caualeiros Portuguefes Vafcö. • * - :::്
com que feruio nas guerras con: … O que aduirtio bem o Chro
tra Dom Sancho, nita Ruy de Pina foi em decla-,
A chronica antigua &donoffo. rar, que não mandara elRey Dõ,
crité, Rey D.AfonfoTerceiro diz,蠶 Afono os trezétos caualeirospor
mandara elle trezentos caualei obrigaçaõ de reconhecença, &,
ros a Caftella em fauor de feu fo* inferioridado à elReyde Öaſtel-,
gro Dom Afono Sabio: mas pa-, la,obre ája difcorremos afima.…….
Р É defles
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
E detes trezentos caualeiros trezentos caualeiros, por caufã
de Portugal, que vierão em aju da rebelião delRey Dom San
da,& feruiço delRey Dom Afon cho; poderião ir a Catella em
fo, creio fe tomou a opinião er outra occafiaõ. Duarte Galuão
rada, que em alguns liuros vi,que no Capitulo primeiro da Chro
a obrigaçaó de que ete Rey Dó nica delRey Dom Afonfo Hen
Afonó releuou a el Rey de Por riques falou com pouco exame
tugal feugenro, & a elRey Dom 'naindependencia defte Reyno.
Corria tanto por conta dos
Dinis (eu neto, era de trezentos Portugue
caualeiros, com que era obriga tes a defenfaõ delRey
do de o ajudar, & feruir quando Dom Afonfo Sabio, que a penas
lhe cumprife. A qual (entença, auia caualeiro deta naçaõ nos
& opiniao faõerradas, porque a Reynos de Catella que faltafe.
obrigação que elRey Dom Afon' na obrigaçaõ de acudir á Rainha
fo, & o Infante Dom Dinis feu fi Dona Brites, & fuftentar a voz
- lho tomarão pela fuccefaõ do de feu pay Dom Afonfo. Mas
Algarue, de que foraõ releuados, ainda que não fora a prefença da
era sómente defincoenta caualei nofa Rainha para os obrigar: a
ros que em vida delRey D.Afon melma Andalufia, & territorio.
fo de Gatella contra todos os de Seuilha pudera executalos ne .
Reys de Epanha lhe auiaõ de ſta parte 醬 acudir aos menos
dar. E a verdade dito eu Chro poderofos, & defualidos, como
nifta verdadeiramente a vi nas por diuida primorofa da caua
proprias quitaçoês, doaçoês, &; leria Portuguefa: lembrandolhes aº #8
priuílegios áfellados, 8 autori que naquelle mefmo deftrićto ti- ஸ்ம்,
zados, que (obre iffo (e conce nhão os Portuguefes defendido
derão, os quais etaõ no Catel as reliquias de Pompeo atenua
lo de Lisboa na torre do Tono das, quando entabolada a ma
bo de Portugal , de que eu fou ior ventura de Ceſar, promettia
Goarda mór, & outros femelhan ventagens mais feguras afeus fe
tes deue auer nos cartorios de quafes. . - . -
--
-
-
r'
ro,& nella ſenomea porProuin Dom loão da Goarda, DõMat
w cial de Portugal, & Algarue Frei theos de Vileu, & Dom Bartho
""Ioão Nadarro,4 denota mais an lameu de Šilues. E{tauaóvagasas
terioridade nos Prouinciaes defte Igrejas de Euora,& Lamego; &
Reyno, Nomeaöfe tambe,alem na de Lisboa era eleito o Chan
de outros de HefPanha, o Mini çarel mòr D. Domingos Annes,* Ibid.66.
ftro de Santarem Fr.Martim Fer que jao etaua a vinte & finco de
nandes. No anno de mil duzeri Feuêreiro,como coníta poroutra.
tos & oitenta tinhão feito os Re doaçaödada haĝlle dia`O Infan
ligiofos Trinos compofiçaõ com te Dom Afonfo tinha o gouerno
Ο. Bifpo de Euora DõDuraõ Paes de Lamego,Dom João de Auoim
fobre as dizimas de Aluito, & no
o de Euora, DõMem Rodrigues
anno feguinte fizeraõ tambéou a terra de Maia, Dom Pedre An
P3 nes
va Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
nesa de Tralosmontes. Alferes dia a fuccefaõ: porem agora fê
mór era o Conde Dom Gonçalo, guro já napofe do Reyno,&lia
Mordomo mòr Dom Nuno,Por do por caíamento com Aragas,
teiro mòr Mem Rodrigues. Mais &com o Infante DõSancho de
confirmauaöſen tituløs, D. João Catella, tornou a cobrar eque
Rodrigues, D. Pero Ponce, Pedre Concederåſem motiuosvrgentes
Annes de Portel, & Fernão Pires dejufliça, & defpois degrangear
de13arbofa.Eraöfobrejuizes Ro os animos,comas terras,& fazen
drigo Gomes, Sueiro Paçº, Ete das quedoara, veio outra vez a
uão de Rates,joãoSoares,&Ete Pofiụilas, & encorporalas na Cóc
uão Lourenço Glerigos delRey, roado Reyno Sabia elRey Dom
Domingos Pires,joão de Alpraõ, Dinis víar deltastraças, áhetaõ
& Pero Paes, , , , o zo ... , , fütilo gouerno dos Principes,quç
- De Lisboa foi elRey paflar o inconfidera
atè as醬 parecem
inuerno a Coimbra, aonde (e de goês e perdiçadas, faõ aduerten:
did #6, teue atè o fim doarino,& çõcluio, ias vteis de feus intentos. Reme
nelle com htia acgao bem conſi eou elRey Dom Dinis o que ne,
derada, qual foi reuogar todas as {{aparte obrarafemcófideração,
, doaçoês inofficiofas, que tinhafei &naõ foi jaintëro de obralo pa
to em dipendio dos bens da Co ra remedeare; & alẽ do proueito
roa. Diz elRey, que atentando cºm que ficou,hehoje celebrado
hum dito féuneíta materia, quã-
têr diminuido o patrimonio Real º
por razaõ das merces que incon do dife: Que jufiamente/- tirawa, º
ſideradamente fizera noi princi 44° injuflamente fe concedia. E dete,
pio de feureynado, por inducçaõ ou femelhante exemplo deuião
enganofa dos que lhe podiaõir à aprender os Francefes, quádo em
maõ, & elão obrigados a fazelo, tempo delRey Carlos Sexto,pro- Aris
digo,additaua
fe reoluera a dar remedio a ete, ces, õ húa rado
& inconfide verbamasmer, nº
em to; roli é.
dáno, defpois que cõfiiltara,o ne
gocio com pefoas doctas, & que das as Prouifoês deta qualidade;
a efte fim viera a Coimbra;& affi em que diziaõ, que fedeuia tor:
-> * julgaga PgDullaSasame nar âcobrar a tál quantia de di.
---
t .. - -- diſsimo
variºs Y. El Rey Dan
s«x sy Dawn Oinis.… AA tºss,
esºs 38
disimo cuidado deacudir por fua dasportas adentro entre a eftrei
fazenda, & naõ deixar perder a teza deftesReynos. Basijulga
nmenor parte della;.porque, nefte raó por limitado os Aragonees o
me{mo anno a vinte & oito, de fuccedido naquella Coroa, fendo
vi, on Mayo, pocpcqulasque faziana querem mil coufas grandes,a reſ
Jºza, materia tinha mandado às juti peito do que intentaraõ do tem
ças de Tralọsmontes que pren po do noffo Rey D.Dinis adián
defem a hum Rui Lourenço, & te;defpois que feu fogro o grande •
dous filhosfeus LourençoRodri Rey Dom Pedro entrou na con
gues, & Nuno Rodrigues, que fiº quiíta do Reyno de Sicilia, que
nhaõ morto o luiz de Rioliure, q abrio caminho aos mais Reys de
auitara a elRey das herdades que aquella Coroa a tantas emprefas
-
-- i.
.*
, ;
· CAP 1T. xxxV. º nhora de igoal qualidade: conti
ºf nuou o fenhorio deta terra em
* -* *
- * ,
feus defcendentes atè o prefente
. . --
tº
Como el Rey еотро: huns com varios appellidos, deriuados
-
i
- .
-
&-o cošume delles. " ' ias por refpeito de D. Anião pri
meiro poítuidor; depois toña
#Sº Entrada do anno mil rão o appellido de Goes, & Fari
#\# duzentos & oitenta & nhas, aquelle pela Villa de que
-
- 한 quatro achou ainda a eraõ (enhores, & ete pela honra
sexessº elRey na cidade de de Farinha Podre, que felhean
Coimbra occupado no gouer nexou. A cujo repeito os que fe
no de feu Reyno, fendo que guiraõ o appelido de Farinhas
no me{mo tempo continuauaa mudaraõ tambem as armas,vfan
Rainha Dona Brites fua may em do nellas denoue bolos de prata,
Andalufia na affiftencia a elRey Potos em apa em campo azul,
---
D. Afonſo pay della de que dare entre quatro cruzes de ouro flo
mos relaçaõ efcreuendo a morte reteadas, que he das armas dos
defte Rey,á cae no mes de Abril Pereiras,& Frojafes, que parece
dete me{mo anno. Não foi de tomaraõ pelo cafamento de Do
pouco efeito a etada delRey Dõ na Eluira Frojas com Dom Gon
Dinis naquella Cidade para apa çalo Dias o Cide hum de feus af
figuarasgrandesconteñdas que cendentes, & portimbrefeis ef
auia fobre ofenhorio da vila de pigas de trigo atadas com hum
---, ----- ----
- s
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
de Lisboa, & Lourenço Gonfal Paes deFerreira,& Mem Paes feu
ues Magro, 4 tinha fido ayode irmão,Fernão Martins de Brufes,
Rey, Dom Martim Annes do Vi &Vafco Dias todos caualeiros;&
nhál, & Ioanne Annes Redondo, outros em que entraua Martim
fizerão a compofição, ordenan Annes eſcudeiro de DomEfteuão
do que Vafco Pires Farinha defe Lourenço. Efta compofiçaõ con
a eſtes pretenſoresVaſco Eſteues, firmou elRey Dom Dinis na me{-
& Lourẽço Eſteues,& a fuas mu ma Cidade a doze de Ianeiro pre
lheres quatro mil & quinhentas fente, & defpois a confirmou feu
liuras da moeda velha Portugue filho Dom AfonfoQuarto.Nefta
fa, & outras herdades aualladas forma fe apaziguaraó aálles ban
em valor de vinte cafaes da fazê dos tão perjudiciaes,& ficou o di
da á o ditoVafco Pires tinha fora reito fenhorio de Goes aos her
de Goes: alem difto ordenaraö,4 deiros liuremente; febem legiti
elle Vafco Pires mandaffe dizer mando defpois elRey Dom Dinis
fetecentas Mifas pelas almas da afeu filho Gonçalo Vafques Fa
quelles que foraõ mortosnoban rinha, declarou que não prejudi
do contrario có Garcia Reimon caua ao direito que em Goes ti
do. Ete Garcia Reimondo de nha Afonfo Efteues. Efazendofê
Goes, e(creue o Conde Dom Pe tambem as primeiras inquiriçoés Lib, i ff;
dro, á foi morto na Codeceira. delRey DõDinis da Beira, & alé و10
Aos contrarios de Vafco Pires Douro, acharaó que aquella Vil
Farinha fe mandou que lhe def la fora honrada do tempo de Dõ
fem todos os bens,& direitos que Anaia, & io ſenhorio della viera
elles tinhão na villa de Goes, & por defĉendentes a Reimão Ro
em feu termo, para os herdeiros, drigues, & Vafco Pires. De Vaft
& ſucceſſores daquella Villa, & co Pires Farinha fabemos ter o
ó fizeffem cantar trezentas Mif ſenhorio della; Reimão Rodri
fas pelas almas dos que morreraõ gues de Goes, declara o Conde
da parte de Valco Pires: & que Dom Pedro, que tomara о ар
ligoalméte ſe perdoaſſem de par pellido por ferdaquella familia,
te a parte todos os dános,& afró mas que naõ tiuera fenhorio ne
tas. Efta concordata fe fez a feis nhum na Villa: contudo mais
de Ianeiro no Capitulo dos Reli credito parece que merecem ne
giofos de S. Domingos de Coim fta parte os que fizeraõ as inqui
bra, etando prefentes o Soprior riçoéstão exactamente; ou
da cafa Frei Egas, Pedro Soares que falaraô asinquiriçoês no di
Soueral, Marfim Pires de Poden reito que o Reimão Rodrigues
· tes, Ioão Henriques, Lourenço Pretendia, como os mais paren
tes,
ElRey Dom Dinište, 90
tes, de que ſe originarão os liti
體 & contendas, que aquelles reuoltas dos fenhores de Goes 4
efereuemos: alem de que janó
ous bandos atiçaraó. ... anno de mil trezentos & húmfe
Erão mui ordinariosnaquelles tinhaõ viſto no. Reyno outras
tempos em Hefpanha eftes ban defauençasfemelhantes,que che
dos, &lianças de humas familias garão a termos perigofos. Eraõ
contra outras,& aindafè permit ºntão cabeças de bando Lopo Ilid 74.
tião outros termos violentos pa Sonçalues de Abreu pelos de fua
ra decifaõ das demandas, & que familia, & Fernão 'Afonfo de
relas,que pelo difcurto do tempo Quintela Pelos feus, em que en
moderou a jutiça com introduc trauão tambem os Nouaes;&ou
çaõ de leis mais razoaueis, & po tros. Cultou muito a elRey Dom
liticas,& o maior poder dos Reys
fobre os vafalos 獻 tambem re fiDinisfazelos apparecer diánrede
em Lisboa a finco de Abril,
frear etas demafias. Como tão aonde os fezjurar amifade netá
obferuante da jutiça, naõ fofreo forma. Lºpo Conſalues de Abreupor
o noffo Rey D. Dinis que fe aca 0,@്p്imഗlma; e” por Ci
bafe ofeu reinado fem defareigar "Ανοεί, «κρα Διατηγό Ρικ,
taò barbaro coſtume, 8 aſſieſta (8y por Garcia Cat/alues,69 garcia Жо
do outra vez em Coimbra a on drigues de -Αύνεκ, que gianiaprºn
* ze de laneiro do anno mil trezen * @ por todos os mais da linhagem
tos & quatorze, mandou pôr lei 4ė-4ėreu,c9 todo/au bando perdoarão
em todo o Reyno fob pena de * Fęr*ão Afon/o, రూ Gonçalo Pires (a-
morte,que os taes bandos, & liá belos, Ø Gonçalo Rodrigues, eo »tar
ças fe não fizeffem. Deulhe mo tim Nouaes, G a Cil Pires -
tº º ji
Cain4tu (entimehtó dos do Côfelho, ou o da Valada, não obtante, tattás
¿ que máis certo he,com violencia reuoluçoes dos Reys, i que pare
2 des mijใt :
ar de Rojs fomāraõ tanta parte docampo
,á ce podia comellés máis o defejo
fl.29. lhe foi neceffario aos dogouer: de tão boa propriedade, & afi
no da comarca fazer queixa a el foi neceffarið mouerlhes o Con
-Rey D. Sancho Primeiro,& acu felho demanda diante delRey D.
dirao defraudo dos pobres.Man Dinis, que inclinado ao direito
dou ele por carta dada em San dos pobres, como em caufa de
tarem a féte de Dezébrb dóanno piedade, fentéceou em final ade
mil cento & oitenta, que fe con manda em fauordelles,& do Gõ
feruafe aquele bom cotume, & elho. Cometa entenga que el
tornafe a repartiçaõ do campo -Rey deu a feis defte mes, fè con:
'da Valada ad arbitro do Confe tinuou aquella piedoa determi
lho de Lisboa conforme a fua in nação delRey Dom AfonfoHen
ftituição primeira : Quolibet anno riques com os pobres, que cor
herediatem de Valada diuiditis per rendo os tempos vemos hoje de
colationes, ficut iam fuit diuifa. Nefta todo efquecida, tantofpregalece
forma continuaraó, ate que ini contra a piedade o intere{{e. =
ítindo outra vez os poderofos, & ... Aindaqué o campo daValada
apoffatidofe de grañde pàrte des fica ditante de Lisboa onzele
fte Campo em tempo delRey goás,& de Santàremtres,perten
… Dom Afonfo Segundo, tornou o cia c5tudo a diſtribuigao delle ao
Confelho deLisboa a fazer quei Confelho de Lisboa, & por fera
xas a ete Rey, & elle a mandar quelle o campo viſinho a Santa
que o tal Campo foffe ajudicado rem,& não o de Alualade junto a
aos pobres de Lisboa, &arepar Lisboa e perauão os dogotierno
riçaõ dele ao Confelho da mef. defta Cidade á os Reysafiiftifië
ma Cidade; exceptuarido huña na villá de Santaré para lhe pro
• Dona Coſtança füa parenta que porem as queixas fobre o campo
ali tinha já occupido huma boa da Valada, como vimos fizerão
herdade: Eerſtumaniorenifacie z. · reiñandoos Reýs D. Sancho Pri
i Coſtantia,proſerusio Tuidmaritusſius meiro,& Afonfo Segundo, & no
- mihiftcit, cº quâảip/## 2nd cũ giá tempo do nofo DõDinisagora. • * * *
babá dubitum. Foiito efiando el | He ó campo da Valada celébra-,
Rey em Santarem no mez de do porfia fertilidade já de tem-7, دلانه -
º'.
. つー:。
-
* --
-
-
confirmate a certeza de que auia fora deta fua Religiofa, que fºi
Clerigos profefos entre os Tem de 2. Amada /ua freira. Eftimei
plarios, & não era muito; porque achar efte nome de Amada, em
tiuerão em fus principios grande Religiofa dedicada a Deos, por
obſeruancia, 8 nella continuarao que fintia andar elle profañado
com menos fortuna no fim, do Entre as Veftaes deftiñadas para
que merecião feusprocedimétos, o ੋ
idolatria. Á primeira - - - -
- - -------- - tált
….……. ElRey Dom Dinis. . s .… 93
talipaña tis ta' domus do,ytfue/®rore; Rey de França; ao me{mo intena
femperin eis habitent. Corria então toj de que fefeguio grande dãno
o anno do Senhor de mil duzen nas terras de Catella atè a cida
tos & fetenta & hum. Párece que de de Toledo, que tudo então
junto a etas cafas etaua o reco. correráo,& roubaraó os France:
lhimento das Comendadeiras do fes em difpendio do Infante Dom
Templo, & que a efe repeito Sancho, áffitidos de muitos ca
lhas daua D. Hita, para ampliar ualeiros principaes, de que eraõ
ofitio, & morada. - “... . cabeças o Infante Dom Diogo;
Dom Ioão Nunes de Lara,& Dã
Afontadd Haro, que então fede
, cAPiT. xxxVIII. . cíarafáõrdiintra Döfn Sancho.B
năd dnoro aperto que en:
Do que obrºu por este têm tiaõ todos aquelles pouos, expo
po em Castella a Rainha ftosaórigordo interdicto que o
Papa Martinho. Quarto fulmi
Puna Britas mëy delRey Aouem fauor, delRey contra os
D. Dinis com o tefiamen 4ue feguiaõ a partel do Infante.
* to, & morteáel Rey Procurone que ambos pay,& fi.
lho|fevifem, & fobrefeguro defi
' D.Afonfa Sabio'''' pufbffem algüa concordata pro
º * . . . . em?4y. . . . º ്
.
ueitofa,porem o que encaminha
w
uäozcoſos, eſtöruauaöos mal
GERHERRainha Dona Brites, inténfionados,&afsi naötiueraâ
స్ట్ఫీ como já difemos, 醬
etas vitas efeito. Intº a
1284. $ స్రెస్ట daua hos Reynos de - Naõ perdoaua anofa Rainha
#Catella acompanhan Dona Brites a trabalho,nem per
do,& conſolando a elRey ſeu pay cija occaliači defazerbom nego
naqllasaffiicçoës,&apertos,cóti cio;&afiivèndo quedasviftas de
nuaua ainda com o me{mozelo, feu pay, & irmão (e não confe>
trabalhando por aquietar, & có. guiraopretendido; ordenouque
por dicordiastaádanoas, como ambos fe comprometteem no
eraõ as que feu pay, & irmão fu que ella, &fua cunhada a Rainha
ftentauã9,Tinhaõ as coufàs che D. Maria acordaffem nestasi ma
gado a termos de maior perigo terias. Como afente que fe to
?mtant. naquelles Reynos,apertados cõ a mºu partiraó as Rainhas para a
, fegunda entrada delRey de Mar, Cidade de Touro, aqnde não o
ug:: rocosem fauor delRey D.Afon braraó toafa deproueito,pormais
fo, & com a vindatambem del: gueobomanitão que tinhão de
&: -
Գ3 fejou
- , Liuro XVI, Da Monarthia Luftama.
jou vencer quantos e toruos, & lhe oppunhão,malquitandoo cõ
ੰ lhe opunhão: todos por defabrido, & malacõ
mas preualeceo contra etas Prin dicionado. Em fim conhecendo
cefas amalicia dos que naquellas ele q tinha a morte vifinha, naõ
parcialidades ceuauaõ o defejo por juizos da Aftrologia, em que
de melhorar partido. O que teue foi doutifsimo, & lhe tinha fido
de aliuio a Rainha D. Brites neta
caufa de algüas demafias, de que
jornada foi o naqimento de fua foube conhecerfe, mas por auito
fobrinha a Infanta Dona Ifabel, de féu Anjo da guarda,que aísiher……
porá na mefma cidade de Tou criuel, & o tetificaõ graues au-ji ,
ro chegou o tempo dó parto à tores;começou a fazer as preuen
Rainha D. Maria. Efta filha fez çoés neceffarias, dipondofé para
jurar elRey Dó Sanchopar her morrer chriftámente.
deira do Reyno, de qubomou … Ordenou pois teftamêtorfofi
poe pacifica por morte delRey dando que feu corpo naõ fofe
Dom Afonfo, que foi nefte Abril enterrado atè felhe pagarem,to
prefênte na Cidade de Seuilha, das as diuidas; ¶ efte efeito
aonde deu fim à vida taõ traba mandatia pôr em focreto ame
lhofa,com que feneceraõ por en tade das rendas do Reyno de Se
tão os dannos q a dilataçaõ della uilha. Eraó ellas em tres manei
com as controueifias fobieditas ras, a primeira a mercadores que
acumulana.:.::: ** * * :o: 1 #\ . . # lhe empretaraõ dinheiro: a fe
ir Affliolhe à morte cõ o mê{ gunda de promefas a pefoas no
mo amor 4 na vida a nosta Rai bres, queenaótinhaó efeituado:
nha Dona Brites, & foi a princi a terceira de algüas couías do fer- ...
pal entre os tetamenteiros. El uiço de Dºos,que ordenara, & fe
Rey como abio, & defenganado naõ tinhão cumprido.Depois de
foube preuenir aquella vltima ho fatisfeitas as diuidas, វ៉ែ 4
ra, dipondo a déz detellaneiro o enterraſſem no ſeu moſteiro de
o tefläniento Dous fez,& em há Santa Maria Real da Cidade de
deleste motrou elRey bem ma Murcia, cabeça daquelle Reyno,
go ado,& taöqueixofe, cçmofèn & o primeiro lugar que ganhara
tido dos que lhe de obedeceraõ, a Moros, ou parecendo afeus te
& priuaraõ do gouerro, a|egan ftamenteiros o enterrafem em
do algús beneficios que tinha fei Seuilha em fepultura chãa aospès
to aos vaflalosa(si nobres, como de ſeus pays porem quelhe tiraſ- .
plebeos, por onde merecia fer ſemo coragaö, & omandaſfem
mais repeitado, & quafiquefoi enterrar a-Ierufalem no monte., r
ifto refpönder tacitamente ao
*
Caluario, aonde jaziaõ ag:
. . ; CԱՏ
* * '.
* ElRey Dom Dinis: * * * 94
feus auós. Eta diligencia encom lesao Infante DomIoâo ſeu filho,
mendaua a Dom Ioão Fernandes -& no Reyno de Murcia o outró
nofo Portugues, tenente do Me. filho Dom Iaimes: ambos cõ füb
fire do Templo nos tres Reynos -ordinaçaõ aos Reys de Caftella, .
de Hepanha, Portugal, Leão, & & Leão que pello tempo conti
Catella, porqlhe tinha fido leal; nualem. Exceptuaua a ambos os
acrecentando que quando lhe ti -Infantes nos Reynos de Badajos, --
-*
Llun XVI. Da Monarchia Luſitana.
mil marauedis de moeda noua, fuppunha, & confirmaua no vlti
--
-
com que fofe a Roma ao Ponti mo. Ambos andão na Chronica
-
-
* -
* --
-
- -
- - -
-
-
-
-
-
-
fice, & deuia fer paraque o pro dete Rey,&o vltimo trouxe có
-
*
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uefe em algüas prebendasEccle figo a Rainha D. Brites, e º
*ti
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fiaſticas. . ' Bem preuio elRey DõAfonfo
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Forão teftamenteiros o Infan que lhe eraõ necefarias muitas
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te D. Ioão feu filho, a nosta Rai iembrangas, & recomendagoēs
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nha Dona Brites, Dom Raimun para perfuadir a execuçaõ de feu
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: do Arcebifpo de Seuilha,Dá Fer tetamento, que por fim toman
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. não Peres Ponce Rico homem, a do pofe do Reyno por{ua morte
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. a. . . . . .. .. . .. *. . * *
- due chama, noeftro Cormano, o Infante Dom Sancho, não pu
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- Dom Martim Gil de Portugal, deraõ repartir(e os outrosReynos
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. . . . '' - - Dom Guterre Soares, Dom Gar como ordenaua, nemo fucceor
.. . . .*, * -
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cia Fernandes Metre de Alcan que fe introduzia, fendo excluido
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tara, & Afonfo Fernandes fobri por feu pay, tratou de ajuftar as
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. nho do mefmo Rey, & feu The mandas com a pontualidade que
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foureiro.E por ajudadores a elles elle pretendia. O coraçaö, & en
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nomeou loão Martins feu Capel tranhas lhe enterraraõ na Igreja
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. lāo mór, GarciIufrefeu Copeiro, Cathredal deMurciajunto ao al
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Tel Guterres jutiça defua Cor tar maior,& o corpo na Sêde Se
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te, & Pero Rodrigues de Vilhe vilhajunto ás fepulturas de feus
gas, Repofteiro mòr do Reyne pays. Foi fua morte no mez de
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幫 瑄 -
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tº ;: * : " : " . 'de Caftella, Efte teftamento foi Abril com pouca certeza do dia
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a vitima vontade delRey Dom em que fuccedeo. As honras fe
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tinha feito tambem em Seuilha za que permittia a limitaçaõ de
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a oito de Nouëbro do anno an feu eftado,maiormente em occa
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. tecedente,a que afitio por tete. fiaó,que os Andalues jäfe occu
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* - *.
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. munha a noffa Rainha de Portu pauão mais em grangear a von
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gal Dona Brites, D. Martim Gil, tade do fuccefor, a que tinhaõ
"... "a"
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'É« outros de Caftella. Nefte fe atè então fido aduertos: contudo
‘t.
- -
-
-
-
* *
...; -
queixauado nofo Rey D.Dinis o 'como elles foraõ fempre os leaes
. º
não fauorecer, & afsi me{mo dos a ete Rey, & aquella Cathredal
Reys de Aragão,& Inglaterra, & *taó benemerita de feu pay,& del
desherdaua, & amaldigoaua a el le, muitos ouue que com o deui
Rey Dom Sancho, declarando a do fentimento lhas celebraraõ,
feus netos filhos do Infante Dom mouidos de piedade cõ o exem
Fernando por herdeiros, & em lo que na nofa Rainha D. Bri
*
fi delles elRey de França, que -tes, que foi a mais cfficiofà na
--
quelle
i E/Rey Dom Dinis. .. . 25
quelle ſaimento. Aſſacabouhü Pedro neftas palauras: É 'Zona
Key admirado por Sabio, & re .»taria Rodrigues,filha do (ºnde Zºom.
Petado em parte da vida por vé Ruy Va/ques,9 da Conde,427oda,
turoſo com a eleiçaõ que ſe delle foi co/ada em ർഗ്ഗ്, d, decendem
fez para o Hmperio, & outras fe della Zom Simon de Vrria, 9 Zom
licidades dignas defua peſſoa.ſir. Pedro (ornel, 6: ZX3 Ramondo de Car
uaihe agora a fepultura para def.dona, o que veio a Portugal, º Zona
cançº, por não repetir o que os 2}er engueira de (ardona, que cafou comº
- Autores difcórrem fobre alguns Z).Constalo-Amnes de ·Aguiar ºvelho.
feus defacertos.
Aaokaisha
L.de Afon ſtio
D. Brites,
teitamento que aſsi
delRey feu CAP 1T. xxxix. -º
fr · ヘ・ τι раг, . . .
ao dito Dom Raimondo; & afua - - * * * * * * * * * *-*. -
--
dos quaes lâficaraõ atè feré admi os Reynos, quafi como encarce
-*-i---
--
tidosdefpois por elRey D. Afon rado entre elles: maiormente que
-
fo Terceiro, & outros que no tê auendo algüa quebra entre elle,
--
ºº---
eºº*
º-
-
com elle Dom Godinho natural mefmo acrecentamento de feu
s:--
º---ºº-. ----
de Coimbra dos Godinhos moe tio,do qualo natural tuibulento,
-* deiros, Fernande Annes de Por como a pouca dependencia com
º-*
-º----
º--
tocarreiro Deäode Braga,& Frei que lhe ficaua, confeguido o fim
*-
Lopo RodriguesFafes & Alcafo da pretengaö do Reyno,promet
*-º
eººº-*-º---
--
-º
--:----
rado Religioſo da fagrada Ordē tião menos fegurança nosrepei
---ºº--*º! dos Pregadores. A todos tres no tos queguardaua pretendente;&
mea o Conde Dõ Pedro em va não fe enganou de todo netes re
- -º--------
---
-º
rias partes cötitulo de priuados ceos: contudo a caufa principal
daqüelle Rey, & deuia fergrande do fentimento que elRejem par
a capacidade de todos, pois que ticular manifeftou, foia perdado
* -
-
dos Paços para a Eça, & officios tinhão as coutas deCatella o que
funeraes,vltima grädeza das Ma lhe conuinha para futétar, & en
geſtades. . . . . . . . caminhar as dete Reyno, que
não era neceſſaria pouca aduer-
Çelebradasashóras deſpedio -
--- --
ou emap ல்ே ஆ r1ſº
ºf:
* Liuro XVI.Da Monarthia Luftana,
Principe tão prudente como el tras, de que 蠶 tempoaiia
Rey D.Dinis, abonação batante grande falta nefte Reyno."Orde
de fua capacidade. Na freguefia ñou elle os eftatutos defte Hofpi
de Sam Bartholameu de Lisboa tal no anno mil duzentos & no
tinha caías proprias, & determi uenta & hum, defpois que em
nou fazer nellas hum Hofpital, Lisboaauia Vniuerfidade,&logo
em que deixafe hú tetemunho no principio da fundação lhe deu
perpetuo de fua piedade,& gene inuocação dos Santos, Paulo, Eli
1a., fá, rotos penfamentos;a vinte &fete gio, & Clemente, & comainuo
*22 de Agoto lhe paflou elRey a li cação ora de hum, ora de todos
cença para eta fabrica. Denia o achamos nomeado nas efcritu
fem falta nefte proprio anno por ras. Declara o Bifpo, que o edifi
fè mão à obra, porque já no fe ra, & dotara com a fazenda de
inte a vinte & finco de Junho feu patrimonio,& outros bens de
concedendo elRey licença para álhe fizerão merce os dous Reys
comprar bens de raiz que lhe a Dom Afonfo Terceiro, & Dom
plicae, por fer prohibido, con Dinis , que deuia fer a caufa
forme a fey do Reyno,aos Eccle porque os admittio como agra
faticos comprar fazendas, de *decido aos fùffragios,exprefände
clara elBeyna carta, ſia o Hoſ com muita izenção, que fe não
pital eftaua feito. Fayofaher, que defpenderana obra cóuía algúa
comozomingos Ioanne2/po de Euora, dos rendimentos das Igrejas de
o meu (hançarel fzfe ºngla Cidade Euora, & Lisboa que gouernara:
--
* - -
-
º
Iiuro XVI. Da Momarthia Lufitana.
cuja intituição, & mais progref> que o hitoriador parece justa
fos; darei relaçaõ mais largana mente defečtuofo, & pouco ad- .
uelles annos, aduirtindo de pre uertido. Tal feria eu qtendo ef>
蠶 que a razão de fe chama crito a ida da Rainha Dona Bri
rem vulgarmente eftes Religio tes a Seuilha , na occafiaõ paſ
fos de Santo Eloy,he por fer hum fada das guerras de feu pay, &
dos principaes Conuentos feus o cócluidos aquelles embaraços có
de Lisboa, ampliado no hofpital a morte dele, não inuetigafe o
º
do Bipo Dom Domingos, hum tépo que mais (e deteue naquelle
dos Santos nomeados nafuainíti Reyno, & as caufas de fua deten
tuição.…….… t tº
ça, atè que deu volta outra vez a
* . t
Portugal.
CAPIT. xxxx. ' ' O certo he que tornou a Rai
nha D. Brites para ete Reyno, &
della teremos ainda neta hito
Dafe razão da estada em ria noticias porem o tempo certo
Casiella da Rainha Do em que veio, não fe pode aueri
na Brites, é da Infanta ar. Que fe detiuele no Reyno
Caftella ainda defpois da mor.
de
Dona Branca. ; te de ſeu pay,he couſa certa;eſta
Omo noffas hiftorias, uaella obrigada por fer teftamê-,
3. & as de Caftella faö teira, & a principal pefoa a que
# tão diminutas, heim elRey deixaua encomendados os
*** poffiuel ir recendope filhos, & o emparo delles, alé das
lo contexto dellas materia algúa mandasgèraesdoteſtamento, co
com a miudeza, & exacção que mojà vimos. Em razaõ de aco
fe requere;&afsiquando occorrë modar todas etas coufas, ficoua
algumas a que, he força dar fºi Rainha D. Brites emSeuilha,para
da, valemonos de conjecturas, donde feuirmãoDSancho partio
& bom difcurto ajudado de noti tanto 49 anno paſſadoſe coroou
cias que façaõ verifimel, quando em Toledo.Receando algüano
não de todo enidente, o que pro uidade na Andalufia,por ficarfeu
pomos;porque de outra ñañeira irmão elRey DõIoão nomeado
cairia a hitória no defeito intole. por Rey de Seuilha, fe pafou à
rauelde falar em parte da narra quella Cidade, que com bom a
ção deixando por concluir asacº cordo fe lhe fogeitou, feguindo
goês dos Principes, os fins defens niſto mais a fortuna do Principe,
intentos, & as dilataçoês, & cir que as diuidas de obrigaçaõ que
cunitancias deluas joinadas.com tinha a feu pay, a quem foraõ
* -
*{…
-
- * -- - - leacs
… ElRey Dom Dinis, º 98
leaes fempre: foiboa parte para dofe també ao tempo como pru
fua reducção a prefença de Dom dente, trabalhou cõ o nouo Rey
Afonfo Peres de Gufmão natural fe defe execução à vltima von
da mefma Cidade,que ao prefen tade defeu pay na melhor forma
te tinha chegado de Africa, aon posiuel Tinha eta Princefa mui
de disfauores delRey Dom Afon ta opiniaõ com todos,J alem dos
-
memorë ogui,
1.
-
-
Bartholameu tinha feito com feu
Cabido de reconhecimento a el ditra concupiſcre allenam, érexiu-:醬
Rey D. Afonfo Terceiro,a quem fitie delitotuilibet reddi,6 cm fenaarı :
-º
* ነ፴ëŸç
...
*-
*
- 2rcá
سه-- س----- هـ س
--- º - - ElRey Dom Dink. A. ثمة. منه toi
* Z)ecanum, & propter focios fuos, qui, chonete tempo do titulo deRey
cum eo venerunt, & etiam ventur, fume. do Algarue, por auer perdido e -
* ..., COIntrº.
ElReyDom Dinis, º ro:
contra aos Chriftianifsimos de em Portugal, de que deſcendem
França, & intitularfe, Rex galhe,ou hoje tão illutres familias, como
Caliarum, a refpeito que ha gallia ſaö Meneſes, Telles, Albuquer- -
v ; º… - ! -
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
fòcegalas. Reduzio elRey tudo a deferuiço do me{mo Rey Dom
fua obediencia, & podera fer que Sancho. Entendia elRey D.Dinis
-
no tempo detas reuoltas fe ori que lhe conuinha tèr navifinhan
ginafséas parcialidades dos Por ça de Badajoz hú Rey limitado,
rogalefes, & Bejaranos, factočs. & não outro poderofo, que femº
quéinquietaraõ aquella Cidade, caufa fe introduzia nos titulos
& feria por fütentar algüa dellas alheos. - -
:
uerque. Ao Dom Ioão Afonfo fo gente Portuguela, que deuia ir
-
-
--
" اس
... Liuro XVI.iPa Z೫೫#ಃ Luftana.
feitores,por fe naõ executar óbra merecia taõ cincera virtude, &
de piedade em feu Reyno,de que a enriquecer toda a Cidade com
elles não fofem os autores por exemplo , & doutrina, atè que
alguma maneira: & a franquela hum nobre Cidadão chamado
com que em todo o tempo (e ou Martim Annes lhe edificou dez
ueraõ na remifaõ da leio deixa annos defpois a Igreja de fabri
conhecer claramente. .ca capaz para recolher quanto
Para a fundação do moteiro pouo concorria a frequentar a
de Saõ Domingos de Euora mo doutrina de taõ bons Metres.
frou elRey Dom Dinis grande Depois de chamar Deos para fi
goto, & com notauel facilidade ete fidalgo, ficou Dona Catari
ëfcreueo aos do gouerno da Ci na fua mulher tão imitadora da
supºs dade por carta de Lourenço Ef deuação do marido, que vendo
biſ dés㺠cola feu Paceiro mòr mandou fe fem herdeiros forçofos, fez
Domingos -
sº
com titulo de Paceiro mór, que de feu marido, & fua. Com efte
--
nas mais o acho Porteiro môr cabedal, & o mais que deixou
--
-
--
-
delRey, ou da Rainha, tudo po Martim Annes, fe ampliarão as
---
º
dia fer, que não ha repugnancia. outras officinas do Conuento,
-
-
ceiro que os guardaua, de 醬 | parte da Epiftola. Nefteco nuen
-
-
--
-
º
º
ha muitos nomeados, não fedu to, como nos mais deta fagra
| -
º
uide,cujos nomesdaremos quan da Religião florecerão muitos
- -
- *
do for neceſſario. Com a car Religiofos em fantidade, cuja
- -
º
-
128r - ဒွိစ္ဆိဒ္ဓိ
- jº da quietação dos po
- *
remedear os grauames de 4 auia
৯§…È33 uos, & còſeruação dos queixas hião continuando, & o
*ś vaſſalos he a guarda pouo deſgoſtado naö duuido fi
dos foros,&izençoês delles,&na zee algüa demontragaó de que
da mais defobriga as võtades dos elRey fe receaffe: eftaua de pre
fúbditos,q o quebrantaméto de fente quai para romper com el
fta fombra de liberdade fogeita, Rey Dom Sancho pelo titulo de
em que parece conſeruāo hia in Rey do Algarue que vurpaua;in
dependécia dos Principes a troco quietaçoês tambem do Infante
da fogeiçaõ q lhe profefaõ a Ci Dom Afonfo feu irmão dauão jà
- dade,& pouo de Lisboa, cabeça, 'indicios do que manifeftou doús
& Metropolido Reyno, que de annos defpois difto: era pruden
- tempos atrasandaua agrauada cõcia ter quietos, & contêtes os po
a alteração,&innouação,4 elRey uos de dependia, como
Dõ Afonfo Terceiro tinha feito era Lisboa. A vinte & oito de
nos cotumes do confelho, & ou Mayo lhe tinha confirmado os
trospriuilegioscom & opouovi priuilegios,porem como não ob Camura
uia menos penfionado, & comu tante eta gêral confirmação, a Lisboa -
taua com mais franqueza os fru ficaua ainda lugar para as du- 1.1.…mi
- tos, & mercaderias, & os mini uidas, & queixas que preten-º dou
yifai.is
ftros també da gouernança exe dião remedeadas, concordan
cutauão fuas obrigaçoês com ju dofe elRey com os do gouer
rifdiçoês mais amplas, em que no, fe juntarão todos huma ter
agora os miniftros reaesfe entre ça feira fere de Agoto na Se
- Sz deíta
--
*
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1:
- Ioão Lobeira. · · do os vltimos protetos,lhe man
· ··
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* -- - - - --
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Gonçalo Garcia. lho , declarandolhe naõ ter en
- - - *
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- 1 João Alaõ. - - - º -, . corrido no foro interior em pe
.. *
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I -,
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Vafco Martins Rebolo.… na alguma, por quanto etaua
--
Lourenço Pires Rool. … : auifado que o Papa queria mo
-
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l,
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- Efteue Annes Barundo. derar os rigores da commistañ,
‘. .
- -
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- - -
-
Fernão Figueira. & que para faber mais miuda
º
º
--
º
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-
Ruy de Lemos,&Vicête Mar mente do que intentaua,lhe man
º
tins Aluafis de Lisboa.… …..…… , daua elRey feus Embaixadores,
Domingos Viuas. "… º & neta boa fè em quanto não
vinhaõ
ElRey Dom Dimir 1 of
vinhão dilataua fèm culpa a exe
no titulo 68.Ioão Baptifta Laba
cuçaõ do que vinha natal ordem fia no Conde Dom Pedro, que fe
mandado. Dando eftaua Afonfo. imprimio em Roma, confunde
Pires Farinha a repota, quando etas duas familias, porque não
elRey lhe interrompeo a pratica, vio o original da Torre do tom
& diffe ao Frei Nicúlao dèfta ma bo, que moftra ferem diuerfas. :
neira: Frei Niculao, Gil Rebolo Faleceo o Deão Gil Rebolo,
me ecreueo, que ofenhor Papa & deixou por teftamenteiro feu
João difera que ele desfaria a.. irmão Vafco Martins Rebolo:
quella diabolica ordenação. Fr. Ete caualeiro, 4 em outras doa
Nicolae, Egidius Rebela feripfit mihi, goês da Sê de Lisboa achamos a
quad Zomtnus ?apa Ioannes dixerat, uer fido Aluafil da Cidade, que
quodipfe dgfrueret ordinationem illam, he o mefmo que, c/reador,offičio
diabolicam. O proceflo de toda que naõ tinhaõ fenão os nobres,
a commitaõ dete Frei Nicu - fez feu tetaméto no anno de mil º
lao tenho em meu poder tresla duzentos & nouenta & noue, &
dado do cartorio da Sè de Bra mandauafe enterrar na Igreja de
ga, & deltas palauras feve bem, Santiago diante do altar de
:.º San
. . do n
Moſt.i
-- ه لایه
que demafiados deuiað fer os ri ta Catarina, atè yque O mofteiro,; 燃
ores com que da Curia aperta da Trindade, que então feprin-Tindada
üaõ a elRey, pois efte Pontifice, cipiaua,chegafe a termos depo
intentaua moderalos;& tambem, der ſer ſepultado nelle; & para
fe ve naó fer culpa delRey a dila ete fim legou muitos bês de raiz,
çaõ do cafo, que affi como o naõ ao Mofteiro. Foi feuteftamentei
foi nefta occafiaõ, o naõ feria nas ro o Chantre que era de Euora.
mais. Mas o que de prefènte nos João Martins, que prouauelmen
importa he a certeza da priuan te era parente,ou irmão feu. Ete:
ça que Gil Rebelo tinha com o Chantre correndo defpois o an
Papa Ioão por parente.Em outro nodemiltrezentqs & dèzafèisor-,
lugar fios equiuocamos cõ o ap denou Miſſa quotidiana ma Sède,
pelido de Gil Rebolo, chainan Lisboa pelas almas do Deão fo
dolhe,Rebelo,porem não ha de fer, bredito, & do Papa João feu pa
fenaõZebdo. Os Rebelos tem feu rente, o qual Papa fora tambem
folar em Rebelo de Ribade Pay Conego da mefâia Sê..Na infli- # #if:
ua,& delles fala o Conde DõPe tuiçaó diz etas palauras. Esta
dro no titulo42. Os Rebolos faõ doação lhefa,º pelas almas do dito?a-guia."
. . de Lisboa,& procedem de Dom pa, % Zéão,porque forão beneficiados"
Martim Paes filho de Pay Delga na dita Igreja, é por muitas cou/as que
do, como o me{mo Conde diz "uwerão da dita Igreja. Daua ele al
- ----
- - S3 güas
t
Luro XVI. Da Monarchia Luftana.
gúas herdades àSê no termo de uiaõ reconhecer ao Abbade, &
Lisboa para eta obrigação da Conuento por fenhorio daquelle
Miffa. Mereceo o Papaïoão efta dia por diante. E remata a car
lembrança que fe faz de feuspa ta de que fabemos o tempo cer
rentes, & a elle agradeçaö a dili to, Zada em Castro Rey de Tarouca
gencia, que mais repeitaremos na Era 24 ((( xxiij. no mes de ു0
Îempreem noffa eſcritura a me ſto. Deſta irmãa delRey Dom Di
moria dos mortos, que o applau nis não achei mais memorias,
fo dos viuos. -
2; 。・ ○ ・ リッ ・ (3 (F。
elRey Dom Afonfo, que asizenº º ** . * * º ºf ◌:: :: :
-çoês, &liberdades do Conuerº:
4-1.
G
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... Liuro XVI. DâMonärchia Lufitana.
^
* ,- ,
. * .* … … * -
, º , º que dos Religiofos delle a alcan
-- -
--
-
-
derfe, q fora ella occafiaó de Bar nhor Dom Afonfö Cöde de Bar
gança fetirar da linha de feus fe cellos, & por fuccefaõ continua
nhores, & podervir à Coroa, co da permaneceo cabeça de Duca
moveio no proprio anno, Sc no do atè que elRey Döloáo:o1V.
:mez logo feguinte de [unho,tati nofío fenhor Oitago Duque de
to que elRey Dom Sancho ficou Bargança foi retituido à Coroa
fenhor de Bargança, lhe deu no -de Èortugal no primeiro de De
uo foral, que atè então fegouer zembro de milfcifcentos & qua
auf.-naua pelo foral que FernãoMeH ಸ್ಟ್ - ºf ºx
:" des lhe tinha dado,que hetambé º , o Ito propufemos para aueri
euidente confirmação de não ter guarque forafempre ႏိုင္ဆိုႏိုင္တို႔ႏိုင္တို
a Coroa do Reyno fenhorio: arè -donofo Reynoa terra de Bargã
então daquella Cidade, á afilhe ça, de 4eraſenhor Fertião Men
. .. .. "
-- - -
- - - - - т 2. des
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
5 :Cap. I
des que deu foraes a Langroiua, Coroa em tempoantiguo.Diogo - - - - - -
晶
"º & a mefma vontade tiueraõ de to atè então no Biſpado de Eug=
3. ampliar as Eftremaduras, & po ra, affinajà confirmado naquella
º uoalas com bons foros: Et Extre Igreja.
maturas amplificare,6 cum bomoforoft
ducialiterpopulare.Todas eftasvillas CAPIT. xxxxvii,
º
eftão fora das Comarcas,que em
Eſpanha chamaõEſtremaduras: Das mortes dos Reys Dom
mas naquele tempo tudo o que
os Reys de Leão vinhaõ ganhan Pedro pay da Rainha Sã
do aos Mouros do rio Douro pa tá Ifāče/, Fe/jppe de Frán
ra eta parte do Sul, chamarão,
A.:tremadura. fa,Carlos de Sicilia,é
No proprio tempo da confir do Papa Martinho
maçaõ do foral de Nomão con Quarto, -
mos chegado jà a Lisboa. Nefte Pedro feu fogro, com que à Cor
dia deu foral a Villa de Rey, & te toda ficou muitrifte, pela def.
confirmão nelle osficos homés confolaçaõ que vião na Rainha
ue fefeguem. . Santa Ifabel, que jutamente fen
º O Infante D.Afonfo,que tinha tia a perda de tal pay. Naceo el
o gouerno da cidade da Goarda, Rey Dom Pedro, ao que parece,
Dom Martim Gil. " para competidor de Reynos, &
- Dom Martim Annes Tio, fenhorios, & eom animo igual,&
i Dom Mem Rodrigues.º fuperior às grandes difficuldades
- Dom Ioåo Rodrigues. com que fecóferaão, defendem,
Dom Pedre Annes Portel. . . -
& conquifláo. Foi o primeiró fi
- D. Fernaõ Peres de Barbofa." lho 蠶 laimeteue dá
Lourenço Soares de Valada Rainha Dona Violante fuá mui.
- - -- - -
res. . her legitima. & por eta caua
. . . .”.
che
-
டட்டிங்க்
" مه
.. .. . . .. ;
huma filha à Rainha Dona Bri
tes, & etá fepultada em Alco Le como a Infanta Donº
baça; porem eta foi a Infanta Branta ácrecentou o Сои
Dona Sancha. Affi o deixou efè.
bento'de Santo Agoffinho.
crito o Chronita Fernão Lopes
em hum fummario que fez dos em que está o Santo Cruci
Reys de Portugal,& etá na Tor fixo de Burgos: com algâäš
re do Tombo; nomeando os fi* particularidades desfa .
lhos delRey Dom Afonfo Ter Santa Imagem, … ;- ºr
ceiro diz, que teue alem dos dous ºr
filhos Dom Dinis, & Dom Afon ####@ Orque não pareçabre
fo, as Infantas Dona Branca, & #2# ue a relaçãõ da poffè 1786,
Dona Sancha, que morreo em { # que anoffa Infanta tc
Seuilha, & jáz em Alcobaça, Soº * ñou do Mofteiro das
bre o defgoito da morte delRey gàs fêm outras circunftan
Dom Afonſo ſeu pay, teue a Rai cias do tempo que alieteue, pois
nha Doha Brites efte da morte juntamente com a entrada con
da filha, que aliuiou com a com tamos logo a volta que deua Por
panhia da Infanta Dona Branca. tugal,6 a Badajoz relatarei ago
td. Afin A Infanta Dona Sancha crioufua rao que fe pode defcubrir eóiñ
"3.96 tia Dona Contança Sanches, fi certeza, & ferá eta huma acçaõ,
1ha delRey Dom Sancho o Pri que quándo faltaraõ outras de
rmeiro,& deulhe ametade deVil= fiapiedade, bataua para abona
1a de Cohde, Auelaneda, Poufa gač deſeu zelo, & religiač. Ches
...della, Parada,& Maçáas. Foiifto gouefta Princefāa Burgoséom #
no anno mil duzentos & oitenta Kainha Dona Brites mẫy, & cỡ
&feis, & na e(critura lhe chama panheira fila no melmo exem- . . .
ſobrinha, & criada fua: Ntpti, plo, & chrittandade; às Religio
, - . ... .
;头 ,、﹑
gºchentula mea.
2 Y. T. . . . ."
las do Conuento, que empreas - .
*** - : , , : , - ' 'T. i : , … (y! « J ; ; ; ; ; ; , , ,
* . . . . - - - - -
, sº..» fenhoras principaes, fabendo da
. .ー・・・・ : : : "pー・ vinda da Abbadefa, & da com
- panhia que leuaua, folicitas ña
-
, , , , : ' ')
demetração de feu recebimen
tº
* * • *
i
{ ಣ್ಣೆ a nobreza da Ci
常
!. . f º ;f ੋ ಚತ!the
- --- -- \. - Af
--
: Liuro X VI. Da MonarchiaLuftann. ."
صـــــــــــــــــــــلـــــــــــــــــــــــــ
- º ElRey Dom Dinis. A - 112
que es de los heredamientos realengos trezentos & finco, oito annos de
виеpaſſaron a les abadengos4
ولطwal2് idade sòmente, & ainda neftetE.
Pabraen el 2araylo tiene arrendado de po era Rey Dom Afonfo Sabio,
my:ypor sta razon фие по (eatreuen los & não Dom Sancho. Na era de
eſcriuanos de le fazer carta de vendi mil trezentos & vinte & finco,
da, ni de compra. 7 la Infanta Zona que he anno de Chrifto mil du
Zlanca mi (obrina me rogó, que yo lo zentos & oitenta & fete, foi con e
mandae, y que lo tuui/eporbien. Por cedido o priuilegio a tempo, que
que vos mando va eta mi carta, que como fe vê do que temos eféri- …..….
de heredamiento que ella quiere com to, tinha a Infanta tomado poffe ...",
prar, que es de lo quepaſo de realengoa no anno antecedente de mil du- ** ' "
lo abadengo, quefagades que los 露 zentos & citenta & feis, gouer- :
uanosfºgan carta de vendida, y de cº nando feu tio elRey Dorň San ~~~~},
pra, aficomo fues hata aqui aplaf cho. Com a licença delReyfe
miento de ambas las partes, pues Z)on efeituou a comprado campo, &
A/abraen me dexó quito de toda la de por ordem da Abbadefa Dona
manda que el auia contra ete hereda Branca fe fez o Moteiro em hõ
miento, por razon que fue realenge, y ra do Santo Crucifixo, & nellefe
fistoalo abadengo. 7 sfionodexedes de conferua a memoria deíte bene
fizer por ninguna manera, y/º lo an ficio danofía Infanta. Gouernou
nofiziſºdes, à vos, y a lo que vuitſedes ella aquella Abbadia coma vigi
me tornaria por ello. ZDada en Toro a lancia que merece hum conuen
quatorze dias de Agoſto. Era "demily totão principal, que no voto de
regenros éfinco años 7 o Pero Fernan todos he a cafa de Religiofas de
de luze eferiuirpor mandado del rey. maior mageftade que fim Hef.
3 Querú tresladou ete priuile panha,
da
& ainda pode ler que toº
Europa. * . . . i.i.º. tº
giödöorigihat, "& os mais auto
..: {} ン2 .5~~~ :) 2οίες ; : *
Fes que o leguirão, não aduirti : له : .CÁ
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raõ na Era, & auendo de dizer, --
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: : : Liuro XVI, Da Monarthia Lufitama.
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le com ſuperintendencia a noſſa ção Real, & Ecclefiaítica. Tudo
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Infanta Dona Branca largos an he fogeito à Abbadefa, & tudo
nos, me pareceo conueniente re prouè, alem das jurifdiçoês que
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-
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...
- * fumir em breue o que té de ma tem em muitas Villas, & lugares:
.
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s' geftade parafe eftimar o acomo em forma que nenhã fenhor dos
-, *
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: : damento que em Catella fe deu maiores deCatella tem mais nu
-- - • * --
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a eta Infanta. - -
- - -
Eftá efte conuento das Huel fa das Huelgas. He alem dito Su
- -- tº * .
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-: *- : ".
gas, cujainuocaçaõ he de Santa eriora de doze Moteiros delRe
- A. " * →
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* * *
3. i-, * * , Maria a Real, fituado fora da ci ligofas, que lhe faõ fugeitos, aos
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sº ***2.dade de Burgos, cabeça de Ca quaes manda vifitar por feus Có
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junto do rio Arlanfa. He fabrica exercitaua com mais foberania
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öitauo de Caftella, que chamas cefaõ dos Abbades Gêraes de
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raõ o das Nauas. Alem da grann Ciſter. No anno mil & cento &
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· deza do edificio, que firuio defde oitenta & ſete, vendo o Rey fun
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o principio de gafàlhado^de In dador a fabrica acabada,fez doa
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jfÃಫಿ -principaes.de çaõ do Moteiro às Religiofas da
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Catella, & Leão, tem apartada nofia Ordem com contentimen
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Ordem de Calatrauacão habita Dona Leonor mais moça Rainha
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tem cadahum quafi quinhentos estaua ĉaſadajầem França, quß
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႕ႏိုင္တို
: 醬 go, abñde prohibe-lograr dous
&íñá dé RieligigfäfendoiÁbba» beneficios eurados porque a glo
def(a DonaVrtàca Afonfo, què &..daquelle texto refolué, que afii
tilzifrariousnahaquellu bargo, còmò nelleyem priuilegiados es
.º.o.d42: - - - V4 filhos
2, 1 Liuro XVI.Da Monarthia Luftama.
filhos dos Reys, o faõ igualmen llega la Enfermera, éxtaria Carciala
te as filhas para duas Abbadias. Portera,é Sancha Rodrigues Sacrifiana,
Mas o certo he, que não foi a In cre. Eta quitação tem a outorga
fanta Abbadefa, fenão fenhora, da Infantà como fenhora da cafà,
& protećtora dos Mofteiros de preſente entao nella. Pedinospor
Loruão,& Huelgas, , , , merced a nutra feñora la Infanta Z2.
- No anno mil trezentos & fin Zanca,que etauaprº/ente que otorga/
co, em que alcançou a lentença fe todo effo,é que mandafe pontreneſia
contra elRey Dom Fernando,era cartafafello.Dous (ellos tem, hum
Abbadeffa DonaVrraca Afonfo, do Conuento, & outro da Infan
3- o foi annos adiante. Tenho di ta. No anno antes de mil trezen
tos & oito tinhão dado a Abba
to certeza por efcrituras auten
ticas feitas no proprio Moſteiro defa, & a Infanta outra femelhã
* *
Caixa; 1.
das Huelgas,as quaes vinonoſſo te quitaçaõ feita naquelle Con
cartorio. A caufâ de nos virem uento a vinte & oito de Agoto:
gºtá 2.
etas ecrituras, foi porque leuou de vinte & feis de lulho de mil tre
configo a Infanta Dona Branca zentos & dezanoue : & de quinze
hum Gõuerfo deteconuento de de Abril de mil trezentos: &ivin
Alcobaça, o qual feruio nohofpi te & hum, ha outras da Infanta
tal das Huelgas deComendador, refidindo na me{ma cafa, & em
& recolheo quitaçoés das depe todas feintitula fenhora das Huel
fas que fez, & com outrospapeis gas, & filha delRey Dom Afonfo:
das procuraçoês que felhederaõ Tala Infanta Z. Alancafja delma mo
體 gs negocios tocantes àquel klezeyz). Alfonfa, fehora deles Hulk
e hofpital, as quaes lançou defºgas. Nito (e equiuocou tambem
pois que veio nete cartorio. Na alita de Manrique, em lhe cha
era de mil trezentos & fincoenta már filha delRey D. Dinis, fendo
& hum, que he anno mil trezen irmãafua. Tambem me perfua
tos & treze, lhe deu quitaçaõ a do que ha antepofiçaó emalgüas
Abbadeffa Dona Vrraca, a qual Abbadeas erradamente porque
principia deta maneira. 7 o 29oña a Dona Maria Peres de Gufmaó,
Vrraca Alfonſo per la gracia de Zios que no tempo deta Abbadefa
„Abbadefa del 2ón ferio de Santa Dona Vrraca nouena em nume
%aria la Real de las Huelgas, en no ro, feruia de Cantora, entra naº
con Z5.3 dayor Cil Priora, é Z). Maria quelle catalogo por quarta Abba
„Alfonſº Solpriora,'é Beatris Ferman defa da mefma cafa; a não fer
des(ellilera, é Z).2tari?eres de Cuſ outra do mefmo nome, heiieiieí.
mania Gantora, éZ).Vrrara Carcial, ſario poſtpölaa D. Vrraca. Ofa
.4d guera, 2.2rrara Garcia de V4. zer litas femelhantes he mui dif
* -- :
-- ficultoſo,
… º ElRey Dom Dinis. " … -; 1 19
ficulto? &às vezes fenão podě ete Abbade a Borgonha , & de
... os archiuiftas defembaraçar, & uia ſerao Capitulo Gèral de Ci
he forçofo aos que fe valem de fter,pelosannos de mil& trezen
ſuas informaçoés accomodarſe a tos & finco com cartas delRey
ellas. ; : - - - -
--º-毽
fo Rrodrigues : Dom Pedre Annes, que tinha
fet/ #io. - 's a terra de Panoias. -
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Maria . .
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.. . . . . , Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
ºf# ; ; Maria Eteues intituio na Igreja madas dos Mouros Africanos,'&
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".; .;- . i . deSanto Andrea Capella de Sa · Granadinos, que elRey rebateo
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to Ambrofio, aonde etá enter fempre com muitos danos, & in
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- rada com feu filho. As Miffas ap uafoês que mandou fazer nas co
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plicou pelas almas delRey Dom ·ftas de Berberia, defpois que me
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註 Dinis,que lhe deu o padroado, & 'lhorou o modo da milicia naual.
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. pelas dos outros Reys,& afsime{- Eftaua alem da villa da Pºdernei
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mo pela tua, & defeu marido, fi ra duas legoas para o Nortehum
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lho, & parentes. Era Maria Ete · portobaftante,& acomodado,af.
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ues pefoa nobre de Santarem,ir fi para pefcaria, como para o co
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Imääde Pero Doffem,que deixou mercio; não quizelRey que eti
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por feutetamenteiro, & parenta ueſſedeshabitado, & ſemprouei
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dos Mafaldos, que naquele tem to, porque lhe comuinha muito
. . , ºr po eraõ pefoas bem conhecidas. para o tempo que viuefe em Lei
º, . º ; :
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Aos netos de feu primo Martim ria,de que difta tres legoas,& por
:* - 4 º' * * * * Annes Mafaldo de Eluas deixa ainnumerauel caça que aquele
-* “... . .. . . . . . .
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mádas. Declara que eu pay eta Camarção cria, era muitas vezes
. . ... . . . . " ua enterrado em S. Francifco de buſcado delRey, quando ſe occu
! . . . . .
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Santarem, & fua mãy em S. Do Paua nefte exercicio por aquelle
- **
- -
mingos da mefmaVilla,& a am deftriëto. Mádouo elRey pouoar
-
bos os Conuentos deixaua com etando ainda em Coimbra a vin
-
-
器 lhe difeffem cada anno Mif te & oito de Outubro, em que Lib.r.ſº
às por dia dos defuntos. O mari Pafou a carta de pouoação para 176.wº
do Ayres Martins cooperou na trinta moradores, que terião feis
mefma inftituição, applicando carauelas ao menos preparadas
mais as Mifas pela alma do Bif. para pefcaria, & paraque acomo
po Dom Domingos de Lisboa, dafem cafa, lhes mandou dar a
*
que como era valido delRey Dó cada hum feu moio de trigo.Efta
Dinis, & o Ayres Martins mini villa chamada Paredes, foi em
fro do me{mo Rey, tinha parti grande crecimento atè o tempo
cular amizade com elle,fenão he delRey Dom Manoel, em que os
que os validos atè nos fuffragios areaes circunuifinhos abalados
-
não perdem fua parte. . … dos ventos quenaquelle fitio cur
Particular cuidado teueelRey {àõ de todas as partes defcuber
-
& ... •
ElRey Dom Dinis: ~~
de muita deuacão, & romagem,: caía da Rainha Santa Ifabel, ao
a que acode o pouo de Leiria to que parece, com cargo principal Gautadó
dos os annos no dia da Natiuida nella, a Condeſſa Dona Leanor iſ
de da Senhora. O nofo Conuen Afonſo, irmåa delRey, viuua en-" ,
to de Alcobaça ficou mui defrau tão do fegundo marido o Conde º
dado neta ruina,por ter o fenho Dom Gonçalo Garcia de Soufa.
rio da Villa, que lhe deu elRey Eta fenhora deuia etar apertada
Dom Fernando por obrigação de algüa grande infirmidade, ou
de Miffa quotidiana de feu pay. foi que defenganada com a mor
elRey DõPedro. Aísi vai o tem te dos dous maridos, de que não
po variando, & mudando as cou teue filhos,tirou porfruto de am
fãs, que atè as pouoáçoês muda, bos os matrimoñios o defengano,
& arruina. da vida,& pouca fegurança della.
As barras do Reyno vemos ir Ordenou á Condeffa fêu tefta
| padecendo grandes dannos com mento na me{ma Cidade, dia do
às areas dos rios que nellas defa Apoftolo šanto Andre, & man
goâo, & fendo materia de tanta dou que a fepultaffem morren
confideração, não felhe applica do no Conuento de Religiofos de
o remedio,que já em outro tem Saõ Francifco mais vifinho ao lu
po tiuerao. O rio de Alfeiferio, gar em queDeos a chamaſſe,dei- * -
--
-
--
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tio he agradauel em hum valle agradecimento lhe derão peças,
-
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muito grande, & aprafiuel, com & vetidos; he cafa prouida de
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huma fonte, & tanque: tem hof. 2. maites ornamentos. wº ... --
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pital capaz de muita gente. Nos Em outro recontro,que o mef.
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re muita, & em todos ha prega :do na Comarca de Tralosmon
-
-- .
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gão; concorrendo nellesas villas ¿tes, vifinho às fronteiras do Rey
-
-
-
- do Sabugal, Villar maior, & Ca no de Leão, matarão tambema
. . .
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Nuno
- ºn
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º,
* º ;
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e/e lugar, os quaes herdamentºs elas diz o liuro antiguo das linhagés,
hão, Çr deuem auer de direitº departe que no cartorio do Conuento só
de Zona ZDordia Cil minha tia, quefoi achei memoria das partilhas que
.2tonga do dito 34eiro. E por ventu fez com feus irmãos,aonde feno
-- ra lhes endeflhaftes ; coºſa dos mea Monja, fem titulo de Abba
defa. E affi me{mo o foraõ nos
frutos. é das rendas defe annº, ºutrº?
-
º
entregades de todo,endé al nomfagades. mofteiros de Loruão, & Cellas
தி: em Lisboaix dias de 3íargº da juntamente quatro irmãas filhas
Era Xt ((CXXC/. de Dom Mem Rodrigues de Bri
Dona Dordia Gil,queMartim teiros, a faber, Maria Mendes, & \.
Annes nomea portia fua, era fi outra tambem Dona Maria Men
lha de Dom Gil Vafques de So des Ribeira, & D. Tereja Men
uerofa da terceira mulher que te des, & Dona Guiomar Mendes.
ue, que foi Dona Maria Gonçal A Dona Tereja foi Abbadefla de
* -
Loruão,
:്. ElRey Dom Dinis. . 124
!. · Loruão;&a Dona Guiomar Ab- f narios de infinita nobreza,foi ifto
# Fal. 9. abadefa de Cellas, aonde morreo - todania do tempo delkey Dom ut i.
deatradamente oliuro antiguo Dinis adiantee que começaraó
$aslinhagés falanifto cõ maišdi- ia florecer,&#. fundaraõ.E outros
ftinçaõ, que o Conde Dö Pedro, - mais antiguos não forão afi eti
º qualfe contentou com dizer, 4 - mados, aindaque nelles fe agafa
foraó todas etas quatro irmãas ºlhauão as parentas dos padroei
freiras. Efe 3fem Rodriguesfoica ros, -que fºmpre eraõ dáš princi
fado (dizoliuro antiguo)com zo- paes familias. Aquellas enhoras
na *aria Annes filha de foão Pires Abbadefas parêtas de Mem Ro
da C/eiga, 6 de Zona 7areja 2zar- drigues de Briteiros, ainda que
tinº 43erredo, é fez em ellaz). Jºão vão nomeadas com só efteappel
**endes,6-3artim 3cedes,cº.»ta- lido, participauão por feus pays
ria.Atendes,6- Ataria Xibeira,& 7.- · de quafi todo o bom fangue que
reja.9rende; .4bbadºffa guefoi de Lor auia em Portugal, & 醬 -
uão, º guimar Azēdes Abbadeſſa que mo fe pode ver nos lugares das
foi de(ellas, o matoua obadaloaofno. º quelles nobiliarios. · ° · · ·
O certo hequeforão etestres Relatei ¢ftas coufãs porocca:
cõuentos por aquele tempo de fião da defitencia que Marfim
pofito de toda a nobreza de Por Annesfezda fazenda que perten.
tugal; & não achará fer encare cia a Arouca,em proua do temor
cimento quem tiuer notícia dos que elRey Dom Dinistinha poto
liuros do Conde Dom Pedro, & aos fidalgos em materias fême
do das linhagens antiguo,& mais lhantes. ; " |
em particular dos cartorios da Partio elReyno fim de Mayo Lit
蠶 a razão he, que de Lisboa Para Coimbra, & em is
foraó mui etimados por repeito fia companhia a Rainha Santa
das Santas Rainhas fuas padroei label, & fizeráo a jornada por
ras, a cuja fombra ferecolheraõ Alanquer Torres Vedras,& Obi
-
■曼_-_﹑
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- - -
名
galo Garcia de Soufå fem herdei he facil de crer,porque a noue do
ros. A filha fechamou Dona Ma mez refidia em Alfeiferão, & Al
ria Annes: calou efta fenhora a (cobaça, & a vinte & tres eftaua
rimeira vez com Dom Martim jà em Coimbra,tempo batante,
Afonfo Tello, filho de Dõ Afon & ajutado para jornadas de po.
fo Telles o velho, o que poucou uos táo vifinhos. Lembrado el
Albuquerque, & de Dona Tere Rey Dom Dinis dos feruiços de
ja Sanches,filha denofo Rey Dõ Dom João de Aboim, & achando
Sancho Primeiro: a fegunda vez afeus filhos com litígios na oc=
.com Dorn Ioão Fernandes de Li cafiaõ prefente, interpos fua au
ma, de alcunha, Pão centeo, co toridade, & os reduzio a concor
moveremos em algüas doaçoês; dia.Como elRey feagafalhou no
porem de nenhum dos cafamen Catello de Leiria, de que era
tosteue filhoseta D.Maria: Alcaide mör Dom Pedre Annes,
Viuia Pedre Annes de Rates pagoulhea họípedagem cómfar
porete tempo na villa de Leiria, 2er que fecõcluífem as partilhas,
aonde era Alcaide môr;&em cu á quetambemios mais fenhores,
jo deſtriétoteue muita fazendaa que hião em companhia delRey,
irmãa Dona Maria-o trazia em= & da Rainha feruiraõ de tercei
baraçado com as partilhas, que ros gó elRey, intereados todos
eraöde muita conſideragão, jäe inofofiego deftes dous irmãos,cô
alem das grandes herançasreſte quem os mais delles tinhão pa
Reyno, compreheddião muitas renteſco, aſſi pot parte de ſeus
no de Catella, por via de fuálauò … pays, como pelos maridos da
ti,s.n materna D. Veláfquida de Ca :: Doña Marià;& da mulherp
i 3 de Domi Pedrolio.obili
#*#*mora. Fizeraõ ambos compofi º º ، ۱ ، "". . . ده ه۲ ... م ا... --
ção, & repartiçaõ amigauela ് {്):
-
#. - கி ,
-
º -1, 3 CAP.
-
º
e Liuro XVI, Da Mamarthia Lufitana.
r .". :
mego,& Tralosmontes. C6 eſles .
: CAPIT. LIIII. titulos,fem o da Goarda, confir Lib.r.
-
-
inquietac
#E:GREY Omo as
dos elles, com que le tera noticia
oẽs dos officios, & minitros da cafa
----
-
-
|* -
靈 de Dõ ီ|ိ Real, alem dos Ricos homens,&
స్త్రీ
de Lara eraâ mais cö
Prelados do Reyno,que faõ etes.
*****ès tinuas pelos lugares de
-
Con
…º ElRey Dom Diniãº" e " 146
Contadores del Rey. , mos, que a caufa delle fomentar
Domingos Pires. . . as partes de Dom Aluaro Nunes
Ioão de Alprão. de Lara, obrigaraõ a elRey alhe.
Thome Domingues.….. : deminuir o poder,para o diuertir,
Sobrejuizes. " , - & aquietar. Em dipor tudo o
Louréço Efcola Porteiro mór. mais que condufia a eta quieta
Payo Domingues Deio de E çaõ, trabalhou elRey no tempo *
. . ."
* -
-
llOras -: -
que eteueneta Cidade, & toda
Rui Gomes. a diligencia que applicou não foi
Iuliao Duraés. -
Da firma cóm que o Infante {o, Defta efcritura nos coñita de ''i
aquivein nomeado;&falta doti dous appellidos, Soueral, & Ca
fulo dó gouërno da Cidade da breira, ainda hoje contínuados
Goarda e infereo que pretende · émigente pobre envaiiasparts
-
* -
.. .
3 . . ձց
Liuro XVI. Da Monarchia பாக
do Reyno. Pero Soueral foifilho gêralmête às Religiofas;& retem
de Martim Eteues do Auelal, & na mefma forma o Mofteiro de
de Dona Sancha Gonçalues de, Santa Maria das Donnas de Seui Soufa lib.
2.da hiff.
Milheiros da Maia,cafou com D:. lha da nofia Ordem; como tam Гстініа
714 C. 22.
Maria Lourẽço de Portocarrei bem por razão do titulo de Ence & lib.5 à
ro, de que teuefilhos, hum dos. ladas,ou Emparedadas, q tinhaõ бар. го
Titº4. quaes feappelidou,Soueral,como, as que fe recolhião;&encerrauão
d pay, q foi Martim Pires do So por maior reclufaõ em cellas, &
ueral, & outros appellidaraõ do cafas eftreitas, & inda hoje con
.Auelal, & neta forma continua ferua o nofio Mofteiro de Coim мода“
rão,appellidandofeos defcenden bra o nome de Cellas. O Moftei ma destut
uthalib.6
dentes delles,_Auclares,& Soueraes, ro das Dõnas digo que começou cap. j.
promifcuamente, como fe pode por ete tempo, a repeito da Re
ver no Conde Dom Pedro. Dona ligiaõ do Patriarcha Saõ Domin
Sancha Pires de Soueral, filha de
gos,a que fe fogeitaraö as encela
Pero Soueral,foi monga deArou das,ou emparedadas q aliviuiaõ,
ca, & entrou nas partilhas com & em cujos etatutos,& obfernã
feus irmãos no anno mil trezen cia hoje perfeueraõ. A reclufaõ
tos & vinte & dous, nas herdades dellas teue mais antiguo princi
que tinhão na Freguefia de S. Vi pio quarenta & fete annos antes
. . cente de Goydojulgado de Lou dete, viuendo ainda o bemauen
ള് fada, que era pella parte dosPor
0!!(4. - -
turado Saõ Frei Gil. Teue a Or
*" tocarreiros, cujo folar he perto demde S.Domingos boas etreas
' de Loufada, nōjulgado de Por com pefoas dete nome emPor
tocarreiro junto a Guimaraés, tugal foi dos primeiros que acei
-
-
taraö o habito de S. FreiGi}Me
CAP IT. LV. dico dos noflos Reys, & no mef
Arfbelás
mo tempo em Inglaterra o pri ma Anglic4
Da fundação de São Do meiro nouiço que entrou nefta nafeculo
Religião fechamaua, Ioão Gil,& 12...is:
mingos das Donas da cvil. auia ſido Medico delRey Felippe
1a de Santarem, & om- , Auguſto de França. -
* '---*・
ſ ... r *---* -*.*- х hiftoria,
LiuroXVI. Da Monarchia Luſitana.
hitoria, fe refolueraõ em man ſem cabedalderendas naö podia
dar ao Capitulo gêral, que fece aperfeiçoarfe na fabrica,&futen
lebrou nacidade de Burdeos de tarfe, lhe concedeo elRey Dom
França, a antigua Burdigalia, tão Dinis licença para herdar os bens
celebrada de Aufonio, & alcâgar das Religiofas, & que lhe pudef.
licença do Gêral da Ordem para fem deixar legados, os que qui
ferem admittidas à profifiaõ del zeííem. Foi a carta delRey dâda
la. Eícolherão para menageira emSantaré no anno mil duzenfos ,,,, ■,
huma das companheiras, por no & nouenta & oito, efcrita por 1 s..
me Domingas Annes, ou Ioão Martim Louredo. Efte Martim
approuada na inteireza da vida, Louredo foi efèriuão da purida
& de valor, & refolução para tal de delRey Dom Dinis pelos an- …i...
jornada. Poffe ela a caminho nos mil trezentos & fete, como H.; a
acheiele
com cartas de fauor, & fupplica que emficou
humpor
tetamento,
executor comem ***
ul. 74
do gouerno da Villa, que pedia
o me{mo: & afi chegou a Bur Meftre Pedro fifico delRey.E def.
deos, antes da feta do Efpirito pois feruio de Iuiz dos feitos do
Santo, & impetrou do Meftregê me{mo Rey pelos annos mil tre
ral da Ordem Frei Munio, de na zentos & vinte & quatro,que a si .
* * *
baua --
ElRey Dom Dinis: ~ 129
baua a quietaçaö de ſeu Reyno. mais terras do Bipado. Tem ou*
Tanto que teue difpoftas as cou trofi dos muros adentro bū Mo
fas todas, fe partio da cidade da teiro de Religiofos de Santo Au
Goarda meiado Setembro, & fa goftinho. . . . . .
zendo algúas detengas, que con Conforme ao que fe diffe na
uinhão para o melhor apreto da terceira, & quarta parte defahi, 3-par.lib.
uelle cerco,(e achou fobre a vil ſtoria, elf cy D. Sancho o Segun I ) نا ه ل،9 ه
la de Arronches a ſeis do mez de 4 pur.lib.
Nouembro.
do, que a deuia ganhar aos Mous 2.15.
ros, & deu aos Religiofos de San
' Eftà a villa de Arronches fi ta Cruz de Coimbra no anno de
tuada em lugar alto,lançada qua mil & duzentos & trinta & feis.
fitoda ao Norte, cercada de mu ElRey Dô Afonfo Terceiro con
ros,& barbacáa com feu caftello, fiderando que lhe importaua ter
a Alcaidaria, a qual he do Con aquellaVilla na fronteira, trocou
de de Miranda, & rende dous mil cóm o Mofteiro, fendo Prior Dö
cruzados, terã a pouoação feiº Ioão, & lhe deu pelo fenhorio fe
centos vifinhos.A fabrica das ca cular della (que os padroados fi
fas hc boa, & affi mefmo a das cauaõ ao Moteiro) as Igrejas de
蠶 & Ermidas,& de feis free Santa Maria de ိုရှိ႕ႏိုင္ဆို႔ Ma Lib.delRºy
uefias, que tem no termo, que ria do Açumar,&aalbergaria de D. Afomjō
體 de feis legoas de comprido, & Poiares,foi iftono anno de mil & 3.
. .. .. ** --
Arron
. . . . ElRey Döm Dini. tº 3o
º
Arrõches;defmintindo as vigias, raõ de Badajoz dcipedidos del -
ಸ್ಧhekaâ00ಣ. .
5. r .* ~ * , rr, si i r, -
que faõ parte da efcritura.E 25
ças diminuidas. º . . ñas Cabráldiffº entom ao Infante zóm
º
`º Acehtadas
ۓ- م م.2 f
eftasº capitula - <Afofo. Senhor mandulfhervºs que
:1 11
r :A نا ;؟-1 - * جميع ما دام
çoês, & aceitadas pelos irmãos faţa menagem do Caſtello de Portalegre
ambos Rey, & Infañte, fè parti álkyżżini v firmis Ezim - - -----
Y4 -Afore
Liuro XVI. Du Monarchia ாக
/nே diſſe, mando. EE) 7). 2i. autoridade do Alferes mòr Dom
d/e entam. Ayras Cabral fo/edefine Martim Gil,porque em ambas as
yof memagem do (4/!ello de ?ortalegre, efcrituras das omenagens (e diz,
C
t
… ElRey Dom Dinis. … ;*
ecreueo a elRey Dom Dinis, pe que trocar a elRey Dom Sancho
dindolhe fauor na materia,& pro hüleuantado por outro,deixando
pondolhe os dannos que fefegui obrigados,& em feufauor a Raia
riaõ do diuorcio. ElRey D.Dinis, nha de Caftella, & o nouo pri
que era deltro batanteméte em uado. - . . ." º: º . .. .. . .
-
‘. .
k ...-i-
Liarº XVI. Da Monarchia Luſitana.
de fe terem introduzido alguns importafernão só ornadº cã As armas,
abulos: comete zelo fe refolue fenão també armadaçãás leis,paraque
raó entaó a ordenar, que ouueffe a Republica pº/a/ºr bemgºuernada nº
efcolas, em q fe criafem varoés ιρο da guerra,@paz: porque o mundo
doutos que gouernafíem oReyno fé alumeapela/ciencia, º «vida تهۀSة-
com a igoaldade de jutiça, que tos mais cabalmente fe informa para
as leis humanas, & diuinas tem obedecer a Z)eos, 6” a feus κιβικ, ώ,
dipoto. Como em Roma auião vánjiros, 4 Fé/efortal.ce, a greja/e
de afiiftir os Prelados, que difle exalta,& defende córra a hereticaprá
mos, com procuraçaõ de todos uidade por meio dos artéikcclefiº/lices.
os Ecclefiaticos, era facil ratifi Por todos fies refeitos: Nós os acima
carfe pelo Pontifice eta determi nomeados, em companhia depífias re
naçaõ. Congregados pois na villa ligiº/a, Prelados, & outrºs, ºficleri
de Monte mòr o nouo, fizeraõ a gos, como feculares dos Zeynos de Por
fupplica,que traduzida do Latim tugal, & J4lgarue, auidaplemaria deli
diz deta maneira.
beração nocaº, interuindo ain/piraçãº
—Ao Santi/simo Padre, cº/enhor, duina, & mouendones aparticular,e>
pela diuinaprouidencia Summo Pontifi commāaytilidade,comfideramos/er mui
ce da Sacro/ania Igreja de Roma: nos conueniente aos Reynos/obreditos, Gra
deuotos filhos»º/os, o Abbade de Alte: feus moradores ter hum efludogéral de
baça, o Prior de Santa (ruz de (oim, fciencias, por vermos que á falta delle,
bra, o Prior de Saõ Cicente de Lisboa, muitos difejo/os de efludar, é entrar
o Prior de Santa.2%aria de Caim4rář no efiado clerical, atalhados com a falta
fecular, & o Prior de Santa 34ria de de depefas,é de/comodos dos caminhos
.Alcaçoua de Santarem, & cs &eitores largºs,Cr ainda dosperigos da vida,nãº
das/grejas de Sao Leonardo da Atou euzão,® temem irefludara outraspar
guia, de São Iulião,& São Nicula",º pes remotas, receando çfas incomodida
Santa Eyria,@ Santo Eſteuão de San desde que refilia apartar/e defeu bom
tarem, de São Clemente de Loulé, de propoſito, 6 fear no ſtadoſecularcon
Santa Maria de Faro, de São háguel, tra»ontade. Por las cau/as pois, esº
62 Santa 3taria de Sintra, de Santo muitas outras»teis, Cr nec/arias, que
Eſteuão de Alenquer,de Santa Maria, /eria dilatado relatarpor meudo prari
São Pedro, é São 3águel de Torres camos tudo,< muito mais ao Excellen
C/edras, de Santa Maria de Caya, da tifiimo zdmzimis moffo ?ey,&fenhor,
Lourinhã, de Villa viçºſa, da Azam rogandolhe encarecidimente,/º dignale
kuja, de São : L - r e de Estre"
defazer, o ordenar humgèral #udo
moz, de 3eja, de %fra,& do ു. imáfua mobilifiima (idade de Lisboapa
douro, bríamos deuotamenre yofospér rayeruiço de Zeos, o honra do beátif.
bemanenturados. (omo a Kial alteza Mme2?artyršâå©icente, na qual(i-
--------------
- - - - - -- - dade
- - - ---------
ſ
ElR9Don Dinig -
133
dade fീ0 *Nºſ. Senhor le/a (brifio daraõ da fama que puderaõ ter,
(pultura a /eu corpo. Ouuida por ete deixando (eus nomès efpecifica
Key, & admittidaa појаpetição beng dos naquela fupplica. Rendaó.
namente, con comentimento dele, que fe contudo àqueles Moteiros,
he o verdadeiro padroeiro dos 3á%/feiros,
&Igrejas ete agradecimento, já
(C /grejas fobreditas,/e a/entou entre que do patrimonio dellas fe déu
nos,que o/alario dos Ačefíres,& Zou 2. primeira fütentação aos pro
fores /e paga/fem das rendas dos meg feffores das letras. No prologo
mo, 240ktros, Gr/grejas, taxandolo dos etatutos da Vniuerfidade de
gº o que cada huma aula de contribuir, Coimbra fe diz, que no princi
referuando a congrua/affentação. Pe pio da inſtituição della, que he
lo que Padre Sant/Simo recorremos em ete do tempo delRey Dom Di
final aos pês de C//asantidadepedin nis, le pagauão os falarios aos
dolhe humilmente queira confirmar com Lentes pelos Abbades de Alco
a cº/iumada benignidade huma obra tão baça, & pelos Abbades da Or
pia, y louuauel, intentadapara ferui dem denoſſo Padre Saö Bento,
... go de Zeos, honra dapatria;6"prouei & Priores do. Mofteiro de Santa
** to geral, é: particular de todos. ZDada Cruz de Coimbra. De Priores,
em Xtante mór o nouo a dous dos Iaus & Reitores de Igrejas feculares
de Nauembro, da Eramilo trezentos não fala. Não he razão que ne
c9 cvinte cº/eis. º ': ': ; guemos aos benemeritos o que
… Efta foi a fupplica que os Pré obraraõ, nem que fe etenda o
lados nomeados fizerão, na qual louuor aos que não puferaõ mão
feha de aduertir o que notamos na obra: nomeados vão os que
acerca do tempo de fua data. foraõ autores deta, & entres el
Bem defejei faber os nomes de les não achamos nenhum Abba
todos os Priores, & Reytores da de denofo Padre São Bento, &
quelas Igrejas, que tão honra dos da nofia Ordem, sò o de
do penfamento tiucraó, para fe Alcobaça he nomeado, & ou
lhe perpetuar na memoria dos tro não. Do cartorio da mefma
uefe vern aproueitados com a Vniuerfidade de Coimbra foi tiº
ੈ। das fciencias, & boas ar rada afupplica que tresladamos,
tes, quefüa liberalidade, & zelo & irá na lingoa, Latina com as
introduzionete Reyno: mas fo mais efcrituras do appendice.
raó eles tão pouco cobiçofos da Verdade feja,que vendo eu o car
fama, como?das rendas de feus torio fobredito, a não achei nel
beneficios, & com a mefmavon la, mas communicouma Manoel
tade com que as offereceraõ pa Seuerim de Faria Chantre da fan
ra commum vtilidade,ſe defrau cta Sè de Euora. , ... . -
أناة.. Z Poderà
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Poderäfer á defpois fe offere quanto não vião concluida a có
ceſſem os Abbades de noſſo Pa
dre Saõ Bento, outros Prelad
pofição com elRey.
& os
mais a contribuir, vendo o fruto
das efcolas, & ovtil que a todos C A P I T. LVIII.
alcança. E naó ha duuida que a
Bulla de Niculao Quarto, em Da eleição do Papa Nicu
que confirma a erecção da Vni lao Quarto, é da Bulla
ueridade, epecifica, que para a que concedeo a elRey Dom
ſuſtentação della contribuiao a
lem dos nofos Abbades, os de Dinis parafeparar a Ordã
nofo Padre São Bento,& Priores de Santiago da obediencia
da Ordem de Santo Agotinho, dos Me$fres de Caffella,
como adiante veremos; & deuia | como outras materias 4
de fer, que defpois de feita a fup este intento.
plica fe oferecerião. Mas do que
ao diante fè fez na erecçaõ da
Vniuerfidade, & o tempo certo
踐 Rincipiou o anno de
1|^^)?% milduzentos & oiten 1288.
em quefe fundou, com as Bullas º 醬 ta & oito cõ gèral ale
dos Põtifices, & prouifoês Reaes, ssº gria da င္ဆိုနိ်န္တြ
& varias mudanças que teue de. pela eleição do Papa Niculao
Lisboa a Coimbra atefua vitima
Quarto do nome, varaõ de intei
fituaçaõ neta Cidade, tratare reza admirauel
, & igualdade na
mos no anno certo em que fe lhe jutiça, repeitando mais para o
deu principio na de Lisboa, que Prouimento dos lugaresEcclefia
foi o de mil duzentos & nouen
ticos,os merecimentosdos preté
ta, con for mai
me a s aue rig uad a dentes,qas razoês de confangui
computaçaõ. Podefe confiderar nidade, q algüs lhe alegauão; ef>
que não entraraõ neta fupplica colheo a Religião de S.Francifco.
nenhum dos Prelados do Rey por mais feguro modo de vida, &
no, affi o Arcebipo de Braga, procedeo nella em forma, que al
como os mais Bifpos; & ao que cançou o fupremo lugar de Geral
fe pode colligir, foi a caufa an della,dõde foi promouido a Car
darem litigando então com el deal do titulo de Santa Sabina.
Rey fobre as juridiçoés, & ain Por falecimento de Honorio IV.
da parece que eraõ já partidos faio canonicamête eleito por ca
para Roma os Prelados que no beça, & fuccefor da cadeira de
meamos; não quizeraõ demittir São Pedro, de que tomou pote
de fy rendas, & jurifdiçoês, em no me{mo dia, em quefe celebra
a fefta
º . # -- r e º ---, -- * ** . º ,
- .
-,
ERey, m Dinis. -
* * * *...*.* I 34
* à féfia da Cadeira defe, fagrado boa,deixando concluidas as con:
Apoflolo, que he a vinte & doús rëndis do Ihfante IDô Afonfo emi
dė Feuereiro.Teuegrandecuida- Afrónches, que o defluefaõ em
do de apafiguar as difíençoêsque Âìentejo'atè'ofäneiro prèfènte.
dnia entre osPrincipes Chriftaðs; N áó fóraó de menos cófideraçaó
| principalmente no tocante alta as intrucçõês que mandou à Ko:
| ia,4cõ aprifâõ de Carlos Prin- na pára (eus procuradores procê
, cipëdeTâräto,agičretinha em defêm dacoi-poliçaõ cõ ôs Ec.
Aragaõ elRey DõAfonfo, irmão clefaíticos, & outras máterias, à
º da Rainha Santa fabèl, ficou em que actidio com igual vigilancia:
1 ' º grande defäföcego, indiormente Éio Lisboá Affiifiº, elRey átè d εντβι.
A... jigs Reynosdeñafoles,& Sicilia pridcipio deMayo,eñiqué partigº;“
föbrèčera á conténda:Para con para entre Dotiro & Minió, vii.
'fèiuaras reliquias dá Raleftina, á tando os lugares,& pfduéndo no
então (e reduziraõ à Cidade dê que tinha necelsidade de jutiça:
Ptolemaida, fez diligentias com Combretidade deu elkey volta
悦
maisdos
dias zelo,4felicidade
que pretendiãoAsb{enho
difcorº adoLisboa,aonde
anno. Aqui refidio
etana ojáretante
á trezé
º fio daquela Cidade, defencami de Agoto, & nete diá ႕င္မ္ဟုပ္ရန္
* nhauão todos os meios q os defém ao Burgo velho da cidade doPoi
º terefados biféanão para conferº tb, a que pos nome,Villa noua déu, i.f.
* #; talos: atè á por fim fèveio aper Rey. Vemos čõfirmar nelle oIi. 333.
. . . . ** - '1 ، ۔۔۔ " ام:."" . ہ مے. - * " حگ -
fúia grandes heranças, auia duuinho,de que as inquiriçoés del Rey 1., 2.
das êntre a Condeffa D. Leanor, D.Dinis dizem aísi Fregufa de Sã-da--
irmāa delRey viuua, & DõMar ta 3aria de 3íereira a quinta que مل37.
tim Gil, Mem Rodrigues,& Ioão chamão a Torre, quefa de Pero ?eres
Rodrigues de Britteiros, Dom Pe de xereira hºrada cótoda afregufa,
dre Annes por via de fua mulher ет 2иеfുr് qwint« Zu Peres (eufi
Dönå ಧಿಧಿ Mendes deSou
lho,e João 3íoreira,(} 2íartim 3%
fa, Martim Annes, Fernão Pires reira.Filho,ou parête delles deuia
de Bar bofa, &Gon çaloNun es fer Gonçalo Moreira,como tam
de Bargança parentes todos do bć outro MiguelMoreira Aluafil,
Conde, & pre tentores afeus bês, ou Vreador da cidade de Silues, "º º
ElRey informado que lheperten le no anno mil trezentos & de- ::
cião por fer da Coroa, & andaré zafeis asina húa compofiçaó del
tambem os direitos Reaes fone Rey com 9 蠶 Afonfo da-'
gados, e oppos contra elles,dan quela Cidade.No me{mo tempo
do porProcurador a Rui Paes Bu delRey Dô Dinis era cafado Fer
galho feu vaffalo. As partes no não Gonfalues de Moreira com
mearaõ outro caualeiro chama
Dona Maria Gomes da Cunha,fi-
do Gonçalo Rodrigues Moreira, lha de DõGomes Lourenço da
ElRey lhes encomendou a inqui Cunha. A filha delles Margari
rição do cato com toda ajutiça. da Fernandes de Moreira calou
E dia inquiriçom/acade em talmanei com Ioão Rodrigues de Porto- " "
ra, que eu aja meu direito, <></es Zi carreiro, & Dona Maria Gonfal- 蠶
cos homens/obreditos, gra (ond{/a ues de Moreira, filha de Gonçalo
0.
º
Liure XVI. Da Monarchia Luftana.
fães tambem nete Reyno. Atè feparaçaõ da Ordem de Santiago
ete tempo eteue a Ordem de de Portugal em tempo do Papa
Santiago de Portugal fubordina Niculao Quarto,ſendoMeſtre D.
da aos Metres de Catella, & Pero Fernandes Mata, & que de
Leão. ElRey DõDinis como pa fte tempo adiante fe gouernou a affi
droeiro da Ordem, & os caualei izenta, & independente dos Me- .
ros della fazendo còſideraçaòdos fres de Catella, & Leão, a que **
inconuenientes que auia navnião atê então fora fogeita. Hús,& ôu-**
có a de Catella, propueraó por tros fecôtentaraó com dizerito #
feus procuradoresos fundamétos fümmariamente,fendo a materia Oxf4 ºf
ao PontificeNicolao Quarto.Af. merecedora de fe dar della conhe tiagolg.;
º
fentoufé na Curia fer conueniéte, ciméto com clareza,& extençaõ #.
4 em Portugal feelegefiem Me fuficiente: não terião, pode fer,
fres deta Ordem feparados. dos efcrituras com que dilatàr[emais.
-
de Caftella: & paraque câ effeito Enfim dando razaõ do que no ca
rocedestem os caualeiros ä elei fo (e procedeo, conforme as Bul
çaõ expedio ete Pontifice huma las,& outras memorias que vicó
Bulla em Roma a dezafete de Se átecerei toda eta narraçaõ. Os
tembro que deixamos para oca Reys de Portugal já de mais dias
-
pitulo feguinte, em que mais co trazião meditada eta feparaçaõ
modamente começaremosa dar por conueniencias fuas particu
noticia dete ponto, & mais pro lares,& outras gèraes do Reyno,
greos que a Ordem teue dete & maior vtilidade tambê da Or
tempo adiante, º ¡… ' dem. No tempo prefente, como
….' ..., , . . . . . . .” . .
elRey D. Dinisera naturalmente
T CAPIT, LIX. í … refóluto, pos em execuçaõ ete
negocio, feitos primeiro exames
Dos motiuos que elRey D. da conueniencia, & jutiça delle,
Dinis teue para impètrar & informando de tudo a Santi
dade de Niculao Quarto. Tinha
a fparação da Orãem de elRey etetempo (como já
Santiago, 3 da Bulla do diffemospor) feus procuradores en
- Papa Niculao Quarto i Roma;que aótualmente tratauão
a compofição do Ecclefiatico;
・・。 rr;・
como óPontifice aceitou taõ bé,
g Odos os Autores, affi & todo o cófitorio o animo de
¿sº de Catella, como de Rey nefta concordata,creceolhe
Jºs Portugal, conformaö aele confian ga, vendo a oportu
# em que fe alcançou a nidade, para meter também em
pratica
-
ElRey Dom Dinis. " … [ 134
Pratica afeparação da Ordem de Dinistrataua a compofiçaõ com
Santiago, Mandou as propoftas. os miniftros da Igreja,& abroga
aos Procuradores, & fouberaõ el ua as leis,& introducçoẽs que tra
les praticarta bem a materia, 4 ziaõ abatidas fuas franquetas: pa
antes de concluir a compofiçaõ raque não ouuee nunca princi
comos Eccleſiaſticos,alcançaraó, piarfe,ou innouarfe qualquer mu
a Bulla para fedefunir a Ordem dança degouerno na Ordem de
de Santiago da de Caſtella,3 po Santiago, ſem concorreraſogei
der nefte Reyno elegir Meftres 4 ção, & maior repeito aos Eccle
a gouernafíem. Nos principios fiaticos que ella profea. *
que
e Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
que d/de «grapυ/α; einamente eleger izençaõ, & ficaraõ4iares de fer
"" em htfireprincipalalgum devos idoneo -vifitados, como diremos em ou
para o tal cargo,principalmente des ma -tro lugar.Efta Bulla efiåfalta crh
turaes das Reynos de Portugal, é…Al algüas regras por de cuido do co
ಕ್ಲ
garue, & quando não j piador, que a tresladou do origi
farte que feia. O qual Xefire tenha nal, as que faltauaó tresladei da
... ே dи рејола, -Outra que o mefmopapa expedio
e bens da dita Ordem no temporal, @r no terceiroatino de féù Poiitifica
epiritualliuremente, ficando só refer do, porque ambas fåô do mefimo Ealmſl.
nada atò 36ſire geral ‘tt νίkagio, கு theor: mas quiz trazer aquia pri
correição dela. Ejio ordenamos não ob .meira, porque della cotífta o an
fantes јчae/jчer coflumes,efatuto;,& no em que foi a concefaõquehe
juramentos da dita Ordem em contra o em que agora inios etreuen
rio, aindaque/jãoroborados por confr do,& dando com ella fundamen
mação da Sé.…pºfilica,qualquer firme to a encaminhar o tocante a efte
zadº direito, ou outrº qualquer indultº ponto, defde feus printipios por
géral, (3 epecial, com que £pffa # todo o reynado delRey Dom Di
qualquermodo impedir º efeito da pré quehis, como
fefeguem. veremos nos Capitulos
ル:Zベッリー º - Í
(псе, пїo ind, адмі expre//os, ви і/ere 2 ::: * : ..., 17 ſº .
ros. Peloque a петbйa рејоa/eja licità - -- º
;, , , , ,
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AP1 “L达 -- -
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. . . . . . . . .”
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*
ftella faziaõ mais força, q era di $tituit, funt prouinciales 2(agiſtri, qui
-º
zer fer contra toda a boa ordem in viſitatione, (g) correctione tanti modo
natural,& politica auer duas ca /ant dičiogeneral Magiro de Cultra
- - ~سك.
’’س ~س "سم به
--
beças em húa republica,&maior uia fubietti:ci tantu haru Ordinji ead:
disformidade ainda em húa sò Or
fi că Ordine de Calatrauia preffie,ide
dem dous fuperiores. ElRey lhe habitu;,eademque olferuätia regularis.
fatisfez adequadamente ប្រែៈ Da fubordinação da Ordê de Al- c4,
dendo que os Meftres de Caftella cātara â de Calatraua fe pode ver
eraõ fuperiores,& auêdo Metres | a Chronica daquella Ordé, & da
em Portugal, ainda lhe ficauão Ordem de Montefa à me{ma de
fubordinados na vifitação, como Calatraua efcreué també os auto
a Bulla da ſeparagão ordenaua. res Aragonetes, aonde fe poderá
Peu por exêplo aOrdé de Auis,4 ler mais por extéo á agora bata
fendo a mefima á a de Calatraua, ſaber que naó he inconueniente
tinha em PortugalMetres, & por auer em húa me{ma Ordemdous
· ter na mefma fórma fubordina Metres em Reynos diferentes:
dos navifitação aos deCalatraua, maiormente có fubordinaçaõ de
nunca entre etas Ordés, ouuera hü a outro,como fe côcedéo efta
duuidas por ete repeito : &ifo feparaçaõ, füppoto q depoisto
mefmo ás Ordês de Alcàtarado
Reyno de Leão, & a de Montefa talmentefè tiròua taidepèdécia.
de Aragaõ,fubordinadas todas á C API T. LXI.
de Calatraua,có Meftres particu
lares cada hüa.O Chronifta Fer Profguefe a mefma mate
naó de Pina tras tresladada parte riº dº feparação da Ordem
--
eita Embaixada nos feus mianu. de Santiago,é-eatinuatio
-
friptos, 4 deuia achar na Torre de feus Meifres.
-
º
$9Tombo,de á foi Goarda môr, Aõ aquietauão os Me- 33
*fucceforem ambos os cargos tres de Catella em a- ***
3ßu Paio Chronifta môr Rnïae త్రె& pertar por todas as vias
ºa Aspalaurastocantes aeſta "a vnião dos Caualeiros
vltimarazão delReyfið asfeguin Portuguetes, nem o Metre Dom
*
Lourence
ElReyDom Dinis,… 140
Lourence Annes afroxou hü pon Diogo Munis,portemer fua p9u
to em lhe refitir, & conferuarte cafê,pois era conhecido de todos
atê o fim da vida no Metrado, & por fedifrago, & quebrátador de
| deixar a caufa em tão bons ter alaura: relatou alguns cafos das
mos, 醬 por fua morte fe conti defordés de Dom Diogo,em que
| nuou fem interrupgåo a ſucceſlaö não falaõ as Chronicas. -
}
dos Meltres nefte Reyno.Defpois Primeiramente mandando vir
que os juizes delegados, q foraõ diante de fyfobre palaura a Dom
| os Arcebipos de Braga,& Santia Fernaõ Rodrigues Comendador
} go, & o Bipo de Silues tomaraõ mór de Leão,& outros Freires, q
i conhecimento deta caufa por pretenderaõ fazer Capitulo em
! | mandado do Papa Ioão XXII fe lugar feguro, para lhe emendar
foi de nouo procedendo, atè que füas demafiaso, encarcerou, &
quinze matou cõoscõpanheiros. Matou
no anno mil trezentos &
D.Diogo Munis Metre de Santia tambê a Pedro Afhares freire da
! · go publicou excomunhão contra Ordê,& tinha prefos outros.Pro
RJ 172. D.Lourence Annes, & mais Frei metendofeguro com juramento .
resde Portugal, obrigãooos com ao Comendador mór de Catella
| aquelas centuras a que felhe fo D.Aires Gomes, matou muitos
! geitafem, & apparecefiem diãte freires,& leigos de fua cópanhia, .
: delle como fuperior de todos. A & D.Airesfefaluou fugindo para
| excomunhão fepafou em nome terra de Mouros. Dos moradores
.do Arcebifpo de Toledo, Bifpo de Segura matou també muitos
de Salamanca, & Deão de Lugo, fobre palaura com mulheres, &
que deuiað fer adjuntos entaó na mininos, que foi húa crueldade
· mefina caufa,oujuizes. . . … etranha, & finalmente diz, que
. Vendofe o Metre D.Louréce matara tambem o Metre Dom
Annes declarado, & feus freires, Diogo ao Arcebipo deToledo
• appelloulogo das centuras a viti com muitos clerigos. -
- - -
... . . . El Rey Dom Dinis,
-- -
• *-
-
14
he eférita. E dfde que morreº Games zeda Ordem no Capitulo de Al- uau.
de Limfar, ca[ou eta Effeuainha com cacer do Sal, & elegerão em feu painfil,
loão Con(alues de Zarundo, cºfez em lugar o Comendador mór Dom **
ella Rodrigue -Annes de Leiria, o que Garcia Pires. Os nomes dos treze
cegou o filho, Or Eleuão Annes, º fäö eftes. Zºom Garcia?ires (omen
.*fartım Annes clergo, cº سهٔوم rçº Gomes Taueira
۳ á2 dador mór. /-owren;9
nes.É fie Zodrigue Annesfilho de João (omendador de Palmela.e4funfo Fur.
Confalues de Zarundo cafou com Cºa tado (omendadar de Xa:/agena, Afom“
ria Fernandes, filha de Fernão Galegº fo Eſteues Cºmendador de (efimbra. Pe
de Leiria, º fizem ela loão Kodri dro Afonſº (mendador de Alualade.
gues, a qualelcºgeu, «º Acartim Kº Fernão Pires Cºmédador de Cytreuer
ãºigue;, & J%ár żødºigwe:, 6• Éße• de Afon/2 &arcº Comendador de Ou
uainha ?odriguer,&c. O filho dete rique.Conçalo 3íartins Comendador de
Martim Rodrigueshe o que ca: (abrela Gonçalo Fernandes (omendador
(ou com aneta'de Dom Pero Eº de Aljuftrel Consala de Ohueira (omé
cacho.Por feu auò Fernão Galle dador de (aceual, lo㺠Иа/не Comen
go era nobilifimo, & dos deſte dador de Santos. Louren,º Conflues
àppelido defcendem hoje os Fa Comendador de Lиiтоdoицar,ór ്ir
jardos Marquees dos Veles, por tim. Annet (omendadør de Caruzapor
Í'edro Gallego Fajardo primeiro fernão Reimandº Comendadºr de Koia
dete appelido. Tineraõ os do rica
era aufente. Ete Martim
dos de Altero, filho deAnnes
Ioão ** bå
appellido de Gallego dous Me Aires de Altero,
• . . i - -
» 4Pedro tit
#ễả
ſtres daOrdem de Alcantara, ᎠᎧ,
Fernaõ Peres Gallego,& D, Gon Etaua por ete tempo muia
galo Peres. pertada a demanda pelos caualei
່.ndorariodoMcite ros da Ordem deSantiago de Ca
D. Pedro Ecacho, que he o prin tella, que foraófempre repetindo
cipal, intento, aproueitaraólhe a vnião dos de Portugal; elRey
tanto as appellaçoês de feu ante: Dom Afonfo Quarto temendo 4
ceflor, que o fizeraõ fair eleito no na eleição ouuefe . ūas reiIol
me{mo cargo. Deu Dom Pedro tas, & fofīem caufa i. afearem
Efcachqtañbemos artigos print os Portugiefes com a difcordia
as razoês defuajutiça, efereneo
cipaes á trouxemos,& faõ a fun;
damental memoria de toda aju aos eleitores húa carta, em 觀
ftiça, & com elles, & outras dili lhes encomendada a concordia
gencias ſuſtentou a poſſe do ſeu &focego na eleição,វ៉ែ - -
* -- *,
- - -
reamim pefapor bom que ele era para tuguefes ficaraõ mortos,que pela
* - 1
-
-
冉
º meu feruiçº, é para proldºvos todos, #porte delles pediraõ os Cäfle
º o dº/a Ordem. Porem vos rºgº, que lhanos abíoluiçaõ ao Papa. Naõ
iſ
fjadé, todos aqueles que deuedes ele fefabe por morte de quantos fi
ger, em acordºpara elegerdes em con caraõ os Portuguetes obrigados a
rordia: ca cumpre de ofazerdes afipor Pedir abíoluiçaõ,mas naõ deuiaõ
•ſerulo de Zeos, & meu, º prol de ficarliures deeſcrupulosnesta par
, , , , ºs todos, e dº Ordem. E compre te. O que mais fica por dizerhe
:- ::: ; outroímuito porraziodopreito gue - teponto trataremos no tomo e
º urdis,para ºpaja ет que efá, afico guinte, por naó dilatar tantoeta
mosos todo mais compridamente dir? materia, que continuamos até a
- ് ெanſalues topominhomeu ി:- morte do Metre Dom PedroEfi
lo que ayosfobre dio mando Evos cre. cacho,porferºvítimo do tempo
*** que ºs difer da minhaparte, delRey Dom Dinis,de que efete
-
- .... . . . ...;
dipufeffe ascoutas em forma que
fepudefe reduzir outra vez aca
ualeria dePortugalâfogeição dos
Metres de Catella. Mudança
ouuebé fauorauel aos Catelha Das pouoadé de Mäten
nos no anno de mil quinhentos agre, & Villa Real,tom.
& oitenta, em que elRey DõFe … outras coufas. :::::: 1 - . ."
lippe Segundo feintrodufio nete ; : ; c. -
tado por violencias dos que co çaõ a todos, que atè o Prior da
lib.delRºybrauaõ a fazenda Real: Östros f¢ Ordem de Saõ Ioão do Hopital
D. Afonf6 ¿
w-fil 47. firm por malº força que lhes faziam o Santo Dö Frei Garcia Martins
6; 4нећу andauão em logºdelæH. Dõ fes troca com elRey de muitas
de fe deixa ver, que as ruinas dos herdades que a Ordem pofuia.
-
** {. - * --- - naquelle
ElRey Dom Dinis, j43
naquelle detricto, para acomo hominibuspopulatoribus,quihabitauerí
dar os nouos moradores.E não he tis in terra de Panoyas, quæ vocatur,
pequena felicidade etarem her Villa Aeeal, omnes meas rendas,gr om
dados os vifinhos deta villa nos mes meos dire?os de terra de Panoyar.
bens que lhe largou hum talSan O que elRey Dom Afonfo medi
to,cuja vida efereueremosadian tou, posem effeito elRey Dò Di=
te. No dia que apontamos palou nis feu filho, & he para agrade
elRey a carta de pouoação, & fo cerlhe, conformare tanto com a
1916 ral, em que confirmaõ os fenho traça, & diſpoſiçaõ alhea: fendo
241 res,& Prêlados das doaçoês paf. tão ordinario defuiar a prefump
fadas, entra de nouo Dom Egas ção dos que fuccedem, quanto os
eleito Bipo de Vifeu, & a Igreja antecefföres intentarão: No pri
deLisboa em Sèvagante.Depois meiro foral,& carta de pouoação
lili 2.fil.
no anno mil duzentos & nouenta taxaua elRey D. Dinis mil mora
4". & dous a vinte & quatro de Fe dores, & no fegundo quinhentos,
uereiro lhe deu outro foral,etan a que fe obrigaua fazer o muro
do na me{ma cidade de Lisboa. da Villa.Em ambos os foraes cõ
No dicuro detes tres annos e cedeo hum priuilegio, que he di
acabaria a pouoação, ou fè poria gno de reparo para ੰ
em termos de poder fer habita todo modo com que fe gouerna
da, & recolher pouo que mere ua a jutiça, & os minitros que
ceffejà foros, & leis para gouer aula, *
res fenhor que foi della, & era 鷲 ເenta & dous fe fez a
tambem da linha de Dom Ior *junta de Prelados na
daó. Naõ fe perpetuou em defe cidade da Goarda, como deixa
cendentes feus o fenhorio, tranf mos ecrito, ಶ್ಗ aprefenta
ferido no anno mil trezentos & dos na Corte de Roma a côpofi
uouenta & feis por elRey Dom çaõ com as repotas que federaõ
Ioão Primeiro ao Doutor Ioão por parte delRey,entendeo o Pa- parara au
das Regas, por morte do qual o pa Martinho Quarto, em cujo "
herdou Dona Branca da Cunha Pontificado feltratou a materia, ஃ
fua filha, mulher de Dom Afonº ue não hiaõ as repotas confor
fo fenhor de Cafcaes, filho do In mes ao que fedeuia admittir por
fante Dom Ioão, & neto delRey direito. Mandou entaõ ao Bipo
Dom Pedro, & de Dona Ines de de Leaõ, & Arcediago de Ofima,
Catro. Cafaraó eles fua filha
& Salamanca, que aprefentafem =
Dona Ifabel com Dom Aluaro a elRey as repotas que era razão
de Caftro primeiro Conde de tiuefem em fatisfação dos graua
Monanto,& confirmandolhe el mes, & que aceitandoas em Cor
Rey Dom Duarte a Lourinháá tes lhe fofem inuiadas a Roma
fora da lei mental a eta filha, en para fer confirmadas. Leuauaó
trou o fenhorio della na cafã dos alguns rigores contra elRey, em
Condes de Monanto, que atè que elle deſejou fer aliuiado, & o
. . o tempo prefente fäö fê requereo aggrauado em tempo
/ nhores da Villa, , , , de Honorio Quarto por Martini
(?) . . . . Pires Chantre de Euora, & Ete
... uaô Lourêço feus Clerigos.Mor
reo Honorio fêm acabar de con
cluir ete negocio. Fizeraó elei
çaõ de Niculao Quarto, o qual
tomou mui a peito a caufa, iníta
do, &requerido do Arceibpo de
- Bb Braga
- Liuro XVI. Da Monarchia Luſitaua.
Braga Dom Frei Tello, Dom Francifco da me{ma Cidade,que
Aymerico Bipo de Coimbra, D. em nome da Curia recebefã del
Frei Bartholameu de Silues, &Reya eftipulaçaõ, & promeffa do
D.Ioão de Lamego, que pefoal bom cõprimento, & execuçaõ de
mente eftauaõ em Roma cõ po tudo,& q foffe em pretença de to
deres de todos osEcclefiafticosdo da a Corte.Feito o juramento pe
Reyno. Deu efte 蠶 comprido dio o me{mo Chãtre cõ os Prela
poder aos Prelados fobreditos pa dos do Reyno ao Papa abfolueffe
ra o negocio de que tratamos, no a elRey;donde fe collige,á etana
primeiro dia de Feuereiro do an ligado cõ centuras;& ainda decla
no prefente de mil duzêtos & oi raõ mais as Bullas, que auia inter
tenta & noue, que foi o primeiro dićto noReyno.Leuantou oPon
tambem de ſeu Pontificado, tifice as cèfuras,& interdićto, de
.- Com os poderes do Papa,que clarando a elRey, qfe em epaço
os Prelados alcãçarão,&procura de quatro mefes naõ defe a exe
çaõ delRey, 4 no me{mo tépo ti cução o prometido,ficafeipfofa
nhaõ Martim Pires Chante de éto fogeito às me{mas penas com
Euora, & Ioão Martins Conego interdicto deambulatorio,& que
de Coimbra, applicaraõ a caula, sò por não moletar o pouo, não
& a chegaraõ a final cõclufaõ no queria ouuefe por eta caufa in
anno (eguinte, difcutindole defde terdicto geral, como por outras
ete mes de Feuereiro todos os Bullas fetinha mandado.Chega
143 jel, pontos,&ajuítandoos cőformea raõ as Bullas, & em cóprimento
zººty direito. Em fete de Março dete dellas eſcolheoelRey aö Prior de
anno eftaua tudoja concordado, S.Domingos, & Goardiaõ de Saõ
&o Chantre de Euora jurou em Francifco,& ajuntádo Cortes gê
cófiftorio publicodiante do Papa raes para ete efeito, fez a etipu
em nome delRey,como fevè por lagão, & promefa, 4 anda inferta
outra Bulla fua,de q tudo o acor em outra Bulla, & diz deta ma
dado,& acrecentado nos 4o.arti neira.
gos,a qferedufiaõ os põtos da de ?Nos ZionWo pela graça de Zeºs
manda, guardaria elRey, & faria Zey de Portugal, ఈ Algarue,fazemos أنا...ما
guardar parasèpre em feuReyno, Jaber a todos os que aprefente cartavi- متينW.
Iurouellesò por etar enfermo en reт,дие hараисо teтрojue entrees ve
raó o outro cõpanheiro.Contudo neraueis Fr.7allo.Arcebifpo de Zraga,
Para mais fegurãça mãdou o Põ @r os Zypos. Aymerico de Coimbra Zar
tifice ao Deão de Coimbra, Chã tholºmeu de Silues, é toão de Lamegº
tre,& Arcediago deLisboa,Prior de hñaparte,aos 4uais o Santi(simo Pa
deS.Domingos, &Goardiáo de S. dre Z.Niculuopela diuinaprouidencia
`് - 2ഗ്ഗം
v, s N * ElFey Dom Dinis, Y. 1 146
Papa quarto do nome,concede plena,º nºſo recelidojuramentā 'dæĉĥantreβ
liurepoderparafàzer a готровай røm breditº/obre nº/a alma em confioria
nofco,ou nofos Procuradores, por 6,6% publicoparato epecialmente congregº
pelos mais Prelados, (grejas, cº pി4 do, aufente então º Congº já nomeadº
Æccleſ afficas;& ma outraparte osmºſos por falta de/aade.Ordenou º mefinº Pa
procuradores 3 artim Pires (hantre de pa,que em είφο de quatro me/es dfpois
Puora,é João Xartins (omegº de (oim que recebermos faas letrasfobre a abol
bra, que inhão para a tal concorda fuf ui,ãofobredita,peti, ia jueparu elafze
ficiente mandado ndo,fefeza compo. νάρο, procuradores,forma dº juramºto
gão/abredita,/egundo fe m4ra por in 7uefeza/obredita (hantre º teor da mef
frumento publico,feitº pelo d/creto ya macºpº",ão, é tudo º mais que em ge
rão 2deſtre Niculao Zartholameu Goar ral, cºparticular por nofos procurado
tinº tabalão publicº por autoridade da re, το o-Arcebi/po,& Zypar ja momea
SéJ4»¢olicã.O teor d•#••liyframen• dos,nºs ºratifiquemos,aceitemos,e ap
tofez ofòbredito Sämo ?ontifice efcre. prouemos em nº/as cortes geraes,6 que
uer em/uas cartas para perpetua me com/intamos asfaas confirma;oes, orde
moria aragº dos me/mes Prelados, º sação.prouifaó,6% decreto ante ºf?ritos,
procuradores.Tambempur sutras letras º queprometamos cº/olene ºfiiculação
fuas confirmando a copofão mºfºne,ºr ao Prior dogfrades?regadares,& Gear
denou, proueo, decretou, cor determinou dião dos frades Atenores de Lisboa, ou
compenas para maior firmeza della que aqueles ñ em/eshgar%iuerê, os quaes
tudo º que nas repolias dadas aos artigos em nome do SămoPontifice, é da Igreja
fabreditosfe contem,/* guardaffeinuio de Romafaðetpulantes,que cumprire
lauelmente para/empre, ºfipor nós,cº mosplenariamente,é faremos guardar
mopornofos f.ucceores,9 minitros,e inuiolaaelmente nos,& nofosfutre||ores
por todos os barcés,e mais naturaes dº todas,& cada hûa daquelas coufas con
Zeyno conforme a cada hã lhe compete. teudas nos artigos,é que/obre fiarati
20eſpois difto por grande infancia dos jicagāо,aceitagão,approna,zo,Ф prот/
mºfinos Prelados, é apetição dos mºfº faconcedamos nºſa tarta abertafirma
mospracuradores abſºluendonos daſen da de nºjo/ela de chumbºpendente, na
tença de excomunhão, é todas as mais forma ặpellafanta Sê Apºſtolica vinha
penas que conhecemos ter encorrido, por ºrdenado;acrecentão,quefendídermos
''nãoguardar a ordenação do Santo?apa tºtalcóprimentº nº tºpolimitadº à dita
Cregorio X. 3obre os artigos de дие ha ſad ordinagäa, pelo mofinº ca/º encerra
uia contenda entre os Prelados, cºmeu mos na mefna, ouf..melhante/entë;a de
payel&ey ZJom, Afonföde Portugal, º excomunhão, que de/delegº em talca%
Algarue de clara memoria; parapedir mñspaffou,69°quefiquemasfögetto; aro
alfluição da qual/entiça,ambos,ºcº das as diras penas no mºfmomodo,comº
da būdo spraturadartitinhža mandada /enunca dellasfofmeyabfaltos, eupre
ᏉᏉ · · T Bb a tediſe
y
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
cedº/e al/ºluição do Sümo Pontifice fo "Com a etipulação,& ratifica
bre a materia. ZJeterminou alem diofo çaõ delRey fè confeguio hú eta
geirar a interdiéto Ecclefiaítico a mofa do pacifico, & ficou todo o Rey
(apella, @ qualquer outro lugar a que no mui contente,liure já dos grã
{ormos em quato nelle fuermos preen des trabalhos, que lhe tinha cau
tes,/gundo mais largamente fecomtem fado efta demanda em varios tê
mas mefmas cartas do Summo ?ontifice pos, de queos liuraua a concorda
а по inatadas. º ºs ta que elRey aceitaua.Mas como
?elaquenos finalmente mefias nofas não falta nunca quê inquiete aos
Cortes geraes ratificamos, aceitamos, º Principes, & feja autorde difcor.
approцата: de certaſciencia asfohredi dias, naõ faltou quem perfüadife
ta' petiκό deatfalui,ão feitapor nofos a elRey Dõ Dinis,qnão etaua o
procuradores, grejuramento que deu º brigado a guardar o prometido
(hantre nomeado,cº a ante frita cºpo mais que pelo juramento que fe
6;aótô toda,& cada hüa ducoufa que tinha feito, & cõ ito intentauão
com o. Arcebifpo,&2/popfobreditospe eximir a elRey da obrigação peí
los nº/os muita vezes nomeados procu foalda promesta, & eftipulação:
radores/aëfeitas, como confia em fm porêm conftando ao Papa caui
quefefizerão em no/, nome. E dando lação tão fora de caminho, tor
conſentiméto á confirma,áð2 ordenaýaź, nou a efcreuer a elRey,declaran
prou/aó, efatuto, 6 decreto do Summo dolhe ſia intengao da Curia fo.
Pontifice promettemos expreſſamente a ra, q para a guarda, & execuçaõ
vos Keligioſos varoês Prior dos Preg4 de tudo foffe ele obrigado naõ
dores, & uoardiao dos Frades Xteno por juraméto,fenão pela força da
res de Lisboa que estats preſentes neffa promefa pefoal: em que ficaua
Cortes, @7/olemnemente estipulaes čነ/Æ mais radicada a firmefa daquella
-mome dos mefmos Summo ?ontifice, 6 cöcordata. Recreceraö mais du
Igreja Komana, 69 aceitaes anofapro uidas fobre osartigos,& como fal
ma compoder pleno,o liure que fara tou a guarda delles, como elRey
i/o tendes concedidopela Sè-Apºfolica, prometera, entédo que tornou o
que nes, @ mº/os/accº/ores todos, «º Pontifice a continuar cöascenfù
cada hum аряżшае; em ºfecial obriga ras atè qtudo feliquidou cõ mais
mos,comprireme, a dita comp/gag com onze artigos,que os mefmosPre
todas, é cada hãa das cou/as/obredi lados,& procuradoresordenaraõ
tas, & inuiolauelmätecs guardaremot; em Roma, & deuiaó fer delRey
e damos avos em nome da mº/malgre admittidos cõ a me{ma folemni
ja Romana "prºjente carta aberta fir dade, & etipulação q os outros,
nada conofotelo Kraldechibo pende. aindaque detes não conta o dia
te em tifemunhoperpetuodeſtaverdade. em que fe fizerão. Que fofem
porem
..… ElReyDom Dinis. " - º 147
is, º Porem admittidos, & jurados os tor GabrielPereira de Catro, &
16 ، ، onze capitulos,fe não podetambé relata parte do que temos dito,
pòr em duuida, No anno I z 24. deuia inaduertidamente o tradu: .. *
.ே
-
..
Afonfo conformar as leis á pro 1 na Berengueira Ayres o
i ºrnulgaua. : ". . :: '
* *
de auer fido peſſoade grande eſti todos feus bens à fabrica de hum
ma. Etes foraõ os progenitores conuento de Religioſas de noſſa
Ordem de Citer, aonde fereco
de D. Ruy Garcia de Paiua. . .
Etaua Dõ Ruy Garcia viuuo lheem.D.Maria que le regulaua
de Dona Conſtança Annes, filha mais pelos confelhos de mãytaõ
de Dom Ioão Pires Redondo, & prudente, que diuertimen
de Dona Maior Pires de Pereira, tos que a vaidade oferece em fe
etimado por feu valor,& pruden -melhantesannos, confentio no á
cia. Dona Sancha Pires que defe fua mãyordenaua;& com a refo
jaua dar eftado a D. Berengueira lução de ambas fe pedio licença
Tua filha fez eleição dete caualei em Roma ao Papa Niculao IV.
ro, com quema caou a benepla Concedeo o Pohtifice alicenga a
cito de todos os parentes. Viue quatorze de Abril do anno fegã
raõ ambos no etado conjugal al 體 de feuPontificado, que he o de
-guns annos, affiftindo na Corte mil duzentos & oitenta & noué,
醫 Rey Dom Afonfo Terceiro; em que vai a hiftoria, & por efe
& não deuia fer muito o tempo; repeito tratamos a fundaçaõ ne
porque já no anno de mil duzen º ನಿಧಿ
queodia certo em que
#os & fêteñta & oito eftaua Dona felançou a primeira pedra, naõ
Berengueira viuua, & lhe julgou anda affinado noinftrumento pu
c… elRey Dom Afonfo a ella,& afua blico,que fe fez da fundação, po
* Amº-filha D. Maria Rodrigues,o paço etar muigatado: mas cóta 蠢
fftt, 鷺
de Gondiaës, contra Áfonfo lefer nefte proprio anno, em que
ues Pimentel, & fua mulher Sã etaua a fanta Igreja de Lisboa
cha Fernandes. Ete paço,& her vaga, como vimos no foral de
dade do couto de Gödiaés lhe ti Villa Real, & acabar a feita do
nha cóprado, fendo ainda cafada intrumento em vinte & fete, que
D. Maior Pires de Nouaes, & feu fè ha de entender da era 1317. :
maridoLourēçoAnnesCarneiro. defte corrente. . . . ....
Tanto
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Tanto que Dona Berengueira Trauanca (que he da Ordem de Ibid.m.
teue a licença,mandou chamar o nofo Padre São Bento)concedeo
Abbade de Alcobaça D.Domin a Dona Berengueira,que na hon
gos para lançar a primeira pedra ra, & julgado de Santa Ouaya, &
no edificio, & benzer o fitio do Cinfaés conſeruaſſe juizes inde,
Moteiro, como fez com muita pendentes dos de S.Saluador, &
folemoidade.Chegando entaó efte dito ifto diz que lhe fazia a rogo da
—Abbade ao lugar/ºbredito (faõ pala Rainha Santa Ifabel, por ella o
lbidem.
urasdaquelle inftrumento)© ben pedir: Eu a rºgº da Rainha querendº
zendo o mefmo lugarporautoridade da fazergrº,4,6 merce à dita Zona Zeº
letras. Apololicas, pos porfias mãos a rengueira, · ! ; : " ,;,
-
ఖె
→
蠶 · beńs:aeftas Ołdés, (A. mefrňade
- شان ۔، A گ-- لتا ﻤاخء-- - - خ1- - “ - -- ~ - ・・・-、 〜 。 ... . . .
128, : ra Aires grande deua- uação tiueraõ muitoscõ as outras
#ção:رàزیReligião dos ca: Ordens de Santiago, Calatraun, - • -
--
* * * *
ElRoDon Dini,como eftes cafados15:fe frei
Anis,& Alcantara. Da Ordem do - Asi
Templo demos jà exemplos em rauão,ou fazião freires da Ordem
hum dos Capitulos paflados. E do Hofpital tetandolhe a fazem
ainda acrecentb , de prefente a da; o fizerão outros muitos; entre
Doha Sancha: mấy de Dona Be ellesteue principal lugar D. Ioáo
: rengueira,que tambem foifreira, de Auoim, priuado tão cohecido
ou confrade da Ordem do Tem delRey Dom AfonföTerceiro,&
plo, por eta cauía lhe deraõ os fila mulher Dona Marinha Afon
Templarios avilla de Rodão, dá fo,ambos elles fe fizerão confrei
do ela em troca tres cafaes no res da Ordem doHofpital,& ane
valle de SueiroTição junto a San xaraõ poreta caufa as Igrejas da
tarem. Afonfo Gomes Comen fua. Villa de Portel 3. Igreja. هd
dador de Tomar fez a troca com Marmelal, que he defta Ordem,
outorga de Frei Franco de Bort edificada por Frei Afonfo Pires Didi,
Vifitador geral, & do Capitulo Farinha: Étpro eo quodfumus *4}?ri
èral celebrado naquella Villa, i confraternitatis vinculo Ordinime,
dia da Afumpçaõ de Nofia Se morato. Por eta caua vendosos
mhora do anno mili duzentos, & Maltefes que a Dona Berenguei
fèreata & dous, etando prefente ratrazia a Cruz da Ordem,& ap
Frei MartimPaes Bugalho,Alcai plicaua feus bens ao mofteiro de
de mörde Tomar,&:na efcritura, Almoſter, que elles pretendiaö,
lhe charnão freira fua: i : : : : como de freira fila, moueraõ hûa
Falando agora da Ordem do porfiada demãda contra ella em
Hofpitat de que Dona Berenguei tempo que era Prior da Religiaõ
rqaceitou a Cruz por deuaçaõ: nete Reyno, o Santo, Dom Frei
muitos achamos nas inquiriçoés Garcia Martins, Arguiaõ que en>
ríomeados por freires, e que sá trara etafenhora na lua Ordem,
darei huma verba da freguefia aonde tomara o habito que tra
-dé Santa Comba de Gililifonfi, zia, & fizera profiífaõ, por onda
que he junto aos Arcos de Val: vinhaõ de direito todos feus bens
-deués, aonde astetemunhas em á me{ma Ordem,& que não po
-ternpodelRey Dom AfonföTer dia dipor delles em outra forma,
* #ceiro diferaõ, que harrim Zatº Defendeofe Dona Berengueira,
Inauiri
-
. . . م.م
:ம்ே, Grfamelherfreirrº/G
: *--*ão fia herdade foreira dº ///piral. deuação recebera a Cruz,femfar
“ :Nólíuro dos obitos da Sê de Liº zer profifaõ, nem voto algum có
bọa: bonaz)odiafiav/a/{#ita/5. que le obrigae áquella Órdem,
*Noliuro dos obitos de S.Vicente d& que conforme a ito lhe fica
-defora:2aria wartinſſºſpitalarº. tualiureadipofiçaõ da fazenda.
f, - - ------ - Teue Cc 1.
- -
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana
Teue fentença em fauor, proua aos Arcebifpos, & Bifpos obri
do juridicamente o que dizia, & guem dentro de hum mesos frei
affi ficou mais defembaraçada res da dita Ordem do Hopital,
para continuar a fabrica do feu que largarem o habito, a que o
imofteiro. ' ' ' ' ' tornem a receber: fizeraõ fup
. Não lhe diminuio a demanda plica ao Arcebipo de Braga
dos Maltefes a deuação ao habi Dom Martinho defe a execuçã5
tó, & Cruz daquella Religiaõ, o tal Breue, & obrigaffe a Dona
mas acauteloua para o mais que -Berengueira a veftir dentro da
dahy adiante fazia em maior fe quelle tempo o babito que dei
guránça da pofíe do Mofteiro; xäfá. Sobre a materia correolar
Fezlhe ella doação no anno milgo litigio, de que ha varios pro
trezentos & hum de vinhas,&la cefos no cartorio de Almoter,
*.
gares em Aluifquer, que he jun apertando por parte dos caualei
- - -
to a Santarem, & logo ali fez e ros fer a Dona Berengueira frei
fta declaração, em que diz: Zau ra fua, & comprouando ella fer
meutºflemunho, que eu zona Zeren pefoa fecular, & ို႔ႏို့
gueira nunca fiz voto a nenhuma Or Era procurador contra ella no
ism, nem prometti afszer, ó" coma anno mil trezentos & quatro
#uer que fia Gaztraga, na3 na Pಳ್ಳಿ Martim Rodrigues Comenda
por votº que fiz/r, cá cada que a qui dor da Bailia de Santa Marta em
gertaher,tolhelaei.HerdaraöasRe nome do Prior o Santo Dom Frei
ligioasadeuacaña Cruz de Saô Garcia Martins...; . . . . . . .
João de Malta por repeito de Do "No anno de mil trezentos, &
na Berengueira fua fundadora, tres a viñtenoue deSetembro ap
em forma que ordenaraõ a trou pellou;i&pedio os Apoftolosem
xeffem òs confrades de Saõ Ioão home de Dona Berengueira por
Bautifta daquellelugarde Almo fazaõ do grauame, que e lhe fa
fker, nas veftes da confraria, co zia em a obrigar a trazer o ha
modefeito vaõ. … ……..… bito da Religiaõ do Hoſpital,
= Parece todauia, que depio fèndo ella pefoa fecular, feupro
Doña Berengueira a Cruz,& ha curador Afonfo Rodrigues Me !. * .
bito de Malia, & deuia fer para ftre Efcola de Silues em prefen-" r
-
Cc 3 háá
< * ,
Liuro XVI. Da AMonarthia L ufitama.
hűa breue noticia, paraque fè fài to & tres, que os Conegos fobre
ba que ouue tambem em Portu “ditos foffein caualeiros do fãnto
galeta Ordem, & fe não prefü Sepulchro, & que trouxefem no
ima, que o Molteiro das Freiras "peito (obre o habito branco a
de Agoas Santas era da Ordem º Cruz de Ierufalem,como os Reys
e Málta,ou Hopital, que no tế a traziaõ em fuas armas. Exten
po prefente tem apofé daquele deofe a Ordem do fanto Sepul
¿Mófteiro, & Comenda."Entre as chro daqui adiante a feculares, 4
-Ordeñs quefa deuaçaõ ¿os fieis profeſſauaſi nella, & ſeruiać co
¿nftitüio ñafánta Cidade de Ierti moos Téplarios, Hoſpitalarios,
falem, äßip àra a gúarda dos lu "8. Teototiicos,& affiefies, cómo
garés (agrados,coño para empa aqueles floreceraõ em numero, -
TT.3:…. {:
i . . .. . .
A · ' '
füadio, que apartarle de y a Dó
Annosadiante,quando ſefeza Lopo Dias de Haro fenhor de
taixagêial paraófubfidio quef& Bitcaia, como deixamos dito, &
concedeo a ete Rey, como vere que admittife apriuança a Dom
mos, vem taixado o Moteiro de Áluaro Nunes dê Lara, recrece.
AgoasSantas, & a collegiada do fiðporeíta caufa grauesconten
dito Molteiro naforma quefefe. das naquelle Reyno.Elaua Dom
gue:ίκmmonjiniumd, Αμί,5ακ, £9Rogafado cöm Dona Ioanna
莎ecceiuras, º proeis que haber in ផែ្ល delRey, filha do Infante
die (V/ence.zxxwj. iemcollegium Dom Afonfo, fenhor de Molina,
diëtimonaſterij c.Conſeruouſeaſ. &irmãa da Rainha Dona Maria,
... fiacollegiada,como o mo- . & inha cafada hñafiairmacā
teiroatéáfe encorpo º Infante D. Ioão,irmão delRey,
por onde acquirio confiança, &
-- teve empre muitos caualeiros à
8f-guião, maiormente abrigado
deõřdinářio.com osReys deÄra
º;-
蠶 viſinhos, & oviſconde de
#arne na fronteira de França.
Para reconciliarfe com elRey, á
Pºr caufa das vitas cão de Ára:
gaõ era chegado a Alfaro, huma
yilla de Catella, nos con se
2. -
.* Aragaઉં,
-
em que elRey Dom Dinis abrio & foi a Catella, aonde alcançou,
os alicerces, ficou obrigado por grande priuança com elRey Dõ
eta caufa a acudir na inualaó Sancho, & com a Rainha Dona
preíente a elRey Dö Sancho fèu Maria, & em fatisfiçaõ de todos
tio contra elRey de Aragaó feu os fauores perdeo a vida honra
cunhado. De Lisboa, aonde refi damente na defenfaõ do Caftello.
dio dedeo principio defte annó, de Moron, que elRey lhe enco
& ainda no fim do anno pafado, mendara. Paſſouſem duuida aCa-cem.fa.
difoós com grãde cuidado a me ftella com Fernande Annes de* 43*
lhor gente,affi dos concelhos,co Portocarreiro feu tio Deão de
mo dos prefidios, & com os Ca Braga,o qual entrou naqlle Rey
itaês de mais nome amandou a no em tempo delRey DõAfonfo
Catella.No fim do mes de Abril Sabio, & foi feu priuado. Cafču
dete anno de que ecreuemos, e Martim Pires Portocarreiro com
abalou o exercito delRey de Ara Dona Mòr Gonçalues Coronel,
gaó,&igualmente o de Catella, de que teue defcendentes; porem
é ambos fe auítaraõ em Arifa, os Condes de Medellin, & Mar
3: Monreal, & defpois em Mon quees de Villa noua del freno,
tagudo, & em todos etes lugares ou Bárcarrota, que faõ defte apk
påffåraöſemrompimento déba pellido, ឆែ
talha muitos dias. O empenho e Fernandes de Portocarreiro ſeu
ra grande, & receauaõ todos a fbbrinho, que tambem cafou em
contingenciadehum maoſucceſ Caftella com D. Ines Fadrique,
fo: mais de cem mil homens tra filha do Conde D. Fadrique Par
zia elRey de Aragaó,& ode'Ca do de Lombardia. . . . .”
{tellá outro humèro quafi iguála Profeguiraõ ambos os exerci
-eftep Facilmente fe aliuiarãõ en tos fuas determinaçoés de inúä
saõ dojugo dos Moúros de Elpa faó,& refitécia por aquellas fron
rha,i fe cóntra elles conuertefaá teiías com maiór ruido, que fic
forças tão crecidas. Adiantoufe ceos, aindaque algüs recontros
elRey de Aragaõ;& combateo o ouue naó fauoraueis a Caftella,&
Cafello de Moron, em q achou em todos fe acharaõ os Portil
fingular refiſtencia, masentrouo guees, que elRey D. Dinistinha
por força, & na defenía morreo mandado Avinte & hum de Oú
Martim Pires de Portocarreiro, túbro deu o Confelho de Santa
-que era o capitaõ delle. Eraiefte rem hùma quitagaö a elRey, &
-fidalgo Portugues, & tinha fido fendo pafadá em nome do Álcai
Conego de Braga, a qualconefia 'de môr, & dos dous Aluafis; dé
deixou antes de ter Ordês facras, 'cláraôáué hü delles andauã é:h
* . . .”
- " Caftella
ºf - naa, 7. ة مسنغاف
ت سسسr ماa
- :
3 ElRey
.: ; ºr Dom P. ': ”. viºli i;6
Catella có o focorro que elRey pay morto em Lisboa, a dezafeis
" limandataΝοεδρεύολίτηde: Αί. 器獻 醬
αγ4, ο ξείρε βmlhelm. Αιμή, tenta &fique, etjua depofilado
خ : ' ', " . .'; 'f, .* *** * *
Då trefladitä%#ut
: ت، : نام اینها. : ت
flf۴ läg
فf : ازd وg اگر duzºhios;ſincoëtakhutºmas
Το Dinisίξάρ ίorpo &ί. não teue efeito amanda delRei
Đom Sancho netta 醬
% Domingos ficou feu 蠶 Šède foledo, isanggabi
t ឆde LìsboΑ h ra d dëſºi
19s iſ . . ; , ; }º º ºſſ; º; ) - ಶ್ಗ منsaaBullahia
-
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*.
ن،(، ،t
\, . .
dirigi
، ، ،i
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ووt* * * ستة º, º 'º. - *...* ** יוניי
$$)$ao reynado delRey P5 ...igs3.gitgöta & fièùe fgiftes]: "٦ ت ** ہتے …sº
\º
' cowfa natural, forquea(i como eftauao 'a outtro, ou o que agora ao iñtê
parecia,qte in്m os comhece em wid๕, to vem mais proprio, paflagem,
вот,поі па фаtura å ¢ро!, 4wedi ou traímutaçaõ de huma outro
-...-- *-- a-- *-.
- etado,
& ElFey Dom Dinis & & & 157
efiado, do eftado paffuel,& mor gar, as os patrocinafe para paf,
talao gloriofo, & impafiiuel, que far de vicios a virtudes, & fazer
feo refuſcitar fora sò reuiuer, a vltima tranfmigragaö de Gáli
fèria remeaçaõ ao primeiro efta lea; ao eftado davifaõbematien
do, & naõ tranfmigração a ou turada: Vt/ctit de locotnlocum rraήβ
tro mais fublime; dicurfo que ferri volajîi,/« mos pracibus tuis de vi
nofo Padre São Bernardo redu tijs adyirtutes tranfire mereamur,yt in
zio bem da palaura, & encami Callilea, que tran/migratio
nhou ao myterio,falando da re tur, Zeum viderevaleamus.Nahifto Lib. 3. 6
fಿ
Serm. I.
άfψίia. furreição do Saluador:Sipo confu ria daquela cafá relata Dom Ioão º
mationem (rucis in ma(lram hanc mor Briz Martines a trasladação de
talitatem, 6 vite prefentis arumna Santo Indalefio.Da delRey Dom
Christus ZDominus reuixi et,ego eum 726
Afono, que獸 haõha
tranſiſe dicerem, ſedrediſſe: non traſº outra circun ancia, que pofa e
migraffe infublimius,fed adfatum re creuerfe, sò declararci o affećto
- . . . meaffepriorem. Como pois na res com 4 fè lhe defeja a vitima trafº
furreiçaõ (e efpera mudança, & lađa;áo gloriola.
paffagê ao eftado gloriofo, na fes ن.( ع } د: يي:.. . ت: . . . . '' ': ،٤٤"
pultura, & enterro em 4os Chris ' . . CAP. LXIX. . '
{taōs fe depofitauão môrtos; en
, tro o. -- .
que he fidalgo qual Zeos manda. Pa dog, que dellé adiante fe naô fi- ¿,,,
rece que preuiaó aquelles apura zeflem mais honras por amadi: "…;
dores da nobreza, q aueria ainda gos, ainda que os filhos fofem le* ಘೀ
fidalguias, que Deos naó manda, gitimos, & affi quando João Ceº ". atti“
*
*...*.
# rar també os lugares adonde al
*T - •
dalgos,que pela conferuar faziaõ
… , gum parente,ou amigo lhe adop-. muitas vezes demafias,fendo que
taua algú de feus filhos, como fez algüas dellascõ pouca jutiça,por
| Pero Rodrigues de Pereira ao lu feter introduido por pofe nos lu
arde Barrăł na freguefia de Saô gares,a á fenaöeftendia o deftri
Miguel de Cotoyas do julgado . ¿todas fuas honras; á por terê hú
de Vermuim,porá naquellelugar paço, ou cafà honrada em hülu
Lib. o conuidou a jantar Gonçalo Fo gargueriaöem todo ete naó en
ľa de
Imquiriĝo%gaça,&lhe adoptouhüfeu filho: traffè o Mordomo, & miniftro.
ZTfj in loco qui vocatur3armial Cum/aluus delRey a fazerpenhoras,&outras
3.de leitu
Puga;ainuitauit ?etrum Æoderici, &• acçoês judiciaes. Em tempo del
frá 1701/49
... ** l
-
- - - . . . . . .. . no.
• * .م. ElRey Dom Dinis
#7;º … 16o
no...Nas primeiras inquiriçoês á mandou elReyvltimamëte Apa
elRey Dom Dinis mandou tirar ricio Gõçalues de fua criaçaõ no
nete anno de mil duzentos&no. anno de mil trezentos & oito aue
` ` ` uenta com contentimëto do po riguar tudo o que fe acrecentara
plo, prelados, & nobreza, foraõ dóanno mil düzento & nouenta
Gonçalo Moreira pelos fidalgos, ate aquele tempo. Aprefentou
o Prior do mofteiro da Colta (á Aparicio Gonçalues fua inquiria
entaó era de Conegos Regula saõ, que foi vifta na Cortepelo
res)pelo Ecclefatico, & Domin Conde D. Martim Gil de Soufa;
gos Paes de Braga pelo pouo To Dom'Pedre-AqgesPortel; Afon
¿os tres correrao os lugares de foSanches filho delReybafardo,
entre Douro & Minho, & Beira, Dom João Rodrigues, que deuia
& em cada hum inquiriraó com ſer o de Souſa, ou de itteiros,
toda a miudeza das honras, fola Dom Fernão Peres, que era o de
res, coutos, & cafas dos fidalgos, Barbofa, DõRodrigo Annes RE
de que fe colhe grande noticia pa dondo, Martim Vafques, que era
ra as familias: deuaffaraô confôr o da Cunha, &, Válco Pèixôto
me ao que fe tinha affentado nas procuradores todos dos fidalgos,
Qortes as honras mal introduzi entrando tambem muitos Prela
, , das, conferuando só as antigas,& dos pelo Ecclefiatico.Em Coim
gspgQ &:Cata dodigQS bra fe vio a inquiriçaó, &foirap.
Náõbatou contudo adiligencia, prouada,& comparta que elRey
& aſsi tornara6 elles logo a rein aly deu a Aparició Gonçaluesa
cidir no acreçentamento das hõ vinte de Outubro 3 mandou, póc
ras, & mais izençoês prohibidas, em execuçaõöfobredito. Queiº
2. com que foi necelario mandar xaraöſe que excedia elle asordés,
a,.3. das - ہسم. . .
####Qão *.
»pote ea tempeßate /ufftamorum £e plos nas hiftorias defte Reyno, & ap.ñ.j.
gumfede, litterarum Âudia tunc vige fora delle. E naõ duuido que a **
£ant, $uapte vero ingenio, & iuftituto fcienciada Medicina, que por a
parerno ?hilofophiae Hudia feítatus ef?, quelles tempos profefauaõ os
præcipuè autem J\(edicinam, in qua Ecclefiaíticos, de que muitos fo
breui multum etiam udmomimis famam raõ prebendados nas Sès Cathre
profecit. Se no tempo de Saõ Frei draes, elles mefmos a enfinafiem
Gil auia em Coimbra etudos particularmente, por fer taó pre
gêraes, em que feliaõ as fcien cifamente neceffaria eta fcien
cias, não foi Lisboa a primeira cia, & aſsi meſmo a Logica,
9idade, que no Reyno logrou e & Filofofia preuias huma, & ou,
fta preheminencia, nem elRey tra para a Medicina. No prin
Dom Dinis o primeiro Rey que cipio do reynado do nolo Rey
Dom
El Rey Dom Dinis, _ _ 164
D. Diais concorraõ muitos Eccle fim dete anno, por me não con
ſiaſticos Medicos, entre os quais, tar de certo o dia em que fè prin
foraò Dó Martinho Medico del cipiou o edificio, & achar que jâ
Rey, & defpois Bifpo da Goarda,. avinte & dous de Iulho do anno 15.1.fik
& Meftre Pedro natural de Lif.. feguinte e taua aperfeiçoado,co-****
boa, que fernio de feu Chançarel mofe pode ver em doaçaõ, que
mór. Etes,& outros femelhantes elRey Dom Dinisfez de húas ca
fogeitos enfinariaõ a Medicina; fas a Dom Martim Gil naquelle
&o me{mo faria o Papa Ioão Vi mefmo dia, &aly declara que e
gefimo primeiro no tépo que a.િ flauaõ elas no territorio apar da
fitio no Reyno, por nos contar pedreira,aonde mandara fazer as
que foi elle o que primeiro com efcolas. O mefmo Rey mandou
pos Logica, que felia em Helpá dar recompéfa ao Cabido de Lif
nha em todas as Efcolas,fobrefer boa pelo campo da pedreira,que,
Medico eminentiſſimo: aſsi que lhe tomou para fazer as cafas do
bem podia Saõ Frei Giletudar eftudo. ' ' . . . . . . . . . . .
enn Coimbra eftas fciencias, fem' Tinha o Papa Niculao Quar
que naquella cidade ouueffe eflu to expedida em Roma a Bulla da
dos gêraes, nem forma de Vni confirmaçaõ a treze de Agoto
uerfidade,como deſpoisteue,mu deſte anno corrente de mil duzen
dando elRey Dom Dinis a ella a tos & nouenta; & como em Porº
que emLisboa intituio, e he que tugal auia tanto defejo de fe dar
em Coimbra, & naõ em Paris e a execuçaõ eta obra, não ha du-?", #
tudou a Medicina. Efem falta uida «gue chegada de Roma a???¿
deuia Metre Refende querer dar confirmaçaó della, que podia ferá Ros
a entender, 醬 : In que atè o mes de Outubro, 器 е princi.” 273
w
-
urbe, vtpote Lifftanorum £egum fede piaffe logo o edificio, fejä naô
litterarüm úudia tunc $igebant : que etiuele principiado. E naó ha
em Coimbra, porfer então Cor pouco fundamento para fe crer
te, concorrião mais pefoas dou iíto, confeffando o Papa na mef.
tas,& (e applicauão mais aos etu ma Bulla,que os eftudos paraque
dos, & não que naquella Cidade a concedia, etauão já plantados
auia etudos em forma de Vni em Lisboâ: $unt de nouo mom fine
uerfidade, em que fe enfinafiem multa, & laudabili prouidentiaplam
as ſciencias. . د- د ناtata. E quando a fabrica das ef
Foi pois a primeira Vniuerfi colas naõ etiuera ainda então
dade de Portugal a que elRey principiada, differä o Pontifice,
Dom Dinis fundou agora emLif fazia à concefaõ,&confirmaçaõ
boa: eſcreui a ereccai della no aos etudos, que etãuaõ para fº
[ - -" -" - . . .” Εe 2 plafº
Liuro XVI. Da Monarchia Luftana.
plantar, & edificar. He a Bulla © ornados com in/gnias das virtudes, º
ſobredita a baſi, & fundamento: @yalcançarão os thefourosdafabedoria.
detodo o edificio literario defte. Por. eta cau/a attendendofolicitamente
| Reyno,& afsi a dou agora tradu à firmeza, & augmento dos taes efiu
zida,que diz delta maneira. …! dos, e%" d/ejando. que com o анхііio de fauor JApofiolico, os mefmoi efiudos cú
t., pa Niculao Zipo Jeruo dos feruos de firmes raizes/efortifiquem declaramos,
lanum, Zeos. Aos amados filhos, Gº Oniuer#- dº hauemºs por grato, é agraduel aº
dade dos Xáεβνει,4 ºfiudantes de Lºſ nós tudo o que/obre ºfia materia fia
*воа,]ашае, весАрдіанса ветійа, до feito, rogando, Gr amoflando infante
na 2. gaue. - د = د- - *- : ۔: ۔ ' ۔یﮨی: ی0
#####ado do Keyno de Portugal tantº mais mente a el'eſobredito obrigue temf്
* vigilante cuidado temos, quanto maior poder Kealaos (iaadoz, de Èitla, que
he em nás odſejo de que nom fino Rey aluguem aos fidantes as cofas, qué ti
mo, apartado: algún;impedimentos, co :: de # ?
brevigor a !: ¿o diuino culto, fºrátical pardºus clergº;&aoiſei.
a attenda ás obras da/aluação, @jºjué gºprudentes, catholicos, @ juramen
ſpureza di Fë #; hidºs, folhidos por vos judante, eº
luuor do mome de Zeos, efäluajë dhë pelos (idadºs mºfinos: é quefaçapro -
------------ tarem
ElRey Dom Dinis, 16%
rarem idontos, pº/iã receber agrao de teue nefteprincipio, & o humero
Zicenciados nas/obreditas gºlas pelo dos Lentes, & Cadeiras, com as
29/po, que pro tempore for de Lisboa,ou mais circuítãcias de que fe com
pelo Vigairo que Sede vacantefor pelo pozo corpo defta republica litte
Cabido in fpiritualibus eleito. A. дие raria: porem faltaõ memorias,&
qualºur ºffrepeles ſobredites 2 ſpe, só do ម្ល៉ោះ da obra fe pode
ou Uigairo examinado, 6. approuada clar a hoticia que apontamos, ao
¢ንገ፯qualquer das faculdades, excepto menos eu não pude defcobrir
7heolºgia, fêm ºutro exame tenha liure maisdo que dife. Pode crere,que
poder para eminar em qualquer párté ainftituição era na mefiña förina
Zada em Vrbierº afinco dos Idus de que a de Coimbra, de que temos
.…Agºfio, amo terceiro de mofo Pontifi ús primeiros eftatutos, ¿ priuile
cado. Eyem afer no de (hrifio mildus gios dados por elRey DõDinis,
<entes é nouenta, a treze de Agoto. quando a mudou de Lisboa para
De Pauro- " O Doutor Jorge de ്, áquella Cidade, dezafete anhos
нафар. & os efbatutos da Vniuerfidade, defpois que em Lisboateue prin
cipio. ' - •
de Coimbra trazé à erecçaõ de
fta de Lisboa no anno do Senhor Cótinuaraõ as efcolas em Lif;
#291. & dizem que he o terceiro boa por ete difcurto de tempo
anno do Pontificado de Niculao com notauel fruto, & grande a
“Terceiro: mashe erro,que o Pô? ceitaçaõ do pouo: mas confide
tifice era Niculag Quarto, & o rados alguns inconuenientes,que
terceiro anno do Pontificado de auia coma aſsiſtencia da Corte,
Re Papaheo 4.dizemos de 12yo; que fempre qccafiona diuertimã.
gos, ordenou elRey D. Dinis paí.
C AP. LXXII{. far a Vniuerfidade para Coim
bra,como de feito fez no anno da
Continuafº e mais que fê mil trezentos & oito, no
obrou notacante à Vniutre Chrito
perceiro do Pontifieado de Cle
fidade,&r das mudāgas que pmente Quinto, Efte Pontifice lhe
teue,atèque elRey D. Iošo çoncedeG a fineo de Março da
o Terceiro a #அ nuelle proprio anno, que pudeſſe
annexar 醬 as dd padroado
ftuou em Coimbra, ende Real para a Vaiuerfidade,& fala
º hoje permanece. … e rios dos Lentes, que até então fe
¿Šituada, como feha di deuia futentar o etudo com as
&& to, em Lisboa a Vmi cótribuiçoés, que prometeraóos
È$ uerſidade, bő fora de Prelados, que fizeraõ a fupplica,
*** claratos citatutos que como já fica acima declarado.
Ee 3 Baş
: Liura XVI. Da Monarchia Luftana.
Das feis Igrejas que o Papa man da, fe izentaraő sòmente eftas
Lib. 1 fl.
douannexar ao etudo de Coim duas Igrejas,que eraõ annexas en
كI4 . bra, efcolheo o Bifpo daquella taö à Vniuerſidade; que ſèmpre
Cidade as Igrejas de Soure,& Põ os Reys, ainda quando mais ne
bal, de que elRey etaua de poe ceſſitados, reſpeitaraó, & conſer
defpois da extinçaõ dos Templa uaraö aimmunidade das letras.
rios cujas erão. Porem fendo in Franquezas femelhantes recebe
ftituida defpois difto a Ordem da raõ as e{colas dos Reys fubfèqué
caualeria de Nofo Senhor Iefu tes, & afsi concedendoos pouosa
Chriſto,vendo elfey quena bul elRey D.Ioão Primeiro nas Cor
la da inſtituição della mandaua o tes de Viſeudo anno mil trezen
Lib 2.dll
Papa Ioão Vigefimo fegundo, que tos & nouenta & dous, tres con Rey Dght
felhe defem todos os bens que tos para as defpezas entaõ vrgen Ioão 1.fl.
auião fido dos Templarios, man tes, elle ablolueologo a Vniuer ه6 .
dou defanexar da Vniuerfidade fidade, que naquele tempo eta
as Igrejas (obreditas, &fazer del: ua em Lisboa, concedendolhe
las entrega à Ordem. .. … juntamente,que os lentes,& mais
Lib. 3.fol. * O Metre Dom João Louren Befoas della, não pagafiem em
146. ço folicitou a reſtituiçaõ dellas, nenhuns pedidos, que ele, ou o
& como os caualeiros ficaraõ tão Confelho de Lisboa fizeffem. .
obrigados à pontualidade com 4 . Do que os Comendadores de
elRey os inteiraua das terras, & Pombal,& Soure contribuiaó, fè
bens que lhes pertenciaõ, meti dependia có os Lentes netafor
dos depofe detasIgrejas de Pó ma. Ao Lente de Leis feifcentas
bal, & Soure, pemfionaraõọs Co libras, ao de Canones quinhêtas,
mendadores dellas para a uten duzentas ao de Medicina, duzen
façaõ da Vniuerfidade.Nas con tas tambem ao de Grammatica,
Me/a da fituiçoes que o Metre DõIoão äo de Logica cento, 8. ao de Mu
c~ Lourenço fez no anno mil trezê fica oitenta. Naõ faz mençaõ dos
x.p.dº ortos & vinte & feis, & foraõ as fea bentes de Theología;Mathema
dê de Chr
flo-fol.79 gundas que a Ordem teue, fe or tica, &linguas Grega,&Hebrai
denou, q o Comendador de Põ, ca,porque as de lingoas faltauão
baldelle cada anno para oetudo & a Theologia lião os ÉÉÉÉ -
rendas, & do Cardeal Infante Dõ "εί αβήξa trinί άfa νιά ht:
, Hºne Baiឆ្នា១, នៃពន្លឿ mºnásélcançar a hemauenturançº eter
ង៉ុណ្ណេ α"# βριμί είκυ. #
ងៃ ទ្វេពន្លៃ ##ạmentiramthay
9, Ecreueo aos Cabidos, que cada βρίσκεμήminharatfitoιβιετιγκ,
" ham utentalle humdeiteseir ***ಟ್ಟ ம4:/ா4
في.ابة ند °4
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
ferra, que he º Reyno e ele cometido, elRey també confirmou, & irão
para peafifinalmete com agraça da lançados no appendice com as
quelle, que da mortificadº/emente tira mais efcrituras.
muitofručio, o Keyno dėde/3palmas de Perfeuerou a Vniuerſidade na Lib.
- -
.. 2.Éd
jutiça,º a terraproduza/eus frutos, cidade de Coimbra atê o tempo Ry d.f.r
conuema/aber varoésillºfirados códou delRey DomFernando,que a tór-nía a l.
frina deveria eloquencia,para que por hou a mudar para Lisboa. Doan. ***
ºfia»ia, com ºfuor da graça celfia, no certo me não cõta: mas acho
fendo cooperadores em todo o bem os ho Priuilegios que lhe deu no anno
mens de letras, o Rey, 6 keyno festa de milʼtrezeñtos & fètenta & oi
beleção mafirmeza daјијtija,Grc. Zele to,etando ete ReyemCoimbra,
jando que fies mofos Zeynos refºlande & pode fer que por mudar então
ção com rayos devirtudes fundamas, o a Corte para eta Cidade, mudaf:
plantamos irradicauelmente eſtudogé fe a Wniuerfidade para Lisboa.
ral na nofa cidade de Coimbra, a фиа! No anno de mil trezentos & trin
para a talºbra /colhemos, para honra, ta &oito determinou ełReyDom
e gloria da altiſsima Xageſtade,e da Afonfo Quarto viuer em Coim- Luar.",
gloriofà &/irgem % de Chrjfo, &* os bra,etudosfe
&antes mudafema
de partir ordenou
Lisboa,4##
raſol.23%
tambem do Xartyrglorio/São Vicen.
te, é da/acrº/antia Igreja de Roma, a para que agente da Corte tiuefe
fualhe máy, 6 medra wniu fal deto mais gafalhados,& os etudantes
aos,& finalmenteparapublicavtilidade com o trafego dos cortefaõs naõ
donº/ Keyne,gre. Continua então foffem diueftidos de feu efludo.
el Rey, ordenando que a faculda Se entaõfe pos por obra de mais
' de de Theologia felefe noscop tempo he a mudança das efcolas
uentos de São Domingos, & São para Lisboa:mas delRey D. Fer
Francifco daquellaCidade;&que nando por diante a fàbèmos co
ouuefie 醬 de Canones, locada neta Cidade, aonde per
Leis, Logica,& Gramatica.Eſtas feuerou arèo tempo delRey Dõ
Cadeiras felião em cafas particus João o Terceiro, que intituio a
lares, & defpois fèvieraõa ajunº 4 hoje perfeuera reformada em
tar nas cafas em que hoje vemos Coimbra. -
- tras,
º ElRey Dom Dinis; "് . 168
tras: agora fe plantaraõ fixas, & quaes, que he a do titulo referido,
afsi continuaraõ neta Cidade pe declara o Pontifice o animo que
las qualidades bem confideradas tinha de ampliar o etudo da
que concorrem nella para o exer Theologia: Qgia νενό Theologie Hu
cicio litterario, & affiftencia de dium capimus ampliare. A ſegunda
efcolas. he noliuro quinto, titulo, de *ta
gfiris, em confirmaçaõ de outra
' CAP. LxxIIII. , : de Alexandre Terceiro no meſ.
mo titulo. . :
A terceira anda lançada no
Da izen/25 de Portugal, mefmo liuro quinto no titulo: ze
gue/e colhe do modo da in priu legis: & deta Decretalfe tira
Situição da Vniuer/idade o motiuo denoa duuida porque
de Coimbra. nella mandou o Papa Honorió, á
na Vniuerfidade de Paris (e não
**
F£2 LIVRO
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* --|-----|-"-------• • • •·-- - - - -|--• • • •-·----·،•*
. " -.. . . . . Fol.17i.
L I V R O XVII.
D A.
MON ARCHIA
LV SIT A NA.
C AP IT W L O I,
DO NA CIMENTO DO INFANTE
Dom Afonfo,é-defua irmãa a Infanta Dona
Confiança,IDom
filhosDinis,
lgitimos delRey -
1191.
Mgrandecuidadoad: ffientos, cotii pouco decoro de
¿ daua o Reyno de Por feu Realetado,& menos repeito
2° tugal, vendo a elRey deRainha tão digna de etimarfe.
D. Dinisfeinfuccefor Lembroafe Deos dos miereci
va:30, pafados ahnos jà que era mentos da fanta Rainha, & em
cafado; & tanto mais anciauaa fatisfágáo delles a alumioi comi
todos a eperança do fruto dete hum filho,que foi o Infante Dom
matrimonio, quanto cada diafe Afonfo.herdeiro que veio a fer,&
de{cobrião na Rainha Santa Ifá ſucceſſor de ſeu pay no Reyno..
bel perfeiçoês maiores, & atigº Naceo efteInfante na Cidade de
mêtos de virtude, que fazião cre Coimbra a oito de Feuereiro de
cer o defejo de defcendencia fua. mil & duzentos & nouénta,como
Ajudaua a esforçar ete defejo o diz a Chronica antigua, comi que
fentimento,que gèralmente auia me não conformo no antio, que
com tres filhos batardos, que el ha de fer efte de mil duzentos &
Reyjà tinha, & os indicios bat㺠nouenta & hum, no qualàhito
temente fundados para crer con ria de prefente corre Affi ändå
tinuaria em iemelhantes diuerti efcrito no liurò da Noa de Santa?
Ff} Cruzé
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Cruz de Coimbra, que he hum pia a efèritura, dizendo em nome
Summario apuradifimo de me-à delRey: Eu em/embra com a Kainha
morias daquele tempo, em que Z./abel, é com Z). (ofiança minha fi
fe podem ver etas palauras. E. lha,@-
*Orc. Era então nacida a Infan
J%.CCC.XXVIIII. yj. Idus Februarij ta Dona Conftança, por efa ra
matus effZ)ommus-Alphonfusfilius illù zão, conforme ao etilo daquelle
firfiimi &girPortugalla?». Algarbí, ¿ tempo, entraua nas efeiturás, &
e Xegnez Eliſabeth.Querem di- è aſsiſe no Feuereiro da quelle anno
-** * ~* * * * **, .º. -º- .கி ه * ...
"مییامه,
. . . " -- - - ... -- - --
zer: Na era de mil & trezentos & fora nacido feu irmão o Infante
vinte &noue, a feis dos idos de HDom Afonfo; com mais razão (e
Feuereiro naceo Dom Afonfo fi- nomeara, como entrou por etilo
lhodo illuftrißimo D.Dinis, Rey ordinario do anno mil duzentos
Ul% hum adiante, antepõ
de Portugal, & Algarue; S: day 驚
empre por varao a füairmãa
Rainha D. Ifabel. Era veim a
cair no anno de mil duzentos & a Infanta, aindaque mais velha.
nouëota &èhum que fegúimos,& G Vermosiitona dòaçaó que elRey via .ெ
o dia no oitauº de Feuéreiro, em Dom Dinisfez ao Bipo do Porto só.
que todos con ormamos.......,
Dò Vicente, 8 a Sèdaquella Ciº
O fundamento com que me dade da Igrej a de Santa Maria de
apartei da Chronica antigua; a- Villáàouă, & a de Gaya com os
lem defta memoria, hé acha padroados,& direitos dellas, em
låtopforgje som humaefcritura que fe incluião mais outras cou
Lili.fºl
2.74.
da Torre do Tombo, em que fas. Neta doação, que foi feita. .
elRey D. Dibis outorgou a com-, em Eluas a doze de Dezembro
p9igaó que, Miguel Domingues do anno de milídüzentos & no
feu.p9ugador de Mirandela fez, uenta&hum. Diz elRey dete,
i Lourenço caualeiro; modo: ŽuelĀeyZom Zimispelagra-,
de Mafçarenhas,& Orraca Annesi fa de Zeus ºg de Portugal,& do Al
fua mulher, & com outros fidal garººm/mbrº…º minha mulher?
gºs xgue petuião Malcarenhas, Kainha Zº. Jahel, 62 com º Hofante ZÉ
- Rậradela, Va bom, 8. Lama dor „Afaºfo, &com a /ofanta Zji (oftabç4
gayalayaldeas todas do termo da meus filhos. Mas por fereta doar
quellą Villa: 0 gualherdamento de çaõ do fim do anno, trarei outra,
mandaua º dito/enhor aos ditos filhos. dó principio delle, que he o foral
ஆ, álzas/critura. Foi a outorga de Mirandela dado em Coimbra,
feira em Lisboa a vinte & quatro afete de Março, aonde elReyja,
de Julho da Era de mil trezentos nomeaos filhos ambos: Ecãméni"
& vinte & oito, que he anno de filhos lofantes Z). Afonº, º Z).chans"
atil duzentos& nouenta: princi yº, Nacera o Infante naquella Ci,
- - *
ku :D - * ... " -
& -- - - dade
- El Rey Dom Diniz se 17 ,
dade o mes antecedente deFeue duzentos & oitenta &ngue, & viº
reiro,&logo veio nomeado neta uendo ambos no principio do an
efcritura;& tambem ferue de cõ no de mildozentos &nquenta &
firmação de nacer elle nefte anno hurn, claro figa fêr nefte entre
o refidir elRey em Coimbra do meio feu nacimente.………………
principio delle atè meado o ve: - Deixamos de darrazão donat
raõ, fegundo que pelas efcrituras cimento da Infanta, que foiº prir
iremos vendo. , meiro fruto dos nofos Reys nº
Do dia certo em que alnfanta anno paffado,p9r tecer,alifta dos
Dona Contança naceo,falta me filhos que elRey teue afilegiti:
moria, o anno temos aueriguado mos,como baikaidos, fèminterr
fer o de mil duzentos & nonenta, pofigaō.de outras;matgrias,ain
conforme a efcritura que fica re daque a Infanta Pona Goņstança
ferida,& côftar por outras do an haceo primeiro, cpmpaq Hpfante
no antecedente não ter elRey fi IDő Afonfo eßrçQq,efłęĝhn9 erø
lho algum, por virellesô com a que ecreuemos8 fpio hºrdeiro
Rainha Santa Ifabel nomeado,co varaó, nelle jultamente principias.
mo fè poderà verno.foral de Wil Ailita, por mais que ainfanta fuk włºs
، ادة
la Real, & em outras muitas, & irmãaht maiorgmidade Nem
particularmente embñafeita em pareça pouco acessº na hi#eria
Euora a dez deDezembro em fa jaffaras cogfas.do.anpg,antecé
lik, fol• worde Pero Afonfo filho baftar
I នឆនa,bºqu
270, do del Rey,aonde entra el Rey Sö •a Coligaº ºdia
mente, emfimbra comº Kainh42": dallasºmitteauai; ornato he
na /akel,(em nomear ainda algum deixalasdºhumanno para outro,
dos filhos legitimos, final daque & antepolas outro añno, paraque
naóestinha nette tempo, Anda a narraga 5 proceda mais deſeme
ria a Rainha Santa Ifabel pejada baraçada,;& ne$2|fosmapt0g&
então da Infanta Dona Contanº deo Lourenço Valla no fim do
ga,á pariria no principiodo appo primeiro.|íufoda vila delRey de
de mildu?,entos & oitenta;&dar Afagaõ DāFernando Primeiro;a
hia noue mezes no Feliereiro de ete repeito damos no lugar pre
duzentos & oitenta & hum veio fehta horigiậodo ŋ4țjmếte de IỚ
aluzéom olnfanteDom Afonfo, fpgB Afop: aiឆ្នាឪa
como e jultifica por etas me ೩kfabiapog೩Gಲ್ಲಿà:೩up
morias, Nelas temos asbahfis & outro foraó os filhos legitimos
certas para o tempo do nacimen: delRey, feſtejadosamboš dopor
.to deftes dous filhos,os quaes não suo deſte Reynocitodº eſtremo,
Aendo nacidos no fim do anno de & muito maiso Infârepaôfanfa,
t , -Ff 4.
. CՈ1
ε. . . νί
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
em quem fecõferuaua a baronia Lcão,&Portugal,que por feupay,
de nófos Reys. Ehe de notar ter & māylhe competião. Com titu
a Rainha Santa Itabel etaboadi lo de amo do Infante afsinou Dõ
ta em Coimbra, Cidade que pa Martim Gil a compofição qWaf
rece ſempre teue myſterioſas reſº co Pires Farinha fez com feu fo
fondencias com a Santa Rainha. brinho Afonfo Efteues Conego
31. dos Gomds
ElRey, que em tudo foi grādiofo, de Coimbra,que pretendia a vil:
- - - -
". Sorte
folenñifou efte fauor do Ceo com la de Goes, & neta compofiçaõ há
demóftraçoês, & feftas cuftoías, ficou a Vafco Pires, celebroufe a
em que toda a Nobreza feelme: compofia6 na villa de Miranda
rou como era iufto. - -
- (obrada
ElRey Dom Dinis. - · i73
fobrada para füftentar cafa,acre te, que foi o me{mo em que Do
centandolhe mais para darliure na Qrraca Reimondo Abbadeffa Lomuấo ti:
mente cada anno oito mil liuras; de Loruaõ fez procurador para de Lamega
& finalmente cõ as villas de Via afsitir hellas, & cobrar o que lhe ma{o 6.n.
na de Aluito, Terena, Ourem, & tocaua por{eu auö Fernão Ferná- 3**
º
Armamar, que lhe deu, chegou a des Cogominho na Comarca de
ter o InfanteDom Afonfo defpois Lisboa. . . . . .
de cafado oitenta mil liuras de , Dom Raymundo de Cardona
renda, quantia mui confiderauel teue o cargo de feu Alferes fegü
naquelles tempos. . do, que o vemos firmar na doa
`No offició de Changarel do çaõ, que elRey fez da Igreja de
Infante Dom Afonfo fuccedeo o Bouças ao Bipo do Porto Dom
Almirante mòr Nuno Fernandes Giraldo, & em outras que le apó
Cogominho,como achamos por tarão afeu tempo. Poreta caufã
efcritura do anno de mil trezen rompeo D. Raymundo de Cardo
tos & quinze,em que Nuno Mar na tanto às claras contra elRey
tins de Chacim Abbade de Fonte nas pretençoês do Infante feu fe
Arcada vendeo a Ioão Afonfo, ir nhor, & futentou tambem o Có
mão batardo do Infante todas as de D. Martim Gil a me{ma pars
-
-
-
herdades que tinha em Chacim, te, por mais que elRey o tinha a
& em feu termo, & nella aísina crecentado com o Condado, &
Nuno Fernandes deta maneira: cargo de feu Alferes mór,obrigã
*6 do Nuno Fernandes Cogominho JAlmiran doo mais a criação que tinha fei
ไม่ใitor
* 21. te maior delRey,co. (hangarel do /nfan to no Infante D. Afonfo, ou o que
te Zºom -Afon/ºfeu filho; ainda que mais certo he, a maior dependen
elRey conduzio para feu Almirã cia que os homens tem doPrinci
te a Manoel Peçanha, conferuou pe que em breueha de entrar no
todauia o titulo de Almirante, á gouerno,com que naõ fentem ar
dantes tinha o Cogominho, & rifcar por tempo breue a priuan
ainda conforme a ito deuia de ça dos que muito antes haõ de
exercitar o officio com fuperinté largar ocetro.
dencia ao Peçanha. Foi Nuno Das matronas que feruiraõ à * *
leitura mo- outrosfidalgosరూ dizem tºßemünha, dos Condes de Barcelos, & Nelua
44.
"fº" que foi delRey, e que a deu a Eſteuão tios da mefmaRainha,& dos prin
Cago, que foi auó diffe fidalgo. Na cipaes caualeiros defta Coroa.
quarta parte fe diffe, que elRey Duarte Nunes (e efqueceo de o Fol. 231.
Dom Sancho o Primeiro a dera a nomear, mas na efcritura original
- לס verf.
Eteuão Rodrigues, o qual as te da Torre doTombo eftâ nomea
ſtemunhasagora do tempo del do cõ mais o Conde de Ourem, '
Rey Dõ Dinis appellidaóGago, & Outras pefoas deta qualida
de,
El Rey Dom Dimisºl en L 174
de, que tambem omittio Duarte outrô: morgaão nó iatinō de mil|*
Nunes. . . . … ºf . . . . quatrocentos & fetenta-& dous,!
Do tempo delRey Dom Ioão que hoje pofue Fernão Mafcare
· o Primeiro, adiante conferuaraó nhas Comendador de Alcacere;
os Maſcarenhas o appellido, & quinto neto do intituidor. Alem
não ofenhorio daquela aldea,& deftes dous ha maisfincô morga
ao que me parece, deuia de a en dos intituidos por pefoas deta
corporar elRey DöIoão na Cos familia, que andão êm varios ra
roa, por eguir as partes deCatel mos della,com outros á por cafã
la Fernando Afonfo, que como ti mentos fê lhe aggregaraõ. ElRey
nha jurado por Rainha a Dona D.Ioão o Segúdo fauoréceo mui
Brites, inclinou àquelle partido, to aos Ma{carenhas,por feré eles
aindaque depoisfe congraçou cõ da parcialidade do Infante D. Pe
elRey, & voltou a Portugal. No dro, cujo Alferes João Metcare
tempo que feruio por Catella, nhas mórreo comellé na de Al
achamos que lhe cófifcou elRey, farrobeira. Cõtinuou fempre com
& deu a fazenda, & rendas ava grandeza, & etimaçaó de gran
rias pefoas, como fe pode ver no des ſogeitos no ſeruiço doReyno,
ఈ primeiro liuro da Chãeelaria del & conquitas,&ao tempo quefa
Rey Dom loão. ºn tº zemoséſtareſumptaſe achā com:
- Não ficou defcendêcia de Fer
nando Afonfo de Mafcarenhas, Marques de Montaluão: …
ısıda mas cõtinuouſe a de Martim Vaſ Conde de Serem feu neto,& Ma
ಔ ques de Macarenhas vaffalo del richał do Reyno. ; *
# "Rey Dom Fernando, ao qual o Conde de Santã Cruz. . . . .
... mefmo Rey coutou a herdade da Conde de Obidos. : i :
rendo fem filhos, ီမြိုီ a ſeu filhos na carta em q lhe deu por
irmão AfonfoSanches. No anno tutora a Rainha Santa Ifabel,que
- foi
. ... El Rey Dom Dinis. 175
foi feita na Cidade da Goarda a , detes tres filhos à Rainha Santa
vinte &hum de lunho de mil du-o Iſabel, &nāonomeaſe a Fernan
zentos & nouenta & oito, & na… do Afonfo. Não julguem a miu
quelle anno ſe darà tresladada. deza defheceffaria 蠶
auerigua-,
l)eftacarta fe conuence fer Afon çaõ que fazemosfobre Fernando,
fo Sancho o mais velho de todos, Afonfo,que quando virem as ra-,
& o grande amor que elRey lhe: zoês de apurar tambem o naci
teue afsi o ratifica, alé de fer me mento do outro irmão Martim,
lhor herdado de todos, & cafado, Afonfo, entenderaõ a obrigaçaõ;
tão grandeméte, como veremos, que corre, aos efcritores de fazer |
Fernão Sanches,que aqui vem, éítas diligencias peloque impor
terceiro em ordem,podemos du ta a fuas decendencias, & verda
uidar fehe o mefmo á o Fernãdo. deira reſoluçaõ deſtasmaterias,&
Afonfo, de que fe faz menção na de outras confequencias impor
efcritura citada,& pode muibem. tantes,que dellas refultão., -
དེ་ ζ οι ικ .. ۲. این
- ---
Gg 2 troni
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
tronimicos. Peloque não ha que primeiro aportou a Ilha da Ma
aceitar a explicação que o Dou deira, mudaraõ o appellido em
tor Gaſpar Frućtuoſo dà na hiſto Camaras, 4 hoje conferuão feus
ria das Ilhas, dizendo chamarfe | defcendentes os Condes de Ca
João Gonfalues Zarco primeiro lheta, & Villa franca, & outros
pouoador dellas Zarco de alcu morgados mais do me{mo ap
nha, por fer torto de hum olho, ellido, de que efcreueremosna
ou por auer morto em Africa hú ម្ល៉េះ daquelles annos; agora
Mouro, que fe chamaua Zarco; cõtinuemos com os outros filhos
o certo he fer Ioão Gonfalues Ca baftardos do nofo Rey D.Dinis,
ualeiro honrado da cafa do In de que imos tratando.
fante Dom Henrique, o qual por
feu valor o occupou naquellas сАРІт. п.
pouoaçoẽs, & deſcubrimentos:
tinha o appellido, deriuado de
Do Conde Dom Pedro de
feus auðs, 8c como o Infante era
*Metre da Caualeria de Chrito, Barcelos,ê de outro Dom
cujo conuento età em Tomar, Pedro filhos ambos delRey
defta.:Villa deuia fer Ioão Gon
Dom Dinis.
falues, pois achamos nella de tê
potão antiguo pefoas do appel
lido de Zarco, quando não foffe | #Indaque o CondeDom 1291.
de Lisboa,aonde tambem auia o §Pedro de Barcelos,con
me{mo appelido. \$forme à opinião que fe
Em doaçaõ que lhefez o In- | - "guimos, foi o fegundo
fante feu fenhor,& confirmou el filho batardo delRey, tratamos
Rey Dom Afonfo Quinto, fe de delle em terceiro lugar,porquea
clara auerelle fido o primeiro po uemos de aueriguar juntamente
uoador daquelas Ilhas da Madei o que pode faberfe do outro Dom
ra, & São Miguel : Zizendonos o Pedro feuirmão,& defpois conti
燃 dito Infante meu tio, que egoardando nuar com os mais que naõ entra
ººººº el, coño João Confalues Zarco fora o rão na carta de tutoria, & fe col
primeiro homem que por ſeu mandado ligenacerem do anno em que ella
fora poucar as ditas Ilhas,&c.Seus fi foi feita adiante. O Chroniíta an
lbos fèappellidaraó tambéZar tigo,que claramente cõfeffa eftes
cos, como vimos em doaçoés da dous filhos Pedros a elRey Dom
quelle tempo, mas com occaſiadi Dinis, foia caufa de fe prefúmir,4
davilla de Camara deLobos que não ouue mais 4hum pelo modo
feu pay fundou no lugar aonde com que fala neles dizendo, que
-: * * * * * -- * tillera
..…… º ElRey Dom Dink "… 1列列
tiuera elReyhum filho Dom Pe que lhe manda que não confinta
dro caſado com a filha de D5 Pe a feu filho Pero Áfono pedir aju
dre Annes Portel,& outro D.Pe da de cafamento, por via de fua
dro, que foi Conde de Barcelos, mulher Dona Maria Mendes ao
& quéeíte efcreueo oliuro das li nofo moteiro de Bouro, de que,
nhagens de Epanha que hoje te ella a pretendia,feguindo o coltu
mos:Eftas différenças naö podê , me antiguo dosáeraó padroeiros,
fazer dous Pedros,porque oimef. : Diz a carta delRey, que com ou
mo que foi Conde de Barcelos, tros Priuilegiosvieraò a côfirma- casi
ç9ês ao Procurador da Coroa no nilgar à
eteue cafado com a filha de Dõ | anno
Pedre Annes de Portel, & confor- : annºdde milfeifcentos & quaré- .." fŵl,
-
mo fabemos. He húa carta del feira, nem em/uas Igrejas, nem em/aas *
Rey Dom Dinis para o Meirinho pº/e/ºes, quantº porrazem defe cha
cºm o môr de entre Douro & Minho, 4 marem emde naturaes, nem herdeiros:
** então era Pero Eteues de Beja Vnde alnomfagadºs,fºram aº me
Priuado delRey Dom Dinis, em tºrnaria suportm. E º ditº…tudº,
Gg 3 moutrem
--- --
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
ou outrempor ele tenha fia carta.Zá- " pela grande confiança que neles:
teem Freelas xrvij de Iulho. Elstey o teue elRey Dom Dinis,fazendo a:
mandou.João Pires afez.E.de.24./CC." D.Pedro AfonſoRibeiro,tutor det
»j. annos, que vem a fero anno de Afonfo Sanches[eu filho.Difficul-b
Chrifto dé miltrezétos & noue. tofamente (e poderá faber aondez
Por eta cartafabemos que te-- Dona Maria Paes Ribeira tem a,
ue elReyhum filho chamado Pe fepultura cõ a mudança da Igrej++
ro Afonfo cafado cõ Maria Men nonadaquellecöuento,&he deſº,
, des, 4 pretendia fer dos Padroei-* cuido ete merecedor de toda a
به."م.
sº Naº
'ros do Mofteiro de Bouro.Ajudá reprehenaó, por fer delagradeci-a
. . donos de conje&turas neftapárte,º mento culpauelaos bemfeitores,
'fèria-ella da familia dos Väfcon que honraraó, & emriqueceraó.
celos,em que andou ete patroni-, os Gonuentos,&o que mais pode
mico de Mèdes, por via de Mernº finriríe, he fer gêral ete efqueci
Rodrigues de Väſtoncelos, Šen mento em todos. E{colheria Do
tão vinia;& de outros antes dele." na Maria Paes Ribeira enterro no .
Ou feria da familia dos Ribeiros; mofteiro deBouro,por ferem (eus.
que parece o mais prouauel, & aº pays fenhores de Bèrredo, quefi
efe fim tinha a pretenção de paº ca em pouca diftancia do Con:..
droeira, por etar naquelle mo uento,alem dorio Cadauo
fleiro enferrada DonaMariaPaes … Mas continuando o nofo in
Ribeira, amiga delRey Dom Sã tento, por etaefcritura alcança
cho Primeiro,de que procede em mos auerhum Dom Pedro dife
Efpanha tãta nobreza. Dona Te rente do Conde D. Pedro de Bar
reja Martins depois de viuua decelos, o qual foi cafado com mu
Afonfo Sanches, largou algumas lheres diferentes de Dona Maria
herdades a efte Mofteiro, por fa Mendes.Cafou o Conde D.Pedro.com.*
berdas oraçoês que fe fazião por a primeira vez com D.BrancaPistit. 2"
feu marido,& por ferem dadas as res filha de Dom Pedre Annes de
heranças por Dona Maria Paes Portel,filho deD.Ioão de Auoim,
Ribeirafua auôfepultada no mef & de DonaConſtança Mendes de
Chamaela- 1¤O. Wolteiro, & por contar dos Soufa,filha de Dom Mem Garcia
-
*** - - - - - -, *.
..... : فس ت Gg 4 Eſte
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana,
...i Efte filho Döm Pero Afonfo, as quaes Gonçalo Annes ſeu ne
Gonde de Barcelos, ouue elRey to, nepos fas,oufobrinho daDona
em húa Dona Gracia, mulher de Gracia, faltáo as palauras fube
qualidade, natural de Torresve quêtes,& deuião de dizerasquaes
dras ao que parece, No termo de Gonçalo Annes feu neto he obri
Sacauem deu nome à ribeira de gado apagar,ou tempago.Mais a
Dona Gracia,por erfenhora del baixo (efegue logo: Fiat anpiuerfa
la. Tinha tambem a quinta da rium pro anima Zo. Cracie matris Z).
Azoya, applicada defpois por feu ?etri Comitis, & Capitulum delet ha
kere фwarwor libras per அனெ. fibi
filho ao hopital queintituio, &
as cafas da mefma Dona Gracia a/Signatas in-Azºya. Não dou altra
fua mãy fituadas junto à Sè, que ducção detas palauras, que vem
deputou paraos Capellaes delle afer o mefmo que contemas que
Qliuro dos ီ|ိ São Vicen acima dei em Portugues,por não
te de fora tem o dia de fua morte dilatar tanto com as Latinas, &
a doze das Calendas de Dezem aísi darei traduzidas tambem ou
bro: Qhie ZD. Cracia materZº. Petri tras do mefinoliuro: A treze das
Gomitis?ortugaläe. Enterroufe Do Calendas de Iulho, que cae nos
na Graciana capella de S.Geruás dezanoue de Iunho, dia de Saõ
da Sè de Lisboa, 3 deixoulega Geruàs, Santo da inuocaçaõ da
dos dos rendimentos da fua fazem Capella de Dona Gracia : Faç,/2
da da Azoya, para felhe fazerem «feĤa do bemauenturado Sam Ceružs
anniuerfarios, & celebrar a fefta cºm/eis capas,º com orgãos pela alma
de São Geruâs todos os annos. de Zo. Graciamé delende Zoom Pe
No Calendario antiguo da Sè dro. O Cabido deue auer vinteliuras da
a onze das Calendas de Ianeiro, herdade da Azya, quejálhefaó dadas,
que fåó vinte& dous do mez de «*häge derpartir djtemode. Simca
Dezembro, fe diz que 醬 kuras asprimeiras Z/e/poras, Anto as
dia morreo a mãy do Conde Dõ *atinas, fincº é Terça, cº/egundas
Pedrop.Gracia, & que naquelle V%"rasfºro. Aqui dizem que jà
diafe faça o anniuerfario por fua as herdades obrigadas etauão
alma, pelo qual o Cabido auerâ gadas ao Cabido,as palauras que
quatro liuras, & da me{ma ma faltaõ na outra verba ifto dirião.
meira para outros oito anniuerfa Se do executor da manda Gonça
rios. E que no dia de S. Geruâs (e lo Annes tiueramosalgũa circun
fará afeita cô feis capas,& cö or flancia, em que pudefemos vir
gãos;pela qual feta o Cabido de em conhecimêto da familia,fou
ue auer cada anno vinte liuras cõ beramos quaes foraõ os parentes
fignadas nas herdades da Azoya, de D.Gracia ſem controuerſia.
-- - Contudo
ElRey Dom Dinis. 179
Contudo podefe prefumir fer nho eftiuefie aufente de Lisbod:
| ella da familia dos Francos,fenho & quando ete não feja feu,forço
res da Atouguia pelos defcenden fo he confeffar, que teue ella ou
tes de Dö Ruberto de la Corné, tro filho, ou filha, de que era ete
neto do qual foi hã Gonçale An neto, coufà difficultofa de crer,
nes,nomeado no liuto das linha por naõ auer memoria alguma
gens do Conde Dom Pedro: & dele,por etar reputado por filho
fazem proua o adoptar Vicente vnico della o Conde D.Pedro.
Domingues Franco vefinho de Alem de Vicente Domingues
TorresVedras,& dotar fua fazê . Franco de TorresVedras adop
da a efte Dom Pero Afonfo filho tou tambem na mefma Villa, &
delRey DõDinis no anno de mil dotou ao Conde hija Dona Maria
trezentos & quatro, por efcritura Leça, paréta que deuia fer deftes
feita em Lisboa a oito de Abril Francos, dos quaes andauão em
daquelle anno, & conferuada no feruiço do CondeRuy Gonfalues,
cartorio do nofo moteiro de S. Franco caualeiro ſeu vaſſalo, &
Ioão de Tarouca,aonde o Conde Lopo Rodrigues feu filho pelos
DomPedro fe enterrou,& deixou annos de trezentos & quarenta
a maior parte do que tinha. Por & finco: húa, & outra cóufa def.
boa razão fazia eta adopçaõ pe cubrimos no liuro das doaçoés
las razoés de parenteco que cor da fila Capella, na confirmação
ria entre ambos por via de Dona della por elRey D.Afonſo Quar
. Gracia.Mas como a Gonçalo An to, nomeandofe as propriedades
nes executor das mandas deDona applicadas, & acabando em as do
cgracia nomeem aly nepos fuus,feu termo de Sintra, entrando a falar.
neto, ou fobrinho, não podia fer nas de TorresVedras, diz deta filiji.
GonçaleAnnes neto de D.Ruber maneira: Que ha em 7orres Vedras,
to, & neto tambê de Dö Gracia, *em/eu termo, queforão de Z).3a
pela computação dos annos feria ria de Leça, que o recebeopor filho, é
pode fer aquele neto o filho do que comprou Perº Afon/@ Ribeiro em
Conde Dom Pedro,& de fua mu /*nome pelos teus dinheiros, é outras
lher primeira Dona Branca, que herdades, que lheby ficaram de/cuspa
füppo[ko diz o Códe que morreo rentes da parte de sámadre. Serem
moço, naõ feria de idade tão pi os parentes de Dona Gracia de
quena,que não pudefefer execu TorresVedras, & os caualeiros
tor do tetamento de fua auò, em Francos andarem taõ familiares ·
occafiaõ que fempre por occupa doConde,he proua mui verifimii
çoês do officio de Fronteiro môr fer feu parente por eftavia o Có
da Beira, & entre Douro & Mi de D.Pedro, -
- fauo
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Fauereceo elkey a eſte filho, falos a vfo daquelle tempo.
a quem deu no anno de mil tre E tão confiderauel era o acõ
zentos & feis, a quinze de Setem panhamento do Conde, & fegui
bro etando em Lisboa, a terra to devaſſalos, & as quantias de
de Getaço para defcendentes li tanto porte, que o encarece o li.
dimos,& depois dito lhe confir uro daslinhagês no elogio que faz Tit 7.
mou todas asheranças, que loão dele, dizendo: Effe (onde Zom Pe
Soares Freire da Ordem do Tem-, dro foi º que fez muito a fidalgo em
plo lhe tinha dado, a qual merce ?ortugal,@ o que os por mas mui gran
foi feita anno de mil trezentos & . dt: 4*antia, cà manformportleta
vinte & quatro, a noue de Feue fios efeitos em muigrandes contias, que
reiro em Muja.E no primeiro dia pelos melhores quatro homens bons que
de Mayo do proprio anno o fez ouue em Portugal, faluando/eforem
elRey Conde de Barcelos por ?eys. É ºfiefoy o que herdou alguns fi
morte do Conde Dom Martim lhor dalgonas sãs berdades,& que ouue.
Gil. Deulhe elRey tambem o of ºs melhores va/alos que euue ºutro Că
ficio de Alferes mór, titulo com de, nem homens bons dos que antes fº
que afsinara algüas doaçoés nos rom. Dos vaffalos que o Conde te
annos adiante,& teue antes difto ue alcancei só Pero Coelho, por .
o officio de Mordomo môr da quem elle comprou a fua mulher
Infanta Dona Brites fua cunhada, Dona Maria Ximenes todos os Lib.de hiſ
como conta por ecritura de de bens de rais que lhe auia dado em Pital dtfit
Condeſd.
fiftencia de cértas herdades, que arras, porpreço que de vos recebi por 28.
eraõ do nofo moteiro da Salze ?ero Coelho vo|oja/alo, diz a Dóna.
da, que já refirimos. Na comar Maria na efcritura feita a onze de
::#ca de Lamego foi fenhor de mui Agoto de mil trezentos & oiten
tos lugares,&particularmente de ta & finco, que he anno mil tre
Lalim, & Warfea da Serra, que zentos & quarenta & fete. Tres
por morte deixou ao noffo mo milefcudos de ouro,& dobras cu
itéiro de Saõ loão de Tarouca, & ftou eta fazenda, & mil & duzê
por outras partes do Reyno foi tas & fincoenta liuras da moeda'
enhor de grande copia de fazen. de Portugal.Empre(tou ao Con
da. Com taõ grande cabedal, & de ete dinheiro D.Tereja Annes
a condição generofa, que todos de Toledo, de que já falamos, &
lhe conhecião,& a etimação que etando ella D.Tereja em Brunhi
elRey delle fazia, e lhe ajuntaraõ do,que he na terra de Vouga nos
muitos fidalgos principaes, que paços do Conde, lhe confefou
acomodou com quantias mui a deuer cem mil liuras da moeda
uantejadas, ficando por feus vafº de Portugal, que ella lhe empre
- - -
{tata
|
* - ;- - ;
- - - - - - - - -
-- - - -
uefer a fepultura, que eftá na Sè zanoue de Mayo lhe deu feu pay" "
de Lisboa. elReyaPönoa de EruasTenras,4
chamauão Pouoa de Rey junto a
CAPIT. VI. Pinhel,para defcendentes. O pre-lua,
temo, & direitos do julgado de "
Portocarreiro lhe deu name{ma
D, Iožo Afonfo,é- Mar. forma, correndo o anno de mil
tim Afonfo filhos del Rey trezentos & onze;&logo no Ou-lh4Ála,
D.Dinis baffardos." tubro do me{mo anno o fez fe
nhor das villas de Arouce, Lou
ﺩيوانﺍت ﺍﻟﺗي توگه §g Om Ioão Afonfo foi fi faã,& Azar com feus termos: nó
1191. §§§
filho de hüa Dona no anno de mil trezétos & treze lhe
¿(#bre da Cidade do Por deu todas as aldeas de Miranda, iii.3.f).
- - - - - - to,que o Conde D. Pe & Barganga, merce amplißima, **
dro no feuliuro das linhagês não & de muita confideração.Iãdous
nomea. Masſem duuida eramu annosadiante, éfoi o de mil tre- b„;.
her illuftre, & porifoelelhedå zentos & quinze, eſtaua epoado
* Dº titulo de boa Dona: E te loão Dom Ioão com Dona Maria,que ….…
º: -Afonjº fºi filho delRey Zºom Zinis de foi a mulher legitima q recebeo,
Portugal, o de húa boa Zona do Por & a ambos vendeo naquelle anno
tº de Caança. Teue Dom João ra no vltimo de Agoto, Nuno Mar
ção, & caualeria no moteiro de tins de Chacim Abbade de Fon
Hilaia Tibaés com os Ricos homés que te Arcada, as herdades que tinha
alyatinhać pornaturaes,&decá em Chacim,& feu termo,por mil
lº, dentes dos padroeiros,& confor libras de Portugal. Nosyltimos
1qe aifło füa máy era daquellas á annos delReyDom Dinis teueD.
- João
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
foáo Afonfo o officio de Alferes Todos os filhos que temosno
môr,& deuia fer por naquellesan meados a elRey Do Dinis, foraõ
nos andar aufente o Conde Dom ſeusinfalliuelméte, côformeasme
Pedro feu irmão lançado em Ca morias tiradas dos liuros de fua
tella pelas alteraçoês do Infante chancelaria, & de muitos monu
Dom Afonfo, a quem fauoreceo, mêtos veridicos. Outro felhe at
por fer Mordomo môr da Infan tribue por nome Martim Afófo,
ta Dona Brites fua mulher. O ti em q tenho duuida, & fe conué
tulo de Alferes môr lhe achamos ce ferantesirmão ſeu,filhobaſtar
na doaçaõ, que feu irmão Fernão do delRey Dom Afonfo III quan
Sanches, & Dona Fruilhe Annes do ainda nifto pofia auer certeza.
fua cunhada lhe fizerão,de que jà No liuro nono da Eſtremadura
demos razão, & em outras que aº anda huma habilitagão de Seba- fl. 6.
diante apontaremos, _ ftiaõ Vaz efcudeiro morador em
i. Cafou Dom Ioão Afonfo com Cafcaes,a quem elRey D.Manoel
Dona Ioanna Ponce, filha de Dõ confirmou os foros de fidalgo, q
Fernão Peres Ponce de Leão, & elRey Dom Duarte tinha dado a
de Dona Sancha Gil de Bargáça, feu payVafco Pires. Mandou el
neta de Dorn Pedro Rodrigues Rey Dom Duarte fazer inquiri
de Pereira do mais illutrefangue ção na propota que Vafco Pires
de Efpanha, teue dete matrimo lhe aprefentou; & porque achou
nio húa filha chamada Dona Vr ferverdadeira a decendencia que
raca,a qual cafou com D. Aluaro apontaua, lhe concedeo a fidal
Peres de Gufinão igualmente il guia que pretendera. Motraua.
luſtre, 8 della procedem os Con ele que elRey Dom Dinistiuera "
v º- - -º,
-
des de Orgâs, como fe pode ver de húa mulher, por nome Mòr.
em Sandoual, nas cafas dos Guf. Afonfo, dous filhos, hum delles'
maês, & Ponces, & outros nobi chamado Afonfo Sanches,& ou
ጎi¡ aiº y, liarios, alem do 4 efcreue o Con tro Martim Afonfo; do Afonfo
de Dom Pedro. Teue mais Dom Sanches procedião os de Albu
Tit. 43. Ioão Afonfo húa filha batarda, querque, & de Martim Afonfovi
chamada Dona Leonor, que ca nhaõ os Chichorros, na forma q
fou cō Gonçalo Martins de Por aly relata. Atèqui naõ tem fun
to Carreiro; foi Alferes mór del daméto aquella informação,por
Rey feupay,mas pouco aceito ao quebê fe vio como Afonfo San
ੇ器j feu irmão, ches foi filho delRey Dom Dinis,
& por efta caufa o mandou dego & de Dona Alonfa Rodrigues de
lar no primeiro anno de feurey Soufa, & Martim Afonfo, de que
nado. * .
procedemos Chichorros, també
*--- * - .. . he
ElRey Dom Dinis. A 136 |
he certo ſerirmão delRey Dom examinaraõ as prouanças de Vi
Dinis, filho batardo delRey Dõ cente Pires letiaraõ o fentido em
Afon[6Terceiro. Ito afsi refblu
apurar oferelle quarto neto da
to, continuando com as prouan 'quella ámiga delRey*Mór Aföt
ças de Valco Pires, ele motrou fö, & de Fèínaõ Reyfeurbarido,
que Mòr Afonfo, de quem elRey ponto que lhetocada direitamé
tiuera aqueles filhos, cafara def tejem aueriguaro Rey de que fo
pois por ordem delRey DõDinis ra amiga, na6fecançâřáo;&afsi
com húcaualeiro,que chamauaõ ficou o tocante as outrás defcen
* Fernão Rey. Dete marido teue décias dos Albuquerques;& Chi
hāa filha por nome Sancha Fer chorros por aueriguar. Com tu
nandes, que caou com Vicente dodaquéllaincer ႏိုင္ငံႏို
Martins da Torre caualeiro, & fimplemⓞte aprefeitoVafco i -
….… a que fe não tem dado máy: età uia de Vigairo gêral do Bifpo de
porem taõ auífinhada com o que Ágapito Colúna,
Lisboa Dom
temos dito o nomearemfe aly cõ pelos atinos de mil trezentos &
tanta miudeza os Chichorros, á tetenta & oito,em lugar de Afon
me perfuado vir emfeu fauora fo Pires Arcediago dă Goarda, 4
quelle erro, que por 還 era o proprietario. i
.. •
-
ainda della filhosº: …... o q dos filhos donofo Rey Dom Di::
#A outra filha DonaMaria,quei misfepòde deſcubrir com cer
foi catada com Dom João de La
cerda; fillfb.de Dom Afonſoide, -「* 〜fi2 *Y TOT をつ・・。 z 、、 。
- . .. ...
Lacerda, legitimo pretenfördos, * * * * CABIT: VIf. . •*).
Reynos de Leão,& € aſtella,tene, 2る。*:2:Afーl 。》rr;: ** ſ;、
elt&ey Dom Dinislem hüa-Dodai
Marinha Gomez, mulher nobre, PalihuelRey D.Dinis
natural de Lisboa, calou depois z, ordenando que os Ec
Roán Marialia,t&teue outrä fis1 elefia#itos não herda|fem
lha, que gafou no lugar da Charº:
neca junto a Lisboa, a cujas fi "bens derais.
lhás Contança-Gil, & Tereja
*gºr
#####Aုfiado
Gildaua, etd Dona Marinha fua. င္ဆိုႏိုင္တြ)ိ Aſſad o. tempo :Ε 1891: º
р nec *
ຖtiⓞo.cm lºadhaoKeybo,
dė#¡q«e¢dacàm'mais nóticias,& :
Įi d:
ஆப்கன்னடி, ៣cºa
*:::
* Rey - د * * 74 -
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Reyna guerra, do que auia fido. prohibido ás Religioês herdarem
em tempos patiados, à repeito, bês de raiz,obrigandoas as Orde
da grande fazêda que tinha acre naçoes,a que vendão os taesbens:
cido às Religioés por via das he dentro de humanno. Mas he de
ranças. Confultou elRey o cafo confiderar,quenas palauras da lei
cõ D. Martim Gil (eu Alferes, & 4 referimos, por duas vias (e pro
com os mais de fua Corte,& Cõ ĥibé ás Religioës, eftas heranças.»
felho, & achando ferferuiço feu, A primeira mandando que não.
& proueito do Reyno atalhar a herdem a parte de fazenda que:
demaziadasheranças aos Eccle tocar às pefoas nellas profefas,
ſiaſticos promulgou naquella Ci & afegunda, que fe naõ pofa em
dade a vinte & hum de Março a tetamento deixar às Religioens
lei que fe bens de raiz: & conforme a itoi
: º Foramponho, o façº tal lei, é tal duas partes tem a lei, ou duas
fiº, o conflituiçamem meu Konºparº todo sẽ. leis andão nefte decreto encor-º
pre quefefilhos dal,ou outra… gÉtes,quer poradas, ainda que por cau
homºs, quer mºlheres demeu Keynº en fa do principal motiuo de ata-3
trarêem ordés,que à mºrte deles, às or lhar âs Religioēs, & Ecclefiafti-t
di non venhomºta poſſeſſoes, ne apoſe cosherãças femelhantes, venhaõ.
faővender, na darnaalhear, neem ou a fer a mefma... No que toca ao>
| 'mamaneirafazer della coufa quefºfa que fe prohibe herdar por via de
هﻭ,/engano,porque
arajao a ordes,mas legados, inclue o tocante à inti
algű djies algûa caufa quizar darpor sá tuição de capellas, & outras mã
alma,venda o terçº defeus herdamétos, das de teftamentos, fobre que:
G das e as duas partes fiqué ocorrem duuidas diferentes. Na
4.feus erdeiros. Evendao o terçº 4 f4/" primeira parte, & 盟體 de:
fſbu, диетитca/ероработа: от fe prohibif abfolutamenteheran
dË Effes herdamento: రూpoffºffaë;f. ças às Religioẽs, & Ecclefiafti--
uem fimbre a taes velou, que não (e- cos, que foi o fim principal da
அழி:
: freira, nem dona de lei, alem de ferintento pruden
ordem. E ρ, дие non ouuerem hereos li temente executado, repeitando
dimor, ordenſem, ºf ji, deſeus her a conferuaçaõ do etado tempo
damentos,ópe//öži
*.72... i. li
Aguel, que tiue ral doReyno,he conueniente que
.ఈ · tal
remper bem, em talgº/a, º "? moftremos fer acçaó juftificada,
-
тайгіра, диe de/poi; пот ідист Лся & naõ lei iniqua, intituida em o
herdamentos as ordens. dio, & defraudo dos Eccleiati
Eftahe aleitaõ celebrada ne cos. Para melhor noticiado pro
fte Reyno, & obſeruada atè oté pofito ferărazão bufearos princi
popretente,em que igualméte he pios deſtalei com brahi: Q
&
ElRey Dom Dinis. . 188
He de aber, que no tempodos dade,que interuindo o confetimé
R.tamn Emperadores Valentiniano, Va to dos Ecclefiaílicos fe promul
¡¡:lente, & Graciano creceo tanto garé, maiormente auendoomeſ
# em alguns monges, & clerigos a mo motiuo. Efta foi a vez pri
*#3: ambiçaõ,& demafiada cobiça de meira,que na Igreja fe (entio o ri
: acluirir fazenda, que fem repei gor de ley femelhante. -
c Ajqui tar o defemparo dos orfaós , & Pode prefumirfe, que não foi
j viuuas, grạngcạuaõ para fyren ella então de nouo inuentada,mas ***
- - - - 4 Soarcs
ήίτι. das fobradas, deixandoas a elles
que foi extenção dasleys Iulia, & ¿â
perecendo. Efcãdalizados os ma Papea. A primeira deftaspromul- dada ¿
giftrados, & pouo do termo de gou AuguſtoCeſar,8 nella decla- 鶯鶯
tes defatentados, alcançaraõ dos rou por incapazes de receber he-Wiata:
:Emperadoreshüa prohibiçaõgê ranças,&legadososcelibes,& or- fºº.
3. * ral paraque não herdafem os Ec bos, a faber, os que nunca cafa
i7 clefiaíticos, catigando em todos rão, & os cafados que naõ tinhão
a demafia dos delinquentes;& a: filhos, & chamoulhe Iulia, porfe
fi veio a fer acçaõ de jutiça, por conter nella aley Iulia,demaritan
culpa dos que malvzaraõ da per dis ordinibus, dada por Iulio Cefar
miffaöpia dos Catholicos, o li pelo me{mo intento de ampliar o
mitarlhe a liberal concefaõ das pouo Romano,que era a caufa de
heranças, com que a Igreja feti prohibirem heránças aos que (er
nha enriquecido. Daqui veio a uião de acrecētaro pouo, & mul
dizer Saõ Ieronimo,que naquelle tiplicar o numero de ſeus Cida
tempo viuia, que não fe queixa da döês.Vinte & finco annosdefpois
ley, mas j?
doia da caufa por ella mefma caufa o mefmo Au
1.1.1. que a mereceraõ. Promulgoufe gufto Cefar fez outraley, que he
-
confirmaçaõ da primeira,acrecê
***Theodofiano nas Igrejas de Ro tando sô penas,& premios, a qual
" ma, por ordem do nofo Portu em voz promulgaraõ os dous Cô
gues Saö Damafo Papa, no, anno fules Marco Pappio Mutilio, &
de mil trezentos & fetenta,& da Quinto Poppeo Secüdo,& delles
qui colligem alguns, que não he fe chamou Pappea, Poppea. Osju
ella tanto fecular como Eccleia rifconfultos as ajuntaráò,como fe
ftica. Ao menos não fe pode ne vêem muitas leis, que tem porti
gar que foi admittida pelo etado tulo: adlegem Iuliam, & Pappiam.
Ecclefiatico, aceitandoa a fupre Como os Deofes não tinhão fi
ma cabeça da Igreja,& jà cõ ito lhos que augmentaffem o pouo
ficou a ley fendojufta, & razoa Romano,&iffo mefmo os Sacer
uel,& oferão todas as deta quali dotes, & continêtes, ficaraõ com
Iiz prehen
... --
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
prehendidos na pena da lei, que ,
era naõ poder herdar, nem rece C API T. V 1 II.
berlegados,& afsi ಧಿ
amétee မြှိုီ
鸞盤
ados,
indiuidu
pois detalei,f priuilegi
驚 de-
fazem- Do mais 4иеfo bre eśfa lei
- -
a 1291.
Emperador Cöftantino, que deu · §*&32,
$ leifobredita, naófoiel
liberdade para fe deixar fazenda le o primeiro 4 em Por
a comunidades, ou conuentos de tugal a introduzio,né eſte Reyno
gente Religiofa,Marciano,& Va o primeiro em que foi etatuida.
lentiniano tornaraõ a conceder o Gêralmente a fez praticar elRey .
!,
me{mo priuilegio a clerigos, &
-
Dom Afonfo o Segundo,que foio 2. Cºnſºr
- - -
monges. Por occafiaõ dos excef. primeiro dos nofos Reys, que fez? …"
fos que auiano tempo de S. Da- leis gèraes para o Reyno: Porque sobre .
maio,fe publicou a lei que dife- poderia (diz elle) comprar tanta he "º
mos mais apertada contra a Igre- rangas,quefº/ em grande prejuízº da a …
ja, & de hüas, & outras fe tomou (oroa,6” ya/alos della:pelagиеjulgarão ി
exemplo em varias partes para que nenhãa cº/a de Religiº/esposa com Jºl *
ſemelhantes prohibiçoës. prar herança algüa/em licença delRey, .
Neta donofo Rey Dõ Dinis exceptº que as poderão acquirirporan- க
fejuftifica logo o intento,que naõ miuérfarios,& outro mod.(empregº. AE rald-Sun
era outro mais 醬 acudir á emi- tiramos pºder aos clerigos de cºprar herã .
néte ruina do eftado dos nobres, gºs, 9 fazer dela o que lhe aprouwer.
& mais pouo, fe continuafemas Béhe verdade que não fala aqui
Igrejas nas heranças: maiormen dasheranças, mas quem prohibia
te que fe alcançou por informa comprar fazenda repeitando o
çoês etarem fobradamente do dãno que vinha ao pouo aquirin
tados os moteiros,& Igrejas, co doa por eta via os Religiofos,
mo o mefmo Rey aly relata: E mais prohibiria as herançás que
confiderando que faõ mui ricos, é mui lhe entrauão (em compra queno
«undados,grabadados afi em herda tocante aos legados,fempréforão
mentos, como empr/e/që; , como em ou permittidos có as limitaçoés del
tros aueres, deguiza, 4ие podem Rey DõDinis, & de outros Reys
mui bem feruir Zeos. deíte Reyno.
(?) . A ley que elRey D. Afono Se
gundo eftatuio no primeiro anno
de
ElFey Dom Dimir 189
de feu Reynado acerca de não membros, & partes da Republi
comprarem bens de raiz os Ec ca, em cuja vtilidade (e fazem as
clefiafticos, foi fem duuida leiju taes obras.No anno de mil & tre-se de tik
tamente promulgada; porque a zentos & oito mandou elRey fa- :º,
lem de muitos Autores refolue zerhüa fonte em Lisboa, & logo é mal
rem que tem poder os Principes eximio os Eccleſiaſticos. gios deRy*
feculares para fazer leis femelhã Antes delRey Dom Afonfoººº
tes, pelas razoês que alegaõ, ain Segundo fe prefume com baftan
da etando nos termos dos que te fundamento etar já a tal lei
zelāo a Eccleſiaſtica immunida introduzida; porque no piuile
de, tinha valor a lei (obredita, a gio que elRey Dom Afonfo deu
* refpeito de fer publicada, & pra aos Maltezes, lhe concede licen
pions ticada com confentimento dos ça para comprar bens de raiz, fi
: Bifpos, & Ecclefiafticos, como fè nal de que já entaõ era prohibido
jº" deixa éfcrito na quarta parte de ás Ordens comprar, & herdar fa
- fta hiftoria: affi qüe a primeira lei zenda, & que paraifto era necef.
lºu3, c. que fobre efta materia achamos faria particular licença dos Reys.
" em Portugal, teue o mefmo fun Claramente fe colhe eta verda
damento, que a de Valentiniano, de da doaçaõ que o mefino Rey
approuada, & cõ{entida pelo Ec fez ao Abbade Ioão, de Saõ Sal
clefiatico de Roma. Porque em uador de Catro, que apontamos
Saxonia fe promulgou lei feme a outro intento, & irà no appen
lhante com confentimento dos dice, na qual elRey lhe concede
Bipos, a julga por Ecclefiatica licença para pofuir, & comprar
hum Autor bem zelador da im bens de raiz, & outros que lhe
munidade da Igreja. - vieffem por efmolas, ou heran
-
CAP.
- - بت -----> --
* *~ * \ . -* * * * * * Lºs A*
- - - - - ** * **- - - -
-
-
-
ey Dom Dimis, *
!, ' )
194 -
.… t; ; ; ; ; ; ; , ; Gr: --
se.Eſtaprouifað andainſerta em
hum intrumento, que o mefmo :
cAPiT, ix. , Efimoler tirou do que auia feito, …*
- - -
--- 1:...
-
º ºu execuçaõ por virtude da carta *No atino mil duzentos & rio
ho arsorio
* Alaba. delRey, que diz aísi. Zum Zinis, tenta & oito,no treslado da inti
jºa
@l.ുldid, Al4്, ബ്ലൂം tuiçaó do hopital de Santo Eloy
lhe, cº7abaluês de Leiria, é º tºdos de Lisboa, 4 e entregou ao Abs ..
auiras que fa cartaviremfa,o afabor, bade de Alcobaça, conformeao #
que ::::; abertas nº meupaul tetamento do Bifpo de Lisboa duradº
DõDomingos Iardo, entrou por: 鷺
* Иma detara, o qualgebe para
romperofobre ſo inuio alló Fr.3tar. teſtemunha o Efinoler Fr.Mart#
meuÉ/inderem meu logo tºrque entem nho, em companhia de Dõ foão
* фи 'herminhaprol, ്l; da tarra, eleito de Silues, & de Fernando
- --- ---- --- - ----
*… ...i - - - Eteues
.s, Liuro XVIIrDa Monarchia Luftana.
~.
z :::::::
. ...;
y's: Y’s Ε/Rey Don Divis. 7 sv. I 193
fñoléres mòfes,& cdtifòrrhañdò dia, abonou a capacidade, & me>
fe deu ó officio aos Abbades îlê ۩tirñêtos do eleito com eftas pa
Poblet, como em Portugal o ti. Hanras. Eandem Frăiranianwrinţe
nhão os de Alcobaẹá, EĨRey Đi rimus Heamănarium nyiram, artén
Joãofeu filho concedeo depois dentes mihleffeproprium Cænobite, niſ
àquelles Abbades que pudellem vreingregatá'ád básum röſum peſtne
etíi aífenciaritiftitaië döü$ mon* eämm;ünüdr ömnibusfpiritualıréf thri
ges, que he o que os Abbadės dė fiifeqiiehtiiui paupíiatem qui diium,…
Alčebaga fazen noefmoler ime. είύη:ίμηγιώikίin, θίδιίια ---
Lib Extra;
Eſmoler menor, & delle ha me
1• - *
nos delRey Dom Afonfo Quin
-
• * ~* * *
-
-
- - de
ElRey Dom Dinis. i;8
perda, &ainda antici pado em dias de quenaquellatafafecelebratäö
a entrada,& expugnaçaó de Pto as pazes entre Ceo,& terra,efta o
lemaida; porq eta foi em dezoi me{mo Senhor conuidando a que
to de Mayo, como difemos, & a fefaça húa paz vniuerfal na Chri
tresladaçač marauilhofa do apo* tandade para fe pôr em efeito a
fento, & cafa, em que o filho de mefma conquifta, como fe vio no
Deos (e fez homem, fuccedeo a tempo do grande Gotifredo, que
nouedo proprio mez com as cir etando difcordes muitos dos Prin
cunftancias,& modo álogo con cipes, o zelo debons medianeiros
taremos.De maneira que po os concordaraõ, & colligaraõ pa
prio tempo em que os defenfores ra a me{ma jornada: -
ಧ್ಧಿ efquerdadâimá
، ، ، ) ه ش. ﺍﺱﺗ
ﺩi
| Teña ċapċ|la humiášòjali:: 影 醬 º
ஆஅது: 9 A tor
ζruz, ဖ္ရစ္သို႔ျဖို့ pဝံ့သြားႏိုင္ဆင္ဖ္ရ '# 2', 2 και 31 ::ίμτι;»
[Àpoftóôs;3madeirofcrâyâiâ? ಘೀ ឆែ្កos
ເia dealto,k ໑ ရွံ့t;ºil; ម្ល៉ោះ ខំប្រ៉ះ
o… Í í Lſ” “s: Be:
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
& Benedičto Vndecimo deraó algumas catas de romagem, &
ordem afe fazer Igreja, & Hof etalagens para peregrinos. Six
pital para curar os peregrinos, to Ouarto izentou a inefma Igre
& puzeraõ minitros para admi ja, & Villa da jurifdiçaõ tempo
Î. Sacramentos. No an ral, & epiritual dos Bipos,& go
no de mil trezentos& finco,com uernadores de Recanate : mas
a eleição de Clemente quinto dando defpois efte Bifpado em
Arcebifpo de Bordeus, & Fran Comenda a feu fobrinho o Car
ces, que paffou a Corte a Fran deal de Santa Sabina, lhe tirou a
ça (aonde eſteue mais de ſeten jurifdiçaõ por feu repeito. Re
ta annos, & outros fetenta annos ftituiulha porem pouco defpois
defpois de voltar a Corte a Ro lulio Segundo, ordenando que a
ma)com fcifmas, & reuoltas fè Villa foite daquella Igreja do Loº
não lembraraõ os Papas deta reto, & a tomou debaixo da
Igreja, & afi fob a protecção do protecca5 da Sè Apoſtolica Fun
Biſpo de Recanate, & com as dou hum ಗ್ಯ para os Sum
efiñolas dos peregrinos foi mo mosPontifices, & por outros in
deradamente utentandofe. dultos que concedeo à Igreja, &
| O primeiro Papa que (elem fabricas com que acrecentou a
brou àella, foi Niculao Quinto Villa, fe pode reputar por fun
ccm huma bulla paraqué řnaö dador della. Eregeo em Colle
empretafem ornamentos da giada à eta Igreja Leão Deci
quella caſa. Pio Segundo a viſ mo, & fegurou com bons ba
tou pefioalmente,&lhe deu hum luartes à Villa, que dita do mar
preciofo Calix,& daqui por dian huma legoa pouco mais, ou me
te efpertou a deuagáó nos Ponti nós. O Papà Clemente Septi
fices. Paulo Segundo recebendo mo fez o Choró, & outras cou
fiude por intercefaõ da Senho ſas. Pio Quarto da familia dos
ra, edificou ela Igreja de tres Medices, como os doús ácima
naues, que oje vemos, ficando deu o Caftello do porto de Re:
canate a eta Igreja, acreícenº
ို့မြို့႔ႏိုင္ဆိုႏိုင္ဆိုႏိုင္ရန္ကုန္)
a capella, & cata da Senhora que tou o palacio, & ha parte fue
aly ºftalíá, aínda qúé ó'Cardeal perior dele fez o Collegio dá
Iefbhimo de la Roiiere Bifpo de £gmpahhia de Iefüs, ábfide re
Recanate acabou o edificio em
tempo de Alexandré Sexto, Na 驚
ciarios apotolicos etes Religio.
quele tempo de Paulo Segundo fos, adminiftrando os Sacramen
fe acrecentou a Villa, & cercou tos com grande fruto, & edifica
'de muro, qué atè entaõ auias3 | gaò, &hüdelles;que fofb Padre
* ... : : * * ---
Horacio
ElRey Dom Dinis. . (ෆඨ
ínuocaçaõ, & defejou trazer hum lho que della leuara, cobrou per
º ladrilho daquella de Loreto,para feitamente faude o cnfermo."Foi
. que com eta reliquia ficae eta celebre entaó por Italia cta ma
fua mais venerada. Alcançou do rauilha;& os autores que cfcreue
Papa Paulo Terceiro hum breue raõ a hifloria Lauretaña,a relataõ
para que felhe defe, & de feito com outras miudezas q deixo:naõ
İho trouxe FranciſcoEſtella feu Ca deixarei comtudo de fazer reparo
pelaõ. Recolheo o deuoto Bipo em fair de Loreto com eta reliº
em húa caixa de prata para o tra quia o capellaõ Eſtella no mez de
zer em fua comparºhia, quando Dezembro, que foi o proprio mez
voltafe ao Reyno; porem dentro em que a Santa cafafe pafou de
de poucos dias lhe fobreueo hũa Dalmacia para Italia, & enrique
doença aguda, que os medicos né ceo eftaProuincia corn tal thefou
conheciāo, nem fabiáo applicar ro;& afsinaõ confintio que ficafe
lhe remedio. Em fim recorrendo em tal mes defraudada do depo
a preces, encomendou o me{mo fito da menor parte fua,
Capellaõ em deus moteiros de O que ha de confiderar acerca
Religioſos daſlla cidade deTren do Bipo DõIoão Soares he, que
to,que fizeňem deuaçaõ pela fau ſendo nelle tanta a deuagao do
de de fèu amo, Pafiados dous dias Loreto, & experimentando a ma
mandaraó dizer ao Capellaõ do rauilha 4a Senhora nelle obrou,
' * o Bifpo de ambos os Conućtos,que fe naõ difooz vindo ao feu Bipa
„....'' {e ĝuizęfłe alcançar faude, refti do a fabricar hüa Ermida fump
-, tuifiea Loreto feuladrilho, admi tuofa da inuocaçaõ do Loreto,
roufe o Capellaõ,& o Bipo da re aindaque lhe faltaffe o ladrilho.
pota, porque só ambos fabiaó Húa q eftà fora de Coimbra me
em Frento dete cafo,& reconhe lhorada, & acrefcentada de nouo
cendo o Bipo Dom Ioão o auifo pelo Conego Manoel Telles, e
por myteriofo, prometeo logo à naõ pode prefumir foffeedificada
Senhora, que lhe retituiria o ſeu por ete Bipo, por fer ate eta re
ladrilho, & pedio juntamente lhe nouaçaó de humilde fabrica. De
reftituiffea fåude.Defpidioomef fèu primeiro fundador fe naõ fa
mo Capella a Loreto com o de be. O que nos conftade certo por
pofito, 8, foi coufa de marauilha, hum acto de poe, que vi no car
q partido de Trento,quanto mais torio da Sè de Coimbra, he, que cartaz:
fe hialauifinhando ao Santuario no anno de mil quinhentos &fef":
- - - -- to 2,
.de.Loreto, tanto o Bifpo fentia de fenta & quatro tomou della pof.
melhoria,atê que chegado á San- fè pelo Cabido Bras Pereira feu of . . . .
ta cala,'. & fsita entregado ladri- procurador, por اraórte
ノ - - - اس3 de hum
Frei
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
| Frei Manoel Ermitão; que nella o Bom, & de Dona Tereja Afon Digwida.
Tefidia• - - * fo, filha delRey Dom Afonfo de desgara
*
zentos & ſincoenta & ſete; mal & com eta freca noticia ecre
podia o Conde dar titulo de Rey uco o Arcebipo, que era ella fi- **?
2. uem quando elle eſcreuia era
រ៉ែ fêm falta que o acrefeen lha do Cöde de Moriana,ao qual
Outras eſcrituras declaraố O no
tador, que fe prefume fer Fernão me de Amadeu conhecido na ca
|
Lopes, ou o Doutor João das Re fa de Saboya Condes de Moria
gas,ou qualquer outro,andou mu na: Hic duxit vxorem.Yafaldamfi.
dando, & alterando efte titulo, & liamſomitis Jºſauriane. Como Ar ---
º
º uado del?ey Zom Pedro de Portugal. - O Bipode Tay Dom Lucas Lib. 3.
器 falaua delRey DõPedro, dân9ticia de algúns lugares, &
& feu priuado como de peffoasjà cidades de Epanha,a que os Mou
pafadas,finalhe que efereuia def ros mudaraõ os nomes, hum dos
pois da vida delles, o que naõ po quaes foi Moriana no Reyno de
dia fazer o Conde Dom Pedro. Leão,que agorafechama Catro
Tarafe,
-
Liuro XVII. Da Monarchia Luftaта. -
ºr "
--
Catro, & aqui declara er ella fi
‘. . . . . J
- m
's
-
-
lha de Dom Lopo Dias de Haro,
'cAPiT. xf iii. o qual foi ovndecimo tenhor dé
Biſcaia. Delpbis no titulovinte &
finco eſcreue a muita familiari
Da probabilidade que há dade que teue com Martim San
aráfé não ter Dona Me ches filho donofo Rey DõSan>
tia' de
-
... ,ſ,ſ
º #
mulher le cho 3 Primeiró,& tioáelRey Dö
- -
.# ,
Sañchó o Seguñdo. Vltimaínen
.gitimadama dilRey D.San te no titulo 3 ecreue, que Dom . . .
- ...: Α ο ¿ho Segúndo... ***.º.
Reimundo Viegas de Portocar
زی. )ارﻭ ﻭ:t 23 ) :ن نﯼ: راز, :- . . . ... .
reiro à leuara de Coimbra a Ou
- iº91. §E#Vppoto queaueriguá remjpelaa iartar delRey D. San
W
: D. Toda de Santa Gadea, que o que na quarta parte deta hiſto- 繁 1.'
Harº, Conde dá por amiga a DõLo ria fe propuzeraõ,hum dos quies,* -
» TI- Mm düzenfes
*-
همه
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
- "a . * - - Lib.4. dos
duzentos & oitenta & quatro, de Alcobaça a tresladei, aonde ##
que he o anno já dito de mil du porque no original eftà em breuefoli 66.
żentos & fincoenta & feis.Na fir -o nome de Mécianefta forma.M.
*ma entra a doadora nefta forma: no indice nouo lhe deraõ errada
Ego Żegina Z). J%. praediffam hanc ºmente nome de Maria. -
do, & ainda felhe permitia o ti ILeiria. Z)atum apud Ourem quinto
tulo de Rainha pela caufa que jà Κal.λίανιή Ε, κ.α Σκακνή: Α
difemos. No anno feguinte de 'Era refponde ao anno fobredito;
mil & düzentos & finçoenta & & elRey D.Ioão o Terceiro nos
fete etaua ella no Reyno de Ca confirmou com outrosete priui
ftella, como fe vê na efcritura de legio no anno mil quinheníos &
Gudiel. Eta que referimos feda trinta&hú, o qual e acharà en-Fº,
rà no
-
PPCnic, & do cartorio
2 - - -
tre os daquella confirmaçaõ em
parti
~.
fella, foi por fauorecer a feu tio E pois aqui tocámos a hitoria
o Infante Dom Ioão,que feleuan delRey Dom laime, que princi
...tou com o Reyno por morte de palmëte fe ordenou pofcaula das
- M m 3 contens
se Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
:contendas do Reyno de Sicilia, foi adrnittido,& jurado elRey D.
reſumire as cauſas, & progreſſos Pedro de Aragaõ, pelo direito á
dellas atèete pafo, por fera Rai fua mulher Dona Contança, fi
nha D. Conſtança mãy dá noffà lha do defunto Máfredo tinha ao
Rainha Santalfabel, a que intro Reyno. ConferuoufeelRey Dom
duzio eíta pretençaõ na Coroa Pedro na poffe, contendendo cô
de Aragaõ, & afitir por etetê o expulfo Carlos, que era muifa
na räefma Ilha, & Čontenderë uorecido doSūmo PātificēMar
íobre a pofe dela elRey Dom tinho Quarto. Sentenceou ete
Pedro páy da mefma Santa, &e!- Papa a elRey Dom Pedro por x
Rey Dom Afonfo,Domaime,& comungado,& priuádoo doRey
Dom Fadriqueirmãos della nó đe Ăragaõ, deu ainueftidura
-¡o Defpois que o Papa Innocen a Carlos de Valoys, filho fºgun.
· cioQuarto fºntenceõu ao Empe. do delRey de França Felipe o
radofÉrederico Segundoapefdá Fermo{ò,&fòbrinho do defàpo{.
doImperio,& maiseftagos, mora fado Carlo3.Por eftainueítiðura
reo feu filho Conrado, a quem trabalhou elRey de Frãça de oc
«deixara por herdeiro, & tambera cupar por armas os eftados da
Conradino ſeu neto.Manfredo fi Coroa de Aragaõ, & deu bem 4
Jhobaftardo do Emperador;Prin fazer a elRey ôom Pedro.Deixa?
cipe que erá de Taranto, pre raele em Sicilia à Rainha Dona
tendeỏ o Reyno de Napoles; Contança, & feu filho fegundo
& Sicilia por morte defeu irmão, Dom laime jurado Rey por con
zurita lik.
&fobrinho, que afsi o deixara fentimétodos naturaes. Prendeo
3.C.69.
o Emperador feu pay em tefta feu general Roger de Lauria em
mento. Entrana o Emperador hũa batalha a Carlos Principe de
a herança de Sicilia por via de Salerno, filho delRey Carlos, o
fua mãy Contança da legiti al com o defgoto da prifaõ do
mafuccefaõ dos Reys Sicilianos. lho morreo no anno de mil du
Eitableceofe Manfrédo neftes fe zentos & oitenta & finco.
nhorios, & por defobediencias á Tinha elRey DõPedro man
fez á Igreja, foi dada ainuetidu dado afeu filho, que lhe enuiafe
ra do Reyno de Sicilia a Carlos a Aragaõ o prezo Carlos, & com
Conde de Anjous, irmão de São efeito lho inuiou, mas antes de
Luis Rey de França por Vrbano fair de Sicilia renúciou em DõIai
Quarto, & confirmado por Cle mes o direito que tinha àquele
mente Quarto ſeu ſucceſſor. Poſ. Reyno, cafandofe com fua filha
fuio Carlos oReyno de Sicilia atè Dona Branca. Morreo elRey D.
que por demafias dos Francefes Pedro no mefmo anno que feu
com
- --
º 208
competidor Carlos, & fuccedeo tinho, filho de Dom Mártinho;
em Aragaõ Dom AfonfôTercei irmão delRey Dom Ioão de Ara
roféu filho. Sabida a morte do gão. Morreoeta Rainha fem fi
pay, fé coroou tambem o In lhos, & ficou feu marido com o
fante Dom laime por Rey de Si. Reyno,&falecendo tambemſem
cilia, & fuccedendo depois no filhos da fegunda mulher Dona
Reyno de Aragaõ pór morte de Branca, entrou na herança feu
feu irmão elRey Dom Afonfo, pay Dom Martinho Rey de Ara
fez pazes com elRey de França, ಥಿಸಿqual fez Vicereina de Sici
fazendolhe renunciảr o di eitó 4 ia anora Dgna Branca.Succedeo
a ម្ដុំ 慧器 慧
podia ter ao Reyno de Aragaõ,
pela inuetidura que lhe o Papa nando, 8 leu filho bom Afoho
dera, & renunciou o direito que o Shio, º qual foi filho daquela
em Sicilia tinha a Sê Apotolica, Rainha. Dónaloanpa de Napo
puè pretendiá o dominio da Ilhui les deixou eile Reyño a Dö Èer.
& recebendo por mulhera Dona hando leu filho baía do &o de.
Branca, filha delRey Carlos,que Siciliaa elRey Dom João de Na
fendö Principe de Salerno, föra uarrafeu irmão,&fücoeffordon
prefo,&depoisfiiccedeo doRey. de federiuou a Fernando Catho
ño de Napoles,&Sicilia afeu pay lico; &a feusAucceífores, queres
Carlos,ficou aliuiado, & concor conhecem a herançarà Rainha
dado." i cibe ; . jº º D. Conſtança mãydanolfa Rai
)-.
*** Naố admittifañ os Sicilianos nha Santa Iſabel. : ) : : :
ros cafòu Però Ribeirò com húa Z). Ioannes %artini ا ه
de
۹:ن.
رمrr۷
* - ..
βαίhiή.:-
* ** * * *
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-
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gos, fälad ſöbre asherdades fo gos gêraes,fez no proprio dia c6- ۱۹ .*::
- -
-
- - * * - -
د
fticos: 3° *** :نا، . ': ' | Ao Bipo, & Cabido do Pop.
º Qüd öştabdliaés haö fizefsé to deu as Igrejas de Santa Maria da d.
cartas de compra, & vendá dos de Villa noua, & a de Gaya com
bens dos clérigos: , " . todos os direitos,& a Igrejata m
' Quéòs Ecêíefiaílicos que fo[.. bem de Cabanoés, que feu pay
“º fem â?oma, ou eftudar á algúas lhe tinha dado, & outorgauatu
-
nidadés
鬣
ſeguardaſſem as immu & cutras nais colifas...` ` ` `
dades das Igrejas, & naõ tiraísé Ao Bipo de Lamego, & feu
prefôs dollas. , , tinho dedeu
Cabido a Igreja dė Saõ Mar-1h 33.
Sobre todas etas coufas auía Baldigem,reflituindolhe ό"34,
* *
- - --
*. -
*
:
. .. -- --
- . . . . .. . . . . . (; ; ; .
':'(..) -
. . . i. i. 1
ElRey Dom Dinis.
nando Paes nofo Portugues Me fobre a porta do Caftello de Tdà
ſtre de Alcantara, & Comenda uira no Algarue,que elle mahdoti
dormôr, que tinha fido della. As fazer, aindaque à vltima Regra
litas dos Metres delta Ordem não fe pode ler,diz pois deta mas
conformão, em que morreo ele Ilê1ſ2; tº º, .
no anno prefènté, fem aflinar o Zoom Zinis pela grája de 2)cos
mez, & dia; naő fe lembrariaõ É9 de Portugal, º do Algarve em
dete cerco, aonde as Ordens mi Éra de 24 (CC. xxx, annos mandou
litares a{sitiraõ, & ainda não era fazer ºportal da Alcaceua dº Cafiel,
difficultofo morrer hum taleaua ae Tauira. .*. - - it. . . . .
*. . .. . . . .
-
. .
r-
.
,
(f)) -
-
- - - - ----
・ 。 ○。 annos fé deuia acabar a fabrica
. . . . .. . . . . . ; ;;;; , ,
deita nobre Villa, a que agora
vltimamente elRey daua foral,
He,eta Villa a melhor da Co.
marca de Tralosmontes, ou Proa
uincia Tranfmontana, cercada
qe dogs ríos, a faber, o Corgo,
& º da Ribeira, º Hoje etão
major
ElRey Dom Dinis | 2|}
maior da Villa fora da cerca ve colheote no fim à Portugal,culti
lha, que he murada,& fabricada uado com a experiencia daquel
por elRey Dom Dinis, & tem les dousmetres,auidos então por
perto de dous mil vifinhos. Ofi primeiros nas Cortes de França,
tio he plaino com bons edificios, Caftella, Aragaó, & Nauarra,8c
& hum paço magetofo dosMar affentando experiencia fobre fua
quefes que foraõ daquela Villa. natural bondade, o fez aceito a
Nella ha tres moſteiros de Reli elRey Dõ Dinis, bom aualiador
giofos, de Saö Francifco, & Saö de ſemelhantes homens.
Domingos, & outro de Religio A vinda a Portugal de Dom
fas. Hehabitada de muita gente Ioão Nunes de Lara, fe ordenou
nobre, que (empre coftumou ce refta maneira. Defpois, que o Mriana
lebrar ੰ fetas em hum ànno paffado
João na feruio
tomada, oinfantè
& cerco Dö';'4-*
de Ta- I e
- No foral que de prefente lhe rifa com tanto valor a feu irmão Com. Pet3
deu elRey D.Dinis, confirma Dő elRey Dom Sancho de Catella, ti, ro.
Ioão Martins de Soalhaés, eleito alguns emulos receofos de o ver ே
Arcebipo de Braga, por morte por aquelle bom feruiço mais a-f yo1=
do Arcebipo Dom Martinho. Ceito, T& remunerado daquelle
Cºm. Pet.
Confirma tambem entre os fidal Principe, lhe perfuadiraõ que não
". fit, 44. gos, que naó tinhaó fenhorio, & obrara o Infante com zelo, & a
tenencia de terras, Dom Ioáo Si feiçaõ, fenaõ forçado da obriga
mão, grande priuado que foi del ção, & repeito: afirmandolhe
Rey Dom Dinis, & feu Meirinho que o animo do Infante era mui
mòr. Porfeu pay Dom Simaõ em deferuiço delle Rey, & que
Duroo, de quem tomou o patro «de nouo tragaua inquietagoës a
nimico, & por fua mãy Dona Te fua coroa. ElRey Dom Sancho, 4
reja Rodrigues de Freitas appa dos agrauos feitos ao irmão, &
rentaua com os detes appellidos. de fua parcialidade não julgaua
-& com os Leitoês, & outras fa fatisfaçaõ differente, deu credito
milias principalifsimas. Em feus aos malcins, & difpos logo auer
primeiros annos fefez Dom João - às maõs o Infante. Tendo elle
Simão, ao vfo daquelles tempos, -noticia do cafo, fe foi a Caftro
vaffalo de Nuno Gonfalues de *Tarafe, aonde etaua Dom João
:Lara o bom, & defpois de Dom Nunes de Lara o moço, que he
João Nunes de Lara feu filho,aos no Reyno de Leão, & naõ fedã
quaes feguio nos Reynos de Ca do por feguro naquelle Reyno, fe
- ftella em varias fortunas, com -veio a Portugal com fua mulher
Ygrande primor, & fidelidade. Re -Dona Maria, & fua.fogra_Dona
*::- 4 N n a Ioanna,
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Ioanna, & recolheo toda a famí do a elRey Dom Dinis, mas def.
lia em Bargança. Ajuntoufe logo pois de ido para Catella lhe pô
ao Infante Dom Ioão, feu grande de féruir pouco,a refpeito de mor
amigo Dom Ioão Afonfo, fenhor rereſte proprio anno eſtando na
de Albuquerque,com boa com fronteira dos Mouros. - -
Efremadu
tajalu 79
de Sãtarem.Os Caſtelhanos, que cõ a tomada de Ceita pelos dous ・いで "
então fazião guerra por elRey D. fundadores da caía de Bragança,
- . . . ;
Henrique Segundo, catiuaraõhữ elRey Dom Ioão o Primeiro, & o
filho dete Capitaõ,aprefentarão fanto Condetable Dom Nuno
lho à vita,dizendolhe,que ou en Alures Pereira, fe egurou Epa
tregaffeo Catello, ou lhe emfor nha, de fer outra vez acometida
carião o filho. Valia mais cõ Gil daquelles barbaros; paraáa am
Paes a obrigação da omenagem, bas eftas cafàs deua Eípanba füa
«que a vida do filho,peloque o dei fegurança, a húa na defentaõ ex
xou emforcar, & fuftentou o Cá cluindoos, & a outraſna, inuaſañ
tello por eufenhor. Asi o repre enfreandoos. Daquiinfite eu que
fentou a elRey DõAfonfo Quin naöfem myſterio permitio Deos
to Ioão Soares feu neto em hum fe vnistem oje eltas duas calas no
memorial, que lhe deu dos ferui cafamento delRey Dom João o
ços, que os de fua familia tinhão Quarto com a Rainha D. Luifa
feito aos Reys defta Coroa....….1 Francifca de Guímão nofos fe
Mas tornando a Dom Alonfo nhores, nas pefoas dos quaes, &
Peres de Gufmão, ele ficou triã. dos felices fücceflores, q lhe haõ
fante, & honrado, & com elle a de herdara Monarchia, alcança
a -s ºw. N n4 raӧ
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
raõ ambas as cafas, de Bragança,
& Medina Sidonia o auge de fua CΑΡΙ Τ. ΧΙΧ.
felicidade.là naquele tempo auia
vnião em ambas as familias; por
ue Dona Maria Afonfo Coronel Fundação do celebre conuã
eta bifneta de Dom Freilhe Ro to de Santa Clara de LifE
drigues de Pereira, filha de Ruy boa, com outras
Gonfalues de Pereira, & jà entaõ
О appellido de GuÍmão andaua сои/йл.
na Rainha dete Reyno D. Brites,
& de mais antiguo com o appel, # Rincipiou o Bifoo Dõ 1294,
lido de Gufmaõ tinha entrado a ÈJ8% Ioão Martins de Soa
primeira Rainha Dona Tereja, #lhaësogouernodo Bif
mãy delRey Dom Afonfo Henri * pado de Lisboa cõ tão
ues.Pedro Ieronimo de Aponte, boa eftrea, como foi a fundaçaõ
& Sandoual foraõ os que melhor do mofteiro de Santa Clara defta
aueríguaraóeſta verdade:os anti
Agote lib. Cidade, que alem de fer füa fum
2.4 85. ptuofidade, & grandeza, grande
-
gos não a negaõ, fe a não expri
miraõ;&o Bipo de Burgos Dom ornamento della,tem fido efcola
In Amade
phalsc|?
Fr. Afono de Cartagena, que dos de grande perfeiçaõ, & Religiaõ.
6,75. antigoshe só o que falou na mate A fundação delle efcreuem os an
ria, naõ pode negar fer a fama a naes deftaReligiaöfernefte anno, vrotg
tradição contante, que da fami pela deuaçaõ de húa Dona Ines, ""
lia dos Gufmaês defcendia a Rai viuuade Dom Viualdo, CidadaóÄ"
nha Dona Tereja por via de fua honrado de Lisboa. O fitio que º
máy Dona Ximena: Quam ferunt Dona Ines efcolheo para o edifi
de domo Cwfmanica fuiffe. Dei rela cio, foi o mefmo em que agora
gaõ defte cerco, por fer a caufa vemos a capella maior do gran
delle o Infante Dom Ioão deſpe diofo moteiro da Sãtifsima Trin
dido denofo Portugal,& concor dade. Corrêdo a obra nefte fitio,
rerem no'ininino D.Pedro Afon com o fauor da fundadora fücce
fò tantas partes de fangue Portu deo, que eftando ella hüa noite
gues. E aindaque o cafo fuccedeo ម្ល៉ោះ vio em fonhos húa
o anno feguinte, por concluir as efcada no lugar aonde então ca
. . coufàs do Infante DóIoão, ftigauão os condenados, que he o
- olanceinete me{mo em que oje vemos o con
(?) ucnto de Santa Clara, fobiaõ por
eta efcada,& deciãoAnjos,como
nade Iacob myfteriofa. Adeuota
- - - fenhora,
ElRey Dom Dinis. 21 ;
ſenhora inquirindo deſejoſa omy dar naquellestempos âmaliada bê
terio da efcada que fe lhe repre á mercancia. A finco de Feuerei
fentaua: ouuio huma voz que lhe ro do anno de mil duzentos & fe
dezia. He vontade de Deos, que tenta & oitd deu elRey D. Afonfo
o mofteiro,o qual começafte a fa Terceiro a villa da Lourinhãa a
bricarpara as Religiofas,deixado feu filho o Infante Dom Afonfo, &
o primeiro fitio, ó fundes nefte, nefta doaçaõ,entre os pobres que
donde haó de ubir ao Ceo mui a confirmão,entra tambem Dom
tas almas. Para final, & proua de Viualdoneſta formá:Zen Ziual. tu utj
íta verdade acharàs nefte lugar dº Censes Cidadão de Lisboa. Foiito biºfíº
huma Cruz formada de duas pe hú anno antes da morte delRey ؤfil.t لا م
dras. Admiradå, & obediente e Dom Afono, & do reynado del
leuantou Dona Ines, & fazendo Rey Dom Dinis, & defafeis antes :
logo de manhãa diligencia nolu defte. . . . . . ;.-- : - ..:: … : ¡
ar afinalado, achou aquelle fi Dona Ines fua mulher fundou
nal de nofa faluaçaõ, cõ que lhe Santa Clara no anno feguinte de
tinhaó marcado o fitio do Con mil duzentos & oitenta & dous;
uento. Mudou entaõ a fabrica 4 era ainda viuo Dom Viualdo,co
tinha principiado para ete fitio, mo confta da doaçaõ do con
& naõaleuantou mão da obra, a uento de Santos referida atraz.
tê a pôr em perfeiçaõ, com tanta Durou a fabrica tempos, & affi
magetade dotado, que he hum ainda no anno de mil duzentos &
dos primeiros á hänö Reyno. ' nonenta & oito a Igreja não era
, Äqualidade de Donalnes nãd acabada. Faleceo no anno (obre
alcançamos, mas bem fe deixá dito Dona Confiança Mendes de
ver de taõ nobres penfamentos, á Soufa; mulher de Dõ Pedre An
o era ella, & que alem da nobre hes de Portel, peſſoas bé nomea
za, tinha cabedal,& fazenda para das neftâ hiftoria, & entre outras ¿¿¿
emprender taõ grande fabrica, mandas deixou efta: Item manda, firm.
- -
Natural de Eturias dizem. que e.- Zonnas de Santa (lara de Lisboa vin- “
ra. Dom Viualdo feu marido era te liuras para a ºbra da Igreja. No
Genoues de naçaõ, Cidadaõ de tempo prc{ente vemos nôs eta
Lisboa, aonde deuia refidir por Igreja aperfeiçoada em forma, 4
repeito da mercancia, que cha iguala ás mais áceadas da Chri
mou a eta cidade muitos Cida ftandade. ~~~,
dãos nobres dasRefpublicas deIta No Coro baixo, que tem as
tia, & naturalizados em Lisboa, Religiofas ao lado de huma cap
eraõ admittidos aos foros de Ci pellãna parte do Euangelho, eftã
dadaõs,& gouerno della, por ad t tumulo de pedra pequeno
entro
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
dentro dehum nicho, & nelle eſs do, tocando as partes lefas com o
critas eftas palauras : J4qui ofîão os bordão defta ferua de Deos. A
ofes de z.Ines, quefunăou fie mytei Rainha Dona Caterina experi
ro no anno do Senhor de mil trezentos mentou tambem feus fauores, &
«» trinta. Como o epitafio he mo muitas outras pefoas. Cõ iguaes
derno,& foi feito na tresladaçaõ marauílhas acreditou Soror Lea
dos ofos da fundadora, não he nor dos Reys (outra Religiofa da
muito que fe enganafe o efcritor me{ma cafa) a inteireza de fua vi
no anno da fundaçaõ que alyapó da; & muitas outras Religiofas
ta, fenão he, que fe refira a tresla exéplares a autorizaraõ fempre,
dação dos ofos deta matrona, q & a futentão. -
#" no de mil & trezentos & vinte & tras familias illutres. No titulo
quatro, a qual fe conferuano nof 38 ſeequiuocou o tresladador do
fo moteiro de Odiuelas, aonde Conde, dandolhe por marido a
ele firma deta maneira: Afon/ D.Soeiro Pires de Azeuedo, fen:
2ominici Salgado (anonico Sylued?.Fr. do cunhado feu, cafado com fuá
:* Aluaro Garcia Salgado foi Co irmäa D.Conftanęa. ;:s
"mendador de VillarTurpim,ſen ''o certo he que foicafida Dos
do da Ordem de Alcantara;& Al há Tereja com Mem Soares de
feresmòr della no tempo do Me, Mello,fid
que a igualaua em
tre DomDiogo Sanches,que faio nobreza. Oalgappo ell ido que primei
eleito pelos annos de mil duzenº royfou Mem Şoares,foid de Al
- -
: : ;' ) t. :
t
Dom Pedronotit,3o.do qualcö
cAPir. xx. ri , fta á defcendencia matería defié
. . . . .
} ,
-
* - -,-----
-- -
- - - -
-
- -
ºf. fidalgo,deriuada de Dom Gomes
Mendes Gedeão, que pela baror
- Da noticia das familia: nia defeu pay Dom Reimão Paes
- dos AMello;, & Såspór . 驚
.era dos de de Vilela, como
, נ.רואיו eiſte temp .4 , 2 ΑΑ -
ld 45 .. . . . : ...,
$ Efte anno deu I)ona „ÑÎóu MemŚoáreŝoappellido
、デ。 § § Tereja Afonfo Gatta ¿eMello defpois que teñë.g feº
機巡霧驚鷺 nhorio da Villa de Mello, de que
* de Mello humas dafas he appreſenteſenhor Estévãošoa
na cidade da Guarda para a Ca fesde 醬 به با鷺
pelláde Santa Caterina, que inftir ¿com:o mefiga appellido eftédeg
tuio no nofo Mafteiro de Macei ម៉្ល
radaöfituado humalego de Vir #ia em mui tas caía
េ ះ
mor
s de ga:
feo, & quatro da Villa de Melo, ºpuត្lates,ខ្សន៏
com licença delRey Dom Dinis Adgs Moºre:Gend
de
-- Liuro XVII, Da Monarchia Luftaun.
de São Lourenço, & Açumar, & duas aruores, hüa de cada parte
a dos Marquefes de Ferreira, ho com ſua aue emcima; aſsi eſta6
je Duques do Cadaual. em hum finete antiguo da Villa,
-A via por onde entrou o fe que conferua Eteuão Soares, ho
nhorio da villa de Mello a Mem jefenhor della, o qual tem etas
Soares,me não conta de certo;o letras ao redor: Sºlodo Confºlho de
1.f., que declaraó as inquiriçoés del .2terlo. O Conde Dom Pedro no
Že Rey Dom Dinishe, que pouoara liuro das linhagês por Merlos no
Gonçalo de Sá eta villa, & que mea ordinariamefiteaos defta fa
dera húa parte à Sè de Coimbra, milia, que naõ necefita debufcar
outra a hereos,& ametade deixa outro folar, pois eta Villa de
ra a fua mulher, & que ao fazer a Merlo, ou Mello he taõ certo, &
inquiriçaõ, a trazião, & pofuiaõ taó autorizado.
hoñrada,aviuua de MemSoares, Em França pelos annos de mil
& teus filhos. Daqui me perfuado, duzentos & feffenta & quatro
Iue como o poüoadof Gonçalo mcrreo Dona Margarida d Mel
de Sânão deixou filhos,a mulher lo, Maricalela do Condado de
por parenta, ou de Mem Soares, · Champagne, ou Campania, co
ou de fua mulher Dona Tereja mo rós dizemos, a qual com o
lhe largou ofenhorio deta Villa; Marichalfeu marido eftà fepulta
&a nã5ferito,pode ferlha com da no conuento de Ripatorio da
praſſe com beneplacito delRey noffa Ordẽ, do Biſpado de Tro
D.Afonfo o Terceiro,com quem yes da mefma Prouincia.O epita
teue muita priuanga MemSoares fio della tresladou o noſſo Gaſpar
de Mello. º Gonjelino no liuro da noticia gè
- Com variedade fe ecreue, & ral das Abbadias deta Ordem,
ႏိုင္လို႕emPortugal,& Caſtel & he o feguinte. - - * * * **
* : mos com elRey Zºom leão, & com ºu Ioão de boa memoria, & afim
? … : tros Rey de Cafiella atá ofeu finamen- nelle eftà a fazenda dos Sàs au
fºlii.3 to, afim em começº do cerco de Lisboa, thorizada, & a memoria de fèu
Çr da batalha Real, comº em todolºs quinto auõ Ioão Rodrigues de Sà
mefteres de guerra ет фиато durou,6* não efquecida. As armas dos Sàs
ainda na tomada de (ºpta, é por nos decreue Ioăo Rodrigues de Sâ
prazer fia nobrefama decaualeria,non neftas coplas;& com'éllas deixa
tam sómente fer galardoada a ele em remos por agora efta familia em
havida, mais ainda depois de/ua mor que falamos por occafiaõ de
te, polo del, afeusfilhos, o que em eles Gonçalo de Să, pouoador, &
polofeu,feja conferuada, é acrºfen primeiro fenhor davilla de Mel
tada, có remembrada fua boa memo lo.
ria,cºfama, & por darno; bom exem-.
plo a todos para terem vontade de bem | Nos efcaques celeftriaes
fazerem, & Jeruirem, é obrarem de Edeprata eftà moftrado
O o 2. O mui
• Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Onobre, & muihonrado, ºs principioufiafundaçaó, & fabri
E por batalhas reaes, º, ga, cómo confta da carta de do
--
Sangue de Saa derramadº a tação, & fundação, & de outras
| . Se
Com que o Romão Columnes memorias...Antes.á a relatemos,
me ur9udatrauès,..
- -
::* conuem dar priméiro noticia do
- - - -- - -
- - - - - - - -- - t
º
dos Colonas de Roma; mas acla ... He pois de faber, que faindo
- * ** * * * * - * : - - - - S2
rando mais as armas, tem os Sas elRey á monte no termo de Be
o campo empequetado, ou enxa ja, encõtrou em hum fitio da fre
drefado de prata, & : azul de feis guefia de São Pedro de Pomares,
peças em faxa, & portimbre me que chamáo Belmonte, junto de
io bufaro empequetado de prata, htías rochas na ribeira de Odia
com ha argola de pratánas ven na hum Vfo conhecido naquel
tas. · , , , ; ; : : - le ditricto por de grande feroci -
Ardina ZDeos Zey de Portugal, 6 do. Algarue, forão São Dinis, & São Luis, am
醬 em/embra com m96a mulher a Kainha bos eles eraõ Frãcefes; hum pro
maiº 2/abel, é com nºjos filhos Infante tector daquella Chriſtianiſsima
fº "2º. Zºom. Afonº, filho primeiro, e herdei Coroa, & outro Frances porna
ro, & Infante Z. (ofiança, a honra de tureza, neto de Carlos primeiro
Zeos, e da Virgem Santa ºtaria, 6. Rey de Secilia, irmão de Saõ Luis
*etoda a corte celifial, & ºpecialmen- º Rey deFrança.Como a Real cala
*- ------------
---
dos
ElRey Dom Dinis. - 22ඪ
dos Reys dePortugal federiua do uação,&o inuocafenaquele peº
mefmo tronco, & afcendencia rigo, que por todo o difcurfo dos .
delRey São Luis,cujos defcendê afinos fùbfequentes,acharemos a
tes gloriofamente vierão leuantar elRey muitas vezes em Beja, em
o ceptro Frãoes no grandeHenri cujo territorio foi o fuccello. Cõ
que Quarto, & nos feus fuccefo tudo não hepara deixar de pon
res, razão he que atè os Santos derar o verifimil de poder auer
FrãCefes nos ajudem a conferuar fuccedido no anno paffado de
os Reys, & Reyno, & não he pe mil duzentos & nouenta & qua
quena gloria delRey Dom Dinis tro,tempo em que São Luis tinha
fer tão particularmente fauoreci acquirido grande fama com feu
do dos Santos.Sendo moço,já vi exemplo, fantidade, & milagres
mos, como o liurou São Frei Gil, que obrou em vida, & affi bem
· agora o emparou Saõ Luis Bifpo. podia elRey inuocalo por ete
De {eu nafcimento fentio o patro tempo. Pelo mez de Nouembro
cinio de Saõ Dinis, & defpois de do atìno fobredito efteue elRey
cafado logrou a cópanhia de fua em Beja, &aly aforou para femº
conforte a Rainha Santa Ifabel pre huma ortafua no termo deta
atè a morte. Grandes deuião (er Cidade,aonde chamão Cardeira, 鷺
os quilates de hum Principe tão a Mem Pires, Em vinte & dous”
fauorecido do Ceo como efte. - do mefmo ha outra efcritura fei
O fauor doliuramentodo Vſ. ta tambem em Beja. . ..
fo não me parece, qferia atè ete Nete tempo fairia à caça, &
anno, mas não o tenho porim fuccederia aquelle cao, & por e
posiuel. A tradição anda em cir fa razão pafando no Ianeirô defte
cuntanciar o antio em que fucce anno feguinte de mil duzentos &
deo, & afsi auemos deaprouеitar nouentă & finco à Eſtremadu
- nos de conjecturas.Diz que feva f3, chegando' a Lisboa, feoccu
leo elRey de São Luis, cujas ma paria religiofamente nafundação
rauilhas, & milagres o tinhão a - de hum Mofteiro da inuocaçao
creditado na Chriſtandade; eſte do Sárito defeudome,&feu pro
| Santo morreo dous annos adian tector; parece que com a expe
- te defte, no de mil duz3tos & no ºriencia actual de quáto feganha
uenta & fete; & como os Sántos com os Santos, & conuem felos
r , depois de mortosfoemfer mais , Propicios paraogcafiáo de peri
venerados, & repeitados, pode gos, & necelsidades, qual foi ada
fer que em algum daqueles an ' Vffo, fe applicoua fundar o Mo
nosädíante, còmafama quedel ftçiğ değdiüellis.,
· le corria, creceie em elReyade- | Masſendo elle da inuocação
-- -- *
-
* * * * ***
: 3 X 3 C
-- * *
.
rotector (eu, & outro por deua Em fim elRey Dom Dinisfe
çaõ mais freíca. Não henouida refolueo em fundar o moteiro de
de multiplicar Santos para vale Odiuellas nefte anno, a vinte &c
dores, tendo a deuação a outros fete de Feuereiro etando em Life
mais antigua.Na famofa batalha . boa,aonde tinha chegado partin
de Alcorås leuando elRey Dom do de Santarem pelo mezantece
nţ.4 s. Pedro o Primeiro de Aragaõ por dente de Janeiro. E não femmy
Jºãº dº "valedores a Saõ Ioão, Saõ Indale teriofe pode cófiderar vir elRey
Peña lib.4
کهpa ه.8 fio, & SaõVitoriano, tomou na Dom Dinis de Santarem em la
quelle campo por valedor tambê neiro para Lisboa a edificar hum
6 Martyr S. Iorge, dandolhe oc .molteiro para feu enterro,& mor
cafiaõ para felembrar dele húa :- rer na propria villa de Santarem
- Ermidà do Sãto que ali auia.Naõ no mez de Ianeiro de mil trezen
. auia efte motiuono lugar donof tos & vinte & finco, donde foi
fo cafo, mas a força do perigo fez trazido feu corpo para a me{ma
lembrarfe de São Luis, alem de fepultura de Odiuellas. -
*
gados justamente a ºferecer por Vºff. º
CAPIT. xxii.” .. . . . . - -
- - ti
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
raö vltimamente as de Odiuellas
Eu naõ fei em que a moderaçaõ
alcançar a relaxaçaõ della,para
confiftia; porque nas fegundas fi amai or louuor de feu recolhimen
Ca o ponto da claufura no mefmo
no anno adiante de
aperto,& ordenado ainda por el to, porqueos&
Rey expreamente, que naquelle miltrezét dezanoue, gouer
moteiro não ouuefe mais, que só nãdo já Orraca Paes terceira Ab
, ao tempo da qual as Có
huma porta, & efa a da Igreja. badeçaçoé
Foraõ feitas as Contituiçoés fe ftitui s primeiras etauão dif
s, ellaeomo Religioa, &
gundas em Lisboa a quatorze de enfadaant
lulho do anno de Chrifto de mil e
obferu dio s
perfua a fua fub
ditas, que aceitafem o rigor da
& trozentos em prefença de Fer
naõ Paes Porteiro delRey, Dom claufura,& agradeceffem a elRey
Ioáo Simão feu Mordomo, Mar fou padroeiro com a reformaçaó
tim Lourenço clerigo delRey,& o muito que lhe deuiaõ. Naõ foi
de Frei Giraldo, Frei Ioäode Sin difficultofà a perfuafaö, & cófen
tindo todo o Conuento na refo
tra & Frei Pedro Religioſos da
noffa Ordem. Deuiacõtudo mo luçaõ da Prelada, chamaraõ a
o falues Tabaliaõ de Lif
derarſe eſte aperto da clauſura Ioã Gon
em outra ocafiaõ, por fernaõ cu boa, & diante dele fendo tete
fumada em Portugal nos con munhas deta acçaõ Fr. Ioão Cõ
uentos de freiras da noffa Ordé, fefor delRey Dom Dinis,&Prior
ainda que os inconuenientes, que de São Domingos de Lisboa, Frei
dea nao obferuar refultaraó,obri Domingos Vicente monge de
garaõ a elRey a intituila nete. Alcobaça, & Capellaõ delRey
DõDinis em Odiuellas com ou
O Beato Arnaldo fegundo do
nome, & decimo oitauo em or tros monges do me{mo motei
dem dos Abbades de Cifter, or ro, fe fez hum publico intrumê
denou no Capitulo géral pelos to, em que a Abbadeça fobredi
annos de mil duzentos & treze, ta, & mais Religiofas promete
amen
que asReligiofas denofa Ordem raõ, &fe obrigaraõ publicora
guardaffem eftreitamente clau te por fi, & por uas fuccef s a n
fura, porem naõ foi recebida em guardar claufura voluntariame
Portugaleta Contituiçaõ,como te, femauer out ra obrigaçaõ que
tambem o naõ foi a do Capitulo, as contrangeffe , final de que as
Periculoß, do Papa Bonifacio; em Contituiçoensprimeiras efauaõ
que gèralmente ordenaua o meſ inualidadas,o ófeconuence,poró
'mo. Como a eftreiteză da clau neta obrigação vltima da claufu
ra deixauaõ liure à Abbadefla a
fura era taõ eftranha ás Religio
fas dete Reyno, parece que vie dar licéça para entrarem noftei
- -
mo
ro,
- - - - - -
. . . * . . . .
' ' El Rey Dom Dini..' ' ' aa, .
2 . - ! .. -
šŠtesforaóosprincipios
ſte ម្ល៉េះ
င္ဆိုႏိုင္တူ గ #do, Real môiteiro de 119y.
iodiuellas,& astresno
Jigofästinhaỗdelheir reiär ſens
xញុំខ្មែafep, * ー *meadas, fuas tres pria
pbrigagaö á fizerâö deepſerra tneiras Abbadeffas,D.Elmira Fer
mºapok,ដំ១ nandesnDiContábça Lourenço,
corpo da Igreja para efte efeitº, &Grrāĉa Paes.Vierão.eßas Re
& o pedia.oaſsia elBey dizédo, igºmotes deAQuca
-: '# mereenemuinobre orāತಿಷ!
cõ9utras mais, á formaraôhum
fenhor Z.Ziniºpela graç4 de Zeusãº
சிாழ 4.4:க் . - antecentento, Bo pay de D.
Efsädee« miºzºne ឬaºnhg១១:ADpg -
pacidad j fe agafalharem.
Deüia elRey de agalalharaAb Entraraó ell as no mez de Março,
-
- * *
* , , -"-
لا يكس " : قال.. نع: وأضاف. " não procedeo de efcaceça,&odio
¿QNTINVAVA cada contraeteetado, fenão de húa
$; dia finaisagrandeza;& bem confiderada policia,haõ en
%piedade delkey Dom côtrada com a piedade Chriftãa,
* Dinisem ennobrecer, pois apenas auia lugar algum de
*... .
& acrefcentar ete (eu Moteiro dicado a Religiaõ; que logó naõ
'de9digèllas,&fem faltar ao que foſſe diſpiſadonaleſ,8 franquea - -- - -
pedia fua grandeza, ຖàordciKod do. Antes vemos taó liberal el ***
- יין זיו ז
[quccido datopode confideº Rey Dom Dinisneta materiá,4 * .. . .
.... . -* * r -
* ambos,
ElRey Dom Dinis, 3 #7
ambos, pelo qual concede hum algúas violencias,& mortes, que
1orre do
anno de indulgencia a todas as forão caufa de grandes trabalhos
Tēģolib.i. pefoas que viftarem a Igreja afeu filho,como tambem o forão
Ei, fil, dete Conuento nos dias do Na feus fobrinhos, a que elle quiz fer
2.I.
tal, Pafchoa, Pentecoftes, feftaspreferido, fendo filhos legitimos
de Nofa Senhora, & Apotolos, de irmaõ mais velho, letigio quë
& nos dias de S. Dinis, & S. Lou ainda oje naö anda efquecido inoš
renço: & aos que a vifitarem nos defcendentes delles. .. !
oitauarios detas fetas, cem dias: . Deixou elRey Dó Sancho tres
ac in eodem Eccleſiſticam elegerintԹ filhos,& duas filhas da Rainha D.
pulturam. Maria fua mulher, Dõ Fernando,
que lhe fuccedeo no Reyno, Dõ
CAPIT. xxv. Pedro, Dô Felippe, Dona Ifabel,
& Dona Brites. Era a Rainha D.
Maria filha do Infante D.Afonfo,
| Da morte delRey D. San fenhor de Molina, irmão delRe
cho de Cašiella,tom o ešia Dom Fernando o Santo, auó del
do daquelle Reymo, que Rey Dom Sancho,por onde fica
uaefta Princefa emiterceiro grao
abrio a elFey Dom de confanguinidade com el Rey
Dinis outros
feu marido. Naõ pode elRey Dõ
¿ntentos. Sancho alcançar nunca difpenfa
çaó de Roma para fe validar o
#Orete tempo em que
*33 - - - - - - -
matrimonio, & aíši fendo os fi~
elRey Dõ Dinis etaua lhos ilegitimos lhe deixou mui
toccupado em boa paz arricada, & contenciofa a pole
na fundação do Motei do Reyno.O PapaMartinh6IV.
ro de Odiuellas, apertou a enfer repugnou rijamente ás füpplicás
midade em Catella a elRey Dõ que felhe fizeraõ; algunsfe per
Sancho feu tio em Alcala de He fuadem que o deuiaua elRey de
nares por Ianeiro defte anno, & França Felippe o fermofo, pára4
fazendolhe mudar fitio aMadrid, ficando ilegitimos os filhos del
& Toledo,veio a falecer neta ci Rey Dom Sancho, repitiem có
dade a vinte & finco de Abril. Foi maior direito a Coroa de Catel
elRey Dom Sancho Principege la feus primos Dom Afono,& D.
nerofo,& de valor, mais para ref Fernando, filhos do irmão mais
peitado,4louuado,por feintrodu velho delRey Dom Sancho,& de
zir no Reyno excluindo ſeu pay Dona Branca filha de S.Luis Rey
da Coroa, a qual futentou com de França, na me{ma formá per
filtirad
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
fiftiraõ feus fucceffores Nicolao rem, ou ccnfurarem os procedi
InCntOS.
uarto, Honorio Quarto,& Ce
B%tiiur ad
an. 130t.
leftino Quinto.O Papa Bonifacio Achauaſe o Reyno deCaſtella
ті 9. Oitauo concedeo a difpenfaçaõ neta occafiaõ com o fenhorio de
Chron. del
Ry D. Fer
no anno de mil trezentos & hum, Bi[caya, dado ao Infante D.Hen
mando 4.- dia de Santiago, tendo no difcur rique, tio delRey Dom Sancho,
ճնք.1ջ fo deftes feis annos padecido afaz que nefte anno chegara a Hefpa
de trabalho com os competido nhaliure do catiueiro, cm á efte
res, elRey Dom Fernando, & fua ue vinte & feis annos na Prcuincia
mãya Rainha Dona Maria defde de Pulha, ficando catiuo nas con
o anno de mil duzentos & oiten tendas de Còradino fobre o Rey
ta & dous, em que o Papa Marti no de Napoles. O Infante D.João
nho Quarto mandou, quefe diri irmão delRey defunto refidia no
miffe aquelle matrimonio. , Reyno de Granada, abrigado do
Tinha elRey Dom Fernando, fauor do Rey Mouro,depois que
quando feupay morreo,nouean o anno atraz fè leuantou do cer
nos,& quatro mefes de idade,ne co de Tarifa, & daquelle lugar
ceffitãdo o etado em que o Rey etaua à mira fiado na pretençaõ
no de Catella ficaua de hum fuc que tinha, conforme à nomeação
ceflor capaz, & apto para futen doteſtamento de ſeu pay,que elle
tar, & affegurar taögrande ma jà intentara. Dó Diogo de Haro,
quina. A prudencia, & valor da irmão de Dom Lopo,fenhor que
Rainha Dona Maria fua mãy fe fora de Bifcaia, que elRey Dom
cõtrapos a todas as difficuldades, Sancho matou injuftamente, vi
&acomodou tudo em forma,que uia defcontente em Aragaõ, para
futentou no Reyno ao filho, & onde fe retirou receofo delRey, º
veio a fer ainda tutora do neto, &aggrauado. Dom Ioão Nunes
em cuja menoridade fe offerece fenhor da caía, & etado de Lara,
raõ graues contendas. aindaque fauorecido delRey Dõ
Asem que entrou com a mor Sancho,inclinaua á parte de Dom
te delRey feu marido, foraõ mais Diogo,& tambem do Infante D.
perigofas,& trabalhofas pelos for Ioão, cuja mulher era fobrinha
çofos oppofitores que teue. As de DõDiogo, & ainda o me{mo
caufas de cada hum delles fe lhe Dom João veio a cafar com húa
contrapor,declararei porque en filha dete Infante. D. Ioão Afon
trou elRey DõDinis parcial, ora ſo ſenhor de Albuquerque eſtaua
de huma, ora de outra parte, & prefo em Galiza, & aindaque o
he obrigaçaó decubrir os moti mandou foltar a Rainha D. Ma
uos que teue parafe lhejutifica ria, feguio as partes da comodi
dade,
3.2%
dade, & naõ do agradecimento, naõ ficando à Rainha Dona Mãº
_como tambê fizeraõ outros gran ria de quem valerfe para a confer
des homés daquelle Reyno,guia uaçaõ do filho, mais que os Reys
dos cada húde feus particulares. de Portugal,& AragaõDom Di
Sabida a noua da morte del nis, & Dom Iaime, que o Reyno
Rey obrou em todos muita va de Nauarra eſtaua entaö vnido à
riedade de penſamentos,E ſuppo Coroa de França. Tinha a Rai
¿ to que o nouo Rey D. Fernando nha D. Maria muito fundamento
delRey D5
§,' foi logoj urado em Toledo por para côfiar do focorro, & afsité -
** II, morte do pay,&o auia fido ainda cia dos Reys ambos, pois era Dõ
#; em vida dele,& defpois nas Cor laime feu ĝenro cafado com Do
fará", tes de Valladolid, & em particu na I{abelfia filha; & Dom Dinis
*** lar lhe defem obediencia como tinha tratado cafamento de fua
a verdadeiro fuccefor o Infante filha D. Contança com o fiouo
Dom loåo, & Dõ Ioão Nunes de Rey Dom Fernando por onde fi
• Lara; defpois da m9rte. del Rey caua como em caufa prºpria in
Dom Sancho não etiuerão pelo
pomeoDuof ellespor de perdeo em breue a pobre Rai ငြှိုုင္ငံႏို
ႏိုင္ဆိုႏိုင္ဆိုႏိုင္တို & aos mais caufâua Portugal, nha,& fe vio deemparada asi de
como de Áragaõ por
'duuidas o admittir por Reya Dö
Ferñándo,
rい ( : ،.K '2 por ferillegitimo, co eta maneira, re
*** : * ~ *. ..* * :* ~ * .
:** ,
ce
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"… م-nando,irmaõ
. . . . ) نی: mais; velho
:* : *do mef.
* * * *.c( ۔3
鬣 oReyno sap.tes ဖွံႏွံႏိုင္ဆိုႏို
mo Ré Boiſ Sancho Eſtesdows _de Sicilida Para maior fegurança
figuranç. ***
ក្ញុំខ្វើ
- . م ة أ د- ! " ، " : : و " م " السلام، " : " ن ي ه ا ي س هن. 蠶
laimėcomiñona Branca filhado
、ひさご平
ຕລ໌ⓞrest Ⓑattligd Xatia
do Reyno de Aragã5 pelos im Carlos,&opapa diftoluefie o ma
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* * ** * *
'tofibiÍiÍāiëih
9|| 111t ហ្គ្រា apŕċċitāf feiidi trimónio da Donalfabel pelo im-.….…,
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vinte:&n . . .*
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ႏိုင္ဆိုႏိုင္ဆိုႏိုင္တို
- º ,
-
t
ετεμάιέξύtinίοφείchichίο βάεΐίξdiύercio, κ. *醬 -
ぶ.で*。、二-
*** Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
Domlaimedeobrigado, fe rece de Lara, & defpois delles a Dorf;
beo com Dona Branca pelo mez Rodrigo Metre de Calatraua,Pe
de Outubro. Nefta forma teue ro Dias de Catanheda, & Dom
lugar elRey de Aragaõ naõ para Ioāo Fernandes de Lima, huns,&
faltar com focorros a elRey de outros fe conformaraõ com o D.
Catella, fenão para o inquietar Diogo, q em breue fefez fenhor
'na conquifla do Reyno de Mur daquella Prouincia. Ete DõJoão
'cia, fauórecendo os Lacerdas có Fernandes de Lima era filho de
tra ele pela contêplaçaõ delRey Dõ Ruy Fernandes de Lima, de - *
- ا
للها
وبديل، que auião defücceder em Catel
-
* CAPI۔Т.
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la, de que elperaua tirar grandes
** * * r3
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: . , . , : : 3 . . ,
'emolufhentôs,fe partio děř.isboa
para a cidade da Guarda, por fer
i Parte elBey D. Dinispa parte mais dipota para o que in
era a cidade da Guarda, to "tentaua, antes deter a noua certa
¿eadfe cvarias coufás déife 'da morte de feu tio. Sobreueio
(ella a vinte & finco de Abril, co
tempo, é a liga que elRey 'motermos dito,& elRey aosdoze
.
é º fez tom o Infante
- . - " في .. *.
do proprio mezeſtaua ainda sm
…s.v. * . . . . -
Dom
‘. .
Ioäo. ->, - * « * : -* * *
"
* * *-* -: , , ; ºr
Lisboa.Nefte dia lhe deu o Con Lib.4.f4
* * * * * *** - i. - *---- * * " - ---
telo depoſſe. -
Obrigauao tambem muito a
Refolucofe elRey Dom Dinis comodidade que fe lhe oferecia
a fauorecer efte Infante, naö ob de dilatar o Reyno, acre(centan
ftante ter contratado cafamento dolhe Cidades,& febhorios, pot
de fua filha a Infanta Dona Con ue o houo pretenfoŕ Dom łcád
ftançacom elRey Dom Fernan 醬 de cabedalhe auía de ven
do. E dezia ele, que fem nota der, as que lhe bem èſtiueffenn;
de quebrantamento de palaura fendo efRey taö fobrado de thea
o fazia; porque quando o con fouros. Naõ faio o difcurfo cofm
trato fe fez em tempo delRey falencias. Por trezentos & quinº
Dom Sancho lhe facilitaraõ a le ze mil marauedis Leonefès lhe
gitimaçaõ com que Dom Fernã comprou elRey Dom Dinis logo
do ficaſſe Rey pacifico, 8 juri a cidade de Coria, & feu Caftek
dico, & que fora tanto ao con lo. Afi o confeffa o mefmo Iti
trario, que por eta caufa enten fante por carta fủa feita em Cá
cearão os defeu Confelho em fa ſtro # a dezanoue de Nouë
uor de feu tio. Alem de que fo bro do amo feguinte de mil du
bre a jutiça, que lhe naõ acha zentos & nouenta & feis, ha quat
uão, tinha o Reyno mui traba fe intitula Rey de Leão, Galiza,
lhado : inclinada parte delle ao & Seuilha, & diz, que fe obriga a
Hnfante Dom Ioão, Biſcaia occupagareta quantia, fe Coria fofe
pada, o Reyno de Murcia amea" ganhada por outro oppofitori &
gado delRey de Aragão, Anda naõ pudefe elRey Dom Dinis
luſia inquieta com a guerra de reter o fenhorió : na forma
Granada, & o retante expoto à da carta de venda que lhe fizera.
inuafàó defeus primos os Lacer O original della ſeacharà naga
das, que em Aragaõ fè etauão ueta 驚 contratos do Archiuo
preparando aísique não era pru Real, & otreslado no huro egun
dencia perfitir em cõ{eruar hum do dos direitos Reaes às folhas
體 que taó duuidofo tinha o cento & feffenta & fèis.
Osnoſſos Chroniſtas dizem
enhorio, tendo maiormête mui
ta parte dos ponos, & dos gran fummariamente,que elRey Dom
des duuidofos, & alterados. Que Dinis entrara em Catella por lhe
ajudando ao Infante Dom Ioão não cumprirem a palaura do ca
fundado em fua jutiça,podia fair famerito; & ģentão ganhard Riba
ԳՏ * de
, Liuro XVII. Da Μonritisfutum.
de Coa, Serpa, Moura, & outros cedeo que fe naõ efcufafem en
lugares. Tres vezes em annos taõ os cafeiros dellas por diuidas,
differentes, & co differentes fins ou direitos; & porque o anno (e-
entrou elRey por ete tempo em guinte querião executar os cafei
Catella, & nunca intigado da TOS វ្នំ de Ferande, Villa
falta da palaura,á naõ podia auer boa, & Lourofa, que eraõ de Do
nos que necesitauão de fua aju na Berenguaria Aires,fundadora
da, & de fe apartar com elle; os do noffo'mofteiro de Almofter,
autores Catelhanos faõ os que alcanfou ela carta delRey, feita
notaõ a elRey Dom Dinis de fal em Coimbra no anno feguinte de
to na palaura, feguindo a Chro mil duzentos & nouenta & feis a
nica antigua delRey D.Fernando oito de Iunho, pela qual manda
Quarto de Catella, que vai mais ua aos Iuizes de Getaço, & Gou
conforme às efcrituras,& memo ueaćs foffem a aquelles lugares,
rias autenticas fobre que vai fun & fe informalem fe os trazia por
dado meu difcurto,irei ditribuin honra o anno atras a Dona Be
do as coufàs direitamēte, & acu renguaria, paraque fe füfpendeffe
dindo ao credito, & primor do a execuçaõ pela caufa apontada.
Rey de que ecreuo. Sabede bem, é direitamente fe tragia Carturi*
eeslogares por honra,primeiro dia de de Almºf.
ter lib. dt
CAPIT. xxvII. ...Agºfio da Era de trinta (£r tres amnos, Báira, Ğ*
4ue eu fiz ºpregºar para irem comigo a Entre Dou
! as villas de Serpa, & Moura com · a Rainha Santa Ifábel,& toda fiia
|
|
º feus termos,& Catellos,as quaes cafa, acompanhado todauia de
o andauaê vfurpadas á Coroadefte , boa gente de guerra,que he a fiá
|
Reyno, fendo conquitadas pelos ça com que le reduzem a cum
. Portuguefes, como fedeixa eferi-- primentó as promefas dos Reys.
: : “to na terceira,& quarta parte de Etauão heta Cidade vindos de
ſ {*ahiftoria. Na mefma forma fe . Salamanca elRey Dom Fernádo,
r obrigou a fazerlhe entregar as
a Rainha Dona Maria fua mây,
* villas de Aroche,& Aracena.com. ¿ os dogsfafAntes DöHenriqüe
G33 tutos
- Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
tutordelRey, & Dom Ioăonoua Fernandes Cogominho.
mente comelle congragado. Ra Em todas etas cartas e intitu
tificoufe o contratado pelo Infan la o Infante Dom Henrique tutor
te Dom Henrique com elRey D. delRey Dom Fernando,& Guar
Dinis, & o mefino Infante de no da môr de feus Reynos; o que ad
uo deu huma carta de ratificaçaõ uirto, porque achando Diogo de 5.Сар.13.23
do que tinha obrado na materia Colmenares huma ecritura que
| para ávifta fe dar a execuçaõ tu tras na lua hiftoria de Segouia, á
do, obrigãdoſe air cercar os Ca mais he húa refumpra bem eferi
ftellos, & villas de Serpa,& Mou ta da hitoria de Catella,na qual
ra finco fomanas defpois da feita efcritura anda nomeado oInfante
daquelle prefente(quefoi em Ciu Dom Henrique tutor delRey Dõ
dad Rodrigo a quatro de Outu Fernando, o julgou por nouida
bro)e os Alcaides queos tinhaó de, por naõ andar praticado nas
os não entregafiem no pràfo pro hiftórias daquelle Reyno; & de
metido, , , , , , certo a Chronica deſte Rey eſº
| Avinte do mefmo mezdeOu queceofe de dizer, que o fizeraõ
tubro mandou fazer elRey Dom tútor nas Cortes de Valladolid,
Fernando húa carta de defitécia lembrandofe do titulo, & cargo
- do fenhorio, & pofe detas duas de Guarda môr dos Reynos. Cõ
- Villas,confeffando aņdarē alhea tudo Rades de Andrada no capi
- das da Coroa de Portugal defde tulo decimo da Ordem de San
…o tempo delRey D.Afonfo Sabio tiago trashuma doaçaõ feita por
feu auó pela qual carta com con- ete Rey ao Metre Dom Fernaõ
felho da Rainha fua mãy, & do Peres Gallego,em que chamaru
: Infante Dom Henriquefeututor, tor ao Infante Dom Henrique feu |
-&guarda de feus Reynos, & dos tio,& em outras mais, que adian
º homens bons do me{mo Reyno te lançaremos feve o mefmoti
<mandaua fazer a tal retituição, tulo. .. . . . . .
& entrega. Outras duas cartas . Com eta concordia fe aquie
· mandou º pefmo Rey efcreuer toutaðfacilmente aliga delRey
no proprio dia para Eteuão Pe- Dom Dinis com o Infante Dom
- resféu Adiátado maior em Leão, Ioão contra Catella, mas a me{-
- & Afturias,Alcaide mór então de ma facilidade com que aquele
. Serpa, & Moura, ou a quem por Infante fe reduzio,com efameº
ele os tíuefe, mandandolhe que ma tornou logo a inquietar feu.
as entregafe a loão Rodrigues fobrinho, & elRey D.Dinistam
. Porteiro delRey D. Dinis, o qual bem no anno feguinte fe armou
as auia de entregar logo a Nuno contra elle, & entrou em Cal
** = . . و ة ج- ي- . . . . . - 3.
-
*
í
… ElRey Dom Dinis. 333
la. Pareceme que toda a caufa las, & entrou a força de Aragaö . . . .
delRey DõDinis não perfeuerar em Catella, contra a qual elRey
na amifadedelRey D. Fernando, não capitulara,achando as coufas
era o não felhe dar inteira fatisfa noutros termos,acoftoufe ao par
ção das terras víurpadas por Caº tido de que lhe vinha mais vulida.
ftella à fua Coroa, porque ainda de.E a maior razão he,que nas vi
q agora lhe deraõ Moura, & Ser ſtas da Guarda ſe aſſentara6 sò
pa,dilatauão a reftituição de Aro tregoas para diuertir a elRey Dõ
che,& Aracena; & alem diftofe Dinis naquela occafiaõ, como a
não diffiria mais à pertençaõ que referida Chronica delRey Dom
elRey tinha em algüas comarcas Fernando relata: mas antes que
.do Reyno de Leaõ,& Galiza, fo cheguemos a referir etas mate
bre que o Infante Dom Henrique rias, concluiremos com as entre
capitulou cõ ele na Guarda: pelo gas de Moura, & Serpa, dando o
que tendo elRey experiencia, que freslado dehuma dâs éfcrituras,
-as materias defta qualidade nun que das outras na terceira parte
cavem a efeito, fe o aperto não
- -
andão duasja tresladadas.
:obriga aos intereffados, confor- … -
-
---
4OS
|º ElRey Dom Dinis. 236
. . . .
aos Principes,& pefoas de que ef tania aquelles de que falaua, fei
creuem, porque em breue mudá não Lufetanos da villa de Lufa
ça de húa letrafe lhe pode trocar em Nauarra, cabeça da facçaõ
or hum accidétenatural, &lou competidora dos Agramontefes;
uauel,húvicio feo & depouca re aíSi que por não cair em alguma
putação: Viofºillo nõ que Mi impropriedade, deixo fem outra
guel Riccio eſcreueo delRey de mais, aueriguaçaõ a familia dos
Nauarra Dom GarciaoTemblo Ebrardos, ¿e que era o Bifpo Dö
fo.ou 7remulentur.como na lingua Aymerico. . . . ». . . . . . . .
Latina fenomea, ಘೀ | Outro parente defteBifocha
lhe foi particular,porqueou con mado Guilhelmo de Crógollo,
citado de muita colera, ou da re Conego de Coimbra foi com el
pugnancia natural por ſer enfer le, a Roma, & afsitio em Santa
¿no, trenpia.fempre no principio Maria Maior no anno mil duzen
das batalhas, aindaque famofo tos & oitenta & noue em doze de
guerreiro & Riccio, que não de Feuereiro, quando Bartholome
uia ler, ou achar bem efcrita a de Goartino Notario Apotolico
palaura, remulentus, como preu Jeu a copia da concordata del
rifni ad pe Ioão Vafeu, lançou outra, que Rey Dom Dinis com os Ecclefia
*sa. he, Temulentus, com a qual trocou ficos, cujo originaletâna gaue
por aquelle accidente o vicio da ta das Bullas, Entraalli efte Gui
蠶 com quaficàra defải: lhelmo, Crogollo por tetemu
rofo taõ grande Principe, fé não nha, & o Dcấo dẹ Coimbra Gui*
contara do erro, & motiuo do lhelmo de Godorio de Rupefor
cngano. ? . . . •. •. … :: :: :: … _ . . te, com outros Conegos de Bra
. Tambem he necefario efpe နိူင္တူ 蠶 … --- ºr
* .
. . . . . . * *, *.
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٣ ".:, T : ; : ..**« :- 'ﻻ:' : ".. … م- .: ي... :,; . )...s
- - - - º - - r pefoas mais, que ele efcolhef
. . ..
- -
... ", , ,
- * fe, como elRey Dom Fernando
por
yv
El Rey Dom Dinis s. V. 237
- por çarta füa mandana. A yinte : creue, que entrou tambem enta5
de laneiro de milduzentos & no ha liga o no o Rey Don Dinis,
uenta & feisetauão pretes, os naõ parece criuel,pois vemos que
… Portugueles em Pinhel huns, & --
- alvinte do me{mo etaua elle có
outros em Mopforte de Riba de cordado com el Rey Dó Fernan
:Goa e perando aos Caftelhanos, do; & tinha feus minitros pelas
.por feri-otempo fimitado:para, a rayas do Reyno para fe concor
diligencia referida. Evendo que ...darem nas demarcaçoês, & limi
apaflando o termo afinado não tes. Efcandalifado deilhefaltaré
appareciaõ os Caſtelhanos, fize com eta prómela, deuia tratar
araófeus protetos, afiem Pinhel, por via dos Embaixadores,que ti
como em Monforte, & vieraõcõ nhana Corte de Aragaó, de fer
os intrumétos autenticos dar ra t 醬 mefma liga,& de feito
zaó a el Rey, que por ete tempo feC achou com feu exercito em Ca
etauá já em Lisboa. tº ſº... tella em fuor della pelo mez de
« Sentio elle faltarem os Caſte Setembro feguinte, & afsife ha
lhanos com a palaura, & acabou de entender, que entrou elRey
de conhecer,que naõ recuperaria nefta liga, aindaque naõ foi no
„dáquelle Reyno por via de pro proprio dia em que os primeiros
| meíías coufa algumaquenaõ fof. colligados a juraraõ.: º
fe ajudada de força, & violencia. 醬 e de cada hum delles
Etaua então o tépo difooto para era ficar DõAfonfo Rey de Ca
feguirefte caminho corn a noua tella, Toledo; Cordoua,Murcia, ssº:
dos apretos que em Aragaõ fe & Iaem,& o Infante D. Ioão,Rey ºr
*~
quelas villas, & lugares quando telbom, Almeida, Catelbranco,
elRey DõDinis a ganhou,&jun & Catel melhor. Cate! melhor,
tamente deſcubrirei a acçaõ de &SabagalfaðојеCondados. Ga
jultiça que elRey tinha para feia te! melhor anda na familia dos
poderardella.….. . . . sº, “ . Vafconfelos, Sabugal na dos Ca
He a comarca que chamamos fielbrancos; Caſtel Rodrigohë
Ribade Coa, húa lingoa de terra cabeça de Marquefado; que per
de quinzelegoas de comprido;& tence aos Mouras. He toda eta
de largo quatro, aonde tem mais terfasabaridátilfima de ladouras,
蠶 Norteia & gados, degue repartiarhuito
Sul;5 & qihgida da parte de Portu. para outras comarcas de Portu-.
gal com o rio Coa, que tendo feu gal, & Catella. Dos mais frutos . -:
, \, tº
{e meter no Douro em Villa noua Lxx, bif, capunturin Extremadurj
de fos Coa. Pela parte do Reyno multă populationes cis கு eitra, per vil.
de Leão,ouEltremadura deLeão, lam Turpini, Talmeidā, Egitania, @º
com que confina,vai a raia 'balifa
da por campinas, &montes atè
ម្ល៉េះa éráde'mil & fètenta & fète{e
ädripam fagi. QuefÉ dizert
São Pedro de Rio feco, perto do ganharaõ muitas pouoaçoes na
'quallugarnafce a ribeira de Tú É(tremadura daqüem;& dalemi,
fočs,que vai diuidindo os Reynos por Villar Turpim, Talmeida,
atè ëñtrarnô Ageda, abaixo de Idanha, até chegar á ribeira do
Eſcarigo:Daquivaio Ageda fa Tejo. Entrara naquelle anno el
zendo ame{ma diuifaõ até entrar Rey D. Fernando o Magno pelas
no Dduro, que fecha vitimamen serías dos Mouros, pañando do
teeíte detrito,recebêdo as agoas Reyno de Leão o Douro cà para
do Coanologar que diffemos.. : eiláparfé,& de Riba de Coa;que
…… Ha neta comarca muitas al fåô âs primeiras terras, quefeihe
deas, &lugares abertos de gran auífinha6;pafou correndo ao Sul
de copia de moradoreșTemfete atè as Idanhas, que lhe ficaõ comº
villashcañelladas, afàber, sabù. tiguas, & chegou até o rio Tejo.
.gal, Alfaiates, Villarmaior, Ca Bós lugares de Riba de Coá ñb.
* *
-: *.iº. fä&å
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana. !
mea só Villar Turpim,que ainda confirmão a eſcritura: Infans z.
ojeretem o nome, & Talmeida, ?etrus 2ſaiordomus Zomini Regis,te
que com pouca mudança chama mente Legion. Tiura, (amora, Extre
mos Almeida. Máis pouoaçoês maturam. Z..?artinus Sancij, Signi
deuia ter Riba de Coa, mas no fer Zomini Zºgis, tenente Limiam, &
mear(ehiaõetas duas,que faõ vi Thronium. 7, .
|
-
N. - -,
، ا ن ي ل- ما
-
Avilla dë-
རིགསltureta.།:ite
- - - * * -
نام -- - - - - - lito
. ElRey Dom Dinis. Aſ º #4.
\
Jito aduirto para que feveja com auemdo βίre iftofala, & trtuto à môô
quanta razão a villa de Almendra direitomandardo ditev4fanº Sancher,
veio a recair no tempo preſente tutor do dito loão Afonfº feu filho.
no fenhorio de Ioão Ródrigues Vſou o appellido de Souſa D.Ioão
de Vafconcellos & Soufa, Conde Afonfo,porque fua auð Dona Al
deCaſtel melhorgouernador das .donça era défta familia; & áinda
, armas que foi de entre Douro & que alguns autores afsi o dizem,
Minho duas vezes,& de Alentejo como não apontauão e(critura,
hūl, & depreſente he Gouerna podia duuidarte, com eta fica a
dor do Brafil,cuja lealdade,valor, materia certificada, & tambem
&procedimento, fobre a grande com o intrumento da intituição
etimaçaõ de toda Europa, lhe 'do mofteiro de Santa Clara de
grangearaõ outros etados maio Villa de Conde,que Dom Afonfo
; res. . . . . . . . . . .. .. . . Sanches fundou, aonde (eu, filho. - * -
こい ""
… E pois tocamos ete ponto da vem com appelido de Soufa..., … -
-
- - -- -
* -
: Tämä tro" ſeu pay Afonfo Sanches on ria de Aguiar por ordé delRey D.
¿torgou, por erelle de menorida Afonfo Henriques, o qual Rey rara
; :::∨ de. Ze loão Afonſº de Souſa lhe deu carta de couto ftica ಆni Trió
: reuora filho de AfonfoSanches, fenhor Coimbra na Era MCC; x); que ##
; fw, ij;, de Albuquerque, &* %cedelhim, & vemacairnôåñùôdeÒììiòìe*
, : 3áordomº maior delRey de Portugal, mil cento & fetenta & quatro.
O * -- - - - - - ᏚᎵ Соғы
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Côfirmaraônefta carta de couto fte conuento no.annp fbbredito;â
o Coride D.Rodrigo,o Mefire do fundaçaõ poréhe mais antigua,
'Templo D,Galdim,o Meftre Pe aindaqpoücos annos, &feu fùri
· drd Fernádes, Pedro Qdores, Pé adador fòi elRey D.Afonfo Henri
dro Saluadores, & Fernão Biſpo. | ques, como déclara na carta de
Era feita a carta ao Abbade, & couto.ElRey D.Fernãdo de Leão
fmöges daquelle mofteiro, ácha fez aquélla doação por efmola ao
mada Torre de Aguiar,monafierio contérito,de q feu fogró era fiiñ
deturre de Aguiar, 8 nella declara -dador,& por eftar vifińhdad feú
só auiaõ edificado o moteiro an .Reyno; :ôtathbēaõ8 néfìos mō
· · tes difto por carta, & licença fua: ºfteiros de S. Ioão de Târcuca, &
- స్ధ olim edificandum, & rjfruendum *Alcobaça mais diftãesfavoreceo
syöliiper@ríptură,&cartam Jedi.Do -o meino Rey compriuilegios.
repºdºcartórió de S.Maria de Moreroe No anno de I 176.lhe fezoutra
2, º lafecolhe qafüdaçaõ de Aguiar doagaóete Rey Dom Fernando ,
que
-föiäö ähnoi 17o, ago.deMar letando em Ciudad Rodrigo,
<iço, quatro annos antes detacar -élle edificou, da pe(queira da fós
-ta découro.Não felé o nome do de Aguiar, fendo ainda Abbade
-Abbade,mas deuia ferHugojque CDõHugo: Žo Zeo, amongiaribs.
idelfus principios achamos go ô£aria turris lºquilaris, & valis biliJ
p.
¿!-
-uernáñdò eíta Abbadia, cornò fè , Иgomieiu(dē moñafterjö rhera
.verà de outras efcrituras delRey -baii,illampftariam, que dicitur, Fδs
:D.Fernando de Leão.O deftrióto -de Aguilar. Chamã ao mofteiio
do couto era grande, & nelle lar -S.Mariada Torre de Aguiar, dé
gaua elRey ao conuento toda a ºriuando o nome do Aguiar, rio
ijurifdigaö Real: Et quidquid infra #pequeno, que fica adiante do có
<terminos adregale iùspertinere vide -uento, & defagoano Douro, &
tur. , f or: .: daTorrede que o moteiro hefe
* « O Meftre Manrique nos feus nhorio, a qual he de boa canta
annaestrazhūa eſcritura delR ºria, & tem junto a fi a aldea do
D.Fernando de Leão feita naqla …mefmo nome, “fogeita ao mo
Cidade a 22. de Agoſto do anno freiro. Confirmão eta doaçaõ,
Adamam 1165 na qual cõ a Rainha D.Vr (omes Comez dominans i»7raffamar.
*#* raca, & feu filho Dõ Afonfo daõ * (omes Condifaluus Koderici. Condi- ,
"" ao Abbade de S.Maria de Aguiar Jaluus Oſorij.3aiordomus Zegis. Fer-s:
. Dom Hugo o lugar da Torre de mandus Cutterris $ignifer Aegis, &c. ;
Aguiar,&a granja de Rio chico; Qutras doaçoés ha dete Rey, &
& prefumindo fer eta a carta de delRey Dom Afonfoo Nonó fru
.
fundaçaó, asétaos principios de filho, no tempo do qual hum
. . *
. .
-
Ferráo
… . . . ElRey Dom Dinis. #4?
a ete conuento. w
** P*Maior Gonfalues faõ conhecidos, dades que elRey lhe deu no ter
Pedro tit. porfer ela filha de Dom Gonfale
mo de Monferås,corno cöftá por .
Annes Redondo,& de Dona Or efcritura feita em Ciudad Rodri
Sſ4. -gde
~
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
go.Se o Bipo aludia a eta troca, uence, queintentou elRey Dom
tinha fundamento batante. Dinis a occupaçaõ da terra de
Seja qualquer detas a caufa,o Riba de Coa com juíto titulo, &
de que naõ pode duuidarte he, 4 que por virtude das trocas, & et
quando as armas Portuguefas fe caimbos que fe fizeraõ defpois, a
apoderaraõ deta terra, entraua pofuiraõ, & pofuem jutifsima
elRey Dom Dinis jutificado,por mente feus fuccefores. " " |
ter direito nellas, como confefa Aduirto vltimamente, que o
elRey D. Fernando, & fobre ete Meftre Pedro Fernandes, que af
direito o feguraua na conciencia finana doação, ou carta de couto
o querer inteirarfe das terras a do mofteiro de Aguiar, que cita
lheadas, de que daremos noticia mos no Capitulo paado era Me
na compofiçaõ feita em Alcani tre da Ordé de Santiago, o qual
fes o anno feguinte, aonde feno com os caualeiros defta Ordê fe
meaõ todas as que ficaraõ a Ca tinha paflado do Reyno de Leão
flella em commutaçaõ de parte para Catella, por duuidas que ti
que nas de Riba de Coa tocaua ueraõ com elRey de Leão Dom
aquela Coroa. Alem delas acho Fernãdo, & deuia de etar de pre
сар,426. ná hiltoria antigua Portuguefa, fente em Portugal, por repeito
com que algüas vezesallego, que das terras que eta Ordê cá tinha.
fe deutambé em efcaimbo o di Aquella doaçaó i. Dö Fer
reito que Portugal tinha nas ter nando fez ao moteiro de Aguiar
ras de Toronho, & Alifte em Ga no anno mil & cento & ſetenta &
liza: A fío por efcaimbo da terra de feis, era por etar jáfenhor da ter
Toronho, 6. ºAliste (diza hittoria) ra de Riba de Coa, que tambem
дие Portugaltinha em Galiza,(} de ou por eta caufa etando em Ciu
iros lugares, que (ºfiella tinha tomados dad Rodrigono mez de Dezem
des º tempo delRey Zºom Afonſoprimei bro daquelle proprio anno, deu
ro Rey de Portugal, c9 de Zºom Sancho confirmaçaö de priuilegios à Or
feufilho. ElRey Dom Fernandona dem de São Iuliaõ do Pereiro, fi
compofiçaõ que daremos, alem tuada naquella comarca; o que
dos lugares que nomea, de que não fizera fe naõ etiuera fenhor
elRey Dom Dinis lhe largaua o de toda ella. O Licenciado Fran
direito que tinha,acrefcenta hum cifco Caro de Torres na hiftoria
termo géral:yen otros lugares de los das Ordens militares, & Rades
Agnos dédeon,y de Caliza:&neftes de Andrade, nos certificaõ de
entenderia a terra de Toronho,& ambas eftas coulas, fe foi certa
Aliſte. a vitoria do Arganhal naquellas
Conetes monumentos fe có: Partes delRey Dom Fernando de
Leão
ſ
ElRey Dom Dinis. . . 24;
Leão contra o Infante Dom San doua; eu filho Dom Ioão Nunes
cho, filho do nofo Rey D. Afon foi o que entreueio nefta conten- ...
fo Henriques, feria depois do an da.Mais acrecentaraó, que tanto
no de mil & cento & fetenta & que em Catella fefoube de que
uatro, em que ete Rey como rer elRey Dom Dinis entrar na
fenhor de Riba de Coa daua ain quelle Reyno,mandara elRey D.
da carta de couto a Aguiar, & el Fernando contra Portugal a fro
Rey Dom Fernando de Leão feu ta que tinha em Seuilha, a qual
genro ficando fuperior por aquel-, entrando no rio de Lisboa,fez al
la victoria, occuparia entaó eta gúas preas, que o Almirante de
comarca, de qué o achamos fe Portugal recuperou,wencendo os
nhor no anno de 1 276. cóforme Caftelhanos. Alem dito contaõ º
a etas ecrituras. - mais, que entraraõ por Alentejo .. . i
& nouéta & fete nas capitulaçoés ior cabedal cõ que accabaffe de
de Alcanhies, como veremos. acquirir o que pretendia. Toda
Daquiinfiro ter pouco perfüa uia aindaque a diuitaõ em á Caº
diuel a rota doMeſtre de Auis D. ftella eftaua, feguindo huns a el
Lourenço Afonfo por eftas par~ Rey Dom Fernando, outros ao
tes, aonde bataua o Confelho de Infante Dom Ioão, & outros a
· huma só Villa para ganhar dous Dom Afonfo de Lacerda, lhe fa
· Caftcllos fortes,& afSi menos for cilitaua mais a emprefa,efta mef
ça aueria para reſiſtir à caualeria ma diuifaõ dosuöspretendentes lhe
rfe no
de Auis,& à foldadefca que fem * offerecia moti de recea
pre leuauão de companhia: poré dometico. Era a razão, que o In
· aos fucceffos da guerra naõ fe po fante DõAfonfo, irmão delRey,
! de limitareftatuto firme, pela va Principe inquieto, 8 orgulhoſo
|
· riedade ávemos nos caſos della. feachaua tempo com hum
filho, & quatro filhas, que eraõ
CAPiT. XXXV. Dom Afonfo fenhor de Leiria,
Dona Conftança,Dona Maria,&
Dona Brites,de todas as quaes da
Da legitimação que elRey remos maior noticia adiãte. Não
deu afeus fobrinhos filhos eraõ legitimos etes filhos,por fer
fo parente de
, do Infante Dô Afonſo ſeu · o Infante Dônte,Afonfilha
Dona Viola do Infante
irmãosprotefios da Rainha D.Ma noel, com que etaua cala
.S.I/abel contra iffo, & as doſem diſpenſagaö.
сои/ая фиг очие debйа, O parente(co que o Infante D,
Afonfoirmão delRey Dom Dinis
& outra parte. . . º tinh
-
de Fenereiro nospaços de Coim do, & mandaua, que dipos morte defa
蠶 como máyido,
Infanteherdeiro, allegandoas!;. nadiº… (orºs dº Roma,fez em Afin
Reyas razoês que a obrigadão, 4. fºn㺠aume/efilho ledemo, 6 que elRey
poŕfer huma ġas notaneisacççës, /ahia bem?ue ºs nomauia, @r dizem
economicas deta Santa Rainha, do fa Rainhagaeayreahs,,weed
lançarei neſtelugar conforme o. to Key queria ladmarsssfilhos dº dia,
achei em efcritura original da Infante Zom…Afonfº, அ.ஊ.
Torredo,Tombo.) : 。 。 i na Cofiança, que nomiquirºffeirrastres
............: به راه انداز a dostao, preko zoon cºfon ofеše«.
- Saibão quântas ete téromentavi ra, cá ് & perdada Key-s
rem,como dante ºmnialio,6 mui noble. ne, cº que º nem pºdia fazer direitº…
fenhor Zum Zinis pela gregº de 2ºs. .3ayormente que direitº, é c%iume,
£ey de?artugalºde. Algarue&pre era do Reynº de nom poder alhear ca-2
fºntes Zam tanne2/po de Lisboa, %"| fello nenhum de 6, que ralrou/a num
as refiemunhas adáte “fritas, compre-; podia faser/em os Prelados, dº Zicos:
/engº de mi Gil Vicente publica tabalió homes, cº os outros homes bons, º Key
de(imbre,«mui. Alta ſenhora Pons, no desky que o mompo4afazer fem ou
lfabel pela graça de 2ea; Kainha de tergamentofem della, 6 de feus filhos;
Pºrtugaler dº Algarmedifºprºtº#- dizinde, 6 prorgando por6, Gr por
dadante ºf bredito Key, que º Infante feus filhas, é por todo º &eyna, que º -
... . . . . . .”
! . . 體 morte do pay lhe pediaõ as
.. . . . . . . . .
º
* ---
flelos que Dom Afonfo auia em
feufenhorio, querendolhe meter
hyoutro fenhorio ao tempo da
šSátaI(àbèl allegou por guerra em que etaua. Pelo
que
#*fila parte para impedir por obuiar a guerra domeftica,&
a legitimação dos filhos de feu ficar mais defêmpedido para conº
"cunhado: com tudo pefadas bem tinuar'a de Ca{tella,:fè. refòlueo
as coufas, todos julgaraó á afer em conceder a legitimaçaõ dos
tou elRey em legitimalos. Età fobrinhas;pafandolhe a carta na
vita a razão que elRey bem có maneira feguinte,º os ... : ?
fideraua; que defenganado feuir - Saibã, quantos efia cartureiram,
Imaõ de que os filhos lhe ficauaõ jus ºu Zum Zinis pela graça dezes;Lib.3
29.
fok
-femcabedal,adialogo depaffarfè ரேன்:Prழகி, ம்ே:Agrர்.
*
- ---- t3 rendo
- Liuro XVII. Da Manarchia Luftana.
rendo fazergraça, º bem, @ merce 4 gurança de ſeu Reyno, & a recu
meus/ºbrinhos, filhos, @rfilhas do In peraçaõ das terras vfurpadas..
fante Zººm…Afon(o meu umão, é de ... Nefte proprio tempo, que as
zona Violante, dpenfocó eles, cºfa coufàs (e difpünhão para noiia in
gos lidimos, que/em nenhum embargº uafaõ, ordenou Deos o meio da
počабашer, @ herdar todos os bens,6. maior cõcordia, trazendo a efei
hérangasºhonras, & Jenarios defeu to os cafamentos dos filhos del
-padre,gr, os que hora elle trage a fá Rey Dom Dinis com elRey Dom
mão, ficomo hois filhoslidimos herdão: Fernãdo de Caſtella,& fua irmãa
em eſtenunhodeſta cauſa mande fase a Infanta Dona Brites. Deuefe a cos a -
efià carta,@rfeelar de meu feelo do chã execução delta obra a Dom Ioão Fră,
bo,quetenhaoſilho,e fila delle fon Afonfo de Albuquerque, o qual, "º.
/2. Zatem(oimbra oito dias de Feue como vimos, ឆែ ao fer
uiço delRey Dom Dinis o an
κείro. Είχεy ormandou, Firnz, Peres
no pafado. Eſtaua 'elle na fua
a Pez. Era de mil trezentos é trintº
enco. Ehe de notar que dizen villa de Albuquerque defpois de
do elRey (como contado prote acompanhar a elRey na entrada
flo da Rainha)que pela legitima de Caftella, & Riba de Coa, &
çaõ que fazia aos (obrinhos naõ daly teue viſtas, & pratica com
ficauão elles, herdando as terras D.Ioão Fernandeုs filho do Deão
da Coroa, que elRey Dom Afon င္ဆိုႏိုင္ဆိုႏိုင္သူႏွစ္တိ validona Cor
fofeu.pay3eixara com claufila te de Caſtella. Chamaölhe filho
de que vielfem a legitimos, toda do Deão de Santiago, por fèr fi
uiaxa! habilitagaõ foi gèral para lho de D. Ioāo de Lima Arcebif
todos os bés, & enhorios, & ain po que foi de Santiago,o qual en
daque atençaõ delRey foi caui taõ era Deão daquella Igreja.Pro
loſa, &vſou de amfiþologia nas pós Dom João Afonfo a grande
palauras, offèntido, & teor dellas vtilidade de ambas as Coroas cô
efaua muito em fauor dos fobri etes caíamentos, afentaraõ que
nhos. Mas o certo he que elRey Dom João Fernandes interniefe"S"
quisaquietar a Rainha comain com a Rainha Dona Maria, que
terpretagaó que daua, & com o era a mais intereſſada, & que elle
teor das palauras ao irmão.Ficou dobraria a elRey de Portugalfeu
elle contente, & conforme com fenhor. Obrou muito tambem
elRey, vendo que vencendo taes fia execuçaõ do cafamento Dom
contradiçoés o fauorecera, & el Ioão fernandes de Souto Maior,
•
*::.
*
Rey que fevio aliuiado neíta par Biſpo de Tuy, Chançarel mòr
... te, começou a dar calor à guerra da Rainha Óona Maria, o qual
de Catella,de que dependia a es era Porgsdoscafroid
འདི་ཉི་ཟླ་ ༨ ༣ ༢ -
i. -
IIÇiOS
*
ElRey Dom Dinis & & 153
nelos por fua mãy. Entreuieraõ nofo Chronita para dizer, qué
eftes dous caualeiros no trato de
Dõ Afonto Peres viera por Em
{tes cafamentos, por ferem mui baixador a Portugal fobre eta
to amigos a repeito do parente{ màteria: Teue elle grande parte
co que os primos de Dom loão de goto no cafamento pelo pa
Afonfo, filhos de feu tio D. Gon rente(co que tinha com elRey D.
falo Annes de Menefes tinhão cõ Dinis por via da Rainha D. Bri
Dom loão Fernandes, pois eraõ tes de Gufmāofua mây.
Limas pela mãy D. Vrraca Fer - Empremio da agencia que D.
nandes de Lima.Era tambem D. Ioão Afonfo de Albuquerquepos
lib2 fel,
Ioão Afonfo deAlbuquerque pri nefte negocio, entendo eú que o
mo fegundo da Raínha de 醬 honrou elRey Dohi Dinišcôm o
la Dona Maria de Menefes, netos cargo de ſeu Mordomo môr,titu
de dous irmãos,filhos de D.Afon lo com que ovejo firmar a pri
fo, que pouoou Albuquerque. meira vez dá confirmação do fo
Com tanto parentefco, &amifa ral de Alfayates, que elRey ded
de podião eñtreuirnefta materia, aqui em Coimbra o primeiro
& reduzila a bom fim,que de or de Março. Deixando os mais,que
dinariofe não confegue, auendo vão também na firma do anno
diuifaõ nos comifarios. : s. paffado,8č eftarėnientaó vagoš
Pártio Dom Ioão Fernandes a ¿s Bifpados: de Coimbra;.& Sil+
Valladolid a dar conta do trata. ues, fáõ os tres que primeiro vað
do à Rainha, que fummamêtefe nomeados:... , T … :', º … ' '
ſtejou anou3, & voltando a falar. * O Infante Dom Afonto. :
comº Albuquerque, que deuia em Dom Martim Gil Alferes. …!
ter já poderes delRey Dõ Dinis, # o DõIoão Afonfo de Albuquer.
firmaraõ o cafamento cõ as con que Mordomo maior., 2 ] ..
diçoês que nas viftas dos Reys (e ** Naõ teue Dom João Afonfo,
ੰ
cumpriraô défpois titulo de Conde por ete tepo,
Tornando com o aſſento firma corno diza Chroņica antigua de
do D.loão Χ§. Catella, em outro anno adiante
a Rainha Dona Maria em Palen feihedeu o Códado de Barcelos:
cia, aonde chegaraõ o lufante D. mas naõ he muito que naõ acer
Henrique, & Dom Afonfo Peres tafenito aquelle Chronita,pois
de Gufmão, que vinhaõ da fron errou em dizer,que etescafamés
feira de Andalufia;&dandolhe a tos fecelebraraốno anhofeguinº
Rainha conta do cafamento, o te de milduzentos & houenta &
approuaraõ & feftejaraõ muito. oito, fendo que o foraññete de
Daquideuia tomar occafiaõ o milduzentos & nouenta &fete,
... :: * Tt 4 COITO
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana. --
-
...Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
< Dom Martim Gil Alferes, , , , Rodrigues cótitulo de Vicemas,
- Dom Ioäo Rodrigues de Brit-, iordomo, A Igreja de Silues età.
teiros... . . . . ..., , , o, . . vaga em todas. Na de Auis en
D.Fernão Peres de Barbof. traõ mais Dom Fernão Pires de
#... - Dom Lourenço Soaresde Va Britteiros, & Pedro Afonfa-Ri-,
• *:* - |ladares. · yº « .:,· · · · ! >ï· j · 1ioº i beiro.,., ... : ' . . . i
... Døm Pedre Annes.: : Nadę GaffelacófirmaPloio
loão Fernandes de Lima.. itu Afoafo de Albuquerque Mordo-,
Ioão Mendes de Britteiros. A mo môr,&logo de
… 1'.'ſ Dos Prelados, i 1 łoł . Martim Afonfo de Albuquerque,
, D.Martinho Arcelºde Braga, & em terceiro lugar, e ᏑᏕ.
Chançarel mòr Gõçalo Mendes, -". Ag) Z). Fernán w* temems &ragancia.
说 cõfirmão o Alferes môrprimeiro, zi. Petru Iannetătairamu (u-
• * * *** * : * : * > . . ... . . . .. . . .. . .. . . . .
3,
*,
2, ?etrus Ioannis àaiordomus Afimefmo agora coñóoMor
dòmơ
-*
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana,
domo mór Dom Ioão Afonfo de Trancofo, & no proprio dia deu
Albuquerque eſtaua taſ, valido licença afernão Sanches feu filho
delRey, tanto por fe ter feito feu para trocar com o moteiro de
vaalo o anno atraz, como por Salfedas a Igreja deFonte arcada,
andar nefte prefente no trato do & mais heranças que o moteiro
caíamento do Infante feu filho,& aly tinha, por ಸಿÏ libras de
fer fobre tudo de taó calificada renda,& a Igreja de Saõ Pedro de
nobreza, & eftado, ordenaria el Tarouca.
Rey, que Dom Martim Afonfo No me{mo dia confirmou el
de Albuquerque feu parente por Rey a ordenaçaõ dos moradores
hopede nete Reyno(que em ou de Beja, que he húa das notaueis
tra efcritura o naõ acho)fofe pre confrarias do Reyno, & foi infti
ferido ao Alferes môr; maiormê tuida para conferuar os nobres,&
tefèndo parente daRainha Dona futentar caualeria,de que necei
Maria de Caftella,com quem el tauaõ muito os lugares da fron
Rey de nouo e aparentaua. teira, como experimentaraõ to
dos, & imitaraõ muitos no tem
CAPIT. XXXVIII. po adiante, de que daremos no
ticia a feu tempo.Os eftatutos da
confraria de Beja faõ os feguintes:
Partida del Rey para a
- c
Que fe ao tal cófrade morreº
!
rvilla de Miranda, que fé caualo em feruiço delRey, ou
etando em fua caía aparelhado
neffe tempo/eforti- . para etes efeitos, que os confra
ficaив. des lhe defem fincoenta libras
para comprar outro, que fe enfer
1297. 臀需 धूं A cidade de Coimbra,
-
dicho lugar de Holga, y tailgo demi, y Aiba de (oa, que agora vos renales **
del cñorto de (ofiala, y de Leon, y pon yuera mano con todos fus terrinos, y
φοίο εn τοί,3 εο todos vustros/acceso derechos, épertinencias, e partome <fย
res,y en elfeñorio del Reyno de Portugal tºda a demanda que yehe, ºpodria auer
para/İempre,faluo etfehorio, y los dere contra rvos, 6 puros faccores por
chos y las herdades y las glas defe lu. razon dito, lugarey breatches, @ de
gar de Holega que las aya el Obiſpo, y la Xiba de (oa, é de cád•vmo del•j.7 arra
Aglofia deŽadajoz, é todalas otras cg/് /īme parto de todo el derecho, ójir/dia
que an en de lugar, fegundo que a las cion, y/oñorio Real tambien enpºffº/ſion
euieron fota aqui. E todas flas cofas como em propriedad, como em ora mane
de ſuſodichas vos fagº, porque vos qui ra qualquier queys hauia, y ruciĝo de,
tedes de los dichos (fillos, y villas de mi, y de los mios fueceores, y delJeño
.-Aroche,y.…fracena,y de fusterminos, rio de los Reynos de Cailla, y de Lesn,
y de los frustos que ende outuemos èſ Jpongoloen νο,έcη »ue#resfacc-fores ;
Rey Afonſo mio abuelo, elRey Zon é en etfeñorio del Reyno de Portugalpa
Sanchiomiopadre T eeroſyo elKey Z5 ra împre. E mando, º otorgo, que e
Fernando entendiendo, y conociendo que por ventura algunos prinilegios, o cartas;
entre los 皺
vos auiades derecho en algunos lugares º efirºmentos
aklat (aftillos,y villas dėšalugal, é de
parecerem: yr :
de G awe fº/lem fia
T otroſipuzieron caſamiento de la In
Mais acrefcenta Ruy de Pina,
fanta ZDoña Zeatris, hija áel Rey ZDen que elRey Dom Fernandofez ju
Sancho,y defíamoble Zeyna Zoña Jºta ramento de não deixar nunca atê
via con Zan-Alon@ hijoprimero here a morte fua mulher a RainhaDo
dero de aqueſte Rey de Portugal, ytra na Contança. Ito podia fer, &
rola Reyna Zofia Zariapara affilia fem falta o ateria,que afi era co
&20് Cofiança,que era mºçapequeña, flume naquelle tempo, como fe.
5/in edad. E otro lleuo la Keyna de verà no contrato de cafamento
?ortugala Zoña Zeatris, que era mas da nota Infanta Dona Maria,filha
vequeñaypикiero/aspgiиras тиіfur delRey Dom Afonfo Quarto,cõ.
ies los Keyes emrre/i. elRey Dom Afonfo Onzeno de
Etas poturas, ou affentos, & Caftella, que a feu tempo dare
artigos de pazes quaes fofem, fe mos que nem todos os Reys da
naő declaraőnefta hiftoria, nem
eu as vi no archiuo Real aonde
ဂူႏွစ္တ
tempo repararaõ tátone
e como elRey Dom Sancho o
faltão. Ruy de Pina diz, quefe fi maior de Nauarra, o qual pretê
zeraõ pazes por quarenta annos dendo cafar hüa irmãa com hum
com claufula deferem amigos de Rey vifinho para euitar guerras,
amigos, &inimigos de inimigos, & por meio dellas melhoramen
o que duuido por ferhã dos ma to contrá os Mouros, confultou
iores côtrarios que elRey de Ca primeiro a D.Oliua Bipo de Vi-Epais;
ítella então tinha elRey D. Iaime que, fobre fe efãó motiuose@esí¡¡¡
Peñalib.2,
'---
de Aragaõ,irmaõ da Rainha San batantes parafe celebrar o ma¿
ta Ifâbèl, & cunhado delRey Dá trimonioſém diſpenſagaö.Faziáo
Dinis, contra quem parece im ito quando cafauão com paren
poffiuelquerer elRey, & a Rai tesein grao prohibido antes de … ,
nha Santa publicar guerra, auen terem dipëfação, que muitasve
dofe maiormête colligado elRey zesos Papas negauão por razočs,
s.,, Dö Dinis o anno atras com elle. que aos pouos não parecião con
O mais criuelhe, que eobrigou cludêtes,& era coufa apera apar
elRey Dom Dinis a fauorecer o tarfe das mulheresdefpois de ter
genro,&defenderlhe o Reyno,&. filhos dellas,deixando os Reynos
{egurarlho, pois atè contra o In de nouo perturbados pelos me{-
fante Dom João naõ quiz execu mos meios que bufcauaõ para
targuerra ofenfiua, comofe ve vnião, & concordia.
ràno anno feguinte,& tambem a # Celebrauão e os caíamentos
dos
... I.Vʻ.ºʻ.j. º…
---
-
\
E lRey Dom Pini.. i jž
dosPrincipes neftes cafos ordena deſgoſtos, principalmếte ha cidda
da fupplica, ou mãdada fazer aos de do Porto,entre elRey DöSafi
Pontifices, & comefperanga de cho,&o Bigo daquela Igreja D.
ratihabição de futurô por elles Martinho fegundo do nome, ao
mefmos. Mas fe defpois faltaua, qual elRey ñandou prender, &:
-
muito parêtes (e prefumião fem âas Afturias, & Dona Eluira Ro- . ' ;
pre inualidos, quando a diffenta
ção não era notoria, porfer difi delles o nomea o líufo velho das
· cultofá naquellaidade. ElRey D. linhagésás folhas quinze.O Papa
Afonſoo das Nauas publicaua a Innocencio Terceiro acudio em
legitimidade defeu matrimonio feu fauor como era razão, expe
nãš efctituras, como fe pode ver dindo commifoes para reprimir
na doação do Hofpital Real ao as demafias delRey, º
Mofteiro das Huelgas de Burgos, as centuras pelo Bipo impotas,
aonde diz que a fazia cõ tua mu & nas bulas em que relata todo
lher legitima: Egº, º legitima vxor o procefo, afsicomo louna o ze
mea.No terceiro tomo dos annaes lo do Bifpo, cenfura alguns Co
de Ciftera tresladou Mărique pe negos 蠶 lhenão afsitiraõ como
los annos 1 , 1 z. conuinha. No liuro treze do re
Deuia elRey Dom Afonfo de gifto defte Pontifice (e acharaô
publicar a legitimidade doeu ca äs Bullas, parte das quaestresla-4…
. ... • 12.I.O. 4 - - 6م
famento, para fe jutificar neta dou Manrique no tomo citado.
parte, a repeito em particular do Ainda que atè efte anno de mil
fuccedido no cafamento defua fi duzentos & dez não auia dipen- -
-
-
-" **** ---
- ciado,
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
ciado, como foi feu cunhado el Pontificado em Ianeiro de 1 198:
Rey Dom Henrique o Primeiro & abemos que ete Pontifice no
de Catella, cafado com fua irmã primeiro anno de féu goue rno
Dona Mafalda,& como fe diuor mandou diuorciar o matrimonio
ciou o matrimonio delRey Dom do me{mo Rey Dom Afonfo de
Afonfo o vltimo de Leão com a Leão com a Rainha de Caftella
nofa Rainha Dona Tereja,irmãa Dona Berenguela, declarando 4
do me{mo Rey Dom Afonfo Se ſeu anteceſſor CeleſtinoTerceiro
gundo de Portugal,& com a Rai o tinha jà diuorciado da noffa
Rainha Dona Tereja. Fr; Pedro
nha Dona Berenguela irmãa da de Alfüna na Chronica da Ordê *
nota Rainha Dona Vrraca. … 39. |
* O matrimonio delRey Dom da Santifsima Trindade, deu a
Afonfo de Leão com a nofa Rai Bulla, por fer executor della Frei
nha Dona Tereja mãdou dirimir Raynerio Religiofo da mefma
o Papa Cele[tino Terceiro,como မွိတ္သြားႏိုင္ဆိုႏို့
do Papanefta,&
Apud B4 eícreue Rogerio de Houeden, no outras caufas; & ainda que não
rom.adan.
anno mil cento & nouenta & hii,apontao anno, ha de ſer o apone
II 21. h.
12. & Poderia fer que a efe fim in tado; 器nefte (elhe expedia
niate a Epanha por Legado Gre a commifaõ para pedir ao nofo
gorio Cardeal de Santângelo, o Rey Dom Sancho ofeudo que
qual me conta etar na cidade de Portugal ofereceo em tépo del Adam?
Tuyem Galifa no anno feguinte Rey Dom AfonfoHenriques à Sê 1179.nº
de mil cento & nouëta & dous, a Apotolica, que o Cardeal Cear
dezoito de Outubro, por húa car, Baronio declara ferno primeiro
ta de protecção Apoftolica que anno daquellePontificejcomo a
deu adinoflo mofteiro de S. Ióáo chou no'original que tresladou
de Tarouca, & ao Abbade Ioão, no Vati cano; & Altona treslada
bem outras Bullas de
com as
Iá Clemête Terceiro tinha aper, tam
tado comete negocio, mas a có. comm iſſaöde Frei RäynerioPa
clustõdelle tene effeito no Ponti ra final concluíaõ do diuorcio do
ficado de Celeftino, finco annos. Rey fobredito com a Rainha D.
sv - vr.oʻ.si
-*. . ..
-
;
adiante, conforme Houeden,que Berenguela, expedio o Papa In
.' viueo proximo áquelle tempo, & nocencio Terceiro a celebre de
não foi no de mil & duzentos,co cretali Et/i neceffe, dotitulo, de do
Сар.15. mo diz Ruy de Pina na Chroni mationibùs inter yirum, &»xorem, &c
'ca delRey D.Sancho o Primeiro; aísinão feicomo o Bipo de Palê
-que a ferneíte anno, deuia proce cia Dom Rodrigo Sanches nafua
derno cafo a Santidade de Inno hitoria, fendo tão grande jurita,
- - ر:
Pamرهش
-ccncio Terceiro, que entrou no dile, áeta decretal fe ordenara, s. :*
& man
ElRey Dom Dinis. ಕಿ
& mandara para o diuorcio da de não largar até a morte a nu
nofa Rainha Dona Mafalda, & lher que recebia, que replicarid,
elRey de Catella Dom Henri como feu pay fez ao Pontifice, &
que o Primeiro. O diuorcio da que afsi como elle naô largcu d
Rainha Dona Mafalda dipos o Rainha Dona Maria que prefente
mefmo Pontifice Innocêcio Ter etaua, ifo mefmo imitaria cle
ceiro por Bulla expedida aos Bif. Dom Fernando no cafamento då
pos de Palencia, & Platencia, aos Rainha D. Contança, motrãdo
quaes mandou que a notificafíem elRey Dom Dinis a indecencia q
aos contrahentes, & lhe impedif> feria fairlhe fua filha de cafà donº
fem o matrimonio.Não obtante zella, & tornar máy fem outra
o fobredito fe effeituou o cafa vtilidade. Tinha dado muito ef
mento,& entaóinuiou oPapa ou candalo dous annos antes delte,
tra commiffaõ aos Bifpos de Ta elRey Dom Iaime, apartãqofe da
raona, & Pamplona, & a Metre Infanta D. Iabelirmáa dete Rey
Arnaldo Conego na Igreja de Le Dom Fernando, como atraz dei
rida,paraque procedeffem no ca xamos efcrito; quiz elRey Dom
fo. Foi ifto no anno de mil duzen Dinis fegurarfe que não fuccedel
tos & dezaféis, a dous de Iulho. fe a fua filha, o que o genro feñ
Procederaõ na inquirição do ca tio,&eftranhou a elRey D.Iaimė
fo os dous nomeados,que o Bifpo cunhado de ambos.
de Pamplona feelculou do nego Naõ foraõ porem neceffarias
cio, & por hum edital feito em eftas preuençoês extraordinarias,
Soria a dous de Setembro limita permittindo o Ceo que em acção
raõ termo atè dia de S.Martinho. em que entreuinha a Rainha Sã
Atalaça Naõ conta mais do intrumento ta Ifabel tiuefe tudo efeito, com
* 2; que vi dete procefo, mas como approuaọaõ,& beneplacito da Sê
gaueta dus - -
-
CAP.
ÉlRey Dom Dinis, 259
Portugal, é do_Algarue, dou a vos á
quelle anno. - - - - -
Comendador mòr daquella Or
Mandou elRey Dom Dinis dem. -
-
-
-
*-
- - - -
Afonfo Peres. Cómidºette cadá
t ! ~* * ** : *
leiro e achou tambem em Alcá
niz ho蠶 dos caſamentős, tí
ueraö occafiaö os nöſos Chróni
盟 dizer, que fºra ele o
Socorre el Rey a Cafiella: Embaixador que cà vejo fëbre e
parte para Lisboa,ê- συήm ſtamateria: Emghānto eſtiueráð
aesie Reyno Dom Pedro, os Reys atnbbs feftas partes, i;i-
teruiría más pratieas, que entáó sº .."
irmão da Rainha .. ouue pelo parentefc6 com elRey
S. Iſabel. ..º.º. Dô Dinis, qué'ábiñbaixadatro&
". . . . . . (…
xe Dom João Ferbáñdes de Liº
| Aõtrataua elRey Dõ ma, & diſpez corn 3 Albuqiiers
# Dinis sô de fua comos uétoda armateriá? {Defij6išques
坠
E:
didade, antes paraque ós doífos Portáguëfèšéxêchtäfaõ;
fe vifle em Catella o toda a hoftilidádeºpôfja& háš
cºn. A vil deta aliança, mãdou em cõ terras;º&#afialos déibbediefites
ïman... panbia delRey fêu genro aDorň a elRey Dorii Fernäridoyovie"
"º loão Afonfo de Albuquerque feu raõ buícar ácidade de Toró;&
Mordomo mór com trezētosča# acompanhando6 atè Mestria de
ualeiros Portuguefes dos mais lu Rio fêco, lhe fizeraõ etítregáries
zidos que elRey tinha naquelas fta Villa, donde partio paráVaº
fronteiras, Ordenou a Rainha D. fladolidj& defpédio àôs'Portus
Maria a D. Alanfo Peres de Gtifa guetes para ete Reyno: ºº
mão, & a Dom Ioão. Fernandes, Elrey DorñBitis fe pártio
que deuia fero de Lima, filho do tambefH đo Sảbugai pára Lift
Deão, e ajuntafem com.algúas boa, & tendo chegádo à Göim
tropas ao Albuquerque,como fis braafete de Noüèfhbrò, ab fri
zeraõ, entrouelle com os nofos meiro de Dezembro etapajã dé
Portugueles pelas terras que fixº afeito neta corte Epitºue
ftentauão a voz do Infante Dom naõ fique dia em que feri㺠defº
João, & fizeraõ grãdes dános por cubra acção de Príncipe aduerº
todas ellas.Chegaraõ à cidade de tido, & Confideradö°åêîe Rey;
Хx 2 veres
-
. . . .
canaleiros, que aceitafé em tro de Eluas: :
caälmodaliuar,Ourique,comos Gonfale Annes Comendador
Caſtellos de Marachique & Al do Algarue.
ja,១gue ºfacāodanda Fernão Gonfalues Comenda- .
ainda mais à elRey o padroado dor de Aljuftrel, º -
Rey ſeu genro com hum Reyno elRey hia de Portugal em fauor
menos, parece qfe pagaua mais de Catella, & que tinha ehtrado
de ter enfraquecido hum vifinho, com taõ poderofo exercito por
que huma filha rica. O Infante Ciudad Rodrigo,mandou a Dom
Dom Henrique era homem que Rodrigo Aluares Oforio canalei- . .
netas mudanças pretendia ga ro, o qual pelas intrucçoês que
nhar, & ainda as folicitaua para trazia deuia praticar a elRey da
ete efeito, conhecialhe elRey o parte de Dom loão feufenhor,&
humor, & afsi efperou que élle dizerlhe... # : -
chegaffe, paraque com autorida - Que bem fabia Sua Alteza
de de Tutor del Rey Dó Fernan como elle Dom Ioáo etaua Rey
do efeituaffeo á elRey lhe pro pacifico de Galiza, & ainda no
pufeffe. ' ' . . . Reyno deLeão tinha porfiaquel
la Metropoli, & outros pouos, &
CAPiT. xxxxv. que fe introduzira com tantaju
ftiça, como era ferlegitimo filho
delRey Dom Afonfo, do qualel
Das caufas que alrey Dà Rey Dom Fernando era neto não
IDinis teue para intentar legitimo, ponto que jà tinha ou
elRey Dom
ι.072ίβ}"705 ί0% tra vez allegado;que e elRey Dó
Fernando, é- Infante D5 Fernando era ſeu primo, 8 gen
ro, ele era tio, & por etavia lhe
Ioão, & do que corriaö grâdes obrigaçoés defa
refultou. uorecelo: maiormente quefuftë
tandoono Reynointerefauatá
签
1298.鷲 懿 Arecerâcoufa alheado to, como era ter hum vifinho o
凱塔 3 primor,& caualeriade brigado a fua parcialidade.& dei
äjW3Ğ hü Principe empenhar xar a Catellafem forças para in
豎恩 * feu poder para focor quietaros confinantes, que era o
rer a outro, & fazer guerra a feus que a Portugal mais cônuinha.
contrarios, & variar defpois no Que elebrae ter legitimado os
modo do focorro,fazendo pouca filhos do Infante DõAfonfo feu
offenfa ao oppofitor, que fè pre irmão para herdarem fuas terras,
tendia defapofarmas bem vitas o que feria grande defraudo da
as confideraçoês, que moueraõ a · Coroa de ſeu Reyno; que elle Dö
Ioão
-
** - - -
* ... - i.
leão tinha filho com o qual podia nha Dona Vrraca fua filha mais
calar huma das filhas detelnfan moça, & conforme a ifto podia
te, & ficar Rainha de Galiza, & elle Rey D. Dinis repetir aquelle
com ifto defobrigado elle Rey direito, maiormente achando cõ
Dom Dinis a acomodar eta fo tencioſa, & duuidoſa a ſucceſſa5
brinha: & ainda as outras irmãas de outros pretendentes,& que pa
alcançarião no Reyno de Galiza ra mais ofölidar lhe renunciaria
outrosetadoscõ que aliuiafema o direito q tinha, cõ que menos
Portugal. E que vendo o Infante :fè ïënhoréaffe de Galiza, & def.
o affecto com que elle Rey Dom pois lha deixaſſe logiar aceitan
Dinis lhe procuraua comodo tal doa de fua mão como valialo, á
para a filha, lhe ficaria fogeito,& era, ou parecia pouca prudencia
grande amigo,& liuraria a Portu | empregar exercitos copio(os pas
gal das inquietaçoês ciuis, que ra focorrer hum parente, & não
-defcontête fempre mouia;&que acquirir hum Reyno para fi, quã
não temefefer notado em faltar do lhe pertencia com titulo taõ
afeu genro, & filha na conquita razoauel. Que não reparafe em
de hum Reyno, que podia acre - dizerem osCaltelhanos eftar nel
centalos, antes feria louuado, fe les a direita fuccefaõ por defcen
tendoos ja pacificos fenhores dos dentes de Dona Vrraca, filha le
* Reynos de Čaſtella, eſtãdo a cau gitima delRey Dom Afonfo, do
fa taõ, litigioſa, o aquinhoaffe a qual a Rainha Dona Tereja era
| elle no de Galiza, feiido taõjuíti batarda, porque eta Rainha D.
ficadamente pretenfor de todos, Tereja era filha de matrimo
. Mais lhe diria Dom Rodrigo, nio de boa fè, & como tal lhe
ing quando totalmente não qui competia a herança com prefe
zefe fauorecelo, & fazelo Rey de rencia a fua irmãa mais moça,
_Galiza, ao menos o conſeruaſſe aindaque filha de legitimo matri
: por toda avidano ſenhorio della, monio; & que bem o podião cõ
o que podia fazer com maior vti feffar os Caſtelhanos quãdo pre
lidade da Coroa de Portugal,por feriraõ a elRey Dom Fernando
efta maneira. Que bem fabia to filho de matrimonio não sô não
'da Hefpanha como os Reys de legitimo, fenão não difgenfado,&
Portugal tinhão acção aos Rey . declarado inualido por dous Pö
nos de Leão,& Catella como def tifices, a elle Dom Ioão, que era
cendentes daRainha Dona Tere4 filho delegitimo matrimonio. E º
ja filha mais velha delRey Dom que pois Catella affentaua que o s"
Afonfo Sexto, do qual os Reys de valor do matrimonio putatiuo
Caftells procedião porvia daRai daua jutamente a ucceaó a el
Ууз Rey
Liuro XVII. Da Monarchia Luftaun.
Rey Dom Fernando contra hum dirimindoe o matrimonio del
pretendente nafcido de legitimo Rey de Aragão Dom Jaime º
matrimonio, fentenciaua á cau- Conquitador, & da Rainha Do
fa de Portugal contra fi, dando a na Leonor, Infanta de Caftella,
preferencia à Rainha Dona Te- fofe contudo herdado o Infante
reja, & afeus fuccefores. Nem Dom Afonfo filho deles, & Pre
tinhão que recorrer os Catelha- ferido aos filhos, que Dom Jaime
nos a dizer, que bem podia hum teuedafegunda mulher D. Vio
filho de matrimonio de boa fé lante, que foi legitima, & a não
preceder a hum tio de legitimo morrerete Infante;Dom Afonfo
| matrimonio, que era o calo delle auia deficar com a melhor parte
-Dom Ioão coñ elRey Dom Fer- ao menos daquella Coroa.Achá
nando feu fobrinho, mas que húa do e o nofo Infante Dom Pedro
filha de matrimonio de boa fè o dos Martyres de Marrocos, fi
' derimido, naó podia fer preferi- lho delRey Dom Sancho o Pri- .
da a outra irmãà filha do mefino meiro em Aragaõ,aonde foibem
-pay, & delegítimo matrimonio, -herdado, fe acoftou ás partes do
-
tura com :
ဤခ္ယိတ္ဆိုႏိုင္ငံ mais, á JDΑ vol.fa զս• elReyfez α
-
que ete Infante Dom Afonfo era Dom Gonçalo Garcia de Sou ... * *
filho primeiro, & herdeiro para a fa, filha defeu irmão Dom Mem Lib 11.d4
Estremá
differença do Infante Dom Afon Garcia de Souſa; & conforme a dura fol.
foirmão delRey, quenas efcritu ifto parece que morreo por efte 28j.
raspafadas confirma com o titu tempo na villa de Santarem,aon
lo de Infante DõAfonfo fimplef. de fez o tetamento. Foi cafada
mente. A caufâ deuia fer eftàr a. efta ſenhora com Dö Pedre An
gora apartado do feruiço delRey nes de Aboim,filho de Domloão ***莒 ** -- -
Reynos.
cedido no anno de quatrocentos
& quarenta &noue, por feruigos
器 tinha feito na guerra. Deta
àrte vemos trocados muitos Se- # ష్ర్స rauel, & ao que parece
lares, que erajuto fe cóleruafiem $ssº* veio ter a fefta de Na
em familias taó honradas, tal a Lisboa, & para principiar o
Forão teftamenteiros de Dona agno religiofamente, ordenou a
Confiança feu Marido Dom Pe. dez de Janeiro feguinte de mil du
dro, & feu primo com irmão Frei zentos & noušta & noue, que nos
Afoufo Rodrigues,de quejà fala fet's paços do caftello de Lisboa,
mos, & Frei Martim de Crafto. na capella de São Miguel,que era
Deixa varias mandas, & encom a dos Reys, fe rezafiem cada dia
menda que façam, º meu Sabbadº, as horas canonicas, & ouuele Mi
é o meu trice/Simº, 69 º meu anhº. ſa quotidiana, airdadue os Reys
Eftes anniuerfarios, & oblaçoês eftineffem aufentes.Eſte louuauel
funeraes introdufio a piedade chri coſtume introduzio elRey D.Di
ftãa defde a primitiua Igreja, & nis na capela detes paços com
ens varios tetamentos acho tam outorga doBifpo D.Ioão Martins Lib.dº?!y
bem o dia quadragefimo enco de Soelhaés, que então prefidia P.D…
2.p.ts.º. mendado. No capitulo, ρυικ, 8. neta cathedral de Lisboa. Con-fiz};
= "em outros lugºrºs fala o direito tinuou taõ louuauel introducção
Canoniconeſta ma stia,ºo Car atê o tempo delRey Dom Duar
nom. I, ad deal CefarBaroniola toSoutám” te, no qual foi outra vez renoua
− bem conforme aos ceremosiaes da porfeter efquecido, apprefen
da Igreja, aindaque em húa gloÊ tando elRey nâquella cäpellania
fa daquelle capitulo fe reolueer a hium Afonfo Vicente criado de
ſeu
ElRey Dom Dinis. 27
feu irmão o Infante Dom Henri guel do Alcaçar, ou Alcaçouã
que no anno de mil & quatro de Santarem, na qual não auia
centos & trinta & fete. Succe Capelão que cada dia rezaffe as
deolhe eľRey Dõ Afonſo Quin horas Canonicas, & difiele Mi
to feu filho, & herdando a de fa. Para maior autoridade defià
uaçaõ de tal pay, procurou a Capella, que he dos Reys, a in
crefcentar o culto de fua Capel ftituio elRey Dom Dinis com
la com maior numero de Capel Mifa quotidiana pelas almas de
laés, & cantores, para celebra. todos os Reys dete Reyno. Foi
rem os diuinos officios, & can ifto feito na mefima villa de San
tarem as horas Canonicas folem tarem, aonde elRey jà eſtaua a
nemente. Para efte fim impe quatro do mes de Março dete
trou hum breue do Papa Euge. proprio anno. Eſta Capella de
nio Quarto, expedido no anno São Miguel mandou edificar el
de mil & quatrocentos & trinta Rey Dom Afonfo Henriques,
& noue, & mandou vir hum quando no anno de mil & cento
treslado do ceremonial dos Reys & ferenta & hum desbaratou em
de Inglaterra, por onde fe dife Santarem a Albaraquè Rey de
pufêflem, & regulaffem feus Ca. Seuilla com afsiftencia do Ar
pe!!aćs nas materias, que entre chanjo Saó Miguel, donde fe di
nos pudeffem accomodarfe. Isto riuou aos Reys de Portugal à
que elRey Dom Afonfo Quinto deuaçaõ dete Archanjo, & o cu
intentou, pos em execução feu ftumão pintar entre as fuas infi
filho elRey Dom Ioão Segundo, gnias: A Ordem da Caualeria
ordenando nos paços de Euora da Ala, ou Azà inftituio aquelle
anno de mil & quatrocentos & Santo Rey debaixo da protec
nouenta & quatro a Capella na ção do me{mo Archanjo, a qual
forma em que agora età nos pa em breue fe extinguio, afsi como
ços de Lisboa, que no apparato, em França a Ordem de Cauale
numero de Capellaěs, & perfei ria de Saó Miguel, que Luis Vn
çaõ nos diuinos officios reprefen decismo eregeo em memaria do
ta a magetade de qualquer Ca fauor, que o gloriofo Archanjo
the-dral. deu a feu pay Čarlos Septimo,pe
-
*4 Torred
& quatrocentos & nouenta & hú Hopital de Fr. Ioão junto à Oli
proueo elle nefta capellania dos ueira etaua fituado na freguefia
paços de Sintra a Thome Pires. de São Gião,vifinha da qual Igre
A grandeza da Capella Real de ja vemos a de nofa Senhora da
Lisboa não reconhece excefo a Oliueira, & capella de São Gon
nenhúa dos Principes de Europa; falo. A inuocação do Hofpital
no anno de füa erecgaö fe acêla fobredito, ainda que fe diz de
rará. Frei Ioão, era de Santa Maria de
Roca de Amador, de cuja Con
CAPrT. x L. နိူ Frei Ioão era, & feruia
e ſuperintendente delle.
Da Religião dos da Rota moriaEmdefla
Portugal ha pouca me
Congregação, que
de Amador,que em Portu naquelles tempos foi de muita e
Jal auia por esfe ftima nete Reyno, & até o tem
tempo. po delRey Dom Ioão o Segun
do floreceo com bom nome. Pa
3 Aótemos por ete té ra fe entender donde ella teue
::: po sò a memoria do principio, & donde veio ao no
# nofo Rey Dom Dinis fo Reyno, he de faber, que egun
*** pela intituição da ca do eſcreue Roberto de Monte; Adaniğ
pela dos paços de Lisboa, por Santo Amador he tradição, que 1171.
que o achamos na me{ma Cida foi criado da Virgem nofa Se
dea vinte do proprio mezde Ia nhora, á qual feruio, ajudando
ū.3ſol.6, neiro, dando a Metre Iuyão feu lhe a criar o menino Iefu, & tra
Sobrejuiz licença para ter hum zendoo muitasvezes em feus bra
carniceiro nas cafas de Lisboa, ços. Defpois da Affumpçaõ dá
aonde chamão a Oliueira, junto mãy de Deos,fe veio Santo Amá
do Hopital de Frei loão. Con dor a França, fendo antecedente
- - Zz z iments
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Ymente mandado pela me{ma Se mos chamauão nete Reyno Hof
nhora,&amoetado q fizeffe eta itaes deRocamador. -
". . .
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de Almeida. De prefente corre - ー
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CÁP IT, L, * * ** *
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litigio fobre eta Comenda. -
Naliuraria de Alcobaça no “. . . ' ... . . ºi {}i
. . . . .. . '
fim de húliuro manufcripto an மாார்:r:
tiguo,que he o flos Sanétórum de que elRey teue comeu ir.
T . . ي لسم, .** .f
: z = ...' . . . . * J : : -
Iacobo de Voragine, achei hum mão, & do testamento que
tratado da Igreja, & milagres de
fta Senhora da Roca de Amador,
o qual autor efcreue varios mila
res da Santa Imagem, & alguns § Iffemos no fim do an i 199:
delles graciofilsimos, que deixo 3) no palado como el
de relatar, por não dilatar tanto # Rey Dom Dinis, & o
ete capitulo. Encarece o autor, * Infante DõAfono feu
alem da multidão dos milagres,o irmão ficaraõ em inimifade, &
concurfo dos peregrinos, & af. defauindos, agora veremos o rõ=
fluencia de efmolas, com que diz Pimento a que chegarão, que foi
e pudera ereger naquelle lugar húa das maiores reuoluçoês que
hüa Igreja mais fumptuofa, que a em Portugal fe viraõ por eteré
de Compotella, dando por cau po. Lançando o difcurto ao eta=
fa de fe naó executar a obra, & do das Coufas, me parece, que o
-
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/ил. τη¿ius. Que a palaura, Ou/6ia, na a guerra. Os teftamenteiros que
lingoagem daquele tempo figni efcolheo, foraõ a Rainha Santa
ficafe a capella mór da Igreja, ve Ifabel, o Arcebipo de Braga Dó
mos claraméte na intituiçaõ da Martinho,DõJoão Martins Bipo
Capella delRey D. Afonío Quare de Lisboa, o Metre Dom Pedro
"to, o qualfabemos que edificou a Bipo de Coimbra. João Simão
da Sé de Lisboa.Dizelle naquel Měirinho mór de füá cafa, Dom
la intituição deta maneira. Como Pedro Nunes Abbade de Alco
por mim Á honra de Zeos, & da Virgí baça, & ſeu confeſſor Fr. Miguel
glorioſa Santa Maria, & do...Atartyr da Ordem de São Francifco… :
5. Uicente fº/e edificada por minhas i Adezaſete do proprio mesſez
prºprias defefas na Igreja Cathedralde hũaaddiệão acftdtcftamento,na
Zisboa, hu o corpo do hemamenturada dual deípóis de ratificar o fobre
São Cicente jás, a Ou/sia principal da dito ordenaua mais que á Rainha
dita Igreja. Por, Oufia, feentende fua mulher fofetutora de feus fi
aqui a Capella mórda Sè, que es lhos Dom Afonfo, & Dona Con
fte Rey edificou, & aonde eftà fe ftança, & gouerhaffë o Reyno
pultado. Do fignificado que tem atéque o Infante herdeiro tiúefle
Entre os Theologos, & da caufa idade cópetente. Deixar nomea
porque foi introduzida etapala da fua filha D.Confiança Rainha
ura,não he dete lugar o aclarar de Catella, me faz perfüadiuel
fe. Vejaófe Nycetas, Baronio, & eftar feu genro elRey D. Fernan
outros. . . . . . . do defcubertamëte contra elRey,
DeixauaelRey D.Dinisomo & parece á determinaria de dei
uel, joyas, & dinheiro, & quaef> xar a Rainha Dona Contãça, cõ
uer outros bens que tiuefe para a qual não e taua ainda recebido,,
defcargo defuaalma,&fatisfação & que por faber elRey que le prá
das diüidas,& malfeitorias deſcu ticaua eta deixaçaõ, ੈ।
pay, & fuas a todas as Cathe mento,preuehia em cafo que ella
draes, & a muitos dos Moteiros, viefe a Portugal, a tutora que aº
Aluergarias, & Hofpitaesgrans uia de ter, que era a Rainha fia
ínãy.
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
mãy.Nomeou para confelheiros, denação mal acertada, ao menos
em quanto ela gouernate, os os pouos cobrauão mais amor
mefiños que deixou por teftamé aos Reys, quando viaõ que trata
teiros, & acrefcentando alem di uão de ter em fua Corte, qué lhes
fto,que a Rainha pediffe aos con ſolicitaſſe o comodo gèral,& par
felhos dentre Tejo,& Guadiana, ticular de todos. O que noto neta
Moura, & Serpa hum homembó ordenagaödelRey Dom Dinis,he
da cidade de Éuora, aos da Eftre o não nomear pefoa do Reyno
madura hum homem de Lisboa, do Algarue. Em Catella pelos
outro de Santarem, aos de entre annos de mil duzentos & nouen
Douro, & Mõdego hum homem ta & tres concedeo tambem el
Fr. Alonſa
de Coimbra,& outro da Goarda,Rey Dom Sancho aos pouos da Fernandes
hift.de Pla
& aos de entre Douro & Minho Etremadura, que de cada Bipa Jentiacus
hum de Guimaraés, efcolhidos do,& pouo principalandaffem na
pelos confelhos, & capates para Corte Caualeiros fuftëtados á cu
queferuifem em cafade feu filho fta dos pouos,para lhe aprefenta
herdeiro, aonde lhe daria a Rai rem,& proporem as caufas,& re
nha officios. Etes homens, alem querimentos dos vifinhos delles.
dos confelheiros nomeados,auião Aintituição porem delRey Dom
de tratar em companhia delles as Dinis era mais frãoa, pois admit
materiastocantes ao efkado,&bê tia as taespefoas a voto no go
do Reyno, & do filho herdeiro,o uerno, & lhes daua officios, & lu
qual mandaua (e criafeatèferde gares com queos.viueffem na cafà
idade em Lisboa, ou Santarem, Real autoriſad
Coimbra,& Leiria,duas cidades, Vltimamente aduirto,que en
& duas villas, que lhe parecerão tre as malfeitorias que elRey Dõ
mais acomodadas. Em cáfo que Dinis confefa no tetamento, era
a Rainha faleceffe, nomeaua em o grande danno que nas guerras
feu lugar o Arcebipo Dom Mar de Caftella auia feito por mar,&
tinho, com os adjuntos, & modo terra aos pouos, & genteme{qui
degouerno propoſto. nha daquelles Reynos, que he
Ò mandar 4 afsiftiffem no fer fobre quem ordinariamête cae a
uiço do nouo Rey em quanto não furia, & difcomodos da guerra.
tiuefeidade homens eleitospelos Não diz os têpos em que a guer
confelhos, & comarcas do Rey rafe fez,& deue entenderfe na dos
no, & eftes.foffem admittidos a annos paflados, em 4 por varios
confultar, & votar nas coufasto 1mOtlllOS nnOueO aS 2tIm2S CQntra
armada naual, que o nolo Rey quepa//gи тиi bет ет (astella por zº
fez com a conducta do Almiran Nuno Gen/alues de Cara o Zoó, eo def- i º:
iho de Deos encarnou, & refidio tia autem eidetur, vt Arie*%%miis, aut
em vida. -
in Hiffamia in/eruitio 2iiper'annum
-
* --
இன் ஐeroi a liல் do defcuido daquele tempo, não .*.* tº
fte Reydo £publicou, a Bulla de Santos lugares, &ºa: frieza que' . . . .'''
ta, como (e tem vito; & agora Portalegre com outras coû- · ·
vendoo occupado no cerco de fhs totantes a ešte
Portalegre, achaua comodidade
de inquietalos em fauor do In f : ſ , : intento:
- * .- *. " , - - *
* -- *
de Catro. O partido delRey Dó de tudo nos faltaõ as noticias ne-> ,703 ---
Bugalho. º .
Simom.“
-
- --- º º
-e ‘’
- *
elRey - - -- - -- -
El Rey Dom Dink. & 18;
elRey ſeu filho, & que aceitada a da qual o Embaixador delRey D,
meflagem fe ajuntarão todos na Dinis foi a Catella acerca deflas
cidade de Palencia. Nefkas viftas vitas, naõ podia ferfe não no anº
fe fizeraó as pazes, & fe concluio no de mil duzentos & riouetta &
* a execução do cafaméto delRey noue,como he contante entre os
Dom Fernando com alRainha D. autores, & fe deduz claramente
Contança,que fegundo boas cõ pela hitoria de Aragaõ, na qual
jećturas deuia nas reuoltas do an lemos, que tendo concertado cl
no pafado etar quafi desfeito. Rey Dom Iaime de entregar a D.
-Aqui em Palencia acabou elRey Ioão Nunes a cidade de Albarra
Dom Dinis afeguralo, & alcan fim, vindo no fim do anno de mil
·çou daqueles Reys, que pagafsé duzentos & nouenta & noue da
as difpeñfaçoês,que eraõñeceffä grão batalha do cabo de Orlan
rias asi para o cafaméto del Rey do contra feu irmão elRey Dom …",
Dom Fernando com a nofia In Fadrique de Sicilia, encorporou č. 4'-
fanta D. Contança, como tam Albartafim na Coroa,fabéndo à
bem para o do nofo Infante Dõ Dom loão etana prifioneiro em
Afonfo com a Infanta Dona Bri Caftella, & trataua compofiçoés
res. Nito pararaõ as vitas por com elRey D.Fergando,inimigo
então dos Reys em Palencia, as de Aragaõ naquele tempo." ",
quaes aindaque aquella Chroni * O que nos afegura mais em 4
ca as lança no anno de trezentos a jornada delRey Dom Dinis a
«hum, jâ em outro lugar aduer Palencia foi nefte anno de mil &
rimos, que vai ella erradamente trezentos, he ver, que ate o mes
pofpondo os fucceffos. Elte das de Abril andou pela comarca de
vitas em Palencia neceffariamê Riba de Coa, donde era facil o
te fe ha de antepór, & colocar no paffar a Palencia, aísi como em
.principio do anno de trezentos, todas as outras ocafioês; por eta
asi porque fe concluio o cerco me{ma parte ou entrou em Ca
de Portalegre no fim do anno paf {tella a fazer guerra,ou a vitas, &
fado de duzentos & nouenta & concertos de pazes, & cafamen
noue,por cuja caufa fereduzio tu tos, como (e tem efcrito. No vl
«lo a concordia,de que logo neíte timo de Ianeiro caminhaua el
anno feguintefe veio tomar afen Rey para Riba de Coa,& era che
to em Palencia: como tambem gado a Coimbra, aõde legitimou
porque a prifaõ, & reducção de a João Vafques Pimentel,filho de ""
Dom Ioão Nunes de Lara,que a Va{co Martins Pimentel, a rogo
mefma chronica afirma fucceder de feus irmãos Fernão Vafques,
antes da feita do Natal, defpois & EſteuaöVaſgues Pimenteis, fi
• * >
-- - - " Bbb 3 dalgos
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
dalgos mui etimados naquelle sëtado emPortalegre o anno paf
tempo.Na mefma Cidade deu li fado. Reduziofe a concordia a e
iliafilio cença em tres de Feuereiro Para fascõdiçoês que fefeguem.Que
que Gil Martins mercador deVil o Infante largàffea elRey as Vil Ibid.ſ.l.
la noua de Gaya,Gonfalo Viegas, las,& catellos de Maruão,& Por. 1o.d* 11
&Miguel Garcia vifinhos da mef. talegre, & que em troca lhe defe
ma Villa,pudefem bufcar em to elRey as villas de Ourem, & Sin
do o Reyno os mineraes de pe tra na Eftremadura. Rendia Por
dra hume,que não fedefprefauão talegre mil & duzentas libras ca
osantiguos de beneficiar,8 inqui da anno, 8 Maruao oitocentas,
riro queDeos nos dà na nofa ter Ourem rendia mil libras,& Sintra
ra. Pelo mes de Abril eftaua el tres mil & quatrocentas, & com
Reyno Sabugal. E a doze deſte fer mais que em dobro o rendi
deu carta de legitimaçaõ a Ines mento que elRey daua, tudo lhe
Rodrigues, filha de Ruy Martins parecia pouco pelo interefe de
do Cafal,& de Aldonça Martins, ver ao Infante alongado do etre
filha de Martim Afonfo de Refen mo do Reyno, & vifinhança de
de Oetar elRey neta Villa, era Catella. Ficou mais ao Infante a
fem falta, que ou partia a Caftel villa de Alegrete, & a de Vide cõ
la,ou vinha já daquelle Reynocõ as mais para fuccefores; & porq
o affento, & refolução da paz, & elRey tinha algü direito na Villa
cafamento, á a chronica Cafte deVide, & feutermo,que auia fi
lhana pello mes de Abril affirma, do de hum Dom Martinho, & el
que partio a Rainha Dona Maria, Rey o comprou a Dona Tereja
3: (eu filho elRey DomFernando Afonfo,& a Dona Eluira,& a feus
às Cortes de Valladolid proporo filhos,o largou també ao Infante.
que com elRey Dom Dinis dei Efta villa de Vide não feife (e-
xaua praticado, & fazer pedido ria Catel de Vide, porque lheti
para a paga das difgenfaçoés,que nha elRey dado priuilegio de não
èm Roma fe concederaö o anno ſer mais de Inſante, ou Rico ho
feguinte. -
mem,comovimos no annopaffà
Concluida por aquella parte a do, fe não oderogafe agora para
concordia, fe poz elRey acami aquietar a feu irmão;oufe foi Ca
nho para Lisboa, & como os ne beça de Vide,ou a Vide da Beira,
gocios do Infante D. Afonfo eta- .
de que em outro lugar falamos.
uão ainda por efeituar, quiz dar Alem detas Villas, & de outras
lhe fim tanto que chegou a eta que tinha o Infante Dom Afonfo,
Corte firmando as ecrituras, & foi tambem fenhor da villa do
concertos conforme fe tinha af. Torrão, que lha derão em vida
Ο Me
ElRey Dom Dinis, i.e. *- 28%
o Meftre, & Caualeiros de San- . Reyno tambem em quietação,
tiago. -
feguro jà de não ver outras guer*
Prometeo mais elRey,4 ainda ras ciuis,quaes olnfante D.Äfoti
ue o Infante o deferuife, o não fo tinha cáufado, mas ainda que
desherdaria deftas Villas,nê má por eta via e liurou dellas, nãd
daria derribarlhe catellos, & de pode euitar as que o Infante Dô
ftruirlhe herdades, faluo em cafo Afonfo filho do me{mo Rey anº
que os vaffalos do Infante lhe cõ nos adiante acendeo cóni menos.
batefem os feus catellos, & vil razão,& jutiça, que o Infante D.
las,& Pufefem fogo a fuas terras. Afonfo (eu tio. Foi grande pauté
Cõetas capitulaçoês (e deu fim na concordiadelRey com feuir
ás contendas deftes Principes.Fo. mão a Rainha Santalfabela Rai
raõ elas feitas em Lisboa nos pri nha Dona Brites mãy delRey, &
.meiros tres dias do mes de Iulho, a Infanta DonaBranca fua irmãa;
& ahiraó taó firmes, que nunca gue andaua emPortugalfendo fe
mais entre os dous irmãos ouue nhora do moſteiro das Huelgas
quebra algüa.E aindaque o Infan de Burgos : Gratificou elRey à
te defpois diftofepaffou áosRey Santa Rainha o trabalho que te
nos de Caftella, aonde fe fez vafº ue nefte particular, fazendoà fe
falo delRey Dom Fernando feu nhora da vila de Leiria a quatro
primo, a caufa foi por ternaquel de Iulho o dia logo feguinte, def;
le Reyno caſadas as filhas, & ſer pois da compofiçaõ feita. Tinha
bem vito de fua fobrinha a Rai naquelle tempo ofenhorio deta
nha Dona Conftahọa, & eftima 器 Dom Afonfo, filho do mef.
do de todos os grandes daquelle mo Infante D. Afono, que noas
Reyno, no qual viueo atè voltar hitorias dizem morreo moço, &
ao noffo Portugal, aonde morreo feria neta occafiaõ,& afsi por fua
em boa paz cõ elRey feu irmão, imorte deu elRey a villa de Lei
ria à Rainha Santa.E daqui pode
CAPiT. LVi. . . mos inferir, que aquietarle o In
Dom Afonfo em fuas preté
Da mercé que elRey fez á fante
foês deíte tempo adiante, deuiå
Rainha Santa I/abel da fer,por fever fem defcendente va
evilla de Leiria, raõ para quem pretendia maiores
fenhorios. Deu pois elRey a villa
#SElebrada a cópofição de Leiria á Rainha Santa Ifábel,
442 em Lisboa cõ o Infante ordenando úpueenelle Alcaide
1300.
# Dom Afonfo, ficou el
º
mòr fidalgo,& natural doReyno."
* Rey mui fatisfeito,& o Confirmou nella o Infante Domi
--- Bbb 4 Aforito;
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Afonfo, filho detes Reys com os modidades de Leiria para retiro,
Prelados, & Ricos homens das , dos Reys em qualquer occafião,
paffadas.O Infante Dom Afonfo por feufitio,frecura,&contornos
irmão delRey, fuppoto que jà cõ alegres, & abundantes de caça,&o
ele congraçado, não. confirma, pelcaria,& em particularpela rio
nem daqui por diante achei mais breza dos aposëtos do feu Caftel
firma fuánas doaçoés dete Rey lo, que he hum dos melhores de
no, Em Caftella defpois que lã. Epanha, & mui capaz de fer ha
aſſou confirma algús priuilegics, bitado de Reys,& Principes. Por.
como vaalo delRey Dom Fer efta caufa mandou elRey Dõ Di
nando, de que daremos noticia a nis, que das 蠶 Villas, & Ci-,
feu tempo. . . dades aonde fe auia de criarfeu fi
Foi a Rainha Sãta Ifabela ter lho o Infante Dom Afonfo, foffe.
ceira pefoa que teue o fenhorio. Leiriahüa dellas,& lembrado de
de Leiria. A primeira foi a Rai fta fua eleiçaõ elRey Dom Ioão #2
nha Dona Tereja, filha delRey o Primeiro mandou criar neta flº.
Dom Afonfo Henriques, de que mefina Villa ao fenhor D. Afons,
acima falamos; afegüda ofenhor fo feu filho, primeiro Duque de
DõAfonfo, fobrinho delRey Dõ° Bargança, como conta da doa
Dinis, ao qual fuccedeo a Rainha ção que lhe fez das terras do Có
Santa.Por mortedella ficou à co de Dom Gonçalo,a faber,Neiua,
roa, atê que elRey Dom Fernan Faria, & outras, & nella diz, que
do a deu à Rainha Dona Leonor, em Leiria fe criaua então aquelle
& fendo defpois dada ao Conde Principe. Foi feita a doação na
D. Gõçalo irmão della, elRey D. cidade de Vifeu no vltimo de
Ioão o Primeiro reuogou a doa Outubro de mil trezentos & no
ção, & a tornou a encorporar na uenta & hum. A Rainha Santa
Coroa, com priuilegio de ficar Ilabel depois que foi fenhora de
ſempre nella, 8 naò ſer mais da Leiria, emnobreceo aquelle Ca
da a outra pefoa. Etepriuilegio ftello, & no diftriéto ha outras
lhe tem confirmado os Reys fub memorias deta Rainha,que ain
fequentes, & faõ de muita etima da apõtaremos, que agora sò da
as palauras com que elRey Dom mos a razão do dia em q aquela
: Afonfo uinto dá a cõfirmação, Villa lhe foi dada. O que fepode
dizendo, que o faz alem das mais aduertir aos moradores de Leiria
Lib.2, d4 razoês: Por em ela auer muitas cou
he, que entraraó no enhorio de
Firena ſasparafilharmos deſemfadameto, qua fta SantaRainha a quatro do mes
* fºs do nosprouujº em ela efiar. Soube de Iulho, & que conforme a iflo
275.
elRey Dó Afonſo reſpeitar as co ctão mais obrigados que outros
- -- -- a cele
El Rey Dom Dinis. 387
a celebrar o dia de fua feita, que a rendas de|a Villa attença de6e(βel.
Igreja mandou, & difgos que fo!- lo. E ºffs doaçom vosfaçº,é outorgº por
fe aos quatro de lulho, que he o ende toda vola vida, que a ajades, cº
proprio dia em que aquella Rai 9/uyades rodalas rendas, Č” dereitos
nha recebeo o fenhorio dcLeiria;
da dita villa, @r defeus termos com to
de forte que no me{mo dia em q d45 fái pertenyas,6“JAlcatdaria em th
recebeo por valalos os Leirien da roſa vida empaz, aſsi come di che.
ces, neſſe proprio a veneramos E dipos vo|a morte a dita Villa con
por bemauêturada, &he de crer, feu, termos,6"pertenças,6". Alcanda
que intercedendo na glºria com ria, @ com todolos/eus direitosºme
particularidade pelos que em vi thoramentos, que hyfizerdes, deuem fi.
da a feruiraõ, felembre em pri caramy,@ ameusſucceſſores,que dºſ
meiro lugar daquelles,de que em pos myregnaremem Portugal,9r liure
tal dia tomou pote, & fenhorio. mente, é fém embargº nenhum. E eu
Diz pois a e{critura deta ma ſobredits Key Zºom Zinis outorgo, منع
neira. . * : * >.
(mi/ vosometo
, r
a boafee a teer, & guardara
Em nºme de Zeos.Amen.
L.3 fol.II zDona abel eta doagom, afi como
cam quantos efia carta virem, é leerã, febredito he,eo nom vyr em contrario,9
que eu Zum Zinis pela graça de Zeos fº alguns de meus/accº/ores, ou alguns
¿ey de Portugal, 6 do —Algarue, de outros, º que lhes Zeos nem leixefazer,
meuprazer, @r da minha áure vontade «»os em vº/avida fia doaçom quizer
dou, e outorgo aºs Rainha Zona Ita embargar, nom lheſeja outorgado, mas
belinha molher emſembra com o Infas fe ofolamente quizerprouar, ou embar
te zoom-fosfomeu filhoprimo herdeirº gar, ja a hr46 meldem de Zee,éº
em todolos dias de vº/avida ainha vil da s2.htadre, 6 de toda a corte (ele
la de Leiria com todos/eus termos, com #ial, é a inha maldiçompara todo/em
todas fá, rendas,9/épertenças, cºcó pre. Eos que efía doaçºm avos teuerem,
todos feus direitos,que eu ey,º de direi cºaguardarem em vºº vida,aficomº
tº deuaauer.E outrofvas dou em todo he/obredito, (empre/jão compridos de
2. los días devo/a vida a Alcaidaria dea toda beençom. E que fia doaçom/jº
ſ
** "...
bhorio. Evos deuedes a eles a dar das dex.(Cºxxx/III annº.
-س-- - -- - - - - - -- - - - --- ----
Ficou
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Ficou Leiria com o fenhorio & filijs, ac filiabus meis, ad caflellum
da Rainha Santa Ifabelilluftrada; /Leireme Z)ei cultum reftituimus,& vo
& para concluir com algüa me bis meis hominibus, atque vafalis, &.
moria, que firua de eftimação a alumnis, ad habitandum iure hæredita
eta Cidade, acrefcentarei húa á rio tribuimus. Eu Sancho por diuina
faltou na quarta parte detahito perm/aõ Rey de Portugal juntamente
ria, & he, que deue Leiria fuavl com minha mulher Z), Zulce, & meus
tima reftauragão a elВеy Dom filhos, grfilhas, retiruimºs o cultº de
Sancho o Primeiro. ElRey Dom 2Deos ao coffello de Leiria, 8 o damos
Afonſo Hëriques edificou ſeuca de juro, é herdade avos meus homès,
ſtello no anno demil & cento & va/alos, 6 criados, paraque opouoes,
trinta & finco, como fe deixa ef 6 habiteis. Continua então a for
crito na terceira parte, & defpois ma do foral, que he notauel, &
fendo ganhado pelos Mouros, o remata com a data, que diz (er
tornou a retaurar no anno de mil na Era MCCXXVIII a qual ref
cento & quarenta. Perfeuerou no ponde ao anno fobredito. ----
I3.
す°ャ・
ElRey Dom Dinis. -- 3$8
ta da Rebaldeira em termo de to: ZDamos, &9- outorgamºs a vos Ele;
TorresVedras. Etaua a Rainha uão Xtendes mofo freire aquei campo,
então neta Villa, que era fua, & quenos auemos na -Arruda,que he cha
ali fez a doação a quatorze de lu таao, а Иilla, етие/яй, а тоrarа:
lho defte anno:declarando,que fè freiras. Em Sefimbra fefez a ef
algum metre alheaffe eta quin critura no mes de Março. Outra
ta, o Rey que então reinafelan vi tambem feita pelos me{mos
çaffe mão della, & a defe por fua Metre, & Comendador aa villa
alma. Alem da doação que fez de Alcacer a vinte finco de Fene- .
deta quinta à Ordem de Santia reiro de mil& duzentos & fctentä
go, lhe largou tambem a villa da & quatro,pela qual dauão etavil
Arruda, a qual elRey logo alcan la da Arruäa a hum Pero Martins
çou para a Rainha Santa, que a fobrejuiz delRey em fua vida,dã
pofuio em fua vida; & por eta do ele para as freiras as herdades
demifaõ que a Ordem fez da Ar que tinha na Lifiria da Toureira,
ruda,lhe deu a quinta de Ortala & obrigandofe a futentar hum
v3 flut goa no termo de Santarem,eftans freire, que aprouuete a caía dá
do elRey a treze de Outubro em Ordem. . . , ,
TorresVedras. . . -
biter." Ego Iohanis Petrus roboro, & Dona Dordia Paes, prima de
confirmo. Ego loannes Conſaluis fraire Göfale Annes Correa,o qual dei
roboro, & confirmo.” Ago Z)..…aior. xando a quinta de Bellas ao con
Ego Z. Žurdia Zaurenti: Ego Z2. uento de Santos com obriga
Zona, Ego.3%aria Petri i/ímul cum gão de Miſſa quotidiana, manda
omnibus ilììs fùpradiäis,&freiras hanc ua que a adminiſtração della fi
kartam roboramus, & conredimus, * caſſe â Religioſa daquelle Con
A DElena parece que fucce uento mais chegada a fua linha- ,
deo no lugar de Prelada do con gem, & de preſente nomeaua a
uento de Sanctos Dona Oüfenda Dordia Paes fua parenta, filha de
Egas,a qual nomea o Calendario Payo de Moles Correa,primoir
antigo da Sé de Lisboa: Prior/a de mão de feu pay, a qual era então
Santiis, & diz que faleceo a vinte freira,fendo Comendadeira Don
& tres de Dezembro do antio de na Orraca pellos annos de mil ;
mil duzentos & {effenta, & que trezentos & dezoito.
feu filho Dom Lourence Annes Pofuio e conuento de Santos
Arcediago de Vifeu deixara á Se eta quista de Bellas atè o anno
dous marauedis de renda para fe de mil trezentos & trinta & qua
lhe fazer anniuerfario. A Santa tro, em que a Comendadeira D.
Comendadeira D. Sancha Mar Ioanna Lourenço de Valadares a
•*•**».* tins deuia entrar na mefma Pre trocou com Lopo Fernandes Pa
seº : lafia por morte de Dona Oufen checo, que deu por ella às freiras
da, conforme ao que diffemosa a quinta da margem da Arada,
cima no liuro 16.Forão Comen em termo de Alãquer, que com
.dadeiras defpois della fucceífiua prara a Maria Lourenço, viuua
mente as que fe (eguem, tiradas de Martim Gomes Taueira ; o
pelas doações do cartorio deSan ual Martim Gomes foi cunhado
tos,em que elas pelos annos vão do fobredito Pacheco.Os Pache
aísinando, & eu vi pafando elte cos tiuerão o fenhorio de Bellas
-
cartorio,
*
" atê que (e pafou a Catella Diogo
* * *
- - - - Lopes
盘 v, - ElRey Dom Dinis, º 289
Lopes Pacheco pela morte de nhorio de Bellas Francico Corº
Dona Ines de Catro, pela qual rea, & a pogue oje eu filho Anº
!, caufa lhe confifcou os bens elRey tonio Correa Alcaide mór deVil
Dom Pedro:mas defpois da mor la franca de Xira, & Vcedor da
te dete Rey, (eu filho elRey Dõ cafã da Rainha nofa Senhora; &
Fernando tornou a retituir Bel aindaque por Atouguia lhe en
las a Diogo Lopes Pacheco com trou a herança, retem o appelliº,
tudo o mais que tinha certifica 'do de Correas, & pode fer que
do de fua innocencia naquelle ca fem ter noticia de que os Correas
fo. Por eta caufa pouio el Rey forão os primeiros ſenhores de
Dom Pedro a Bellas, & não con Bellas. He o fenhorio de Bellas
ftando ito com clareza, fe per mui autorizado, tanto pella juri.
fuadirão, que antes da morte de dição que tem na Villa,como pe
Dona Ines fora fua a quinta, & q la excellente cala de campo dos
nete fitio aonde Dom Ioão Pri fenhores della, que afina fabrica
Ameiro mandou pintar a morte. dos paços, como na freícura dos
de Dona Ines, & circunftancias jardins, & copia de polidifimas
della, viuera elRey em compa fontes he a melhor q fe fabe em
nhia fua algum tempo. Pafando Efpanha,que de Rey não feja.
fe a Catella vltimamente Ioão - Por morte de Dona Dordia
Fernandes Pacheco, fe deráo os Paes Correa fe deu a Comenda
pagos,& quinta,& villa de Bellas doria a Dona Ioanna Lourenço
a Gonfalo Pires do confelho del de Valadares, fobrinha de Dona
Rey,gouernador da cafado ciuel, Orraca, por fer filha de Dõ Lou
pay de Luis Gonfalues Malafaya renço Soares de Valadares, & de
Rico homem em tempo delRey fua irmãa Dona SanchaNunes de
ID. Afonfo Quinto, & por morte Chacim. A efta fuccedeo Dona
delle comprouelRey D.Ioãoaſua Maria Pires Varella,& a ella Do
mulher Maria Annes o que toca na Maior Pires. -
w t
* ElRey Dom Diais. … " 29
licctiga ao Cabido defta Cidade João, & Dona Betaça fe partifé,
para comprar catas,não obtante confiderando o Infante DõIoão,
a prohibição em contrario. " - tio delRey Dom Fernando,como
No me{mo tempo que elRey ele jà etaua em firme liança cõ
em Lisboa concluio as conueniê elRey Dõ Dinis, & que auia efte
cias com feu irmão o Infante Dõ Rey de affitirlhe em tudo, como
Afonfo, não fedefcuidou de affe hia diſpondo, fe reduzio ao ferui
• gurar tambem as coufas delRey ço, & obediencia do fobrinho, ğ
bom Fernando de Catella eu não foi o menor beneficio, 4 Ca
genro. Aquella Corte tinha mã ftella alcanfou da liança de Por
… dado o Conde Dom Ioão Afonfö tugal naquelle tempo. iſ . . . .
de Albuquerque, que cõ fua'au f O Conde de Barcellos Dom
toridade, & o parenteſco da Rai Ioão Afonfo, & Dona Betaça, &
nha Dona Maria podia muito, & com ellesos Infantes Dom João,
afsi encaminhou tudo a bom ef. & Dom Henrique fe virão com
feito. Entendia elRey D.Dinis,& elRey Domlaime,&lhe infarão,
ifto mefmo os Catelhanos, que que fe quizeffever tambem com
não viniria (offegado elRey Dom a Rainha Dona Maria, paraque fe
Fernando, em quanto elRey de fizeſſem os concertos entre elle, .
*Aragão. DõIaime não defiftife & elRey Dom Fernando. Logo
de fuas pertençoês, & deixaffe de tras elles chegou Embaixador
apadrinhara Dom Afonfo deLa
cerda, & feus aliados. Ordenoue
ಕ್ಡ delRey DóDinis, que
requeria o me{mo a elRey Dom
& de Caftella foffe o mefmo Con. Haime, o qualachou na cidade de
de em companhia de Dona Beta Valença meado Nouembro. De
ça a Aragão com embaixada à firio elRey de Aragáo á embaixa
quelle Rey, fazendoſe conſidera da, depedindo a Portugal Rai хайайй:
gão, que ferião bem ouuidos, por mon de Mónrós, Arcediago da ;・の・イ定。
fer o Conde Mordomo mòr del Goarda em Aragão, com cartas a
Rey Dom Dinis feu cunhado, & elRey Dom Dinis, ao Infante Dõ
a Dona Betaça aya da Rainha de Afonfo feu filho, ao Arcebifpo *
de Сатро
lifa, & de lá mandou procuração
feita por Martim Pires, Notario
Mayor á Infanta por elRey D.Fernando em Salua
D. Branca. terra em quinze de Nouembro
do anno paſſado. Aſſinao porte
* Inha elRey D. Dinis temunhas Martim Correa,& Gõ
mandado beneficiar çalo Martins feus vaffalos,& veio
101. ఆ?|# o paulde Màgos, & por procurador Martim do Aue
X&#;«A fundada a Villa de ial caualeiro, vaffalo, & Mordo
ÍùO
ElRey D»DI# 39%
momôr do mefino D.Ioão Ete vafalos pelas teiras, & rendas
Martim do Auelal era fidalgo que em Galifa pofuião.Deixo feiº.
Principalifsimo, bifneto de Dom ta obferuàção femelhante, quañ:
Diogo Gonçalues o celebrado, 4 do falei do Metre D. Payo Peres,
morreo na batalha de Ourique, Correa, vejae o que allí le dife
& de fua mulher Dona Vrracã, acerca dito. . . .. .
irmãa de Fegnão Mendes, o pri - Com procuração pois que de
meiro fenhor de Bargança. A def Saluaterra de Galifå inuiou Dom
cendencia do Auelal toca ainda Ioão, celebrou elRey Dorn Dinis,
ás familias nobres, como fe pode. a troca na fua villa de Saluaterra
Tjt- 44 و ver no Conde Dô Pedro, que fa de Magos, dando pela villa, &
lando delle diz aſſi: ºſartim Eſteues catello de portel aos fobreditos
do Auelal, por fabre mone 3tartim Dom Ioão, & Dona Maria as vil
Freire, que foi mui bom caualeiro, Ǽ las de Euora Monte, & Mafra, & .
.2zordamo de logo Fernandes de Lima; as terras de Aguiar,& Neiua, que
& afi fe califica bem o etado, & chamão Vitorinho. Aſsinarão à
qualidade de Dom Ioão Fernan efcritura D.Pedro Bifpo de Coim
des de Lima, que com fidalgo bra, que fe achou prélènte,& tres
tão principal feferuia. . . A clerigos medicos delRey, a faber,
Ña procuraçáofe daua poder o Metre Martinho Conego de
paraque Ioão Martins Madeiro Braga, Metre Pedro Conego de
Alcaide mòr de Portelpudeffe fa Lisboa, & Metre Thome Cone
zer entrega do caftello a elRey, go de Santa Maria da Alcaçoua
só refaluauão, que lhes ficaria o de Santarem, & Gonçalo Mar
mofteiro do Mármelal, como ti tins Mourys. Ete Gonçalo Mar
nhão contratado com a Ordem tins Mourys deuia fer parentedo
do Hofpital, & que a elRey fe da Auelal, ou irmão feu, que o pay
rião nele cem libras sòmente pas delle ſe chamaua Eſteuáo Dias de
ra o caſtello de Portel.Noteitão Mourys, lugar de que deuia ter o
bem neta efcritura, que nomeão fenhorio,&he junto do Moteiro
Dom Ioão,& fua mulhereftando de Cête. O Méítre Pedro era, ao
em Reyno etranho a elRey Dõ que parece,o queinftituio o mor
Dinisféu fenhor, & o Notario, á gado de S. Lourenço de Lisboa,
eravaſſalo delRey de Caſtellano que agora pofuem osLimas,Vif>
meandofe, diz que era Notario condes de Villa noua de Ceruei
delRey Dom Fernädo, fem acre ra, como aclaramos jâ no princi
centar,por elRey Dom Fernando pio dete tomo. , , , , …
nofo fenhor fendo que viuião en · Sinco annos defpois deftatro·
tão em fufenhorio, & erão feus cá (e concordou outra vez elRey
T T T. Ccc4 66iii
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana,
com os me{mos D.Ioão, & Dona de Catella, & entregue aos Reys.
Maria, & ouue delles as villas de
de Portugal. ... . . . ;
Euora Monte,Villaboim, Aguiar, Alcañfei que fora fenhor de:
& Neiua, dandolhe por eftas ter Campo Maior defpois da Infanta , 4
ras outras no interior do Reyno: Dona Branca feu (obrinho Dom i.
os lugares de Vimieiro, Pouos, Afonfo Sanches, por hum intru-afd.js
Figueiró, & Pedrogão com qua mento de demarcação entre Ba
trocentas liuras de renda de Chi dajoz, & Campo Maior, por má
lheiros. Feffeeta permutação em dado delRey D. Afonfo Quarto,
TorresVedras afete de Abril da no anno de mil trezentos & fin
quelle anno de mil trezentos & coēta & tres. Aſsiſtirão à demar
ſinco. - -
cação Pero Martins Alcaforado,
-
uo, por aquiear os Reynos, & vem a cair nete anno de Chrifto
-
não expor a rifcos defe efeitua de mil trezentos & hum. Foi ex
rem o$cafamentos de táo grandes pedida a Bulla de difpeiìfágág pa
Principes fem diff enfação, como ra o cafamento do nofo Infante
jà fizera elRey Dom Sancho de Dô Afonfo com a Infanta Doria
Çaftella, coufà que a Rainha Sã Brites tambem em Agnania a oi
ta Ifabel muito receaua, & pela to do mes de Setembro dia da
qual razão muitas vezes intara Natiuidade de nolia Senhora. A
ão mefmo Papa quizeffe côceder forma,& teor dellaheo feguinte,
eta graça, por não ver afeus fi conforme achei no liuro quinto
|lhos nos efcrupulos de hum ma delRey Dom Dinis, que contem
trimonio não dipenfado, como cartas de Lifirias, & efèambos, & ‘. . . . . **
e - º - eftà
- a *
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
efã na etante junto ájanella do pos, o muitos damnos defazenda, cº
norte da cafã da Coroa. que para//egar, º fuecer as taes.
Žonifacio Zipo $eruo dos feruos de inimifades, é procurar, Cy reduzir a
2)eos.Ao amado filho o nobre varão An paz huma, & outra parte, forão entre
_fante zyom Afonfo, primogenito do Il vos ambos, que então ereis, é ainda a--
luftre Zom Zinis Key de Portugal cha gora ſois de idade não capaz de matri
ri/Simo em Christofilho ா,ே ன் áama monio, celebrados depomorios com ef
da filha em (hrifto, é nobre mulher a perança de alcançar a dipen/agão -Apo
Infanta zona Zeatris, filha delRey Z3 folica, é que por fiacaº/a defejais de
Sanchajá defanto, º quatfifilho delRey celebrar o matrimonio. 3ías porque o
zº.…Afonº de Cafiella,é Leão de clara tal matrimonio (e não pode legitimamen
memoria. Como q//eja, que o Summo te ratificar, & conſumarſem a diſpen
'Pontifice com a entrega que/e lhefaz fação que he nece/aria para º impedi
das chaues do Keyno do Ceona do mento de parentefco que tendes em ter
LApoftolo 543 Pedro por mão daquele ceiro grao por duas vias, é no quarta
Senhor, quegouerna juntamente Geº,6% grao por outra;nospedjies humildem?.
terra,alcance opoder Pontificaldelgar, te, que digna/emos deprcuerno cafo c3
cºabf9luerd/peo/a algãºs vezes confor º beneficio da áfico/ação. Nosportam
me a direito nas me/mas prohibigoč: do to d:/?janda aféitüq/amente aşaz, &*
direito dº/ataprouidamête com/haple huietação dos me/mos Keys Zom Zinis,
nipotencia o vinculo, cº obriga,ão cõ que & Zoom Pernando, es afi a voſſa, &
tidos á obferuancia das mºfmas lei;, & dos outros mais dos vº/os Reynoide (<-
direito fão fºgeitos, é mais emparti Jtella, Leão, 6. Portugal, c9 perando
cular em fauer de algãºs pº/cas,quan que por meio do mº/mo matrimonio, (e
d, a necesidade, cº caufa razoauel • ſe effeituar, ſe arrancario as taes int
pedem. Ze verdade apetição que por miſades, odios, es rancores, & aſsi a
yo@aparte nos foi maocafiãoprºfenteex vos, como a eles/obreuirão acre/centa
pofia, continha, que por cau/a degrauesdas pro/peridades,inclinados a yº||os ro
inimiades, odios, 6 rancores, que he gºs diſpenſames com vocepor autorida
notorio, pa/arão entre º chari/Simo emdel Apótolica, 6 por graga epecialpa
raque não ºbjianteo impedimento depa
(hriftofilho no|o o illo/tre 2/3 Zints &ey
de Portugal pay ?? o Infante Zºom rentº/co em terceiro graopor duas vias,
.Afonfo, é o amado filho, & nobreva é em quartograopor hia, pºfais com
rão Fernando irmão vº/o,ó Infanta Z). trahir legitimamente deſpoſorio, & ma
Zeatris! é filho de ZõSancho Rey em trimomo, @ melles aßi ajffem(adasper
entro tempº, o qualfoi filho delRey Zom manecer tambem licitamente,< c.
- Afomfo de Cañella, cº Leão de clara
Diz o Papa netabula,que não
memoria,das quaes difcordias procede tinha ainda idade cópetente para
rãograues r/co das almas, 6 de cor: contrahir o matrimonio Infante
---> --- - —- ---------
o nofo
-
ElRey Dom Dinis. 295
Infante Dom Afonfo, & füa epo cia darei aqui razão do parentef
fa a Infanta D.Brites,& de verda co em 4eftauão no terceiro grao
de o Infante naõ enchia ainda on por duas vias os Principes de que
ze annos perfeitos,& a Infanta oi falamos,& logo aclararei o quar
to. ElRey Dõ Fernando fazia na to grao de confanguinidade, que
quelle tempo quinze annos, & tinhão. -
de Catella, que faó etas : Zºos Por outra parte ficatião em ter
quae; parente@o; quis aqui pper efławlê ceiro grao, por (erem os Infantes
bramças, porque as coufa defla qualida D.Afönfo,& D.Confrança (obri
de vão/endo bem e/pecificada pelos eferi nhos delRey Dõ Fernando, & da
tores,fazem depois muitos emkos, de Infita D.Brites, que eráo primos
que recrecem ነነ᎓0ነ'êý ሮፆነ'Øያ ነŸፊ¢ progentas com irmãos delRey Dom Dinis
¿los Zeys, «» ?rincipes, no declarar das por eta via.
4иaiя os Chroniſtas deuemfer mui vigi ÈlRey D. Afonfo decimo de Ca
lantes, é as deuem pintar de tão boas ftella. -
Ddd 2 Dom
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Dom Martinho Arcebilpo de affi detas efcrituras fê não pode
Braga. -
coligir fua afsitencia, excepto a
DJoão Bipo de Lisboa. do Bipo Dioceano: mas fe for 4
D. Giraldo do Porto. ainda o Conde D.Ioão, & o Lima
D. Fernando de Euera. andauão aufentes, he mais para
D.Vafco da Goarda. notar faltar o Infante Dõ Afonfo,
D. Egas de Vifeu. & entrarem elles. -
i
ElRey Dom Dinir. - - 19?
fè feruía de Religiofos daólla ca fendo o de 1314. Porem o mais
fa para ocupaçoés ſemelhantes, certo parece, 4 nete anno em 4
Aquitação he na formafeguinte, fe deu á quitação, aos fuperinten
2.Zinis,9c.…4 quantos fia carta vi dentes da obra, feleuãtou a mão
rem que eu recebi conta, & della, & ficou aperfeiçoada, & q
recado de Frei Pedro, que foi meu (a- o letreiro fe poz adiante no anno
felleiro de 2íonção, é do Sabugal, º de mii trgzenços&,quatorze.…...]
de todalas coifas que recebeopara as di . Por efetempo em que elRey
tas (g/tellarias, & amella: deffendew, e taua em Lisboa, corriagrande
agidas dinheiros?ortugue/es, comº de contenda entrga@rdem de San- '
/Leone/es, como depão, como de bois,cº tiago com o Bipº de Silues Dom .
mo de ferramenta, como de todas as ou Joã9 Soares Alão, & continuou
tras coufas que recebeo,&: dependeoma em feus fuccefores com notaueis
ditas coffellarías, &c. Deuião de a dermafias de hüa, & outra parte,
cabaríe agora os caftellos fobre come fè verâ nos annos.adiante.*
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F IN I S.
LA V S D E Ó,
.E مع APPEN
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APPENDICE DA QVINTA PARTE
· da Monarcbia Lafitana,em que (e tresladão algüas Bullas,
……… Priúilégios, Duaçuês, & outras efirituras citadas…
no difcurf, defia obra: •-rº. "
· ESCRITvR A PRIMEIRA,
Que he húa carta delRey D.Afonfo Terceiro para o Confelho
da cidade de Coimbra, conferuada no cartório deta Ci
dade no fico fegundo da arca; ferue para o Cap. 5.
& os mais até o decimo do liuro 16.
0TWMf %t omnibus præfentes litteras infpeëiuris, quod cum ego Alfonfui
j Dei gratia Rex Portugalliæ ad honorem' Dei, & áefenfionem faei Chri;
$ ftianae contra Sarracenos quiterram Regis Caflelle inuadebant,$ oe 激
ipabant, vellem ipfum Regem perterram, & mare iuuare,& ad fuum ad.
"jutorium ff/ium reum D. Diopyffusi nepotem eiu/em Regis mittere ad
tam pium, & laudabile opus,& tam meceffârium hegotium non habens copiam expen.
farum, fezi quodidem filius meus D.Dionyfiùs primjögenitus, & hæres, péteret nómi
fe fuo'çonfijs,& communitatibus Regnijiei/übÃâiùm impæcunia ad praediétum me.
gotium exequendum, cum aliâs propter defeáum pecuniæ non poffet hoc negotium ex
pediri. Et cùm confilium colimbriæ eidem filio meo in adiutoriüm huius negotij qua
iuor millia librarum promiffet, ego póffeá habito eonßlio cúriæ mee,intelligens quod
praediéia petitio perjäm aiäum filium ineum de mandito meo, vt/upradiíiüm eff, fa.
àfa, vertebatur in damnum,& deforamentum Regni mei,& in pericülum animæ meæ,
& totius pofferitatis meæ, nolui quod idem filiu$ meus aliquo ihodo reciperet pecuniâ,
fupradiétam, & prohibui dúo cónfilio me ipfú conffliümi eia emifilio meo iam diífam,
pecuniamfolueret vllo moao, & qüia ego, vt 微% iam diâio megotio
exequendo pecunianimium indigebam, rogaui prediäum comffium vt mihi ip/ampe.
euniam mutuaret, & ego ipfam pecuniam ab jpfo confilio mutuò recepi, obligam* mè.
£omajfae eidem confilio ad eandem pecuniam perfoluendam. Si vero ântequam eandé
pecuniam foluero, mortepræueniar, obligo præfatüm D. Dionyfiùm filium meum, &
όmnes haeredes, &fucceffores meos, & Regjiumi meum eiaem £onfilio adfoluendam ff.,
deliter fupradiétam pecuniam mutuatam. Et mando,& flatuâ inperpetuum,& % -
direéîo qüödpraefatàpetitio de mandato meo, vt diäum eff, à præfato filio meo taliter.
faéia in Regio Portugalliæ per pie, & filios, & hæredes, & fùcceffores meos de cæterá,
鷺 fiat: flatio & quod hujufmodi generale mutuum, quod á prediäo confilio.
modò recipio, de cæterùã hie, &filijs meis, & hæredibus, &jucceffóribus meis mod%.
fimili nullatenus exigatur, & quodpro foro, & confuetudine nullatenùs habeatur.Et
j aliquis ae filiis, hęredibus,& fuccefforibus meis contra hoc (latutum meum venerit,
incurrat iram omnipotentis Dei, & maleaiéfiohemi meam habeat in æternum,Quicúrij;
autem hoc meum fùtutum integrum feruauerit,& illefum,habcat benediäio)iem Dei
- - Ee e 2 Patris;
.*
Patris, & meam in præfenti faeculo, & futuro In cuius rei reftimonium dedigndeeir
dem confilio fam mean aartammeo/gillo plumien onumtam. Dat Flixb die Mady
Rege mandante per D Gumfaluum Gar/iæ alferaz, & per D loannem de 4uoino Ma
ioráozum curiæ & per D.Stephanum /oannis cancellarium,& per fratrem dlfonfum
Albertis Prior, mjrJtrum Prädicatorum,& per fratrem Iulianum Guardianum fra
trum Minorum }uxb & per alios de Conjilio fuo, Ioannes Petri Not. E.M.ccc. 1111.
ES C R IT V R A S E G V N D A.
º
303
tle^afficarum, tam Religiofarum, quam/ecularium, necnon viduarum, orfanorum,&
caeterori m ilidem degentium, ac de praediciorum inibi recuperatione falutariter, vt in,
Domino conff.imus fft affumptus in negotio tam pio, vtili, & honeflo, confilium,auxi
lium, & fùuorem, ob reuereqtiam Apo/lolicæ Sedis, & noflram exhibere procures.Da
tis Lugduni 16 Kal.Septemb. Pont.noftriamno tertio.
E S CR I T W R A TE R C E IR A.
Que he a troca que o Infante D.Pedro fez com elRey de Aragão
do Condado de Vrgel pelo Reyno de Malhorca,he tirada -
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3O4.
E SCRITv R A Qv INTA
Que he hñalifa da prata que fe deu a elRey D. Dinis fendo Infante,
quando elRey feu pay lhe deu cafa,& dos fidalgos que entratão
a féruilo;eftà na Torre do Tombo na gaueta das Cortes;
ferue para os Capit.XIV. atè XVII.
do mefmoliuro 16.
: :3 N Dei momine Amen. Sub Era M.ccc. xr1. incepit Dominus Dionyfius
£§§ habere domum, & ad eam manutemendam aßignauit ei Dominus Rex
לא
ሥቛኀ
- Affonfus pater eius quadraginta milia librarümiim quolibet anno vigeff
醬 ma die Iunij, & in ſequenti die exiuit Vlixbona. - - -
°* In nomine Domini hæc eff recepta de plata quam reeepit St phanus Ioan
nis Repoflarius /maior Domini Dionyſ). In primo recepit ae Regina vnum bacium de
fignis aquilarum,& leonum,qui ponderauit tres marcas,& quinque vncias deplata.
Item vnam /cutellam,quæ pondérauit vnam marcâ,& feptem vncias. . . , , , ,
Item unà/autelfì quæponderaiiit vnam marcä,& feptem vmcias,& mediam. .
Iitm vnäfcutellájua ponderauit vnâ martâ, & feptem vncias. -
Item vnam fcuteliam, quæ ponderauit vnam mariam & ßptem vncias,
Item vnam fcutellam, quæ ponaërauit vnam marcam,& /eptem vncias. -
Iteg. recepit dùodecim colhire$ depráta, juæ póúérauerunt vnâ marcam,& quartâ
*** * * *
ایران به ۹۹ ،۹۰۰۲"" :" . - ،۶ ﺩ ا ﺧ: ١
Item rccepit vnum pichel de prata 繳Aonderquit
tres marcas,&/exvncias, & me
diam, proad dihdlim # às Domino Diony/o. sº . .”
'Eri M ccc.xyt. Iiec eff recepta de praîä,'qüe?] in Scangaria Domini Dionyfij.
** Ifi primo. xV}}. die Iüjjjjjiefa Jupràdiââ recepit Laurentiùs Martini Scanganis
maior Domini pionyfij Vixbona per Gomeziua £ertignai /ice majoraonum. Vnum
vas, jtioa'ponderaìt vnam marcam,& duas vncias,& quartam de vncia,,,, .
Item vnum vas, quod ponderauit vnam marcam,& duas vncias,& quarti devncia,
Jtem vnum vas,quodponderauit vnam marcam,& duas vncias,
* --
Ε και σ4 Item
**-
Item vnum vas,quodponderauit vnam marcam & duas vncias. '
Item vnum vas,quodpomaerauit vnam marcam, & duas vncias.
Item vnum vas,qucd ponderauit vnam marcam,'& duas vncias.
Item vnum vas,quod ponderauit/eptem vncias & dimidiam.
Item recepit quinque tagaras, quæ ponderauerunt fex vncias.
Item vnam tagaram, quæ ponderauit quinque vncias & dimidiam.
~Hæc eff recepta deprata, quæ eff in? opa Domina Dionyfij
In primo recepit Petrus Pelagij coparius maior Domini Dionyfij in die,& Era fupra
diéia per diëium Gomecium Fermandi vnam copam deauratam in maganis, & circa
bibitorium, & circa pedem, quæ ponderauit quinque marcas. -
Item vnum pichel deprata, quod ponderauit/ex marcas,& quinque vncias,& dimi
diam. - - - -
Item vnum vas, quod ponderauit vnam marcam, & oâauam aè vncia.
1tem vnam/upercopam vafis totam deauratam, quæ ponderauitfex vncias,& quar•
tam de vncia, - -
• ** * - - -
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-
- -
N Dei nomine hic e//iber aèpræftimonijs, & follaöa militum, & aliorum. E.M.
CᏟᏟ. X //; - . . . . . . -
Egidio Numionis, filio D.Nunionis ICo. libr. in pahis infeffo Natalis Domini.
Adurando Martini de Parada'ioo.libriñpanis inprae/límónio infe/lo A'atalis Domini.
Petro Coelho io9.lib.inpanis in %:homæ.
AMartimo Petri filio Peiri Pelagjcuruo vaffalo fuo 320ſiblinpanis in/oldada, xxx.
die oëiobris. . .. . . . . . º - -
Stephano Valafgi de coya vaßalo/uo 3o3 lib.in panis pro/olida xxx die o£lobris.
Martino Martini Zofévaßalo fuo 3ćo libr.in panis pro7ola'ada xxx.die oãołris.”
Fernando Martini de Coya vaalo fue 392 libinpanis profoldada xxx de ociobrir.
Lupo Afºnſ Aleofºra-ºaſalºſuo zoolikdepanisproſlada xxx.de 0äobris.
Fernando Furtado vaſalo ſuo 3oolib in panis pro ſoldada xxj die Nouembris.
Joanni Fernando vaſſaloſio560 lib in panispro/olaada, 3.die decembris.
Ermgio Martini vaffalo/ue 15o lib inpanis profìllada Í5 die Decembris.
ತಿಚ್ಟೆ!
ርÇኤ7፲ይ7፹፱፻.
Ioannis de Fermoſelhivaſaloſuo 36olibrinpani proſoldada 12. die De
! ... . .* * -- - -- - - " ' ' ' ... ..
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- ** * - - -- - - - - -
, , * - Ioanni.
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- - -
- - . - 305
Ioanni Velho vellalo/uo 3oo librin panis profua folahda, 26.2 e ramuarj.
Roderico Pelagj voffalo/uo 15o.libr.inpani;profua Joldada, 28.de Januarij.
ES C R IT V R A S E XT. A.
*
poffent fieri vt diétum e/ patromatum, £t præter locum-fupradiâi Monafferìj de Mar
melal cum fuis terminis, prout fili illa dedimus,diui#mus, & demarcauimus per pri -
uilegium noßrum, quodjibifecimus depraediëiis; quod fi fortepojfeßione; aliqua; ibi
dem acquirerent, fam de/uis confratribus, quam de alijs qui habitum fuum affume
rent clérici, aut laici,illa acquifitio, vel empiio fibi hon váleat. Et liceat nobis,& he
redibus noflris, feu fucceßoribus, qui fuerint aomini de Portel, diéias poffeßiones fu
mere,& mobis retinere pro ve/lro libito voluntatis; verumtamen ff aliquis, vel a/iqui
pro animahs fuis de bjnis fuis mobilibus legare, vel conferre voluerint AMonaflerio de
Àfarmela/ me///brato, hoc facere benè poßint. Et ff domos, vineas, hæreditates,aut pcf
feßiones aliquas ligauerint, & dederint infra vmum annum, & vnum diem.Commen
aator,& frátres prædiéli Monaflerj de Marmela/vicino,feu vicinis, homini, vel ho
minibus de Portel vendere teneantur; quod/ non vendorent infra terminum memo
ratum, vltra fibi temere non liceat, fed mihi, & hæredibus meis, ffuefuccefforibus qui
fuerint domini de Portel, remaneant adfaciendum de ipfis totaliter velle no/lrum }o.
Tumus præterea, & concedimus, qued diífus commendator, & fratres poßimt habere
domos,& apotheca; ad manendum, & adpanem, & vinum fuum coiligendum in ve
flra villa de Portel, & in/uo termino, in illis locis videlicet, in quibus Eccleffae fue
yimt,& non in alijs. Et fi fortè oriatur, vel creuerit aliqua quæ/fio de iure hæredita
rio,vel de re mobili inter commendatorem fratres diílo$ clericos,feu laicos,qui fuerint
in Monaflerio de Marmelal, aut in Ecclefiis fupradiäis, vel homines fuos àomiefficos,
feu feruientes ex vna parte, & homines noflros, feu vicinos de Porte/ex altera perju
aices de Portel diéta quaeflio terminetur, & ipfi teneanturfacere,& recipere iujcoram
Domino de Portel, tamquam illi qui de Portel/unt vicini. Et / quæftio talis fuerit,
quod adperfonam Commendatorij,feu fratrum clericorum,aut laicorumtangerevide
?etur, aüt í fit/piritualis quæfio,faciant, & recipiant ius coram perfonis aljs quibus
debuerint, & fibi videbitur expedire. Præterea retinemus mobis, & hæreáibus,ſeu
fuccefforibus noftris, qui fuerint domini de Portel in Eccleffaprædiéfa Sanétæ Mariæ
ae Portel, & in alijs Eccleffs quas ibi fecerint, & in terminó ipfius caffri aentum li
bras vfualis monetæ currentis, in regno Portugalliae reddendâs nobis /ingulis ammis
ratione reparationis, & ob/eruationis, atque defenfíonis Caffri veffri de Porte//ii in
fronteria, quod videtur femper cu/lodia indigere: quas praediéias centum libras com
mendator Mona(lerij de Marmelal, velqui fuerit Ž. tenetur/oluere, & dare mo
bis, vel hæredibus,feufucceßoribus noffris, qui fuerint domini de Portel,annis fingu
lis prima die menfis Madij five diffîcultate, & dilatione aliqua, feu labore; ημodſi non
folùerent ad terminum memoratum, liceat nobis, hæredibus, feu fuccefforibus noffri;
pignorare ipfos ae termimis prædiétis, & Ecclefijs de Portel, & de ferminis eius, & a%
a)inibus bonis alijs ipfius Monafterij de Marmelal, videlicet de bonis quæ habuerint in
termino de Portel. Volumus infuper, & mandamus, quod neque in Portel, nec in ter
amino eius diäus commendator,& fratres facere poßint aliaj Eccleffas quandiu vixe
rit Vincentius Petri, qui nunc eff Prior Eccleffae Sanéie Mariæ de Porte/, contra vo
luntatem, feu conceßionem tpffus. Sed po/? obitum diäi Vincentj faciant di£fifratre*
illas Ecclefias quas viderimt cedere vtilitati Monaflerj de Marmelal/upradiéîi. Volu
mus infuper quod Commendatores ffatuti per Ordinem Ho/pitali; in ipfo Monaſſerio
de Marmelaljînt boni homines, & honefli, & qui diligant,&5 cuſtodiant nos,heredes,
feu fucceßores mo/lros, qui faerimt domini de Portel, & noftrum ca/?rum, & omnia
iura nofira bene, juflè, & fideliter tanquam viri prouidi, & fideles. Et fi, quod abfit,
| aliquis commendator 荔 ibi pofitus, qui fupradiéia feruare, & adimplere minimè
pröcuraret, ordo proinde eum fubflrahat,probum virum,qui obferuet omhia,& fingula
-
ſuoradía
- ތަ هނ
- ۰۰۰ محیه ... • - , , - . . . . . .. . . . ' ' - -- - 306. . . .”
fupradiiia. Po/, deceffum verò fratris Affonff Petri farinæ, qui tenere debet âojie
vixerit ip/um Mona/lerium de Marmelal?um omnibus fùispertinentijs,& cum omiji
bu$ /uis bonis, prout continetur in. priuilegio donationis, qiiamf cimus de Monaſtefio
de Marmelal & prout fibi conce6um efià Magi/iro Ierofòlimitano,volumus,& İmdi;
damus pro nobis, hæredibus, /eu fuccefforibüí noflris, qui fuerint domini de Panel,
quodpro re/pon/ione animua,& omnibus alijs de Monafferio áé Marmielal, & de omni:
Àus eius pertimentijs dentur Hoffitali Ierofolimitani ducentimarabotinivfualium mid.
rabotimorum,quibu$ vtuntur inter T,agum, & Odianam, folitis tümi prius nobis, hæ •
redibus, /eu/ucceßoribus noflris illis cemrum libris, . quai nobis rètintiimus, proutfu
perius exprimitur, & indutis fimiliter prius fratribù, & fiipendj; folitisjerüifori:
?us diéti?Monafterij, & eius pertinentiafumi, & ipfo Monafierio finé debitâ exiſeite
de fuperati preuentibus iffi à centi niaraboiiiii Höpitali Ierofolimitani de refponffo
ne ahnis ffngulis tranfmittantur. £t fi fortè/oluti$cemitum libris,& faétis alijjexpen
[ís,vt diäum eff, deprouentibus jffis dìcentimarabotini/perare nön poßent, feui col
ligi, quantum maior quantitas exinde haberi poterit marábotimorumi' Ho/pitali fero
folimitani, pro refponííone mittatur. Et/i faäis fupra fcriptis expenfìs,& folutis cen
Tum libris, quanta dücentorum ffiarabotinorum maior quantitaj de proüentibus/u-
pereffet, quod vltra duceritos marabotinos tranfmittend6s Ho/pitali Ierofolimitami re
Imanferif ponatur in conflitutione Monaflerjâe Marmelal,qüod adhuc præparatione,
& ampliätione indiget, cüm locus nouiter fit fundatus: quo3 ducentos marábotinos de
refponííone frater, # Petri Farinæ ao/iec vixerit ratione nouitatis loci fi nolue
rií, /ólueré mom reméíur. Sedpoffaeceffùm eius faluantur modo, & forma/ùperius ami.
notâtis. Cum autem ad Monafterium de Marmelal magnus Præceptor ordinis Hyffoi
talis, qui in Hi/pania fuerit,vel Prior qui pro tempore in Portugilia fuerit cai a'tc :
ceſſerint viſitandi, comendator de Marmelal ſibi de neceſſariis bis in anno prouideat,
iùxta confuetudinem Ho/pitalis; nolumus præterea quod diäus comendator de Mar
mela/grauetur per Magnum Præceptorem, vel Priorem,/eu pertinentes loca fua in re
cipiendis fratribus fuperfuis,feu ji faciendis /umptibus, vèl expenffs alijs, quantum
diciu'n Monaflerium valuerit fuffinere, occafione, quorum deficeret folutio centum li ;
brarum, quaj nobis, & heredibus,/eu fuccefforibu3 noßris retinuimus, vt diëium eff.
Et/olutió/îmiliter refponffogis,quantumtaxauimus pro Monaflerio memorato.Supra.
aiäum verò Monafferium de Marmelalaum omnibus pertinentjs /ui, & terminis,&
poffeßionibus.ficut per nos datum, diuifum, & demarcatum eff, & o///e/// ///am hæ
ièditatem noflram quam habebamus in Begia,quam ordini Ho/pitalis dedimus,&pa.
tromatum Eccleffae Sanéiæ Mariæ de Portel, cùm omnibus alijs Ecclefijs, quæ inceptæ,
funt, vel deinceps inçipientur in Portel, & in termino fuo cum centurn vaccis, ĉu»»
Imille ouibus, cüm centumi porcis, cum centum colmani; apum, cumi duodecim equa-,
bus, & vno equo, cum ducentis modijs bladi, # z ilibus librarum
in denarjjs, cùm duodecim libris Eccleffe,cuw tribus paribus bonorum veÅ?i//entorum,
Ecclefía, cum tribus calicibus argenteis Eccleffe, quod ffquidem nominati;m mobile,
dedimus iam imprincipio, ac funaamento Monafierij de Marmela/ memorati; omnia,
inquam iſla ſupradiéta cumY: Eccle/?arum de Portel & de omni termino
eiüs, dedimus,damus,concedimus,& etiam confirmamus Ho/pitali Sanái Joamis 1er.
rofolimitani in perpetuum iure hæreditariopoßidenda. Et ad præfens relinquimus,&,
dimittimus dicii 6raini Hofpitalis medietaiem fruäuum ipfiú Eclefiæ Beátæ Mariæ
Je Portel,& omnium aliarüm Ecclefiarum, quas ordo prædicius ibi, vel in termino.
fuo fecerit; quam medietatem fruäuum, & reddituum prædiiiorum damus. intrega
mus,& concedimus integrè, & perfetièpredi㺠Ordini Ho/pitalis,vi p/osfrutíus há
beat,"
-
. . . ~~
Michael Ferdinand, Tabellio Scaren. Mendus Alfon homo praediäi Domini rog.
Ær.Giraldus Dominici, nis de Muoyno.
Et ego Saluator Didacus publicus Tabellio Scáreno rogatus à fupradiâis Domino Ioá
me, & Domma Marina, & Domno Petro, & Domna Con/lancia his omnibus interfui, º
& ad inflantiam ipforum duas cartas confimiles mea manu propria inde confcripfi,&
in qttalibet earum meum fignum appofui in teflimonio præmifforum. Nos verò prædi
êius Magi/ler,& conuentus conditiones contentas in praediéio priuilegio gratas,& ac
ceptas habentes ipfas laudamus,& approbamus, & per i/lud no/lrum priuilegium con
fírmamus ad ipfarum obferuationem nos,& fucceffores noflros, & 0rdimis no/fri boma
totaliter obligantes, mandando,& præcipiendo firmiter, & diffriáé fratribus Ordinis
zojlri,qui pro tempore fuerint in Mfomafferio de Marmelal, & in alijs Ecc/e/js de Por
tel & de toto termino eius, quarum patronatum ordini noflro memoratus Dominus
: Ioannes Petri de Auoyno cojitulit, qüod cum dies obitus eiufdem Domini Ioannis, &
- Domnæ Marinæ Alfjmfi vxoris eitis, hæredum, feu fuccefforum fuofum, qri fuerint
Domimi de Portel/ibipatuerunt in Kalendario Eccleffe fuae vnufquifquefcribi faciat,
& ipfis diebus anniuerfartum earum in perpetuum fierifaciant annuatim. In quorum
omhium teflimonium, & maioris roboris firmitatem hoc præfens priuilegium fieri fe
cimus,& muniriplumbea bulla noflra cumteflimonio fratrum noflrorum,quorum no
mina funt haec. frater A'icolaus Lorgnius Magnus Præceptor domus noftræ Accon.
Prater Rodericus Petri Marefcallus. Frater Guillelmus de Scorcelley. Frater fofeph
IDecami Thefaurariuy Fr. Poncius de Maderijs turtopolerius; Exemenus Petri. Fr.Ro
• •lericus Roderici, & plures alij. Datum Acton vigefima die memffs 0iiobris Anno In
carnationis Iefu Chrìffimillefimo ducenteffme fèptuagefimoprimo. • •• -
- - - -
-- -
- - - -
- - - fa Escri.
Esc R1TvR A sF PT IM A.
Que he o foral das Alcaçouas, cujo original etá na Torre do
| Tombo na gaucta dos proprios das Villas. Serue para
. . .. . о Сар. 27. - -
omnus cartâ,
§fentem Dionyfiusinfpeäüris
Dei gratia Rex facio,
motum Portugallia,& Algarby;vniuer#præ
quod Iudices, & £ongilii, de A/-
caçouis petierunt a me pro gratia, G mercede, quodego ipfis fuumforum
à cohcederem quod ipfi hábere confueuerant tipore quando ipfa terrg de 4!:
° cacoui; erai'epjfêpi,& capituli Elborenffi, prout in eorum Fpifcopi, &
capituli litterâ continetur cuiüs tenor litteræ talis eff. 1n nomine Saníiae,& inqiui :
„hie Trinitatis Patris,& Filij,& Spiritus Sanéii Amen. Nos M Dei miferatione Epif
copus, Decanus,ac Capitulum Elboremfe damus hominibus, tampræfentibus,quam fu
túris de Sanéía Maria das Alcagouas terram mo/lram ad populandum adforum,& co
/lumes de Elbora,&pro foro dent nobis decimâ integre dé omnibus quæ feminauerinr,
& plantauerint,& quæ adquiferint,& creauerint. Et duas partes dos taualeiros va
daht in foffaao,& tertia pars remaneat in Villa,& vna vice faciamtfoffado in amne.Et
qui non fúerit adfoffado pe£ietpro foro v/ pro foffadeira. Et pro homicidio peííet centù
jolidos apalatio. Et pro cafa derrota cum armas/cutos,& efpadas pe&let cccfl.& fe -
prima ad Epifcopo. Ét qui furtaret peélet pro vno nouem, & habeat intentor duos qui
?miones,& vijpártes aá Epifcopo.Et quimulierem afforciaret,& illa clamando dixerit,
quod ab illo éff afforciadà, & ille negaret, det illa autorgamento de tres homines tales
qualis ille fuit,ille iuret cü duodecimi,& fi non habuerit autorgamento, iuret ipfefolus,
& fi nompotuerit iurare,peëiet ad illa ccc/f.& a palatio Epjfcopi.Et te/imoiia men
tirofa,&fidelemêtirofo peäet fexaginta folidos,& feptem a palatio Epifcopi,& duplet
el auer. Et qui in concilio, aut in mercado,aut in Ecclea feriret peciet fexaginta foli
.dos apalaño Epifcopi,& medios a concilio,& de medios de concilio vija palatio Epif.
copi. £t homine qui fuit gentile,aut eredeiro qui non feat meirino.Et qui in Villa pig
mos afflando : : : ad montem fuerit pindrar,duplet fa pendra, & peéiet fexaginta/o-
lidos,& vjj.a palatio Epifcopi.Et qui non fuerit ad fina/de Iudicé,&pignosjacuairet
adfayam,peííetj.ff.ad 1uaice:& qui non fuerit ad appelido caualeiros, &pedones,ex~
ceptis hi$ qui funt im/eruitio alieno,miles peíiet xjfpedonesv /.advicinos.Et quiha
'; vno ìugo,& : : : oues,& vno afino,& duos #j#
qui crebantauerit 燃cù/ua mulier pe£iet : : : ad Iudice. Et mulier quæ leixauerit
inaritú fuú de benediëiione peélet ccc.ff. a palatio Epifcopi. Et qui leixauerit mulieré
fuá peëiet j.d.ad Iudice.Et qui caualo alieno caualgaret pro vno die.pefiet vnü carna
riü;& fí magis peite las angueiras pro vno die : : : Et qui feriret de lancea, aut de
ſpada polaciada peite x ſt &#ſt tronciret adaltera parte peite xx ſtadquereloſo.Et qui
£rebrântauerit oculü,aut brachiü,aut dente pro vtroq; mêbro peëiet cffalifiado, & ille
'det feptem apalatio Eptfcopi. Qui mulier aliena ahte fuo marito feriret, peäet xxv.
fl. & vij, apalatio Epifaopi. Qui moion aliene : : : : pedet v. f. & vij. a palatie
Epifcopi. Qui lináé alieno crebrauerit, peíiet v (?. & vj. a palatio Epifcopi. Qui
con dorteirº, alieno mataret fuo amo, coligat homicidio : : : : : : : : : : : : =
& vj. a palatio Epifcopi. : : : de/uo ortülano, & de quarteiro,& de/uo ாது:
* de
308
& a?fub folareiro. Qui habuerit vaffalos in fuo folar, aut in fua haereditáte, nom ; ,
: : : tota fua facienda, niíí á domino de /olar.Tendus,& molinos,& formos ae homines
das Alcagotta /int liberi de foro. Milites de Alcagouas fint in iudicio pro : : :, clerici
verò haleant mores mulitum. Pedoney ffmt jm iudiciopro caualleiros villimos de altera
terra. Qui venerit vofeiro adfuo vicino pro homine deforas vi(lcpetfet x.ff & vii, a
palatio Epifcopi.Canado de Alcaçouas nön fit montado in mulla terra.Et homine aquife
Am;afragaret /uo adextrado quamuis habeat alium,fedeat excufatum vfyue ad capitu
lum anni : : : : : : : : : foras Villa, è fugerit ſuo amo, non petier homicidium.
Per tcdas querelas de palatio. Et Iudice fedeat vofeiro.Qui in Villa terpematnga pim
dcar cù/aione,& facudiderit eipignos,outorguer el/aion, & prendar concilio de rres
collatioñes,& pindret pro/exagimfa /..medio; ad coñcilio,& medios ad rancurofo. Ba
, romes de Alcaçouas mon/eant in prefiamo dados.Et/ihomines das Alcaçouas habuerint ; 4.
judicium cú homines de alia terra,non currat inter illos firma fedcurrat perfquifa,aut
repto. Et omnes qui quaefferimt paufar cum/uogamaao jm rermino de Sanéla Υaria das
Al.agouas prendant de illis montaaigo de grege,das oues.iij. carmiarios,& do bafio das ;
vacas vna vaca.1/lomontadigo e/? de Comilio.Et omnes milites qui fúerint imfofftdo,
vel im guarina de caua/os,qui/eperdiderint in algara vel in lideprimús creátis eos /?.
ne quinta,&po/lea aetis nobis quintam direäam.Et toto homine de Alcagottas;qui in
uenerint homines de alijs Ciuitatibus in fuis terminis tallando, aut leuando madeir a
de montes, prendawt totum quod inuenerint fine calumpnia. De azarias,& gttardias
quintam partè nobis date/ ne vlla offregione. Quięque gamatâ demefficum pignorare,
áe/ raperèfecerit, peäet/exaginta/o/idos a palatio £pifcopi,& duplet gamâtùm a fuo
domino.Testamus verò,& pennitusfirmamus,vt quicumque pignouauerit mercatores,
vel viatores chriftianos, Iüdeos./fue Mauros,nifi fuerit fideiüffor,vel debitor, quicumj;
fecerit, peétet fexaginta folidos a palatio Epifcopi,& duplet gamatum quod préndiderit
Âfuo dómino,& infuper peélet c.mrb pro cauto quadfregerit. Epifcopüs habeat medie
taté,& conciliù medietatè.Si quis ad noftrâ Villâ venerit per ùm cibos,aut aliqua res
accipere,& ibi mortuus,velpercuffus fuerit,nompeíiet proeoaliqua calampmia jiec /uo
rú parentü homicide : : : &/ cù querimomia de ipfo aa Epifcopí, ve/ad dominum
terræ venerit peäet C. mrb.medietaté Epifcopo,& medietaté Concilio. Mandamus, &
côcedimus quod/ aliqui latro fuerit,& fi iam per vnú amnû,vel duos rapere dimiferit,
/ pro aliqua re repetitus fuerit quã cômift/aluet/e tanquä latro.Et/i latro e/?,& /a-
tro fuerit,omnino pereat,& fi non fubeat penam latronij.Et ß aliquis repetitus fuerit
profuo,& nome/ latro, qeque fuit,refpondeat ad/uos foroy.si aliqüis homo filiam alie
Imà rapere extra /ua voluntate,donet eam ad/uos parentes,& peíiet illis ccc.mrà, &
vjj.opalatio Epifcopi,& infuperfedeat homicida. De portage) foro de trofel de caualo
, depanos de lana, velde linojºſt. De troſel de lana jſt Detroſelde ſuſcaes viſt De troſel
de panos de color v.f. De carrega depefcada)/i. De carga de afino vj dLe carrega de
Chrilliano de conelio v/h. De carregas de Mouros de conelioj.mrb. Portagem de caualo
· qui vendiderint inazouge jſt. De mulo / ſt. De aſino vj. d. De boue vj. d. De carneiro
ij mil. Deporco jd. Deforõ jd. De carrega depane : : :. De vino iijiml. De carre
gade pedonj : : De Mauro qui vendiderint in mercado j.ſt de Mauro qui ſe redimet
decima. De Mauro qui talia cum ſuo domino decima. Decoyro : : : De zeura j. d.
Decoyro de cerub, & gamo iii ml. De carrega de cera v:/1. De carrega de azeite v./.
1/le portagen eff de hominibus foras Villæ tertiapars defuo ho/pite, & duas partei aé
* Epifcopo. Et vt moffra donatio in perpetuum firmius robur obtineat, præféntem pagi
' miam fe.imus /igillis noflris munimine roborari. Dat. Eborae xvj. Kalendas Septem
bris E.M.cc.LXVII. Ego verò intendens eifdem in hac parte gratiamfacere,& migr
Fff 2 cedem,
cedem,do,& concedo eidem Concilio ipfum forum,prout imfupradiêla carta plenius có
tinetur. In cuius te/limonium do inde eidem Concilio iffam • artam. Dat. Eboræ xxv.
die Aprilis. Rege mandante, Arias Marttni notauit, E. M. CCC, XVII.
Es C RITVR A o IT A V A.
Que he húa doação delRey D.Dinis à Infanta D. Brancafia irmäa,
tirada do cartorio da Sè de Lisboa liuro 1. dos priuilegios dos
Reys fol. 13.Serue para o Cap. 28. do liuro 16.
# 0uerint vmiuerfipræfentem Cartaminfpeëiuri,quod ego Dommus Diomy
1?/ius Dei gratia Kex Portugalliæ,& Algarbij do,& comoedo vobis Infan
姆松 ti//ae IDommæ Blanzae /orori meæ quintanam meam de Manjapão de Tur
āN$ rubus Weteribus,quæ fuit Martini Ioannis,quondam Portarij maiorispa
- * tris mei cum fuis cofalibus,& hæreditatibüs,quæ cum ipfa quintana ha
členus andauerunt, quæ ad ipfam quintanam pertinent, & cum omnibüs iuribus, &
pertinertjs fuis iure hæreditario in perpetuum poßidenaam. In cuius rei teflimonium
do eidem Domme Blancæ iflam meam cartam meo figillo figillatam. Dat. Scäre//e xj.
die Januarj. Rege mandante. E. M. CCC XVII/. -
ESCRITVRA IX.
Quê he húa carta pela qual o Conuento de Loruão efcolheo por fè
nhora a Infanta D.Branca, a qual etána Torre do Tombo no
. . . liuro delRey D. Afonfo Terceiro fol. 149. Serue para
o me{mo Cap.28.
А. ?£jgrgtia Rex Pertug. quædam
& 4igarij, vniuerfi, præfentem cartam jmffeffuni;
littera Religiojarìm dominarum %.
*°'* fa£to , quod mihi
& conuentus de Lorüäo eiufdeffi Abbatiße /gi/lo/igillata per Illuflrem filiam meam
-
2. Brancam prae/entatam, auius tenor tali; g/f. - -
Ao
- - - - - - - - - 3C9
Ao muito Alto fenhor D.Afonfo pela graça de Dcos Rey de Portugal, & dº
Algarue Orraca Rodrigues Abbadefa & o Conucnto do noteiro de Loruão
cnuamos humildemente beijar vofas mãos. Senhor nos por boa parança, &
por honra de nos & do moteiro de Loruão recebemos a mui nobre Infanta
D.Brancavofa filha para fenhora de nós,& do deuan dito moteiro,& de to
dalas coufas, que a nós,& a effe mofteiro pcrtcnccm, & pcrtenccr dcucm, &
mctcmos todo só fcu podcr,&sò sà goarda,q ella con nos, & em todalas cou
fas deuan ditas aja tal,& tanto poder qual,& quão a Rainha D. Tarcja ouue,
& acoftumou a aucr na Abbadcffa,& ñas donas, & no mofteiro dauandito, &
nas sãs coufas.Vndc vos pcdimos fenhor por mcrcc,quc vos plafa,& que o fir
medes també por nós, como por aquelas q depos nós vcercam. Dada no dito
Mofteiro de Loruão iiij.dias por andar do mes de Dezcmbrc E. M. CCC. xy.
A Abbadcfia. Diélam litteram viâi,& diligenter infpici feci,& ob reuerentiâ præ
habitae D. Brancae, & vtilitatis præfati monaſlerij distä ſitterā αρρroύan, ηuidquid in
ea continetur roboro, & confìrrno : nec non quid}uid ratione iuris patromátus ìm ditio
monaffcrio habeo,& habere debeo præfatæ fíliæ meæ tempore vitæ eius co/fero, & con
cedo. In cuius rei te/limonium do ei i/lam cartam.Datum Vlixb.vj.die Januarj Kege
mandante. Iacobus Ioannes not. E. M. Ccc. XVI;
ESC R IT V R A X." - s
... :- - . - . .
3 по
. ~
* . . . . . .”
conßantiae Reginæ Aragon matris fuae quod hiipra - -
garbj aífenti, & con/e///u// ///eu/n fuper ipfo matrimonio vobis procuratoribusprædi
ctis pro bono nomine dicti Domini Regis Portugalliae. 1'erfa vice mos prædicii procura
toré au£toritate diëii manditi / per ipfo matrimonio confenfum veÅrum diíe pomi,
næ Elifaheth accipimtts, & aucforitate procurationis prædicte damus corpus prædiili
Demini Regis vobis in legalem maritum,& confenfüm eius nomine procuratörum fu
per hoc præbemus. Pro/////crunt etiam fibi aa inuicem tam dicius Dominus Rex Ara
3om.quam dicii procuratores nomine diëii Regis Portugalliæ, quod fi forte pracdifum,
7matrimonium non valeret per verba deprae/enti, quo?valeaf vt /ponfaliâ per verb.1
de futuro. Pro/jferumt autem procuratores prædicti P. Regi Arago//. quo/prædiila
omnia compleantur infra biennium pro parte dicii D. Regis Portug /a/uo quod meaio
tempore poßit fieri quod umque prædiäus Rex Portug. voluerit. Pro quibus attem
denáis,& comp/endis dicti procuratores fecerunt homagium Do/nimo Regi, & juraue
runt per Deum, & eius Sánéia quatuor Euangelia in anima ipfius Regis Portug.prae
diéia omnia,& fingula per prædictum Regem Portug attendi facere, & compleri intra
terminum prædictum, & promiferunt mihilominus quod diétus Rex Portug af$igna
bit in diétis locis congruij præfatæ Dominæ Eff/a/e///pomta/itium/aumprout in Re.
gno Portug alijs Aegimise/feri çonfuetum. Præfatus etiam Dominus Rex Aragon.
promi/ñt praedicia attendi facere, & com leri. Aífa fuerunt hæc Barch. & palato D.
Regis die, & annoſupradičiis, præſentibus teßibus, tacobo Dei gratia Epifcopo Valnt.
Vgon. de Mataplana praepoffto Marſilie. Bñ de olorda Sachriſła Barch. Magi/?ro Ro.'
dérico de Bifulduno Ärchediacono Terracom in Eccleffa Alerdens. Ioanne dé Procida.
A. de Turricanonico Barchinon. B/afto exide Aierb. Bla/ło Petri Azlor. Ç Bemea! de
Mont.Pauont. Signum f. Petri Marcheff Notarii publici.
Es CRIT v RA XIÍ.
Que he hum ditrato com que ElRey D.Dinis retituioa Villa
--
-
T do Lamegal à Sè do Porto. Etã na Torre do Tombo
liuro 2. de Alem Douro fol. 266. Serue para
. . . . . . . o Cap. 36. doliuro 16.
È2 N nomine Iefu chriffi. Nos Dionyfius Dei gratia Rex Portugalliæ &
F. #3 Algarbij.
Notum facimus præfentes litteras im/peéîuris, quodíum olim
(Ά φροπήλ: memoriæ Dominus 4. pater no/ler, Portugalliæ, & Algar
hij Rex Illu/lris, cum Wemerabili Patre Domino V. Portuen/ Epi/copo
Ecclefiam Sanéti Chriffophori de cabamoés eiufdem Diocæfis cum iuri
bus,& pertinentjs fuis cuiufuis patronatus ad diäum patrem no/lrum fpeéiabat pro
villa de Lamegra//icenfis Diocæfis , cum Éccleffa, & /uis pertinentijs permutaffet.
Tandem Epifcopus ip/e de Romana Curia rediens præfentiam noflram adiuit, & à mo
'bis humiliter poftulauit,quod ditiam villam de Lamegral/ibi reflituifueremus,offen.
aens diuerfas rationes, & caufas propter quas ಹಿಟ್ಟೈWHi: Mon valebat, litteras
4. etiam
ctiam popales exhibuit coram molis, per qitos Dominus
1entia//, ex i:abat, vt oh φίμ, ෂි հինի alicæ Scdis
Papa noftram Regalem exce!-
reuerentiam, nec non quiajačia
form.uſatio deſ, ritualibus ad temporalia improbatur, maximè cum vergat in Por
1ue//is Ecclefiâ maximum detriméntum, id qttodpetebat Epifcopiis facere curare';;!;.
Mos igitur id quod iuris eff cuijjet in Regno no/lro, & /pecialiter Epifcopo antediéio,
quipätrem yjirum, & nos fiii diuerfis modij, & feruitijs obligauit facere cupientes
diú/// vii/a//i de Lamegra! cum Eccleffa, § iuribus, ac pertinentj$/uis, met non ter
z/inis mouis, & antiquis, ijigreßibus,®rcfjibus eius, & Ecclefiæ fuæ dimitti//ius
(?i, & donamus, & cumdem Epifcopum monitiefuo, & Ecclefiæ fuæ de ip/a /j/ia, હ?
Eccleſia cum iurilus ſuis, vt praemittitur per mo/irum anulum inueffi/nus, & impof
(effojiem 1'illc ipfius ducimu$, atque mittimus. Bonajîde, હ βης znalo ingenio eidcm
Epifcopo promittentes, quodpoffquam de Romana Curia redierit, adquam in /cruitio
Dei, ö jioflro mittimu$eum, diélam Villam fibi nominefuo, Ğ Eccleſiae fixac cautabi
7/ius per illa loca, & per illos terminos, per quæ, & pcr quos pater moffer Domino P.
Iohajis, & vxori fuâ Domnæ Orracæ ?autauit camdem. Et hoc promittimus fibi fice ;
re, vel fucceßori fuo, / ipfe effet rebus humanis exemptus infra me//e;m po/lquam ab
corum aliquo fuerimüs requifiti. Volumus etiam & mandamus quod diξίμ, Ερβορμs,
& Ecclefiâ füa habeant, & poffdeant in perpetuum ius patronatus Ecclefiæ de Caba
moes fuperius memoratae, ficut ipfum habebant, & poßidebant, & haberent, & poßi
derent7 permutatio fupra dicia in fuo robore permaneret. Et quia Epjfcopus antea#-
<ius petebat à nobis /ex millia librarum, & /excemtas, qua; ratione a/umaae pater mo
er haluerat de prædecejore fuo Domino Iuliano. Et /excentos modios de centeno,
quos diéfa Villa de Lamegraleidem Epifcopo, vt dicebat, filiauerat pater mo/ler. Pete
Ἀat etiam à nobis /ibi dări Caflrum de Marachic Diocæfis Elborenfis, quod dicebat ex
donatione Domini Sancjj patrui noffri,& ex ao/ firmatione Sedis Apo/lolicæ ex certa
fcientia ad/uam Portuenfem Eccle/iam pertinere. Petebat infuper qüandam Vallemam
quam in ciuitate Portuenff â pjf atoribus vaffalis Eccleffæ fuæ habuerat pater mo/ler.
JPetebat necnon /ibi/atiyfieri de morte Michaelis Lauremtjfub Prætoris jiepotjs /ui.Et
Pa/caff Ferrarij vaffali fui, qui ambo per mandatum patris mo/ri /u/pen/ ji Gaya
' fuerunt fine cau/a, vt idem Epifcopus afferebat 燃 bono pacis, & concordiæ, & etiam
nos fimus obnixius obligati, remumtiauit omnibus, & fingulis petitionibus antediétis.
Kc/iu/itiauit etiam litteris Apoflolicis,quas impetrauerat /uper eis, hoc adijciens,quod
fi forte mos /ibi, vel fucceßori/uo nomine Portuemffs Ecclefiae non cautaremus Villam
de Lamegral, vt /uperius e/? expreffum, teneamur ei dare, & re/lituere prædiéfa/ex
amillia #) & /excentas, atque fexaemtos modios de centeno. Et hoc eidem bona
fide promittimus ob/eruare. Et vtfuper præmißis im pofferum nulla inter mos,velfuc
ceßores mo/lros, & Portuenfem Eccleffam quæfiio oriatur, fecimus de omnibus fupra
fcriptis fieri duas cartas per alphabetum diuifas, quarum vnam (ígillo ipfius Epiféopi
confignatam mos debemus
ratam. Aéla funt habére. Et ipfe Epifcopüs
hæc Elborem.xxvij.die aliam
Aprilis. E. /igilliXX.
M.ccc. ho/lri hunime robo-,
w
---
ESCRI
31 I
EscR IT v RA x 1 1 1
Que he húa doação que elRey D. Afonfo Sabio de Catella fez do
"Reyno de Niebla à nofia Rainha D. Brittes fua filha, età no
- liuro delRey D.Afonfo Terceiro fol. 16 1. Setue para
o Cap. 42. doliuro 16.
.r tº tº . . . . . . . . -r; : - ->
וה"ק al
烈 క్ష Epam quantos cíte priuilegio vieren, y oyercn, como nos elRey
步y
கு િ ¿D.Alonfo
en Toledo,&porGallizia,
la graciaendeSeuilla,en
Dios Regnant. en Catilla,
Cordoua,en Murcia,enenLeon,
Iaen,
盛厚 en el Algarue, Catando el grande amor, y verdadero que falla
mos en nuetra fija la mucho honrada D. Ecatris, por ea mifina
gracia de Dios Reyna de Portugal y del Algarue, &c. Damosle por heredad
depues de nuctros dias para en toda fu vida la villa de Niebla con todo fu
Regnado, que es Gibraleon, Huelua, Sales, Aymonte, Alfaiat de Pena, Alfa
iat de Lete con todos los otros logares, que fon fus terminos, y fueron anti
guamente en tal manera quc lo no pueda dar, ni vender, ni camiar, ni cmpe
ñar, ni cnagenar a Iglefia, ni a Orden, ni a ome de Religion, ni a otro ome,
que fea de fuera de nucft o feñorio, ni a otro ninguno, mas que aya clla ende
las rentas, y los derechos para feruire dello en toda fu vida; y depues que
finare, que finque ete Reyno de Niebla con los logares, y con los terminos
fobredichos a aquel que nos herdaremos en el Reyno de Seuilla,y mandare
mos que fea Rey. Ende rogamos, y mandamos al confejo de Niebla, y a los
otros conejos de fus terminos, y cójuramoslos por cl deudo de naturaleza q
han conofco, y por la lealtad que fempre fizeron, y nos deuan fazer, que re
cudan ellos, y fean tenudos de fazer recudir bien, y cumplidamente depues
de nuetros dias, con las rentas, y con los derechos que fon en fus logares a
nuetra fija la Reyna fobredicha, o a que ella mandare en toda fu vida, y que
ella, o aquellos que tuuieren por ella Niebla, y Gibraleon, y Huelua, y Áy
monte, Alfayat de Pena, Alfayat de Lete, y todos los otros logares de foter
mino, que hagan ende guerra, e paz a aquel que hcrdare el Reyno de Seuilla,
fegun de fobredicho es. Y otrofimandamos a aquel que heredare el Reyno
de Seuilla, y fuere hiRey per nuetro mandado, que aguarde a nuetra fija la
Reyna fobredicha todas etas cofas de fuo dichas en ete priuilegio cn toda
fu vida. Y fi algun eto quifiefe embargar, ôir en alguna cofa contra ella, fi
fuere de muctro linage que aya la maldicion de Dios, y de aquellos onde nos
venimos y la nuetra,y fea por ende traidor, afi como que trae Catillo y ma
ta feñor, y no fe pueda faluar deta trayçon por ninguna manera, y demas
fea danado con Iudas en los Infiernos; y ella que fe pueda defender de aque
llos que contra ete priuilegio quifieren ir. Y fi los del confejo de Niebla y de
los otros confejos défus terminos no defendicen, y no mamparafen a nuc
ftra fija la Reyna fobredicha,de que quier que fuee contra ella, o contra ete
muetro priuilegio, por quebrantarlo, o por amingoarlo en alguna coa, ó ellos
no quifiefien cumplir cíto fcgundo fobrcdicho es, que ayan cita mefima pena
S.
de trayçon,que de fuo es dicha,y la ira de Dios, y la muetra y de
a -
19los que
cy¥iarcn
Reynaren depues de nos por nuetro mandado. Y pedimos merced al Papa
que lo otorgue fegundo quc fobredichocs,y lo confirme per só priuilegio. Y
rogamos al Rey de Francia quc lo otorgue, y lo confirme porfo priuilegio o:
trofi, y porque todo cto fea firme, nos elRey D. Alfonfo fobredichorcinand.
en Caftilla,cn Lcon,cn Toledo, cn Gallizia,en Scuilla,en Cordoua, cn Mur
cia,en Iacn,cn Bccia, cn Badajoz, en el Algarue. Mandamos fazer etc priui
legio, y confirmamoslo fecho en Seuilla Yueues 4 dias andados del mes de
Março en Era de 132.I.
El Infante D.Iaime. D Remondo Arcebifpo D. Fredeolo de Ouicdo.
D. Fr. Aymar electo de de Seuilla. La Iglefia de Salaman
Auila. D. Iuan Afonfo dc Ha - ca vaga. f º
* ESC R IT W R A XIV.
双 Epam quantos cíta carta vieren, comoyo Dom Alfonfo por gra
cia de Dios Rey de Catilla, de Leon, de Toledo,de Galia, de Se
వ్ల கு uilha, de Cordoua, de Murça, de Iahem, & del Algarue. Porque
º
PS2 J Gºmes Garcia, que felhamaua Comendador tenente logar del
Maetre en las colas que el Temple auia cn Catilha,& cm Leon
CO[\ ,
- 3 12 º
con los freires defa Orden de los Regnos obrcdichos fuerom em mio differ
uicio com Dom Sancho aluorogando los Regnos contra mi, e fazendome
guerra de los caftilhos, e de los logares de la Ordem. Por a qual razom la
Ordem por derccho auia perdido quanto auia em mios Regnos. Fincaua em
mi por la razom fobredicha, e por el defagradecimiento que me fizerom afi
como cótra fu Rey,e contra u fenhor natural, de que auie, é ouieram los mas
de quanto auie. Pero porque Dom Ioão Fernandes tenente logar del Macftre
mayor cn las cofas que la caualheria del Temple ha em Catilla,é cm Leom,
e em Portugal, que aquelha fazom, que fe los otros contra mi leuantarom,
mom viniera aom vltra mar. E luego que llegó a mi tierrá fe trabajó de me
feruir quanto pudo, é efiranhando mucho el mal, é la desleatad que contra
mi auiam fecho.E fe vieno para mim a Seuilha,è Dom Paay Gomes Barreto,
é otros freires buenos de Portugal com el, è me pedierom merced por la Or.
dem del Temple, que nom quifeffe que perdefem mi merced por los frcircs
de Catilha, é de Leon,que contra mi fueram tam errados. E porquc el Mac
ſtre ſobrcdicho me prometio de venir a mio ſeruicio, aſſicono a fu Rey, è a ſu
fenhor natural,ê fazer mio mandado de todolos catilhos,ê de todolos loga
res de la Ordem que cl Maetre ha, è podier cobrar, é auer. E me pedicrom
merced que les dieffe Xares, Badajoz, è el Frexeal, touelo por bien, é doxe
los com todos fus terminos, fegundo fe contiene encl priuilegio, que E Rey
Dom Afonfo mio auuclo dio a Dom Eteuam de Belmonte, è ala Ordem fo
bredicha, porque les dio Burgos,e Alconchel,que los porjuro de hcrdad para
fiempreja mas, afi como lo mejor, e mas compridamente ouierom cm nin.
gun tiempo. Comprindole el Maetre, & fus freires ai como fobredicho cs.
É de mas les otorgo, è prometo de les confirmar, é de les otorgar lucgo fus
priuilegios que am de mi, è de los otros Reyes, è degelos comprir em todo.
E porque eto fea cierto,é nom venga em dubda, mande fazer ende eta car
ta abierta feclada com mio feclo colguado. Em tetimonio de verdadem Se
uilla ocho dias de Março Era de mil è III.è XXI.años.Prefentes Dom Gar
cia Fernandes Maetre de Alcantara, Dom Martil Gil de Portugal; Alfonfo
Fernandes Maiordomo delRey,Suero Peres de Baruoa, Pedro Andres Alcal
de,è Dom Pelay Peres Chancarel delRey è Abad de Valladolid,que la man
do fazer por mandado delRey, e yo Pero Fernandes que la efcrcui. :
E S C R IT V R Á X V.
Que hea doação da vila de Goesfeita pela Rainha D.Tereja, & In
fante D. Afonlo a D. Anaya Veflrariz, conféruafe no cartorio
dos Condes da Sortelhã,faco primeiro, humero 1. Serue
para o Cap. 45 do liuro 16.
- - - - .. - «… + ^> vºs \ �\\\ - - - -
Menendus Gum/alui. ,
- Suarius Guterres. - - -
Menendus Eris. º
Fernam d'Aires.
Payo Sefhandas.
--
-
--- ***
-
-
- -
-
--
3I3
E SCR 1 T v R A xvi.
}ue he adcação da villa de Mafia por elRey Dó Sancho Primeiro
ao Bipo do Algarue D.Niculao, & ferue para confirmar o fenho
rio,que tinha naquelle Reyno,de que fe fala no Cap.51.
Eftá no cartório de Sänta Cruz de Coimbrano
liuro 3. das doagoës antiguas.
33 N nomine Patris,& Filij & Spiritus Sanâi Amen.Quod intuitu châ.
Šĝ ritatis fit,/fc eſt/labeliendum, vi de cætero maneat inconuuſum.artiſex
ejm mali e/l præfens ætas,& ia calumniofe temptat imfringere; vnde
ßi lucrum exi/limat extorqueré. Pra/emtibas igitur,ac pofferis notum
Лat,quodego Santius Deigratia Portugalie, Sileij,34. garbikexvna
cum vxore mea Regina D. Dulcia,& filijs,ac filiabus meis do vobis D. Viculao eâdem
gratia Siluêß Epifcopo,& Eccleffe Samiiae Mariâ de Siluio,ac fuccefforibus veflris ///-
Iam,quæ dicitur Mafara cum omnibus fuis terminis nouis,& veteribus fcut illud me
iius %. potueritus, & cum dere£turis fuit,& cum vniuerfis,quæ ad ius no/lrùper
tinent, damus etiá vobis apud Vlixbonâ quafââ dombs cú fua almunia, & aù fui$ vi
meis,& cú fuis hæreditatibus,/cut e4 prædiäus Lana, mus tenebat. Valis etiã haben
dum con.edimus quiaguia ip/e 4amarinu; apud 7iorres /eteres poßidebqt. Præterea
mandamus, & conceamus vt eligatis ad opus veſtri quatuor de ///e/ioribu* aomibus,
quæ funt circa Eccleffá cú omnibus fuis hæreditatibu$,& cú omnibus ad illas ſpecif
7.bus,& fimiliter eligatis decem dwnwy ad opus Canonicorù cù omnibus /uis hæredita
tibus,& cú omnibus illis,quæ adeas pertinent.Illi quoff; vicum qué comes D.Menen
dus vobis tradidit iure hèreditario veflratibus cü fuis aomibus,& hæreditatibus pof
fidendù consedimus, eieéiis Templarijs, qui dicuntur in praedi£lo vico domos accipiffe.
Infuper concedimus vobis,& Ecclefie vejlræ de$iluio, & cunéiis/uccefforibus veffrir
decimâ parté quintarü,quas Dominus Deus nobis, &fuccefforibus no/lris *pxd Siluiữ
terra,miarij; àederit. Decimâ quoq;omniü fruäuä,quoja cultoribusnoflris réceperimus,
& decimäåmniùpecüdü,& pecorü no/lrorü vobis, & Ecclefiæ Santiæ Mariæ àe Siluio,
& veflris/ucceffóribus concedimus iure hereditario poßidendâ.Mandamus etiä vobis,
& consedimüs,vt de omnibus fruäibus Templariorũ Ha [pitaliorű, & aliorü fratrumi
cuii/j; 0rdinis, quos de terri iampridie eiil;i; receperiit, integre aegimas recipiatis.
excepto de noualibus equibus eos decimas perfoluere non iubemus.Et dicimus,& etiami
dicendo interdicimus Templarijs Ho/pitalarjs,& alijs fratribus cuiufj; 0rdinis,nifîâ
vobis eis /pecialiter fuerit conceßü, 3uod in tota veflrà laiocefi, non aüdeant ædificare
Eccleſias adqua; parrochianos addicant,de quibusprimitias,vel decimas,vel oblatio
zies,vel etiâ mortürias accipiant,/ii/ tantümodo 0rátoriü in domibus fuis velint face
re adhuc etiá addidimus,quod omnibus hæreditatibus veflris liberi habeati potéfatâ
cóftruendi tendas furnos, jio/eadinos,& omnia quæ vobis fuerint neceßariagnijiexa
ម្ល៉េះ
äione Regia relegata. illud quoqüe Monchiqueappellatur,vobis,& fuc
ceffaribu5 veffri$ iure hæreditario habendù inperpetuú cúmnibus fuis terminis nouit,
& veteribus concedimus. %ignamus etiam 皺 redditus centű feptuaginta bizan
tiorü ab Epifcopis Regni noflri fcilicet â bracharenfi £ccleffa guinquaginta marabiti;
nos, à Portugalenfitriginta, à Colimbriênfitriginta,ab Vlixbonenfi triginta, à Fi/ienñ
viginti,à lamecenſî de, £ggiùni; igitur hoc fioffrüfaäum vobis D. Niculao Sigeuf
~ • • ~ ~ *~ • G gg’ - • Epifaeopo,
Epi/copo,& fuccefforibus veflris integrâ obferuauerit, fft benediâus à Deo, quicumque
verò illud vobis in a/iquo frágere præfump/erit,filium habeat qui omnia qiicciq; ipfe
fecerit in irritú ducat. Faéta carta apud Colimbriâ menfe Decembris E M cc XX///.
Nosfupradicti Reges, qui hanc cartam facere iufjimus vobis D. Niculao Saluiem,? Epif
copo roboramus. Qui affuerunt. - - -
o me{mo Cap.53.
#*# M nome de Dcos Amen. Saibão quantos etectromento virem,
မ္ဘိဒ္ဓိ & lcer ouuirem,que pregoês forão dados,& apregoados Pº' mã
-
Escr 1TVRA x x
Que he hña quitação,que a Abbadeffa das Huelgas de Burgos Donà
Vrraca Afonfo em prefença da Infanta D.Branca,deu a Fr.Eteuão
conuerfo de Alcobaça, a qual fe acha no cartorio deta cafa
na gaueta 1. do primeiro caixão das efcrituras, & con
firma o que le diz no Cap.6o.do liuro 16.
N el nombre de Dios amcn. Sepan quantos eta carta vieren, co
mo yo Doña Vrraca Afono pela graça de Dios Abbadega del
Monafterio de Santa Maria la Real de las Huelgas en vno con
Doña Mayor Gil Priora, è Doña Maria Afonſo Supriora, è lea
tris Fernandes Sillirera, é Doña Mariperes de Gufman la Can
tora, è Doña Vrraca Gilla Adegera, è Doña Vrraca Gonfalues de Vallegas
la Enfermera, è Mariana Gonſalues la Portera, é Sancha Rodrigues Sacri
ftana, e todo el Conuento del dicho monafterio conocemos, é otorgamos,
que recebimos buena cuenta, derecha, leale verdadera de vos Don Frei Ete
". . . Gg £4 llan
.”
uan Comendador que fuites del dicho nuctro Moncterio de todo quanto
voso otro por vos recibietes, e tomates, e recabdates, e dictes, e depcn
dictcs, e vendietes, ó mandates vender en el dicho notro Moncterio, affi
de lo que ganó la lana, è de las rentas de las cafas, è de los otros logarcs, é de
los mr de los feruicios, é de las moncdas que vos,ó otro por vos recibicftes,
como de las martiniegas, e montadgose canadas,e calomins, étodolos otros
pechos, e derechos,érendas de pan é de vino, e de dineros, que el dicho notro
Moncterio à, & doucauer en qualquier logar en el cñorio del Rey de Cafti
lla.E otrofi de las rendas de los molinos, é de las accñas, è de todas las otras
cofas, que rcendem,é deucm reender al dicho Moneterio de de el primcr dia
de Nouiembre, quc fue cn la Era de mil étrezientos è quarenta e tres años
fata el potremero dia de Dezicmbre de la Era de mil e trezicntos é quaren
ta è fiete años,que fon quatro años é dos mefes,que lo vos ouuetes de vcer,
érccabdar por el dicho Moncterio. E otrofi recibimos de vos buena cucnta,
derecha, lcal, é verdadera de vos de las vacas del dicho Moncfterio, é de las
vacas que cnde facaftes, è vendetes, e de las nuetras ouejas,è carneros, que
guardaua Pcdro Pablo Eotroſi rccibimos de vos buena cuenta, derecha, leal,
è verdadera de todo quanto vos,é vuetro depenfero, ô otro por vos depen
dietes,é detes, afi cn las lauores de las cafas, è de las viñas,è de los parrales
del dicho Moneſterio,è cn la deſpenſa del comer, è en la deſpenſa del mardo
madgo, como en todas las ctras coas. E por eta cuenta vos fuee tomada
mas afincadamente, mandamos a Domingo Eueno Canonigo de la Iglefia
de Burgos, è a Pedro Diaz ſu hermano, è a Per Simones, è a Pedro Gomez
clcrigos del dicho Moneterio, é a Iuan Yañes, é a Pedro Rodrigues clerigos
de la dicha Infanta Doña Planca, e a Martim Dominges criado del dicho
Moneſterio è a Martim Gonçales eſcriuano publico de la cibdad dc Burgos,
que vos tomaffen, é recibieffen la cuenta por nos, é ellos fizieron lo afi,ctā
do nos delante. Evita toda la cuenta,que vos Don frci Etcuan dicftes en cta
razon, fiziemos venir ante nos clerigos, élegos criados del dicho Monete
rio,é fizemosles moftrar la dicha cuenta è mandamosles que la vieffen, e di
xicen contra ella lo que deuien dezir con derecho, porque el derecho del
Moncterio fuee guardado. Evita la dicha cuenta, è lo que contra clla fue
dieho, fiendo bien catada é examinada,fallamos que vos dietes buena cuen
ta, derecha, leal, e verdadera, é que nos feruietes en ello bicn, è lealmente a
nos, è a la Infanta nucſtra ſchora. E otroſi conoſcemos, è otorgamos,quere
cebimos de vos todos los libros defta cuenta è las alualàs,è cartas efcriptos,
que fazian a la dicha cuenta, en guifa quc nó fincó en vos ninguna cofa. E
quitamosnos, e pagamosnos por pagados de vos Don Frci Eteuan de todas
quantas demandas nos podremos auer contra vos por eta razon fata el po
ftremo dia de Dezicmbre de la Era de mil é trezientos à quarenta è ficte
años. Edamosvos de todo por libre,è renunciamos que en ningun tiempo del
mundo nom podamos dezir que yerro, ni engano ouo en eta cuenta E otrofi
renunciamos la ley del derecho, en que dize, que tantas vegadas quantas di
xiere el feñor,que aycrro, o engaño en la cuenta, que tantas vegadas fea te
nudo aquel que la cuenta a de dar de desfazer el yerro, e el engaño.E renun
ciamos las leys del derecho,que por nos, e contra nos fon,é pudieffen cercn
cta razon; & otorgamos que nos, ni otro por nos no nos podamos fazerde
manda ninguna en eta razon ante ningun Alcalde, ni Iuez Ecclelaಣ್ಣ
ni
- C33
كلمة ام
317
feplar, é filo fizieremos, que nos non vala,ni vo sófeades tenudo de nos reťa
ponder a ninguna demanda, que vos fobre eto fea fecha. E porque cio nor
venga cn dubda, pedimos merced a nuctra feñora la Infanta Doña Blanca,
que etaua prefente, que otorgaffe todo eto, & que mandafe poner en eta
carta fu feello. E por mayor firmidumbre yo Doña Vrraca Affonfo la dick,
Abbadea mandé poner en eta carta mio feello,é mandamos a Martim G
cales ecriuano publico de la Cibdad de Burgos, que la ecrisieffe, e la fig"
naffe confu figno. Eta carta fue fecha en las Huelgas cerca de Burgos,vcyn.
tc è finco dias de Enero Era de mil è trezientos è fincocnta è vn años. Deto
fon tetigos que fueron prefentes rogados para cto Domingo Bueno,Cano
nigo de la Iglefia de Burgos. Pedro Dias fu hermano. Perymañes clerigodel
dicho Moncterio. Iohan Yuañes, Gonçalo Perez. Pedro Rodriguez. Fernan
Gonfales clerigos de la dicha Infanta. Martim Domingo criado del dicho
Moncfterio, Frei Iohan Iuiz Comcndador del Monetero fobredicho, Gon
ſalo Gonſales eſcriuan de la dicha Infanta, è vo Martin Gonſales eſcriuano
publico de la Cibdad de Eurgos, que fui a todo eto prefente con los dichos
tctigos, épor mandado de la nobie cñora Infanta Doña Blanca, é de Doña
Vrraca Alfonfo Abbadea fobredicha, é del dicho Conuento cfcreuieta car
ta publica, è en tcſtimonio fiz en ella mio figno. -
Esc R ITvRA xx I.
Que he a fupplica, que fizerão o Abbade de Alcobaça, Prior de
, TSanta Cruz, & outros Ecclefiafticos ao Papa, para fe erege
- rem etudos gèraes em Lisboa,tresladoufe da liuraria
- de Manoel Seuerim de Faria,Chantre de Euora.
Serue para o Cap.67. do liuro 16.
స్ట్రీ Anäißimo Patri, ac Domino Domino diuina prouidentia Sacrofanélæ
爱
§3% Romanæ Eccleffae Summo Pontifici. Nos deuoti filij veflri Abbas Alcoba
ἙNY&: ciae. Prior Sanélæ Cruzis Colimbrienfis, Prior Mona/erj Samäfi /imicen
tij 0l/siponenfi,Prior Sande Maria Vimarenen/, /ecularis, Prior San
“ číae Mariae de Alcaçoua Santaren/s, & Eccleftarum Samāi Leonardi dé
Atouguia, Sanéíi Iuliani, Sanéii Niculai, Sanéíæ Herenæ, & Sanéti Stephani Scäre
- nenſis, Sanéii clementis de Loulee, Sanétæ Mariæ de Pharon,San£ii Michaelis,& Sá
ĉlaº Mariae de Sintera, Sanĉťi Stephami de Alenquerio, Santiae Mariae Sancti Petri,Sa
êii Michaelis de Turribus Veteribus,Saníiae Mártæ de Haye.de Laureâo de Villa Wigofa,
de4zambugia,de Sančía de E/!remos,de Begia, de Maphora,& de Mogadoiro Rečíołeś:
- Deuotißima pedum ofcula beatorum. cum Regiam celfitudinem non folum armis de
coratam, fed legibus oportet effe armatam,vt tam tempore belli quampacis Re/publica
reílé valeat gubernari:namper fcientiam mundus illúminatur,& vita Sanéíórum ad
obedientiam oео, & # & miniftris eius plenius, & fidelius informatur, fides
' corroboratur, Ecclefia exaltatur,& per viros Eccleffafficos defenditur contra hæreti
cam prauitatem. Idcirco nos fupradiäi vna cum perfonis Religiofis, Prælatis, & alijs
tam clericis,quam laicis Regnor.Portugaliæ, & Älgarbij plena inter nos aélifferatione
habita, diuina inſpiratione mediante, è vtilitate noſtra priuata, si cºmuni ſuddente,
* - - - tom/(aeramus
confideramus valde expedire Regnis fupradiéfis,velfcriptis, & habitatoribus in eifdé
Jalere in qualibet facultategenerale /ludium literarum,eum multi fludere volenes,G
cupientes àfcribi ordini cleriali, propter expenfarum defeëium, viarum di/crimina,&
pericula parſomarum non audéant,timeant, met commodé po/sint ad partes /onginquas
fatione fluój/e transferre, & ffc imuiti effciuntur lai. i, § oportet eos recedere a fuo
e no propolito fupra dicio. 0b las ergo cau/as, & multas alias vtiles, & mece/arias,
4uaíloiigum eßet per/tngula numerare, hæc, & alia plura Excellentißimo Dom*no
7)ionyffò Regi noflro fériäiim retulimus, ipß cum nimia precium/upplicantes, vt ipfe
aignáretur con/lruere,& ordinare /ludium generale apud nobiú/$imam ciuitatem juâ
oífponenfem ad Dei feruitium, & honorem Beatißimi Martyris {incentj, in cujus
/oco Dominus Iefus chriflus elegit ipfius corporis /epulturam. Quibus precibus no/lris
ab eodem benignius admißis, atqüe etiam exauditis, de confenfu veri ip/ius patroni
Monafferioruji, & Ecclefiarum prædiéiorum inter nos fícut extitit ordinatum, vt fa
laria de redditibus,& prouentibus Monafteriorum, & Eccleffarum prædiëiorum/olue
rentur Doéîoribus, & Magiftris, fuit etiam determinatum inter nos quantum vma
шаў; Ecclefia foluere temeatur, referuatis nihilominus nobis congruis,& fuffícienti
#.juſentationibus in redditibus fupradiâis. Quare adpeaes veftræ Sanéiitatis, Pa.
ter San&ijjime, recurrimus,humiliter déprecantes, quatenus ipfa dignetur tanupium
ория, laudabile, adſeruitium Dei inuentum, (6 ad decorem patriae, nec mon ad vtili
fatem noflrorum omnium,& /ingulorum admittere,& prædiéiam ordinationem miſe
ricorditer de benignitate folita confirmare. Datum apud Montem Maiorem Nouum
fecundo Anno Domini I 288. Idus Nouemb. Era M, ccc.XXIII.
"
, \, .
### Os Socyro Mccndiz Alcaide & Philipc Guilhelme Alửazil, Kơ
}é Paacs o outro Aluazil,nom feendo no Reyno,porque era em 經
uiço de nofofenhor elRey D.Dinis em ajuda delRey de Catella,
&o Confelho de Santarem, a quantos efta carta virem fazemos
faber, que fobre alguns agrauamentos, que nós recebemos em
tempo delRey D.Afonfo.pedimos merce a nofo fenhor elRey D. Dinis, que
nolos alçaffe,& corregeffe,& el.fezenos muito bem,& muita merce,& alçou
noios, & corregenolos afi come contheudo em húa sa carta, que nos ende
deu. E por efte bem,& por eta merce que nos el fez,& por outro muito bem,
& merce que nos fez, & prometeo a fazer, partimonos das dez mil libras, &
quitamolhas, que nos feu padre deuia, as quaes de nòs facou empretadas,
quando nofo fenhor elRey Dom Dinis foi a Seulha. Ede todas as outras de
mandas,que contra clauiamos,& perdoamos a clRcy Dom Afonfo,&a nofo
fenhorºkey Dom Dinis,fe algüas coufas de nós ouucromata aqui. Efe al
| güa coufade nos leuarom contra nofo foro, outrofilho perdoamos. E pedi
moºlhis Por merce, que daqui adcante que nolo aguarde,&nom venha ់
- tra CliC.
- 3.18
tra cle. E outro fi lhe pedimos por merce, que nofos boös cotumes,que nos
cle, & os outros Reys outorgarom persàs cartas, que molos aguarde. Em te
ftemoynho da qual coufa cíta carta feclar fezemos do feelo do nofo Confe
lho. Feita a carta vinte & hum dia andado do mes de Outubro, Era MCCC.
XXVII. annor. · · - - - -
tos de que fe falou nos Capítulos 79. & 8o. do liuro 16. a qual
eftã no primeiro liuro das Inquiriçoês dette Rey da Beira,
& Alem Douroâs fol. 136. -
º
nos filhos dalgo, & com nos Prelados da minha terra,etranhando taescou
fas,defeu confelho de todos enuieihy a Aparifo Gonfalues meu de criaçom
º
poi enqucrcdor,fobre feito das honrás que fizeromde nouo,ou acrefcétafom
-- - - -- - - IlaS
心
nas velhas de la enquiriçom que fez o Priol da Cota,& Gonçalo Moreira,&
Domingos Pacs,&fobre feito dos outros logares, que alguns trazião honra
dos como nom dcuiaõ. E outrofi fobre feito dos meus reguiêgos & cleveio
a mim com cífas cnquiriçoêsa Coimbra,& vioas a minha Corte com muitos
filhos dalgo que hy fiaõ, f. o Conde Dom Martim Gil, & Dom Pedrº Apes
Portcl, Afonfo Sanches,Dom Ioão Rodrigues,Dom Fernão Percs,Dom Ro
drigue Anes Redondo,& Martim Vaaíquez,& Vaafco Peixoto,que craó pe
los filhos dalgo,& com muitos Prelados, que hy fião de minha terra,& derão
fentenças by fegundo he contheudo em húa minha carta, da qual o thcora
talhe. Dom Dinis pela graça de Deos Rey de Portugal, & do Algarue. A
quantos efia carta virem faço faber, que como peça ha fofem a mim feitos
queixumes per muitas,& defuairadas pefoas,queixandofe dos filhos dalgo,&
do Arcebiipo,& dos Bifpos,& das Scés,& dos Abbadcs, & dos Priorcs, & de
muitos outros da minha terra, porque faziãa honras em muitas manciras, &
como nom deuião,de guita que muitos homens bons,& afinadamente osla
uradores herão apremiados per hy,querendofedelles feruir dos corpos,& dos
aueres per prema contra direito, & poufando com elles contra sà vontade,
hu nom auia morada dantigo,nem herdade,porque fefeguião muitos homi
zios, & muitas defauenças : : : : : filhos dalgo, & outros nas terras hufe
cto fazia; & filhando per tal prema a my muitos dos meus dereitos,& ema
lhcandome muitos dos meus regueengos,& vindo a my muitas querellas por
muitas vezes fobre efto em Guimaraês, & em Coimbra; & fazendo eu fobre
: : : : : per confelho do Arcebifpo, & dos Bifpos, & dos Ricos homens, &,
dos filhos dalgo, & dos Prelados da minha terra, etranhando de fe fazerem
as tacs coufas perfeu confentimento,& perfeu prazer delles, dey por enque
redores fobre todalàs coufas fobreditas a Gonçalo Moreira,que foi pelos fi
lhos dalgo, & o Priol da Cota pelas Ordijz, & Domingos Paes de Braga po
lo Poboo. E feita a enquiriçom por clles, & publicada depois geralmente em
minha Corte, forom deitados logares muitos em deuafo perfentença;&de
pois os Ricos homeès, & os filhos dalgo pediromme por merce, que como
quer eu perdefe por by muitos dos meus direitos,que me fofrefle em quanto
a my aproguefle daquello que fora julgado; & que elles des aly adiante nom
fariaõ honras,nem acrefcentariaõ nas antigas.E eu querendolhes fazer mer
cc otorguei : : : : : aprougucíle aa tanto, que elics nom fizcffem outras
honras, nem acrefcentafem nas antigas: & ora depois foi a my dito, que des
aquel tempoque lhis cu cíta merce fizera, que entom andaua a Era de mil &
trezentos&vinte oito annos, que alguns fizerom nouamente honras,&acref
centaron nas antigas, contra a merce que lhis cu fizcra,&contra a poftura à
lhis jà fora pota, & per clles ovtorgada, & a maneira que me dizem que as
fazem fom muitas,fegundo como fefegue;& as maneiras das honras,&dasou
tras coufas que fe : : : : : : vioas a minha Corte, conhecendo dellas com
muitos Prelados que hy forom,& com Ricos homeês,& com nos filhos dalgo,
& derom hy fentença fobre cada húa das coufas na maneira que fefegue.
__ Primciramente foi achado,que alguns metem nas honras fcus porteiros,&
feus Ouuidores, & defendem que nom entre hy o meu Porteiro, nem venha
eftar a direito pcr dante o Iuiz da terra,afiicomo hera vzado,&acoftumado;
a minha Corte julgando,mandou que tal coufa não fe fizefle, & que entre hy
o meu Porteiro alfi como antes foya;& que vaõ etar ao julgado do Huiz da
- ' terra.
-
319
terra. Item, o fegundo artigo he tal,que algüs fizem honras dos logares vi
de lhes parão algüarem por encemçoria, quer cm dinheiros,quer cm ab&fom
as herdades vnde hisfazem as encemçorias dos lauradores; a minha Corte
julgando, mandou que nom fejão honrados por tal razom, -
Item, o terceiro artigo he tal: que alguns fazem honras aliihú criam os fi
lhos dalgo, em cíta guita empararom o amo cm quanto he viuo; & des que os
amos fom mortos, emparom o logar, poendolhi nome paranho, & cm muitos
logares nom ſolamente aquel logar, mais quantos morāo arredor delles, per
que fica honrado pera fempre. A minha Corte julgando mãdou, que cíto nom
1e fezeffe,& que fc algum filho dalgo foi criado no deuafo, que cunom perca
porem nenbüa coufa do meu direito. E quanto he no meu herdamento fo
reiro,& no meu Reguengo, nom fe crijhy nenhum filho dalgo, nem fe defen
da nenhum per tal criança feita em tal herdamento. - -
Item, o quarto artigo he tal, que alguns compraõ, & gaanhaõ nos meus
hcrdamentos Reguengos , & fazem ende honras , & nom daö a my os mcus
foros, que ende cy dauer. A minha Corte julgando mandou,que cito fenom
faça. Efe alguma compra, ou gança foi feita em tacs herdamentos, que lhis
nom valha. - - - - -
Item, o quinto artigo he tal, que alguns tem honrados os cafacs, que teem
cmpretamos dos Moeteiros, & das Eigrejas, como fe foiem feus. A minha
Corte julgando mandou, que os que teucrem emprazados em sà vida, qu:
fejão honrados cm sà vida dos filhos dalgo, que : : : : : : & nom mais, &
os outros nom. . . - -
Item, o fexto artigo he tal, que alguns fizem honras dos herdamentos dos
lauradores, & honraõ cffes lauradores, porque os feruem de pam,& de carne,
come fe fevefem em sàs herdades, & leu aõ ende as luytofas, que fom minhas
de dercito, & de cotume;& dizem que por direito perco eu delles a vooz &
a coima,& o achaque,& a vida do mez,& a anuduua,& que nom deuem aa hir
comego em hote. A minha Corte julgando mandou, que vnde a my fazem,
& deuem fazer as fobreditas coufas, que perferuiço que façaõ ao filho dal
go, que eu nom perca por hyos meus direitos. -
| Item, o fcptimo artigo he tal, que alguns metem os feus filhos enas cafas
dos lauradores,& teêmos hyoito dias,ou quinze, & honraõ perhy o laurador,
& dizem que per alli fica o logar honrado: & por saa honra. A minha Corte
julgando mandou, que cíto nom valha, nem fe faça, cà he engano.
- 體 o ðitauo artigo he tal, que alguns Mocteiros, & Eigrejas, & outros
alguns tragem cafacs, & herdamentos, que forom de filhos dalgo, & que fom
fora das honras,& dos coutos em logares deuafios,& tragennos honrados co
mo quando eraõ dos filhos dalgo. À minha Corte julgando mandou,quecto
nom valha, nem fc faça, cà he torto conheçudo, pois nom jaz em honra,nem
em couto. - - - - - - º
Item,o nono artigo he tal, que alguns lauradores fe querem honrar,& hõ.
raõ, porque dizem que vcem de filhos dalgo, peroo que nom fazem vida de
filhos dalgo cm nenhüa guiza. A minha Certe julgando mandou, que cítes
taes nom tenhaõ honra de filhos dalgo dementre nom fazem vida de filhos
dalgo, filhando mcftrc dc çapateiro, ou de ferreiro, ou dalfaiate . ou de cc
reciro,ou outro metre femcauela efles, porque guarefca, ou laurando por
feu preço cm outro herdamento alhço em Šulsualssta- kಣ್ಣ
- - o ch і
* -
-
i.
do clem feu herdamento por pobreza que aja,nom perca honra de filho dal
go; fe afi huzarom com nos outros Reys dantes. -
ítcm o decimo artigo be tal, que algúns porque fomy3zinhos, & morado
res de algüas vilas de foro: tem honradoo todolos cafatės, & herdamentos
que ham nos outros julgados per razom daquelic forameuto dos vezinhos.A
minha Corte julgando mandou, que per razom defe foro nomfe defenda º
que ouuer alugaanhado, cu con prado, faluo fe cl for tal pcloa, que per
razom de fy dcua de fer feu herdamento honrado
Item, o vndccino artigo he tal, que alguns fazem cafas de moradas ora
de nouo, húnom deuerom, & fazem nas nos meus herdamentos foreiros, &
fazê ende honras perq os darredor deles fom detruidos.A minha Cortejul
gando mandou, quc A. nomfe faça,& que as cafas que fe fezcrom,&as hõ
nas depois do tempo da Era fobredita de mil trezentos & vinte oito annos.
1) a dita em quiriçom que fe desfaçaõ, pois as catas fom feitas nos meus
herdamentos Regucengos, & outro fy a dita minha Corte julgande mandou,
quc todalas honras que forom fitas de nouo, ou acrefccntadas nas vclhas, q
nom valhão, & que fejaõ todas cm deuafo : : : : da dita Era de mil trezen
tos & vinte oito annos. E della dita em quiriçom afi como de fufo dito he,&
outro y a dita minha Corte julgando mandou,que nenhum nom foile oufado
de vir Contra nenhüa das coufas que em efta carta fom contheudas;ncmem
bargue o meu Porteiro, nem o meu Moordomo, que nom entrem naquelles
logares lú ouucrem de entrar;& mandou ainda, que fe algum por feu ouza
mcnto quizetic, ou quizcr contra citas coufas, ou contra algüa dcllas viir, q
fe fofe homem filho dalgo, que lhy deitafem cm deuafo tanto do feu hcr
damento, quanto fe aqu le que el contra cto quizeffe honrar. E que fe fofe
Prclado, ou Abbade, ou Priol, ou outro homêe qualquer, que folicm deita
dos em Reenguo aquelles herdamentos de que quizcfem fazer honras. E ora
fobre efto emurcial à Apariço Gonçaluiz meu de criaçom, que faça comprir,
& goardar todalas coufas.& cada hüa dellas, que em eta carta fom conthéu
das, & man Jo aos mcus Meirinhos, & aàsjufti ças, & aos Taballiaès a cada
hvin em feus logares, & em feus julgados hú efto for, que fação todo aquello
que lhis o dito Apariço Gunçaluiz fobredito mandar, de guiza que pofaõ
fcer compridas, & guardadas todalas coufas, & cada húa dellas que em cíta
minha carta fom contheudas, fegundo os a minha Cortejulgou. E aquelles
que o afi fezeffem, eu lhis farei porem bem merce. E os que afsi nom feze
rem, os fcus corpos, & os feus aueres lho lazerarião, & eu lhis faria afsi co
me a aquelles que o nom comprem, nem guardão carta, & mandado de Rey,
& defenhor. Em tcftemunho defto dou cta carta ao dito Apariço Gonçal
uiz. Dante em Coimbra vinte dias de Outubro. ElRey o mandou persàa
Corte. Afonfo Reimondo a fez Era de mil trezentos & quarenta & feis an
nos. E entom emuiei allà com efa minha carta das fentenças o dito Apari
ço Gonçaluiz para fazer comprir,& guardar as ditas fentenças em cada hú
logar hú achafem que as ditas coufas fazião fegundo as a minha Corte jul
gou. E efe Apariço Gonçaluiz andando alló, fizerom alguns queixume,
qne fe etendia a mais que o que lhi eu mandara, & que deitaua, em deuafo
as honras, que heram de Vedro, dos filhos dalgo. E que pafou à carta das
fentenças que de my tragia. E eu por vcer fe paffaua o meu mandado, & as
fentcnças que craô conthcudas na carta, & fiz vir pcr ante my o dito Apa
- !, " : riço
336
rigo Gonçaluiz.'& as emquiriçoês que elle fobre feito das honras fizera, &
es fogares que delaffara, & porquc fazom; & fiz jurar aos Santos Euangc
lhos cºm mão do Arcebifpo, o Cutodio, & o Adayao de Braga, & Pedre Ete
uez Muniz,que cu dei por Vccdoacs defe feito, que elles com no dito Arce
bifpo viííetn todas cflas cmiquiriçoês, & deuaffaçoês, & todalas outras cou
fas, que fobre cffo o dito Apariço Gonçaluiz fezera. E fe achaffem que al
gūa coufa fezera quc nom deuia, que o corregeflem, & fizcffem cm mancira
...que cu ouuefe o meu direito, & os filhos dalgo o feu; &as Ordjz o feu, & o
Poboo o feu; & vcerom todas acordadamente, & difícrom que virom todas
as emquiriçoês, & deuaflaçoês, que o dito Apariço Gonçaluiz fizera, & o
que mandara fobre clo fazer, & differom que lhis parecia que fazia bem, &
com direito, & qua em nenhuma maneira nom craõ para aquello que el feze
ra aggrauados os filhos dalgo, nem as Ordijz. E mandarom com toda a
Corte, que affi fezeffe nos outros logares a que auia de hir, & fe alguns fo
rem em algúas coufas aggrauados, venhaõ pcr dante os ditos Ouuidores, &
lhis farei que lhis compram direito, & eu emuio allò o dito Apariço Gon :
çaluiz meu de criaçom, a poer em ctado aquelles logares que deufou, &
a fazellos manter afi como ele mandou; & outro fy por razom de outros
logares em que ainda dom emquerera. Porque mando a todolos Meirinhos,
& Iuízes, & luftiças, & Almoxarifes, & Tabaliaês das minhas terras,que cíta
carta virem, que façaõ todalas coufas, que lhis o dito Apariço Gonçaluz
fobre cfto mandar : : : : : : ; compridas, & guardadas toda las coufas, &
cada húa dellas, que nas ditas minhas cartas fam contheudas; & aos que alii
o fezerem, cu lhis farei porem bem, & merce, & aos que o afi nom fezerem,
os feus corpos lhis lazerarà, & os feus aueres verey cfcufaçom nenhüa. Em
tetemunho deto dei ende ao dito Apariço Gonçaluiz eta minha carta.
Dante em Santarem quinze dias de Feuereiro. ElRey o mandou persäa Cor
tc. Ioão
'mos. . . Dominguiza
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fezA Era. de mil & trezentos & quarenta & oito anº
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a Bullâ do Papa Niculao IV, em confirmação dos etudos
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*"gèrães de Lisboa, que fica traduzida no Cap. 82. do libro 16. "
. .. & foi tresladada do original, que età nagaueta fegunda
das Bullas na Torre do Tombo.
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32 I
ESCRIT V RA xxv.
Que he o treslado dos eftatutos, que elRey D.Dinis deu aos eftudos
da Vniucrfidade de Coimbra, ós quaesfe achará o no primeiro
liuro da Chancelaria delRey Dom Fernando ás fôl. 8.
(erue para o Cap.83. do liuro 16.
§ fomiffus Dei gratia Rex Portugal& Algarb. Vniuerfis chriffi fidelibus
§ /alutem, & frugem vitae felicii cum deiìtione fidei orthodoxæ.Regalem
狐罗
-*.
_ے.م
ဂ္ယီနီ aeget excellentiam inuigilare remedijs /ubaitorum,ac Regnum,& Regni
} babitatores magnificare virtutibus præmiorum , vt alum Rex, & popu
lus ei commiſſus in multiplicatis iſtitiæ frustilus/u/cipiunt incremen
tum, po/? humanæ vitæ tranffium ad æternam mereantur beatitudinem peruenire,
Quippe hæc Rex cultæ iußitiæ nufquam melius poterit ducere ad effeäum, qua/// /?
terrám, id eff, Regnum fibi commiffum faciat femiine multiplicibiliter feminari, vt fic
demum per illius gratiam, qui de mortificato femine plurimum fruétum affert, Reg
mum emiittat palmas iu/litiæ, & terra germimet fruäus fuos. /. viros eloquiorum do
£irina multipliciter in/gnitor, vr proinde veffræ eæ/e/7is gratiae viris litteratis ad
omne bonumi, quo operantibus Rex, & Regnum in foliditare iußitiæ/o/ia eatur. Sane
Regna noflra Portugal.& Algarb.pro/peximus fere omni bomo quod ad humanam com
diiionem pertinet cgmmunicata, /ecundum quem Regalem Maieflatem non folum ar
mis decoratam, fed legibus iu/litiæ, & æquitatis opórtet effe armatam, vt vtru onque
tempus & belli, ac pacis reéiè valeat # Cupientes Regna mo/lra virtutum
clejientia, & radijs corufcare ad decus, & gloriam altißimæ maioritatis, & glorio
fæ Virginis Matris Chrifli, nec non almi Mártyris Vincentj, & Sacro/anâ e Romanæ
Ecclefiæ, quæ cunélorum fidelium mater eff, & magiflra, ac vtilitatem publicam Re
gni no/lriim Ciuitate no/lra Colimbriemff, quam præelegimus in hac parte fundamus,
& plantamus irradicabiliter ftudium generale, volentes vt ibidem apud Religiofos
conuentus fratrum Prædicatorum, & Minorum in facra Pagina doceat, vt /i/iaes
catholica circumdata muro inexpugnabili bellatorum. Ibidem & Doâorem effe volu
mus in Decretis, ô Magi/lrum in Decretalibus, per quorum doéirinam vberrimam
ſ clerici noflri Regni infirui valeant qualiter ipfos oportéat in domo Domini conuerfari;
& qualiter & flatus ipforum, & Ecckfiarum falubriter gubernetur/ecumaìw Camo
nicas fanátiones. . . . . . .. . .
Præterea ad Repub. melius gubernandam, in praediäo noflro /ludio eße volumus in
Legibus Profeßorem, vt Reâiores,'& Iudices nojlri Regni confilio peritorum derimere
ualeant fubtilé,& arduas quaeffiones. . - - - - -
omnes itaque fludentes in noflro fludio, âc ad idem accedentes ex quo infra Regno
rum mo/lrorúm limites fuerimt cum perfonis,& rebus eorum,&familys ſub no/lra pro
teciione recipimus, /pedialiter præcipientes deffriáé omnibus Iudicibus, proceribus, &
a(js offícialibus Regni no/lri.vt præfatosfcholares,& res ipforum,nec mò feruientes ab
omni oppreßione illicita tueantur, quod/ contrarium fecerint, ſciant ſe po/lram inai.
gnatijjem abfque dubio incurfuro5, & præter pænam à nobi; tranſgreſſoriºus тро
jiemdam, reffifuturos damna, quæ indebitè illata fuerint fcholaribus fupradiciis. Sanè
quoniam/cholares in noflra ciuitate colimbriemff commorantes prærogatiga gaudere
áolumus /peciali,vtfub omni tranquilitate fludio liberius vacare valeat,& doéirinae
vniuerfù$ eiufdem ciuitatis ciuibüs cuiufcumque flatus fuerimt de/lriáé praecipimus,
& mandamu?, vt nullus eifdem fcholaribus, vel eorum/eruitoribus/eu mancipijs au
ſu temerario inferre praeſumant violentiam, velgrauamen. - -
Præterea : : : : : : audiuimus fiae digno, quod in nonnullis locis vbi eff exer
citium ffudiorum per babitatores eorumdem locorùm diffîcultates non minimæ im con
ducendis domibus in congruum immoderatum felarium,velprætium locationis nomi
me à fcholaribus exigendo.fed quia eorum eff/pecialiter intérendum qui amore fcien
-tie faċli exule; dediuitibus påuperes/emetiffos eximaniunt,ideo/pécialem quorumdī
locorum laudabilem con/uetudinem ad hoc ipfum/ludium prorogantes, prouidimus re
gali nrdinatione in perpetuum valitura,vt duo proceres mo/lricolimbrien/is concilij,Č5
duo feholares eit/aem } niuer/itatis idonei annis fingulis eligantur,aequorum commu
ni confenfu, vel maioris partis eorumaem ho/pitia taxentur fideliter, ac iu//è; itaque
in taxationibus faciendis nulla exceptio perfónarum penitus habeatur,/edadhocexe
quendum /egaliterfciant prædiiii táxatóres ex virtúte mana'ati Regij/e teneri,quod
fi inter domorum dominos,& ipfos fcholares fuper domibus locandis, ac prætio locatio
mis plena concordia interuenerit, tunc abfqué ipfis taxatoribus poßit libere expediri,
vt quod inter partes conuenerit inuiolabiliter obferuetur. Volenfibus infuperfcholari
£u£fupradicij gratiam facere ampliorem, ediéis perpetuoprohibemgs,vt fcholares non
' poßint ejjei; /eu expelli de domibùs in quibus nünä morántur, vel moxâbuntur & in
futurum, dara tamen cum dominis hoffitiorum defalario Poterint concordare, vel/?
… - * - " -- Juper
3 22
/uper hec non poterint cum dominis conuenire/altem iuxta taxatio nem á/pradiális
tjxatoribus moderandum retinere voluerint domos conguetas ab jfdem tempore re
troa&io, & a(iter de dictis domibus fcholares praedicii nonpo/sint expelli, niff easper/o-
maliter morari voluerint domini earundem, aut eas vendêre voluerint,aut filio; ſeu ſi
liae, vel alicui de eius linea decendenti matrimomium dare.
Caeterum vt diéti/cholares tanto maioribus proficiant incrementis,quanto à no/ira
regali c/e//ientia priuilegiorum prærogatiua/e/enferintperdotari ad memoriam mu
meris /pecialis eiu/aem duximus perpetuum concedendiim,vt in no/lra cancellaria mi.
hil ab eis pro priuilegijs Vniuer/tatis,/eu alijs libertatibus nunc : : : : : : (gi//i,
: : : : : : : /eu/cripturæ, vel quacumque alia cau/a, /eu occafione petatur, feù exi
gatur à noflro Cancellario, qui mùmc eff, velpro tempore fuerit, vel ºfaljs officialibus
qui per nos, vel diäum Cancellarium ad cancellariæ miniflerium aeputentur Porrò
7iouimus expedire vt ij/dem no/lris /cholaribus vagamai materiam amputantes eifdem
quietem ftudendi omnimodam praparemus, quoa cura exequimur vigilanti, dum ab
èns negotiorum faecularium, & /trepitus militaris, mec non mundanæ delecfationis ap.
petitum vt poffumus amouemus; proinde volumus, ac mandamus no/lris comilitoni
Âus,eorum armigeris,& rapaucibus, nec non vniuerfis foldareiris Regni no/lri & om
mibus inftitutoribus,atque mimis,vt deinceps ad domoj fcholarium,vel doétorum cau.
fa ibidem ho/pitandi,vel comeaendi non audeant declimare;infuper prohibentes mimis,
& ſoldadeiris ſupradictis, ne à ;Jeho/aribus a/iquia præfumant petere, vel
aliis colore quajro exigere aéJ/dem,quod 4 contra noßraf/eremitatis veriium à quo
cumque fuerit contrarium attentatum, noflræ prohibitionis tran/greffores taliter7mu
aucmius, quod eorum pæna erit cæteris in exemplum. - -
* Hoc quoque priuilegij capitulum fingulis ammis in ciuitate colimbriemff per præco
nem publicum volumus,& mandamus tempore debito publicari,ne aliqui pér ignoran
tramife audeant excufare. Verum eifdemfcholaribuí duximus concédendum, vt ad
mo/lrum ßudium poßint, & de ipfo perterram, velaquam libere recedere, vel venire
cum fuis equitaturis, /ibris, familijs,& fupelleélilibus, ita quod in quacumque parte
Regnorum noftrorum, primifque occafionibus, nihil ab eis homine pedagjj txatiionis
-cuiuslibet exigatur, vel etiam requiratur, & qui contra venerit, præter damna, &
expenfas, duplum reflituere eompelletur. *' -
'Hoc fanè priuilegij capitulum volumius per no/lras patentes litteras intimari vmi
iierforum locorum Regni hoflri Pedagiaris exaéìoribu$,feu & pub/icanis, mamdamtes
'infuper noflris Aluafflibus decólimbria, vtfupra rebus fupraditiis prædiéioy fcholares
quo valuerint tram/portandis concedant ejfém feffimoniales litteras, cum fuerint re:
quifti,, non petatur, vel recipiatur aliquid à fcholaribusfupradiétis pro huiu ?nodi
1itteris./ei figillis,/ed ijfdem abfque diffîcultate qualibet eoncedantur. '* ;
<.; Poflremô lupientes noflrum fludium abundare in omni bono, & fertilitate,quae no
bis à diuina i/ementia funt collata, & etiami comiferenda in fauorem fcho/arium ordi
?mamus, & flatuimus, & mandamus, vt de vniuerfis partibus Regni noftri ad hoc no
flrum fludium poßint quæcumque viéiualia libere deportari, non ob/lante quacumq;
conſuetudine, ſtatuto, edito, veledendo, vel quolibetpriuilegio conceſſo, vel conceden
do ciuitatibus, Caflris vel Mumicipijs,feu locis alijs quibufcumque quæ de hoc indu/.
to plenam, & exprejam mom faciünt memtionem. Nouißimè, quod nihil aétum etiam
' créaimus pro vtilitate noflri fluaj, & ffudentiâ in eodem dum aliquid fupere/7 agen
dum, volumus duos probos viros affumi de mo/lra ciuitate colimbrienfi, quipro hono
re, & commodo fudi, & fludentium follicite vigilantes praere quirant, & nora Se
remitati referant, quæ ip/i /ludio,& flualentibu$ viderint opportuna,ac
* . . . . h 4
ºrkಣ್ಣ -
r?
friffudij, & fingularium de eadem immunitates, priuilegia, ac etiam libertates flu
dcantjîdeliter conferuare,/ícut fe dignißima ratione Com/eruatores vulgariter appel
lantur. In cuius rei teftimonium præfems priuilegium prædiëie Vniuerfitati concef$i-
mus/gillinoflri munimine roboratum. Datum Vlixbonae 15. die Februarij Rege man
dante Alfonſus Andreas notauit Era I 347.
E S C R ITV R A X X V Í.
- I -
Que he hña compofigo feita مor ordem delRey Dom Dinis com os
fidalgos de Mafcarenhas, que età na Torre do Tombo no pri
يع - meiro liuro dete Rey às fol. 174. Serue para
o Cap. 1. doliuro 17.
- - ' ' " :: “... ', ; ) , , ". . .. " -- * : . . . .
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com huma procuraçom desà irmãa Sancha Percs auondofa fobrc cfta com
pofiçom, feita pcr mao de Ioannc Ancs Tabeliom dc Mirandela,& os outros
todos per pcfoas, & I refente o dito pobrador auccromfe cm cfta maneira,
conucin a fabcr, quc ño(lo fenhor ciRcy aja a meyadade da Aldea de Lamas
de caualo, & os ditos filhos dalgo a outra meyadade; & a meyadade de Val
dos cnforcados feer de nofo fenhor elRey, & a outra meyadade dos outros
filhos dalgo;& a meyadadc da Aldea de Paradela fecr de noffo fenhor clRey,
&a outra mcyadade dos ditos filhos dalgo; & a Aldea de Mafcarenhas ficar
por fua exenta dos ditos filhos dalgo para todofempre pelos marcos,& pelas
diuifoês que aqui fom cfcritas, logo primeiramente perufcc hum marco àa
Portclla de barrenha carrcira daluitcrs, & ende pelo lombo a feíto como fe
vay ao outro marco, quc fecacima das ferrarias, & des y aos marcos,que fce
acima de Monlho feco como parte conas muyras, & des y como fe vay ao
marco de Morouco da cabeça de fobrelas couas, como parte con o Val do
Couffo, & des y como fe vay pelo lombo a peroõa naualho da Eyra como
vay ferir no marco, que fee na cabeça entre o Val de Gondenha, & o Moyõ
fcco, & vem ferir cn o outro marco, que fee na carreira, que vem de Val de
padres para Mafcarenhas ao Mormoyrar, que chamão de Dona Tareja,& des
y pelo lombo aperoô as agoas vertentes como parte com Gariuanhes, & vem
ferir ao marco, que fec no prado das penas antre Mafcarenhas,& Gariuanhes,
& coino parte, & vay ferir ao marco, quc fcc no Valdonyò carrcira danamo
res como parte com Goncijns, & des y como vay aos marcos de cima dolõ
bo antre o Val de Liccira com Valdonyõ, & como vay pelo lombo a feto
aguas vertentes, & vai ferir ao marco que fee na cabeça de cima de Val de
Conca, & como vayferir en o marco que fecna cabeça de cima do terrcõ, q
foy de Diago Rodrigues, & como vayao dutro marco, que fce aa Sardycira,
carreira que vem de Goncijns para Mafcarenhas, & desy ao marco, que fce
cn a cabeça antre o Val dos enforcados, & a carreira que vem de Mirandela
para Mafcarenhas, & desyao marco que fee na cabeça da fraga da fonte do
Val de frcyxo, & des y ao marco que fcc na carreira veente aas Poufadas, &
des y como parte com Paradela pelo Lombo a feto aguas veertentes co
'mo fe vay ao marco,que fcc entre p Val de Feixco, & Paradela, & como vay !
ferir ao marco entrando a Valde feixco, & atraucffa o valle, & vem ferir a
pedra da Cruz, & desy como fe vay ferir ao marco, que fce no lombo em di
reito da cabcçº do ca器 des y polo lombo Agoas vcertentes,& vem fe
rir na cabeça do cabrito, & des y ao marco que fee na carreira que vay de
Paradela para Mafcarenhas, & des y como fe vay pelo lombo, & vai ferir cm
o marco que fce na dita Portcla de Barenha. E os ditos filhos dalgo & o Po
brador outorgaraõ, & outorgáo o compromiíTo que fobre ifto foi feito antre
o dito pobrador, & o dito Afonfo Lourenço dante Afonfo Rodrigues procu
rador de nofo fenhor elRey, o qual compromifo foy feito per mão de Fer- 5
nam Peres Tabeliom de Braga. Efe pela ventuyra fé algüa pobra fe pode fa
zer nos termhos das ditas Aldeyas, & de Lama de cauãlo, & de Paradcla, &
de Val dos enforcados, que hora he chamado Val bom}, & fc fy mais gente
meter nas ditas Aldeyas, ou em cada huma dellas auerem ende os ditos filhos
dalgo a meyadade,& o nofo fenhor clRey a outra meyadade. Em reftemõyo
dcfta coufa eu Bertolameu Andres publico Tabeliom de moffo fenhor clRey !
' na villa de Mirandella a rogo,& amandado dos ditos procuradores cftceftró
mento
3.24
mento cominha mão propria efereui, & meu final hy pugi, que he tal em té
ſtem öyo de verdade; teftemunhas Ioanne Anes Tabelion de Mirandela, &
kymijo Garcia cícu3eiro de Mafcarenhas, Ioão Lourcnço, Pero Lourenço,
Martim Gonfalues, Pero Fernandes, Guilhelme Ancs de Cìrualkacs,& CU I TOS:
E ºu fobreditoRey em tetemõyo deta coufa mandei fazer duas catas fecla.
das do Fucu (celo do chumbo, huma que teueflem os dauan ditos filhos dalgo;
& ºu outrá. Pºr em L'$boaxxiilj dias de Iulho. ERºy o mandou, Duram
Percs a fiz E. M. CCC. XXVIII - - -
ES C R IT V R A X XV III.
Esc R 1 T v R A x x I x. '
Que he a doação das rendas Ecclefiaticas dá Villa de Ourem pela
Rainha Dona Thereja filha delRey Dom Afonfo Henriques,
ao mofteiro de Santa Cruz de Coimbra, conferuada no
زه liuro 1 3. das efcrituras antigas do fêu cartorio.
Serue para o Cap. 13. do liuro 17.
N nomine Sanélæ, & indiuiduæ Trinitatis Patris, & Filij,& Spiri
tus Sanéíi, & eius mifericordia Amen. Quoniam Regum eff, necnon
etiam cuiufque viri ingenuitatis titulo decorati de proprijs poffeßioni •
bus propriam expellere voluntatem : idcirco ego Tarafia Regina, filia
- Regis Portugalis Domni Affonff, & vxoris eius Reginæ Dommæ Ma
tude Comitis Amedei de Moriana filiæ. confiderams obitum meum, & diem diflriéli
iuditj quando retribuet vmicuique fecundum quod geßit in hac vita, fiue bonum,fiue
ma/um, attendens nihilominus illud quod à Domino in Euangelio diílum eſt: Facite
.vobis amicosdc Mamona iniquitatis,vt cum defeccritis,recipiant vos in gter
na tabernacula. Et illud Apo/loli Pauli: Opcramini bonum ad omnes, maximè
' autem ad domcfticos fidci. Et quod Salomon ait : Fili fi habes bene fac tecum,
, & Domino bonas oblationes óffcr,quia omnc opus cleétum iuftificabitur
qui operatur illud iuftificabitur in illo. Placuit mihi facere te/lamentum,& car
tam firmitudinis Deo,& Colimbrienfi monaflerio Sanéíæ crucis,vobis videlicet Dom
mo Ioanni eiufdem Eccleffae tertio Priori, veflrifquefuccefforibus, & fratribus in
eodem monaflerio commorantibus, & regularem vjfam proféffis in perpetüum: de Ec
elefa/lico de Ourem, qui prius Abdegas vocabatur, qui locu$ eft in termino Leirenæ,
quem pater meus dedit mihi hæreditário iure impropriam poffeßionem,/ic & Leirenâ,
-
- - - - - vt poſ
5
vt poßiderem illum litere/îcut ήρ/e vnquam meliuspoßidebat,& facerem ex eo quid.
qua mihi relius p/acuJíet. Feci itaque in loco illo caflellum de nouo. Et quia Prigr,
& Canonici Sanctæ Crucis femper i/ide decimias perceperant,ſaut $ de Leirena, pla -
cuit zihi dare totum ius, & dominium Eccleffarum i//ius oppidi Domino, & %oma
flerio Sanéte Crucis illita/cilicet ius, quod Epjfcopus indé éxigeret, fi eas in dom;ijo
fuo haberet. Domo itaque, atque concédo totum # ius, & áóminim illius Caflelli,
ficut fupradictum e/, i)omino, & colimbrienfi Monafferio sanctæ crucis, quod ædifT
çauit Pater meus, & meum,& fratrum meorum proprium effe dignofcitur, ig4gg &
mater mea iacet tumulata, & pater meus fimiliter ibi /fatuit tumulari: vt illud/m-
per integrum habeant, & medio illis auferre præ/umat, nec iniuriam aliquam /?er
Eum inferre. Hoc autem facio cumi confenfü, & con/ìlio, & authoritate Patris mei, vt
ip/î Canonici memores huius mei beneficij, nec non & Patris mei, qui illud ius prius
illis conceßit, & modo concedit,non ceffent die, ac noíie orare pro nóbis,& multiplices
pro qobis Deo preces effúndere,&pro ánima ffiatris meæ, quátenus in præfenti /***.
Io gloriam, & honorem, & in futuro/écülo vitam æternam mo/is bominus donare
dignetur. Sicque igitur Eccleffaffica, fecularifve per/ona /ciens huius meite/iamenti
páginam confra eám venire, vel in áliquo imminuêre, fiue perturbare præfúgf/eri/,
ſecundo, tertioue commota, ſi non congrua ſatisfactione emendauerit, ſi maledici, º
a Domino Deo aliuifa, atque in èxtremo examine diuine vllioniſubiaceat; & in/w-
per componat vobis, fiuejuccefforibus veflris ducentos/olidos bonæ monetæ, & Regia
poteflaii aliud tantum. Et quamtuh damnum vobis incufferit quadrupliciter cogipo
ziat, & cùm Juda Domini traditore in infernum perpetuò ardeât. Et % fuerit deno
fira parentela, malediäionem noflram, & omnium auorum fuorum habeat. Et hoc
meum faäumfemper plenum robur obtineat, cunéiis autem hoc meum faélum/eruan
iibus fit pax Domini no/lri Iefu Chrifli, quatenus & hic fruéìum bonæ operationis
percipiant, & apud diſtričium iudicém præmia ætermæ fælicitatis inueniant. Amen,
Amen, Amen. Faéia huius firmißimi iejlamenti carta menfe Mayo E.M.cc.XXI.Eg?
Alfonfus Portugalenfium Rex, qui hanc cartam teflamenti,& firmitudinis facere tu/-
/i, coram idoneis teflibus roborâ, & hoc fignü facio; & egoJupraditia Tarafa Regina,
quæ hanc cartam te/lamenti,& firmitudinis facere iußi coràm idoneis teflibus roboro;
& hoc /ignum propria manufacio. Quipræfentes fuerunt, viderunt,& audierunt.
. ا
-- - - | アーリー - - -
-. - i |REG_*TINA
G | A L .. I -
Rex 스: Lex
خاص
rem Dei,& Beatif$imæ Virginis Matris fuae,& omnium San&iorü,& /pecialiter bea
Dionyj, čij Bernaldi pro animabus /uorumparentum,& fuccefforum,& in /i/o-
Ă0ሥl////
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qua Monacha voluerit cum aliquo colloqui, quod nulli Monachorum liceat,miff & li .
ácntia propriæ Abbatißæ:cum verò collojuium huiufmodifieri contigerit, ſt inter Do
mimas, Öj offia gradizelae inter medium mandile. Nonnegamus tamen eifdem forni
mabus quin veniant ad Eccleffam cum neceffe fuerit ad Sandam Compunie;eri reci
piendam,& ad cimiterium aa/epeliendum Dominas eiufdem domus fecundum 0rdi
mis inflitura; in/uper quia ex qüorundam Vifitatorum malitia, qui ad vifitaùdù Mo
nafferia cifferciejiís órdinis adpartes /las aliunde muttuntur perfonis,& rébus ipffus
orainis infimtaproueniumt £tfimenta idem, Dominus Rex nobis /pecialiter confen
(ientibus, & conjenfum tribuentibus /latuit:& ordinauit, quod dicium Monaflerium,
Albatifia,& Domnimæ eiufdem Vifitationi, reformationi,ac correéiiom Albatis de dlco
hatia folummodo in perpetuum fubiaceant , & fi Domimus Abbas imminente aliqua
iuſta cauſa, ſeu neceſsitate dita correttioni, (5 viſitationi perſonaliter non potucrit
iitereffe,per viros Religiofos, ac honeftos eiu/dem 0rdinis, quos ip/e ad hanc correäio
mem, vifitationem, & reformationem duxerit eligendos, poßit reformare, corrigere,&
emendare, ac etiam vi/itare Abbatiffam, & Dominas fupradiéias: / verèpræfatæ Do~
minæ fint inclufae, vt præmittitur, aliquo tempore(quod abfit)molent/icviuere vt e/?
dičium, ſeu cuiuſcumque alterius viſitationi, reformationi, $ correôiioniſe vellent
fubmittere, vel per maiores feu /uperiores ipfíus órdinis feu quofcumque alios de præ
diétis aliquid in contrarium attentare,vel prædiéium flatum in alium mutare,non fit
ei licitum,Jedad hæc omnia/upradista per Abbatem de Alcobatia dilia Abbatista, &
Dominæ compellantur, & nihilominus Dominus Kex tamquam patronus, & aefe//or
loci de confejju mo/lro,& no/lriCapituli/eu etiam autoritäte retinuit fibi fuifque fuc
cefforibus plenam poteftatem manutenendi,& défendendi imperpetuum diäum Mona
flerium in præditio/latu, &fub ob/eruationibus, & conditionibusfupraditis:& hæc
omnia prædiia Abbatißa, & Domine per/e, /ui/quefuccefforibus promiferunt inuio
1abiliter ob/eruare.fe fuafque fucceffores obligauerunt ad hæc omnia inperpetuum ob
feruamaa, præditæ verò dotis aßignatio per eumdem Dominum Regem eidem Monafle
rio faëia fuit autoritate no/lra, prout e/?/uperius enarratum. Ea verò quæ Dominus
Rex lilere,& irreuocabiliter in dotem obtulit,&donauit Monafferio fupradiäo/eu Ab
batiffae,& conuentui fæpè fatis/umt i/la,primo dedit contulit,& aßignauit fibi capel
/am, domos, & ædifiia/ua in quibus e/? Mona/lerium præditium inſtitutim; infu
er domos, vineas, pomeria, hortos, molendina,& azemias,& omnia herdamenta quæ
ibi habebat, & quæ fuerunt Mariæ Martini, vxoris quomaºam Arnatæ Reimunai, &
hæredum fuorum, & herdamenta, & poffeßiones vnâ cum hortis,& mo/enaimis, quae
fuerunt Gon/a/ui Ioannis de Charneca,& hæredum/uorum,& omnia alia herdamen
ta quæ Dominus Rex habebat in eodem loco qui dicitur 0diuellas, & columbaria,
item hortos, pomerit, domos, fontes, & lapidicinas, quas habet iuxta ciuitatem Flix
£onenfem in loco qui dicitur Enxobregas, cum omnibus iuribus, & pertinentijs ſuit:
item quamdam vineam quæ e/? im termino Vlixbonæ in loco qui dicitur, pee de mú,
uæ quidem vinea fuit Petri Fernandi quondam coparjj Dómini Regis Alfonfi, &
eiu/dem Almoxarife in çiuitate Vlixbonenfi : item in Alanquerio, & in/uis terminis
omnia herdamenta, poffeßiones, domos, furnos, hortor, pomeria, oliueta, azineas, mo
lendina, vineas, torculares, & apotecas cum cupis, tonelis,& tineis, & cum omnibus
iuribus, & pertinentjs /uis, quæ nunc ibi habet diëius Dominus Rex,& quæ fuerunt
fupradiéii Petri Fernandi, & eius vxoris: item im locis qui dicuntur Caffineira, &
: : : : : * in termino Alamquerij omnia heraamenta, poffeßiones, domos, vineas,
Č9 furnos, quæ ibi Dominus Rex nunc habet, & quæ fuerunt Martimi
haereditates,
Joa//i,/ra/ri; quondarì Domini Stephani Ioannis cancellarj öomini Regis Affonff.
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Item in termino eiu/ky, ville de Alanjuerio herdimentum, quod fuit Martini Sil ,
ueri cum o nomias juribus /uis, 5 pertinentijs: item in etifden Vile termino omniâ
herdamenta,po jefsiotes, doncs furhos, hortos pomeria,oliueta, azenias, ò molendi -
ma, vineas,torcularia, & apotecas, qu.e fuerunt huiufmoai cum omnibus pertinentijs,
& iuribus fuis, Item in eiufdem Wille termino onmia herdamenta poffeßiones, furnos,
hortos, do/nos, pomeria, molendina, vineas,& apotecas cum omnibus iuribus, ô perti
nentjs fuis,quæ ibi habet Do/nimus Rex,& quæ fuerunt Martimi Ferrandi, qui voca.
batur, calega de pu/gas. Jtem nemus, & defenfam quam,& quod habet aigiios, Domi
mus Rex in termino Vlixbone in loco qui dicitur Loiras,integïè cum omnibus iuribus,
& pertinentijs fuis: donauit etiam eis ius patronatus, quod habet in Ecclefia Sa/iifi
Stephani de Alanquerio nofiræ Dioceffs, confentiente ad hoc Domina Beatriae Regina
matre diäti Domini Regis, ad quam in eadem Ecclefia ius præfentandi ημoad vitam.
tantummodo pertinebat. Item donauit /ibi ius patronatus quod in Ecclejia Sancit Ju
liami Saniierànen. no/lre dioceffs. Item Dominius Rex digio/itur obtinerepetens fci
licet Dominus Rex â nobis cum inflantia, vt præfatam Ecc/effam Sancti Stephani, quæ
nunc vacat, ad Eccleffam Sancti Iuliani Sanéiarenent. cum vacare contigerit arcêre
mus dicio Monafferio adnectidas,earumque Ecclefiarú redditus,& prouentus dicfi Mo
na/lerj vfibus applicamdo.Nos verò ad tantum Dei feruitium, & opus ta//, la; dabile
dirigendum,& de confenfu præfati noflri Capituli liberaliter, damus,& irreuocabilitcr
concedimus Abbatije,& cóuentui eiufdem Monaflerj poteflatem adprædiiara Eccle
fiam Sanéii Stephani /latim,& adaíéíá Ecc/e//am Sanéii /u/iani cum vacauerit mobis,
præsbiteros iaoneos in vicarios præ/lare per mos,/eu fùcceffores no/fros in/lituendos, §
?x cauffs à iure approbatis corrigendos,& amouendos, quibus vicarijs noâis,/èu /uc
cejoribus nofiris praefentatis, & per nos, feu fuccefores no/tros ad/uam prac/entatio
mem canonicè inflitutis, ipff vicarj nobis, & /ucceßoribus no/lrij de plebis cura re/.
pondeant, fententias no/lras,& Vlixbonenfis £cc/efiae, & conflitutiones Synodales /er
itent faluis nobis, & fuccefforibus no/lris in diétis Ecclefijs tertia pontificali, /a/i/is &
nobis, & fuccefforibus noflris diílae Ecclefiæ Sanéii Stephani nunc vacantis, & in alia
di£ia Ecclefia Sanéii Iuliani cum vacauerit, & Vicariorum, Portianorum, Cappella
morum, clericorum, & Parochianorum earumdem vifitatione, reformatiohe,' orre
&iiome, ac plenaria in omnibus iurifdiäione, fubieétione, & procuratione, quæ ratione ,
Kifitationis debetur, nec non iure no/fro fuper collationibus portionum, & affe//i, &
confirmotione in Eccleffjs fæpè diâiis, & omnibus alijs iuribus, quæ mob/s vt primiti
tur, & quæ no/lris fuccefforibus, & Ecclefiæ Vlixbonenff ante débebantur. De rea\iti.
bus verò, & prouentibus Ecclefiae Saníii Stephani idem Vicarius pro fub(lentatione
fua, ac procujatione Epifcopi, & Archidiacono Vlixbonenfis. ac pro expenffs Thefaura.
rj eiufdem Eccleffe Saníii Stephani ducentas, & quinquaginta libras Portugalemffs
zjonetæ perpetuò percipiat, & habeat annuatim, centum videlicet infeffo Sancti Mi-,
chaelis, & centum quinquaginta libras infeffo Sanéii Ioannis Baptiffae : cætcra verò
alia onera diítæ Eccleffâ Sanéii Stephani quæcumque contingant, Abbatiffa , & Con-.
uentus fupradicii momiaflerjj/ubeant. In diéia verò Eccleffa Sanëti Juliani referuamus.
mob/s raxationem Vicaruo in eadem Ecclefia in/lituendo de redditibus, & prouentibus
eiufdem Ecclefiæ legitimè faciendamಕ್ಲಿ oneri busſuportandis.ſaluo & iu
re portionatorum, quodper hanc ordinationem nihil eis decrefcat de iuribus, & red- .
diiibus eorum.fed integrè omnia iura fua, & reaaitus percipiant, & habeant, /cut
hactenus habuerunt:omnes verò alios redditus,& prouentus diëtæ Ecclefíæ Sanäi Ste-,
phani de Alenquerio, & eius Ecclefiæ Samii, Juliáni Sanëiarem, cum vacauerit eidem
Ἀonaflerio, cum confenfu noflri capituli damus, & concedimus, § liberaliter 4fj&-,
- Ii i 3 ኧ፲4/፲፲ሀĂ$
namus in vſum predići monaſerij convertendos, recipiendos, & vtiliter diſpomendº,
per predicta verò priuilegi, a Sede Apoſtolica Ciſercienſi ordini in tultis, nullum in
alijuo præiud;iujm generetur quantùm ad dicium monaßerium 6? Odiſſellis, ſed in
fuá máneamt firmitate. Ego verò Dionyfius Dei gratia Rex Portugaliae, & Algarbij
laudo, & approbo omnia/i pradicia, & retineo mihi, meifquefuccefjorilus plenaze po
restatem minutenendi dicium mona/terium imprædicto statu,Š/abol/eruationibus,Š
conditionibus fupradiciis; & omnesfucceffore$ mei,qui manutejuerint ipfum monafle
rium in dìciofitu, & fubconditionibus, & obferuationibus fapè fatis, habeant bene
affeiionem Altißimi creatoris, & Matris eius, ac meam in æternum; § fi forte (quod
Deus auertat) aliquis de meis fuccefforibus nollet dictum Monaflerium manutenere in
ſlatu, & obſeruationibus, & conditionibus ſuper nominatis, vel de prædiëiis aliquid
7 mmutare prout ef fuperius ordinatum,non fit ei licitum,& pro folatentatione habeat
maledictiónem 0mnipotentis Dei,& Virginis Mariæ,& meam in æternum dmem. Ego
verò prædictus Rex vmò cum vxore mea Domma Elifabet, & filio meo Infante Domno
A//o/j/o primogenito, & hærede, & filia mea /nfantffa Domina conflantia hanc ordi
mátionem approbo, roboro,& confirmo, & eam feci meo (ígillo plumbeo figillari,& in
ferius momen meum manu propria /ubfcripfi. Et nos .# Epifcopus hanc oratma.
tionem approbamus, concedimus, roboramus, & #ேன் /igi/lum moflrum ap
pendens äpponi fecimus, & inferius nomen noflrum manu propria fubfcripfimus. £t
jios capitülum ?lixbonenfe hanc ordinationem laudamus, concedimus, roboramus, &
confirmamus, & /igillum no/lrum apponi fecimus, & per Dominum Petrum Remigj
caijitorem cum nomine noflro fubfcribi fecimus. Et nojAbbas Alcobatiæ hanc ordina
tioncm approbamus,concedimus,roboramus, & etiam confirmamus, & figillum noflriâ
apponi fecimus, & ipjerius momen noflrum manu propria fubfcripßmus. Et nos Abba
fija eju/dem Monaflerj de 0diuellis hanc ordinationem approbamus, concedimus, ro
foramus, G confirmamus,Ĝ/gillü moſtrů apponi fecimus,& per Fratrê Paſcafū Mo
pach, Alcobatiæ momine noflro/ubfcribi fecimus. Aéium apud diëium Mona/lerium de
o./ue///s Era milleffma trecentefima trigefima tertia, vigefima/eptima die Februarj.
Fgo Rex Lionyfius manu mea /ub/crip/.Nos Ioannes præfatus Epifcopus Vlixbom.ma
n propria fubjcripfimus.Et ego Petrus Remigi camtor fupradiäus manu propria fub
fcripff. Et nos Frater Dominicus Abbas Mona/lerij Alcobatiæ manu propria fubfcrip
jpiùs Et ego Frater Pafchaffus Monachus Alcobatiæ nomine ditiæ Âbbatiffæ, & eius
mandato manu propria/ubſcripſi, -
ESCRIT vR A xxx I.
Quehehú, carta do Abbade de Citer Roberto para elRey D.Dinis
fobre a fundação do Moteiro de Odiuellas, a qual età no liuro
2.dos dourados de Alcobaça fol. 116.Setue para o Cap.
- 21. do liuro 17. -
Que hea carta do couto, que elRey Dom Afonfo Henriques deu ao
- T nodo Mofteiro de Santa Maria de Aguiar, fituado na comarca .
de Riba de Coa, a qual eftà na gaueta do Eccleſiaſtico - *
༈་ཙཱ་ཧཱ་ཧཱ་ཧཱ Go Alfonfus Dei gratia Portugalemfium Rex vnà cum filio meo Rege San
cio, pro Dei amore, & peccatorum meorum remißione, facto, & aßigno
33j Monafferio de Turre de Aguiar,& vobis Abbati : : : : : : &/uceffo
ribus veftris in diéto Monaflerio commorantibus, & Deo famulantibus.
° tam præfentibus, quam futuris, terminos, & diuifiones terminorum ip
-
fius Monaflerij , quod olim ædificandum, & con/lruendum vobis per fcripturam. &
cartam dedi: itaque vobis aßigno, & concedo hos terminos infra nominatos, fcilicet,
ancipiumt in 'umine, quodfuit inter caput Caflelli Roderici, & inter montem coual,
ficut intrat in Aguiar, & ffcut Aguiar intrat imi Dorium; deinde ficut capita montis
Icoual vadunt, & feriunt imt : : : : prouiciorum, & inde ficut Agata cúrrit,& in
trat in Dorium Hos iam diélos terminos, & quidquid intra terminos ad Regale ius
pertinere videtur vobis do, & concedo vt illiid in perpetuum iure hæreditario poff
deatis ,& memoria mei apud,praediíium Monafferium ìm orationibus fratrum ibi om
morantium habeaturfemipiterna. Si quæ igitur Ecclefiaflica, fæcularifve per/o//a hos
rerminos contra voluntaté veflrâ violénter irruperit,& inde aliquid extraxerit,vobis
*. qüidquid inae contra prohibitionem noflrâ extraxerit in duplo, vel quod intus violen
t -- f6r
rer commiferit, & infuper cogatur reddere D. folidos probatæ monetæ, Faéla f.rip
tura terminorum apüd colimbriam menfe Februarij E. M. cc. XI/. Ego prædiétus
Aex A. vnà cum filio meo Rege Sancio hane/eripturam roboro, & confrло.
comes Rodericus confirm.
Magiſler Galdinus conf
- Magi/ter Petri Fernandi conf
• • Petrus 0dorj te/?.
Petrus Saluatoris te/?.
Fernandus Epifcopus te?.
ES CRIT V R A XXXIII.
Que he doação de algúas Villas a Dom Sancho, & afua mãy Dona
Vargarida,fenhores de Riba de Coa,feita por elRey Dom Fer
nando Quarto de Catella, em fatisfação das que elRey
Dom Dinis lhe occupou neta Comarca. Etá no
liuro das Extrauagantes da Torre do Tom
bo ás fol. 189. Serue para os Capi
tulos 32. & 39. -* -
す。W3。『なr
< *** N el nombre de Diós Amen. Sepan quantos eta carta vicrcm,
como yo Dom Fernando por la gracia de Dios Rey de Catiella,
de Leon, de Toledo, de Galliza, de Seuilha,de Cordoua, de Mur
$cia, de lahem, del Algarbe, fenhor de Molina. Com conejo, &
com otorgamiento, & por autoridad de la Reyna Doña Marra má
madre, è del Infante Dom Henrique mio tio tutor, é guarda de mios Reg
nos. & com confejo de mi Corte, do a vos Doña Margarita, & a vos Doma
Sancho fijo del Infante Dom Pedro, & deta Doña Margarita las mis Vi
lhas, è caftielhos de Galifteo, é de Granada, é de Miranda com todos fus
terminos, & com todos fus derechos, & com todas fus pertinencias, & com
todo fenhorio Real. éjuridiçom, é derecho que yo hy he, & deuoaueer.do
uoslo por hierdamiento para fiempre en cambio por las Villas, e Catiellos
de Sabugal, é de Alfayates, é de Villar maior, é de Caftiel bueno,è de Almei
da è de Caftiel Rodrigo,è de Caftiel melhor, é de Monforte, è por todos los
otros hierdamicntos, è logares que vos auiades em Riba de Coa por qual
quer manera que los hy ouieedes, è com todos fus terminos, è com todos
fus derechos, e com todas fus pertenencias, que vos a mi dades cm cambio
por effas Villas de fufo dichas. Ecftos logares fobredichos de Galiíteo,é de
Granada, è de Miranda, e fus terminos vos doo em tal manera, que los aja
des como auiedes los dichos logares Sabugal, é Alfayates, é Villa mayor,
è Caſtiel bueno, e Almeida, è Caſtiel Rodrigo,è Caſtielmellor, è Monforte,
è los otros herdamientos, é logares de Riba de Coa. E com aquellas condi
ciones, que dizem em los priuilegios que vos tencdes de como vos fuerõ da
dos etes logares E nos Doña Margarita, e D. Sancho de fuo dichos veyendo,
e cntendiendo icſte cambio cs grande nueſtra proo,è q nosfazedesy ſenhor
- - gracia,
329
gracia, é mcrced por Galiteo,è por Granada,é por Miranda de fuo dichos,
qvos a nos dades afi como dicho es, damos a vos em cambio las villas, é los
caſticllos de Sabugal, è de Alfayates, è de Villar mayor,è de Caſtielbueno, è
de Almcida, è de CaſtielRodrigo, é de Cafticl mcllor, e de Monforte,& dc to
dos los otros herdamientos, e logares que nos auemos cm Riba de Coa, afi
como obredicho es com todos fus terminos, e com todos fus derechos, e
com todas fus pcrtinencias, que los ajades, è fagades dcllos toda vuetra liure
voluntad, afi como de los vuetros heredamientos proprios. E mandamos, e
otorgamos, que fi algunos priuilegios, o cartas, o ctromientos parecierem
fobré fecho dcftas Villas, è caftiellos, é logares de Riba de Coa dc fufo di
chos, que faguam por nos que no valam, ni tengam, ni mos podamos ayudar
dellas en ningum tiempo. Erenunciamoslas defde aqui adelante, è promete
mos a buena fe, & juramos fobre los Santos Euangelios, obre los quales po
ncmos nueftras manos, que nunqua vengamos contra etas cofas de fufo di
chas, ni contra ninguna dellas por nos, ni por otro en ninguna manera. E
porque eto fea mas firme, & mas ctable, & que nompucda venir cm dubda.
Nos Rey Dom Fernando,& Doña Margarita, & Dom Sancho de fufo dichos
mãdamos fazer defto dos cartas em hum tenor,tal lavna, como la otra fcci -,
lada com muetros feellos colguados em tetemonio de verdad. De las qua
les cartas yo elRcy Dom Fernando deuo tencr la vma, & vos Doña Margari
ta, & Dom Sancho la otra. Dada em C, amora veinte e ocho dias de Agoto
Era de mil e trezientos é treinta e cinco annos. Metre Gonçalo Abaad de
Aruas la mando fazer por mandado delRey, è del Infante Don Henrique fu
tio, e fu tutor. Yo Per Afonfo la fiz ecriuir en el año tiempo que clRey fo
bredicho regnò, Maetre Gonçalo. -
ES C RIT V R A xxxIV.
. . . . . . 330
Item à Albergaria da criaç5m de Coimbra cem libras. Irem mando a hum
caualciro que va por mim à Terra Santa dultra mar, & que cfté hi dous an
nos feruindo a Deos por minha alma tres mil libras, fe a Crufada for.E man -
do que etas tres mil libras dénas me is tetamentciros a loão Simom meu
Meirinho maior fe quizer, & poder alà ir por mi, fcnao děnas a outro que o
faça bem,& lcalmente.Item mando a quem cítè em Roma duas quarentenas,
& ande todalas cítaçoês por minha alma mil libras.Item as indulgencias que
dão os Papas, & os Patriarchas, & os Arcebifpos, & os Bifpos, & os outros
Prelados em meus Reynos, duas mil libras, & dênas mcus executores, & eto
como virem por mais prol de minha alma. Item mando para o dia de minha
fcpultura, & para o Sabado, & para os trinta dias, & pará o anno para aquel
las coufas que hiouuer mifter, quatro mil libras. Outro fi mando,que as def
pezas que ouuerem mifter por razão de meu tetamento,que as filhem meus
¢xecutörcs, ou excgutor do dito aucr. E mando quc fe pór ventura acharcm
por certo, que alguns herdamentos meu pay ouue fem razão, ou eu no meu
tempo, que meus executores os entreguem como virem que feja bem. E le
por ventura alguns foros por mcu padre, ou por mi forom britados, mando
que meus cxecutores os corregão,& tornem a feu bom eftado. Demais ven
do eu peça,& entendendo que auia de tomar guerra, &pentando que me não
podia parar a ella com honra minha, & dos da minha terra (em peça dauer,
catei quantos caminhos eu pude por tirar, & apanhar aucr, nom guardando
tanto o de Dcos, & o perigo de minha alma como eu deuera. E porque leuei
algum auer a perigo de minha alma, tiue por bem de por aquello de que me
eu membro, & que me eu fento, & que vejo que he para pagar afinadamente
em efte meu tetamento.Primeiramente conhoço,que leuci dauer como nom
deuera das montas que faziaõ os Iudeus,&os Chriftãos em rendar as minhas
oucenças, & algüas minhas herdades, & quanto melas montauão, nom era
pelo valerem as rendas que rendauam, mais por ganharem nas arrendas que
his eu fazia com o meu auer, ganhando elles com ele as vfuras. Outrofile
uei algum auer como nom deuera de algüas Alcaidarias de minha terra, que
mi rendarão alguns Alcaides, mais cà elas valião a fiança de leuarem mais
contra foro, & contra direito, & per premha das Alcaidárias.Outro fi conho
co, que fazendo eu guerra fora de minha terra. leuci auer dos confelhos de
minha terra mais ca nom deuera. Outro fi fazendo eu guerrs ao fenhorio de
Catella por mar,&por terra,querendo,& mandando que a fezeffem os meus,
fizerão muita malfeitoria, tambem eu come elles ouuemos do alheo por rou
ba, & por malfeitoria, peça de auer de muitos mefquinhos, que nom auiam
culpa na guerra. Outrofi conhoço, que pugi contra direito, & contra foro, &
contra cotume de minha tcrra potura que leuaffe dos meus Taballiaés de
todo o meu fenhorio o terço do que elles ganhaíTem, & ouue ende peça de
aucr come nom deuia, & por cftas malfeitorias, & auer de que me nembrei
que leuara como nom deuera, & pelas outras de que me eu nom nembro que
fom muitas, & por muitos pefares que eu fiz a Deos, mando que pagadas as
coufas todas, que fom em meu tetamento, affi como ele he contheudo,
| fnando que todo o al que ficar,quos meus teftamcntciros corregam,& emé
| dem ós dannos, & as perdas que acharcm cm verdade que foron feitas por
mi, & pelos meus, afiem ofenhorio de Leom, come em o meu, & todo o al
que ficar dêno por mºinha alma em os ditos Reynos, que Deos perdoc3. mi,
-. 4OS
& aos quchi forom. E mando cftc aucr que ficar,que fe dé naqucfta mancira.
O terço dem em cimola a pobres vergonhofos, & a outros pobres nos loga
res huelles virem que faz mais meter, & do outro terço façom por todo meu
Reyno pelas Ordês,& pelas Igrejas cantar Mifas fobre altar as mais que pu
dercm,&rnais acinha. E do outro terço dem a refazer logares,& catas de mer
cc, de hofpitaes, de albergarias, & de gafos, & de qual cafa quer de merce, &
para obras de pontes caidas, & de Moteiros, & de Igrejas pobres. E porque
não he meu cntendimento de lcuar nimigalha dos Tabaliados, mais de re
uogar o que em cíto figi por razom que attendia aguctra,desfaço, &rcuogo
a pétura que fobre cíto puzi de leuar o terço dos Taballioês, & mando a
meu filho, & a todolos Reys quc dcfpois mi vicrcm, quc nom colhão efto a
foro, nem a cotume, que culcuci por razom de guerra, e fe o puzefcm, ou
quizcífem lcuar, ajão a minha ណ្ណ &a de Dcos,& Deos lhe lodcman
de. E rogo,& mañdo ao Arcebifpo, & a cada hum Bifpo de minha terra, que
aisi lhe lódigão, & façaõ ter, &guardar. Efe por ventura todo o meu the
fouro, & auer mouelfofe defpcfo, ou foffe tão pouco,que fenom podefe pa
gar meu tetamento, quero, & mando que fe pagucm, cumprão, & corregão
todalas coufas, affi come cm efte meu tcftamcnto he conthcudo, pclas rcn
das de Lisboa, & de Santarem, & de feus termos. E mando a meu filho, ou a
aquel que depois mi reinar pela beiçom de Deos, & minha,&sò pena de mal
diçom de Dcos,& minha, que fe o meu thcfouro, ou o meu mouc tanto nom
for porque fc pague cíto que eu de fufo mando tomar em meu tetamento, q
elle que as paguëlogo da primeira mocda quc lhi dcrcm dos feus Reynos, afii
como hecotumado de a darem aos Reys quando começão a reinar, & das
primeiras rendas que fairem de Lisboa, & de Santarem, as quaes afsino para
aqucfto, & mando a mcus tcftamenteiros que as tomem, & mando a meu fi
lho, ou a qualquer Rey, que depois mim reinar por a minha beiçom, que as
nom embargue; o que as embargar, ou cmbargar o meu tetamento por al
güa maneira, aja a minha maldiçom, & a de Deos para todo fempre, & feja
condenado com Iudas o traidor em fundo do Inferno; & por tal que feja cõ
prido cfte mcu teftamento Rogo ao Papa,& pcçolhc por mercc,porque cllc
hc theudo de fazer cumprir a vontade dos mortos, & manter, & cumprirju
fuça, que ele por sà autoridade faça cumprir cíte meu tetamento por todo.
E cu como filho obediente da Igreja entendendo q deuo feruir à Santa Igreja,
mando ao Papa, & aos Cardeacs duzentos marcos de prata, que cllcs fejão
nembrados detc meu tetamento para fazello cumprir, & de rogar a Deos
por minha alma. E faço meus cxecutores dete meu tetamento à Rainha Do
na Ifabel minha mulher, &]Dom Martim Pires Arcebifpo de Braga,& Dom
João Martins Bifpo de Lisboa, & D.Metre Pedro Bifpo de Coimbra,& Ioão
Simom Meirinho mór de minha cafa, & Dom Pedro Nunes Abbade de Al
cobaça, & Frei Miguel da Ordem dos Meores meu Confeflor. E mando que
clles todos cm fembra paguem efte meu tetamento, afi come aqui he efcriº
to;&fe por ventura algum, ou alguns detes meus tetamenteiros morrerem
ou nom poderem, ou nom forem em minha terra, mando que os que ficarê,,
ou o que ficar poffa, ou pofaõ fazer cumprir por fy, & o que for feito por
elles,ou por elle valha afsicome fe o todos fezeffem cm fembra.E etes meus
cxccutores, ºu exccutor que efte meu teftamento ouucr de comprir, mando
que fenom de recado, nem conto a ningucm, cà tanta he a fiufa que cu 還
C\l€S
3 3D Í
elles ci cm todos,& cm cada hum delles, que nom qücro que fejaõ tcudos a
dar recado, nem conta a outrem. Em teftemunho deta coufa mandei fazer
cíta carta feellada de meu fello de chumbo,& des que eu morrer mando, que
a dem logo a meus tetamenteiros, que a tenhão, & obrem por ella. Dada
º Santarem 8. dias de Abril. ElRey o mandou. Martim Märtins a fez Era
dc 1337. -
E SCR I T V RA XxxV.
Que he hum codicilho ao tetamento del Rey D.Dinis,que fe acha
rà no liuro 4 dos direitos Reaes já citado, & confirma o que fe
diz nos mefmos Cap. 5o.& 51.do liuro 17: -
ម៉្លេះ វ្នំ i
-
".
† : { *: . . . . . . ت. د : ن خـ
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:- ...". - " -
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. *. *.* . . . .. . . EscRI. -
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-- - - - - - - - - - - - - - 3.32
, ES C R I T V R A XXXV I. * ~ *
Que he húa troca que elRey D.Dinis fz com D.Ioão Fernandes de Lima
pela villa de Portel,da 驚
ſeacha o original na gueta dos cõtratos,
& o treslado no Iiuro 3. defte Rey fol. 14 Serue para o
†গ্ে . . . . Cap. 59.do liuroiz. . . . . . . . . .
કે ఫ్గNè Om Dinis pela graçade Dcos Rey de ಶ್ಗ do Algarue. A quãos
º 版 cíta carta virem faço faber que eu fiz efgaimbo com lohao Fernádcs de
င္ဆိုႏိုင္ငံန္တိ
Lima,& cõ Maria Ânessa molher em cíta maneira.Os ditos (ohão Fer
0 nandes, & Maria Anes sà molher daô a mim o Catello,& a Villa,&o fc
Tnhorio de Portel comtodos feus dereitos,&sás pertenças,& com as azer
-
nhas Dodyana, & com o herdamento que haõ em termo Deuora, que he junto com
Montege trigo, Eu por eftas coufas fôbreditas dou a elles as inhas villas de Euora
monte8 de Mafiara com o padroadodela Eigreja de Maffara,& com a colhcita que
eu hy ei,& a inha terra de Aguiar de Neuha, que chamaó Voytorio, afi como aora
de mim tinha Dõ Iohão Fernandes com todos feus dereitos, & sàs pertenças, & cõ
todo ojus Real, que eu em efas villas, & logares fobreditos ey, & de dereito deuia
aucratii como hécõcheudo em duas cartas partidas por A, b, c, das quaes eu tenho
hüa,&cllosoutra. Eu tenho porbè, & outorgo, que fe os ditos Iohaõ Fernandes, &
Maria Anes quizerem demandar D. Pedre Anes Portel por razom departiçom dos
bens que forom de D.Iohaõ de Auoim, & de D. Maria,&paffar perjuizo da inha Cor
te que o dito Pedre Anes aja de dar a partiçom as coufas q ouue de Dom lohao de
Auoim,que cfe D.Pedro receba para partiçom aquelosherdamentos,que cu dou em
ecaimbo por Portel,& por feu termo polas coufas febreditas. Efe efe D. Pedre Anes
refertar, quenom quer tomar a partiçõ efeslogares (obreditos, fenom que aquer
tomarcm Portel,qeu qucalongue ende o dito Dó Pedre Âncs.E fe cndc non pòder
partir,que cu que Ihis dè a partiçom o caftello,& a villa de Portel cõ feu termo,en
tregando elles a mim compridamente effas yillas, & effes logares com feus herda
mentos,afsicomo lhos eu mandei entregar. E como os elles de mim receberom, &
fazerem a mim menagem defe Catello,afsicomo aora o eu tenho.Em tetemüyode
{to dei a elles eta carta. Dante em Santarem feis dias de laneiro. ElRey o mandou.
Hoão Dominguesa fez. Era MCCCXXXIX annos. * -->
- . نه ة. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . - - - -
-- - -
-
fos,& mandcicatar Fernão Gomes para lhi comprareffe logo, & nom no acharom,
& mandei por o Comendador de Santantoninho,& mandei dizer as Donas de S.Do
mingos,ĝvendcfsè o feu dircitodeffe oliual,& o Comèdador,& as Donas inuiarõme
dizer,4 lhis prazia de o venderê;& porqFernam Gomes nom hera em Santaré, nem
em feu termho,&porq o cófelho nom podia cícufar efe logar para morare cfcs ga
fos, per razom de partir taõ grande dano,& taõ grande perda come fefeguia à Villa
de moraré efes gafos hu ante morauão. Tiui por bé de inuiar hy Fr Lopo Rodrigues
dc Eluas,& Fr.M.Carualhofa frades Pregadores,& Fr.Iohaõ Martins,Doutor dos Fra
des Mcores de Santarê, & Fr. Pcdro Bernaldis Frades Mcorcs, & Roy Paes Bugalho
meu vaffalo,& Ioane Anes Cota cidadão de Santarê,q eles foífem a cfe campo, &
a cſſe oliual de ſuſo ditos,& chamaſsé algüs homès boös,& q apreçaſsé eſſe cäpo,&
effeoliual be,& direitamente quanto podia valer fegundo Deos,& sàs almas,&efes
dc fufo ditos mi diíferom,q clles apreçarõ cfTe oliual do Comendador,& das Donas
de fufo ditas,q era bê cõprado de lx.libras,& o campo de Fernão Gomes,q foi oliual
como vem àa carreira per aquelles logares perhuelles deuifarom,q era bê côprado
de cento, & fincocnta libras,& afsi a monta em todo o preço aqelles aprcçarõefes
logares duzentas & dez libras per todo conte;& eu tenho por bê de dar cfes dinhei
ros ao dito Comendador,& às ditas Donas, & ao dito Fernão Gomes, & a cada hum
fegundo como o apreçarom. E eu dou efe logar aos ditos gafos porinha alma para
todofempre, & mando,& defendo que nengum nom va contra efto. Em tcítemunho
deto dei ao dito Confelho de Santarem eftainha carta Dante em Santarem xxviij.
dias de Dezembro.ElRey o mandou. Afonfo Peres a fez.E.de M.CCC.XL. annos. "
E S C R ITVR A xxxv 1 I I. ' .
§233 Gon/alui de vno molendino de Turribus nouis, quifuit de Petro Pereira, ficut
**ềàỄ*à diưiachat cũ D5na Maria, & Durando % & cigalijs molendinis in ter
ruino de Qurem, qui vocantur de Stephano Welio,& de vno meo regalengo. quod habeo in ter
nnimo de 0urem, quodvocatur:: tibi.& vxori tuæ prædiäios molendinos, & re
ga%ngú,&/icut eos habeo,& habere debeo cü totis fui$pertinentjs, proferuitio quod mihifé
diffi,& amiffi propter me quantù m Leirena habüiffi,habeas cü ipfos molendinjs,& regaìn
gí, & oJinijpo/leritas tua êunéiis tëporibus feculorü.Et fi aliqui;7omo venerit tah ex parte
mea quâ extransa, qui hocfaélú meüirripere voluerit,quantü quæfierit,tantú in duplo cöpo
-nat.& domino terræ mille marabitinos, faäa carta donationi$teriioAonas septembris.EM.
cc LXXX/1/4, Egº Regina o M predicia hane carta roboro, es confirme. Quiprefentes fue
• runt 01aacus Lupi de Sakea%,Sancius lupus, Garcia Sancjj, Martimo Figueiroo. D.Silue/ler
, Capellani«s Domime Reginæ, Petrus Abbas caneellarius eiufdem, sanciuîPetri,ortio orti*,
/oannes Garcie, Ioannes Dominici, Martim Gutierres iudex de 0urem. D.Mattheus, Joannes
Miehuel, Dominicus Pelagij, Dominicus Petri, Petrus Petri, Petrus aé fefla, & Goryaluus
Plagi qui tunc erant Maiordomi de Ourem.Domnus Egidius præsbiter, Mart.de Deo.'one
ortis4gi tunc erat praetor ae 0urem Martinus notauit. £t vi prædita donatio maiorem o}-
aheatjirmitaten, dedi ei in teſtimonioiſtammeam eart3aperäiſgillowed communitam.' ..
* FIM DAS ESCRITVRAS DESTÉ vóivME. *
INDEx
DAS COV SAS
PRINCIP AES OVE
SE TRATAM NESTA Q VIN
ta parte da Monarchia Luſitana. Onu
mero 1, he das folhas, & as letras i
A.B.C.D.fignificão as colunas; …
quando fenão aponta mais
|| | | Č o primeiro numero, …
- - , conté o qfe trata em , , , , , ………
toda a folha. .
• *
CA.
pw has mãosf armaucaualeiro nº
Zlade era º mºfinº, que confº/
A *JAlbades de.Akola;afâ5 Ef.
ſor. 73. . . .. . . .... . . .
Igreja (athedral de Camara,cº da
quifeprowaferindependétedbi steys
-
Iſabel
e deta quinta parte.
Iſabel tinha μorgio no mofriro de mingºs de Lisboa, dº confilhº dela
-Xéancellos entre os Kicos komens. - Rey. II. A. - -
68. B.
J4goas santas, era mºfleiro de Religio
Zºom Afon/% de Lacerda herdeiro dos faş da Ordem do Santo Spalthro.
Хеупо; de (fiella não admitido á 1 54. B. Zepcisfeencorporou na
ſucceſſag aklle. 8. Β. Κειοννεο de 3alta, de que hoje he Comenda.
a elRey de Aragão Zºom Pedro, дие * 153. B. . . . ... . . .
o retene injuſtamente. 40. C. D. ¿Aguiar, mofleiro de Religiofo; à: ೨.Áa
ElRey Zºom Sancho lhe prometteo º * Zernardo em Portugal, em que an
Keyno de Xurcia, pºrque defi/e º nº º fundou ElRey Zºom Afonfº
do titulo de Rey de Catella, co. дие # Henriquez, 141. C. O mº/mº
ouue nífio. 13%. B. Fez liga com Rey lhe deu carta de couto.B.
, alguns Principes contra feu tio el … Têm huma Imagem de nº/* Senho
Zey Zom Sancho. 237. A. Foi s ra, quefaz muitºs milagreż. B. Os
jurado em Sahagum Key de (afiel Reys de Leão lhe fizerão algumas
ſa, Toledo, (ordoua, & Iaem. doa;#s. C. D. zonde felhederi
-
237. C. - -
º uou º nome. D. Quem foι oprimei
-
foi cafado, &' que familias defcen º bem fºr filiação de ºcoreruela.
dem delle. 102. A. B. ZDew á ** 242.B. „»: { ---
sº de Tºledo of coffellos de Zos Her : Zoin J4ymerico. 2/ρο de6imkr« dom
manos, 9 Xala moneda, grporque de era natural, & de que familia,
reſpetto. Io 3. A. … quando morreo, é onde foi/pol
Fra_Afonfº Kodrigues da Ordem dos ºs rado. 235.Á. Foi Adeffre delRey
Xenores, cujo filho era. Foi tfia -* ZO.Zimis. B. * * * * * *
, menteiro de:/йаfobrinha 4. (omdef/a D.ε.4γνε; foi oprimeiro Prior da Or
ZDona Leonor Afom/o, irmäa del dem ao Hºſpitalem Portugal,& Ca
º Keyžom Z)inis. I 2 I.B. E Coar ” htевяетфие гетро.47 В.
dião do Conuentº de Lisboa. C. JAlbergaria da porta da Afamarma
Teflamenteiro do marido de Zona em Santarem, quem a inflituio.
. ... Zataca. 234. B. E de Zona Con - Anda nos Ci/condes, comº morgº
#ança.270.C. ...'' d,74.Α. º, --
- - - ----- 2 fenhorio
Index das coufas principaes
Jenhorio temporal della.54. A. El. dra, o benzgo o frio. He filia,ão
Rey Zom Zinis lhe confirmou º fo de Claraual. A primeira Abbade
ral. 53. D. Laurou paçºs dentrº ça dele. Zºão/e outras nºtícias rº
do Caftello. LAtè que tempoſe con cantes a fia/ua primeirafunda,ão.
v
/eruou na Coroa. Quem a pojuio 15o.C.D. 151. A.B.
, até que Zom leão o Segundo a deu Zem Alon/%2eres de Cu/mão, quepa
a Z). Henrique Henriques, em cuja rente/cos tinha nºfie Keyno. 213.
ce/a anda. 54.B.C. C. Zefendeo o cerco de 7arfa con
Altaforados padroeiros do.2(ofteiro de tra o Infante zom ſoio de Caſtella.
20telo da Ordem de Sam Zento. 214. A. Sofreo que lhe mata/em
биатоtrека, с ата 34. С. por efe repeitº º filho. 2 13. D.
D.*.*.*, * -
ElRey Zºom Sancho o brauo lhe deu
Alcaides móres fechamauão Pretores. o titulo de, Bueno, nele fundou a
143.B.C. Que juri/dição tinhãº. excellentiſsima caſa de 2tedina Si
ibidem. . . T-, • - - donia. 214. A.B. -
-
C&hººlhelanºn aprimeirape 271,B,C...º
.. . . . . * ... ."
* - --
** - .*** *.º- a - *
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v sº ', * . .
defta quintaparte. ..
Z). Amada freira da Ordem do 7em txòt##4 heranz« do yllime pyf•ldw. º
-Anuáua era ºferuiçº que f fazia nas Auogado que titulo era. 268 D.
cauas, 69 muralhas dos cafellos, é"
em fua reforma,ão. 57.B. " -º-, . . . . 2,
Lºpofiolgos fe chamadaõ os ?apas, @jº
сот фие razão. 148. B. * . * I , Adaioz era da conquiſta de Por
-Aragão appellido de hûa familia difle tugal. 16.D. 1.
a Zaquade. 263. С. , , ,
JArmada./ahião de Coimbrapel.»ã- Zarcelona (cabeça de Catalunha) que
dego. 22. B. :: * : correſpondencias teue com Portugal.
Jºrmas dos (gominhof.232. C.
Armaf da cidade do ?orto. 3. A. ' Bargançapreuffer d 4%rito, oſé
Armas da vila de 3á-lo. 216.C. … nhoria de Portugal. Io8. D. Iog.
Armas dos Alsafarador. 34.D. º. A.B.(amo entrou mºfía coroa. 11o.
Αrmardo, Farińhas. 88.D. . . . - A. Atè tempo andau nella.
Armas dos Lobatos. 229.B. I
Que# ate que el
Armas des Pegados.293.A. Rºy Z. Afonfº Quintoa deu em 3u
Arm4] do*-Xčad#ir«*. 16*.A. . . . : quado atè ºpreſente. B. . -
, irmão delRey Dom Dinis com quem Cº/ams Rey dos 7artaros com qué ca
себи. 281. В. Jah. Seguis a lei de Christo, es procu
... roulurar a 7èrra Santa. Para 1/3
- 2. mandou chamar os caualeiros do ??.
.
- * #4 caualeiros,
Index das coufas principaes
cavaleiros, 64ие соц/a era caшale Zº. Confiançajilhaprimeira, రూ legiti
ria. D. ma delRey Z). Zinis, quando naceo.
Cerueiras de quem defendem, & aon 172. A. Sua ayafo 2. Zetaç4.
detemſeuſolar.28o.C. 173: Ca/ou com el&ey Z). Ferrando
Ceares donde deriuarão o appellido. de Coſtella. 299 A. -
μrcξβιο
*----
… deta quinta parte.
terceſſað de S.Zinis. 225.C. Reyno empaz.com ºs หยfhbor, 40,
ElÃey Z).Zinis naceo em dia de S. Zio- "A. Que parentefco tinha com
nº Areopagita. Algumas Igrejas º elRey de França Felippe, é com os
-
fundou depois a honra defie Santo, Lacerdas filhos do lnfante Z). Fer
2. Poi oprimeiro que na cºfa &eal mando de (afella.41. C. Que Pre
teue fie nome, é por/eurº/peito/e º lados aula então no Reyno. 41.42.
º introduzio no do/cendentes. 3: 2. 43. Que ordens militares. 44: B.
ºua patria foi Lisboa, 6” nela foi . zºafe notícia dos Ricºs homens, cº
- dº/pois leuantadopor Key.D. Quem ..", minfiro; del Rey. jo. Que razpēs
i fotfaa ama depeito. 4. A. B. º teuepara tirar do geuernº do Reyna
Quem º bautizºu. B. Quem foi/eu º afua mã, a Rainha Zona Zrtes.
padrinho.C. Seus ºyos.5.A.2tan- -º 52. A. Confirmou os priuilegios do
dou traduzir em lingua Portugue/2 tºmºteiro de Zouro. 5 r. D. Zeu à Se
varios luros.6.C.Compos hum can- º de Tºyopadroado da Igreja de -4-
cioneiro em lauuar de Nº/a Senho- - º rega,º porque refeito 52.C. Иi
ra. D. Sendo de tres annos lhe lar- - - ftou as Comarcas do ?eyno. 53 54.
| gou/euau, 9om Afonfo Sabio oyo- º zete afua irmãa a Infanta Zona
-
frućło de Žeeyno da Agarue, c9 com Žranca 4 quinta de 2tan/apάο. 55.
. . que obriga,âo. Ze quatro annos & … C. (onfirmou ao abbade de (edo
meiºpº/ou a Seuilha, é fºlhere- º feita "priuilegiº defeu couto.56.D.
metio atalobrigação.7.C. O moti- ** Zeu varios foraes. 57.B. Em фие
| voque ouue. 1o.C.D.34rafº que · anno mandou Embaixadores a Ara
, оргото диe deи аjeи вибпаoyoi gão para tratarem feucºfamento,cº
, ºbrigatorio/enão voluntário 15.C. º quemforão. #9. A. Em que anno
... Ouira vezpaºoua (fiella como ar- … poffolia, Alentejopara impedir, que '
, buropara cºmpor as duvidas entre feuirmão Zºom Afonfo n㺠mura/-
Zom/aime Key de Aragão, é ZW º fêa villa de ciaº 61.B. Embaixa
. : Аfºjo Sabia/ём ашёл і С. Naa dre de-Aragºа, фиеyierža arati
fல் armado caualeiroporelle. 12.ate ficar o ca/amento,é quem erão. C.
...74. Foioprimeirofilho de &ey, que - Elles, «» o hyante zjom Sancho de
em Portugalfe chamou primºgenito, - (a/tella compº/erão então a elRey
…gºfilhº herdeiro. 18. A. Zafeara- … cemfeu irmão. C.D. Em que modº
: 2 xão. I9.A.B.C. Fez.nelle S. Frey … fé compuferão 62. A. Zeu procu
* Gilbum milagre.27. A. Foi ºpri- … ração aos/eus Embaixadores para º
. meiº quefendº Infante true ca/2, … receberem com a Rainha Santº.63.
... 6 de que idade.28.A. B.Z)4/? hãa . B. C.Em que tempo celebrarão elles
s Alfa dos fidalgas 4ие ്ntr് afr- ' ' orecebimento nos ра;о: de žarcelo
…uilo.29.D.3o.A. Em que tempo \ma.64.B. Em 7ranquo/grecebeu º
** começºu a Égnar 37. B. Achou º # > mºfinº Rºya Rainha Santa em dia
*
A. : :"...} - de Sãº
Index das couſas principaes
de São João Zuptfia. 66.A. Ꮴ☾ á Coarda,6" com que occaſio.7irou
tou'Alemtejo,6* Algarue, zo, 71. o gouerno daquella Cidade ao Infan
Tratou de compo4;&, com o efiado , tězom.Afonfo, dandolhe o de ou
Eccle/afico. 71. Em que tempo as tras em troca.C. Dà licença para
cõcluio.72.B.2ádou bu/carminas 4иеpude/em herdaras Religioſas de
neffe Zeyno.79. Reugou as merces S.Domingºs de Santarem.127.D.
inofficio/as que tinhafeito. 87. C. Cercou em Arronches afeu irmão
Compos huns bandos que ouuefobre Dom Afon/0.128.D. Dέβοι, {& c3
•/enborio de Coes. 88.D. Na Sé de pos com ele, é porque meios. 13o.
Lisboa ordenou exéquias ºfeu au". A. Fez compolição com os parentes
96. A. Atandou Embaixadores có do Conde D. Gonçalo Carcia de Sou
ºpºfame a/ua mã), # */eus tios. fa napretenção de/eus bens. 134.C.
Óutros a elRey Zom Sancho.|96. Trocou cóa Ordem de Santiagº al
A. Trata de fabelecer º direito que guas villas, e caſtellospella villa de
tinha ao Reyno do Algarue, 6 por Almada. Fezlhe tamhem вращай de
дие саија. 99. Ioo, оп. 2ali caſtello, 6 villa de Cacela. 138.C.
cença para/e fundar º mºleirº de D. Trocou a villa de..ºtofrapela de
S.Domingºs de Euara. 1o3.B. Fez v Portel. 144. B. Fez compºfias com
bãa camp fan cam apeue àe/ished. vs Eccleſ affices. 14;.C.D. Deu li
1o4.B.C. Encorporou na coroa o - . . cemga ao mo6eiro de Almofterpara
padroado da Igreja des...xaguelde herdar.151. A. Socorreo com gente
_ · Cunha. 1o6.A...?(andoupouoar a a elRey Dom Sancho. 155.D.3tam
villa de Paredes. 12.o, D. De Coim- -dou fazer inquiri,òżı das homras,&
bra pa/ou a Alentejº para reprimir º porque razaõ, 159. D. Deu algüas
&Jinηatctago", de/ги irmão contra Igrejas ao Zipo do Porto. 171. D.
elRey D. Sancho de Cotella, 123. Quantos filhos befardos teue.174.C.
A.B. Dº/psis de recolhido a Lisboa Fezlei que nd് herdaffem os Eccle
ardenou inquiriçºês gêraespara f¢ fasticos bens derais, es porque cau
fazerem algumas reflituições de fa (a. 187. B.C. Trata cº/amento de
zenda.123. B.C.?a/ou a Cºim /*a filha a hyanta D. Con#anga cố
brapor Alcobaça, é a Abbade da o Infante D. Fernando de Coella.
quelacº/, º agº/alhou em Alfeize 2o6.C. Faz concordatagèral comº
rão. Nele deu elRey à Rainha S2 os Eccleſíaſtico do Keyna zo9.C.
ta as colheitas de Sintra, ºr Porto Fez compº/gºs particuleres comal
de 2ťoz. 124.B. Estandoem Coim
- -
guns Ziſpos, & Cabidos. 2 o9. Di
bra lhe deu algüasterras, é cº/tel- 21o. A. , 2tandoufazer
- - o caſtello
los C. Concordou em Leiria ao Al ° de Tauiramo Algarue.zr,B, Trocou
caide mòr D.Pedre Annes com/ил - al ñas Igrejas ്ണു Ζίβο da Coar
irm㺠D. Marie 125.A.B. Pasta
--- ---
da Dom Frei lo㺠D. Fezgºerra a
' T Ca#ella
deta quinta parte.
(affellapor morte del@ey Zy.Sancho farafeu Rey, é por quem. O hi
em/auor do Infante Z). João, irmão fante Zom Henrique, tutør, 3 tið
do defunto.2oz.Restituioa »ciran delRey Zõ Fernando fêveio compor
della o termo de Zo.(hamoa, 21 3.A. cum elle, 231.A. Com Z), Fernando
· Fundou o modeiro de Odiuellas.218. Je vio em ciudad &odrigo,onde/éra
C. Pela deuação que tinha a S. Zi tificarão os concertos.B.C.?a/ou º
nis, lhe deu ainuocação do mºfino Alentejº, 6 deu foraes e Serpa,
Santo.1 19.C.D. Liurouo Zeos de 2toura,& Noudar.233.B. Qaf
hum y/o por intercestaõ de S. Luis braas tregoas con Clella, º entra
Zi/po de Tolo/a.218.D. ?ecebeo ou com exercito em fauer de 25 laime
trofauor do mefmo Santo, & man Zey de Aragãº,é de outros prerem
: deu fazerlhe húa capella no mofieira fores áquella Coroa. 237. D. Que
• de Saó Francißo de3eja. 2 19. A. сли/а teнeрar4i/. 236.D. 237.
Zeixoufinco Capeliês em Oduelas A. O que obrou nefajornada.238.
ton obrigaçao de 2aſſa 4uotidiana. А жуirвериета, фаша фrga
219.D.Z)eu a efíe mºfteiro os padroá Joamandar defafiar ael3g de Ca
dos das Igrejas de Santo Efeu㺠de Rela.B.C. Tocºu algüas/grejas có
…Alenqwer,é*$am /ulião de Santa * Ordem de-dcantará.237. C.
rem.224. C. E tambem lhe deu li | Fez/efenhor dos lugares deæiba de
cen;a para poder heràar. 22 5. B. • Coa. 238. D. Com quediretto os
.»tandou fazer a Kuanoua dº Life … accupuw.243.D. 244. zJaöß al
... kea. 1 2 8.D. ?a/ou com a (orte á … gumas noticias do que facedeo ntfíe
· cidade da Coarda;& com 4ие inten . . Reynoma occafão daquellasguerras
tos. Zeu à Infanta Z).Conſtanța/ma 245. Confirmou varios foraes,246.
filha «quinta de Cabe,ão. 229. A. B. Zeu pºr termº aº Confelho de
Fez a poucação de Saluaterra, de Eluas as caſtellos de Campo maior,
2agºs, & deu a Igreja Parechial Gr.Alualade, que nefas guerrasti
aº Zipo de Lisboa para/accº/ores. nhaganhado o mºfino Cºnfelho. D.
C. Em fus(orte/-julgºu, que º lu Legitimouosfilhos defeu irmão 25
anteZow loão era legitimoherdei „Afonf6. 249. B. ZDew epaéroado
ro dos Reynos de Leão,é (fiella,º dº greja de S. Dinis de Vila Keal
· mandouintimar ºfta/entença aospo aº moteirº de Pºmbeiro da Ordem
vºs do Reyno de Leão para que lhe denº/a Padre SaõZento, 25o.D.
-. ºbedeceem.D. Que тотин генера Pezalgüas merces á Ordens mili
ra ºff¬rtfolu,ão.Ž3o.A.Comyrou 4 t4res, 251.B.Confirmow.os eßatu
effe Infante a cidade de (ria,@rfeu tos da confraria de 2eja.252. D.
(afiello.B. Zefinida/entença mã Cºncede agãspriu legias aº mora
doupregoarguerra contra Caffella, dires de žiranda A. Celebra pa
C.Jindjunta agenfemãdou dife
------
ºf cewelRey Dan Fernandº, C.
Daſe
K
Index das coufas principaes
394/eo treslado da compo?;ão, 2 54. na (apellaÂtal de Sam %tiguel nos
B.255. Celebraófe os ca/amentos paçºs de Lisboa, 27o.D. O mitmº
.de/euflho Zom _4fan0 com * In ardenou na Capela de Sam Jºguel
fanta Z). 2rites de Coffella, cºfua da. Alcaçºua de Santarem. 271.A.
filha Zona Confiança com elRey 26 B. za me[ma/ortereformou a Ca
Fernando. 2 56.A. Que idade ti pela da Igreja de Santa%"riº do
nhão oi contrahenter. B. 2en car 'Campo, C. Confirma ao?rior da
ta de arras à Infanta Zona 3rites Ordem de Santa Maria de Koca de
fua mora. 259. A.B. 7òmapoffe de –Amador algãas merces.273.A. -
S.Felices de Calhegos,é mandoulhe Przte/ameto em Santarem,6 mã
fazer º cºfiello,quehoje tem. C. 7o daua/e enterrar em Alcoba,a,ºde
poſſe de Campo.?aior, 6: Ou
777.0%
clara que maquelle mfriro tinha
guela, é tambem de Oliuensº. D. , mandado fazer/ºpultura para 4,6%
Socorrea elkey de (ºſtella. 160. A. para a Rainha Santa label. 274.
JAlcançºpor trocado.}&tre de Sã D. Dá% outras notícias defe te
tiago avilla, es cofiello de Almada. flamento, 275. Foi cercar a(eu tr
C. Confirma aos muradores opriui m㺠2. Afon/% em Portalegre 28o
º legio, que tem dev%nhos de Lisbºa. …B. Confirmou esforos, é termos
261.A.B. A Kainha 2.3xaria, `do confelho de Cafiello de Vide, &
Zºom Fernanda/eufilho, 6 espouos recedeºlhepriulgie parague/empre
de Catella lhe pedem /κorro. 262. andaffe ná toroaIbiåem.TDeu car
- B.?affacomexercito atè Salaman ta depouoador da ºtata da Vºguei
ca. Confirma a ZDona Tereja Cilna ra º Xartim Lourençº de Ceruei
pº/edayilla de 3áourão. 264. B. ra, lhidem. Ifentou os moradores de
O Infantez).leão lhe mandou pedir a Segura da juri/dição da vila de Sal
(que ofaffenta/e no žeyno de galiza. | uaterra do Efremo,& cum que obri
265. D. Btgſraſe «καζάο com јие gação.281.D. Quanto tempo/ede
puderafazerſeſenhorde (…ſtella, ఈ teue no cerco de Portalegre, é quã
. Leão. 266. Trata de fauorecer a di entroua villa. 282. B. Comoſe
Zom leão, querendo compelo com a concluio efte cerco, 284.B.Encorpo
Zainha Zona 3ária, 6 feu filho reuapara/empre na caroa,фrnjie
2 Fernando. 267.C.D. Não te forºfe confervou. 272. C. Fez al
we efeitº, e voltou/e a Portugal. güas merces aos caualeiros das Or
268.A.2à a Rainha Santa Mabel dens militares, que lhe agitirão.
«quinta da Fandega da Fè, 269. | 283. B. C. D. Deu priuilegioaos
B. Cºnstituioua tutura de tresfilhos moradores de Serpa para matarem
- feus bailardos.C.D. Foi o primeiro caça,Cºa venderem. 284.B. Deu
զա: ordenoufe rezafem horas canº à Ordem de Áuis a Igreja ا عمسlه
-
піса, Фвине/2 Хаfа 4иotidiana canede.D. Træeristas en Palencia
--------
-♔ ' ’,CG翰
-- م۔--
deta quinta parte.
com a Rainha Zona Xaria de (a- B. 2áudºu o Hopital de São L4
ſka,jiz rä"pazes,69 concluirão os zero de Santarem para outro (tio
ca/amentos dos filhos. 285. A. B. vezinho á Armida de Santo .Am
Zeu licença para que algüas pe/oas tão. 3Oo. B.C.
btfeaffem mimeraes depedra hume. Zom Ziogo de Haro /e fez Senhor de
C. Fez. compoſçoes com feu irmão, Z/ayapor morte delAey Zoom San
eo quaesforão. 285. D. 286. A. cho de Calella. 228. D.
Zeu ofenhorio de Leiria à Rainha Z». Z>iego Xtomiz*áeffre de Santiago,
Santa. 286. B. Zeulhe a villa da que dema/asfez 14o.B.
-Arruda,que era da Ordem de San Zрот, quanto/?фтана, 2 33. В.
tiago. 287. D. E deu à Ordem a C
quinta de Orta Lagoa no termo de São Zomingos de 3antirá, Ermida
Santartm. 288. A. 7rocou com em Santarem da Ordem dos Prº
Zom João Fernandes de Lima al gadores. ElRey Zom loão o Priº
gumas vilas pela de Portel, é feu meiro concedeo aos ditos Padres, que
caſtello, de que era/enhor. A. Tro
tirafem do forca os enforcado nº
. ccu outras villas com o mefmo Zºom mº/mº dia, 73.A. -
*** * - -
”。丁,※
- brica,
Index das coufas principaes
fabrica.22 I.C. erão os -Abbades de -Alcobaç4.
Frei Zomingos Lourençº (uftodio dos 192. C.
J)tenores. 5o. D. . Efimºlºres menores erão monges de
Frei Zºomingos de Zeuelo Guardäa de .Alcobaça. 192. D. Que mudan
Lisboa, Ibid. gas ouue millo, atè que nºffe tempo
Frei Zomingos.»artins da Ordem de /e lhe refiruia.193.D. 194.
Santo.Agºffinho, Capellão da Kai 195. C.
nha D.2rites.28o.A. E/nºlºres móres delRey de Aragão
Donas/é chamauäogèralmente as Re erão os_Abbades de Poblet. 192.
ligiofas. 126. C.D. C.
zona ZDordia Cil-Abbadea de-Arau E/pinhelappellido. 92.C. -
299. D. . . . . . .
Efiados aonde o auia.163.D. Fernão Sanches filho bofiarão delRey
¿uora he hum arrabalde de Xarrocos, Zom Zinis com quem ca/ou. 175.
&porque/elhepo: %e nome. 162. C. Não teuefilhos. 176. A. Co
D. 163. A. º mor partio/ua fazendº. 175. D.
176. A. . . . . . . . ." .
F. zum Fernio Rodrigues de (atro deí
xou oferuiço delRey ZDom Fernam
F leiAjardos/aó 3 arques dos Ve
em (alela. 141.A.
do de (afiella. 268. B. Em que
-
tempo/ guio as partes delkey Z)om
Aarinhas, que defendem de ZD. Ana Zinis, cºporque refeitos, C.D.
ya, que armas tem, 6 donde toma Era Pertigueiro maior de Santia
rão o eppelido.88. D. Este em фи? go, cº no Reynº de Caliza ti
fe conferua hoje.89. A. » ", tinha grande /enhoriº. D. Fez.
Pauila filho delRey Zºom Pelayºfei guerra naquelle &eyno contra (a-
morropor hum ſo. 219. A. … Gella, é morreo em hum recontro,
Felippe o Ferm% Key de França foi tendo cercado 3íonforte º Infante
mortoporhumjauali. 2 19.B. - Zam Filippe , іrтáо delKey Zom
Felippe ºutro Ko de França, quando Fernando. 268. B. Com quem era
... morreo, 2 de que, & quem deixou | aparentado njie Zeyno. C.” “…
por/acceſſor. 112. C. O Infante Fernão Furtado em que tempo, é com
ZDom Felippe filho delRey Zºom San ... que occagão pafiou a efíe Zeyno.
... cho o Zarauo, foi ?ertigueiro mór Com quem cafou, é que filhos te
de Santiago. 269. A. ue. He tronco de todos os Furtaº
Fermo/lhes erão osfenhores de Fermo des, & 2íenda;ºs defe Reyno. :
º /elhe junto a Coimbra:36.A.B. Zoelle procedem. por femea os. 2Эи
ZDom Fernando-4yres Ži pode Тиу. s ques de Aueirº em Pºrtugal, º
- 52.C. . . . . N
do Infantado em Cytella. 34a D.
- മ് Fernando Quarto Rey de Cella *35; - sº -
… S. u …‘s`\‘°.
ਾਂ
… por morte defeupay Zºom Sancha de Fernão Paes era Portugues, cº (2-
que idade ficou.Quando foi dipen/a- mºmdador má« devłl&4r4.ºśe
º da o calantento de/eurpays.2 27.С . guio aspartes delR¢y;zom »#ŵn
... Foi juradopor Rey em Tºledo. 228. ºf Sabio contrafia filho Zºº-dan
A. Alcançºu djem/ação para fé cha, & veio afer.htgêreak mºfm4
rெ_2த8.B. ஆ: * Ordem.86.B. ; "> "ºx
*
- - -
---
tº
-
...
- -
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-
-
*
* * * * * ****
ʻ « ʼ * * * * *--- :: ::: ::: 淡來*. Εικά,
:* * :
*"... . .
Index das coufas principaes
£&rbżo Xemde; .o de Ã4g4m,4 com. گ ژ و.D.9 ..Felices
.sogdeehlaC 259
фиет са/и aprimeira ves o: C. Lanhe/2.2o9.A. Leírt4. 287
A. Os filhos defe matrimoniº não c..*irandela.171. D. º@urão.
264.D. Жtaura, 233. В. Nomão.
conferuarão o appelidº de Zºrgan
, ça,ſenio de Laedra, ou(hacim, º 1o7.D. Noudar.233.B. Oriola.
porque razão. B. C. Afegunda 7o.A.Ourique. I 57.B. Onguela.
. 262.B. Oliaença. Ibid. Pombal.
- mulherfai a Infanta Zona Sancha,
. irmåadel&ey 2ew JAfon@ Henri 21.B.Saluaterra de Mºgos. 229.
ques. A. 2)ela não teus filhos.B. A. Serpa.133.B.Sabugal. 146.B.
¿en aos Templarias o catello de L?- Sufuj?.295.D. Villa noua de Fox
grciua, que ellepsuesº. A. Zºeº á (ca.28o.D.Villar mater,246.D.
ofantaſia mulberaterra de Zar zyıllarinho. 12 5.D. (Villafor. I 34.
ganja. C. . B. Vla noua.ibidem.Villa de Key.
Ficalho he humágranja, que teue con ... I 11.A.ZVilla Keal. 143.A.
" titulo de ozDuque de Villa Furtados,de quem defendem.34.D.
hermofa.84.C. - -
zvem Pradiguefoi jurada key de Sicilia
Fidalgºs de vingar quinhentº foldos e | depois quefeu irmão z./aime to
rão os de linhagem. Explicº/* #e “ три poſede Aragão,</fujientou
ponto de vingar: quinhentos fol com valer,298. A.
dos.78. A. . . . * -- . Francefes vierão a efe Reynº/eruir nas
Fidalgas Portugueſes, quandº n㺠ti. uerras contra Xteuros mo tempo
.nhã"guerra em Portugal, hão aju delRey ZD.Sancho Primeiro.Em que
dar #. *ヘー s terras os acomodoupara aspouoar?.
Filhos bufardos das Reys confirmºu㺠* Ioo.C.D.
amas •£rituras entre os &icos hom?s. Francos appellido, parentes da mấy do
- 38. C. -' . . . … Conde?..?edro de Zarcelos.179.B.
Ailhoprimriraherdeirw. 18.A. . .
Fonte de San Luis junto a Zeja rehen --. G. . ...
…ou milagrº/amente nº lugar aonde Ꮐ -40ão de Fox Portugues que foi,
* … elRey Zºom Zimis failure day/fo. J & que efcritas deixou.6.D. -
, 2 ...․.․․․․........․․..........D.م2 0Santo Z Fr.Garcia .*fartins Cºmen
Foras das Alcaçonas. 53. D. Ze Al dador de Leia fºi Prior da Orden
- uitv. 5 I.D. Ze Aljezur. 57. B. . *. do///pitalde S.João;&rd/pois pro
de Arouse. 1oz. A. Ze Alter de º muuido agrão (omendador de Epa
than, 213B. Ze-Almeida. 246. (^ nha. 47. D. F*&cºmpaâiãa cam o
-- B. Cacela. 57.B.. Cafiro.?farim. 2/po de Lisbo«zom Irā,tartins
º, 57.D.(aininha. 96. B. (aftel&o- & de Saalhuis. 296.D. º
Cil Paes. Alcaide mór de Torres nouasZº. Congalo Codrigues Cirão Jºffre de
Jofreo que lhe matafem;hã filhºpor Santiago veio dar obediencia a eläey .
não entregar o cafello.214.A. i 2.Zini:.gue aba,défezaoconuen
to de Santos.48.
------
A. y
Cil.ºtartins de Să deu ao modeiro de
Santo Tyrfo da Ordem de S. Zento Gonçalo de Sá, 4иероиоои а yilade
º padroado de Santiago de Zurgaes. Xtello donde tra natural. Nio dei
- 117. C. : ". . . . . . . 'xou dº/@endencia. 2 1 9.A.
oil artins/nhor de Almendra..24o: Conçalo Vº/ques cujo filho era, e com
| C. Confirma o foral de Plazºncia. quem cº/ou.Foi legitimadopor elRey
5.o. D. - ぶ。 *。
Z».Zinis. 110.B. . . . .
ClNunes cujo filho era,que de/cenden Conçalo Pires Ribeirº legitimado pelo
tes teue. 33.D. · mefmo &ey, cujofilho era. ¿o8. C.
Fr. Ciraldo Zomingues da Ordem dos O (onde Zºom Congalo Garcia de Souſa
Pregadores, juiz arbitro por elRey - ¿Aferes mor del@ey Z31Minis.5o. "
Z). Afonſo Terceiro. 54. A. *C.75.22.90.C. ~
※※3 Haros,
Indexdas coufas principaes
Lisboa,272, B.
н. Huelgas de 2urgos mfieiro de {eligio
ſas de Gſierdoſe delle hia breueno
JAros, os da familia porque ticia. 117.C. atè I 19. - 4
brigação lhe impu/erão pela morte de Frei Hugo Prior de mºeira de Sº/a da
Santo Thomas de(antuaria.277.A. Ordem de Santa Ataria de Kºca de
O Infantez). Henrique de Portugalin JAmador.273. A.
ſituto a cadeira de Prima de Theo
logia na Vniuerdade, 6 com que I.
τοndigo". 167. A.
O Infante Z.Henrique de cafela q് 2. T-Mine Segund, Key de-Aragão
io, annos efleueprezo. 127. D. Fai Lc4/ºu com Z). Iſabelfilha delRey
eleito em (ortes por tutor delRey 2. ZD. Sancho de (atella,2 c6.C.O?a
Fernando de(afiella, @ Cuarda de pa annullouse matrimonio, 6 ca
feus Reynos. Leioa Pºrtugal tratar foufegunda vez com Zona 3ranca
compohjofз com elKey 2D.ZDinis.23 1. álha delRey de Napºles.207.B. Fez
A.?eáuzio o Infante Z).leão áobe liga com os oppo4tores aos Keynos de
dencia del Rey D. Fernando B. Que .Cafiella, 6-entrou com exercito con
terras lhe deu a Rainha 2.3taria. tra elite z Fernando. Queſacceſſo
268.A. teue.237.238. A.B.. ?or morte de
Anras que cou/a trão, como fe iniii feupay Z). Pedro ficou com o Reyno
tuião.157.C. atè 159.C. Quepre de Sicilia, & por morte de Afonf,
heminencias tinhão.158.C. Terceiroſaccedeo no Keyno de-Ara
Hopital de Santo Elo em Lisboa quem gão. 298.A. -
T Z.Zini,
deta quinta parte.
Z), Zinis, cuja filha era.285.C. , …abbade de Fonte_Arcada as her
Amfam.goas não erão filhas de Anfanta. dades que tinha em Chacim, cº/*
68. B. , , , -
termo. B. - -
O Papa Ioão 21. era natural de Lj/. o Infante D. João, irmão delRey Dºm
boa, foi Prior de Santa 3aaria de Sancho de Cotella achafe com elle
Guimaraês, Arcediago da Sè de2ra no cerco de Tarifa.x 1o.D. ?orque
..., ga, Arcebi/po eleito na mºfma Igre cauſaſ paſſaua Portugal. Ferguer
j4 chamauafe Attfire Pedro Julião. ra a Cºffella em companhia de D.
º 6o.B.C.Eraparente dos Rebolos. João.zfm/ de иlbujuerque^а-
: 1o 5. A.B. Tem Capella, 6% Ха/a quelle caſtello prende a D. loao Nu
quotidiana na Sé de Lisboa, aonde mes de Zara3 1.1.B.ElRey D. Di
tambem foi beneficiado.B. Foi 3áe nis o não confintio no Reyno.223.A.
, dico, & oprimeiro jue compos Logi Ра/ои аматoco, © coт ајиди
ca, a qual/elianas /colas de E/pa … do Key veio cercar Tarufa.B. 2íam
... nha. I 64.A. - -
àou matar barbaramente hum filhº
ElRey Z), Idão o Segundo de Portugal de Z). Alonfº Peres de Cufmão, que
em vida defeupay teue º governº de defendia apraga, é como não pode
... Cutnè, e» porque refeito. 27. D. leuala leuantou o cerco.z 14.A. No
Ordenou em Cortes miliciapaga. - cafello de C,amorayfou outra cruel
33. B. . . . . .. . .. ... dade.2 1 3.D. Por morte defeu ir
t
ElRey Z), Ioão o Terceiro foi requerido, mão elRey Z).Sancho,tomeu ഗl:്
A que reforma|e as fortalezas nafron tara,& Coria. Pediofauor a elRey
tara de (aſtella, இன் do -Algarue. Zb.Z)inis.229.C. Elle lhejulgou os
. 33 . م. د Reynos. D. (omoſe reduzio à obe
ElRey Dom João º IV. 34andou fun dienciado/obrinho elRey Z). Fernam
dar o moleiro de S. Clara de Coim do.2 3o.B. Zepois ganhou º cidade
braem outro (tio. 1o7.C. Retituto de Leão, eº # foi jurado por Rey
ao 34%ieiro de Alcobaçafua Abba de Leãº,Caliza,& Seuilha.237.C.
dia, é preheminencias. 195.B. Reduzio/é ºutra vez à ºbediencia de
D. João Rey de Aragão morreopa/ma ſeu ſobrinho. 291.B.
do de verhữa loha.219.A. 2.leäo de Aboim роигривуйlaае?er
loão Afon/ºfilho bafardo delRey Dom tel,6 lhe deuforal. Fundou també
Dinis foi legitimado por feupay, & | Villa2oim,'& daquitomou o appel
dotado em muitas terras. Sua mãy lido. (ujº filho era.124.D.
quem era,6*сото/e chamлиал85. Z). Ioão Fernandes Maeſtre do 7emplo
A.B. Cafau com Dona loanna Po feguio aspartes delRey A6:4/ea/?
ce. Teue dela húa filha chamada D. | Sabio contra/eufilho zo Sancho. 85.
Cºrraca. Outra teue baffarda cha D. Era Portugues 86. A.B.
snada D.Leonor. C. Compreu ae Z. IogoAfon///r de, Albuquerque
- - ※4 porque
Index das coufas principaes
- parque cau/ateueguerra com os mo cou a torre da menagem de 2terto
radores de Žadajoz по 2. В. С. la.238. A. - - -
* ,
A#.
Mabelde Cardona veiopor dama da
de N. P.S. Žento,foi confeſſor del
Kainha Sãía,era filha dez.2rites,
&y Z). Zinis. 51.C. irmãa (ua baſtarda 68.A.B.
*.*.
Fr. Jºãº Carmelita capelão do mofieiro Pr. Julião Guardi㺠dos 3áenores, da
de Santºs. 289, D. --
(oncelho delzey. II.A.
Ioamme Annes Redondº cujo filho era.
Iudeos erão ºbrigados a darem hiaan
сот диет саби, с готвиет/eа. cora, 9-haa amarrapara cadanau,
parentarão os filhos.35.D. cºgalè. 22. D. ~ -
Jºão das Regas tem titula de Priuada - . .. . . .
delſtey. 4.D. . . . . 1.
JoãºdeGilmedico delRey Felipe Auguês
França, foi oprimeiro пошig0,4ие L -Aedra era terra da definitº de
entrouma Religião de S. Zemingos - ?ortugal; daqui e ºfpelidarãº
em /nglaterra. I 26.D. ... 3 os de Laedra.1 o8.C. -
Z)oma Ioanna ?omce, que cafGu cemz? Zºgº ºpelido, donde/- deriau, 246.C.
leão-Afonſo, filho delRey zo zimis, Landroal, 4uem edificou º/a cofielo.
сијаfbeera.18;.с. -
.211.B. '' > 、 …
Santº (ale/Rainha de Portugalde que Zeisprimeiras delsteyz).zipis.74.D.
- Principes/apretrdidapara mulher. Aei contra os bandos que auia entre as
5 8.D. Que arras lhe deu elRey Z).
familia, ºperfat accepaо.9о.
2ini, quando ſe deſpoſau con ela, A.B. *** ・ - -
era.185 D. 186. -
- Z). 2ćecia de #ρο, cuja filhafoi. . o4.
*artim Pires de Aluarenga cujo filha … B. Proufenão fºr mulher legitima
era, «» os defendentes que deixou. del Rey D.Sancho Capello. 2 o 4. D.
34. B. 2o5.A. Porquefe intitulaua Kai
.%tartim Xarrin: Zoie cujo filho ¢ፆፊ nha. Fot/ênhera de Ogram.B-4n
& ſhe deſcendancia,34.B. - d. ºfféſpallada.C.
------ -
Medicos -
a> deta quinta parte." ;
2adicas erão de nºbre familag. 262. mos aíiospublicos, & 4Gúzque le
| A...X(wuas erio Eccleſiaſticos. 164 . . usua India D Vaſco da Cama.80.
A. É porque occaβάο. 163. D. . . B. . . . .... . . . " - -
ºcellos por onde lhe veio oſenhorio da . Xána de prata defuberta no armo de
yula de "alºze quem difeendem, malfencente é inte º "J"
es que cafas titulares ha defie ap- a Zargança, que lucro prºmetiº.
*** pelido nº Reyno. 1 16. C. O ſeu - > 86.D. º, , . . . . . . . .
கங் டி.டி. A. & ராய்,(ச'
Enf.á afe achale aplido 216 Epic pal)far/armadº fºrº
bahniatria i9.D. zmžini. 3 l *
3diasilla chamaua/...xario.3, 6.C. \\ Alcola;a forão(ptrintendºººº
J%m ?ędºigwe: Portetra már 4ęlžey obra.B. . ... . "
… " Zom Žiñís,de que familia era. 79. º Mirandilla willafai mudadapor ordim
º, C.D.
-
-
º.º.º.º. del Rey Dom, Dinis para º lugar
..2amSaares de 3all, degundiffen- ende je ayamos ſituada. 75, A2,9
T###gl/l,
Em quemf¢ conferüa.ï16.B.
pe/ ಸ್ಥಿಲ್ಲ|#jºಿ 7ರಿ;
- Molnes he h㺠heranºjugad de Fa
…tendº dºc/ulande tema/ºle. Sºeras dente Gºººm" º "
. . . . .....….B.35 « ' د، دانيت: م؟،ز - يﺩمquelle
.63,dίερφ A ( ) هي -
tempo fè د قههnat
nhg de žurgos de фче ་ འ་ :༠་ན་ ﺩه،...
noticia delle. 116. C. D. . ºr . . . . . . . .”
- λίοβείro de Santa Vitoria na termo de « š ± ' i º TN. هد. ཕཔོ་བ་ཕན་: -
- 2.jа диетоfтаи.6z.С.: * ** * : * ** –
- %iriro da Conceiç㺠dezeja fundado S. Arcifo.»tartyr Portugues
pela Infanta Zona3rites, mó del-ºs". LN patrão da cidade de Cirº
... ?ey D.2ſancel. 68.A. ...A na em Aragão,por migealurº
- **irades dara de CVilla delonde e do Fίκης *,2ие atinhão cercadº,
*- . fundado por பரிதும் Sánc s filho …III.D. ºr . .. .
... delReyż. Dimit:225 B.C. | < Navarra quandestyneester;". т.
* .. .. . *-*. ‘.… . .” -
4**
defta quintaparte.
4і. А. Quem fºi aprimeira vallad/a.
Nicodemus, que (rucifixos laurou. 223.C. Ordenau/e que os ു
1 16. А. des de Alcobaya o viſiteſſem. 224 .
?Niculas Quarto Keligio/ de S㺠Fran C. Quem lhe deu a Igreja de São
cifco, em que anno foi eleito. Zafe Ioão do Lumiar, é a herdade, que
понаa deagйа, аербуйая. 134. chamão o Paçº do Lumiar, D.Ne
A. (iem feiroeid/pultado elRey ZDom
2Nogueiras de quem procedem, donde Dinis, & outras pe/oas do/angue
tomarão o appelido, & em quem/e Real. 225. C. A Rainha Santa
conferua. 26 I. D. /abel tinha /colhida fepultura na
2Nomão C/illa, entendefe fer: Numan me/mº mºfieirº, e applicou cabedal
cia antiga. Quem lhe deu foral, º para a enfermaria, @r tambempt-.
4ualcom irmou elÃey Z)om Zinis. ra huma albergaria, 2 26. C. D.
1 oz. D. O Papa Ioao XXII. concedeo hem
?Nomes proprios quanto importa confiº anno de Indulgencias a quem vifitaf
deralos. 135.D. 136. A. fº aquela Igreja em certos dias.227
?Nauaes aonde tem feufolar. 36.A.
?Nunº Conçalues de Attarde. I76.A. Santo Olagario .…cebi/po de Tarrago
zam Nunº Conçalues de Lara aonde na fez hum milagre em hum gal
morreo, © aondefe mandou enter go. 219. A. - -
:4rർ0, 1 12. A. . . . .
zº. Payo Peres (orrea 3áefire da Or O Infante Dom Pedro filhº del
dem de Santiago era naturaldeSan . . Rey Dem Sancho o Primeiro, cºfotá
tarem. 25.A.B. Pougou hum lu - em. Aragão com a (onde{/a de )مور-
-gar chamado,Santarem, mo.terri … gel. Por faa morte ficou nomeado
forio da cidade de Aturcia, de que - herdeiro daquelle (ondado...aju
foi conquillador. B. Fundou a Igre
-
>{{{{{{3 Zranca
Index dascoufasprincipaes
2ranca Pires. 7º hum filho, que zººedrº Efacho, terceiro%ire da
morreo menino. Aonde fiá/epulta. \ Ora… de Santiagº de Portugal, era
do 177.D. (foufegunda vez com natural de Li-ha, foi cajado, Gr
2. Paria Ximenes Cornel, Elar com que cafou hifa filhafua. 14o.D
gou herdades que trazia do Atº/lei Z). Pedre_Annes, Alcaide mór de Lei
i ro de Salzeda. 178.A. диетјafua ria, cujo filho era, é com quem ca
:mãy. C.-Z)eixou ao mo#eiro de S. fou, 175. A. Bº - { s --
Ées aos Keys de Leão.B. Quem tinha Aizey zł. sancho Primeiro de Portu
Senhorionella, quando elRey 200m galpa|ou com exercito para ganhar
Zinis a occupou. 24.o. atè 243. Seulha. 17. A. Era reconhecidopor
Com que direito,º juíça, 243 D. Zey do. Algarue. 1oo. C.
244. Foi no principioganhadapor Elzeyz. Sancho Capelloſe mandou en
Portuguefes aos 3íauros.242.D. … terrar em Alcobaça, mas não teu
243. A. -
effeito.15 6.B. -
Frei £odrigo da Ordem dos 3 enores, El rey zºom Sancho o Zrauo de Catella
2ſo deºdarrocos.162.D. п?о 4иіяfer armado (aualeiro фиà- -
29. Kuy garcia de Papua,que cafsu com . do Infante por (eu irmão mais velho
z).zerengueira, de quefamilia era, Z). Fernando.1 +.B.Fezfejurarper
149.D. fucceffor nas cortes de Sgouta. 81.
B. άmfederou/e com el£ey de Cra
S. nada,é porque caufa.C. Fez cor
tes em Calladolid, é por (entença
Q Abugal»illa, quem ºfundoue priuou nella a feu pay elKey Zem
S 239. C. . . .
2Nº/a Senhora de Sacaparte he hum4
-Afonfo Sabio dos Reynos de Leão,
«'Cadela. B. Por morte dopayfai
grejajuntea Afgate.za? del coroado em Toledo, é obedecido em
la algúas noticias. 122.B.C.D. Seuilha. 97. D. Onde, é quando
Salgado appelido,em quep:/e4/* achº morres.227. A.?\ão ficarão legiti
II.5. D. I. 16. A. mosfeus filhos.B.Quatospertenyores
Sá,cºndes de Penaguião,de quem dº ouue porfaamorte ao Reyno, & cá
cendem.217.C.Quando começarão quefundamentos. 227.D. 228.A.
a tér • cargo de Camareiros móres. Zaófe outras noticias do efiado em
D. Quando lhe derão"…Alcaidaria que ficou aquelle Reyno. B.
... mor do Cafiello de Gayajunto ao ?or O Infante 2).Sancho, irmão de Zom
to. Quando os promouerão a Condes, Afonôyltimº Rey de Leão,fºi mor
é que armas tem. 218.B.C. topor humvſo 219.A.
S. Salvador de Caſtro de Auelans era 2).Sancho de Ledefina quem era. Que
mºfeiro da Ordem de S.2ento.Em fenhorio tinha em Riha de (24.243.
que tempo/eynio 43è de 2tiranda. A. B. Porque the deu elRey Zºom
Conferua/e em Parochia. 108.D. Fernando Ti. Califteo, Cra
Fr.Salaador da Ordem de S. Francifeo º nada,eo stáranda. 253.C.
foi coffer da Rainha Santa.67.C. 2. Sancha filha danº/a Rainha Zona
Salzedas mofieirº da Ordem de S.2er 2ritespaſen com ella aſuſtella, %
nardº, trocou4/greja de Fonte. Ar
----- ------- سه------------------------------------------ là marren. cità/puứada nam/aº?
- * ------- - - - - - - ,d مصر
deta quinta parte.
de_Alcobaça. 1 14.D. 115. A. Z). Tareja Annes terceira mulher άο
D.Sancha Martins Comenda deira do | Conde Zom Pedro de Zarcellos,por
conuento de Santos, por fua inter que/e chamaua de Toledo, Foi dama
cefaó obra Deos muitos milagres. da Kainha Z).3rites.181. D. Infii
Traraſe de/йа Zeatificação. 48. В.
tuo com o Conde a capella de S. Cer
Confe&furafe/йа nobreza. C. Dei uazna Sé de Lisboa,&hum Hopi,
xou bem herdado por fua morte º tal,que dotarao.Zeixou Xafa quo
(onuento. I 34.D. 135. A. tidiana pela alma defeu pay no mo
Santarem lugar juntº a 3áurcia, foi feiro de Santo_Agutinho de Toledo,
pouvadopor zoom Peyo Peres Cor. * 182. A. Quando morreo B. -
rea.25. B. -
zo. Zareja Ciltia do „Alferes mór D.
Serpa era da Coroa de Portugal. 233. Martin Cil tewe o /enhorto de
C.D. 234. A. .Xtourão.Fundou o.…to/feiro de Re
z). Seraphina Pires.7i. D. - ligiofas de S.Z)omingos na cidade de
Sès difieReyno tem ainuocação de Nof Touro. Xarreo em (fella.264.B.
fa Senhora. 29. C. Seu nome fecom/erua em hum bairro,
, Seſimbra teue porprimeiros pouoadores , cºporta de Valladolid. C.
of Franceſes. 1 or. A. - Z), Zareja filha do /afante Z). . Afonfo,
Seuilha pertencia ao Keyno de Portugal. irmão delRey Z), Zinis, com quem
16.D. Porque conſentirão os Portu cafou. 1.8i.. B. . . . t
V. **
São
Index das couſasprincipaes
S;, Farcifío.Seruio deJ%njtroma "rou Tºy, quando º ganhºu elRey
Prcuincia de Cotella. Оrdепои дие Ζο, Ιοάο ο Λ. 89. Α.
naquelle.Arcebifpado (ef#efa/e o Va/co Pires Farinha teuecentendas dº
(eus fabrinhos /οίr. o fenhoriº de
dia de S. Franc/co. 42. A.
7 plario, defe Reyno não reeliiofrei Coes; porque raks, e.9 como/e con
Viuas appelido.234. D.
ë/u. Zelaprocedemo: Conde de
, .
gás185. C. „Or
Viualdo.2 14.D. Era Cenouet.49.A. Иrraca Rodriguezvillady. de Lor
l/niue fidade para eregerfenºfé Keyne n㺠guandº entrou agauernar º lº:
4um feza/pplica as ?apa. 13i. -
fanta 2D.Zranca, cuja filha era.
D. O motiuo. 1 3ž.B. guempag4“ - ← 56 ᎾᎿ -
ua aos Lentes os falarios. 133. B. Zona Vrraca Paes Abbad fa de Odi
Quando alcançarão licensºparºfun velas,erafreira de Loruão,o cuja
dar(e.163.A.JAprimera que cuue
em Portugalfundou elRey Z). Zinis
Jiha, 223.C. "Τ
em Lisboa. 164.A. Efeueáporta
Αιθμς 163. Β. 0m/mo Rρ 4
Żarcs
ſ
* ...- -
· - -
Indexdascoufas principaes
- - - - . . ." § 2. -
, , , , , , "م: "", . . . . Z)..Afon/3. 73. A. zo mefmo fa
. . . . . . Z. . . . . i. fante ZJom Atartinho de Olustra.
.
, ºr
*. - .. 172. D. Zつ。 Canalo Changaretmár
Z *Arcº appelidº dºs ºfendentes delR9 de Caſtella. 56. A. Za Rai
de (amarai. 176. B.C..." - nha Z). 3ritte;. Cu. đnne. 55. A.
- “A . . . . . u Zvomingos 'Pires, da me/ma. 82.B.
- Chançareis Μόνι, 2. Eleueanes del s, J)(eſtre Ιοίο (hășarelde loão Afr:
· , ¿yz)..Afonía III. 36. B. @#86. …fº, filho bailardo delRey Z). zini്.
B..x. Pedro del Rey Žу, Zoni 5o 176. A. Jºguel V.iua; than;arel
. B.ï4. Rainha sżn#a, /kiå«m. :.3 mír d• #t•80. i $4: A. Ζ. Ιοάο
ø- 124.C. & 292.B. B. Dºmin- * :: Fernandes de Soto Xtaior, Chan a:
a gos deprºprie Rei. 87. Eſſeueanes rel morda Rainha pona xaria de
- \
žocárdõao mjmo.yo. A.B.'Nu- - -sºCafella. 245..
no, irmandez@gminho dº Infante
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