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NW E N T E M A L | T E T EXCO L | T

Κ. Κ. Η Ο FΒ | Β L Ι Ο Τ Η ΕΚ
ÒSTERR. NATIONALB|B L|OTHEK

61.] D.9
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緩 ఙజ్య
;繼 O V IN T A
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經; P A R T E D A
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i.
MONARCHIA
s ; LVSYTANA.
Que contem a hitoria dos Primeiros 23. annos DelRey D.Dinis
ofraid, à Real ്ധ്ര -l? z).1് ുrം Nº/* Senhor
-

XCVlll. des naturaeszeys ്. º

Efcrita pelo Doutor Fr. Francifco Brandão, Monge de Alcobaça,


Chroniſta Mòr de Portugal, Calificador do S.Officio, Exa
minador do Tribunal da Confciencia, & Ordens.
(em todas as licenças nece/arias.
N

Em Lisboa na Officina de Paulo Craesbeeck. Anno 16ço. つー、


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LICENC,AS D Á OR DE M.
"E": , I por mandado de V. Reverendifima cíta quinta parte da Monar:
# , chia Lufitana,&tiue grande confolação, lembrandome, que fendo
4 a primeira vez Geral da Ordem encarreguei eta louuauel eccupo
ção ao Doutor Fr. Antonio Brandão (tio do Autor) oqual por morte do D.
Fr Bernardo de Britto a continuou na terceira, & quarta parte, & ele(aqué
naquelle tempo lanccio habito) a vai profeguindo com igual fplendor afeus
antccefores, como fe ve neta 器 parte,que julgo merecedora da bêção
de noffa fagrada Religião parafe dar à cítampa. Alcobaça 4 de Iulho de 1648.
; : : 0 Doutor Fr.Kemigio da Aljumpção.
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- , Doutor Fr.Luis de Soufa,Dom Abbade do Rcal mofteiro de Alcoba


C ça,Géral,& Reformador da Congrcgação de S.Bernardo ncftes Rey
nos, & fenhorios de Portugal, & Algarue, Senhor da mcfma Villa, &
feus Coutos, do Confelho de Sua Magetade,&feu Efmoler,môr &c.Damos
licença ao Doutor Fr. Francifco Brandão, Monge de nota obcdiencia, Chro.
nita mòr dete Reyno, para que pofa imprimir a quinta parte da Monar
chia Luftana, vita a informação do Doutor Fr. Remígio da Afumpção, &
ter as mais licenças neceffarias. Fr. Viuardo de Vafconcellos fecretrario de
fua Reuerendiffima a fis cm Alcobaça 4 de lulho de 1648. Iºº · · ·
O Doutor Fr.Luis de Sou/a Dom Abbade Geral, E/moler mòr.
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; | z 1 c E N cAs DA 1 N oyi si c,A M. .. !


. . . . .. . .

* \ ſ7 I por mandadoLufitanaque
Monarchia
do Confelho geral do S.Oficio, cita quinta parte da
contcmos primeiros vinte & tres annosda
creação,&gouerno do fenhor Rey D.Dinis,cujo Autor he o M.R.P.
Doutor Fr. Francifco Brandão,Abbade de N.Senhora do Deíterro, Chronif.
ta mór dete Reyno,& qualificador doSanto Oficio;nella não achei coufa,q
repugne a noíla S. Fé, ou bons cotumes, antes he obra digna de andar nas
mãos de todos. Lisboa no Conuento da Santifima Trindade, em 17 de lu
lho de 1645. - . . . . . . .. … - - º -*-

-
-** “… ºx ... ... * **- -* · · · · 0 Doutor Fr.Adrião Pedro.

A Quinta parteda Monarchia Lufitanacompoftapcllo M.R.P.Doutor


Fr.Francifco Brandão, Abbade do Conuento de N.Senhora do Def
terro, Chronita mór dete Reyno, não tem coufa algüa contra a Fè,
ou bons eotumes, antes he obra de muita cítima,& honra do nofo Reyno. &
nella motra o Autor muita lição dchiftorias antiguas, &muita curiofidade
em apurar as verdades, que eom a uariedade dos tempos cítàvão, como ef
quccidas, ao que felhe deue muito. E affi me parece eta obra dignifima de
fair a luz.São Domingos de Lisboa 6. de Agoíto de 1645.
M. F. Ignacio Galvão.
Viftas
· · · · LI C EN C,A S. ∞
, a - Iſtas as Informaçoens, podefeiimprimir cíta quinta parte da Mo
narchia Luftana, Autor o P. Doutor Fr. Francifco Brandão Chro
nifa mór,& qualificador do Santo Oficio & depois de impicfator
nará ao Confclho para fc conferir com o original, & fe dar licen ça para cor
rer,&fem ella não correrà.Lisboa8 de Agoíto de 1645. . . . . -

Fr./oão de Va/côcellos. Pedro da Silua, Francifco Cardofo de Torneo.


Pantalcão Rodrigues Pacheco. , Diogº de Sou/a. - -

L I C E NC,A DO OR D I N A R I O.
Podefeimprimir. Lisboa em 12 de Agoto de 1645. - - -

- v . : ". . . . . . .^ ". . . º
obiſpo de Targa.

LI CE N C,A D O P A C,o, , · ·
Odefe imprimir efte liurovitas as licenças do Santo Oficio,&Ordi
-* nario,& informação do Doutor Ioão Pinto Ribeiro, & depois de im
, prefo não correrafem tornará meza para fe taxar. Lisboa 12 de A
goto de 1645. -

D. Rodrigo de Menezes, Coelho. . . . ..


v , s, * *

E Sta quinta parte da Monarchia Luftana età em tudo conforme com o


feu original Lisboa no Conuento da Santifsima Trindade,em * de la
neiro de 1651. . . "

0 Doutor Fr.Adrião Pedro.

I{to 憑 conforme com o original pode correr. Lisboa 11. de lancifo


| Y … de 1651. . .. " -

- Frey Ioão de Va/concellos. Pedro da Silua de Faria. . . ;


- Pantaleão Rodrigues Pachecho. Diogo de Sou/a. º
!

T Axão a quinta parte da Monarchia Lufitana em dous cruzados empa&


U: L pel Lisboa 13 de Ianeiro de 165 I. - -

D.Pedrº Prefidente. Pinhero. Andrada, carualho,


A
ELREY
NOSSO SENHOR
S E N H O R. -

f ESTE anno de fmil & feifcentos&


§2: fincoenta, & mes vltimo de Dezé
&#|bro ofereço a V.Maga quinta par
ỆN#te dahiſtoria deftefeuReyno dePor
ºsº Sºtugal, concurrencias todas myte
, , ,, , riofàs para cóprouação de fer V.M.
| olegitimo fiicceflor defta Coroa, nojufto fenho
rio da qual V. M. enche agora o primeiro decen
nio,queeftenderá a outros muitos emfy,&em feus
fucceflorescomeftabilidade firme,&permanencia
felicemente perpetuada. Não hea menos forço à
circunftancia cair nefte anno defincoéta o Iubileo
géral,de que refulta ao anno, titulo de Santo.
O Reyno,& Monarchiada Igreja,que sofabe
moshade fer eftauel, &perpetuo,como oautor da
verdade teftefica: Stahliim thronum regni eius vfjuein femi-**?
pitermum, foi demóftrado a Ezechieldefpois de pro- eseck
mettido a Dauid;& confiderado bem o tempo em º
que Ezechiellogrou em vilãÓa promefacóforme ...
a obteruancia do grande Heitor Lufitano, foi no #;"
a3 AI] IlO
anno de fincoenta,defpois deachado o liuro da ley
eſcondido no tempo do catiueiro, o qualanno fa
hio tambem fantificado com o Iubileo, que na ley
antigua fe concedia. De nenhum outro Reyno fã
bemos que hadeter imperio, ou fenhorio eftauel,
fenão o de Portugal, depois de reflituido,como o
. Saluador prometteo ao nofo primeiro Rey Dom
Afonfo: Imperium michiflahilire; affi que entrar V. M.
reconhecido Rey de Portugal, no quinto volume
da hiftoria defte, Reyno reftituido á Real peffoa
de V. M. no anno de Iubileo, & remißáò, he para
certificarfe,que não conuinha, como diz aquelee
rudito,zelofo, & eloquéte Portugues,que a pefoa
de hum reflituidor,&libertadorfepublicafiefenáo.
emanno deremifiåô,&liberdade: AEquumerat, vt in
iuhileo, in anno libertatis offenderetur haec zj/o.
. No mes tambem de Dezembro jurarão a V. M.
por Rey, & fenhor nofo, & no proprio dia em
queV. M. ahio comas infignias reaes por eta ci
dade, que foi aos quinze daquele mes, a agoaque
choueotetemunhou em abonação de V. M. que
novoto de hum Theologo dos mais doctos dos
Caftelhanos (os reflituidores, que Deos dá aos
- Reynos reduzidos a termos dedefeperação deli
berdade) ao orualho, & chuua do Ceo os cópara
a Efcritura, & nefte fentido acomoda aos Macha
beos, & outros retituidores do pouo de Deos a
Micheae
quellas palauras de Micheas : Erunt reliquiæ Iacob, quafi
5. ros à Dominº, & quaffillef"perheriam. E ainda que ele
- . . . . pretende
preendefera chuua,&orualho em tempo so que cha.
não feepera,nem henatural fimbolo, &final dos #"
Principes, que Deos inuia para libertar em cafos"
defe perados já do remedio humano, não lhe acei
to nefta parte o penlämento, contrariado coma
chuua no tempo do verão, que Deos mandou para
manifeftar o quanto lhe defagradára a eleição de
Saul, de forte que ainda que não pareça myterio …….
dar o Ceoagoa no tempó detinado para ella my º
fteriohe, &repartição preuenida da diuina proui
dencia,que afsicomo acode comas repartiçoês do
anno para o fuftento,afsitem repartidos, & limita
dosteimposaccomodados aos Reynos,& Monar
chias para füa reflituição,& liberdade,difcurfo que
bem accomodou o nofo Cypriano Cifterciente,
confiderando a ruina doimpério dos Afyrios pelo
Profeta Nahum denunciada : Sant diuina mentis viculta :::
to filia,quibusfiigalishominibus,regionibuj,gentihui,imperijs, tem- îî
pora quadam,& limites temporum ftatuit, quibus aßerendi fùnt.
O tempo da agoa, queDeosdetinoupara renafce
fem asſementeirasagcomodouparårenouazáode
Reynos,& fiia liberdade;&os Reys côá agoa,que
lhe fobreuem em fila coroação, bem prefagiadosfe
julgão,entre os bem afectos. …
Coroando o Papa Cleméte Sexto em Auinhão
por Rey das ilhas Canarias a Dõ Luis de Epanha,
Conde de Claramonte, & mandandoo fair pela
Cidade comas infignias Reaes, tornou muito mo
lhado cõ a agoa, & chuua quea fobreueo,
4
mas com
felice
* **
felice prefágio dos queafiftirão,como refere Hen
rique Spondano, dizendo, que feftejaua a agoa
a hum Principe de Reyno aquatico, S mariti
Adann. mo. Portugal Reynolauado das agoas do Ocea
1344. no, cujo imperio fedilata em tantas Ilhas,&portã
tas Prouincias tranfimarinas, reduzidas à crença da
Igreja Romana, não podia deixar deter as primei
rasvitas dehú Rey retituidor ema agoa daquelle
ditofodia de Dezembro.
Neſte proprio mesagorado anno ſobredito de
mil& fèifcentos & fincoenta, fanétificado com o
Iubileo, que a Sančtidade de Innocencio Decimo
ſolenniza, ſe offerecea V. Mag eſta Quinta parte,
como à reflituidor, & verdadeiro fucceflor dos
· Reysdefta Coroa. He o argumento della,ogran
de Rey Dom Dinis, fruto generofo da primeira li
nha tranfuerial dos Reys Portuguetes, ratificada
pela Sanctidade de Innocencio Quarto, repeitan
do a validade das noflas Cortes,&leis de Lamego,
como fe pode ver neta e(critura. A V. Mag em
cuja Real pefoafe renoua a quinta linha tranfuer
fal, deuida era a Quinta parte da hiftoria dos mef
mos Reys, continuada na primeira linha tranfuer
fal, que neles ouue. E não fedefuia de nouo my
fterio entrar a liberdade das quinas Portuguelas
em Monarcha, que intitue quinta linha. Armou
-Deos com efte numero (ao que parece) o feguro
da liberdade deta Coroa; que já dando liberdade
, a (eu pouo, o mandoufăirdēEgypto armado, co
- . . 111C)
molemos na Vulgata, Armati, ou em quinas, defin' I Exodi
3.
co em finco, como tresladou Theodofion, Quini.
Quinta hea linha tranfuerial em que Deos nos li
bertou, & conforme aito deuidamente lhe cor
repõde a Quinta parte tambem da hiftoria Portu
guefa. Oferecete elaa V. Mag em tempo, que a
Igreja de Deos hegouernada por outro Innocen
cio, Decimodo nome, S ſanctificada com Iubileo
folenniffimo , concurrencia abonadora de fer
V. Maglibertador, & retituidor dado por Deos.
Confio em fua piedade, que incline ao Supremo
Vigairo fazer, que todo o mundo reconheça por
infaliueleta verdade, & que pois não inuiou fa
culdade para poder V. Magganharnete Reyno o
Sanctoiubileo, como ſe foſſe a Roma fuorcom
De tubi
que Bonifacio Nono honrou ao fenhor Rey Dom deo p. 2.
Ioão o Primeiro; como deixou efcrito Viétorelo,
ao menos não dilate a Apotolica benção a filho
da Igreja tão benemerito. * - - - - - -

Euentretanto, & todos os valalos de V. Mag.


logrados os dez annos de fua obediencia, não te
mos que limitar osdefejos a dezannoscle Imperio,
como anciofamente defejaua Natário a feus Prin
cipes;fenão que afegurados na felicidade, &julti
ça de V.Mag nos promettemos dezenas multipli
cadas: Indefinatis detennis iam vota prºperantia: em todas jnPane
as quaes cllesdefendendo, & ampliando efta Mo-¿ioadCon •
narchia, & eu efcreuendo osantiaes de V. Mag • /lantiữ,
· Sz dos inclitos Monarchas feus predeceffores, fa
- aj femOS
remos certa a lealdade Pôrtuguefa, deuida a feus
Reys naturaes, qual V. Maget a quem o fupremo
Deos conferue,profpere,& augmente. Lisboa em
Nofa Senhora do Deterro, no primeiro de De
zembro de 165o.

| 0 Doutor FrFrantifo Brandão


- Chroniſta Mòr.
P R O L O GO
A Q VINT A PARTE DA
Monarchia Lufitana.
M077ro que tiue paracontinuar e/a hifloria foi auerlhe ി.
doprincipio a Douior Fr. Bernardo de Britto, & profeguila
® de/pois o Doutor Fr.Antonio Brandão, ô ambos chroni/las
móres defle Reyno,religio/os hum, & outro profejos no Rea/Cô
É uento de Alcobaça,aonde eu tambem fiz prof/8ão? Auiuou/eme
mais º dezejo defla empre/a,quando vi, que por faltar a vida
ao Doutor Fr. Antonio tio meu materno, não pode a hi/teria
Portugue/a chegar com perfeição atè mº/jos tempos;êja/Si vê
do que fabrica tão cu/lo/a acabaua nas mãos º hum parente
tão chegado,me re/olui a heraarlhe a occupação,& trabalhar(quanto em mim for) por
aperfeiçoar futefua toda a hiloria, que/emão mefaltar tambem a vida confºrme º
que della e/là dilpo/lo poderàferque/e lhe de fim com o favor divino, loão Adolfº Cy
praeo me incitou grandemente.com feu exemplo:achou elle a hifloria de Sleucia imper
feita & por/eu pay Paulo Cypreo,& a obrigação do parente/co o obrigou
continuar a obra principiada; a/si o confeffa elle na dedicatoria , imprefa em Colonia
no anno de 1634. Não he o parente/co tão efireito entre mim, & o Doutor Fr Anto
nio, mas para acodir a faltas/emelhantes,bafa º graode/obrinho, Plinio o mais mo: i;
4 o me atou as mãos, quando publica, que fe inclinára a e/crever hifforia, por ver qué
Plinio tio/eu,irmão de/ua mãy, e/creuèra vinte liuros da guerra de Alemanha, Auã
culus meus hiftorias, & qüidem religiofifsime fcripfir. Irmão de minha mã
foi tambem o Doutor Fr. Antonio, & jāpor efla cau/a/endo ele viuo,lhe afili, mais
que como amanuente,aindaque não foje com tanto lufire como Pandeno daua às efia -
?uas de Phidias feu tio materno,comoefcreue Strabäo, Multum Phidiae adjumen
tum attulit Pandanus, é forore illius nepos, contudo agora venho a exceder a
Pandeno, pois carregou/obre mim todo opezo,& fabrica da #] - r

Entro lertamente na profecução defla obra, não cõ e/uaecimento de prefumir igual


dade aos antecejores, mas sò com defejo de/atisfazer à obrigação, que me e/timulaua;
que no mais Aulo Hircio me tinha aduertido, fer a maiorprº/unção, confejar inferio
ridade á/emelhantese/critores, porquê era imaginar, que alguem nos poderia aualiar
igoaes a elles;cahio Hircio ne/ía verdade, de/pois de fe de/calpar de continuar os có
mentarios de Ce/ar/endo que lhe ficaua tão ditante no juizo, e/filo, & requifitos ou
tros. Dum omiics cxcufationis caufas colligo,ne cum Cæfare conferar,hoc
ipfüm crimen arrogantiae fubco,quod me iüdicio cuiufquam exiftimem pof
fe cum Cafare comparare. Na cartaa Balbo, que he a prefação do oitauo liuro,deu
Hircio as palavras referidas. . - - -
Emfim,eu continuo a hifloria de Portugal, feguindo o mefmo eºilo dos tomos anté
cedentes,ajufldndo as materias todas com Bullas, priuilegios, efcrituras,& doaçóens,
com as quaes fe apura a certeza,& verdade, & ainda que Quintaliano,conforme aos
preceitos da arte, júlgue qué hade/era hifloria håanarração/olta , ordenada maís a
aontar as coufas, que aproualas; cóñtudo como a hifloria deue fer narração verdadei
: ra, necefiita de exame para apurar o que relata, maiormente nas hiflorias de
-
ಶ್ಲ!
taſ) 4/
tão diminutas &# incertas, que de nouo come/les monumentos fe verificão, illufirão.&
Hit dos acrecentão. E a/si diÁe bemD.Fr. Prudencio de Sandoual, Bipo que fºi de Tui,9 Pã.
驚- ploma,que o não /e ejareuer oje a hiflorializa, conci;a, & brettefoi culpa dos antiguos
့tol. que a deixarão tão confu/a, que nos obriga a proceder com elilo contenção/o; Ge/co.
In prolo la/lico. Acrecenta Dom Freyloão Briz Martines na hifloria de São João de la Peña.f
8ºº lib: não he incapaz a hifloria, das regras da boa Dialettica; & çom razão/e pode/eguir o
****** voto de ambos,que forão os que melhor apurarão materia, defa qualidade,nem falta
rá em/ua abonação Polybio, que em varias partes/evaleo da conferencia, & contro
uerfa,para o aju/lamento da Jua narratiua,a/si que procedêdo conforme ao que oje e/-
tà introdu/do, vou contextuando a minha narração com os monumentos/obreditos,
citando os cartorios, S liuros de que os recolhi; quando/e citar liuro, /em declarar o
cartorio,entendele, que he o da Torredo Tombo (Archiuo geral do Keyno) & quando o
liurofor citado, (em declarar de qual Rey,/upponhaje que he da Chancelaria do Rey
de que efêreuo. Com ele/eguro/edará por/atisfeito quem ler ela hi/toria, que para
abonação,& verdade da /ua balou a lo/efo tresladar as cartas de Salamão para Hi
lib.8
rao Rey de Tyro & citar os archiuos de Tyro,& Jeru/alem,aonde/e conferuauão. Vt
**• Jc&tor nihii amplius difquircndo fidcm nobis habcat.
. No liuro 16 cap. 1o. & 1 1. & no liuro 17. cap. 45, defla obra falei nº Infante D.
Pedro, filho delRey D. Sancho o 1. ao qual Infante chamamos vulgarmente o Infante
dos Martyres de Marrocos,& com o j, por elle à inflancia do Papa Vrbano IV dei
noua interpretação ao Capiculo(Grandi)que he da depo/gão delRey D.Sancho II./eu
fobrinho. Acrecento em confirmação que ouue motiuo para o Pontifice então alegar as
cortes de Lamego em fuor delRey D.Afonfo III. não sò por pretender o goucrao do
nojo Reyno aquelle Infante, fenão tambem o Infante D.Fernando,a quem chamàrão o
Infanté de Serpa,por/er/enhor defla Villa,que por/ua morte occupou elRey deCallella,
o qual Infante D. Fernando era irmão mais moço do me/mo Rey D. Afon/o III, a quê
o me/mo Papa,/endo conde de Bolonha,mandaua gouernar Portugal. No anno 12.45.
fez º conde de Bolonha juramento de(legeuerno em Paris a 6. de Setembro, como/e
, pode ver na e/critura 35. da quarta parte dela hi/toria. No prºprio anno e/laua em
* * , Portugal/eu irmão D. Fernando, que era/enhor da terra de Lamego, alem de outras.
confia i/lo de hilae/critura do nojo Mo/leiro de São João de Tarouca daquella dioce/,
pela qual D Sancha Nunes deu varios ca/aes, & herãças à quella ca/a por/ua alma,
pela de D.Pedro Abril/eu filho, & diz/erfeita reynädo Rege D.Sancio II. Domi
no terræ in Lameco D.Fernando Infante de Scrpa. Por euitar as particularida
- - des que inclimăuão aos Infantes D.Pedro,& D.Fernando refolueo o Papa pello comde
de Bolonha conformando/e com as Cortes de Lamego. Ele Infante D.Fernando de Ser
pafoi ca/ado com D.Sancha Eernandes de Lara filha do Conde D.Fernando de Lara º
que morreo em Marrocos,como dis o liuro velho das linhagens às folhas 27,o CondeD.
Pedro no titulo 25. Sandoual na ca/a dos Manriques de Lara, & tambem na ca/a de
Haro no 12./enhor de Bifcaya,aonde aponta húa e/criturada/obredita D Sancha fei
ta à See de Burgos no anno 1243. Deuia de morrer o Infante D.Fernando no de 1246
a 19 de Ianeiro, como o Kalendario da See de Lamego te/lifica Delle não ha /uecejaõ
ao prefente. O Infante D. Pedro/eu tio, conforme às memorias do liuro das Kalen.
das de Santa Cruz de Coimbra, teue dous filhos fora do matrimonio, aque tambem não
fabemos decendencia:hum delles foi grande letrado,chamado por efla caufa MefireRo
drigo,morreo a 6 de Março, como alife declara, & outropor nome D.Fernão Pires q/e
di falecera 22.do proprio mes. No anno 125o. eſtaua o Infante D. Pedro com o in
fante D.Afon/o de Aragão em Seuilha, aonde aceitàrão arbitros para acontenda com
- -- - elRey
-

elRey D. Iaime, entre outras condiçoens βp" .ro


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‫ د ج‬Rey ‫ " ل‬:erd‫مي‬ade
‫" " ور‬n.

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º ,
Aoárigº Martins, que em Aragão e/laua prefo,ºqual Rodrigº M4rtinº éra/ohrinhà do
mo e Infante D. Pedro,como efereue Zurita no indices Latinos n que, auna, aon
Bernardino Gomes da Miedes, Bi/po de Albarra/in.mi vida delRey Diltinie.…ec/arafex
fobrinho, filho de irmãa, poremhe mais verifmel, que/oje filho defeu irmão Atarii»
Sanches, com equal º Infante andou muito tempº na côrte delRey D.Afonjo de teãº,
.
feucumhado, & que dele reteue opatronimico de Martins. -

No cap.27 do me/moliuro 16 aonde/e deu hila lila dos fenhor\es, º,da. Vil . . . dis
. . . la * * *Alc
* á*
gouas,faltou nomear D.Fernando Henriques,que depois aí...ancei por c/critura deíxe:
D. Afon/o V. feita em Sacauem a 24 de Agoflo de 1439. lançada ás folhas 22o dº
ſexto liuro de Odiana. Nella declara elRey, ue ſeu pay elRey D.Duarte com senſenti •
mento do Infante D. Henrique, dèra as Alcaçoua; em ca/amento a D. Fernando/eu
tio,netº delRey D. Henrique de Cafella Conforme a e/la eferitura/ehão de emendar os
Nobiliarios,que fazem a efe D.Fernão,hjneto daquelle Rey filho de outro D.Fernãº
do 1. do nome.que dizem ferfilho do conde de Gijon.&Morönha,filho balardo delRey
D.Henrique porque o certo he, fer o primeiro D. Fernando, filho delRey D. Henrique,
como fe pode ver no liuro das moradias delRey D. João o I da era de 1452.4 heann º
do Senhor de 1414. & ofegundo D. Fjfilho dele,neto do me/mo Rey com o cóf.
ra da efcritura citada,& de outra dºme/mo Rey,feita em Euora a 5 de Fevereiro da
1453 conferuada nº cartorio dos fenhores das alcaçouas, pela qua/mandava entre
gar oreguengo deſa Villa a D. Brancaviuua ¿le ô.Fernándoféu primoneto DeRey
D. Henrique de ca/lella. "\"" . \ - A -

a D.‫دان‬Bra
No cap. 5o dº me/moliuro numea infantºv,” ‫ لاﻣﺗ‬nca
& irmań del - . D.Dinis por
-** Rey - -

Abb
# ade/a, não porque foje Religio/aprofefa, mas com nome generico, pelo fenhoria da
தelgai de Burgò;ி,&quêáé άπορ: moa.no/romo, no teue estadº
51.tc/
de fecular, & nelle foi/enhora da?uélla Abbadia, cºmo tambem deccap
lara/e obr inhoo
conde de Barcellos D. Pedro,no feu liuro das linhagens tit 7. s. 5. Alem do titulo de
Senhoradas Huelgas, lhe dchoo de Vicondea, & mão/ei donde o feria fe miohe
que comas terras do Infantado de callella quepojuio, como difemos nocap. 58/e lhe
Zeu ejie tittulo. No Clau/tro velho da See de Lisboa, na capella da Cruz inflituida por
Pedro Vicente,clerigo da Infanta,ao qualella deu a quinta de Manjapão de 7/efalou
no cap. 2.8.3 elle applicou á Capellaje lêo epitafio djie Pedro Picente,que falleceo a 6;
de Dezembro de 1368. & dis 3/Si: Aquijàz Pedro Vicente, clerigo criado da
mui nobre fenhora D.Branca Vifcôndefa, filha do mui nobre Rey D.Afonfo,
& fenhora das Huelgas, oqual Pedro Viccntc foi Meftreefcola do Porto, &
Conego de Lisboa,&c. Applicou os fufragios pelas almas delReyD.Dinis,& da Rai
mha Santa# defeus filhos,& pela Infanta/obreditta,& por D. Brittes de Nº
ataes, que difemos fora Religio/a nas Huelgas... . . . , - .
. No cap. 55:/e diffe, que a Villa de Nomão fora a antigua Numancia. Em proua di
ºfeveja, º queeruditamente difcorre o Doutor Ioão Salgadº d'Araujo, Abbade que
foi de Pera,& hoje he de Villanoua de Foz Coa,no % das guerras daBeira.jim
primio no anno de 1644 a fol. Iog.ver/ & agradecendolhe a aueriguação de/iahon
rº/a verdade,ficaràôfem duuidas na matéria. No me/mo cap./e dije, que era da def
trițio de Portugal o ćafello de Laeara; aduirto que elRey D. Afonfo o vltimo de Leãº
-marguerras com elRey D.Afonfo 11. (eu # ov/unpou a eflacoroa, como/epode
ver na feritura/exta do Appendice da quartaparte.
- -
- \

: Na cap. 61-relatei o tefiamento da conde/a D.Lianor Afonſðirmaã delŝeyd. Di »


-

misfeito nº annº 1286. Defia/enhºra/efaloujá na quartaparte lib 15 cap.49.aomé


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ſe diſſe
fe difefer diferente de ºutrairmań/ua do me/mo nome, Religio/a no conuento de S.
Clara de Santarem, vi/las agora melhor as cou/as declaro, que/oi häa somente, a qual
depois de viuua,/e fé: Religio/a.com/la a verdade do cartorio daquelle conuentó aó
de/e* v1,acha. outro teflamento
'.- -
de/la/enhora feito a vinte de Marçº da era de 1331.
- - - - - -

que he anno de Chrifto 1293./endo nouilla, & nele deixa aº Mo/leiro as herdades de
Mortagoa,& Azambuja, as quaes elRey D. Afonſo ſeu 然 lhe auia dado, como fe vio
na quarta parte cap. 25. & 29. do liuro citado, & ainda reu"ga algüas clau/ulas do
primeiro té/lamêto,q apontamós,de q era te/famêteiro/eu tio FrAfonjo Rodriguez. El
Rey/eu irmão lhe tinha dado licença para deixar do Mo/leiro e/las heranças, efiando
ma ditta Villa de Santarem a 5.de Abril do anno antecedente de 1292 S no anno pri
meiro de feu reinado a 3. de Agofio,eflamao na cidade da Goarda lhas confirmou,fomo
elReyſeu paylhas deixara. Atè o anno de 13o. ha memorias aella naquelle carto
rio,aonde/eachão as outras e/crituras;parece que a leitou Deos para/y naquele tem
po pouco mais, ou menos,q o epitaño da/ºpultura,que tê nº choro, não declara o anno,
sò diz:Sepultura da # D.Lconor,filha delRey D.Afonſo III. irmaä del
Rey D. 燃 fundou cfte conuento, & nelle acabou fantamente.………
Por occafaõ defla irmaã delRey D. Dinis acclararei tambem º que/e dipe no me/-
mo cap. 29 de Rodrigº Afonfo, irmão do me/mo Rey, fazendoa mortº/eudo menino. O
.certo he, que chegou a idade de Sacerdote, & foi ºrior da colegiada da Alcaçova de
Santarem, & que foi alem diflo, Prior de Santa Eyria da mefma Pilla, & de S. A fle
uão de Alanquér, como/epode ver no fegundo liuño dos Padroados fol. 3.ē 4. 0 Aa
lendario antiguo da Collegiada/obreditta aponta o dia de /ua morte em 1o. de Setem
bro de 13o2. & dize/lar/epultado junto ao altar de N. Senhora, que he o da Capella
mayor, em/epultura alta para a parte do Ἀorte. 4. idus Sept. OÉji D Rodciicus
AÍÍonfus filius D.A.ilfuftris Regis Portug& Prior Ecclcfiae S.Mariæ de Alca
goua, EM.ccc.xL.& debet fieri anniuerfarium pro anima eius,& debet diui
di panis hæreditatis, quam ipfe legauit di&tæ Ecclcfi£ pro anniucrfariofuo,
quæ hærcditates (unt prope Golcganam in V. talhof & iacet intus in Ec
clefia prope altarc S. Mariæ in mónumento elcuatò vcrfus Aquilonem. ss.
No ¿ap.83. dije,que elRey D.Manoelin/lituiracadeira de refpora ae Theologia ma
Vmiuerúaade de Lisboa, na qual proueo a Fr. João Claro, Religiojo d'Alcobaça no anno
1504. de/pois me conflou, que os Padres Eremitas de Santo Ago/linho em fuas memas
rias apontão por lente defla cadeira no anno 15oo, a Fr:Bento de Lisboa. Religiofo da
fua Ordemyehe a/si/ucce/Sor/eufoi º nofº Fr/oão,de cuja promoção não ha duuida,
porque a carta de feuprouimento e(lá na Chancelaria delRey D. Manoel no liurº dº
anno 1504 às folhas 3 vef & nella declara, que fora eleito pelo Reitor, & lentes
dae/cola a 19 de Outubro de 1503. " …..….… -
No liuro 17. cap. 14 ratifiquei o mão/er D Mecia Lºpes de Haro,mulher legitima
delRey D. Sancho 11. acrecento agoraemproua defla verdade duas efcrituras do mef.
.mo Rey feita hüa no anno 1245. a 18. de Mayo,e/lando na cidade do Porto, & tratan
do/ejá em Roma/ua depofição por virtude da qual/eu irmão a 6 de Setembro do pro
prio anno foiyurado por gouernador do Reyno em Pariria outra foifeita e(lando o mefº
nº Key em Braga a 1. de Iunho do anno 1246 quando o Conde de Bolonha/eu irmão
jà e/laua no Reyno. Em ambas fenomea sº/em nomear a D. Mecia por Rainha. A pri
meira , que headoação do calledo de Marachiqueáquem da ferra 'ſ Algarue ao Bifpo
do Portè D. Pedro 1y, do nome, & áfua Igrejà,conjeruada no archiuo della, & mv2a
Torre do Tombo às fol.3. do fetimo liuro de odiana, começa defla maneira: Notum fit
omnibus hominibus has littcras infpe&uris,quod ego S.fecundus Dಣ್ಣgratia
* , … . . . . . . . - - -- - - Of (Ula
r . * - * . . - * * --
-
- --

Portugallie Rex, de mca pontanea voluntate,&c. Afegunda, qué he aconfirma


4ão do Couto de Bouro, & anda às folhas 1 1. ver/ do codice das ...
4.aquelê
Conuento confirmadas em tempo delRey D.Afon/o V, tê e/le exordio: Ego D.Santius
fecundus Dei gratia Portugalie Rex. Sem nos exordios,ou firmas, como era co -

flume, apparecero nome da tal Rainha. . . - , ...


- •" , , : ,
- *, . . . . -

Ao mefmo liuro no cap. 31. atè 34 e/ereui como fe apoderou elRey D. Dinis das
terras de Riba de Coa, que andãvão v/urpadas do tempo delRey D.Afânfo Henriques.
Naquarta parte liuro 14 cap. 16/e dije,que em tempo delRey D.Afonfo/11 nºs e/-
tauão/ogeitas: ouue ali equivocação, imaginando e/lar ca/lelmendo naquele defiri
to, fendo que fica do coa áquem no Bifpad0 de Vifeu:& o dar aquelle Rey/entença có
tra e/la Villa, em fauor do Mo/leiro a Aguiar,/ituado em # coá,bem podia/er;
ainda q era de/enhorio efiranho;antes he ordinario correrem as caufas de peijoas devá
rios Reynos confinantes, em qualquer delles aonde o letigio toca… ! . ,; -
Além deflay addiçoens, aduirto, quefe faltar no appéndice algún efcriturá, iralan:
$ada no volume/eguinte, & que/e ouuer algüas erratas alem das que vão mptadasſe
emendem, porque não pode acudir/e a tudo. . . . .……… … . . . .! ! !
Para aju/lar o que efcreui nefa quinta parte,fis conferencia tbm dous principaé
abonadores das pafadas, afaber o Chantré de Euóra Manoel Seuerim de Faria, & ö
Lecenceado Francifco Rodrigues ca[aó : ambos elles qualificadores approuados defer
melhantes materias,& lembrados de mim/empre com refeito/os titulos:quéprºceder
a mais dilatados elogios, feria deminuir em fia e/limação,a inda que não deixarei4
publicar a maior obrigação em que o Reyno efia ao chantre, por Å. dar agora à e/lã
pa oCatalogo de todos os e/critores Portugue/es. Tambem me vali das noticias Eccle
fa/licas do Lecenceado lorge Cardofo Sacerdotá, natural defla Cidade de Lisboa,Autor
do Agiologiº Lu/ytanº, que jà tem começadº a dar à imprefão, obra que chegandº º
fim,/erá hãa cabalhi/toria Eccle/la/lica do nofo Reyno.. Na mefma fòrma me confefo
deuedora outros/ogeitos, que me cômunicàrão algúas cou/as,& publicarei as ne/mas
obrigaçoens a todos ºs que daqui adianteme fizerem participante, do que feruir para
lufire da hiloria/uk/equente,ou melhorar efia já efcrita,porque tenho muiprefente 4-1 d. gºs,
lleaforimo
quetteajo ñacidó da ggenero/a docilidade de Ñ.P.s herñardo Duo mi hincce-ºº.º
- -

iarià funt,doccri, & iuuâri,que he dizer:Necefsito de duas coufas,de ferayudado,&


de fer infinado.Sobrevindo qualquer aduertencia,com quefe apure com maior acerto,º
que tenho propo/to, trabalharei por conformarmena aceitação, em forma, que fe po/a
verificar em mim, oque Era/mo (ne/la parte merecedor de fervuuido) publica dos Dº
tios de cin/era mode/tia em hia Epifiolae/crita a Henrique Bouillo,aonde disque o acei
targraciofamente as aduertencias, procede de modefla ingenuidade. Modeíti homi- iib.;rp.
nis eft, à quocunq; libenter admoneri. Ejà conforme a e/la certa doutrina,alem 14.
do vtildeficar melhor encaminhado,pode por vangloria qualquer mais prºfumido/o-
geitar/e ao ju/to benefício da cen/ura, pornão ficar/entenceâdo no voto de Apollinar
Sidonio, º qual deu por final manife/lo de ignorantes, fer tão facilmente conuenfidos,
como difficulto/amente encaminhados,& reduzidos. Idiotarum eftficut facile cõ
uinci.ita deficile compefei. Em mim porem ferà/empre reuerenciada toda a de/a-
paíxonada aduertencia, para que correfponda ao valor prudencia/ de S. Cypriano, o
qual com toda a verdade nos tértefica, que não he vencimento abatido,aceitar melho
res informacoens antes infruegäóproueitofa para illurar, & reduzir a maiorperfei
¢âo noffos efferitos:Non cnim vinicimur, qüando offeruntur nobis mcliofa,fed Èpit.71,
inſtruimur. -

ËRRA
E R R A T A S.
Fol. 3. º A. aonde dis,para nomear, diga para não nomear
fol. 23.… As Velefcabcça, d. Vcles cabeça,
fol. 25... B. o Santarem, d. o de Santarem.
- fol 32. A. Cauaeiros, d. Caualeiros.
fol. 83. D. Iaca, d. laen.
fol. 98. D. cafa, d. caffa.
fol. 99. A. - difendas, d. difendo.
fol. 99. D. conferudi, d. conferuari.
fol. i Io, D. hiftria, d...hifloria.
fol. 113. D. não faz, d. não fez.
fol. 125. . A. Rates, d. Portel. - •

fol. 126. D. • o babito de S.Fr.Gil, d. ohabito S Fr.Gil. º


fol. 147. A. 13.2.4. d. 1324 - -- ", .*

fol. 148. C. - eftruiad. d. cfta.tuia6. --

- fol. 164. A. concorrão, d. concorreráo.


fol. 17o, A. cathrcdaes, d. D.Cathrcda.
fol. 185. B. D.Maria, d. D. Ioanna. - . .. .
fol. 187. A no anno ſeguinte, d. no tomo ſeguinte. - Y " .. .

fol. 188. B. que fervião, d. não feruão. º

fol, 191. D mas que, d, por mais que.


fol. 195. D • publicadas, d, fabricas, o
-fol. 2.c4. B... titulo primeiro, d. titulo fetimo.
fol. 209. C. e acreftou, d. acrecentou.
fol. 218. - B. · fazenda, d.- familia. ' .'
fol.
· 2-3o. . . C. … apartar, d... aparentar.''' ' '
fol. 2.43. A duzentos, d, cento. . . .
, fol. 246. A o qual, rifquece. - _
fol. a 47. - D., D. Brittis, acrccentefe, & D. Ifabel.
---- ' ' fol. 19o. D _ Dona Brittis, d. D. Branca. ' ' ' '
* … foi 74 atè 178.ívão os numeros dos capitulos errados por inaducrtecia,nu
inerente confequentes; & [eouuer outras erratas tambem com facilidade
º fe podem emendar. . . ‘. . . - . . .

: No Prologopag:fegunda linh.2o.aonde dis Vrbano!V. d'Innocencio Iv.


- Ibidem linh. 34, particularidades, d. parcialidades. '' - “.

-
‘. . . . * *,\ . . . . . A -
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LIVRC
‫جی‬-‫معصبی‬

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l 1 v ]R) o xvi
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А
MO NA R CHIA
| LV SITA NA
| Lonacimento de Dom IDinis Sextº Rey
de Portugal.
*** HISTOR I A principio a eſtà quinta parte,mè=
$j de Portugal di recedora certo de eſtimarſe pella
#l riuada de feus variedade de fucceos, & obras
¿} primeiros prin dignas de hurti Principe capaz de
. (: cipiosdeujama fero primeiro, & não o fiécedor
a teria aos quatro em qualquer Monarchia. , ,
volumes antecedentes, que corti Deduzirei a narração de(de d ,
titulo de Moriarchia Lufitana fe nacimiento dete Principe de que
diuulgarão. Cóntinuandoa ágora eſcreuemos, paraque ſeu nâcimëº
do anno mil duzentos & fêtenta to denoua origem a ete meu tra
& notie adiante, no principio do balho, & renacida com argumê
qual com a morte delRey Domi to tão graue hofa efcriturá, abrá
Áfonfo Terceiro entrou no fe caminho ao procefo da hifloriá
nhorio defla Coroa o grãde Rey fib(equête. He pois de faber, que
Dom Dinis ſexto Rey della, darei fèndo Cõde de Bolonha de Frã
A. ģa
- Liuro XVI, Da Momarchiá Luftama.
ça elRey Dom Afonfo terceiro tinha o pay vifinho; muitos auia
rvia defua mulher a Condef q o criminauão de deamor di
fa Matthilde, fenhora proprieta primurofo,outros o defèdião por
ria daquelle eftado, fe lhe occa cõferuaçaõ de eftado bem confi
fonou vir fenhorear o Reyno de derada não podia poré ocultarfe
Portugal, admitindoo primeiro fer mais juto repeitar a mulher
por gouernador os pouos por é cuja cópanhia o chegara Deos
á boa dita de fucceder em hum
mandado do Pontifice Innocécio
quarto,& fuccedendo defpois na Reyno,q pelos intentos de fe cõ
Coroa do Reyno por morte de feruar na pofe dele, aceitar ou
feu irmão elRey D. Sancho II, a tra contra os eftatutos dos Ca
quem o me{mo Põtifice priúara º nories (agrados.
do gouerno. Reconhecido por . Não deuia proceder totalmé
füceef of defte ReynooCôde de te elRey D.Afonófora dos limi
- *

Bolonha D.Afonfò, fe cafou com tesda jú9íçaiporáventosquere


Dona Brites, filha delRey Dom Correo ao árbitrio idós Pôtifices,
Afono o Sabio de Catella,endo alegando razoés, q lhe pareciaõ
viua a Condefía Matthilde-fiia i baltantes a difloluer o primeiro
mulherlegitima.Eaindaque para matrimonio, & outras també de
o fazer defitir da companhia de cõüeniêcia para receber por mu
Dona Brites, & admitir a verda lher 2Dona Brites.O meimo Põ
deira, & legítima mulher Mat - tifice Aléxandrerio arino 125 ;.ti
thilde inftaraó os Pontifices Ale*, nha ecrito a el Rey S. Luis inte
xadre quarto, & Vrbano quarto, reſſado no credito da Condeſa
apretandoo cõ a força das armas Matthilde,á anaóobrigaſle a coz
da Igreja, & o perfuadiraõ alem habitar cõ feu marido, em quãto
dito pefoaszelofas,& de outori na demanda 4 corriafe não deci
dade, em áteue primeiro lugar ffe o cóueniente a ete cao. Afio
S. Luis Rey de França, mädando refere Fr. Abrahaõ Bzouio por rei Adann.
Embaixadores a Portugal fobre laçaõ original do regito deflePa-****
\ eta materia, como ecreue Pe pa;&ainda acrecetăſentenceata.”
* 4 dro Mattheo em füavida;não foi elle cóos Cardeaes, viueſſem el-,
pofuel obrigalo a deixar a Do Rey,& a Condea apartados, &
na Brites,attribuindohūsolanço άlhereftituiffe elReyinteiramé-,
a aborrecimento da Matthilde, teo dote cõ tudo o mais q della,
outros à afeição da noua epofa. ouueferecebido. Em refolução.
O certo he q o patrocinio qMat elRey D. Afonfo continuou cõ a..
thildetinha em S. Luis etauadi Rainha Dona Brites,ateque della
varão.
flante, & a Rainha Dona Brites veio atero primeiro filhoNaceO
; - ~,
· EIR9 pom Dini, ·
, Naceoefle Infante(que foi D. reuogou rodas as dea,bés què #ReyZ3
Dinis (exto Rey de Portugal, de Sancho fizera, é tem ende éKey ºpri
qué comegamos a ecreuer ago uilegio de Papa.Com eſte teſtemu
| ra) no anno de mil duzentcs & nho fè inualidou a poffe 4 os Tē
fefienta & hum. Eparaque ogo plarios tinhão por concelaó del
fto que o Reyno feue com ïèu Rey D.Sanchò fègüdo,& fè afíè
nacimento, e não deminuife na gura també a certeza das bullas
cõfideração defer auido fora das dà legitimagao i pretende mos.
licenças do matrimonio, fupplie" Püblicadas as bullas fobredi
... cario logo no Mayo ཤྲྰི་ཨྰཿhu་༑
OŠ tas, mâdou elRey ġ fe depofitaf
Prelados do Reyno ao Papa Vr ſemnoeartorio dønoſſomoſtei
bano IV. q então prefidiana ca ro de Alcobaça, & fendolhe ne
deira de S.Pedro,& inclinandoſe cefarias no anno mil duzentos &
a fantidade doPötificeafèus ro fetenta & feis,as mãdou pedirào
gos, difpenfou no cafamento del Abbade D.Pedro Nunes, duode
ey cõ a Rainha Dona Brites,le cimo em numero dos daquelle
uantando o interdicto que etaua Cöuento. A carta del Rey ſe guar
pofto por efta caufa,& egitiman da no cartorio dele, & diz deta
do juntamente feus filhos.Decla- . maneira. 2)em …fm/ºpela graça de
rao affi a chronica antigua del Zºeos Rey de Portugal, 9 do Algarne,
Rey D. Afonfo terceiro; & detie ‫أ‬8d ‫م‬dahah‫ نق و‬83
‫مس زهلا امل‬inde
terlé por fêm duuida, füpofto á conventº de/emºfºne lºgar.Poréman
não achamos hoje as bulas que damos vía efa carta, que me indledes
então feimpetrarão; porque nos por James Eannes meu clérigº, e por
conta feré ellas expedidas,& em aops frades yofos aquellas carta¡ de
fua companhia outra do me{mo Хота, фие hy o meu Chancerelpos em
Papa, em q derogaua as coaçoes guarda, domeu caſamento, é da Rai
inofficiofås delRey D.Sancho fe nha,porque os meus filhos/om liares,pº
அ.தி. gundo. Na torre do Tóbo fecõ quefoi alçado o interditto de meu Rey
56." Rag" ferua a contenda dos Téplarios no. Onde almom façades. Zada em Lif
afo Eccleſiu
flºo. có o Bifpo,& Cabido da Goarda. boa doze de lunho era mil trezentos &
em tépó donoffo D5 Ditis anno' 4uatºrze.Cőa difpenfäção,&fegi
milduzentos & nouéta &fetefo timação ſobreditas ſe àquietou o
bre a propriedade da Idanha a Reyno,feftejando cỡ renoùos dè
velha, na qual por fer conueniéte: alegria o nacimêro do Infante D.
ao direito das partes, expretou Dinis,a quế tãtoithportauá a fế
hüa das teftemutihas, á era Do gurança, & habilitação do cafā
mingos Ramires: que o?apa gue. méto de feus pays.Para a difpen
legitimou ºs filhºs delRey Z3 அன்,ே fação fedefpédeo em Roma grã
A2 de
Liuro XVI. Da Monarchia Luftana.
2. "... dequantidade de dinheiro, em ria, @ de São Zinis em cujo diana
Lii", particular receberão os Bilpos de ci, é que tenhapor meupadron para
.ே Coimbra, & Lisboa D. Egas Fa com Zeos. Deue o dia noueno de
ss” fes,& D. Mattheus por ordé del Outubro ferrepeitado pelo na
Rey, mil & etecentos marcos de cimento de taõ grande Rey, que
prata por maõ de NicolaoSara- … InCrCCCO traZer 2 Portugal hữa
ça,hum dos Eichäes, & Eſcäçäes . fanta taõ celebre,como a Rainha:
delRey,de 4 receberaõ quitaçaõ Santa Iſabelfua eſpofa: & porque
a vinte & fete de Outubro do an no proprio dia do anno milcem- rosa
no milduzêtos & feffenta & tres... to: & nouenta & finco expedio "nºss
Nacera o Infante o anno que Celeftino terceiro a Bulla de Ca- “**
apontamos de mil duzentos & nonifàçaõ de Saõ Rofendo, que.
ſeſſenta & hum a noue de Ou foi o primeiro fanto Portugues,á,
tubro dia de Saö Dionifio Areo-* no tempo dos nofos Reys foi ca-,
pagita, & por eta caufa lhe pu nonifado. . . :
feraõ o nome. Em reconheci Parece que permitio o Ceo,
mento de auer nacido dia de quando fedefuiou ter elRey Dõ.
fte Santo, lhe teue ElRey deua Afonfo filhos da Condeça Mat
ção particular,edificando ahon thilde, & entrar por etaviafan-,
rafüa, & debaixo de fua inuoca gue Frances nos Reys de Portu-i
çaõ no Bipado de Lisboa o Real . . gal, que ao menos caiffe o naci
mofteiro de Saõ Dinis de Odi mento do primeiro filho de fua
uellas de Religiofas de noffa Or fegunda mulher Dona Brites no
dem Cifterciente,&a Igreja tão dia de S. Dinis protector da Mo
bem do Porto nouo de Saõ Di narchia Franceſa; paraque aſſi fi
nis que elle pouooujunto a Tor- . cafemos fempre cõ obrigaçoês
resVedras, & fundando a no a França; que pois elRey S. Luis
brevilla de Villa real, deu inuo intreuinha na obra, naõ podia
caçaõ de Saõ Dinis tambem à deixar de fair conhecida por
Igreja della. E{colheo finalmen Francefa: maiormente aduirtin
te elRey Dom Dinis ao me{mo do,que a legitimação que elRey
Santo por feu auogado | diante Dõ Dinisteue,foi concedida por
de Deos, com demoftragâo de Vrbano quarto Frãoes de naçaõ,
grande Chriftandade. No com & á era S. Luis tio do Infante á
promio dos Cappelaés de Odi nacia, por fer primo com irmaō.
uelas, que daremos afeu tem delRey Dom Afonfofeu pay,co
po, vai ele dizendo, em como mo filhos de duas irmãas as Rai
ëdificaraaquelle Conuento a hen nhas Dona Branca, & Dona Vr
ra de Zeos, @ da Virgem 3a raca, eta de Portugal, & aquella
- - de
- ". ElRey Dom Dinis. . ' ?
de França, filhas ambas delRey meiros reftauradores entrou no
Bom Afonfo nono de Caftella. Reyno; donde he bem áfe con
O Doutor Francifco de Pifa na fidere, que reftaurados então, &
hitoria de Toledo não fei que hoje retituidos, deuemos parti
caufāteue para nomear por filha cular agradecimento à Caía de
ao feu Rey Dô Afonfo eftanoffa Vandoma. Mas naõ paraõ aqui
Rainha Dona Vrraca. Da me{- os repeitos detaReal Cafa hon
malinha de Hugo Capeto pro rada com aafcendencia de Saô
cedião tambem elRey Saõ Luis, Luis,nem os que a Saõ Dinis de
8. o nofo Rey D. Afono. Noa uemos os Portuguetes, e confi
Senhora de Claraual he a prote derarmos á afelicidade de noífas
étora dete Reyno de Portugal. nauegaçoẽs, & deſcubrimentos
De Anaflor em Normandia veio foraó patrocinados por ambos
a Cruz milagrofa com que fefez etes Santos. O Infante D.Henri
celebre a Imagem de Nofa Se que das primeiras Ilhas que de$
.nhora de Oliueira da illuftrevilla cubrio, a húa deu nome de Saõ
de Guimaraés, a quem elRey D. Luis, & á outra Ilha de Saó Di
Ioão o primeiro deuea vitoria de nis.E foi a caufa,fer SaôLuisauo
Aljubarrota,& o Reyno de Por 醬
defte Infante , & Santo de
tugal fualiberdade. E para que ha deuaçaó dede óprincipio de
não sô a França em diferentes fua idade,como elle publícou erh
prouincias reconheçamos penho efcritura que daremos a feu tem
res de nofa fegurança, fenão em po, debaixo de cujo emparo, &
particular à Real caſa de Van fauor dirigia todas as acçoés, &
doma, cuja gloriofa etirpe pof leñnprefas.E Saõ Dinis Santo aúó
fue hoje o cetro daquelle Reyno gado, & patraõ DelRey D. Dinis
deriuada por varonia do me{mo intituidor da Ordem de nofo
Saõ Luis Rey de França, & de Senhor Iefü Chrifto, comas def
cuja Chriftianisima grandeza 體 3: rendimentos da qualel
eftà noffa reftituição no tempo e Dom Henrique fazia os defèu
prefente com tanto amor, & ze brimétos,& armadas,por er Res
†. afitida, he para notarfe, que gedor,& Adminitrador da mef.
ma Ordem, . . .. .
a Cidade do Porto tem por ar -

mas húa Imagem de Nofa Se . Porem tornando ao nofo In


nhora entre duas torres, com a fante, elle foi o primeiro que na
inuocaçaõ de Nofa Senhora de Cafa Real defla Coroa tetié no
Vandoma, a qualinuocaçaõ lhe me de Dinis,que depoisfe intro,
deu Dom Onego natural de Vá dufio, pela etimação é os Prin
dema, que na cópanhia dos pri cipes, & decendentes del Rey
‫ ۔‬.... ----- ‫جمہ‬ A3 Dom
-
* Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Dom Dinis fizerão dete grande
Rey. Seu filho elRey Dom Afon CAPIT. I H.
fo quarto deu o nome de Dinis
ao fegundo filho que teue, que Da patria,ama, é padri
lhe morreo minino,& età fepul nhos DelRey Dom
tado em Alcobaça. Seu neto
-elRey Dô Pedro deu o proprio Dinis.
nome a hum dos filhos de Dona
Ines de Caftro, que eftà fepulta Patria defte Princi
do em Guadalupe com titulo de ¿ foi a cidade de Lif.
Dom Dinis Rey de Portugal na §: boa, refidencia ordi
fepultura, pela pretenção que ea *naria defeu pay Dom
ao Reyno tinha. O Infante Dom Afonfö, & principal abrigo nas
Fernando pay delRey Dom Ma contendas que com feuirmão D.
noel deu nome de Dinis a húdos Sancho tede (obre o gouerno.
filhos, que lhe morreraõ moços. Fez elRey fempre grande eti
O terceiro filho DelRey Dom magaó de auer nacido nella; por
Ioão o terceiro, que morreo em que alem de amor que os homês
'Euorano anno milquinhentcs& naturalmente tem á terra de fua
· fincoëta & fete fe chamou tam criação, & nacimento, lhe acref>
bem Dinis. E o terceiro Duque ceo outra circunftancia; qual foi
de Bragança Dom Fernando deu ferleuantado em Rey name{ma
tambem nome de Dinis ao ter Cidade. Affi o publicou elle no
ceiro filho que teue, o qual foi anno mil duzentos & oitenta &
Cõde de Lemos, & no ramo dos finco em húa junta que teue có
Alencaftros,que delle procedem o confelho, & pouo de Lisboa, a
pello Comendador mör Dom que concedeo, & confirmou pri
Afonfo feu filho, anda o me{mo uilegios, â fe relatarão naquelle
nome de Dinis conferuado por anno. & diffe mais(faõ palauras da
eta caufa; affi como tambem na efcritura) que não hauia confilho em
.cafa dos Condes de Faro fe in todo/eu?eyno.com que ouueffe maiores
troduzio o nome de Dinis por via diuidos de bem, ca com o confelho de
de Dom Afonfo Conde de Faro, Lisboa, cahynacera@r hyföra ്il4,
irmão do me{mo Duque Dom @ bautizado, é hyfora Key. E não
. . , Fernando,de que procedem. deixa de fer demoftraçaó de ani
Dom Pedro Dinis fe cha mo agradecido,& defejofo de bé
mouhú dos filhos do fazer, trazer prefentes as razoés
Duque de Aueiro - que o obrigauão a eta beneficê
D. Ioão. -

cia: fendo tão ordinario nos ho


. A
1TյCIյՀ
ElRey Dom Dinis. 4
mens defuiar da memoria, & ef. me declaraó as Ordenaçoësdel Lib.I.tir."
curecer cô artificios obrigaçoês Rey Dom Manoel, & repondiãosa.
ſemelhantes. aos Dezembargadores dos ag
Para ama de peito lhe efco grauos que hoje temos.Comete
lheo elRey feu pay húa nobre titulo affinaráo na pouoagad de
mulher chamada MariaMigueis. Saluaterra de Magos, foral de
Pareceome q feria Dona Maria Lanhofo, &em doaçaõ dealgüs
Migueis natural de Lisboa, cafa padroados ao Comendador do
da com Nuno Rodriguez Bocar Crato, & Sertãa Vafco Martins,
ro,conſiderando nella ſer filha de & em outras: Siluefier 2úchaelis
Comes Pe Miguel Fernädezcolagodomeſ Superiudex. Não lhe dà o Conde
trus tit. mo Rey Dom Afonfo, afeiçoado por irmãa, ou filha eta Maria
que foi à tia deta fenhora, que Migueis, por fazer sò mençaõ
podia fera caufa de lhe conceder dele a repeito do cafamento de
o fauor de ferama de feu filho: o feu filho Martim Mendez com
qual(e afeiçoou defpois á cunha Dona Brites Mafalda, fenhora 4
da da me{ma Dona Maria cafada por parte da máy era dos Mou
com Martim Gonçalues Barreto. ras,& Fagundes. Huma filha lhe
E ſuppoſto que o Conde Dom achamoscafada com Vafco Lei
Pedro de Barcellos no ſeu liuro tão; porque em outro lugar diz o
das linhagens não de geraçaõ a mefmo Conde, que fora colaça
efta Dona Maria, podia fer def delRey Dom Dinis a mulher de Comes Pe
cuido como em outras muitas. trus tit.
fte fidalgo. Deixaſe bemver fua ‫ه‬.44
Porem o mais certo he fera
qualidade por etes cafamentos,
Maria Migueis amadelRey Dö que o appellido de Mafaldo era
Dinis, natural da villa de Guima principalifimo. E dos Leitoês
Liuro das raês.Temos a memoria em hum fabemos, que riuerão dous Me
homranč
deuaça dos liuros de inquiriçoés do mef. ftres da Ordem de Chrifto na
Alem Dou mo Rey,aonde fe diz, que na vil quelle tempo, & hum ſobrinho
ro da lei ladeGuimaraês fe deuagaráo as delles Metre da de Auis. . .
፲፱{ፖጬ ጸ፱0ዟ4
cafas de Maria Migueis ama · Bautizou ao nouo Infante o Catalogo
fol. 9.
delRey. Deuiafer ella irmáa,ou Bipo do Porto Dom Vicente. dos Bipas
do Porto
filha de Siluetre Migueis vifinho Quiz elle que nos conſtaſſe deſte 2.Ρί, 42,
da mefma Villa, cafada có Efte fauor que ElRey Dõ Afonfolhe
Contes Pê
uaô Romaës,como deixou efcri fizera,porquenoteftamento que
trus tit. to o Conde Dom Pedro. Seruio fez quando morreo, deixaua en
59.
SiluetreMigueis de Sobrejuisem comendada a execuçaõ de fua
tempo de nofo Rey.Eraõ feis em vltima vontade a ElRey Dõ Di
numero ossobrejuizes, confor nis, lembrandolheA4
- i.
a obrigaçaõ
que
|

Liuro XVI, Da Mómarchiá Lufitama.


, que tinha de fer pontual nella, 40, é degrãofazenda, 6"faepadri
pois auia fido feu afilhado,& cõ nho del ºey Zºom Zinis, a que Zeas
padre. E pedimos por merce a no/o perdoe. Mereceo Dom Egas Lou
fenhor elRey pela/eruçº que fizemos a renço a graça delRey D. Afonfo,
ſuapeſoa,gra elle,@rpornoſſo afilha & era tão notorio feu valimento,
do, é compadre que he, cºpela nº/a quenas ecrituras publicas firma
#, que defenda os executores de
º tefiamento. Afilhado lhe cha
ua com o titulo de priuado del
Rey,coufa que permetida na ma
ma pelo auerbautizado,& com ior fingeleza daquellaidade, cau
padre, porque deuia bautizarlhe fara grandes emulaçoes no tem
--º
algum dos filhos; que fabemos po preſente. Deu elRey a Ioão Ε. θ. Ι. de
viuer efte Prelado até o anno de Soares Coelho a villa de Souto Aleın Dou
milduzentos & nouenta & fèis. de riba de Homem, & entre ou roſal.zić
elRey D. Dinis confefou fempre tros, confirmão a doação, os que
as obrigaçoês que tinha ao Bipo fefeguem. Zom 3áem Soarespriu
D.Vicente,& asgratificou,publi do delKey confirma. Zem Agas Lou
cando o quantotinhabem ferui renço da Cunha priuado deláey con
do a ſeu pay, & a elle Quiparem Árma. O Dom Mem Soares era o
m%rum, & mos /ibi diuerfi; miodis, &- de Mello,de que ja no tomo an
feruijs obligauit.Adiante daremos tecedente temos falado, & acha
a eſcritura, & a cauſa della. -
mos com o me{mo titulo de pri
Foi padrinho Dom Egas Lou uança, em que agora o acompa
renço da Cunha, hum ôos prin nha Dom Egas, que parece não
cipaes Ricos homens detanobi, erão tão ciofos de cópanhia nefa
liffima familia. Confirmou Dom parte os antigos cortefoês do nog
Egas Lourenço entre os de ſeu fo Reyno. Défpois de Dom Egas,
tempo no foral de São João da & Mem Soares,não achei em ef
Pefqueira, anno mil duzentos & critura publica,que firmae com
fincoenta & feis: Z.Egas Lauren titulo de priuado dos Reys dete
tius de (unia.E defpois no anno de Reyno, mais que ao Doutor Ioão
mil duzentos & feffenta no foral das Regas, o qual em húa eferi
de Prado. Delle eſcreueo o Con tura de annexação de muitas
Tit,55. de Dom Pedro em duas regras, Igrejas 鬱 ElRey D. Ioão o pri
o que bata para autorizar taó meiro fez à Ordem de Auis no
principal Caualleiro, declarando anno 1394. vai nomeado defta
os procedimêtos,& riqueza, que maneira entre os mais fidalgos:
o fizeraó capaz de fer compadre O Zautºr João das Kegas primadº
de hum Rey taópoderofo.E efe delÄey. - - º

Zººm Egas Lºurençº for muitº honra: Rui de Pina na Chronica de


Afonfo.
ElRey Dom Dinis. - 5
Afonfo terceiro, & outras me do batardo, para ayo defeu fi
morias dão por padrinho delRey lho,demotra que repeitou nelle
Dom Dinis, fem falar em Dom a fuficiencia, & talento para hű :
Egas,ao grande Mefire de Santia tal minifterio. DeuiaelRêy Dom
go Dom Payo Peres Correa; & Afonfo de fazer tambem eleiçaõ
em particular diz a Chronica de pefloa deta familia pela feli
-

falando da conquiíta dos lugares · cidade, & boa eftrea Com que ;
do Algarue pelo Metre D.Payo. Egas Monis criou aquele fanto,
Na tomada dos quaes foi o dito , -&valerofo Rey. Foielle acerta-.
Metreja como valalo, & com do no penfamento, que bem fe
padre que era do dito Rey, A deixou ver na prudencia, gene
ualidade;& acçoês defte famo rofidade,& mais qualidades que
L. 3. del- . Portugues tudo merecião;mas
ſeruem de ornamento á Mage
Rg dem eomonomeandoo o Conde Dõ. ftade Real, quanto obraraõ em
** Pedro tantas vezes lhe não cha feu filho os primeiros enfaios de
fol. 23- - - -

me padrinho de feu pay, & de Lourenço Gõçalues Magro. Del


Dom Egas Lourenço da Cunha le pelo appelido de Magro pre--
fale com clareza, conformome tendem defcendencia os que ha
com ele neta parte. Da madri nefte Reyno. Em tempo delRey
nha, & mais folemnidades dete Dom Ioão primeiro temos noti
aéto naõ defcobri noticia- cia de Vafco Magro, & defpois
..?' . . . . . na Chronica delRey Dom Ioão
* . . C A P IT. III. fegundo, fendo Priñcipe, fe no-,
* -- " ... . - º meão Diogo Gil Magro, & Rui
º ‫اصلاحطه‬ , Gil Magro. Ete Rui Gil Magro
, Da priарао De lRey … foi Anadelmôr dos befteiros da
D. Dinis. -
· Camara do mefmo Rey,& Ana
del mòr tambem dos e{pingar~ .
# Hegado o Infante D6 deiros da Camara delRey Dom
Co777es Pe
{$#*# Dinis a idade que po- . Manoela feu filho Egas Louren
! " ‫لإصرالله‬
- w

trus tit. #\#> dia aceitar doutrina, ço Magro Deaõ de Lisboa, co


36. ë">T£& & boa criaçaõ, teue molhe chama o Conde DõPe
por ayo Lourenço Gonfaluez dro, ou Chantre de Braga,como
Magro, filho batardo de Gon o liuro velho o intitula as folhas
galo Viegas Magro, & terceiro 18. ficou o fenhorio da villa da
neto do grande Egas Monis, ayo · Afºga, que defpois vendeo ao
que foi do primeiro Rey Dom Bipo Dom João de Britto. Deu
Afonfo Hériques. EfcolherelRey elRey Dom Dinis eta Villa ao
D. Afonſo a eſte Caualeiro, ſen Pay deleporfer ayofeu,& ainda
- que
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
que annos adiante fez gêral re enganafe em fazer os de Chacim
uogação das merces que fizera naturaes de Galiza, fendo Chas
nos principios de feu reinado, có cim, de que elles erão fenhores,
feruou todauia a Lourenẹo Gõ no deſtrićto de Bragança.Foica
çalues no fenhorio da Arega, co fado duas vezes o Nuno Martins:
mo conta deta ratificação feita a primeira com Dona Sancha
nas Pias a noue de Nouembro Correa, & a fegunda com Dona
de milduzentos & oitēta & feis. Tareja Nunes da familia dos Sil
1.ças," " defe a Lourençº Gonçalues uas. De ambos os catamentos
Didi Yagro meu amo por criança, é por deixou decendencia amplifima,
***/erui º que mefez em doaçºm a vila de que abraça muita nobreza em
„Arega,es en : todatas doaçosts, Portugal,& Catella, alem da 4
fe diriuou dos filhos de Dona
mºm/* enrom minha entençom, nem
- he, que eulhereuega a ձ:çom Tu Ines de Caſtro, decendente do
do merece húbõayo, & metre. me{mo Nuno Martins por femea
Eta villa de Arcga foi pouoada do fegundo cafamento. Com ti
no anno 12oo, por Pedro Afonfo tulo 蠶 ayo do Infante Dom Di
filho baftardo delRey Dô Afon nis confirmou Nuno Martins de
fo Henriques, & nete proprio Chacim hú anno antes da morte
anno lhe deu foral,que fe acharà delRey DõAfonfo terceiro, que
na gaucta dos proprios das Vil foi no de Chrifto mil duzentos &
las. Seu irmão elRey Dom San fetenta & oito, na doação q elle
cho o primeiro lhe deu a terra.fez do catello, & villa da Louri
Não fe aperfeiçoou o puli nhã afeu filho Dom Afonfo. Z3 D.* Αfon/6
#7
mento de tão grande fabrica cõ ?Nuno Xartins ayo de ZX5 Zinisten.
hum só artifice,& asi vemos que 2ragantiam. Dom Nuno Martins,
defpois de ter Lourenço Gon ayo de Dõ Dinis gouernador da
çalues a ſeu cargo a criaçaö do terra de Braganga. O anno fe
Infante, a continuou Nuno Mar guinte de milduzétos&fetêta &
tins comigoal cuidado. Era ete noue tomou elRey D. Dinis pof.
Nuno Martins chamado de Cha fe do Reyno,&prouendo osöffi
cim da familia illuftre dos Bar cios da cafã, honrou a feu ayo
gançoés, grande priuado delRey Nuno Martins com o de Mordo
Dom Dinis, a quem feruio de momôr, & afsi confirmara dos
Adiantado(4 heFronteiro mòr) annos mil duzentos & oirenta a
na Beira, & entre Douro, & Mi- ' diante, Z).Nunus ×aiordomus ten.
nho. Delle, & da familia de Cha Zragantiam. D. Nuno Mordomo
cim efcreueo alem do Conde Dö mór delRey gouernador da terra
Pedro, Argote de Molina, mas de Bragança.
Daua
*
ElRey Dom Dinis. … # 6
Daua o Infante D. Dinis mo gouernar da mefma idade, ven
fras de grande engenho, & da dofe falto no conhecimento da
quella viueſa de juizo com que lingoa Latina.
executou as acçoés todas de feu Alguns fe perfuadem que fal
gouerno. Pareceo conueniente á tou a elRey Dom Diniso conhe
te cultiuaíle com boas artes; ap cimento della, por verem que a
plicaraõlhe ao enfinar os melho degradou do Reyno, mandando
res meftres que auia no Reyno, 驚
procefos, & actos judiciaes
& alguns Franceles, que elRey e efcreueílem na lingoa vulgar
mandou vir , pela noticia que Portuguefa, & não na Latina, co
tinha da fufficiencia delles no mo era cotume,donde parece á
tempo que viuera naquelle Rey a defetimaua,como defconheci
no,então florente mais nas letras, da. O intento todauia foi mui di
& Policia, que a nota Hepanha. ferente à imitação de ſeu auô el
Entendo que o Bifpo de Coim Rey Dom Afonfo Sabio, que or
bra Dom Aymerico foi metre denara o me{mo nos Reynos de
delRey Dom Dinis,& em fatisfa Catella a fim de melhorar a lin
çaõ do infino o proueo elReyna goa materna, aindaque com fer
quelle Bifpado nefteprimeiro an zelofa atenção de ambos,faio in
no de feu Reynado. Da qualida fructuofanos efeitos,porque fem
de,&patria defte nobre Frances confiderauel melhoria na lingoa
daremos noticia adiante. Conti propria fe perdeou o vfovulgar
nuou o Infante as liçoês com cu da Latina taö nccefîaria. Pri
riofidade,aproueitando em tudo meiro que Afonfo Sabio, quer
com melhoramento conhecido. Diogo de Colmenares que intro
Entendiaó todos,que fe o naó di duziffe feu pay elRey Dom Fer- .
uertiraogoperno do Reyno, em nando eftecoftume; affi o proua
que entrou, de idade de defafete na hittoria de Segouia cap,£1.5.8.
annos, & cõtinuara por mais tê E pode fer que quifeffe imitar a
po nos eftudos,fora hum retrato ſeu primo com irmaò Saõ Luis,
de ſeuauô elRey Dom Afonſo o que tinha introduzido em Fran
Sabio de Catella; mas a felicida ça o me{mo, fegundo o diz Chi
de do Reyno,& fenhorio,que lhe flecio na fua Apologia de Eſpa
entrou taõ cedo, & o aboñou de nha cap. 9. … * * **
politico, & prudente, o defuiou . Como naquele tempo elRey
¿la gloria que pudera acquitir de Dom Afonfo Sabio era o oraculo
Sabio comios exercicios de eftu dos de Hepanha, & ainda de to
diofo. Bem fintioito o Empera da Europa, & os nofos Reys Dö
dor Carlos Qujnto,que entrou a Afonfo terceiro,& Dom Dinisti
ԱCraO
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
ueraöcom elle as dependencias, Portugues hum liuro traduzido
· & correfpondêcias,que fabemos de Arabigo em Portugues por
foraõ grandes imitadores de fuas Pedro Galuač a inftácia do mef
acçoes,venerandoas hum, como mo Rey D. Dinis. Era autor do
genro, & outro como neto. Ta liuro Gataõ de Fox Portugues
xou preços elRey Dom Afonfo a de naçaõ, mas defcendente de
todas as coufas que fè compraõ, Francefes de Aquitania, principe
& vendem; logo feu genro Dom dos Theologos de feu tempo, &
Afonfo introduzio o me{mo em inſignenaslingoas,Franceſa, He- .
ವಿ. Portugal,ainda temos acopiade brea, Latina,& Arabiga, na qual
:. ſta prematica, 蠶 por de pouca efereueo,porferentaõ vulgarem
decome vtilidade deuia durar pouco, co | Hefpanhã, O liuro era repartido
mo experimentou elRey Dom em fête partes;nas tres primeiras
Henrique de Caftella, que ten trataua de Deos, & da immorta
ಥ್ರೀ outra vcz o vtil, incon lidade da alma; & nas outras fez
uenientes o obrigarão a cótinuar hüa concordancia dos ditos das
no etilo ordinario das mercan Sybilas com os Profetas, & diº
cias. Oliuro daspartidas de ſeu correo fobre o eftado da bema
auo Dom Afonfomandou elRey uenturança, & purgatorio. Diz
Dom Dinis traduzir em lingoa que fora eleito Bipo de Euora
Portuguefa, -

em tempo delRey Dom Afonfo


Trabalhou elRey Dom Dinis Hériques,& inuiado por feu Em
muito por enriquecer a lingoa baixador a Roma, moriera nơ
Portuguefa,& a ete fim mandou caminho. O que dizdete autor,
traduzir nella muitos liuros ef & defeu traductor tem algumas
critos em varias lingoas,que hoje duuidas;contudo a certeza de fer
nos faltão. Em particular fe tra o liuro traduzido por mandado
duzio por fua ordem da lingoa delRey Dom Dinis, deuia cón
Arabiga ahiítoriado Mouro Ra ſtar da prefação delle, 8 abona
fis,Chronifta do primeiro Almá bê a curiofidade dete Principe.
gor Rey de បុំ na qual fe Do que elle aproueitou nos
deu humanoticia das colifas de etudos, não fe alcanção outros
Hepanha antiguas mui necefa vetigios mais,que algüas poefias
ria. Flauio Iacobo Eborenfe no a que fe inclinou com maior af.
feu liuro de poeſias Latinas, im fecto; & alem de outras he de
preſſo no anno mil quinhentos. maior etima hum cancioneiro
& nouenta & feis em Veneza,diz que efcreueo em louuor de noffa
que vio em Roma na liuraria do Senhora, melhorando nete af.
Cardeal D.Miguelda Silua nofo, fumpto o talento, que em outros
empre
. . . . . . .. ElRey Dom Dinis. . . . - ク- - -

empregos tinha diuertido. Pode dade,& elegácia da nofa lingoa,


fem falta ter competencia com o achandofelmefte Reyno poücos
cancioneiro de N.Senhora com que efereuão verfos, & naõ feja
poſto por elRey D.Afonfo Sabio, na lingoa etrangeira de Catel
o qual fe guarda na liuraria do la. Lucio Marineo Siculo louua
. Efcurial. O Conde Dô Pedro de com muitajutiça ao蠶 Icão alaroi vit
Barcellos, 4 eſcreueo oliuro das de Mena; porque fendo Secreta forof;anno
tım

linhagens,no tetamento que fez, rio das cartas Latinas delRey Dő


enterrandote no nofo Moteiro Ioão o Segundo,& tendo noticia
...de S.Ioão de Tarouca, entre ou de outraslingoas,foi taõ"afeiçoa
- tras mandas,deixa oféu liuro das do à fua Cattelhana, que Lella
· cantigas a elRey de Caftella,que sò quis publicar feus efcritos. He
então era D. Afon[o Onzeno feu magoa grande ver o efquecimé- -
N fobrinho,pelos annos 135o. Eftas to,& defprezo da lingoa natural,
cangoēs prefumē agūs,4 degiaö &atê os Santos o naõ puderaõ
fer delRey D. Dinis feu pay, mas fofrer. Saõ Gregorio Magno cિ
tenho por mais certo ferem do creuendolhe em Grego húa fë
me{mo Conde. -nhora Romana,chamada Domi
Por repeito do nofo Rey D. nica, que etaua calada em Con
Dinisfe prefume, qintroduziraõ tantinopla, não quisreponder
emCatella efcreuer os verfos em lhe: só lhe mandou dizer por
lingoa Portuguefa; o difereto pro . Narfa, a quem efcreuia, que não # 2"
ceder que os Catelhanos virão repondia a húa mulher, a qual ****
nete Principe nas occurrêtes em fendo Latina, efcreuia as cartas
, que tocou aquelle Reyno, focor em lingoa Grega. Para motar
rendooguerreandoo,& pacifica meufentimento batteo dito.
doo, & agenerofå liberalidade
com que foube grangear as von cAPiT. Iv.
tades de todos,acompanhada da - - - ºf

chanea,& corteia com que en Da jornada a Seuilha


cobria toda afagacidade, ferião DelRey Dom Dinis |
a caufa de elhe fogeitaré a eta 2

imitação. O certo he q durou o fendo Infante.


ovfo das coplas Portuguefas em
Catella atè o tépo de Henrique
Terceiro,fegüdo efcreue Argôte º derauel del Rey D.Di
*#* de Molina. Hoje vemos trocado
8- 14 -
º% nis foi a jornada a Se
o etilo comjuto (entimétodos ºuilha fendo menino,
que zelao a Pureza, copia, fuaui como nos relataõ nofas hito
‫مه‬. B rias,
· Liuro XVI, Da Momarchiá Luftama.
rias Teue o Chroniſta mais cui 4impvfera ao neto, quando lhe
dado de epecificar a caufa della, largou o víofructo. Para darfim
% as circunftancias,& afii naõ po “aeíta contenda, dizê á paflóu o
deremos ampliar a narração cõ nofo Infante a Seuilha por man
outras miudefas. Lograua elRey dado de eu pay, Eta capitulaçaó
· D. Afonfo Sabio por efte tempo naõ declaraõ noflashitorias. Ale
, cố titulo devfofructuario as ren goua por fua parte elRey Dom
das do Reynodo Algarue,que de Dinis no anno mil trezentos &
direito era da cõquita de Portu doze diante delRey de Aragaõ
gal, como largamente ferelatou Dom Jaime, fegundo juiz arbi
na terceira, & quarta parte deta tro nas duuidas que entaõ fe re
Hiftoria, Dous ánnos antes defte, nouaraó co D. Fernando o quar
fendo feu neto D. Dinis de idade to Rey de Catella, afilindo por
de tres annos, transferio nelleo parte delRey Dõ Dinis Dõ Rai
vfofructo q pofuia: poré não cõ 'mundo de Cordoua (eu vaffalo,
tanta franqueza, & liberdade, q ,
º
體 tinha vindo em companhia
'o naõ eleixalle obrigado a acudir a Rainha D. Brites, & Martim
cõ fincoêtalãças pagas a fua cu Pires Conego de Lisboa. Alcan
fta.Sêdo agora o Infante de qua you a noticia dos artigos que alli
tro annos & meio,dizem q cami ſe apreſentaraö„Ieronimo de Zu- L. 5.
'nhou a Seuilha, & neftas viftasfe rita;á no tocantea Portugal, pe- c. 97."
cõcluio a remifaõgèral de tudo. loģ achon nos cartorios de Ara
iConformou cô o animo defté In gaõ, efereue muitas coufas, de 4
fante a primeira jornada fora do tenho vito outros originaes na
Reyno, para ampliaçaõ, & fegu Torre do Tombo defie Reyno.
ranga delle, poistantas jornadas Alem de apontar eta claufula,
auia de fazer depois para fofe * vai difcubrindo tambem a caufã
go, & dilataçaõ dos Reynos de das contendas dos dous Afonfos
feus vefinhos. "fobre o Algarue. Parecia fer eta
.-

- ' Nas cõpofiçoês que fe auião a verdadeira origem dellas, pois


celebrado entre feu pay, & auò, fepraticou em juizo contradicto
etaua affentado, q tendo elRey · rio entre os Principes daquelle
de Portugal filho da Rainha D. tempo, que quafiforaõ tetemu
Brites, ီမြို့နိူ a idade de fete nhas de vifta. ',',
annos, dimitiria elRey de Caſtel Foi pois o cafo,fegundo efere
la feu auò tudo, o que no Reyno ue Zurita, que conquitando o
- do Algarue poffuia. Iã nefte tê nofo Rey Dom Afono tercei
Po nao era mais q o reconheci ro o Algarue, Aben Maffo {e-
imento dos fincoenta caualeiros nhor daquelle Reyno, vendofe
* -

deſpoja
* ElRey Dom Dinis. …sty 8
defpojádo, paffou a Andalufia, annos, lhe refinitiao auôo 4 he
. aonde eftauaelRey D.Afonío Sa Algaruc Pofuife. Atudo fedeu
bio, que naquele tempo era In cóprimento na pretente occaGad,
fante, & renunciou nelle todo o em q o Infante D.Dinis chegou
direito 4 tinha no me{mo Rey a Seuilha. Na 5 fe festituirão por
no. Aceitou o Infante a renuncia entaõ outroslugares (obre apof.
gão, dando em recompenía ao fe dos quaes també fe contendia,
Mouro a villa de Niebla. Ficou no tépo adiante pela vigilãeia,&
ele melhor aquinhoado q o In induftria cö4 elReyDöDinis fe
fante porque a troco das contro aproueitaua das occaſioës acco
uerfias 4 lhe metia em cafa com modadas a eftesintentos,cobrou
hăparente, aceitaua pofle pacifi tudo, como feira vendo diftin
· ca dehă Reyno,aindaquepeque ćtamente. - »..…….…………….
-

no. Niebla era cabeça de Reyno O autor da Chronica antigua


naquelle tépo. Etranhou elRey delRey D.Afonfo Sabio efcreije a
· D. Fernando o Santo por queixas tomada do Algarue por ete Rey
do noflo Rey D. Afoñfo terceiro no anno quinto de ſeu reynado, 4
o que feu filho tão fora de jutiça foi o de Chrifto 1237, & no pro
intentara,inquietadoo,& pertur prio anno diz, que cercou ellena
bandoo na poffe dehum Reyno, Villa de Niebla á Aben Maffo,ou
cuja conquita era propria da Co Mafod, & lhe ganhara aquella
roa de Portugal. Não aproueita Villa, entregandole a partido o
raõ cõ o Infante as reprehençoês Mouro, a quê deu o lugar do Al
do pay, 4 preuiaos dannos, 4 de garuejunto a Seuilha em recom
força auião de refultar detain -penfã cõ outrasrendas.E logo no
truzaö. Vendoiftoonoffo Dom · anno 11 y8, acrecenta, que elRey
Afonfo, refoluto em fe desforçar -Dô Afoíífo Sabio agafalhara ao
-pellas armas contendeo cõ o In nofo Rey D.Sancho,4hia deſpo
fante por algútempo: mas confi jado do Reyno, & fe concordara
derando ferlhe mais conueniente cö ſeu irmaö D.Afonſo,dandolhe
: hü concerto ſeguro,4guerra du por mulher a D. Brites, & cõ el
uidofa,veio a cópofiçaõcõelle,4 la o Algarue.Bê fe ve foi ifto erro
- foi efta.Aceitou por mulhera D. manifeto,contando 4 a depofi
Brites filha baftarda dete Infan gäo delRey D.Sächo foino ânno
te,& deixoulhe a elle em fua vida 1244, & q no de 1246, em que o
o vfofruéto das terras daquelle Conde de Bolonhairmão feu en
Reyno:cõ tal cõdiçaõ, q auendo trou em Portugal para gouernar
º filho dete matrimonio,como fi por ele atèo de 1248 em q mor
· cadito,chegando a idade de fete reo em Catella Dom Sancho,
-*
- E2 eftaua,
« Liuro XVI, Da Mómarthia Luftama.
etauano cerco de Seuilha elRey Söcho acomodado na cidade de
Dom Fernando o Santo, & ga Toledo, aonde o leuou o Infante
nhou efta Cidade a vinte & ffes D.Afonfo,q elRey Dõ Fernando
de Nouembto de anno fobredi e taua em Andalufia, como fe té
to de mil duzentos & quarenta vito: peloá ao Infante D.Afonfo
& oito;auendo defäfeisimefes á deue o bom gafalhado pefoal,
a tinha de cerco, & patando de &a elRey Dom Fernando a boa
oito annos que andauaem Anda vontade, pois por fua ordem fe
luia fém voltar a Catella, como dipunha tudo. - :
diz füa Chronica netas palauras Morreo elRey D. Sancho em
do ĉapitulo fêtenta & fiñco.Æ/łu Toledo no anno 1248.& dete an
uo ocho años el noble Zey ZD. Fernando no adiante ficou elRey D. Afonfo
en el-Анаalца дие torno acaiiilla.
20 terceiro indubitauelmente obe
O 4 parece corrente conforme a decido em Portugal. O Infante
i eftääuerigüação he, á nos dous D.Afonfo de Caftella,ou 蠶
anrios de quarenta & feisatèqua
D. SãCho pelo fauor que lhe deu
renta &(oito acudio elRey Dom lhe renunciafe os lugares do Al
Afono Sabio fendo Infante, por garue 4 occupâra, ou 4occupa
fuſtentarſeu primo elfey D.San dos por ele os reteue tem mais
cho;& como eſtaua com ſeu pay aução á ada violencia,foi reque
no cercó de Seuilha,cõ algữ tro rido porelRey D. Afonfo III.a á
ço de gente entraria pelo Algar lhos reftituifle,&cötinuoua pre
íìeparátultentar aquèlles lugares tençaönaCorte de ſeu payelRey
em nome do mefino Rey D.San D. Fernando atè o anno 12yz. em
cho,pois Zurita diz,4fe queixa 器 morreo,&lhefuccedeo o In
uão por parte delRey D.Dinis,de ante Dom Afono,que he o Re
á no tépo em q elRey D. Afonfo que chamaraó Afono Sabio.Có
III. andaua em guerra cófeu ir elle concluio entaö onoſſo Rey
mão, lhos occupara elRey Dom Dom Afonfo terceiro oponto do
'Afonfo; & as güerras dos irmaõs Algarue, aceitando por mulher
foraõ naquelles dous annos ó di à Rainha Dona Brites fua filha, a
zemos. Naquele me{mo tempo qual achamosja emPortugal em
veio elRey D.AfonfoSabio, q era Ianeiro de milduzétos & fincoÉ
Infante, cõ exercito em focorro ta & quatro, & deuia vir anno
delRey DõSancho, como deixa antecedente, ou pode fer que lo
mos efcrito na quarta parte, & gono de duzêtos & fincoenta &
não fendo de efeito a inuafaõ, fe gous,em que fèupay tomou pof
recolheo a Catella cõ o me{mo fe do Reyno. Então fe fizeraõ
Reydeſapofſado.Ficou elRey D. os contratos, & reconhecendo
- -
* >

- elRey
• *, * ..
. * ElRey Dom Dinis, 9
el Rey Dom Afono de Catella confeſſa elRey de Caftella, que
o direito fenhorio dos Reys fazia avltima demifaõ pelo 3
de Portugal nas terras do Al mor, & parentefèo que auia en
garue, reteue o vofructo que tre elle, & nofos Reys, & por lhe
veo a demitir a eu neto o Infan
ter mandado hum grande focor
te Dom Dinis, na forma que dif ropor ïnar,& terra onoffo Rey
femos. . . . -

Dom Afonfo, final que não auía


Aduirto contudo que o con outra obrigação para a fazerem
trato de fe entregar, & largar o quantó viuele. E eta ecritura
vfofruéto do Algarue, tanto que he do anno fobredito de mil du
ouuefe filho de idade de fetean zentos & fefienta & fete.
nos,o qual Zurita refere, não cõ -- . 1

forma cõ as efcrituras originaes CA ÞIT. V.


qlançamos na terceira,& quarta
parte,nas quaesfempre elRey D.
Afonfo Sabio diz, queretinha a Do motiuo desta jornada
quele vfofructo em fua vida. Que do nofo Infante D.Dinis;
tenemos devos em nuftros dias, E em é da certe(a della
outra. Para mieh el vakarbe en mi
vida. Donde e infere, que fe os *$"; Otiuo auia para duui
·contractos forão com a clàufula
ue refere Zurita, auia de dizer
WAV:# Infan
# oप
dar fetefora à Seuil
Dõ Dinis la 9
, porá
elRey Dom Afonfo Sabio: O qual ' nofías hiftorias affen
"z/fruito lºgrº até quevos tenhais filho tão eta jornada à efeito de ir el-…
defete ammos. Neih emi Portugal le pedir a elRey de Catela feu º
auião de conſentir que elle diſſeſ auó äderhiffaðdasfihcoebtálan- . _
fe que o retinha por toda à vida, ças, fendo que foi o intento bem
feeftiueffe āffentäöo體 O largaf 'differente; ĉomö loĝo veřenioş.
fê ao temp que
o os filhos de nóf. Mashe certo que paſfotia Anda
fos Reyschegaffem a fete annos, lufia o hofo Ififafite pela razão,
mas fe a tal claufula auia, veio a & caufa que apontarei, º “ “;;
ter comprimento antes deferem * Hepoisdefàber, que nóântig
os féte annos compridos.O certo 1266.íè vio efRey D5AfònfòSá
he que no anno de mil duzentos bio mui apertado dos Mouros,
& feffenta & fète fe demïtio tó
affi Efpanhões, como Africanos,
talmente a ajuda das fincoerita due neſſa ocaſiao paſſara5 Ef. * .

lanças,como conta pelas efcritu panha, & puferaỡeth grandé :


turas autènticas 4 na quartá par pertó os Reynos de Catea, º
te felançarão. E éínhũa dellas hofo Rey Dó Áfoñº, que oi.
B3 ~ ° fifiáüã
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
nhaua bem com aquelle Princi do; & outros querem que no an-zum,
pe, pela razaõgêral de Chriftaõ, no ſobredito de 1266fcffe a guer- u.n.
acudio com o maior poder que ra,& cerco defta cidade, Cô pri
tinha por mar,& terra em focor uilegios infaliueis delRey Dõlai
ro delRey de Caftella feu fogro; me de Aragaõ, que acudio em
& para que a nobreza, & pouos focorro delRey de Caftella feu
de Portigal fè difpufeffem com genro, & foi o que rendeo a Ci
rmaior feruor, ordenou que o In dade, demotra o Licenciado hifloria
, , , de
fãte feufilho, que podia ferentaõ FrãCiÍco Cafcales, queja a 13 de …
de quatro annos & meio quando Feuereiro de mil & duzentos & Afonjo$4-
mais, fe achaffe prefnte na jor feffenta & finco tinha elRey Dõ##.
nada. Iaime entrada a cidade de Mur-4-ap.22.
Para as grandes ဖွံ့ဖြိုူ့ Clule cia: mas conformafe erradamen
nella ſe fizera5, recolleo elRey te com os mais em dar foflego a
Dom Afonfo copiofos empreti elRey Dom Afonfo para conti
mos de dinheiro dos Confelhos nuar naquelle Reyno todo o an
| do Reyno,que defpois foi pagan no de 1266. em fabricas de muros,
do,& affi me{mo elRey D. Dinis & caſtellos. -

feu fuccefor.Com dez mil libras , Q que deuia fer conforme a


concorreo o Confelho de Santa melhor confrontaçaõ deftes ſuc
rem, as quaes guitou ao mefmo cefloshe, que defpois que Mur
Rey Dom Dinis no anno 1299. cia foi ganhada, faltou elRey Dõ
por húfauor á concedeo àquelle 'Afonfo Sabio com certas pro
pouo. Eparºfe bem, é merce que metas que fez a elRey de Gra
Lib. I del
, nos fez, é prometeo afazer, partinº nada, que o tinha ajudado neta
Rey Domi?" . . . ."

Dini fºi nos das dez mil libras, 69 quitamoslhas empreza. Nuno Gonçalues de
26, gиe пoſeupadre deuia, as juaе: de Lara,que vio o Mouro intido,&
nºs/acou emprefiadas, quandonº/e/e- defcontente, foi a fua Corte, &
nhor elPey Z), Zinisfoi a Seuilha. lhe cfereceo fua parcialidade,
. ; As hiftorias de Caftella naó por ter agrauostambem del Rey
tiuerãonoticiada entrada que os Dom Afonfo, Deuião de prepa
Mouros de Africa fizeraõ em rarfe no fim do anno 1265& ain
Hefpanhanefte anno de 1266. & da conuocar os Mouros de Afri
aperto em que fevio elRey Dom ca, & affi no anno de 1266. fo
Afonfo o Sábio na ocafiaõ pre breueo a elRey Dom Afonfo a
cạ. Iy, fente porquea Chronica antigua perigola guerra, em que o nofo
defteReyo publica refidenteto Rey Dó Afono o mandaua aju
do aquelle anno em Murcia, def dar pelo Infante feu filho, º t
Pois de a fogeitar o anno paída Cölta a certeza da paflagem
- dos
dos Mouros de Africa em fauor perar a melma Ffpanha que em
-dos Efpanhoes, & da cruel guer tempos paffados tinhaõpèrdido.
raque no anno apontado (eleuã Os Chritaõs porem daquelas
todcom efta liga, que obrigou partes colligados, & ajidados
aos Reys Chriftãos de Epanha també dos que em diuerfas par
vnir as forças, & ainda a conce tes receberaõ a Cruzada, trium
derfe Cruzada para etrangeiros faraó dos Sarracenos, aindaque
acudirem, de hña memoria que com derramamento de muito
acheiem humliuro manuſcrito, fangue, ". . .
. . .

que tenho e(crito em Latim das * Grande deuia fer a turbaçaó


vidas dos Emperadores, & Pon das coufas em Epanha com húa
tifices, cujo autor era daquelle inuafaõ tão perigoza, & não po
tempo; porque feneceo no Pon dia ella aquietarfe com feguran
tifice Clemente Quarto, á mor ça fem affittencia do braço Por
reo no anno 1268., & langou al tugues, que neta, & em outras
gñas memorias dos annos ante muitas occafioés fe empenhou
cedentes, & ſubſequêteshüa das femprepara remedio dosvifinhos
quaesheeta que fefegue. - ... neceffitàdos, & foi gloria grande
^ J4mmo Z)omimi X. C/. LXVI. do Infante Dom Dinis fer inuia
quamplurima multitudo Sarracenorum do a focorro delRey feu auó em
ex Æricaperanguffum maretram%ά, occafiaõ taõ importate. Entendo
in Hifpaniaspartes,& аduncti Sarra que já em Mayo do anno 1266.
eenis qui erant in Hifpania , таgпат que apontamos,era partido para
plagam in Chriffianos exercutrunt; in Andaluzia; porqa 14. dete mez
fendentes quam olim perdiderunt re declarou elRey feu pay, que naô
ruperare Hipaniam. $edillarum par podia receber dos pouoso dona
rium Chrjfiiani adunati, & cruc%gma tino que lhe fizeraõ para ajorna
torum ex diuerſspartibus auxilio adiu da,fenão por modo de emprete
ri, licet cum multo (hriftianorumfam mo Emeta ecritura, que hũa ſº
carta inuiada ao Confelho,& Ca
gúine, de $arracem¡¡ triøpkºunf.
Traduzida em lingoa Portugue mara da cidade de Goimbra fo- cartorio
САти
za,diz affi. No anno do Senhor bre a materia de que tratamos,?;
- - - -

mil.& duzentos & fèffenta & fèis fè efpecífica tudo o concernente tra.
mui grande multidaố de Sarra á alieriguaçaõ da ida a Senilha
cenos pafando pelo Etreito às do Infante Dõ Dinis,& dos moti
partes de Epanha,&agregando uos della, com outrospontosim
îè aos Sarračenos que nella efta portantes, 4 ſededuzem da meſ
uaõ, executaraõ nos Chritaõs inaefcritura, cada hú dos quaes
grañde eftrago, intentandorcci¡- fe. proporà CIIl particular gapi
* - -
----
B4 ` tulo.
Liuro XVI, Da Momarchiá Luftama.
tulo. Diz pois a e(critura deta ego ipfampaecuniam ab ipfo Confilio mi
maneira. - tuatam recepi, obligans me bona fide
Neum/st omnibus preſentes litte eidem Con/lio ad eandem pæcuniâper
ras inſpecturi, quod cum ege Alfonfîış /oluendam. Em lingoa Portuguefa
Xex ?ortugalli;e ad honorem Z)ei, ©* diz dete modo. -

ay"ηβοnemfidei Chrffiame, contra Saibão todos os que a prefen


Sarrâcemos, qui terram £egis (efelle te efcritura virem,que querendo
inuadebant, & occupabamt, vellem p eu Afonfo pela graça de Deos
/um Æegem Caftelleper terram,& ma Rey de Portugal a honra de
reiuluáre, & ad hoc/uum adumrium Deos,& por defenfaõ da Fê Chri
ôùum meum Z)ommum Z)ionyfium me ftáa, contra os Sarracenos que
potem eiufdem Kegis mittere: ad tam inuadião,&occupauão a terra,&
pium,& laudabile qpus, & tam necef fenhorio delRey de Catella,aju
}arium negotium mom habens copiam dar com focorfo de mar,& terra
•xpenfartim,feci quodidem filius meus ao meino Rey de Catella, &
ZDomnus Zionyſius primogenitus, eo mandar em fua ajuda a D. Dinis
hærespeteret nomineſuo à (omſlijs,Ç- meu filho,neto defe me{mo Rey:
Communitatibus Kegni meiſubſidium não tendo copia de depefas ba
impecunia, adpradiífum mgotii, exe tante para efeituarhüa obra tão
quemdam; cum aliàs propter defe&um pia,& louuauel, & hum negocio
pecunie mom poßet hoc megotium expe tão necefario,&importante, or
diri. Et cum Conflium Colimbrie cid3 denei que o me{mo D.Dinis meu
filio meo in adiutorium huius negotij filho, primogenito, & herdeiro
quatuor millia librarum promjffet, ego pediffe em feu nome aos Confe
poffea habito comffio curiæ meæ, intelli lhos,& pouos de meu Reyno hú
gens quodpræditfapetitioperiam diffi fubfidio,ou donatiuo de dinheiro
filiumjmeüm,de mandato meo, vt pre 闊 a execução do negocio fo
diftum eft, faétavertebatur in damni, redito,ao qual por falta delle fé
கு; 4%rатетит Kegnime,G inte naõ podia dar expediente. E co
riculum anime meæ, & rotius pofferi mo o Confelho da cidade de
'
----
' tatis meae; nolui quodidem filiùs meus Coimbra prometeffe ao me{mo
aliquo modo reciperet pecuniamАрта meu filho quatro mil libras para
aiftam,6- prohibui di#o Conâie, me ip ajuda defte negocio, aconfelhans
fium Comffliìm eidem filio meo iam diê dome defpois com os da minha
acumiam folueret vllo modo. Et quia Corte, & entendêdo q o pedido
ego, yt/pra diífum g? , pro iam dita fobredito , feito de mandado, &
negotio exequendo, pecuniae nimium ordem minha pelo dito meu fi
indigebam,rgauipreditum Conâium lho,cedia emdanno, 8 quebrams
yemihinampatanim matura, si tamento dos foros de meu Rey
-: ,; no;
.*.*.*. ཧྰུཾ་ནི། ཉི་ V FlRey Düm Digit. I. . . . I t

no, & em perjuizo de minha al merito fataria do recebimento,


ma, & iderbdaminhapofterida;- -&gafalhado que em Seuilha fe
de, não quiz que aceitaffeo mef. fez ao Infante D.Dinis, ainda que
monteúfilho por modó algum +üde*alarġar aperiaċom huma
ப்
o tal dinheiro; &prohibi que o ಶ್ಗ decreuero
me{mo Gonfalho i odeſe:Épor quenete calofefez
e º .
peloque prá
ue, como jà diffe, eu para a exe
daga6ado dito negocis heceffita
ੰ 'érajúfko
que fe fizefe, que defemelhante
uagrandemente de dinheiro,ro licença, naõ alheadahitoria, fe ,b
- - . . . . . • .
guéi ao dito rhodefíe, poriem valeo Dö Bernardino Gomesde 鷺
pretimo, & defeito o recebine Miedes,annos
poucos para antes
pintara
fezentrada
elRey D.átº tº ſº)
fta forma, obrigandome emboa
fè de opagar.äòdito. Confèlho. ialmé'o' conquifiadorría ciáade
Foi feita a e(critura em Lisboa a de Toledo, aonde o recebeo, &
aards Mayo lasta MGCG!!!, fholpedouro faefimo Rey D.Afon
uehs anno de Chrifto 1266.Por -foŠabio {eu genro,į&a Rainha
ಫ್ಲಿ င္ဆိုႏိုင္ငံ
mòr Dom Gònçalo Gârcia,de D.
Dona Violante fua filha, & o In
fante DõSancho feu filho; Arce
Іоао &le Aboim|Mordoiho môr, bipo então daquela magetofa
do Chancerel mòr D.Eſteue An Igreja. Mas contentomesôcom
nes,por Fr. AfonfoAlbertis Prior dizer,que feria o pparatoſs re
dos Frades Pregadores, & Fr. Iu- cebimento igualaóâmor,& grã
iião Goardião dos Frades Meno deza de hum auò, quale Rey D.
res, & por outros do Confelho -Afonfo o Sabio, &..deiraes:tios,.....a
de: "… ; , nº "º quaes os Infantes feus filhos,afei- **
… Com o refirido neta efcritu- goados todos pela liançado fan- "
- , f --.

.…..…o rafica bem confirmada a certe gue ao nouohófpede, &obriga


za dalida aSeuilha do-noffo 'In dos ao focorro com que lhe afi
fante;&o motiuo della, que foiir ftia;, quenefta parte?¿â.osiatii
ſocorrer a ElRey ſeu auô cô taö mos reaes mais francos, do que
grande cabedal de exercito por o foraõosefcritorés daquellaña
#mar, & terra como fe tem vito. gaõ, para publicar benéficiosfe
C)uātolos noffos obráraö,&ain melhantes. Não faltária a illutre
da os Caftelhanos, & mais alia familiados Guzmaõs em procu
dos naõ pofo efereuer,quesô do rar toda a grádeza,& demotra
fubftãcial da acçaõ alcanfeiano çaõ ao Infante D.Dinis, fendolhe
ticia, que aqui dei aueriguada cõ taõ parente por via da Rainha
tão bonsteftemunhos, como faõ Dona Brites fua mãy, & tendo
os propoftos.Com menos funda tanto lugar na Andalufia eftes
ſenho
,, Liuro XVI, Da Mómarchia Lufitana.
fenhores. Nem he críuelqueos .da para apafigualá... Defpois de
-magiítrados,& nobreza de Scui Rey fez outrasjornadas diferenº
Ihaždeixaffem de manifeftarºfūa fesáquelle Reyno, que ahiítoria
generoidade, confiderando que contarâ afeu tempo. O Metre
applaudião neta acção afeus «de Santiago DōPayo Peres Cor
. Principes, & reconhecendo que rea, nos diz Efcolaso, que com- Lit.:
alem da pefoa do Infante, a que puſera a elRey D. Iaime comſeu " 4°:
fedeuia o maior repeito: vinhão genroo Infante D.Afonfò, & que
na companhia dele muitos Por por eta caufa lhe dera avilla de
tuguees, que defoito annosauia Enguera para a Ordem no anno
lhe tinhão ajudado a libertar da 1244 - ، ، ‫ را وارد‬... ſº
* , fogeição,& dominio dos Arabes frい r “ſ, …::…"・"t;( ,::ir は
aquela opulêtifima Cidade; Cõ ... riºt C API T.VI. o . . . ;
t - -

a confideração do que fe ha di ſ: fºr “. . . . . ー、2ー : 4.3.' ;

to, medeſobrigo de ampliareſta Em que fe demo fra, que


· imaginaçaõ.luftrofa, recolhêdo
me ao precifo do rigor hitorico, não foi armado éaualeiro o
para aueriguaras materias nece Infante DõDinis por
farias, que do contexto da ecri tº
…tura pafadafe deduzem.", - : tikey D.Afonſo,
: 0 Sabio.- :::::: ‫ ﻧیا‬a
· Aduirtirei poremlantes diſſo, '*'" , , , , ,"", " . . . .. .. . . .: : Hºº 2 - Ti

Aque alem delta ida a Seuilha em


ſocorro delRey ſeu auô, eſcreue 穩濫醬 lha
pa forma á diffèmos,
D. ..!, Lucio Marineo, que paffara ou
H/p.ub. travez o noffo Infante aos Rey COſlucin ဂ္ယီဗျိုင္တူ
" - nos de Catella, aonde compos pontos que andaó introduzidos
as duuidas que auia entre el Rey pelo autor da Chronica antigua cap. 1s;
Domlaime de Aragaõ o cõqui delRey D.Afonfo Sabio, tudo a -

.{tador,& o mefmo Rey D. Afön fim de perfuadir,que o Reyno de


o Sabio eu auó, fendo arbitro Portugal era fogeito ao de Leão,
tambem neta caufa o Bipo de :& os Reys de Portugal, obriga
C, aragoça DõPedro, & outros, dos por efia caufa a ir às Cortes
· como confta deinftrumento que dos Reys de Catella, & Leão, &
.fe confèruano archiuo da cidade aos feruir com gente de guerra
de Valença; o anno não aponta, nas ocafioês de neceífidade. Da
nem eu o pude decubrir. Con independencia, & foberania dos
forme a ito duas vezes pafou o Reys de Portugal fe deu baftan
Infante D.Dinisa Caftella; a pri te proua na terceira, & quarta
:mieira para a focorrer,&afègun partedeftahiftoria,a que ajunta
. . ); - rCmOS
#. ElRey Dom Dinis. I2
remos agora o que conduz ao ftella, motrareique não foi o In
fmefmo intent deduzi
o, ndoo das fante D.Dinis afmado caualeiro |
mefimas razočs com que a chro por elRey feu auó, & quejáiíto
nica Catelhana quer motrar o foi por (e naõ prefumir dependé-
-
º
contrario.
-

… . . .. -
º
- - -

-
-

cia helle, affi que das caufas que


- Eſcreue aquelle Chroniſta,co Catella dá para nos fazer tubor,
smo coufa que fuppoern por cer dinados, aüemos de confirmar
sa,que fora elRey D.Dinis fendó noffa foberahia. … ^* * '
}nfante a Seuilha pedir a feu auð . Perfuadome, que quãqo o In
elRey D. Afono, que o arm afe
· caualeiro, ·& #juntamente qui- . fante parpor
tiopara Andalufia, co
tafieaelReyfeupaya obrigagaô mo hia fuperior do exercito,
& armadanaual, o armouelRey
de acudir com gente de guerra, ſeu pay caualeiro,paraquenaóne
-& ir a Cortes, & na mefma for ceffitaffe de lhe fer là o{#erecidà
:ma defobrigaffe' aos Reys {eus eftahonra. E que fofleifo afii, fe
-
fùcceffores. Tudo diz que fe al 'colhe da efcritura antecedente,
cangou cumpridaméte ho anno aonde elRey falando aos pouos
1269, fendo o Infante D.Dinis de «defte Reynodizia, que ಸಿನಿ
doze,ou treze anhos. Se o Infante feu filho a (ocorro do auô, & naõ
naquelle anno foraaSeuilha,auia diz que o mandaua tambem pa
defer de idade de oito annos, por ra fefarmado caualeiro, Heindi
auer nacido no de 1261. como fe cio defubordinaçaõ o receber a
tem vito,& indo então a Catel e{pada,&cingulo por mão alhea;
la, já não tinha que pedir, pois & por eta razão o preuenio a
-no anno 1267. eftaua demitida a quelle Reyprudente.Os foro &
obrigaçaö das ſincoenta langas leys de Sobrarbe antiguas s,aſsi *.

impotas à pefoa do me{mo In me{mo fe preueniraõ em prote-villard,


fante, & não ao Feyno,como fi façaõ da foberania, & indepen-fide Ara
ca efcr
ito. Tiueraõ em Catella | denciados Reys daquellaCoroa gonum :
noticia da ida do noffo lnfante,& ordenando,& mand ando.Que per* fol, 244,
naõ tendo certeza, ou o que he entender que ningun otro Key no haya
mais certo, encubrindo o verda poderfobre el, cinga/e el m/mo fu f
deiro motiuo della publicara5 tada. De forte que para final da
que fora fögeitarfe, como infe
foberania querião que o eu Rey
dep
rior,& endente.E porá a pri cingiffe a efpada,&fearmafle ca
meira acòaò de á fe pode conhe ualeiro, & não a aceitafe de ou
cer a tal fogeição, he de receber tra mad. -

a ordem de caualaria, ou ferar Ioão Iacobo Chiflecio defen


mado caualeiro pelo Rey de Ca for grãde da foberania Catelha
‫و‬Ila
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
In Pindi ro ir feu filho a Seuilha receber a
rijs Hif
na, a deduzio por humačko fe
рти са melhante delRey Dõ Fernando ordem de caualaria da maõ del
I 2.

Lib. 9.
Terceiro de Catella, do qual ef Rey de Catella, antes fe antici
cap. Io. creue o Arcebifpo D.Rodrigo, á pou a darlha,aindaque era de tão
fe armara caualeiro no real mo pouca idade. . . . .”

fteiro das Huelgas de Burgos, & E perfüade ete meu penía


que com fua propria maõ tirara mêto, ver que defpedia elRey ao
do altar a epada, que allibenze Infante feu filho, dandolhe titulo
ra o Bifo daquela cidade Dom de primogenito,& herdeiro,cou
Mauricio,& a cingira. /pfe £ex//^ fa não víada atè então nete Rey
серго gladio abaltari, manu propria ſe no,& que declararei em particu
accinxitgladio militari Vangloriale lar capitulo. Não he criuel, que
muito Chiflecio de aduertir ne 蠶 o apregoa por herdeiro
efta Coroa, Q öffereceffe air fo
flecafo, que nunca fora por ou
tros reparado, & nos lhe deue geitare a húa acçaó de que e
mos tanto como Caítella, pois podia prefumir dependencia na
nos confirma a mefma foberania PefoaReal,& em feu etado;ma
em Portugal defde feu principio, iorméte tendo alcançado fer efte
naõ sò defpois que elixey Dom nofo Rey D.Afõfo Terceiro tão
Afonfo Henriques foi proclama ciofo de fua (oberania, que não
do Rey, fenão ainda tendo ofe fe quiz intitular Rey do Algarue,
nhorio de Portugal com titulo em quanto o me{mo Infante feu
de Infante,ou Principe,& ſenhor filho por razaõ do vfofructo que
dosPortuguefes.Na terceira par feu auô lhe largou, acudia com a
te defta hiftoria fica eferito,Tco penſaö das ſincoenta lanças, &
Lib. 9. mo o noſſo Infante D.Afonſo no ito só por não dar algüa côr à
£, 14.
anno 112;. fe armou caualeiro na Prefumpção de que tinha fenho
Igreja Cathredal de C,amora no rio em Reyno,que por algüa via
Reyno de Leão, que lhe per deuia reconhecimento a outro
tencia, & que com fua propria Principe. -

mão tirou as armas do altar, co Obferuei na ChãCelaria dete


moos Reysfoberanoscoftumäo, Rey Dom Afonfo,& em todas as
& asviftira.Táo radicada anda a mais efcrituras que vi de feu tê
foberania do fenhorio de Portu po, que vfou de tres ditados no
difcurfo do feu reinado.Primeiro
gal,& deſeus Principes Daquiſe
conuence o naõ reconhecer de fe intitulou, £ex Portugallie, &• Co
pendencia a outro algum, & me .mes Zollonia; defpois fé deu titulo
faz mais que perfuadiuel,que não de Rey de Portugalsòmente,£ex
cóſentirelkey D.Afonſo Tercei Portugalie,& vltimamente fe deu
- - titulo
* - ElRey Dom Dinis. : 1;
1..., titulo de Rey de Portugal,& Al cartas á elRey de Caftella deu a
#433 garue, Rex Portugalhe, gr-Agar- cerca dito: quando elReyvio a
* lj. Atèoanno 12;;.tem nasefcri quelle ſeu Reyno ſem pençaö a
turas do feu primeiro liuro da fenhoretranho,entaõ feintitulou
Châcelaria titulo delRey de Por por Rey delle, & o encorporou
rugal,& Conde de Bolonha. A no fu ditado,abſtendofe cõifen
醬 ecritura, que entaó e faögenerofà do titulo de fènhor
fegue he do anno 12 58. na qüal dehi Reyno, aindague proprio,
entra com titulo de Rey de Por & hereditario, até à ficaffecom
tugal fem outro adjunto. Do anº toda a liberdade defenhorio in
- no mil duzentos & feffenta & oi dependente.Por eta razão digo,
to adiante continuou com o di á naõ auia de confentir elRey D.
tado de Rey de Portugal, & Al Afonfoir feu filho herdeiro acei
garue. Não quis apontar outras tar a caualaria da mão de hüRey
ëfcrituras fora da 'Chancelaria, cujos vaffalos com qualquerleue.
aindaque as tenho de outros car fundamento arguem para abo
torios; porque o vltimo ditado nação defua foberania, não sô o
de Rey de Portugal, & Algarue que tem apparencia, fenaõ o que
he o quenos ferüe, & daquelle não teue fundamento, nem ver
lugar conta quando principiou, dade... . . . . ... --
* * * * 體 foi no principio do anno mil É diffe que não auia de per
duzentos feffenta & oito em Fe mitir tal cõufa a filho primeiro
uereiro.Foi a caufa, que no ahnó herdeiro,alem do que tenho pro
antecedente de mil duzentos & poſto, ſabendo ੋ que ate os
feffenta & fête fez elRey de Ca Infantes defte Reyno fürtaraõ o
ſtella demiſſaö das ſincôentalan corpo a fêmelhañtes aétos com
ças, a que o Infante Dom Dinis os Reys de Caſtella quando osa
era obrigado pelo víofructo do judauáo comfocorros, A Tunes
Algarue, que elRey feu auó lhe foi o Infante Dom Luis com taõ
largara, fendo 4o direito fenho grande focorro como fé fabe, &
rio,&propriedade daquelle Rey com ferprimo com irmaõ;&cu
no era dos Reys de Portugal, co nhãdo do Emperador Carlos V.
mofetem prouado na terceira;& .naôquisdefpóis da vitoría fer ar
quarta parte detahitoria; no té. mado por ellecaualeiro. Coma
pocorrête daquella efèritura do noua do bom füccefo daquella
anno 1268 etaua.jàliure de toda jornada o ecreueo aquelle infan
a penſajo Reyno do Algărue,& te a elRey Dom Ioão o Terceiro
nas Cortes de Leiria, qentaõ (e feu irmão, & refporidendolheel
celebraraõ, foraõ publicadas as Rey, faz tãta demoltraçaõ dete
- C honrofò
Liuro XVI, Da Momarchiá Lufitana.
honrofo brio, como do bom fuc fer armados caualeiros neftas
ceo que tiuera. Saó etas as pa partes. Tenho porem alcanta
lauras da repota. Folgei muito de do, que armando os Reys de Ca
ainda virdes feudeiro,como me dizeis, tella caualeiro a algum filho de
& efpero que a caualariaſeja muicedo Rey, fe dauão por tão glorio
em lugar de que recebais taõ grande fos da acçaó, que mandauão fi
prazer, que vosfaça /quecer do de agº nalar o anno pelos notarios com
ra,6” que (e vos/ga tanta honra como ella. !. -

vos defejo. Conforme aito naõhe * Node 1189. armon elkey Dów,
criuelque elRey Dö Afonſo per Aföſo Oitauoo das Nauas, caua Ä
mitifeir feu filho herdeiro fazer leiro a Conrado filho delRey de pés.--
demotraçaõ de fogeito a hum Romanos, & logo em efcritura"”
Rey de que naõ tinha dependen daquele anno pelo me{mo Rey
cianofenhorio. No Capitulo e ao Mofteiro de Valueni, & ao
guintereolueremos cabalmente Abbade delle Martinho, declara
etaverdade. - - - - --- o notario,fer feitano anno em q
o Rey obredito armara caualei
CAPIT. VII, . . . . ro a Conrado filho delRey de
. . . .

- *ºf tº *. >. . . -
. . . . .' ºn tº .
-
Romanos, & deítas ha outras
..
...? ! -
muitas... : ; ;
Em que f conclue a mate No anno 1255, veo a Burgos ih Extra
να ria precedente. . . . . . f.
9 Principe Eduāído de Inglaier, ¡¡¡¡
tº ് : . :‫ا‬ ‫ز‬:: ،
‫ از‬، ‫تس‬ ra filho delRey Henrique, & nar
#$ $ Ara que concluamos quella Cidade foi armado caua
岛惨 塑 com eſtacaualaria do
leiro por mão delRey DõAfonfo
Infante DõDinis, me
Sabio, de que falamos. Na mef.
*#*#quero valer do etilo ma, forma finalaraõ logo os no
que fevfäua em Catella, quando tariºs aquelle anno. Veffe ifto,
os Reys daquelle Reyno arma alé de 9utras efcrituras, em doa
uaõ caualeiros a filhos de Reys gaõ dasvillas de Cifuentes,aldea
etrangeiros. Por vezes fabemos de Aſenga,aldea de Huepe,Via
que vieraó a Catella alguns Prin na,algea de Cuenca, & Palaçoe
cipes, & receberaõ a caualaria los, á o mefmo Rey fez a D. Ma
da mão dos Reys daquela Co ior Guilhem de Guímão, mãy dạ
roa, que como Efpanha etauaa nofia Rainha D. Brites, as quaes
.pertada de Mouros, &, os Reys villas auião de ficar á mefmä Rai
della fêmpre com as armas, ña nha, & afeus filhos por morte da
mão; etimauão os Principes ID, Mayor,como fè declara na eg.
Chriftãos vir a efta emprefa, & critura,a qual remata detaforte.
- - - -- - - -
*
--
Fecha
….. . ElRey Dom Dinis. . . . . i4
Fecha em 2 urges veinte co finco de vefinhos, em que ha competen
Otebre, era mil 8 dozientos (gr no cia fobre preferêcias, fempre có
uenta y tres, en el año que ZDon Idoare uem recatar neta parte. ElRey
fijo primero,6 heredero del Rey Hen Dom Afonfo o Nono, & vltimo
rique de Anglaterra,recabia caualleria de Leão foi armado caualeiro
en Zurgos del Rey ZDon Alono el /- fendo moço por elRey de Ca
brcácho. A Chronica antigua del tella Dom Afonfo Octauo;quan
Rey Dom Afono lança éte fuc do defpois cahio na conta,em to
Сар. 17. ccffo no anno mil & duzentos & da a vida motrou notauel fenti
feffenta & oito, que parecefe ha mento do á auiafeito. Era Prin
de emendar por eta efcritura, a cipe generofo, & reconheceo o
era da qual repõde ao anno mil deixar de fe fubordinar a hum
duzentos & fincoenta & finco. igual ſeu. Zolebatſe à Kege (astelle Είύ.2 το
24
Vai mui errada na chronologia accepißeßngulum militare. Àffi o ef,
aquellahiftoria; &affidá outros creueo Arcebifpo Dō Rodrigo,
muitos crros o autor della,que a 4 concorreo em tempo dos Reys
efcreueo no tempo delRey Dom ambos. E naõ só de Rey a Rey
Afonfo Onzeno feubifheto.Cô fe experimentou efteciume, mas
forme a ito fè no anno de mil de Infante a Infante fe vio na
duzentos & feffenta & feis, em q queletempo, & foi quando el
o Infante Dom Dinis foi a Seui , Rey DöAfonfo Sabió celebrou
lha,ou no de mil duzentos & fef> as bodas do Infante Dom Fernan
fenta & fete, em que podia ainda do feu filho herdeiro. Mandou
lâcftar, fora armado caualeiro, elle que ete Infante armafe ca
nas Cortes então feitas (e decla ualeiros a fèus tres irmaõs mais
raria, mas não vemos tal nas que moços, os Infantes Dô Sancho,
fc paffaraö no anno mil duzen 'Dom Ioâo, & Dom Pedro, obe
tos & feffenta & fete, que foraõ -deceraõ os dous vltimos;o Infan
as da vitima demifaõ, nem ha te Dom Sancho porem fabendo
algüa do anno mil duzentos & o cafo,{e retirou a cafa do Infan
feffenta & feis em q eu ovife. te Dö Pedro de Aragaő fêu tio,
Aindaque Principes etrangei & foi defpois armado caualeiro
ros recebiaõ a caualeria da mão por elRey Dom Afonfo feu pay,
daquelles Reys, podiaöfazelo cö arecédolhe que ainda4mais ve
mais franqueza, porque nunca ho feu irmaó o Infante Dó Fer
nelles podia denotar fubordina nando, naõ era ainda féu fupe
çaõ; antes era gentileza fua o vir rior, & naõ conuinha renderlhe
receber aquela honra em terra fubordinaçaó. Demafiada Ien
etranha. Contudo em Principes faõ parece eta, mas defeito afi
C2 pfoង
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
paffou, & o conta a hiftoria de rorem veroprefati %(archionis illuffri
ſeu pay Dom Afonſo. Com taö /nfanti Ioanni, filio ipfius Regis Aé.
frefcos exemplos como o de ſeu jon#, tradidit im yxorem. ?otems 34
tio elRey de Leão Dom Afonfo, roʻZDommus Caf?omus de 23tarmo: <9°
& do Infante Dom Sancho feu Χodulfus Comes, qui fuit poffmadum
cunhado, não auia elRey Dom z€ex Alemamiæ: & alj multi de/uis,
Afonfo de confentir em que feu & de diuerffs mundi partibus nobiles,
filho herdeiro recebeffe cauala g barones.
ria de mão a 4 pareceffe fubor Na lifta fobredita fe não no--
dinado. Afsi foi de certeza, & cõ meão Caualeiros particulares
ftarà ifto dando os nomes de tode varias partes, que forão mui
dos osPrincipes,que forão arma tos; dos Principes foraõ os fe
dos caualeiros por aquelle Rey guintes. Eduardo Reyjã de In
de Catella, entre os quais naõ glaterra, quãdo efêreuia Gaufri
vem nomeado o nofo Infante do : Felippe filho do Emperador
Dom Dinis. Gaufrido Arcediago de Contantinopla: Abdalá Rey
de Toledo no appendice que a de Granada:os Infantes Dom Fe
crecentou a hiftoiia do Arcebif. lippe, Dom Manoel, Dom Fer
po Dom Rodrigo nos deixou a nando, & Dom Sancho filho do
lifta delles neftas palauras. _ _ mefmo Rey , & feu fucceflor:
ApudChi ?ropter glorio/amfàm im/uâ mul Afonfo, & Ioão filhos de Ioão
phletium ti mobiles , &• egregij viri de diue%
си.й. ХI. Brene, que fe intitulou Rey de
mundi partibus veniebant ad ipfum, vt Acca, que he Ptolemaida: Ioão
ab eo acciperent cingulum militare: im Marquês de Monferrato: Dom
ter quosfuit illußris £exJAnglie, mo Gaſtão Principe de Bearne, & o
mine Odoardus : qui etiam Infanti, Conde Rodulfo, que defpois foi
poft receptam ab eo militiam, germa Emperador de Alemanha. Eftes
mam fùam momine Leomor, multum ſaö os Principes 4 ali ſe nomeaö,
magnifice tradidit in vxorem: nobilis & não entra o nofo Infante Dõ
yir ?hilippus Imperatoris Comffantino Dinis, porque lhe naõ deu elRey
polis filius : JAboadila £ex Cramatæ: feu auó a caualaria, que a fer ar
mobilißimi lnfantes Z)ommus 2hilip mado por ele caualeiro, naõ fi
. pus, ZDomnus Emmanuel, Fernandus, caria em efquecimêto a hum
&• Sancius, qui poßmodum in Regno tão miudo relator como
facc%it , filj Regis vAlfonú predičti, Gaufrido.
egregj yiri ~Affonfus , & Ioannes filij (?)
quondam £egis de Accon: nobili, Ioan
hes Xarchio %onferrati : cui etiam
CAP.
filiampropriam nomine 3eatricem, ß
ElRey Dom Dinis. , 15
Reyno, he o de mais juizo, fe
C A P I T. VIII. queixou jà deſte jಿ
mento na fegunda parte da chro і Са? #7t,
nica delRey D.Ioão o Primeiro;
Em que /2 proua que não & daquiinfiro eu, que naõefere
foi o Infante DõDinis cã ueo ele a delRey D.Afonfo Ter
foccorro, por fºr obrigado o ceiro; o autor da qual (que fem
falta foi Ruy de Pina) fe deixou
Reyno de Portugal, é leuar de parte detas impoturas
feus Reys a femelhâte de Caftella, & compouca aueri
ітрo/ipio. guação acerca das coufàs do Al
garue, & etas de que falamos,
# Or muitas vezes man vai feguindo ahiftoria Caftelha
இ. daráoos Reys de Por na, como elle confeffa neftas pa
營 tugal (ocorros aos de lauras: Segundº º dizem «s Chronicas
*ãº* Catella, & ainda em de (fiella.
algüas ofereceraõ as pefoas,co Pode tanto a cautella,&indu
mo he bem notorio. Puderão os tria daquela naçaõ, que ainda
noflos Reys acudir a feus vefi no tempo delRey D. Iöão o Pri-º
nhos, por terem os Reynos de meiro, em que andou mais aba
Portugal, & Algarue liures, que tida, & apertada por notasar
efa benção teuceta nação alim mas, procurou nas pazes do anno Ιhid, αφι
parembreuea parte ilhecoube 14or.introduzir humartigo,com 186.187.
රෑ.

sem forte,alongando de fi os Ma o qual debaixo de apparencias


hometanos injutos pofuidores. de recompenſa de dannos,ficafle
Não affi os Catelhanos, a quem paleado o reconhecimento de
| durou a competencia cõ os meſ ſubordinados. Pediao de parte de
mos inimigos dentro de cafà cen Catella, que em fatisfação das
tenas de annos adiante defte cor perdas, & injurias que recebidas
rente. Comferem os focorros, & tinhão das armas Portuguefas, fe
a sitencia dos nofos Reys netas obrigafe elRey de Portugal em
, occafio&s voluntarios, & gracio fua vida a dar dez galês futenta
fos, valeotão pouco em 溫 acei das por feis mefes cada atino, &
taçaõ eta boa correpondencia, mil homês de armas por terra,&
que faltãoo em a agradecer, por 4 auendo de darbatalha a Mou
, naó fer deuida, a quizeraó publi ros elRey de Caftella, o noffo
car obrigatoria.O noflo Chroni Reyferia obrigado a fe acharem
fba Fernão Lopes, o qual de tudo fua cõpanhia peſſoalmente. Ou
.o que anda efcrito antiguo deíte .uida pelos pouos, & nobreza do
f : . C3 Reyno
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Reyno eta propota, & penetra preftimo, 6 defpoisfe pagou põ
dologo o myſterio della, fe lhe tualmente, como vimos. >
deu a repulta que conuinha;dizê Poderá fer, que eftaaduerten
do que por nenhú modo le con cia fizefêm o Prior de São Do
entiria coufa, de que refultafe o mingos, & Goardião de S. Fran
parecer ſogeito hüm Reyno ſo cifco, ambos os quaes na efcritu
berano, & liure, que os focorros rapafada vem nomeados entre
fedariáo por repóndêcia de boa es do Confelho delRey, que naõ
chriftandade, & amifade, como fe dauão então por mal feruidos
em tempo delRey DõAfonfô o os Reys de ter Čonfėlheiros Re
蠶 na do Salado, de que lhe ligiofos,como fe vènos dous ago
ra nomeados, & em outros mais
refultou tanta honra, por entrar
voluntariamente, fem ter obri que ſèveraöa ſeu tempo. Elles
gação, nem necefsidade. "". ို repreſentar a €IRey, que
Fundauãofe os que derão a tal naõ podia tirar pedidos paraem
repota,na certeza de nofa fobe prefá que naó era obrigatoria,
raàia,& independencia;& na pou porque como Theologos fàbiaõ
.ca ingenuidade dos beneficiados, o como, & quande os pouos faõ
qauendo defecõfefarajudados, obrigados a acudir aos Principes
pretenderaõ reconheci com cabedal, & depeas.
dos, como 'fel verdadeiramente "Todas as que os Reys dePorS
foraõ füperiores. Naõ teue Por tugal fizerãõ nos focofros a Ca
tugal nunca fubordinação feme {tella,foraõ sờ voluntarias, & naõ
lhante, &ó focorro prefente que obrigatorias por dependencia, &
o Infante D. Dinis leuou por mã fubordinaọaỗ deíta àquella Co
dado delRey feu pay o manifeta. roa. Hüa grandeproua fenos of.
Para os gatos da jornada fe pe ferece nos cõtratos do cafamen
dio dinheiro aos Confelhos, co tos delRey D.Ioão o Primeiro de
mofevio no capitulo 5. Naõ foi Catella com a Rainha D.Brites,
o pedido obrigatorio, antes foi filha do nofo Rey D. Fernando.
empretimo, final de que a jor 'Naquella occafiaõ, como a to
nada que fè fazia não era de obri doshenotorio,ficauaê eftes dous
gação da Coroa do Reyno; que Reynos ambos, aindaú não vni
à fer afii, o Reyno fora obriga -dos,porque logo fe audio a per
do a acudir: mas como era húa feuerar Portugal feparado,” ao
ajuda voluntaria a Rey eftranho, menos atè auer filho daquele
& naö concernente á defenſaö matrimonio, que pudele vir e
do Reyno;não oufou elRey acei nhorearetenofo,encorporados
tar donatiuo graciofo, fenão em ambos nos dous defpofados Rey
- Dom
16
Domloão, & Rainha DonaÉri feu netoelRey D. Felippe Quar
tes, refidentes que auião de fer to, quanto cabedaldeipédemos
em Caſtella. Anteuendo os zelo nas guerras de Caftella,iêm feat
fos Portuguefes daquele tempo, tender ao precifo de nófas im
que poderia elRey de Catella menfas conquitas, he mais para
querer valerfe das forças de Por fintido, que lembrádo."""##
fugal,expreffaraôlogo,& fizeraõ ... Ainda pois q nos conte man
jurar aquelle Rey,que no dicur. dar elRey D. Afonfo Terceiro à
fo de atinosem que Portugal não feufilhoi}ã Dinis.com exército
tiueffePrincipe 'dàquéllejiatri. de terra;&armada pormar a fo
monio que oenhoreae, nece, ់ 蠶 foi
tādo elRey de Catella de focor franqüeza醬 de bom på
m pa:
ros degÈtéPortuguefā pāra acu rente,&vefinho,& hå5 reconhe
dir às necefidades, & guerras de cençdedepಠಠ್ಠeitèbriಣ್ಣಿ
Catella, asleuas que ef do, como & efcritores daquèlle
fofem a cuta, & com dep a Reyno publicaõ, faceís natural
de Caftella, Taó longe eftaua a mente à qualquer jactância, ain.
Soroa de Portugal de Gröbri daque påò teñhão fufidaihëftd.
င္ဆိုႏos,ိုင္ဆိ Comfüa natural Altiueza, & ju
*.*.*.*.
Catelhan queátèုႏိုင္
quandoတူ
el ftiọa nenhũa forão"elereuendo,
-ν"- , ιδι»! les por matrimonio có a herdei. que o Reyno de Portugal eraº.
* -
, -
ra }de Reyno,c: ----
....: ‫ می‬ii
omo‫ سه‬entaó fe pre brigado á 'ácidíras Cortes dos
-

.…… fumia, fenhoreauaõ eta Coroa, Reys de Leão,& Catella, & de


lhe faziaõreconhecer, que era fa lhe 蠶 fagarías
uor grande permitirlhe conduzir ಘೀ rodos
gente deteReyno cõ foldo Ca fè fundão no texto da fua Chro
. . 1 ."
នុ៎ះ tépó daquelles cö nicaCatelhana, que relata a pre
→X 。
tratos dareitreslado original del fentejornada do Infante D.Dinis, .
les, que copiei da Torrédo Tö & deles fazhúa grandelita Dõ
bo,aonde fè conferua. Não tinha Francifco de Valboa no feu liuro
Portugal conquita algüa a que . de Monarchia Regum,fendo que
acudir naquele tempo, & con foi taõ mal compoítaaquel la fà
tudo os politicos que entaõ ā bula, & com tantos erros como
uia atal arão feudamente aº fe tem vito. " ...",
* - ... . . . . . . ... : ". . . . . .
-
-?

defraudo que Catella nos podia Mas que muito que os Cate
fazer por efavia.Depoisqueen lhanos efèreuão contra nos eta
trou, 'ou fé introduzio viólenta impoſtura fem fundamento.Cöa
mente nette Reyno elRey Dom méfma facilidade diuulgaraõ, á
Felippe Segúdo, até fºr excluido elRey Dom Ramiro Segundode
-

C4 Aragão
LiuroxVI. Da Monarchih Luſitana.
Aragão fe fizera vaffalo delRey feus Reys obrigação algúa dere
Dom Afonfo Setimo de Catel conhecimento aos daquella Co
la,& lhe pagara feudo,fendo tan roa, & que o fenhorio do Reyno
to ao coñtrário, como confta de do Algarue foi fempre dos Reys
eſcrituras publicas,& autenticas, Portuguetes, & affi que não foi o
que o Dom Afonfo foi o que re Infante D.Dinis a Seuilha, nem a
cebeo da mão de Ramiro a ci reconhecer fuperior, nem a pro
dade Caragoça, & lhe fez della curar ifenção do tal reconheci
mento. Pudera com mais razaõ
omenage. E ta verdade prouaõ
exaćtañente Fabricio Gaüberto, fintirfe o nofo Infante de ver a
Martines del Villar, & Fr. João quella cidade em outro dominio,
Briz Martines,麗驚 efcri lembrado da muita acçaõ que ao
tores Aragoneſes.Se Portugal fo fenhorio della temos Reys Por
ra obrigado air a Cortes, # acu tuguefes. - -

dir aos Reys de Catella com a Coufähefabida, 4repartioel


gente que dizem, & neta occa Rey D. Fernando o Magno entre
fião fe dimitira tudo, como a feus filhos os Reynos que pofuia.
Chronica de Caftella afirma nas Na repartição á e deu ao mais
cartas de demiaóauia elRey D. moço,que foi DõGarcia, entrou
Afonoo Sabio de declarar, que Portugal, & Algarue, & os Rey
dimitia o fobredito; porem em nos de Seuilha, & ಟ್ಗ
3 Glue Rodriai
todas ellas, cujos originaes con fuppoto etauaõ pofuidos de "-".
feruamos, diz sòmente que leuã Mouros Badajoz,& Seuilha, eraõ ဇီးဒီး º
udo tributarios a elRey Dõ
ta āobrigação das fincoëntalan contando
ças ao ಘೀ D.Dinis, & noto Fern , como lemos nas hito
cante ao Reyno não fala; porque rias de Epanha. Que deixaffe a
de feito lhe não era obrigado a quelle Rey nomeadamente os
coufa algúa. Reynos de Badajoz, & Seuilha a ta. ...,
,diz
D.Garcia te
claramen i-
Ieron 17.
CAPiT. IX. mo de Zurita. Antes delle o ti
nhabem notado onofoChroni
fta Fernão de Pina nos feus ma
Do direito que Portugal nufcriptos, confiderando o pro
tem a cidade de Seuilha,ê- cedido entre os Reynos de Por
ſeu deftritto. tugal, & Leão defde o tempo do
ప్లే X$
## TEmos motrado, que Conde Dom Henrique fobre as
### não teue o Reyno de demotraçoés, & limites detes
# Portugal fubordina Reynos.
‫تعیی‬
. -

- -

*#* cão ao de Leão, nem


-

Daqui procedeo mandar o


-

» º * 'noffo
ElRey Dom Dinis, º Y Z
noffo Rey D. Afonfo Henriques tugal aquella conquita, & asi
afeu filho o Infante DõSancho me{mo elReyD.Afonfofeu filho,
com exercito a Andalufia para & por efa razão largou naquela
ganhar Seuilha, & defeito a teue occafiaõ o Algarue, confefando
蠶 chegando atê Triana. que não era feu; a me{ma confil
or efta mefma caufa foi tambê faõ (e fez de outras terras de An
c!Rey Dö Afönfo cercar Bada! dalufia,que elRey D. Dinis reco
joz;& aindaquefe naó configuio brou atinos adiante. E pode fer
hña,& outra empreza, bem feve o dar elRey D. Afonfo Sabio húa
que forão intentadas pela certe das cartas de demiffaõ na cidade
za á auía de pertenceñem aquel de Badajoz, fofe lembrado de
les Reynos ao de Portugal, defde que andaua aquella Cidadevura
o tempo que fe conftitüio Reyn pada à Coroa Portuguela.""?
feparado do de Leão, é º º * A cidade de Seuilha ficou por
* Não ignoraua nada dito el Catella, por não ter elRey Dom
Rey D.Alono Sabio de Catella, Afonlo Terceiro cabedalpara a
'que tanta noticia teue das fcien recuperár, & acomodatfead té
cias,& dá hiftoria, né faltou em po, folicitando com ocafanien
Portugal quem lho lêbrafe, an to a retituição das terras que lhe
tes he de crer, que (e aduertio a tinhão occupado mais dentro de
elRey Dom Fernando feu pay, ſeu ſenhorio, 驚 forač as do Al
uando cercou Seuilha, que era garue. O Metre DõPayo Peres
aquela Cidade da cõquita Por Correa, & muitos fidalgos Por
tuguefa. O não fe apertar então tuguetes,que fe acharão no cerco
com aquelle Rey fobre eta ma de Seuilha, & principalmente o
teria, foi por ir ele cercar eta nofo Infante D. Pedro, que vul
cidade no anno mil & duzêtos & garmente chamamoso dós Mar
quaréta & fète, & mil& duzÉtos tyres de Marrocos,achandofe no
& quarenta & oito, em que Por fim do cerco, & entrada da mef.
tugal andaua diuidido cóa depo ma Cidade, bem entendião que
fiçaõ delRey DõSancho. & en aquella emprea nos tocaua a
trada do Conde de Bolonha feu nòs, mas como vião o Reyno nas
irmão, trabalhando hum por fe duas parcialidades que difemos,
conferuar, & outro por fe intro & que não podia acudir a hum
duzir no gouerno do Reyno; co tão grande empenho, ajudarão a
mo entre nòs auia efta guerra ci anhar a Cidade, sò pela verem
uil,não fe pode impedir a empre fora das mãos dos Mouros. O
fa a elRey D. Fernando. -
Metre Dom Payo antes das re
Conhecia elle bé fer de Por uoltas de Portugal, andava nos
‫ ـه‬. Reynos
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Reynos de Catella com muitos nis cõ todo o cabedal deta Co
I'O3.
Portuguetes, outros pafaraõ lá, * *

vendo trauada a guerra ciuil no Rédeolhe a jornada a demi


Reyno, porque as deta qualida faõ das fincoenta lanças que lhe
de faõ perigofas, & he taõ diffi etauaõ impotas por razaõ do
cultofanellas a neutralidade, co Algarue, & coma demiaó del
mo a parcialidade; & ali quie las largou elRey D. Afonfoo Sa
raó efperar o fucceffo fora do bio o titulo tambem de Rey do
Reyno,para virem defpois beijar Algarue, que afii o obferuei nas
a mão ao competidor que preua duas efcrituras,que fobre ete ne
leceffe, Entendo que a nað fer a gocio (e fizerão. Em ambas ellas
efênfaõ da depofição delRey Dõ e intitula Rey de Catella,Leão,
Sancho, auia elle de ganhar Se Galliza, Seuilha, Cordoua, Mur
uilha, afsi como na Andalufia cia, & Iaem, & naõ vem intitula
ganhara outros lugares, de que do Rey, do Algarue., Seus fuccef
fores o continuaraõ, elRey Dom
na terceira parte fe deu conta.
… Não poderá contudo aquela Dinis (e refintio difo a elRey de
nobre Cidade, aindaque fogeita Catella Dom Sancho o Brauo,
a outro fenhorio, deixar de con Naquele tempo .di/correremos
feffar, que quatro vezes atèajor largamente neſta materia,
nada do Infante Dõ Dinis fentio - a
*
w
* *
-

J.

em feu territorio o braço Portu c APIт. х. 3.


gues, & filas armas; as tres pri
meiras para expugnala, & efta
vltima para focorrela. Foi a pri Do titulo de filho primeiro
meira, quando o Infante D. San herdeiro, que fe deu ao Im
cho foi a Triana. A fegunda quã fante D. Dimis, & a
do feuirmão D.Martim Sanches, cauſa delle
General que então era delRey de
Leão feu cunhado, desbaratou o 3)& Primeira efcritura de
poder dos Mouros junto da mef $#\#}{te Reyno, em que vi
ima Cidade, como o relata o Bif. %3%\# chamar ao filho mais
Fol. 113.
§. Rex Al po de Tuy D.Lucas. A terceira, * velho dos nofos Reys,
fonfus, quãGo foi ganhada por elReyD. Filius primºgenitus, & heres, filho
Fernando cõ affiftencia de mui primogenito, ou filho primeiro
ta nobreza de Portugal, & do Herdeiro, como fe vfa nas efcri
Metre D.Payo,cabeça principal turas em lingoa Portuguefa, he
daquella emprefa. A focorrela a que langamos no capitulo 5.
entrou agora o Infante Dom Di Na qual elRey DõAfonfo Ter
geiro
ElRey Dom Dinis. . 18
ceiro falando com os pouos, lhe que elRey D.Ramiro,o que ven
dizia, que mandaua com focor ceo a batalha de Clauijo, alcan
ro a elRey de Caftella ao Infan çou a fuccefaõ hereditaria para
te Dó Dinis eu filho primogeni os filhos, a qual fe continuou atê
to,& herdeiro.Nemhüa outra vi o prefente, fendo a eleiçaõ dos
dos tempos antecedentes, & to pouos atè ſeu tempo.Como os fi
das as mais que correm detetê lhos ficauão habeis, & admitidos
po ateo de elRey D. Duarte, que 儘 reinar, emproua da talha
introdufio o titulo de Principe a ilitação,& hereditaria ſucceſſač
feu filho, nomeão por filhos pri no Reyno, os nomeauão a todos
meiros herdeiros aos primeiros Reys,& outras vezes Infantes, ti
filhos dos Reys que concorreraõ tulos concedidos aos filhos de
...nefta Coroa naálle entremedio, Reys sômente, ou a Principe de-.
& ditancia de annos. Por er o cendente de Rey, que herdaua.
Infante D. Dinis, de que ecreue fenhorio foberano, como vfou o
mos, o primeiro em quem feva titulo de Infante o nolo Rey Dó
riou o etilo, me parece razão a Afonfo Henriques antes de Rey.
pontar a caufa deta mudança,& São tantas as efcrituras, em que
repetir o etilo antiguo á eva os filhos,&filhas dos Reys de Ca
ua, dedutindo tudo de memorias ftella,Leão,Nauarra, Aragão, &
com que me cóformo,& do que Portugal,feintitulão Reys,& In
as eſcriturasantiguas deixão cõ fantes, que he denecelario re
jećturai prudencialmente. . . . pitir exemplos. º … , . . .
Se ouueremos de valernos ne Hum sò darei do tempo del- Sandoul
fa parte do cotume dos outros Rey DóSancho o Maior de Sa-f...,:;
Reynos de Epanha,naõ podere uarra, que ue he a doação
aç do Mo-" -T - -

mos aueriguar coula certa.Algús fteiro de S. Chriftouão de Touia,


... efcritores qne falarão exprefia feita ao de S.Milhan,ou Emiliano
ðuintana - - ، ‫گہ ہ‬
#: mente neftë particular,të para fi, da Ordem de N.P.S. Bento, na
azid, á nosReynosdeCaftella entrou o qual parece que o titulo de Kex,
ູ່ ແlo defilhoprincirohⓥk9 ou Regului, competia ao filho priº
""" defde o anno 1o34. mas vitas bê meiro, & não aos outros; porque
,.,.,.,., as efgrituras daquelles tempos, vemos afeu filho D. Garcia,filho
# geralmente corriaõ com título da Rainha DonaMaior,nomeado
ãe Reys, ou Infantes todos os fi Zegulus, & o outro D. Ramiro, fi
lhos dos Reys indiftinctamente. lhó de Dona Caya, outra mulher
. De tempos mais antiguos e daquelle Reyfe nomea não Rey,
preume, que deráo os Reys, eſte nem Infante, fenáo Proles Kegis,
me{mo titulo afeus filhosdepois que quer dizer,filho delRey, Dó
Fr.
. .. i
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
na hif.'de Fr, Prudencio de Sandoual repa donde fe ve, que os filhos legiti
S. Iairode rounito, & a meuvernáo ha dif mos dos Reys, ou Infantes, ou
la P. ja li.
’ficuldade,fè fè notarcomFr.Ioäo Reys ſe nomeauáo; & quanto a
2. 6- 23.
& 24 Briz Martines, que o proua exa darfe titulo de Rey então ao Dõ
ctamente, ſer o Ramiro filho le Afonfo, me parece fer a refpeiro
gitimo da primeira Rainha Do de etar ele já cafado,& quereré
na Caya, & o D. Garcia da fegü por eta razão antepolo com al 2

da; & como em vida deta fe fa gú preferencia. No principio da


zia a doação, lhe dauão titulo de efcritura diz elRey Dõ Sancho.
Regulo, não o negando ao Ra Ego Sancius Zet gratis Pºrtugallenº
miro com a palaura, Proles, que ßum Aeex, vna cum filio meo ?ege Zo.
nas ecrituras antiguas fignifica J/om/o,& vxore eius Kegina Z). C/r-
ua tambem filho de Rey herdei raca,& cateris filijs, ac fiüabus meis.
ro, & fucceffor, o que Sandoual No fim della entrão então as fir
naõ prefumiadefte Ramiro. mas na forma que difemos. .
Em Portugal naõ vi fazer dif. Como titulo de Reys, que e
ferença entre os filhos dos nofos daua aos filhos dos Reys em Ef
Reys, nomeandoos fempre nas 體 fe declaraua o direito de
efcrituras até o tempo do Infan erdar, que elles tinhão, com a
te D.Dinis,ou Reys todos, ou In preferêcia,& antelação dos mais
fantes; & afime{mo às filhas In velhos,& quando fe quiz expref>
fantas, ou Rainhas. Comtudo no far mais efte direito hereditario,
cartorio do Moteiro de Chelas, que proximamente compete ao
junto a Lisboa, achei húa doa filho primogenito,lhe chamarão
çaõ,que elRey Dom Sancho pri filho primeiro herdeiro,ou Infan
meiro fez a Mendo Gomes, & a te.Como tambem nas Cortes de
füa mulher Maria Annes de hüa Lamego affentaraõ os nofosPor
vinha em Alualade, que depois ຕg.cⓞ, que não sò os filhos va
veio ás Religiofas dete Conuen roés dos Reys de Portugal,fenão
to, & foi feita no anno 121o. na tambem as filhas herdafem por
qualos Infantes filhos dete Rey direito hereditario eta Coroa
vem nomeados na forma que fe em falta de filhos, cotumou lo
fegue. £ex Z), +fomfas, hfims Z). go o nofo primeiro Rey Dom
2etrus,Ipfam* Z). Firmamdus,dando Afonfo de equiparar aos filhos,
fe titulo de Rey ao primogenito & filhas neta parte, nomeando
D. Afonfo,& aos outros dous de herdeiros de feu Reyno ahús, & Cartoriº
Infantes. As tres filhas,D.There outros. Na carta do Couto do de Alcoba
fa,Dona Sancha,& D.Branca,to nofo Moteiro de Tamaraês em dourados
{ 4 !. 3 d9s -

das entraõ cõ titulo de Rainhas; termo de Ouren,fè veifto claro. fol. 1, 1.


Deufe
*

· ·· ElRey Dom
peufellaefiando elRey emiLei- ua eleiçaõ dos tres cflados.Simtr
ria no mes de Março de 1172. & ftitéſfueritzerſneflijs, / habcat/ха
diz que a fazia: Vna cum filo meo trem, / Χrxim $ita eius;& cum fueri*
£egez).Sancio,& filia mea Kegina ம். mortuus,hom erit £ex filius eius, fi mom
7harafa Regnimei coheredibus junta, fecerint eum Epifcopi, & procwrantes,
mente com meu filho elRey Dõ & nobiles curia Aegis. Principiou o
Sancho, & a Rainha D. Tharefa Reyno hereditario de paya filho,
minha filha, herdeiros ambos de & continuou do tépo do primei
meu Reyno. Tempos adiáte vie ro Rey D. Afonfo ate elRey Dom
rañosnófios Reysa referuar pa Sancho Segundo; pela depofiçaõ
rafiotitulo de Reys, nomeando do qual entrou nogouerno,& def
'afeus filhos com o de lnfantes,& bois delle morto, fomou a poffe
comidifierença ao mais velho:In por fucceaó hereditaria feu ir
fante filho primeiro herdeiro. maõ elRey DõAfonfo Terceiro,
“Em Catella 剔 fevfåta efte mö em virtude daquelles eftabeleci
dodendmeafos primogenitos. E mentos. O Pontifice Innocencio
por eta caufa nomearaó també Quarto o declara affino Capitulo
filho primeiro herdeiro a Eduar Candi, approuando nito, & con
"do,filho delRey Henrique Ter formandofe cõ as leis defte Rey
“ceiro de Inglaterranaquellaefcri 'no,& Cortes de Lamego: Qui tidº
tura que apontamos, por fe var Xegi, %al/qúe legitimo decederet filio,
naquelle Reyno o me{mo etilo, 'iure aegnifìccederet. Aqüellas duas
4 o titulo de Princip£s de Gaules palautas,jureregni, á querê dizer,
principiou nefte méfimo Eduardo čonforme′as féis dó Reyro, na6
no anno mil duzentos & fincoen etão introdufidas no cótexto por
ta & feis.… · · · · ¥ .,.,., …~ 'inaduertencia, ou erro doim preſ
o principiarno Infante D. Di for. A integra de que fe dedufo
nis o titulo de filho primeiro her efte capitulo,que he da depofiçaõ
deiro,entédo que fe originou por del Rey DóSancho, & introduc
repeito dás Cortes de Lamego, caöno gouerno de ſu irmaò o In
as quaes no reinado delRey Dom "fante Dom Afonfo,vi eu na Tor
Afonfo Terceiro (eu payfe pra "re do Tombo,aonde fe conferua,
.ticaraõ, & examinaraõ com toda · & outra bulla fêmelhante no car
aformalidade. Etatüíofe no ter torio da Sé de Coimbra, por vi
ceiro artigo daquellasCortes,que rem entaõ muitos tranfumptos a
morrendo elRey fem filhos, o In todo o Reyno, & em ambas ellas
fâte feuirmäofuccedefe no Rey leitaõ as iiiefimas palatiras. Das
r
no; mas q o filho de tal fuccefor · mcfimas palauras vía efte mefmo
-

träſuerfalnaöſuccederiafem no “Póñtificé en outra bulla,que ex


Ꭰ pedio
-, Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
io em particular ao nofo In no Infante Dom Duarte,que fic
fante Dom Pedro fobre a mate cedeo no Reyno, o qual Porver
ria fobredita, com a qual dare etabelecida, & confirmada a li
mos noua expofiçaõ ao Capitulo nha, que em feu pay principiara,
grandi. . . . v.v. \º. -- º variou o ditado em feu filho, a
Como na pefoadelRey Dom 4 deu titulo de Principe, que ate:
AfonfoTerceirofeinftituio noua gora nos primeiros filhos de nok
linha tranfuertal, & o filho, do Ios Reys e conferua. Duas linhas
tranfuertal naõ era admittido na tranſuerſais ſe introduſiraö deſ
fucceſſaõhereditaria, necefftaua pois dito em elRey, Dom Ma
oInfante Dö Dinis de noua elei noel, & feu terceiro neto elRey
gaõ, para delle fe deduzir outra Dom João o Quarto. Os filhos
-noualinha hereditaria, Para ju fuccefores de ambos, que foráo
rarem em Cortes ao nofo Infan elRey Dom João o Terceiro, &
te nacido no anno mil duzentos he depreſentejo. Dọm
& ſeſſenta & hum, ſupplicou o Theodofionofio, fenhor, quan
င္ဆိုႏို
JReyno ao Papa no aringfeguinte ido a formalidade das Cortes, de
de…mil. duzentos & fèflenta & Lamego obrigafe, obteruada e
dous, que o legitimaffe, &, di {ta pois em Cortes, foraõ reco
penfaffe com o cafamento de feu nhecidos, & jurados herdeiros
pay, porque onaôpodiać admit ideita Coroa.………... !. . . . . ."
* ,
tir fêm fer legitimo. Defpois da ﹙维:·﹝
tº . . . .
- -
-

t
- - -
-
-------
--

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- -

:
-
- - - --
- - - -

---
-
-
*

legitimaçaõ o juraraõ, & aceita - -- - -

* "X itſ 1, . .
-
. D
. ? 「;、「.「! : ・・

raõ por fucceffor em Cortes. Pa ー」"。::.Li.、! *


- -

~,
cAPiT., XI. ' ' - -
1
i
ira manifetar, elRey o direito de :。メル、:liン・ベー。い。 。
- " -

:fücceder a que eftaua admittido - / 2 ... . - *

o Infante, & como nelle fe tinha Em que f dá nou" expºfiº


‫السر‬ - - -

radicada juridicamante a heran tão ao Capitulo Grandi,


ça, pretendeo que como titulo - com muitas noticias do
defeu ditado o publicafe, & por Infante Dom 9:
eſſa razaòlhe introduzio o titolo , .: 2^t; :-

de filho primeiro, & herdeiro, o . · · · ¡ ¡ Pedro.


; ; ; , , , , ; ;;;
' ;.,
qual correo ate o tépo delRey D.
Fernando;por morte do qual fen
do eleito outro tranſuerſal,
šāļiemosque aspalauras
4 foi :: Édo capitulo, Graná, em
elRey D. João o Primeiro, o deu ¿(¿áfè approuâo as Cor
també a feu primeiro filho o In- *
º tes de Lamego,confor
fante Dom Afonfo; & por morte 'mauão cõ as integras que temos
dete primeiro filho o continuou nete Reyno, & alem dellas cõ a
-
*
-
-
-
- bulla
ElRey Dom Dinis. … …" - -
- - 2O

bulla que Innocencio IV. inuiou Catalunha, & lha de Yuiça. Fo:
acerca dito ao Infante D.Pedro, rão varios os caos, que asi em,
& dellas deduzimos a caufâ, do. feruiço, como em deferuiço del
nouo titulo, do noffo Infante Dó. Rey feu (obrinho lhe acontece
Dinis,de filho primeiro herdeiro. raõ nos Reynos, & eftados que
Fundados neta bulla, a qual foi apontamos, & muitos também
expedida àquelle Infante a 17 de os que em outras pretençoês lhe
Agoito de i246. eftando o Papa acoñteceráo. Deixando agora os
em Leão de França;& confidera mais, & auífinhandome aos que,
da a caufa porque foi expedida, podem dar luz ao que de prefen
aclararemos mais aquele capitu
ko. Confiderando as hiftorias da “ប្ដ d ipor
. . . . .. .
He de faber, que ganhada por--

quelle tempo, & o ſuccedido na elRey Dom 蠶 Ilha de ఫే


quella concurrencia de annos ne lhorca, na conquita da qual o
fenofo,& nos outros Reynos de acompanhou,& ajudou o Infante
Efpanha;digo,que defpois de lar Dom Pedro, & viuuando pouco
gas peregrinagoés, que o Infante defpois da Condeffa de Vrgel, fe
DõPedro filho donofo Rey Dõ nhora proprietaria daquelle eta
Sancho Primeiro fez fora dete do, da qual naõ teue filhos, & fi
Reyno, aflino de Leão na Corte cou nomeado por ella herdeiro
defeu cunhado elRey D. Afonfo, ElRey Dom Jaime, que defejaua
como alem mar na de Marrocos, aquelle etado em Catalunha,tro
veio a Aragão chamado da ge cou com o Infante,dandolheMa
nerofidade delRey Dom Jaime, lhorca com titulo de Rey, pelo
que fabia agafilhar hopedes fe Condado, Celebroufea trócà no
melhantes. Não prefumia delle anno mil duzentos & trinta &
o Infante Dom Pedro poucos fa huma 29 de Setembro na cida
uores, afli porá lhos auia de me -de de Lerida, como efcreiie o
recer com bons feruiços, como Dgutor Fyancifco Dameto,natu
- tambem por fer aquelle Rey eu ral, & Chronita das Ilhas Balea
-fobrinho, neto delReyD, Afon res, que vio os monumentos, &
<fo, irmão da Rainha Dona Dul eſcrituras,& aueriguou melhor 4
ce, máy delle Infante. O ſucceſſo sos mais etas materias. Defejaua
compronou a verdade de tudo, -tanto elkey D, laime cncorporar
fabendo do grande cafamento, - na Coroa eíle Condado,que pre
que o Infante teue coma herdei tendeo.caſarſe coma meſma Cö
...ra do Condado de Vrgel, &oa. dela, em cafo que ela naõ efici
tros Senholiosnos ReynosdeWa tuaíleo cafamento com o nofo
lença, Malhorca, Principado de : Infante, & com eta claufila lhe
*
*、*、* D2 fez,
-

-- Liuro XVI. Då Monarchia Lufttana.


fez a ella profiaó de Comenda & quatro tornou outra vez a to
deira, ou Religiofa de Santiago, mai poffe defte Reyno, dando a
aonde fe permitte catidade con elRey as villas de Muruicdro,Al
jugal. Fr. Lopo Pires freire da menara, Burriana, Segorbe, &
mefina Ordem, protetandolhe Morella, que deuia pofluir alem
üeauendo decaſarſecom licen do Condado de Vrgel, que tinha
ça do Metre, não fe efeituando largado,ou alcançar por troca de
o cafāmento do Infante Dom Pe Malhorca, & acrecentoulhe el
dro de Portugal, que tihhá con Rev. neta occafiaõ alem do fe
tratado,fecalária com feufenhor nhorio deta Ilha, mais trinta &
el Rey Dom Iaime. O Licenciado noue milfoldos de renda.
Diogo de la Motta no feu liuro No anno 1244. em qoInfan
đa Ổrdem de Santiago, tras tre te largou o fenhorio de Malhor
ladada a forma deftaprofifiañ da ca, affitio em Aragaõ, & affi
Condefa. He grande proua da me{mo atè o anno mil duzentos
etimação que fe fazia do nofo & quarenta & finco, em que el
Infanté, achar cafamento em Rey Dom Iaime ganhou Denia
Reyno e tranho, que o Reyná aos Mouros com affittencia, &
tural pretendia. Á profifiaõ da ajuda do me{mo Infante, que
Condëfä foi no annō de mildu confirmou os priuilegios dados
zentos & virte&rioue. roºi entaó por el Rey a aquella villa,
º Senhoreado elle do Reyno de No anno feguinte de mil duzenº
Malhorca por aquella troca, afi. tos & quarenta & feis lhe efcre
fio à repartiçaõ que fefez das ueo o Pontifice Innocécio Quar.
terras da Ilha, no anho feguinte to, pedindolhe que viete asitir
detriiiduzentos & tinta & dous, a feu fobrinho o Conde de Bo
-&aapprouðð; que áíåggnita dó lonha Infante, ao qual mandaua
intrumento que daquella repar gouernar o Reyno de Portugal,
-tiçaõ fe cohfefua. Foi cóntinüari pelas queixas que lhe tinhaõ fei
do nofenhorio da Ilha atè o an to contra elRey Dom Sancho,ir
no mil duzentos & quarenta & maó do Condé Infante, & ſobri- .
- - - - - - - - «»
- --

quatro, no qual em 3 de Iunho, nho dellelnfarte D. Pedro. Como


'âchandofeicom o mefmo Rey o D. Pedro tinha deixádo o Rey
Dom Jaime no cerco de Algezi .no de Malhorca dous annos antes
ra, lhe largou por troca eteRey dete, lhe não dá o Papartitulo
- no de Målhorca, abfoluendo da mais que de Infante, នុ៎ះ D.
omenagem , & vafſalagem aOS Sancho Rey de Portugal , por
"{ ‫ بہ‬، - - -

i naturaes delle. No anno comtu naõ ter outro, que o Conda


- do de mil duzentos & fincoenta do de Vrgel trocâra, primeiro. '
hnc,
ElRey Dom Dinis. 2. I

originalſnnocentius Epiſcºpus ſerus ſeruorum elRey feu fobrinho, foi porque


notartonio
... Zet; zileão
-

Z: 7o filio
-

?etro Infanti
-

filio ?etro 1nfanti ma


-

mato
etaua a villa de Guimaraés por
clara memoriæ Sancj £egis ?ortu elRey D.Sancho,& paſſouelRey
galle. a fogeitala, como fez, & dito (e
Em comprimêto do manda lembrauão algüas tetemunhas,
do, cu rogatiua do Pontifice a que em tempo delRey DõDinis
companhada de indulgencias, & depuferaõ da idade nas conten
fauores, fè partio o Infante Dom das que D.Martim Gilteuefobie
Pedro para Portugal com defejo a quinta de Vnhão á no liuro pri
deverem paz fila patria,& de aju meiro das honras de Alem Dou
dara feufobrinho na poffe,& ad ro às folhas 116. verfo andaõ lan
minitração do gouerno, na for çadas.
ma dos decretos Apotolicos.Foi Deteuefe o Infante pouco em
grande parte de aliuio aos Portu Portugal, tanto á o vio obedien
guetes em tempo tão trabalhofo teaſeuſobrinho D.Afonſo,& in
ver aquelle Infante, q tantos an citado do animo guerreiro fepaf
nos auia q peregrinaua fora dete fou a Andalufia ajudar no cer
Reyno; & obrou fua preſença, & co de Seuilha a elRey D.Fernan
prudête razão de proceder a ma , do feu primo, & fer participante
ior parte de quanto ſe conſeguio da honra que fe ganhou em tão
na feguranga,& aceitagad defeu bom feito de armas. No fim do
fobrinho o Conde de Bolonha. anno foi a entrada daquela cida
Nos dous annos de 1247.& 1248. de, & no triunfo que teue elRey
em que durou o feruorofo da
D. Fernando a primeira vez que
guerra ciuil, feruio, & acompa entrou nella, o acompanhou o
nhou ao fobrinho, atè o deixar Infante D. Pedro, a quem elRey
obedecido de todos. Em duas depois aquinhoou, como conui
efcrituras, hüa dellas do anno nha, quando fez a repartiçaõ das
1247feita em Monte mór a qua herdades, & lugares de todo a
tro de Outubro, & outra em Bra quelle deſtricto, a qual tras treſ
ga no primeiro de Mayo de 1248 ladada Paulo de Efpinofa na hi
nas quaes elRey D. Afonfo Con toria de Seuilha, aonde fe pode
de de Bolonha confirma hűas,& ver o que toca ao Infante. Gran
dà outras herdades de Mondim des eftados poffuio fora de Por
ao nofo Moteiro de S. João de tugal, acquiridos todos por feu
Tarouca,anda a firma do Infante valor, & trabalho. . . . . .
D. Pedro, como refidente então Em Portugal teue algűas he
cânefte Reyno. Infans Z). ?etrus. ranças,qnão deuião fercõfidera
Acharfe o Infante em Braga cõ ueis; porque elRey DomfAonfo
. . . " ".
, ... "
- - D3 Segun
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Segundo não foi muito liberal cõ na eleiçaõ de Gouernador, entre
feus irmãos.Algú acrecentamen fobrinho, & tio, mandou que fe
to deuia alcançar agora da mão elegeffe, & aceitafe o fobrinho
delRey feu (obrinho, mas naõ foi irmaõ do Rey depofto, pois que
taó crecido, que deixafe de tor conforme as leis do Reyno lhe
nar a aufentarfe para Aragaõ,aõ auia de fucceder, o que naó con
«de paffou depois que efteue em corria na pefoa do tio. Por eta
Seuilha no anno r248. & là mor razaõ ficou excluido da preten
reo com o fenhorio fegunda vez faõ o Infante Dom Pedro, & ad
de Malhorca. No difcurſo de an mittido o Conde de Bolonha feu
nos que viueo defpois difto, lhe fobrinho.
fuccederaõ mais coufas, parte Beutere{creue, que tanto que dia…:
das quaes contaremos em outro em Portugalfe começou a tratar 216 24
lugar. O mais que agora eſcreue 2. depofiçāó delRey Dö Sancho,
mós he colhido dá biftoria de renunciara o nofo Infante Dom
Dameto. - Pedro em elRey D.Jaime o direi
Agora porem para acudir à to que tinha a Portugal, & man
intelligrncia do Capitulo, Grandi, 'dando elle cá Embaixadores fo
valendome do que fica propoto, bre eta materia, naó foraó rece
entendo que mandou o Papa que bidos. Direito áfucceaó do Rey
fe aceitafe o Conde de Bolonha, no naõ o tinha o Infante quando
viſto ſerelle o que auia de ſer ſuc viuia feu (obrinho irmão ម្ល៉េះ
ceſſor delRey Dö Sancho ſeu ir fücceffor forçoÍo conforme as lé¡s
mão, dando cafo que morrefe do Reyno. A pretenfaõ que teue
fem filho legitimo, foi porque foi de Gouernador do Reyno,co
pretendeo o Infante Dom Pedro mo diffemos,& para ifto fe deuia
fèr admittido no Reyno醬 go valer do fauor delRey D.Iaime,o
uernador naquella occafiaõ, & a qual pelo ver fora dos Reynos de
efte fim, por ficar mais expedito, Aragaõ,aonde lhe deixaria liures
largou o Reyno de Malhorca no os grandes eftados que pofiuia,
anno apontado de 1244, em que defejou que fe lhe abrife a co
andauão as queixas contra elRey modidade do gouerno de Portu
Dom Sancho propotas na Corte gal, que ajudou folicitar com os
de Roma. Naöfāltauaöparciaes Grandes defte Reyno,& a naô
em Portugal ao Infante, mas o ferareolucaă doPontifice,
Pontifice Innocécio Quarto, que pcdera fèr que faiffe
inclinaua mais ao juto fauor do cõo effeito. * : *

outro Infante Conde de Bolo (3)


nha; vcndo.repartidos os Pouos
CAP,
ÉlRey D. Dini, **
Do principio dePortugal atë
o tempo prefente ouue grande
de{cuido neta parte, fazendofe
IDo ejfado da milicia manal sò memoria de Dõ Fuas Roupi
nho Almirante do mar em tem
desfe Reyno no tempo em po delRey D. Afonfo Henriques,
gue o Infante D. Dinis aindaque na terceira parte defta
fez a jornada a hiftoria fe acrecentou mais algúa
Seuilha. coufa. Daquelle tempo adiante
ouue fempre Almirãtes,& arma
A efèritura referida, na das. Em quanto a Corte eteué
qual elRey DõAfonfo em Coimbra, pela foz do Mon
§ dá razão da jornada dego fahião as armadas de futas,
*** do Infante feu filho,diz & galês; defpois que fe ganhou
que hia elle ſocorrer a elRey de Lisboa, neta ម្ល៉ោះ pela maior
Caftella com exercito de terra,& comodidade,fe fabricarão as fro
armada de mar. E o mefmo Rey tas, & edificaraõ terecenas para
focorrido deixou húa, & outra materiáes dellas. . . . .
coufa efpecificada na carta de de No foral q o Metre do Tem- caia;
mifaõ, que jà citamos: Epor la «- plo D.Galdim Paez deu aos mo-divaga
yuda que nos fzig/fes en e?agwerrapor radores de Pombal, quando po- :
mar, è por tierra. Com a noticia da uoou aquella villa, & edificoü o ¿cm
armada naual, que aqui fe apon catello, ordena á todos aquelles ºfºla
ta, me pareceo conueniente rela que fosé ੰ à jutiça, pa
tar algüa coui acerca do que em rafatisfação de ferimentos, fofsé
Portugal auia defdefeu principio, condenados às futas, conforme
por faltar em nofas hitorias a ao coftume antigo de Coimbra.
· memoria que conuinha das for ?ro omnes feridus quas fatisfacere de
ças maritimas deſte Reyno,& do &et;intret imfuffam,fecundum veteremi
que com ellas e obrouna defen \fum Coimbria. Sinal de que auia
ီဂျိုမြို့ & offenfå de noffos ini de temposantiguosfuításno Mỡ
migos; fendo que no voto dos bé dego, & pode fer que chegdffèni
conſiderados he a ârmada naual atê Coimbra, por naõ etar taõ
braço direito da defenfaõ do efpraiado, & areado aquelle riö . . .
Reyno, & naquelle tempo era como o vemos hoje, que abaixo
mais neceffaria, pela vefinhança mais perto do mar teue fempré
dos Mouros Africanos, & Graha bom furgidouro. . . . .
dinos, que taõ de perto infeta Do tempo delRey DõSadclio
uão nofasconquitas. Primeiro (e mudou para Lisboa à
- D4 arma:
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
rsa, armada, & por ea razaó dando rauão na Judiaria,
cena defia Cidade. que
Affihejunto a Zara
que nete fi- Rol. 1 I.
f…''... foral, ou confirmando o que feu
* pay tinha dado , concedia aos tio eftiuerão largostemposaşta
peoés deta cidade, 4 não fofem TaCCI12S. -

obrigados a feruir nos nauios da Emtempo delRey D. Sancho


armada,fenão qvoluntariamente Segundo era coftume darem os
porterra, ou por mar acudiffem Iudeuspara cadanao,ou galê que
2. (eu arbitrio. Como o porto de elRey armaua, hia ancora, 8.
Lisboa he de tanta capacidade, húa amarra, que asi contou por
logo fe feruiráo de nauios altos, inquiriçaõ que elRey Dom Dinis
auendo sò fuſtas no do Mondego. fez fobreito,quando reformou a
7Numquam intrent in nauigium meum milicia naual, & a entregou ao
pediré comtrafìam voluntatem : fedim Almirante Paçagnho, como en
taO VereInOS.
eorumſtbeneplacito venire per terram,
aut mare im obfeguium meum. Notempo defeuirmão elRey
Por naõ etar taõ afaftado o Dom Afonfo Terceiro feruia de
rio como agora, que atêS. Iuta Metre das naos hum Ioão de
febemos chegou a defembarcar Miona,a quem o me{mo Rey da
uahüas caías, por lheter feita de 嵩 4fon
o corpo de S.Vicente, fituaraõ os ‫ ملايين‬3 ‫كمة‬
Reys as fuas taracenas na fregue prelente hia:
prefente huanao ineſte por
aquinet
fia da Magdalena. Pelos annos to. ?ro multo/eruitio quod mihifeciffi
1237. noreynado delRey D. San im mea maui, quam feci im Vlixlom t.
cho Segundo pagauaê de foro Deuia ferefta nao húa das da ar
Ioão Annes, & Ouroana Richar mada que o Infante DõDinisle
.des ás Religiofas de Chelas foro uou, por fe ter aperfeiçoada no
de húas caías, que dizem etar na anno 126o. & poder etarembó
freguefia da Magdalena,junto ao Vfono de 1266, em que o íocorro
Paço dos nauios delRey: Quas ha foi a Andalufia. Não ha duuida
bemus in parrochia S. Marie Bagda gueno tempo delRey D. Afonfo
lene circa palatium nauigiorum Äegis. Terceiro Portugalmui flo
Pouco ditante, & quafi contigua rente na milicia naual; & tanto fê
fe edificou a Iudiariả noua em tế applicou elRey a füftentar gran
po delRey Dom Afonfo Quarto. des armadas, & obroutanto com
Eol.1y. No feuliuro dos forosandão con ellas contra os Mouros,que o Pa
frontadas muitas cafas neta Ci Pa o conuidou para ajudar na
dade, húas das quaes achamos q guerra da terra Santa,pela como
eftauaõ na rua do Merrás, & ti didade que tinha de boa frota.
nhaõ do Sul:C4, cujas em que morão AíSi o lemos na Chronica anti
os Iudeus nas Taracemas.Outrasfe fo gua. Poreta caufa pode com fa
cilidade
23
~~ ElRey Dom IDimis. -r

cilidade acudir a elRey de Ca desõ ſincoenta lanças, & elle le


itella feu fogro com armadana 'uou hum exercito de terra,& ar
ual, quando mandou ao Infante mada de mar: a repeito da qual
ſeufilho.Imitou elle a ſeu payne gentileza, & amiſade, ſeu auôem
{te penfamento, & ainda o exce gratificaçaó lhe leuantou a obri
deo, melhorando, & reformando gaçaõ da tal ajuda,como ele diz
a milicia naual, como veremos em outra carta feita no proprio
no tomo fubequente. anno da outra que apoiitamos:
-

Concluirei ete capitulo acla Da qual ajuda yº quité para "empre li.isº.
Na quarta parte deffa hiftoría fè 34-33€
rando em breue a materia dos lançaraö, & aindaque naquelle 30s
醬 acerca da jornada a Se
ilha do Infante Dom Dinis com lugar (e falou neta ida do Infan
o poder de mar,& terra quedifie te por modo diferente,os monu
mos,& elRey Dö Afonſo ſeu auô 'mèntos que de nouo defcubri,me
confefa em húa das cartas dade fizeráo ampliar, & aclarar eta
*** mifaõ das fincoentalanças,a que Imateria.” ta ri: , , , i tri i
'' . . . . . . s' " . . . . . . . , jº
o Infante, & não elRey feu pay,
ou o Reyno eraõ obrigados Epor
la ayuda que nos fizjefies en nuera ***:*;: ") の ' gr'つ (。」。 ・・。

guerrapor'mar, épor tierra. Em Fe Da morte do Meffre de


uereiro do anno feguinte de mil
duzentos & fefienta & fete fecö. Sätiago Dom Payo Peres
cedeo ademifaõ; & a ajuda, & - Correa, com algüas no-,
focorro tinha precedido no anno oticias desie Caua
antecedente de milduzientos & . ਾਂ leiro.-ptb ് {{
ſeſſenta&ſeis;&porque naquelle . . . . அக்
anno ainda o Infante tinha a obri ±N; Noſſo Chroniſta anti
gaçaõ das fincoenta lanças por
razão do Algarue, feinaõ intitu (ဌိ)}|ိႏိုင္ဆိုႏိုင္ဆိုႏို
\#} a jornada do Infante
lou elRey féu pay mais que Rey ** DõDinisa sedilhaº
de Portugal, Kex Portugal e, na bre que dicuramoso queja fica
carta que efereueo ao Confelhoº efcrito, acrecenta, queriavolta á
de Coimbra, que lançamos to fez a Portugal,o acompanhara o
Capitulo quintó, intitulandofe,Meſtrede Santiago Dõ Payo Pe.
räto quevio aquelle Reynodeſo resCorrea, & que detettempo
brigado, Rey de Portugal, & Al · adiante naõ hardillemaisnoticia.
garñe juntamente, . '* - *: · O certo he que morreoo Meftre
, *

” O focorro que leuou o Infante DPayo no annorzºs 8o que ate


foi volútario,que aobrigação era ' aquelletempo obrouiguais cou
ſas
-
,, Liuro XVI, DA; Monarchiat ufitana.
fas às que delle fabemos nos anº todas as facçoes daquelle tempo,
nos antecedentes:& fuppoto que .De memorias dos Conuentos
fe oferece o nome detaðgrañde de Velefcabeça da Ordem em
{{oa como foi nos Reynos de Caftella, & do Conuento de Saó
Efpanha ete valerofo Portugues, Marcos de Leão fe alcança, que
he juto que acrecentemos algúa pafiou o Meftre DōPayo a Cón
coufa ao que jâ na quarta parte ſtantinopla, Vingria, & Lombar
fica delle efcrito, por ocafiaõ do dia,& que netas partes ampleara
… … cerco de Seuilha, em que então a Ordem, & edificara Cóuentos.
fefalou. . . . Como era tão grande a fama de
. Foi o Metre Dom Payo Peres D. Payo, o Emperador Baldoui
Correa honra naõsö deíta fami no lhe pedio focorro no anno mil
lia, fenão de toda Epanha: def duzentos & quaréta & feis,& nos
pois que profetou nete Reyno a outros Reynoso admitião.Pelos
*Ordem da Caualeria de Sãriago, annos de mil duzentos & quaren,
feruio com grande fatisfaçaõ em ta & ete diz o Licenciado Mota, Lºs ca:
todas as guerras contra Mouros que etaua elle por Nouembro º sº
fendo Comendador de Alcacer, em Leão de França, conforme a
aonde entaõ e taua o Conuento algúas bullas,& efctituras daquel
de Santiago deſte Reyno; nelle, les Conuentos: mas eu o julgo
& no de Cafbella foi contihuan
d ( ~.ºn…းကို f ‫ قرب جزء من أمة مذهضة‬impofuel, pois no anno aponta
o com igual aceitação, atè que do, & no feguinte de mil duzen
do annoìe mit duzéntös & qüa tos & quarenta & oito affitio o
rentas&..dous o promoueráð a Metre D. Payo no cerco de Se
Metre daquela caualeria. Antes nilha, como he notorio. Que fi
de alcançareta dignidade, tinha zeffe aquellas jornadas, poderia
feito grandes feruiços em Portu fer em outros annos, atè o de fe
-gal nãcôquiíta das terras do Al tenta & finco,em que morreo, Q
garue, &àfii mefmo nos Reynos que tenho por certo he, que nó
de Catella: mas foraõ maiores osanno de mil duzentos & fincoen
feruiços defpois que foi Meftre ta & oito eftaua D.Payo nomea
de Santiago,ajudando na conqui do por elRey D. Afonfo Sabio dę
(tade Murcia, & Seuilha,8 na de Catella para Embaxador de Ro
Jaen,Mula, Gelues, Xeres da Frö ma, & de caminho para aquella
teira, Texada, Librixa, Medina Curia, & de Roma.com facilida
Sidonia, Rota,& S. Lucar, & ou de poderia fazer asoutras jorna
tros lugares de Andaluía, que o das. No anno que digo auia em
pode reconhecer por retaura Portugal grande contenda entre
dor, fendo a principal cabeça em elRey D.Afonſo, & oMeſtre, & Cºllä
\

- - - ElRey Dom Dinis, ". º 24


caualeria da Ordem de Auis fo de ?ortugal, Com lograr a maior
bre os limites da propria villa, a -dignidade que auia nos Reynos
que foraõ dados juizes para com de Caſtella naquelles tempos,que
pofiçaõ, entre outros o Metre era o Metrado de Santiago, por
D.Payo, o qual por etar diuerti cuja caufa lá refidia,conferuaua o
do para aquella jornada, fe com titulo de feufenhor para elRey de
prometteo nos adjüétos,dizendo: Portugal. Exemplo he efte para
Porqueyefomembargado en talmane etimular a todos os leaes. Portu
ma, que no puedo y/eer,ca el Key de Ca guees que naquelles Reynos vi
fuheme enyia a Koma do,é etorge todo fuem..……. . . , , , , , ;
uanto poder yo he en efepleito, que a -... Com a certeza do animo tão
nueſtroſenbor Zoon Alfonſo Rey de Por Portugues do Metre Dom Payo,
tugal, a Conde de Zolomba, con el ātae não pofio deixar de notar a Duar Fol.uc23
fre, é con los feires de Auis,a aquellos te Nunes, em dizer que era efte Ꮱgr•

"eo" que yº era juizabenidor fobre los bom. Portugues vafalo delRey
terminos, y los departimientos de Auis. de Portugal com licença delRey
-Efta carta fe deu jā, na terceira de Catella, Diz eleito,quando
parte, mas naõ fe fez eta ponde e{Greuerque o Metre veio acom
raçaõ, nem fecitou o lugar aon Panhariña conquifta de Faro,a
de eftá, que he oliuro quinto dos *elRey D AfonfoTerceiro. O fer
"direitos Reaes folhas 27. & a efte vafalo delRey de Portugal, naõ
repeito tornei a repetir etas pa ha duuida que o era por nature
2 lauras. \i ž . , za, como natural do Reyno, &
. . . ... . . ....

… º Do contexto da carta fobre fora dito como Metre da caua


-dita fè colige q grande amor que leria de Santiago, que em Portu
D.Payotinha às couſas de Portú galfinha tantas rendas,& com
fgal, & aifineza deleal:Portugues mêdas, por cujo repeito affiete,
"com que procedeo fempre, pois como os mais Metres Gatelha
reidindo nos Reynos de Catella, nos eraõ vaffalos, & obrigados a
& fendo tão fauorecido dos Reys 'feruir os Reys defte Reynö.Ainda
ïdaquelle-Rèyno, naō nomeauaa etando no cotume dos vaffalos
ielRey de Caftella feu fenhor, fe daquele tépo, muitos caualeiros
háõ a elRey de Portugal. Duas fè fäziaö vaffalos de Principes, &
- vezes nomea por feufenhor a el .Ricos homês differenres, & leua
1.Rey de Portugal na carta que a uaõ delles affentamêtos, &gages,
. . pontamos,húa nas palaurasjà re fêm neceffitar para o fazer licéça
feridas,& outra quando nomeao de nenhum delles, sò fè obriga
feu Chancerel mòr D.Eſteue An uaõ a naõ feruir contra aquelles
dir de muerofenboreº y de quem fe fazião vaffalos.Eatê o
2r,す Infante

*
~.
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Infante Dom Afonfo, irmão do a fim de que entrafem na repar
nofo Rey D. Dinis, com fe fazer tiçaò de feus deftrictos, & fofiem
vaffalo delRey feu irmão, fê fez aquinhoados nasherdades, & feß
defpóis vaffalo delRey D.Fernan marias dellas.As pedoas que mais
do Quarto de Caſtella, ſem con em particular admittião, eraõ os
trariar às leis da vafalagem, co miniftros, & validos dos Princi
'mo adiante veremos, & no tomo pes, por cuja via efperauão me
feguihtefe comprouarà;por onde lhoramentos em feus foros, &
"nem era necefario a Dom Payo priuilegios, aos quaes tambem
licença delRey de Catella para tinhaõ na Corte para Procurado
fefazer vaffalo delRey de Portu res defuas caufas. Em tempo del
gal, nem foi vaffalo delRey de Rey D. Afonfo Terceiro, como
-Caftella,fem que primeiro ofoffe taõ validos Dõ Ioão de Aboim,
… delRey de Portugal feufenhor, a D.Eſteue Annesfeu Chancerel,&
quem era obrigado por nacimen Ioão Monis feu Tefoureiro foraõ
to, & natureza, & pelas obriga admittidos pelos Confelhos de
“çoês da Caualeria de Santiago, Euora, Eluas, Beja, & outras vil
cujas rendas os Reys de Portugal las na forma (obredita, :como fê
doaraõ aos Caualeiros deta Ór -pode ver em varias efcrituras da
dem, com obrigaçaödeosſeruir Torre do Tombo.!*». -

º nas guerras como vaffalos. * * * Perfeuerou ete coflume atè o


Mas por não dilatar mais o tempo delRey D. Pedro, que co
difeurfo, he razaõ que faibamosa mo taõ exacto, & obferuante dos
'patria defte famofó Portugues.A termos da jutiça, não quiz que
-Cidade de Euora pretêde fêr máy ouuefe na Corte pefoa algüa o
de D.Payo, fauorecida do Calen brigada aos Confelhos; fazendo
dario antiguo de fua Cathredal, húa prohibição, que daremos a
aonde fè diz, que foi o Metre D. feu tempo, a que ajuntou hum
Payo natural daquella Cidade. artigo,cujas formaes palauras faõ
Eta palaura,natural, ou vefinho de eftas. Outroßmanda elźey, que menhiº
hüa cidade naquelles tempos só /eupriuado, nem dos Infantes tenhaã
comproua ter elle priuilegio dos prestimos des Conſelhas, & os que º ti
vefinhos,& Cidadoês della, ainda uerem perca5fua merce. E foi o Me
que nacido em outra. Cotuma fire D. Payo notauelmente acci
uaõ os Confelhos das Cidades, & to, & fauorecido delRey Dom
Villas principaes, & em particu · Afonfo Terceiro, & tanto que Inguiricož
lar as de Alentejo, que entaõ fe · chegou a fer feu compadre, & delRey D.
4for./04.
pouqauaõ, admittir compriuile porfeu repeito achamos que fe fol. 136.
gio de vefinhos a muitas pefoas, fizerão algüs fauores aos Motei ර” 19z.
. .. . TOS
ElRey Dom Dinis. - 25
ros, como foi aos de Nandim, & mil duzentos & quarenta, fendo
Caramos dos Conegos Regu Dom Payo ainda Comendador
lares, aos quaes elRey quítou a de Alcacer, fe fez húa compofi
colheita que lhe coflumauão pa çaõ entre o Abbade de Alcoba I

gar, por lho pedir o Metre Dom ça, & Ioão Gomes o Santarem
Payo, fendo a colheita de Nan fobi e a herança de Dom Pedro canais
dim de quantia de vinte marauc Paes, & fua mulher Orraca; a de£4 Alcoba
lib. 6.
dis velhos. E por eta caufa naõ efcritura fe fez dentro da Igreja #.
dLuido que o Confelho de Enora de Sanéta Maria de Alcaceua, e- dºfili##
"o aceitafíe por vefinho,como aos ſtando preſente D. Eſteuad Soa
curros que nomeamos, & que res Rico homem,Gomes Correa
por eta via o chamem natural irmão do Comendador de Alca
daquella Cidade. cer, & Gonçalo Correa. 'Preſiden
Mais parece que foi natural tibus 2D. Stephano SuerijRicohomem,
de Santarem o Meftre Dó Payo omºfº Correa, germano Comendatorio
por nacimento, achandolhe na de Alcacer, Cunfaluus Correa. A efte
Alcaçoua defta Villa cafas pro Gonçalo Correa chama o Conde
prias de morada, que deuiáo fer Dom Pedro no titulo 36.5. 24.
~

Jefèus pays, & iftö mefmo refi Gonçalo Correa de Santarem;


dentes aqui (eu irmaõ, & paren que taó notorio era erem dali
tes No anno de milduzentos & naturaeseftes fidalgos. -

feflenta lhe deu elRey DõAfon … O Conuento da Ordem de


fo húas cafas aqui na Alcaceua, a Santiago ainda no annofobredi
ne chama a Alcaceua,ou caftel to eftaüa navilla de Alcacer; que
E durolo Velho, por etarja feito o no a doaçaõ que elRey Dom Sán
*#*
3. foló8. uo dos Reys à porta de Leiria: cho Segundo fezdavilla de Mer
An. Alcaceuarveteri:& nas confron tola, para fê mudar a ella o Con
taçoês diz, que auetinhaua da uento, por fer mais na fronteira
parte do Norte com cafas pro dos Mouros, foi no anno atras de
prias delle Metre Dom Payo: Ad de mil duzentos & trinta & no
J£quilonem iacent domus veffrae . E ue. Eta razão aindaque naõcon
aindaque fepola dizer que feriaõ clue, inclina muito a crer, que
etas cafàs não proprias de feus foi Santarem; a patria de Dom
pays, fe naó da Ordem, mais pa Payo. E ajuda muito aitofaber,
rece que erao aspaternas,porque Gue ha no territorio da cidade
.. --- *
- - .lk aqui na Alcaceua acho que mo de Murcia hum lugar chamado
-
. . . . ..
-
raua feu irmaõ Gomes Correa, Santarem, que deuia pouear o
& Gonçalo Correa feu parente, Metre Dom Payo conquitador
º
XVinte annos antes, que foi no de daquelle Reyno, em mem೦ C
iſ ,
º
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
de fua patria. Cafcales na lita Azeuedo, & neto feu Gonçalo
'dos lugares de Murcia o nomea. Gomez de Azeuedo,Alfefes n:ór
Ehe boa proua no voto de Gari delRey Dom Afonfo Quarto na
bai lib. 11 cap. 29. que de auerna batalha do Salado, como fe ve
cidade de Câragoça húa porta, rà na Septima parte defta hifto
que chamaõ de Toledo, dedu ria. A efte Alferes daõ tambem
- - -
· žio elle,quena conquifta daquel appelido de Correa, porque lhe
la Cidade fe achafaõ Caftelha vinha por fua auò (obrinha do
" nos com elRey de Aragaõ. Con Metre Dom Payo : mas nas
tudo ou feja Euora, ou Santarem efcrituras só com o appellido de
a que tenha efta honra, igual Azeuedo o acho. Em húa do
mente fica a naçaõ, & Reyno cartorio da Sè de Lisboa lhe
Honrado com taõ grande Heroe. chamaõ, nepos, do Metre fobre
Foi o Metre Dom Payo tão dito, palaura que no Latim fig
grande homem, que defejaõ fa nifica neto; & conforme a ito
milias illuſtres ſer deſcendentes prefumem teue o Metre Dom
delle. & com razão: mas enten Payo filho, de que procedeo a
do que naõ há fundamento para quele neto: comtudo como a
Tit.58. lhe dar fuccefores. O Conde Dõ palaura, nepos, no Latim fignifi
Pedrò falando delle, 8 deſeus ir ca tambem fobrinho, & nas ef.
mãos, a todos aponta catamen crituras antiguas tenha eta fig
tos, & defcéndéncia, & ao Me nificagaö, como bem proua Ia- Fol. 14 26
ftre deixa ern celibado, & naô cobo Chlifecio, por fobrinho de арне
32&º 27
lhe da támbem filhos batardos. Metre hebem que o tenhamos,
-

---

Dos Metres deta Ordem nos « naõ por neto; maiormente de- '
· cohíta pelas hiltorias de Cafte!- dufindolhe o patronimico de .
la, que3 primeiro que nella ou Gomes de feu pay Gomez Paes
ue cafado, foi Dom Garcia de de Azeuedo, & de ſeu biſauo
Padilha em tempo delRey Dom 'Gomez Correa. Parecia coufa
Pedro, que foi annos muito adiã muy arratada chamar fobrinho
te do Meſtre D.Payo. . . . ahum bifneto de irmaõ, porem
Seu irmão Gomes Correa,que eta extenfaõ tem a palaura, fº
foi cafado, teue húa filha,a quem brinho,nos tranfuerfães defcenden f

Tit. 30. o Conde Dom Pedro chama Do tes, affi como a palaura, tio, a
ඵ් 52• na Terefa Correa em huma par tem nos afcendentes. ElRey Dom
te, & Dona Maria Gomes Cor .Afonfo Quinto na confirmaçaõ Lib. 3. de
Alē Dorure
rea em outra; cafou ela com 'dás terras de Chacim , & outras fol,187.
Payo Gomes de Azeuedo, & de a Vafco Pirez de Sampayo, diz
ambos foi filho Gomez Paes de que vira a doação dellas feita
}
- por
ElRey Dom Dinis. 26
por feu tio elRey Dõ Fernando. De tudo o propoto fê deixa bem
Èra elRey Dom Fernando irmaõ ver,que naõ era Gonçalo Gomes,
delRey Dom Ioão o Primeiro Correa por baronia, enaó Aze
ſeu auô, & comtudo chamaua uedo, & que o appellido Correa
lhe elRey Dom Afonfo tio. Da lhe vinha por fua auô fobrinha
mefma forte ao bifheto de hum do Metre.
irmaõ do Metre Dom Payo no Em Tauira prefümem alguns,
meauaó naquella ecritura por que foi o Metre Dom Payo fe
fobrinho feu, porque como rela pultado: o mais certo he, que
tauaõ aquclle famofo feito de ar na Igreja de Sancta Maria de
mas do Alferes mòr Gonçalo Tudia, que elle edificou pello
Gomez de Azeuedo, bufcaraõ milagre de parar o Sol: na de
para o aparentar no esforço a Talauera da Ordem de Santia
uele taõ notauelguerreiro.Cuius go foi o feu primeiro enterro,
vexillä portabat miles quidam in armis & deta, como diz o Licencia
frenuusgoſaluus Comº/j de Azeuedo, do Motta, foi defpois treslada
qui nepos fuit Z)ommi Pelagij Correa, do para a de Tudia. No anno
olim χagifiri $an&i Iacobi de Vclez. de fua morte concordaõ todos,&
O etandarte do qual (dizem e he o de mil duzentos & fetenta
{tas palauras falando delRey Dõ & finco : o dia querem alguns
Afonfo Quarto na batalha do que fofe o noueno, outros o de
Salado) leuaua Gonçalo Go cimo do mes de Feuereiro, & no
mes de Azeuedo, eftremado Ca proprio mes de Feuereiro do an
ualeiro em armas, o qual foi no antecedente de mil duzentos
fobinho de Dom Payo Correa &fetenta & quatro eteue cá em
Metre em outro tempo de San Portugal o Metre Dom Payo;
tiago de Vclez. Eta ecritura porque a 28. do fobredito na vil
do Cartorio da Sê de Lisboa he la de Alcacer deu a hum Dom
a mais autentica relaçaõ que te Pedro Martins a villa da Arruda
mos daquela batalha. As rimas em fua vida, por herdades que
tambem de Afonfo Giraldes, que ele largaua à Ordem na Liziria
fè achou nella, daõ ao Alferes da Toureira. Fazia ito com ou
mór o mefmo appellido de Aze torga de Dom Eteuão Fernam
uedo. des Comendador môr de Mer
tola, & daquelle Conuento.Tem
Conjalo Comes d'Azeuedo eta ecritura inco fellos, hum
-Alferes delRey de Portugal redondo com hüa vieira, & le- .
emtrau4 403 X(ourosfim medº tras ao redor, que dizem, Comuen
Como fidalgo leal. --- .- tus ºfertole; os outros cítaó que
--- - - E2 brados.
-**
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
brados. No Conuento de San to, Dom Afonfo Deão de Auila,
ćtos via eſcritura. & Arcediago de Salamanca,Vaf.
-

No proprio tempo deuia fa co Fagundes Thefoureiro do


zer compofiçaõ o Metre Dom Porto, & Dom Gil Martins Co
Payo com o Bilpo de Silues Dom nego de Braga, 8. Afonfe Annes
Bertholameo fobre os dizimos clerigo, & Portadores de nofo
que a Ordem tinha no Reyno fenhor elRey de Portugal. De
do Algarue, & outras demandas uião fer Embaixadores eftes dous
Lib. da que trazia com aquella Catkre vltimos, ou Procuradores delRey
Ordem de
Santiagº dal, como vemos no cartorio da Dom Afonfo Terceiro, manda
fol. 184. Mefa da Conciencia, & Ordens. dos à Curia fobre as contendas
Cöprometeraöſe no CardealMe que naquele tempo teue com os
ftré Pedro Bilpo Tufculano nof. Eccleſiaſticos.
fo Portugues, que no anno de mil Em Março dete proprio anno
duzentos & fêtenta fora eleito celebrou o Meftre D Päyo Capi
Arcebipo de Braga, & nete de tulogeralem MeridaaosCaualei
mil duzentos & fetenta & qua ros da Ordé, & foi o vltimo á te
tro eſtauajà em Roma com a ue, por morrer no principio do
dignidade de Cardeal, de que foi anno feguinte. Nefte Capitulo a
.depois promouido ao Summo rogos delRey D.Aföfo Sabio lar tama deChroni

Pontificado. Nas cafàs do pro gou o lugar deCaleroega, quatro Domingss
prio Cardeal, & em prefença fila legoas de Aranda do Douro no ίiί.2. ι.73
fez Gerardo Notario a 25. de Bipado de Ofma,o qual lugar era
Outubro publico o inſtrumento da Ordé de Santiago,paragnelle,
da compromiílaõ, de que foraõ por fer patria do gloriofo S. Do
tetemunhas Dom Frey Vafco mingos,fe edificafe hum Motei
'Bilpo de Cidaia, & Dom Ioão ro de Religiofas da fua Ordem
Märtins Bifpo: defte naô declara nas proprias cafas aonde nafceo
a Diocefi, & a do outro deue e efte Santo. Pareceolhe conuenië
ftar mudada erradamente, & de te ao Metre D.Payo acabar avi
uia dizer de Cidade que era Bif da em obtequio de taõ grande
po de Ciudad Rodrigo, que de Patriarcha; nem menos entendia
...uia eftar na Curia con negocios. que grangeaua agraça daRainha
Forão mais tetemunhas Dom de Portugal D. Brites, & do In
Fernande Annes Deão de Braga, fante D.Dinisfeu filho,cooperan
& o Metre Eteuão Arcediago do no augmento do culto de
da me{ma Igreja, Dom Rodrigo hum Santo da familia de
Gomes Abbade de Pombeiro da Guzmão, de que elles
Ordem de nofo Padre São Ben º erao.
CAP.
- . ElRey D.Dinis. »
uaes o deixou efcrito o autor
| capit. XIV. antiguo da vida dete Santo, de
o tresladou o Metre Andre de
Refende na vida do me{mo São
Ρomikgr que fez S. frei frei Gil,que anda na lingoa Lati
Gil no Infante D. Dinis, na etampada. Fora o Santo em
é… da ca/a que fe vida medico dos Reys D.Sancho,
lhe deu. & D. Afonfo, tio, & pay delRey
D. Dinis, & ainda pedindolhe el
3#$%& Qr todo o difcurfo dos Rey D. Afonfo o bordaõ, fe valia
శ్రీ 3 feguintes annos fe naö delle no tempo deſuas infirmida
- 3¿ defcobre memoria par des,com que ſentia aliuio,& ago
Ř^ ticular do noÍľo Infan ra defpois de morto valeo ao Ín
…...… te mais que húcafonotauel, em fante eu filho em hú tão grande
A AT que foi fauorecido dobemauen- aperto.
-** … turado Saõ frei Gil neta manei- Cötinuaua poiso noffo Infan
,„;„ „ ra. AcertQu o Infante de engolir teem caſa de ſeus pays os exerci
* #; em hum dia de pe(cado húa epi- cios em que os Principesfe entre
*** nha, & atrauefandofelhe na gar- tem naquellaidade. Cõtudo o a
ganta, o redufio a termos que fe que mais applicaua os pentâmen
defconfiaua de poder viuer. Fize-'
tos, era ao modo do gouerno do
raóe todas as diligencias, & a Reyno,em que efperaua fucceder
chando ferem de pouco fruto, breuemente, naõ deixando paflar
Dona Ioana Dias fenhora da villa negocio algum de importancia a
de Atouguia, molher de Fernão que naõ examinafe os meios por
Fernandes Cogominho, parente onde (e encaminhaua: pezando a
de S.frei Gil, lembrada dos me dcftreza dos miniftros ći osprati
recimentos defte Santo, diffe à canaõ, para faber quais admitiria
Rainha D. Brites, que fe valefe defpois a fua companhia.Eftimu
de feus poderes, & lhe encomen lauao a eta applicaçaõ o ver a
, daffc o filho naquelleapẽrto,mã elRey ſeu pay quebrantado dein
| dando ao Infante que inuocaffeo firmidades prolongadas, & taó
' nome do Santo, acodio logo a fem remedio, que cada hora fe
deuota Rainha á interceſſaö de lhe efferaua a morte. Quatorfe
S. frei Gil,&fendo ouuida fua pe annosauia que elRey Dó Afono
tiçaõ, foi o Infante liure milagro era perfeguido de doenças. Pode
famente do perigo, como tete mui bem fer que permitifle Deos
munharaõ a me{maRainha,& D. ete medicinal catigo com que
Ioana Dias, portetemunho das fatisfizeflecm vida o efcandalo 4
f
E3 caufou
Iiaro XVI.Da Memarthia Lufitana.
caufou fu fegundo cafàmento,& dele, quiz impedirlhe o poder,
outras acçoes, em que procedeo rque naõ executafe algüas de
mais zelofo, quejutificado. Ito mafias,que o fizeflem pouco acei
trazia cuidadoto ao Infante,ante to ao pouo. Eviofeo acerto deita
uendo o pezo do gouergo que o refoluçaõ,porque quebrado mais
e peraua, conhecendo bem que de condiçaó, endo jà Rey, vou
näs primeiras entradas da admi alguns rigores com osfobreditos,
nitraçaõ de qualquer republica ue o deixaraõ defairofo,
fºnte difficuldades agalhadia do ElRey Dom Afonto Quinto,
mais politico talento, principal Principe generolo, foi o vnico q
mente fendo alheo da pratica dos entre os nolos Reysoube repar
negocios. - . . . . . tir o gouerno cöſeu filho o Prin
* Cenfürauaõ muitos a elRey cipe Dõ Ioão, largandolhe o to
Dom Afonfo naõ defcanfar nelle cante a Guinè, dando Por ‫به‬o‫و‬a‫ا‬z ‫ هن‬a
‫ه‬r
parte do trabalho, admittindoo queos Principes a que eſperauaô ºries
'ao gouerno coma ſuperintenden randes Senhorios, comuinha ferºs
cia reíeruada, julgando er con primeiro inftruidos nas treselpe •

3:
*
-- *-
-
-

ueniente ( quando naõ feja preci cies de gouerno,jultiça,fazenda, ---


*
- -
-
* *.*, *
~
• Sº *

faniente necefiario aos Principes & guerra, as quaes exercitaria


que vaõ deicaindo na idade) ad nas coufas de Güinê, aonde tudo
mittir ao gouerno os filhos que junto concorria. Qual fio com
lhehaò de ſucceder, paraque en eta preuençaõ elRey DõIoão o
trem nelle continuando o queté Seguindo, todos o fàbem. Foi ifto
| practicado, & naõ aprendeñdo o a quatro de Mayo de mil quatro
de ⓞ no té noticia que he a cau centos & oitenta & hum, fèndo o.
fà de entrarem ordinariamếte fa Principe de idade porem de vin
zendo eleiçaõ de quem os fubti te& féis annos. ElRey Dom Ioáo
· tua na expediente dos negocios, o printeiro admittio ao gouerno
quãqo era razaõ que fogeitafem tambem o Infante D.Duarte her
tudo a fua adminitraçaõ, & pro deiro, mas não tão abfoluto.
uidencia.Se o mefmo Dom Dinis - 器 intentafe o melmo com
· depois de Rey naõ teue efte ter- ' ſeu fil o Dom Dinis elRey Dom
mo com feu filho D. Afonfo, naõ *Afonfò Terceiro, fè pode crer cõ
foi porquefelhe efcondeffe a im facilidade, confiderada a nouida
· portancia defta materia; fenaõ á de que v(ou com ele em lhe dar
como prudente, confiderando o cafănefte anno fendo Infante, E
natural fogofo do filho, & as pai … foifem duuida, que vêdofe elRey
xoês que tinha com feu irmaõ D, . falto de ſaude, & impoſſibilitado
Afonfo SãChes,& outros parciaes para acodir aos negocios, que en
tão
28
ElRey Dom Dinis. .. .
taõ naõ eraõ de pouca qualida cafa foi elRey D. Dinis, & como
de,maiormente as contróuerfias fe deixa entender do etado em 4
- do eftado Ecclefiaftico,que dura ſeu payeſtaua, concedeolha pella
raõ atè a morte delRey, & no razão que apontamos,&he a que
reinado delRey Dô Dinis vieraõ a dà a Chronica antigua neſtas pa
compofiçaò, alcançou fer conue lauras: Sendo el&ey Zºom defonío de
niente dar a (eu filho parte de idade deferenta anno,°per/guido de
{te trabalho, & paraque entrafº dores,6"paixoês de velhice,per defcan
fe com mais autoridade, lhe af. far algãaparte dos trabalhos, é cuida
fentou cafa, Naó coftumauaó os dos do Reynº nº Infante 25Zinisfeu
Reys de Portugal dar cafa a feus filho, que era de idade de defeito annos
filhos: as primicias deta grande lhe quis dar ca/a em Lisboa, naº/endº
zalogrou elRey Dom Dinis. Ele ainda ca/ado. … .:: … … º
o declara em hú dos manifetos … Era o Infante Dom Dinis de
que publicou contra feu filho Dõ deſaſeisannos, & nouemeſes, me
Afonfo no tempo de füas defobe nos hum dia, quando teue safa;
diencias, a quem lançaua em ro tantos correm de noue de Outu
tro os fauores cõ que o auia cria bro do anno milduzentos & ſeſ
do;entre os quaestinha o primei tenta & hum, em que nafceo, atê
ro lugar o auerlhe dado cafa,fen vinte delunho de mil duzentos &
do de mui pouca idade, porque fetenta&qito,em que lha derão,
quando ſeu pay lha dera a elle, á por ete computo e deue emé
paflauajâ de defafeis annos, aué dar Rui de Pina. Vai regulado N4gawet4
des Cortet,
do bem catorze que o dito feu. pela efcritura da Torre do Tem
pay jazia em cama, em forma q bo, a qual traduzida em Portu:
veio a morrer noue me{es defpois gues he afeguinte. Em nome de
-

de lha ter dado. E que os Infantes. 2eos, na era de mil tre/entos é defa
feus anteceflores naõ foraõ cria /eis a vinte de lunho come,ºu Zo. Zinis
dos com cafa feparada; porque a ter cº/a, இன் para a/w/tentar,ſhe Ꮭó↑•
fêuauõ D. Afonfo Segundo,fèndo 6ти elfey2от 4fo/о/еврау диа
cafado, & com filhos, viuera em renta mil libras cada anno. Reduzida
caía defeu pay, fem ter cafa pro eíta quantiaa moeda corrente,vi
pria; & da mefma maneira os ou nha a fazer foma de defafeis mil
tros antecefores.Não ajuizo eta , cruzados, fegundo o computo do
limitação com que os Reys de Chronita Rui de Pina, dandofe a
Portugal criauão naquele tempo cada libra valia de vinte foldos
feus filhos:sò digo que não fahião naquelle tempo,com que vinhaõ
· elles por eta caufa menos gene a fazer duas & meia hum ma
refos. O primeiro a que, deu rauedi de ouro de fincoenta li
... . . . . . ;... -E+ bras,
Iiuro XVI. Da Monarchia Luftana.
bras, que tinha a melma valia grandes thefouros que elRey Dö.
dos ducados, ou crufados Portu Dinis ajñtou,& outros Reys dete
gueſes do tempo delRey D. Ma Reyno, & dos mais de Epanha,
ñoel: maso Chroni{ta Fernaö de tetemunhas foraõ da muita copia
Pina deminue muito na valia das que auia. Quando tratarmos das
liuras, & naöſembom fundamé minas de Portugal, ajuntaremos
to, & afifica a quantia muiaba confirmaçoés a eta verdade. En
tida, & afera defeu pay, he bem tédiaõ sò q eraõ muitas para fer
moderada.…… -

uigo:tantofeajuftauão os animos
-

- Efte ról da caía do Infante da daquellesvaroéså moderagaö, &


IrennOS nO ម្ល៉ោះ por exteno. pouco fauto, receita taõ conhe
Nellefe aliftão com toda a miu cida por proueitofa em todas as
deza os falarios, & veftiarias dos Republicas,& Monarchias,& tão
criados da cafa,&as peças depra pouco lembrada quafi em todas,
ta,& mais adereços, & tapifes de Entre todas as alfaias merece
feu feruiço, em que feve bem a particular lembráça, por feuine
chaneza daquella idade; porque timauel preço, hüa ambula de
medido tudo pelas demafias pre vidro com a Reliquia preciofado
fentes, fejulgará por coufà indi leite de nofa Senhora. Item húa
gna da caía de hum Principe her ambula de vidro, & dizem que
¿eiro. Darei aliftada prata, que tem dentro leite de nofa Senho
he a ſeguinte,' " ' " ra. Eteue eta Reliquiana Igreja
Esteue Annes Reposteirº mòr rece de nofa Senhora da Pena da ci
beo muitºs »afos deprarapara feruiçº dade de Leiria, atè a mudarem
de Zbom Z)inis. Quinze eſcudelas de abaixo à Sè,em que hoje a vemos
-prata, depefo cada hûa de dous marcos em húa ambula de crital do ta
pouco mais, ou menºs. Zous talhadou mạnho de hũa noz, & engaftada
ros deprata de dezmarcos depe/6. Hä cm hüa cuítodia pequena de ou
prato cõ as armas de Aguias, @leses, ro: tirandoa em procifaõ nas oc- -
| de tres marcos. Quatrofaleiros, quepe cafioés de necefidade de agoa, a
/arão/inco marco. Zokẹ colheres de hi? concede a Senhora: & oferecen
marco, & quarta. Hum jarrepara dar dofelhe tambem as molheres a
agoa as más ao Pofante Zom Zinir,de que falta leite, pondolhea ambu
tres marcos, @rfeis onças, & meia. lafobre os peitos, o alcãçaõ mui
Etas faó as peças que allife tas. Depofitoua naquelle lugar
alitarão; & a tão pouca quanti elRey Dom Dinis, por viuer ne
dade chamarão muitas peças. ftatierra com a Rainha Santa Ifá
Não procediaito de falraremos belfua mulher, & emnobreceré
metaes naquelle tempo, que os · com fabricas de torres,& apofen
- - --
. .. TOS
ElRey Dom Dinis. - 29

tos àquelle Caftello, que he hum Pedro, que neta cafa tem capel
dos notaueis de toda Epanha.Era la, & fepultura. ·
elRey mui inclinado aefta viuen Foi tão liberal, ao queimagi
da, por fer aquella villa da Rai no,aMày de Deos com efte Rey
nha Santa Ifabel, a quem elle a no,pela religiofa fogeiçaõ com q
doou no anno mil & trefèntos. onoffo primeiro Rey D. Afonlo
. Na Igreja de Saõ Miguel de o fez feudatario à me{ma Senho
Ouiedo, conhecida em Hepanha ra no mofteiro de Santa Maria de
repetant. com o titulo de Camara Santa,
3. do an.
Claraual,no tempo em que nofo
798. pela arca de Reliquias trazida de Padre S. Bernardo era delle Ab
Ierulalem:parte dorotulo que de bade;& como o Santo foi conhe-,
clara quaes ellas faõ, diz traduzi cido por mimofo da Rainha dos
da do Latim, nefta maneira. Zas Anjos, pelo fauor do leite que lhe
v%iduras de/samã; a Virgem.»ta cómunicou, com a mefma pren
riº, g tambem do/eu leite, º que he da permittiofüapiedade enrique
marauilha grande. Com razão feté cer o Reyno, cujo primeiro Rey
a grande marauilha hüa Reliquia por liure fogeiçaõ a reconheceo
taõ notauel, como he o leite,par porSenhora,&a efcolheo porpa
te do qual criou,& futentou o fi droeira em Cortes: alem de que
lho de Deos minino. Deixou a ganhando avilla deSantarem aos
Máy de miericordia eta parte Mouros por oraçoês de noffo Pa-.
de fubtancia fua na Igreja, para dre São Bernardo, fundou a Igre- º:*
alimentar a deuaçaõ dos fieis, & ja Collegiada de Alcagoua da diſi.
criar esforços para feu culto. Alé uella nobre Villa, da inuocação #1 &#
da Reliquia de Leiria, foi ventu de nota Senhora, laurando paços! #
rofo o nofo Portugal em ter ou junto a ella, com intento de que
tras tambem do leite denofia Se os Reys feus defcendétes ficaffem
nhora nos reaes Moteiros de Al {endo freguefes da mefma Virgè.
cobaça, & Santa Cruz de Coim Por eta caufa fizeraó os Reys de
bra, na Igreja de Saõ Pedro de Portugal largas doaçoés a eta
Torres Vedras, & no Moteiro Igreja, como achambs efcrito nos
de Santo Antonio de Alcacere do liuros da Eftremadura da Torre
Sal. A ete Conuento a trouxe de do Tombo Ioão Adolfo Cypraeo in annu
Roma o Embaixador D. Pedro eſcreue chriſtäamentejactancio-Ä
Mafcarenhas, que defpois foi Vis fo, que a terra de Holfacia tinha 鶯
forrei da India. Na Dominga de por auogada a Máy de Deos Ma- º 15.
Pator bonus felhe faz feta, & a ria, & que a etere{peito todas as
lem de tubileo ha feira franca,al Cathredaes della erao da inuoca
cançado tudo pelo me{mo Dom çaõ da melma Virgem.Todas as
-
Sès
-- ---...----
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Sés dete Reyno de Portugal tem das, e aºs defua criaç45.
tambem a inuocação me{ma, & A Pero Pires efcriuão do fe
alem dito profefa outras reco nhor Rey confignou o Infante D.
nhecéças a eta Senhora, que não Dinis cada anno em pretimonio
tem a Holfacia, affi que concorrê na fefta do Natal fincoenta libras
em nos mais razoés de confiança pagas em pannos.
em fua aduocatura,& patrocinio. A Gil Nunes, filho de D. Nu
He a maior de todas fer a terra no cem libras em paanos pela fe
da cidade do Porto atè Guima ſta do Natal.
raés, & terra da Feira, em q Por A Durão Martins de Parada
tugal principiou, chamada 72rra em pretimonio cem libras em
de Santa Xaria, por fer dotada a pannos na mcfma fefta.
nofa Senhora, cemo he fabido. A Pero Coelho cem libras em
pannos em pretimonio dia de
CAPIT, XV. São Thome.
A Martim Pires feu vaffalo, fi
lho de Pero Paes Curuo trezertas
Dos fidalgos que entrarão libras em pannos por foldada a
a fêruir o Infante trinta de Outubro.
D. Dinis. A Henrique Nouaes feu vaffa
lo trezentas libras em pannos por
Os fidalgos que fe no" foldada a trinta de Outubro.
à# meão com acentamen A Efteuão Vafques de Coja
##tos na cafa do Infante feu vaffalo trezentas libras em
* D.Dinis,dareia liſta,pa pannos por foldada a trinta de
rafe vera differença delles, & de Outubro. -

fuas moradias: & defpois tratarei A Martim Martins Zote feu


o que toca a uas familias, & de vaffalo trezentas libras em pan
cendencias. nos por foldada a trinta de Ou
Na gtue
ta dai Cor Em nome de Zeos. Effa he a taxa tubro.
ia dos prºfimonios, Gr/oldada dos (aua A Fernão Martins de Coja feu
leiros,69 cutros mais,na era mil trezen vaalo trezentas libras por folda
zas ෆ dez ſeis. da em pãnos a trinta de Outubro.
Outra verba diz affi. A Lopo Afonfo Alcoforado
(omega o liuroda ve[iiaria dos ho feu vaffalo duzentas libras em pã
mens de toda a cefa do Infante Z). Zi nos por foldada a trinta de Ou
nis na mífma era. E em primeirº lugar tubro.
da valiados pãnos com que ofenhor Key > A Fernão Furtado feu vaffalo
ºs da tambem aos caualeiros/eus»ºfa trezentas libras em pános por fol
dada
ElRey D. Dinis. 3o
dada a vinte & hum de Outubro. paço de pequena idade: como
A loäo Fernandes ſeu vaſſalo tambem as mininas que entrauão
|uinhentas libras em pannos por a féruir às Rainhas, & Infantas fè
foldada a tres de Dezembro... " chamauão criadas, ou da criação
· A Ermigio Martins ſeuvaſſalo das Rainhas. Nos liuros das chã
cento & fincoenta libras em pan celarias elião nomeados muitos
nos por foldada a quinze de De fidalgos,& fidalgas com titulo de
zembro. criados, & criadas dos Reys, &
A Eſteue Annes de Fermofe Rainhas, a que fe fazião merces
lhefeu vaffalo trezentas libras em pelos auer feruido no paço, &
pannos porfoldada a doze de De criarſe nelle de mininos. A Diogo , ul
zembro. Lopes de Soufa, filho do Metre K, pºr
A Ioanne Annes Redondo feu da Ordem de Chrifto, Lopo Dias "j"
vaffalo trezentas libras em pânos de Soufānornea elRey D.ïoão Priº“
por foldada a vinte & finco de meiro por feu criado; & da mef t. 4as
Dezembro. .. . . ma maneira elRey Dom Duarte D.Duarí.
A Gonçale Annes de Molnes a Fernão Vafques da Cunha Ri- ""
feu vaffalo trezêtas libras em pã co homem: & neta conformida
nos por foldada a feis de Ianeiro. de outros muitos. A Dona Terefa 燃
A Martim Annes de Fermoſe Annes natural de Toledo, dama condena
lhe feu vaffalo trezentas libras em que veio com a Rainha D. Brites, ".
| pannos por foldada a quinze de mulher delRey D.Afonto Quar
º°ʻºʻlaneiro. to, chama o Conde Dom Pedro
A Martim Soares feu vaffalo, de Barcellos,criada delRey Dom
filho de Sueiro Fafes,trezentas li Afonfo Quarto, & da Rainha D. L. delRey
bras em pannos por foldada a Brites. ElRey Dom Afonfo Ter D. Afonf6
uinze delaneiro. ceiro tambem chamou criada a 3-fol.2ſs
A Rodrigó Paes feu vaffalo Dona Coftança Gil,por fer dama • *-

cento & fincoentalibras em pan defua mulher a Rainha D. Brites:


nos por foldada a vinte & oito de Z. (ºmſtantie Egidij mee thentule.
Ianeiro. " , Era etafenhora irmãa do Conde
Algűas coufàs fe deuem notar D.Martim Gilde Soufa. . . . .
netalita: & em primeiro lugar . Refpeitando a criação que ti--
merece aduertencia aquella dife nhão em füas cafas al uns paren- . . . .

rença quefefaz entre vaffalos, & tes, coftumauão tambemos pa


ós da criação. Os que (e nomeáo' rentes que os criauão, & ainda os
por da criação delRey, & do In que o não erão, a chamarlhe feus
fante, erão os moços fidalgos que criados, ou criadas. Falando o
feruião de pagens,& fecriauão no Conde D. Pedro do Conde Dom R.az.
Ioão
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
João Afonfo, diz que fora cafado & erão criados dete Rey; contu.
com Dona Guimar Lopes,criada do nos caualeiros,& fidalgos prin
do Prior do Crato Dom Frei Al cipaes denotaua a criagaó que a
uaro Pereira,filha de Dom Lopo uião tido no paço de mininos,
Fernandes Pacheco, & de Dona quãdo com particularidade erão
Maria de Villalobos. Criada lhe nomeados com efte titulo de cria
chamou a etafenhora, pela cria dos, ou da criação dos Reys, ou
çaõ que teue em caía do Prior D. Infantes a que feruião Dos que vê
Aluaro feu parente:& pela me{ma nomeados ha lifta % apontâmos,
caufa chama criado dete Prior a entendo que erão pagens do In
Tit Aluaro Gonçalues Camelo, filho fante Dom Dinis,& que entrauão
" de Gonçalo Nunes Camelo,& de no titulo de criados, ou da cria
Dona Aldonça Rodrigues de Pe ção.Os tres primeiros,G11Nunes,
reira fua ſobrinha. O Conde Dõ Pero Coelho, & Durão Martins
Martim Gil de Soufa deixa em de Parada, porque todos tres en
teſtamento o caſtello de Zagala tráo como mefmo falario,& pre
a Dom Pedro Fernandes de Ca ftimonios, & os mais vem alita
frofeu (obrinho, & criado:{obri -dos nonumero de vaffalos.
nho era do Conde, por fer filho Para maior clareza dos cria
de Dö Fernáo Rpdrigues de Ca dos, ou da criação do Infante Dõ
ſtro, primo com irmão do Con Dinis darei tresladado hum arti-,
" … de. Atè Dom Ioão Simão Meiri go das Cortes delRey Dom João Gatteta
nho mòr,por ferayo,& auer cria o Segundo, celebradas em Viana da వి
f: do a Dom Ioão Afonfo, neto do de Alentejo no anco mil duzen- -

%%"me{mo Rey, filho de Afonfo San tos & oitenta & dous. Reprenta
ches, fenhor de Albuquerque,em rão os pouos então a elRey,pare
hña doação que lhe faz, lhe cha ce por (e ir efquecendo no paço
Arguli mafeu criado. Em Catella deuia etecotume da criação dos fidal
*** correr o me{mo etilo, & affi acha gos, & de os receberem os Reys,
mos a Guterre Gonçalues de Pa Rainhas, Principe,& Infantes pa
dilha caualeiro da me{ma criaçaõ ra os criarem,& fe eruirem del
E#º delRey Dom Fernando o Santo, les, o quanto conuinha continuar
*# & deuia de auer outros muitos. tão bom cotume,&auiualo.
I.5. Bem he verdade, que na reparti. Item,/enhor ºutrº numero de fidal.
ção das terras de Seuilha feita pe gºsha em vº/a Corte, que defeu nºfi
lo mefmo Dom Fernando entrão mento tem ºfer, peréfalecemlhes as ri
nomeados por da criação delRey 4uezas, que os fazem de maior, Cºme
muitos de inferior qualidade,que mºrgrado, nếleixando de fer de linha
feruião em miniterios humildes, gem ºs principaes em elas, peró nom o
/om
El Rey Dom Dinis. 31
noforº,é abºfiança.Os filhosprimage criarom aquelles de que ctles derezdem.
mitos dos taes/ruão vº/a Real Senho Afique os á fé nomeão da cria
ria, o da/enhora Rainha, é do Prin çaõ dos Reys, & Infantes,eraó os
cipe cam tochas;es guaes nem trazprom que tambem fe chamauão don
4yos,nem azemellus, nem camas, man zees,como aquife praticou Ene
dandolhes V. JAltºſafazerſala, இன் do
{ta parte, aindaú não fofe cõ to
yºf the/ouro Wião ºccupandos que a das as formalidades, fe víâua em
prendiogramatica, es jugar de epada Catellaete cofune. Deuia ele
de ambas as mãos, dançar, cºbalhar, de cítar efquecido tambem nos
é todas autras boas manhas,69 coflu Primeiros annos delRey D. João
mes,que tiromos mogos de vicios, 6 es o Segundo daquelle Reyno, por
Сирг89.
chegão a virtudes. E criandofe desta que o autor que efcreueo a Chro
maneira ali,ºs ordene V. Alteza onde nica delRey Dö Afonfo Onzeno
fº mais inclinarem.E quãâo os tirardes no anno nono dete Rey D. Ioão
por ecudeiros, es podeis acrecentar/e- feubifheto, que foio de Chrifto
gundo avalia, cºmerecimento de cada 1415, fala dos donzees,& fua cria
hã. E em quanto ºfimoçºsforem,dur ção,como de coufa naõ cotuma
mão, é criem/e em vº/a camara, onde da de prefente em Catella,fenaõ
fe criarom aquelles de que elles decendč. pafada,& que fora em outro tê
2faça V. Senhoria hã homem fidalgº, po;defpois contudo fe continuou
que tenha carregº do Alcaide dos don ainda naquelle Reyno. Diz o au
zees,que os cºfigue,º faça alimparº tor daquèlla hiftoria, contando o cip283.
aprender as boas manhas. E as fuas be ម្ល៉ោះ de hti recontro no cerco
fias defes efem em vº/a firebaria, 6. de Al gezira: Ele Alcaide, & ·ffes
а/ги: тор:/ја dadaragāо. Е фиanto Z9oszeles eran homes,que/é auião &ia.
aos outros mºços, que nom faóprimoge do de de muyредиейо: en la camara del
mitos irmãos detes,recºlhãonos/euspaes Rey, y en lafu merced, y eran homes biº
parafuas cº/as,6 mandemnos enúnar, ac9umbrados, e auian buenos coraço
e> elles infinados terfehacó elles aquella nes, y/eruian al Key de buen talante en
maneira, quefe diÁe no titulo antes de lo que les el mandaua,y fosfueron cò
ße. Eſ sprimºgenito for mal diſpo, mengar la pelea con los Xtoros. Em
fique em V. Senhoria tomar a feupay Portugal auia cotume de fè cria
ourropor elle. récö os Reys, & Infantes os mo
Dete apontamêto vimos em 'gos nobres, quaes eraõ eftes á fe
conhecimento do cotume de nomeão da criação do Infante D.
nofos Reys na criação dos fidal 'Dinis. Varioufe o modo defpois,
gos,& que era antiguo o cotume massêpre os moços fidalgos tiue
de criar os primogenitos, como rão criação em caía dos Reys, &
fe colhe daquellas palauras:onde e Nietres que os doutrinauão.
F CAP.
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
fe limitou efte nome de Vafalo
c APIT. XVI. aos que feruião com lanças a pê,
& aos caualeiros que vfàuaô de
lanças de armas. ElRey Dom
Do titulo de Va/alos com Afonfo Quinto pelos annos qua
que fe nomeão alguns que trocentos & fincoenta & noue Lil.Extra;
entrarăo a ſeruiro In deu priuilegio de befteiro de ca fol. 125.
ualo a Andre Gongalues mora
fante D. Dinis. dor em Euora, que entraua em
lugar de Ioão Longo de Aluito,

{Ñ¿9
sº falos,
Χ.), N うぐ
aos Vaf.
toca certo
queo mais he, ao qual elRey entaõ admittira a
vaalo: donde fe vè, que com
que foi nome gèral de
鯊 º "todos os que eftauão
fer milicia aliftada,& aquantiada
a dos beteiros de caualo, naõ lo
aquantiados , & vencião foldo, grauáo todauia o titulo de vaffa
ou gofauão priuilegios com que Ios,que efte fe daua sômente aos
eraõ obrigados a feruir na guer lanceiros, na cõpanhia dos quaes
ra. Nefta confideração eftàbem entraua o Ioão Longo,que deixa
fundada a deriuação do nome ua a praça de beteiro de caualo.
de Vaalos, que tras Adam Vefeito claramente em húa
Lib. 7, c. Konthié na fua politica, dedufin prouifåô do mefmo Rey do anno
17.5.7.
doo da palaura Franceſa, Ceſo, mil quatrocentos & feflenta &
que quer dizer, forte, por fe finco, acudindo a hum grauame,
fem ôs foldados a fortaleza, & -que o Coudel môr Fernão de Sil Ibid.:93.
firmeza dos Reynos, & Monar ueira do feu confelho fazia aos
chias; ou porque os Reys dauão vaffalos de Portalegre, querendo
os feudos aos caualeiros de va leuarlhe a pena de não poffuirem
lor, & fortaleza, como vimos caualos, por achar terem alguns
ao Almirante Mife Manoel Pe delles as quantias de fazenda que
cagno conduido por elRey Dó as ordenaçoês julgauão batantes
Dinis a ete Reyno, o qual no 體 futentar caualos; a que el
juramento de fidelidade pellas es replicauã o negando : Porque
osf
imerces, & officio de Almirante oslanceir r്
deuião chamara
dife: E eu febredito ി ᏘᏑ☾ contiados. Motrando claramente
noel por efa merce, 6 por efe/еи не fer o mefimolanceiros, que vaß
rvos fobredito fenhor Rey dades para falos.
mim, (8 para todos mens fucce/ores, Corrião principalmente por
ficº logº por vº/o va/alo. Parece vaffalos os que feruião cõ lanças
ſecaualeiros
dearmas.Chamauāo
todauia que no nofo Portugal ate
e E/Rey D. Euis, 32
atè o tempo que os Ingrefes en ches, & Ioão Afonfo filhos feus
trarão em Catella nas pertéçoés bafardos, rO infante, diz elle, fa
do Duque de Alencaftro, & nos fou muito trfie, é ainda mando" dº
focorros que, deraõ a Portugal zer a muitos vaalos de JAfonjo Sáñ
naquelles tempos, com cuja co ches 3 Grloão и/оп), que os ‫مده‬an
municação,por mais políticos, (e companha/em, fendo cºstume acompaº
variaraõ muitas coufas na politi nharem os caualeiros áquelles dé que
ca de Hepanha, como veremos tem algº. Deftas palauras e mo
adiante, entre os quaes fè intro ftra com euidencia fërem vafaa
dufio chamar lanças aos homens los os caualeiros, & a obrigação
de armas,que em Hepanha cha que tinhaõ de acompanhar os
mauaõ caualeiros. Detes caua
que lhe dauaõ tenças. Podefe
eiros, lanças,ou homësde armas prelumir alern dito, que eraó os
efcolhiaöos Reys,Infantes,& Ri vaffalos armados caualeiros pe
cos homens aquelles que lhespa los Reys. ou Ricos homens, que
reciaõ de mais valor, & confian os aceitauaõ para lhes ficar mais
ça para os acompanharem nas obrigados a continuar á profif.
guerras em guarda particular de faõ das armas, & Caualeria na
fuas pefoas,&pendôês configná companhia deles. Deixafe en
dolhe quando os aceitauaõ por tender efta circunftancia da cô+
vaffalos quantias, & tenças batã pofiçaõ feita entre o nofo Rey
teS a 醬 luziment
o o da Dom Dinis, & feta irmão o In
Lib.a tyø quelle poſto ElRey Dom Afonſo fante Dom Afonfo, aonde para
| dasly,Jol. Terceiro fez húa ley contra os maior fegurança o obrigou que
43. Ricos homens, que faziaõ afua foffe feu vaffalo, & diz detanha
das,& nella diz afi: E todo º va/a- neira: E deuoo fazer Caualeiro, & e!
lº de Ricohomem,que fizer ajuda, peite fºr meu vº/al, em tºdºlos dias de sá
amim millikrat, ó* tolhalhe o Xice he vida. ".
mem a terra, Gr o que deltiuer. E pa - Conforme a iſtofe deue expli
raque feja o tetemunho deta car a pratica vulgar,que etima o
verdade o me{mo Rey Dom Di titulo de vaffalo por honra gran
nis de que efereuemos, darei as de, 8 deuele entender daquelles
palauras com que fe queixa do vaffalos que o erão particulares
Infante Dom Afonfo feu filho, -dos Reys, Infantes, & Ricos ho
ue intentou contra efte Reyno mens; & mais em particular atè o
algúas defordens, & fabendo que tempo delRey Dom Pedro, por
de Catella vinha fazer guerra o que fegundo lemos ein fua Chro-es, g,
Infante Dom Pedro, cõtra quem nica,atê feu reinado não fe cotu- -

elRey mandaua Dom AfonfoS㺠maua fer vaffalo, fenão filho, ne


. - - . . -
F2 tOs
- Liuro X |WI. Da Monarchia Luftana.
so,oubihero de fidalgo delinha tos dos Reys, & affentcs de Cór
gem:&afio me{mo era nomear tes dipueräo acerca delle, ire
mos dando noticia por todo o
iéalgum caualeiro por vafalo,4 -difcurfo
ficar confirmado por nobre,alem deflahiftoria nos tomos
da dignidade de vaffalo, que era ſubſequentes. a
:
"Não deixarei contudo de
etimação particular, por ferem
efcolhidos por bons caualeiros,& crecentar nete lugar, que affi em
por esforço. Defpois do tempo tempo delRey Dom Duarte, co
delRey Dõ Fernando atè elRey mono de Dom Ioão o Segundo,
DomManoel fe ampliou o titu foi requerido fempre em Cortes,
lo de vaffalos aos aquantiados, & ' que ao eftado de vaffalo, fenaõ
{e veio limitar aos lanceiros, co admitife fenão fidalgo de linha
movimos em tempo de Afonfo gem.Nas de Lisboa do anno mil
V.&netes tempos feincluião no quatrocétos & fincoenta & finco
numero de vaſſalos os officiaes prometteo elRey D. Afonſo, fa
mecanicos, & lauradores que e tisfazêdo a etapropota dospo
admittiráo a ete titulo compri uos, 4 fè lhe queixanão de auer
uilegios, & erão então parte da abatido o lugar devaffaloemge
milicia, queeftauacontiñuamen te de inferior qualidade. Sem rees
tealiſtada no Reyno: & aſsineſte pe/oas quefazem vergºnça nºs vº/os
tempo o titulo devaffalo naõ era vº/alos, que º/aóperlinhagem prºlon
indicatiuo precifamente de no gada criação»ofa, cºde></es irmãos,
breza, fenão de grao sómente da cº tios. Poremfenhor pedimos ‫ مہ‬V.S‫ع‬- *
milicia; era todauia preheminen shoria, quepºnha talºrdenança que taes ·
cia ofer vaflalonaquelles fidal nžefheperve/alos, falu*/eper
-pºſas

gos, que os Reys em particular linhagem for, eu feerfilhº, ou netº de


efcolhião, porque netes motra va/falo,figunjàporelRey vejo Padre,
ua a eftimação que os Reys fa cuja almº zºcºs tem, em/eu tempº foi
zião defeu esforço para os efco ºrdenadº.
lherem particular,a fim de os le * Com as continuas guerras de
uarem em fua companhia como Africa, & Caftella necefsitou el
continuos de fua afsitencia. De Rey Dom Afono o Quinto mui
fta qualidade eraõ os que vemos todos Pouos, & daqui procedeo,
-nomeados por vaffalos do Infan que para lhe fatisfazer os ferui
te Dom Dinis, de cuja nobreza ços, admittio a vaffalos muitos
efcreuirei nocapituloſeguinte Da mecanicos. Não fofrerão os no
variedade que ouue nos vaffalos, bres efte abatimento do efplen
& aquantiados, & dos particula dor de vaffalos, & vltimamen
-

res,que as Ordenaçoês, Regimá te inſtaraö a elRey Dom loão


o Se
്… ElRey Dom Dinis. " **º** 33.
o Segundo nas Cortes de Viana tuir eta copia devaalos,pela ‫ف‬xe
jàcitadas, que reduzie avafala Periencia que tinha da necefida
gem ao eftádo antiguo, & defe de que tem o Reyno em todo o
eíta preheminencia a Pefoas sò tempo de milicia cftipendiada,& 3
nobres,& de linhagem Faze certo prompta. Sendo elle Principe na
numero de va/atos homensfidaġġi, கு aufencia de feu pay em França,
de nobre criaçom, em juebemºaba tal fez Cortes em Santarem no anno
honra, como antigamentefefoia.fazer. de mil quatrocentos & fètenta &
Conformandofe elRey Dom {*te no mez de Setembro, & nel
João com o រ៉ែ orde
las ordenaua milicia paga, repei
nou que ouuefe quatro mil vaffa tando a opprefaõ que fe faz aos
los com as qualidades de nobre Confelhos nos chamados,&jor
za apontadas,os quaes feintitula nadas. Andando neta pratica,
rão vaffalos delRey, como fêm veio elRey feu pay de França o
prefevfara, & não poderião fer anno feguinte, & ambos lhe de
vaffalos de outro algum fenhor, raõ execução, ajudandofe de hú
9u Rico homem.Os dous mil de- pedido que fizeraõ ã nobreza por
tes erão armados a caualo, aos carta firmada por elRey, & Prin
quaes os Reys auião de dar, alem cipe fobreditos, & feita em Lif:
dos privilegios antiguos,dous mil boa a 22 de Abril do anno fe
& quinhentos reis de quantia; os guinte demil quatrocentos & fè
outros dous mileraõ de pê arma tenta & oito, na qual relatauão o
dos,& a etes fenaõ daua quantia, que aquife diffe, , " -

& lograuão sò dos priuilegios. | Nôtempo defpois delRey Dö


Eraòpiqueiros os depê armados, João o Terceiro (e veio a extin
& os de caualo lanças de homens (guir a milicia dos vaffalos ao que
· de armas, milicia mui confidera parece; & endo elRey requerido
uel por fila qualidade, & bonda dos pouos em Cortes, que fizeffe
de. Alem detes vaffalos ferem vaffalos homés de linhagem, ou
obrigados a etar fempre pretes feruiço, COImO fempre. taö, Ác
com armas,& caualos,auia outra quetiuefíem armas, & caualo; &
· milicia fèmpre preftes, que era a que todo o efcudeiro de linhagė
dos epingardeiros de caualo, be que tiueffe armas,& caualo,foffe
.{teiros décaualo, & befteiros de ecuo de pagar jugada, naó ob
pè, repartidos pelas comarcas do ftante a Ordenaçaó, porque a:
: Reyno, com feus priuilegios, & aueria no Reyno muitos caualos,
forma de acotamentos para as & armas; elRey contudo naõ di
occafio&s de guerra. -
ferio à propota,que he o Capitu
-

Deuia elRey Dõloão de inti lo 12 5. daquellas Cortes. No Ca


K
F3 pitulo,
... Liuro XVI. IDa Monarthia Luftana. *

pitulo 112.lhe tinhaó pedido, que


reformaffe as fortalezas do Rey · CAPIT. XVII. ---
- • * frr: …
no, principalmente as da frontei
ra de Caftella,& do Algarue,&as Em que fe dá noticia mais
prouefie de artilharia, & moni particular dos fidalgos
goês: Porque mº#as coufas dizíão 4 T momeados no Capi
quelles zelyos Portugueſes, ് 4:ി- リ
-

fas juítas,9 ºs thefourus bem gaita · tulo amtece-T ! \


dos; porque muitapaz, Gr/eguridade : dente. - *, , f

n㺠queira Zeos que tragº dãnº.Pala- . __


urasverdadeiramente parece que Primeiro fidalgo que
profeticas, que feelRey D. Ioão | là Vệ fe nomea, he Gil Nu
deixaralo Reyno có a miliciados #22 nes, filho de D. Nuno.
waffalosintroduzida; & as fron º Principio nelle, porſi
teiras bem fortificadas, naõ acha aindaque tenha primeiro lugar na
ra Catella a entradataó facil por lifta Pero Pires efcriuão delRey,
morte defeu irmaõ elRey Dom como entrauá por officio, & não
Henrique. A experiencia do tem tenhamos circunftancia outra de
po: prefènte, & o defcuido da que fe poffacolligir fua linhagem,
quelle, enfinarà o que conuem pois (& nomea sōpelo patreñimi :

para o futuro: que haó he poli co, ficaráfèm nos obrigar a mais
vel fùftentar vaffalos,femtervaf. particulares,como tambem loão
falos armados que os defendaö. Fernandes, Ermigio Martins, &
& milicia continua que os affegu Redrigo Paes,de que naõ duuida
re: Quando elRey Dom Ioão o mos nobreza, & qualidade.
Segundo ahio de Euora aeperar . Era Gil Nunes filho de Nuno camar
o Principe Dom Afonſo ſeufilho, Martins de Chacim, ayo então "37
que vinha das terçarias de Mou do me{mo Infante D.Dinis,como
ra, diz o Chronita Ruy de Pina jà diffemos, & defua fegűda mu
eftas palauras: Saio elźey recebero lher Dona Tarefa Nunes,filha de
| Principe, (& com elle muitagente: Nuno Médes Queixada, da fami
em que ºs vº/des da Cidade, é- -
lia dosSiluas.Cafou Gil Nunes cö
… Cºmarcavinhão aorecebime-- Maria Martins, filha de Martim
* . . . . to todos armados. · Pires Zote, & de Dona Maria Vi
(.f.) - -
cête,fenhora da familia dos Perei
+ … .
* : ; ; ; ; ;; ) , , . " -": «’ + … ras. Duas filhas teue cafadas, húa
na cafa dos Ponces de Leão, & |
outra nados Mellos defte Reyno.
Durão Martins de Parada foi ra...;s.
filho
sº ElRey Dom Dinis, -- cº * ,
34
filho deMartim Garcia,o primei gas delRey a cauſa, ſem perjuizo.
ro que chamaráo de Parada, & dajuriſdicaä daquella Sè
deuia fer por fenhorio que tiuele Martim Pires fe chamou de Titº26s
-

no lugar de Parada entre Douro: Aluarenga, foi filho de Pero Paes


& Minho, que do lugarde Parada. Curuo, & de Dona Guiomar A-,
em Galiza ha outros dete appel fonſo Gatta: deſcendia de D.Mo
lido em Portugal mais modernos. ço Viegas, filho de Egas Monis
Era neto de Dona Gontinha Paes, por fed pay, & dos de Riba de
filha de Payo Goterres do fegun Auifela, Cafou cõ Dona Ines Paes,
do cafamento.com Dona Vrraca filha de Payo Rodrigues de Vala
Rabaldes, & endó aDona Gonti dares, que chamarão Souela, &
nha cafada tambem fegunda vez teue della húa filha chamada Do
com Mendo Afonfo de Refoyos. na Aldonça Martins, cafada com
… Pero Coelho,ou Pedre Annes: Martim Mendes de Vafconfellos,
Coelho, como lhe chamauão en CIn quefe dilatou ageraçaó, que :
S
trepondo o patronimico de Ioão, de outros filhos naõ teue...b5 …
- Tit-45 • era filho de Ioão Soares Coelho, . De Martim Martins Zote, fa Tit,4Is"
&auã do outro.Pero Coelho,que bemos fer máy Dona Maria Vi•
matou a Dona Ihes de Caftro, & cente, filha de Vicente Pires de
affi mefmo afcendente de todos Viguefęs, & de Dona Mór Pifes
es fidalgos dete appellido que ha de Pereira. Alem da nobrezados
em Portugal, & Catella. Foi ca- , Pereiras, 4 recebeo por fua mãy,
fado cô Döna Margarida Efteuês entraua por via de feu pay Pero
da Teixeira, & feruio de Meiri Soares Efcaldado na dos Anaias,
nho môr na Comarca da Beira fundadores do Mofteiro de Semi
em tempo delRey DõDinis, co de, & dos fundadores tambê dos
mo feverà adiante. A vinte & oi de Vairão, Varfea, & Paço, que
Lib. 3 del to de Mayo de mil trezentos & toda a nobreza delles (e lhe com
Rºy D.Di
niifol Iiz. dezafete era jâ morto. A Dona municou tecida nos parentefcos
Margarida,que etaua então viu que feliarão na deícendencia de
ua,demandóu por diuidas do ma Dõ Guido Araldes de Baião, em
rido ahum efcudeiro chamado quem o Conde D. Pedro da prin
Gil Fernádes diante dos Vigairos cipio ao titulo quarenta & hum
de Braga, por fazer ali tetamõto com particular deriuação dosque
o dito Pero Coelho, & fera cida tomarão o appelido de Velhos.
de no temporal da juriídição do Ficauaalem diſtopor ſeu payſen
Arcebipo, qhefenhor dela; & do quarto neto de D. Pedro Paes
contudo por naõ fer legado pio, · Efcacha, o que coutou o Moftei
fe reolueó que competía ás juti ro de Tibaés, filho que fora de
-
F4 Dom
i Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana. ”
> * Dő Payo Gotterres da Silua fun Reyno,como fe alcançarà em va-º
dador do mefmo Mofteiro fitua rios titulos do Conde, que nella
º dó meia legoa da cidade de Bra falaõ. Entre Douro & Minho ti--
ga, & cabeça hoje da Congrega uerão muitas honras, q feachaõ:
ção de nofo Padre S. Bento nete nosliuros dasinquiriçoês daquel
Reyno,a qual ferá illuftrada com le tempo, em que auia dete ap
a hiftoria que della cfcreue o mui pellido pefoas degrande etima.
docto, & religiofo Padre Metre Não teue menor lugar entreto
Fr. Leão de Santo Thomas Ca dos por fuas letras Fr. Lopo Ró
thredatico de Prima, 8 Theolo drigues,Religiofo da fagrada Or
gianaVniuerfidade de Coimbra, dem dos Pregadores,filho de Rui
¿ Géral fegunda vez neíta Reli -
Fafes, & de Dona Terefa Pires
gião fagrada. _ " " … Alcaforada, grande priuado del
. . Afonfo Alcaforado εια Rey Dom Afono Sabio de Ca
raiº s. filho de Afonfo Pires Alcanfora ſtella. No tempo preſente ſe con
###do,&
6ఇర ఠu de Aldonça Gomes,bifneta tinua ete appelido em genteno
de Lourenço Viegas Epadeiro, bre. Da cidade do Porto veio.
filho de Egas Monis por via de por procurador às Cortes de Fe
Lourenço Gonfalues ayo del Rey lippe Terceiro, Diogo de Soufa
Dom Dinis, filho batardo de Alcaforado. Em Alentejo, & ou”.
Lourenço Viegas. Cafou ete fi tras partes tem por armas o cam
dalgo có Dona Terefa Mendes, po enxadrezado de prata, & azul.
filha de Mem Lourenço de Coja, de fete peças em faxa;& portim
& defpois com outra fenhora, & bre húa aguia azul voante enxa
de nenhüa dellas teue filhos. Seus drezada, da banda direita ame
irmãos,& irmãas tiuerão defcen tade em prata. - : ;; ; ;;;

| decia.O primeiro que (e chamou Da Prouincia de Alaua veio a


-Alcaforado foi Pero Martins Al ete Reyno Fernão Furtado. O
caforado,filho baftardo de Gon tempo, & a occafião porquefe 5.22.
çalo de Soufa,& de Dona Goldo mudou para Reyno e tranho, fe
ra Goldores de Refonteira, por não alcanfa com certeza.Poderia
onde lhes entrou ete padroado: vir com Dona Mecia deHaro fùa
affique a varonia tem dos Soufas. parenta, quãqo com pretexto de
:He á familia dos Alcaforados, a .cafar com'elRey Dö'Sancho Se
que o Conde faz padroeiro do gundo, aindaque não teue efeito
Moteiro de Botelo da Ordem o cafamento,entrounete Reyno:
do nofo Padre São Bento, hña mas parece impofiuel ficarfenelº
das que vemos mais liada por ca le, fendo da companhia de Dona
famentos com as principaes do Mecia, porque fabemos que não
**
- -
, ," . - -- * sછે
* --
- -

. *, "ElRey Dom Dini;.'” " : ‫مثل‬


35
só os que a acompanharaòvolta Parece que o filhofe fatisfez com
1äo com ella para Catella,enão as heranças q teue em Portugal,
muitos Portuguefes da facçaõ & afsi a irmãa Lianor Furtada
delRey Dom Sancho, que de cà cafou em Alaua, & herdou o Ses
fugiraõ. O mais prouauelhe, que nhorio de Mendibil.Foiſeu mari
acõpanhou a Rainha Dona Bri do Diogo Lopez de Mendoça,
tes máy delRey D.Dinis bifheta neto de Gonçalo Lopez de Men
por fua mãy de DõDiogo de Ha doça, o qual foi filho (egundo de
ro fenhor de Bifcaia, & que por Lopo Iñiges vndecimoña fuccef.
parenta veo em fua companhia, ſaò da caſa de Mendoga. Reparti
& ficou bem aceito a elRey Dõ raó Lianor Furtada, & feu mari
AfonfoTerceiro, que o deu a do os Senhorios em dous filhos,
ra por vaffalo afeu filho. Se não o mais velho, que foi Lopo Dias
he que como os Mendoças erui de Mendoça, ficou com a caía de
rão à elRey Dom Afonfo o Sabio Mendoça,cujo Solar he naquela
cötra o Infante Dom Sancho ſeu Prouincia duas legoas da cidade
filho,ete como parête os feguio, deVitoria. O fegundo filho ficou"
& င္ဆိုႏိုင္ၾ de reinar Dom SãCho, como Senhorio de Mendibil, &
. · fe paffou a Portugal. antepos o appellido de Furtado
Fofe qualquer detes o moti poreta caula, chamãdofe Diogo
uo, Fernaó Furtado, fegundo o 4 Hurtado de Mendoça, ….…!!.. : :
efcreue Lopo Garcia de Salazar; … O filho de Fernaõ Furtado, 4
a quem fegue Pedro Geronimo ficou em Portugal, cafou cõ Ma
de Aponte, & defpoisSandoual, ºria Gonfalues, filha de Gonçalo
aindãque duuida no principio do Rodrigues de Moreira,& de De
appellido de Furtado.aſſegurado na Maior Martins, filha de Mar
na terceira parte deíta hiftoria, tim Fernádes, aquelle que entre
era fenhor de Médibil em Alaua. gou o caſtello de Leiria a elRey
Cafou em Portugal, como diz o Dºm Afonfo Terceiro,fendo Al- .
Conde Dom Pedro, com Dona caide môr delle. Tiuerão filhos **
Guiomar Afonfo,filha de Giraldo Rui Furtado, Dona Senhorinha,
, Afonfo de Refênde, & de Dona & Dona Lianor Furtada. A eta
Terefa Soldar, filha de D. Sueiro Dona Lianor, fendo ainda viuaia
• Revmendo de riba de Auiſela, & máyno anno mail trezétos& qua
de Dona Vrraca Viegas, filha de renta & dous, confirmou elRey
DomEgas GomezBarrofo.Delta Dom Afonfo Quarto a honra de
fenhora lhe nafcerão hum filho Louredo, fendo procurador, de
pornome Afonfo Furtado,& hũa ambas Aluaro Furtado. .
filha por nome Lianor Furtada. … Ruy Furtado cafou cõ Liarior
f.-
.‫"י‬ Martins,
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Martins, filha de Martim Gil de des cafas de Infantado em Ca
Villela,&teue entre outros filhos tella, & de Aueiro em Portugal,
a Fernaõ Furtado,& Afonfo Fur aquella por Dom Dicgo Furtado;
tado, aos quaes elRey D. Afonfo de Mendoça feu fexto neto por
Quarto mandou dar raçoês no via da Dona Lianor fua filha, &
Conuento de Mancellos. eta por Dona Anna de Mêdoça,

·· O nobiliario moderno de Da uarta neta delle, pela baronia


miaö de Goes principia a familia 颐 Afonfo Furtado feu filho.
dos Furtados nefte Afonfo Fur. Ioanne Annes Redondo filho
tado, bifneto de Fernáo Furtado de Dom João Pires Redondo, & Ta.s4=
Capitaõ mór do mar nefte Rey de Dona Môr Pires de Pereira por
no, masjà feve quanto mais an cujo repeito dous (obrinhos ;
tigua he fua origem, & nos annos Aluaro Rodrigues,& lcão Rodri
feguintcs na hiftoria delRey Dö gues filhos batardos de feu ir
(Afonfo 蠶 fe dará mais no mão Rodrigue Annes Redondo
-ticia dos fogeitos deíta familia. ºfe criaraõ em cafa de Frei Alua
Acrecentaraõ os Furtados aete , ſo Gonçalues de Pereira Prior do
<appellido o de Mendoça , º por fe Hopital,cujos parêtes erão. Te
ក្ញុំ do ੰ ue por mulher loanne Annes Re- ra.so:
<ro Furtado,que de Alaua veio; O dondo Dona Terefa Lourenço,
primeiro que em efcritura publi filha de Lourenço Soares Freire,
jcavicom o appellido de Mendo . & de Dona Tere{a Pires Alcafo
-ça,foi Afonfo Furtado, filho do rada, filha de Rui Fafes, & aſsi fi
Capitaõ mór, & terceiro neto do cauão aparentados os filhos del
Alauez. ElRey D. Afonfo Quin les com os Melos, Reimondos,
- to abateo oforo de hús moinhos Barrofos,& outras familias, alern
º
- de Alanquera Violante Noguei . das que feefpecificaõ nos appelli- '
lib. 7. 心° fua filha, Comendadeira que , dos de feus paes,& auès,
¿º foi de Santos, á qual chama: Cio loão Velho era filho de Perora.….
*çfºi lante Nºgueira, filha de Afonfº Fur Soares Efcaldado,& cafado com
“* , rad, 4: 3tendeça do ſeu (onſelho. Dona Mòr Vaſques, filha do Al
- Delle fe diriuão os mais que fe caide D.VafcoPaes de Coimbra,
* appellidaõ Mendoças, & todos, , & de Dona Ermefenda Martins,
- affi Mendoças, como Furtados filha de Martim Anaia. Foi Ioão
ºnete Reyno reconhecê por tron Velho hum dos Embaixadores
co ao vaffalo do Infante D. Dinis delRey Dom Đinis a Aragaõ fo
a Fernaõ Furtado.Naõ he pequena A bre feticafamento. Defta familia
gloria defie caualeiro procederë dos Velhosfe deu jà noticia.
:: delle,ainda 4 por femea,as gran . Os fidalgos 4 aqui (e nomeão
** -- -
com.
r JE/R e) Dom Dinis. - 36
com appellido de Coja, deuião naõ foraõ dos Fermofilhas, ou
ferirmaõs,ou parentes da primei Hermofilhos que ha em Catel
ra mulher de Lopo Afonfo Alca la. Eraöparentes de Dom Efteue
forado, ou de Mem Lourenço de Annes Changarel mor del Rey
Coja: tomarão ete appelido por Dom Afonfo Terceiro; & defte
ferê fenhores,ou naturaes da villa mefmo Dô Efteue Annes de Fer
de Coja, de que faõ hoje fenho mofelhe lemos nas inquiriçoés
res os Bipos de Coimbra, & co delRey Dom Diniseftas palauras:
mo fe naőcontinuou efteappelli Na fregu%ia de Zarbºés,couto de São Fºl. 66.
do, naõ continuamos com a fa .htartinho de Caftro. J%aria JAmnes
milia propria a que pertence. irmāa do Cham;arel Zom Eſteue-Mn
Lib.1.d4 Dos de Molnes não fe pode 2765/?zhữa cº/ajunto ao moteirº, இ )
pela me{ma razão alcançar com Chançarel deixou parte da herana
honras de 4

clareza a decendencia. O certo E#eue, Annes de Fermofelhe, que he


he, que tomaraõ o appellido da honrada. No liuro da Calenda an.
honra de Molnes, do julgado de tigua da Sé de Coimbra a dez de
Faria,na freguefia de Santa Maria Agoto fe faz cômemoraçaõ pe
de Goyos,a qual em tempo del la alma de Lourenço Efteues
Rey D. Dinistinha fido de Ete Chantre de Vifeu, & Conego de
uaõ Pires de Molnes. Os de Mol Coimbra, & pela alma de Mar
leshe outra familia,de que o Cô tim Annes de Fermofelhe fêu tio
de Dom Pedro efcreue no titulo da parte do pay:Etpro anima 3 ar
vinte & oito. timi Ioannis de Fermofelhe eius patrui.
Henrique Nouaes naõ defco No me{mo liuro achamos, que
bricujo filho fofe, fuppoto que morreo efte Martim Annes a vin
Tit, 3!e o Conde Dom Pedro faz titulo te de Agoſto do anno milduzen
particular deta familia, & em tos & feffenta & fete, & quejaz
outro lugar fale nella dilatado. fepultado dentro daquela Igreja,
Tem etes fidalgos feu folar no junto á porta decima, no mui
julgado de Vermuim,na fregue ?mento que eftâ debaixo do arco
fia de Saõ Saluador de Nouaes, de pedra. Como Fermofelhe fica
adonde eftà a quinta de Nouaes, taõ perto de Coimbra, aqui refi
cabeça, & folar deles. dião os fenhores dete lugar, &
Os de Fermoſelhe deuiać to reſſa cauſa ſe ſepultauaò na Sè
.maro appellido do lugar de Fer defta Cidade. O Prior, & Con
mofelhejúto a Coimbra, de que uento de S. Martinho de Catro
eraõ fenhores, & porito naõ foi da Ordem de Santo Agotinho flag3.
| permanente na familia, & durou no Arcebipado de Braga fez húa
sò em quanto ali refidiraõ, que compofiçaõ com o Confelho de
Santa
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitema.
Santarem, & DõLourenço Ete dous do mefmo nome naque!!e
ues de Fermofèlhe fóbre trinta tempo, a faber efte de que fala
mos, & outro natural de Santarë
noios de trigo, á o Chançarel D.
Efteue Annés déixâra na Lifiria de familia differente, que o foi do
nofo Rey Dom Dinis, como ve
da Toureira àquelle mofteiro,ef. remo s. A mefma nobreza tinhaõ
palharaöfc os parentes do Chan
çarel por varias partes do Rey todos os mais da lita, como fetê
no, & em todas as que auifinha motrado: & ainda fe bem fè cõ
rão foraõ bem aquinhoados, por fidera,todos eraõ parentes, & lia
ſer elle mui valido, & poder aco dos por cafamentos, & quafito
modalos. A occafiaõ do valimč dos tocauão a obrigaçoens dos
to com elRey Dom Afonfo Ter dous ayos delRey Döm Dinis, &
ceiro procedeo defêrfeu payloão do Chançarel mórvalidodelRey
Garcia amo, ou ayo do me{mo feu pay;& affi por efta via deuiaő
Rey fendo Infante; nas inquiri acomodar os parentes na cata do
Fal. 6.
çoés de leitura antigua dete Rey Infante.
temos a noticia nã freguefia de
Saõ Ioão de Arcos entre Douro CAPIT. XVIII. -

& Minho, aonde fe achou, que a


uinta de Vilarinho, que era do De como foi leuamtado por
Changare} Dö Efteuäö Ioannes,
蠶 a coutara Elrey Dö Afonſo Rey de Portugal o In
ie Portugal, & Conde de Bolo fante D.Dinis.
nha a feu amo João Garcia padre
dete fobredito Changarel. Con జ్ఞ ႏိုင္ဆိုႏိုါမှ o anno de 1279.
forme a iſto deuia elle ſer de en 隱 nofia reparaçaõ de
tre Douro & Minho. A máy do ® mildu zeritos & {èten
Chançarel Dô Efteue Annes foi * ta & noue, em huma
quinta feira, 體 fè cótauaó defà
ama de peito delRey Dô Afonfo fëis do mes de Feuereiro, fendo
Terceirô, & por fèr colaço feu o
Eſteue Annes, ofez ſeu Chança pafados feternetes,& vinte &feis
relmör, & etimou tanto. Ete ti dias, defpois que fe deu cafã ao
tulo lhe dâna carta de couto, que Infante DóDifiis, leuou Deos pa
lhe deu para fua villa de Aluito. rafi a elRey Dö Afonfo Teréei
Vobis Stephano Ioannis mes conlatio, ro feu pay. Por morte delle ficou
eo meofdeli Cancelario. º logo obedecido o Infante, & ju
Mas paraque naõ nos equino; rado em Rey com as ceremonias
cotumadas em actos femelhan
uemos no nome de Chançarel
D. Eſteue Annes, aduirto 4 oaue tes. O defejo que e pouo tinhdea
.….……" ElRey Dom Dinis. 37
de fe ver gouernado por ete A outra da Camara de Lisboa
Principe, & o eftado das coufàs, diz deíta maneira: Em nome de
que não permitio dilaçoês,apre!- Deos.Na era mil trezentos & de
ಸ್ಥಿನ್ದೇ fºr pode etafoléni fafete, quinta-feira defafeis dias
dade : & finalmente deſte anno de Feuereirotonhorreo o fenhor
começa elRey Dom Dinis os Rey de Portugal, & Algarue Dó
quarenta & feis defeu reynado, Afonfo, & começa a reynaro fè
慢 que iremos -dando exaşta re nhor Rey Dom Dinis feu filho
lação, acotados à mais apurada em Portugal, & Algarue. Am
chronologia, por fer, o funda baseftas memorias eftaõ confor
mento principal da hiftoria, &a mes, aindaque variem no com
luz que defembaraça as maiores puro dos dias, & ambas concor
difficuldades della - -
dão em que começou a reynar o
... , No cartorio da Camara de nofo Dom Dinis de defateis de
Lisboa achamos, ecritas etas Feuereiro do anno de Clarifto
-
獸 feguro fundamentode mil.duzentos & fetenta & noue
fta yerdade. In Z)ei nomine. Sub er4 adiante; que a efte numero de
.% @CXUII.feria quinta, decima annos, & dias vem a reponder
fexta die Februarj, deceßit Zominus as memorias ambas. Com ellas
Kex -Alfonſus Portugallie, & Algar concorda outra do liuro primei
bij, Grincipit Zºominus Rex Zionyſus ro dos padroados, declarando
filius eius regnare pro eo. Concorda fer a morte delRey, Ante galli
com efta memoria outra do li cºmfº, ". . . . . . . . . .
uro da Noa de Santa Cruz de Entrou pois elRey Dom Dinis
Coimbra netas palauras. XIl/1. na fucceffaë do Reyno juridica
Kal. Brarr; obije. ZD. JAlphonfus ter mente, como filho mais velho,
tius inclitus £ex Portugallie, cuius a & herdeiro legitimo de feupay,
mima requifat in pace, итет. Б. vltimo pofuidor deta Coroa.
. .2ế. (?%. XC///. & in ip/a era regna Ambas etas couas quieraó du
uit Z)oiius 7)ionyfius filius eius pro eo. uidar o Infante Dom Afonfo, ir
Tradufida em Portugueseta me mão do me{mo Rey Dom Dinis,
moria, diz afi: Na era mil & tre & a Rainha de França Cathari
zentos & defafete, a quatorze das na de Medicis, mulher de Hen
Éalendas de Março morreo o rique Segundo,intereffadoshum,
inclito Rey de Portugal, & Al & outro em fe inualidar a polie
garue Dom AfonföTerceiro, cu delRey Dom Dinis por funda
ja alma defcanfa em paz, Amen. thentos differentes; conformes
, E ná propria era entrou a reynar porem na pretençaõ que tiueraõ
em feu lugar Dom Dinisfeu filho. da fuccefaõ dete Reyno. Intem
. . . G toli
ペア

Liuro XVI. Da Monarchia Luſitaná.


tou pronar a Rainha de França, concebido em tempo ainda in
que auia outro irmão mais ve habel, que a fupplica dos Prela
lho que Dom Dinis, a faber Ro dos para a diffenlaçaõ foi feita
bertó filho de feu pay, & da na cidade de Braga no Mayo de
Condefla de Bolonha Matthil mil duzentos & feffenta & dous,
de, a quem vinha o Reyno, & de que correm atè Feuereiro no
fendo affi lhe cabia a ella a me{- ue mefes, limite conhecido dos
ma fuccefíaõ por morte do Car partos ordinarios, & diminuin
deal, & Rey Dom Henrique, dofe deles os que fegatarão em
que foi o tempo, & occafiaõ em ir, & vir a Roma, & confeguir
ue alegou ete direito, como naquella Curia alegitimagaö, &
溫 de Madalena de Bolonha, dipenaçaó que fe pediraó, cla
defcendente que dizia fer defte ro fica que veio ela a conceder
Roberto. Negaua o Infante Dom fe ao menos tres mefes depois
Afonfo que tal filho Roberto ti de concebido o dito Infante, º
ueffe feu''pay do primeiro cafa · Por eftes dous caminhos fè
mento de Matthilde, que a aue pretendeo annular a jutiça com
lo não podia ter aução ao que ue elRey Dom Dinis pofuio o
pretendia, mas publicaua fer Dó ဂျိန္တြ dete Reyno: mas am
Dinisfeu irmão filho não legiti bos (e enfraqueceraõ, & com a
mo, por auer nacido antes da diligencia, & pratica de direito
dipenfaçaõ do catamento defeus bem fundado no mais contan
pais, que efte era o impedimen te dashiftorias daquelle tempo,
to, & não o auer nacido em vida refolueraó varoės de grandes le
da Condeffa Matthilde, como tras er juridicamente introdu
diz Ruy de Pina, & Duarte Nu do elRey Dom Dinis, & conti
nes, & que elle que nacera legi nuarem com a me{ma jutiça
timadoja pelo Pontifice, & di feus defcendentes. Prououfe que
penfado豁 ele me{mo o cafá naõ tiuera filhos da Condefa
mento defeu pay com a Rainha Matthilde elRey Dom Afonfo,
Dona Brites, deuia fer preferi materia tratada jà no tomo an
do ao irmão, & receber a Co tecedente, & por efa razão a
rOą.
qui sô inculcada. Acrecentarei
Chegaria a diſpenſaça5 aeſte contudo húa razaõ forçofifima,
Reyno atè o mes de Feuereiro & euidente, que tras ó Doutor
do anno mil duzentos & feffenta Frei Ioáo Caramuel, demotran
& tres, porque a oito do fobredi do que nos Condados de Dam
to naceo o Infante de que fala martin, & Bolonha fuccederaõ
mos; & conforme a ifto foi elle por morte de Matthilde, Alis,
& Ma
ElRey Dom Dinis. 38
& Martheus, tia ella, & elle pri Chrifoftomo Butkens, Abbade
imo irmaõ da defunta. Alis, ou deSaõSaluador de Anuers.
Aleide era irmãa de Reinaldo No tocante á legitimidade
Conde de Dammartin, pay da com que o Infante Dom Afon
Condefa Matthilde, & por eta fo queria entabolar fua preferen
caufa fuccedeo no Condado,que cia, fere{olueo não auer funda
era da fua linha;&a ella fuccedeo mento; porque a legitimação do
Mattheus feu filho. No Conda Pontifice, & a difpenfagaö do
do de Bolonha entrou a Empe cafamento de feus paes obrara
ratris Maria, viuua do Empera primeiro em beneficio de Dom
dor Otho Quarto, prima da Dinis irmão mais velho, & jâna
Condefa Matthilde, filha de cido, aindaque igoalmente fica
Matthilde irmãa de fua mãy Ida, ua legitimando todos os filhos
a qual Maria doou a feu primo que tiuefem, Nifto fe praticou
Henrique Duque de Loreina o conforme varias interpretaçoês
Condado de Bolonha no anno dos Doutores ao capitulo, Tinta,
mil duzentos & fincoenta & oi que não conuem difcutir efcola
to. Não teue efeito a doaçaõ, ſticamente, 8 baſta aſsi ſuccin
porque prejudicaua a Aleide, & tamente hitoriare, para confir
afiouue demanda com que ella mar o direito com que elR
fe apofiou, & deixou por fuccef. Dom Dinis foi admittido à Co
for no me{mo Condado a Ro roa pelos vaffalos dete Reyno,
berto outro feu filho, de que aos quaes entaõ contaua a legi
-procedem os mais Condes de timagač, & diffenfagao do ča
Bolonha, & a Rainha de França famento que auia, & de que
pretenſora. Prefumia ella que demos batantes monumé
...efke Roberto era filho da Con tos no primeiro Ca- " " '
. . ."
defía Matthilde, primeira mu . pitulo. - - - - - - -

lher do nolo Rey Dom Afono (f.) :

, Terceiro , & conforme a ifto >

pretendia a preferencia por a


quella primeira linha, mas etá -
- prouado que era filho de Aleide ,
tia de Matthilde primo ſeu, &
não filho. Acclarouito bem Ca
ramuel, valendo(e
b, Philippa da do hiftoria
àfol, 274 Ducado de Brabante de Dö Frei
º ** > . .. º
: " -a . . -

- , ;; ;;
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
dos. E ainda feverà mais claro
nas doaçoês que elRey Dom Di
c APIT. XVIII. nis fez da villa da Atouguia à
Rainha Santa Ifabel, padroado
da Igreja de Bouças ao Bipo do
Em que fe profegue a me/> Porto, & carta do Couto do nof
ma materia. fo Moſteiro de Saõ Ioão de Ta
rouca, que daremos a feu tempo.
*¿ Or outra via fe argue Em todas ellas confirma em pri
º இ) º contra a fucceaó del meiro lugar Dom Fernando, que
醬 Rey Dom Dinis em fa
Fuor de Afonfo Dinis
era o de Lacerda, porfer neto le
gitimo do Infante Dom Fernan
feu irmão, dizendo fer filho da do, irmão mais velho delRey
Condeffa Mathilde, por fe naö Dom Dinis, logo o Conde Dom
nomear no liuro das geraçoensa Martim Gil Alferes môr, & def
mãy que teue, nem fe dizer que pois delle os Ricos homens, em
era filho de guança delRey Dom que entrauaõ os tres filhos ba
Com. Pet, Afonfo Terceiro, palauras com ftardos delRey, conuem a aber,
tit. 22. - 9. ue o Conde Dom Pedro parti Dom Afonfo Sanches fenhor de
. cularifa os filhos batardos. Po Albuquerque, Pedro Afonfo,que
remo certo he, que foi filho ba -foi defpois Conde, &a&tualmên
tardo, por hña oberuaçaó que te feruia de Mordomo mór da
tenho feitonas doaçoés antiguas, Infante, que deuia fer a Infan
em que os filhos legitimos dos te Dona Brites, mulher do In
Reys confirmaõ em primeiro lu fante Dom Afonfo, que def
gar, & logo os officiaes maiores; pois foi Rainha, & Fernaõ San
conuem a faber, Alferes mòr, ches, & tambem Dom Ray
Mordomo môr, & defpois del mundo de Cardona Alferes do
les os fenhores de terras,que erão me{mo Infante Dom Afonfo,
os Ricos homens, & mais fidal & defpois delles Afonfo Dinis,
gos principaes. Os filhos batar Ioão Simom Meirinho mòr, &
dos confirmauão abaixo dos of outros fidalgos.
ficiaes maiores, entre os outros Tanto erepeitauão os legiti
Ricos homens, & neta forma mos, que até os filhos naõ só dos
vi confirmar (empre a Afonfo Reys, fenão també dos Infantes
Dinis. fē preferião ao Alfères mór del
Por maneira que os Alferes Rey, & táta preheminencia era a
| môres, & Mordoinos dos Reys deíte cargo, & do de Mordomo
erão antepotos aos filhos baftar: mòr, que precedia aos filhos dos
Reys
ElRey Dom Dinis. 39
Reys fendo batardos, & por eta elRey: Querendofazergraça,º mer
razão entraua Afonfo Dinis no cea -foryo Zitnis meu irmão. Con
lugar á lhe competia por naõ le forme a ito não he criuel,que re.
gitimo,confirmando como qual conhecendo elRey por irmão a
quer dos outros Ricos homens, Afonfo Dinis, quando fora legiti
| titulo quesómente felhe daua,& mo, lhe faltaffe com as prehemi
naõ o de Infante, que fe deue aos nencias, que portal lhe eraõ de
filhos legitimos. Dete modo fa uidas na confirmaçaõ das efcritu
laônellèas efcrituras daquelle tê ras, & Priuilegios,que faõ monu
po, de que apontarei aquias pa mentos perpetuos em que fede
lauras das inquiriçoësdelRey D. pofita a fama, & qualidade das
is ... Pinis feitas por Ioão Cefar na pefoas,& lhe faltafe com o titu
Iniçã freguefia de Rio Ayraõ do julga lo de Infante, que fe deue aos fi
do Tde Vermui entre Douro & lhos dos Reys legitimos. Efe dif
Minho. O lugar de Zragadela dfía ferem q lhe não confentia elRey
freguſa tragia então Zem Fernão?e- eta preheminencia, por naó con
res de 2arboja, de que fe diz ºfeguin feſſar nella a juſtica que tiraua a
te. O lugar que chamáozragadela he hum irmão legitimo mais velho;
de Santo Tirſo, gr deraano empreſtemo fendo affi ifto, nem Afonfo Dinis
a Zom Fernão Peres, 6 deulhe º Ricº cõ{entiria que lhe pufefem a fir
homem .Afonſo 2>inis a vos à Coema, ma fora do lugar que lheera de
gc. Era Afonfo Dinis Rico ho uido: mas ele que naõ replicou,
mem,como filho de Rey,aindaú fabia que naõ e taua defraudado:
baftardo, &盛 ſenhorio das & quádoelReytiuera tal tençaö,
terras que po uia. -
nem titulo de irmão lhe dera nú
Não defconheceo ElRey Dõ ca,porá com eftetitulo defcobria
Dinis nunca a ete irmão, antes igoalmente o me{mo ponto.
nas doaçoês 體 lhe fazia, o no Vefe mais claro correr Afon
meaua portal,como achamos na fo Dinis nas firmas pelo lugar 4
1.5.9.a, outorga dehúas cafàs,que a Rai felhe deuia, como qualquer dos
chancle nha Dona Brites lhe daua em Lif outros filhos រ៉ែ de Rey, Lib.6.de,
ޭ‫ޕްޑ‬#‫ ه‬.aob Vihua carta da Rainha Zona na doaçaõ que o nofo D.Dinis milicos

2rites inha madre,em que daua@rºu fez a fua fobrinha Dona Ifabel,fi-fºl. 25
torgaua 4* *á* cafas que auia em Liß Iha do Infante Dom Afonfo, das
boa, que forão de Ioão Atonis,a Afon villas de Penela,& Miranda junto
fo ZDinis meu irmão, é a mim pras a Coimbra com outros lugares
ende,0} ouro golhe. Em outra carta mais no anno mil trezétos & vin
Zbidſol.72 tambem de que confta fer fenhor
te & dous, adonde porque o C5
da Pouoa de Saluador Aires, diz de D. Pcdro,& AfönfoSanches,
- G3 filhos
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
filhos delRey batardos,tinhaõ os annos adiante, como fe pode ver b.t, fe!
cargos de Alferes, & Mordomo no foral de Oriola, & outras. E 燃* -

môr afiinaraõ em primeiro lugar, foi etilo efte tão vfado no reyna
. fendo que antes de occupar eſtes
do delRey Dom Dinis,que naõ vi
potos entrauaõ com os outros efcritura algüa em que fe variafe
Ricos homens, abaixo dos que o tal etilo Peloque confirmando
feruiaõ entaõ os mefmos cargos: fempre Afonfo Dinis em lugar
& neta propria doação confirma inferior, moſtraua fua illigitimi
Afonfo Dinis em lugar inferior, dade, maiormente que os filhos
feruindo de.prefente o officio de dos Reys legitimos (empre tiue
Mordomo mór da Rainha. raö Dom, & titulo de Infantes,
. Afonfo Sanches 3áordomo mór ് & nunca felhe additou patroni- .
firma. - ‘. .-
mico, ou outro nome adjunto de
O Conde ZDom Żedro-Alferes ር0፲ል╩
parente tranfuerial,& em Afonfo
firma. - ... . . . -
Dinisfevê tudo ao cõtrario. Efte
. . Ioão Afon/o confirma. difcurto fundado no etilo geral
; . Frater Ioannes confirma. daquele tempo, & comprouado
JAfon(o Zimis Xíordomo da Kai com taes monumentos, faz de
nha confirma. . . . moftraçaó de fer Afonfo Dinisir
... E naõ caufe duuida contraifto mão batardo do nofo Rey Dom
que dizemos, ver que na doação Dinis,& que conforme aito to
que elRey Dom Dinis fez da vil mou elRey pofie defte Reyno sẽ
la de Figueirô a MariaRodrigues, prejudicar aಛಿ que e preu
-

que he hüa das efèrituras cõ que me em ete (eu irmão, filho que
acclaramos cs Ricos homés de querem dar à Condefa Matthil
fte primeiro anno delRey, entra de, primeira mulher delRey Dõ
nomeado Martim Afonfo (que Afonfo Terceiro, a qual por naõ
tinha o gouerno da comarca de deixar filhos daquelle Rey, como
Chaues, & deuia fer o irmão ba jà diffemos, veio a herdar no Cő
Itardo do mefmo Rey,a que cha ¿lado de Bolonha a Emperatriz
maraó Chichorro) antes da fir Maria ſua prima. Quando ſe eſ Lt. 15,
ma do Mordomo mòr D.Nuno, creueo a terceira parte naõ efta-ap.2a.
8. logo defpois do Conde Dom ua ete ponto tão acclarado,
:Gonçalo Garcia de Soufa, q era mas ajuda o que acerca de
Alferes mór, porque fem duuida - Afonfo Dinis alife
deuiafer erro do tresladador, & eſcreue.
- afina outra doaçaõ vem emlu ‫זלץ‬
- gar inferior ao Dom Nuno,& na * :* ~ *

inefma forma continua pellos


CAP.
ElRey D. Dinis. 4º
etaua affentado. Deraõ tambem
- Ο ΑΡΙΤ. Χ Χ. - occafiaõ em parte a naõ fer dura
uel efte foflego, as defëonfiangns
Do esfado do Reyno de entre elRey, & ſeuirmaö o lnfºn
Portugal no tempo em que te Dom Afonfo, de que fe origi
naraõ guerras dometicas em
entrou a gouermar E/- . perjuizo comú de ambas as par
Rey D. Dinis. cialidades. -

Pudera elRey Dom Dinis ter


28 Cabaua Portugal de conſiderado no ſuccedido a ſeu
I 279.
w 总 ter foffego, & lograr a pay,& tio,o grande dano de con
teñdas fèmeihantes, & lembraI fè
ಶ್ಟ\gueagua
*#* tempos tinha perdido que o procedido nefta materia
com as defconfolaçoês continuas por elRey Dom Sancho tinha fi
dos interdictos,que pararão com do o principal motiuo de entrar
a morte delRey Afonfo Tercei feu pay no gouerno pela depofi
ro, a quem o defengano obrigou çaõ delle. Bem pudera tambem
no vltimo da vida a reconhecer de prefente cobrar receos, vendo
os poderes da Igreja, fogeitando ºigores que o Pontifice Nico-ºº.
fe ao que difpos com juftificado lao Quarto(de cujo Pontificado
acordo a Santidade de toão vinte corria entaõ o anno (egundo)vla
& hum, o qual cõ zelo de Pator ua com os Reys de França, & Ca
da Igreja em geral, & de natural ftella, por eftar em ambos eftes vita.
deflé Reyno ãcudio cõ o reme · Reynos, abatida a immunidade
diocóueniente. Prometteo elRey Ecclefiatica, negando tambem
melhoramêto na hora da morte no me{mo tempo a canonifaçaõ
em prefença defeu filho o Infan de S.Raymüdode Peñafort, füp
te D. Dinis, encomendandolhe a plicada pelos Prelados de Ara
fatisfaçaõ deftes danos.Em difpo gão; em catigo de faltar elRey
fiçaõ etaua tudo para fe conti *Doñn Pedro, á tres annos adiante
nuar hum etado felice entrando veio a fer ಸಿgro, como ceno -

agora elRey D. Dinis, que achou que aquelle Reyno cotumaua


o Reyno aliuiado de güerras, & pagarā Sê Apoftlica, Contudo
confirmado em paz com os Reys naquelle proprio anno de ſeu ca
viſinhos; ſe a difficuldade de ce famento concluio elRey a com
derjurifliçoés, de que fe tem vi pofiçaõc5oetado Ecclefiafico,
{to,1% experimentado nefte Rey & affi ate entañ, & defpois algis
no algüs degotos, naõ impedira ảnhos füſtentou boa conformidá
o acomodarfe elRey a tudo o 4 de, que por eta via асапсон е
G.; Куno
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Reyno com o ter por herdeiro. to, os leuou comfigo a Aragão,a
O que cõcorria mais para dar fim de que em poder delRey Dõ
cuidado, & promettia nouidades Pedro tio delles, & irmão (eu vi
dignas de preuenirfe, era o fogo ucíłem fèguros, & elRey fèu tio
que andaua ateado entre os Reys os fauoreceſſe na pretençaõ, co
de Helpanha. Dous motiuos auia mo era juto. ElRey Dom Pedro
para inquietarehum delles, & o que attendia mais a particulares
mais perigofo era a fuccefaõ dos feus, que á pretençaõ dos fobri
Reynos de Caftella por morte do nhos, fez grangearia com a retê
Infante D.Fernando de Lacerda, çaõ delles, de maneira que veio a
filho mais velho delRey D.Afon cobrar intereffes com aquelles 4
fo Sabio,falecido no anño mil du pretendiaó fer ajudados, & fauo
zentos & fetenta & finco. Fora recidos de ſeu cabedal, & indu
eíte Infante cafado com Dona ſtria, capitulando com o Infante
Branca, filha de São Luis Rey de Dom Sancho o que conuinha aos
França, & irmãa de Felippe, que interefes de ambos.
entaõ gouernaua aquelle Reyno, Ettaua elRey de Araga5D5
deixou por fua morte dous filhos, Pedro gccupado com a pretêçaõ
a faber Dom Afonfo, & Dõ Fer que tinha ao Reyno de Nauarra
nando. O Infante Dom Sancho por renunciaçaó que eu pay el
irmão do difunto folicitou com Rey Dom Iaime lhe fizera da au
füa prudencia,& valor os animos ção que nelle tinha fundada na
dos grandes, & inclinou ao pay concordia celebrada comelRey
Dõ Afonfo em forma, que o de Dom Sancho o Oitauo daquela
clarou por herdeiro, & fucceffor Coroa pelos annos mil duzentos
em Cortes de Segouia no anno & trinta & hum, de que fuccede
mil duzentos& fètenta & fèis; & rião nos Reynos hum do outro,
foi o principal direito com que or morte do que primeiro fale.
fe füftentou, & o feguiraó os de cefe. Não lhe faltauão tambem
fia parcialidade, que no mais os a elRey de Caftella Dom Afon
filhos de feu irmaõ mais velho forazoês para lançar maõ de Na
fentiaõ os definterefados que ti uarra, de que já Catella tinha
nhaõ por fajutiça, A Rainha occupadas as terras de Rioja,Bu
Dona Violante auò dos mininos, reua, Alaua , & Guipuſcoa em
zelofa mais dos netos, que do fi tempos mais atrafados, & nefte
lho Dom Sancho, vfando de cau por morte de Henrique vnico do
tela pelas razoês que tinha de al nome em Nauarra, q foi no anno
gum mao fuccefoaquelles inno mil duzêtos & fetenta & quatro,
centes,com oppofitor taó refolu renunciou tambem o direito que
àquelle
ElRey Dom Dini. º 41

ໄດຸuclic Reyno tinha em feu filho cante ao lnfante Dom Sancho,&


o Infante Dom Fernando com aos fobrinhos,encaminhando em
defejo de lhe auer apofe delle, todas ellas cada húa das partes
que não pode confeguir atalhado feus intentos, & comodidades:
da morte. Os Nauarros defpois contudo ainda no que tocaua a
de varios langos, & parcialidades elles, entrauāo mais juſtificados
feguiraõ a refoluçaõ mais conue os Reys de França, fauorecendo
niente, & foi leuar a França a aos parentes, que na opinião de
Rainha Dona Ioanna, vnica filha todos eraõ contra razão desher
que ficou do defunto Henrique, dados. Etauão os Lacerdas en
por fer (obrinha dete Rey, filha tretidos em poder del Rey de
de Madama Ioanna ſua prima,fi- Aragaõ, o qual tinhajurado grã
lha de Roberto Conde de Ar des amifades COm ſeu oppoſitor
thoes,irmão de São Luis feu Pay. o Infante Dom Sancho o anno
Entenderaõ que como fauordos antecedente de mil duzentos &
Francees fe egurauáo de ambas fetenta & oito, & durauão ain
as pretençoes 蠶 Aragonetes, & dana entrada do preente de fe
Caſtelhanos. Efta 鷺 cafou tenta & noue, em que o Infante
com Felippe o Fermofo, neto de D.Dinis foileuantado por Rey.
São Luis, & filho de Felippe no Netas reuoltas achouelle oc
anno mil duzentos & oitenta & cupadososReysvefinhos deHcſ
quatro; & por ete matrimonio panha, &, concitadas as armas
andou o Reyno de Nauarra vni Francefas por caufa das duas fuc
do ao de França,atèque no anno ceoés dos Reynos de Catella,
de mil trezentos & vinte & oito -&de Nauarra,que eraõ as caufas
começaraõ a reinar em Nauarra da defauença de todos. E o que
Dom Felippe o nobre,&fua mu mais feitemia fobretudo,era are
lher a Rainha Dona Ioanna. Afi belião do Infante Dom Sancho
que ete Felippe como Rey de contrafeu pay,que fe não fe acla
Nauarra por fua mulher,&o pay raua ainda, hia jà dando alguns e º
delle por obrigado à fobrinha, a . . longesdo que executou dous an
que fez melhor gafalhado,que el nos adiante. Afique entrando el
Rey de Aragaõ aos Lacerdas, a Rey D. Dinis na pofe do Reyno
cudiraõ as coufàs de Nauarra, com a felicidade de o achar pa
aonde por difcurfo dos annos que cifico, & em boa correfpódencia
correrão da morte de Henrique, com os Reys vefinhos, as di{cor
paffaraõ muitas variedades com dias deles o obrigaraõ a entrar
os Reys de Aragaó, & Catella. em cuidados, anteuendo que de
As me{mas ouue tambem no to força o auião de obrigar os fuc
ceflos
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
ccffos pendentes daquella tea a ga o Arcebipo Dom Ordonho,
feguir algúa das partes,por fer dif defcendente de Dom Rodrigo
ficultofo entre tantos intereaFrejas o Bom, tronco illutre dos
dos,& taõ parentes poderfe fu Pereiras, & alem da liança com
ftentar em neutralidade, como os Bargançoés,tinha mais de per
em efeito veio a executar algüas to por feus paes Aluaro Dias, &
vezes. DelRey Felippe de Fran Terefa Pires comunicado o fan
ça,que então gouernaua,& era fi gue dos Giroês, & Valadares. O
lho de São Luis, ficaua fendo el Papa Nicolao Terceiro no anno
Rey Dom Dinis primo fegundo, paflado demil duzentos & feten
& por eftavia tio dos Lacerdas, ta & oito, que foi o primeiro de
8. iobre efte parentefco que com ſeu Pontificado, o promoueo 2
ele tinha por via delRey feu pay, Bifpo Tufcolano aféis do mes de
que era primo com irmão de São Abril, como confta da Bulla.com
Luis, como no primeiro Capitu que naquelle proprio dia proueo
lo difemos, era o nofo Rey Dó a Igreja de Braga a feu fuccefor
Dinis primo com irmão dos mef. Dom Frei Tello. Otreslado de
mos Principes,que eraõ filhos do fta Bulla tirou do regiftro do mef
Infante Dom Fernando,irmão da mo Pontifice o Réuerendo Pa
Rainha Dona Brites fua mãy. dre Frei Lucas Wuandingo dig
nífimo Chronita da Religiã5
CAPIT. xxi. ' Serafica,& a etampou no egun
do tómo de feus annaes. *
… O dia certo em que D.Tello.
Des Prelados de Portugal tOnOu poſſe do Árcebifpado,
meſte primeiro anno del não conta, o que fabemos he,
- Rey D. Dinis. que a doze de Iunho do annofe
gaintede mil duzentos & oiten
ta confirma ainda como eleito:
τι79. ಕ್ಲಿ క్షmo
Staua Reyholo
preſente 醬 ZD. Tellus elestus 2racharenſs. Em
ౄ ، ‫تحاد‬
do com Prelados, & doação que elRey Dom Dinis fez
caualeiros de muita a Alcobaça de fincoenta moios
- ੰ #
qualidade: funboto qque no Ec de pão cada anno confignados
em algüs Pato nos regengos de Magueija,& Vl.
"res aufentes por então na Corte · mar. Contudo.jà a vinte & oito
'de Roma, obrigados dasturba de Outubro lograua a dignidade
goês que atequi durarão com a de Primaz, & aſsi confirma en
foberania da jurifdiçaõ Real. Af outra doação, que o mefimo Rey
fiítia ainda na Primacial de Bra fez da villa de Figueiró a Maria
Rodri
41
Rodrigues 2.7lu: Archip. Żra que remedeou parte dos dannos,
charen/s. Era Dom Tello Reli atè que fauorecido delRey Dom
giofo da Ordem do Patriarcha Dinisfeveio refidir em fua Igre
Saõ Francifco, varão deletras, & ja, & defpois cohtinuou com o
virtude, que o habilitaraõ para mefmo valor na I[ençaõ della có
feruir de Miniftro na Prouincia tra o que ete Rey renouou em
de Catella, como fe vena Chro 器 do clero: Efte Bifpo Dö
nica delRey Dom Afonfo o Sa icente he o que difemos bauti
bio capitulo vinte & tres, aonde zara a elRey Dom Dinis, & fora
entrañomeado com os Ecclefia ſeu compadre. . , ..
fticos que afiifiiraõ nas Cortes :: D. Frei Vafco Bifpo da Goar
de Burgos. A caufa de fe lhe dila , da,que com a mefmä queixa paf.
tara pôfedefuagreja,feria por fara a Roma, acabou ali feus dias
que deuiair a Roñá fagrarfé, & fem cófeguir o fim daquela pre
receber o pallio, poránábulla de tenfaó:mas confiado dêir alċari- º
fua promofaõlhe declarou oPapa çarmaior premio de feubom ze
fer tua vontade que fofe ele fa lo, chamouo Deos para fi devin
grare a aquella Curia. Volumus te & dous de Outubro do anno
Autem quodSedem-Apoftolicam adias pastado atè vinte&quatro de De
pro confecrationis munere obtinendo. zembro,porque naquelle dia lhe
Das acçoés dete Prelado iremos deu licença o Papa para fazer te
dando razão atèfua morte, con" ftamẽto,ỗz nefte de vinte & qua
tentandonos agora com declarar, tro de Dezembro etauajá eleito
que ordenou elle (e feítejaffe na-, por bulla do mefimo Pôtifice Ni
quelle Arcebipado o dia doSe colao Terceiro Dom Frei Ioão
rafico Padre Säö Francifco. . .
Martins, que de prefênte era Bif.
Dous Bifpos refidiaõ em Ro 體 de Guadixem Andalufia. Am
ma por ete tempo, afaber Dom os eftes Prelados foraö Religio
Vicente do Porto, & Dom Frei fos da Ordem dos Menores, rica
Vafco da Goarda. Tinha DõVi fempre defogeitos femelhantes.
1a.a.dºcente fuccedido a D. Iuliaõ當 Não entrou logo no Bifrado da
Padresden annos mil duzentos & feffenta, Goarda Dom Frei loäo Märtins,
fol. 4.
porque a dous de Dezembro lhe antes como parece por outrabul
confirmou elRey Dom Afonfo a la do mefmo Papá expedida o
eleição. Aggrauos do me{moRey primeiro de [unhó defté anno de
o leuaraõ queixo(o á presêça dos á imos efcreuêdo; as duuidas que
Súmos Pötifices Cleméte Quar auia em Portugal com os Eccle
to, & Nicolao Terceiro, de quê fiaticos lhe difficultaraõ a cobrã
alcançou bullas, & refcriptos cõ ça das rêdas do Bifpado da Gు d:
... Liuro XVI. Da Momarthia Lufitama.
da. Exposelle ao Pontifice o de tras efcrituras'. A hum fobrinho
fraudo em que fe via, & repeitá chamado Dom Raym unde fez
Deão , & Thef oure iro dá Sède
dco o dito Papa, lhe concedeo a
--
adminitraçaõ do me{mo Bifpa Coimbra, adonde veio alcançar
Mitra, & foi o fegundo Bifpo
do de Guadix, de que o tinha ab adeíte nome. Adiantë no anno de
folto,para lograr Sede vacante os
rendimétos delle em quanto não fua morte acclararemos o quefè
alcançaua os da Goardaliuremê fabc defua familia, & dos paren
que teue nefte Reyno. "… o. .
te, por fim alcançou fua Prelafia, tes Dom Duraõ Paes continuaua
& jà do anno de oitenta pordian
te defcobrimos confirmaçoens ainda em Euora, & foi admittido
fuas. Tudo o fobredito fe colhe por adjunto a elRey Dom Dinis
. das bullas, que Vvandingo tras Por fua muita capacidade;& Pru
tresladadas.” Confta do Conde dencia, como feverá no Capitulo
Ta 66. Dom Pedro,que era Dom Vafio 26. Tinha o Bipo Dom Duraõ
da familia dos Aluellos, filho de grande noticia das coufas drfte
Mirtim Annes de Aluellos, & de Reyno,por auer cõtinuado mui
D. Eluira Mendes de Afonteça. to tempo no reynado delRey Dõ
. Em Coimbra começou agº Afonfo Terceiro em hum lugar
uernar elte me{mo anno de mil 蠶
dos Ecclefiafticos, que
feintitulauão
duzentos & oitenta & noue o uão com elRey, &
Bipo Dom Aymerico,o 器 OC por eta caufa, Clerigos delRey,
cupou aquelle lugar defpois de como em varias efcrituras o acha
Dom Fernando falecido tres an mos firmado. Deuia o Bipo Dõ
Duraõ Paes antes de fer admitti
nos antes dete.Era o Bipo Dom
Aymerico de nação Frances; al do a Clerigo delRey, ou Dezem
gŭas opprefoés de fua Igreja, ou bargador Ecclefiaſtico,deteran
quaefquer outras materias de im dado em Catella, & pafar em
portancia o leuaraõ outra vez a companhia dos fidalgos Portu
França, fenão he que a morte o guefes ao cerco de Seuilha,& ain
chamou à terra onde nacera; por i
da parece foi Conego naquella
que morreo a quatro de Dezem- infigne Cathredal, ou ao menos
bro demilduzentos & nouenta Prebendado nella Narepartiga5
& finco, & età fepultado no mo- que elRey Dom Fernando o San
, teiro de Valparaifo de Hepa- to fez das terras, & herdades aos
nhaco da diocefe Caturcéfe-Có- Conegos, & mais Dignidades da
firmou em quanto teue a digni- SêdeSeuilha,entrou aquinhoado
dade nos foraes de Caminha,Sal- Dom Duraõ neta maneira. _4
uaterra,& Villa de Rey,& emous 29uran Paes treinta aranadas, y feis
jºgadas.
ElRey Dom Dinis. *… *
jugadas. Donde fè colheclaramé ta & tresi: foi feu ficceffor Dóra
te ter elle então prebenda na dita Gonçalo, que logrou poucos an
· Sè. E naó ha duida fer efte Du nos aquella dignidade, pois já no
raõ Paes de nação Portugues, anno mil duzentos & oitenta &
: *
-
Porque os Catelhanos não pro dous no primeiro dia de Mayo
t nuncião, nem efêreuem o nome "tOrnOu a auer Sè vagante na meß
Nà Chro- de. T.Payo,fenaö Pelayo,& o patro ma Igreja, a qual durou atè o an
nº... nimico de Paes efcreuem,ou pro no mil duzentos & oitenta &
figº"24 nunciaõ Pelaes, como obferua quatro, no fim do defoito
Rades de Andrade, & he expe de Dezembro confirma DõIoão

riencia conhecida. De Catella Bipo de Lamego no foral de
viria Dom Durão em companhia Miranda. .. . .

da Rainha Dona Brites, & feria Da Igreja de Vito achamos


a razão de ficar mais aceito a el
fer Prelado Dom Mattheus, que
Rey Dom Afono para o pro gozoudelta dignidade ate o án
mouer à dignidade de Bipo de ño milduzentos & oitenta & fe
* Euora. t. }
te, ao fim do qual era Sè vagan
Lisboa tinha ainda por Prela te, como fe ve do foral de Vila
· do a Dom Mattheos,grande par rinho. - 2 : -

cial delRey Dom Afonfo Conde Dom FreiBartholameu go


de Bolonha, & oprincipal, que ±ernauag Bifpado de Silues?io
- vindo ele de França, apertou có Reyno do Algarue, em e fora ...
· a depofiçaõ delRey Dom San Prouida por elRey Dom Afonfo
cho, trabalhando por fer admit Terceiro no anno do Senhor mil
tido elRey Dom Afonfo, & indu duzentos & feffenta & oito, &
findo aos mais Prelados.com car continuou neta Prelafia atè o de
tas a que o reconheceffem. Che | mil duzentos & nouenta & dous.
ga fùâ memoria atè o anno mil Alguns autores o fazem Religio
duzentos & oitenta & dous, no fo da Ordem dos Pregadores.
- qual anno occupou eta Prelafia º Deuião prefutmir fer deña fami
Efteue Annes de Vaſconfèllos pel
lia, Por acharem efcrito na vida
- foa de muita qualidade, & mere de Säo Frei Gil, que ete Dom
… cimentos. . ' rin: '. . . . ~ ,,,
'Bertholameu Bifpo de Silues le
Em Lamego deuia falecer ne uºu em fia companhia para o
ºfte anno o Bipo Dom Domin Algºruehum moço por nome
gos; porque no feguinte de mil Dºmingos, a quem o Santo dera
duzentos&oitenta era Sévagan fäude, & agradecido continuaua
te: tinha gouernado aquella Igre no moteiro de São Dºmingos
-

`w ..

, jado anno milduzentós &£ten deSantarem, aondeosanroëñ


H fepultu
*
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
fepultura, & por fim veio afer & procederaõ os mais, que fe

Religio(o da melma Ordem. A appellidaraó Michoés, de que


deuoção que todos os Portugue ouue naquele tempo Martim
festem a São Frei Gil, obrigou a Michaõ natural de Lisboa, do
Dom Bertholameu a receber em qual patronimico deuia fer filho
fua cala aquelle moço, que era ó Vicente Martins Michão, fo
hum publico tetemunho dos brinho do Bipo Dom Berthola
poderes do Santo, & naõ a parti meu, de que falamos.
cular de Religiofo da me{ma Com eftes Prelados fe acha
Ordem. uáo as Igrefias de Portugal quan
, , O certo he que foi Monge do elRey Dom Dinis foi leuan
Ciftercienfe, prófeffo no nofo tado em Rey Recolhemos o que
Moteiro de Alcobaça. Vicente delles (e apontou das memorias,
Martins Michaõ feu fobrinho & efcrituras dos annos antcce
natural da Lisboa, adonde deuia dentes, & fubfequentes, por naõ
nacer tambem o Bipo Dom Ber deſcobrir nefte anno eſcritura
tholameu, deu a efte Moteiro o que os nomee todos, referuan
fitio em que hoje etá edificado do outras acçoês para o difcurío
o Conuento da Rofa de Religio da hiftoria, & annos de morte
Alcobaça
fas do Patriarcha São Domin de cada hum delles, aonde fea
ii. 1. agos na freguefia de São Louren crecentarà o que faltar no di
- -

βί.145.
ço de Lisboa, que por eta razaõ curto da vida; & porque os mais
nos paga certo foro, & diz na delles confirmaraõ nas duas doa
efcritura que o doaua. Confide çoês que referimos do anno mil
rando em cºmº em outro tempºfoſſe a duzentos & oitenta, daremos a
mim dada hãa courela de vinha, por firma de ambas, de que colhe
zºom 3ertholameu, em ºutrº tempo remos tambem os Ricos homés,
2/ρο d, Algarие тенгіо, риe foi вте & delles fe tratarà em Capitulo
Frade do Xºteiro de Alcobaçº, por apartado. Na doação de Alco
efia, @ por ºutrº muitº Иет дне (% baça feita a doze de Iunho con
recebidº dito meu tio. Os Michoés firmaõ os feguintes.
eraõ fidalgos honrados, & pro O Infante Dom Afonfogo
cedião dos Fonfecas, nos quaes uernador da terra de Lamego.
entrou efte appellido por Afon Da terra de Neiua, o Conde
fo Rodrigues Michão, filho de Dom Gonçalo Garcia. Dom
Ruy Mendes da Fonfeca. Dete Nuno Mordomo mòr . Dom
or de
c., es, Afónfo Rodrigues Michão da Martim AfonfogouernadGil
ii. 66. Fonfeca, foi filha Dona Guiomar de
Chaues. Dom Martim
Afonfo, Abbadeffa de Almoſter, Eluas, Dom Afonfo Lopes da
- - - tCI 12
ElRey Dom Dinis. 44
terra de Soufa. Dom Martim
IRodrigues da terra de Maya. C APIT. XXII.
Dom Pedre Annes de Tras os
montes. Dom Pedro Ponce de
Cinfaës. Dom loão de Auoimte Dos Mefires das Ordens
nente de Alentejo. Dom Pedre AMilitares defíe mefmo
Annes de Portel tenente de Sin
tra. DöIoa6 Rodrigues de Brit tempo.
teiros.Martim Annes do Vinhal,
& Martim Dade Alcaide môr de 蕊欢笠 SQrdens militares que I 179.
Santarem faõ tetemunhas,& em #\#nefte tempo auia em
vltimo lugar o Chançarel mòr. {Portugal, erão quatro;
“a dos Templarios,a de
20.7°llus ele/tus 2r4char. Santiago, a de Auis,& a do Hof
zo. V Portuenf. Epiſc. pital de Sáo Ioáo. Os Templa
Zo. Aimerica, Calimb. rios obedecião agora em Portu- '
2. A^atthews Vlixb. gal ao Metre Dom Frei Louren
Eccleſia Ofenîi У4C«f> ço Martins. Tinha efte caualei
Ecclefia Egitamen/* vacat. ro militado nas guerras da Pale
Z). Zurandus Elleremſs. . . fina com grande fatisfaçaõ; veio
2.2.artholomeus Siluenês. daquellas Tpartes a efte Reyno
mandado pelo graõ Metre, &
Na doação do Pedrogão, feita a achouſe preſente á notificagaö,
Ioanna Dias a vinte & oito de que Frei Nicolao fez a elRey Dö
Outubro confirmao cſtes, .
* - -
Afonfo Terceiro: Fratre Laurentis
.*fartini, qui nunc de nouo venit miffus
zo. Tillus Archip.2rachár. 4%(agiftro Ordinis Templi. Os Me
. . Wincent. Portuenſ. * . ."
ftres do Templo que foraõ ne
JAimericus Calimb. : te Reyno, ou eraõ eleitos pelos
- Ioannes Egitan. ' '*' '' Freires dele em Capitulo geral,
Ecristia Lamacenfi yarat. (ou os recebiaóinuiados da Pale
tattheus Vifengs. " ftina pelo graõ Metre, como ve
xtattheus Vlixh. io ete Dom Lourenço Martins:
# zurandus Elkor. ; · · · · mas fe vinha là de Vltramar,
· · 24rtholomews®ilºm/? · · ·! neta forma não era admitti
-*
do fem confentimento dos Reys
, , .. . . . . .. . .
: ; ;;;; ; ; , , , , ; Tº
de Portugal. O nofo Rey Dom
.
-

..
-

. . ."
*
- - - -

Dinis mandou fazer hüa inqui


rição fobre os Templarios, pa
H2 Id.
L.3 los di -
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
7 it w8React ra faber que dependencia ti ro que eles ambos Dom Frei
Jul.;;. nhão dos Reys dete Reyno, Martim Martins. A efte Metre
& achou, que quando º 3ífire deu Dona Sancha Pires, húa fi
yinha dalem mar feito, que nom en dalga de Santarem, as herdades
trarião em Portugal, fenomprougue/> que tinha em Cafeual; era ito no L.h, M.
fe a ElRey. Quando tambem os anno mil duzentos & feffenta & j
Meftres fe aufentauão fora do doas, & afSinaráo. Dom Gonça- ”
Reyno, era com conſentimento lo Fernandes Comendador ma
dos Reys, & deixando hum loco ior no Reino de Portugal. Dom
tenente qual elRey ordenaua. Payo Gomes Comendador de
Etaua vago olugar de Metre Catello branco. Martim Gon
do Templo nefte Reyno, para o çalues Comendador de Pombal.
qual o elegerão os caualciros có Pedro Fernandes Comendador
gêral contentamento. Nefte an de Soure. Frei Payo Comenda
no de mil duzentos & fètenta & dor da Ega. Rodrigo Pires Ce
noue temos memoria delle no li bola Comendador de Eluas Dö
uro dos Metrados. O anteceffor Eteuão Pires Epinhel Comen
de Dom Frei Lourenço foi Dom dador de Santarem. Martim Pi
Beltraõ de Valuerde, o qual afi res Comendador de Alenquer.
na a procuração delRey Dom O Dom Frei Gonçalo Fernandes,
AfonfôTerceiro, que ferefirirá que aqui aísina Comendador
no fim do Capitulo vinte & qua mór de Portugal, foi fem duui
trO. 'ိုီ feu foi Dom Frei da o que entrou defpois no Me
Gonçalo Martins, que gouerna trado, & auerà troca nos patro
ua pellosannos milduzentos & nimicos de Martins, & Fernan
feffenta & oito, no qual annote des. Afsinaraõ na doação de
ue capitulo em Catelbranco, & Dom Garcia de Paiua Dom Frei
aſsiſtindo nelle com ſeus freires, Payo Gomes. Frei Dom Mar
deu a Dom Garcia de Paiua, & a tim Pires da Vide. Frei Dom
fua mulher Dona Berengueira Egas Afonſo. Frei Dom Gonça
Ayres, fundadora de Almofter, lo Pires de Vifeu. Frei Dom Pe
as terras de Santa Ouaya, & Cin dro Fernandes. Frei Dom Afon
cºmº faês em vida, & deuia fer por fo Gomes. Frei Dom Rodrigo
de Alme
fier,
muito parenteíco que tinha com Fernandes. Frei Payo. Frei Dom
ete fidalgo, ou com fua mu Martim Gonçalues. Frei Rodri
lher. , · go Soares de Coja, & outros.
Antes de Dom Frey Gonçalo Dei os nomes deftes caualeiros,
occupou o me{mo lugar Dom porque como poucos annos a
Frei Vafco Lourenço, & primei diante fe extinguio eta Ordem
taO
ElRey Dom Dinis. 45
tão benemerita de nofo Portu proulão em cada Reyno hum á
gal, com cuja defenfaõ, & am o gouernafie.Tres Meftres, alem
pliação tanto trabalharaõ os ca dos nomeados;teue eta taõ cele
ual; ios della, pareceomie diuida brada, quanto pouco afortunada
de boa correpondencia deixar a Religião atè fe extinguir, deles
maior lembrança delles, quando daremos noticia nefta hiftoria
por degraça dos temposfe aca delRey Dom Dinis, aonde fecõ
barão. rehende o ſuccedido atè a final
Húa coufa ha para aduertir extincgaò della.
nos Meftres que apontamos, & Do Metre Dõ Martim Mar
he, que o Dom Frei Gonçalo fe tins quero agora dar maior noti
intitula Metre do Templo do cia,por fer peloamerecedora por
Reyno de Portugal sómente, & fangue,& valor de ficar mais lem
Dom Martim Martins Metre do brado. Seu pay fechamou Dom
Templo dos tres Reynos de Hef. Martim Pires da Maya, de quem
panhã, eráo eftes tres Reynos ele tomou não sò o nome, mas
. Portugal, Leão, & Catella, co o patronimico, como filho mais
mofecolhe do me{mo titulo que velho: a mãy foi Dona Terefa
teue,& Martim Sanches aonde fe Martins, fobrinha de Dom Efte
declara;& ainda do Metre Dom uão Soares da Silua Arcebipo de
Pedro Aluites alcançamos, quefe Braga, filha de fua irmãa Dona
intitulaua Metre do Templo em Etéfania Soares, cafada com Dõ
algüas partes de Hefpanha. De Martim Fernandes dos de Vitela,
ftes dous fe fez mençaõ jâ no to & afi por pay, & máy participa
mo terceiro deta hiftoria. Não ua das principaes familias do
deuia fer obrigação auer Meftres Reyno, como eraõ os da Maya,
em cada hum dos Reynos, & affi os de Vifela, Silmas, & outras a
os grandes Metres affitentes em eftas colligadas. Teue o Meftre
Pale[tina,por naõ defpender o ca Dõ Martinho mais dous irmãos,
bedal da Ordem com ordenados, & duas irmãas;os irmãos eraõ D.
& depefas dos Metres, fendo Eteuão, que mataraõ em Coim
mais neceffario para aquelas tão bra, & Dom Ioåo Martins Aua
jutas guerras,fazendo eleição de na, que cafou com Dona Tereja
hum que goucrnafíe a maior par Pires de Bargança, & deixou def
te de Hepanha fe dauão por fa cendencia. Dasirmäas D. Guio
tisfeitos; outras vezes concorriaõ mar Martins foi freira de Arou
pefoas de merecimêtos tão cre ca, & Dona Eluira cafou com Dó
cidos, que conuinha honralos có Pero Nunes de Barbofa, de que
a dignidade de Metres, & então ficaraõ filhos. O Conde Dom
H3 Pedro
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Tit.Jö,
Pedro falando dos paes do Me Dom Martinho, irmãa do Arce
ftre Dom Martinho, não lhe no bipo Dom Eteuão Soares da Sil
mea mais filhos que Dom Ioão, ua;de forte que a auò foi aya del
& Dona Eluira, & deuia fer, por Rey Dom Sancho,& amadepei
que só deixarão geração,mas eta to a mãy do Metre Dom Mar
omilaó fuprio o liuro antiguo tinhoMartins. Algũas eſcrituraso
Fol. 35.
das linhagens, que com toda a nomeão D. Martim Nunes, mas
clareza nomea por filho mais ve he erro do tresladador, que não
lho ao Metre. :) - foube aduirtir no patronimico.
DonaTereja Martins da Sil … Seruio efte Metre aos Reys
ua, & Maya fua máy , foi ama de de Portugal,& Caftella có gran
peito delRey Dom Sancho o Ca devalor, & no proprio anno de
pelo, que por eta caufa fauore milduzentos & quarenta & qua
ceo muito o Metre, & à Ordem tro, em que elRey Dom Sancho
do Templo,á qual deu todo o:di, deu os direitos,&fenhorio da Ida
reito que tinha naldanha avelha, nha, & Saluaterra à Ordem por
& Salüaferra do Eftremo,&nefka feu repeito, andaua o Metreem
doação feita em Coimbra a de Caítella, & afiiftia na conquifta
zafeis de Dezembro do anno mil do Reyno de Murcia comDom zwa.u.
Mela da duzentos & quarenta & quatro, Payo Peres Correa Meftre de àp. 41.
Contiecia diz que obraua em fauor da Or Santiago, & afsime{mo cõtinuou
2.par. da
Ordem de dem por amor defeu colaço Dõ nas mais conquitas daAndalufia,
Chriſtofol. Martim Martins Metre da Ordé & tomada de Seuilha; feruindo
I52. do Templo nos tres Reynos de, actualmente em Catella, lhe fa
Hefpanha : Erproamore Z). %tarti·º zião merces em Portugal: & fen
mi ºtartimimeicolacj-ºfagifri Ordi. do tão afsitidos aqueles Reys
mi Templi imtribus $egnis Hiffamia. das armas Portuguefas, em parti
Sobre a portado Catello da Ida cular no cerco de Seuilha, aonde
nha età humletreiro antiguo, á forão principaes cabos da gente
declara entrar no fenhorio da Of deguerra eftes dous Portuguefes
dem aquela villa em tempo de com os feus caualeiros,ao menos
fte Metre. Por eta efcritura em no principio ambos,alé da muita
que elRey o nomea por feu cola nobreza de Portugal, que foi a
ço, vimosa alcançar, que a Dona aquela jornada, fegundo fica ef.
Eftefania,queno tomo antecedê crito na terceira parte da noffa
te,fe diffe 鸞 aya que criou a el hiftoria.Com fer ifto,& andar na
Rey DõSancho, a quem chama tomada de Seuilha a maior par
alumno, ou criado feu pelo criar, te da nobreza de Leão, Galiza,
& enfinar , era a agó do Meftre Aragão, & outras prouincias de
- Hefpanha,
ElRey Dom Dinis. 46
Heſpanha, conclue o Chroniſta
delRey Dom Fernando o Santo, • C A P IT. xxIII. ,
que ganhara aquella Cidade,por
ter configo os Caftelhanos: 3a
C4p, 73, nifiela co/a es por laspartes del mundo, Dos Priores da Ordem dº
que las Cafielhanos hazén en ftoventaja Hoſpital de S.Ioho.
a todas las otras naciones, y allende de
ferlagente фие maslealmente stue afa 鷲 VÓSFamofa Religião do
feñor, es para mas que otra nacion al స్ట్రీ 醫 Hoſpital de S.Ioão deu
guna. Não felébrou aquelle Chro 瀏 {\#no tempo em que cor
nita de nomear outra naçaõ das ººre etahitoria humo
que ajudaraõ a ganhar Seuilha geito ao nofo Portugal, que pu
aos Caftelhanos, attribuindolhes dera occuparpor merecimentos,
a elles sôs a conquifta, eftando & qualidade o lugar degraõMe
taõ notorio a multidão da gente ftre, Era efte caüaleiroß grande
Portuguefa, Leonefa, Gallega, Dom Gonçalo Pires de Pereira,
Aragonela;& outra mais que alli filho de Dom Pedro Rodrigues
auia, & fendo a primeira pefoa de Pereira, aquem baftarà o ap
o Metre Dom Payo. O certo he Pellido por elogio. Ocupou a re
que ouue poucas couías obradas ligião a DõGonçalo na fuperinº
dos Catelhanos, que não foffem tendencia dos finco Reynos de
ajudadas do braço dos vifinhos. Refpanha, Portugal, Leão, Ca
O que diz defeu valor, & lealda ſtella, Aragão, & Nauarra, & por
de, pode jutamente apropriar a ifo lhe chamauão o graõ Co
Portugal,& Aragaõ, pois he taõ mendador de Hepanhã. Vindo
fabido,que etas duas Coroas fo elRey de Aragão Dom Jaime o
raõ por fisõ conquiftadoras,& na 9onquiftador? cidade de Tole
lealdade lhe etão preferidas. An do no anno mil duzentos & fef.
teceffor do Metre D. Frei Mar ſenta & noue aſſiſtir à primeira
tim Martins foi Dom Payo Go Mifadefeu filho DõSancho Ar
mes, como ele confefa em doa cebipodaquella illuftregreja,&
ção do anno mil duzentos fin refolúendofe em pafar à conqui
coenta & tres: Frater Pela tºda terra Santa, Dom Gonçalo
gius Gome/ius nofter º
fºlhe ofereceo com a facauale
- amteceffor. ria, & rendas della, & o mefmo
(*) fez o Metre de Santiago D.Payo
Peres Correa, não aprouando o
voto delRey Dom Afono Sabio,
genro do Dom Iaimes,& da Rai
Н 4. nha
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
nha Dona Violante fua filha, que res deu a Dom Ruy Garcia de
pietêderão diuentilo da jornada. Payua, & a Dona Beregaria Ay
Quando os intentos daquelle res fua mulher, fundadora de Al
guerreiro Aragones não acha moter, as terras que tinha a Or
raõ em Catella quem os feguif. dem em Santa Ouaia, & Cinfaês.
fe, dous Portuguefes (e lhe con D, Vafco Martins tem o me{-
formaraõ,& oferecerão. mo titulo de lugar tenente do
Hum delles, que era o grão grão Comendador pelos annos
Comendador de Hepanha Dom de mil duzentos & nouenta & fe
Gonçalo, para acudir à admini te, como então veremos; donde
tração geral de finco Reynos, & fe wè que viueo largo tempo Dõ
poder aufentarfe do nofo, elegia Gonçalo,fenão he que lhe fucce
Tenentes em Portugal. De dous deo outro no me{mo lugar, mas
tenho noticia,a faber,Dom Mar não acho porete tempo mais q
tim Fagundes Comendador de a elle. Porem no anno mil& tre
Leça, & Vafco Martins Comen zentos & finco, que deuia er por
dador do Crato, & Sertãa. Com morte de Dom Gonçalo, entrou
o titulo de Tenente do graõ Co na Comendadoria môr dos finco
mendador fe nomeou o Fagüdes Reynos de Eſpanha o fanto Co lib.ds
em efcritura do anno mil duzen mendador de Leça D. Frei Gar- Padrº
tos & fetenta, pela qual Dom cia Martins, que afi ointitula el- 雳 apten
Martim Fagundes com os Freires Rey Dom Dinis na doação quef.i.af.
*ျံ့နှ့ံို့ em capitulo, 醬 fè lhe faz da Igreja de Santo Ete
celebrou no Crato a vinte de Iu” uão de Aureiro, na comarca da
lhodaquclle anno, deraö a Ioáo Torre de Memcoruo; asi que
de Aboim a cafa de Santa Maria dous Portuguefes lograraõ fuccef
de Aboim, que era da Ordé:& fë fiuamente húa tão grande digni
nomea o Fagundes deta manei dade naquelle tempo. As terras
ra. Nos 2. dartinus Fagundi, fra applicadasàgraö Coméda, eraö
ter Ordinis Hoffitalis, &-Comendator todas no Reyno de Galiza,&por
de Lecia, tenens in ?ortugalliâ locum eta razão fechamaua DõGon
grandis Comendatoris Zɔ. Confalui Pe çalo Comendador de Lima,To
tride?ereira in quinque regni; Hipa ronho, Taura, & Faya, como
nie. Logo no anno feguinte de conftara no anno de miil & duzé
mil duzentos & fetenta & hum tos & nouenta & finco.
fe dá o mefmo titulo em outra ef> No entremeio dos annos a
critura, por virtude da qual o pontados, que foi no de mil &
grão Comendador Dom Gonça duzentos & oitenta & finco, auia
lo de conſentimento de ſeus frei em Portugalhã tenente do grão
- - Metre,
ElRey D. Dinis. 47
Metre, que entaõ era Dom Frei ao cotume da Ordem.
Nicolao Lorguè; nomeafè elle Mas antes de nomear os Prio
D.Sant, ou Sancho Duraés. Não res daquele tempo, darei os no
fei como o grão Comendador mes de outros antecefores, para
dos finco Reynos de Epanha, ti que ajuntandoos aos que fejà pro
nha hum lugartenente em Por puterão na terceira,& quarta par
tugal, & o grão Metre de Vltra tedeftahiftoria,pofaöirtecendo
mar outro: mas poderia fer para a lita delles na melhor forma pof
miniſterios differentes, aindaque fuel,jà que no archiuo de Malta
naõpodemosaueriguarguaesel fe não pode defcubrir noticia
les foftem, que në os Chroniftas mais antigua,que do Prior Dom
da Religião de Saõ Ioão o efpeci Frei Aluaro Gonçalues de Perei
ficão. A certeza de auer os taes ra, no qualfe começou o Catalo
minitros he indubitauel recolhi. go, que por parte da Religião fe
da de efcrituras autenticas. A de apprefentou a elRey Dom Ioão o
‫م‬y.as
odi 9 ‫ تﻧها‬confta a tenencia do .rF Sant IV. noffo fenhor, fobre o proui
fu. s. Duraés,he hum aforamento que mento do Priorado do Crato deſe
Frei Mem Fernandes fazia de hŭ pois da morte do Infante Cardeal
cafal em Villalua,por mandado, de Caftella.
como diz: Zehe Sant Zurdºs lugar O primeiro Prior que acho
tenente degraò.*tºre. f
ouue em Portugal deta Ordem,
Com fero grão Comendador foi DõAyres, em tempo delRey
Dom Gonçalo fuperintendente Dom Afonfo Henriques, conta
de tudo o que a Ordem tinha nos de efcritura que deú de priuile
finco Reynos de Epanha, & ter gios àdita Ordem do anno de mil
em Portugal os lugartenentes á cento & fincoenta & fête, fendo
apontei,nãõ deixoide auerneftë Dom Ayres Prior em Portugal,
Reyno Priores da Religião no -& Galiza: Cobis Z,...Arie?ortugal:-
me{mo tempo. Por 醬 razão fum, “'fratrum Friori,
quando Dom Ioão de Aboim fo e c, a qual anda lançada na Chã
geitou as Igrejas da fua Villa de celaria delRey D. Pedro. -
Portel ao Molteiro doMarmelal, No tempo delRey Dom San
que he da Ordem de Malta, dei cho Segundo no anno de mil du
xou por obrigaçaõ, que quando zentos & trinta & feis, a Dõ Ro
ao tal moteiro vieffe por vifita drigo, que confirma a doação da
çaõ o graõ Comendador, ou o quinta de Cacauelos na ribeira de
Prior de Portugal, que pelo tem Vouga, feita por aquelle Reya
po fofie,osproueffem dögafalha hum loâo Mendes : zo. Koderitur
do duas vezes no anno,conforme ? rior Hºfpitalis. E parece que lhe cºm
- - -
fuccedeo
- * *
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
b.del
Lib.de/Rf
fuccedeo Dom João Garcia, ao uenta & feis. O Santo Comenda
##% qual achamos no lugar do Prior dor de Leça Dom Frei Garcia
3.flicº no anno mil duzentos & fincoen Martins occupou o lugar dePrior
ta, confirmando a doação que defpois delle,& fendopromouido
elRey Dom Afonfo Terceiro fez ao de graõ Comendador de Ef.
do Caftello de Porches, que he panha, teue por fucceor noPrio
no Algarue, ao feu ChançàrelD. rado a Dom Eiteuio Valgues Pi
Efteuê Annes, Defpois entrou no mentel, o qual teue o cargo atè
Priorado Dom Fr. Afonfo Pires á morte delRey Dom Dinis, &
Farinha, o qual no anno mil du principios do Reynado delRey
zentos &feffenta fazendo Capi Dom AfonfooQuarto.Naquella
tulo em Oleitos do Bipado da occafiaõ, que ſerà com o fauor
Goarda, deu com contentimento de Deus na fetima parte deftacf.
de Fr. Faraudo de Barriacograö critura, faremos outra lifta de
Comendador dollopitalàquem Priores, principiandoa no fenhor
mar, in partihn, cifinarinis,cujo fuc Dom Frei Aluaro Gonſalues de
ceffor deuiafero Dom Gonçalo, Pereira, pay do fanto Condefta
a quinta de Villaverdena Nobre. ble, qué éntaõ fuccedeo áo Pi
ga a Dom Ioão de Aboim: Nos mentel, que agora bata dar os
„Арвопуй; 2etri Prior Hoſpitalis, ºc. Priores que concorreráo com el
O Conde Dom Pedro o nomea Rey Dom Dinis de que efcreue
por Prior do 蠶
, & he de IlOSs

aduertir, que o foi duas, ou tres


vezes, renunciando o cargo em - CAPIT. XXIV.
variasjornadas, que fezem fer
uiço de Deus, & da Religiaõ fora Dos Meffres das Ordens
do Reyno,como declarãa infcri
Pçaõ que eta na Igreja da Vera de Santiago, & Auis, com
Cruz: Et jpfe fùif?rior Aeffitalis a nobre (º que pudemos
duabus, »el irius vicibus in ortu- : defeubrir da Santa
gallia. . - Comendadeira
· Entrguno Priorado por renti- D.Samcha.
ciação de Frei Afonſo, Dom Frei
Vaíco Martins, ao que fe pode ſº
k,
Ει

影 鷺 de Santiago 1279.
coligir; elRey Dom Dinis lhe da
titulo de Prior doHof,pital,abfol
"A

‫تهیه که‬
º
ſ -

\3eteue fogeita todo ele


uendo o Confelho de Lisboa de
-

: tempo aos Metres de


hña demanda que ete Prior lhe tou deles Caftella,atèque feifen
em tempo delRey Dõ
faziano anno miil duz£tos & no
t -
Dinis. De prefente a gouernauao
Metre
El Rey Dom Dinis. 48
MetreDom Gonçalo Rodrigues TºrresVedras, @ pºdenquer, g em
Giraõ, eleito no anno mil duzen /eus termos,que aquilo que aиетет,фие
tos & fetenta & finco.com a mu fique é donnas aº 3dfleirº de Santºs,
dança que teue Portugal de Rey, faluo feu caualo, 6/ás armas,que de
lhe foi necefario dar húa vita a ue/er do 3áfire. E por isto/er mais
ete Reyno, para confirmar, & firme, 6 mais efauel, 6º nom virem
difpor as materias da Ordem, & depois em duuida,mandei eufazer fia
dar obediencia ao nouo Rey, co carta, o pºr by meufello pendente.
mo era juto. Alem do mais que Zan/ena (idade de Lisboa nº.3ágfieirº
dipos em vtilidade, & melhor de Santos vinte é ºito dias andados de
obferuancia dos eftatutos defta Nouembro. E.2c. CCC.XCVII.
º nobrecaualeria, de que não def Dona Sancha, que aquifeno
cubrinoticias, fabemos que eta mea, he a fanta D. Sancha, Co
ua em Lisboa nete me{mo anno mendadeira, & Superior que foi
em que fe leuantou por Rey Dõ nete Conuento, conhecida hoje
Dinis, & que no Conuento das pelo nome de Comendadeira Sã
Comendadeiras deSantos lhe fez ta, pelas grandes marauilhas que
etº doaçaó, áhe mui notauel. o Senhor obra por feus mereci
Cartorio Conhegão todos os prefentes que efía mentos cada dia. Em particular
das Comé- Carta vtrem
dadeirasde
- ler ouuirem,4uenos 2. fe experimenta o beneficio de fua
gonçalo Pires (deue fer Rodrigues) intercefaõ com os rendimentos
pela graça de Zeºs 3ácáre da Ordê da deta me{ma fazenda, que lhe
Casaleria de Santiagº em fembra com doou o Metre Dõ Gonçalo. Co
Efteuão Fernandes Comendador de ftumăo as Comendadeiras de Să
Nertola, G. com FreiZ). Priol ZPai tos do trigo que recolhem deítas
ras,& de muitos Freires que comigºan herdades deſtribuir entre ſypar
daudio: damos, 3r durorgamos ao mo te, & delle comunicao a #
feiro de Santos todo º herdamento que da Cidade,& do Reynopáralan
zona Sancha.3artins tem em termo gafríos celeiros, & femièporex.
de Torres Vedras, grino lºgº que cha periencia, que ou impedem com
mão Xoncaual, & Paratana,(routro elle ogurgulho, ou o remedeaö.
6lhes dow, e outºrgo todo herdamentº Alem dete gêral beneficio, obra
ae (haroteca, 6, Villarderon, que foi a fauor deftã fanta Comendadei
de Zºom loão Pires, • jualno, в же rainfinitas marauilhas, que tem
fire zºom Paya torrea auia dudo, ór portantos annos acreditada bem
· outorgado. E ºutrºfmando, @ outor fua fantidade. De preſente fetra
%ue todalosfreires, es confreires ca ta fua beatificação, que firuirà de
jado,2ailios, 6 do (тиетгодието maior deuaçaõ a todos, & credi
rerem em Lisbºa, em Sintra, % em to do Reyno. Não fe podem def.
cubrir
i Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
cubrir os pays que teue,& a fami Dom Eteuão Soares.
Dom Ioão Pires. -
lia que a mereceo por
Boas diligencias tenho feito, & Dom Nuno Gomes Metre ef>
fazem tambem outros curiofos: cola da Sê de Lisboa.
eperamos que a Santa permitta Dom Pedre Annes de Porto
darfe a conhecer por parentes, catreiro. ... -

affi como fe tem feito admirada Dom Pedro Abril.


com a vida, & obras marauilho Lourenço Gonçalues Alcaide
fas.Comtudo conjecturamos que mór de Lisboa.
oderia fer Dona SanchaMartinz . . Pedro Roel. -

irmãa de Dom Nuno Martinz de Ioao Martins Menelao.


Chacim, ayo que diffemos fer Martim Annes Douro Comê
delRey Dom Dinis,o qualeracu dador da Arruda.
nhado do Metre Dom Payo,ca Domingos Paes Comendador
fado cofn Dona Sancha Correa de Santos. ---

fuairmáa, peloque he criuel que O me{mo Dom Pavo no anno


a acomodaffe defpois de viüua mil duzentos & fèffenta & {ete
naquelle Conuento, como fez a deu a Maria Gonçalues,& Efềua
outras muitas parentas, de que Martins freiras de Satoshia ade
adiante daremos razão. … ga na freguefia de São Gyão de
Etas herdades que o Metre Lisboa, em o quallugar chamão
Dom Gonçalo lhe ੇ Q11:COn a Oliueira, & que morrendo am
firmaua, tinha dado á me{ma D. bas, ficaffe a Dona Sancha Mar
Sancha o Metre Dom Payo fen tins: foraõ tetemunhas Efteuaõ
do ainda Comendador de Alca Fernandes, Freire, & capellaõ de
| cer, por ordem do Meftre Rodri Santos. Fernaõ Garcia Capellaó
go Hermíges,em trocados quaes de Dona Sancha. Vicente Pires
deu a Ordem a Dona Sancha as Rool Clerigo. Tinha Capellaó
herdades de Nogueira, Villachã, proprio a Dona Sancha,pofinfli
& o cafal de Regalados, que diz tuir htía Capella no mefmo con
lhe vieraõ da parte de feu pay, uento de Miſſa quotidiana, com
máy, & irmão.Se declarara ono confentimento do Metre Dom
me delles, ſouberamos de certo a Payo: a eta Capela applicou
{amilia de que procedia: que obue dous cafåes na Römeira, termo
nerunt mihi ex partepatris, & matris de TorresVedras, hum que cha
mee, & fratris mei.Confirmão eſta mão a Albergaria, & outro que
doaçaõ as pefoas feguintes. partia com Vicente Rodrigües
- Dom Martim Annes Alferes Taueira,& outro na Chança,que
mòr delRey. auia fido da mulher dePedro Ga
llego.
El Rey Dom Dinis. 49
| llego. Nefte primeiro anno del mea era Cidadão de Lisboa, Ge
Rey Dom Dinis em que oMetre noues de naçaõ, de que falare
Dom Gonçalo lhe confirmou as mos adiante; & o Leños era fi
herdades já nomeadas, lhe con dalgo honrado vifinho de Li
firmou a mefma capella por car boa, aonde fempre achei daquel
tapafada em companhia de Dó le tempo adiante pefoas ို
Efteuãö Fernandez Comendador
appellido com eftimaçaõ, & au
de Mertola, aonde entaõ e taua toridade. No tempo delRey Dõ
o Cóniènto dos freires de Săñtia Ioão o Primeiro futentaraõ o
go, & affitem a eſcritura tresſel cerc Lisboa, feguiraõ as
los,hum do Metre,outro do Co parteo de &
3. mendador, & outro do Conuen s dete Rey, que por eta ra
zão fez ayo de feu filho o fenhor
to, & foi feita em Santarem a vin Dom Afonfo a Gomes Martins
)\ - te & oito de Nouembro, que de de Lemos, & com o fauor da ca
uia pafarlão Metre Dom Gon fa de Bragança vieraó entrar no , a
çalo por elRey Dom Dinis che fehhorio 監 Trofa. No anno mil . ,;;
gar a eta Villa. … , , , ; ; ; duzentos & nouenta & noue mã- º燃
------
- - --

Era entaõ Comendadeira, & dou elRey Dom Dinis reflituir நீே.
Prelada do conuento de Santos, a Ruy de Lemos, & a fua mu
ao que pude alcançar vendo ofeu lher algúas heranças, por liurar
cartorio,de que tireietas memo a alma delRey ſeu pay, & a ſua,
rias, Dona Oufenda Egas,a quem que parece lhas deuia ter tirado
fuccedeo no lugar de Comenda contra jutiça, elRey Dom Dinis,
deira,& Prelada a fanta Dona Sá que entaõ etaua no cerco de
/ cha,de que falamos. Parece que Portalegre, queria ajutar as ma
foi eleitã tres annos adiante deite terias da conciencia ... No anno
de mil duzentos & fètenta & no
mil trezentos & dez era o Ruy de cºnvi,
ue, porque no de mil duzentos & Lemos jä morto, & naquelle an-4, &#•
oitenta & húa quatorze deMayo no deu Eteuaõ Soares Alcaide ***1.do; Pri~
fez Orraca Pires freira de Santos N - -

mòr defta Cidade hũa quinta à álgesfil,


troca com Lourenço Martins, a Sè della, a qual comprara aos te-*-
que deu húa herdade em Loyras ftamenteiros de Dom Ruy de
com licença jà de Dona Sancha Lemos, & de fua mulher Tere
Martins Comendadeira,& de Gi fa Pires. Lançada eta relaçaõ
ralde Annes Comendador de Să
por repeito da Ordem de San
-tos, fendo tetemunhas Dom Vi tiago, pafemos a dar razaõ da
-ualdo,& Rodrigo de Lemos Ca de Auis, ... … . .
tualeiro. ?odericus de Lemos miles. … Os etatutos da Ordem de
"O Dom Viualdo que aqui f¢ no -Auisimpreitos por mandado do
*
I . fenhor

- .ു്
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
fenhor Dom Jorge Duque de da expreflamente nomeado ne
Aueiro, filho delRey Dom João fta forma, fegundo a ortografia
o Segundo, no catalogo dos Me antigua. 2. Simao Soares Jºffre
tres deta Ordem aponta a Dom de. Auis.
Frei Fernaõ Soares do anno, mil
duzentos & fetenta & hum,atèo
de mil & trezentos & tres, & con ' CAP IT. xxv.
forme a iftologrou trinta & dous
annos o Metrado; & tirando os Dos Ritos homens, é
primeiros oito,os mais todos rey Minitros del Rey
nando o nofo Rey Dom Dinis,
No anno de fetenta & fete affina
dando fè das propoítas quefe fi § As duas efcrituras com
zerão a elRey Dom Afonfo Ter ## que no capitulo pafia-1279
ii.delre, ceiro. Simeon Suerij X(ag/?er Ordi
D.
§
ºš do demos razaõ dos
mis militiæ de J/wis, cum alijs duobus * Prelados, ſe aliſtaraö
மே. fratribus etufáem Ordinis. No anno aqui os Ricos homens, acre
antes de mil & duzentos & feten centando mais alguns minitros
ta & quatro, fez o Metre Dom do Paço, & da jutiça. Na pri
Simeaó húa compofiçaó por feu meira doagáo confirmao, o In
procurador comelRey D. Afon fante Dom Afonfo tenente, ou
fo Terceiro: Nomine religiofi viri gouernador da terra de Lame
fratris Z)omini Simeonis %agifiri Or go. O Conde Dom Gonçalo
dinis de Auis. Ainda que variem Garcia tenente da terra de Nei
no nome de Simeão, & Fernan ua. Dom Nuno Mordomo môr
do, como concordað no appelli do paço. Dom Martim Afon
do, pode fer que fèja o mefmo, fo tenente da terra de Chaues.
& que fofe vicio do ecreuente Dom Martim Gil tenente de
-, em algüa das partes; & quando Eluas. Dom Afonfo Lopes te
A pareça que foraõ diferentes, ete nente de Soufa. Dom Martim
vltimo feria o que continuou o Rodrigues tenente de Maia.
tempo que fe aponta. Porem o Dom Pedre Annes tenente de
catalogo moderno conformaco Tralos montes. Dom Pero Pon
a doação, & aponta o me{mo ce tenente de Cinfaês. Dom Ioão
Dom Simeão Soares. Na procu de Aboim tenente de Alentejo.
ração que elRey Dom Afonfo Dom Pedre Annes de Portel te
15 de di Terceiro fez no anno mil & du nente de Sintra. Dom Ioão Ro
:* zentos & fetenta & tres (obre as drigues de Britteiros. Martim
” contendas dos Ecclefiaíticos, an Annes do Vinhal, Martim Dade
- Alcaide
ElRey D. Dinis. so
Alcaide mòr de Santarem affina ma Villa, Deão de Vifeu, & Co
raô fèm gouernos , Chançarel nego de Coimbra, Clerigo del
mór era Meftre Pedro. Na fegun Rey, & logo foi cõtinuando Efte- .
da doaçaõ (e acrecentaõ Dom ue Annes Bochardo Arcediago
Lourenço Soares, que era o de da Collegiada de Santarem, Biſ
Valladares, tenente da Ribeira po defpois de Coimbra. A Me
do Minho, & vem com varieda tre Pedro quando lhe tirarão o
de o Mordomo mór Dom Nuno lugar Chançare mor, fize
de l o
tenente da terra de Bargança.Dó rão Chançarel mór da Rainha
Ioão de Auoim tenête de Euora.
Santa Ifabel tãto que ella entrou
D.Mem Rodrigues tenête da ter nefte Reyno, Era"Meftre Pedro
ra de Maya. Pedre Annes de Por Clerigo, & Medico del Rey, 8.
tel tenente de Leiria. Mem Ro
pedoa muito nobre,que andaua
drigues Porteiro mô. Vem mais naquele tempo a medicina eti
Fernão Pires de Barbofa fem go mada no preço que merece. El
uerno,& Domingos Annes Iardo Rey DõDinis o proueo na Igreja
Clerigo delRey. Ete he o que de S.Clemente de Loulè no anno
foi feñ valido.Neftafegunda,que feguinte de mil duzentos & oité
| heado Pedrogão, a Maria Ro ta, feruindo ainda de feu Chan
drigues, vem antepofto o Dom çarel, & defpois no anno mil du
Martim Afonfo ao Mordomo zentos & oitenta & oito, em que
mór, & foi feita em Monte môr feruia jà de Chãçarel da Rainha,
o nouo a 18. de Outubro.A outra lhe deu a Igreja de São Pedro de
de Alcobaça fe fez no Crato a Villacorçà do Bifpado da Goar
12. de lunho. da.Com eftas, & outras Preben
O Mordomo mór Dom Nu das teue cabedal para intituir o
no, & o Chancerel môr Meftre morgado dos Nogueiras em São
Pedro firmaraô as cartas, & pro Lourenço de Lisboa, como vere
. likr •** uifòés atè o anno de oitenra & mos, Nefte primeiro anno de feu
1 .ே hum, & nete a defanoue de Iulho reynado lhe deu elRey Dõ Dinis
deu elRey os fèllos ao Chançarel o Priorado de SantaMaria de Al
mór Domingos Arnes Iardo Co caçoua de Santarem.
nego de Euora, que foi defpois Dom Nuno Martins de Cha
)
|Biipo de Lisboa, & Euora, con chim Mordomo mórteue por Vi
· tinuou deixando elle o cargo de cemordomo a Durão Martins de
Changarel môr, Ioão Pires de Parada, que annos adianteferuio
Alpram naturalde Santarem, & ete cargo me{mo, fendo Mordo
Réitor de Saõ Nicolao da mcf. momôr o Conde de Barcellos D.
I 2 Іоао
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Ioão Afonfo deAlbuquerque,em Zum Cil 2 (artines de Poi tugal Cº” г.м.
cujo tempo feruio tambem de firma, 22.3íartim Cul /u ήηο confi - farara
. Vicemordomo hum Mem Rodri ma.Em outras efcrituras daquelle
gues,que não aueriguamos (e era Reyno vemos a fua firma, & ou i º:
ö de Wafconcellos, {e o de Brit tras acọoẽs teue là Dom Martim
teiros. . . . . ; -Gil, de 驚 iremos dando razão
Porteiro môr era nefte anno neta hifloria, no difcurto da qual
Mem Rodrigues da familia dos 'côftará das firmas das efcrituras,
Soufàs, como diremos adiante. & outros monumentos a certeza
Continuou no mefmo lugar Lou dos minitros á aqui apontamos,
renço Efcola Alcaide mór de Lif de que elRey Dom Dinisfe feruio
boa,& Vchão mór. nefte primeiro anno de feu Rey
O Conde Dõ Gonçalo Garcia nado.E ainda que até o fim delle
deSoufa cunhado delRey era Al ouue muitos mais que osnomea
feres mor. Por fua morte entrou
dos, etes alcançaraõ os vinte &
o Conde D. Gonçalo Telles, & a tres annos primeiros,que eftevo
ete fe feguio Dó Martim Gil, a lume comprehende, & no fegun
quem fuccedeo o Conde D. Mar do em que os outros vinte & tres
tim Gilfeu filho. A efte fuccedeo feefcreuem, daremos razão dos
no Condado,& cargo de Alferes mais que então feruirão.
mór o Conde Dõ Pedro, filho do O Chançarel mór Dom Ete
nofo Rey D. Dinis, autor 4 foido ue Annes, que o fora delRey Dó
liuro das linhagés. O Alferes mòr Afonfo Terceiro, deuia de nor
f
D.Martim Gil,pay do Conde Dõ rerno anno atras paſſado, & a e
Martinho, porfer cafado cõ húa fte repeito entrou o Metre Pe
fenhora chamada D. Milia An dro na Chancelaria. A vinte &
,
i drefa de Catro, & ter heranças finco de Abril do anno pretente
:
º
s
naquelle Reyno, & no de Leão, de milduzentos & fetenta & no
º por eta caufa continuou a Corte 'ue fe deu o treslado do feu tefla- ...
*
delRey D. Afono o Sabio,de que mento a Frei Ioão Miniſtro de ്
foi eftimado. Seu pay fechamou Santarem da Ordem da Santiff-dº"
D.Gil Martins,de à elle tomou o ma Trindade, eleito em Leão de :
patronimico, & era dos de Riba França pelo Minitrogêral no an
de Vifela, Ambos elles pay, & fi no milduzẽtos & fêtenta & qua- til.*.*
lho andão entre os Ricos homés, tro. O Bifpo de Euora D. Dufão, 醬
Fr.Domingos:Lourêço Cuftodio 似y
ó firmaraố cõ elRey Dõ Afonfo
Sabio o foral de Placencia,no an dos frades Menores de Lisboa,&
no mil duzêtos & fetenta & tres. Frei Domingos de Bouelio Goar
- dião
Aº - -

“ « ElRey Dom Dinis, sex ;,


dião do Conuento da me{ma Ci porte como Aluito,febé naquelle
து. dade, foraõ executores do teta- tempo naõ etauana grandeza de
Id mento de Dom Eteuão. A caufa hoje,4he cabeça da vnica Baro
0. de procurar o Miniftro da Trin- nia á ha no Reyno na familia dos
rtim dade o treslado, foi por lhe dei- Lobos,aos quaes entrou o fenho
140 xar o defunto a etes Religiofos a rio deta Villa por D. Margarida
qual vila de Aluito,de que era lenhor. de Soufa Loba, mulher do pri
JIâŠ, Por eta carta derão os Padres meiro Baraõ D. Ioão de Silueira,
tº 14 da Trindade foral àquella Villa fenhora de Aluito por via de feu
T)0S, no anno feguinte de 128o,& foi o pay,& afcendentes, aos quaes de
nº IR.34 - me{mo de Santarem. ElRey Dõ raõ os Reys eta Villa, depois á
Rey ?"p" Dinislho cõfirmou no anno 1289. elRey
Qe cados D.Dinisa
Religiofosalcançou por tro
Trinitarios, a4
ld " , o qual irá tresladado no appen
mCa: dice. a deixaua agora o Chançarel Dö
e& Alcançou Dom Eteuão eta Eteuaõ de que falamos. :
· VO• herdade da Villa de Aluito por Primeiro que os Petanas lhe
rilՈ- doação que lhe fizeraõ Rodrigo defem a herdade de Aluito, lhe
ເrc Pires, Domingos Annes Petana, tinha dado o confelho de Euora a
dos & outros,que deuião fer todos pa parte 醬 nellatinha pelos annos
rentes, & vifinhos da cidade de 1257.fendo Alcaide mòr Martim
te- Euora,aonde os Petanas de tépo Mendes da Cota,acrecentando
Dà mui antigo refidiraõ. Puferaõ fila lhe mais o priuilegio devifinho
?0!• firma neſta doação,Pedro Soares daquela Cidade, como tambem
દ da Cota Alcaide môr de Euorº, fizeraõ a Dóloão de Auoim, & a
Pe- -MartimSoaresFaçanhajuiz,Ioâo Ioâo Munis clerigo, Thefoüreiro
& Petana, & outros. Merecia o Dó mor delRey D. Afonfo, aquéfa- s" t
Id Efteuaõ a etes Caualeiros húa biaõ fer todos aceitos, & afim de
º merce tão grande pelo fauorque 4 os taes validos folicitafsé como
ºº !
lhes fazia, & alem de ocó elaré, propriosos negocios dos pouos,
remunerauáo.Eravalido,& fauo- coſtumauáooš Cófelhos delles a
.! recido del Rey D. Afono Tercei- admittilos por vinhos, & herda
le "
i.
ro etelhelargauaõcõtanta
peito feu Chágarel,& a ete re- los
facili- narepartição
º Mas defeuscom
continuando detritos.
os mi
1. dade apofe de húa Villa;á pare- nitros delRey Dom Dinis,os EC
º cenaõ duuidauaõ os validos en- clefafticosiafaber Capelaẽs mở
º ...tañ o fergrangeados, & agrade- res,Confeffores,& ainda Efingle
:cidos cõ donatiuos. Grande diuia resmòres,não acho noticia mais
| , fer o cabedal dos Peflanas, pois "que do Abbade de Alcobaça Dõ
- dimittiaó defihúa Villa de tanto Pedro Nunes Capellão môr; a
• * **
I3 quem
i Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
quem füccedeo no cargo Frei meiro logo no principio tinha a
Martim Efcola Religiofo da Or Rainha Dona Brites mãy delRey
dem dos Pregadores.& primeiro parte no goueno, & daua expe
que elles Frei loão Prior de Saó diente aos negocios com os mi
Domingos de Lisboa, que també nitros do conlelho delRey, que
feruio de Confeflor delRey, & eraõ Dom Duraõ Bipo de Euo
defpois delle entraraõ no lugar ra, Dom João de Auoim, & Frei
de Confeſſores Frei Miguel, & Afonfo Pires Farinha. Com eftes
Frei Eteuão Religiofos da Ordé adjuntos entrou a Rainhanas cõ
Serafica, & vltimamente foi Cõ firmaçoês gêraes, & nefta forma
feflor delRey Dom Dinis Frloão vi firma fua na confirmação dos
Monge do Moteiro de S. Tyrfo, priuilegios do noílo mofteiro de
da Ordem de N.P.São Bento. Ef Bouro a de oito de Março. Rege diCarfavis
Bourغ
moler mór não fei que feruife mandante per Z)ominam Äeginam,&-
outro mais, que o nofo Fr. Mar per Zäum Epifcopum Elboreyem, &.
tinho Monge de Alcobaça. per D.Ioannem de Aunim, & perfra
tremºphonfum Farinam, e per Ze
CAPIT. XXVI. derlcum Сот 6 tenentem vicem £egi
me in carregimentis. Quer dizer.
Mandando elRey pela fenhora
Do modo com que ElRey Rainha, & pelo fenhor Bipo de
Dom Dinis começou "Euora, & por D.Ioão de Auoim,
a gouernar. , ! & por Fr. Afonfo Farinha, & por
Rodrigo Gomes, que tem as ve
游 Gouerno do Reyno fè zes da Rainha no tccante à juti
#\:deu a elRey DốDinis ça da correctiua. Entendo que fe
г. స్ర్కీ abfoluto como era ra deuia entaõ formar alguma junta
*****zão,&jutiça. Mas por -para reforma das couías do Rey
que a idade delRey não era tan no, que ficaraõ mui decompo
ta, que pareceſſe ſufficiente para -ítas das reuoluçoês paffadas nas
gpuernar logo fem adjitos, ima controuerias delRey Dó Afono
ginou Duarte Nunes, que a Rai ¿Terceiro, & que nefta junta pre
nha Dona Brites pretendeo, go ſidia particularmente á Rainha,
uernar em companhia de feufi a quem feruia de lugar tenente
lho, & que naö a aceitando elle -Ruy Gomes, que no tocante ao
r coadjutora, a Rainha efcan gouerno em gèral, era hum dos
dalifada fè fora para Catella. do Confelho, em que a mefina
, , O que pude alcançar neta Rainha tinha o primeiro lugar,
.materia he, que neíte anno pri como fe vè das palauras referi
a * - das
E/Rey Dom Dinis. 5?
das Deuia parecer conueniente taõ às claras de húa das partes,
que entrafe elRey affittido da & taõ forçofa como o Infante D.
Rainha mãy, em quanto feintei Sancho feu tio, bem vito geral
raua da pratica, 3 modo de go mente de todos os naturaes dos
uerno, naõ duuidãoo que fua ida Reynos de Catella, & menos o
de,& talento eraõ capafes para o etar o gouerno taõ fubordinado
acerto, & expediente de tudo. à Rainha fua mãy,que auendo de
O tempo que durou nefte mo inclinarfe a qualquer das parcia
do de gouerno em companhia lidades do auô,ou tio,felhe attri
da Rainha,naõ foi muito,porque buffe a ella o fauor, & não a ele
a ifenfaõ natural delRey a não Rey. Por etas, & outras cauas
confentio. A vinte & fete de Ma tomaria elRey fobre (y o gouer
yo deu a Rainha Dona Brites o no,deſpedindo a Rainha mãy,cò
padroado de S. Pedro de Torres rando pode ler a de pedida com
C.r orio Nouas
d. Altoba a Alcobaça, intitulandofe lhe dizer, que a aliuiaua, para fè
£4. Rainha de Portugal, & Algurue poder mais defembaraçadamen
sòmente, final de que naótinha te apretar para a jornada que de
jā a coadjutoria no gouerno,que terminaua fazer a Andalufia para
a fer affi, a additaria nos titulos. acompanhar elRey feu Pay, & a- ,
Como os nomeados do Confe liuialo em feus trabalhos.
lho, afaber, Bifpo de Euora, A Elle porem que mais defeja
uoim,& Farinha eraõ todos feitu ua ver a filha Rainha com mando Nunes cit.
ra da Rainha, & delRey D. Afon em Portugal, pelo que lhe conui
fo Terceiro feu marido, & afei nha, dizem que veio logo a Ba
çoados poreta caufa a elRey Do dajoz, donde mandou pedir a el
Afono o Sabio de Catella,enté Rey (eu neto fofe a Eluas, a fim
deo elRey que ficaua a Rainha fe de o concordar outra vez com a
nhorado Confelho,& que em tu Rainha, & que chegado elRey
do encaminharia as materias em áquella Cidade, não quifera paf
fauor daquelle Rey, com quem fara Badajoz, por não condecê
começaua jà a difcordar feu filho der no que elRey Dom Afonfo
o Infante Dom Sancho. E bem fe feuauo pretendia. E ainda acre
vio que auia de er ífto na forma centa Hoão de Máriana, que viera lib. 14. ‫• که‬

que fe propoé, pois fabemos que tambem a Badajoz o Infante Dó 0.


só com fua cafā;& criados acudio Sãeho em companhia defeu pay,
a nofa Rainha a elRey feu pay, de que naõ etaua ainda total
quandoſevioſem outros poderes mente defauindo, para fazer cõ
maiores: & achaua elRey Dom pofição entre elRey Dom Dinis,
Dinis naõ lhe etar bé defconfiar & o Infante Dom Afonfo-feu ir
I4 maõ,
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
mão,ao qual dis que elRey aper ete Rey entre todos os de euté
taua com força de armas.Eu po po; affique com eta merce feita
remacho duuida em ambas etas ao Bifpo deTuy eftendeo feu no
coufàs, porque me confta que foi me fora do Reyno, igoalmente
elRey Dom Dinis a Eluas, & que publicou o repeito com que tra
faltou feu auò na vinda a Bada taua a Rainha fua mãy,porque fe
joz em tempo conueniente para naó imaginae, que defabrimen
as viftas,&as primeiras difcordias tos,ou pouca obediencia tinha fi
del Rey com o Infante, foraó no do caufa de anão querer por cõ
anno feguinte,& não nete. panheira no gouerno. A Sè de
ue ficafe a Rainha D. Brites Tuy,alem deta Igreja,tinha grã
fentida de elRey feu filho a ex des jurifdiçoês,& rendas em Por
cluir do gouerno, naó duuido, tudal , etâhoje priuada de tudo,
conferuando só os títulos dos Ar
mas deuiâo fer fentimentos que
não manifetaraõ defcõpofiçõês cediagados da Labrugia, & de
entre ambos, antes elRey proce Serueira fem renda. Em tempo
deo com taes repeitos,que igoal delRey, Dõ Ioão o primeiro da
mête remuneraua os ſeruiços feis remos a razão de felhe defanexa
tos a ambos. A primeira merce rem.. ; . .. . . . . . . ~~

que encontreifeita por elReyne - No proprio mezde Outubro,


íte primeiro annoy he a döaçaõ em que elRey fez em Coimbra a
do padroado dalgreja de Aurega doaçaõao Bifpo de Tuy, chegou
á Sê de Tuy,fendo nella Bifpo D. {eu auó elRey D. Afonfo a Bada Cմի. 71: -

:Fernando Arias, & nella declara joz,como fe vê na chronica anti-"


elRey fazerlhe aquella graça, pe gua,Caftelhana, & de Outubro
"lo feruiçoq lhe fazia,& a fua mãy atê Dezembro naõ achei firmas
nos Biffo!
Zrff, a Rainha Dona Brites: Promultº delRey DõDinis,
‫ مم‬2 - -

fenaõ na Beira,
158. emadura, como foi
feruicio guodmihi, • Z). Żeatricimą -& câ na Eftr
trimee impendit: Foi ifto a fincode em húa efcri tura
Cr1tu P rque largou Lib.doin
ra por

Outubro, etando elRey na cida ao Conde Dõ Gonçalo hum 9!!!!- H;…º


de de Coimbra. Eraõ limites e nhaõ das cafãs do Thefouréiro 24.
treitos os de Portugal para a li João Munis, a qual efcritura foi
º" beralidade deſtè Principe, & aſſi feita em Santarem a vinte & oito
' logo.nefteprimeiro annofeeften de Dezembro. Pode fer que de
deo fora do Reynoavaffaloeltra Badajoz e(creuefie elRey Dom
nho:como defpois experimenta Afonfô a feu neto a Coimbra, ou
raõ outros muitos com grande Saritarem,& fè difèulpaffè de nฉีo
larguea, por fer a liberalidade hú vira Badajoz a tempo, indo ele
dos attributosá deraõ a conhecer a Eluas para ovèr. Impedimentos
- s. .
aueria
El Rey Dom Dinis. 53
aueria para elRey, Dom Afono eftado, agora com a acceflaõ de
não poder vir mais cedo.
º
tantas conquitas, a expediente
das quaes impede etas jornadas
fora da Corte, eftá difcul pado o
CAPIT. XXVII. naõ frequentarem como de an
tCS. , , , . . . . . -

Da primeira evita que el Quando os Reys aſsi faziao


Rey DöIDimis fºx ás Co as taes jornadas, fe lhe daua em
marcas do Reyno, com hiña cada villa o gato para a futenta
moticia da cúilla das Al gaõ da gente que o acompanha
ua: era porem ito quando eles
сардияs, ё- виfras corpo fipremos miníftros daju
сои/ая. ftiça a hião administrar, quésó
nete cafo felhe contribuia, & a
1179. i 2. Anto que o Infante D. efta contribuiçaõ chamauaõ, º
¿ Dinis fe vio Rey jura jantar delRey. Na Torre do tom
#*ề do, & cõ a obrigaọaõ bo ha hum liuro em que etaõta
siëA. de mãdar;& gouernar xados os jantares de todas as Ci
vaffalos, dipondo o tocante ao dades,Villas,Mofteiros,Cabidos,
geral do Reyno,& etado da Cor. & Ordés militares. Que fe paga
te em Lisboa com a breuidade 4 fem na occafiaõ em que elRey
fe pode confiderar, de defafeis de hia fazer jutiça,declarou o nofo
Feuereiro até o principio de A Rey Dõ Dinis em hum dos ma
bril, fe pos logo a caminho para pifeítos que publicou contra o
Alentejo,& outras comarcas. Era Infante D.Afonfofeu filho,quan
· coftume dos nofíos Reys naquel do fedeuantou contra elle, & lhe
les tempos viſitar quafitodos os vfurpaua eta colheita: Naõ fendo
annoso Reyno, couſa em che
- h /
(diz elRey)/enão para jantar dos
-

guei a aduertir defpois de muita Zeys, quandovaapella, terra;fazerju


noticia das efcrituras, & priuile fiiça... r i : ; f. : : - } :്
-

gios reaes, pelas datas dos quaes, | Deuia fer coftume e!!e gèral
& lugar aonde fe fazião, vim a entaõ dos Reys de Eſpanha,& afsi
conhecer o etilo, & modo de o vejo praticado em Cetella na
proceder que os Reys tinhaõ em -mefina forma. ElRey D. Afonfo
correr o Reyno, & aprefentarfe Sabio no anno miil düzehtos &
como Sol a todos os vaffalos, & oitenta & tres deu à noffa Rainha
.naã perfiflir no polo fixo da Cor Dona Brites fua filha as villas de
te. Naquela idade era mais facil Serpa, Moura, Noudar, & Mou
na etreiteza, & limitaçaõ dete rão, & referuou para fy o jantar
dellas.
º
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
dellas. Em privilegic á cidade de duuido que as concedeffe eftan
Сар. 22.
5. 19. Segouia, que Diogo de Colme do na propria Cidade. Do carto
nafes tresladou na hiftoria defta rio della naó pude decubrir cou
-

Cidade, quitou o mefimo Rey D. fa que o confirme.


E.;:
Afonfo muitas impofiçoés, & re O certo he, que a vinte & fin

º chmi.feruou o jantar que lhe dauão. code Abril eftalia elRey D5 Di
defini㺠Ao Infante Dom Ioão feu filho nis em Euora. Nefte dia confir
****" etranharaõ muito os de Palen mou aos moradores da villa das
cia,quando pretendia a fuccefaõ Alcagouas o feu foral, que rema
do Reyno,mandar pedir mil ma ta neftas palauras. zºar.Ébora xxv. cante,
rauedis de jantar, fendo que nas die -Aprilis,
.2 ſartinis £ege mandamte.
notauit.Era JMrias £*ff*
X.CO( XVII. yıllas.
Cortes de Valladolid eftaüaáta
xados sò trinta a elRey: affi que o Querem dizer Dada a confirma
jantar era entre nos certa impofi ção na cidade de Euora a vinte &
çaõ de mantimento para a cafa, finco de Abril da Era mil trezen
. & peſſoadelRey, quandohia fa tos & dezafete. Aires Martins a
zefjuftiça pello Reyno. notou, & efcreueo por mandado
PartiofeelRey Dom Dinis pa delRey. A Era refponde ao anno
ra eta occupaçaõ pouco mais de de Chrifto milduzcntos & feten
hum mes defpois de fer coroado, ta & noue, que he o primeiro do
-& ou fofie á á comarca de Alen ſeu Reynado. -

!
tejo neceffitaua mais da real pre O foral da villa das Alcaçouas
fença,ou que a repartiçaõ da jor que elRey DõDinis confirmou,
-nada cõforme aos tempos do an fora dado aos pouoadores pelo
no cabia a aquellas terras, elle Bipo de Euora Dom Martinho,
pafou em primeiro lugar a Alé & Cabido daquella Cathredal no
tejo. Os Chronitas antiguos e anno mil & duzentos & fincoenta
creuem,que fora a Eluas chama & noue, por ferherdade propria
dodefeu auóelRey Dom Afonfo ſua. Nos 24. Zei miſératione Ap/co
- o Sabio, (obre a materia que já pus, 2ecamus,ac (apitulum Elboremfe,
tocamos,& de que fedeu a razaõ damus hominibus tampra/entibus,quz
--
.mais apparente.. Da chegada a futuris de Santa Maria das ശlkയൂ
---

Eluas me não conta; & deue fer sùs, terram noßram adpopulumdum ad
-
-.

a razão,que os primeiros quader forum, @r coſtumes de Elbora. Atè


i
nos da ChãCelaria dete Rey fal aquelle têpo auia fido a villa das
-

tão no feu primeiro liuro, & Da | Alcaçouas aldea de Montemòr o


miaõ de Goez deixou aduertido Nouo, da qual villa dita finco le
nelle, que eraó as ecrituras todas goas, & outras tantas de Euora.
de Eluas, & feus moradores.Náo ElRey Dom AfonföTerceiro,
que
º ElRey Dom Dinis...…… !
-
59.
caut, que acrecentou muito, & reno do catello antiguo que auia, la”
Eulº, dou as.procuraçoës de Alentejo, urou hum paço real, & intentou
demandou a Dom Duraõ Bipo cercar a villa de muro. Confer
- , de Euora, & aó Cabido por mui uoufe na Coroa atè o tempo del
-- -

· tos lugares, & padroados daquel Rey Dom Pedro feu neto, o qual
la comarca, & na compofiçaõ á a deu a Dõ Fernando de Catro,
lº, º fizeraõ no anno mil duzentos & quando veio fugido de Catella:
dirtitos fetenta & hum, em que forać jui mas faindo Dom Fernando defte
7:46;e
zes arbitros Frei Giraldo Domins, Reyno para o de Inglaterra, tor
gues Doutor dos Frades Prêga nou á Coroa, & foi dada defpois
dores, Afonfo Soares fobrejuiz pelo me{mo Rey à Infanta Dona
delRey, & Reitor da Igreja de S. Maria fua filha, que a logrou em
Leonardo da Atouguia, & Vicê quanto felhe não pagou o dote
te Annes Conego de Euora, fe do cafamento com o Infante Dõ
julgou a elRey o fenhorio tépo Fernando de Aragaõ. ElRey Dõ
raldo Vimieiro, Arrayolos,& Al Fernando a deu tambem à Infan
caçouas com féus termos,deixan ta Dona Brites fua filha, & vlti
do o epiritual, & padroados ao mamente a Fernaõ Gonçalues de
Bipo. Ficou elRey Dom Afonfo Soufa. Seguio efte fidalgo as par
como ſenhorio das Alcaçouas,á tes de Caftella no tempo delRey
acrecentou,& fez villa,& confor Dom Ioão o Primeiro, & por eta
me ao que defpois (e aueriguou razão deu efte Rey a Villa a Afon
fo Pires da Charneca. Morreo
Rºy3D.de
Di
em tempo delRey Dõ Dinis no
ni, fol.39.
anno mil & trezentos & finco na Afonfo Pires na fegunda entrada
repartição das terras do termo 醬 elRey Dom João fez em Ca
defta Villa, que os cefmeiros del ella,& por fua morte deu elRey
Rey fizerão,feferuádo só para os a Villa ao Bipo de Coimbra Dõ
Reys o lugar que chamão a fonte Martinho,irmão do defunto, Ar
do Cortiço, o qual deu o melmo cebifpo que defpois foi de Braga.
Rey Dó Afono a Eteuão Peres Entrou no fenhorio da mefína
requeixeiro da Rainha, & cofi Villa Dom Aluaro Pires de Ca
nheiro das Infantas, & como rea ftro, & cafando a feu filho Dom
lengo mandou tomar poffe delle Pedro o Infante Dom Henrique.
elReyD.Dinis naquelle anno. em cuja cafa fe criara, o DõAl
Em feu tempo fez muito cafo uaro largou ao Infante as Alca
elRey DõDinis da villa dasAlca çouas,com condiçaõ que pagaffe
gouas,por er de ares faludaueis, o dote que DõAluaro promete
territorio fertil, viçofo, & abun ra. Por morte do Infante D.Hen
dante de caſſa,& peſcaria.Dentro rique achamos com o fenhorio
da
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
da Villa ao Marques de Monte Os mefes de Iulho, & Agoto
mor Dom João, filho do fegundo deuia elRey Dom Dinis pafar na
º* . Beira, & ainda a fete de Setem
Duque deBragança,& Condefta
ble defte Reyno: i como fenhor brovifitaua acidade de Lamego, cau,
della prouia a Alcaidaria mór das como fe ve de efcritura do Con- de chiº
º
º
Alcaçouas,a qual deu a Lopo da uento de Chellas, que he huma
'i
r
Gama caualeiro de fua cafa,& el compofição da Priorefa deta
Rey Dom Afonfo o Quinto lha cafa com Abril Pires Caualeiro
confirmou para filho mais velho de Lisboa, fobre a quinta da A.
na me{ma forma em que a tinha zoya, 器 fora de Martim Rool,
do Condeſtable. Perdeo elle o & de fua mulher Dona Sancha.
etado em tempo delRey D.Ioão ElRey Dom Dinis lhe mandaua
o Segundo, como he notorio, & dar juizes arbitros para eta cau.
tornando à Coroa outra vez eta fa, etando no dia que difemos
Villa, adeu vltimamente o meſ em Lamego. -

mo Rey no anno mil quatrocen Poucos dias parece gatou el


tos & oitenta & tres a D. Henri Rey naquella Cidade, & comar
que Henriques do ſeu Conſelho, ca, pois o achamos ja a finco de
& Apofºntador mór, em cuja def Outubro emCoimbra,como fica
cendencia anda atéo prefente. ecrito atras;& cóforme a itonaó
De Euora paffou elRey a Eſtre deu elRey então vita á Prouincia
moz, aonde fe achaua a vinte & de entre Douro & Minho, a qual
Carterio
noue de Iunho, & nete dia deu referuou para o anno feguinte,co
doMofieiro priuilegio de franquefa aos Reli mo veremos. Na Eftremadura
da Santíf. iofos da Santifima Trindade,pa
Trindade gaſtou o reſtante do anno,partin
de Lisboa. raque nas fuas granjas não fedef. do a Coimbra no mes deNoué
fe poufada aos Ricos homens,ca bro, a deſaſete do qual etaua em
ualeiros, ou efcudeiros.He a data Torres nouas, aonde confirmou
naquella Villa no dia, & anno a o aforamento de hum moinho,4
pontados. Zat in Eſtremoz quarto Ioão Annes auia de fazer na ri
Kalendas luni. Era 3. (CC. XC///. beira de Neyua, como fe pode fals..
Não duuido q de Etremoz fofe ver no liuro dos Almoxcrifados
a Eluas, & á alieperafe a elRey de Ponte de Lima, & Viana na
de Caftella feu auò,ao qual duui gaueta dos Moteiros. y

do que falafe, por não vir ele a Em Santarem fabemos que


Badajoz (e não em Outubro, co veio ter afeta do Natal, & aca
moja difemos,& elRey D. Dinis bou o anno,como fe vio da ecri
andarja pela Comarca da Beira tura do Conde D. Gonçalo. Por
, nefte tempo.
maneiraque quaſi todo anno pri
. meiro
º ElRey D. Dinis. . ;;
meiro de feu reynado gaftou el xv) que vem a fer anno mil du
Rey D.Dinis fora da Corte, viſi zentos& fetenta & noue. -

tando as Cidades, & Confelhos, … Não fofreo elRey Dom Dinis


cőfirmandolhe feus foros, & pri andar tanto têpo aufente da Rai
uilegios, prouendo na boa admi nha fua mãy, & afsi voltando da
nitração da jutiça,& difpondo a Beira lhe foi beijar a mão a Lei
melhor defenfaõ das fronteiras | rianefte proprio mes de Nouem
por aquellas Comarcas, que fica bro, a quatro do qual etando el
raõ mui alegres,& animadas com ReynaVilla obredita,Pero Paez,
-a vifta do ñouo fenhor, que as que tinha fido feu Copeiro quan
honraua. " " : do Infante, fez entregad
a prata,
A Rainha D. Brites mãy del que tinha do feruiço da copa, a
Rey fe não foi para Catella ef. João Domingues Copeiro delRey
candalifada defeu filho,como diz actual, & diz a verba da receita
Duarte Nunes,fenão defpois del daquella prata. Z)atū Leireme фиar
le cafado, como melhor efcreueo ta die Nouembrië defupraditia Era.
o Chronita antiguo, & nos adiá Tinha apontado a de mil trezen
te demoftraremos o tempo,& as tos & dezafete. . .
caufas. Nefte primeiro anno do º,' ' ' , t , :

reynado delRey Dõ Dinis,vendo CAPIT. xxVIII.


que ellefe partia da Corte de Lif. ! . . . )

boa, fe foi ver as Villas que tinha Da mtra 4%


na Eftremad ura,á eráo Aláquer,
Dom dro
TorresVedras,& outras,& foi re Dinisfez á Infantá Dona
colherfeem Leiria, aonde era Al Branca fua irmãa, com al
caide mör Dom Pedro Annes de
º gumas noticias desta
Portcl, feitura elle, & ſeu pay Dö r"

Ioão de Auoim delRey D. Afon ---


---
-
- -
-
-
-
Infanta , º -

fo feu marido, alem defer aquel


la Villa mui fauorecida fempre
tº, aº do Rey defunto, cujo partido fê º # #colheo no fim do pri- 2.
Planada guio contra elRey D.Sancho feu - meiro anno defeurey
/**7: irmão. Efiando em Leiria, apre nado, que foi o de mil duzentós
fentou a Rainha D. Brites na Igre & ſetenta & noue, à villa de San
ja de S. Maria de Torres Vedras tarem,neta propria Villa o acha
á Gil Annes fêu Cháçarel;foi ifto mosna entrada do feguinte anno,
em dez dias de Nouembro. Ариd que he o de mil duzentos & oi
Leirenam x, die Nouembris Zegina renta, & endo que ha poucas
mandante, Era millº/ima trecent;}ma memorias filas deftes primeiros
* -- ~ *
** ** ~ *
K tem
… Liuro XVI, Dá Monarthia Luftana.
tempos, quis Deos que as alcan Mem Rodrigues Porteiro mòr,
çafiemos do repeito, & amor cõ Vicemaiordomo. Etes confir
que tratou a fua mãy, & irmãa, mão. Por teítemunhas entraõ
paraque vêdofe em breue tomar Martim Annes do Vinhal, Mar
armas contra o Infante DóAfon tim Dade Alcaide mór de Santa
fo feu irmão, o não prefumife 'rem, Dom Ioão Duraes, & Pero
mos culpado no rompimento. Martins de Romeira, Metre Pe
No anno antecedente fez a doa dro Chançarel, & lemes Annes
ção ao Bipo de Tuy, repeitan, notario.
* do os feruiços que fazia à Rainha Foi a Infanta Dona Brancair
, i. D. Brites fua mãy, agora etreou mãa mais velha delRey DõDi
. o anno lembrandofe da Infanta nis, Princefa de grande etado, &
Dona Branca fua irmãa cõ acre- muietimada, aísi em Portugal,
centamento de fazenda. Liz. como em Catella. Nete Reyno,
| A onze de Janeiro etando el- alem de outras heranças, teue o
Rey em Santarem, deu a etair fenhorio das vilas de Montemor
-

mãa a quinta de Manjapaõ em o velho,& Campo maior; foi tã


termo de TorresVedras,Confir bem fenhora do moteiro deLor
mão neta carta os me{mos Pre uão nefte Reyno,& no de Caſtel
lados, que vão nas duas pafadas, la do real moſteiro das Huelgas
& dos Ricos homens, & caualei de Burgos, hum,& outro os máis
ros,Pọrauer algũayariedade, dā. grandiofos em rendas, & jurifdi
rei os nomes. Os que tinhão. çoés de toda Epanha. ElRey Dõ
uernos de Comarcas, que erão os AfonfoTerceiro, por fer a pri
Ricos homens, como fe colhe de meira filha que teue,eftimou fan
muităš eſcrituras, & foraes, eraõ to eta merce, que doou por feu
eſtes. O Infante Dom Afonfo da repeito o padroado da Igreja da L. delRº
Goarda. O Conde Dom Gonça- Madalena dePortalegre aoPrior, D, fºi
lo Garcia de Neiua. Dom Nuno & Conuento de Saõ Iorge de Cc- 3 fºl.39,
Martins Mordomo mòr. Dom negos Regulares junto a Coim
Martim Afonfo tinha Chaues. bra,para que rogafiem aoSenhor
Dom Afonfo Lopes a Ribeira do pela vida deta filha que lhe de
Minho. D. Ioão de Auoim Alen ra. Eparaqие о Senhorporſhaſanta
tejo. Dom Martim Gil Eluas. Dõ mijericordia de larga vida à Infanta
Martim Rodrigues: a terra de Zona Zºranca minha filha, é a tenha
Maia.Dom Pedre Annes Traloß -debaixo de/aa protecção, 6” a defenda
montes. Dom Pero Pónce. Dom por tempos largos. Etaua elRey em
Pedre Annes de Portel Leiria.D. Santarem, & corrião vinte de
Ioão Rodrigues de Britteiros, & Março do anno mil & duzentos
.- . .. . & ſin
ElRey Dom Dinis. 56
& fincoenta & noue, que foi o cho fer manda aquella que con
do nacimento defta mefma In uinha cumprire, por tocar a húa
fanta, que agora prefazia vinte irmãa delRey DõDinis, a quem
ՁՈIlOՏ. importaua ter bem afecto, & a
Seis annos adiante no de mil quem deuia ofeguir fuas partes
cauri, & duzentos & oitenta & feis contra elRey Dom AfonfoSabio
dºs de deu a Infanta Dona Branca eta feu pay, tratou darlhe execuçaõ
醬 quinta a Pero Vicente ſeu Cleri em breue. E como era difficulto
# go, refidindo jà em Burgos ado fo acudir de contado có cem mil
¿º
Iỹ • ZedeMayo,adonde
po que liuras, quem tinha feito tãtas def
pedigao Bif.
de Coria Dom Afonfo,
pefas nas guerras domeíticas, &
pufeffetambem feu fello na doa nas dos Mouros,aduirtio que era
gaõ que fazia;& não contente cõ menos cutofa fatisfação acomo
etafegurança,a tornou outra vez dar a fobrinha na Abbadia das
a retificar a defafeis de Nouem Huelgas, capaz de agaalhar qual
bro de mil duzentos & oitenta & quer Princefa, porque naõ tiraua
fete na cidade de Badajoz, con da fua fazenda nada, & a Infanta
firmandoa juntamente o Arce ficaua melhor acomodada: eta
bifpo de Toledo Dom Gonçalo, foi fem duuida a caufa de entrar a
que entaõ era Chançarel môr de Hnfanta Dona Branca por Abba
Caftella. Daqui fè colhe o anno defa das Huelgas. E daquife co
em que a Infanta D. Branca foi lhe com euidencia naõ auer ella
para Catella, áeta he a primei {ido Abbadefla profeffa do Mo
ra noticia que achei de fua eftada {teiro de Loruaõ, que a felo naõ
naquelle Reyno, & ao que pode lhe deixaria feu auò dote para Cala
cõjećturarſe com probabilidade, famento.Se profetou em Burgos,
jria ella em cópanhia da Rainha ou teue aquelle Mofteiro com ti
D. Brites fua mãy,quando foi a Se tulo deadminiftradora,naôtenho
tilha acudiraelRey D.Afófo Sa alcançado: o mais certo he, que
bio (eu pay no anno mil duzentos teue delle aadminiſtragač, & ſe
&oitenta & tres,& em gratifica nhorio, como no de Loruão,por
gaõ dete amor lhe daria o auô que nas e{crituras lhe chamaõ fe
aquella Abbadia das Huelgas-Ou nhora das Huelgas,& naöAbba
feria(o que parece mais cóforme) defa. A forma em que teue o mo
que elRey Dom Sancho o brauo feiro de Loruaõ feverá poreta
· {eu tioa prefentou, porque como carta, em qa Abbadeſſa, 8 Con
elRey feu auó lhe deixafe emte uento a elegerão parafua fenho
flamento cem mil liuras para ca ra,& poteótora dous annos antes
famento,vendo elRey Dom San do corrente,que foi no de mil du
K2 ZCfltOS

*
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
zentos & fetenta & fete. delRey D.Dinis,& da Infanta D.
—Ao muito alto/enhor Zom Afon/ Branca, cafado com fua mea ir
pelagra,a de Zeos Rey de Portugal,6. mãa D, Leonor, & como era tão
ao JAlgarue, Orraca £odrigues JAbba principal a Abbadeffa VrracaRo
dja,é º conuento do 34%irº de Zºr drigués, ordenou de autorilar o
uã inuiamos humildementebeijarvoffas Conuento com ter por fenhora a
mãos. Senhor, nos por boa parança, º Infanta,afsi como o fora aRainha
honra demos, 6 do m9fieiro de Loruao, Dona Tareja. A carta feita em tidas
#.:fi recebemos a mui nobre Infante Zºna no Loruão a 27 de Dezébro do an-D. Afonjá
fobredito,que vem a repõder 3-fol.14%
zrancaȼ/afilha por/enhor demos, Gr
--

de deuanátomofieiro, 6 de todalas cou a Era de Cefar,aceitou, & confir


*-:.
* (a gue anot, 6 4 effe mºfleiroperten mou como Padroeiro elRey Dõ
¿?pertencer deu?,º meremos todo Afonfo na cidade de Lisboa a oi
fº/Rapider,6"fº/agºardº, que ela em to de Ianeiro de 1278, dete dia
inos,¿r em todalas coufas deuádítas aja por diãte começou Loruão a ter
‫عاملين‬
tal, @rtanto poder, qual, º quantº 4 Infanta. protectora a nosta
Zainha ZDona Tareja ouue,é ac%umo"
a auer na Abbadº/a, % nas Zonas,º
nomyieiro dauanáto,es nas/asceſas: c APIT. XXIX.
Z/ñvospedimos fenhor por merce, que
vespla/grque afirmedes tambem pºr Dapartida DelRey Dom
mos, como por aquellas que depºis nos
veerem. ZDada na ditº mºfieirº de Lºr Dinis para Entre Douro,
uāo uj diasporandar domes dezbezg ê•AMimho,è Alemtejo..
bro B..%^.(&C. XV. -
| -

A Abbadeſſa Wrraca Rodri. § Otumauão os Reysde 128o. -


-

*:

gues ſabemosſer filha de Ruy Go è; Portugal viſitar quaſi


$ todosos annos as Co
mes de Britteiros, & de Dona El
uira AnnesdeSoufå,& Maya,bif --> marcas do Reyno co
neta pela mãy do Conde D. Mé mo diffemos; & afSidefpois de aº
do. Durou poucos annos defpois fìfłir elRey na Eftremadura, aon
na prelafia, em 4entrou do anno de fez aquela doação à Infita D.
123; adiante Dona Maria Annes Branca,vindo o verão Pafiou a
de Soufa filha de DõIoão Garcia entre Douro,& Minho,& em Bra
de Soufa, & bifneto tambem por ga,adondeſe achaua a fete de lu
ihó, confirmou ao Abbade da
feu pay do Códe D.Mendo Am Collegiada
baseftas Abbadeffaseráo primas de Cedofeita do Bif.
do Conde D. Gonçalo Garcia de padoºdo Porto 9. priuilegio do ...
Soufa Alferes mór, & cunhado feu couto, fobre fenão embargar 4.
*
pelos
.…………A ElRey Dom Dinis. A tº 57
pelos oficiaes delRey tiraríe fil qual razão os Reys dete Reyno"
º das marinhas de Maçarelos; cº lhe concederão outrasfranquetas,
mo era coſtume, examinado jà &preheminencias, que eles bem
em tempo delRey feu pay pelo merecerão fempre,&na occafiaõ
º Mordomo mòr Dom Nuno, que • Prefênte das guerras com Galifã
- naquelle tempo ſeruia de Meiri - depois da retituição delRey Dõ
.nho mór entre Douro & Minho. «João º Quarto nofo Senhor, o
i. -- Logo em oito daquele mesma tem bê prouado. A anuduua era
A la... 4 mefinăCidade mandou elRey ás ºfertiço que fe fazia nas cauas, &
£?… juſtigas de Guimapaés guardaſsé -muralhas dos catellos, & em fua
” ſta,spilⓤgosdo Mⓞdⓥº i reformaçać, oj ka i zº, *
i cntao era de Conegos Re -¿Deita comarca paffou elRey
-gulares;& agora de Religiofos de à de Alentejo pelo inuerno, aon
São Jeronymo, Fundouo a gran de affitio atè o fim do anno. Em Ibid, 38.
defa, & piedade delRey D.Afon Eſtremozdeu foral á villade Al
foHenriques junto daquella villa jazuradozedeNouembroy&en
မိဳံ႕{ com a inuocação .tre outros priuilegios que conce
de Santa Marinha, a que elRey de afeus moradores,hehã delles,
>deuiater deuação, por fèr Portu :que os caualeiros deta Villa não ,
: guefa. Deíte mofbiro falao di teriáo a çaga no exercito delRey..….…
reito Canonico no capitulo: ſum ·.2tihres deJ4jarst non teneant gagam
non liceät, de preføriptionibus, là afe in exercitº Regis. Para fe entender
te de oeftaua elRey navil a preheminencia que fe cócedia,
-la de Amarante, aonde patou he neceffario vir em conhecimë
Lhº del-húa carta em fauor do nofo mo toda palaura, jºgº, não cotuma
"ºº", teiro de Bouro, & do feu couto, , da nos tempos prefêntes com a
"º mandando a Domingos de Bató svariação, & melhoramento do
Caſtelleiro da villa de Mongao,4 idioma. Eu não alcançara a figni
- não obrigafe a ir feruir na anu ficação della, fenão vira outros
a duua da quelle Caſtello os homés foraes em lingoa Portuguefa, a--
do Gon(elho de Bouro,por ferem dondefe declara maisoquefe en
zizentos deta impofição,a refpei -rendia pela palaura, fºgº, & vem
to de etarem obrigados aguar ; 4 foro me{mo que retaguarda, Era
dar a Portella de Homem no tê 4 Οι privilegio que não tiueffemtò
po da guerra.Eſte priuilegio con 'lugarda?eragoarda, porfèrme
feruão os nofos ម្ល៉េះ de Bou -nos perigofo,&odcupado fempre
<ro, que faõ Capitaõs môres da dagente de menos confiança. No
• quelles coutos,|8c. obrigados a foral de Villa de Rey diz o me{
* guardar aquella Portella, pela mo Rey Đã Dinis eftas palauras.
K3 Саил
•• Liuro XVI. Da Mómarthia Lufitama.
ਾਂ " " cukirºs de Vila de zoºm tenhã, itroduſiraò elles, & os Franceſes
gaga, e tenh㺠dianteira na hºfie del por ete tempo noua melhoria,&
tº ?ºy.. Da mefma maneira fio foral í-variedade.«Pedro Mexia no feu
de Beja dado por elRey D.Afon º tratado da nobreza affirma, que
foi Terceiro, diz (aualeiros de 2ga £ehafnandofè 6shomēsdearmâas
nom tenhão page, mas tenhum diunti - em Epanha até o tempo da vin
. . . ra TIFdelây: funto com · da dós Inglefes, caualeiros, defte
| os foros,?¿ leis imunicipaes, que "tempo adiante fechamaraõ, lan
. os Reysdauäo, ideclaraüäoºlogo <iças. Tambem me períuado que .. . .
o lugar que auião de ter os pen ºo officio dò Condeſtable introdur
i doês dos Confelhos, & feus vifi ºfido por etbme{mo rempo em º * -

. . . º.
-
anhos quando o acompankáfem -Portugal, & Saftella, foi imita
º
-na guerra. Em outros muitos fo ºção dos Ingeles que então vie
-

* * * ) van traesacheia mefiwáfrafijijis - "rão,& dos Francefes,&outrasna- . .


*-
*" - Aº Mas paraque fique plenária gestõdufidas às guerrasdelRey;":"
mente aclarada etapalauratºga, *Dom HenriqueSegundo de Ca-" 1.

tresladarei outras da Chronica oſtella;& de certo ſabemos,quena


.:delReyD;loád òiPrimeiro, aon tentrada que Dom Hemrique fez
p.m., de falañdo o Chronita de como 醬 *annos de mil trefentos &
ĉap.33. elRey fizera alardo, & di£pufēra Jeferita & feis com muita gente
a gente em Tomar, vindo de "dèFrança, Bretanha;Normandia,
abrantes para Aljubarota; diz -&# Gafcunha, fe introdufio em
* … sº
: destamaneira. Sabrique en Portu -Efpanha grande mudança nasar
galannguamente não jī. iimas,&na milicia,apurando(e ne
-- gourda nas batalhas, nem a reguarda, - ſta parte osfſpanhoes coma ma
nem ala direira, nem e/querda, mas eior policiado modo, 8 ordé mi
º chamavão à bemgarda,dianteira, cºa ºlitar dos etrangeiros. No nofo
reguarda,çaga, 62s alas, co/aneiras, # Portugal parte cõete exemplo
* @ em tempo que os Ingre/es»ieram em -dosvifinhos, & parte com a vin
tempo delRey Zºom Fernando, entam da dos Inglefes em tépo dos Reys
lhe chamarão ºfies nomes: Atèquio "Dom Fernando, & Dom João o
: Chronita, de cujas palauras aca -Primeiro fê mudaráo os eftilos
bamos de entender, que gaga, era - daguerra,&aspalaurastambem
caretagoarda, & que com a vinda de que vauão, como era a dega
dos Inglefes em tempo delRey -ga, ou zaga, por retagoardá, º
Dom Fernando {evariarão os no Vauae ella em Catella atè
| mes,&feduziraõ a maior policia -aquellestëpos; & corriaö os eſti
a milicia. E não só hete Reyno, Elos mefmos de Portugal neta
, fenāó tambem no de Caftella in sparte,como fe pode ver na Chro
º ெ : ޮ‫ޠ‬ ՈlCa
-

º
º
ssay º Y El Rey D. DiniX es 5 s
nica artiguaddRey DomiAfoni ve, & pela maior felicidade que
fo Saboyidando razão da orderii podja defejar efte ಕ್ಲಿಚ್ಟೆ
có que ó fêu exercíto márchauá, do hoje gèralmente de todos os
quando ehtrou na Veiga de Graf «le-Eliroja, poêler depofito do
**adanöʻahno mil ddzeñtos&oja corpodesta Santa Rainħaಶಿáéé
tehta& hain, Lleaiükkidelantaa, logrado füa prefença por epaço
diz a Chrônica, etInfanti zººn sãº: defincơçmta&quatro annesëm
who, y lºftiniefiºſºftnesiºn «ue foi gouernaåò convfüapfu
4Pedro3fslikael/nºaiie©on foah:$ dencia,confolado com tua pieda
la çaga leuaºawn hijo d4z9;que éra de;& doutrinado com fuas raras
de' j அே yirtudes;& exemplos. O Ghrgai.
ceno.ełmiń.Wejäfetamibema Chroni fa Rui de Pina dilata mais hum
ea del Rey bom Afonſo XI. Gaf. áhoeíta embaixada, & oeõtrato
par Sanehes grauere{criturario do cafamento. Eu contudo naõ
iios quer perfiádir;que á paläürà fofro eta dilação, porque álem
*##çaga; foi imitada dos Efpanhoes de me leuar adeuáçaõïda Satita
đa tiebrea, Sabhir, quefignificả ở Rainha, defejo irtecendo etahi
'inferior; ou vltimo,pórterólitro storia cốividas de Santos, & me
que lheva diante.&não heade. imorias do eftádo Ecclefiàfigo;4
riuação mui defüiada; porembá faõ os materiaes mais lutrófos
fte por occafião do foral de Alja
fur em que ela entra, & cótinue có que le aperfeigoa8z afi qui
mos com elRey Dom Dinis eh fera.jàqueno primeiro anfibºde
Alentejo.* ºi?” !”* **;: fte Rey fe deiiñoticia da Safita
* *
கா பர்: Comendadeira Doña Saliehama
. ‫ا‬
‫د اه‬. - ‫م‬
‫هـ‬1 ‫أ‬
‫تنام طب‬،
‫أن‬
CAPIT, ºxx...'. *tural do Réyii¿eitfarnefteº.
gundoriaturalilandohunia Santa
. . . . . . . . ‫بي‬ " ‫يابانية‬ étrangeira por meio detes def:
Da embaixada a Aragão peforios, & caíamento cõ elRey
"fobre o cafumento 蠶 tipom Dinis; E tá em meu fauër
. . delRey. [* .f :::: (ft#.
DimiDom . . ‫رُنﺮ‬
. .”
leronymo de Zurita, afinos etis
-ahiiåes; corrio nos indices latihós.
- – *o : Deuele a ete autor todo o credi.
: 1 : .. :1 )‫ מי מי‬:f‫ ; נגי‬21
to, porferobſerüátišimodacro
CaſamentodelReyÐ. - nologia, falta em que cairaõ os
| Dinis comia Rainha
º

shoffö&hiftofiadoresäntigos,con
-
#Santa Ifábel he julga - tentandofễ cơm relatarÌümáfia
--

- ** do de todos pela ac “mente as verdades fem efbecifi


--

ção mais acertada que elRey te "caçaõ dos tempos as mais 蠶ve
*...* !
K4 ZCS,
2. Liuro XVI. #De Mºnarchia Luftana.
zes. Conferiodo as memorias cö herdeira delRey Henrique, reco.
o que etes autores dizem,ambos lhida na tutela deíeu tio Felippe
faſa6 certo, porque neſte anno ſe Reyde França, viuiajà como ef;
de pidiraõ os Emdaixadores a Pola do Delfim, filho delRey, có
Aragão, no fim do anno feguinte quem defpeis cafou. Afşi que só
lhe mandou elRey a procuração Aragão podia comodamentedar
para o receberem; no principio húa das Infantas. Auia então na
¿lo outro, que foi o de milduzen quelle Reyno anfanta Dona Ifa
tos & oitenta & bel mais velha, & füa irmãa a In
por palauras de prefente em Bar fanta Dona Violante, eta º • *
醬 RainhâSanta I{abe), % s. Todos conformarão em que
ခ္ယိန္က ႏိုင္ဆိုႏိုင္ဆို eftaua . donuinha effeituarſe o caſamento
já recebido cõ ela em Trancofo có a Infanta Dona label de Ara
no mes de Iunho..., : :: :: :: :: : gaõ,&acertarão bem na efcolha.
· Vendo elRey dipotasascou Corria a fama deta Princefa por
fas de feufenhorio na melhor for toda Europa, não tanto das per--
| ma que ម្ល៉េះ requeria,tratou feigoés naturaes,em que excedeo"
logo cõ os defeu
c 18 confelho de ef a muitas daquelle tempo, como
colher por epofa huma Princefa pelas excelencias de animo com
tal,que fofe de proueito à confer que replãdecião por fuas acçoês
Euação da CorO3x ;Refolve9fè. que os thefouros da graça, que o Ser
deuia (cremEpanha o cafaméto, nhor tinha ႕ႏိုင္ဆိုႏိုင္ရန္
em fua al
-&lançando os olhos aos Reynos „ma. Eftas perfeiçoês a fizerão ju
vifinhos de Caftella, julgarão fer ftamente pretendida de grandes
difficultofo o cafamento cõ qual Principes, como Felippe Delfim
蠶 delRey,filhas de Frãça, antes de felhe occafio
del Rey D. AfóóSabio,a repeito nar o cafamento de Nauarra, &
da difpéfaçaó ó era neceffaria pe· Eduardo Principe de Gales her
ºv, v sº º
lograo tão chegado de parentef> deiro tambem de Inglaterra. Po- i
•o 4. . tº
co que difficultaua, & dilataria o rem a felicidade delRey D. Dinis
negocio, a que conuinha deuiar logrou o que outros pretenderáo;
dilagoés, 麗 rejeito do difira & mostrale bẽfer felicidade fua,
mento delRey, 4 principalmente porque no proprio anno em que
queria remedearfe, alem de 4el fe recebeo cometa Infanta, che
Rey D. Afono trataua jā o cafa 'gou á Corte de Aragão Micer ziii...
mento da Infanta D. Berenguela Acardo Embaxador de Paloelo- 4… 19.
em outra parte. O Reyno de Na go Emperador de Grecia, que a
uarra etaua então menos difpo pedia para Androuico feu filho
fto, porá a Princefà DonaIoanna berdeiro... :: -

Forão
- ElRey Dom Dinis. 59
Forão pois inuiados a Aragão Rey cõfiderou, medindo os aper
por Embaixadores delRey Dom tos em que fe via. Etaua elRey
Dinis, loão Velho, de que já fala D. Pedro entre as armas de Ca
mos,Ioão Martins,& ValeoPires, tella, & França: das de Catella
fidalgos todos tres do Confelho por repeito dos mininos Lacer
del Rey, & peloas de autoridade das fobrinhos do Infante Dõ San
para elte efeito. Ioão Martins de cho, & outras caufas, & das de
üia fer o de Soalhaês, Bilpo que França naõ só pelos me{mos La
foi defpois de Lisboa,& Arcebif. cerdas, fobrinhos també delRey ,
po de Braga, hum dos Clerigos & pelas materias tocantes a Na
do confelho delRey. E parece q uarra, que o Frances adminiſtra
etaua poto em razão que tiue - ua como tutor da Rainha pro
fe lugar em cafo femelhante hú4 prietaria D. Ioanna, fenaö també
pefoa deletras para acudir às du pelos intétos que elRey tinha de
uidas que cotumão mouerfe nos conquiftar o Reyno de Sifilia, á
contratos de cafamentos, a que fora de feu fogro Mäfredo, occu
não podem dar fatisfação os ca pado por Carlos irmaö de S.Luis,
ualeiros. De Aragaö vierão tam & tio de Felippe, difpofto refòlu
bem Embaixadores letrados. tamête a fuftentar na poffe ao tio
Chegados a Aragão os Embai Carlos, á entrara naquelle Rey
xadores,foraõ bem recebidos, &
no,& no Principado de Taranto,
melhor ouuidos delRey DómPe & outros eftados defpois de ven
dro, de quem alcançaraõ o fim, cer a batalha de Beneuento, em
cõ que auifaraólogo a Portugal, que morreo elRey Manfredo Pa
8c ó mefmo Rey de Aragaõ in ra empréder com mais feguran
uiou pouco defpois feus Embai ça o de fora, & ſegurar melhoro
xadores a ete Reyno, como ve de dentro de Epanha,vinha bem
remos no annoeguinte.Inclinou a liança com elRey Dom Dinis,
fé com tanta facilidade elRey de por meio da qual ficaua mais ref.
Aragaõ por muitos repeitos; hã peitado,& temido de Caftella, &
deles foi depedir logo de fua ca mais defembaraçado para proce
fa para Rainha húa filha que tan dercőtraFranca.Nem lheefque
to amaua. O que não feria com ceo a elRey D.Dinis a comodida
os outros Principes, á ainda naõ de do cafamento, cõ que fe fazia
leraõ herdados;& neftas materias igoalmente temido de Catella,
obra muito o entrar fenhorean -& atalhando com ifto a que da
do logo,& não efperar para man quelle Reynofe não defefauora
dar. Naõ foi també motiuo me feu irmão Dom Afonfo, quando
nos forçoo o á a prudencia del intentafe alguma nouidade, por
etar
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
eſtar tåo á mao oſocorro de Ara filha do Conde de Vrgel, outra
gão de feu fogro,ou de feu cunha º pretenfora daquella Coroa, com
do, que innouarião por meio dos que deixou a elRey Dom Afonfo
Lacerdas pretenfores daúlla Co firmifino na parcialidade, affi
roa, outras reuoluçoês femelhan por refpeito da irmãaRainha que
tes em Caſtella. câ tinha,como pelo temor de lhe
O noffo Rey Dom Ioão o Pri alterarem o Reyno por via do
meiro penetrou gentilmente efta Infante Dom Pedro,& da Infanta
razaõ de etado, porque vendofe fua mulher pretentora. Teue ete
cóas pendencias de Catella, di penfamento fempre taõ temero
poz logo cafamento na cafa de fo a elRey Dom Afonfo, 4 auen
Alencaſtro, conuidando aquelle do de paffar a Napoles, no anno
Duque ao fenhorio de ညှိုးဂျို့ pa de mil quatrocentos & trinta &
ra ter o vifinho naõ inquietador dous, naõ oufou a fazer a jorna
de fua pofe, fenaõ folicitador de da, ſem renouar naquelle anno
fua fegurança; & não confeguin azes com o nofo Rey Dõ Ioão,
do eta pretençaõ em tudo, tra & osInfantes feus filhos,temendo
tou de cafàro Infante Dó Duarte algüa inuafaõ em fua Coroa, &
com Dona Branca Rainha de Si conhecendo que firme na paz, &
cilia pretenfora de Aragaõ, pata colligaçaõ de Portugal deixaua
lhe ficar outro arrimo, & ter por Aragaó eguro de algüa inquie
dous lados apertadaCaftella.Naó taçaó de Caftella. Com a expe
teue effeito a pretenfaõ da Rai riencia dos Reys anteceflores al
nha DonaBranca,fuccedendo no cançaraõ os Reys fobreditos eta
Reyno de Aragaõ o Infante Dõ verdade, por fer maxima certa
Fernando, nem perdeo lango el de quê tem vifinho poderofo no
Rey Dom Ioão neta mudança. entremeio,affentarliança com os
antesentendendo a conueniencia colateraes, que o fazem na paz
da liança com Aragaõ, procurou eſtar ီ|ိ & na guerra com
cafar o filho herdeiro com a filha facilidade diuertido. A efte fim
donouo Rey,o que cóeguio de fe encaminharão os cafamentos
pois dele morto,reynando Dom de Portugal em Aragaõ,& as liã
Afonfo Sabio feu filho;& para ter ças delRey Dom Afonfo Henri
a ete Rey naó sófixo por afeiçoa ques, Dom Sanchofeu filho, Dõ
do pelo parentefco, fenão també Afonfo Quarto, Dom Pedro,Dõ
por receofo, pretendeo para o In Fernando,& Dom loăo o Primei
fante DõPedro a Rainha de Si meiro; & a iffo fè encaminhou o
cilia Dona Branca, & por fim o dicuro dosConfelheiros delRey
cafou com a Infanta Dona Ifabel DöDinis, & ainda defpois que a
Coroa
: * YElRey Dom Dinis... }, \º 6o
Corôa de Aragaõ fe vnio a Ca fenhorio das villas dePortalegre,
ítella,intentou elRey Dom Afon Maruão, Aronches, & Vide. TAs
{o Quinto efpertar a liga có Luis -tres villas primeiras com todos
Onzeno Rey de França,com que feus termos lhe deu em Lisboa a Lil delRey
B. Afinjo
de ambos os lados pudera ficar onze de Outubro de mil duzêtos 3-fol. 11o
elRey, deCatella apertado;& de % fêtenta,confirmando entre ou- '
faltar aquelle Rey a eta propo: tros Dom Pedre Annes dePortel,
fta,motraremos em outro lugar, que eſtaua com a tenēcia de Lei
gue deixou)elle á Coroa de Ca ria, & Dom Garcia de Paiua com
tella para as melhoras, que defe ade Aronches & Portalegre, &
pois teue contra França, o que fendo teftemunhas Pedre Annes
jaöferäjäagora, cófiderada ñe Porteiro,& Repofteiro mor. Ni
lhora importancia da colligaçaõ golac Saraça, & Miguel Fernan
de Portugal,& França paradimi des Eychaés, & Ecançaés, Pero
nuiçaó do poder de Caftella,: & ?Martins C,aquiteiro,Pero Ferná
des Ceuadeiro, Domingos Peres
.feguracôferuação deftas Coroas. -

No cafamento delRey Dõ Dinis Copeiro. . . . . . . . . . . ,


em Aragaõ fe examinou bê eta … Da outra Villa de Vide fez o
Lil.delRºy
-materia;& de hüa,&c outra parte me{mo Rey doaçaõ a efte filho a D. Afonf6
fè attendia ao particular, & com vinte & finco de Mayo do pro 3.foll 23.
bom difcurto:mas nem toda ain prio anno, & na mefma Cidade.
dutria foi batante a temperar as Nas firmas dos Prelados defla ef
| variedades, que defcomputeraõ critura fe achaõ em Sé vagante
todas etas traças. Experimentou as Igrejas de Vifeu, & Coimbra,
porem elRey D. Dinisbreuemê entra por tºftemunha Domingos
te o fruto detaliança na occa Annes Iardo Clerigo delRey,que
ſia6 que relatará o Capitulo 'fe · defpois foi valido delRey Dö Di
guinte. …" . "… … -nis;& naPrimacial deBraga eta
ua entaõ eleito, Metre Pedro
сА в Іт. xxxi. - Iulião natural de Lisboa,que def
IDas primeiras difeordias ...pois foi Papa koão Vigefimo Pri
delRey D. Dimis câfeu ir mioi ?etrus /uliami &cleffe ?ratha
mão o Infante D. Afonfo, renê eleius. Na quarta partefèdeu
‫او‬ . : ‫«جه‬ ‫ و‬، ، ، ، ، : " . ‫تا مصر‬ ‫من آن‬ -jânóticia dete Põtifice, & defua
ºf . &. da rampofição | promoção ao Arcebipado com
– dellas..…” . . . . . · outras efcrituras, a què efta ferue
Ëëëë EixouelRey D.Afonfo de confirmação; acrecentando a
§} Terceiro herdado ao | gora que foi eleito Arcebifpofen
# Infante DõAfonfo no do actualmente Prior da Igreja de
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
de Santa Maria de Guimaraếs, & nas efcrituras quc tepafario fo
Arcediago da mefma Sé de Bra bre o fuccedido acerca do que re
a. Ambos os titulos lhe dá o Pa fultou neta Villa na occafião pre
pa Clemente Quarto em hum fente fe nomea a Villa de Viüe,
breue que lhe pafou fobre o pro & não Catel de Vide,fendo que
candº uimento em Viterbe a vinte & quando elRey Dcm Dinis cercou
padnidos, noue de Iulho de milduzentos & ao me{mo Infante em Portalegre
(effenta & oito, andando là com no anno mil duzentos &ncuen
ete requerimento Metre Pe ta, deu priuilegiosa Caſtel de Vi
dro Iulião: (onſtitutus in præſentia de vifinho de Portalegre, nomeá
noílra dile£lus filius %agiffer ?etrus por Caftel de Vide, & não
doa
-

Iuliani J4rchidiaconus 3racharenffi, Vide. Donde fe pcde perfuadir,


Żrior ſecularis Eccleſe Sanéia Ata que era eta Villa de Videa que
rie Vimarenenfis. Vinha o breue eſtà ſituada da parte Occidental
ara a execução remetido ao Bif da Serra da Eflfella entre a ribei
· po de Ciudad Rodrigo,&foi por ra de Loriga, & orio de Aluoco,
- &lle aceitado a dous de Ianeiro á corre junto della, & fe vai me
-----

de mil duzentos & fetêta & tres, ter no rio Alua, recolhidas pri
--
& com elle ſe apreſentou o proui meiro as agoasda ribeira do Pia
do, que pouco defpois o foi tam dão, & da Loriga, o -- - - - - - - -

bem no Arcebifpado. -
Motra etaVilla grande anti-s
- A Villa de Vide,em cuja doa guidade, & por hum letreiro de
ção confirma jà eleito ete Pre IRomanos,que efià na Capella de
lado,foi dada ao Infante D.Afon São Martinho, & hum caminho,
fo com (eu termo, & todo o fe ou via militar que hia para ella,
nhorio, & direito real: Todo º di de que evem os vetigios dede
-
reito, es fenhorio, 6, todo ius real que húas ruinas, de ponte no rio Al.
-----

*-. eu ei, o deuo auer de direito, 6 de/e- ua, aonde chamão Porto de mòz
nhoriº em o Cafello da Vide, ºu na Vil atèa ponte da ribeira do Piadão,
º la, & em todolos/eus termos, com todº & della à da Villa fe entende fer
las fas pretengas. A diftingaó que pouoação antigua de Romaños.
º

elRey faz do fenhorio da Villa, Iunto de Vide, aonde chamáo a


& do Caſtello da Vide, moſtra i cabeça do muro, ha grandes ali
--
não era eta Villa a de Catel cerces, que motraõ 器de algum
t -

º-

!
de Vide; porque fendo eta, di grãde catello, & no meio da Vil
fera que lhe daua o fenhorio da la ha outras ruinas de muros de
villa de Caſtel de Vide : alem de argamaça, confrontaçoés todas.
que Catel de Vide não era ainda muito a propofito com o fucce
-

então Villa, fenão Aldea. També dido na occafião preente que e


' creue
‫مدا‬

- ElRey Dom Dinis. . …….. 6


creuemos.Tem junto a fihúa al ao que fe deixa entender, fez a
bergaria intituida por elRey Dõ jornada irritado da licença com
Dinis, que aó indicios com que que o Infante Dom Afonfo (eu
nos poderamos inclinar a ficce irmão fedipos anouidades, que
li derey
der nella o caſo querelataremos. caufarão receos de maiores in
р. Аfinfo. O fuccefo todauia não foi fenão tentos em perjuizo do etado
íïína villa de Caftello de. Vide da real; & como os Reys faó por
_comarca de Alentejo, que defta leftremo ciofos neftas materias,
era fenhor o Infante Dom Afon & elRey DôDinistrazia ja dc ef.
fo, & o declara mais elRey feu preita ao irmão pelos penfamen
pay em outra efcritura feita nº tos da fuccefaõ que ele tinha,
proprio dia, na qual diz,que a vil qualquer acção fua julgaua por
F. ನಿ
de Vide, que daua a eſte Infan
tC, CIʻâ. no termo de Mar
principio deltes intentos. Deza
noue annos de idade fazia o In
uão, como fe via no foral della: fante Dom Afonfo, & ficando
Inueni per ipfam cartam quod Vide cafado em vida de feu pay ao
cum omnibus terminis fùis iacebat in menos de quatorze annos, a ma
termino de %{arużo. ) - ior de fuas filhas podia ter agora
-

EraVide naquelle tempo lu quatro, & affi mal podia, con


器 aberto fem muros, nem Caº fiado nos genros, obrar contra
ello, pareceolhe ao Infante er feu irmão, como diz Rui de Pi
conueniente eftar cercada; a ten na, nem ainda quando no anuo
q;áo fèria sò de ennobrecer aVil mil duzentos & oitenta &fète
la; a prefunção delRey julgou foi outra vez cercado em Aron
outra coufà; indicios aueria que ches. No de milduzentos & no
ajudaſſem eſta ſoſpeita. A entra uenta & noue, que fuccedeo o
da do anno milduzentos & oiten cerco de Portalegre, poderia va
ta & hum tinha ainda entretido ler eta razão, como então mais
a elRey na comarca de Alentejo largamente proporemos. ,
- naoccupação devifitar feu Rey - Partioe el Rey de Santarem
no. A dez de Ianeiro o achamos com gente de armas, conuocam
em Beja, donde veio em breue a do ajudas dos Confelhos, & Ci
Lisboa, & neta Cidade, & Villa dades, a impedir em Vide a o
de Santarem affiftio atè o mes de bra, & as mais confequencias
Abril,como moftráo varias doa della. O Confelho de Lisboa
goês dos mefes fobreditos, que deu a principal ajuda, & affi lhe
não aponto, por ferem de mate fez elRey merces, alem de outros
rias não importantes. No mes feruiços: Equeſe membraua do mui
de Abril fepartio para Vide, & tº ferus,º que efe Confelho lhe fizerº
- L து.ே
-
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
46i na Vide, como em outros lugares: obediente. Dizem que o Infan
A dezafete de Abril eftaua el te Dom Sancho de Catella in
Reyja em Vide, como contade terpos tambem fua autoridade,
carta fua ,porque mandaua aos pedindo encarecidamente com
Aluafis de Monte mór o velho, pofição entre os irmãos ambos.
não obrigafiem aos moradores Teue ella efeito, com que fe of
Cºtº do lugar da Alhada, que he do fegarão por então os animos de--
de S.Cruz. -: - - -

§ molteiro de Santa Cruz.deCoim ftes Principes: mas o que me pa


Igordo bra, a trabalhar nos muros da rece obrou nefta concòrdia com
Rºysfully quella Villa. Remata a carta ne mais força, forão as oraçoens
{ta forma. Z)at. in Vid. xyj. die da Rainha Santa Ifabel, que jà
"Αρrila, Ε.λίCζί.κίκ. . . . trataua defte Reyno comó pro
* Não deuia paffar o cafo le prio, & não permittio Deos por
uemente, ainda que não temos feus rogos, que quando fe auia
mais exacta noticia. Porem per de aceitar por fenhora dele,eti
mittio:Deos que vieffem nefta ueſſe elRey diſcorde com ſeuir
occafião os Embaixadores, 蠶 mão, nem o Reyno embaraça:
elRey de Aragão Dom Pedro do com guerras ciuis, que ella
mandaua a eſte Reyno ratificar em outras occafioês auia de pôr
o cafamento de fua filha. Erão tambem em focego. !
elles Bertrando de Villa Fran * O Infante Dom Afonfo fere
ca Camerario da Sè de Tarra
duzio, & ou que eftiueffe den
gona, & Conrado Lança hum tro da Villa, ou em qualquer das
caualeiro mui etimado del Rey outras, Portalegre, Maruão, &
Dom Pedro, por fer parente da Aronches; por deixar paffar a el
Rainha Dona Cofiança, & feu Rey aquella colera, fe deuiou.
Almirante. Propuerão, ambos delle com bom confelho , &
a elRey da parte do de Ara fe pafou a Seuilha. De Seuilha
gão feu fenhor, que não pare mandou procuração fua, feita a likt:4.
cia juto em tempo que entre el oito de Qutubro a Vafco Pi- ಫಿ;
res Farinha, & Rui Paes Buga: "
les fè tratauáo nouas lianças, &
parentefcos, fazer füa Alteza ho feus vaffalos, para acenta
oftentaçoens de hoftilidade con rem com elRey tudo o que eti
tra hum irmão, o qual quando uefe melhor a ambas as partes,
ouuefe delinquido, o que não conforme promettera, mandan
... era bem fe prefumife, feria em do juntamente (eu fello para
- ಶ್ಗ breue reduzido a feu real ferui fellarem, & confirmarem tudo.
“““ ço, & que elles fe obrigauão ao A compofição e fez ha ma
dobrar a toda a manifetação de heiraſeguinte, Prometteö elRey
-- * - - de
w

- B/ Rey Dom Dinis. 82


de acrecentamento ao Infante Dom Nuno Mordomo môr.
trinta & finco mil libras cada an Dom Martim Annes do Vinhal.
no; húa parte das quaes pagaria Mem Rogrigues Porteiro mór.
em rendimento de terras, outra Sueiro Mendes Petite.
em dinheiro, & outra em panos. Ioanne AnnesRedondo.
O Infante (e obrigoufer armado Pedro Afonfo Ribeiro.
caualeiro por elRey, & ficar feu Vafco Afonfo Alcaide de Coim
vafalo toda a vida, faluo fe viefe bra.
a alcançar Reyno, ou Condado Rui Gomes fobrejuis.
fora de Portugal:mas em tal cafo Gil Martins Payão. -

não aceitaria nenhüa detas cou O decimo que falta era o Al


fas fèm beneplacito delRey,& sẽ feres môr, como etaua declara
feconhecer que lhe não poderia do. Os que o Infante deu de füa
vir dito algum danno. Quardo parte ſaà eſtes.
não auia etarefalua, & prohibi Vafco Pires Farinha feu Mordo
ção,podiáo osvaffalos felo també mo mór.
de outro Principe, ou Rico ho Gomes Paes feu Alferes.
mem, como naóferuife contrao Pero Eteues de Tauares.
fenhor,ou Ricohomé, de 4 tinha Martim de Podentes,
gages,ou terras.Confirmaraötu Eteuão Gonfalues Sâfalho.
do ambas as partes,impondo fin Martim Rodrigues Babilom.
coenta mil libras de pena a quê Efteuão Pires Vinagre.
quebrantafe eteconcerto, em 4 Gomes Lourenço Serueira.
foraõ tetemunhas Dõ Gonçalo Rui Paes Bugalho.
Alferes mòrdelRey, D.Nuno feu | Rui Gil Babilom.
Mordomo mòr, Domingos An Afiftirão, & confirmarão Dõ
nes ſeu Chançarel môr,Dö Mar Ioão de Auoim, Dom Frei Afon
tim Annes do Vinhal, & Martim fo Pires Farinha, o Chançarel
Dade Alcaide mòr de Santarem, mor Domingos Annes, Martim
feus Cöfelheiros. Prometerão tâ
Reimondo, que então feruia em
bem de dar dez caualeiros de ca lugar de Mordomo.. Meftre Pe
da parte, que fizeffem menagens dro de Lisboa, & Meftre Ioanne
paraſè ſuſtentaro ſobredito. Eſtes fificos delRey, Pedro Salgado,
ſe nomearão a onze de Feuereiro Francifco Fuas, & Pedre Ännes
do anno Meguinte na villa de Eſtre Repoteiros, Aires Martins, &
moz, aonde fe ajuntarão elRey, Ioanne Annes efcriuaés. -

& o Infante, & ratificarão a cõ Tres dias antes que o Infante


pofição feita. Deu elRey os caua D. Afonſo foſſe a Eſtremoz con
leiros que fefeguem. cluir efta concordia, mandou
‫ٹہ‬ * L - hũa
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
húa carta, em q prometria der- que fe ao pretente etauaõ pacifi
ribar o muro do Caítello de Vi- cadas, fora grande parte a aſsi
de, a qual diz deta maneira. Cº- ftēcia dos Embaixadores de Ara
Lib.delRe nheção todos os que eſta carta ytrem,que gao, & que receando jā o paren
P5 Diá, eu o /efante ZO..…fom/ofenhor de.…ar- tefco DöSancho Infañte de Ca
Ĵol. 43- uaá,de ?ortalegre,ø» de, Aronches,pro- ftella, como dependente acudira
meto a boafee a vos mui nobre ſenhor em fauor delRey compondo a
Z).Zinispelagraja de ZDeos Key de Por caufa,& naö fauorecendo oInfan
tugal, 3 do Algarue derribar de/ae dia te. Peloq não leuantando a maõ
de Pa/choa ate dia dePentecţie çîe pri daquelle negocio, entrou na con
meiro que vem, todo aquello que denouo clufaõ efectiua do cafamento, &
/or feito na torre de Vide, o no muro chamando aos Embaixadores, d
de/e logar. Em testemunho da qual o Procurauaõ,Pafou logo em 24.
cou/adou a vos ºfta minha carta aberta, de Abril na mefma villá de Vide
felada de meu/ello. Zada em Aronches carta de arras à Infanta D.Iſabel
yū.dtas de Feuereiro.O Infante o man na forma feguinte,
dou, Zomingos Zarreiros afez. E.%
(Z(XX. Comeſtes feguros fe a Seja notorio a todos, que nos zini, Ibid. 38. |

pafiguaraõ os irmãos ambos,mas pelagraga de ZDeos Key de Portugal, eo


no tempo adiante continuaraô ~Algarue doamos, e9. com/gnamos prop
em outras contendas femelhan ter nuptias, a vos Zona /abel filha do
tes. Eftas prefêntes naö alcançou illuftre Key Zom Pedro, per graça de
Ruy de Pina, que diz rompera Žeos Key de.…tragão,& ãazámíaz).
elRey com feu irmaõ fete añnos Cºfiança, a qual recebemos por molher
andados de ſeu reynado. conforme a ley de mo|o Senho; Jeſu Chri
J“as ni/as Villas, comuema/aber,Oli
CAPIT. xxxII. dos, Abrantes, é Porto de η0ζ 4,
quaes Villas 7ueremos, Ǽ concedemos
Dos atβοβrio, &- arras que vos tenhaes,co.pº/hae, cõ todas/aa
rendas, 6- proueitos que por qualquer
da Rainha Santa caula a nos pertencem, ou deuem per
Iſabel. tencer; º fío para dipordes dellas a
vo/fogº/to em toda vo/a vida, a/si em
നൃding്, m/rall, un.
પ્રે
deaicino elRey de dº filho dentre ambos, ou não ºs auen
‫(ت‬k
E-పాలZºë
ప్లీ quanta importacia era do . E em /garo da paſſe das ZVil
- º cafamento que trata las fobreditas, com todos ſeus direi
ua em Aragão,por via que feu ir tº, º entrºgamos a preſente carta,
maöpromettia inquietãgoës, & Č confe/amo pofula, dº/de agora
čሸ/」
.- - ElRey Dom Dinis. . . 6,
em»º/º nome, @ queremos que todos baixadores delRey de Aragão.
esfrutos delas defe dia por dianteper Pareceo a el Rey limitada a su 41,
tenção a vos,&"ſe rº/pondaplenariámě. doação detas Villas só em vida
te com elles a рог, аи афиет ро, фиjer da Rainha, & afsino me{mo dia
des. Eprometemos a boa fee, & jura lhe concedeo que pudefe tetar
mas pelos Santos quatro Euangelhosfa de dez mil libras, que fe cobra
zermos ºfia doação liuremente, & que rião das rendas dellas defpois de
tem valor, @rpoder, como acima he de fua morte. Firmarão alem dos
clarado. Referuamos contudo a aprºfen outros,o Mordomo mòr DõNu
tação dos juízes,º das Igrejas; @vor no, Dom Martim Annes do Vi
concedemos jие ponhaes nos Almoxa nhal,& o Porteiro mòr Mem Ro
rifes, Procuradores, @ ºficiaes confor drigues.
me es lugarespedem, &ſegundo o ce Vafco Pires, o que a sinou na
fume dono|o?eyno. Xas para maior carta de arras, era hum dos Em
ſeguranța, Ø firmeze dofobredito afi baixadores delRey, que tinhão
namos por arras a vos ZDona fabel neº ido a Aragão, & deuia voltar na
/a mºlher doze Cytellos, (gundº cº/iu companhia dos dous,que daquel
me de Portugal ategora ºbjeruado. S㺠le Reyno vierão para informar a
es nomes delles, Oillavi,ºfa, Monforte, elRey Dom Dinis do que e auia
Sintra, Ourem, Feira, Gaya, Lam0ís, obrado naquelle negocio,& para
...Aa9frica, Santo Edewäo de Chauer, receber nouas intrucçoés, deixá
-?conforte de rio lure, Portel,& 2ton do là os outros companheiros ef.
Ꮡé alegre. E os que tiuerem es Caſtellot
perando a vltima refolução del
apartados fação omenagem amos, 6" 4 Rey, que agora fe concluio. Efti
«vos,paraque fegunda • coſtume de Par uefãoàindãatè Nouembro neíte
tugalvos îbraeção na defenfa5voffa,& Reyno, a doze dete mesos defe
devº/o direito, como fec%iumou fazer pedio elReyna villa de Eftremoz
- - -

em ?ortugal nos caffellos obrigados ás Iatisfeitos defua prudencia,juti


arras.Em telemunho do qualeta car ça,& humanidade;& não femte
ta a vos concedidafizemes Jellar donºſo temunhos da grandeliberalida
fello de chumbo. Zada em Vide vinte de delRey, que não perdia lan
c quatro de Abrilpor mandado delRey ços, & mais tão forçotos. Leuaua
Era milostrezentos Gr dezanoue Fir o Embaixador Vaféo Pires apro
-marão efta carta, Meftre Pedro curação com elle,& ſeus compa
Changarel,Domingos.Annes Iar nheiros pudefem receber em no
do Couego de Euora, & Vafco me delRey a Infata Dona Ifabel,
Pires cauåleiro, Berträdo de Vil & dizdetá maneira.
‫ به‬- ۰ ‫نخه و‬
t
" . . . . . . . ‫ لا دين‬، ‫ نماء‬. ‫م‬ - *

la franca Camerario da Igreja de . Saibão tºdos, que nos Zum Zinis mil 41;
Tarragona,& Córado Läça Em pelagraga de zeszo de Portugala ".
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana. --
º
Jalgaruº.fazemos, & ordenamosnofos curtugaremos em nenhum tempo. Em
procuradores certos, é ºficiaes, a το, tjtemundo do qual vcs damos aprºfen
João Velho, loão }{artins, & Ca/co teprecuraҫайjellada da o mojofelloma
fizes nºfos va/alos, a todos juntos, ෆ ior. Zada em Efremoz doze de Noué
a cada hum em particular, para tratar 7ίνο. ElKey o mandu. JAires.2tartins
com o illufre Zom?edro pellagra,a de a notou, Era.….(CC.XIX ` .
Zeos Keyde Aragão ſobreſe contrahir * He para confiderar fer a villa
matrimonio entrenos, 9 Zona fabelf de Etremos o lugar em que el
lhamáis velhado dito Rey, é paratam Rey Dom Dinis paflou a procu
bem fé contrahir em поб, тотеþðr pa ração para feu recebimento com
lauras depre/ente, ou fp/orios por pa à Rainha Santa Ifabel, & vir eta
lauras defuturo, é para aceitar tam Santa Rainha a morrer fincoenta
bem'o tmºntimento da mefma Zona '8¿ finco annos adiante refla pro
/belde nos quererpermarido, ou por pria Villa em que fora elcolhida
鷺 Epara alem diftonos compordes para Rainha.Talhe a incontam
m º átº%9 de Aragão febreº dote | cia das maiores grandefas, que os
que no ha de darpela diafuaba, º fitios me{mos aonde fe acquirem
para receber apaga, é fºgurançadelle;
feruem de femiterio para fepul- Prºva
రparåfazer àmfina zɔ. Iſabel doa tarfe. A ambula do óleo cõ que box
೫,೫೫à: */*/ zem os Reys de França fevngem, di-:
νρίβνιακαινισιπί, Ερσάβικη mðrrem,& alguns que feca quando eles….….
dºmin%partepromº/as, cº/gura º fornaa renouarſe pa
ao illafré Reyfobredito da certiza de ra a vnção do herdeiro, affi que
eu contrahir o tal matrimºnio, @ na no mefmo.inftrumento de glória
"máförmételt/garan*** 4*#* tem o defengano de fua pouca
рёёнщрёё,/kurandtшоготуу: duração, & permanencia. Não
*ints,"omingen gepnáris/* duuido que parapublicar ete def
Zerhºre,G emºſ alm-Epar enganoferetirafe a Rainha San
retiler dahiſmo #wpromiſſa, e ſº taiſabel à villa de Eſtremoz,an
teuendo o fim da vida, que felhe
έμφήίάρήμερμίritimwίβεί, auifinhaua. ... . . . . . . . .
####renos, é a febredita filha
f#zparfazz-materi ud." "… Mas tornãdo aos Embaixado
máis que nós pude/emosfizer
" ! ".. . . . . . ‫م‬// pré
-- ‫ ") کﮯ‬: " : "** ‫ میٹر ﭘر‬۴ #* = ‫ا ل ا تص م‬
res, elesfè partirão para Aragão
ente;'ரம் ; prometendi ¢ነን፯ boafë, no mes de Nouembro, & en
2: ; ; if : - - *: ; { : .. '{' : : ‫مر‬: ‫ ﺑه‬، :

φής άγηρι, 6 αμπεη βηγεμον trado o de Feuereiro do anno fè


rato, é9 firme tudo ಸ್ವೋb que por los guinte chegarao è cidade de Bar
celona, aonde elRey Dom Pedro
, , tºdº ºu por qualquerdºwsfizer, º "refidia. Neftanobre cidade rece
" , procura nºtas materias, ºu em quak beráo a Infanta Dona Ifabel, que
?uer
- . .
delle, ¿que má contrariaremos, -- - - - - - - - -

- * *
- - . - logo
.. ... ElRey Dom Dinis, … º. 64
logo partio para efte Reyno, co malfabel, em comprimento do ά
mo fe verá no capitulo feguinte, entre ambos os Reys etaua de
que darà principio ao anno mil. terminado. ElRey Dom Pedro
duzentos & oitenta & dous.E pa defejofo de ver já áquela filha q
ra dar remate a efte de oitenta & tantoamauano eftado deRainha
hum,aduirto que Domingos An que merecia, para comito ficar
Wh ſºpra
fol. 3۶۰
nes lardo Conego de Eúora, o' mais defembaraçado na expediê
qual afsinou na procuração del te de tantos negocios graues, co
Rey, era feu Chançarel mòr, & mo felhe oferecião, examinados
efteue fèrn feruir o officio atè de
os poderes,& procuraçaó que el
fanoue de Iulho defte anno pre Rey Dom Dinis mandaua,& cõ
fente, em quefe lhe retituiraõ os fideradas as arras que profnettia,
fellos, & Cóntinuou outra vez na ordenouſe deſpoſaſſe alnfantaſua
Chancelaria, como veremos e filha por palauras de prefente. E
crito no liuro primeiro delRey
Dom Dinis. * * * * * º, tº . . paraque ete acto fe celebrae có
a otentaçaó,& magetade ácon
ン。【 cAPiT. xxxIII.! uinha, fe poz a caminho para a
nobre cidade de Barcelona, cuja
zºº. . .. . . .. .. . . .
opulencia, & luftre႔ျဖွံ့ defêm
penhar bem feu defejo. No paço
Derecetimento del Rey că real da dita Cidade a onze dias
- a Rainha Santa ". do mez de Feuereiro do anno
*.*.*.* . . . * * ... I

Iſabel. corrente de mil duzentos & oitē


º, ... . . . . .
ta & dous, que tantos aponta o
1282. os Embaixa
intrumento publico, que dete
glores de Portugal 'nó fecebimento fez Pedroda Marca
#mez de Nouêbro, co* riotario gêral dos Reyposde Ara
* mo diſſemos, & com ão, a quem vou (eguindo, em
pouca detença no caminho aporº preferiçà delRey Doin Pedro, &
tarão (ao qúe pree) no Réynö da Rainha Dona Cotança, & da
de Murcia, & fabendo que
‫و‬ ‫سی‬

ill maior parte da nobreza;:& titu
Dom Pedro etaua então na los daqúella Coroa appareceoia
de Lorca,fe foraóá ella,& the de Infantá D. Iabel; & dando con.
raõinformaçaõ de tudo miúda. fentimento nos depoforios, cele
méte.Ostres embaixadores Pôr brou'depreſente 6 matrimonio
tuguetes apreentada a procurá ĉofríeftášpálaurásfielmeűtetrá
cáó defen Rey, requereraóao de duzidá$. ? > ºº!â *? .cº!
Aragå5 ordenaffe combreuidä * Bu'ightlfilha di Excellentizam itu, 4,.
åé çšdefpóforios da ínfanta Dó Pedr#förgråade zjinsiluftre Røk
- - ശ്ലേ,
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
ും entrega de mimparamu-, ra afegurança,& execuçaõ do ca
berlegitima a vos Zy0 Zimispelagra,4 , ſamento. Concluioſe o acto com
de Zeos Zey ae Portugal, c9. Agarue, grande applaufo de todos, &pa
es aindaque aufente, comofº estiuereis. rabens aos Procuradores da boa
prefente. E/obre o sencial do memo forte. E mandoulhe elRey paffar
matrimonio dau meu conſentimento a no mcfmo dia intrumento publi
vos procuradores/obreditos, que fais co de todo o procedido, & delle
em bom nome do me/mo ZDom Zinis Key colhi o que relatei. Vem a sina
de Portugal. - -
dos por teftemunhas, o Bilpo de
Na grauidade,& modeftia cö Valença Dom Jaimes, Hugo de
que a Infanta pronunciou etas Mataplana Propofito de Marſel
palauras ouuidas com attengaõ la, Benedito de Olorda Sanchri
de todos,fe entendeo bem,que as ftão de Barcelona, Meftre Ro
articulaua como quem fentêcea drigo de BifuldunoArcediago de
ra osinteriores do coraçaõ quefe Tarragona na Igreja de Lerida,
lhe defcobrião. Que naõ ha du Ioáodë Proxita caualeiro princi
uida andafle refoluta efta Santa pal Sifiliano. A. da Torre Cone
de conferuar fua pureza,& paflar go de Barcelona,Vafco Ximenes
a vida retirada em Religião pa de Aierue,Valco Pires Afolor, &
ra maiorvniaõ com Chriſto.Mas Benedicto de Mont Pauont.
a vontade que trazia dependente, * - Deuemos á nobre cidade de
& regulada com a de feus pays, Barcelona, & Principado de Ca
ofereceo em facrificio o que in talunha inuiarnos neta occafiaõ
tentaua, & recebeo com obedie hüa tal Princefa. Efta diuida lhe
cia o etado conjugal, que a caria fatisfez o noffo Reyno, com dar
| dade lhe facilitou pelo comodo a Aragaõ húa neta fua, que foi a
de poder remedear a muitos. E Infäta Dona Leonor,mulher del
afino me{mo ponto foi beijar a Rey Dö Pedro Quarto daquella
maöa elRey, & á Rainha com Coroa. De Lisboa aleuou (eu Ge
hüaferenidade de roto,acompa neral das galès Olſo de Proxita,
nhada de moderada alegria, em & na cidade de Barcelona defem
que tetemunhou o goto,& con barcaraú, lado principio de Por=
tentamento com que religioa tugal elRey Dom Afönfo Henri
mente aceitaua aquella determi ques cafou feu filho herdeiro Dõ
nação de fuas vontades. Os tres Sancho Primeiro.com Dona Dul
Procuradores, & naõ sò João Ve cefilha de Dom Ramon Beren
lho, em nome delRey Dõ Dinis guer ಧಿ do nome Conde de
receberaó a Infanta, jurando tu Barcelona,&teue contratado ca
do o que mais era neceffario Pº famento da lnfanta D. Mafalda - fua
\ " ." ,
- El Rey D. Dinis. 65
füa filha com Dom Ramon her lhe permittia. Dizem que a veio
deiro daquelle Principe, E parađ acõpanhando atè a raiá do Rey
naõ aja tempo em que Barcelo no de Aragaõ, aonde fedefpidio
na deíconheça liança Portuguefa, com notauel demoftraçaõ defau
logo no principio daquclle Con dades. O certo he,que nete tem
dado acharà ofeu Conde Vvifre pc tinha elRey Dom Pedro feita
do fegundo do nome cafado com húagroa armada, com que pa
húa bifneta do nofo Portugues fou a Berberia,& no mes de Abril
Lederico, primeiro pouoador á etaua pretes com ela em Tor
foi de Flandes. Contudo o cafa tofa,aonde pelo mes de Mayo lhe
mento da Rainha Santa Ifabelhe chegaraõ Embaixadores de Fran
o maior penhor de afeição com ça. De Barcelona viria cõ a filha
os Barcelonefes. atê a raia de Catalunha, & Ara
Zurita lib, Em todo o difcurfo dos tratos gaõ, & daquife encaminharia ao
8.4.6. dete cafamento não achei clau orto de Tortoſa. No Reyno de
fula q falafeno dote que fe deu Catella aeperaua o Infante Dó
com aRainha Santa Ifabel.O cer Sancho flu tio, que naõ pode co
to he que não trouxe dote, nem mo defejaua fazerlhe cópanhia
enxoual,como feliquidou em të atè Portugal, impedido com as
pode feu filho elRey DõAfonfo guerras que trazia, originadas
Quarto, quando fe tratou o cafã pelo leuantamento contra elRey
mento da Infanta Dona Leonor Dom Afonfo feu pay, fendo que
fua filha com elRey de Aragaõ a noua cófederaçaó que com el
Dõ Pedro o Quarto. Menos au Rey Dõ Dinis, & o me{mo Rey
toridade feria del Rey DomDinis D.Pedro tinha feito,o intigauaõ
aceitar cafamento fem dote, fen a fazer grandes empenhos.Man
do a epofada qualquer outraPrin dou porem atè a cidade de Bra
cefa:mas com osganhos de rece gança, que então era Villa,ao In
ber por mulher a eta Sanů, def: fante Dö Iaimes ſeuirmaò. Che
neceffario era pretender outro gado a Bragança, & vendo fazer
dote mais, que o de fuas perfei entrega da Infanta ao Infante Dã
çoês,& virtudes. Bem he verda Afonfo, irmaõ delRey Dõ Dinis,
de que na procuração que elRey que a etaua eperando acompa
deu a feus Embaixadores,trataua
nhado do Conde Don Gonçalo
que procuralem dote com a In feu cunhado, & de muitos Prela
fanta. . . . dos,& Caualeiros,voltou o Infan
ElRey Dom Pedro dipos o a te D. Iaimes para Catella, endo
companhaméto da filha Rainha vifitado, & affiftido os dias que
na melhor forma que o tempo ali eſteue com muita corteſia de
feu
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
feu fobrinho o Infante DõAfon quarenta graos, & trinta & finco
fo, o qual depois do recebimen minutos, por clima contada en
to, que naquela Villa fez a fia tre as frias do Reyno. He cötudo
cunliada, & feftas publicas com freca,& regalada com abundan
que folemnifou fua entrada nefte cia de frutas,& mantimentos, &
- Reyno, a trouxe à villa de Tran prouimento de pecado de mar,
cofo, aonde elRey Dom Dinis a & rio, com ventagens das outras
i rs efperaua com o reftante da Cor daquellas tres prouincias, Beira,
te, & a maior parte da gente no Entre Douro & Minho, & Tra
bre do Reyno, que de todo elle lofmontes.Tem a figura circular,
tinha concorrido à fama dano fendo húa boa praça, centro, &
ua Rainha, & das fetas que feti os muros circunferencia, que oc
nhaõ preparado. Foraõ etes os cuparäo de ambitomil atèmil&
mais celebres depoforios que ate duzentos pafos comuns, incluin
então fe tinhão celebrado emPor do o catello,que terà de circuito
tugal,& parecia o cãpo de Tran trezentos. He habitada de fami
cofo fora dos muros húa boa Ci lias nobres dos appellidos Cardo
dade com as tendas, & caías de fos, Fonfecas, Pereiras, Vafcon
madeira,que os Ricos homens,& cellos, Pachecos,Sipayos,Ama
caualeiros mandaraõ armar para raes, Borges, Tauoras, & Sarai
em quanto as fetas duraffem. E uas.No campo tem húa pequena
para que feveja a comodidade irmida leuantada das ruinas de
do fitio, & lugar que elRey Dom outra maior da inuocação de Saõ
Dinis efcolheo na villa de Tran Bartholameu, em memoria de 4
cofo, defcreuerei breuemente o naquella cafa fe recebeo e|Reŷ
ſitio della. Dom Dinis com a Rainha Santa
Eftà a villa de Trancofo fitua Ifabel. ElRey Dom Afon(o Hen Lib.dof.
da em hum alegre, & epaçoto riques deu foral a eta Villa, & raes velhºs

campo,donde correm finco fon foi o hefmo de Salamäca.Elkey fol.42.


tes,& algúas de agoapor eftremo Dom Afonfo Segundo lho con
fria,& boa, & todas ellas fabri firmou achádofe na propria Vil
cadas de cantaria, & dellas tem la no anno mil duzentos & deza
rincipio o rio Tauora. Leuan fete.
tae a Villa o que bata para er Foraõ as fetas notaueis com
vita de todas as partes,com mais grande concurto de caualeiros,q
eminencia para a parte do Catel naquelle campo de Trancofo ga
lo, não impedindo a feruintia de ftaraõ muitos dias em jutas, &
coches, & carros, que a podem torneos. E da grande feíta,& boa
pafear toda Età em altura de paz que ouue neíta entrada da
Rainha
-** * - - . .* ‫ حم‬- ." ‫ ארץ‬. . ' ' '" . . " *
-

ElRey Dom Dinis. . . . 66


Rainha Santa Ifabel, prenotica enn preridas das primeiras viftas
tão todos a felicidade que o Rey que tiueraõ; & com a fogeitar à
no lograria cóeta Princefa.Dife Rainha, quis pagar aos morado
rente prefagio ouue na entrada res os gaftos qué tinhão feito emi
da Rainha Dona Leanor mulher feu recebimêto. Do primeiro dia
delRey Dom Duarte, quando de de Iulho por diãte fez outras doa:
Aragão veio para eté Reyno,por çoês, eftando ainda na melma
… que no primeiro lugar delle em Villa, nomeando jäerň compa
que entrou, fe trauou húa briga nhia a me{má Rainha, como ve:
com môrtes, & feridas entre os remos:mas darei primeiro a doa
criados dos Arcebifpos de Liſ çaõ de Trancofo, que he eta.
boa, & Santiago, que a acompa Saibão todos que ainda que moi ZX3
nhauáo, deqüe{èpronofticaráo Zimis,por graça de Zeos źeýde?ortu. ίiύ. 14ά.
os grãdes trabalhos que por cau gal, c9º Agarue afinemos, c9 demos a verſ
fa deta Rainha o Reyno teue. E vos ZDona Iſabel n9@agfpofarm dag70
he de notar, que por feetrear bé propter muptias a; no/a. .//ill# dé Obi
glRey Dom Duarte,celebrou feu aos, ¿(brantes, & Porta de 3/33, comi
fecebimento na Igreja de Santa rºdas/ºu rendas, direitos, termos, ఈ
Clara de Coimbra junto da fe pertenças, como he conteudomais largá
pultura da Rainha Santa Ifabel. mente na carta quefefez dfo Noià.
* Ruide Pina na Chronica dete tudo na primeirayilia que tiuemos vo/a,
Rey diz, que no mes de Agotto querenaofazerudi fauor partιεμίν, ఈ
férecebeo com a Rainha Santa, ಬಹಿ4 #4 ನ್ಪಿ।
&muitos o feguirão neta retolu temºs, acretentamos à alta dºaçãº#rº.
ção. Por mais certo tenho que pter naptiai, ang 2) นี้ไ4 de francόβίο
recebeo elRey dia de São Ioão todefas aldeás, termosºpertenças,
Baptifta, dia fau(tó, & deboa el e com todas as rendas, Gidas,frutos,
frea, & mais felice que o da co c*proueitospertèncèntes 'à dita Cilla,
foação de 蠶 Oitauo dę 6°åjas aldai,parajueas legieis, cos
--
- - . . . ... . ;
ಈ Inglaterra com Rainha Doná pº/mar; fgundo afro, & #denação
Catherina, que foi em outro dia nomeadas das tres villas na mo/a carta.
de Sáóföäo fio antió do Sehhör Contudo a doação defia vila de 7hanco/a,
mil quinhentos & noue. Eferia 6" de/as aldeas queremos tenhavaler
por ម្ល៉េះ Raihfia;qúēšñ#á sómente em vogavida, ténos não pá
b nomẻ de Ifabel,cởmoa mấy đc recer conuenientereu garfº. Em ոի:
Baptifta. Aos vinte & féis défi munho do juulyos dimgi efia em 7kan
'phō, dous dias depois do d¡S#3 cº/94 vinte </eis de lunho. Parman
João deu elRey ame{ma vilã de dado del Rey. Zimingo, Culherme a
Trancoſo á Rainhá ſua múlher покои. Е. Ха.(С.А.Х. QԱe he an
flo
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
no do Senhor mil duzentos & oi
tenta & dous.
C A P I T. XXXIIII.
Daqui conta ferem ja pafla
dos mais dias que elRey auia vi
fto a Rainha, pois pela primeira De algüas pefoas que soie
occafião em que a vio,& afeição rão em companhia da Rai
que lhe cobrou, confefa fazer a nha Santa I/abel.
doação de Trancofo; & ainda 4 1282.
nella a nomee por efpofa,que pa i Arece pedir a ordem
recenaó declara ofer mulher ja - da hiíloria, deffois de
recebida, nas outras doaçoens a 刻停 寧
tratar o recebimento
nomea por mulherfua, & neta Fº** da Rainha Dona Iía
como era em acrecentamento de bel, & fua entrada nete Reyno,
' arras voluntario, vfou da palaura dar tambem noticiadas pefoas 4
cípofa, a que as arras cotumão a acompanharaõ, & em particu
prometterſe; 4 nad he criuel paſ lar daqüellas de que temos me
afe hum diataófoléne, como o · morias nefte Reyno. E porque o
de S. Ioão,& fe celebrafe em ou maior feruiço que fe pode fazer a
tro particular as bodas.Otocante eta Santa Rainha, he repetir os
a ellas, & ao caíamento delRey, intrumentos, que ajudaraõ acõ
aindaque fuccedeo do principio feguir o eftado da perfeição, tem
do anno atê Iunho, em que no primeiro lugar oConfeflor,a quê
Reyno concorreraó outras mate. encarregou a dipofiçaõ de lua
rias dignas de hiftoriarfè antece conciencia defde que teue vo de
dentes ao recebiméto delRey em razaõ, Foi efte o Reuerendo Pa
Trancofo, fui tecendo com anti dre Fr.Pedro Serra,varaõde con
cipaçaõ confiderada, por naõin umada virtude, & digno pela
terromper o que a ete ponto grande fama que corria em Ca
... k requeria, ¿ando defpois talunha de feu efpirito,de fer elei
noticia do mais que to por elRey D. Pedro, & a Rai
- * falta. -
nha Dona Cotança para metre
deta filha, em quem vião princi
piostambemfundadosparaa vir
tude. Era o Padre Serra profeffo
da Religiaõ dos Mercenários, &
refidente no conuento de Barce
lona de Santa Eulalia,quehea ca
beça deta fagrada Religiaõ.De
fte conurnto (aio ofatovaraö
acom
ElRey Dom Dinis. 62
acöpanhado de Fr. Bernardo de de companhia. E o Zeuerendo fenhor
Montagut Religiofo da melma *Afire Cerallhes deu licen aparafun
cafà, metre em Theologia, & de dar conuentos naquelle Reyno,eo afitir
igoaes progrefos nas materias de com a Infanta todo aquelle tempo que
efpirito,pedido també pella mef fje fua vontade. Aindaque a me
ma Rainha para vir em compa moria diga que fairão etes Pa
inhia fua. Hüa memoria do con
dres de Barcelona pelo mes de
:uento de S. Eulalia de Barcelona
Dezembro, que he o de mil du
efcrita em lingua Lemofina co
zentos & oitenta & hum,em que
municouo P.Fr. Pedro de S. Ce o Chroniſta Frei Pedro de Saö
cilio (Chronita hoje da Religiaõ Cecilio acenta eftas coufas, naö
Mercenaria,&pefoa a que fede fe deue entender que fairão logo
ue todo o credito, por füa erudi para acompanhar a Infanta, pois
çaõ,verdade,&juizo,&auentaja ella em Feuereiro do anno mil
da notícia das antiguidades,affide duzentos & oitenta & dous fe de[
füa Religião, como das mais de pofou em Barcelona, & defpois
Hefpanha) ao Licenciado Iorge dito partio para ete Reynomas
. Cardofo; era corrente então a deue entédere, que naquelle mes
lingua Lemofina, chamada afsi, lhes derão a licença, & tiuerão
poffer a mefma Francefa da Pro ordem da Infanta para vir com
uincia de Lengoadoc, contigua ella, por e ir dipondo a execu
de Catalunha, de que he cabeça çaõ de feu cafamento. Efte foi o
a cidade de Limoges,& introdu primeiro enfeite que a Santa Rai
zioſe quando eſteue vnida à Co nha Dona Itabel preuenio para
roa de Aragão, parte daquella feus defpoforios,o miniftro da pu
Prouincia pelo Condado de Ro refà de 醬 alma, & o epelho em
fëlhon, & fenhorio de Möpelher, 醬 compufefíe os meñores de
que a comprehendiaõ. Diz pois eitos, & aefcoua da penitencia
eta memoria. 蠶r2GU
os alimpafe, quando a
a natural os admittiffe. A Theodoria
Os Padres F.Pedro Serra,6 F. Santa Ifabel filha delRey de Vn-" 2. ri
3ernardo »contagut Jºffre em Theo ឆែ្ក mbem da nof.
logia fairão de Zarcelona oprimeiro de à Rainha, cafando naquele tê
Zezembropara acompanhar a Infanta po.com Luis Langradede Thu
Zona fàbel, que hia cafar com Zion)fo ringia, mancebo de igual virtu
Zeydé Portugal, Oprimeiro era ?u á. de; mandou eftefeu efpofo por
fefford de que a Infanta trueyfo de ra · primeira prenda hum fermofo
zão. Ofegundo, porfer pejoa ae mui e(pelho, no reuerto do qual eta
fanta»ida,pedica Infantaffe com ele ua pintado hum deuoto Cruce
- M fixo
- -
Liuro XVI, Da Momarchia Luftamá.
fixo, com que lhe aduertia os en fundador, daria no territorio del
feites de que queria que ella fe la lugar a Fr, Pedro para Conué
adornaffe, & obrou tanto em to. Nas efcrituras he conhecido
ambos a aduertencia, que etrei ete moteiro cõ a inuocação de
tando as permiffoës do matri S.Vitoria da Ordê de S. Olaia, ou
monio, permanecerão em per Olhalha de Barcelona.
-

petua catidade. Não necesita Daqui fe vê que teue muito


ua anofa Rainha Santa Ifabel fundamento Frei Alonſo Ramon
detas aduertencias,nem lhe caio para dizer nafuahitoria dos Mer
em forte efpofo que as fizeffe, cenarios,quotinera a Ordenn em
*
mas deuaõlhe os maiores Reys, Portugal dous Conuentos,& tres
& Principes da Europa ofer fru Vigairarias. Faltou a Ramon no
--.*s-
º tos felices daquella conjugal fe ticia do tempo da extinção detes
cundidade. - -
conuentos, & aſſi diſcurſando no
Veio Frei Pedro Serra, & feu que lhe pareceo mais a propofi
companheiro Frei Bernardo a to,refolue que foi cas guerras del
Portugal, adonde continuou no Rey Dom Ioão o Primeiro, fen
lugar de confeffor da Rainha do Vigairo gèraldelles Freil)io
Santalfabel largo tempo: naõ li. nyfio de Santarem. Eferia por ver
mitarei quanto foffe, porque o nefta occafiáo mefma ouue
º
naõ alcanço; sòfèi que pellosan eparaçoês nete Reyno em de
nos de trezentos & dezoito era pendencias de Religioes, & Igre
jâconfeffor môr da melma Rai jas vnidas, & ſubordinadas a Ca
nha Frei Efteuão de Santarem, tella. Mas aindaó no tépo detas
primeiro miniftro do Conuento guerras e occafionoua definião,
¿la Trindade deLisboa;& defpois não ouue porem ruinas no efiado
delle Frei Saluador da Ordem de Ecclefiaítico, & afeparação (e fez
Saõ Francifto, que o era aétual a repeito do fcifma, 4 então fau
mente ao tempo de fua morte, torizauão os Caſtelhanos,motiuo
como veremos.Não eteue ociofo
o fanto varão Frei Pedro nefte
j em Portugal fetomou para a
efanexação, & feparação fobre
Reyno, antes conforme a comifº dita,de áfe dará larga relação na
faó de eu Superior para fundar quelles annos.E quãto ao moftei
Conuentos,entendemos que edi ro de Santa Vitoria do termo de
ficou驚 termo de Béjao de Beja, ele permanecia em tempo
Santa Vitoria.E deuia fer,que co delRey DõIoão o Primeiro, por-so#
mo elRey Dom Dinis melhorou . ue no anno milquatrocentós & •ífè 69
aquella Cidade cõ torres,& edifi nco, a vinte & dous de Dezem
cios, que quafife podeter porfeu brolhe confirmou os priu legios
CՈՂ
ਾਂ…।“
-*. . * - -
... …
* *-*… …

" : - ‫ تم‬... ‫بان كي‬

ElRey Dom Dini. . 68


em Monte mór o Nouoa inftan zendo: Em в диаl mysteiro em hum dit -

cia de Frei Frućtus frade da Or de Kamos, ſeendo helzeyfeu filho,& a


dem de Santa Olhalha de Bar
Κainha Zona Ζrite ή ηolhόν, quefa
celona, Comendador do motei <!ão muitahonra 4quellaricadonna,que
- ro de Santa Vitoria do termo de
eras à criada.Egia/obrinha deſta Rai
· Beja Ejâaqui relata auerem fido nha foi dt/pois a (gunda-Abbadº/a em
confirmados os mefmos priuile
然 mºſteiro,6 digião!he zona/ſibel
gios por elRey Dom Pedro feu *Cºrdena, porque era filha de zºom
pay, & por Dom Afon(o Quarto * ÄŒamon de (ardona, & de ZDona Žeatris
i feu auò,final de que foraó conce irmãadfastainha, a qualelRey zom
<didos em tempo delRey D.Dinis ?edro de :Aragom padre defia Rainha
, ſeu biſauo. ElRey Dom Afonſo : ouue de hãa Infante de Aragom. De
Quinto pelos annos de mil qua uia vfaro Autor defla hiitoria da
trocentos & quarêta & finco por Palaura, Infante, no fentido em
- aluarà feu coñfirma a poffe defte que naquele tempo chamauão
· mofteiro a Frei Fructus Comen as ricas donnas, & fenhoras prin
dador delle, a quem o Papa Eu —cipaes, lofangºas, & não por fer a
genio Quarto o dera, & declara Dona Brites filha de Infanta, &
“etar fogeito ao de Seuilha. No neta de Rey, porque Blancas naó
moteiro da Conceição de Beja . declara talcõufa,hem os mais e[..
fe conferua ete papel, & outros, critores Aragonefes, & dizem
º por felhe anexarem as rendas do į fimplefinentė que tiuera elRey
* - -

º dito moteiro; & feria (em falta DomPedro aquella filha em Ma


em tempo delReyD.Manoel,por º ria Nicolao, de que tambem te
* fer a Infáta D.Brites fua mãy ün- - ue outros filhos. -

* dadora do moteiro daCõceição. Dom Pedro de Aragaô meio


• Por dama daRainha Santa ve- -irmão danofaRainha,êntrou na
* io Dona Ifabel de Cardona fòbri- uelle tempo em Portugal, a 0n
nha da melma Rainha, por fer fi- i.
calou, porem foi annos adian
lha de Dona Brites fuairmãa ba- > te, & ent:5 ſe darà a cauſa de ſua
tarda.Entre outros filhos não le- vinda, & defeu cafamento nefte
gitimos que teue elRey Dom Pe. Reyno. Em hum tombo antiguo
dro feu pay, aponta Ieronimo ' do mofteiro de Mancellos, eñtre
Blancas in Blancas a eta Dona Brites; & a
os Ricos homens que ali tinhão
"ººº hiftoria antigua da vida da Rai ' raçoês, fegundo o'coflume da- .
- nha Santa, que eftâ no mofteiro quelle tempo,ſe nomea D. Afóſo *
de Santa Clara de Coimbra,aon "irmão da Rainha Santa,não feife
o de Donalfabel de Cardona foi a foierro,ánaó acheioutra noticia
sfegunda Abbadefa,o declara di delle. De algúas familias fe preu
:
-
M 1. file
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
me teréprincipio de caualeiros, rio. Occupou Theodoro Lafca
4 nete tempo vierão cõ a melma ro o Imperio por expulfaõ que
Rainha: não duuidamos de fer feza Miguel Mauroſomo, & deſ
asi,mas não ha fundamento com pois de pofluir aquella Coroa,
ue demotralo. Veio tambem a morreo deixando hüa sô filha
ete Reyno Dom Raymon de chamada Irene cafada com Ioão
Cardona, que foi Alferes do In Bataço,que fuccedeo no Imperio
fante Dom Afonfo: mais adiante a ſeu ſogro. A Ioão Bataço ſe ſe
daremos noticia defte caualeiro. guio TheodoroLacaro feu filho,
A fegunda mulher do Conde D. por morte do qual ficarão hum
Pedro de Barcelos Dona Maria filho,& duas filhas.O filho fecha
Ximenes Cornel, me perfuado mou Ioão,& hũadas filhas Irene,
vir agora por dama da Rainha. a que tambem chamauão a In
fanta Lafcara. Detes irmãos acei
CA PI T. XXXV. . tou a tutoria Miguel Paleologo,
o qual ambiciofa, & tiranicamé
te e introduzio no Imperio, má
Dafe noticia de Dona Ba dando tirar os olhos ao pupilo
taça dama da Rainha Ioão, & cafandolhe as irmãas cõ
Santa Iſabel, , dous Principes do Imperio La
tino.
1282.
-

鬣顎器 º Eio por dama també Huma dellas, que foi a Irene,
蠍 da Rainha Santa Ifabel ou Infanta Lafcara, cafou em Ge
huma illuftre Princefa noua com Guilhelmo Conde de
g º chamada Dona Bata -Veyentemilha, de que teue tres
ça. Eteue efcurecida fua memo filhas, & hum filho. Chamoufe o
ria, atè que adiligencia de Iero filho tambéIoão, q ficou cõ ofe
nymo Zurita,& Andre de Refen nhorio de Veyếtemilha,& a mãy
de deu della luz batante. Do que Lafcara cõ as tres filhas D.Violã
Refende acrecentou a Zurita, & te, D. Beatris de Grecia, & D.Ba
do que ajuntaremos a ambos e taça fe paflou a Aragão em tem
zuritalib,
- ftes
ſ: autóres, fefaiba, que vendo po delRey Dom Pedro, pay da
5.tvlt & e o Emperador de Grecia Alexio noffa Rainha Santa Ifabel. Cafà
#3c7, Angelo com duas filhas viuuas, rão em Aragaõ duas das filhas, &
*":"Irene,&
antiquit.
Anna, as tornou a cafar , a terceira, que foi Dona Bataça,
liί 4. fegunda vez, Irene com Alexio veio a Portugal por dama daRai
Paleologo, & Anna com Theo nha Santa. :... .

, doro Lafcaro, ambos elles Prin- . Por fer Dona Bataca de tão
cipes do melhor daquelle Impe altofangue, & parenta da Rainha
- Santa
ElRey D.Dinis. 69
Santa Ifâbel, por via de fua mãy mºeda velha de Portugal. E ºbligºtada
a Rainha Dona Cotança, a ca efa mtidade, @ todo o alque oíuer, a
fou elRey Dom Dinis em Portu daretes dinheiros de//o ditosa que vos
gal com Dő Martim Annes, Tio mandardes.E fiefaço devontade… de
de alcunha, filho de Ioão Gil de conſentimeto de meuſenhor elke zom
С0»t.Pet,
Souerofa, & de Dona Coftança Zinis. Eeu Keyz), Zinis de inhaau
tit.16. Gil, irmãa de Dom Martim Gil toridade, coménto,6… outorgogías cou/a
Alferes mór delRey Dom Dinis. de/öß ditas, @"por nom virem em du
Naõ auia em Portugal pefoade uida,mandeipoer meu/ello em #a car
mais illutre fangue por parte de ta em teſtimonio. Em testimonio dus
pay, & mãy, que de Martim An 4uais cou/as eu Xartim_annes fabre
nes, affi pelos de Souerofa taõ co dirºfende entre mim, o vai Zona
nhecidos, & de que fe tem da Žatan;afazer dúas cartaspartidas por
do noticia na terceira, & quar -43. (per mão de Zºomingos Soares
ta parte defta hiftoria, comó por publicº7ábalom de Lisboa, devm me
fua mãy, q procedia dos da Ma des teor, @ fizeas/celar de meu feelo
ya, Riba de Vifela, Soufàs,& ou pendente, E/obre todo co roget a Ioan
tras familias illuftrifsimas. O ca me 3dendes, 2 a ?ay 2ae7abalia,
famento de Dona Bataga fecele de Zibº, quepu/e/em/us/nae, em
brou no anno mil duzentos & oi cada hua J. cartas em tºftimonio de
tenta & finco na cidade de Lif. verdade. Fitas as cartas em Lisboa
boa,como fe vê da carta de arras dez dias de Julho/ak E.%Ccc.κκίή.
feita a dez de Iulho daquele an que preſentes fr് a effe feito chama
no,& diz deta maneira. dos, cºrºgados. No/fo/enhor elRey Z).
-
/n dei momineJ4mem. Saibáo todo;
. ‫السلام‬
Žunis. Zom Žomingos Moamnes Žiſpo
'' aqueles que fia carta viré,que eu Xar de £uora, © (ham,arel delzey. z»êm
°mbiu, tim Ænnes cafo rom y%oZ)oma $atam- ¥a, tim Cl.z, „φο Εβolla-Αka
ça,& quero, & outorgo que ajades aſsi de de Á»ñéø4, (>?orteírómó d•l?•y.
Ç0ነ/ጋ0 cºſtume da Estremadura a mei- João Soares_Alaõ. Aires Ꮴ;aſues ്
dade de toda aquella hºrama que en 9, cruza delzey, Ioanne }Zendes, eo Pey
crepero auer, aſsi de mouel, 4
Paes zabalia de Lisboa.
como
raizº/Si daquela que eu ei em Portugal, Defpois de cafàda viueo Dona Uib.2.del
6 em Leom, como em Caliza, como a- Bataça na freguefia de Santiago ಲ್ಡ Dam
lhur hu 4uerqие о еи aja . Pero so tal de Lisboa, aonde teue cafas, que 器. v.

* condi;om, quefe vos ante morrerdes ca fèus teftamenteiros venderaõ, &c” 3 es

eu, ,ே појoпoт oииer, 4ие ја pofuia em tempo delRey Dom


meidade quevos eu dou,/etorne a mim, Ioão o Primeiro a Condefa Do
குன் que a dè a quem vos mamdardes
na Guiomar. Defte matrimonio,
duas millibras de Portugue/es de fada diz Zurita,que naceo huma filha:
M3 ÍI) 4S
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
mas o Conde Dõ Pedro affirma, gar de CVillalar, que vos Zona Zetança
que não a tiuera Dõ Martim An fija de la muy noble ZDona La/cara In
nes; fehe que a ouue, morreria fante de θrecia dades a nos. Era ja
minina, mas em nenhum dos te nete tempo viuua Dona Bataça,
fta mètos de feus paes ha memo & etaua em Catella por aya, ou
ria della, nem nas mais efcrituras Camareira da Rainha Dona Co
que felhe fizeraó, de que vi mui flança, filha delRey Dom Dinis,
tas no cartorio da Sè de Ceim cafada com elRey Dom Fernan
bra, à qual Dona Bataça deixou do Quarto, que lhe deu outras
fua fazenda,por fe mandarenter Villas, como adiante veremos.
rar naquella Igreja. No tempo em que ela teue o
O Metre de Santiago DõPe fenhorio de Santiago de Cacem,
cartºn, dro Fernandes Mata pelos annos & Panoyas, as enriqueceo cõ Re
da se de de mil duzentos & oitenta & oi liquias, que a Infanta fua mãyde
Coimbra. uia trazer de Grecia. Em Santia
to empraſou a Dona Bataça,& a
feu marido Martim Annes algüs go de Cacem (e venera ainda hüa
bens, q a Ordem pofuia,& auiaõ Heliquia notauel do Santo lenho,
fido dos filhos, & filhas de Dona & por elte, & outros beneficios
Tereja Gil, filha de DõGil Vaf. ementaõ os Parrachos na etaçaõ
· ques de Soue ofa, Zamos, y otorga a Dona Bataça como a bemfei
mos a Z). X(artim -Annes, y a u mu tora. Refende fe perfuadio, q ga
ger Z). Žatança. Em outras efcritu nhara Dona Bataça aos Mouros
2 -

12 dº o ras a nomea (empre por filha da eta terra, feguindo a tradiçaõ


dedesâia Infanta de Grecia, como he nas vulgar do pouo Ocerto he o que
efcreuemos, cõ a efcritura da iro
da Condê- trocas que o Metre de Santiago
*", - -

ajiºs. Dom Diogo Monis fez com ella ca que referimos,alem de que no
da Villa, 8 Caſtello de Santiago tempo delRey Dom Dinis, em 4
de Cacem no Campo de Ouri a Dona Bataça veio a Portugal,jà
que,comenda,& rendas do lugar efte Reyno eſtaua liure dos Mou
de Villalar,que Dona Bataça ti ros,excluidos do Algarue vltima
nha em Catella. A efcritura de mente por feupay elRey D. Afon
Panoyas foi feita no anno de mil fo Terceiro. No difcurfo dos an
trezentos & quatro, & a de San nos adiante auemos de falar mui
tiago de Cacem no de mil tre tas vezes em Dona Bataça, affi
zentos & dous. Na de Panoyas quando efcreuermos da Infanta
diz deta maneira : A vos la muy Dona Coftança, de que foy aya,
noble ZDona Zeta afija de la mui noble como na occafiaõ da moite de
Zona Lafcara Infanta de Crecia.Ena feu marido; & defpois no anno
de Santiago de Cacem: Por ello. mil duzentos & trinta & quatro,
C In
E!Rey Dom Dinis. 7o
em que ela morreo. Alem detas D.Gonçalo tenente de Neiua.
occafioés outras mais vezes tere Dom Nuno Mordomo môr.
mos materia de relatar algüasac Dò Mem Rodrigues tenente da
çoés fuas em feruiço das Coroas - terra de Maia. : -

de Portugal, & Catella, aonde Dom João de Auoim tenente de


teue a etimação que merecia... Alentejo.” · :
Dom Mem Fernandestenente de
CAPIT. XXXVI.; , Chaues. -

D. Pedre Annes tenente de Tra


lofmontes.
Continua elRey D. Dinis Dom Pero Ponce tenéte de Cin
* -

.
em vifitar o Reyno,S-faz faẽs. .. . . -

compoſitào com os Ec-. Dom João Rodrigues de Brittei


TOS.
elefia/licos. -
-

DõLourenço Soares tenente da


Eixamos a elRey Dom Ribeira do Minho. -

# Dinis a doze de Noué Dom Pedre Annes de Portel te


glºbro do annopaſſadona nente de Leiria. -

* villa de Eſtremoz,don Fernão Pires de Barbofa.


de delpidio os Embaixadores pa Dom Martim Annes do Vinhal.
ra Aragaõ,& mandou a procura Martim Dade Alcaide de Santa
ção para os depoforios, & cafa 1e1m.

mento de á temos tratado. Tor Mem Rodrigues Porteiro mòr.


nando agora a continuar com a Os Prelados faõ etes.
occupaçaõ em que andaua devi Dom Tello Arcebipo de 98raga.
fitar ás comarcas do Reyno, em Dom Vicente Bifpo do Porto...
Alentejo, & Algarue,gaftou ain Dom Aymerico de Coimbra.
da atè o mes de Mayo do anno Dom Ioão da Goarda. . .
refente, acudindo ao que mais Dom Mattheos de Vifeu.
importaua por todos etes pouos. Dom Duraöde Euora.
A vinte de Março, etando elRey Dom Mattheos de Lisboa.
em Beja,deu foral à villa de Orio Dom Bartholameude Silues.
Ha, a que poz efte nome, mudan Vagaua a Igreja de Lamego. .
dolhe o de Bonalbergue,que dã Domingos Annes Chãçarel mòr
Lib. 1.dl tes tinha.E deulheo mefmo foral tambem confirma.
Ꭰö
º de Santarem. Confirmao nelle.
fol. 62. Seguée por tetemunhas Mi
' O Infante Dõ Afonfo fenhor de guel Fernandes, & Ioão Domin
Maruão. Portalegre, & Arõches, gues Vchoês delRey, Lourenço
& tenente de Lamego. O Conde Martins ſeu Eſcançaö, Lourenço
M4 Domin
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Domingues ſeu Ceuadeiro, & Dona Maria AnnesAbbadeffa de
João RodriguesC,aquiteiro. Erão Loruáo, & Dona Sancha Annes
officiaes ménores deftes cargos, Religiofa do me{mo Conuento,
蠶 declaro, por fe cuer jä fendo que oliuro velho das linha
eito em outros lugares.Entraraõ gens as aponta. Ainda que as ir
vltimamente tres medicos del mans de Dona Serafina tomatão
Rey , Meftre Pedro de Lisboa, o Patronimico de Ioannes,ou Eâ
Metre Ioão de Guimaraés, & nes por feu pay DõIoão Garcia,
Metre Gonçalo de Coimbra; & feguio ella o de Pires, auendo re
Franco Annes foi o notario. peito a feu auôFernão Pires Pele
Os dous Mem Rodrigues,que grim.Confirmafe o referido com Cartoris
aqui confirmäo,o primeiro era da a doaçaõ de Loruão, que vem a de Louis
familia dos Vafconcellos, & o fe dizer em fumma, que Dona Ma tit. dottr
mo de Wi
gundo, 4 feruia de Porteiro mòr, ria Annes Abbadefa, & o conuế. feu magº
entendo fer da familia dos Sou to de Lotuáo, vendo o fauor que??, ¡.
fas: & fuppoto que já em outras ella, & o moteiro recebião de
occafioésTo apontei confirman Dom Mem Rodrigues Porteiro
...do, refèruei para efte lugar a no mór do illufłre Dom Dinis Re
tícia que delle fe pode alcançar, de Portugal, lhe daõ a elle, & a
porque ha de fer dedufida dehữa fua mulher Dona Serafina Pires
doação do moteiro de Lotuão, todas as heranças que tem na vil
feita em defanoue de Feuereiro la de Alegrete da parte de Dom
deſte proprio anno. Ioão Garcia,& Dona Vrraca Fer
O Porteiro mòr Mem Rodri nandes feus paes jà defuntos, &
gues eka, ao que parece, primo da parte de Dona Sancha Annes
de Dom Vafco Mendes de Sou fua irmáa monja de Loruáo. Affi
fa, de quem o Conde Dõ Pedro que por eta efcritura viemos em
fala no titulo 24. 5. vltimo, & a conhecimento do Porteiro môr,
uem o Dom Vafco Mendes, por de qfe não podia alcançar coufa
não ter filho legitimo, deixou fua algüa, vendoo nomeado pelo pa
fazenda. Cafou Mem Rodrigues tronimico sömëte, fem outro ad
por ete repeito com Dona Se junto,de que fe pudele conjectu
rafina Pires, filha de Dom Ioão rar quem ele fofe; como també
Garcia de Soufa, fenhor de Ale füccederâa outros póreta caufã.
grete, a que chamaraó o Pinto. De Beja fe partio elRey para
Não nomea o Conde DõPedro o Algarue, adonde fe deteue atè
eta filha a Dom Ioão Garcia:mas o principio do mes de Abril. Na
náo ha que efpantar, que també cidade de Silues fe achaua a qua
fè efqueceo de lhe dar por filhas tro dete, & não pode continuar
naquelle
--
* ElRey Dom Dinis. 71.
naquelle Reyno com mais vaga ua defejofo de dar fim a etas có.
res, obrigado da occafião que di tendas, naõ no cófentio repeitar
remos. Por morte delRey Dom do o eftado Sacerdotal,qué tiuef.
Afonfo Terceiro ficarão as con fem mais trabalho no caminho,
trouerfias do eftado Ecclefiaftico antes com a maior breuidade deu
em termos de compofiçaõ, pro volta para a cidade de Euora,Eti
mettendo elRey Dom Dinis de maraõ osEcclefiafticos como era
reduzir tudo a concordia na con razão ete lanço, & na carta que
formidade dos decretos de Gre | efcreueraõ ao Pontifice o relata
gorio Decimo, admittidos por raõ entre o mais q tocaua a efte
feu pay à hora da morte.Naõcõ negocio. Iuntos todos naquella
feguiraõ efeito, aindaq em tem Cidade, conferiraõ Qutra vez as
po de Niculao Terceiro feinuia materias có beneplacito, & con
raõ procuradores a Roma por fentimento delRey,o qual a vinte
" parte delRey, & dos Prelados. & quatro do mefmo mes de Abril
, Morto efte Pontifice a vinte de efcreueo tambem ao Papa, no
Agoſto do anno paſſado, torna meando por feus procuradores
raóos Prelados do Reyno a con os me{mos Martim Pires Chan
gregarſena Sé vagante, 8 aſsi tre de Euora,&Ioão Martins Co
ſtindo da parte delRey algús Ri nego de Coimbra. E aindaque
cos homens, tiuerão húajunta na tudo conta das cartas delRey, &
_cidade da Goarda, adonde por dos Prelados, dareidellas orie:
tempo detres ſomanasſe contro lado no appendice, porque faõ
uerteo a materia,& feitos artigos botaueis,& de grande importan
de compofigåo, difpuferåo män cia para o verdadeiro conheci.
dalos confirmar a Roma ao Papa mento dos metiuos,&progredos
Martinho Quarto, que tinha en detelitigio, deixando aquifam
trado no Pontificado a vinte & Imariadaádos Prelados,& tradú.
dous de Feuereiro deíte anno mil ‘zida a delRey, que he afeguinte.
-

\ -

duzentos & oitenta & dous. …, Αοδεκβιno Padre,g/inforzό


------> . . . ;ふYい* い 、「ァ・く・ふ*" * - ".

Era juto dare vita a el Rey 3ártinha pela prudencia de Zeus


de tudo o procedido, & affide δunmo Pontiίο άa Sanία 4κία 4
uiaõ partir etes Prelados da cida &να, 2μονίωμί.grώκαεόακο ‫․ن‬4 )v‫ فی‬۰۸

de da Goarda, aonde etauaõ, a வே::::::::


Alentejo, por andar então elRe итаистигада: панта е
neta comarca. Tinha elRey já
pafado ao Algarue,mas fabendo ::து
que os Prelados o hião bufcarpa :த
ϊca deζα",φு:
-r#pub ιεινά hκαιά, ്നു.
ra o efeito (obredito, como eta விா:ஆலம்,
| (eſuk
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
He/u: não duuidamºs que tambem vos
capitulos, é fazer que osguardem nº
alegraes entranhauelmente nas couſas fos/ubditospara fempre, cemo vereis nas
que encaminhão á paz de Meru/alem a repoflas delles, que vos inuíamos. Pelo
Santa Madre Igreja. Por sta caufa que fupplicamos humilde,c9 deuctamen
determinamos manifºſfara alteza de voſ te a y da Santidade, que os confirme,
fa Santidade,que promulgando em tem para que alcancem firmeza perpetua.
popa%ado ofewhor Рара Сregoris Z)e- Zada em Eutra a 24 de Abril. Afo
cimo de/anta memoria, com com/elho de fo X(artins a notou por mandado del
feus irmãos, hãa ordenação, ºu prou Rey. E, X (CC XX, que vem a
fã contra nº/ºpo Zom Afonfº illu 'cair no anno que diflemos. . .
#re Zey de Portugal, e” -agarae, º * A carta dos Prelados para o
fendo tenção duquelle Papa expreada Pontifice fica já relatada,& vinha
name/maprou/aõ, que nºs comprehen a concluir fupplicando a me{ma
de/alarambem años.Finalmente d/: confirmação dos capitulos de q
piís de morto o dito mofo payº: venera -dependia aizençaõ, & (oberania
mais Padres Fr.#ello Arcebifpo de Zara dos minitros da Igreja.Não tem
ga. Vicente Zifpo do Porto. Aymerico -firma, mas deuia fer feita no mef
de (oimbra. Frei loão da Coarda. Zu -mo tempo, que a delRey referi
rão de Euara, o Fernando de Tuy,con -da, por fer fobre a mefma mate
fiderando o efiado dos Zeynosobreditos, ria. No proceſſo della continua
cº" em particulº porrópriº?"Prºfun - irão duuidas nos annos feguintes
da de ruição das almas defeu; : *ಿ atè a final conclufaõ da concor
raes, as qüäe; de longº tempo atras #1, dia,propondofe de ambas as par
priuada da doçura da graçados ു. *tes na Curiá Romana duuidas, &
mentos,é fºconuerrem em hia áurezº interpretaçoes nos capitulos da
de pouca deuação pelº dilitada infº concordata em fauor de jurifli
quencia, 6 Fiaga 4;ந்தது. goés ambas, egundo que cs prQ
fregaría dilde áaguarda &#gidº, curadores fentão o direito,& leis
caualeiros, & outros tardijacuja pre 'alfi do Reyho, como Ecclefiaíti
• : ... 1 , à /്f്.#azidos os artigos/obre que cas,acomodadas mais para fauor
7ು..!!!??” 'dehum, ou outro partido. Con
#ji//y
****tiftes. 燃dºis delarĝa alertação, tudo naõ fe pode dar a culpa das
drindino; ¿caminho aquelle que hever dilaçoês a elRey Dom Dinis,pois
'dade, ¿vida, moi fijälmente de #n- vemos que os memosinterea
βntimήίο lamβιανία, ο Conβλά *pofto dos lhe louuarão o animo tão dif.
“ros, coñbén plácito dos mfmos Arte: a efta conuençaõ, & as di
“liğ»;, &żffäöiemosa fta comp% fligencias
teria, que
có que applicaua a ma
por fer de tanta qual -
gão, afaber. Que reſpondemosβrnβ
favontade dar cumprimentº ºs ºs dade,em que entrauão osstados
***
-
* * Secular,
ElRey D.Dinis … 72
Secular,& Ecclefíaftico intereffa - . . . *,

dos,padeceo as contrariedades,&
dilagoés que ainda veremos. cAPiT. xxxvii. .
Os Prelados aqui nomeados
alguns foråo a Roma, & fem du Deaļušas atrožs del Rey,
uida tornou là por ordem del é” outras cou(as tocanteša
Rey Dom Dinis o Bipo DõVi.
cente do Porto, quejaviera da este tempo.
醬 Curia,aondeas controuer• #š: Omo a vínda delRey 1282,
ias particulares que com elRey #3 do Algarue à Cidade
Dom Afonfo Terceiro teue fo º ¿ de Euorafo por occa
bre as jurifdiçoens da fua Igreja, *** fão da concordata cõ
o leuarão, & detiuerão aufen OS မြှိုုိ့မ္ဟုဖ္ရစ္တို concluio a vin
te, & receofo, porque chegou a te & quatro deAbril,quiz dar em
termos o negocio, que mandou primeiro lugar razão della, por
elRey enforcar em Gaya hú fo ſer acção mais importante, ain
brinhofeuchamado Miguel Lou da que antes de executala tinha
renço,que feruía deAlcaide môr, elRey obrado em outras mate
& a Paſchaſio Ferrario ſeu vaſſa rias o que agora apontarei de va
lo. No ponto que foube da morte rias memorias.E porqfe conheça
daquelle Rey,veio para o Reyno, que não procedia elRey nas ma
aonde foi bem recebido delRey terias Eccleiaticas corn intento
Dom Dinis feu afilhado. Na jun de lhe deminuir nas rendas,como
ta prefente affitio em Euora, & alguns fentem, maiormente def.
alcançou delRey D. Dinis a vin is que virão a ley que el Rey có
te & oito do mez corrente huma rmou, de que não herdaffemos
tº,4:dº
ali Døtrø
carta, em que elRey lhe promet conuentos,em quedifcorreremos
266, tíalargar avilla do Lamegal,que a feu tempo,& que não foi nunca
elRey feu pay alcanfara dos Bif tal o intento dos Reys, á primei
မြှိုုံ Porto, dando em troca a ro a promulgaráo, liberâîíîïîmos
Igreja de São Chritouão de Ca fempre com as cafas deReligião,
banoés, por ficarleza a do Porto &lugarespios,ainda aquelles que
com a troca. Declara elRey que mais zelarão aizenção real, que
o metería de poetanto que vol era o ponto principal da contén
tafe de Roma,para onde de pre da. Sabemos que hum dia antes
fente o mandaua em feruiço de que elRey Dom Dinis pafafe a
Deos, & feu Paitum 4Äomma carta da compofição, que forão
curia rederir, adquamin/traitiazei, vinte & tres de Abril, tinha con
& nofiro mittimus eum. * * *i firmado ao realcotlučto de Santa
* * * **
- - - - - Cruz
Cartorio
a Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Cruz de Coimbra todas as ren maior detença no Reyno do Al
des.cruz.
das,& jurifdiçoês de que os Reys garue, agora efiando em Euora,
antepafados o dotarão, que feita onde fe deteue até o principio de
confideração com o que rendião Mayo, ordenou algúas couías da
cs Bifpados, & Arcebifpados do វ្នំ Reyno. No primeiro dia
Reyno, era igoal a qualquer de. o dito mez deu nouo foralâ vil
flas prelafiasâquelle famofo Prio la de Catro Marim; em que ha
rado. Em dezoito mil libras o tasó para notar o confirmar porAl
xaraõ no fubfidio á o Papa Ioão feres mór o Conde Dom Gonça
22. concedeo a elRey DõDinis lo Telles, fendo que antes era o
no anno mil trezentos & vinte. cargo do Conde Dom Gonçalo
Ehe muito para confiderar a Garcia de Soufa,cunhado delRey
franqueza có que aquelles Reys, cafado com fua meia irmãa Dona
limitados em rendas, afsi doauão Leonor. Porem deuia fer morto
-

hüa taò grande parte a hum con nete anno DõGonçalo Garcia,
uento, que depois vimos dimi porque dous adiante fezteftamê
nuida na occafiaõ em que a Afia, to a Condeffa D. Leonor já viu
Africa, & America engroſſarāoo ua.Seruio o Conde Dom Gonça
Reyno com (eus thefouros, de á lo Telles pouco tempo,& do an
fe pudera dar mais juíta queixa, no mil duzétos & oitenta & qua
Lihr, ro. que a de Symacho a Valentinia tro por diante entrou nefte lugar
•pift j9. no, & Arcàdio, vendo que notë. D.Martim Gil de Soula. . .
po detaâ grandioſos Principesſe Adozedo proprio mezde Ma
limitaua às Virgens Vetaes, o 4 yo temos húa ecritura, que por
com grande largueza fe lhe con tocarcoufas dignas de reparopa
cedera em tempos mais aperta raintelligencia de outras detahi
dos Duarte Galuaõ na Chronica ftoria, me pareceo conueniente
Сар. 12. delRey Dom Afonfo Henriques referila. Humafenhora nobre de
faz outra cófideraçaõ femelhan Santarem chamada Dona Maria,
te, vendo as fundaçoês que Egas cafada com Dom Siluetre Pires,
Monis fez dos dous រ៉ែ de fez (eu tetamento, & efcolheo Catorie
de Alaola
S.Martinho de Cucujaés,& Paço r teftamëteiro ao noffo Abba
fa lib. 5.
de Soufa,& louuao chriftaö pro de de Alcobaça Dom Frei Ete dºs dourº
ceder doscaualeiros daquelle tê uão Martins. Entre outras man- *fol.49
po nete particular. ElRey Dom das deixa por efmola finco mara
Dinis conferuou, & confirmou o uedis a Frei Domingos Darrais,
conuento de Santa Cruz comtu ermitão de Saõ Domingos de
do o que pofuia. Montirasdaquella Villa. Era Frei
Como elRey não pôde fazer Domingos Religiofo da fagrada
Ordem
*

… º ElRey Dom Dinis, issº à z;


Ordem dos Pregadores, & a Er Abbadias, todauia em Santarem
-mida em que viuia da inuocaçaõ naõ ha nenhama deftas; &-affi
· de S. Domingos ſeu Patriarcha, ete clerigo que aqui fe nomea,
fituada à raiz do monte, que cha -Abbade, naõ era Parrocho deta
mão dos Apotolos,em que hoje fenhora. O titulo de Abbades da
.eftá o Mofteiro de nofío Padre S.
uão entaõ aos Confefores parti
Bento.Foi o fegundo recolhimê culares, deduzindo da palaura,
to,á os Padresdaquella Ordèti -Abbas, que quer dizer, pay, por
nerão, atè 4 edificardõ o Moſtei ferem oSCofifeffores páes effiri
I rode Santarem emcima na Villa tuaes. Nefta forma ó acho em ti.….…
sº: no chaõ da freira,quefe tem pelo putros tetamentos, aonde apaº "…
-primeiro deta Ordé em Helpa laura, Abbas, forçoſamente ha "77**
.hha;& defpois de o habitaré dei de fignificar o Confeflör. Doną
-xaraô Religiofos na Ermida pri Maria Annes natural tambem
ameira do SaôïNomingos, ém que de Santarem, viulla dehum ca
refidia o Frei Domingos, de que ualeiro, chamado Eteuaõ Gon
, fala o tellamento delta Dona Ma falues, fe mandaua enterrar em
-ria. Continuaraõ pelos tempos Santa Maria de Tomar, & dei
-adiante Ermitaês na mefma Er xaualegados ao Metre, que en
…mida, a que o pouo teue muita taõ era do Templo, Dom Frei
- deuaçaö, & os Reys faüoreçeraö Lourenço Martins, de que de
...com priuilegiosa honra de S.Do via fer{S por cujo refº
Smingos. ElRey D. João Primeiro peitos fe mandaua enterrar na
-concédeo aos Ermitaës, que pu 蠶 Igreja, que era cabeça
…, as
defem tirar da forca, que ficaua a Q m; porque declara que
viſinha,osenforcadosno proprio eleOrde
1.

a criara em füa cafa: Pra


tih dilRoy dia úe pàdeciaõ, & defpois lhe criam;a quam mihifecit. Deixa ou
#* confirmou elRey D.Duarte ete trolegado a Frei Vicente da Or
-priuilegion3 dº sº, ſº dem dos Pregadores feu Abba
-jir MaStornando.ao.teftamento: de da, mefma, maneiras: Aratri
anelle deixauà mais Dona Maria £/imctmfio.Abbati me« de Ordine
-outros finco marauệdisoa) Sgeir Tradicatarum. Dona Mari Men
a ;
<ro Pires clerigo de Mifa feu Abr des, outra fenhora de Santarem, Maroo,
bade. Fezmsıdquidarna. Palar pomeaga.Pero Martinş:Caruar
rura, Abbade;overquešādāRe ¿hofâ\pot.feu, Abbade, deixan;
ligão de doſſo Padre Saõ Ben Adolheioptra legado, & fe man
-to, & na naflạohatitulo de Ab dańA.enterraş dºm, Algobaças
bades:3 & andaqaagamas Pero, Partinig dito garudhya,
āgrejasºេk ៨ 4ಜ: DAίξyς ξοιη
...
-L! »."IJ
-
CԱԱՀ
: Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
euidencia, que a palaura, Abbade, retatiua, & que declara os no
quer dizer, Confº/or, porque alem mes ambos, de Confeor, cº-Al
de não auer em Santarem Igrejas bade; como fynonimos hum do
de clerigos, que fejão Abbadias, OlltrO. . . . . . -

nunca podia competir o nome de A cauſa de ſe introduzir o no


<Abbade, a Religiofo da Ordem me de Abbades, aos Confeflores,
de Saõ Domingos, fenaõ pelo ti me parece que ficouja do tempo
tulo de (om/p/for. Era tanto affi, á dos Godos em Hepanha. Obter- a "i"
-
tinhão naquelle tempo porfyno uaraj Ambroio de Morales, & 8::
A nimos os nomes de Coff/or,& ub Frei Antonio de Yepes, que cua-r, ്
inde, queatè o Condé ĎõPedro, fi todos os Parrochos em Hepa-ºs».
quando eſcreueo caſo delRey Di nha fe chamauaõ 4bhades, parti
Ramiro do furto da Moura, & o cularmête naquelas Igrejas que
engano com que o lançara em podiaõ futentar Diaconos,& ou
prifaõ elRey Alboafar, teja qual tros de Ordens menores que as
fora certeza detahitoria, diz q feruiem, & afi o Parrocho que
elRey Ramiro difera,vêdofe em lhes prefidia,fechamaua Alhade,
poder de Alboaar : faneieite & as me{mas Igrejas por eta ra
piceads a neuvAbbade, é eleme deu zaō promifcuamente fe chama
** vieße meter amte uâo Igrejas, ou Moſteiros,ſem ſer
paäer. Durou o coflume de cha de Religioos, como osParrochos
märabšConfeſſores Abbades,atè faõ os confeflores ordinarios, &
têmpos mais modernos. Vepóra ſe chamauaò naquelle tempo. Al
3ቆ.6•ፖ」. do da em que elRey Dom João bades, o me{mo vinha entaõ fer
o Primeiro ganhou a famofa ci 'Conf://or, que Abbade. Defpois de
dade deCeita,dizGómes eAnties íntroduzido efte nome,o föraòos
de Zurara: Quena noite antecedente chritaõs daquela idade etendê *

βίεσάιεί" ήίβειαβιποανάro, do a quálquer dos confeflores,


θprancήίο das armés; ಲmಶಕ್ತಿ ‫ دبلوغ‬aindaque naö foſſe ſeu Parrocho.
paragodasconcenriekomſen (an E podemos dizer que denotama
}}%;, & Xbbade. E ainda que ior piadade;&religiaõ darlhe aos
.nr. 1 ºf
recáajuñtar aquella copulati nitencia
niñifitos do Sacrâmento da pe
nome ide Abbades, ique
t - -
lia, 8e terímos diferentes, & que
daqui ecolheferê céuias diftin. de oñfres, porque com o de
«taš, ds (afff#i;&J4%adèi,,tó # o repeito
verdadeiro féntido do Chronita que fe deue à boa doutrina que
GomeseAnnes;o certo he, &eſtà elles com o amor de paes efpiri
conformeao quetermos dito,que tuaes communicaò, que he me
retem ella aqui ó valor de inter io para fácilitar, & fazer mais
* . . .''}
-

* +
defe
º ElRey Dom Dinis, 24
defejado o Sacramento, & com
o de conf/ares, fe faz lembrada CAP IT, XXVIII.
aquella acção tão molefta da cõ
fifaõ das culpas que lhe faze
mos,com que em certo modo fi Dasprimeiras leis delRey
ca o miniftro caufando terror pe Dom Dinis,
lo que exercita. Mas a fog.ição
heroica dos penitentes quando fe $Elebrado o recebimë
expoem ao rigor medicinal da
ºto del Rey en Tranco
quelle Sacramento,jà ſabem que * (o dia de S. Ioão Bauti
tem efeitos mais de cauterio, 4 ºfta, pareceo conucnié
de lenitiuo. -

te á a Corte fè detiuefie naquel


Ito por occafião do titulo de la Villa a mayor parte domez de
Abbade, vemos no teſta
que Iulho,affi por dar tempo de fefe
mento de Dona Maria, ao qual tejarem as bodas, como por não
fe acharáo prefentes dous câua moletar com nouas jornadasá
leiros honrados da me{ma villa Rainha, que de força auia de vir
de Santarem, que foráo Pero cançada de caminho tão diftan
Paes Coelho, & Dom Guião, te, como he o de Aragão a Por
ou Iuliano. Deuia ſer o Dom tugal.Era o tempo a propofitopa
Guião,ou Iuliano parente do pri ra aquelas terras,que no verão té
meiro dete nome, Alcaide mór melhor commodidade por füa
que foi de Santarem pelos annos muita frefcura, & bom tempera
inilcento & feffenta & dous, & mento, -

intituidor da Albergaria da por No fim do mez fe mudou a


ta da Atamarma, que agora ancafa para a cidade da Goarda, a
da nos Vifcondes como morga onde elRey etaua já de affento
gado: Nefte mez de Mayo, em no vltimo de Iulho, & ou fofe
que concorreo º tetamento da ue ainda ali continuafe ajunta
dita Dona Maria, paffaua elRey 體 caualeiros, que em cópanhia
por Alentejo,donde fĉpartio pa dos Prelados tinhão tratada a
ra a Beira a receber a Rainha compofição de ambosos eftados,
, Santa, como temos de que já falamos, ou que deno
t - dito, uo Tordenafie elRey outra pe
lanecefidade que fentia dejuti
ça, conforme ao exame que de
tudo hia fazendo, fem o diuer
tirem as fetas, & cafamento, ens
tendendo que não pode auer
- N 2. occa
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
occafiaõ nos Principes, ainda zes,com outros mais do confelho
quando mais jutamente diuerti delRey.
dos, que defculpe as omifoés no O fummario deftas leis conti
prouimento da jutiça, & do go nha, que por er informado que
uerno publico. E porque os Pre aos pobres (e não fazia jutiça,&
lados, Ricos homens, & mais no q em fuas demandas fe appellaua
breza, 4 tinhaõ dependida mui para os Metres das Ordens, Co
ta fazenda naquellas bodas, naö mendadores, Priores, & fenhores
imaginaffem que podiaó os fer de lugares, & á le querião recor
uiços dos vaflalos atar as maõs rera clRey,lhoimpediāo,& 4 al
aos Reys, 驚 os obrigauaõ, güs auia q fechamauão fobrejui
ou penhoralos em mais que em zes, fem o ferẽ. Mandaua que as
juffa recompenfa; no vltimo de appellagoésfeitas de Iuizes,Alua
Julho com hũaizenẹaõ generofa fis, & Alcaides, viefem primeiro
proueo cõtra a demafia que vza feitas a fua Corte. Ordenou de
uão em perjuizo dos vaffalos,acu mais dito, para remedear a dila
dindo às queixas dos pobres,&ao ção á cotuma auer nas demãdas
emparo defuas vexaçoés. por caufa dosauogados dellas,hú
Lib. antigo · Forão eftas as primeiras leis á modo facil para fe procefarem
das leis fol.
144 temos delRey Dom Dinis,& não as caufas,que repartio em alguns
podia elRey principiarnellasmais capitulos, & deixou por regimen
como legislador, 蠶 abatendo a to aos auogados. He de crer que
demafia dos grandes.Os que pra fe melhoraffem os miniftros, & a
ticarão,&approuarão a promul jutiça tiuefe nos menos podero
gaçaõ dellas, forão o Infante Dõ fos mais (egurança; porque con
Afonfo, o Conde Dom Gonçalo, cluia elRey ameaçando os tranf.
o Mordomo mòr Dom Nuno, o greſſorescom as palaurasſeguin
Chãçarel mòr Domingos Annes, tes: E quem contra flas coufas veer,
'D. Durão Bifpo de Euora, D. Vi lazerarlhead o corpº, @r o auer, cºfa
· cente Bifpo do Porto, D. Fernan rei em eltaljultiça, qual merece о4ие
do Bipo de Tuy, Dom João de veer contra meu/enhorio,& contra meu
Auoim, DöMem Rodrigues de mandado.Senão he que em todo o
Britteiros, Dom Fernão Pires de tempo as boas Ordenaçoês tiue
Barbofa,Dom Martim Annes do raõ a execução diferente.
Vinhal, Martim Dade Alcaide Não sôfe occupou elRey Dõ
de Santarem, Dom Mem Rodri Dinis em reformar o Reyno com
• gues Porteiro môr, & Efteuão leis proueitofas, fenão que com
de Rates, Afonfo Soares, Ruy igoal cuidado attendia a melhor
Gomes, & Sueiro Pires (obrejui comodidade daspouoaçoens, &
~ -.
- fitios
ElRey Dom Dinis. - 75
|
L. I. dilRey fitios dellas; & porque a villa de fer das arras da Rainha D. Brites,
D. Dımış Mirandela etaua fituada em par maydelRey Dom Dinis,defejaua
0l.
te não muiacomodada, & defen aliuiarſe da tenencia delle, 8 por
fauel, a dous de Setêbro mandou vezes requereo a elRey D. Dinis,
que e mudaffe para o lugar que que o defobrigaffe daquella Al
chamão cabeça de Saõ Gil, aon caidaria,& deffe o Caftello a ou
de feus moradores ficauão me tro caualeiro.Como a Rainha D.
lhor agafalhados. Nefte fitio a Brites fe andaua preparando ne
vemos hoje, & pode deuer à cir ſte proprio tempo para paſſar a
cunfpecgaödelRey Dom Diniso Andalufia a focorro delRey Dó
pouoalo. -
Afonfo Sabio feu pay, & leuou
Do que mais obrou elRey Dõ dete Reyno muita gente, todos
Dinis atè meado Setembro, que os caualeiros que lhe eraõ obri
affitio na cidade da Goarda, naõ gados a acompanharaõ, Martim
colhicoufa que mereça aduertê Vafques da Cunha era hum dos
cia,mais que o arrendamento que mais confidentes da Rainha, pela
fez em noue daquelle mez da ter confiança que delle fe fez em o
ra, & caftello dé Celorico de Ba conſtituirem aſſegurador de ſuas
fto a hú Martim Annes, por du arras, deuia de querer ir com ella
zentos & dez marauedis velhos a Seuilha,por fera jornada de hõ
cada anno,obrigandooa que def ra, em focorro de hum Rey taõ
fe hum caualeiro,ou efcudeiro fi grande. Como elRey Dom Dinis
dalgo capaz de poder vingar qui feguia a parte do Infante DöSan
ီါ် 醬 foffe 慧 cho, & conhecia o valor de Mar
mòr do Caſtello. & fizeffe a me tim Vafques, naõ lhe diffirio, né
nagem em feu nome: E p/e deber 體 aceitar a deixaçaõ que fazia
L. 1 de Rey dare quemdam militem, vel quendam a Alcaidaria, pelo ter obrigado
DomDimi;
fol.
fcutjforum filium de ago aptum ad hoc, ficar no Reyno,& naó
a ಫಿ2O

qui »inget quingento;folidos. focorro contra Dom Sancho.Por


Antes de declarar as palauras ete me{mo tempo foccedeo, que
defta efcritura, ei de aduertir fo Martim Vafques teuehumas pai
bre a mudança,&prouimento do xoês com o Chançarel mór del
catello de Celorico de Bato na Rey Domingos Annes Iardo elei
occafião prefente, que me parece to em Bipo de Lisboa o anno
occafionarfe do cafo de Martim feguinte de mil duzentos & oité
Vafques da Cunha taõ celebrado ta & tres, & muito priuado del
do Conde Dom Pedro. Era efte Rey: daqui tomou també o me{-
I#. 55.
fidalgo Alcaide môr do Catello mo Rey motiuo para negar a
fobredito,que lhe entregaraõ por Martim Vafques o que &:
-- Mკ cafti
• ‫لن۔م‬

Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.


caftigar o aggrauo do feu Chan due quizeffem contradizer, que
çarei com a penitencia de lhe fa deixando Martim Vafques o Ca
zer continuar na obrigação de ftello neta forma, naõ fatisfazia
fuftentar o Caftello, de que defe com as obrigaçoês de caualeiro.
jaua verfe defobrigado. Elle executou pontualmente tu
Martim Vafques contudo (e- do o úlhe acontelharaõ,& afi fi
não aquietou, antes 醬ou cou liure da guarda do Caſtello
de Cerolico, & defua alcaidaria.
em largar o Catello, feaufent
do Reyno, & patou às Cortes de Vendo agora á elRey D.Dinis
Alemanha, França, Lombardia, arrendaua ete Catello, & naó o
Inglaterra,Sifilia, Nauarra,Leão,daua a outro Alcaide môr,me pa
& Catella. Eem todas etas par rece que etaua defoccupado de
tes confultou os Principes, & fe Martim Vaſques,8 atèſe naò ſa
nhores de conta fobre o modo q ber,ſe voltaria elle, onaö prouia
teria para largar o catello de Ce elRey em outro caualeiro;maior
rolico a elRey ſeu ſenhor, ſem mente que as circunftancias que
perjuizo defua fidelidade:Todos tenho apontado fazê perfuadiuel
foraõ de parecer, que pois elRey acontecer o cafonete tempo, &
Dom Dinis etaua em paz, & o dizer o Conde D.Pedro,4húdos
Caſtello nad neceſsitaua de defen caualeiros que nomeadamente fè
faõ, o podia largar (em deícredi defafiaua,em cafo quevituperafe
to, guardando a forma feguinte. a acçaõ de Martim Vafques,era o
Que entrafe nele, & lhe '! par Conde D.Gonçalo,4fegundo te
te de todo o necefario para botimento, mos viſto, era Alferes mòrdel
@r algãas pe/oas de armas,º fechandº Rey,ou foffe o Conde D.Gonça
aportas do cuello por dentro/e lan lofeu cunhado,ou o Conde Dom
fº/eforapor hãacorda, a qual tornº/e Gonçalo Telles, de 4 demos no
a lançar dentro, por não ficaryia por ticianeſte proprio anno.
ºnde/ubir a ele, que deixa/efegº ace
fº em hia das ca/as, & Çጎሯ0 CAPIT. XXIX. '
hum cauala viefecorrendo pelo difíritto Em quefe declara o foro de
de tresfreguefias, @ gritando em vez.
efiudeiro fidalgo de vingar
alta : JAcudiao Coffello deley que fe
perde. De tudo o fobredito trouxe quinhãtos/oldos, é-outras
Martim Vafques intrumentos ¿oufas femelhantes.
autenticos feitos pornotarios pu
blicos dos Reys, & Principes, cõ M todas quantas eferí 1281.
Iuefe aconfelhou, & todos elles ::: turas antigastenhovi
န္တြ que aceitariaõ defafio dos
* -- “... ." • -
# to dete Reyno, não
encon
ElRey Dom Dinis. … 76
encontrei com efcudeiro de vin agora citarei o foral de Abrantes,
gar quinhentos ſoldos, ſenaöne dado por elRey D. Afonfo Hen
íta, No foral que elRey D. Afon riques, aonde falando dos caua
p. f., foTerceiro deu aosmoradores de leiros que naõ eraõ nobres, diz:
3/**? Villa Real, lhe dizia, que auião deta maneira: Zuepartes de (aba
de dar para Alcaide môr do Ca larys vadant info/atum: Que duas .
ftello qüe alife fizeffe,hum caua partes dos que tinhaõ caualo, &
- leiro fidalgo natural de Portugal, eraõ por eta caufa caualeiros,
o qual vingaffe quinhêtos foldos. fofem obrigados a ir feruir nas
Deefcudeiro não fala:Zebetis mihi cauas do Catello. E falando dos
dare ymum militem filium de algº meã fidalgos acrecéta:3:ilites de Ablä
maturalem adplacitum meum, qui vin tes/int in iudiciopropoteftatibus, & /m-
dicet quingentos (olidos, quifaciat mihi fancionibus de ?ortugal.derici habeamt
menagium demeo Alcaçar,quando illud mores militum. ?edones fint in iudicia
fecero. O certo he, que em todos pro Cabalarjs »illanis de altera terra.
os Reynos de Epanha corrião Os caualeiros fidalgos de Abran
naquelle tëpo os mefmos graos, tes etejaõ em juizo pelo foro dos
& foros de hobreza. Para accla | que faô Poteftádes, 8. Infançoês
rar quem ete fofe,& outras par em Portugal. Os clerigos tenhaõ
ticularidades que fe incluem nas o cotume,&foro dos caualeiros,
palauras da efcritura referida, a que faõ fidalgos, & os peoés ete
juntarei algúas coufas,que pbfîaâ jaõ em juizo pelo foro dos caua
dar conhecimento batante. leiros villaõs de outra qualquer
Em primeiro lugar fe collige terra. As me{mas palauras tem o
a diferença que jâ entaõ auia en foral da villa de Ourique.Affi que
tre caualeiroŝ, & efcudeirosfidal. por auer caualeiros, &eícudeiros
gos,& caualeiros,& eſcudeiros, 4 que não eraõ fidalgos de linhagé,
não eraõ fidalgos:pois vemos que epecificou elRey Dó Dinis, que
obrigauão a dar para Alcaide o Alcaide mórdocaſtello de Če
môr, caualeiro, ou efcudeiro que rolico de Balto auia de fercaua
foffe fidalgo, que fuppunha allCÍ leiro, ouefcudeiro fidalgo: Quen
caualeiros, & etcudeiros 4o naõ dam militem, vel quendamſcut fºrum
eraõ. Os caualeiros que não eraõ flum de algo. E por era palaura,
fidalgos, fenomeauão nas eferi .3%les, ម្ល៉េះ que
turašcom a palaura, (464l«r#, ou eraõ fidalgos de linhagem, vfou
Adlitesvillani & osnobres,&fi: elReydella,8cajuntou a de fidal
dalgos.com a palaura, Xalitei,H3. go, para declaraçaõ do efcudeiro
aºs muitos exemplos detes nas doº: Hue era fidalgo delinhagem, por
nin goés,&ecrituras antiguas,de que não etartaõ particularmente ef
N4 peci:
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
pecificado cõ a palaura, efcudeiro, ualo Certa pena, que chamauać,
como com a palaura miles,a qual Caualaria. ElRey Dom Dinis izen
ſemprefignificaua ofidalgodeli tou della aos Conegos de Vileu, º
dädolhe priuilegio de caualeiros.
ಚda nhagem,jue era caualeiro.Nefte
D. 醬 fentido dando elRey Dó Afonfo l- Lib.delf;
E outrofi mando, é outorgo (diz e D. հfոի
flá1a. Terceiro húa herdade regalenga Reyno priuilegio) que os clerigos da 4Jol.4ο,
no julgado de Bem viuer a Andre Igreja de Santa Xariá da Sede C//eu,
Egás, Ihe prohibio que a trepaf ajão sás herdades, & sàs honras, affi
faffe afidalgo efcudeiro, ou caua como as os caualeiros de C//eu melhor
leiro. Nec aliquomodo alienare militi, ouuerem, 6 nom fruño por ellas a ne
necfcutierofilio de algo. nhum, quantépor ração da caualeria,
Os caualeiros que não eraõ fi диe hão a darpor Mayo,ſe nom tiuerem
dalgos, & fechamauão, Cabaları), caualo, masfruãopor ellas ante o altar
ou,?tilites rvillani, por ferem la de Santa Xaria. Naquellas pala
uradores, que por ter potes de uras,herdades,& honras,parece que
faftentar caüalo, fe fazião caua declarou ambos os graos de ca
leiros,& naõ queriaõ feruir como ualeiros,villaõs, & de linhagem,
eoês na guerra.com ifto feizen attribuindo aos villaôs as herda
tauão de algumas impofiçoes a des, que não tinhaõ titulo de hõ
que erão fogeitos os que naõ tiº ras, aindaque tiuefèm algumas
nhão caualo. E porque os caua izenç9ês por razaõ da caualaria;
leiros de linhagem,& fidalgos de & adsfidalgos as honras, que affi
fangue priuilegiauaó feus folares, chamauaô as quintas, & folares
muitas vezes eftes lauradores def *- aonde viuiaõ, cõ outras izençoés,
pois que fe viaõcaualeiros, que &priuilegios auantajados, todos
fíaõ participar da mefma prehe OS ိုီ concedia aos Conegos
minencia. Porem nas inquiriçoés de ifeu em fuas herdades, que
ue os Reys mandauão fazer das foifauor muito de etimar, & naõ
honras,& folares, logo lhe deuafº feique tenha nenhña Sê do Rey
fauaó fuas herdades, declarando no outro femelhante.
ue naópodiaó priuilegialas, por Os Reys, & Ricos homens ar
ម្ល៉ោះ que tinhaófido mauão entaõ os caualeiros,&lhe
lauradores,como vemos em mui dauaô eftegrao, & deuia fer com
tos lugares dos liuros dasinquiri as ceremonias que hoje fe cotu
န္ကန္တြ Dom Dinis,& defeu mão,faluo quando em alguns ca
filho Dom Afonfo Quarto. Nas , fosfeguardâua maior folêmnida
moftras geraes que fe faziaõ ே de, velando de noite as armas cõ
lo mez de Mayo, pagauaó todos o apparato que fevio, quando o
os caualeiros, que naõ tinhaõca nofo Rey DõPedro em Lisbo3
2ſIIlOll
º: º, . ElRey D. Dinis, - *い・ 77
armou caualeiro ao Conde Dom os affi feitos por elles acquisir
João Afonfo Tello, alé de outras honra de caualeria, nem izenção
ceremonias honorificas, ó també de pagar direitos como os mais,
t
fe fizeraõ com grande magetade por er preheminencia comuni
Zurita lib., na cidade de C.aragoca
z,aragoç na co cada pelas pefoasReaesmas não
* 7 сар.1. roação delRey D. Afonfo Quar quis por então catigar os que ti
to de Aragão, aonde ele armou nhão delinquido: É como quer que
dezoito caualeiros, os quais ar eu pude/epeitar os Kicos homens demi
marão por fua mão mais de du n'a terra, que taes caualeiros fzs/fem
cmma zentos & fincoenta. Tambem fé fem meu mandado, & os caualeiros ou
klst). Dá vio notauel
grandeza na coroa trofi que taes caualeiros hlhaſſem de à
(Ajay )1. ‫ﺩر‬
бар.
I92•ção delRey DõAfonfo Onzeno mão,ouue por bem de nomfazer humaes
104. & de Catella, & da Rainha Dona que efio. Não armaua el Rey por
106,
Maria,filha do nofo Rey dePor fua mão a todos os caualeiros,
tugal Dom Afonfo Quarto na ci mas por ordem delRey e lhes
dade de Burgos; occafião em que paffaua carta de caualeria,de que
os aétos de ärmar caualeiros fo Conftaua o grao de caualgirõ a
ráo olennizados com todo o pri que eraó promouidos. Por eta
mor;& he bem fevejão nos Chro carta de caualeria, diz o Conde T,63
'niftas deftes dous Reys.Contudo Dom Pedro, que perguntarão a
não deuião os Ricos homensar Ruy Gonçalues do couto de Pal
mar caualeiros, fenão por parti mazão,indo fora do Reyno ava
cular licença dos Reys. Ao menos ler por fua pefoa,de á ele enoja
'nefte Reynosõ os que os Reys fa do repondeo: Que em sáterra nom
zião caualeiros, confeguião a hõ perguntauão ao caualeiro por carta de
ra da caualaria, & ficauáo izen caualeria,/enão ao clerigº por carta de
tos das impofiçoês que pagauão Ordens. Aos que erão fimplef
os que a não tinhão. -mente admittidos por carta em
ElRey Dom Dinis, como tão ferem armados caualeiros pór el
obferuante da jurifdição real, & Rey, ou pelos Ricos homens de
circunſpecto econimico, vendo mandado delRey, fe não comu
que os Ricos homens feintrodu nicaua honra de caualeria, fenão Pedro Ie
ronymo de
Zião em fazer caualeiros, & que preciamente aquellas izençoés, Aponte c
elles felheizentauaó de pagar di que a carta epecificaua, como 22. onde
trata dos
'reitos, publicou húa lei no anno refoluem os que efcreuerão da, เ444/ti10**
L. antigu, mil trezentos&finco,motrando Nobreza. · 7 · · ·
janullidade das taescaualerias, &
66.
E tornando ao que nas pala
declarando naõ poderem fazer uras referidas fe declara de ecu
os Ricos homens caualeiros,nem deiro fidalgo,he certo á naquelle
- tempo
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitane,
tempo, & muito ao diante fe não no, & andauão no grao de efĉu
diferençauão os efcudeiros dos deiros, por naõ ter ainda o da ca
caualeiros, por ferem etes fidal ualeria. Alcançafeito mais cla
os de linhagem, & não os efeu ramente na legitimação dos fi
蠶 A diferença etaua em á lhos do Metre de Santiago Dom
o efcudeiro, ou foffe fidalgo, ou Mem Rodrigues de Vaieõceiios,
não, em tanto era tido por ef aonde elRey DõJoão o primeiro
cudeiro, em quanto naõ tinha diz, que os cuuera elle fendo ain
grao de caualeria, por qualquer da efcudeiro.Em varias efèrituras
daquelas duas formas em que fe acha fer o pay caualeiro, & o Cantºria
fe daua. Para confirmação defe filho eícudeiro Na procuraçaõ q da Cºm º
ponto trarei algüs exemplos; hú a Comendadeira de Santos Do-ing
dos quaesferà doliuro antigo das na Ioanna Lourenço de Valada- saria.
*149. linhagés, q falando dos filhos de 1es deu para as partilhas de Ioan
Vafco Lourenço da Cunha, diz na Gilfua Freira, fe acharaõpie
deta maneira : O filho euue nome fentes Martim do Aucla cavalei
. Abril?ires, @ morreo ºfendeiro.Era ro, & Gil Martins do Auclal (eu
o intéto do autor cenfurarefte fi filho e{cudeiro.
dalgo, de que fendo de familia Nos Reynos de Catella ve
taõ robie, por fua froxidão naõ mos o me{mo eftilo em pefoas córnia
alcançàra o grao de caualeiro. de grãde qualidade & Laffe Gar "e Αβη%
Tambem no intrumento que el ciIufre Tenorio, filho do Almi-Xian,
Rey Dom Pedro tirou em fauor rante Alonfo Iufre Tencrio, a & 2:4
de feu caíamento com Dona Ines -quê nomea o Chrcrifla delRey
de Cafro, aonde teftemunharaõ Dom Afono Onero com titulo
com titulo de caualeiros Louren de cícudeiro, dizendo, que quan
ço Bubal (eu Guarda mór, Mar do Dcm loão Manoel parcu cõ
tim Vaſquesſenhor de Goes, Eſte a vargoarda junto ao rio Salado,
uäo Martins Carualhoſa, & Gar na cccafião daquella faniofaba
cia Martins de Faria;& com titu talha, lhe mandara elRey dizer
lo de efcudeiros entraraõ Gonça por hum caualeiro que paflafe,
- lo Mendes, & Ioanne Mendes de & quehum efcudeiro o répreheñ
Vafconcellos, Aluaro Pereira, & dera tambem deta detença, &
Gonçalo Pereira, Diogo Gomes, diz logo,que o efcudeiro era Gar
& Vafco Gomes de Abreu, Lou ciIufre Tenorio filho do Almirã
renço Martins de Bornes,& Vaſ teſobredito, & ccm ſer ſeu pay
co Fernandes Coutinho. Todos feruido com muitos fidalgos de
os quaes, como he notorio, eraó folar, como declara a ñiefma
dasprincipaesfamilias defteRey Chronica em outro lugar, & fer
-
de
78
de linhagem de caualeiros ſeu fi go es quinhentos ſaldo; . Deuia Berna
lho, todãuia era efcudeiro. Afsiá be Moreno de valerfe para o ca
:o efiado de efcudeiro náõ era cõ fo prefente de Pedro Iêionimo de
trapoto ao de fidalgo, fenaõ ao A ponte,o qual no capitulo το.do
· de caualeiro. · · · · · · | … feuLufeiro tratou excellent, mõte
Para atenencia do caſtello 0 eta me{ma materia. Em ambos -

bredito queria elRey Dom Dinis fe pode ver mais por extento, &
hum fidalgo delinhagem, & co mui exaćtamente em Eſteuão de
mo os taes,ou eraõcaualeiros, ou Gariuay lib.12. cap.zo. .*

efcudeiros, por eta razão expre


mio, que fofe de qualidade, que ' -
C A P IT. XXXI. * *
-
. . . . . .. .; ..; ; } .. . ..
pudeffè vingarquinhentosfoldos. - :

:i: a razaõ difto he, que conforme


às leis antigas de Hepanha eta Da vinda delRey D. Di.
ua determinado, que fazendole · mis a Coimbra,tom ou
injuria a algum fidalgo de linha | fras memorias defe º
- gem, lhe p gaffe o delin င္ဆိုႏိုင္ရန္
quente quinhentos foldos, &ito . .
vem a fignificario vingar quinhã. స్లె Vando Sctⓞbro, **
1282.
tosfoldos, que com a códenação ‫;(ن‬‫ای‬
鹦漫 tendo elRey difgotas
‫ از‬WA۱ ‫را به یاد از این میچر‬
-*

-*... 1
dos quinhentos foldos tomaua →శ్రీ as coufas daqlas duas
vingança em juízo da afronta, & º:* Comarcas,dibeira,&
defácato que lhe fazião. Tinha Tralosmontes, vendo auífinharfe
, , , me dado fundamento para eta -o inuerno,que na cidade daGoar. 5. 1. a
dahe demáfiadamente rigurofò, fl. 46.
::azಷ್ಟುgBi೦೦RFIPrude
agº." cio ¦ hum priui feaonde pos a caminho para Coimbra,
legio dos Conegos da Collegia chegou a quinze de Outu
dã de Catro xeris, em que lhes bro,auendo e detido em Vieu,&
concedia elRe 獻 asinju mais lugares, o que bataua para
ºrias quinhentos foldos, como fi naõfazerájornada penofà,&dar
dalgös: mäs defpois a acheiami lugar a que os moradores daquel
រ៉ូមុំា łeis déCa 'las terrás-feflejaffeinº aprifhèira”
:

pasitella pòr Bernabe Moreno de entrada da fua Rainha. Aonde có


"º Vargas aós feus bem ajuizados -máis apparato' (e celebrou fira
· diftüáfos da nobreza, dé que da vinda,foi na cidade de Coimbra,
¿rei Aşpalauras de huma das leis, da principal No ಧ್ಧಿ
gget5tas:Eಸಿಫಿಕ್ಸ್ಪ/ breza,como affento que tinha fi
ſijugadotmo arrequeno e ha dal. -do da Corte atè que os Reys de
gºplapena deladeshonra del hipdub Portúgala mudaraõ com maior
º 。5GT2- - - - - -- ‫س‬-- -- -- - --- - -- - - - - - -- -


aCCI to
a Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
acerto para Lisboa; febem o in lanço, paraque fe conheça cm
| tento com que elRey D. Afonfo Hefpanha,que o acertado,&pro
· Terceiro efcolheo a viuenda de ueitofo documento de faber rel
Lisboa,foi mais por fedefuiar de peitar os leaes a feus fenhores,
ter prefente em Coimbra a repu ainda quando encontraõ preten
gnancia com que feus moradores sočs propiias, naõ foi inuentiua
o aceitaraó, obrando em fuften delRey Dom Henrique Segundo
tar o partido delRey Dó Sancho de Catella, por mais que o per
feu irmão as finezas,com que Dõ ſuadio, & recomendou no teſta
Martim de Freitas ficou hõrado. mento a elBey Dom loâo ſtu fi
Contudo elRey Dom Dinis, que lho, a repeito dos que tinhaõ fu
fabia com igualdade defapaixo ftentado as partes de feu irmaõ
nada pezar as acçoés, & os moti elRey Dom Pedro, fenão que era
uos dellas, pelos me{mos repti jà politica procedida, & praćtica
tos 4 obrigarão afeu pay, a naõ da detes lanços delRey D.Dinis,
fer tää afeiçoado a efta Cidade,a - cujas acçoés feruiraõ aos Reys
honrou, & fauoreceo elle aſſicö daquele tempo de roteiro em
fua afsitencia,& da Rainha, que , todas as materias. E neíta parte
japarece preagiaua o culto com - excedeo ele tanto a elRey Dom
que os moradores della auiâo de : Henrique, alem de fer oprimei
| venerar as Reliquias de (eu fagra tro, quanto vai de deixar por mã
'do corpo, como com a Vniuerfi <da huma obra, ou auela executa
.dade,que affèntou na mefma Çis do por efeito.Não nego eontudo
dade. É naó he só imaginado ete 駕 manifetagaó eta muicerta
o grande juizo delRey, D. Hen
difcurfo.O me{mo Rey fez julga
do de porfi, &izentou da Villa rique,& poderá fer que huma das
aos moradores dos mõtes, & ter mais jutificadas acçoes que nelle
mo de Alenquer, dando por ra fe viraõ.Efe os limites da hitória
zaõ deuerfelhe efte fauor, pela fofreraõ digrefoês mais dilata
lealdade 4 motraraõ em feguir das, ponto era ete em que eu de
'as partes, delRey DöSancho feu boa vontade me detiuera. …", .
#** tio Mereceacção femelhante fer … Mas tornando a elRey Dom
¿relatada com as mefmas palauras Dinis, ele pafou em Coimbra.
de quem a obrou, & aísias darei, atè o fim do anno, que tudo vai…
que aó etas: E a merce lhes façº contando por ecrituras, & me
por/ruigo que me fizerom, tº porque , mórias daquelle tempo, de que
eu achei que me fzerem, lealdade em ...fabemos falecer hum dia defpois
feer com{.. elRey Zum Sancho. delRey chegado a Coimbra o%"
da Sè de
\.

Eftimei alcançar a noticia dete Bipodelib08DomMahest,


‘. . . . .. grande
…" ElRey Dom Dinis, º 79
grändeamigo, & parcialdelRey Chriftãosporfubditos,cõ 4alena,
D. AfonoTerceiro eu pay & por tasé aquella guerra, & endo por,
cfta caufa fentida fiamorte del-, efte tëpo coiiector defte dinhei
Rey Dom Dinis, a quem impor- ro em Portugal, & Algarne Me
taua, então têr as pefoas Eccle- tre Gonçalo Arcediago de Bra
.: fiaíticas bem afectas, por repei- ga,a onze deNouèbro dete anno
to das contendas que auia,& per- mandou o PapáNiculao Quarto,,,,,,,,
dia no Bipo Dom Mattheos hü, fazer a cobrança dele por Freiູ້
abonador defeu zello, quando a- Monaldo de Santo Anatolio da n.4:
uia outros que o defacreditauão. Religião Serafica, que não deuia,
Deixou o Bifoo Dom Mattheos 蠶her pouca copia,affi do Cle,
Miffa quotidiana, & Capella na ro,como do Secular, pela libera
Se de Lisboa, que he a de S. Ni lidade com q elReyfabiade pens,
culao, com anniuerario afi por der em cafos femelhantes. . , , ,
elle, como por eu antecelor o … A aindaá aos animosnatural
Bipo Dom Aires, a que D. Mat menteliberaes, qual o delRey D.
, theos deuia fer obrigado. Efte Dinis, poucas vezes acõpanha a
#. anños de mi! duzeritos & fèfíenta
29.
Bipo Dom Mattheos foi pelos prouidencia cõ q faibão grangear
o q haõ de depender, igoalméte
& leis a Italia, & feria, fegundo ſevira6neſte Principe a prouidé
| cöjećturô,praticar nas couías do eia,&liberalidade vnidas,em for
Eccleiatico dete Reyno, fobre ma q poucas eoufas conhecemos
ascõtendas que auia com elRey afsi artificiaes, como das natural
Dom Afonfo Terceiro. Da cida mente produzidas nete Reyno,a
de de Viterbo eſcreueo elle en 4fe não applicafe em beneficio
taõ ao Cabido a vinte & noue de
de fua fazenda,& defeus vaffalos,
Outubro, & mandaua que por cõfiderado primeiro ovtildellas.
fua parte fenão pedifem luctuo. Os mineraes,á faõ os depofitos q
fas âos prebendados... a terra té mais efcõdidos para os
-

Etauão por efte tempo as fazer defejados da cobiça huma


coufas daPaletina em etado tra na,& como mais eftimados,depê
balhofo,com que em poucosan dentes tambê de maior induítria,
hos chegou a Chriftåndade dö forão particularmente buſcados
Oriente à vltima declinação com por orde delRey D.Dinis,a
a expulfaõ dos caualeiros das Or imitarão outros 蠶 ſenhotes
dësimilitares, principal defenfáõ, defte Reybo;& puderãg cötinuaf
(3
& emparo della,como adiate di , na mefmadccu¡ação,áadefpeza
|}
remos mais por extenfo. Aperta q vemos em mãdar vir os metaes
* uào os Pontifices cô os Principes deProuincias etranhas.applicada
-- - - O end
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
em beneficiar os que temos em etrangeiros para efcular o q eles
poderá fer recolhão em fua terra
cafa, de maior vtilidade fora pa cõ mais trabalho. E deixando as
ra a Republica. A doze de De minas ordinarias de ferro,aço,pra
zembro paffou elRey prouifaõ a ta, ouro, & etanho,ate minas de
hum Sancho Pires mineiro, &a dravme ordenou elRey D.Di- lafilia
feus companheiros, paraque buf nis áfe bucasé dando ordé para
, caſſem em Portúgal, & Algarue ns,
todas as minas de ferro, & azou iffo hoanno 13or,a PeroMarti
colaço da Rainha Santa Ifabel,
· gue de que ſe tiueſſe algüa noti Eteuão Domingues, Gonçalo Pi
cia.E que correndo a depefa por res,& outros.Deuia mandar fazer
ordem dosofficiaes,lhe pagafiem
a elle os direitoscoſtumados.Naó a diligencia, por ter informaçoés
duuido que mandae elRey com baſ tates deauerveas della, inad
duuido ſeachariaö então,&agora
partic ularidade car ta
buf neí oc
cafião os mineraes de ferro, & a-- nos faltão,como as mais dos ou
ço para fabricar armas. Por ete tros metaes,ádeixaráo de benefi
me{mo tempo foi o leuantamen têpciarfe. Mas faltaua tābénaquelle
o quẽcclebrafic o achado del- .
to delRey D. Sancho de Catella las, como fez Ioão Gobelino chro
contra feu pay elRey DóAfònfo
ម៉្លេះ Rey D. Dinis, nifta doPapa Pio II.quádo no té- pegfs
ontifice deſcubrio Ioão"***
de que falaremos no Capitulo e po defleP
guinte;& como a guerra de Rey de Catro, filho do grande Iurifº
cõ{ulto Paulo de Catro,as minas
nos contiguos, & entre parentes
tão chegadosnão podia deixar de de Pedra vme em Italia, de que
inquietar htiviſinho, preuenioſe tras hü excelente epigrama feito
como prudente,& alem do Proui por efta caulfa ao Poñtifice. . a
mento de feus almafens, queria Cõigoa cuidado conferuau
dobrar o cabedal cónouas fun elRey D.Dinis as minas antiguas
diçoês das minas de feu Reyno, άauia no Reyno.No anno 159o.
fêm procurar os materiaes de deu priuilegio aos q tirauão o ou
ro na Adiça, 4he a mais antigua
Bicaya.. : { .
… E pois aqui falamos a primei officina, de á fe tiraua ouro nëfte
-

raves nas minas dete Reyno,da Reyno, porádo tépo delRey D.


- rei razaó do 4 alguns Reys, & fe Sancho Latèo delRey D Manoel
nhores fizerão em beneficio, & ſe còtinuou có avtilidade 4ſe dei
"defcubrimento dellas, parafe ver xa ver,pois feoccupauão nella de
q de todas as fortes de mineraes contino vinte homens, & mais
abunda Portugal,& que não falta que a tantos fe concediáo os pri
mais q a induftria que vemos nos uilegios pelos Reys, que forão
- - - füc
" ſuccedendo, 8. andaö quafitodos ao ganho,porem q nas de Hepa
p. Dººr:e
凤61, infertos no que lhes deu ElRey nha empre era maior o ganho, 4
DõDuarte: depois do qual lhes a depeza. Efe naquelles primei
confirmou os mefmos D. Afonfo ros temposa fama dos mineraes
V. & DõIoão o Segundo, & vlti. de Hefpanha conuidou áos Feni
mamente ElRey D. Manoel. Da ces Cartaginenes, & Romanos
mião de Goes diz,que em feu tê a vir conquiftar eftas Prouincias
po pararão em tirar o ouro na para fe lograr dellas, hoje eta
Adiça pela prohibiçaõ que ouue mos liures de outrasinuafoês fe
de que fe naõ cauafem, & reuol melhantes, tendo defcuberto cô
ueñemas areas junto ao Tejo,cõ noffa induftria, & facilitado com
receo de que cegariaó,& areariaó nofo decuido os thefouros de
os campos de Riba Tejo, aonde ambas as Indias, com que e farta
auia muitos, de que fazem men bem a cobiça denofos inimigos.
çaõ os me{mos priuilegios referi Do ouro da Adiça entendö eu
dos; não corria 驚 na Adiça, que fefez o cetro,& coroa que os
que etâjunto à fós do Tejo en Reys de Portugal. cotumauaõ
- ·그 그 L그, - --- n- 2. antiſuit.
I- 7 - - -- z.

tre Almada, & Cezimbra,aonde trazer nos actos publicos, q 瑩*驚懿


naõ ha campos que fe danificatº dre de Refende diz virá muitas
ſem. ಘೀ que e lhe deu fim vezes;&hectiuel,poisnetelugar
nefte tempo, em que tudo o do fetiraua蠶 & era mais
Reyno pareceo pouco a repeito antigüa officina, & taó principal,
das riquezas da Aſia, Africa, 8. que aos mais 醬 feruiaö nasiou
America, que nos vinhaõ a cafà tras de Riba Tejo nomeauaê os
defpois dasćonquiftas;& empar riuilegios Adiceitos por razaõ
ticular cõ o ouro da Mina, & de 醬 Enaóhe de epantar, que
Arguim. Mas vendo hoje perdi quando Vafco da Gama chegou
dašeftas duas fortalezas cõ tanta à India,aonde osVeneſeanosqui
magoa de quem conſiderou ſeu zeraõ diminuir nas pofes dete
驚 jaro,?ćnaö pode declarar Reyng.achacădolheferterra po
as caulas dele, bem fe puderaõ bre a fim de nosimpedir o comer
tornar a reuoluer as areas da Ádi cio cỡ aállespouos do Oriẽte,mơ
ça, & continuar nas mais minas 器
do Reyno,por maisquefe queira uáfeita de ouro de Portugal,por
difficultară materia Como exce? 4a5defetiráuatäto,não era mui
fo das defpefas dellas;porque efte fofuddiffe hüa só peça.Côtitiuoli
fundameຕໍ່to enfraqué eo jā Dios o beñeficio das iiiihás no Reyño
ussº, doro Siculo, dizendo que nas miº aindade pois da India defcuber
nas de Athenas excedia a defpefà tä,&elRey
- ‫ " ) ه نهشة‬D.Manoeldeu
. . .. º o» officio
“ dė ..." >--

. .... ;
sº ir • -- r [. - - *, ,
" Liuro XVI. Da Monarchia Luftana.
defeitormôr do ouro,prata,eta gaçaõ de pagar a elRey a quinta
nho, & mais metaes dos Reynos parte, Finalmente todos os Reys
de Portugal,& Algarue, no ânno, dete Reyno que tiuerão cuidado
mil quinhétos & dezoito a Ayres de applicarſe, recolheraò conhe
doQuintal fidalgo defua cafa,em cido proueito, que de tudo he
| q enfraua parte da Eftremadura, fertil anofaterra. E não pode
que tinha defmembrado das fei mos culpar aos antigos de pouco
torias de Gil Homem,& Gonçalo induſtrioſos,ellesinuentaraömui
Priuado, os quaes tinhão a ſeu tos ingenhos de agoa para papel,
cargo as minas do ourc, & eſta ferro, & outros feruiços neceffa
nho da Beira, & para efte efeito rios,& cultiuauaõ a terra cõ toda
fe deu particular regimêto ao di a diligencia, plantando,& ſemeå
to Ayres do Quintal. O me{mo do frutos etrangeiros, como ar
Rey Dô Manoel mandou bufcar ros, & canaueaes de açucar, de 4
minas de vermelhão, & azougue ouue muitos, & de tudo ifto te
nefte Reyno por hü Ioão Dalua nho vito ecrituras autenticas, 4
Caſtelhano no anno milquinhen dareinos temposadiante, contê
tos & dez.AFernaõLopes da In tandome por agora com fazer af
foa concedeo elRey D.Ioáo o Se fieta reumpta, remetédo o que
gundo liures por finco annos as he mais vulgar aos que eferene
iminás de ouro do termo de Al raõ defcripšoês defte Reyno. Só
mendra,&dez1egoasao redor,cô concluo dizendo,que nos não fal
taõ de ಶ್ಗ nelle metaes de
tanto quedelles ao diante pagaffe
ós direitos cotumados. Seu tio o que valernos, & alem de outros
Infante D. Fernando laurou mina vieros mais modernos, batauaa
de ferro noTeixofó,& os Duques mina de prata que fe achou no
2.

de Bragança neta Cidade; em anno de mil feifcentos & vinte &


Villa Viçofá defcobriraõ també | oito no lugar de Parame, diftan
mina de Turquefas. Deixo já que ' te tres legoas da cidade de Bra
em tempo dos Reys anteceden 器 taõ fina, que de oito arro
tes elReyDom Afónfo Quarto, as de terra ficaõ na fundiçaõfeis
por fe lińrar das defpefas que fa de Prata, & he tanta a quantida
zia,largou todas as minasdepra de della, quepromettia o ſüper
ta, chumbo, cobre, etanho, pe intendente que alliaSitio,
dra vmé, enxofre, & azeuiche, 4 oito arrobas cada dia ".
| parecereferuouas outras a Afon *
para elRey.
ºf P \ . . . .
"
.. .. .
foPeres mercador natural do Por - . . .. . (6) "
to, & a Bernal Fucata etrangeiro
---...-: * ~ * : .
-

| pârâellés, & ſucceſſores,cöobri


CAP.
ElRey Dom Pinis. \; 8
os titulos com que Dom Sancho
CAP IT, XXXI. (e fez ಶ್ಗ na ſucceffaõ a feus
fobrinhos, filhos legitimos do ir
Do leuantamento do In mão mais velho, & em confequê
cia dito aceitar a fuccefaõ, &
fante de Castella Dð San occuparosReynos de ſeu payan
cho rõtra/?tgpay 纷 ID. tes de morto, priuandoo"dá ad
minitração, & gouerno delles.
-Afonfo Sabio, éº do que Morto o Infante Dom Fernando
obrouelRey D.Dinis entrou logo o fegundo irmão (eu
அகேகோரி0ே. mais moço o Infante Dom San
cho em pentamentos de fucceder
nos Reynos de Catella,por mais
5% candalo naquele tem que o direito confefaua eta he
- Tº
po, &
F*tếpo que por mais rança aos fobrinhos filhos do ir
teueinquietatoda
mão defunto. ElRey Dom Afon
Helpanha, foi a pretenção do In fo Sabio, que ipclinaua para os
fante DõSancho aos Reynos de netos,& naõ ੇ encaminarlhe
Caftella, tanto que vio morto á
feu irmão mais velho Dom Fer efta ង្ន piedade, que efpertar avigi
nando.Para confeguir o que pre 盟 do 影 Sancho 繫
tendia, foube difpor as coufas em pofitor delles. Entre o mais que
forma, que alcançou a Coroa de pelo difcurto dos annos antece
uida jutamente afua capacida dentes fez em melhor difeofiçaõ
de, aindaque com as demafiadas de feuintento, foi o fazerie jurar
diligencias deu nota de pretentor porherdeiro com confentimento
ambiciofo, & em fe executarem defeu pay nas Cortes de Segouia
para meios do fim aque apiraua celebradas anno mil duzentos &
algúasindecencias, fêz ménos ás fetenta & feis. Confiadojầcomo
ceito o gouerno, que quafitodos herdeiro, & acquirido com eta
defejauão.Verdade feja,que para publicação maior direito, come
demínuir o defcreditó déftas de. çou à continuar mais feguro na
:mafias diuulgarão [.us aliados o pretenção , Mas coinó?s deftá
rigor injufto com que feu pay el qualidade não de cubrâõpoftão
féy Dóm Afonfo'matouad In notoria ajutiça das partes, que
fante Dom Fadrique feu irmão, não deixe fundamentos ao côn
& ao fenhor dos Cameiros, & a trario, entendeo DốSancho, quë
feando eta, & outras acçoesfe o mais conueniente para vitim๕
melhantes dau㺠por jutificados fegurãça defeu direito era a bre=
-
Iiuro XVI. Da Monarthia Биjiana.
uidade em fe fazer fenhor das võ uores da gente Mourifca; por
tades dos grandes daquelle Rey que tambem elRey Dom Afonfo
no, & humaliança tal por paren conuocou a fua ajuda duas vezes
telco, que o interefle de todos º as forças, & cabedal delRey de
vieſſe a ſer o mais affecto procu Marrocos. Bem he verdade que
rådor defta caufa.Huma & outra felhe difculpauão etes'(ocorros, .
· coufà pos em effeito,& com am pois evioemetado de não achara
bas ellas acrecentou em feu pay em Hepanha quem lhe valefe,
nouos receos. Arrepédiafe elRey fendo que era elRey de Aragão
D.Afonfo de ter dado táta aução feu (obrinho,&o de 器
ao Infante feu filho,& temia,ven neto. Alem de que o etremo de
doo tão introdufido,& bem acei fever priuado por fentença publi
to. Ajuítiça dos netos tambem ca dosReynosqueherdara de ſeu .
lhe caufaua remorfos. Apertado pay, & de preſente gouernaua,
do receo, & inftigado do efcru batante occafião era para obri
pulo,quiz por via delRey de Frã gara folicitar qualquerremedio.
| ça bufcarremedio ao que impof No anno mil duzeritos & oitenta;
fibilitara com a pouca confidera & dous, em 4 anofía hiftoria vai
ção das Cortes de Segouia, fun correndo , em Cortes de Valla
· damentoprincipal do Infante D. dölid, que ājuntou elRey D. San
-

Sancho. Preuinio ele em contra cho,deu fentença o Infante Dom


pofição defe defignio o que im Manoel feu tio, & irmão delRey
portaua,&jåfobrejuftificådopu Dõ Afonfo, em que priuaua dos
blicandofe cffendido do intento Reynos de Leão, & Catella ao
que eu pay tinha em lhe querer dito Rey Dom Afonfo,ccm con
defuiar a poffe que elperaua, en fêntimêtodas pefoas ali chama
trou a defendela primeiro que fe das, Obedecerão então a D. San
concluife a final refolução delhe cho, & reduzirão a elRey Dom
fer deuida. . -
*_'
-

; Afonfo, a que recolhido na cida


* Não fiando sò dos vaffalos da de de §. tiueffe pouco mais
k|üelles Reynosa defètiçaô defüa uem o reconheceffe. Sendo dos
caufa, que muitos deles, como latimofos epectaculos que vio o
Chriftaõs, vacilarão no partido mundo, ht Rey deapolado por
que feguirião, vendo hum payof feu filho,&fentenceado por hum
醬 hum filho cobiçofo, & irmão: carregou a opinião das
húns netos innocentes, fe confe gentes em abatimento do Rey
derou com elRey de Granada: caido, acumulando razoens por
mas não foi avnica occafião que onde merecia etaruina. Afifüc
á eftas coñtendas acudirão os fa cede aos degraciados,&heo vl
--
's timo
- -- - - -- - n -- • *-*. - -

: ... * * * r . . ~~
\",
- - - -
-*

".
* *

Velfrey DDinis... º
* - -

- - 'Y' ' ', 81


timo de ſuas miferias, veremſe, então em Seuilha por Embaixa urita moí
não sò caidos, mas culpados na dores feus Sueiro Pires de Barbo annats. Gr
queda. ~ * : . . . . . få, Dom João de -Auoiŋŋ‫&ب‬ ‫بو‬ hum mos indiccs
Latins ad
* Não deixarà de ter lugar en Goncalo Fernandes,os quaeseſti 1284
tre as razoês preuenidas dizerfè, uerão prefentes à fentença em
que permittira Deos ſe viſſe elle cõpanhia de outros fidalgos Por-.
desherdado dơReyno,porfer oc tuguetes,em que entraua D.Mar-,
cafião de que a Códefa Matthili, tim Gil, Domingos Pires Chan
de não lografe o de Portugal,dã. çarel da Rainha Dona Brites de,
do occafião com o cafamento q Portugal, João Reimondo Mor
fez defua filha Dona Brites com domo da melma Rainha, & Fer
o noffo Rey D. Afonfo Terceiro; não Martins de Curutello, que
a que aquella Princea viuele pri deuia tambem fer feu criado, &
uada do Reyno defeu marido, & Dom Martim Gil, que deuia fer
foi circunftância do mefmo cafti o de Souerofa, porque tinha paf
go,bem merecido por eta caula, fado a Catella com elRey Dom
na occafiaõ do trabalho não a Sancho Capello,como felëna fua
char em feu fauor a elRey Domi Chronica cap. 9. Aſsi procedião
Binis (eu neto, filho da Rainha pay, &filho, litigando com pro
Dona BritesiÞörern continuando Cefos juridicos, á que deú imais
rias diffefençás defte Rey čom o direito o maior cabedal que o In
lnfante DóSancho, vendoſe elle fante teue defia parte, com que
aff priuado do Reyno, & defem preualeceo vltimamente, vindo a
Parado de feus vaffalos, aindaque: morrer feu pay dous annos adiá
algunsleaes fütentaraófila parte, te. Por parte del Rey fe decubrio
fefefolueo magoado, & ofendi o Papa Martinho Quarto, man
do a fazer outra demotração de ੇo promulgar cenfuras con
fentimento, & ir contra o Infante, tráos defobedieñtes, & obrigan
fentenceandoo por rebelde, &. do ao reconhecerem por feuRey;
vfüípadorihjufto do gouerno, &; não obrarão em forma que dei
Reynos, & como tal incapaz de xaffe elRey de morrer-desher
rentrarna herança dellès , dado. º's ; :。 .. . ..

• Publicou dlRey Dom Afonfol ... Pudera cenfurarfe elRey Domi,


etafentença com grande folem Dinis de faltar com focorro a feu
ridade em Seuilha', 8ca dous de auò neta opprefaõ, & de não e
Nouembro de mili duzėntos & ſtranhat adefobediencia de hum
oitenta & dous, tempo em que o filho contra feu pay; acção que
nofo Rey Dom Dinisetauã em fêm outras circunftancias inclitia
Coimbra, como vimos. A(sitião mais a piedade em todo o direito
y
-

2. O4 diuino,
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
diuino, & humano: & podera fer que não etauão em rompimenº:
que o fautorizar elle defobedien to tudo fabe difpor bem quem tê
cia ſemelhante deſſe motiuoa ſeu ' prudencia. E ate a falta de fauor
filho Dom Afonfo a emprender temperada cõ bons termos, quã
outra tal,com que elRey D.Dinis do não obriga, não efcandaliza.
2
fevio no fim da vida bem inquie Mais fe podia célurar a elRey
to. Aſſicaſtiga Deospellos meſ Dom Dinis feguir a parcialidade
mos fios àquelles, que tecem em de feu tio o Infante Dom Sancho.
dipendioalheo taes defacertos. contra os (obrinhos filhos de ir
- O certo he que elRey Dom Dinis mão mais velho, a que reprefen
como politico conheceo etarlhe tauão para fer preferidos na he-,
mais a conto a parcialidade de rança, pois em Portugal efaua
feu tio Dom Sancho, que etaua praticada a reprefentação, & in
em idade de viuer mais annos 4 troduzida nas Cortes de Lame
elReyDom Afonfo (eu auðjave go. Dom Lopo Dias de Haro 13.
lho: & com elle ſe colligou nas fenhor de Bifcaia, fe acoftou ao
Cortes de Valladolid no anno. partido de Dom Sancho, por fe
affado de mil duzentos& oiten
praticar em Bifcaia a preferencia
ta & hum. Que lhe defe fauores do tio ao fobrinho, filho do ir
me não conta; porem fauor era mão mais velho, como fe vio em
não lhe fer contrario. E que o te Dom Inigo Lopes Sexto fenhor
ue por amigo naóha duuida por de Bifcaia, que entrou naquelle
. que annos adiante, como vere Senhorio antepoto aos fobrin
mos,vnio á Coroa as terras de fèu nhos filhos defeuirmão DõSan
irmão o Infante DõAfonfo, que cho Lopes. Contudo acharia el
as filhas pretendião herdar, & hü, Rey Dom Dinis, que aindaque
dos fundamétos por onde femo Portugal tinha eta opinião por
ftrou que as perdera o Infante,foi. maisjuta, Catella auia eguido
porque fendo vaffalo delRey Dõ nas Cortes de Segouia a contra
Dinis, & etando obrigado anaõ ria emfauor de feu tio D.Sancho.
fazer guerra, fenão afeus inimi Paffaráo no difcurfo deftas con
gos,o Infante todauia a fizera fem tendas delRey Dom Afonfo Sa
ordem delRey,& contra feu mã bio com feu filho Dom Sancho
dado a feu amigo elRey Dô San varios trances, & guerrasperigo
cho. Contudo deuia elRey Dom fas, em que tiuerão boa parte a
Dinis de dar batante fatisfação Rainha Dona Brites de Portugal,
defi ao auô,& correfponder.com & muitos caualeiros deteReyno,
ele cortefmente, pois trazia Em todos os quaes feguirão a parte
baixadores em fuã Corte,finaldº do mais ofendido,õ& neceffitado,
r
- . - - --- - que
-- - -
. . . ... - : ; " ." : " ‫هضة‬ A 3. - à .' -
A、A"、"。
`` ElRay Dom Dini.\ :* - - - - - $;
que era elRey DóAfono. No ca nandofe quafi todos ao Infante
. . . ." . . . -- ‫نسخه‬

pitulo feguinte daremos relação D. Sanchó, os Portuguetes perfe


mais particular de tudo. º ueraráõlempre na obedieñëia do
que menos podia, & obraraõem
CAPIT. XXXII. . felíferuiço grandes primores. Tã
to que a Rainha Dona Britesvio
que fe começaua á manifeitar á
Da ida a Caſtella da Rai tençaõ de feu irmão DõSancho,
nha Dona Brites de Por & que os deſpreſos a ſeu payen
tugal em fauor defeu traúaöja ſemrebugo,diſpÖzlogo.
o cabedal que 儘 eñi Porîü
pay el Rey Dom gal, & deu ordem a feus vaffalos
Afon/o. a que fe preuenifem na melhor
forma positiel para que a acom
韃 Oto que elRey Dom panhafemaSeuilha,aonde elRey
#*# Dinis afsétou pázes cõ etaua. Com eta refolução (e foi
1283. $('# o Infante DõSancho, à villa de Serpa, era fua;o an 體
* & fere{olueo em não no patado de mil duzentos & oi-,deCamará
Lisboi
dar focorro a elRey DõAfonfo: tenta & dous, aonde fez refênha#. 2. dos
contudo naõ deixou de confide da gente que auia, & por carta…" -

rar que feria demafia impedir o 驚 Ioão Reimondoféu?" I22, -

fauor que a Rainha Dona Brites Mordomo mór, & Martim Paes
fua may quifefe dar ao pay na ſeu Chançarel a noue de lunho,
quelles apertos. Cometareolu deu nouos priuilegios, & confir
ção fedeuiaõ capitular a concor fmou outros aos befteiros do cou
dia Defempenhou a Rainha Do to daquella Villa,mais a propofi
na Brites nefte lanço as diuidas, to para feuintento pela vifinhan
& repeitos de filha,& deixou em ça que tem cõ Andalufia. A vinte
todosos Reynos deHefpanha opi & quatro do proprio mez eſtaua
niaõ de grande valor, & Pruden elRey Dom Dinis em Trancofo
cia,merecendo por etavia defeu já catado, como deixamos eferi:
pay merces, & louuoresericare to, & affiacho dificuldade em á
- - ". - - * . .. . . .
cidos, que tudo exagera quem a Rainha Dona Brites fofe affitir
defemparado fente em feufauor . . áquelfas bodas, fendo a diftaficia
alguma lembrança. Com o exé de Serpa a Trăcofo tanta. Dicul
5 da Rainha femoueraõ mui pada eftā a Rainha,fehequehaô
tos fidalgos Portugueſes, que a foi affiftir ás bódas do filhò, cóm
acompanharaö &äte osdas Or occupaçaõ taõjuta de preparar
dens íilitares de Caftella, incli parafeu Payfocorro. uia ella
* . . . .”
dipor
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana,
ditor tudo com tanta diligencia, Leão. Por fer notauel a doação
que já no fim do anno pafado a das villas de Moura,Serpa, Nou
wife elRey Dom Afonfo em Se dar,& Mouraõ, a darei treslada:
uilha com a gente de armasPot da foi a data em Seuilha a quatro
tuguefas, como fe proua; pois jà de Março do anno que agora en
em Nouembro, quando elRey tra de mil duzentos & oitenta &
deu a fentença de defnaturalifa tres, etando naquela Cidade já
çaõ contra feu filho, affitiaõ em a Rainha. Mas he para aduertir,
Seuilha os criados da Rainha, & que tendo ella apofle da villa de
fe nomeão. Grande confolação Serpa no anno antecedente, fein
foi para o pay ver a promptidão cluiria a mefina Villa com as ou
. que 濫 filha 蠶 ម្ល៉េះtras neta doação para mais fegu
mas overfe reduzido a termos q. rança, & como confirmação do
neceffitaua de focorros dehuma primeiro titulo cõ que a pofuia.
mulher, lhe dobrauamais a ma Diz pois a doação delta maneira:
goa de feus trabalhos. A Nobre Porque,fegun dize el Sabio la ami
za,& pouo de Seuilha não ha du ziadverdadºra mas cumplidamente/e ನಿ
uida 4 ordenafe honrofo recebi-. prueua en el tiempo de la coita, que en
mento à Rainha,maiormente le otra fazen, y aquel es verdadero amigo,
uando configo a Infanta D.Bran que ama en todo tiempo. Span quantos,
ca, fegundo me parece, & era ju ¿tepriuilegioyierin,3 oitrin, como nos,
º fto que a húa filha, & neta defeu Xey ZDon Alfonfo por lagracia de ZDios
Rey, & tão zelofas de fua repu regnante em (affilla, em Leom, en 7aledo,
tação,que de Reyno e tranhovi en Califia, en Seuilla, en Cordoua, en
nhão apadecer em fua compa ·%ĉurcia, en laca,ê em el Algarbe. Cæ•
nhia os defcomodos da guerra tando elgrande amor, é verdadero que
ciuil, fe fizee toda a demotra fallamos en nuerafija la mucho hon
ção de reconhecimento. Não e rada Zona Zeatris por la mimagra
faua o tempo parafetejos,&aí cia Reyna de Portugaly del vAlgarbes
fi fé contentariâ a ੰ Dona y la lealtad que fiempre moró contra
Brites cõ entrar profefiandoobę nos,y de como nosfué obediente,y mans
diencia tão honrofa, que feruirá dada en todas cofas, como buenafja, é
deglorioſo trofeo a ſua memoria, leal deue fer apadre; y feñaladamente
Recompenfoulhebem elRey as porque a la/azon que los otros nutros
-
defpezåsda jornada, & publicou fijos, y la maior parte de los homes de
a etimaçaõ que fizera da fineza nueira tierrafe algaron contra nos por
dete amor de fua filha em mui co/as que le dixeron,y les fixieron entene
tas merces de Villas que lhe deu der como no eran,el quataleuantamien
na Andalufia, &Eftrémadurade to fue contra ZDios, y contra derecho, y
ÇÒ/¡Æንግፊ
--- -----
]R ‫د‬
‫متعهشد‬:

gur44೭೫, ೫/೫,೧°: ºtoron, y de todos los otroslugares de.


feñario natural, y viendo ella?o,5 ce /κ κrminos, μεfganend μαγα, ε
eciendo lo que ellos deconocieron, º ###:
emparó fijos, y herdamientos y todas las ¿eynodeSeuilla afiicomoJobredicho es:
-
r

otras cofas que auia, y vinº º padecer A otrofi mandames àquelqueherdar


aquello que nospadecemºs, para viuiry :#
morir con no/co. 7 como quier que ella #; mandado, que agarde. nufírá
merece todo aquel bien que nosfazerle fjálažeinafobreáchāžodas ęłaśćofaş
pudifemos peroporque luego tantum d. jula dieba, englepriuilegio enrode
plidimentenal pºdemºsfºgº""" /asil. Lança depois maldiçãº
queriemos, дафиеll, вие :fincó, y te a quem encontrafeito, & Pede
nemos en nuefropoder, damaslepor he ao Papaque o Confirme. #chael
redad luego por en todos los duas de fu priuilegio en Seuila Y), aias
vidalas nuftrasvillas, 3%ra, ) *r- andados delmez de atar;oºn &ra de
payNodar, y Mºren conſas Caſtilles, mil trezientos y veinte y yn añas.Confir- :
mão o Infante Zom laimes, Zom Kai
y con todos los otros lugares, queſonſus mundº -Αrcebύρο de Sruilha, zõFrei
terminos, así como los nos agora aúº
mos, que los aya ella con todas Jómaroeleitode-Aula, Zamfitál•
las reh
ras, y los derechos para féruir/edlºtº 3ή, 4outd, Ζοια 5μείro2ψηd,
toda lafu vida, y depues de fa muerte gââ;,Zom Ioio…!jon/à de f/ºrð,Zžá
que бnдие aquel quenos her daremos ακινδuare, ά: Αίτη/σ, 2om θρη-
á "
en elReyno de Seuilla; y retenemoj pa galo Amnes fjo de zom/uan -Afon
ranos moneda,yjusti“, è fantar,ymi fò,Zºomcaráçutierres,º/onfø*er
meras,flas hi ha, las suiere daquiad:- nandes fabrinho delRey, @/ºu 3%.or
tante. Onde regamos, é mandamos a los domo, ¿Afamfa Perei de Cu/mão, ?ero
confjos de 3ïora, Sierpa, é de Nodar, Soares,TelCutierres jujiңа da caſa del
à de 3coron,a todos los otros com/ejos de Key, gara ufre Copeiromaior deléey,
fas terminos, e conjuramolos gor el deb zoom Fernão Peres Ponce,2)om Xar
itim gil, Sueiro ?eret de Żarbo/a,Z)om
de de naturaleza, que an con neºyºr
"la kabad quejemprefigieron, é nos de Carcia Fernandes Xafire de Alcan
ºuen fazer, que recudan ellos, è ſeante tara, Zam le㺠Fernandes ºffirº dº
"nudos de fazerrecodir biene complida - Templo, Garci Fernandes de Senahria
mente daquiadelante º todas las ren , Porteiro mor del?eyno Keyno de Leão,
?elay Peres Chan;arel delRey em Ca
ras, con todolos derechos quefanº/º fill, Ⓐ L്,@്.ു4 4/alla
lugares anuetra fija la Reynafabredi
cha a que ella mandare en todafa vida, dalid. Etauão vagas as Igrejas de
y queella, o aquellos que tuuieren por Palencia, Salamanca, Santiago,
a las villasfobredichas, é Cºffill•i de · Orenfe, Lugo, & Mondoñedo,&
· deuia fêr qüe.com as reuoltas?
| ,na
itwispl
‫به زبﺍﻧهای رو‬ não
Liuro X VI. Da Monarthin Luftann.
naõ prouerião os Bipados. nhaD. Brites &figuirăoaparte
A granja de Ficalho, que teue defeu pay elRey Dom Afonfo,&
com titulo de Conde, dado por de outros, que tambem ajudaraõ
elRey Dom Felippe Terceiro, o o mefmopàrtido. . ' ' `

- Duque de Villahérmoía, Prefi * **, *.

dente q foi do Confelho de Por


tugal, tomando a Rainha Dona CAPIT, xxxIII.
Brites poffe da villa de Serpa, em Do,քննա Portuus",
cujo termo età, a deu logo, aísi
ftindo ainda em Seuilha a vinte
& finco de Dezembro a feu vaf
äfºguirão a parte del.
falo Dom AbrilPires, & deffois
-

-
Rºy Dom Afonfº
no anno mil trezentos & vinte & · Sabio.
Lib. 3.fl. tres a confirmou elRey Dom Di
J53, nis a feu neto Ioao Afonto Vas గ్రో Primeiro fdalgo Por. 1183.
lente. ་་་་་་་་་་་་་ ༥༣.༥༣་ Stugues que merece er
No proprio dia,3 comasmeſ ¿ noíneado,he D.Vafco
mas palauras doou també elRey * Martins Pimentel, o
DõAfonfo à me{ma Rainha fua qual por occafião de certos def.
L.de Afon
f%3foliói filha o Reyno de Niebla comas gotos que teue hete Reyno, fe
villas de Gibraleon, Huelüa, Sak pafou ao de Catella em tempo
tes, Aiamonte, Alfaiar de Pena, que as guerras delRey D.Afonfo
& Alfaiar de Lete com fêus ter com feu filho Dom Sancho anda
nos, no detricto todo de Niebla: uão mais trauadas, & offerecen
· declarando, que por morte della dofe ao feruiço delRey, foi gran
Rainha ficaria efte Reyno áquel de parte dos bons fuccefos que .
le filho a quem ele deixafeher teue até morrer em hum recon
dado no Reyno de Seuilha; porá tro com a gente do Infantejunto
ºteue elRey intento de repartir os a Cordcua, que não foi pequena
-Reynos entre outros filhos, del caufa de declinaré as coufàs del
pois defentencear 鷺 desleal ao Rey, como fe vio defpois de fua
º Infante Dom Sancho, & inhabil morte. Leucu Dom VafcoMar
para a fuccefaõ, pela rebelião q tins muitos caualeiros Portugue
fizera.Defa doação de Nieblafe fes, como ecreue o Conde Dom Titºf
fez menção no tomo anteceden Pedro, que ainda praticou com
te, & neftea darcmos no appen alguns delles, & fe informou de
dice ti esladada. A gora paflamos tudo o fuccedido. Efe Zom Vafia
a dar noticia dos fidalgos Portu 3íartins (diz o Conde)foi muibam
gueſes que acompanhatão a Rai casakire, 6 degram fazenda, dº foi
«,ʻ., +
~
3%irinhº
…º º ElReyDom Dinis.….….… s;
Xeirinho de todo o *ற de Portugal, rece que fe equiuocou o Chroni
6ూ. por/anha que delle ouue elKey fem >
fta com a gente que a Rainha D.
razão fofº a (astela com duzentos c. Brites leuou configo para efte ef-,
(incoenta de caualo de bons fidalgas, o feito; porque as güertas daquelle,
fos/epara elRey Ziõ Afonſo; es elauia, Rey com feu filho fepublicaraõ.
guerra com ZõSancho/eufilhº, & fez defpois da fentéça que (e deu nas.
nº/le tempo muitas lides 6…»enceoas,<. Cortes de Valladolid, qüañdo o.
ºpºfumeira que fez em (ordoua,6 re priuaraödo Reyno,quafro annos,
crbeo hi taesferidas de que morreo. A. depois da morte delRey D. Afon;
aos dºze dias diafilhou elRey Z). Afin fo, & tendo já outros tantos de,
fº graõpº/ar, e os/eus, olhandº comº: reynado elRey Dom Dinis feu,
lhe era biópara o meter muito afincado. filho, Ete Rey, como jà difemos,
que aulão E comº em cºopenfardã, afi. cõ aftucia de eftadiftafoübe en-.
lhes aconteceo,cº dali adiante foram de treter a ambos,auó, & tio; a ete,,
pequena defenfa. Deuia fer á morte liandoſe com elle, & aquelle,dei-,
deſte caualeiro no cerco 1o anno. xando fair a Rainha Dona Brites !
paflado fe pos à cidade de Cor fua mãy com agentePortugueſa,
doua por elRey Dom Afonfo cõ 醬 a quis feguir para focorro,
ajuda dos Mouros de Marrocos,a. elle. Deuiaſer boa copia, & de,
qual Cidade fedefendeo bem pe lufimento; que a femelhantes oc
lo Infante Dom Sancho. Grandes: cafioês não fe oferecem fenão,
deuião fer feus feruiços, & a efti pefoas de valor, & de Os, ཨཾ་ཨཱཿཧཱ་
maçaõ de fua pefoa, pois tinha uaes com os da companhia de
brio para fe aufèntar de humRey. Dom Valco Martins Pimentel,
que o degotara,& futétar antes fazião batante corpo, & nas hi
o Rey nece{sitado. A não fero, ftorias de Caftella ha memoria
Conde D. Pedro,nem eta breue delles:parecerlhcia ao Chronifta.
memoria alcançaramos,& ficara que os mándara elRey D. Afono,
DõVafco Martins nas treuas do .Terceiro: mas de certo fabemos
efquecimento com as defpezas á fèrem os que là andaraõ condu-,
fez em futentar os duzentos & zidos pela Rainha, & por Dom.
fincoenta caualeiros Portuguefes Vafcö. • * - :::്
com que feruio nas guerras con: … O que aduirtio bem o Chro
tra Dom Sancho, nita Ruy de Pina foi em decla-,
A chronica antigua &donoffo. rar, que não mandara elRey Dõ,
crité, Rey D.AfonfoTerceiro diz,蠶 Afono os trezétos caualeirospor
mandara elle trezentos caualei obrigaçaõ de reconhecença, &,
ros a Caftella em fauor de feu fo* inferioridado à elReyde Öaſtel-,
gro Dom Afono Sabio: mas pa-, la,obre ája difcorremos afima.…….
Р É defles
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
E detes trezentos caualeiros trezentos caualeiros, por caufã
de Portugal, que vierão em aju da rebelião delRey Dom San
da,& feruiço delRey Dom Afon cho; poderião ir a Catella em
fo, creio fe tomou a opinião er outra occafiaõ. Duarte Galuão
rada, que em alguns liuros vi,que no Capitulo primeiro da Chro
a obrigaçaó de que ete Rey Dó nica delRey Dom Afonfo Hen
Afonó releuou a el Rey de Por riques falou com pouco exame
tugal feugenro, & a elRey Dom 'naindependencia defte Reyno.
Corria tanto por conta dos
Dinis (eu neto, era de trezentos Portugue
caualeiros, com que era obriga tes a defenfaõ delRey
do de o ajudar, & feruir quando Dom Afonfo Sabio, que a penas
lhe cumprife. A qual (entença, auia caualeiro deta naçaõ nos
& opiniao faõerradas, porque a Reynos de Catella que faltafe.
obrigação que elRey Dom Afon' na obrigaçaõ de acudir á Rainha
fo, & o Infante Dom Dinis feu fi Dona Brites, & fuftentar a voz
- lho tomarão pela fuccefaõ do de feu pay Dom Afonfo. Mas
Algarue, de que foraõ releuados, ainda que não fora a prefença da
era sómente defincoenta caualei nofa Rainha para os obrigar: a
ros que em vida delRey D.Afon melma Andalufia, & territorio.
fo de Gatella contra todos os de Seuilha pudera executalos ne .
Reys de Epanha lhe auiaõ de ſta parte 醬 acudir aos menos
dar. E a verdade dito eu Chro poderofos, & defualidos, como
nifta verdadeiramente a vi nas por diuida primorofa da caua
proprias quitaçoês, doaçoês, &; leria Portuguefa: lembrandolhes aº #8
priuílegios áfellados, 8 autori que naquelle mefmo deftrićto ti- ஸ்ம்,
zados, que (obre iffo (e conce nhão os Portuguefes defendido
derão, os quais etaõ no Catel as reliquias de Pompeo atenua
lo de Lisboa na torre do Tono das, quando entabolada a ma
bo de Portugal , de que eu fou ior ventura de Ceſar, promettia
Goarda mór, & outros femelhan ventagens mais feguras afeus fe
tes deue auer nos cartorios de quafes. . - . -

Caftella. ..." Das ordens Militares de Ca


* Com eftetetemunho ratifica ftella, os Metres sòmente do
Ruy de Pina aizençàöde Portu Templo,& Alcantara foraõ leaes
galde que falamos no lugarapon a elRey D. Afonfo, & perfeuera
tado, aindaque em outras miu rão em feu feruiço,ate elemorrer
dezas importantes não foi taõ no anno feguinte. O Metre do
exacto, nem me parece que o Templo era D.Ioão Fernandes,4
º hé em attribuir etefocçorfo dos auia pouco těpo chegara de Pa
-
.’". . .. . . . leftina
º ElRey Dom Dinis, * 86
letina com fuperintendencianos lhe cóformaré no feruiço delRey
Reynos de Leão,Catella,& Por os Freires Portugueles,inclinádo
tugal. Entêdo que era Portugues. fe os Leonefes,& Catelhanos ao
A razão he, porque tendo elRey Infante. E fobretudo aueriguãdo
Dom Afonfo feita doaçaõ àquel elRey DõDinis o modo q tinhaõ
u. Exia la Ordem das villas de Xeres,Ba osTêplarios nefteReyno,feliqui
fºtº dajos, & Freixenal, defpois que dou qnunca ferecebia Freire de
vio aos caualeiros della contrafi, outra nação fenão Portuguefa, &
determinou, fegundo parece, re ά söefteMeftrelãgara ohabito â
uogarlhe a doação. Contudo o hum fobrinho feu de Galiza. No
Meltre D.Ioão Fernandes,D.Paio tomo ſubſequente daremos a ef:
Gomes Barretto, & outros Frei critura. De Payo Barreto qallife
res Portuguetes, q acõpanhauaõ nomea faz menção o Conde Dõ
a elRey lhe foraõ ို့ fuaju Pedro, & diz q era filho de Ete
ftiça etão em Seuilha a oito de uão Fernádes Barretto, & de Ioá.
Março dete anno corrente, ale= na Fernãdes filha de Eteuão Bar
gando de fua parte fer verdade, 4 tholameu de Santarémas não de
Gomes Garcia,o qual tinha as ve clara á foffe Freire do Têplo; feu
zes do Metre do Templo em irmão Ioão Barretto confefa o
Leão, & Catella,feguira com os Conde que foi Templatio, & ou
Freires daálles Reyños as partes troprimo delles, por nome Go
do Infante;porem que Dom Ioão mes Barretto: misteria inaduet
Fernandes tanto que veio de alé tencia do Conde,ou falta dos co-fi º
mar com poderes de Metre nos piadores, que não podia auer er
Reynos dePortugal,Leão,& Ca ro na efcritura feita em prefença
ſtella, ſe langàra em fauor delle do mefino caualeiro. --

Rey cõ os Freires de Portugal. É O Metre de Álcãtara D.Gar


Raducº
mepiderópor merced, que no quisie cia Fernandes Barrãtes, qete ap 8.cダ96
que perdeen mi merced por los Preires pellido lhe dá a Chronica deta
decaffilla y Leon, que contramifueran Ordé,naöduuidoperfeueraffe na
tem errados.ElRey lhes confirmou obediêcia delRey,acõ{elhadopor
a doação no dia fobredito, em 4 D.FernãoPaesCômendador môr
confirmarão D, GarciaFernãdes da me{ma Ordê,4 era Portugues,
Metre de Alcantara, D. Martim &lhe veio a fucceder no Metra
Gilde Portugal,Afonſo Fernádes do o anno feguinte de 1284,Suei
mordomo mòr delRey,Sueiro Pi ro Paes irmão do Metre D. Fer
res de Barbofa.Perfuadome mais nando, foi fenhor de Valença do
, para fer Portugues Dó Ioao Fer Minho, &tomando o habito da
imandes Mcitrⓥo Templo, por fê _OrdédeSantiago,renunciouof
P2 nhorio
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
nhorio della em ſua irmãa D.Te tal, que o obrigaraó a etarjā o
refa Paes,como fe colhe da efcri primeiro de Ianeiro poto em ca-2
tura do Conuento de Vcles, & minho no lugar de Aluaiafer, dõ
nella fe nomea feu pay, que era de paflou a Alentejo. Seria por
Payo Gomes de Toroño,appelli que como etas terras ficão mais
do que mais proua fer de Galiza, na vifinhança de Catella para a
mas deuia fer pela mãy Portu parte de Andalufia,que entäöfer
gues, & a efe repeito tinha o fe uia de teatro das guerras ciuis de
nhorio de terras em Portugal.Os fèu auó,& tio,queieria affiftir nel
tuguetes das ou las paraque eus vaalos naó fai
Caualeiros Pornda
tras Ordens,ai que os Mcftres fem do Reyno fem ordem fua,&
deſsé occaſiaòao Infate D.Sächo
dellas eraõ da parte do Infante D.
Sancho, deuião contudo imitar a queixarfe,jà que com elle tinha
aos maisPortuguefes,& elles com feitolianga. Na villa de Aluito
feus Comendadores maiores fer fê achou elRey a vinte hum dete
ou o
uirião à elRey D.Afonfo; mas naõ mez, aonde celebr hũ cõtrat
tenho certeza de qafiobrafem. com os Religiofos da Trindade,
que eraöfenhores defte lugar,pe
C A P IT. XXXIIII. la herdade de Mõte de Trigojū
to a Santarem,a qual applicou ao
Daida del Rey Don Di laConVilluëta,o&qafoiRel igia6 të naquel
o primeiro que os
mis para Alétejo,é da tro Religiofo da Trindade 當
s
ca que fez cõ os Religio/os raò em Portugal, ſendo nelle ad
da Sãrif;ima Trindade, é mittidos por elRey Dom Afonfo
Segundo, de cuja grandeza al
reuggapä0 das merces ino cangaraó em Santarem aquella
feio/as que tinha feito. fundaçaõ.
ºś Omo as contendas de Pelos annos mil duzentos &
#és bàÈ Caftella andauão taó dezoito confirmando o Papa Ho
io todos os priuilegios às ca
ššreuoltas,& trazião tan nor
&ఘొః gente Portuguefa fas & conuentos deftā Religião,
occupada, naõ podia elRey Dom falando do que tinhaõ em toPor
Dinister focegô, aindaqué felan tugal, sò nomea o Conuen de
çou fora dellas. Bem quizera de Santarem, & oHoípitalde nofía
terfe mais tempo em Coimbra, Senhora dos Santos, como vi no
aonde fe deteue o retante do an priuilegio queieftà no cartorio
feipal
no uar;ãomas
nnoado forasaõ mat erilid
de qua as que -
; 鷺例
ade da Sêde Lisboa: In Regno Portuga- :ா,
lie damum de Santarem ?um omnibus ཁཱར་ལ་
թոո:
. .. ElRey Dom Dinis. , i sz
pertinentjs fiis, quam ex Kegia dona tra,em áfe afentou, que os Reli
tione habetis,Aſpitale Sanste Marie giofos porfi,ou por clèrigos fecu
de Sanctis cum Eccleſia, º omnibus per lares feruifem na Igreja dete lu
tinentjºfias.Em tempo delRey D. gar, de que feria Reitor o Prior
Dinis (efepararaõ,& fizerão pro do Conuento de Santarem, infti
uincia por conceflaö de Fr. Gui. tuido pelo Bipo de Euora, & feu
lhelmeminiſtro de Tolofa Vigai Cabido, a quem élle juraria obe
rogèral nos Reynos de Helpa diencia. Veio eta herdade, &lu
nha (do Gêral que então era)Frei gar de Aluito á Ordem da Trin
Pedro de Cofaco pelos annes dade, por doaçaõ que della lhe
mil trezentos & doze,a qualizê fez o Chançarel mòr delRey Dõ:
ção foi depois ratificada em Frã Afonfo Terceiro DõEteue An
gano anno mil trezentos & trin nes, como temos dito. · · · · · · · ·
ta&fete pelo Geral Frei Thome Naõ foi muita a detença del
Loquet, & defte tempo adiante Rey ಛಿ porquenomez
tiueraõem PortugalProuinciaes, de Abrilfe patou a Lisboa,&ne-º º
côforme as memorias de Fr. Ber fta Cidade gatou o verão atè o
nardino de Santo Antonio, Pro fim de Setembro. A dezafete de tu.…já,
uincial q foi deta Religião duas Iulho deuforal à villa de Cacela zº
vezes, & ordenaua a Chronica no Algarue cóos priuilegios me
della.A troca que ag9ra celebra mos dos moradores de Lisboa, &
rão de Aluito pela herdade de nelle confirmao os meſmos Pre
Monte de Trigo, foi feita por lados,& Ricos homens que fefe
confentimento,& licença do Ca guem. Dom Tello Arcebipo de
pitulogéral celebrado em Bur Braga, D. Vicente Bifpo do Por
-
os oaiino paffadoa 14. deSeté- to, Dom Aymerico de Coimbra,
-

--

-
-
r'
ro,& nella ſenomea porProuin Dom loão da Goarda, DõMat
w cial de Portugal, & Algarue Frei theos de Vileu, & Dom Bartho
""Ioão Nadarro,4 denota mais an lameu de Šilues. E{tauaóvagasas
terioridade nos Prouinciaes defte Igrejas de Euora,& Lamego; &
Reyno, Nomeaöfe tambe,alem na de Lisboa era eleito o Chan
de outros de HefPanha, o Mini çarel mòr D. Domingos Annes,* Ibid.66.
ftro de Santarem Fr.Martim Fer que jao etaua a vinte & finco de
nandes. No anno de mil duzeri Feuêreiro,como coníta poroutra.
tos & oitenta tinhão feito os Re doaçaödada haĝlle dia`O Infan
ligiofos Trinos compofiçaõ com te Dom Afonfo tinha o gouerno
Ο. Bifpo de Euora DõDuraõ Paes de Lamego,Dom João de Auoim
fobre as dizimas de Aluito, & no
o de Euora, DõMem Rodrigues
anno feguinte fizeraõ tambéou a terra de Maia, Dom Pedre An
P3 nes
va Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
nesa de Tralosmontes. Alferes dia a fuccefaõ: porem agora fê
mór era o Conde Dom Gonçalo, guro já napofe do Reyno,&lia
Mordomo mòr Dom Nuno,Por do por caíamento com Aragas,
teiro mòr Mem Rodrigues. Mais &com o Infante DõSancho de
confirmauaöſen tituløs, D. João Catella, tornou a cobrar eque
Rodrigues, D. Pero Ponce, Pedre Concederåſem motiuosvrgentes
Annes de Portel, & Fernão Pires dejufliça, & defpois degrangear
de13arbofa.Eraöfobrejuizes Ro os animos,comas terras,& fazen
drigo Gomes, Sueiro Paçº, Ete das quedoara, veio outra vez a
uão de Rates,joãoSoares,&Ete Pofiụilas, & encorporalas na Cóc
uão Lourenço Glerigos delRey, roado Reyno Sabia elRey Dom
Domingos Pires,joão de Alpraõ, Dinis víar deltastraças, áhetaõ
& Pero Paes, , , , o zo ... , , fütilo gouerno dos Principes,quç
- De Lisboa foi elRey paflar o inconfidera
atè as醬 parecem
inuerno a Coimbra, aonde (e de goês e perdiçadas, faõ aduerten:
did #6, teue atè o fim doarino,& çõcluio, ias vteis de feus intentos. Reme
nelle com htia acgao bem conſi eou elRey Dom Dinis o que ne,
derada, qual foi reuogar todas as {{aparte obrarafemcófideração,
, doaçoês inofficiofas, que tinhafei &naõ foi jaintëro de obralo pa
to em dipendio dos bens da Co ra remedeare; & alẽ do proueito
roa. Diz elRey, que atentando cºm que ficou,hehoje celebrado
hum dito féuneíta materia, quã-
têr diminuido o patrimonio Real º
por razaõ das merces que incon do dife: Que jufiamente/- tirawa, º
ſideradamente fizera noi princi 44° injuflamente fe concedia. E dete,
pio de feureynado, por inducçaõ ou femelhante exemplo deuião
enganofa dos que lhe podiaõir à aprender os Francefes, quádo em
maõ, & elão obrigados a fazelo, tempo delRey Carlos Sexto,pro- Aris
digo,additaua
fe reoluera a dar remedio a ete, ces, õ húa rado
& inconfide verbamasmer, nº
em to; roli é.
dáno, defpois que cõfiiltara,o ne
gocio com pefoas doctas, & que das as Prouifoês deta qualidade;
a efte fim viera a Coimbra;& affi em que diziaõ, que fedeuia tor:
-> * julgaga PgDullaSasame nar âcobrar a tál quantia de di.
---

"Ces (obrèditas... Foiifto a vinte & nheiro, ou o tal prouimento de


feisde Dezembro. Entendoeu á officio, oufenhorio de Villa; por
fearrajou elRey a dependertaõ terfeitofema moderagač daju
largono principio, afim defēgu tiça detributiua, & da liberali
raros animos, receando alguma dade prouida:Ait immodici datum,
reuolta porrazaõ de feu irmão o (9 repetatur. . . . . . . . . . .
Infante Dom Afonfo, que preten. -: O sertohe §teue elRey gran
*I
---,
*T2 --
- -

t .. - -- diſsimo
variºs Y. El Rey Dan
s«x sy Dawn Oinis.… AA tºss,
esºs 38
disimo cuidado deacudir por fua dasportas adentro entre a eftrei
fazenda, & naõ deixar perder a teza deftesReynos. Basijulga
nmenor parte della;.porque, nefte raó por limitado os Aragonees o
me{mo anno a vinte & oito, de fuccedido naquella Coroa, fendo
vi, on Mayo, pocpcqulasque faziana querem mil coufas grandes,a reſ
Jºza, materia tinha mandado às juti peito do que intentaraõ do tem
ças de Tralọsmontes que pren po do noffo Rey D.Dinis adián
defem a hum Rui Lourenço, & te;defpois que feu fogro o grande •
dous filhosfeus LourençoRodri Rey Dom Pedro entrou na con
gues, & Nuno Rodrigues, que fiº quiíta do Reyno de Sicilia, que
nhaõ morto o luiz de Rioliure, q abrio caminho aos mais Reys de
auitara a elRey das herdades que aquella Coroa a tantas emprefas
-

lhe eles traziaõ fonegadas. Naõ naquele me{mo Reyno;& no de


pareçaõ miudezas indecentes eº Napoles, & outras Prouincias de
ftas para hitoria, que naó he a Leuante. E atè os Romanos em
menos louuada parte dos Princia quanto não paffaraõ tambem as
pesa atençaó economica.de [ua uerras vltramarinas de Sicilia
fazenda; & todos julgaõ portaõ & cõtenderaõ com os pouos tir
dignas dehittoriarkaççpës(emer cumuifinhos de Italia; sómente
lhantes,como as relaçoês de gr㺠entre os limites daquelle fertão,
desemprezas, que concorrerão feacharãoindighos de titulo mais
no tempo dos Principes de que que de poliopäitoril, &terreíte,
efcreuem,porque etasordinaria como lhe chamou por eta caufa,
mente as oferece o tempo,& oc Lucio Floro, o qual com fazer |
currentes, , & aquellas nacem do hum breue Epitome da hiftoria :
talento doPrincipe,& de fua pro daquella Republica, faz mençaõ
uidencia, cõ que ficão mais pro de outras miudefas femelhantes,
prias de quem as obra, Alem de afsido gouerno publico,como do
que parafe fazer hitoria daquel das pefoas particulares della. E
Jestempostaðfaltos de relaçoês, o me{mo fez tambem Veleo Pas
de tudohenecedario aproueitar, terculo,&outros muitos.AÍSique
& nem tudo entaõetâua dipo. atê o tempo delRey Dom Ioão ó
fto para as grandes materias có á Primeiro, que com a tomada de
de prefente fe podem illutrar as Ceita deu occafião á nação Porº
biftorias defpois da dilataçaõ das tuguefa a tantas marauilhas, &
Monarchias. Portuguefa, & Ca em partestão ditantes,que a me>
fielhana:&bem notadas as cou noracção podera fer,otida con
fàs de entaõ nos Reynos de HeG ੇ ¿le humi Reyno, ou da per
Panha, quafitodaserão materias
-
delle irà a narracão da moſſa
'Gli - г 4. efcri
s: Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
eſcritura acõpanhada de algűas Goes,& poderaſerqueoobrigaſ.
particularidades que então podé ſe air à 驚 င္ဆိုႏိုင္တူ a
não fer de etima. E porque con tação que auia fobre eta mate
cluamos Com a reuogaçaö das ria; porque concluida a concer;
merces delRey Dom Dinis,exce dia fe partio logo elRey para'á
ptuou deſtagèralreuogaçaöa ſeu villa de Santarem...* *** ******
priuado o Chançarel mór D.Do• He de faber que a Villa, &e.
.mingos Annes Iardo eleito de Lif nhorio de Goes.com ſeustermos,
boa por muitos feruiços que ti & lugares foy dada pela Rainha
nha feito afeu pay,& a elle fazia; Dona Tereja juntamenfe coin o
& para mais certefa lhe confir Infante Dom Afonfo feu filho a
mou o mefmo officio aquinze de hum Caualeiro nobili[limo cha
º Janeiro do anno feguinte. … … " mado Dom Anaia VeÍtraris, ca
* - ;
fado com Dona Ermefenda, fe
- -

-- i.
.*
, ;
· CAP 1T. xxxV. º nhora de igoal qualidade: conti
ºf nuou o fenhorio deta terra em
* -* *
- * ,
feus defcendentes atè o prefente
. . --


Como el Rey еотро: huns com varios appellidos, deriuados
-
i
- .
-

bandos notaueis que ouue porem do fenhorio della, porque


- - -
n :
* .
ſobre oſenhorio de Goes," numtempo fe appellidarað Ana
-

&-o cošume delles. " ' ias por refpeito de D. Anião pri
meiro poítuidor; depois toña
#Sº Entrada do anno mil rão o appellido de Goes, & Fari
#\# duzentos & oitenta & nhas, aquelle pela Villa de que
-
- 한 quatro achou ainda a eraõ (enhores, & ete pela honra
sexessº elRey na cidade de de Farinha Podre, que felhean
Coimbra occupado no gouer nexou. A cujo repeito os que fe
no de feu Reyno, fendo que guiraõ o appelido de Farinhas
no me{mo tempo continuauaa mudaraõ tambem as armas,vfan
Rainha Dona Brites fua may em do nellas denoue bolos de prata,
Andalufia na affiftencia a elRey Potos em apa em campo azul,
---

D. Afonſo pay della de que dare entre quatro cruzes de ouro flo
mos relaçaõ efcreuendo a morte reteadas, que he das armas dos
defte Rey,á cae no mes de Abril Pereiras,& Frojafes, que parece
dete me{mo anno. Não foi de tomaraõ pelo cafamento de Do
pouco efeito a etada delRey Dõ na Eluira Frojas com Dom Gon
Dinis naquella Cidade para apa çalo Dias o Cide hum de feus af
figuarasgrandesconteñdas que cendentes, & portimbrefeis ef
auia fobre ofenhorio da vila de pigas de trigo atadas com hum
---, ----- ----

1.] -** * torçal


ElRey Dom Dinis. 89
torçal azul,tres em banda,& tres Sem duuida que confiderando
em contrabanda. Era fenhor de os parentes dete fidalgo, naõ ter
Goes Vafco Pires Farinha, a quê ele filhos legitimos que entraísé
herdoufua filha natural D.Maria ná füccefïàó daquellã Willa, &
Valques,cujos defcendentescon vendo que eraõ mortos já feus
tinuaraõ o appellido de Goes, atè dous irmãos Ioão Pires Farinha,
que cafando DonaBrites de Goes & Afonfo Pires Farinha,Prior do
(outra herdeira da cafà) cõ Dio Hopital, parafegurar o direito qe
go da Silueira eferiuaõ da purida cada hum pretendia, fe anticipa
de delRey Dom Afonfo Quinto raõ a tomar poffe da parte que
fe incluio nos Silueiras, que agora lhe pertencia, & que etaferia a
faõ Condes de Sortelha o fenho caufa para que Vaíco Pires, que
rio de Goes, efquecendo o appel, tinha filhos naturaes,& intentaria
lido.Dep
Villa refentëh
Dona Brancaefenhora defta herdalos, fè oppufeffe aos intětos
da Silueira Cartoriº

dos parentes. Em refoluçaõ Vaf #


Condefa da Sortelha,filha de D. co Eſteues, Lourenço Eſteues, & desortelha
Luis da Silueira, terceiro Conde
Ioanne Efteues, ajuntando gente /aιο Ι. η.
- * - a- - - 10e

da Sortelha,cafàdá com Dö Gre de armas, tentaraõ de apofarfe


gorio deCaffelbrüco feu tioCóde da villa de Goes,&fuas heranças:
de Villa noua. Ficaráo afsi efgue. Valco Pires Farinha ajuntou ou
cidos os appellidos de Goes, Fari tro bando para defenderfe,& cõ
nhas, & Anaias nos direitos fê tenderaõ tão cruelmente, que de
nhores da Villa, conferuandofe ambas as partes ouue muitos
o de Goes em morgados deriua mortos, & feridos: afsi continua
dos de otros ramos delta mefma raõ fem reduzir a caufa a termos
afcendencia.E os Farinhas em hú de direito, atèque elRey Dö Di
neto hoje de Pero Sanches Fari nis requerido por queixas dos mo
nha,procedido de Valco Farinha radores daquella comarca, que
filho batardo de Eteuão Vaf toda andaua reuolta com eftes
ques de Goes, legitimado por el bandos, fe foi a Coimbra no fim
Rey DJoão o Primeiro, a quem do annopaffado,& apertando cö
_feruio, & foi o primeiro que en as cabeças deles,reduzio as cou
trou a cidade de Tuy, quádo eíte fasa termos de cópofiçaõ. Lou
Reyaganhou. Dei razad aſside uarão e em juizes arbitros,que fo
fta familia, para contar a grande rão Eteuão Lourenço Clerigo
contenda 4 Valco Pires Farinha delRey,& Rui Paes Bugalho vaf
teue com feusfobrinhos,& paren falo do Infante D. Afonfo,dando
· tes fobre a heráça,&fenhorio da -fiadores de fua parte Vafco Efte
villa de Goes que ele políuia. ves a Lourenço Efcolla ‫عنفعله‬
C

- s
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
de Lisboa, & Lourenço Gonfal Paes deFerreira,& Mem Paes feu
ues Magro, 4 tinha fido ayode irmão,Fernão Martins de Brufes,
Rey, Dom Martim Annes do Vi &Vafco Dias todos caualeiros;&
nhál, & Ioanne Annes Redondo, outros em que entraua Martim
fizerão a compofição, ordenan Annes eſcudeiro de DomEfteuão
do que Vafco Pires Farinha defe Lourenço. Efta compofiçaõ con
a eſtes pretenſoresVaſco Eſteues, firmou elRey Dom Dinis na me{-
& Lourẽço Eſteues,& a fuas mu ma Cidade a doze de Ianeiro pre
lheres quatro mil & quinhentas fente, & defpois a confirmou feu
liuras da moeda velha Portugue filho Dom AfonfoQuarto.Nefta
fa, & outras herdades aualladas forma fe apaziguaraó aálles ban
em valor de vinte cafaes da fazê dos tão perjudiciaes,& ficou o di
da á o ditoVafco Pires tinha fora reito fenhorio de Goes aos her
de Goes: alem difto ordenaraö,4 deiros liuremente; febem legiti
elle Vafco Pires mandaffe dizer mando defpois elRey Dom Dinis
fetecentas Mifas pelas almas da afeu filho Gonçalo Vafques Fa
quelles que foraõ mortosnoban rinha, declarou que não prejudi
do contrario có Garcia Reimon caua ao direito que em Goes ti
do. Ete Garcia Reimondo de nha Afonfo Efteues. Efazendofê
Goes, e(creue o Conde Dom Pe tambem as primeiras inquiriçoés Lib, i ff;
dro, á foi morto na Codeceira. delRey DõDinis da Beira, & alé ‫و‬10
Aos contrarios de Vafco Pires Douro, acharaó que aquella Vil
Farinha fe mandou que lhe def la fora honrada do tempo de Dõ
fem todos os bens,& direitos que Anaia, & io ſenhorio della viera
elles tinhão na villa de Goes, & por defĉendentes a Reimão Ro
em feu termo, para os herdeiros, drigues, & Vafco Pires. De Vaft
& ſucceſſores daquella Villa, & co Pires Farinha fabemos ter o
ó fizeffem cantar trezentas Mif ſenhorio della; Reimão Rodri
fas pelas almas dos que morreraõ gues de Goes, declara o Conde
da parte de Valco Pires: & que Dom Pedro, que tomara о ар
ligoalméte ſe perdoaſſem de par pellido por ferdaquella familia,
te a parte todos os dános,& afró mas que naõ tiuera fenhorio ne
tas. Efta concordata fe fez a feis nhum na Villa: contudo mais
de Ianeiro no Capitulo dos Reli credito parece que merecem ne
giofos de S. Domingos de Coim fta parte os que fizeraõ as inqui
bra, etando prefentes o Soprior riçoéstão exactamente; ou
da cafa Frei Egas, Pedro Soares que falaraô asinquiriçoês no di
Soueral, Marfim Pires de Poden reito que o Reimão Rodrigues
· tes, Ioão Henriques, Lourenço Pretendia, como os mais paren
tes,
ElRey Dom Dinište, 90
tes, de que ſe originarão os liti
體 & contendas, que aquelles reuoltas dos fenhores de Goes 4
efereuemos: alem de que janó
ous bandos atiçaraó. ... anno de mil trezentos & húmfe
Erão mui ordinariosnaquelles tinhaõ viſto no. Reyno outras
tempos em Hefpanha eftes ban defauençasfemelhantes,que che
dos, &lianças de humas familias garão a termos perigofos. Eraõ
contra outras,& aindafè permit ºntão cabeças de bando Lopo Ilid 74.
tião outros termos violentos pa Sonçalues de Abreu pelos de fua
ra decifaõ das demandas, & que familia, & Fernão 'Afonfo de
relas,que pelo difcurto do tempo Quintela Pelos feus, em que en
moderou a jutiça com introduc trauão tambem os Nouaes;&ou
çaõ de leis mais razoaueis, & po tros. Cultou muito a elRey Dom
liticas,& o maior poder dos Reys
fobre os vafalos 獻 tambem re fiDinisfazelos apparecer diánrede
em Lisboa a finco de Abril,
frear etas demafias. Como tão aonde os fezjurar amifade netá
obferuante da jutiça, naõ fofreo forma. Lºpo Conſalues de Abreupor
o noffo Rey D. Dinis que fe aca 0,@്p്imഗlma; e” por Ci
bafe ofeu reinado fem defareigar "Ανοεί, «κρα Διατηγό Ρικ,
taò barbaro coſtume, 8 aſſieſta (8y por Garcia Cat/alues,69 garcia Жо
do outra vez em Coimbra a on drigues de -Αύνεκ, que gianiaprºn
* ze de laneiro do anno mil trezen * @ por todos os mais da linhagem
tos & quatorze, mandou pôr lei 4ė-4ėreu,c9 todo/au bando perdoarão
em todo o Reyno fob pena de * Fęr*ão Afon/o, రూ Gonçalo Pires (a-
morte,que os taes bandos, & liá belos, Ø Gonçalo Rodrigues, eo »tar
ças fe não fizeffem. Deulhe mo tim Nouaes, G a Cil Pires -

tigo naquella occafiaö o grande la, é a todaJwalinhagem, @ ando.


efcandafo que caufou ajuñámen திசம்பந்து இந்:
Lib.3.fl. taremſe entre fi Rui do Couto, /y, é pelos que ήίικάpr/βαίρι, 62' ο,
$4.
Afonío do Couto, & hum Ioão muis defa linhagem,º kandjerdou •

Fernandes,parafe ajudaremhuns aos ''


čabanda dašJAlreus,
a outros contra todos os que os promettende deamarfetada, o:ää
aggràủaffem. Para atalhar os dã വു4:bird,ജു.
nosguefefeguirião defla, & ou tartäväcompo",ão il elesfazão, రూ
trasliançasfemelhãres, fez elRey que rºe//änd• ágaż á•lle; o affeniado,
a lei prohibindoas con peña de as cabeças de bandº o ºffenſlerhum
morte, & tambemferia boa par. *****, &# * d?tyatế dã d?s, ##
tºpara o refoluerna prohibida3 Άναβ/αξικοήμε//jυβιζά.
`a~ .• . " ! ․....r ‫ے‬..‫_ے‬i ‫ع‬:”
، ، * ، ، ، ) - ‫ﷺہ‬: ‫’ ‘ر‬، ‫ل و‬
a lembrança dos dannos quena Mais e ordenaua, que Góñçâlo
mefima Cidade compufèrà-nas Cabclosdcficiaⓛ
que
!

... Liuro XVI, Da Monarthia Luftama.


duelauraua na aldea de Parada. remos em outras doaçoés adian
Etas calas fortes e prohibirão te. Partioſe elRey de Coimbra,
tambem, & fe derribaraõ muitas & paffando a Santarem a feis de
que eraõ affento dos Solares,por Março,fendo que já tinha chega
â fe acaftellauão nellas os fenho lhe
do no principio de Feuereiro, e
fez queixa por parte do Con- Ibid.;4.
res delles, & daqui fomentauaõ
º fuas parcialidades. Com licença felho de Lisboa da violencia que
delRey fe faziaö algüas, quando os nobres,& outras pefoas fazião
concorriaó razoés para fe conce introduzindofe em occupar o cã
derem,como em outro lugar ve po da Valada abaixo de Santa
1'C1mOS. - . . . . . . rem, que he dos mais fertis de to
da Europa. He de faber,que quã
* CAPIT. xxxVI. do elRey Dõ Afonfò Henriques
ganhou a Cidade de Lisboa aos
Mouros,repartindo o fenhorio,&
Do costume que auia rom deſtricto della peloscaualeiros, &
os pobres de Lisboa. E da/2 foldados que o acõpanharaõ na
- 皺 breue noticia do fa- … quella entrada,ordenou que a Ca
mara, & Confölho repariiffe to
'mofo Campo da ' dos os annos o campo da Valada
Valadă. aos moradores, que por fua po
breza não tiuefem herdades, pa
хдур",",
స్ఠ Inda que a materia do
Capitulo pafado foi a raque aísi concorrefem de fora
mais pouoadores, fem os diuentir
% caufâ de fé deter elRey o receo de entrar de nouo em ter
*** em Coimbra, contudo ra,aonde não tinhaõ fazenda de ά
não deixou de prouer em outras fuftentarfe. Afşife foi continuanã
a que conuinha dar expediente. do por todo o reynado delRey * . . .

¿...?. A onze do mefmo mes de Ianeiro Dom Afonfo,fazendo os officiaes


den foralåpouoada Weiga dater da Camara de Lisboa lita todos
ra de SantaMaria,em 4 affinão os os annos dos vifinhos pobres,que
me{mos Prelados, & Ricos ho auia pelas freguefias, aos quaes
mens que no de Cacela, que fica dauão quinhoés naquelle campo
jälançado. Neta porem entraõ que elles cultiuauaö. | | --
mais o Conde Dom Gonçalo Al Os nobres que conheceraõ a
feres mòr, & Lourenço Eſcolla fertilidade do campo, defejofos
Porteiro mór,o qual era tambem de fe aquinhoar com os pobres,
Alcaide môr deLisboa,como vi começaraõ a entrar em partilhas
mos no Capitulo palado, & ve cõ elles, & ou foffe que ¿omcon -

' '" , - -- - - ſenti


:

tº º ji
Cain4tu (entimehtó dos do Côfelho, ou o da Valada, não obtante, tattás
¿ que máis certo he,com violencia reuoluçoes dos Reys, i que pare
2 des mijใt :
ar de Rojs fomāraõ tanta parte docampo
,á ce podia comellés máis o defejo
fl.29. lhe foi neceffario aos dogouer: de tão boa propriedade, & afi
no da comarca fazer queixa a el foi neceffarið mouerlhes o Con
-Rey D. Sancho Primeiro,& acu felho demanda diante delRey D.
dirao defraudo dos pobres.Man Dinis, que inclinado ao direito
dou ele por carta dada em San dos pobres, como em caufa de
tarem a féte de Dezébrb dóanno piedade, fentéceou em final ade
mil cento & oitenta, que fe con manda em fauordelles,& do Gõ
feruafe aquele bom cotume, & elho. Cometa entenga que el
tornafe a repartiçaõ do campo -Rey deu a feis defte mes, fè con:
'da Valada ad arbitro do Confe tinuou aquella piedoa determi
lho de Lisboa conforme a fua in nação delRey Dom AfonfoHen
ftituição primeira : Quolibet anno riques com os pobres, que cor
herediatem de Valada diuiditis per rendo os tempos vemos hoje de
colationes, ficut iam fuit diuifa. Nefta todo efquecida, tantofpregalece
forma continuaraó, ate que ini contra a piedade o intere{{e. =
ítindo outra vez os poderofos, & ... Aindaqué o campo daValada
apoffatidofe de grañde pàrte des fica ditante de Lisboa onzele
fte Campo em tempo delRey goás,& de Santàremtres,perten
… Dom Afonfo Segundo, tornou o cia c5tudo a diſtribuigao delle ao
Confelho deLisboa a fazer quei Confelho de Lisboa, & por fera
xas a ete Rey, & elle a mandar quelle o campo viſinho a Santa
que o tal Campo foffe ajudicado rem,& não o de Alualade junto a
aos pobres de Lisboa, &arepar Lisboa e perauão os dogotierno
riçaõ dele ao Confelho da mef. defta Cidade á os Reysafiiftifië
ma Cidade; exceptuarido huña na villá de Santaré para lhe pro
• Dona Coſtança füa parenta que porem as queixas fobre o campo
ali tinha já occupido huma boa da Valada, como vimos fizerão
herdade: Eerſtumaniorenifacie z. · reiñandoos Reýs D. Sancho Pri
i Coſtantia,proſerusio Tuidmaritusſius meiro,& Afonfo Segundo, & no
- mihiftcit, cº quâảip/## 2nd cũ giá tempo do nofo DõDinisagora. • * * *
babá dubitum. Foiito efiando el | He ó campo da Valada celébra-,
Rey em Santarem no mez de do porfia fertilidade já de tem-7, ‫دلانه‬ -

Abril do anno mil duzentos & sposantigos porque na Geografia


vinte & oito. Deuião os pode * Nubiente (autor da qual foi hum
fofos de infitir outra vez em fe :Arabe que viuia em Hepanha,
... eñtremette: na poífe do campo fendo áinda Lisboa,&Santarem
-- -l. - ."
---
- ‫س‬i.)-- -
iº Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
wleMouros, & feutraduétor Ga Freire da Ordem do Templo.
brielSionita interprete delingoas Foraö teſtemunhas o Chançarel
delRey Chriſtianiſsimo,o qualo
fez imprimir em Paris no anno Lisboa, Meftre Pedro de S.Lou- '.'
"milfeifèentos & vinte& noue)fe renço de Lisboa,Metre Domin
lem eftas palaüras... 4b yrbe Lix~ gos de Antas, & Meftre Gonça
(boma adyflem $omtarim orirmtem ver lo Medicos del Rey, Vaco Afon
fus habentur Lxxx. J%?. itinereffu fo Pretor de Coimbra, que he
uiali, licet »ulentipateat quoque alia via Alcaidemòr, Sueiro Mendes Pe
tereâris. Zduabuspraditit vrkibus că tite, Gonçalo Lourenço da Cu
pus inteaiatet, 2alata, diffus, im quo nha, Gonçalo Fernardes de Al
frumentum, vt à Ùixbomæ incolis, &• caçar Vice maiordomo, & Ioão
plerißue populis ~Algarbi fertur, qua de Alpräo Clerigo delRey, , , ,
§. $$.. సి;
die, & quidem memfara tentuplicata.
.. ..

º'.
. つー:。
-
* --

-
-

Querem dizer. Da Cidade de ... CAPIT. XXXVII.


-
r
- - -

Lisboa à de Santarem contra a ºn 1


. . . . º. **** * : * : , …

parté do Oriente ha oitenta mil "De algumas noticias da


pafos pelório, ainda quem quer * Ordem do Templo,
ir por terra tem outro caminho. !
• *. . . . . . . . . . .” ----. . . . ..
Entreetas duas Cidades feeten.
“de o campo que chamão, Żłalata, º 漩 Oroccafião deta ef.118.
no qual(fegundo dizem os mc
radôres de Lisboa;&outros mui
鬆 kritura declarei algu
鬣 #mascoutas da Ordem
и 亡ー、ゴー。 dos Templarios 5. CIm
tos pouos do Algarue) o trigo-ſe
“recolheaos quarenta diasdelpois que ete Sacerdote tinha profe
defemeado, & reponde a cento fado. Teue a Ordem do Tem
por hum. Deuiã naquelle tem "plo deíde feus principios, alem
po eſtar o campo đa Valada me - dos freires Caüaleiros, outros
*hos offefidido das areas do Te :freires Sacerdotes, como as ou
jo,não obtante às quais,he ainda tras Ordens militares, para que
*hum dos fertis de Europa.…. : teítes no Conuento, & cabeçada
-** No próprio dia, que foraõ Religião adminitrafem os Sa
:ícis de Marçó, eftandoelReyem 'cramentos aos Caualeiros,& fer
Šã Santarem Şī aforou a qüinta uiſſemnas Igrejas annexas à meſ
-de Ortalagoa do termo 'deíta ma Ordem. E detes particular
Villa a Pero Mendes, que auia mente viuião recolhidos na Igre
ſido Conego da Alcagouai da -ja de Tomar em communida
-mefmavilla, & de prefente era de Dom Poncio com fua mulher
-
-
*- Dona
º ElRey Dom Dinis ‫اة و‬
.ಕೊತಿ! Dona Maior Martins derão a eta bem em que tinhaõ o recolhi
| j Ordem a Aldea noua do termo mento, ou conuento. Dona Te
a de Couilhã, com tal condiçaõ, q refa Mendes eftâ nomeada por
a Igreja de nofa Senhora do Pi freíra do Templo no liuro ¿los
nheiro foffe fempre feruida por Metrados pelos annos mil du
hum elerigoSacerdote da mefma zentos & fetenta & dous, & de
Ordem. 7alipa£io, quod ipfa Ecclefia mil duzentos & vinte & quatro
Žearifsime Иirgini; de Pineiroſtfem fenomea tambem Doña Ama
per continuada de cono (lericopresbi. da freira do Templo, Deman
tero de ίpίο Ordine Templi. Não fei dauão osTemplarios huma her
uem efte DomPoncio foffe,mas dade no termo de Obidos, que
2

confirmate a certeza de que auia fora deta fua Religiofa, que fºi
Clerigos profefos entre os Tem de 2. Amada /ua freira. Eftimei
plarios, & não era muito; porque achar efte nome de Amada, em
tiuerão em fus principios grande Religiofa dedicada a Deos, por
obſeruancia, 8 nella continuarao que fintia andar elle profañado
com menos fortuna no fim, do Entre as Veftaes deftiñadas para
que merecião feusprocedimétos, o ੋ
idolatria. Á primeira - - - -

fegundo mais prouauelmente fe donzella que Numa Pompilio


tem alcançado. - , , ,, eſcolheopara efte miniterio, diz
Creceo com a etimaçaõ de Fenetella que fechamaua, Ama
fta Ordem a deuaçaõ nos fieis,& ría, & por fêr ella a蠶 a to. Frýlí.
6 de St* ,- ºne * ம.

dilatandofe mais no nofo Reyno das as máis que d adiante fe?


de Portugal, não sò os homensfe elegião para continuar aquele ….
inclinaraõ a feruir a Deos neta fulto, quando o Sacerdote ashia
milicia, oti como Caualeiros de: bufcarácafadeícuspays, a cha
fendendo a Fè cotitra os Mouros; mauá: Vem-Amata, em memo
pu como Sacerdotes viüendo no riada primeira que fefogeitou a
comuento occupados em fantos catidade emfermiço dos Deofes.
exercícios, fenão que tambem às As Religiofas quando febenfem,
mulheres pafou a melma deua & aceitão o veo, chamáo os que
ção,&embreue tempo entraraõ fazem aquella ceremonia coma
tantas na profifaõ da dita Ordë, Antiphဝှိa. </en/pan/ Chryi bem
que foi necefario fazerlhehã re pudera introduziſe chamalas câ
colhimento em Tomar, aonde o nome de Maria: Leni staria, a
eftas Freiras viueraö com grán= honrada Rainha dos Anjos, que
*4. de edificaçaốdopouo. De mui fpia primeira que votońcaftida
3 gió4 tas dellas vi memorias, de que | de.&aqueminiitão na profiffäö
-darcialgumas, & do lugar tám # .
*
** ・・・・-*ーを・☆* 64
* * * * . .Mas. .
Liurox VI. Da Monarchia Luſitana.
Mas continuando com o nofº Templarios à Ordé de Chriſto,
fointento,pelos annos de mil du naõ confèruafem os Caualeiros
zentos & oitenta & hum,que 'era della as Freiras do Templo, fa
no fegundo do reynado dô noffo zendolhe mudar o habito, & que
Dom Dinis, era Freira da me{ma só na Ordem de Chrifto não aja
Religião Dona Maria, mulher de nefte Reyno recolhimêto de Có.
Dom Frei Eteuão Pires Epinel. Ymendadeiras, auendoos das ou
Ete fidalgo era filho de Dom tras tres, Malta, Santiago, &
Pero Pirèš Efpinel, & de Dona Auis. -

Terefa Annes, que era dos de O Papa Iulio Segundo a doze


Auifela: o liuro velho das linha de Iulho anno mil quinhentos & 3"…
gens o faz freiredo Templo, mas finco deu licença a elRey D.Ma
iaó declara que fofle primeiro noel adminitrador da Ordem de
caiado, contaporem auelo fido, Chrifto, para inftituir, & dotar
de doaçaõ que ele, & fua mu fob a inuocação, & no lugar que
lher fizerão à Ordem do Tem lhe parecefie hum Conuento de
1.4+v: plo da quinta deTrauahca,quan Religiofas da Ordem de Chrito,
predºfil, do receberaõ ambos o habito da
29. guegofaflem dos mefmospriui
quella Religio. (omboſcai quantos legios que os Caualeiros, & pu
jie prefente inffrumento virem, que defem cafar como eles. Tudo
eu ZVom Frei Eteuäo Pires Eſpinel intentou melhorar aquellegrãde
em meu//2,6 em minhamemoria, 6" Rey, & bó fora executar efte feu
de inha boa vontade recºgnºfo, é ou intento das Comendadeiras de
rurgº, que quandº entramos na Ordem Chrifto. O conuento, ourecolhi
do Templo eu, e inha mulher zona -mento das Freiras do Templo e
3rariá, que más demos em acaña a ſtaua dentro do Caſtello de To
- - - -

- ºfia Ordem a neja quimta de Tkádam marfegundo parece pela doaçaõ


ea com obriga; iode ºff. quotidiana 'dehäascafas,quedentro do mef- ,,,,...
na Igreja 鷺 into Ildefnydde 7:mar. mo Catellojunto ao muro doou ##
Éntre as- វ៉ែ aſſina Frei àquela Ordem Dona luta, que º
João Lobato da Ordem dos Me era huma fenhora deuota da Re
nores, fendo feita a doação na ligião, com condição que fof
imefma Villa a treze de Abril do fêm para viuenda perpetua das
anho fobredito. Não podereiaf. irmāas Religioſas da Ordem.
firmar fetinhão votos trictos,ou Ego Z. luffa aolems meorum ресса
votauáo sômente catidade con torum, dedi manfoni 7èmplı in yi
jugal como as Comëdadeiras de ta mea domos meas quas habeo intus
· Santiago, &Auis. O queefpanta Caßellum de Tmar iuxta murum, vt
he, que pailandole as rendas dos jfftas habeant in perpttuum:/ dhoc
--- -

- - -------- - tált
….……. ElRey Dom Dinis. . s .… 93
talipaña tis ta' domus do,ytfue/®rore; Rey de França; ao me{mo intena
femperin eis habitent. Corria então toj de que fefeguio grande dãno
o anno do Senhor de mil duzen nas terras de Catella atè a cida
tos & fetenta & hum. Párece que de de Toledo, que tudo então
junto a etas cafas etaua o reco. correráo,& roubaraó os France:
lhimento das Comendadeiras do fes em difpendio do Infante Dom
Templo, & que a efe repeito Sancho, áffitidos de muitos ca
lhas daua D. Hita, para ampliar ualeiros principaes, de que eraõ
ofitio, & morada. - “... . cabeças o Infante Dom Diogo;
Dom Ioão Nunes de Lara,& Dã
Afontadd Haro, que então fede
, cAPiT. xxxVIII. . cíarafáõrdiintra Döfn Sancho.B
năd dnoro aperto que en:
Do que obrºu por este têm tiaõ todos aquelles pouos, expo
po em Castella a Rainha ftosaórigordo interdicto que o
Papa Martinho. Quarto fulmi
Puna Britas mëy delRey Aouem fauor, delRey contra os
D. Dinis com o tefiamen 4ue feguiaõ a partel do Infante.
* to, & morteáel Rey Procurone que ambos pay,& fi.
lho|fevifem, & fobrefeguro defi
' D.Afonfa Sabio'''' pufbffem algüa concordata pro
º * . . . . em?4y. . . . º ്
.
ueitofa,porem o que encaminha
w
uäozcoſos, eſtöruauaöos mal
GERHERRainha Dona Brites, inténfionados,&afsi naötiueraâ
స్ట్ఫీ como já difemos, 醬
etas vitas efeito. Intº a
1284. $ స్రెస్ట daua hos Reynos de - Naõ perdoaua anofa Rainha
#Catella acompanhan Dona Brites a trabalho,nem per
do,& conſolando a elRey ſeu pay cija occaliači defazerbom nego
naqllasaffiicçoës,&apertos,cóti cio;&afiivèndo quedasviftas de
nuaua ainda com o me{mozelo, feu pay, & irmão (e não confe>
trabalhando por aquietar, & có. guiraopretendido; ordenouque
por dicordiastaádanoas, como ambos fe comprometteem no
eraõ as que feu pay, & irmão fu que ella, &fua cunhada a Rainha
ftentauã9,Tinhaõ as coufàs che D. Maria acordaffem nestasi ma
gado a termos de maior perigo terias. Como afente que fe to
?mtant. naquelles Reynos,apertados cõ a mºu partiraó as Rainhas para a
, fegunda entrada delRey de Mar, Cidade de Touro, aqnde não o
ug:: rocosem fauor delRey D.Afon braraó toafa deproueito,pormais
fo, & com a vindatambem del: gueobomanitão que tinhão de
&: -
Գ3 fejou
- , Liuro XVI, Da Monarthia Luftama.
jou vencer quantos e toruos, & lhe oppunhão,malquitandoo cõ
ੰ lhe opunhão: todos por defabrido, & malacõ
mas preualeceo contra etas Prin dicionado. Em fim conhecendo
cefas amalicia dos que naquellas ele q tinha a morte vifinha, naõ
parcialidades ceuauaõ o defejo por juizos da Aftrologia, em que
de melhorar partido. O que teue foi doutifsimo, & lhe tinha fido
de aliuio a Rainha D. Brites neta
caufa de algüas demafias, de que
jornada foi o naqimento de fua foube conhecerfe, mas por auito
fobrinha a Infanta Dona Ifabel, de féu Anjo da guarda,que aísiher……
porá na mefma cidade de Tou criuel, & o tetificaõ graues au-ji ,
ro chegou o tempo dó parto à tores;começou a fazer as preuen
Rainha D. Maria. Efta filha fez çoés neceffarias, dipondofé para
jurar elRey Dó Sanchopar her morrer chriftámente.
deira do Reyno, de qubomou … Ordenou pois teftamêtorfofi
poe pacifica por morte delRey dando que feu corpo naõ fofe
Dom Afonfo, que foi nefte Abril enterrado atè felhe pagarem,to
prefênte na Cidade de Seuilha, das as diuidas; &para efte efeito
aonde deu fim à vida taõ traba mandatia pôr em focreto ame
lhofa,com que feneceraõ por en tade das rendas do Reyno de Se
tão os dannos q a dilataçaõ della uilha. Eraó ellas em tres manei
com as controueifias fobieditas ras, a primeira a mercadores que
acumulana.:.::: ** * * :o: 1 #\ . . # lhe empretaraõ dinheiro: a fe
ir Affliolhe à morte cõ o mê{ gunda de promefas a pefoas no
mo amor 4 na vida a nosta Rai bres, queenaótinhaó efeituado:
nha Dona Brites, & foi a princi a terceira de algüas couías do fer- ...
pal entre os tetamenteiros. El uiço de Dºos,que ordenara, & fe
Rey como abio, & defenganado naõ tinhão cumprido.Depois de
foube preuenir aquella vltima ho fatisfeitas as diuidas, វ៉ែ 4
ra, dipondo a déz detellaneiro o enterraſſem no ſeu moſteiro de
o tefläniento Dous fez,& em há Santa Maria Real da Cidade de
deleste motrou elRey bem ma Murcia, cabeça daquelle Reyno,
go ado,& taöqueixofe, cçmofèn & o primeiro lugar que ganhara
tido dos que lhe de obedeceraõ, a Moros, ou parecendo afeus te
& priuaraõ do gouerro, a|egan ftamenteiros o enterrafem em
do algús beneficios que tinha fei Seuilha em fepultura chãa aospès
to aos vaflalosa(si nobres, como de ſeus pays porem quelhe tiraſ- .
plebeos, por onde merecia fer ſemo coragaö, & omandaſfem
mais repeitado, & quafiquefoi enterrar a-Ierufalem no monte., r
ifto refpönder tacitamente ao
*
Caluario, aonde jaziaõ ag:
. . ; CԱՏ
* * '.
* ElRey Dom Dinis: * * * 94
feus auós. Eta diligencia encom lesao Infante DomIoâo ſeu filho,
mendaua a Dom Ioão Fernandes -& no Reyno de Murcia o outró
nofo Portugues, tenente do Me. filho Dom Iaimes: ambos cõ füb
fire do Templo nos tres Reynos -ordinaçaõ aos Reys de Caftella, .

de Hepanha, Portugal, Leão, & & Leão que pello tempo conti
Catella, porqlhe tinha fido leal; nualem. Exceptuaua a ambos os
acrecentando que quando lhe ti -Infantes nos Reynos de Badajos, --

raffem o coraçãá, os mais inteíti Seuilha, & Murcia, todas as ren


f
nos fofem enterrados em Santa das 蠶 tinha dado afuas filhas a
Maria Real de Murcia;& feu cor Rainha de Portugal Dona Brites,
po ahi fepultado: ou que auendo & Dona Berenguela,& a Vrraca
©efèr leuädo a Seuilha, fe deffem Afonfo, & a Martim Afonfo (eu
à Igreja daquella Cidade algüas filho,&aosCaualeiros q o tinhaỡ
peças de preço,em que entrauaõ feruido com lealdade. Mais dei
os quatroliuros,que chamaõ,EF xaua á me{ma Rainha Dona Bri
pelho hiftorial, que mãdou fazer tes em fua vida a villa de Niebla,
elRey Luis de França, & o pano & a Infanta D. Berenguela, naó
rico que lhe dera fuairmãaaRaiº podendo cobrar Ο que feu irmão
.mha de Inglaterra, & que á Igrejà Dom Sancho lhe tinha víurpado
aonde foffe enterrado defem os em Catella, Ecija, Xeres, ou na
ornamentos de fua Capella, & os cidade de Seuilha o valor do ren
liuros dos cantares, &loauor de , dimento de cada hûa defias Vil
Santa Maria, & que outroliuro ά las. A Infanta de Portugal Dona
ele tinha feito intitulado: Sette Branca fuaneta,irmãa delRey D.
nario, ficafe ao Rey que lhe fücº |Dinisdeixaua cem mil maratiedis
cedeſfe, - - -
de moeda noua para ajuda defeu
- -

No tocante à fuccefaõ do caſamento. A Vrraca Afonfò fua


Reyno, ordenaua que feus netos, filha, que deixaua recomendada
Dom Afonfo, & Dom Fernando à nofia Rainha Dona Brites,con
foffemos herdeiros, hü por mor fignaua duzentos mil marauedis
-te do outro, & por morte de am para o me{mo efeito. A Ines Afõ
bos chamaua a ſucceſſaó elRey fo filha do Infante Dom Afonfo
de França, peloque tinha de Hel de Molina ſeu tio, mandaua ſin
panhol, como bineto delRey Dó coêta mil marauedis dos da guer
Afonío o das Nauas: pofem ifto fa, tambem para cafamento. Ou
entédia nos Reynos de Leão,Ga "tros fincoenta mila Ines mãy de
liza, Catella, & Toledo; que os Hercules para cafamento,ou pa
de Badajoz, & Seuilha ಫಿನ್ಲಿ ira entrar em Ordem.E afeu filho
braua,nomeadono fenhorio ‫علمنا‬d Martia. Afonío daua quarenta
--- -
mil
.

-*
Llun XVI. Da Monarchia Luſitana.
mil marauedis de moeda noua, fuppunha, & confirmaua no vlti
--
-
com que fofe a Roma ao Ponti mo. Ambos andão na Chronica
-
-

* -

* --

-
- -

- - -
-
-
-
-
-
-
fice, & deuia fer paraque o pro dete Rey,&o vltimo trouxe có
-
*

?
:- *
-
uefe em algüas prebendasEccle figo a Rainha D. Brites, e º
*ti
t
. s
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fiaſticas. . ' Bem preuio elRey DõAfonfo
** * -
- - - ,
Forão teftamenteiros o Infan que lhe eraõ necefarias muitas
: "- * -

º
* .
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3 - - -
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te D. Ioão feu filho, a nosta Rai iembrangas, & recomendagoēs
- . .. . .
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* -
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nha Dona Brites, Dom Raimun para perfuadir a execuçaõ de feu
-

- -- -
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: do Arcebifpo de Seuilha,Dá Fer tetamento, que por fim toman
--
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. não Peres Ponce Rico homem, a do pofe do Reyno por{ua morte
.. ... .. .. .. . . .. . ..
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. a. . . . . .. .. . .. *. . * *
- due chama, noeftro Cormano, o Infante Dom Sancho, não pu
* -"" -
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. . .
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- Dom Martim Gil de Portugal, deraõ repartir(e os outrosReynos
" . .. . º, tº *
. . . . '' - - Dom Guterre Soares, Dom Gar como ordenaua, nemo fucceor
.. . . .*, * -

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cia Fernandes Metre de Alcan que fe introduzia, fendo excluido
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tara, & Afonfo Fernandes fobri por feu pay, tratou de ajuftar as
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. nho do mefmo Rey, & feu The mandas com a pontualidade que
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foureiro.E por ajudadores a elles elle pretendia. O coraçaö, & en
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nomeou loão Martins feu Capel tranhas lhe enterraraõ na Igreja
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. lāo mór, GarciIufrefeu Copeiro, Cathredal deMurciajunto ao al
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".* : -. .
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Tel Guterres jutiça defua Cor tar maior,& o corpo na Sêde Se
* -
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.. . .
# *,
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- .
te, & Pero Rodrigues de Vilhe vilhajunto ás fepulturas de feus
gas, Repofteiro mòr do Reyne pays. Foi fua morte no mez de
* - -
* * * ** *
-
-
-".
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幫 瑄 -

- * ,
tº ;: * : " : " . 'de Caftella, Efte teftamento foi Abril com pouca certeza do dia
i ~ º *
* .. . . *
.
- -
a vitima vontade delRey Dom em que fuccedeo. As honras fe
º
* *
*ー。事- - - -

- -
-

.. . . .. . . . .
* * * * -

.Afonfo, acrecentado a óutro 4 lhe fizeraõ com a maior grande


- -
-

!
*
* , i.
- -
tinha feito tambem em Seuilha za que permittia a limitaçaõ de
º
.. . . . .
* , , ,
a oito de Nouëbro do anno an feu eftado,maiormente em occa
* * *- : -

k * * . . . ." .#
...
-
" .* -. .- -. --
. tecedente,a que afitio por tete. fiaó,que os Andalues jäfe occu
*
* - *.
º, .
. munha a noffa Rainha de Portu pauão mais em grangear a von
: - ;
º

º
-

..
gal Dona Brites, D. Martim Gil, tade do fuccefor, a que tinhaõ
"... "a"
--
=
:
-

-
'É« outros de Caftella. Nefte fe atè então fido aduertos: contudo
‘t.
- -
-
-

-
* *
...; -
queixauado nofo Rey D.Dinis o 'como elles foraõ fempre os leaes
. º
não fauorecer, & afsi me{mo dos a ete Rey, & aquella Cathredal
Reys de Aragão,& Inglaterra, & *taó benemerita de feu pay,& del
desherdaua, & amaldigoaua a el le, muitos ouue que com o deui
Rey Dom Sancho, declarando a do fentimento lhas celebraraõ,
feus netos filhos do Infante Dom mouidos de piedade cõ o exem
Fernando por herdeiros, & em lo que na nofa Rainha D. Bri
*
fi delles elRey de França, que -tes, que foi a mais cfficiofà na
--

quelle
i E/Rey Dom Dinis. .. . 25
quelle ſaimento. Aſſacabouhü Pedro neftas palauras: É 'Zona
Key admirado por Sabio, & re .»taria Rodrigues,filha do (ºnde Zºom.
Petado em parte da vida por vé Ruy Va/ques,9 da Conde,427oda,
turoſo com a eleiçaõ que ſe delle foi co/ada em ർഗ്ഗ്, d, decendem
fez para o Hmperio, & outras fe della Zom Simon de Vrria, 9 Zom
licidades dignas defua peſſoa.ſir. Pedro (ornel, 6: ZX3 Ramondo de Car
uaihe agora a fepultura para def.dona, o que veio a Portugal, º Zona
cançº, por não repetir o que os 2}er engueira de (ardona, que cafou comº
- Autores difcórrem fobre alguns Z).Constalo-Amnes de ·Aguiar ºvelho.
feus defacertos.
Aaokaisha
L.de Afon ſtio
D. Brites,
teitamento que aſsi
delRey feu CAP 1T. xxxix. -º

É3-f4 Pay, feito (como vimos) em Se


16i.
uilha a dez dete Ianeiro,etando ºDas exequias, que El Rey
na melma Cidade a doze deMar Dom Dinis fiz afeu au"
go, deno lugar de Mouraó, que ElRey Dã Afonfo, &aa
lea Pay lhe tinha dado, a D. Rai
mondo de Cardona, Caualeiro fuccefaõ de Dom Sancho º
Aragones. Deſpois diſtono anno Brauoſeu primo, com
mil trezentos & treze confirmou · · outras em
coufas deffe ;
elRey Dom Dinis ame{ma Villa 5. a. * *
f :.. . . . . - - -

fr · ヘ・ τι раг, . . .
ao dito Dom Raimondo; & afua - - * * * * * * * * * *-*. -

mulher Dona Brites de juro, & ಫ಼Nou da mert e 1284.'


herdade parafeu filho Dom Gui :AN:#Rey Dom Afonſo Sa
lhem, & mais defcendentes. Pa ଝି bio chegou a Lisboa,
1.2. fºi rece que veio em companhia da * eſtandoãRey D.Dini.
** Rainha Santa Ifabel,& de prefen janeta Cidade defde o primeiro
te paſſoua Andaluſia cdma Rai de Abril de volta de Coimbra,
nha Dona Brites : defpois viueo aonde fora pacificar as côtendas
elle em Portugal no feruiço da de Goes, que temos efeiito: Ern
me{ma Rainha, delRey D.Dinis, toda a Corte fefez demetraçaõ
& do Infante Dom Afonfö.Deuia gêral defehtimento, & toda me
D. Raimondo de Cardona a ori recia a perdade tão grande Prin
gem a efte Reyno,porvia de Do cipe;porquea maiorparte daño
na Maria Rodrigues, bifneta de breza, alem das excelentes par
Egas Monis, & filha do Conde tes delRey Dom Afonfo, qüe o
Dom Ruy Vafques feu neto, & fazião amado, maiormente dos
da Condéça Dona Toda de Pa e trangeiros, a 4 não eraõ dano
lafim, como declara o Conde D. fas asinaduerteñcias do goberno
que
-
-

--

LiuroXVI. Da Monarchia Luſitana.


*
que obrarão emfeus naturaesdá Teue o nofo Infante D.Afon
nos confideraueis, tinha experi fo motiuo mais apertado de fen
mentado fauores, & bom gafa timento,côfiderando que amor
lhado dete Principe, & alcança te do auô deixaua a feű tio Dom
do de vifta os eftremos de feu fa Sancho fenhor liure da4lles Rey
ber, & prudencia: parte dellesna nos, & afeu irmão elRey D. Di
----

occafiaõ em que pafarão a Ca nis liado comete vifinho tão po


tella acompanhando a elRey D. deroſo, & elle cóoſerhorio das
Sancho com fua expulfaõ,muitos terras fituadas na raia de ambos
----

dos quaes lâficaraõ atè feré admi os Reynos, quafi como encarce
-*-i---

--
tidosdefpois por elRey D. Afon rado entre elles: maiormente que
-
fo Terceiro, & outros que no tê auendo algüa quebra entre elle,
--

po dete tinhão pafado ao cerco & feu irmão, via a impoísibilida


¿eSeuilha,& grierras de Andalu de do refugio que teue quando
.--- fia, & em outras occafioés,á def os annos atras, fendo apertado
--s---
---

pois do cafamento da Rainha D. pelo cafo de Vide,fe retirou a Se


--
Brites tiuerão para ir à Corte da uilha, aonde a auólhe valeo com
quelle Rey. De todos os Portu bom gafalhado. Naõ deixaua o
ºº---º

guetes que paffarão a Catella em mefmo Rey Dcm Dinis de pon


--
tempo delRey Dom Afonfo Sa derar algúas conequencias que
bio, tiueraõ particular priuança lhe poderião fer danofas com o
r--4.º

ºº---
eºº*
º-
-
com elle Dom Godinho natural mefmo acrecentamento de feu
s:--
º---ºº-. ----
de Coimbra dos Godinhos moe tio,do qualo natural tuibulento,
-* deiros, Fernande Annes de Por como a pouca dependencia com
º-*

-º----
º--
tocarreiro Deäode Braga,& Frei que lhe ficaua, confeguido o fim
*-
Lopo RodriguesFafes & Alcafo da pretengaö do Reyno,promet
*-º
eººº-*-º---

--

--:----
rado Religioſo da fagrada Ordē tião menos fegurança nosrepei
---ºº--*º! dos Pregadores. A todos tres no tos queguardaua pretendente;&
mea o Conde Dõ Pedro em va não fe enganou de todo netes re
- -º--------

---


rias partes cötitulo de priuados ceos: contudo a caufa principal
daqüelle Rey, & deuia fergrande do fentimento que elRejem par
a capacidade de todos, pois que ticular manifeftou, foia perdado
* -
-

em Reyno etranho mereceraõ a auò, a que era reconhecido por


graça de hum Rey Sabio.O Por- ಟ್ಗ oficiosdeboa vifinhança,
- focarreiro foi Notario daquelle (obre a diuida mais forçofa de a
|| Rey, como coníta da procuraçaõ mor natural que fe deue aos pa
- que fez para a contenda do Rey- rentes daquela qualidade, &pe
no do Algarue, de que foihü dos lo decoro real, que nos Principes
juizes o Deão ºbredito, : , he mais forço o áo me{mo far
‘. . *. . . - - gues
.…….… ElRey Dom Dinis.……… 96
gue, Ordenou pois elRey com plicar a todas as coufas os meios
toda a mage[tade, apparato, & conuenientes de conferuare com
maior concurfo de nobreza, cle prudencia,& fàgacidade.
ro, & pouo na Sêde Lisboa, co . Tambem elRey Dom Dinis
molhe verifimel,pela pouca capa fe não defcuidaua nete tempo,
cidade que então tinha a capella difcurfando com a mudança que --

dos Paços para a Eça, & officios tinhão as coutas deCatella o que
funeraes,vltima grädeza das Ma lhe conuinha para futétar, & en
geſtades. . . . . . . . caminhar as dete Reyno, que
não era neceſſaria pouca aduer-
Çelebradasashóras deſpedio -

«íRey logo feus Embaixadores a: tencia para acertar o que e auia


Seuilha com os peſames àRainha de feguir,vêdo na coroa de Leão,
foamáy, & aos Infantes Dó Iai & Catella hum Rey jurado,
Ames,&ÉIoão (¿ustios,á aliefta -dous Infantes feus irmãos nomea- .

aáomagoados grandemente da dos por Reys no tetamento de


Quella perda, como mais intere£ feu pay em parte dos Reynos, & -

fados na vitima vontade do de -dous fobrinhos pretéfores forço- -

ក្okcoញុំខ្លitgºccº fos de toda a herança, adonde fa


gados de maiorcõíolaçaõOutros ilorecepdgas partes,era faltar nas
#rabaixadoresfoyaôáCaítella a -pazes feitas com o Principal in
e{Rey Dom Sánçfiò com ospe ...tereffado,& continuarlhe a pala- . . . .
fames tambem da morte defeu tira, era criar forças a hum vifi
pay,&parabem da noua fuccef nho não pouco para temerfe. ,
íäš Açharaõ os Embaixadoresa £a£9;siitey o anno prsfente „,,,
akRenacid depleಿ em Lisboa nas confideraçoesde-º:
paråondepart##goroårfe, dઈ tepohto, & no mais que conui
ποιέφερεή Αυjafiz at hopras nhãao Reyno,dcquesớdefcobri
#########&
Julho deu a Caminha,
quatro de
conceden
iii sibiliidai
««ផ្លែid់ ಸ್ಲಿ tanto .dolhº 98f5fosdeValènça,&hel
ಶ್ಗ ហ្គ្រ as fåö,янар le acho sódiferença dos que có
-É9íporair delmºnd938 eiperançºs firmaraõ o de Gonçalo Fernãdes
醬 វេព ម្ល៉េះ locotenente do oficio de Mor
蠶 இTe:Mis domo môr. Entra tambem D.Do
á¿íííe fiúgráfiñáiõffeligi rhingos.Anneslardo eleito ainda
dadefüaintroditgg&artef 蠶 de Euora. Ete Prela.
<ios.Não lhe foid=ínecedáriatº do foi pefoa de muita etima, &
·da a induítria, ainda diⓥos.de -grahdespartes, que mereceraõa-

--- --
ou emap ல்ே ஆ r1ſº
ºf:
* Liuro XVI.Da Monarthia Luftana,
Principe tão prudente como el tras, de que 蠶 tempoaiia
Rey D.Dinis, abonação batante grande falta nefte Reyno."Orde
de fua capacidade. Na freguefia ñou elle os eftatutos defte Hofpi
de Sam Bartholameu de Lisboa tal no anno mil duzentos & no
tinha caías proprias, & determi uenta & hum, defpois que em
nou fazer nellas hum Hofpital, Lisboaauia Vniuerfidade,&logo
em que deixafe hú tetemunho no principio da fundação lhe deu
perpetuo de fua piedade,& gene inuocação dos Santos, Paulo, Eli
1a., fá, rotos penfamentos;a vinte &fete gio, & Clemente, & comainuo
*22 de Agoto lhe paflou elRey a li cação ora de hum, ora de todos
cença para eta fabrica. Denia o achamos nomeado nas efcritu
fem falta nefte proprio anno por ras. Declara o Bifpo, que o edifi
fè mão à obra, porque já no fe ra, & dotara com a fazenda de
inte a vinte & finco de Junho feu patrimonio,& outros bens de
concedendo elRey licença para álhe fizerão merce os dous Reys
comprar bens de raiz que lhe a Dom Afonfo Terceiro, & Dom
plicae, por fer prohibido, con Dinis , que deuia fer a caufa
forme a fey do Reyno,aos Eccle porque os admittio como agra
faticos comprar fazendas, de *decido aos fùffragios,exprefände
clara elBeyna carta, ſia o Hoſ com muita izenção, que fe não
pital eftaua feito. Fayofaher, que defpenderana obra cóuía algúa
comozomingos Ioanne2/po de Euora, dos rendimentos das Igrejas de
o meu (hançarel fzfe ºngla Cidade Euora, & Lisboa que gouernara:
--

de Lisboahāhº/pitalafruiçº de Zeos, tantozelaua ete Prelado a def.


esporalma de meupadre, & pelami -peza dos bens Epifcopaes,fegun
-;-
nhà, cºpela/aa del C#c. Entendo 4 do a repartição dos canones Sa
etaria feita a maior parte, q não grados, Mandouque efutenta:
podia fer aperfeiçoarfe tão bre -fêm dez Sacerdotés,que celebraß
uemente, a repeito da grandeza ſem os officiosdiuinös, & diſſeſ.
delle, que Î fabião o int3 fêm Miflas quotidianas por fúa
ºº
to comiquefa edificou, & asver -alma, & dos dous Reys á temos
basdocompromiffo, & inflitui *nomeado;& doreftante fêfuften
gão. º ‫ د‬:'i ‫د‬:‫؛‬
. . .
º taffem pobres honrados, & feis
_ · A tenção 'principal' do Bilpc * eftudantes mais, dous dos quaes
Dom 5, ಘೀ 醬 juritas, ou Théologos ferião de
A% ção dete Hopital, de que fala porção afincoenta furas peran
¿Ti, mos, foi defpois do féruiço de no;& aos quatro ouuintes de Gra
2. 赏 Deos,& chriftäapiedade;a cnltu *matica, Logica, & Medicina fe
¿”“ ratambem, & éxercició das 1.- “ darião sômôáte a vinte % finco
liuras,
ElRey Dom Dinis. … - 97
'liuras: Conforme a ífto,fehe que Religioſos daquella caſa fatisfizeſ,
etes etudantes refidião, fegundo femão á o intituidor tinha man
.parece,dêtro no hofpital, foi efte dado.Eftiueraõ prefentes ao a&to
o primeiro Collegio que em Por da poffe Dom Ioão Soares eleito
tugal ouue deputado para etu Bipo de Silues,Dom João de Al
dos.Netas porgoés queria fe pre pram Deäode Viſeu, Frei Pedro
ferifem parentes feus quando os Martins Prior de Alcobaça,& Fr.
ouueffe. Mais ordenaua, que ou Paícoal monge da me{ma cafa.O
ueſſe naquelle hoſpital algús Re Abbade D. Pedro por naó poder
ligioſos que ម៉្យា Canno refidir na Corte deixou as clíaues
nês, ou Theologia para poder em cõfiança a Afonte Annes:po
prègdr. Conuidou a boa como rem ele indufido pelo Bipo de
didade dete Collegio a muitos Lisboa admittio clerigos aos lu
curiofos, de que no anno mil du gares que auião de occupar os
zentos & nouenta & tres, auia monges,& negando as chaues.&
pelfoas capafes de exercitar o mi adminitraçaõ ao Abbade, deu
niterio da pregaçaõ,& confifaõ, occafiaõahüademãda,para cuja
& no me{mo anno pafou o Bif decifäö o Papa Clemente Quin
po Dô Domingos, & Cabido de tono anno terceiro de ſeu Ponti
Lisboa licença para prègarem,& ficado,que he de Chrito mil tre
confearem por ಧಿ! ó Bifpado zentos & fete, fez juiz arbitro ao
osReligioſos, & Sacerdotes cleriBifpó de Euora Dom Fernando,o **
gosque nelle auia.Enao ha duui qual por hum reſcripto expedido
'da que os principaestalentos que em Etremoz a vinte & quatro
teue Portugal em letras naquelle de Mayo do anno mil trezentos
tempo fe deuemiaefte gafalhado & noue mâdou appareceras par
do Bipo Dom Domingos.…. tesafeujuízo. Emfim a caufade
· Morto elle confirmouſeu ſuc uia decidirfe em fauor dos cleri
ceffor Dom Ióão Martins de Soa gos, aindaque em Alcobaça ha
lhaésos etatutos: & elRey cãos inemorias, que viueraó Religio
tetamenteiros do defunto, qfo. fos daquella cafa neíte höfðitat
ra6.Payo Domingues Deió de eftudando, o que feria com refal
Euora;&'Afonſe Annes Conego uada pofelitigiofa. Até os tem
da me{ma Igreja, & Ioão Dacre posdelRey Dom Afonfo Quinto
Conego de Badajoz, deraó a ad fe conferuouohoſpital na primei
rninifraçaõ do hofpitalão Abba raintituiçã5, & em feu tempo fê
de de Alcobaça, que então era deu aos Religiofos de Saõ Ioão
D.Pedro Nunes grandefauoreci Euangelita, que então começa
do delRey,com tenção de que os "ráo à florecer nefte Reyno, de
& E R cuja

* - -
-
º
Iiuro XVI. Da Momarthia Lufitana.
cuja intituição, & mais progref> que o hitoriador parece justa
fos; darei relaçaõ mais largana mente defečtuofo, & pouco ad- .
uelles annos, aduirtindo de pre uertido. Tal feria eu qtendo ef>
蠶 que a razão de fe chama crito a ida da Rainha Dona Bri
rem vulgarmente eftes Religio tes a Seuilha , na occafiaõ paſ
fos de Santo Eloy,he por fer hum fada das guerras de feu pay, &
dos principaes Conuentos feus o cócluidos aquelles embaraços có
de Lisboa, ampliado no hofpital a morte dele, não inuetigafe o
º
do Bipo Dom Domingos, hum tépo que mais (e deteue naquelle
dos Santos nomeados nafuainíti Reyno, & as caufas de fua deten
tuição.…….… t tº
ça, atè que deu volta outra vez a
* . t
Portugal.
CAPIT. xxxx. ' ' O certo he que tornou a Rai
nha D. Brites para ete Reyno, &
della teremos ainda neta hito
Dafe razão da estada em ria noticias porem o tempo certo
Casiella da Rainha Do em que veio, não fe pode aueri
na Brites, é da Infanta ar. Que fe detiuele no Reyno
Caftella ainda defpois da mor.
de
Dona Branca. ; te de ſeu pay,he couſa certa;eſta
Omo noffas hiftorias, uaella obrigada por fer teftamê-,
3. & as de Caftella faö teira, & a principal pefoa a que
# tão diminutas, heim elRey deixaua encomendados os
*** poffiuel ir recendope filhos, & o emparo delles, alé das
lo contexto dellas materia algúa mandasgèraesdoteſtamento, co
com a miudeza, & exacção que mojà vimos. Em razaõ de aco
fe requere;&afsiquando occorrë modar todas etas coufas, ficoua
algumas a que, he força dar fºi Rainha D. Brites emSeuilha,para
da, valemonos de conjecturas, donde feuirmãoDSancho partio
& bom difcurto ajudado de noti tanto 49 anno paſſadoſe coroou
cias que façaõ verifimel, quando em Toledo.Receando algüano
não de todo enidente, o que pro uidade na Andalufia,por ficarfeu
pomos;porque de outra ñañeira irmão elRey DõIoão nomeado
cairia a hitória no defeito intole. por Rey de Seuilha, fe pafou à
rauelde falar em parte da narra quella Cidade, que com bom a
ção deixando por concluir asacº cordo fe lhe fogeitou, feguindo
goês dos Principes, os fins defens niſto mais a fortuna do Principe,
intentos, & as dilataçoês, & cir que as diuidas de obrigaçaõ que
cunitancias deluas joinadas.com tinha a feu pay, a quem foraõ
* -

*{…
-
- * -- - - leacs
… ElRey Dom Dinis, º 98
leaes fempre: foiboa parte para dofe també ao tempo como pru
fua reducção a prefença de Dom dente, trabalhou cõ o nouo Rey
Afonfo Peres de Gufmão natural fe defe execução à vltima von
da mefma Cidade,que ao prefen tade defeu pay na melhor forma
te tinha chegado de Africa, aon posiuel Tinha eta Princefa mui
de disfauores delRey Dom Afon ta opiniaõ com todos,J alem dos
-

fo Sabio o tiuerão defterrado; refpeitos qfe lhe deuião por viu


aindaque no tempo daquelle de uadehú Rey, & máy de outro.
ſterro com os eſtremos de ſeu vataõ fomentador da parte q entaõ
lor,& prudencia acquirio grande preualecia. ម្ដុំ de
fama éntre Mouros,& Chriftaõs, üia confiderar eftas razoëstodas;
& reputação para abalar agora. como era juto,& como no teta
os animos dos Seuilharios á obe mento entraua a me{ma Rainha
diencia delRey DomSancho, que herdada nas rendas de Badajoz
algüs pela nomeaçaõ delRey feu, em fua vida, & no fenhorio das
pay inclinauaõ ao Infante Dom villas de Serpa, & Moura, de que
Ipão, o qual efcandalifado detetinha doaçoês,& fua filha a Infan
lanço de Dom Afonfo Peres,veio ta D. Brácanos cem mil maraue
depois a matarlhe ofilho no cer dis,conuinha qfe pufeffe em efei
co de Tarifa. Contudo na Chro to eítas coufas. Praticaria a Rai
Сар, х •
nica do mefmoRey lemos,que ti nha D. Britesnajutiça dellas, &
nha Seuilha feito omenagem de do mais que tocaua afeus irmaõs
lhe obedecer, defpois da morte fora da feparaçaõ dosReynos por
de feu pay. Entrou, como digo, fe terem fogeito a elRey Dom
EᏲⓐ
elRey DõSancho obedecido em Sancho,& deuia elle comogene
nahift. % Seuilha,& a 25 de Agoto confir rofo acudir a tudo com a põtua
Seuilha É mouospriuilegios deita Cidade. lidade que era razaõ.No tocante
5.6, 4 Neftepriuilegio fe deu titulo tá ápofe dasvillas de Serpa,& Mou
bé de Rey do Algarue, & mádou ra, não fei que lha confirmafe,
eſcreuer nelle a firma do Obiſpo antes parece prouauel o contra
Dõ Bartholameu, á entaõ era de rio, porque elRey Dom Dinis as
Silues, como deixamos prouado, veio encorporar na Coroa do
ainda 4 quem tresladou, lhecha Reyno,etando de potedellas el»
ma Bifpo de Siluera... : 7 Rey Dom Fernando, filho de Dz
-

- A nofa Rainha Dona Brites Sancho; &a.mcfma duuida ha


vêdo afeu irmão jurado por Rey na villa de Niebla. Fariaõ con
em Seuilha, & que o tetamento certo, & daria elRey Dom San
defeu pay não podia ter o efeito cho à Rainha fua irmãa rendas
que elle pretendera, acomodan batantes por não demittir a
Rz polle
Diuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
-
poſſe dasVillas, & comiſtoſe a Mouros, parece necefsitaua de -
º quietaria a Rainha por naõPer fua preſença aquelle pouo, & de
der tudo:aindaque detendo Dom uia fer forçofa a caufa que o obri
Raimundo de Cardona o fenho gaua ir vifitalo, deixando a Rai
rio do lugar de Mouraõ, 盟 3. vefporas de
nha em Seuilha em
me{ma Rainha lhe deu porfer do parto. Como Badajoz era humº
termo de Moura, & elRey Dom dos Reynos que elRey D. Afon
Dinis lhe confirmou depois, fê fo defmembraua para o Infante
gundo jàecreuemos, he duro de Dom Ioão, etarião feus naturaes
crer (e tirafe apofe da Villa à inquietos, & irre(olutos a quem
Rainha. . obedeceriaõ. ElRey compos, &
Não perdia ela por defcuida afegurou então tudo, & deuia
da, antes como boa pretendente tambem de confirmar as rendas
fe deixou etar em Seuilha com deta Cidade à noffa Rainha, de
elRey feu irmão atè o anno fe que tenho conjecturas, que darei
guinte de mil duzentos oitenta & adiante , & por fe defobrigar de
finco, tendo cófigo a Infanta Do huma vez das pretentoés demãy,
na Branca, & fempre e deterião & filha, entendo que nete mef.:
atê Dezembro, em que a Rainha mo tempo deu a Abbadia das».
DonaMaria pario o Infante Dom' Huelgas de Burgos à Infanta Do
Fernando, que defpois foi Rey, na Branca. - º: , ,
& cafado com a Infanta Dona
Coftança filha delRey Dom Di C AP IT. XXXXI. 'r

nis, donde podemos colligir pro


uauelmente, que huma dellas, I ejs de/Rºy Do* Pini, º -

is fe acharaõ ao nacimento; é- litigiofobre o Reyno


-- feria a madrinha defe Infante.
Centinuaraõ a me{ma afitencia - do Aljarue. -

os fidalgos de Portugal, que acõ> #š Mguáto paffouo que 128;.


panharaó eftas Princefas, & to no Capitulo antece
dos feruiraõ a elRey Dom San } dente efcreuemos, e-
நீர்
|
‫ه‬SC‫به علت خ‬
chonas guerras que teue entað s“ ftaua elRey DõDinis
com os Capitaếs delRey de Mar em Lisboa, & como nos inuer
rocos, & com o Infante Aben nos foraõ fempre os Reys de Por
Iacob feu filho, de que foi vito tugal afeiçoados á villa de Santa
rioſo. * . . . . . . . 7 : ; rem pela comodidade da cafa,&
· Partido elRey defla Cidade outros entretenimentos, quenos
Para a de Badajos, depois de campos, & charneca de Almei
concluida no veíaó a guerra dos rim offerece aquella parte do
-
- - - anno
* ElRey Dom Dinis. 99
anno com toda a veaçaõ, volata occupado na caça, quiz tambem
ria,& pefcaria, de que ha naquel zelar como caçador os intrumê
les contornos grande copia, & o tos della, mandando por outra lei
ſitio delle com eſtes adjuntos he gêral em todo o Reyno dous an
hum dos mais alegres, & aprafi nos adiante, que toda a pefoa q
ueis para er bucado. ElRey co achaffe aues de volataria, a faber,
'mo taõ inclinado a efte exercicio Falcoós, Açores, Gauiaés, & ou
fe recolheo no inuerno âquella trasfemelhantes, as apregoafem
Villa. Mas como aliuios feme logo nas praças para vir a noticia
lhantes em pefoas do talento de de feus donos, & que fazendo o
fte Principe faõ mais para entre contrario, foem catigados por
tenimento, que para diuertimen ladroés. Mandando juntamente
to, que lhes faça efquecer fuas que por cada aue detas defem
obrigaçoés, como Dião Caffio feus donos de achado o que hia
· louuou no Emperador Adriaao, taxado na lei: como ifto fàcilitou
igoalmente afeiçoado à caça, & aos donos a retituição,& aos ou
applicado à adminiſtraçaö daju tros cohuidaua com o premio a
fiça, etãdo ElRey ainda na pro não encobrir os achados. Em
pria Villa adoze de latieiro pre .Monte môr o nouo ordenou el
ºfente de 1285. fez húa lei contra Rey o fobredito, & feria em oc
osTabaliaës do Reyno,taxando que lhe defapareceffe al
lhe celarios por cada acçaõ defeu güa deftas aues. - - - -

, ' officio, certificado dos exceffos á Não eraõetes oscuidados que


*- +
---
º obrauão em perjuizo das partes.
… v.
mais defuelauão a elRey,antesde
- ' Era elRey reoluto no que man preſente lhe fobreueo hü letigio,
· · · dâua, coño quê fabia, que as kis a que acudio com diligencia, por
" *- -

- “… . fem execuçaõ danaõ mais do á a. depender delle apofe, & direito


.* , , proueitão, por atalhar decuidos , do Reyno do Algarne, Tanto 4
ſ .haobferuancia defta.impos pena elRey Dom Sancho fe vio fenhor
1.defrae;
d:Bjaf'.de morte a feus
tranfgreííores,di dos Reynos de Caftella, o anno
89. "zendos: Certos[ede,que todos aquelles paffado, fe intituloujuntamente
gue chopefarder, on waii kwarder,4ше Rey do Algarue entre os mais ti
vos mataretpor ende. Não fe tenha tulosdaâlla Coyoa.Fundauafena
a demafiado rigora pena porque apparêcia de jutiça cõ q eu pay
ha materias, que em o vitimo ri (e quis apofar daqlleReyno,etãº
gor não poderaõ ter cura, Épofº do a caufa taõ decedida, como fe
que não pareça que elRey Dom - protión jää óutro lugar,& o cõfir
Dinis sò para os minitros da ju maremosagoramais, Aſsi come
fiça impunha leis, quando mais çou a agradecer a elRey D. Dinis
- R3 o aju*
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
ajudalo na pretenção da Coroa, preentes os que e achão nomea
como querer priuar de hú Rey dos nas efcrituras,como jâ aduir- .
no: (e não foi juto catigo expe tio Ieronimo Blancas, ainda que
rimentar elRey ete delagradeci outros fuftentão o contrario. O
mento por auer faltado afeu auð, Bipo Dom Bartholameu refidia
de queñ alcáçara a vltiria izen em Portugal, & nete me{mo tê
çaõ do melmo Reyno. Em fim poconfirmaua as efcrituras defle
elRey Dom Sancho não só fem laReyno & contudo nas de Cafiel
o vemos nomeado. Nem he
titulou Rey do Algarue no priu
legio, em que confirmou os de "pofuel que tantas vezes etiue -
Seuilha, & em outros, fenão que fem cs Prelados juntos na Corte,
rmandou nomear entre os Prela quantas os vemos confirmardo
dos que confirmarão o noffo Bif os priuilegios,porque feria refidi
po dë Silues Dom Bartholançu. rem nella mais que em fuas Igre
Sabendo elRey D. Dinis do cafo, jas. E ainda nos Ricos homens he
o fentio como era de razão, & fe difficultoſo de crer aſsiſtiſsé ſem
preuenio como acautelado, & pre,mas balaua aosNotarios no
alem de outros papeis, & e(critu 'mealos, aindaque aufentes:faluo
ras autenticas que hana materia, quando por occafiaõ de Cortes
* :
no vítimo dia de Ianeiro mandou em confirmaçoês gêraes etauão
* tresladar em publica forma hum juntos. O theor do intrumento
he d feguinte: ്. :
": ". . .
intrumento que ete BilpöDom ; . Eſ diuind docente eloquio, - -

memorë ogui,
1.
-
-
Bartholameu tinha feito com feu
Cabido de reconhecimento a el ditra concupiſcre allenam, érexiu-:醬
Rey D. Afonfo Terceiro,a quem fitie delitotuilibet reddi,6 cm fenaarı :

pediäo confirmaçäodäsdoaçoës debeant iura fua, multo amplius iura


£rgum, qui diuina difponenfeparentia Ę
daquela Igreja, confetando por *domimahti
nullos os títulosque tinhão dados in terris, &• iura confèruant fili-9,
medianteiuaiafubditorum,
º por elRey bá Afoñfo Sabio aos dominis pisnäque
delene reddi, 6 integre con- +v i.

Biljosarietefores Dom Rober


"to, & Dõ Garcia, por quanto era fºrúari. Nos itaque Žartholomeu: Zei
vf8fructuario da ម្ល៉ោះ
* gratia Epifçopus, & capitulwm Siluenfe
os Reys de Portugal os fenhores comºderantes Zeminum_Afonfim #
'proprietarios, ags 蠶 {é auião fu£rem ?egem ?ortugalliejretius Jael.
de pedir as confirmaçõês, & e^ 'gartj 7)ominum verùm effe, &ipfum
: crituras. Ačuirto, que do priuile “totum ligarbium adius,&proprieta
gio em que confirma o Bipo do 'tem, ac dominium'eiufáem?gis, &
醬 :Bartholameu fedeixa “Regni Fortugallie ad yamfufiim, &
bem ver, hão affitirem empre proprietarem inregre,e plenarepert
* . . -

* ነ፴ëŸç
...
*-

. . . . El Rey Dom Dinis, . Oo


mere recognánæ, & vtique recegnoß C# pro cumflis/acce&*** *******
kerf d:#mv. d utilia dio pg|Αψβιο
*re ammta, & fingulaſ, prºgºt
ner, vel iurá regalia Écolºfe, feu Acc
cl%artowo iura p4tronatus conferri,/eu /*, fiu al lua premfosa benefive
do»ari, nj ab eodem fola domino aeege rgitationis in integraw miniagioglo.
2°orºgalli, qui pÁus Cºlgarh), Grøm rare. Z)atum apud Silvium v. Ka].
тium ipjus Algarby Erckharит фуе - fpriús. Era Jé.(é XC//H, , o
. rus diminus,&*patronus. ‫ي‬t igitur fù A era deue etar errada, perí;
perpramyiis, ſeu a'iquo premiſſarum na dedezafete moreoelkey p6
· à уикия фие tilyíri Kege (aſtella , రూ Afófo,& afsimais parece q have
r/.egoiui, tam nobis,quam prædeceffori fer a de trezentos & treze, xij &
bus voßris, quam etiam Eccltfie Sil nãoxviij, que hedezoito. No vl
* u*fi defaifo, cum de iure mon poffent timo de Ianeiro defte anno çor
fùbffert, fata donationes alique quo rente fetirou o treslado em pu
'cumque tenpore apparuerint, eas omni blica forma por Pedro Aires Ta
m» fjiuolas, atqueinutilas,atque inuali balião de Lisboa, & jutificado
- ala*» putamus;& nihilominus tam no por Domingos Martins, Louren
/tro #tax: Eccleâ affe. numine tam ço Pires,Payo Paes)& Domingos
“prºfuri; «inationius f4ца,y, dilian Soares Tabaliaens da meſma Ci
'e#;#paruerint, quaa omnibus carti, • dade, que denota {gr feito para
- & monumentis mobis; (2).р»ddocofori - confirmação do fenborio verds
stus niks an die Ecclette Sil - deiro que os Reys de Portugalti
“u |#ಸಿ K్య &#ella ఠూ LⒶ- nhão nơReyno do Algarue, & -

ºmi? βοήίεβίκαιηξεπώνlineris, tonfirma elRey Dom Dinis determinava


ஆர்ங் ஃபூன் 4fiழி etabelecer pela caufa que diffs
έπρώjι ίκμαίοιήνεχάγας φ …mos. A º ്: ; ; ; , ; , ; ,
ρυφή #tratein perpetuum re Não he necelario dar em lin
. .. ; . , , , , )۲‘‘r,+ ‫ ج‬- ' 'I : ‫ ممئة‬-

-%himür;&ʻtarhprofi bi,ʻyuumpre | goagem o tieslada do instrumÉ


ocuni noſtri facceſſoribus promittimus : Eoquecontemoquefic# fùmma
- #„ajld.;juod ip$ihiuihfi, weltxtra ariado. Quero contudo aerºken
“iudiëium; jùm*myraniwr! Item renun - tar em proua de fer ofenhorio
riamus omnibus aííionibus, iuribus, &* goReydodo AlgieRಿ
X
, *ami£}iiris auxilji;fque nobis, aut . Portuguetes, o titulo, Zºe Kot de
* -
த், க்ர து ! conhecidosamkeynosºtranhos.
Portugal, 62.Akamur, porque Érão
'ಕ್ಷ್
g" | rா, compe e Pelos annos de mil cento.&ino
‫ دس‬۹ ‫دهانه‬

-- - - -

tunt, yelp fint tempeterein fùturwm. -iuenta ắt hùínfểfizérão pa?4s &n-


ΕικηκβιαφuamΕτείεhήr ε". tre elRey Dom Afon& Ärgundo
‘mine
.s. 、
promittimus
-ー ・ ー
lunafide
-
pre nºiſ, de Aragaö, DomRAfonſa
4.
Bry (*
Leão,
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Leão, & o nofo Rey Dom San uafis daquella Villa,& aos homes
º
Zurita ad cho Primeiro, ao qual a efcritu
-
bons della: a Rcdrigo Fernandes
-

: ra (de que Ieronimo de Zurita Alcaide mòr de Lisboa, Sueiro


-
colhe a ñoticia dellas) dá titulo Soares Almoxarife, aos Aluafis,
de Rey de Portugal, & Algarue: & mais homensbcns defla Cida
donde feve a pouca razão com q de: a Gomes Mêdes Alcaidem ôr
o Chronita Ruy de Pina dife na de Alenqueta ao luis, & mais ho
Chronica delRey Dom Afonfo mens bons : Villa, & final
Terceiio, que fora elleo princei mente a tcdos os n orrdores de
--erº--
º ro dos Reys Potugueles que e ſte Reyno, fazendoſhe ſaber co
- *
intitulara Rey do Algarue. Alem mo, tinhão chegado Frăcefèsem
rde nas efcrituras de Aragaõ fe vtilidade do mefm o Rey, & de
--º--

dar titulo de .do Algalue a feus filhos, & Reyro a poroar a


elRey Dcm Sancho Primeiro,na terra; a huma parte dos quaes el
º----*
quarta parte deta hifloria rela le Rey limitaua, Sefimbra, & a
tamos muitas outras de que con outros, Aleffas,com teus teimos.
-----
---- ſta intitularſe elle Rey de Portu A etes dizia elRey que acrecen
gal,& do Algalue. * { tara mais o fitio de Montaluo
Foi elRey D. Sancho tão pcn dentre Tejo, & Caia, para que o
tual nefta materia, que perden poucafem; & que lhe fazia o tal
--º--
do a cidade de Silues, & dreftan fauor porte peito de Dom Gui
te do Reyno do Algalue pela en lhelmo Deão que tinha fido da
-ºº---
trada do Miramolim noânno de cidade de Silues no Algarise, &
mil cento & nouenta & hum, da Por amordos companheiros que
º
qui em diante felintitulou sô Rey ' ccm elle vierão, & de cutros que
de Portugal, & naõ do Algarue. <tauão paravir. Por «ta caufa
Pelos annos mil cento & nouen mãdaua aos febreditos Alcaides,
º
-º----
..
· ta & noueëentraraöem Portugal • & Confelhos que fofem a Mon
d|-
-:
-.ºº|-º

º muitos Francefes para feruir na taleo, & lhe limitafem detricto


· guerra dos Mouros;&poucarem capaz para os novos colonospo
º aterra que necefsitaua de habita deiem viuer, & fazer füas lauou
dores. ElRey DõSancho os aco- - ras. . . . . . .
- • '' • ' •' ،‫م‬.
- ** * *
, “ .. . . .
· · * * . . . . . . . ,ve." -
-
. .
".

º modoulogo, aísinandolhe fitios, *, *, Sciatis quiaſi Fanti sºno un°· Li & ia


& poucaçoês em que feauífinha! pulare interra mea propter ytilitatem î
…fem. E aísi mandou por carta (na mram, &filiorum meorum, & £gni* 23.
feita em Coimbra a vinte & feis … mei, & go quibufdam illorum dedi $i-
de Mayo a Afono Mendes Alcai Ambram vrpopularentili; aljs Aly
de mór de Sãtarem, Ioão Nunes, tas, cum fuis terminis, & fli; κropicr
Payo Peres, & Fernão Munis Alc 2. Vvilhelmum quondam $iueffem ---- * *-

*
- 2rcá
‫سه‬--‫ س‬----- ‫هـ س‬
--- º - - ElRey Dom Dink. A. ‫ ثمة‬. ‫منه‬ toi
* Z)ecanum, & propter focios fuos, qui, chonete tempo do titulo deRey
cum eo venerunt, & etiam ventur, fume. do Algarue, por auer perdido e -

addidi %ontem album de$oor, qui g? fie Reyno, intitulandofe Rey de


inter Tagum,& Caiam, vt ibi populent:, Portugalsómête: Cancus Zegra
vndemandofirmuterprenominattspre tia ?ortugallie &ex;{endo quejulta
toribus, & cæteris bonis hominibus, »t, mente puderareter o título pela
yifi, litteris veniamt ad.%ontem album, acção da conquita,aísicomove
&• dent eis ipfum locum cum tamto ter mos intitularêfe hoje algüs Reys,
mino in quo ifti Franci, @ alij qui ven Principes, & ſenhores de Reya,
turi sūtp9/itnt bene yiuere, 6“ laborare. nos,& etados que não pofluem,
Apalaura, Franci,aindaque cö & só prefumem lhes pertencem,
prehendia não sôFrancefes,fenão por alguma via. Tal era elRey,
todos os etrangeiros da parte do Dom Sancho de Catella, que no
Norte, que vinhão naquele tem anno prefènte fè intitulou Reydo,
po a ete Reyno, como le ve de Algarue, com que deu occafiaõ
algüas efcrituras: contudo pare aelRey Dom Dinisfazer diligen
ceme que ferião eftes agora Frank cias para a liquidaçaõ de fua ju
cefes em rigor do Reyno de Fr㺠ſta poſſe, 8 autenticar inſtrumen
ça, & deuião ſertodos de huma tos com que a validaffe. .. . ,
| mefma Prouincia compatriotas Alem dete que refirimos do
do Deão Dom Guilhelmo. Por Bipo Dom Bartholameu, eman.
efta carta fàbemos os primeiros dou tirar o treslado de hum pri
ouoadores de Sefimbra,& Mỡ uilegio que elRey Dom Afonfo,
îaluo, & a politica dos nofïos pri Sabio dera ao Bifpo Dö Garcia,
meiros Reys em recolher as na & Cabido de Silues, em que lhe
çoésetrangeiras para pouoar os daua o padroado das Igrejas do
lugares, a que não podião acudir Algarue.A vinte & dousdé Abril
com a gente do Reyno. Em nofº dete anno prefente o tirou em
fos tempos (e difcorre nefta ma publica forma oão Pires de Al
teria a repeito das conquiftas: a praöClerigodelRey, &na meß
experiencia moſtrară o maiscó ma forma fe deuiáo preparar to
ueniente, Ioão Boteroinculcou a dos os monumentos tocantes a
Portugal, & Caftella conducção ete negocio do Algarue, para el
de gentes de outros Reynos para 蠶
preuenido, & jutificar
ete efeito: porem Gafpar E(co feu direito contra o titulo de Rey
lano lhe nao aceitoa bem o tal do Algarue,que elRey D. Sancho
aluitre. " ßu tió repetia. . . .; asº * * . '
O que mais feconfirma he, Alguns autores dizem que o
não víaua o nofo Rey Dom San: Reyao doAlgarue, comprehen
-f
dia
i Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
dia aquelle epaço de cota 4 cor de quê efcreuemos,a maior con
re do Cabo de Saõ Vicente ate atenda que (eu cunhado elRey D.
cidade de Almeria. A Chronica Fadrique teue com Carlos Rey
delRey Dom Afonfo Sabio não de Napoles, foi fobre o titulo de
o etende tanto. No tempo pre Rey de Sicila que tomou Dô Fa
fente fe naõ conhece por Reyno drique. A razaõ era, que ifto que
do Algarue mais que o nofo do chamão Reyno de Sicila compre
CaboYde Saõ Vicente atè a foz hende não sò a Ilha de Sicilia, de
do Goadiana, porque o retante que era Rey Dom Fadrique, e
que dali corre ate Almeria, cae naõ també os eftados da Pulha,
fia Andulufia, & Reyno de Gra Calabria, 8 Campania noReyno
nada, que fempre tineraõ nomes de Napoles de que Carlos era fe.
particulares.Affi quenos Reysde nhor. Por eta caufa pretendia el
Portugal,os quais faõ osverdadei le, que o Dom Fadrique modifi
ros fenhores do Algarue, anda cafle o titulo, ou ditado, & fe in
propriamente efte titulo. Quan titulafe Rey da Ilha de Sicilia, ou
äoós Reys de Caftella entre os Rey de Trinacria, que he outro
feus ditados ajuntauão o de Reys nome da me{ma Ilha,& naõ Rey
do Algarue, e entende porAlgarº de Sicilia abfolutamente; porque
ae o nofo, pela prefunçaõ com 4 debaixo daquele titulo ficaria
elRey D.Sancho vfurpaua agora conhecido por Rey do Reyno de
o titulo (em razão alguma. Efe Sicilia diſtincto do que elle poſ
entendem por Algarue, o mais fuia.
que daquellelimitê fe eftende até Intitulando e Reys do Algar
Àlmeria, era conueniente:efpe ue os Reys de Portugal, femou
cificarfe com alguma diferença, tra efpecificaçáo algüa, fè enten
para que fetire a equiuocaçaõ,de de aquelle Reyno que oje vemos
?ue hejufto fºjão os Reys mui nos limites de feufenhorio,o qual
ciofos, naõ fofrendo a feus vifi de todas as naçoes he conhecido
nhostitulo, no qualparece fein por aquele nome. O ditado de
cluem as Prouincias, ou Reynos Rey do Algarue, que anda entre
j elles poſſuem Os noſſos Reys os titulos dos Reys de Catella,
e Portugal por eta razão naõ necesita de húa retriótiua, que
deraó nunca titulo de Reys de d limite, 8 difference do noſſo,
Efpanha aos de Catella, por fer affi como elReyCarlos pretendia
Portugal húa parte de Epanha, no titulo de Rey da Ilha de Sici
que ficaua fora do dominio dos lia. Naö Â os Reysde
. .. ..
·Reys de Caftella, Catella etaprecaução, fabendo
- * *

No tempo delRey DõDinis, todos quanto perfua parte feen


-

* ..., COIntrº.
ElReyDom Dinis, º ro:
contra aos Chriftianifsimos de em Portugal, de que deſcendem
França, & intitularfe, Rex galhe,ou hoje tão illutres familias, como
Caliarum, a refpeito que ha gallia ſaö Meneſes, Telles, Albuquer- -

feincluem os Belgas, ou Etados ques, alem de que o fenhor que


de Flandes, fogeitos á Coroa de ao prefente era da melma Villa'
Caſtella, 8 aſsi inſtao que e in Dom Ioão Afonfo de Albuquer
titule elRey de França, Rex Fran que, teue grandes fauores del Rey
ciæ, & naö,£ex Gallia. Chlifeciona Dom Dinis, de quem recebeo o.
t Fol:135. fua Apologia por Epanha aper Condado de Barcelos,& o officio.
ta comete ditado dos Francefes. de Mordomo mòr,& por fim ca
- - - - - fou fua filha herdeira com Dom
CAPiT. xxxxII. Afonfo Sanches filho batardo do
mefmo Rey, a quëfe deue à ma
Das guerras entre Bada ior parte da pouoaçaõ da mefma
Villa,& pela compra que fez del
la, tocaua oſenhorio à Coroa de -

outras aeroês delRey | Portugal,cómo adiante fe verá..


- Dom Dinis. . . : . E{te Dom João Afono, con
*. rt
forme podemos conjecturar aju
g#, Ontinuando agorà cỡ ftandonos ao eftado das coufăš
3285. ià; o mais do anno, darei naquele tempo, deuia entender
¿A& notia das guerras que nos animos dos moradores de Ba
ខ្ទឹមៅ 蠶 dajoz, que inclinauão mais para
tre . Albuquerqué, , & Badajòz. elRey Dom Sancho, que para o
Efkes lugares aindaque da Coroa Infante D. João de que eragram
do Reyno de Leão fituados na de feruidor,&amigo, como mo
Eftremadura daquelle Reyno,pe frou neta, & em outras occaº
la vifinhança que tem com o de fioés. Na prefente parece que cõ
Portugal, empenharaõpor mui agente de Albuquerque,&algüs
tas vezes nofos naturaes nascõ= amigos de Portugalfe foi a Bada
tendas que tiueraõ, E a villa de joz obrigar feus moradores a que
Albuquerque mais emparticular aceitaffèmpor.Rey ao Infante Dá
nos toca,a repeito de que feupo João, conforme ao tetamento
uoador Dom Afonfo Telles de do Rey defunto. Tiueraó os de
Meneles foi cafado fegunda vez Badajoz, & Albuquerque graues
com Dona Tereja Sanches filha contendas poreta caufa, em que
do nofío Rey Dom Sancho Pri. ouue danos, & roubos de ambas
meiro, & felis defcendentes tiue as partes, & obtigaraö a vir el
raõvariasliangasporcalamentos Rey Dom Sanchó de Seuilha
- ficea
* ~ *-s - --- * -- .

v ; º… - ! -
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
fòcegalas. Reduzio elRey tudo a deferuiço do me{mo Rey Dom
fua obediencia, & podera fer que Sancho. Entendia elRey D.Dinis
-
no tempo detas reuoltas fe ori que lhe conuinha tèr navifinhan
ginafséas parcialidades dos Por ça de Badajoz hú Rey limitado,
rogalefes, & Bejaranos, factočs. & não outro poderofo, que femº
quéinquietaraõ aquella Cidade, caufa fe introduzia nos titulos
& feria por fütentar algüa dellas alheos. - -

º--º a voz do Infante DõJoão vnidos * Hebafłante conječłura achar


com Dom Ioáo Afonfo de Albu em companhia de D.João Afon
*
+
--
º
--

:
uerque. Ao Dom Ioão Afonfo fo gente Portuguela, que deuia ir
-
-

. elRey Dom Sancho pouco por ordem delRey Dõ Dinis feu


Afeiçoado pór efta caufa, & fem. aliado... Hum caualeiro de Guis
predeffoisfe füftentou parcial do maraês chamado Gomes Gon
Infante D. João o dito Dom Ioão çaluesfe achou netas guerras,&
Afonfo,atè que elRey Dom San como as que fefazem entre Chri
cho o mandou prender em Gali ãos; & tão vifinhos,não deixem
za a falfa fè por Payo Gomes liures de eſcrupulos os contende
Churruchaõ, & eteue por vezes tes:efte caualeiró vendoíe chega
para o degolar, fe lhe naõ valera
do à morte, ou das feridas q alli
a Rainha Dona Maria, que era receberia, ou de doença que lhe
parenta fua pelos Meneles, &lo fobreueio, fez feu tetamento a …
go que viuuou he deu liberdade, cito de Iunho, & nelle mandou "
como fele no Capitulo primeiro reftituir quinhentos marauedis - -

da Chronica delRey DõFernan brácos pelas malfeitorias em que


do o Quarto feu filho." … ſe achaua comprehendido. Item
Pode prefumire que defe el mando quinhento: marauedis daquel.
Rey Dom Dinis fator degente a lamorda que foi feita na guerra que
D. João Afonfo de Albúquerque *<ém dos brancos, por aquelas mal
para fogeitar Badajoz ao Infante feitorias que farão feitas nas guer
Dom Ióão,efcandalizado devfur ras, 6 moi roubos entre Zadalhoufe,&
parelRey Dom Sancho o título Albuquerque, comum a/alerante Z5
de Rey do Algarue, & fundado Jºão Afon/º; a fe as malfeitorias nem
em que a Rainha Dona Brites fua pagar, é dem fies quinhentos maraue
imáyficaua cõ as rendas daquella dis Aqueles фие/F. сијofoе, е о
Cidade; & nomeado para Rey que endefobejar demnopela alma da
della, & ſeu deſtriéto o Infante D. quelles de que ouuemos o al Se ete
João, a quem elRey DõDinis foi Caualeiro não fora tocado do ef>
afeiçoado, & agafalhoú por ve crupulo, em efquecimento ficara N.

zes em Portugal, andando em todo ofuccefo, igualmente lhe


louuo
ElRey Dom Dinis. sº to;
* > . . - -- - • . .- : * : . .
louuo a chriſtandade da reſtituicentamento das Religioés que
ção, & a memoria do feito.Se de elRey Dom Dinis executou no
todas as guerras que em Hepa mefmo tempo, como foraó dar
nha fe tem feito entre Chriftãos licença a finco dete mez ao Bif.
com menos juta caufa da po de Lisboa para comprar her
que
conuem, pudera alcançarfe fatif dades com que enriqueceffe o
façaõ de danos, poucas familias ſeu hoſpital de Santo E oy de que
aueriaizentas de reftituiçoés fè já falamos, & logo a vinte & ---º

melhantes. Porem como eta quatro licença para fe fundar o


materia jânão tem remedio, cõ mofteiro de Saõ Domingos na
tentemonos com louuar os que cidade de Euora, E tanto mais
vemos fatisfazer arrependidos. ſe deue confiderar eſta chriſtäa
No mefmotronco dos de Albu. liberalidade, quanto vulgarmen
querque temos exemplo jutifi te fem cabal conhecimento dos º
cado. - - motiuos da lei que ete Rey fez
-

AfonſoTelles o pouoador de prohibindo aos Ecclefiafticos


Salazar
ſta Villa com conſentimento de herdar bens de raiz, & compra
a cºm fua mulher Dona Tereja San los,felhe etranha como rhefqui
a do Arte ches, & de feus filhos Dom Tel nheza de pouca edificaçaõ lanço
***
ltdo.
lo Afonfo, Dom Afonfo, Maior fêmelhante. Seis annos depois
Afonfo, ,& Tereja Afonfo, os dete de que efcreuemos, que foi
Taira quaes todos erão da primeira no de milduzentos & nouehta &
"p. 55. mulher Dona Tereja Rodrigues hum publicou elRey efta prohi.
Giroa, doou á Sè de Toledo no bição a requerimento dos pouos,
anno de mil duzentos & vinte & com fundamentos juſtificados:
dous os Ca(tellos de Dos herma não foi introducçaõ füa, fénaõ
nos, & Mala moneda, com ou reualidaçaõ do que fe praticaua
tros lugares junto ao rio Goadia em tempo de feus anteceſſores;
na, em recompenfa, & emenda naquelle ಲ್ಲಣ್ಣ me dilatarei neta
dos danos que tinha feito contra materia. Sô digo agora que mais
Chritaõs na guerra. Enão ficou parece, & afifoi, que órdenaraó
Afonfo Telles menos generofo os Reys de Portugal a tal prohi
por ete chriftão reconhecimen biçaõ, para entrar cooperando
to do que mereceo delouuor nas participantes em todas as fabri
grandescõquitas que fez em fer cas,& âcrecentamentos das Igre
üiço de Deos contra Mouros. jas, & Moteiros; quando não cõ
Entre eftes exemplos de chri o cabedaltoproprio, com o cona
ftandade tem bom lugar outras · fentimen ao menos manifeft
obras do culto diuino, & acre do malicéça que dauão aos bem
-"
- .
-- S - feitores,
- -

--
‫" اس‬
... Liuro XVI.iPa Z೫೫#ಃ Luftana.
feitores,por fe naõ executar óbra merecia taõ cincera virtude, &
de piedade em feu Reyno,de que a enriquecer toda a Cidade com
elles não fofem os autores por exemplo , & doutrina, atè que
alguma maneira: & a franquela hum nobre Cidadão chamado
com que em todo o tempo (e ou Martim Annes lhe edificou dez
ueraõ na remifaõ da leio deixa annos defpois a Igreja de fabri
conhecer claramente. .ca capaz para recolher quanto
Para a fundação do moteiro pouo concorria a frequentar a
de Saõ Domingos de Euora mo doutrina de taõ bons Metres.
frou elRey Dom Dinis grande Depois de chamar Deos para fi
goto, & com notauel facilidade ete fidalgo, ficou Dona Catari
ëfcreueo aos do gouerno da Ci na fua mulher tão imitadora da
supºs dade por carta de Lourenço Ef deuação do marido, que vendo
biſ dés㺠cola feu Paceiro mòr mandou fe fem herdeiros forçofos, fez
Domingos -

# fazer, recebeffem com bom ga doação de todos os bens ao mel


- -

falhado os Religiofos. Neta sô mo Moteiro, com obrigaçaõ


.efcritura vi affiñar a efte fidalgo de Mifa quotidiana pelas almas
--


com titulo de Paceiro mór, que de feu marido, & fua. Com efte
--
nas mais o acho Porteiro môr cabedal, & o mais que deixou
--
-
--
-
delRey, ou da Rainha, tudo po Martim Annes, fe ampliarão as
---
º
dia fer, que não ha repugnancia. outras officinas do Conuento,
-

O officio de Paceiro mòr era o aonde os dous dotadores cítão


-- *
- | mefmo que fuperintendente das fepultados no Coro, o marido
- * fabricas dos paços, & cafas reaes debaixo da cadeira do Prior da
-
-
que auia no Reyno, & em cada parte do Euangelho, & at hon
hum dos paços refidia hum Pa ...rada matrona Dona Catarina da
-
º

-
ceiro que os guardaua, de 醬 | parte da Epiftola. Nefteco nuen
-
-
--
-

º
º
ha muitos nomeados, não fedu to, como nos mais deta fagra
| -

º
uide,cujos nomesdaremos quan da Religião florecerão muitos
- -

- *
do for neceſſario. Com a car Religiofos em fantidade, cuja
- -

º
-

ta delReyficouo pouo muy con narração referuamos para º


-
º
tente, vendo o feguro com que ós annos de feus

podia ter por vifinhos minitros tranfitos.
taõ zelofos, como eraõ os Pa '' ' (f.)
-

dres que tinhaõ já recolhido em * ~*

apofentos etreitos junto da er


niida de Santa Vitoria Martyr.
Daquelle etreito lugar começa
rão eles a dilatar a opinião que CAP.
ElReyDom Dinis, a toa
-
-

metiaö, parecendolhe maior vtis


C A PIT. XXXXIII. lidade perder antes algüa parte
de fazenda, que arrifear os foros
com que fegóuernauão,requereo
Faz elReyjunta,ê-côpofi a elRey lhes defe audiencia na
tão com o confelho, é pouo materia, & quizeffe vir em huma
de Lisboa, nella aſsiſte hi compofiçaõ a ambas as partes
conueniente. Demandaua a Ca
parente do Papa Ioão 22. mara,& pouo a elRey por muitas
é-porfim como D.Vrraca praças, & recios que tinha toma
irmã delReyfatisfasas do à Cidade, em que fizera ten
zmamdas de feu das, ferrarias, agoügues, & terra
marido. cenas,de que recolhia renda con
fiderauel; as dilaçoês em recom
/ Omo a principalcaufa pentar o que lhe tomara, & em
- a-- -

128r - ဒွိစ္ဆိဒ္ဓိ
- jº da quietação dos po
- *
remedear os grauames de 4 auia
৯§…È33 uos, & còſeruação dos queixas hião continuando, & o
*ś vaſſalos he a guarda pouo deſgoſtado naö duuido fi
dos foros,&izençoês delles,&na zee algüa demontragaó de que
da mais defobriga as võtades dos elRey fe receaffe: eftaua de pre
fúbditos,q o quebrantaméto de fente quai para romper com el
fta fombra de liberdade fogeita, Rey Dom Sancho pelo titulo de
em que parece conſeruāo hia in Rey do Algarue que vurpaua;in
dependécia dos Principes a troco quietaçoês tambem do Infante
da fogeiçaõ q lhe profefaõ a Ci Dom Afonfo feu irmão dauão jà
- dade,& pouo de Lisboa, cabeça, 'indicios do que manifeftou doús
& Metropolido Reyno, que de annos defpois difto: era pruden
- tempos atrasandaua agrauada cõcia ter quietos, & contêtes os po
a alteração,&innouação,4 elRey uos de dependia, como
Dõ Afonfo Terceiro tinha feito era Lisboa. A vinte & oito de
nos cotumes do confelho, & ou Mayo lhe tinha confirmado os
trospriuilegioscom & opouovi priuilegios,porem como não ob Camura
uia menos penfionado, & comu tante eta gêral confirmação, a Lisboa -

taua com mais franqueza os fru ficaua ainda lugar para as du- 1.1.…mi
- tos, & mercaderias, & os mini uidas, & queixas que preten-º dou
yifai.is
ftros també da gouernança exe dião remedeadas, concordan
cutauão fuas obrigaçoês com ju dofe elRey com os do gouer
rifdiçoês mais amplas, em que no, fe juntarão todos huma ter
agora os miniftros reaesfe entre ça feira fere de Agoto na Se
- Sz deíta
--

Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.


| deta Cidade, adonde praticadas Pero Martins Bolhō.
as materias, confirmou elRey to Era Pero Martins Bolhom dos
dos os foros remedeãqo as quei Bulhoës, parentes de Santo An
xas do Confelho, & elle com o tonio;Vafco Martins Rebolo era
pouo dimitirão a elRey todas as tambem caualeiro principal pa
ropriedades fobre que litiga rente muí chegado do Papa loâo
não. Sabia elReyvfar de palauras 21, natural deta Cidade,na qual
com que as vontadesfe grangeão ainda hoje vemos pefoas dete
a pouco cuto, & na pratica que appellido. Teue Vaſco Martins
fez lhe não faltaraõ para encare Rebolo por irmão a Dom Gil
cer a etimaçaõ que fazia deta Rebolo Deão da Sè de Lisboa,
Cidade, & deauer nacido nella, que fem duuida foi prouido por
que faõ as que jà demos no pri ſeu parente o Papa loão. Em tế
meiro Capitulo. Etiueraó pre po delRey Dom Afonfo Tercei
fentes muitos dos Cidadoés, & ro efteue ete Deão em compa
------º

'outro pouo. Delles darei osnos nhia do Pontifice em Auinhão,&


mes dos principaes por refpeito terçou com grande afecto nas
de alguns appelidos que não tem controuerfias que aquelle icos.
Rey
teue com os Eccleſiaſt Di
os que deixo. ‘. . . . .
---º-
lataua elRey o comprimento de
Dom Martim Gil. . izençoés, & mais coufas em que
Lourenço Efcola Alcaide môr o Papa os mandaua prouer: in
de Lisboa." - - - - -
uiou então hum Frei Niculao da
· Duraò Martins de Parada. Ordem dos Menores com pode
-ºº

- Pero Martins de Romeira. :: res para proceder contra el Rey


--

Vafco Afonfo Alcaide mòr de em final. Eftando o Frei Nicu


Coimbra. * * * *-
lao diante do mefmo Rey fazen
º

*
-

-
º
t --
1:
- Ioão Lobeira. · · do os vltimos protetos,lhe man
· ··
º
* -- - - - --

, Abril Pires,& AfonſoPires ſeu dou elRey reponder por Afon


filho: : fo Pires Farinha do feu Confe
º- -º- º- -
º -
+
--

-
-
-
Gonçalo Garcia. lho , declarandolhe naõ ter en
- - - *
-
*- :
-
**
- 1 João Alaõ. - - - º -, . corrido no foro interior em pe
.. *
-

|
º
I -,
- -
-,
--

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-
-
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- -

-
-
Vafco Martins Rebolo.… na alguma, por quanto etaua
--
Lourenço Pires Rool. … : auifado que o Papa queria mo
-
--

.. . . -----
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. . . . .. .
l,
-
- Efteue Annes Barundo. derar os rigores da commistañ,
‘. .
- -
º º
- - -
-
Fernão Figueira. & que para faber mais miuda
º
º
--
º
--
-
Ruy de Lemos,&Vicête Mar mente do que intentaua,lhe man
º
tins Aluafis de Lisboa.… …..…… , daua elRey feus Embaixadores,
Domingos Viuas. "… º & neta boa fè em quanto não
vinhaõ
ElRey Dom Dimir 1 of
vinhão dilataua fèm culpa a exe
no titulo 68.Ioão Baptifta Laba
cuçaõ do que vinha natal ordem fia no Conde Dom Pedro, que fe
mandado. Dando eftaua Afonfo. imprimio em Roma, confunde
Pires Farinha a repota, quando etas duas familias, porque não
elRey lhe interrompeo a pratica, vio o original da Torre do tom
& diffe ao Frei Nicúlao dèfta ma bo, que moftra ferem diuerfas. :
neira: Frei Niculao, Gil Rebolo Faleceo o Deão Gil Rebolo,
me ecreueo, que ofenhor Papa & deixou por teftamenteiro feu
João difera que ele desfaria a.. irmão Vafco Martins Rebolo:
quella diabolica ordenação. Fr. Ete caualeiro, 4 em outras doa
Nicolae, Egidius Rebela feripfit mihi, goês da Sê de Lisboa achamos a
quad Zomtnus ?apa Ioannes dixerat, uer fido Aluafil da Cidade, que
quodipfe dgfrueret ordinationem illam, he o mefmo que, c/reador,offičio
diabolicam. O proceflo de toda que naõ tinhaõ fenão os nobres,
a commitaõ dete Frei Nicu - fez feu tetaméto no anno de mil º

lao tenho em meu poder tresla duzentos & nouenta & noue, &
dado do cartorio da Sè de Bra mandauafe enterrar na Igreja de
ga, & deltas palauras feve bem, Santiago diante do altar de
:.º San
. . do n
Moſt.i
-- ‫ه لایه‬
que demafiados deuiað fer os ri ta Catarina, atè yque O mofteiro,; 燃
ores com que da Curia aperta da Trindade, que então feprin-Tindada
üaõ a elRey, pois efte Pontifice, cipiaua,chegafe a termos depo
intentaua moderalos;& tambem, der ſer ſepultado nelle; & para
fe ve naó fer culpa delRey a dila ete fim legou muitos bês de raiz,
çaõ do cafo, que affi como o naõ ao Mofteiro. Foi feuteftamentei
foi nefta occafiaõ, o naõ feria nas ro o Chantre que era de Euora.
mais. Mas o que de prefènte nos João Martins, que prouauelmen
importa he a certeza da priuan te era parente,ou irmão feu. Ete:
ça que Gil Rebelo tinha com o Chantre correndo defpois o an
Papa Ioão por parente.Em outro nodemiltrezentqs & dèzafèisor-,
lugar fios equiuocamos cõ o ap denou Miſſa quotidiana ma Sède,
pelido de Gil Rebolo, chainan Lisboa pelas almas do Deão fo
dolhe,Rebelo,porem não ha de fer, bredito, & do Papa João feu pa
fenaõZebdo. Os Rebelos tem feu rente, o qual Papa fora tambem
folar em Rebelo de Ribade Pay Conego da mefâia Sê..Na infli- # #if:
ua,& delles fala o Conde DõPe tuiçaó diz etas palauras. Esta
dro no titulo42. Os Rebolos faõ doação lhefa,º pelas almas do dito?a-guia."
. . de Lisboa,& procedem de Dom pa, % Zéão,porque forão beneficiados"
Martim Paes filho de Pay Delga na dita Igreja, é por muitas cou/as que
do, como o me{mo Conde diz "uwerão da dita Igreja. Daua ele al
- ----

- - S3 güas
t
Luro XVI. Da Monarchia Luftana.
gúas herdades àSê no termo de uiaõ reconhecer ao Abbade, &
Lisboa para eta obrigação da Conuento por fenhorio daquelle
Miffa. Mereceo o Papaïoão efta dia por diante. E remata a car
lembrança que fe faz de feuspa ta de que fabemos o tempo cer
rentes, & a elle agradeçaö a dili to, Zada em Castro Rey de Tarouca
gencia, que mais repeitaremos na Era 24 ((( xxiij. no mes de ു0
Îempreem noffa eſcritura a me ſto. Deſta irmãa delRey Dom Di
moria dos mortos, que o applau nis não achei mais memorias,
fo dos viuos. -

que o dia defua morte, femfaber


Era mortojâ neftetempo Dó o anno, que o naõ declara o Ca
Pedre Annes cafado com Dona lendario da Sê de Lamego, aon
Vrraca Afonfo meia irmãa del de felem as palaurasfeguintes no
Rey Dom Dinis, de que fe falou primeiro dia do mes de Feuerei
em outra parte. Eftafenhora vi ro. Commemoratio Z). Orrace Alfon
uia na villa de Tarouca, por ter f/ororis Z). Zioni/) olim Regis. Não
naquellas terras a maior parte de teue filhos, nem deixou decem
fua fazenda, ou peloque mais he dencia a Dona Vrraca,& affi naó
razaõ fe prefuma,por ficarvifinha ferà defcredito dizer que foi fua
do nofo Moteiro de São Ioão mãy Moura,como dizoliuro ve
de Tarouca, aonde fe enterrou o lho das linhagens a folhas dezoi
marido,por teremjazigo naquel to. E#e Zom?edre.-Annes faecafado
la cafà os de fua afcendencia, que. com ZDona Vrraca irma a delZey ZDom
eraõ dos de Riba de Vilela, Sou Zinis de Caança, que fora filha de hu
fas, & outros; fe bem a deuação maºíoura, @nom ouue della/emen.
ao conuento lhe entraria por fua A outro irmão della dà o Conde
mãy Dona Vrraca Abril filha de Dom Pedro eta mãy, & pode
-- ‫سم‬-- ‫۔‬
Dom Abril Pires grande bemfei fer que foffe erro do tresladador,
tor daquelle Conuento, & neto como adiante veremos.
de Egas Monis.Deixou Dom Pe
dre Annes ao mofteiro de Saố C AP IT. XXXXIIII.
Ioão a Aldeade Val do carualho; Contendas delRey com D.
Dona Vrraca que tinha mais cui Gomes Lourenço da Cu
Cartorid
dado de deobrigar a alma do
de S. Icio
dc Tarau marido, que de reter a fazenda,
mha:falafe dos fenhores de
44e
em que outros etudão dilaçoês, Arouce, &- no mošteiro de
com dipendio dos mortos,&pe- S. Anna de Coimbra.
rigo da confciencia dos herdei ۹‫ج‬ ‫چینی‬ Eue elRey Dom Dinis
128;
ros, efcreueo logo aos morado
res fazendolhe a faber, que de
-
*
10Q
- ElRey Dom Dinis. . s … 186
no os reguengos, direitos reaes, nha a velha, a repeito de huma
padroados, & mais lugares que quinta hõrada,que Martim Lou
pertenciáo á Coroa, ou porque renço da Cunha fez em Lamifios
achaſſe osbens della diminuidos ha freguefia de Santo Andre de
com as franqueſas que ſeu pay Parada do julgado de Faria, á
vfou grangeando os nobres, ou qual deu nome de Cunha a noua,
pelos eperdiços que feu tio per como achamòs nas inquiriçoês
mitrio. Em varios tempos man delRey Dom AfonföTerceiro de
dou fazer inquiriçoês gêraes,que leitura noua. Não tinha Dõ Go
ainda temos, & feruem de boa mes apofe do padroado tão fir
noticia para a nobreza daquelle me como a do lugar de Cunha,
tempo, porque ali fe afentaraõ ou não lha acharāô os que viraó
os folares, & fenhores delles, que a cauſa, 8 conforme a fe jul
he a mais fegura balifa com que

gou a elRey o padroado;em oito
fe podem encaminhar as fami 體 Setembro deu a fentença foão
lias. Alem detas geraes inquiri Paes Conego de Braga Commif
çoés fez outras particulares com fário do Arcebipo Dom Tello
as Ordens militares, Moteiros, juiz delegado. --
Igrejas,& fenhores de terras,exa O que pode prefúmirfe,& ajui
minandolhes os títulos dellas: & zare he,que naófauorecia elRey
como quem pefquifa facilmente aos Cuñiias, efcandalizado de
acha em quereparar, & os mini Martim Vafques da Cunha, fo
ftros da fazenda real com parti brinho de Dom Gomes, que of
cularidade,não lhe faio infructuo fendera o Bipo Dom Domingos
fa a diligencia, porque encorpo Iardo priuado delRey, & tinha
rou outra vez na Coroa muitas largado contra goto delle o ca
terras,& padroados. De prefente ſtello de Serolico de Bato,como
fe procedia contra Dom Gomes deixamos efcrito. Nos cafos de
Lourenço da Cunha pelo padroa ta qualidade, em que ha prefün
do da Igreja de S. Miguel de Cu çoëšde defobediencia,& desleal
nha, queeftefidalgopofiuia. Era dade, entraõ todos os da me{ma
DõGomes o mais velho de feus familia intereffados; os Cunhas
irmãos,& como tal cabeça da fa foltarião palauras contra os que
milia, poreta caufa pofuia aqlle reprouaſſem o lanço de Mar
padroàdo, donde fè appellidaraó tiîn Vafques,juftificâdolhe aac
feusafcendentes,por 器 ſenho ção de que foraõconfelheiros co
res do lugar, que ete parece o mo parentes. El Rey que etaua
folar dosCunhãs.Porfer antigo o defgotado do lanço, & teria pa
-

deta familia, Ihe chamauão Cu


- - - recer differente, por abater rips
~ . S4 vaffa*
s , Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
vaflalosbrios, &izengoés ſeme Afonfo de Arouce caualeiro. E. ;
lhantes,os tratou cómenor gafa 26. CCC.zy. Sj. die Iulii (limbrie in
lhado defpois difto. Teue occa conciliointimatum fuit Z). Comp/o Lau
faõ no padroado da Igreja do renty da Cuñía, me inferret damna Z).
ſeu ſolar,apertou o negocio,& ti Tarafie Zidaci, eo conuentui de Cellis
roulho, não com vil apereza de propepontem, & hocprecepit Äex -Al
vingatiuo, mas com rigor de fi fonfui. ggiprefente fierunt Z. Ioan
perior aggrauado. Não parecerà me* Cumfaluis Canonicus, (aimb. ©*
fora de caminho eta conjectura, -Alfonfus. de…Arauce miles. Não cõ
lb, 161. fabendofe que feis mefes defpois tem etas palauras mais que o jà
da fentença contra Dom Gomes, referido.Como nos poderofos he:
deu elRey ao me{mo Bipo Dom difficultofa a emenda, tornou D.
Domingos o padroado de Sam Gomes a continuar nos aggrauos.
Bartholameu de Lisboa de mais com as Religiofas de Santa An
importancia que o de Cunha, pa na; em quanto viueo elRey Dom
ra anexar ao hofpital de Santo Afonío Terceiro correraõ as cou.
Eloy que tinha fundado. Quatrº fas até fua morte de maneira,que
mefes tambem defpois de feita pouco fê podia acudira mais,que
eta merce ao Bipo, que vem a às cõtrouerfias em que elRey an
cair a quatro de Iulho de mil du dou embaraçado. Os procurado
zentos & oitenta & feis, vfou el res do conuento vendo occafiaò
Rey outro rigor contra o melmo de poder leuar as penas, & que
Dõ Gomes Lourenço da Cunha. não auia elRey D. Dinis de paflar
Foi o cafo,que DonaTerefa Diaz pelas culpas ao Dom Gomes,re
Prioreſla do mofteiro de Santa lataraôlhe tudo o procedido; &
Anna da Ponte de Coimbra,&as elle o mandou condenar, & exe
Religiofas tinhão recebido, ag cutar nas penas do dia que apon
grauos, & perdas defte fidalgo, tamos, que he o que fe acha no
em forma que lhes foi neceffario fim daquella efcritura, de que re
queixarfe a elRey Dom Afonfo colhemos o que aquife relata.
Cartorio Terceiro no anno mil duzentos, 1. Aquelle caualeiro Afonfo de
de S.Anna
de Coim
&ſetenta & fete, elRey o mădou Arouce, que efteue prefente ao
&ts, ir á cafa do Confelho daquella requerimento que fe fez na Ca
Cidade, & em prefença dos Ve mara deCoimbra a Dom Gomes
readores lhe foi intimado, &mã Lourenço, era dos fenhores da
dado que não ofendefe mais Fós de Arouce, lugar tres legoas
as Religiofas fob graues penas. de Coimbra, pelo fenhorio do
Acharaófe prefentes loão Gon ual fê conferuounellesoappelli
galues Conego de Coimbra, & do, & por falta de fuccefaó
** * : * : - \
ElRey Dom Dinis. iO7
de todo extin&to no tempo pre Seria comlicéça delRey, que emi.
fehte: ElRey Dom Afonſo Hen fazendo a lei deu logo licença a
riques deu foral aos moradores quafi todos os Conuentos para
do caftello de Arouce,& que foi herdarem Pouco trataua Afönfo
ſem pouoando aquelle ſitio no de Arouce de dilatar a decenden
anno do Senhor de mil cento & cia, quando tendo hüa só filha a
fincoenta. Teue defpois difto o fáziá Reli gioa; por outras feme
fenhorio da terra Fernão de Arou lhantesvimosapagadas, & extin:
ce, o primeiro que fabemosdefte ctas muitas familias. E para con
appelido,a quem fuccedeo feufi cluir com a dete fidalgo, darei
lho Afonfo de Arouce, de que outra memoria do cartorio de Loruid
falamos, & defpois delle moito Loruão. Sabede que Pòs de Arouce maco de
herdou Dona Sancha Afonfo füa com /ù4íperten;as foe de Fernão za- 燃 ‫س‬º

filha Religiofa de Loruão, por rouce, ouueo de poboamento di terra,


cujo falecimento o Moteiro en 6 a 34 morte ficou a/eufilho ുfinfo
trou na herança, & poÍlue hoje 2árouce, & ouuco em sa vida com s?
Imuitas coufas naquelle lugar - inolher Zona 7areja, 6: ouuerom hïa
Pouco antes do anno mil trezen filha que ouue nome Zona Sancha, fºe
tos & hum, em que João Cefar mopjá de Ñorwão, č> ouwe Fć Zaróace
foi por mandado ಣ್ಣೀ fazer com sépertenças em sa vida, morren
ſegunda inquirição das honras, de ellaficou a Loruão todo efío quefoe
erá morta eta Religioa. Naver defêus padres, & auès. Por eta via
Lb 3, das ba que ele poz do julgado de ficou o Moteiro de Loruão com -

Індніпрої; Arouce,dizdeſta maneira.A.Al a fazenda dos de Arouce. -

infine, dea de Fas de Arouce,es deCouelos achei - O mofteiro de Santa Anna,por


fuefaed Affide.Arauce,edeze, occafiaõ do qual viemos a falar
na Terejazias så molher, é depois à neles, andauajânaquele tempo canais
morte ficou a Sanchá. Afonjºsºfilha,dº tão arruinado com as enchentes dºs 畿
ora morreo ºfia Sanchavºfonfº, cº-fi-
do rio Mondego, junto do qual "º"
cou aomofieiro de Loruâо, сија donaetana edificado, que alcançaraõ
era.Aquellas palauras, & ora mor as Religiofas o primeiro dia de
reo,denotaõ que auia pouco tem Nouembro dete anno licença
po que falecera, & affideuia fèrjà do Bipo de Coimbra Dom Ay
¿efpois da leique elRey fez dez merico, para fe mudar daquele
anños antes cóntra os mofteiros fitio ao fugar chamado Vārfea,
· herdarem. Daquifepoderàver a aonde tinhão húa vinha que lhe
pouca ambição com que foi pro deixou Metre Eteuão Deão da
mulgada, pois herdaua. Loruão quella Igreja. De tantos annos té
duas Aldeas sò porhüaReligiofa, o rio Mondego alterado com fia
*, t - area.
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
area, & enchentes os fitios vifi fidade com que Sua Magetade
nhos com bem grande detrimen mandou fabricar, fará liiítrofa a
mento não sô dos edificios, fenão defeza de fua real magnificen.
tambem dos campos,a que a Pro cia. Nefte anno prefente de mil
uidencia dosnoflos Reys acudio feifcentos & quarenta & noue, a
em varios tempos com remedio 3 de Agoto foi o Reitor da Vni
o mais conueniente, ſem ſer ba uerfdade D.Manoel de Saldanha
flátea impedir o dano das areas. Bipo eleito de Vifeu com procife
Para conferuaçao dos motei faõ folenne do corpo da Eícola,&
ros, & edificios fituados na mefº Camara da Cidade lançar a pri
ma ribeira do Mondego junto a meira pedra no fundamento.
Coimbra,aonde etaua o motei
ro de Sãta Anna,de que falamos, CAP IT. XXXXV.
fè applicou remedio fèm prouei
to; & afivendo elRey Dom Ma De algumas noticias das
' noel aimpoſſibilidade,recorreo à
Sè Apoſtolica, 8 in petrou licen «villas de Nomão,ê- Lan
ga do Papa Julio Segundo no anº ...groiua, & terra de
no mil quinhentos & finco, para Barganfø.
mudar os moteiros de Saõ Dc
mingos, & os dous de Saõ Fran MTrancofo eteue el
န္တြင္ကို 128,
cifcö, & Santa Clara para fitios Rey a vinte & fête de
feguros, aproueitandole dos ma ‫منع‬
యౌEE౩ఁ:
Outubro, aonde con
teriaes dos mofteiros (obreditos. firmou o foral da villa.
No de Sãta Anna não fala a Bul de Nomáo. Eta he a que fe crè
la, que vi na gaucta do Archiuo fer a Numancia antiga, de que (e
Real, aonde ellas fe guardaó, mas derão razoes na primeira parte
deuia jà em outra vir nomeado. deftahittoria. No annomil cen
No tempo prefente faltaua só pa to & trinta deu foral a feus mo
ra mudare o de Santa Clara, po radores FernaoMendes o de Bar
rema piedade delRey Dom Ioão gança, com füa mulher, & feus fi
o Quarto nofo Senhor, confide lhos, cumyxore, acflys fuis, & lhe
rando etar depofitado nelle o chama, (idade, proua de que tão L.L1፻¥
corpo da Rainha Santa Ifabelfua celebrada fora em outros tėpos.
afcendente, m andou que o Mo Vobis hominibus de ciuitate Nomâ, co
feiro (e mudafe para o alto de gnomento Atomforte.A vosos homës
nofla Senhora da Eſperança,aon da cidade de Nomä, que fe, cha
de o ſitio, que he muito conue ma Monforte. Limita os termos
niête, & merecedor da fumptuo de Nomão, que aó os que vemos
. .
~
junto
108
junto dos rios Douro, & Agueda della adez de Iunho do anno mi
vifinhos. Diz no fim da efcritura, cento & quarenta & finco, & diz
º que reynaua então em Leão, & -defta mañeira Ego Fernandus Xt3..
em toda a Etremadura elRey des vna cum vxore mca /fanta Z),
Dom Afonfo, que era o Septimo, Samcia, & fiijs meis, cum filio Ägis
& que era fenhor de Portugal o ?ortugalem/is Z). . 4|fom/,, Ç+c, Éti
Infante Dom Afonfo, Arcebipo FernãoMendes com minha mu
em Braga Dom Payo,& Poteta lher a Infanta Dona Sancha,& có
de em Bargança, & Lampaças o meus filhos, & cõ o filho delRey
dito Fernando Mendes. Zegnante de Portugal Dom Afonfo. Diz
Χege J{fomfo in Legione, & ia tota então que fazia doação aos cêua 2 p.dio;
Strematura,imperante?ortugal Infan leiros doTemplo dö fêu Caſtello đẽſi d Chri
i
te ~Affonfo,J£rchiepifçopus in 3racha que elle pouoara na E(tremadii- (a la conf
ra Z).?elagius, ?oteffas in 2ragantia, ra, o qual fechama Longroium, силta
-86.
fol.

& in Lampagas Fernandus.A(endes. fituado no territorio de Braga,


Lampaças fica naquelle detrito que heMetropoli,entre ós Catel
de Bargança, & afsi me{mo Quin los de Nomão,& de Marialua, &
tela deiampaças,& Villa franca 'O rio Coa. Nefte fitio vemos ho
de Lampagas. . . .. . je Longroiua, que he Comēda dà
-
မုံ့ႏို့ da intelligencia Ordem de €hrifło ; Ze Caſtello
deta efcritura alguns pontos ef meo quodpopulauim £xtrematura;gr
fenciaes para a nøffa hiftoria, & illud (aftellum vocatur Longrotua, &
- - - -
->
afsi he neceffario dilatar mais na :habet iacentuam in territorio 3rachar?-
-

aueriguaçaõ deles. Em primeiro β3(etropoli inter illud Gâdum, диоа


lugar ferepara em naõ declarar vocatur Nomam, & aliud quod dicitur
o nome da mulher,& afsinaõ fa .%aria'ha, & fluuium quod vocatur
bemosfe era ainda catado com a (oa. Meito fè deue a Fernaõ Men
rimeira mulher D. Tereja Soa des de BargaHça em pouoar tan
res,filha de Dom Soeiro Mendes tos lugares, & bem fe deixa ver
ó bom, ou fe com a fegunda, que que tinha elie grande ſenhorio de
era a Infanta Dona Sancha (& terras aisi em Bargança, & co
não Terefa) irmãa do noffo Rey marca de Tralosmontes, como
Dom Afonfo Henriques (& naõ :na da Beira,pelavifinhança da ri
#8,
27.
£,
filha) como diz o Conde DõPe beira do Oouro. · !
dro.Em outro lugar fe deu proua … Os filhos que FernãoMendes
deftaverdade,&nefte acrecento +iomea, eraõ os da primeira mu
hüa doaçaõ que ele fez aos Té lher,que da Infanta Dona Sancha
plarios do Caſtello de Longroi nåo osteue; equiuocouie fem fal
ua, que auia pouoado. He adata ta o Conde Dom Pedro em dizer
que
LiuroxVI. Da Monarchia Luſitana.
que caſara elle có aoutra Infanta nifes,& por feus deftrićtos, agri
Dona Therefa, auendo de dizer de á Igreja de Braga pertencião
Dona Sancha. O que o Conde muitas Albergarias, que o Arce- «Antik
acrecenta, de que à Infanta fua bipo Domvfurpado
lhe trazia João Ouelheiro Fer- º:P.ጭ•፶
o Pedro dizia 蠶
mulher deixara a terra de Bar
gança, & que por ella entrara na nandes de Laedra, hüa das quaes
Coroa de Portugal, poderia fer era, Illa defonte frigido, @ interra
dandolha em arras, pois ainda 4 de -Alfie, & outras nefte contor.
teue filhos, teue muitas terras q no. Pör fèrem eftas terras do de
repartir com elles, que de certo a ftricto de Portugal, & fogeitas
terra de Bargança (empre foi do pereta caufa a Braga,fez o Papa
detricto de Portugal,& afsi me{- Pafchoal Segundo feftituir a Sio 3ï?
mo a terra de Alifte, que agora Giraldo feu Arcebipo as Igrejas #
he do Reyno de Leão, & a de de Barganga, Laedra, & Alifte, ####
Laedra, de cujo fenhorio o filho, que Döín Pedro Bipode Aftorga '''."
de FernãoMendes fechamou Pe tinha occupadas. Defpois occi
ro Fernandes de Laedra, como pou elRey de Leão a terra de
lhe chama oliuro velho. E daqui Alite,em cuja recompenfafe pe
parece perdeo elle o fenhorio de dio a de Ribà de Coa'em tempo
Bargança, por ficar a Villa à In do nofo Rey Dom Dinis, como
fanta Dona Sancha fua madrafta, veremos.
& por morte della entrou na Co Não pode auer duuida em fer
roa do Reyno, em que os Reys a terra,& comarca de Bargança
continuarão aprefentando gouer do detrióto, & fenhorio de Por
nadores, ou tenentes como nas tugal,& não do Reyno de Leão
mais do fenhorio; o que não fora dede eus principios. E alem do
aísi, fe andara nos filhos, & netos que fe tem propoto, hahum fir
dos primeiros fenhores, os quais mifsimo argumento do tempo
fe não ouueraõ de appellidar de delRey Dom AfonfoHenriques.
Laedra, né de Chacim, fenaö de Para intelligencia dele, he de fã
Bargança, fe conferuarão a poffe ber, que ñaquelle territorio de
deta Villa, afsi como a dos luga Bargança ouuehum moteiro da
res de fila comarca,& vifinhança Ordem de N.P.S. Bento, o qual
no Reyno de Leão, & Portugal; fè conferuou atè o tempo delŘey
bem he verdade que alguns def Dom Ioão o Terceiro, no reyna
cendêtes feus fe appellidarão tá do do qualſe vnio à Cathredalde
bem de Bargança. Miranda. A inuocaçaõ do motei
Etédiafe Portugal por aquel ro era de SaõSaluador de Catro
la parte a Aluade Aliſte,8 Alca de Auelläas,que hoje fe conferua
cՂն
«¥¥ • →r ¤- ¤, -
-
… r. リ『、『.、二
jáis, IX *** $io$
em parrochia: Correndo o an to de São Saluador as tinha conº
no de mil & cento & fincoenta : cedido ſèu pay o Conde Dom
& quatro, por fer elRey Dom Henrique a fua mãya Rainha D.
AfonfòHenriques padroeiro, & Terefa, por ferem fenhores da
ſenhor delle, o deu a hum Ab uellaterra::''.*** *********
bade chamado Ioão, que diz ferº ”Pellos arinós'dè hîílcehtö &
Abbade de hum Mofteito que fe feffenta & finco não tinha Fer-s
chamaua Catro, & não aueri não Mendes dada aterra de Bar
guarei fe era differente defte de gança a filafegunda mulhera In
šão Saluador de Caftro, ou fe era fanta Dona Sancha, pofque ne
o me{mo de que fazia doação, ſte proprio anno ſe appellidou
aindaque maisparece fer outro; ainda de Bargança feu filho Pe
or quanto fala como de coufa ro Fernandes em doaçaõ, que * rや
င္ဆိုႏိုင္ရန္ Na efcritura diz elRey,
elRey Dom AfonfoHenriques
que lho doaua con aquellas izé fez dasvillas da Idanha, & Mon
goés, preheminencia, & liberda fanto aos Templarios: Petrus Fer
Lib. 2. de
de,em que feconferuara do tem mandi de 2regancia, a qual efcrituº
Alem Dou po defeu payo CondeD5 Hen ra vi no cartorio do Real Con
#… fique, & da Rainha Dona Tere" uento de Tomar cabeça da Or
fa fua mãy, como era notorio.Ve. dema de Chrito. Como epe
habeatis eum in illa dignitate, atque li raūa o ಶ್ಗ herdar
bertate, in*qua motum £f omnibus eße Bargança, que era de feu payi -

à dirbus Henricipatris mei (omitis, & 醬 ੋ appellido, ಘೀ


pois mudou tio de Laedra, ter
Regine Tharafia matris mee yfque ad
eféns. Conforme a ifto elRey ra, que lhe ficou por herança,
Dom Afonfo, quedoaua Motei dando feu pay a de Bargança
ros dentroidoTdeftričto de Bar * &Infanta DonaSanchafàaïna-..
ança, fenhor era da terra, ain drafta,como dizem o Con
#Dö FernãoMeri
-
de Dom Pedro, & oi
ürõ antiguo das ് . '
?
des o Bargançaö, & era de ſua : ; ; ; limhá 8s:് : ! " 'J
familia, &affivem nomeado na -

'... a *>^ . ' * .. .. *


firma da eſcritura:Pernandus 2 e * ... : '.' . .
y
. ‫داد‬:).P. {い露。": : f :、・・。
-

memdiz qui temet terram. Da terra ; : . . . .. . .. . . . . . . . . .º


τ: : : : : : : :: : : : ::::::::::.".
Je Bargança era fenhor, como
vaffalo delRey de Portugal, em :GR:‫ زﻤرہ‬، ، ، :‫ نﯾ‬: 6 , :‫از راﻨی‬
:::: ': ': '1: :) :,:I
.cujo detricto àquella Comarca
feínclue, & por efa razão dizia , . . : .,
* -- -
T., CAP, - -

2; 。・ ○ ・ リッ ・ (3 (F。
elRey Dom Afonfo, que asizenº º ** . * * º ºf ◌:: :: :
-çoês, &liberdades do Conuerº:
4-1.
G
/

|
... Liuro XVI. DâMonärchia Lufitana.
^
* ,- ,
. * .* … … * -
, º , º que dos Religiofos delle a alcan
-- -
--
-
-

cAp. º xxxxVI. · · · · ĝou elRey Dona.Sancho, o Pri


- -
- -
---
*- * * ... . . . . . . . . : meiro. ، ‫من أداء د‬ ‫والشراء‬
- - -- . . .. . . . . . No cartorio da Sè de Miran«.
Do tempo certo em que em da, a qual fe annexóu airendada-.
trou a terra de Barganga ရွှံ့ပုိ့ဖ္ရစ္ကုိႏိုင္ဆိုႏိုင္ရ
foroa do Reyno.com ou-, doaçoês antiguo,áeftánagaucta
".tras''
no t ്i്
"

… huma efcritura de troca entre el
. . . . .

- do Cap 4 tulo am fºº, Rey Dom Sancho, & o Abbade


tº dente. : Mendo do Moteiro de Catro
sº = 1 .. .. …ia de Auellãs (obredito, na qual el
-- -- -
• * ** *
-

g&g Vando izemos q en- Rey dá ao conuento a Villa de


128. :) trou a terra de Bar-, Saô:Iulião, & a Igreja-de-Saô
§ s 蔓 gança flâ Coroa.do. Mamede, pela herdade que diz
É Reyno,fe hade enten- recebeo dos Religiofos, a qual fe
der que ficou encorporada na chama a cidade de Bargança: Ze
Coroa, como qualquer outra do hereditatº que «piakºs de bene
Reyno,que vaga para os fenho- querencia, quod iocant (iuitate 2ra
res Reys dele, ou lhe accre(ce, gancia, O Latim naõ he do mais
por troca, ou deixação, que lhe puro, & bem colocado, & pode
fazem os proprietarios, & naõ dar motiuo a vários (entidos, di
… " por fernoua accefaõ de terra a- zendo {er a troca pela herdade
lhea, & fenhorio e tranho, pºis de Bemquerença, que chamão
fº tem vito que a de Batgança na cidade de Bargança, ou pela
foi fempre do detricto de Por herdade de Bargança, Cidade
tugal, ainda que teue fenhores que tambem fechamaua, Zem
particulares que apofluiraõ, por- querençº; mas entendo que a pa
que erão vaffalos ideíta Coroa, laura, bemquerença, quer ali di
& como taes firmaºão nas eferi- zer, afeiçaõ,amor, & boa von
turas daquele tempo. Largoua tade, & que os Religiofos dando
Dom Fernão Mendes a fua fe- pelo amor, & bem querer que
gunda mulher à Infanta Dona tinhão a elRey , a Cidade de
Sancha. Por morte della dizem Bargança que pofuião, elRey
que fe encorporou na Coroa: lhes gratificaua a oferta com
mas entendo que eta Infanta a a Villa de São Julião, & Igreja
deixoa de efmola ao mofteiro de de São Mamede; & fazifio cor
São Saluador de Catro, de que rente o não hauer noticia de
falamos no capitulo Paflado, & que Bargança fe chamafe. al
gum
.. .. ElRey Dom Dinis. ; : *
110
gum hora Bemquerenga, & de chama elRey Dom Sancho no.
não auer em todo aquelle de foral:Populatoribus de ciuitate Zra
ftricto lugar, ou herdade dete antie. , ; ; ;;
nome. Nefta efcritura que foi ' …Andou Bargança naCóroa do
feita a quatro do mez de Mayo, Reyno atè o tempo delRey Dom
do anno mil cento & oitenta & Fernando, que deu eta Villa a
fete,confirma entre outros, Petrus Ioão Afonfo Pimentel em dote.
Fermandi, qui tenet terram. Pedro. com Dona Ioahna Tellcs füa cu
Fernandes, que era filho do pri nhada,irmãa batarda da Rainha
meiro ſenhor della Fernáo Men Dona Lianor, & comendadeira
des,& tinha então a terra de Bar que tinha fido do Conuento de
gança, naõ como fenhor, fenaõ Santos da Ordem de Santiago.
como gouernador. -
Paffado o ditoPimentel a Castel»
Moanno que digo de mil cen la, fe deu Bargança a Dom Fer
nando, filho batardo do infante
to & oitenta & fête entrou Bar
gança na Coroa do Reyno por Dom Ioão, & neto delRey Dom
virtude daquela troca, ou doa Pedro, cafado com DonaLianor
gāо 蠶 della fizerāo a elRey D5 Coutinha, filha de Vafco Fernãº
Sancho o Abbade, & Religiofos desCoutinho,tenhor do couto de
de São Saluador de Catro, & Leomil.Succedeolhenofenhorio
por auer fido a vltima fènhora de Bargança feu filho D. Duarte,
fecular a Infanta D.Sächa, toma rem morrëdo ſem ſucceſſores, ,
rião occafiaõ o Conde DõPedro, o Infante Dô Pedro Regedor do ' '
&oliuro antigo para dizer,4 por Reyno na infancia delRey Dom
eta Infátaviera àCoroa do Rey Afonfo o Quinto, a deu com ti
no aquella terra, o 4 deue enten tulo de Ducado a feu irmão ofe- -

derfe, q fora ella occafiaó de Bar nhor Dom Afonfö Cöde de Bar
gança fetirar da linha de feus fe cellos, & por fuccefaõ continua
nhores, & podervir à Coroa, co da permaneceo cabeça de Duca
moveio no proprio anno, Sc no do atè que elRey Döloáo:o1V.
:mez logo feguinte de [unho,tati nofío fenhor Oitago Duque de
to que elRey Dom Sancho ficou Bargança foi retituido à Coroa
fenhor de Bargança, lhe deu no -de Èortugal no primeiro de De
uo foral, que atè então fegouer zembro de milfcifcentos & qua
auf.-naua pelo foral que FernãoMeH ಸ್ಟ್ - ºf ºx
:" des lhe tinha dado,que hetambé º , o Ito propufemos para aueri
euidente confirmação de não ter guarque forafempre ႏိုင္ဆိုႏိုင္တို႔ႏိုင္တို
a Coroa do Reyno fenhorio: arè -donofo Reynoa terra de Bargã
então daquella Cidade, á afilhe ça, de 4eraſenhor Fertião Men
. .. .. "
-- - -
- - - - - т 2. des
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
5 :Cap. I
des que deu foraes a Langroiua, Coroa em tempoantiguo.Diogo - - - - - -

&a Nomão, o qual confirmou de Colmenares nahifthria de Se-ş',,,


elRey Dom Dinis no anno pre - $. como natural daquella ?: *
-

fente. Mas porque em ambasa rouincia efpecificou bem a de- : 13.


quelas efcrituras fe faz menção ſtincaö della, 8 de Caſtella. A 5.3.
Сар. 22.
da Eftremadura, dizendo(e na de -Eftremadura de Portugal he a § 12.
- -

Nomão, que reynaua elRey Dó principal comarca deite Reyno, ¿ ±


Afonfo por aquele tempo em oje a limitão com as bocas do $1“
Leão, & em toda a Etremadu Tejo, & Mondego de Lisboa a
ra, & na de Langroiua, que eftá Coimbra:mas eſtédiafe á comar
eſte Caſtello ſituadona Eſtrema ca de Egueira, por aquella faxa
dura, he necefario acclarar que de terra junto"ao mar, atè vifi
comarcas [añas da Eftremadura, nhar com a da Feira, vifinha ao
affi em Portugal, como em Car Douro,de donde recebia o nome
ftella, & Leão. . . - de, Extrema Zorj, ou Eftremadu
E quanto à diriuação do no ra; & cometa ampliaçaó vemos
me, não ha duuida que felhe deu deſtribuidos osliuros das comar
por auifinharem as terras deftas cas da Torre do Tombo. "
Comarcas com as ribeiras do rio 2. "Em nenhuma detas Prouin
Douro,& por efa razão lhe cha cias eftà Longroiua fituada, &
mão, º Extrema Zori, aísi como contudo pela vifinhança do Dou
tambem elRey D. Afonfoo Ma ro,
Sandoual
- . i drat. fol.
diz que ficaua na Etremadu
247. gnoterceiro dônome entre os de ra, que he dizer, na terra cujo
t
}
Leão, quando pouoou as terras eſtremo, 8 limitehea corrente
de entré Douró, & Minho-cha- ' do rio Douro, o que fe pode di
mou áquella Comarca, Extrema zer de qualquer das villas, & lu
Jatinj, pór fedemarcar coa cor 'gares fifuados nas ribeiras defte
rentedaquellerio. . . . . - rio, defdefeu nafcimento atè on
A Etremadura de Leão prin de defagoa no Occeano. Nefta
cipia nos contornos de Salaman- ' confideraçaó dife o nofo Rey
canas terras junto ao Douro, & Dom Afonfo Henriques, fendo
vem cingindo Portugal por riba ainda Infante,confirmando os fo
'de Coa, Beira;& Alentejo atèa raes de Saõ.João da Pefqueira,
baixo de Badajoz, & confins de Penella, Paredes, Linhares, &
Andalufia.A Eftremadura de Ca "Anciaés, dados por feu bifano
ftella temporcabeça a cidade de elRey Dom Fernando o Magno,
Segouia,& he diftinéta comarca, 器 ete Rey,&feu filho D.Afon
&ferihorio, como fe ve nostitu :fo g Sexto áuódo mefmo Infante,
los, &ditados dos Reysdaquella tínhão gouernado com jutiça.&
* verdade,
lº. dos · ElRey Dom Diniğ 11
# … verdade, & a amarão em todos, D. Domingos Annes fardo eleia
r - - amº -


"º & a mefma vontade tiueraõ de to atè então no Biſpado de Eug=
3. ampliar as Eftremaduras, & po ra, affinajà confirmado naquella
º uoalas com bons foros: Et Extre Igreja.
maturas amplificare,6 cum bomoforoft
ducialiterpopulare.Todas eftasvillas CAPIT. xxxxvii,
º
eftão fora das Comarcas,que em
Eſpanha chamaõEſtremaduras: Das mortes dos Reys Dom
mas naquele tempo tudo o que
os Reys de Leão vinhaõ ganhan Pedro pay da Rainha Sã
do aos Mouros do rio Douro pa tá Ifāče/, Fe/jppe de Frán
ra eta parte do Sul, chamarão,
A.:tremadura. fa,Carlos de Sicilia,é
No proprio tempo da confir do Papa Martinho
maçaõ do foral de Nomão con Quarto, -

tinuou elRey Dom Dinis avifita


da Comarca da Beira por Tran ####> Efte tempo que elRey
cofo, Pinhel, Goarda, Couilhãa, &#D.Dinis ံိန် 3. 避 118;
零{会 S$
& Catelbranco, atê que em vin #boa,teue nouas da mor
te & noue de Dezembro o acha º te do grande Rey Dom
-

mos chegado jà a Lisboa. Nefte Pedro feu fogro, com que à Cor
dia deu foral a Villa de Rey, & te toda ficou muitrifte, pela def.
confirmão nelle osficos homés confolaçaõ que vião na Rainha
ue fefeguem. . Santa Ifabel, que jutamente fen
º O Infante D.Afonfo,que tinha tia a perda de tal pay. Naceo el
o gouerno da cidade da Goarda, Rey Dom Pedro, ao que parece,
Dom Martim Gil. " para competidor de Reynos, &
- Dom Martim Annes Tio, fenhorios, & eom animo igual,&
i Dom Mem Rodrigues.º fuperior às grandes difficuldades
- Dom Ioåo Rodrigues. com que fecóferaão, defendem,
Dom Pedre Annes Portel. . . -
& conquifláo. Foi o primeiró fi
- D. Fernaõ Peres de Barbofa." lho 蠶 laimeteue dá
Lourenço Soares de Valada Rainha Dona Violante fuá mui.
- - -- - -
res. . her legitima. & por eta caua
. . . .”.

· Lourčço EfcolaPorteiro mór. teue competencias na fucceffaõ


- . Duraõ Martins, que tinha as com o Infante Dom Afonfo filho
vezes de Mordomo mór, ". da primeira mulher D. Leonor,
Os Prelados erão ainda os mef. de que elRey Dólaimefoidiuor.
mos, & sòmente o Chãçarel mòr ciado. Ainda quando menos 4
~!
T3
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
guinhoad o o Infante Dó Pedr9, tos & feffenta & dous.Fruto deíte
adjudico Principa
fê lhe uo do de cafaméto foi a Rainha Santa Ifa
Catalunha, & Condado de Bar bel, que no anno mil duzentos &
celona, ficando o Reyno de Ara oitenta & dous veio para Portu
gaõ ao Infante Dom Afonfö:mas gal, & neffe mefmo anno entrou
čomo fua fortuna o chamaua a feu payelRey Dö Pedro na poffe
maioretado, no me{mo tempo do Reyno de Sicila, pela expultaõ
entrou na fucceffaõ do que ao ir q os Sicilianos então fizeraõ dos
mão pertencia, & na pretençaõ Francees, & del Rey Carlos. O
de outro maior Reyno,qualhe o Papa Martinho Quarto apertou
de Sicilia:foi ifto no anno mil du tambem a elRey Dom Pedro cõ
zêtos&feffenta, no qual faleceo excomunhoës, a que defiftíffe da
o Infante DõAfonfo, etando cõ emprefa, porem ele fundado em
tratado feu cafamento com Do fuajuítiça,&appellando das cen
naCõtança filha primogenita de furas continuou, & fegurou a pot
Dom GaftaöBifconde deBearne, fe de Sicilia.ElRey de França que
no qual tempo fè cöcertou o ca fauorecia a caufa delRey Carlos
famento do Infante Dom Pedro feu tio,vendo expoftoo Reyno de
com D. Cőftança, filha de Man Aragão a quem o inuadiffe, &
fredo pretenor,&intitulado Rey julgado elRey Dom Pedro por
de Sicilia, por vía da quallhe en inuator dos bens da Igreja, a per
frou a pretençaõ deita Coroa, á da do Reyno de Aragaõ, aceitou
gloriolamente alcançou defpois a conquiſta delle no anno mi du
de Rey,afsi como pela morte do zentos & oitenta & finco para o
irmão ficou indubitauel herdeiro dar a Carlos feu filho fegundo.
do Reyno de Aragaõ. . . . . Entrou pelo Condado de Rofe
. O cafamento delRey Dõ Pe lhen em Catalunha com hüpo
dro com a Rainha Dona Cötan derofiííiino exercito, a que fe op
ga foi contrariado do Papa Vr poz elRey Dom pedro com feu
bano Quarto, que preuia, & re cofumado valor; mas não pude
ceaua hum tal competidor ao rafazer boa defenfa, fenão fora
Reyno de Sicilia, de que eftaua patrocinado de S. Narcifo Mar
de pole elRey Carlos combene tirnoſo Portugues,patra6 da Ci
placito da SèApoftolica,que pre dade de Girona,à qual o exercito
tendia a nomeaçaõ do me{mo Frances tinha cercada. Sahio da
Reyno, como inuetidura da Igre fepultura defte Santo infinitar cá
ja.Contudo o caíamento fe efei tidade demofcas peçonhentas,as
tuou,& celebrou em Mompeller <juaes picando os Francefes osa
a dous de Agoito de mil duzen Petauão de maneira, que dizem
**
-

che
-

... ... ElReyDom Dini... . . . . ' iii-


-- - -

:iniaß. chegaräo aquarentamil osmor tadosannaes,& aßiandão efcritáš


469, tos. Por etere{peito leuantarão nos de Aragão graueméte, & em
o cerco, & feretiraráõ a França, varios autores, Italianos, Francé.
deixando a elRey DomPedro fe. fes,& Hepanhoes. Bate etano
guro no Reyno de Aragão, & no ticia da caufa de fua morte,& do
de Sicilia,que então gouernaua o tempo della, de que aPortugal.
Infante Dom Iaime feu filho fe coube tápta parte de (entimeñto
gundo.E parece myterio,que hú pela caufa jà dita.Eu o tenho grã
Reyno do qual tomou pófe no de de que fios faltem notícias da
anno em 蠶 mandou a Portugal quelle tempo com -que exornar
para Rainha húa filha Santa, lho éfta hiftoria, pois hecerto que na
ajudafe à conferuar no maior a occafiaöprefènte auia elRéy Dó
perto hum Santo Portugues tão Dinis,& a Rainha Santa Ifabel de
famofo como São Narcifo. . . . mandar Embaixadores com os
Não logrou o triumfo defta pefames da morte delRey Dom
vitoria o grande Rey Dó Pedro Pedro ſeu pay,& fogro a Rainha
muitos dias, por que, fendolhe Dona Conftança viuua; a , elRey
reſtituida Girona com a retirada Dom Afonfo, que fuccedeo por
do exercito Frances a doze de morte do payeñ Aragão, & foi
Outubro, o affalteou huma peri o terceiro dete nome, a Dom
gofa enfermidade, de que veio a Iaime Rey que jà era de Sicilia
inorrer com todas as demoftra feu irmão, & aos outros filhos do
;oés de catholico, & obediente Rey defunto, irmãos da nofa
lho da Igreja a dez (outros di Rainha Santa Ifabel,& cunhados
zem)onze deNouembro em Vil delRey Dom Dinis;& a Dom Iai
la franca de Panades lugar de Ca me Rey de Malhorca, irmão do
talunha entre Barcelonă, & Tar defunto, & tio da Rainha Santa
ragona, prouincia 4elle eſtimou Ifabel, & de nenhuma detas Em.
fèñìpre, por lhe fer primeiro ad baixadas ha memoria, aſsiem
judicada;repartindóle os eftados noffashiftorias, como nos archi
entre elle, & ſeu irmão o Infante uosdo Reyno. : :) .. :
Dom Afonfo. Quarenta & feis . Não deixou a morte delRey
annos de idade tinha elRey Dom D.Pedro alegres afeus cópetido
?edro, que foraõ os mefmos que res, antes da parte delles ouue os
teue dereynado elRey Dom Di me{mos motiuos de triteza. No
nis feu genro. Efcolheo fepultura -principio defte anno faleceraCar
no Moteiro de Santas Cruzes da Jos Rey de Sicilia, o qual depo
nofa Ordem. As obras heróicas jando daquelle Reyno, & outros
dete grande Rey merecem dila: iſenhorios a Māfredo pay de Do

டட்டிங்க்
" ‫مه‬

Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.


na Cötança,veio afer depojado tera ſerie de ſeus Principes parti
por elRey Dom Pedro (eu genro. cular lembrança nefta efcritura,
È aindaga competencia ſobre Si pois defcendem do me{mo tron
cilia occafionou a inuafaó que elco que os Reys Portuguefes. Dõ
Rey Felippe de França fobrinho Afonfo de Cartagena Bifpo de
de Carlos fez em Aragão para Burgos no compêdio que fez dos
occupar aquelle Reyno, Deos o Reys de Hepanha, foi tambem
leuou para fidas feridasque rece nomeando os Reys Franceſespe
beo nd vltimo recontro que teue la liança de parentefce, & boa
com elRey Dom Pedro,indo da correfpondencia, que as cafàs de
retirada de Girona no mes de Hepanha tiuerão em têros anti
Outubro, deixando gloriofo a el os, & modernos. Eremimbe due Cép, 8ji
Rey Dom Pedro, que ainda fº domus gloriofc Hifpaniæ, & Francie,
breuiueo atè o mezfeguinte. Affi fanguinis coniunëìiomem, ar£tamque,@-
acabaraõ dous Reys tão glorio ftrifumconfidentiam,tam antiqüit,quá
fos, irmão hum, & outro, filhos modernis temporibus habuerunt. Con
de São Luis, que he a maior feli fiderado o parenteíco do Conde
cidade que podia ter. Teue Fe Dom Henrique com os Reys de
lippe qualidades que merecião a França em tempos antigos, & no
fuccefaõ de tal Rey,& em tal Co pretente aliança, & boa amifa
roa, & Carlos para fere{colhido de dos Chriftianifsimos ReysLuís
a entrar em tão grandes Reynos, decimo tercio, & Luis decimo
& fenhorios como faõ os de Na quarto cò elRey D.Ioao Quarto
poles, & Sicilia. Da fucceffaõ de rioffo fenhor affentada fobre ou
Carlos no Reyno de Napoles ain tro nouo parenteco,que ha entre
da tratarei alguma coufa adiante. eſtes Principes, nos obriga5ate
Felippe que 器 o 44. em ordem cer com os nofos a lifta tambem
de aquella Coroa,deixou por fuc dos Monarchas Francefes. Ehe
cefor a Felippe o fermofo, á por em nos a razão mais forçofa,quã
fua mulhervnio o Reyno de Na to os motiuos da paz, & amifåde
uarra àquella chriſtianiſsima Mo tem mais firmes fundamentos do
narchia. . . . . q ouue, ou pode auer entre Fran
Com igual fèntimêto ao com ça, & os Reys de Caſtella, aonde
赏 pay da Rainha Santa, & aasexperiencia tem motrado, que
que relateia morte delRey Dom
ruins correfpondencias da na
fogro delRey Dom Dinis,deira çaõ Caſtelhana gerou nos ani
zão das mortes delRey Felippe mos dos Francefes húa quafina
de França,& defeuirmão Carlos, tural auerfaö, & antipatia a Ca
merecendonos a naçaõ Francefa tella. Etanto que fe admirou o
r
-- - - - grande
ੋ ElRey Dom Dinis. A -、。:て i i ; **
- -
ſy",
-
* *
- - - -
*
- -

grande juizo do nofo Portugues me de Honorio Quarto, & perfes


Úleatró, de que nem a profifaõ uerou na Cadeira de São Pedro
"""?
Ιμίαντή,
da me{ma fè, & religião, nem os atè Abril demil duzentos & no
2}. mutuos cafamentos entre etas uenta&dons, em que rendeo a
duas Coroas nunca puderaõ vnir tiàra, & Pontificado à morte. A
os animos em boa amizade: Cal .. . . . . . . . . . . . .” 3
lum, @r Hifpanum neque fides, meque vii. CAP. XXXXVIII. ... *
religio, non commubia, aut quoduis aliud *、** 2of ・ ? ** 「“; rrt ? ºf, -

ad bonam amicitiam núquamperduxe ‫سایمی‬ ‫خانه‬


runt. Ito dizia Oleatro antes que Vifita elRey Alentijo, &
fuccedeemas cauas áCatella da volta a Lisboa;ê> a In
deu à Coroa de França em tem fanta Doma Branca toma
pos do grande Henrique, & ſeu
filho Luís Decimo tercio,á obri po/2 da Abbadia das Huel.
garaõ a efte Monarca a abraçar ... gas de Burgos, ,
hum rompimento de guerra ma . . . *. - * . . . .. s *.
R

nifeto contra Catella para egu Qm pouca detenga á 1286.


rar fua pefoa,& Reyno da fimus elRey fez em Lisboa
lada, & nociua paz com que o § ĝ, partio para Alêtejo vi
perturbaua. Entre Portugal, & “**** fitandöo Crato,TEuo.
França naõ ha, nem pode auer fa, Beja, & mais lugares, receofo
motiuos que impidão o ferigual pode fer do que feu irmão traça
friente feſtejadas as melhoras de ua; &pos em efeito com tanta
ambas etas Coroas, & asie có refolução, que foi neceffario paf
feruará entre ellas humalianga farelRey outra vez o anno feguin
-

firme. :- ---- ; : ... . . . . .


- . . te âquella Comarca, & cercalo
Maspara que concluamos e na villa de Aronches. Gaftourel
fie capitulo,&os fucceţios dete Rey na jornada ate o principio ii.;.
anno, farei mençaõ tambem da de Março. A | finco de(teniez o
morte do Papa Martinho Quar achamos de affento já em Lif
to Frances de nação, & grande boa; & porque não fejanunca sé
fazer merces, & conceder priui
legios,no dia apontado concedeo
igual grad3ppoíto aelRey Dgm aö Meſtre de Santiago Dom Pe
Pedro de Aragão. Morreo o dito dro Gonçalues Mata, quitosyaf
- Papa nacidade de Perafio a dous falos de fuas terras nas caufasto
cantes à Ordē, pudellem aggra
iftorio fefe eleiçaõ do Cardeal
**
Iacobo Sabello, jaceitquo no confideraçąõ, a reſpeitỏdosuaimes
-
gra
--
-
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
- . ‫"ةم‬ * ,

names que fôfrião leuados a ou Dinis, & o Infante Dom Afonfo,


tro juizo, & tambem porque alsi delejou de recolherfe cometafi
ficauão mais fubordinados aos lha para aliuio de fúa viuues, pa
miniftros da Ordé. A onze tam recendolhe com razão que ten
bem do me{mo deu foral com a doa por companheira, tinha fi
Rainha Santa Ifabel ao lugar de lha, & ſolicitadora de ſeu deſcan
Valbom, em que confirmão alé ço. O amor, & obediencia que a
dos mais que vão nos foraes paí Infanta manifeftaua prometião
fados,Dom Martim Gil com titu tudo, & bem fevio, pois de Ca
lo de Alferes mòr,& he a vez pri tella, tomada pote da Abbadia
meira que afiio vemosintitulado das Huelgas,veio por vezes a Por
zº. 2aartinus Egidij Signifer. Eſte tugal viuerem companhia de fua
fuccedeo no cargo ao Conde D. máy, como diremos quãoo o pe
Gonçalo Telles. Entra mais com dir o tempo. Quanto mais amor
os Ricos homens, & oficiaes da a Infanta motraua á máy, tanto
cafa, Pero Martins de Romeira, mais elRey (e lhe afeiçoaua, que
de que não vi firma ategora fe igualmente grangeaua o goto,&
naõefta. confolação da Rainha. E paraq
. Tinha elRey grande amor à naóimaginae que por feterpar
Infanta Dona Branca fua irmãa,a tido paraCatella tomar pode de
huma Abbadia taõ rendofa lhe
觀uem todo o Reyno, & ainda o
Catella veneraua,por concor. eſquecia a elle aquella irmãa, ou
rerem nella todas as partes que pretendia deminuirlhe o de que
podem fazer etimada húa Prin em ete Reyno era lenhora, lhe
ceſa. Reſplandecia nella brandu acrecentóü de nouo mercescom
ra, deſcriçaõ, & modeſtia com 4 que afegurou da confiança que
attrahia as vontades, & a fazião podia ter em fua vontade. Era a
religioſamente mageſtoſa,aindagi Infanta fenhora da villa de Mon
em Portugal tinha rendas batan te môr o velho, que jà tinha fido
tes parafüftentarfe,elRey D.San patrimonio das Iñfañtas D.Tere
chofeu tio lhe deu em Catella a ià, & D.Sancha, & defpois veio
-Abbadia das Huelgas de Burgos afer do Infante Dom Pedro com
da nofa Ordem de Cifter, & ali outras que lhe andaõ annexas; &
viueo a Infanta muitos tempos, por e confignaremaos Infantes,
& por fim morreo com exemplos fe chamaõ as terras do Infantá
de grande piedade, & religião. do,aísicomo em Leão,& Catel
A Rainha Dona Brites viuua, & :la ha outras que tem o mefiño ri
idefconfolada defpois que vio aos í tulo por razãőfemelhante. Naö
dous filhos cafados, elRey Dom lhe foraõ concedidos os padrea
- dos
sº . . . E/ReyDom Dinis, { 玄 º ...Y 1 14

dos das Igrejas daquella Villa, cõ Brites a acompanhafe,pelo inte


que etaua defraudado o fenhorio reffe de vifitar, a Imagem 'mila*
..... della. ElRey para enteirar tudo, grofa do Santo Crucifixo, que no
"lhe concedeo de nouo os padroa- conuento dos Religiofos de San
dos a vinte & noue de Iunho de to Agotinho daquella Cidade os
fie anno, viuendo ellajã na cida- bra fantas marauihas. E não he
de de Burgos, & naõ tendo em criuel que a deuação da Rainha
Portugal outro procurador, fe- faltafe, tendo tão boa comodi:
naõ a lembrança delRey feu ir- dade, em vifitar hum Santuariq
maõ, que defejana acrecétala em tão notauel, maiormente etando
tudo. . . . , , por aálles tempos nosReynos de
, Agradeceo, & etimou a In- Catella. Detiueraóe etas Prin:
fanta com todo eftremo o lanço 'cefas em Burgos, ao qué parece;
delRey, quando lhe chegaraõ a atè o fiindo anno feguinte, pörá
Burgos asprouifoês dos padroa- a dezafeis de Nguêbro achainos
dos, & não e teue por defnatura- a Infanta na cidade de Badajoz
lizada naquella terra com 2 con- paflando noua carta de doação
fideração do quanto era lembra- daquinta ao mefmo Capellaò.Pe
da na de feu nafcimento. Seruiaõ roVicente. Sem duuida que viº
a eta Princefa os acrecentamen nha devolta a nofa lnfanta com
tos da fazenda mais para a inci- fua mãy para Portugal, que por
tara defpêder com lárguefa, que certo temos viuer nefte TReytio
para lhe fazer entefourar o (obra- depois de ter a Abbadia das …"
do Trazia a Infanta configo hú Huelgas em companhia da Rai-", º º

Capellaô chamado Pero Vicen- nha Dopa Brites.ëomo efta Prin -- *

te, que o tinha fido tambem da cefa tinha em Portugal fenhorio


Rainha Dona Brites fua mãy: a de terras, & o fenhorio da Abba
ete Capellaõ fez a Infanta Dona dia de Loruão, refidia parte do
Branca doaçaõ pelos feruiços que tempo em Catella, & parte em
a ambas tinha feito, da quinta de Portugal, alem de que as mudan
Manja paõ a doze de Mayo na gasque por aquelles temposouu?
cidade de Burgos,como jà vimos no Reyno deCatella,&jornadas
; :'s,
em outro lugar.…..::: … ", que elRey Dom Dinisfez á ella,
¿ Por eftaefcritura, teñnos cer- & outras:reuoltas do Infante D5
teza do anno em que anoíla In- Afonfofeu irmão, & dos Infantes
fantapafiou a Cafella,"& entrou de Caftella com outros fenhores
na cidade de Burgos atomar pof daquelle Reyno, deraõ occafiaó
fe da Abbadia das Huelgas. Po- a eta Infanta, & à Rainha fua
de mui bem ter que a Rainha D. māy, & ainda á Rainha di.giff;
.. . … 2 CIIa,
3 1 Liuro XV1. Da MoñarihičLuftana:
fella Dona Maria para feverem Afonfo;&aque acudio deCifiel.
por varias vezes, & erem media la tambem elRey Dom Sancho;
ñeiras neftas materias. Poremhum dos motiuosກວ່າ ex
-
-

O vir a Rainha Dona Brites clue o outro. O certo he que eા


com a Infanta Dona Branca de Rey D. Saacho fez grandes fran
Burgos em dereitura a Badajoz, 體 a ambas etas Princeas,&
& fazerem ali detéça para fe paí. lhe cóleruou o direito que tinhão
farem cartas, & doagoés, me con a muitas heranças em Gaftella;
firma a prefunção de que lhe cõ & bate por agora fäberß á rete
cedeo el Rey Dom Sancho a ella a Rainha Dona Brites por renun
as rendas defta Cidade, como íeu ciação de fua mãy Dona Maiór
pay ordenou no teftamento, & á Guilhem de Guſmão-ofenhorio
a efte fim viria ella agora fazer das terras do Infantado, que fáõ
cobranças, & ordenar o tocante as quatro Villas de Alcocer, Sal
a eftas coufas. Encaminhafe efte
meron, Waldoliuas, & San Pedro
pentamento,cõver antes do tem de Palmiches com fuas Aldeas fi
Po deftes bandos cá em Portugal tuadas na Bifpado de Coenca, no
pefoas daquela Cidade, como fim da Prouincia de Alcarria do
, foi João Miguel Conego della, o Reyno de Toledo. Etas Villas
! confirma huma doação,que largou a Rainha à Infanta Dona
na villa de Santarem fez D.Mari Branca, que tambem as pofuio,
nha Afonfo, viuua de Dom Ioão atè que dellas fez doaçaö a ſeu
Aliciapa de Auoim ao noffo Abbade de primo o Infante DõPedro, filho
lib, 5. dos
dourados Alcobaça no anno de mil duzen do mefmo Rey D.Sancho Brauo.
‫ی‬8• tos & oitenta & oito, aonde fir Em companhia da Rainha D.
mão as pefoas feguintes: Prºfen Brites foi a Seuilha outra filha"
tibus Ioamne atartin.7roladare, Ioan füa;que morreo lá nos Reynos de
. 26 ‫م‬enm1‫ و‬JAluafflibus,Ioanne
‫م‬4 Ø{ichae! Catella, Rui de Pina lhe chama
Canonico Pacemú.Poderá fer que eſte Dona Contança; porem, como
Gonego Ioão Miguel fofeo fu fe aduirtio na terceira parte, em
perintendente das rendas da Rai nenhuma ecritura ha memoria
nha,& que a efte fimyieffe aPor de tal Infanta, filha delRey Dom
tugal dar razão de faos corref Alfonfo Terceiro. Da Infanta D.
pondentes della. Contudo o mo Sancha ha muitas memorias, &
tino precio á ella, & a Infanta ti deta Infanta não falou Rui de
amerão para vir a Badajoz,&aPor Pina,final de que fe equiuocou, &
tugal naõccafião de que falamos, trocou os nomes. E?oi affi fem
foi o cerco de Aronches, que el duuida,porque defta Dona Con
-Rey
‫ ذة‬، ‫أي‬
D ö Dinispos ao Infanie Dö flança diz ele que morrera em
Seuilha,
x-- BlFey Dom Dinki & s&T 111
Seuilha, & viera a fer enterrada, ; :; ;
- ·· · ·· · · -, z. . . . . .
* * * i- i 3 — D L. 4 … . :; *
-
** 。

no nofo Moteiro de Alcobaça.


De certo là em Seuilha morreo, cAp. xxxxix. , …; -

.. .. . . .. ;
huma filha à Rainha Dona Bri
tes, & etá fepultada em Alco Le como a Infanta Donº
baça; porem eta foi a Infanta Branta ácrecentou o Сои
Dona Sancha. Affi o deixou efè.
bento'de Santo Agoffinho.
crito o Chronita Fernão Lopes
em hum fummario que fez dos em que está o Santo Cruci
Reys de Portugal,& etá na Tor fixo de Burgos: com algâäš
re do Tombo; nomeando os fi* particularidades desfa .
lhos delRey Dom Afonfo Ter Santa Imagem, … ;- ºr
ceiro diz, que teue alem dos dous ºr

filhos Dom Dinis, & Dom Afon ####@ Orque não pareçabre
fo, as Infantas Dona Branca, & #2# ue a relaçãõ da poffè 1786,
Dona Sancha, que morreo em { # que anoffa Infanta tc
Seuilha, & jáz em Alcobaça, Soº * ñou do Mofteiro das
bre o defgoito da morte delRey gàs fêm outras circunftan
Dom Afonſo ſeu pay, teue a Rai cias do tempo que alieteue, pois
nha Doha Brites efte da morte juntamente com a entrada con
da filha, que aliuiou com a com tamos logo a volta que deua Por
panhia da Infanta Dona Branca. tugal,6 a Badajoz relatarei ago
td. Afin A Infanta Dona Sancha crioufua rao que fe pode defcubrir eóiñ
"3.96 tia Dona Contança Sanches, fi certeza, & ferá eta huma acçaõ,
1ha delRey Dom Sancho o Pri que quándo faltaraõ outras de
rmeiro,& deulhe ametade deVil= fiapiedade, bataua para abona
1a de Cohde, Auelaneda, Poufa gač deſeu zelo, & religiač. Ches
...della, Parada,& Maçáas. Foiifto gouefta Princefāa Burgoséom #
no anno mil duzentos & oitenta Kainha Dona Brites mẫy, & cỡ
&feis, & na e(critura lhe chama panheira fila no melmo exem- . . .
ſobrinha, & criada fua: Ntpti, plo, & chrittandade; às Religio
, - . ... .
;头 ,、﹑
gºchentula mea.
2 Y. T. . . . ."
las do Conuento, que empreas - .
*** - : , , : , - ' 'T. i : , … (y! « J ; ; ; ; ; ; , , ,
* . . . . - - - - -
, sº..» fenhoras principaes, fabendo da
. .ー・・・・ : : : "pー・ vinda da Abbadefa, & da com
- panhia que leuaua, folicitas ña
-
, , , , : ' ')
demetração de feu recebimen

* * • *

i
{ ಣ್ಣೆ a nobreza da Ci

!. . f º ;f ੋ ಚತ!the
- --- -- \. - Af

--
: Liuro X VI. Da MonarchiaLuftann. ."

AsPrincefas o aceitarão mais por ter acabeça inclinada para apar


fatisfazer o bom anim9 daquel te direita,a voltão para qualquer
les caualeiros,que por defejo que parte com a mefma facilidade á.
tiueffem de öftefitagoés feme a de outro qualquer corpo de
lhantes. A Infanta como fuper funto: a materia della nad he ſo
intendente das Religiofas, aco lida,&impenetrauel como a ma
modaua o animo ás limitaçoês deira de que os mais (e fabricáo,
de religião, & a Rainha como antes tão parecida cõ a dos cor
viuua tinhajäefquecidasas gran pos humanos,que carregandolhe.
dezas de feu etado. Para que, com o dedofe abate, & faz con
todos conheceem que o inten cauidade como fe fora de carne,
to que leuauão era mais de buf & leuantado o dedo, torna ou
car o enferramento da claufura, tra vez a eleuarfe aquelle vão,
ue as demo[traçočs obfèquiofas que ficou abatido com fua força:
a Cidade, a qual como a Prin as vnhas, & cabelos lhe não cre
cefas de Reyno etranho as e{pe cem,como anda vulgarmentein
raua com geralaluorogo, & co trodufido: tem menos hoje hum
mo irmãa,& ſobrinha de ſeu Rey dedo de hum pè, & hé tradi
tinha maior obrigação defe lhe ção,que dizendo Mifa hum Pre
render neſtes exteriores: man lado Frances,fefubio defpois del.
dou a Infanta Dona Branca que la ao altar, & com os dentes cor
guiafe o acompanhamento pa tou o dedo do Crucifixo, que le
ra o Moteiro de Religiofos de uou configo a Fråga,aondé tam
Santo Agotinho, que fica fora bem faz muitos :milagres. Cir
dos muros, no qual eftà depofi cunfancias outras muitas tema
tado aquellepreciofo theſouroda fagrada Imagem, que deixamos
Imagem de nofo Saluador Cru 'de relatar por breuidade. Parti
cificado. cular hiftoria anda,füa tiradados
… He celebrada não છેem нес originaes daquelle cartorio, 8
fºr, º panha, masem todo o mundoe 'imprefîâ nöañno milquinhentos
#ita
cifixo cap. Santa Imagem,‫י‬r--
-
porque
‫ כלב‬-alem
fincoenta & quatro a primeira
¿¿' de continuar'nella o mefmo Se-, vez, & nosa lemos daimpreffaô
nhor as marauilhas,&beneficios de mil fèifcentos& quatro, dedi
que obrou na Cruz para reme cada a Rainha Catholica Dona
dio nofo, tem particularidades Margarida, aonde fe acharâpor
que faõ de por Iyhum milagre extento o mais que deixo,& don
-čontinuo. Todos os membros do de outros autores recolherão o
corpo dete Crucifixo femeneão, que efcreueraó defta mefma
&
&
dobraõpelasjuntas,&afficom materia . Deuemos a ಓb
.. . 3.
…\,ElRey IDom Diniê Issu: Â 1,6
da Imagem fagrada ao Santo de Capitão Gonçalo Fernan
varaó Nicodemus, como fe tém, des de Cordoua. Poſtradasdian
por muiverifimel, & o reconhe-o te do Altar com os olhos cu::
cem por autor outras tambem? bertos de lagtimas eſtiuerãð 'eઃિ
igualmente marauilhófas, a fàber Paço baftante, edificando a to
o Santo Crucifixo, que fè vene-' dos a grande detiação, & fer
ra na Cidade de Luca em Italia, uor de epiritu que motrauão:
& outro Crucifixo, que temos; Não daua lugar o acompanha
em Portugal no lugar de Bouças, mento, nemăs. Religioſas, que
junto á Cidade döporto, & ToÉ Eſperauáo aluorogádás füá Áb
bre tudo aquelle maratiilliofo da badefa, a que fedilatafe mais
Cidade de Beritho', chamado; º oraçaõ; & afi fe partiraõ pa=
vulgarmente, Baruth, entre os ra o Moteiro faudofas mais da
confins de Tyro em Sydonin, as confolação, que a vita da Ima
marauilhas do qual relatadas no gem de feu Creador lhe caufã
'Concilio fegundo de Nicea por ra, que defejoas de todo o ini
Santo Athanafio Grego (quando Perio do mundo. Foraõ rece
não feja o grande Santo Atha bidas daquelas Religiofãs com
mafio de Alexandria) esforçou amor de verdadeiras fúbditas;
muito a Chriftandade em fauor & com aceos de generofa cor
do culto das Imagens contra a tefia fe depediraõ das pefoas
peruerfidade dos hereges, que Que atély as acompanharão: nel
"h 9,ad o reprouão, de que fe pode ver las, & no mais pouo da Cidade
m 787 ‫ سیٰح‬o que o Cardeal Cefar Baro Por onde paffarão ficou mui im
ſº Marty. nio deixou efcrito em fuas o Preíla a modeítia de ambas,may,
அ0 . br aS.
Pramb,
- -

& filha, & na obediencia, & fi


Porem continuando nofia hi lial fògeiçaó que a Infanta Dona
ftoria, a Infanta Abbadeffa, & Branca tinha à Rainha fua mãy,
a Rainha Dona Brites fe foraõ deu a primeira lição de Superio
apear à porta da Igreja do Mo ra a fuas fubditas. . . .
{teiro de Santo Andre, aonde Continuou á Infantá ó go
o Prior, & Religioſos as eſpe uerno da ſua Abbadia,amadage
rauão. Entrarão ellas com o teralmente de todas as Religio
mor, & reuerencia que coſtuma fas, & obedecida com repeito
caufar aquella Imagem, que pa dos vaffalos daquella cafè, &
rece tem por efeito particular mais minitros dependentes del
entimidar os grandescoraçoens, la. Não lhe diueria a occupação
& mageftades,como experimen do gouerno a deuação, & léñis
taraa os Catholicos, & o grans brãça do Santo Cruéifixo, áñtêsö
Vz vifitos
º -
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
wifitou defpois varias vezes.Quis mil & dezafete, à mais anteriori
o Senhor gratificarlhe o deuoto dade fenão pode defcubrir o prin
reconhecimento com lhe permit cipio, ainda que he coufa aueri
tir hüa mortal enfirmidade, naö guada vir de tempos mais anti
tanto para a moletar com a du 體 Atèete em que a nofa In
reza, & rigores della, quanto anta foi àquela cafa, era ela li
por fer occafiaó de poder vzar mitada em officinas, & a Igreja
com ela defua medicinal pieda pouco capaz para o concurto de
dade. E foi afii, que vendo aIn gente que acudia a bucar reme
fanta ferem de pouco efeito os dio em fuas nece{sidades. Eftaua
remedios corporaes, em que a perto do Moteiro hum campo
medicina tinha dado fim a feus batante para fe edificar mais
poderes, lembrada dos fauores amplo edificio, o qual tinha fido
que a Imagem fanta vfaua com delRey Dom Sancho, & de pre
outros em femelhantes apertos, ſente o poſſuia hum Dom Cle
entendeo que o chegar ao eſtre mente, a quem o dera o me{mo
moda vida em que fe via, era pa Rey, ainda que não contaua da
raque recorreffe com fè ao autor certeza deta doaçaõ: mandou a
蠶 Affi o fez, pedindo com Abbadefa Dona Branca que fe
intante afecto no interior do comprafe para edificar o Mo
coraçaõ remedio para aquela fteiro, & reparando os efcriuaês
infirmidade, & mandando dizer de Burgos na venda, por lhe não
Miſſas, & offerecer oblaçoës no contar do confentimento del
altar do Santo Crucifixo pelo Rey, não quizerão paffar as ef
me{mo intento. Não fe dilatou crituras ſem prouifåö particular.
o depacho, porque em breue fe Alcáçoua a nofla Infanta có bre
vio liure, & reſtituida à fäude uidade, & por er o texto princi
com repentina melhoria. Fete paldeíte ponto, a tresladarei, &
jaraõ as Religiofas, & pouo da he a ſeguinte. -

Cidade o fauor que a Infanta ti Zºom Sancho por la gracia de Zios


nhaalcanẹado,& ajudaraõ cõ fe Rey de Cadilla, de Toledo, de Leon, de
ftas publicas a agradecelo à Ima Galifa, de Jeuille,de Lordaua,de zur
gem do Santo Crucifixo. Viſi cia, de los Algarues.A les Alcaldes,y
touologo a Infanta dando as gra 3erinos de Zurgos/alud y gracia. Se
ças; & em manifetação de reco pades que la lnfanta ZDona 28lanca mi
nhecimento ordenou ampliar a fenhora hija dklæey de Portugal, me fº
fabrica daquelle Conuento. A criuto de como queria compraryn here
antiguidade delle ſe deriua com damiento en ſanusſra zala de Zur
noticia certa do anno do Senhor gºs de 2on (lemente, y de/us herderos,
*
* * * : -
- - que

‫صـــــــــــــــــــــلـــــــــــــــــــــــــ‬
- º ElRey Dom Dinis. A - 112
que es de los heredamientos realengos trezentos & finco, oito annos de
виеpaſſaron a les abadengos4
‫ولط‬wal2് idade sòmente, & ainda neftetE.
Pabraen el 2araylo tiene arrendado de po era Rey Dom Afonfo Sabio,
my:ypor sta razon фие по (eatreuen los & não Dom Sancho. Na era de
eſcriuanos de le fazer carta de vendi mil trezentos & vinte & finco,
da, ni de compra. 7 la Infanta Zona que he anno de Chrifto mil du
Zlanca mi (obrina me rogó, que yo lo zentos & oitenta & fete, foi con e
mandae, y que lo tuui/eporbien. Por cedido o priuilegio a tempo, que
que vos mando va eta mi carta, que como fe vê do que temos eféri- …..….
de heredamiento que ella quiere com to, tinha a Infanta tomado poffe ...",
prar, que es de lo quepaſo de realengoa no anno antecedente de mil du- ** ' "
lo abadengo, quefagades que los 露 zentos & citenta & feis, gouer- :
uanosfºgan carta de vendida, y de cº nando feu tio elRey Dorň San ~~~~},

pra, aficomo fues hata aqui aplaf cho. Com a licença delReyfe
miento de ambas las partes, pues Z)on efeituou a comprado campo, &
A/abraen me dexó quito de toda la de por ordem da Abbadefa Dona
manda que el auia contra ete hereda Branca fe fez o Moteiro em hõ
miento, por razon que fue realenge, y ra do Santo Crucifixo, & nellefe
fistoalo abadengo. 7 sfionodexedes de conferua a memoria deíte bene
fizer por ninguna manera, y/º lo an ficio danofía Infanta. Gouernou
nofiziſºdes, à vos, y a lo que vuitſedes ella aquella Abbadia coma vigi
me tornaria por ello. ZDada en Toro a lancia que merece hum conuen
quatorze dias de Agoſto. Era "demily totão principal, que no voto de
regenros éfinco años 7 o Pero Fernan todos he a cafa de Religiofas de
de luze eferiuirpor mandado del rey. maior mageftade que fim Hef.
3 Querú tresladou ete priuile panha,
da
& ainda pode ler que toº
Europa. * . . . i.i.º. tº
giödöorigihat, "& os mais auto
..: {} ン2 .5~~~ :) 2οίες ; : *
Fes que o leguirão, não aduirti : ‫له‬ : .CÁ
.TIP .! .I ii
raõ na Era, & auendo de dizer, --
> *- :

mil@r trezentos gointe φ/κο, ef tº tº it. . . .33, tºº, , , , ;


crederaó, mil e trezentosº/incº;Em que fe dº motitia do
lefaõ vinte afinos menos; tem
poem que alhfanta Dona Bran
AMoffairó das 鷺 r
---

ca háo podà fer Abbadelfà das º: Infanta D. B •. tº


Huelgas; por aiiernacido na era -:::::::::: 2.5 c.; . . . . . . . . ºn 1
de-mil duzentos & nöuenta &
fete, que heanno do Senhor mil pgºgor.fgr o Moííeiro das
düzentos & ſincoenta & nque, & 慈 Huelgas de Burgos raó
conforme alto tinha na era de ¿principal;&señárte!
E het V3 le
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: : : Liuro XVI, Da Monarthia Lufitama.
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le com ſuperintendencia a noſſa ção Real, & Ecclefiaítica. Tudo
* -
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-
:"
-
-
!"
º
Infanta Dona Branca largos an he fogeito à Abbadefa, & tudo
nos, me pareceo conueniente re prouè, alem das jurifdiçoês que
; :- * h
-
-

i
-

!.
...
- * fumir em breue o que té de ma tem em muitas Villas, & lugares:
.
... "
. ."
s' geftade parafe eftimar o acomo em forma que nenhã fenhor dos
-, *
.. -
*
: : damento que em Catella fe deu maiores deCatella tem mais nu
-- - • * --
..."

. ''..."
- ** - -
-
a eta Infanta. - -

mero de vaalos, que a Abbade


- - ** * * :*
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- " - -
- -
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- - -
Eftá efte conuento das Huel fa das Huelgas. He alem dito Su
- -- tº * .
- *
-: *- : ".
gas, cujainuocaçaõ he de Santa eriora de doze Moteiros delRe
- A. " * →
-

-
* * *
3. i-, * * , Maria a Real, fituado fora da ci ligofas, que lhe faõ fugeitos, aos
-
.
-
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. . .. º
sº ***2.dade de Burgos, cabeça de Ca quaes manda vifitar por feus Có
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*
** *
-- * *
--

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;::ſtella a velha em fitio aprafiuel, mifarios. Antes do Tridentino


*- - - - , ,
* : 。
: " ' " : y : • *
-

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junto do rio Arlanfa. He fabrica exercitaua com mais foberania
-

--
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grandiofa delRey Dom Afonfo outras íuperioridades por con


.- . .. * *

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öitauo de Caftella, que chamas cefaõ dos Abbades Gêraes de
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raõ o das Nauas. Alem da grann Ciſter. No anno mil & cento &
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· deza do edificio, que firuio defde oitenta & ſete, vendo o Rey fun
*
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* *: " - .
o principio de gafàlhado^de In dador a fabrica acabada,fez doa
. .
". . . ;
* * * *** * ,
. *. : *. *. *-
. . :.
+
jfÃಫಿ -principaes.de çaõ do Moteiro às Religiofas da
-"

- * ** . .
. . ..
* - - . --
Catella, & Leão, tem apartada nofia Ordem com contentimen
-
-

-
º, . *. . *. *;

. . .
humhofpital grandiofo edifica to de fuas filhas as Infantas Dona
nº- !- - - --

. ..
-
. .
- - - ". . .
* : .
-

- do pelo me{mo Rey para os Boi Berenguela,& Doha Vrraca Rais


-
*
. . . . .
" - .. .
-

-
- - - -

-
meiros de Sãriago em Particular; nha 4 veio a ferdePortugal,don
-* ~
º* no qual2f5f5Göuertos danofia de Parece que naõ tinha ainda a
*

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; : *: * * *
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1 " . -
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**

f
Ordem de Calatrauacão habita Dona Leonor mais moça Rainha
* ** : . . . . . .
'. della, 8c,por elles fe.adminifrraj d$ Afagaö,&qaea ÐonaBrapca
. . ;
*
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* 1: tº
.
- -
tem cadahum quafi quinhentos estaua ĉaſadajầem França, quß
-
--
-

*
-
-

-
- -

cruzados de porçaõ, & o Supe não he pequena proua, para cer


rior dellesdobrado, Separado ha tificat, ſèrella amais velha (an
hum recolhimento de mulheres
соуegºflictrum ngianumgogaris,
-
deuotaśquefertismtpa limP&za ర Vrു. "‫\ואה‬
‫לא‬ (QP : * ***ว
& hopital às 監 : Peu elRey D9m Afonſo aº
Iheres:peregrinas, afsi comöös Molteiro o nomɛidas#aķai,que
Cometadöres¡ö¤-Gueriⓛaºs no Caftelhano quer dizer, defen,
homens. Tem mais humburgo fado, pot@r. ஆiஒது
em que ha Parocho dos familia daquelle Reyglorio®, A nagob
.
res do Conhento; & tudo junhº fºkhoºoºks
reprefemta a grandeta de humà principios com à Infantą DeH3
boa poucaçañ
•. & \’
izºnta da jurídi:
‫ممت؟؟‬ ‫ایران‬
5ெஇடி Akkçಣ್ಣ
-->
feffa,
/

fefa, & Abbadefa que veio afer da qual faz ficceforaaffita D.


do mefmo Conuentõ. Deftinouo Bratica. Conforme aiſtofhe dà
ElRey Dã Afonfo para fepultura à prelafia do anno mil trezentos
tambem dos Reys daquella Co & dous adiante, pouco depois
roa, & logo quis a degraça que do qual confefa que morreo a
o etreafe com o corpo do Infan Dona Vrraca; & não pode con
te Dom Fernando feu filho,morº. formea iſtodilatarſe a Abbadia à
to nabatalha de Alarcos contra
nofia Infanta mais que atè o an
Mouros. ElRey fefepultou tam no de mil trezentos & finco, em
bem naquelle (eu Moteiro. . . que ella alcançou fertéça cotitra
… Por todo o difcurfo do tempo elRey Dom Fernando o Quarto,
-

continuou coin igual grandeza, que 醬 introduzirtë na


pôuoado da flor de todo o luftre. juriſdição do hoſpital das Hueſº
lib.
4. 4. 34. da nobreza de Epanha,& repei gas, a que fe oppoz a Infanta, 3e tº:...ii.5
rado tanto pela obferuancia, & confirmou porfèntença as Abba -S ºf *3.

religião,quanto pela grandeza, & deffas na füperintendência,&jua


fenhorio.No anno mil duzentes riídiçãó delle, :como éoaftido
& oitenta & douspriuou delle el original conſeruado no archius
Rey Dom Sancho à Infanta Do daquella Real caſa º ſe
na Berenguela, & por: effa caufa, "… Contudo a mim me parede;
teue lugar para proüer a nola In que a Infanta Dona Brahea, não
fanta B.Brancafúa fobrinha... , foi Abbadefa, nem profetou nas
… QMetre Dom Frei Angelo Huelgas,fenão que teue o fenho
Maöriquè Cathrèdatico de Pri rio daquelle Conuento na forma
mağaåWnitierfidadedeSalatman emique teue o de Lotuão, çomo
ca, morto o anno pafado na Gi vimos no Capitulo vinte & oito;
dáde de Badajoz, aonde éra Biê &affialiftå quefeinuföua Man
o, noterceiro tomo dosannaes rique,deuia equiuocar onome dè
de Gifter( que he huma das mais ſenhora das ಘಿಘೀ
វ្នំ Eccleſiaſti. deſiae Aindaque fora Abbadeſſa
casque temos vito) na lista que de Loruäo jüntamette; & das
recolheòdas Abbadefas do Mo» Huelgas, nem porifo naquela
{beiradas Huelgas, ide quei fala+ tempo lhe podia obtar a extra

anosyuomea a. ಧಿ uagante, Exàcralitis, promulgada
yöÂłecima Abbadeffa daqüella pelo Papa João Vigefimo fegu ----

႕ႏိုင္တို
: 醬 go, abñde prohibe-lograr dous
&íñá dé RieligigfäfendoiÁbba» beneficios eurados porque a glo
def(a DonaVrtàca Afonfo, què &..daquelle texto refolué, que afii
tilzifrariousnahaquellu bargo, còmò nelleyem priuilegiados es
.º.o.d42: - - - V4 filhos
2, 1 Liuro XVI.Da Monarthia Luftama.
filhos dos Reys, o faõ igualmen llega la Enfermera, éxtaria Carciala
te as filhas para duas Abbadias. Portera,é Sancha Rodrigues Sacrifiana,
Mas o certo he, que não foi a In cre. Eta quitação tem a outorga
fanta Abbadefa, fenão fenhora, da Infantà como fenhora da cafà,
& protećtora dos Mofteiros de preſente entao nella. Pedinospor
Loruão,& Huelgas, , , , merced a nutra feñora la Infanta Z2.
- No anno mil trezentos & fin Zanca,que etauaprº/ente que otorga/
co, em que alcançou a lentença fe todo effo,é que mandafe pontreneſia
contra elRey Dom Fernando,era cartafafello.Dous (ellos tem, hum
Abbadeffa DonaVrraca Afonfo, do Conuento, & outro da Infan
3- o foi annos adiante. Tenho di ta. No anno antes de mil trezen
tos & oito tinhão dado a Abba
to certeza por efcrituras auten
ticas feitas no proprio Moſteiro defa, & a Infanta outra femelhã
* *
Caixa; 1.
das Huelgas,as quaes vinonoſſo te quitaçaõ feita naquelle Con
cartorio. A caufâ de nos virem uento a vinte & oito de Agoto:
gºtá 2.
etas ecrituras, foi porque leuou de vinte & feis de lulho de mil tre
configo a Infanta Dona Branca zentos & dezanoue : & de quinze
hum Gõuerfo deteconuento de de Abril de mil trezentos: &ivin
Alcobaça, o qual feruio nohofpi te & hum, ha outras da Infanta
tal das Huelgas deComendador, refidindo na me{ma cafa, & em
& recolheo quitaçoés das depe todas feintitula fenhora das Huel
fas que fez, & com outrospapeis gas, & filha delRey Dom Afonfo:
das procuraçoês que felhederaõ Tala Infanta Z. Alancafja delma mo
體 gs negocios tocantes àquel klezeyz). Alfonfa, fehora deles Hulk
e hofpital, as quaes lançou defºgas. Nito (e equiuocou tambem
pois que veio nete cartorio. Na alita de Manrique, em lhe cha
era de mil trezentos & fincoenta már filha delRey D. Dinis, fendo
& hum, que he anno mil trezen irmãafua. Tambem me perfua
tos & treze, lhe deu quitaçaõ a do que ha antepofiçaó emalgüas
Abbadeffa Dona Vrraca, a qual Abbadeas erradamente porque
principia deta maneira. 7 o 29oña a Dona Maria Peres de Gufmaó,
Vrraca Alfonſo per la gracia de Zios que no tempo deta Abbadefa
„Abbadefa del 2ón ferio de Santa Dona Vrraca nouena em nume
%aria la Real de las Huelgas, en no ro, feruia de Cantora, entra naº
con Z5.3 dayor Cil Priora, é Z). Maria quelle catalogo por quarta Abba
„Alfonſº Solpriora,'é Beatris Ferman defa da mefma cafa; a não fer
des(ellilera, é Z).2tari?eres de Cuſ outra do mefmo nome, heiieiieí.
mania Gantora, éZ).Vrrara Carcial, ſario poſtpölaa D. Vrraca. Ofa
.4d guera, 2.2rrara Garcia de V4. zer litas femelhantes he mui dif
* -- :
-- ficultoſo,
… º ElRey Dom Dinis. " … -; 1 19
ficulto? &às vezes fenão podě ete Abbade a Borgonha , & de
... os archiuiftas defembaraçar, & uia ſerao Capitulo Gèral de Ci
he forçofo aos que fe valem de fter,pelosannos de mil& trezen
ſuas informaçoés accomodarſe a tos & finco com cartas delRey
ellas. ; : - - - -

Dom Dinis,& delReyde Cafeí.


O nofío Frei Efteuão, que fer la Dom Fernando o Quarto feu
uio tantos annos de Comendador
genro, & impetrou do Abbade
nas Huelgas, & Adminitrador Gèral de Citer Henrique vnico
do Hofpital Real, deuia de fer do nome licença, paraque fazen.
pefoa de grande confideração,& dofe eleição de Abbadefa nas
como talfe lembrou delle o Ca
lendario antiguo de Saó Vicente
Huelgas, ့ ့ ့ ့ ့ Religioas
chamar dous, ou tres Abbades
de fora de Lisboa a dez das Ca
vifinhos para confirmar a noua
lendas de Mayo, que faió vinte &. eleita, & afsitir afia eleiçaõ, por
dous de Abril, neftas palauras. obuiar a dilaçaõ da vinda do Ab
x.Kal. X^aj objtfrater Stephanus (3- bade de Cifter,.como éra coftu
uerus de Alcobacia, quifuit (ommºn 1IՈՇ.
dator das Holgas de Žurgos.A dez das
Em tudo o que pode acrecen
Calendas de Mayo morreo Frei tou, & melhorou a Infanta Dona
Eteuão Conuerfo de Alcobaça,á Branca a Abbadia das Huelgas,
foi Comendador das Huelgas de & naõ foi de menos auforidãde;
Burgos. A grande deuação que para tal cafa, mandar della a In
elRey Dom Afonfo, & a Rainha fanta Religioas que pouoaraó o
Dona Brites tiuerão a Alcobaça, Mofteiro das Huelgås de Valla
& o me{mo elRey Dom Dinis, dolid, fundado pela piedade da
inclinaráo a Infanta Dona Bran
Rainha Dona Maria de Catella,
ca a feruirfe dos Religiofos deta viuua delRey Dom Sancho ſeu
cafa,afficomo aquelles feus pays, tio, no anno mil trezentos & vin
& irmão fazião nas materias,naõ te, em competencia das Huelgas - - -

sò do gouerno, fenão ainda nas de Burgos. Das donzellas Portu


particulares da fazenda, como guefas que a féruiraõ, entendo fer ·
veremos. Se a Infanta D. Branca húa Dona Brites de Nouaes, dá º
fe feruio de hum Conuerfo defta
qualefêreue o Conde DõPedro,
cafa em Reyno etranho, també ue viuer a recolhida nasHuelgas, Tit. 31.
o Abbade della Dom Pedro Nu
& deuia fer no habito de Relgio
nes Capellaó môr delRey Dom ſa com fauor da Infanta ſenhora
Dinis feu irmão, lhe não faltou do Conuento. As palautas doCó
em negocio bem importantepa de faõeſtas. Z. ZBrites Nouaes que
ra as Abbadellas dasHuelgas.Foi filhoupamos de/gurança,é morreo nas
4.
--- - - - - //algas
.,, Liuro XVI. De Ä{\archia Lufitamu.
Holgas de Zurgos virgem;cºfemfemel. de concedeo a eta Infanta ‫ن‬aps‫ه‬
Daïnfanta Dona Branca auemos droados de Monte morówelho, lit. s.
de falarvariasvezesneftahiftoria, digo que na melma Cidade tinha
a(sinete, como no feguinte voº dado foral a Villaflor, que hena
lume,& ainda teràparteño outro comarca de Tralosmontes,a vin
adiante, aonde trataremos de fua te&quatro do mez de Mayo; &
morte,então côfirmaremos mais nelle diz, que o daua em compa
ofenhorio que teue no Real Có nhia de lua mulher a Rainha Do
uento das Huelgas, ſuccedendo na Ifábel, filha delRey Do Pedro,
lhe no lugar fua fobrinha a Infan que foi de Aragaõ. Fra morto
ta Dona Leonor, filha delRey D. eftegrande Rey auia oito mefes,
Fernando o Quarto de Catella, como efcreuernos, & refeitaua |
& da Rainha Dona Contança, tanto elRey Dom Dinis fua me
filhado nofo Rey D.Dinis. moria, que a veneraua, declaran
- do ſerja defunto.Cófirmão nelle
-
CAPIT, Li. · · os me{mos Ricos homens,& Pre
-
-- lados, que nos paflados, a faber.
- -
. O Infante D.Afonfo,que tinha
--
(De algumas memorias que a Gdarda. … ' " o" ,
Dom Martinho Alferes mòr.
remos delRey Dom Dinis
-i.
º
-

me#e tempo: da Condefa Dom Mem Rodrigues,que ti


nha a terra da Maia.
-
*
tº Dona Leonor Afonfo.fua DõMartim Annes, que tinha
!,
irmåa,&• de Fr.Afon a terra de Soufà. . . . .. . .
*:

--º-毽
fo Rrodrigues : Dom Pedre Annes, que tinha
fet/ #io. - 's a terra de Panoias. -

- - . - - y - . Dom Ioäo Rodrigues. -

| § Or não interrompera Dom Lourenço Soares deVa


--
º
-
1286. &š; narragáo, ajūtamos tu ladares. -

# do o que podia dizerfe Fernão Pires de Barbofa.


*º da Infanta Dona Bran Lourêço Efcola Porteiro môr;
: ca,aindaque parte das coufas cõ ... Duraò Martins lugar tenente
petem áhiftoria do anno feguin do Mordomomòr.
te: poremhe muitas vezes taõ ne Entre os Prelados vem jà pro
cefaria a anticipaçaõ, como a uidos Dom Eteuão em Lisboa,
colocação detinéta dasmaterias, & em Lamego Dom João, que
comtoda a pureza chronologica. atè ete tempo pouco menos eti
Torgando agora a elRey Dö Di ueraõ vagas ambas etas Igrejas.
nis, 4 deixamosem Lisboa, aon Tambem Dom Martim Gil foi
- - prouido
… ? ElRey Dom Dinis... …o
prouido efte anno' no officio de
ete fauor pelozelo do feruiço, &
Alferes môr. Era efte fidalgo Dõ outras qualidades que cõcorriaõ
Martinho pay do outro DõMar nelle.Naõ he contudo eta a ma
tim Gil de Soufa, que por morte ior abonação daquele minitro,
de ſeu pay teue o cargo de Alfe merecedor mais de boa reputa
resmör defte Reyno; & alem di çaõ por fua muita chritandade,
to foi Conde de Barcellos por & deuação, que o obrigaraõ a
morte do Conde D.Ioão Afonfo.
paffar a Ieruſalem vifitaros luga
O Dom Mem Rodrigues, & Dö res em que o Saluador obrou nof
Ioão Rodrigues eráo da familia ſa redempção. Faltoulhe a elle
dos Briteiros.E D.Martim Annes
era fobrinho do me{mo Alferes.
o goto de ver o fim de fua pere
grinação, porque morreo no ca
môr, como fe verã no foral de minho; mas não lhe faltaria o
Villa Real,& em muitas doaçoés premio da deliberação com que
ue daremos adiante, aonde cõ fe difos aos trabalhos dele. De
醬 nefta forma. -

tudo nos dão proua os letreiros,


Dom Martim Gil Alferes.
Dom Martim Gilfeu filho.
que etão na Capella de Santo
Igreja de
Ámbrofio da me{ma
Dó Martim Annes feu fobri" Santo Andre, cujo padroeiro foi,
nho. Ete DóMartim Annes era & dizem deta maneira.
o marido de Dona Bataça, com
já difemos. ... " Eta Capella mandou fazer
Não fe deteue elRey muito Ayres Martins eferiuão da pu
em Lisboa defpois que deu o fo º ridade delRey Dom Dinis, &
ral de Villaflor.: A Cidade de # Maria Eteues fua mulher,el
Coimbra, a que elRey, & a Rai "la, & feu filho etaõ aqui en
nha Santa Iſabel erão mui affei º terrados, & ele caminho de
çoados, lhes leuou a mayor parte ( Ieruſalem. ' ' ’
doanno atè omez de Dezëbro. -!f.. ^{! -- ; ; "… + …ºʻ. , , ‘ Lʻj .°:“

E como nenhum dia paflaua fem Outro letreiro diz da maneirafe.


acrefcëtará (eusvaffalos có mer giot ‘… ::tº . ..
ces,& doaçoës,eſtando o primei * Eta Capella edificarão,&do
ro de Agoto naquella Cidade, tarão em tempo delRey Dõ
deu o padroado de Santo Andre º Dinis Ayres Martins feu Vi
de Lisboa a Ayres Martins, & a º cechançarel, & fua mulher
** fºi fua mulher Maria Eteues. Foi . Maria Eteues,a qual aquijas
* Ayres Martins efetiuão da puri- - enterrada, & hum feu filho,
dade do mefmo Rey,&feu Vice- -º: & ele caminho de ferufa
chançarel: deuia merecer bem … em.…… … … ********* - *~ * * *

J - - -
Maria . .
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.. . . . . , Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
ºf# ; ; Maria Eteues intituio na Igreja madas dos Mouros Africanos,'&
-
".; .;- . i . deSanto Andrea Capella de Sa · Granadinos, que elRey rebateo
! . . . . . .
-

... •
. . " . . .
: i
.
to Ambrofio, aonde etá enter fempre com muitos danos, & in
; : , - ; ;f
- rada com feu filho. As Miffas ap uafoês que mandou fazer nas co
. . . . . ;: ; * -
plicou pelas almas delRey Dom ·ftas de Berberia, defpois que me
: tº : f

-
--

-
:
:
: -
-
註 Dinis,que lhe deu o padroado, & 'lhorou o modo da milicia naual.
. . .

.
º, , , ,
. . . .
-
. .
; ;
. pelas dos outros Reys,& afsime{- Eftaua alem da villa da Pºdernei
. .
- . :.
* . .*. .
.
.
mo pela tua, & defeu marido, fi ra duas legoas para o Nortehum
* : * : *
:*
-
-

. : : .
i.
; :- - -
lho, & parentes. Era Maria Ete · portobaftante,& acomodado,af.
* , ; ;
. .* . . . . .
h .. . .
ues pefoa nobre de Santarem,ir fi para pefcaria, como para o co
. . .
-
. .. .; . .;
* : . . .. ..
a
Imääde Pero Doffem,que deixou mercio; não quizelRey que eti
º . - , , i.
por feutetamenteiro, & parenta ueſſedeshabitado, & ſemprouei
| :
-

.
-

:. .
º

. . .. . .
* * * * *.

. . ..
dos Mafaldos, que naquele tem to, porque lhe comuinha muito
. . , ºr po eraõ pefoas bem conhecidas. para o tempo que viuefe em Lei
º, . º ; :
; : º, : ,;
Aos netos de feu primo Martim ria,de que difta tres legoas,& por
:* - 4 º' * * * * Annes Mafaldo de Eluas deixa ainnumerauel caça que aquele
-* “... . .. . . . . . .
- ' ' -" . . -;
- **. .
.
:
* *
•*
*
mádas. Declara que eu pay eta Camarção cria, era muitas vezes
. . ... . . . . " ua enterrado em S. Francifco de buſcado delRey, quando ſe occu
! . . . . .
-
, ºr
r.
Santarem, & fua mãy em S. Do Paua nefte exercicio por aquelle
- **
- -
mingos da mefmaVilla,& a am deftriëto. Mádouo elRey pouoar
-
bos os Conuentos deixaua com etando ainda em Coimbra a vin
-
-
器 lhe difeffem cada anno Mif te & oito de Outubro, em que Lib.r.ſº
às por dia dos defuntos. O mari Pafou a carta de pouoação para 176.wº
do Ayres Martins cooperou na trinta moradores, que terião feis
mefma inftituição, applicando carauelas ao menos preparadas
mais as Mifas pela alma do Bif. para pefcaria, & paraque acomo
po Dom Domingos de Lisboa, dafem cafa, lhes mandou dar a
*
que como era valido delRey Dó cada hum feu moio de trigo.Efta
Dinis, & o Ayres Martins mini villa chamada Paredes, foi em
fro do me{mo Rey, tinha parti grande crecimento atè o tempo
cular amizade com elle,fenão he delRey Dom Manoel, em que os
que os validos atè nos fuffragios areaes circunuifinhos abalados
-
não perdem fua parte. . … dos ventos quenaquelle fitio cur
Particular cuidado teueelRey {àõ de todas as partes defcuber
-

Dom Dinis da pouoação do Rey tos, cubrirão as cafas, & arearaõ


no, & mais em particular doma o porto em forma 4 fe veio a def
ritimo delle pela grande vigilan pouoar totalmente,deixando por
cia com que mandou guardarto -memoriahía Ermida da ínuoca
Jaacota, infetada então dear:
º:
çaõ denofa Senhora diwi: -

& ... •
ElRey Dom Dinis: ~~
de muita deuacão, & romagem,: caía da Rainha Santa Ifabel, ao
a que acode o pouo de Leiria to que parece, com cargo principal Gautadó
dos os annos no dia da Natiuida nella, a Condeſſa Dona Leanor iſ
de da Senhora. O nofo Conuen Afonſo, irmåa delRey, viuua en-" ,
to de Alcobaça ficou mui defrau tão do fegundo marido o Conde º
dado neta ruina,por ter o fenho Dom Gonçalo Garcia de Soufa.
rio da Villa, que lhe deu elRey Eta fenhora deuia etar apertada
Dom Fernando por obrigação de algüa grande infirmidade, ou
de Miffa quotidiana de feu pay. foi que defenganada com a mor
elRey DõPedro. Aísi vai o tem te dos dous maridos, de que não
po variando, & mudando as cou teue filhos,tirou porfruto de am
fãs, que atè as pouoáçoês muda, bos os matrimoñios o defengano,
& arruina. da vida,& pouca fegurança della.
As barras do Reyno vemos ir Ordenou á Condeffa fêu tefta
| padecendo grandes dannos com mento na me{ma Cidade, dia do
às areas dos rios que nellas defa Apoftolo šanto Andre, & man
goâo, & fendo materia de tanta dou que a fepultaffem morren
confideração, não felhe applica do no Conuento de Religiofos de
o remedio,que já em outro tem Saõ Francifco mais vifinho ao lu
po tiuerao. O rio de Alfeiferio, gar em queDeos a chamaſſe,dei- * -

quatro legoas ditante do lugar xando por tetamenteiro a hum


das Paredes para o Sul,era capaz Frei Afonío Rodrigues fêu tio, a
em tempo delRey Dom Manoel cuja deferiçaõ fogeitaua a dipo
fiçaõ de toda a fazenda, & man
de oitenta nauios de altobordo,
por informaçaó que o Infante das de fua alma. . . ,
Cardeal Dom Afonfo (Abbade Efte Frey Afonfo Rodrigues,
então de Aleobaça) de cujo de pelo patronimico podemos crer,
ftrićto fað eftesportos, mandou que foi filho de Rodrigo San
fazer, & no tempo queito efere ches, filho batardo delRey Dõ
uemos tem tão pouco fundo,que 8ancho Primeiro, & tio delRey
apenas nada nele hum barco, & Dom Afonfo Terceiro, pay do
atè o me{mo porto, & baya de noffo Rey Dom Dinis, por fer
Selir, onde fenece, recolhe mui
irmão defeu pay elRey D. Afon
to poucos nauios, & dos de me fo Segundo. Por eta razão fica
nos porte. .baFrei Afonfo Rodrigues tio del
Mas tornemos a continuar Rey Domi Dinis, & de feus ir
com o nofo Rey Dõ Dinis, cuja - maós, por fer primo irmáo del
. Corte eftaua na cidade de Coim - Rey Dom Afono Terceiro. Do
bra, & a quem acompanhaua na na Contança Sanches irmãa de
. .. . . . .
-
X fês

; º tº - -- ------

Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.


º ii. | feupay Rodrigo Sancheslhe cha- rem, paffouháa prouifaöås Reli
. . .. .. mafobrinho,& deixa feismarcos giofas de S. Clara daquella Villa,
de prata, & fincoenta libras no em que mandaua não fofem va
, , , , teſtamento: Fratri-A/op/º Roderi- liofas as efcrituras, que não fosé
" ci conſubrino meo»j.marcas argenti, cº por ordem do procurador do Cö
º f., 41. L. libras pro necefiitatibusfuis. Por uento foio Fernándes. E remata
parte da mãy era tambem Frei a efcritura,que fe conferua no feu
鷺: Afonfo muito illutre, que por tal Cartorio: ÉlRey o mandou por Frei
fe conhece Dona Contança A- Afonfo Rodrigues.
fonfo de Cambra, có a quàl Ro- … *
" *拉 drigo Sanches teue conuerſação, CAPIT. LII.
, ;; ; ; ; como refere o Conde Dom Pe
,﹑ dro no titulo fincoenta. -

pela qualidade de Ruspays,& Daguerra que fez º Ce


ºf . parenteíco tão proximo delRey fiella Dom Aluaro Nunes
iſ . ." Dom Dinis com Frei Afonfo, & de Lara cãjente do Imfam
.. ; feus proqdimeOSತ್ತಿ aleepi te D. Afonſo de Portuga ſ:
.. ; fempre bem vito delRey feufo- fioria d -

tº brinho, & geralmente refpeitado & da historia de nofía


em todo o Reyno, & não de me º Senhora de Sa
鬣 nor autoridadèâReligiaõ dos fra · · · eaparte.
iº des Menores de cujo burelfehô- “ .. . .
º raraõ logo naálles principios mui @ Orete me{mo tempo 1286,
,
| tas pefoas illuftres defte Reyno.
Foi Frey Afonfo Rodrigues
影终 em que vai a hitoria,
' andaua em Portugal
º
Goardião do Cóuento deLisboa, ***** defauindo com elRe
& com efte titulo afsina na efcri- Dom Sancho de Catella Dom
暈·莒 tura de cópra que a me{ma Con- Aluaro Nunes de Lara, filho de
, defa fez da parte que em Mon- Dom Ioão Nunes de Lara, & a
touto tinha Clara Pires, filha de caula de andar defauindo com
3. 暱 Pedre Annes, Repofteiro delRey aquelle Rey, era por deualido
D. Afonfo'Terceiro: Frater-A/on- dele, & efcãdalifado por lhe cer
罹 fus Roderici Cuardianus Ordinis 3d- car a feu pay Dom JoãoNunes de
norum. ElRey Dõ Dinis feufóbri- Lara na Cidade de Albarrafin &#."
nho fez delle muita etimaçaõ, & dous annos antes, com fauor del. Biauoca
o admittio ao defpacho, como a Rey Dom Pedro de Aragaó, que
outros Religiofos daquele tem ganhando a Cidade, a deu afeu
Po. No anno 1294. em vinte & filho Dom Fernando, defapofan
dousde Abril,
്. -- 2.
etando. em. .Santa-
. .
do della ao Dom João aNunes,
º quem
. ' ElRey Dom Dinis. -- - *
a quem pertencia por via da mu rundo,& de Dona Tereja Pires de
lher Dona Terefa Alueres de Afa Nouaes, irmãos do Mordomo
gra. Eta occafiaó de င္ဆိုႏိုင္ဆိုႏို
fo mór do noffo Infante D. Afonfo,
bre as 4 já os Laras tinhão,quan que moftra bé fer elle coadjutor ---

do intentaraó daúlla Cidade en neftas coufàs,& renderaõ a morte


contrar as coufas delRey D. San a ambos os irmãos em hum re
cho acoſtados aNauarracõ fauor contro junto a villa de Alfaiates,
delRey de França,foi a que trou como efcreue o Conde D. Pedro
neftas palauras. Ε οſobredito Fęrmão
xe a DõAluaro a Portugal, que Tit. 6ſ"
então era valhacouto dos caua Soares,(2) Sentil Soares,irmãos de Pay -.

leiros do Reyno de Caftella, & o Soares »Cordomo do Infante zo. Afon


ferà daqui adiante com Rey fepa fa morreromnt lide del Afaiate, quan
rado, como bem fentia o grande do lidou Z). Aluaro Nunes de Laracõ
Duque de Alua. Entendia D. Al os Confelhos de toda a terra, fendo eles
uaro que o padrinho de fua recõ valjalo. de Zom Aluaro eo ofobredito
ciliação com elRey auia de fer o Eleuão Soares,irmão difie Fernão Soa
de(afofego com q o naõ deixaffe res,morreo malide de 7egante com Z2om
viuer feguro: & Como era homë Nuno o bom,cujo va/alo era. Appel
orgulhofo, & de epirito, & por lidaraõ e etes caualeiros, Soares,
tal conhecido em ambos os Rey por razão do pay, que fechama
nos, conuocádo gente,& amigos ua Sueiro. Eſtoutro recontro de
de hum,& outro, começou a fa Tegante não feife feria por ete
zer guerra nas fronteiras de Ca me{mo tempo, que os autores sô
ftellã pela parte de Riba de Coa, fazem menção agora de afsitir
em que ouue grandes perdas, & cà em Portugal a Dom Aluaro
roubos, fem que elRey DõDinis Nunes.
pudefe ir a mão, nem atalhar as · O manufcripto da Torredo
demafias dete hopede, antes fe Tombo, não diz que foi eta lide
-prefilme,que o Infante D. Afonfo em Alfaiates,fenão em Alfaraós,
<lhe daua ajuda por Alentejo, que poderà fer que fofe vicio do ecre
' veio a fer occafiaó de nouas que uente,pois vemos 4outros exem
bras cõ elRey feu irmão, de que plares dizem, Alfaiates. Neta
-falaremos no anno feguinte, em Villa ha húa tradição acerca da
que elRey redufio tudo, & occo ... Ermida denoffa fenhora de Sa
modou a Dom Aluaro Nunes. · ca parte, que concorda 'com
-- Acompanharão a DõAluaro ifto. 2 . " * * - ---------

-neſtas. guërrasdous caualeiros da - A Igreja de nofa fenhora de


familia dos Nouaes; & Barundos Saca parte fituada meia legoa de
filhos de Sueiro Gonçalues deBa Alfaiates, & em feu limite, entre
- - - - - * Х2 eta
- Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
eftaVilla,& a Aldea da Ponte;fua telmendo com muitos lugares
origem dizem fer, que tendo ba de feus termos, alem do de Alfa
º
talha hú Rey dete Reyno como iates. Na primeira,& fegunda oi
de Catella no lugar obredito, taua da Pafcoa tornão os mefmos
vendofe ao pördo Solem aperto, pouos em Romaria, & pelo Spi
começou a dizer: Cirgem facamos rito Santo vem todo o termo de
a boa parte, & logo affi fuccedeo, Catel mendo com a me{ma Vil

ficando com toda fua gente para la com ſina leuantada, & muita
a parte da ſua terra Emgratifica gente de caualo lufida, que fefte
çaõ querê mandafe edificar eta jão ao redor da cafå... [ e cada
cala, & lhe defe a inuocaçaõ de lugar do dito termo vem hum
nofa Senhora de Saco a parte,ou homem nú da cintura para fima,
Saca parte, como agora lhe cha & deſcalço com hũa tocha mui
mão. Naõ ha em nofºs hiftorias to fermofa, & o da Villa cô ven
noticia de batalha alguma entre tagem; por todas faõ vinte, que
os Reys de Portugal, & Caftella coltumão pefår cento & triñra
naquelle lugar; donde me perua arrateis, huns annos por outros.
do, que o cafo que anda em tra Efta deuação dizem têr princi
diçaõ, fuccedeo neta lide de Dõ pio de auer naquella terra hum
Aluaro Nunes de Lara, por fèr montro,que detruia campos,&
no mefino detricto de Alfaiates, gente,fizerão promefa àSenhora
& com os Confelhos das terras de vir nefta forma a fua cafa cada
circumuifinhas. Adminiſtrafè a anno no diafobredito, com que
Igreja pela Camara, que nomea ſe virão liures, & apregoão que
Ermitão,& Mordomo, que cõ os faltando humanno, fe viraõ ou
oficiaes fae em pelouro: no alto ¿tra vez perfeguidos delle. Cada
--
do retabolo etão as armas reaes. anno fe fazem tres feiras, nas tres
---
He Igreja mui capaz;dentro tem fetas principaes da Senhora, An
* - hum poço muito fermofo, cuja nunciagaö, Affumpςaö, & Nati
º

--
-

- agoa faz milagres nos enfermos, uidade. Obrou milagres em algüs


-
-

particularmente de maleitasoſi nauegantes feus naturaes,que em


--

--
-
----.

-
-
tio he agradauel em hum valle agradecimento lhe derão peças,
-
-

sº --
muito grande, & aprafiuel, com & vetidos; he cafa prouida de

- .
-

-
-

-
- -
huma fonte, & tanque: tem hof. 2. maites ornamentos. wº ... --

º
-

--
in
-

º
*
-:
-

º
** -
,
-
pital capaz de muita gente. Nos Em outro recontro,que o mef.
- -
-

,
-
-º-
º
| -
---
-

Sabbados da Quarefma concor mo D. AluaroNunes teue,andan


-

| -
- -

- -
-

-
- -- - --
re muita, & em todos ha prega :do na Comarca de Tralosmon
-
-- .
-
-

º
-

-
gão; concorrendo nellesas villas ¿tes, vifinho às fronteiras do Rey
-

-
-
- do Sabugal, Villar maior, & Ca no de Leão, matarão tambema
. . .
- º
Nuno
- ºn
-
º;
º,
* º ;
-
-

---

… …". ElRey Dom Dinis. 1 r i :: i.


1 2 3. ..
. … I
Nuno Rodrigues Bocarro, filho - - - - - -

não incitarêa defobediencia del:


de Ruy Nunes de Chacim, & ca les, & entrarem de companhia
fado emLisboa com Dona Maria com o Infante, que com ibő Al
Migueis, filha de Miguel Fernan uaro Nunes de Lara perturbatia
descolaço do nofo Rey D. Afon a paz,& foffego dos dóus Reyñós
` foTerceiro.Eftefid algo viuia na de Portugal,& Caſtella.Diſpoſtás ---

quella Comarca, por fêrem her as coufãs na melhor formápoff


dados nella os deſte appellido de uel, & dada ordem aos Alcaides
Chacim, que he junto da villa de môres daquellas terras,qué tiuef.
Moncoruo. Delle diz o Conde
ſt.58. fem grande vigilancia em tudo
Dom Pedro: Efe Nuno Rodrigues como conuitiha,fè pos á cárninho
Zocarro,filho de Rui Nunes/obredito, para Lisboa. No principio de -:

matarãono em Kiba ZDouro/obre .3á


Março etana ja neta Cidade,
randa apar de huns moinhos, hu anda em que paflou a Quarefma.
uaem companhia de ZomeAluaro Nu Trazia elRey muy a peito apu
nes de Lara, & hia empartimento de rarosſenhorios das terras, & fä
-
humafide. -
zendas, não confintindo que od
uefe quem em todo o Reyno lo:
CAPIT. LII. graffe bens alheos fem reſtitui- :
gão, & para ete fim ordenou as
Parte elRey de Coimbra inquirigoésgèraes,com que fe ae
elararaö máis eftas coufãs, & an
para Lisboa : efereuem/? tes dellas obrou mefta parte com
algüas coufas defe tempo, tanto zelo, que trazia a todos os
é doaçoes da Rainha poderofos muireportados. E di
ziafe gèralmente em feu tempo,
Santa Ifabel. que para fegurar a fazenda não
éra neceffario outro procurador
Artio elRey da cidade mais que elRey Dom Dinis. Ele
de Coimbra meiado fez concluir muitas demandas,
Dezembro a vifitar deſapoſſando intruſos, & meten
1187. * Alêtejo, aonde gatou do de pote os que tinhão jutiça,
os dousmefes primeiros do anno -&fez grãdes compofigoēs, liqui
milduzētos & oitenta & fete pe dando o direito certo das partes,
Είύ. z.
las comarcas de Eluas, & Euora, como veremos: & para proceder
reprimindo os mouimétos do In com exacta noticia de tudo, vifi
fante Dom Afonfo, & intimida n taua tão amiude as comarcasto
do os pouosvifinhos aos dePorta das do Reyno, aonde era infor
legre, Maruão, & Aronches,para mado dos grauames, & oppref>
X3 foữ#
EuroxVI. Da Monarchisluftana. "
foês que auia. E para que feveja ues Giroa; ficaua fèndo feufobri
o fruto que fazia nos grandes o nho o dito Martim Annes, por 釁 e

rigor cõ que elRey procedia em fer filho de Dő Mem Rodrigues
caos femel dare
hantes, ihúa car de Briteiros, & dedona Guiomar
|:
ta de Martim Annes de Britei Gil,filha de Dom Gil Vafques de
ros hum dos Ricos homens da Soue
º
roía o moço,que morreo na
quele tempo, e crita a noue do lide de Gouuea; o qual Gil Vaf
me{mo mez de Março, em que ques era fobrinho de Dona Dor
elRey chegou a Lisboa, de que dia Gil, porfer filho de D. Vafco
{e colherâTa pontualidade com Gil meio irmão della, filhó do fe
que os fidalgos obedecião, & re gundo matrimonio de ſeu pay D.
fituião as fazendas que tinhão
Gil Vafques de Souerofa o velho.
fonegadas. Mandaua ellereſtituir Defta familia dos Briteiros teue o
ao noffo mofteiro de Arouca cer moteiro de Arouca duas Abba
tos bens que lhe trazia fonega deças hum della Dona Aldo
: a s n
dos,& efcreuia a hum agente (eu , ça Annes de Briteiros irmãa de
de Santarem nefta forma. fte Martim Annes, & outra Dona
ZDe mim 2ťartim Annes 4 vos
Luca Rodrigues de Briteiros, fi
caia, Zumingos Percs meu homem de Santa lha de ſeu auóRui Gomesde Bri
de arma rem, Saude como aquel que amo,6 de teiros, & no me{mo tempo antes
uefoi...Atandouos que entreguedes à de fer Abbadeffa a Dona Aldon- ***
JAbbada, y comuento de Arauca,on ça, o foi fua prima D. Guiomar
a quem ºvos por alles ºfia cartam/trar Gil, irmãa de Dom Martim Gil,
º em feu nome com feu logº delas, todos Alferes mòr do Reyno, & pay do
herdamentos que lhes tinhafilhados em Conde Dom Martim Gil, como
-

e/e lugar, os quaes herdamentºs elas diz o liuro antiguo das linhagés,
hão, Çr deuem auer de direitº departe que no cartorio do Conuento só
de Zona ZDordia Cil minha tia, quefoi achei memoria das partilhas que
.2tonga do dito 34eiro. E por ventu fez com feus irmãos,aonde feno
-- ra lhes endeflhaftes ; coºſa dos mea Monja, fem titulo de Abba
defa. E affi me{mo o foraõ nos
frutos. é das rendas defe annº, ºutrº?
-

º
entregades de todo,endé al nomfagades. mofteiros de Loruão, & Cellas
தி: em Lisboaix dias de 3íargº da juntamente quatro irmãas filhas
Era Xt ((CXXC/. de Dom Mem Rodrigues de Bri
Dona Dordia Gil,queMartim teiros, a faber, Maria Mendes, & \.

Annes nomea portia fua, era fi outra tambem Dona Maria Men
lha de Dom Gil Vafques de So des Ribeira, & D. Tereja Men
uerofa da terceira mulher que te des, & Dona Guiomar Mendes.
ue, que foi Dona Maria Gonçal A Dona Tereja foi Abbadefla de
* -
Loruão,
:്. ElRey Dom Dinis. . 124
!. · Loruão;&a Dona Guiomar Ab- f narios de infinita nobreza,foi ifto
# Fal. 9. abadefa de Cellas, aonde morreo - todania do tempo delkey Dom ut i.
deatradamente oliuro antiguo Dinis adiantee que começaraó
$aslinhagés falanifto cõ maišdi- ia florecer,&#. fundaraõ.E outros
ftinçaõ, que o Conde Dö Pedro, - mais antiguos não forão afi eti
º qualfe contentou com dizer, 4 - mados, aindaque nelles fe agafa
foraó todas etas quatro irmãas ºlhauão as parentas dos padroei
freiras. Efe 3fem Rodriguesfoica ros, -que fºmpre eraõ dáš princi
fado (dizoliuro antiguo)com zo- paes familias. Aquellas enhoras
na *aria Annes filha de foão Pires Abbadefas parêtas de Mem Ro
da C/eiga, 6 de Zona 7areja 2zar- drigues de Briteiros, ainda que
tinº 43erredo, é fez em ellaz). Jºão vão nomeadas com só efteappel
**endes,6-3artim 3cedes,cº.»ta- lido, participauão por feus pays
ria.Atendes,6- Ataria Xibeira,& 7.- · de quafi todo o bom fangue que
reja.9rende; .4bbadºffa guefoi de Lor auia em Portugal, & 醬 -

uão, º guimar Azēdes Abbadeſſa que mo fe pode ver nos lugares das
foi de(ellas, o matoua obadaloaofno. º quelles nobiliarios. · ° · · ·
O certo hequeforão etestres Relatei ¢ftas coufãs porocca:
cõuentos por aquele tempo de fião da defitencia que Marfim
pofito de toda a nobreza de Por Annesfezda fazenda que perten.
tugal; & não achará fer encare cia a Arouca,em proua do temor
cimento quem tiuer notícia dos que elRey Dom Dinistinha poto
liuros do Conde Dom Pedro, & aos fidalgos em materias fême
do das linhagens antiguo,& mais lhantes. ; " |
em particular dos cartorios da Partio elReyno fim de Mayo Lit
蠶 a razão he, que de Lisboa Para Coimbra, & em is
foraó mui etimados por repeito fia companhia a Rainha Santa
das Santas Rainhas fuas padroei label, & fizeráo a jornada por
ras, a cuja fombra ferecolheraõ Alanquer Torres Vedras,& Obi
-

muitas fenhoras, & tambem por dos daqui chegaraõàvilla de Al


· fer o de Loruáo, & Arouca dos feiſerāo a noue de lunho, & nella
mais antiguos do Reyno, & mais forioagaſalhados no Caſtello, 4
celebres em jurifdiçoés, & gran he dos bons daquele tempo, pe
dezas. E fuppofto que os Moftei lo Abbade de ಸಿಧ್ಧಿ D. Mar
ros de Odiuelas, Almofter,Santa tinho fegundo do nome, de cujo
Clara de Villa de Conde, Coim fenhorioheaquella Villa. Eftan
bra, Santarem, & Lisboa,& ain do aqui deu elRey à Rainha San
da Saõ Domingos das Donnas de ta Iſabelascolheitas das villas.de
Santarem foraõ tambem Semi Sintra,&Porto de Mòs.Foi a car
---- Х4 ta
· Liuro XVl. Da Momaréhia Luftana.
tapafada por Lourenço Efcola da Corte o epirito com que ella
º Mordomo da Rainha;& porMe fe applicaua a todo o exercicio
· · · · ftre Pedro Chançarel. Era pouco de virtudes.ForaõelRey,& aRai
tudo o que fe daua a eta Rainha, - nha tão afeiçoados a ete Con
a repeito do muito que ela me , uento, & obrou nelles tanto a vi
recia; & afsielRey,que tinha cõ : fta da fepultura de feu pay, & fo
tado as cõtinuas efmolas em que gro, que logo fe refoluerão efco
dependia o cabedal de feudote, iher fepultura na mefina cafà,co
chegado que foi a Coimbra, a mo defpois ordenaraó nos pri
| vinté & tres do mez fobredito, meiros tetamétos que fizerão.
lhe deu com grande goto as vil Era jà morto por ete tempo
las de Sintra, Obidos, Abrantes, D. Ioão de Aboim,grande priua
& Porto de Mòs, com todos os do delRey Dom Afonfo Tercei
padroados das Igrejas, & Alcaiº ro, & etimado igualmente del
darias móres, com tanto que os Rey Dom Dinis, a quem feruio
| prouidos nellas fizeffem a elRey - de Confelheiro. Ete fidalgo foi
?menagem, & foffem fidalgos na dos mais afazendados que auia
turaeSdoReyno. ; : no Reyno,pois alem do patrimo
De Alfeferaõ acompanhou o nio que tinha,o enriqueceo apri
Abbade Dom Martinho a elRey, uanga delRey Dom AfonfoTer
& á Rainha atè o Conuento de - ceiro, com que chegou a fer po
Alcobaça, adonde os Religiofos | uoador da villa de Portel, a que
lhe fizeraõ a demoltraçaõ que fe deu foral, com (eu filho Dom Pe
deuia a hum tal padroeiro, & dre Annes. Variaraó todos, auó,
bemfeitorVifitou elRey afepul- pay, & filho nos appelidos,fendo
ºs tura de feu pay, onde fez cantar que o direito delles era de Nobre
hum folemne oficio por fua al- ga, por repeito do fenhorio da
ma. Teue a Rainha Santa Izabel villa de Nobrega,que tinhão feus
particular goto de vera clauſura, aſcendentes: & aſsiſe chamaua o
|| || & recolhimento daquelles Reli- pay de Dóloão: Pero Rodrigues cm.es,
giofos,& o tempo que ali eftetle da Nobrega.Efcolheo Dom İoäo #133. *
º gatou em praticas epirituaes cõ Pires o appelido de Aboim, por |

| | || os mais anceoés, & exercitados fe criar, ou nafcer na freguefia de


| | | | | na virtude. Caufougrande edifi- Santa Maria de Aboim, que he
caçaõ a todos os Monges o pro- no me{mo Confelho da Nobre
| º cedimento deta Rainha, & fica- ga, & delle o continuaraó os que
|| || raõ mais animados a continuar o no Reynoha dete appelido,&o
rigor, & retraimêto da vida mo- deu tambem por nome a Villa
natica, vendo no maior trafego Boim junto a Eluas, quãdo a fun
_
*
dou,

■曼_-_﹑
-
-
- - -

.....`` ElRey Dom Dinis. * * * * 12;


dou, & teue della ofenhorio.Seu quinze dete mez em Leiria, a
filho Pedre Annes fe chamou de que affitiraõ Sueiro Mendes,que
Portel, por dar o foral cõ (eu pay deuia fer o que chamauão Petite,
a eta Villa, & ter della depois o Martim Afônfo deRefende,Hen
fenhorio, Ficaraõ por herdeiros rique Soares, Frei Andre de San
de Dom Ioão de Aboim hum fi ta Maria, Vafco Pires, Ioão Mar
lho, & húa filha. O filho era efte tinsTrouador,Rui Nunes,&Ete
鸚 º Dom Pedro, cafado com Dona uão Rodrigues, que chamauão
Conſtanga Mendes de Souſa, fi Feo. Conforme eñtendo eftes fi
lha de D. Mem Garcia de Soufa; dalgos, que foraõ tetemunhas,
& herdeirada cafã dosSoufàs,por hiäo feguindo a Corte, & nefte
morrerfeu tio o Conde DõGon dia etaua elRey em Leiria,o que .てöなf -


galo Garcia de Soufå fem herdei he facil de crer,porque a noue do
ros. A filha fechamou Dona Ma mez refidia em Alfeiferão, & Al
ria Annes: calou efta fenhora a (cobaça, & a vinte & tres eftaua
rimeira vez com Dom Martim jà em Coimbra,tempo batante,
Afonfo Tello, filho de Dõ Afon & ajutado para jornadas de po.
fo Telles o velho, o que poucou uos táo vifinhos. Lembrado el
Albuquerque, & de Dona Tere Rey Dom Dinis dos feruiços de
ja Sanches,filha denofo Rey Dõ Dom João de Aboim, & achando
Sancho Primeiro: a fegunda vez afeus filhos com litígios na oc=
.com Dorn Ioão Fernandes de Li cafiaõ prefente, interpos fua au
ma, de alcunha, Pão centeo, co toridade, & os reduzio a concor
moveremos em algüas doaçoês; dia.Como elRey feagafalhou no
porem de nenhum dos cafamen Catello de Leiria, de que era
tosteue filhoseta D.Maria: Alcaide mör Dom Pedre Annes,
Viuia Pedre Annes de Rates pagoulhea họípedagem cómfar
porete tempo na villa de Leiria, 2er que fecõcluífem as partilhas,
aonde era Alcaide môr;&em cu á quetambemios mais fenhores,
jo deſtriétoteue muita fazendaa que hião em companhia delRey,
irmãa Dona Maria-o trazia em= & da Rainha feruiraõ de tercei
baraçado com as partilhas, que ros gó elRey, intereados todos
eraöde muita conſideragão, jäe inofofiego deftes dous irmãos,cô
alem das grandes herançasreſte quem os mais delles tinhão pa
Reyno, compreheddião muitas renteſco, aſſi pot parte de ſeus
no de Catella, por via de fuálauò … pays, como pelos maridos da
ti,s.n materna D. Veláfquida de Ca :: Doña Marià;& da mulherp
i 3 de Domi Pedrolio.obili
#*#*mora. Fizeraõ ambos compofi º º ، ۱ ، "". . . ‫ ده ه‬۲ ... ‫م‬ ‫ا‬... --
ção, & repartiçaõ amigauela ് {്):
-
#. - கி ,
-

º -1, 3 CAP.
-

º
e Liuro XVI, Da Mamarthia Lufitana.
r .". :
mego,& Tralosmontes. C6 eſles .
: CAPIT. LIIII. titulos,fem o da Goarda, confir Lib.r.
-
-

ma elle oforal de Villarinho,que


; elRey deu na mefma Cidadé a
El Rey gasta o verio ma vinte & dous de Iulho, por onde
cidade da Goarda,&- a cau
fabemos o dia em que nella eta
-
º
fa porque: relataã/e mais ua defpois que fe partio de Coim
bra. He muito para faber os que
| outras coufas do mefmo confirmã
s
::- o nefte foral de Villari
tempo. nho, & afsi darei as firmas detc
-

inquietac
#E:GREY Omo as
dos elles, com que le tera noticia
oẽs dos officios, & minitros da cafa
----

-
-

|* -
靈 de Dõ ီ|ိ Real, alem dos Ricos homens,&
స్త్రీ
de Lara eraâ mais cö
Prelados do Reyno,que faõ etes.
*****ès tinuas pelos lugares de
-

Riba de Coa, ajudado de gente # O Infante DõAfonfo tenente


do Infante Dom Afonfo, que lhe da terra de Lamego, & de Vifeu,
hia de Portalegre, & das outras & Tras ferra. a .
villas de Arronches, Maruão, & … D.Martim Gil Alferes môr,
Vide. E como o mefmo Infante
tinha o gouerno da Cidade da #, D.João Chançarel mór, Bipo
de Euora. . . . .
Goarda, & fua Comarca, titulo D. Mendo tenente da terra da
com que atègora o vimos afsinar Maia, * - . -

nas e{crituras,obrigou a gente da ... : D.Ioão Rodrigues tenente da


mefma Cidade, & comarcaa en terra de Bafto. . . " .. . . . .
trar neftas reuoltas. Sabido ifto DõPedre Annes de Portel te
por elRey Dom Dinis, veio com nente da terra de Panoias.
muita prefa áGoarda, que por ... D. Martim Annes tenente da
fer cabeça da Comarca,& tâovi terra de Soufa... ‘. . . .. . ..

finha deCaftella,&Riba de Coa, * * Fernão Peres deBarbofa tenê


era lugar acomodado paradelle te da de Auifela. :,: - -

fe acudir a etas partes,& impedir … Martim Mendes tenente de


a continuação, daquelles rompi Bárrofò. ~*a. :::::: * : , , -º

mentos. A primeira coufà que …" Lourenço Soares de Valada


elRey fez, foi piuar logo ao In tes tenente de Riba de Minho.
fante da tenencia;&gouerno da ó. Duraó Martins de Parada lo
quclla Cidade,deixandolhe con Aco tenente do Mordonno mòr. *** * ~ *.
tudo,ou dandolhe em troca, por ... Pero Martins da Romeira do
o não efcandalifat,o de Vileu,La confelho delRey....….. • *
.-
. .3
-
-a -----
-

Con
…º ElRey Dom Diniãº" e " 146
Contadores del Rey. , mos, que a caufa delle fomentar
Domingos Pires. . . as partes de Dom Aluaro Nunes
Ioão de Alprão. de Lara, obrigaraõ a elRey alhe.
Thome Domingues.….. : deminuir o poder,para o diuertir,
Sobrejuizes. " , - & aquietar. Em dipor tudo o
Louréço Efcola Porteiro mór. mais que condufia a eta quieta
Payo Domingues Deio de E çaõ, trabalhou elRey no tempo *
. . ."
* -
-

llOras -: -
que eteueneta Cidade, & toda
Rui Gomes. a diligencia que applicou não foi
Iuliao Duraés. -

batante a reduzir feu irmão, a


Ouuidores em logo da Corte. quem foi necefario ir cercar no
Eſteuáo de Rates. - -
fim do anno a villa de Arronches.
Ioão Soares. . .. . . . ; . Não fofria elRey demafiasnos
Eychaếs, & Copeiros. fidalgos a que via fer conuenien
Miguel Fernandes. . . . te atalhar excefos, & neta parte
, Pero Salgado. - - foi elRey tido porfingular, & cõ
Efteue AñriesRepofteiro môr. o conhecimento deta inclinação
Ioão Rodrigues C,aquiteiro fua, lhe fazião os auexados delles
mòr. ് queixas com confiança de reme
- Os Prelados erão." … dio..*O Abbade, & Comuénto do
D.Tello Arcebipo de Braga. nofo Moteiro deSalfeda pofuia,
· D.Vicente Bifpo do Porto. . & ainda hoje poluehum caneiro º,
D. Aymerico de Coimbra."." horio Dodro entre Ermamar, & caír.
- D.Eteuão de Lisboa. iii. Pańbias,{heodeftričtodeWilla *
| D.Fr. Bartholameu de Silues, real, 8 padecia nelle mui ruim vi
D.Fr.Ioão da Goarda. finhança de alguns caualeiros no
"D.Ioão de Lamego... bres, quais erão o Comendador
, º
, A Igreja de Vifeu eftaua vaga então de Poyares, Rui Martins,
per morte do Bifpo D.Mattheus.
- - -
-- - -

- * :) Clerigos delRey:: - ಶ್ಗ


correraõ a elRey, queellauana
Martim Pires Chãtre de Euora. Goaida, & ehè?nañddº fogo a
Eteuão Lourenço Conego de vinte&ſete de Agoſto a Pero So
Lamego, º " . . . . ueral ſeu Meirinho môralé Dou
Vicente Martins.Theſoureiro ro, que fizefejutiça no cafo, &
tambem delRey. ferhedeaffeio Cóñuento queixo
. . … 2

Da firma cóm que o Infante {o, Defta efcritura nos coñita de ''i
aquivein nomeado;&falta doti dous appellidos, Soueral, & Ca
fulo dó gouërno da Cidade da breira, ainda hoje contínuados
Goarda e infereo que pretende · émigente pobre envaiiasparts
-
* -
.. .
3 . . ձց
Liuro XVI. Da Monarchia பாக
do Reyno. Pero Soueral foifilho gêralmête às Religiofas;& retem
de Martim Eteues do Auelal, & na mefma forma o Mofteiro de
de Dona Sancha Gonçalues de, Santa Maria das Donnas de Seui Soufa lib.
2.da hiff.
Milheiros da Maia,cafou com D:. lha da nofia Ordem; como tam Гстініа
714 C. 22.
Maria Lourẽço de Portocarrei bem por razão do titulo de Ence & lib.5 à
ro, de que teuefilhos, hum dos. ladas,ou Emparedadas, q tinhaõ бар. го
Titº4. quaes feappelidou,Soueral,como, as que fe recolhião;&encerrauão
d pay, q foi Martim Pires do So por maior reclufaõ em cellas, &
ueral, & outros appellidaraõ do cafas eftreitas, & inda hoje con
.Auelal, & neta forma continua ferua o nofio Mofteiro de Coim мода“
rão,appellidandofeos defcenden bra o nome de Cellas. O Moftei ma destut
uthalib.6
dentes delles,_Auclares,& Soueraes, ro das Dõnas digo que começou cap. j.
promifcuamente, como fe pode por ete tempo, a repeito da Re
ver no Conde Dom Pedro. Dona ligiaõ do Patriarcha Saõ Domin
Sancha Pires de Soueral, filha de
gos,a que fe fogeitaraö as encela
Pero Soueral,foi monga deArou das,ou emparedadas q aliviuiaõ,
ca, & entrou nas partilhas com & em cujos etatutos,& obfernã
feus irmãos no anno mil trezen cia hoje perfeueraõ. A reclufaõ
tos & vinte & dous, nas herdades dellas teue mais antiguo princi
que tinhão na Freguefia de S. Vi pio quarenta & fete annos antes
. . cente de Goydojulgado de Lou dete, viuendo ainda o bemauen
ള് fada, que era pella parte dosPor
0!!(4. - -
turado Saõ Frei Gil. Teue a Or
*" tocarreiros, cujo folar he perto demde S.Domingos boas etreas
' de Loufada, nōjulgado de Por com pefoas dete nome emPor
tocarreiro junto a Guimaraés, tugal foi dos primeiros que acei
-
-
taraö o habito de S. FreiGi}Me
CAP IT. LV. dico dos noflos Reys, & no mef
Arfbelás
mo tempo em Inglaterra o pri ma Anglic4
Da fundação de São Do meiro nouiço que entrou nefta nafeculo
Religião fechamaua, Ioão Gil,& 12...is:
mingos das Donas da cvil. auia ſido Medico delRey Felippe
1a de Santarem, & om- , Auguſto de França. -

º tras coufas. Do fruto que o nofo SaóFrei


Gil recolheo de feu efpirito, fica
} O Mofteiro de S. Dos raóas plantas religioas do Con
ºmingos das Donnas de uento de São Domingos das Dõ
Santarem vemos con nas, aonde como herdeiras da
. "feruado ainda o nome
cultura daquelle Santo, & de ou
2ntigo de Donnas, que fe daua tros varoës de grande perfeiga6,
- dera6
-
*-
ElRey Dom Dinis" s㺠1.x
deraõ as freiras deta cafa fempre rigor, que fazendo outras cellas
exemplos de religiofo recolhi femelhantes, feguirão o me{mo
mento. Viuendo pois o Santo Fr. teor de vida.Nella as induftriaua
Gi! no Mofteiro de Santarem, & Saõ Frei Gil, & outros Religiofos
etando hum dia em oraçaõ, do feu Conuento, & ai por eta
depois de dizer Mifa, lhe fobre caua, como por vetirem o ha
ueio hum arrebatamento de ef> bito de Saõ Domingos, lhe cha
piritu notauel, & para manife mão freiras de Saõ Domingos,
Ítar o Senhor com finaes exte ſendo puramente recluſas, ſem
riores os fauores de gloria, que voto de Religião. Affi continuar
füa alma interiormente lograua, raõ atè o anno de mil duzentos.
fez decer ſobre elle hüa colum & fincoenta & noue,em que che
” na de luz refplandecente, de que gauão a numero de vinte, & re
o Santo ficou cercado. como re crecendo algumas duuidas entre
uetido já dos dotes de corpo ellas, & osReligiofos de SaóFran
glorioo. Eluira Duraés, húa no cifco fobre o fitio, ordenarão
bre mulher daquella Villa, & certa noite as cellas que etauão
mui continua por füa deuação na fèparadas em forma de Conuen
Igreja de Sam Domingos, acer to, com huma cerca de madei -
tóu (por boa dita) etar prefente ra, elegendo por Prelada ahuma
então, & reparando no exceto das máis anciáns, por nome,San
da luz, aduirtio no que era, & fi cha Martins. Defpois difto lhe
cou abforta no que via em quan derão os Padres de São Domin
to durou o fauor, que feria efpa gos o fitio que hoje tem, para
ço de duas horas. Seruiolhe eta onde (e mudaraõ, perfeuerando
luz de a alumiar com etimulos fempre na fubordinaçaõ que ef
de maior perfeiçâo, & defpois colheráo a aquelles Religiofos
dos regalos que os feruos de Deos de São Domingos, & foiito def>
recebem, acquiridos jutamente pois do anno mil duzentos & oi
r feus trabalhos, efcolheo a tenta, fendo falecida ja a virtuo
deuota Eluira Duraēs ofitio, fa Sancha Martins, & fendo em
em que agora età o Moteiro numero vinte & duas as Encelº
da Trindade, & nelle fez huma ladas. …: - º ,º :
pobre cella, aonde ficou encer Naó fofriáo ellas ter forma de
. rada, fem ter mais de huma fre ©onuento,& veftir habito de Saö
fta, por onde lhe minitrauão Domingos femfer verdeiramen- -

' moderada fuftentaçaó, & a feus te filhas dete Patriarcha: no an


tempos tambem os Sacramen no mil duzentos & oitenta & fê
tos. Teue ella imitadores deſte te, em que vai correndo a nota
- *
- -

* '---*・
ſ ... r *---* -*.*- х hiftoria,
LiuroXVI. Da Monarchia Luſitana.
hitoria, fe refolueraõ em man ſem cabedalderendas naö podia
dar ao Capitulo gêral, que fece aperfeiçoarfe na fabrica,&futen
lebrou nacidade de Burdeos de tarfe, lhe concedeo elRey Dom
França, a antigua Burdigalia, tão Dinis licença para herdar os bens
celebrada de Aufonio, & alcâgar das Religiofas, & que lhe pudef.
licença do Gêral da Ordem para fem deixar legados, os que qui
ferem admittidas à profifiaõ del zeííem. Foi a carta delRey dâda
la. Eícolherão para menageira emSantaré no anno mil duzenfos ,,,, ■,
huma das companheiras, por no & nouenta & oito, efcrita por 1 s..
me Domingas Annes, ou Ioão Martim Louredo. Efte Martim
approuada na inteireza da vida, Louredo foi efèriuão da purida
& de valor, & refolução para tal de delRey Dom Dinis pelos an- …i...
jornada. Poffe ela a caminho nos mil trezentos & fete, como H.; a
acheiele
com cartas de fauor, & fupplica que emficou
humpor
tetamento,
executor comem ***
ul. 74
do gouerno da Villa, que pedia
o me{mo: & afi chegou a Bur Meftre Pedro fifico delRey.E def.
deos, antes da feta do Efpirito pois feruio de Iuiz dos feitos do
Santo, & impetrou do Meftregê me{mo Rey pelos annos mil tre
ral da Ordem Frei Munio, de na zentos & vinte & quatro,que a si .

çaõ Caftelhano, a licença que o nomea em demanda que trafia


pretendia. Voltou com a paten com a Abbadefa de Vairão : E
te Domingas Annes mui confo. 3xartim Louredo Ouuidor dos meus
lada, & chegada a Santarem,que feitos. Do mefmo appellido viuia
feria no fim do veraõ, a recebe por aquelle tempo Tereja Lou
raõ com grande aluoroço as Em rida, freira nas Comendadeiras
Paredadas. Não confeguiraõ a de Santos da Ordem de Santia
execuçaõ do que tinhão alcan go: tomaraõ o appellido da hon- .
çado com tanta breuidade, por ra, & quinta de Louredo,que em ##
que lhe dilatou Fr. Gonçalo Ori tempo delRey Dom Dinis trazia Rey ចំ
gijs a profiffaöatè o anno mildu hüa D.Vrraca, & eftàfituada na núfalsº
zentos & nouenta, dipondolhe freguefia de SaôJoão de Louredo
entretanto o Conuento em for. do julgado deSanta Cruz delRiba
ma, que pudefíe ter claufura.Do Tamega Eta D.Vrraca era tem
na Efteuainha Pires de Cafeuel, falta Orraca Fernandes, filha de
dona principal da Villa, tomou Fernão Louredo da terra de Sãta ti.……
a fua conta a fabrica da Igreja,& Maria, fegunda mulher de Efte-* #
em reconhecimento detaboao uaõ Ermigues
gues da
da Teixeira,
Peixeira, cuia"
cuj
bra, lhe deraõ fepultura na Ca filha Margarida Eteues cafou có
-pella mòr. E como o Mofteiro .Pero Coelho, de 4jäfalamos.. :
.
-
- -
.
-
-
--
Deuião
* ElReyDom Dinis. … 128
Deuião de profefîar asDonas encontramos já em outro lugar
de São Domingos no anno mil pelos annos mil duzentos & fe-,
duzentos & nouenta & hum,por tenta & tres, na peffoa de Pero
que nefte deu a Priorefía de Che Martins Carualhofa Clerigo mo
las Dona Tereja Fagundes licen rador em Santarem, que pode
ça a duas Religioſas fuas,Eſtenai ria fer parente delte Frei Marti
nha Rafsinha, 8c Maria Mendes nho, & ambos naturaes da me[…
de Anciaõ, para viuerem no Mo ma Villa. Emtempo de(pois del- _ _
fteiro de Sañtarem, que confor Rey Dom Ioão o Primeiro viue- ಛಿಪಿ
me a patente do Mëftre Gêral, raă na propria Villa, Luis Go-;
vinha ordenado trouxefem da mesde Carualhofa efcudeiro, do
quelle Conuento Religioſas, que qual, & de Lourenço de Carua
em Santarem intruifem na ob lhofa feu fobrinho (e acha me
feruancia regular as nouas pro moria na Chancelaria daquelle
fefas. Detas duas que mandou Rey. O folar da familia confor
a Priorefa Tereja Fagundes, ele me as inquiriçoês delRey Dom
gerão para Priorefa a Dona Ma Dinis, he a quinta de Carualho- º
ria Mendes de Ancião. Ella de fa na freguefia de Sam Romaõ, ""
pois no anno de mil duzentos & da Ermida do Confelho de San
nouenta & oito, para memoria ta Cruz de Riba Tamago, que
de que o fitio do Moteiro em entaõ
lhofa, pofuia Martim dee4Carua-
& era honrada. quintº ്
ib, t. dai
d

que viuião fora dadoliberalmen


te pelos Religiofos de Saõ Do que chamão
a yirão (arualho/a,
bonrada defque hef&proutdo
acordãoque diligfol.
as #" P2
miñgos, o declarou por efctitu
ra publica, na qual afsinaua en tº/temunhas,$rfoi de sá ausenga. Saõ 31.
tre outros, Frei Martinho de Car palaurasformaes daquella inqui
ualhoía, Vigairo que era dasfrei tição que citamos. . . . . .
ras. E para que totalmente fe Q Frei Gonçalo Origijsen
gurafem a encoporaçãó que fe tendo que era parente mui che
Jhg concedera á Ordem, a con gado dos Aboins, que vſaraöeſte com. 驚
firmarão depois no anno mil tres appellido do pàtróóimico de Ou-?º,
zentos & quatro por fupplica fei rigo, ou Erigo, que era o nome
ta, fendo Prioreffa Tereja Afon de Dom Ourigo, auó de Dom
fo, ao Papa Benedićio, & def. Ioão de Aboim, por cujo repei
páchada por feu fücceĤor Çle to feu paife appelidou Dom Pe
3mente Quinto, indo na fapplica dro Ourigues,& aſsios mais deſ
aísinado ainda o me{mo Fr.Mar cendentes, tirado Dom Ioão,que
tinho de Carualhofa. . . toniou o appellido da fregueſia
... O appellido de Caruaſhofa aonde nafceo. Quafi todos os
*:::: * - * - Yz Aboias
Liuro XVI. Då Monarchia Lufttana. -

* * *

Aboins, & Ouriguijs auiſinhara5


em Santarem, pelo que não he CAPIT. LVI. *
muito que delles fofe o Prior
Frei Gonçalo, que defpois teue
o lugar de Prior de Sain Do De como foi cercado em
mingos de Lisboa, como e ve Arronches o Infante Dom
rá adiante. Occupaua naquelle Afonfo,é reduzido a ami
, tempo os lugares das Religioês elRey feu irmão:
fäde com
\e a principal nobreza, que não era
.v. -- — --
...a menor caufa da granda obfer é de como elRey fez admi
uancia que tiuerão. Da me{ma tir à grata delRey de Ca
familia auia em Santarem nefte
tempo Dona Eluira Ourigues,
fiella a D.Aluaro Nu
Abbadeffa do Mofteiro de San nes de Lara.
-- - - - -
* --- ….. . . . .
Atalar, ta Clara. Eta Religiofa mudou
3. doideu o habito, & foi morrer Freira no Ouco aproueitou ain- 1287.
rado, fol. - - º - -

:::::: nofo moſteiro de Coz. No an ¿Jºé dutria, & autoridade -

no mil duzentos & noüenta & el 3 delRey Dó Dinis con


uatro fez ella, eftando naquel º tra asdemaſias do In
le Conuento, doação ao motel fante Dom Afonfo feu irmão, &
…....…ro de Alcobaça de todos os bens de ſeu colligado D6 Aluaro Nu
__… que tinha em Rio maior, & na nes de Lara. Continuarão am- Mare,
" Vallada, que tudo he detricto bos em fazer entradas pelo Rey-*"…
de Santarem. Contudo a fênten no de Leão, & Galiza, em for-*
ça fe deu em fauor do moteiro ma que teue elRey Dom San
de Santa Clara, por onde lhe , cho de Catella necefidade de
adjudicaraő eftas herdades ·'· fe aüifinhar âquellas partes com
-, de Dona Eluira Origues o Conde Dom Lopo Dias de
: } . . . fua Abbadeffa. º ; : º Haro. Vendo elRey Dom Di
nis que o negocio pedia reme
dio mais violento, mandou or
dem a todos os Grandes do Rey
nô, que com a mais gente que
pudeffem ajuntar , caminhaffem
pard a villa de Ařronches, aon
de fe tinha recolhido o Infante,
com intento de lhe pôr cer
co, & abater de huma vez o
orgulho com que tantas pertur --

baua --
ElRey Dom Dinis: ~ 129
baua a quietaçaö de ſeu Reyno. mais terras do Bipado. Tem ou*
Tanto que teue difpoftas as cou trofi dos muros adentro bū Mo
fas todas, fe partio da cidade da teiro de Religiofos de Santo Au
Goarda meiado Setembro, & fa goftinho. . . . . .
zendo algúas detengas, que con Conforme ao que fe diffe na
uinhão para o melhor apreto da terceira, & quarta parte defahi, 3-par.lib.
uelle cerco,(e achou fobre a vil ſtoria, elf cy D. Sancho o Segun I )‫ نا ه ل‬،9 ‫ه‬
la de Arronches a ſeis do mez de 4 pur.lib.

Nouembro.
do, que a deuia ganhar aos Mous 2.15.
ros, & deu aos Religiofos de San
' Eftà a villa de Arronches fi ta Cruz de Coimbra no anno de
tuada em lugar alto,lançada qua mil & duzentos & trinta & feis.
fitoda ao Norte, cercada de mu ElRey Dô Afonfo Terceiro con
ros,& barbacáa com feu caftello, fiderando que lhe importaua ter
a Alcaidaria, a qual he do Con aquellaVilla na fronteira, trocou
de de Miranda, & rende dous mil cóm o Mofteiro, fendo Prior Dö
cruzados, terã a pouoação feiº Ioão, & lhe deu pelo fenhorio fe
centos vifinhos.A fabrica das ca cular della (que os padroados fi
fas hc boa, & affi mefmo a das cauaõ ao Moteiro) as Igrejas de
蠶 & Ermidas,& de feis free Santa Maria de ိုရှိ႕ႏိုင္ဆို႔ Ma Lib.delRºy
uefias, que tem no termo, que ria do Açumar,&aalbergaria de D. Afomjō
體 de feis legoas de comprido, & Poiares,foi iftono anno de mil & 3.

mais de tres de largo.He habitaº duzentos & feffenta & quatro,


da de gente nobre das familias Deuaefte Rey ao Infante D.Afon
dos Sequeiras, Veletes, Tauares,
foféu filho, que agora a pofuiá, Catitorio
& Soares. Abunda degadoŝ, p9r ¿pelasinquietaçoês que caufou, de S.Crító
ter em feu detricto muitos mon fez elRey Dom Dinistroca com
tados; & na ribeira de Caya ha elle, com que a encorporou na
muitos moinhos, & piloés, & cõ Coroa defpois defte cerco. Teue
elía fè regaómuitashortas. Hüá Arronches grandes côtendas na
fegoa da vila tem húa ferra de quelle principio com a villa de
três legoas de comprido, aonde Álegrete (obre os termos, & de
etão muitas hortas;a todo o mo" margagoës, fendo partesque pro
rador da Villa, que a quer habi curauão atal demarcação o Prior
tar, felhe da terra aonde a pede de Santa Cruz Dom Martim Pis
rara fazer hortas,& cafas.Coma res por Arróches, & por Alegre
រ៉ូមុំា termo, & rendi i te Dona Vrraca Fernandes vitiua
mentos delle ſe pratica render de Dom foão Garcia de Soufa,fe.
tanto ao Bipo de Portalegre, de nhor de Alegrete com feus filhos
ເຫຼັ້ Dioເ; ເສo d. ? Don EtcucAns, Dಂpali:
-
*
---------
* iſ ºpiº.”. - Y3 Annes,
· · · Liuro XVI, Da Monorthia Lufitana.
Annes, Dona Sancha Annes,Do nhia o Metre de Alcantara Dom sa…,
na Aldara Annes, & Dona Maria Fernaõ Paes (que era Portugues) dº al.
Annes. Cõprometeraõle em Dõ com os caualeiros daquellãor-****
Fernão Martins Comendador de dem. Foi o cerco mui apertado,
Fronteira, & Dom Pedro Ayras & com eftarem ambos os dous
Celleireiro do Côuento de Auis, Reys prefentes com a melhor gê
! OS quais C0f1) licença de Dö Mar te,a difpofiçaõ defenfuel da Vil
tim Fernandes Metre daquela la, & a boa gente que o Infante
Ordem acentaraõ os marcos, & Dom Afonfo tinha, affi dos no
concordaraótudo no anno mil& radores,como de outros feus vaf.
duzentos & fincoenta & quatro, falos de Portalegre, Maruão, &
de que fe fizerão publicos intru Caftcllo de Vide,fizeraö taóboa
mentos,nos quais para mais fegu refitécia, que foi bem neceffario
rança puferaó feus fellos Dö Egas todo o poder dos Reys contra el
Bipo de Lamego,os Abbades de le. Diuulgoufe por toda Epanha
Saõ Ioão de Tarouca, & da Sal a jornada á os dous Reys faziaõ,
feda da nofa Ordem, & o Prior &jà de antes e prefumia, tanto
de Carquere Dom Egas. Neta que as correrias do Infante, & de
villa de Arronches cercou, como Dom Aluaro chegaraõ á noticia
' diffemos, elRey póDiniŠadiñ· dos pouos. Tendo nouas do cafo
fante Dom Afonfo feuirmão fê a noffaRainha Dona Brites,& fua
nhor della. º : " ,; º
* - filha a Infanta Dona Branca, que
-

- Tinhaõ concorrido ao cerco como temos dito, etauaõ por e


º- i. …o de Arronches toda a nobreza, & te tempo em Burgos, fe puferaõ
*** caualeiros das Ordens militares; a caminho a fim de concordar os
& grande multidão de gente,por Reys, & o Infante. A dezafeis de
fe ter elRey empenhado muito Notembro vimos que tinha che
na materia, affi por refpeito del. gado a Badajoz a Infanta, pela
Rey de Catella, que edaua por doaçaõ que neta Cidade fez, de
mui bfferidido doſnfante D.Afon que afima demos a copia, & era
o mefmo tempo em que o cerco

mo por particular decoro que vía
fe apertaua em Arronches. Con:
. ង៉ុ 蠶 de ſeu tinuouſe com notauel porfia atè
ElRey Dom Sancho, ainda que o principio de Dezembro. O Ín
lhe não faltauão em Catella ou: fante vendo que não podia fazer
tros defóiostodauiacom agehte mais refitencia, & fetido auifado
do Reyno dé Leão, & Galiză,pờr da chegada a Badajoz da Rainha
onde andaua, fe veio tambem ao 器 da Infántafilairmãa,
nefiñó cerco, & em fua compas buc6u ordem cóm que faio dé
- - -

. .. .. ** --
Arron
. . . . ElRey Döm Dini. tº 3o

º
Arrõches;defmintindo as vigias, raõ de Badajoz dcipedidos del -

fe palou logo a Badajoz, confia Rey de Catella, & mais fenho


do na terçariá deftas Princefas. res,8¿ vierão para Eluas dous dias
Foide efeito a intercefaõ del defpois,que 器 quinze do mez Ibid 1.
las,& tambem fe entende, que a de Dezembro, conforme aos in 216.
Rainha Dona Maria de Catella, trumentos publicos que vou fe
& a Rainha Santa Ifabel foraõ guindo, & darei no appendice
boa parte para fe reconciliarem tresladados. No dia (obredito, 4
os dous irmãos, & elRey de Ca foi huma fegunda feira, etandó
ftelia fèu tio. Ajuntaraöfe todos ambosjuntos,elRey Dom Dinis,
em Badajoz, fendo muifeftejado &o Infante Dom Afonfo no Mo
aquelle ajuntamento dos pouos teiro de São Domingos de Eluas,
circunuifinhos, pela quietaçaõ q & em fua prefença D. Ioão Bipo
fe eperaua, que a todos ecanda de Euora,Dom Martim Gil,Väf.
lilaiia'a guerra entre Principes co Farinha, Afonfo Correa, Dom
taõ liados em fangue. Etando Domingos Annes, Eteuão Paes
醬 nefta cidade dé မြှိုု့
fè Alcaideáfora de Maruaõ, Ete
zeraõ as pazes, & amifades; & uaõ Gonçalues C, anfalho, & ou
Lib. 1. fendo treze dias de Dezembro, fé tros muitos caualeiros delRey,
fizerão eſcrituras publicas, em 4 do Infante, & de D. Martim Gil;
elRey, & o Infante conuieraõ,ra feleraó as cartas de compofiça
tificando todas aspofturas anti por Ayras Martins 諡讚
guas, & mandando de nouo dar Rey, & em comprimento delas … * tu $.

omenagé dos Catellos de Mar pedio elRey ao Iñfante!!he man


-
-
• , uaó;&Portalegre selKey, para daffefäżeromenagemööCafłełì
** -

lo de Portalegre por Ayras Ca3


* * *

-- " - .5 蠶por mandado do Infante, femor bral,como em efeito fez, leuan


dem delRey. Mais feordenou, 4 tandolhe primeiro o Infante 3
o Infante largaſſe aeſRey avilla omenagem que lhe tinha dado:
de Arronches, & elReylhe deſſe
em troca a villa de Hermamar go de tanta autoridade naquelle
na comarca de Lárriego, máis tempo;&eta acção cõquele fã
រ៉ូមុំា no, & žemas omenagens muiparafer
defiiada das outras fertas do In fabida, dareias melmas palauras,
- - ', ' . 1- - - rs. , , * * -, *-* . . .

ಸ್ಧhekaâ00ಣ. .
5. r .* ~ * , rr, si i r, -
que faõ parte da efcritura.E 25
ças diminuidas. º . . ñas Cabráldiffº entom ao Infante zóm
º

`º Acehtadas
‫ۓ‬- ‫م م‬.2 f
eftasº capitula - <Afofo. Senhor mandulfhervºs que
:1 11
r :A ‫ نا ;؟‬-1 - * ‫جميع ما دام‬
çoês, & aceitadas pelos irmãos faţa menagem do Caſtello de Portalegre
ambos Rey, & Infañte, fè parti álkyżżini v firmis Ezim - - -----

Y4 -Afore
Liuro XVI. Du Monarchia ாக
/nே diſſe, mando. EE) 7). 2i. autoridade do Alferes mòr Dom
d/e entam. Ayras Cabral fo/edefine Martim Gil,porque em ambas as
yof memagem do (4/!ello de ?ortalegre, efcrituras das omenagens (e diz,
C

que/e o Infante 2). ുfinf тера|а/е que etauão prefentes muitos ca


elaspoturas,ou cada huma dellas/een ualeiros del Rey, & do Infante, &
do frontado por tres vezes, @ nom no delle Dom Martim Gil,final de 4
emendar, & ". 46i como aquelles daua moradias a grande copia de
que hy/om metudos manda/em, ºpor caualeiros, & não deuião fer os
bem tiue/em, é como conteudo he em de menosconta.
eta carta compridamente, que yos re Detamaneira apafgou elRey
cudades dar a mimee Cello de Por a feu irmão, & foube obrigara
talegre, fenom que/ejades ende traedor, elRey de Catella, com fe oppor
</#como quem mata/enhor,ou erra em a Dom Aluaro Nunes de Lara,
(ºfello? E …Ayras Cabral di/e, faço. que fauorecido do Infante, era
EelKeydiſſe: & euaſi o recebo. Een caufa deftas defordens. E para4
tom º Infante fez menagem a −4yras neta geral compofiçaõ naõ fica
Cabral que º nomforçafé, nem de/po fe de 體 D. Aluaro, nem elRey
der4/e doditto Cytello,nemnoengana/ Dom Dinis deixafíe de intentar
/ºporf, nem por outrem, de guya que meio algum, de que pudefe co
e/nompodi/e cumprir, é agºardar a lher comodidades de eftado, po
žlitey Z.Zimi o menagem/obredito. de tanto com elRey DóSancho,
Depois dito em huma quarta que lhe fez admittir à noua pri
*k, feira quatorfedias de Ianeiro fe uança ete vaalo.Tratoue o ne
218.
guinte,etando el Rey, & o Infan gocio porvia da Rainha de Ca
te no arrabalde de Monte moro ftella Dona Maria, offendida de
nouo,& na prefença delles as pelº prefente do Conde Dom Diogo Rurita E.
‫ وه‬.6 . .89 -

foas já nomeadas,& outras mais, Lopes deHaro,fenhor de Bifcaia,


que forão Martim Lourenço,Dõ que por fenhorio de terras,quali
Martim Annes Tio, Ioäo Men dade, & priuança podia tudo cõ
desfilho de D. Mem Rodrigues, elRey. Ete caualeiro por efe
Ioão Fernandes Batifela, fez Go nhorear mais davõtade delRey,
mes Paes Bugalho outra omena vendo que naó queria o Papa di
gem (emelhante pelo Catello de penfar com o caíamento da Rai
Naruão. Eno me{mo dia,&lugar nha Dona Maria, intentaua cafa
fe fez a troca da villa de Arron lo com Dona Guilhelma de Mõ
ches pela de Hermamar,celebra cada, filha de Dom Gataõ Víf.
la cõ efcritura publica,que tam conde de Bearne prima fua. Te
bem irà com as mais no appendi meo a Rainha Dona Maria, que
ce. He Para confiderar agrande ſaiſſe elle com o que - pretendia,
-
r
-- I efcreuco
-e---
- *
* - - --
-

t
… ElRey Dom Dinis. … ;*
ecreueo a elRey Dom Dinis, pe que trocar a elRey Dom Sancho
dindolhe fauor na materia,& pro hüleuantado por outro,deixando
pondolhe os dannos que fefegui obrigados,& em feufauor a Raia
riaõ do diuorcio. ElRey D.Dinis, nha de Caftella, & o nouo pri
que era deltro batanteméte em uado. - . . ." º: º . .. .. . .

cafos deta qualidade,vendote cõ "Tinha elRey D.Sancho nefte


elRey Dom Sancho em Arron anno feito pazes com elRey de
ches, lhe falou em fauor daquel França Felippe o Fermofo, em
le matrimonio, azedandolhe as que fe prometteo aos fobrinhos
eoufas de DõLopo Dias, & exa ប៉ុន្ត័ por defiftirem do titu
gerandolhe os rifcos em que fe lo de Reys de Catella, o Reyno
podia ver, tendo há homem taõ de Murcia para Dom Afono, que
poderofo em feu Reyno, o qual era o mais velho, como feudata.
com feu irmão Dom Diogo Lo rio dos Reys de Catella,& mor
es fenhoreauão a maior parte rendo fem filhos entrafe na poffe
delle. Os de Haro erão pouco af delle o outro irmão Dõ Fernan
fectos aPortugal, defpóis que el do.A mây delles Dona Branca,tia
Rey Dó Afono Terceiro depo delRey de França,mulher de pé
jou a elRey Dom Sancho feuir famentos altiuos, & que queria
mão, & impidirão o cafamento ver antes os filhos litigar pela Co
delle com Dona Mecia de Haro. roa,quete lhe tinha víurpada,que
Difelhe que Dom Aluaro Nunes aquiétarfè com:htima parte taö
de Lara era caualeiro de alto fan pëquëna, defcontente do acordo
gue, & de grande valor, que efo nas pazes, diz Frei Abraha5Bſö Adannuní
1287. п.
fa defobediente por aggrauado; uio, que feveio a Portugal pedir: 2 .‫هو فك‬
reduzido agora o feruiria com fi fauoralelRey Dom Dinis cóntra º
delidade, &zelo, & gue com os Caftella. Intentou efta Princefaa
de fualinhagem, & parentes po jornada a Portugal com melhor
dia bem enratar contra a facçaõ refoluçaõ, que Ricceflo; þor ue
de Dom Diogo Lopes. Em fim no me{mo tempo achou à elRey
elſey D. Sancho admittio outra DõDinis liado com nouas obri
vez a Dom Aluaro Nunes porin gaçoés a Catella, & afsinão po
duzimento delRey Dom Dinis. de tereffeito fua pretençio. Iero
Inclinou logo o fador delRey pa miniodeZuritatà hiftGiadóaa- tw.w.
ra Dom Aluaro, & D.Lopo com nofeguinte efereue,que elRey D. Ioj
defenganos dedefualido fe defcu Sancho fe vio no Sabugal comel
brio inimigo delRey, & fez grã Rey Dom Dinis,& que naquellas º 2 • r.

des dannos em fuas terras. Com viftasthe prometteo elRey Dom


ifto não fez elRey Dõ Dinis mais Dinisfauôr cótra Aragão, & fem
- - - -
- duüida
Liuro XVI. Da Monarchia Luftana.
duuida fauoreceo a elRey Dom Arronches, & outras depender
Sancho naquellasguerras,que fo cias dele, deixei para efte lugar a
raó atigadas por Dó Diogo Lo ſupplica que o noſſo Abbade de
pes defpois de cair da priuança, Alcobaça, que então era DõDo
porinduzimento delRey Dõ Di mingos, primeiro do nome,deci
nis,& feu irmão D.Lopo fer mor mo quinto em numero dos da
to por ordem delRey D.Sancho: uelle Conuento, o Prior de San
masainda que as guerras de Ara ta Cruz de Coimbra D. Louren
Ἀo com Caftella foraö do anno ço Pires, decimo em numero dos
ನಿ por diante, as viftas dos Prelados deta realcafa, com ou
Reys no Sabugal de força prece tros Priores, & Reitores de Igre
derão nefte anno, que elRey Dõ jas, fizeraö ao Summo Pontifice,
Dinis efteue tãto tempo na cida ara que còfirmaffe a applicaçaó
de da Goarda, elRey DõSancho de rendas Eccleſiaſticas, que elles
veio de Aftorga para Arronches, de feus Moteiros,& Igrejas com .
8 era facilirelRey DöDinisfa confentimento delRey D. Dinis,
larlhe ao Sabugal,& defpois teue como padroeiro fazião, para fe
ainda mais tépo em quanto eti fuftentarem Lentes, & eregir hű
uerão no cerco de Arronches, & cítudo gêral nefte Reyno.TA ef
em Badajoz, que no anno feguin critura 醬 me veio a mão mo
te não pafou elRey Dom Dinis ftra fer feitano anno feguinte de
áBeira, nem fe auifinhou a Riba mil duzentos & oitenta & oito, a
de Coa, como veremos, & afsi onze de Nouembro na villa de
mal podia ir ao Sabugal.E que fe Monte mòr o neno:mas confide
viffem noSabugal efte ann6 pre radas as concurrencias dos tem
fente,o diz exprefamête a Chro pos, deue etar errada a Era que
nica antigua delRey D. Sancho. apontade Mcccxxvj.que hean
** : ,
no duzentos & oitenta & oito, &
CAP IT. LVII. , deue fer Era M.ccc.xxv.que facil
mente lhe acrecentaria o tresla
Da fupplica que fe fez ao dador húarifca; neta forma vem
SämoPontiftepelo Abba a cair bem no anno mil duzentos
de de Alcobaça, & outros & oitenta & fete, que he efte de
Prelados parafe eregirИтi que efereuemos,& em que elRey
merfidadenešie Reyno. andou por Alentejo,& etene em
Nouembro,& Dezêbro no cerco
1287. or não interromper o de Arronches. Acom panhou a
fio da hiftoria, & con elRey toda a nobreza do Reyno,
匯 i cluir com o cerco de & a maior parte dos Prelados,&
-- - - -- - - eta
- *
º ElRey Dom Dinis. ;*
eta foi a caufa defe poderem a & dipotos os fundadores dellas -*

juntar tantos em Monte mór o da oportunidade da paz, que eta


nouo, Villa da Comarca de Alé Prouincia então gozaua, porque
tejo, o que não tem lugar no an aficomo a primauera com a be-,
no feguinte, no qual, como vere neuolencia de ſeu remperamento s
mos, andou elRey pela Etrema eftà chamádo as Hores, que sò na
dura,& entre Douro &Minho to benignidade daquelle tempo lo
do o anno. A forma da mefma graõ o mimo,&füauidade defuas
fupplica o motra tambem, porá qualidades; aísia paz,& tranqui
não vai dirigida a Põtifice algum lidade dos têpos conuida, & áef. -

nomeadamente, fenão em geral perta as boas artes, & fopra em


ao Papa qualquer que fofe: a ra ſen fauor benignamente, quanto
zão era, que tinha falecido Ho a turbulencia da guerra as éncon
norio. Quarto a finco de Abril tra,8 mortifica. Pacis beneficio in
dete anno de mil duzentos & oi uitati, que perinde arque vernum tem
tenta & ſete, 8 continuouſe a Sè
pus in arboribusflores, ita hæc omnes
vagante atè vinte & quatro de Monas artes aura quadam indulgenti e
Feuereiro de mil duzentos & oi uocat. º
tenta & oito, em que foi coloca O motiuo que tiueraó os no
do na cadeira Pontifical Niculao fos Prelados para intentar nefta
Quarto; como não auia Papa vi occafiaõ, em gue o Reyno anda
uo, inuiaraõ a fupplica em gêral ua occupado com guerras ciuis,
, ao Summo Pontifice que faiffe eregir nelle eſtudos, & Vniuerſi
eleito. dade, deuia fer, que no proprio
-

Hepara notar que na occafiaó tempo eraõ partidos a Roma fo


em que o Reyno andaua mais re breas cõtendas do Eccleſiaſtico,
uolto com guerrạs ciuis, fe lem & fecular quatroPrelados princi
brarão os Prelados, & zelofos de paes, conuem a faber, o Arcebif.
introduziretudos, & eregir Vni po deBraga Dom Tello,Di Bar
uerfidade, fendo coutas tão encõ tholameu Bilpo de Silues,DöAy
tradas, que sò por fruto da paz, merico de Coimbra, & DõIoão
reconheceo o douto Aluaro Go de Lamego. Praticariâo elles nos
.mes a fundaçaõ das Vniuerfida grandes dannos que daquelle liti
des, falando da de Alcala, que o gio fetinhão vito em Portugal,
……. Arcebipo de Toledo Dom Frei & ainda entenderião, que o não
"vºjlib.i Francifco Ximenes.de-Ciferos etar o Reyno prouido de pefoas
leuantou,a cujo exemplo e viraõ de letras, que {foubeffem liquidar
em breue outras mais em diferã os limites,& poderes de cadahua
tes partes de Epanha,cõuidados, dasjurifdiçoês, auia fido a caufa
de (e
- sº

-
‘. .
k ...-i-
Liarº XVI. Da Monarchia Luſitana.
de fe terem introduzido alguns importafernão só ornadº cã As armas,
abulos: comete zelo fe refolue fenão també armadaçãás leis,paraque
raó entaó a ordenar, que ouueffe a Republica pº/a/ºr bemgºuernada nº
efcolas, em q fe criafem varoés ιρο da guerra,@paz: porque o mundo
doutos que gouernafíem oReyno fé alumeapela/ciencia, º «vida ‫ تهۀ‬S‫ة‬-
com a igoaldade de jutiça, que tos mais cabalmente fe informa para
as leis humanas, & diuinas tem obedecer a Z)eos, 6” a feus κιβικ, ώ,
dipoto. Como em Roma auião vánjiros, 4 Fé/efortal.ce, a greja/e
de afiiftir os Prelados, que difle exalta,& defende córra a hereticaprá
mos, com procuraçaõ de todos uidade por meio dos artéikcclefiº/lices.
os Ecclefiaticos, era facil ratifi Por todos fies refeitos: Nós os acima
carfe pelo Pontifice eta determi nomeados, em companhia depífias re
naçaõ. Congregados pois na villa ligiº/a, Prelados, & outrºs, ºficleri
de Monte mòr o nouo, fizeraõ a gos, como feculares dos Zeynos de Por
fupplica,que traduzida do Latim tugal, & J4lgarue, auidaplemaria deli
diz deta maneira.
beração nocaº, interuindo ain/piraçãº
—Ao Santi/simo Padre, cº/enhor, duina, & mouendones aparticular,e>
pela diuinaprouidencia Summo Pontifi commāaytilidade,comfideramos/er mui
ce da Sacro/ania Igreja de Roma: nos conueniente aos Reynos/obreditos, Gra
deuotos filhos»º/os, o Abbade de Alte: feus moradores ter hum efludogéral de
baça, o Prior de Santa (ruz de (oim, fciencias, por vermos que á falta delle,
bra, o Prior de Saõ Cicente de Lisboa, muitos difejo/os de efludar, é entrar
o Prior de Santa.2%aria de Caim4rář no efiado clerical, atalhados com a falta
fecular, & o Prior de Santa 34ria de de depefas,é de/comodos dos caminhos
.Alcaçoua de Santarem, & cs &eitores largºs,Cr ainda dosperigos da vida,nãº
das/grejas de Sao Leonardo da Atou euzão,® temem irefludara outraspar
guia, de São Iulião,& São Nicula",º pes remotas, receando çfas incomodida
Santa Eyria,@ Santo Eſteuão de San desde que refilia apartar/e defeu bom
tarem, de São Clemente de Loulé, de propoſito, 6 fear no ſtadoſecularcon
Santa Maria de Faro, de São háguel, tra»ontade. Por las cau/as pois, esº
62 Santa 3taria de Sintra, de Santo muitas outras»teis, Cr nec/arias, que
Eſteuão de Alenquer,de Santa Maria, /eria dilatado relatarpor meudo prari
São Pedro, é São 3águel de Torres camos tudo,< muito mais ao Excellen
C/edras, de Santa Maria de Caya, da tifiimo zdmzimis moffo ?ey,&fenhor,
Lourinhã, de Villa viçºſa, da Azam rogandolhe encarecidimente,/º dignale
kuja, de São : L - r e de Estre"
defazer, o ordenar humgèral #udo
moz, de 3eja, de %fra,& do ു. imáfua mobilifiima (idade de Lisboapa
douro, bríamos deuotamenre yofospér rayeruiço de Zeos, o honra do beátif.
bemanenturados. (omo a Kial alteza Mme2?artyršâå©icente, na qual(i-
--------------

- - - - - -- - dade
- - - ---------
ſ

ElR9Don Dinig -
133
dade fീ0 *Nºſ. Senhor le/a (brifio daraõ da fama que puderaõ ter,
(pultura a /eu corpo. Ouuida por ete deixando (eus nomès efpecifica
Key, & admittidaa појаpetição beng dos naquela fupplica. Rendaó.
namente, con comentimento dele, que fe contudo àqueles Moteiros,
he o verdadeiro padroeiro dos 3á%/feiros,
&Igrejas ete agradecimento, já
(C /grejas fobreditas,/e a/entou entre que do patrimonio dellas fe déu
nos,que o/alario dos Ačefíres,& Zou 2. primeira fütentação aos pro
fores /e paga/fem das rendas dos meg feffores das letras. No prologo
mo, 240ktros, Gr/grejas, taxandolo dos etatutos da Vniuerfidade de
gº o que cada huma aula de contribuir, Coimbra fe diz, que no princi
referuando a congrua/affentação. Pe pio da inſtituição della, que he
lo que Padre Sant/Simo recorremos em ete do tempo delRey Dom Di
final aos pês de C//asantidadepedin nis, le pagauão os falarios aos
dolhe humilmente queira confirmar com Lentes pelos Abbades de Alco
a cº/iumada benignidade huma obra tão baça, & pelos Abbades da Or
pia, y louuauel, intentadapara ferui dem denoſſo Padre Saö Bento,
... go de Zeos, honra dapatria;6"prouei & Priores do. Mofteiro de Santa
** to geral, é: particular de todos. ZDada Cruz de Coimbra. De Priores,
em Xtante mór o nouo a dous dos Iaus & Reitores de Igrejas feculares
de Nauembro, da Eramilo trezentos não fala. Não he razão que ne
c9 cvinte cº/eis. º ': ': ; guemos aos benemeritos o que
… Efta foi a fupplica que os Pré obraraõ, nem que fe etenda o
lados nomeados fizerão, na qual louuor aos que não puferaõ mão
feha de aduertir o que notamos na obra: nomeados vão os que
acerca do tempo de fua data. foraõ autores deta, & entres el
Bem defejei faber os nomes de les não achamos nenhum Abba
todos os Priores, & Reytores da de denofo Padre São Bento, &
quelas Igrejas, que tão honra dos da nofia Ordem, sò o de
do penfamento tiucraó, para fe Alcobaça he nomeado, & ou
lhe perpetuar na memoria dos tro não. Do cartorio da mefma
uefe vern aproueitados com a Vniuerfidade de Coimbra foi tiº
ੈ। das fciencias, & boas ar rada afupplica que tresladamos,
tes, quefüa liberalidade, & zelo & irá na lingoa, Latina com as
introduzionete Reyno: mas fo mais efcrituras do appendice.
raó eles tão pouco cobiçofos da Verdade feja,que vendo eu o car
fama, como?das rendas de feus torio fobredito, a não achei nel
beneficios, & com a mefmavon la, mas communicouma Manoel
tade com que as offereceraõ pa Seuerim de Faria Chantre da fan
ra commum vtilidade,ſe defrau cta Sè de Euora. , ... . -
‫ أناة‬.. Z Poderà
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Poderäfer á defpois fe offere quanto não vião concluida a có
ceſſem os Abbades de noſſo Pa
dre Saõ Bento, outros Prelad
pofição com elRey.
& os
mais a contribuir, vendo o fruto
das efcolas, & ovtil que a todos C A P I T. LVIII.
alcança. E naó ha duuida que a
Bulla de Niculao Quarto, em Da eleição do Papa Nicu
que confirma a erecção da Vni lao Quarto, é da Bulla
ueridade, epecifica, que para a que concedeo a elRey Dom
ſuſtentação della contribuiao a
lem dos nofos Abbades, os de Dinis parafeparar a Ordã
nofo Padre São Bento,& Priores de Santiago da obediencia
da Ordem de Santo Agotinho, dos Me$fres de Caffella,
como adiante veremos; & deuia | como outras materias 4
de fer, que defpois de feita a fup este intento.
plica fe oferecerião. Mas do que
ao diante fè fez na erecçaõ da
Vniuerfidade, & o tempo certo
踐 Rincipiou o anno de
1|^^)?% milduzentos & oiten 1288.
em quefe fundou, com as Bullas º 醬 ta & oito cõ gèral ale
dos Põtifices, & prouifoês Reaes, ssº gria da င္ဆိုနိ်န္တြ
& varias mudanças que teue de. pela eleição do Papa Niculao
Lisboa a Coimbra atefua vitima
Quarto do nome, varaõ de intei
fituaçaõ neta Cidade, tratare reza admirauel
, & igualdade na
mos no anno certo em que fe lhe jutiça, repeitando mais para o
deu principio na de Lisboa, que Prouimento dos lugaresEcclefia
foi o de mil duzentos & nouen
ticos,os merecimentosdos preté
ta, con for mai
me a s aue rig uad a dentes,qas razoês de confangui
computaçaõ. Podefe confiderar nidade, q algüs lhe alegauão; ef>
que não entraraõ neta fupplica colheo a Religião de S.Francifco.
nenhum dos Prelados do Rey por mais feguro modo de vida, &
no, affi o Arcebipo de Braga, procedeo nella em forma, que al
como os mais Bifpos; & ao que cançou o fupremo lugar de Geral
fe pode colligir, foi a caufa an della,dõde foi promouido a Car
darem litigando então com el deal do titulo de Santa Sabina.
Rey fobre as juridiçoés, & ain Por falecimento de Honorio IV.
da parece que eraõ já partidos faio canonicamête eleito por ca
para Roma os Prelados que no beça, & fuccefor da cadeira de
meamos; não quizeraõ demittir São Pedro, de que tomou pote
de fy rendas, & jurifdiçoês, em no me{mo dia, em quefe celebra
a fefta
º . # -- r e º ---, -- * ** . º ,
- .
-,

ERey, m Dinis. -

* * * *...*.* I 34
* à féfia da Cadeira defe, fagrado boa,deixando concluidas as con:
Apoflolo, que he a vinte & doús rëndis do Ihfante IDô Afonfo emi
dė Feuereiro.Teuegrandecuida- Afrónches, que o defluefaõ em
do de apafiguar as difíençoêsque Âìentejo'atè'ofäneiro prèfènte.
dnia entre osPrincipes Chriftaðs; N áó fóraó de menos cófideraçaó
| principalmente no tocante alta as intrucçõês que mandou à Ko:
| ia,4cõ aprifâõ de Carlos Prin- na pára (eus procuradores procê
, cipëdeTâräto,agičretinha em defêm dacoi-poliçaõ cõ ôs Ec.
Aragaõ elRey DõAfonfo, irmão clefaíticos, & outras máterias, à
º da Rainha Santa fabèl, ficou em que actidio com igual vigilancia:
1 ' º grande defäföcego, indiormente Éio Lisboá Affiifiº, elRey átè d εντβι.
A... jigs Reynosdeñafoles,& Sicilia pridcipio deMayo,eñiqué partigº;“
föbrèčera á conténda:Para con para entre Dotiro & Minió, vii.
'fèiuaras reliquias dá Raleftina, á tando os lugares,& pfduéndo no
então (e reduziraõ à Cidade dê que tinha necelsidade de jutiça:
Ptolemaida, fez diligentias com Combretidade deu elkey volta

maisdos
dias zelo,4felicidade
que pretendiãoAsb{enho
difcorº adoLisboa,aonde
anno. Aqui refidio
etana ojáretante
á trezé
º fio daquela Cidade, defencami de Agoto, & nete diá ႕င္မ္ဟုပ္ရန္
* nhauão todos os meios q os defém ao Burgo velho da cidade doPoi
º terefados biféanão para conferº tb, a que pos nome,Villa noua déu, i.f.
* #; talos: atè á por fim fèveio aper Rey. Vemos čõfirmar nelle oIi. 333.
. . . . ** - '1 ، ‫ ۔۔۔ " ام‬:."" . ‫ہ مے‬. - * " ‫حگ‬ -

: : der tudo.Notocite ao hoffo Por fànte D.Afonſo rèſtituido à tenë


... Jtugal motrou ete Pontifice gra cia da cidade da Goarda;& fua cõ
蛇 defaffecto, & afsi fè confeguiráo fmarcà, que felhe tirou, como vi- .
: em (eu tempo ffes coufas dégran mos, quàndo daquella Cidade a:
º difima importancia, quaes foraõ judou a Dom Aluaro Nunes de
# a feparação da caualeria de San Lara:Infin; 2.Alர: tehen gour:
º tiago da obediência dos Metres diam. Também fê acha a Igreja
a ‫اه‬t
‫مه‬ ( n - .1.
‫م‬.‫پ‬ ‫ می‬... ‫و‬ - - -* : * ~ * ; , ,. 2 *-* - -

! de Catella,de que falaremos he- de Lisboa em Prelado por mor.


} fte anno; a cópófiçaõ delRey cõ te do Bipo Dom Eteúão, & nd
d os Ecclefiafticos,que pertence ao de Vifeu fè continuaua ainda S
|. · anno feguinte, &à cónfirmaçaõ, vagante defpois da morte do Bif:
l, & indultos para a Whiúerfidade; po Dom Mattheus: , , , , ...
ſ ರedebénéfonoggedare Como tasvilagelRey್ಲಿ
! *hos no outro anno adiárite, º fazía fempre procufatiafiberdõšï¿
! 13. No tempó?en que (e elegeó , bês da Córda;& ríaqüellé teimpô gigas,
º ém Roma efie Pontifice,acabána defpois da morte င္ဆိုႏိုင္ဆိုႏို Domů ::
|
*
elRey D3 Dinis de chegar a Lig
Ofi
Göçalo Garcia desoafa,
. . Z 2
qué f3fjy.
fúia.
. . ; Liure XVI. Da Monarchia Luſitana, -

fúia grandes heranças, auia duuinho,de que as inquiriçoés del Rey 1., 2.
das êntre a Condeffa D. Leanor, D.Dinis dizem aísi Fregufa de Sã-da--
irmāa delRey viuua, & DõMar ta 3aria de 3íereira a quinta que ‫مل‬37.
tim Gil, Mem Rodrigues,& Ioão chamão a Torre, quefa de Pero ?eres
Rodrigues de Britteiros, Dom Pe de xereira hºrada cótoda afregufa,
dre Annes por via de fua mulher ет 2иеfുr് qwint« Zu Peres (eufi
Dönå ಧಿಧಿ Mendes deSou
lho,e João 3íoreira,(} 2íartim 3%
fa, Martim Annes, Fernão Pires reira.Filho,ou parête delles deuia
de Bar bofa, &Gon çaloNun es fer Gonçalo Moreira,como tam
de Bargança parentes todos do bć outro MiguelMoreira Aluafil,
Conde, & pre tentores afeus bês, ou Vreador da cidade de Silues, "º º
ElRey informado que lheperten le no anno mil trezentos & de- ::
cião por fer da Coroa, & andaré zafeis asina húa compofiçaó del
tambem os direitos Reaes fone Rey com 9 蠶 Afonfo da-'
gados, e oppos contra elles,dan quela Cidade.No me{mo tempo
do porProcurador a Rui Paes Bu delRey Dô Dinis era cafado Fer
galho feu vaffalo. As partes no não Gonfalues de Moreira com
mearaõ outro caualeiro chama
Dona Maria Gomes da Cunha,fi-
do Gonçalo Rodrigues Moreira, lha de DõGomes Lourenço da
ElRey lhes encomendou a inqui Cunha. A filha delles Margari
rição do cato com toda ajutiça. da Fernandes de Moreira calou
E dia inquiriçom/acade em talmanei com Ioão Rodrigues de Porto- " "
ra, que eu aja meu direito, <></es Zi carreiro, & Dona Maria Gonfal- 蠶
cos homens/obreditos, gra (ond{/a ues de Moreira, filha de Gonçalo
0.

feu. Procefloufe tudo com muito Rodrigues de Moreira, etaua


cuidado,atêque por fim fefez en cafada com Afonfo Furtado, co
tre todos compofiçaõ, & fe deu mo deixamos efcrito em outro
final fentença etando elRey em lugar. . . .
Lisboa a dous de Setembro. -

, Era falecida por ete tempo


Ete caualeiro Gonçalo Ro com opinião de fantidade a Co
drigues Moreira,de que falamos, mendadeira de Santos Dona San
era pefoa principal, & por taes cha Martins, a quem tinha fucce
eraõ tidos os deite appéllido de
Moreira. Seu folar não he a villa dido no lugar Dona Tereja An
de Moreira na comarca da Beira,
nes Correa,fidalgamui principal,
fenão a quinta da Torre, & ou de & parenta mui chegadadogran
Metre Dom Payo Peres Cor
· tras na freguefia de Santa Maria rea. Por morte de Dona Sancha
de Moreira no julgado de Ceroli ficaraõ muitas heranças, em que
εο dcBalto, entre Douro & Mi entraua a quinta de Moncoual
IIO
ElRey Dom Dink. 13;
no termo de TorresVedras, & nias defpois de acontecer o milas
outras propriedades de confide. gre de parar o Sol ao Meftre Dô
ração, as quaes todas ella deixa Payo Peres Correa, 4 por fede
ua ao Metre, & Ordem de San terem todos os outros moueis,
tiago para utentaçaó do Con com ele efculpiraõ em memoria
uento de Santos. O Metre era os tres mais conhecidos,que faõ o
Dom Pero Fernandes Matta; ce das eftrellas, Sol,& Lua. He con
lebrara elle Capitulo Gèral da jectura minha,á os Autores rela
Ordem no Conuento de S. Mar tando a forma dos fellos da Or
cos de Leão no primeiro dia de dem, daõ outra caufa menos ap
Nouembro dete anno, & ao dia parente, dizendo que fora para
feguinte confirmou com confen motrar,que os caualeiros feruiaõ
timento dos treze, & Capitulo, à para ganhar o Ceo, feruindo na
difpofição de Dona Sancha Mar guerra contra os Mouros, Porema
tins, applicandoao Conuentopa ito era gêral a todas as Ordens
k cartoño
【 das Comé
ra empre aquellas heranças. Za de caualeria, que efte foi o moti
", dadeitas de mos, 6 otorgamos al Conuento de la uo de fuainítiiuiçaõ. Ou foi que
! இன. Zuenas del nu ſtre monaſterio de San como pelo Solfe entende Chri
0.
testodos quantos herdamientos Z. San fto, & na Lua, & Etrellas a lei de
º cha.3artins Comendadºra que fue de Mafoma, por varem os Arabes Radet tap.
崎 .ఈ శీ.
fie mimo monafterio, dexo a/afirma nas bãdeiras a meia Lua,& etrel
miento a nós, ya nuera Orden, que los las,puferaó os Meftres de Santia
ayan libres, yîuite în enbage minge go a fua efpada entre o Sol, &
no perjuro de herdamientºparº/empre Lua, para motrar que profeſſa
ya mas, para mantenimiento de fumo uaõ aquella caualeria em defen
wafterto.fegun lodexà Z».$amcha.»(ar faódalei de Chrifto contra Ma
tins,& ſiporſaker bieny merce'a Z). hometanos. -

Trefa Eannes Correa nuſtra Freira Nete proprio dia pafou o


Comendadºra de mimo monwerio, Metre D.Pedro Fernandes Mat
6"c, Zada em Leon dos dias de Neuié ta outra carta de troca a D. Mar
bre Era de milé trecientos e veinte 6 tim Annes,& afua mulher Dona
feis años. Tem efta efcritura dous Bataça,de quejâfalamos,dando th.d Til
fios vermelhos pendurados, em lhe para fempre os bês que à Or bunal da С -

hum delles o ello, que era o dọ dem de Santia tinha herdado?" «…


fol. 97e
-

Mefire,a fabera efpada de Santia tnn 點 dos filhos, & filhas


go,& de hia parte da empunha de Dona erefa Gil, filha de Gil
dura della a meia lua,&húa etrel 'Vafqués, que era o de Souerofa;
la, & da outra o Sol. Deuião de & em recompenfa lhe deu Dona
¿acrefĉentar osMcítres cítas infig Bataça, & feu marido
- Z3
quatrocá
faes
- i --

º
Liure XVI. Da Monarchia Luftana.
fães tambem nete Reyno. Atè feparaçaõ da Ordem de Santiago
ete tempo eteue a Ordem de de Portugal em tempo do Papa
Santiago de Portugal fubordina Niculao Quarto,ſendoMeſtre D.
da aos Metres de Catella, & Pero Fernandes Mata, & que de
Leão. ElRey DõDinis como pa fte tempo adiante fe gouernou a affi
droeiro da Ordem, & os caualei izenta, & independente dos Me- .
ros della fazendo còſideraçaòdos fres de Catella, & Leão, a que **
inconuenientes que auia navnião atê então fora fogeita. Hús,& ôu-**
có a de Catella, propueraó por tros fecôtentaraó com dizerito #
feus procuradoresos fundamétos fümmariamente,fendo a materia Oxf4 ºf
ao PontificeNicolao Quarto.Af. merecedora de fe dar della conhe tiagolg.;
º
fentoufé na Curia fer conueniéte, ciméto com clareza,& extençaõ #.
4 em Portugal feelegefiem Me fuficiente: não terião, pode fer,
fres deta Ordem feparados. dos efcrituras com que dilatàr[emais.
-
de Caftella: & paraque câ effeito Enfim dando razaõ do que no ca
rocedestem os caualeiros ä elei fo (e procedeo, conforme as Bul
çaõ expedio ete Pontifice huma las,& outras memorias que vicó
Bulla em Roma a dezafete de Se átecerei toda eta narraçaõ. Os
tembro que deixamos para oca Reys de Portugal já de mais dias
-
pitulo feguinte, em que mais co trazião meditada eta feparaçaõ
modamente começaremosa dar por conueniencias fuas particu
noticia dete ponto, & mais pro lares,& outras gèraes do Reyno,
greos que a Ordem teue dete & maior vtilidade tambê da Or
tempo adiante, º ¡… ' dem. No tempo prefente, como
….' ..., , . . . . . . .” . .
elRey D. Dinisera naturalmente
T CAPIT, LIX. í … refóluto, pos em execuçaõ ete
negocio, feitos primeiro exames
Dos motiuos que elRey D. da conueniencia, & jutiça delle,
Dinis teue para impètrar & informando de tudo a Santi
dade de Niculao Quarto. Tinha
a fparação da Orãem de elRey etetempo (como já
Santiago, 3 da Bulla do diffemospor) feus procuradores en
- Papa Niculao Quarto i Roma;que aótualmente tratauão
a compofição do Ecclefiatico;
・・。 rr;・
como óPontifice aceitou taõ bé,
g Odos os Autores, affi & todo o cófitorio o animo de
¿sº de Catella, como de Rey nefta concordata,creceolhe
Jºs Portugal, conformaö aele confian ga, vendo a oportu
# em que fe alcançou a nidade, para meter também em
pratica

-
ElRey Dom Dinis. " … [ 134
Pratica afeparação da Ordem de Dinistrataua a compofiçaõ com
Santiago, Mandou as propoftas. os miniftros da Igreja,& abroga
aos Procuradores, & fouberaõ el ua as leis,& introducçoẽs que tra
les praticarta bem a materia, 4 ziaõ abatidas fuas franquetas: pa
antes de concluir a compofiçaõ raque não ouuee nunca princi
comos Eccleſiaſticos,alcançaraó, piarfe,ou innouarfe qualquer mu
a Bulla para fedefunir a Ordem dança degouerno na Ordem de
de Santiago da de Caſtella,3 po Santiago, ſem concorreraſogei
der nefte Reyno elegir Meftres 4 ção, & maior repeito aos Eccle
a gouernafíem. Nos principios fiaticos que ella profea. *

quando em Galiza fe deu regra, · Os motiuos principaes á mo


& eftatutos a efta Caualeria,Nób ueraõ a elRey Dom Dinis procu
feruou o Licenciado Diogo dela rar afeparaçaõ deta Ordem, a
ίiύ,2, Mota, Freire da mefma Ordem, pontou o Metre DõPedro Efca
que tinhão fuccedido de frefco. cho annos adiante appellando a
em Inglaterra as duuidas delRey Roma emoccafiaõ que o Meftre
Henrique Segundo contra o eta de Caftellainftaua outra vez por
do Ecclefiatico, & filas jurifdi uefelhevniffe,&impidia a elei
çoés, & immunidades. Então fé ção de Metres em Portugal; as
intituio em Hepanha a Ordem coufàs como cóteftadas no fupre
de Santiago, a qual tem húeta mojuizo eraőindubitaueis,&to
tuto, em que particularmente fe dasellasfabidas,&viftas dos que
manda têr repeito a todos osEc então viuião, por mais que o Meº
clefaficos, por fertimbre da ef. ſtre, & caualeiros Caſtelhanos
pada defta nobre caualeria cor retenderaó defacreditar de fal:
tar igualmente osinitnigosda Fè, fas algúas dellas.
-¿ fogeitarfe obediente aos mini A Primeiramentefè prouaua,
ftros della. Afsi que no mefmo defdeo tempo delRey D.Afonfo
tempo fe promulgauão leis con Henriques primeiro Rey defte
tra a Igreja em Inglaterra, & em Reyno, & primeiro tambem que
'Hefpañhâ fe dauão eftatutòs a admittio a Ordem de Santiago,
cataleiros para emparar o etado «lle, & os outros Reysdas teñas
que ganhauaô äosMouros,deraõ
'förmíe a ifto parece que foi tayfte muitos Catellos, & Villas à dita
rioconcederemfe Meftres fepàra Ordem, com condiçaõ q os Mé
dos à Ordê de Santiago em Pór: fires,& Caualeirososfeitiriáo na
tugal; que foi hum como noúð guerra 'contra Mouros, & Chri
principio que teue no Reyno no fãos como afenhores verdadei
me{mo tempo, em que elRey D. ros,(endo alguns dos Catellos fi
• "Tº LT;
- Z4 tuados
· Liuro XVI, Da Ai narchia Lufun.
tuados nas fronteiras dos Reynos fazenda fe detruia, os Catellos,
de Leão, & Catella. Com auer &Villas fe arruinauão.Como em
eta obrigação tão precifa, ordi Portugal faltauão ordinariamen

nariamête os Metres da Ordem te os caualeiros chamados a Ca


eraõcõtra Portugal, & como em tella pelos Metres,tudo capere
-
füa companhia andauão muitos cia ſem remedio. As alheagoës
-
-
dos caualeiros Portuguefes, fica dos bens,& terras da Ordem da
-
-
uão defraudados os Reys deta dos a pefoas feculares, eraõ em
--
ajuda, & parecia húa coufa bem grande numero; nos artigos vão
contra jutiça fazerfe guerra ao nomeadas as pefoas todas, 4 por
Reyno com o me{mo cabedal, & ferem do Reyno, ainda era me
rendas fuas. Efta razão he forço nos para fentir o defraudo que fe
fifima,& não podia deixar de fer fazia à Ordem. O que não podia
refidindo os Meftres nos Reynos fofrerfe eraõ as alheaçoés de ter
lib. 18 de Catella, aonde etaua o Con ras,quederaõ aos Reys de Catel
uento de Vcles cabeça da Ordé. la, diminuindo injutamente o fê
Era tão pouco para fofrer efte nhorio da Coroa de Portugal.
cafo, que atè elRey D. Fernando Taes foraõ as villas de Aiamõte,
Segundo de Leão lançou fora de & Alfaiar dePena na fronteira de
feu Reyno os mefmos caualeiros Andalufia,cõquitadas pelo noº
de Santiago por feguirem as par fo Rey Dom Âfonfo Terceiro;&
tes de Caltella nas guerras que doadas á Ordem com muita libe
teue quando lhe impediraõ atu ralidade. Etas trocou hum dos
toria de feu (obrinho elRey Dõ Meftres de Caftella có elRey Dó
Afonfo o das Nauas,o qual os ad Afonfo Sabio por outras duasvil
mittio então emCatella.Não ef. las que chamaó Etepa, & Catro
pecificão os antiguos eta caufa, de la Reina de maneira que não
mas aquife encaminhaua a pro só diminuiraõ a Coroa do 懿
- poſta da codigio com queaster no, & a Ordem de Portugal, fe
ras da Ordem foraõ dadas, & el não que com os bens della acref>
-
Rey por feus Embaixadores, & centaraõ a Ordem de Catella, &
Procuradores eta, & outras ra aquella Coroa. Do mefmo mo
zoÉsapontou ao Papa. do fez o Metre Dõ Diogo Mu
---
#Motrauafe mais, 4os Meftres nis, dando a Dona Bataçã a villa
de Veles occupados bos Reynos de Santiago de Cacem, que era
de Leão, & Catella, raras vezes da Ordem,por lhe largarella em
acudião a etes de Portugal, & Catella o lugar de Villalar, que
Algarue, aonde por eta caufae la poluia, com que ficou a Ordé
perdia a obíeruancia regular, a naquelle Reyno âcrecentada.As
* …
- - - - - ruinas
ElRey Dom Dinis. . . 137
rúinas de caft ellos pagos, Igrejas, eraó fogeitos. He a Bulla eta que ...
& outros edificios da Ordem e fe fegue, tresladada do liurò dà Foljiż;
raõ muitas, & atè as cafãs Me Ordem de Santiago doTribunal
fraes de Lisboa foi neceffariofa da Mefa da Cófciencia, & Ordés.
zer em fua feparaçaõ grãdes def
pefas o Metre Dom João Fernã 'Niculao žĵo /ம் do; /eruos de
des, que foi o primeiro eleito em Zeos. A todos os amados filhos Comem
Portugal, & Dom Lourence An dadores, sfreire de conuente, ce că
nes,que foi o fegundo. Finalmen ualeria de Santiago das Àgnos de Por
te os Meftres de Caftella fe apro
tugal, gº-Agarue,faluação, & -Apo
ueitauaöde ordinario das rêdas, (tolica benção. Em execu,ão do hºjepa
armas, & caualos dos caualeiros floral officia applicamo; hum ºffica:
dete Reyno, deixandoo por eta cuidadº em prºcurar profiero, é pacifi
via deſprouido, & falto. Era ma coefiado de quae/quer pe/ou religiofa,
នុ៎ះ de que reultaua notorio conforme entendemos que he conmenten
detrimento à Coroa, alem dos fe. E aftporque a nejasоцијао сhegem
dannos particulares da Ordem; agora, que o sº/a2áfirepor muitas,º
Os Reys de Portugal tinhão jà araиa, таterie, qиeporrерено деfeи
requeridos os Metres, & pedida ºficio lhefebreuem de ºrdináriº, henº
emêda,& remedio em tudo, mas tauelmente occupado@r que lhe impor
deuia fer froxamente.ElRey Dó ia difcorrer vitando ºs muitos lugares,
Dinis era mais eficaz, apertou o que tem fora do Konos de Portugal,º
caſo, & o trouxe à vltima conclu ‫مل‬44tr494‫ و‬-aondegat tempoand
dilatao
ſaö,que a elle ſe attribue o princi do, a fobredita Ordem nºfies Reynos de
pal effeito : Etſynanter per magnifi Portugal,encorre não pequeno detrimº
cum Principem Z)omnum Z)ionyſum to vendofe com a falta da prºfença dº
Regem iluffren,fendo que articula Jºzefire os (affellos, herdades, 6, bens,
ua o Metre Dom Pedro Efcacho afimoueis, como de raiz della tão de
em tempo delRey Dom Afonfo fruidos, é difipados, que fºlhe nãº
Quarto feu filho. Confideradas atalharem com faudauel, eo abreuiado
em Roma as razoés da fupplica, remedio da Sé Apofiolica, pode temerfé.
& vendo ferem tão ម្ល៉ោះ que»enha a druire totalmente, con
afiou o Papa Niculao Quarto jorme o que jà ſe vai colhendo par indi
iே. a dezafete de Setembro cías manifeílos. Por tanto nosauendói
etando na cidade de Aquilea,em refeitº aº/obreditº, é arrendendopels, r -

que concedeo fazerfe eleiçaõ de дйe toca de obrigatáо a пoрo offiiв 4


Metre em Portugal, & abíolueo #rower com remedio a melhor efiadº, é º
os caualeiros da obediencia dos vtilidade da Ordem, determinamos, egº
Meftres de Vcles,a que ate entaó ordenamos com autoridade vpofilieë, -

que
e Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
que d/de «grapυ/α; einamente eleger izençaõ, & ficaraõ4iares de fer
"" em htfireprincipalalgum devos idoneo -vifitados, como diremos em ou
para o tal cargo,principalmente des ma -tro lugar.Efta Bulla efiåfalta crh
turaes das Reynos de Portugal, é…Al algüas regras por de cuido do co
ಕ್ಲ
garue, & quando não j piador, que a tresladou do origi
farte que feia. O qual Xefire tenha nal, as que faltauaó tresladei da
... ே dи рејола, -Outra que o mefmopapa expedio
e bens da dita Ordem no temporal, @r no terceiroatino de féù Poiitifica
epiritualliuremente, ficando só refer do, porque ambas fåô do mefimo Ealmſl.
nada atò 36ſire geral ‘tt νίkagio, கு theor: mas quiz trazer aquia pri
correição dela. Ejio ordenamos não ob .meira, porque della cotífta o an
fantes јчae/jчer coflumes,efatuto;,& no em que foi a concefaõquehe
juramentos da dita Ordem em contra o em que agora inios etreuen
rio, aindaque/jãoroborados por confr do,& dando com ella fundamen
mação da Sé.…pºfilica,qualquer firme to a encaminhar o tocante a efte
zadº direito, ou outrº qualquer indultº ponto, defde feus printipios por
géral, (3 epecial, com que £pffa # todo o reynado delRey Dom Di
qualquermodo impedir º efeito da pré quehis, como
fefeguem. veremos nos Capitulos
ル:Zベッリー º - Í
(псе, пїo ind, адмі expre//os, ви і/ere 2 ::: * : ..., 17 ſº .
ros. Peloque a петbйa рејоa/eja licità - -- º

;, , , , ,
* * *
AP1 “L达 -- -

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. . . . . . . . .”
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quebrantar a carta defe no/o futuro, ** * : - .


** . CA p IT. " LX.
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ë» ordenação, ou contrariala remera : :) :) :്


viamente. Zada em Aquilea a quinze
dux Kalendi de Outubro, no ammopri a eleição do primeiroMe
mriro de noffo?ontificado. Anno, & Sire de Sãtiago em Portu
dia repondem aos que deixamos Jal, é do mais que fepra
apontados, … . . . . .
- Da Bulla ſobredita ſe colbe. cedeó nefa materia.
º: ºf * (。 ・ 。
fer concedida a feparação com
dependêcia deferem vifitados os Indaque a Bulla fobre*
caualeiros de Portugal pelos Me dita fe pafou em Roº 1183
tres de Catella. Em quanto liti-, ma adezaſete de Seté
garaö por annular os Meftres de R ",. !‫ﻨہ‬ ."‘ bro defte ,onna como
te Reyno, não exercitaraõ a fu diºs, não teue efeito acon
Perintendencia da vifita, porque. ceffaódella atè oahno mi1duzé
querião que lhe fofem fogeitos, :g: & nouenta. Nefte anno, que
totalmente: defpois que preuale-, foi o terceiro do Pontificadoáe
ceo ajutiça dos Freires de Por Niculao Quarto,etando o Papa
tugal, alcançarão tambem total. em Roma, expedio outra Build do
‫צייטל‬
*
w
ElRey Dom Dinis. 138
do me{mo theor fem mudança eleição do Metre Prouincial Dó
de palauras,em Santa Maria Ma Ioão Fernandes, alegando em
ior o primeiro dia de Mayo.Para Roma as razoês que lhe parece
mais legurança fe pedio afegun rão forçofas por fua parte. Em
da Bulla em ratificação da pri tempo de Niculao Quarto não
meira. Por virtude de ambas fe alcançaraõ nada os Caltelhanos:
procedeo a eleiçaõ,em que ostre & ainda continuando o litígio no
ze eſcolheraö canonicamente a Pontificado de feu fucceffor Ce
[.|-
Dom Ioão Fernandes, pefoa de leftino Quinto, foi confirmada a
merecimentos taes,que alcançou izenção, & feparação dos Portu
o confentimento de todos com guefes por ete Papa em Napoles
muito applaufo. De feus paes, & â vinte & dous de Nouembro do
familia náo pude decubrir coua anno mil duzentos & nouenta &
t;--
algüa, por decuido dos ecrito quatro, que foi o vnico em que
res, & por não trazerem as me gouernou a Sè Apotolica, por re
morias, & Bullas daquele tem nunciar a dignidade, inco meles
po palaura de que fe pofia colli defpois de fair eleito, a vinte &
· gir... Tomou o Meftre poſſe da noue de Agoto. Eta Bulla de
º
noua dignidade, & com ella o Celeítino fizeraõ publicar por
cuidado de reformar tudo quan Afon(o PiresTabalião deLisboa,
.to auia de queixa nos Meftfes de Pero Lourenco Comendador de
Catella, & em efeito foi dando Belmonte,& Vafco Pires Comé
remedio a muitas coufas.E como dador de Almada, em abonação
os edificios do Conuento,que en defua jutiça. Fefe a publicaçaõ Fol. 37të
tão etaua em Mertola neceffita na Sê de Lisboa o anno de mil &
uão tanto de reforma, como fe duzentos, & nouenta & finco,dia
verá nos artigos allegados contra da Purificaçaõ de Nofa Senhora
los Meftres de Caftella, mandou em prefença delRey Dom Dinis,
o Metre Dom Ioão Fernandes que etaua para ouuir o Sermão,
edificar a torre da menagem de do Bipo de Euora Dom Pedro,
ſta Villa conuentual, a porta da Metre Eteuão, Metre Efcola,&
qual fevêeteletreiro. --- .Cabido, Frei Gonçalo Ourigues
Éfía torre mandoufazer ZDó foão Fer Prior de São Domingos, Fr.Lou
nandes, primeirº 3ágfire que ouue em renço Goardião de São Francif
?ortugal. E.de 3d.((C.XXX. A Era co,Vicente Domingues Prior de
: vem a cair no anno de mil duzê S.Vicente de Fora.Teſteraunhas
tos & nouenta & dous. Dom Martim Annes, Dom João
ſ Reclamou logo o Meftre Gê Alpräo ChangareldelRey, Dom
ral Dom Pero Fernandes Mata a Eteuão deRates Clerigo delRey,
1)om
:
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
DõIoão Simão Mordomo mòr; jafur, com os padroados de Saô
o Chançarel afinou por el Rey, Clemente de Loulè, pela villa de
& o Chantre Pedro Remigio pe. Almada. E no anno antecedente
lo Cabido todo, & os mais cada de milduzentos & nouenta & fè
hum por fy. Contudo o me{mo te, a vinte & dous de Abril,fendo
Papa Celeftino antes de fe defpe ainda Metre Dom João Fernan
dir dogouerno, por queixas del des, lhe fez elRey doaçaõ para a
Rey de Caftella,& dos freires da Ordem do Catello, & Villa de
quelle Reyno. annulou aeleição Cacela com todos os direitos no Ilfia,
do Metre Dom Ioão Fernandes, temporal, & epiritual. Afsi que
mandando outra Bulla em con do tempo daquela doação de
trario aos Bifpos de Aftorga, & Cacela ao Meftre Dom Ioão Fer
Tuy, que auiaõ de fer os publica nandes, & o da troca de Almada,
dores della em reuogaçaõ da pri fe ha de contar o da intrancia de ſº
.
meira; o me{mo fez tambem o Dom João Ofores. Morreo Dom
Papa Bonifacio Oitauo, em cujo Ioão Ofores obedecido dos Por
· tempo puderaõ tanto as nego tuguefes,& foi eleito em feu lugar
ceaçoés de Catella, que tornou 1)om Diogo Muniz pelos annos
outra vez a Ordem ao eftado an de mil trezentos & fèis, fauoreci
tigo,reduzindofe à obediencia do -do de Clemente Quinto, que fa
Metre de Vcles Dom Ioão Ofo tentou às partes dos Metres Ca
res. A eleição dete Metre foi no ftelhanos. LeuouDeos parafiefte
anno, mil duzentos & nouenta & Papa a dezanoue de Abril de mil
º quatro, & faleceo no de mil tre trezentos & quatorze;& com fua
zentos & feis, não fe pode aueri morte efpirou o gouerno també
guar fe foi por morte do Mefire de Dom Diogo Muniz em Portu
.de Portugal DõIoão Fernandes, gal. Ainda em vinte & finco delijus,
.$u por priuaçaõ, que Bonifacio IMayo do proprio anno deu por
lhe mandou fazer do cargo; que mandado do Metre Dom Diogo
fole por morte età mais poto o Comendadorimôr de Leão D.
em razão. O anno em que Dom Pedro Gomes a Dona Bataça a
João Ofores gouernaua já vnida Comenda de Panoids no Campo.
º caualeria de Portugal, era o de de Oũrique.com Torredãos, em
'ನ್ತಿ।toon &ಂro, troca da Villa, & catello de Vil
º” porque a quatro de Dezembro lalar, que ellalogrouem Catella
gefte annoçelebrou elReyDom para a Ordem. E, o e º nº #
Dinis com ele atroca das Villas , Tanto q em Portugalfe foube
3e Almodouuar, & Ourique, & 9a morte do Pontificê'Clemente
Caſtellos de Marachique, 8 Al Quinto, os caualeiros de Sätiago,
.. . ;
que
ElRey Dom
... . . . . Dinis. . . . 139
ique continuauão a demanda, re efcreue o Conde Dô Pedro. To
querendo fer reflituidos â pofie mou D.Lourēço poſledoMeſtra
de eleger Metrºs nete Reyno, do,& nelle cótinuou toda a vida,
como Niculao Quarto lhes con rebatendo quantas diligêcias fa
cedera pelas razoestão jutas que ziãoos caualeiros de Catella por
a ontamos,aproueitandoſe da Sè lhe annullar a eleição.Etauão el
vagante, que ouue por morte de lestão vigilantes, q acabada a Sè
Clemente Quinto, & durou por vagante, & entregue a cadeira de
efpaço de dous annos,& tres me S.Pedro ao Papa Ícáo XXII.alcá
fes,congregaraó Capitulo Prouin çaraõ delle hum breue em 17 de
r
cial,em que elegerão por Metre -Abril do primeiro anno de fèu
ß : o ſeu Comendador môr D. Lou Pontificado, á vem a cair no de *****
Law* rence Annes. Chrifto 1317. no qual mandaua
#cada pg , Tinha Dom Lourence Annes a elRey D. Dinis fizeffedipor lo
n.Pedro tit. qualidade para ete, & outros lu
2ιά βι,
| goo nouo Meftre,& obrigäffeaos
榭 gares maiores: ſeus pays ſe cha caualeiros renouar outra vez a
憾 mauão Ioão Pires Alcaforado, & obediencia antiga aos Meftres de
D. Alda Martins de Soueroſa: ca* Caftella. Os Portuguefes 4 rece
fou D.Lourence Annes com húa biaõ mal fer fegüda vez priuados
fenhora principal, de á teue por deMetre proprio,feitos protetos
filha D. Ines Lourenço, fegunda feguiraõ em Roma a caufa,&in
mulher do Conde DõGõçalo Pe formãdo ao Papa Ioão da jutiça Fol, 3263
reira,pay do Arcebifpo D.Gonça que tinhaõ, o fizeraõ fobre etar
lo, dos quaes naceo D. Etefania na execuçaõ do decreto,&paffar
, Gonfalues,cafada có Ioáo Rodri outro em feu fauor no primeiro
gues Pimentel,de 4 de(cende infi dia de Iulho de feu terceiro anno,
nita nobrefa. De alcunha chama em q remeteo o conheciméto da
uão a efte MetreD.Lourêce An caufa aos Arcebipos de Braga, & fºi ºº.
Tit, 25. nes Carnes. Outro Lourence An Santiago, & em 驚 defpois do
nes Carnes auia no me{mo tépo, de Braga,áfeefcufou,aoBipo de
orê efte era dá familia dos Bote Silues. Para eta reuogatoria do
hos,filho de Alda Martins Bote Pontifice foi grande pàrte elRey
Hha, & de Ioão Pires Tenro, ao D.Dinis, que igualmente com os
qual mandou elRey D.Dinis ma caualeirosauia tomado o negocio
tar porjußiça.ED. Lourëce An a fua cõta.Tinha elRey naquella
nes;de á falamos, Meftre de San occafiaõ por Embaixadores em
tiago,Comédador mòr primeiro RomaManoel PeçanhaGenouès,
da me{ma Ordem,chegou a etes que trouxe aoReyno para feu Al
- lugares 'delpois de viuuo, como mirante, & Vicēte Annes Portu
Аа gues,
Liuro XVI. Da Monarchia Luftana.
gues,que em duuida era Vicente tes: Et in Ordine de Calatrauia Χgni
Annes Cefar: por meio deles re Caſtelle eſt generalis J%g/fer,& nihul
prefèntou ao Papa outra vez to ºminus in Ordine de Alcantara %ft ge- |
das as razočs á auia para (erjufta neralis Хfagifter Ä€egni legionis, & in
afeparação, & criação de nouo Ordine de-4uitio,qui eff im Xegno Por
º Metre em Portugal,& repondia tugallia, 6 in Ordine de 'dotoſa Kogni

a hã fundamêto, em q os de Ca JAragoni.e,quénuper veffræ Saétitas um


-

*
ftella faziaõ mais força, q era di $tituit, funt prouinciales 2(agiſtri, qui

zer fer contra toda a boa ordem in viſitatione, (g) correctione tanti modo
natural,& politica auer duas ca /ant dičiogeneral Magiro de Cultra
- - ~‫سك‬.
‫’’س‬ ‫~س‬ ‫"سم‬ ‫به‬

--
beças em húa republica,&maior uia fubietti:ci tantu haru Ordinji ead:
disformidade ainda em húa sò Or
fi că Ordine de Calatrauia preffie,ide
dem dous fuperiores. ElRey lhe habitu;,eademque olferuätia regularis.
fatisfez adequadamente ប្រែៈ Da fubordinação da Ordê de Al- c4,
dendo que os Meftres de Caftella cātara â de Calatraua fe pode ver
eraõ fuperiores,& auêdo Metres | a Chronica daquella Ordé, & da
em Portugal, ainda lhe ficauão Ordem de Montefa à me{ma de
fubordinados na vifitação, como Calatraua efcreué també os auto
a Bulla da ſeparagão ordenaua. res Aragonetes, aonde fe poderá
Peu por exêplo aOrdé de Auis,4 ler mais por extéo á agora bata
fendo a mefima á a de Calatraua, ſaber que naó he inconueniente
tinha em PortugalMetres, & por auer em húa me{ma Ordemdous
· ter na mefma fórma fubordina Metres em Reynos diferentes:
dos navifitação aos deCalatraua, maiormente có fubordinaçaõ de
nunca entre etas Ordés, ouuera hü a outro,como fe côcedéo efta
duuidas por ete repeito : &ifo feparaçaõ, füppoto q depoisto
mefmo ás Ordês de Alcàtarado
Reyno de Leão, & a de Montefa talmentefè tiròua taidepèdécia.
de Aragaõ,fubordinadas todas á C API T. LXI.
de Calatraua,có Meftres particu
lares cada hüa.O Chronifta Fer Profguefe a mefma mate
naó de Pina tras tresladada parte riº dº feparação da Ordem
--
eita Embaixada nos feus mianu. de Santiago,é-eatinuatio
-
friptos, 4 deuia achar na Torre de feus Meifres.
-

º
$9Tombo,de á foi Goarda môr, Aõ aquietauão os Me- 33
*fucceforem ambos os cargos tres de Catella em a- ***
3ßu Paio Chronifta môr Rnïae త్రె& pertar por todas as vias
ºa Aspalaurastocantes aeſta "a vnião dos Caualeiros
vltimarazão delReyfið asfeguin Portuguetes, nem o Metre Dom
*

Lourence
ElReyDom Dinis,… 140
Lourence Annes afroxou hü pon Diogo Munis,portemer fua p9u
to em lhe refitir, & conferuarte cafê,pois era conhecido de todos
atê o fim da vida no Metrado, & por fedifrago, & quebrátador de
| deixar a caufa em tão bons ter alaura: relatou alguns cafos das
mos, 醬 por fua morte fe conti defordés de Dom Diogo,em que
| nuou fem interrupgåo a ſucceſlaö não falaõ as Chronicas. -

}
dos Meltres nefte Reyno.Defpois Primeiramente mandando vir
que os juizes delegados, q foraõ diante de fyfobre palaura a Dom
| os Arcebipos de Braga,& Santia Fernaõ Rodrigues Comendador
} go, & o Bipo de Silues tomaraõ mór de Leão,& outros Freires, q
i conhecimento deta caufa por pretenderaõ fazer Capitulo em
! | mandado do Papa Ioão XXII fe lugar feguro, para lhe emendar
foi de nouo procedendo, atè que füas demafiaso, encarcerou, &
quinze matou cõoscõpanheiros. Matou
no anno mil trezentos &
D.Diogo Munis Metre de Santia tambê a Pedro Afhares freire da
! · go publicou excomunhão contra Ordê,& tinha prefos outros.Pro
RJ 172. D.Lourence Annes, & mais Frei metendofeguro com juramento .
resde Portugal, obrigãooos com ao Comendador mór de Catella
| aquelas centuras a que felhe fo D.Aires Gomes, matou muitos
! geitafem, & apparecefiem diãte freires,& leigos de fua cópanhia, .
: delle como fuperior de todos. A & D.Airesfefaluou fugindo para
| excomunhão fepafou em nome terra de Mouros. Dos moradores
.do Arcebifpo de Toledo, Bifpo de Segura matou també muitos
de Salamanca, & Deão de Lugo, fobre palaura com mulheres, &
que deuiað fer adjuntos entaó na mininos, que foi húa crueldade
· mefina caufa,oujuizes. . . … etranha, & finalmente diz, que
. Vendofe o Metre D.Louréce matara tambem o Metre Dom
Annes declarado, & feus freires, Diogo ao Arcebipo deToledo
• appelloulogo das centuras a viti com muitos clerigos. -

te de Junho do me{mo anno na Aindaque agora parecem de- - -

cidade de Lisboa em prefença de .mafias eftas impoßiueis,confide- ,


D.Eteue Annes de Vafconcelos radas bem as reuoltas daquelle
tempo em Catella no reinado
: : Euôra,Dõ Efteue Annes BoCardo delRey Dom Sancho, & DõFer
· Bifpo de Coimbra, & Dó Marti nando feu filho, & o grãde poder
... nho de Vífeu, que cítauaõ entaõ dos Metres de Santiago, tudo he
na Corte. Declarou que não hia criuel Nem he pofsiuel que oMe
appellar,& dar razão de fua jufti ſtre DõLourence Annes alegaffe
ça a Catelladiante doMetre D. na appellaçaõ aRoma falfidades,
A a 2. tendo
*

Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.


tendo eftas coufas então facila me parece natural de Lisboa,aõ
ueriguação,antes como notorias, de viueo afazendado antes de en
S. patentes a todos as publicaua. trar na Ordé de Santiago. Tinha
Nem (e julgue por impofsinel a elle hüa almainha,que o Cabido
morte do Arcebifpo de Toledo, lhe deu jñto ao Recio de Lisboa,
é pouco depois mataraõ cà em & porq elRey Dõ Dinis atomou
Portugal ao Bipo deEuora Dom cõ outras para acrecétaref Pಣ್ಣ
Giraldo, como veremos; & che ça,lhe derão recompenfa foi illo
gou o Meſtre de Santiago D.Lou ño primeiro de Nõuembro de 3, 咏
renço Vafques, terceiro em ordé 1311. & aqui lhe chamão Pero #
ao D.Louréce Annes,a fazer taes Efcacho caualeiro, final de 4 era* 露
violencias ao Bifpo de Silues Dö nobre, & naõ era ainda entrado"
Aluaro Paes,ou de SamPayo,fen na Ordé de Santiago,ó a fer pro
do hum dos mais autorifados, & fefonella, lhe chamarião freire,
doutos Prelados da Chriftanda como aos mais das Ordés milita
de,que lhe foi neceffario fugir pa res. Foi cafado, & teuehüa filha
raSeuilha, aonde morreo deter chamada D.Sancha Pires,6calou…
rado.São exemplos etes para fer cõ Rui Paes da Panha, ou Paiua,
etranhados, & para louuar o e fidalgo mui principal, de á diz o
ftado prefente,em 4 vemos os mi Conde D. Pedro: É Rui?acífica
nitros da Igreja taõ repeitados. lado com zona Sancha Pires, filha de
Mas tornando ao Metre Dõ ?ero E/cacho,quefa bom caualeiro, º
Lourence Annes, pelas razoêsá depois fai.2tdire da Ordé de Santiago
deu da pouca fè de Dom Diogó em Portugal… fizem elahāafilha que
Munis, appellou no Reyho fèña ouue nome Tereja Zodrigues, que foi ca
querer apparecer diante delle: & Jada ?. Aluaro Rodrigues filha de har
naõ cõtente coma appellagaõ4 tim Rodrigues de Leiria, o de Zona
fez em Lisboa, mandou appellar de Lisboa s4 molher
també em Seuilha a dezafête de Martim Rodrigues de Leiria era
Agoftogiante do Arcebifpo Dö dos de Barüdo por baronia,& fua
Fernando, & do Bipo de Cadiz auò era Dona Eteuainha Pires,
HD.Frei Pedro,por (eu procurador irmãa de Dom Ioão de Auoim,
Martim PiresThefoureiro de Sil
com que fica bem prouada fia
ues. Interpoſta a appellação, & nobreza. Contudo dareias pala-Fa".
mais dilaçoês com que ostermos
de direito prolongão os litígios, uras doliuro velho das linhagens%;
-defte Reyno : E a fabredita Žana #3.
logrou Öom Lourence Anneso *#euainha Pires irmãa de zºom leão
ſeu Meſtrado.Nellelhe fuccedeo de -Auoim,foi cafada cå Gomes, Amfür,
P.Pedro Efcacho caualeiro,ao § &Yºzem ella graçom,cómo de 4
. . .. -

- - -
... . . . El Rey Dom Dinis,
-- -
• *-
-
14
he eférita. E dfde que morreº Games zeda Ordem no Capitulo de Al- uau.
de Limfar, ca[ou eta Effeuainha com cacer do Sal, & elegerão em feu painfil,
loão Con(alues de Zarundo, cºfez em lugar o Comendador mór Dom **
ella Rodrigue -Annes de Leiria, o que Garcia Pires. Os nomes dos treze
cegou o filho, Or Eleuão Annes, º fäö eftes. Zºom Garcia?ires (omen
.*fartım Annes clergo, cº ‫سهٔوم‬ rçº Gomes Taueira
۳ á2 dador mór. /-owren;9
nes.É fie Zodrigue Annesfilho de João (omendador de Palmela.e4funfo Fur.
Confalues de Zarundo cafou com Cºa tado (omendadar de Xa:/agena, Afom“
ria Fernandes, filha de Fernão Galegº fo Eſteues Cºmendador de (efimbra. Pe
de Leiria, º fizem ela loão Kodri dro Afonſº (mendador de Alualade.
gues, a qualelcºgeu, «º Acartim Kº Fernão Pires Cºmédador de Cytreuer
ãºigue;, & J%ár żødºigwe:, 6• Éße• de Afon/2 &arcº Comendador de Ou
uainha ?odriguer,&c. O filho dete rique.Conçalo 3íartins Comendador de
Martim Rodrigueshe o que ca: (abrela Gonçalo Fernandes (omendador
(ou com aneta'de Dom Pero Eº de Aljuftrel Consala de Ohueira (omé
cacho.Por feu auò Fernão Galle dador de (aceual, lo㺠Иа/не Comen
go era nobilifimo, & dos deſte dador de Santos. Louren,º Conflues
àppelido defcendem hoje os Fa Comendador de Lиiтоdoицar,ór ്ir
jardos Marquees dos Veles, por tim. Annet (omendadør de Caruzapor
Í'edro Gallego Fajardo primeiro fernão Reimandº Comendadºr de Koia
dete appelido. Tineraõ os do rica
era aufente. Ete Martim
dos de Altero, filho deAnnes
Ioão ** bå
appellido de Gallego dous Me Aires de Altero,
• . . i - -
» 4Pedro tit
#ễả
ſtres daOrdem de Alcantara, ᎠᎧ,
Fernaõ Peres Gallego,& D, Gon Etaua por ete tempo muia
galo Peres. pertada a demanda pelos caualei
່.ndorariodoMcite ros da Ordem deSantiago de Ca
D. Pedro Ecacho, que he o prin tella, que foraófempre repetindo
cipal, intento, aproueitaraólhe a vnião dos de Portugal; elRey
tanto as appellaçoês de feu ante: Dom Afonfo Quarto temendo 4
ceflor, que o fizeraõ fair eleito no na eleição ouuefe . ūas reiIol
me{mo cargo. Deu Dom Pedro tas, & fofīem caufa i. afearem
Efcachqtañbemos artigos print os Portugiefes com a difcordia
as razoês defuajutiça, efereneo
cipaes á trouxemos,& faõ a fun;
damental memoria de toda aju aos eleitores húa carta, em 觀
ftiça, & com elles, & outras dili lhes encomendada a concordia
gencias ſuſtentou a poſſe do ſeu &focego na eleição,វ៉ែ - -

Metrado, atèque faleceo no an 醬 eítáviá,&


no do Senhor mil trezétos&vin foffě a defuniaõPortugueſa cau
ເe & DoucCongregaraö¡ºo ແ depreualecerem ſempre os Ca
-
- ...t ſ: "...J
- - - - - - · Aa; fielhanos,
… Liuro XVI. Da Monarthia Luftana.
ftelhanos. Para mais os acautelar, nida eta caualeria dos Metres
& informar dos interiores que no
de Catella. Em refoluçaõ afepa
negocio tinha alcãçado, mandou raçaõ ficou em feu vigor até o
a Fernáo Gonfàlues Cogominho tépo prefente. Verdadéeja que
fidalgofeu vaffalo,& de muitacõ ainda em tempo delRey DõFer
--
fiança, que praticou tudo o que nando, no cerco que elRey Dom cironia
* ..."
. elRey lhe diffe, & aprefentou a Henrique Segundo de Óaftella !!
m. º.

- -
*
carta, que diz deta maneira. " pos a Lisboa, como e le nas hi 1.

* -º --" Zom.…fomfo pela graçá de Zeo: florias daquelle Reyno, entraraõ


* *
's ! ºfº rey de Portugal,c9 de Jalgarue. A vos em defafio alguns caualeiros de eRad sna
Santia
-
tº 3
(omendador mór, cºfreires da Ordem fa Ordem de ambas as naçoes 2 & c. 38.
- * *
- - -
da caualeria de Santiagº,/aude. Sabede Porauerem tido palauras acerca
--- *
,
?ue me di/erom,que zom?edro E/Ga da ubordinaçaõ, & vnião que os
,
: .
,
- , , cho vo/, 22teſtre he morto,de сија тоr de Catella pretendiaó.Tres Por
; : 5
-

* -- *,
- - -

reamim pefapor bom que ele era para tuguefes ficaraõ mortos,que pela
* - 1

-
-

º meu feruiçº, é para proldºvos todos, #porte delles pediraõ os Cäfle
º o dº/a Ordem. Porem vos rºgº, que lhanos abíoluiçaõ ao Papa. Naõ
iſ
fjadé, todos aqueles que deuedes ele fefabe por morte de quantos fi
ger, em acordºpara elegerdes em con caraõ os Portuguetes obrigados a
rordia: ca cumpre de ofazerdes afipor Pedir abíoluiçaõ,mas naõ deuiaõ
•ſerulo de Zeos, & meu, º prol de ficarliures deeſcrupulosnesta par
, , , , ºs todos, e dº Ordem. E compre te. O que mais fica por dizerhe
:- ::: ; outroímuito porraziodopreito gue - teponto trataremos no tomo e
º urdis,para ºpaja ет que efá, afico guinte, por naó dilatar tantoeta
mosos todo mais compridamente dir? materia, que continuamos até a
- ് ெanſalues topominhomeu ി:- morte do Metre Dom PedroEfi
lo que ayosfobre dio mando Evos cre. cacho,porferºvítimo do tempo
*** que ºs difer da minhaparte, delRey Dom Dinis,de que efete
-

bεν είμdrnήuί, 6/riίγrm" demos,autor principalda defanel


»hmerce Gº fordern. Zarem xaçaõ detaõrdem. atan Como que
Santarem ädezañu* dăåšb. ŽIây teinds dito fedeixab temate
--

bmandou.»artim Elieuesafiz. * inteirada a noticia dos motiuos


-

carta fe deixa bem ver da feparaçaõ della, tempo em q


a etimaçaõ que elRey fazia do foi;&letigios que fobfeñieraõ;&
---

Metre Dom Pedro, & a vigilan Meftres que nefte 蠶


©iaçom qüetrataua as cóuías da naraõ. Do mais que fe procefou
Órdem deSantiago,como quem até vltimasc onfirmaçoès daméſ
'a importancia que era mäizenkaöírémös dand6fáziő
r ----- -

ParaCⓛoado Reyno ເdcfⓞ nostomos fguintes, & tečendo


**, tº ; f。 -
tambem
-: ElRey Dom Dinis. tº * ... 142
tambem a fuccefaõ dos Metres, … Tambem aduirto que os dous,
& os particulares de fuas acçoẽs, Metres Portuguefes Dom Lou
& familias. renço Annes, & Dõ Pedro Eſca
Sò naõ deixarei agora de rela cho ainda que cafados, naõ foraõ,
tar,que efêreuendo o Metre Ysla eleitos (enáo depois de viuuos,&
fobre a regra de Sãtiago pelosan ainda que daqui fe queira arguir,
nos de mil quinhentos & quaren que podia o Metre DõPayo Pe
ta & fete, & tocando o ponto da res fer cafado, & vir a fer eleito
defmembraçaõ, & feparação da viuuo;naö valo arguméntó,por
caualeria de Portugal, de que te que dos dous fobfeditos declara.
| mos falado, aduerte no legundo. o Conde DõPedro filhos, & ca
capitulo hitorial, que faz acerca famento,&ao Metre Dom Payo!
da Ordem,que fora bom irem os nem cafamento, nem filhos rio
Catelhanos fazendo a têpos fuas meou nunca, o á parece imposi
reclamaçoés, para euitar precri uelfer omifaõ do Conde, fendo
pção aos Portugueles,porque po o Metre Dom Payo taõ grande
dia dar o tempo taes voltas, que homem. * . . i-fi º

- .... . . . ...;
dipufeffe ascoutas em forma que
fepudefe reduzir outra vez aca
ualeria dePortugalâfogeição dos
Metres de Catella. Mudança
ouuebé fauorauel aos Catelha Das pouoadé de Mäten
nos no anno de mil quinhentos agre, & Villa Real,tom.
& oitenta, em que elRey DõFe … outras coufas. :::::: 1 - . ."
lippe Segundo feintrodufio nete ; : ; c. -

. . . . . . ... .. .".". * ----


. . *. --------- - -
* -------
º

º Reyno, dilatando a intrufaõ por Ž/«፷

... epaço de feffenta annos (eu filho, ཎི་ § 籌 uarcomo


2cçಂEstantopಶಕ್ತಿ
& neto, mas em nenhum tempo 吸 a applicação
fè falou na fubordihaçaõ preten *º**º ao acrecèntañento de
dida pelos Metres Caftelhanos, feus Reynos,& fenhorios,amplíā
conferuandofe a Ordem de San dooscom nouaspouoaçoës, quà
tiago feparada, & independente do não pofaõetendelos cõ lar
em Portugal, & oferá mais fegu guela de Prouincias porque a ha
ramente agora que o Reynofefe bitaçaõ doslugares pouoados em
parou;& reflituio cõ tãtajutiça, que a gente viue congregada em
maiormète fendo cófirmada eta termos de polícia, a faz tratauel, º
independencia,&a da Ordem de ಫ್ಲಿ & os fenhores têmais.…..…
Auis pelo Papá Eugenio Quarto, vtilidade do fuor, & trabalho dos
corno diremos, st -: 、ア。 habitadores delles.Döde foi fêm.
rい。2ー
" ; "... tº
. . . *- Aa4 pre
e Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
pre muietranhado o defcuido 4 lugares procedem ordinariamcn
alguns tiueráo nefta materia, &c. te da violencia com que os mora
mais reprehendidos aqueles que dores faõ tratados. ElRey Dõ Di
por demafias & rigores deraõoc nis acudio com remedio, fran
cafiaõ aos naturaes a fe Priuar queando com priuilegios a per
deta focial communicaçaõ, & petuidade dete, & o rendimento
defemparar as pouoaçoés de que que via faltar por rigor de feus
naõ faltaõ queixas hoje em Elpa; minitros, entendendo bem que
nha. Tudo veremos em hum só tanto mais acrece de fenhorio ao
!
exemplo, & remedeado tudo Pe. Principe, quanto diminue de op
lozelo, & grande jutiça delRey preffoês nôs vaffalos. -

Dom Dinis,o qual na entrada do Defpois de ter elRey dado or


anno prefèntede milduzentos & dem para a pouoação de Monte,
! oitenta & noue na cidade de Liº
alegre, mandou pouoar tambem
.*

boa, aonde etaua, deu foral, & no detricto de Panoyas húa no


mandou pouoar avilladeMonte brevilla, a que deu nome Villa
alegre nâ Comarca de Traloº real,limitoulhe mil moradores,&
montes. Efta Comarca fica vifi
ordenou que fofe cabeça de to
nha. & confinante com os Rey da aquella terra dePanoyas.Deu
nos de Leão, & Galiza, por ete lhe elRey o nome de Villa real,
repeito era bem acrecétala com por fer fundação, que ele tomou
- * lugares; & afife fundou tambem a fua conta, como coufà propria.
: - ; *. nome{mo tempo Villa Real. As Aſsi o fez el Rey D.Iaime o Con
--
| -
-

guerras que o anno atras teue Ꭰö quiftador, fundando outra Villa


-
Aluaro Nunes de Lara,& o Infan no anno mil duzentos & trinta Diago nei
te Dom Afonſo moſtraraöpora & tres em termo de Burriana no annae* d:
Valifalib.
Juellas fronteiras a importancia caminho de Valença a Barcelo 7. Capée
deeftar toda a Comarca bế pro na,a que por efta caufa deu o pro.
uida.-A tres de Ianeiro mandou prio nome de Villareal. }
elRey pouoar Monte alegre, por · Por fero fitio taõ acomodado.
lhe contar que etaua o lugarer para húa boa pouoação, o efco
mo, por fer morta parte da gen lheo elRey Dom Dinis,8 autori
te que auia de dar principio à po fou com bons foros a feus pouoa
uộàọaõ,& outrosfetinhaõ aufen dores. Foi a obra de tanta aceita
*

tado por violencias dos que co çaõ a todos, que atè o Prior da
lib.delRºybrauaõ a fazenda Real: Östros f¢ Ordem de Saõ Ioão do Hopital
D. Afonf6 ¿
w-fil 47. firm por malº força que lhes faziam o Santo Dö Frei Garcia Martins
6; 4нећу andauão em logºdelæH. Dõ fes troca com elRey de muitas
de fe deixa ver, que as ruinas dos herdades que a Ordem pofuia.
-

** {. - * --- - naquelle
ElRey Dom Dinis, j43
naquelle detricto, para acomo hominibuspopulatoribus,quihabitauerí
dar os nouos moradores.E não he tis in terra de Panoyas, quæ vocatur,
pequena felicidade etarem her Villa Aeeal, omnes meas rendas,gr om
dados os vifinhos deta villa nos mes meos dire?os de terra de Panoyar.
bens que lhe largou hum talSan O que elRey Dom Afonfo medi
to,cuja vida efereueremosadian tou, posem effeito elRey Dò Di=
te. No dia que apontamos palou nis feu filho, & he para agrade
elRey a carta de pouoação, & fo cerlhe, conformare tanto com a
1916 ral, em que confirmaõ os fenho traça, & diſpoſiçaõ alhea: fendo
241 res,& Prêlados das doaçoês paf. tão ordinario defuiar a prefump
fadas, entra de nouo Dom Egas ção dos que fuccedem, quanto os
eleito Bipo de Vifeu, & a Igreja antecefföres intentarão: No pri
deLisboa em Sèvagante.Depois meiro foral,& carta de pouoação
lili 2.fil.
no anno mil duzentos & nouenta taxaua elRey D. Dinis mil mora
4". & dous a vinte & quatro de Fe dores, & no fegundo quinhentos,
uereiro lhe deu outro foral,etan a que fe obrigaua fazer o muro
do na me{ma cidade de Lisboa. da Villa.Em ambos os foraes cõ
No dicuro detes tres annos e cedeo hum priuilegio, que he di
acabaria a pouoação, ou fè poria gno de reparo para ੰ
em termos de poder fer habita todo modo com que fe gouerna
da, & recolher pouo que mere ua a jutiça, & os minitros que
ceffejà foros, & leis para gouer aula, *

narfe. E paraá em tudo motrafe Cotumauafe naquele tempo


elRey que era obra fua, dedicou 4os Alcaides môres dos Catel
huma das Parrochias da Villa ae los tiueffem parte no gouerno da
Martyr S. Dionyſio ſeu auogado, jutiça com que os luizes,& Alua
o padroado da qual deu defpois fis, que agora faõ os Vreadores
ao Mofteiro de Pombeiro da Or das Cidades,& Villas.Era de op
dem denoſſo Padre S. Bento. prefaõ muitas vezes etegouerno
Ainda que elRey Dom Dinis ¿los Alcaides môres, porque ten
pouoouefta Villa, ñaò foi contu do os prefidios, & outras jurifdi
3o o primeiro autor deíta obra; goẽs 體 Alcaidaria môr,fazião al
Lib delRy ſeu pay elRey Dö Afonſo no an, güas vexaçoes aos Confelhos, &
D. jº, no de mil duzentos & fetenta & de ordinario auia éõtendas fobre
3filiiiz dous tinha ordenado edificala, & asjuriſdiçoes: quizelRey D5 Di
lhe tinhadado foral, & nome de nis atalhar femelhantes defauen
Villa Real, cócedendo a ſeus mo ças, & fauorecer eta noua Villa,
radores todos os direitos Reaes 8. affideclarou no foral,quefoffè
da terra de Panoyas: (oncedo »•bis gouernada por dousluizes,& que
- - b Alcai:
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
o Alcaide môr não tiuefe parte Fernão Gonfalues da familia dos tº a.o.
najutiça. Efe elRey quizer fazeral Rolins, terceiro fenhor da Villa tlaĝ0
*** jøl,
- f

cacer, deue hy meter/e. Alcaide que o da Azambuja, nomeado pcrete * #


guarde, & fique aju/liga nos luizes, cº refpeito, Pretor de. Afambugia. O 286.
nom auer o Alcaide hyparte, /aluo em Alcaide mòr de Santarem Mar
guardºrfeu Cafello.O me{mo priui tim Dade confirmando hija doa
legio deu elRey Dõ Dinis a Por ção de Dona Etefania Ponce à
talegre no anno mil duzentos & Ordem de Santiago cõ os Aluafis
nouenta & noue: Que o meu…Alcai da Villa, que então erão Valco
de que tiuer eſſe СаBello,дие потаја пе Pires, & Felippe Guilherme, en
mhumpoderiofabreyos,/emom/alamem tra nomeado com titulo de Pra
te em guarda do meu (fielo. Neta tor. Preſentibus Z)..?artinus Zade
parte melhorou elRey Dõ Dinis pretore de Santar, E deta maneira
o foral, porque elRey DõAfonfo outros muitos Alcaides mòres,&
no que lhe tinha dado, admittia etes mefmos em doaçoês outras.
u. 2.4 ao gouerno da jutiça com os jui Contudo na doação que fizeraõ
9"ſ", zes de Villa Real o Alcaide mór os Templarios, & Confelho de
256.
do caftello defta Villa.At ipfepre Tomar daAlbergaria de Ourem, ##
fiad fel
tor debetfacere iußitiam cum iudicibus que fora de Payo Romeu, a hum :
de pſapopula. . . . º Pero Garcia, parece que o Prator
- - - \ z

Por razão da adminitração não podiafer Alcaide mòr, porq


de jutiça, em que tinhão princi confirmão neta forma: ZDomnus
pal parte os Alçaides mòres, quã 2(artim Fromariguis, qui erat tune ,
do não erão excluidos della ex Commendator de 7 mar, vna cumfra: •
prefamente, lhe chamão os fo tribus, & egopraetor ?etrusJ£}us câ :
raes,& doaçoẽsantigas, Pretores, confilio de 7omar. Não ia fer o
que porfèrtitulo proprio dosmi Prator Pero Aluo Alcaide mòr,
nitros de jutiça,pareceo a algãs que o Caftello era dos Templa
não competir aos Alcaides mó rios, & deuia etar a cargo de Dõ
res, a que incumbem mais pro Martim Fromariguis freire da Or
priamente as materias de guerra: dem, & Comendador; ou fèria
mas como eles naquele tempo tambern freire o Pero Aluó, &
buma&outracoufà exercitauäö, Alcaide mòr do Gastello, aindağ,
: - z ** * * - - - -

& tinhão o principal lugar na ju Fromariguis poffuifle a comeda...


ftiga, comó titulo de Pratore£;os , Donde fe collige com euíden
nomeauâo, & na mefma forma cia ferPretoro mefmo que A'cai
aos fenhores de terras,pela maior de mòr, he de hia carta del Rey
füperintendencia que tinhão no Dom Dinis, em que mandaua ao
gouerno dellas, como vemos em Pretor, & Aluafis deLisboa, que
- -
IlaS
~

El Rey Dom Dinis. I 44


nas Lifirias, que ha deita Cidade rinhãa, fobre o fenhorio da qual
atê Santaré,não ordenafiem cou auia grandes duuidas, & ajudaua
facõtra o que ele tinha difºoto: a dilatar a reſolução della o Infan
& acre(centa,á fe o Pretor fizefe te D.Afonſo, interestado na poffe
o contrario difto, perderia feu a Por doação delRey feu Pay; ain
ti, da mor, &a Alcaidaria: Etſi hoc non daque me parece veio a fêreta a
R y !). Di
พพjยไ77• fecerit, credat Pretor, quod perdet ibi. principal razão de tornar aos da
-
w

amorem meum, @--Alaydariam. Na linhagem dos primeiros pouoa


doaçaõ q Dona Maria Paes frei dores, querendo elRey antes ter
ra do Templo fez à Ordem dos vaffalos obrigados,queirmão po
bens que tinha na villa de Tran derofo. Não he fora de caminho
| cofo,affinão o Pretor,& o Iuiz da efta prefunçaõ,que elRey traba- '
Villa nefta forma : Pretor de Tran lhou quanto pode por enfraque Lib. 1 fl.
# ^ co/%Conçalo Pires, luis João Porcalho; cer o poder dos vaffalos, & 鬣 з3-,
aonde forçofamente o Pretor era uialos dos lugares da fronteira,
Alcaide mòr de Trancofo. Ito como fez em noue dete proprio
difemos por occafiaõ do Alcai Imes de Ianeiro, que trocou com
de mòr de Villa Real,a que edi. Ioào Fernandes de Lima, de al
minuio ajurifdição,priuandoo do cunha, Paôcenteo, & cófüa mu
gouerno da jutiça. . . . lher D.Maria Annes de Auoim a
Foi efta Villa bem etreada lo villa de Mafra com mais duzen
go em feu principio,com a dar e tas liuras de renda pela villa de
Rey Dom Dinis à Rainha Santa Portel,que elles largaraö Eſtauaö
· Ifabel: defpois della teue o fenho prefentes à celebridade da troca,
rio da me{ma Villa a Rainha D. due foi nos paços nouos de San
Brites,mulher delRey D. Afonfo tarem,o Chançarel mòr DõDo
uarto,& annos adiante a doou mingos Bifpo de Euora, Soeiro
tambem elRey Dom Fernando á · Petite,Pero Martins da Romeira,
Rainha D. Leonor. Entrou def Pero Mendes da Fonfeca, Pero
is na familia dos Menefes com Ribeiro,Rui Paes Bugalho,o Al
titulo de Condado,&acrefcenta feres Dom Martim Gil, Louréça
do a Marquefadono anno de mil MartinsEſcola Porteiro mòr del
quatrocentos & oitenta & noue, IRey, & Mordomo mór da Rai
perfeueraraöatèo de mil fèifcen nha,Gil Fernandes Barretto, Du
tos & quarenta & hum, em que raõ Martins de Parada, Rui Mar
acabou hüa taõ nobre cafa. tins do Cafal,& GonçaloMartins
| Defpois de prouer elRey na do Cafal. -

pouoaçad de Villa Real,& Mon A villa da Lourinhãa pouoou


te alegre, acudio à villa da Lou por concefaõ delRey D. Afonfo
- Henri
, Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Henriques,Dom Iordão hum dos quiriçoês que exactiffmamente
principaes caualeiros etrágeiros fe fizeraó, en que foraó teflemu
ue com ellefe acharaõ na toma nhas Eteuão Carnes, loão Lo
da de Lisboa.Deulhe foral,como beira, & Martim do Auelal caua
fenhor, o qual confirmou defpois leiros, ſe alcançou ſera mais che
elRey Dom Afonfo Segundo, & gada em parenteíco a Dona Or
continuou em feus defcendentes raca vitima fenhora da Villa,hüa
o fenhorio,atèque veio a ficar em fidalga, por nome Dona Orraca
femea,que foi Dona Orraca,filha Pires,cafada com Gonçalo Pires.
do vltimo Alcaide mór,& {enhor ElRey lhe julgou a poffe, confef.
da Villa:cafou Dona Orraca com fando auer fido força a que feu
Rಲ್ಲy Gonlaಠ್ಠcSZaucira Cue pay fizera em lhe tirara herança,
2% dele hum filho chamado Vicen & mandando a introduzir nella
aos. v. te Rodrigues Taueira, que cafou em trinta do mes de Março que
com Dona SanchaCorrea:ambos vai correndo. Naõ duuido q fofe
pay, & filho foraõ fenhores da boa valia por fua parte della a
Lourinhãa,por repeito da Dona guerra de Arronches, & Ribade
Orraca. MorreoVicente Rodri Coa,com que o Infante D.Afon
gues fem filhos,ao que parece, & ſo,ſua parte, inquietouo anno paſ
por fua morte pretenderaõ a fuc fado aeíle Reyno. Succedeo por
cefaõ os parentes defua mãy D. morte defta Dona Orraca, & de
Orraca,como direitos decenden Gonçalo Pires feu marido, Nuno
tes da linha de Dom Iordão pri Gonfalues feu filho,a quem elRey
meiro fenhor da Villa. ElRey Dõ Dom Afonfo Quarto confirmou
Afonfo Terceiro naõ lhes acha a me{ma Villa no anno, mil tre
ria taõ clara jutiça,ou teue mais zentos & quarenta & dous. Con
defejo de encorporar a Villa na tinuaraõ defpois delle!Martim
* Coroa,&affitomoupoffe della,& Göfalues,que parece fer feu filho,
.ಹಿRy breue a doou ao Infante Dô & veio a morrer no anno mil tre
p # Afonfo feu filho no anno mil du zentos & [etenta & dous, como
#fºl. 144, zentos & fetenta & oito. Morto conta do tetamento que fez ne
elRey Dom Afonfo,& defcubrin te anno a quatro de Feuereiro,&
do o Infante o animo que tinha eftá no cartorio da Lourinhãa.
com elRey feu irmaõ nas defin Ecolheo por tetamenteiros a
| quietaçoês, que deixamos efcri Martim Gonfalues, Eteuão Coe
tas, tiueraö animo os pretenden lho feu fogro, & Maria Coelha
' tes para repetir o fenhorio,& pofº fua mulher, a quem deixaua ofe
fe em juizo, confiados na inteire nhorio da Villa. Não teue efeito
za delRey Dom Dinis. Pelas in a manda, porque elRey DóFer
nando
„s , ElRey Dom Dinis. 145

nando meteo depoſe a Gonga


lo Valques de Azeuedo grande CAP IT. LXIII. -
priuado feu. Refpeitou elRey !
-

nete prouimento não tanto a pri


uança de Gonlçalo Vafques,quã IDa concordata que elRey
-

to o ſèr elle filho do Prior de San fez cãos Eccle/afficos.


ta Cruz de Coimbra Dom Fran
cifco Pires natural da me{ma Vil joigueno annotts: 289.
la, decendente de Domingos Pi ## de mil duzentos & oi- --

res fenhor que foi della, & era 鷲 ເenta & dous fe fez a
tambem da linha de Dom Ior *junta de Prelados na
daó. Naõ fe perpetuou em defe cidade da Goarda, como deixa
cendentes feus o fenhorio, tranf mos ecrito, ಶ್ಗ aprefenta
ferido no anno mil trezentos & dos na Corte de Roma a côpofi
uouenta & feis por elRey Dom çaõ com as repotas que federaõ
Ioão Primeiro ao Doutor Ioão por parte delRey,entendeo o Pa- parara au
das Regas, por morte do qual o pa Martinho Quarto, em cujo "
herdou Dona Branca da Cunha Pontificado feltratou a materia, ஃ
fua filha, mulher de Dom Afonº ue não hiaõ as repotas confor
fo fenhor de Cafcaes, filho do In mes ao que fedeuia admittir por
fante Dom Ioão, & neto delRey direito. Mandou entaõ ao Bipo
Dom Pedro, & de Dona Ines de de Leaõ, & Arcediago de Ofima,
Catro. Cafaraó eles fua filha
& Salamanca, que aprefentafem =
Dona Ifabel com Dom Aluaro a elRey as repotas que era razão
de Caftro primeiro Conde de tiuefem em fatisfação dos graua
Monanto,& confirmandolhe el mes, & que aceitandoas em Cor
Rey Dom Duarte a Lourinháá tes lhe fofem inuiadas a Roma
fora da lei mental a eta filha, en para fer confirmadas. Leuauaó
trou o fenhorio della na cafã dos alguns rigores contra elRey, em
Condes de Monanto, que atè que elle deſejou fer aliuiado, & o
. . o tempo prefente fäö fê requereo aggrauado em tempo
/ nhores da Villa, , , , de Honorio Quarto por Martini
(?) . . . . Pires Chantre de Euora, & Ete
... uaô Lourêço feus Clerigos.Mor
reo Honorio fêm acabar de con
cluir ete negocio. Fizeraó elei
çaõ de Niculao Quarto, o qual
tomou mui a peito a caufa, iníta
do, &requerido do Arceibpo de
- Bb Braga
- Liuro XVI. Da Monarchia Luſitaua.
Braga Dom Frei Tello, Dom Francifco da me{ma Cidade,que
Aymerico Bipo de Coimbra, D. em nome da Curia recebefã del
Frei Bartholameu de Silues, &Reya eftipulaçaõ, & promeffa do
D.Ioão de Lamego, que pefoal bom cõprimento, & execuçaõ de
mente eftauaõ em Roma cõ po tudo,& q foffe em pretença de to
deres de todos osEcclefiafticosdo da a Corte.Feito o juramento pe
Reyno. Deu efte 蠶 comprido dio o me{mo Chãtre cõ os Prela
poder aos Prelados fobreditos pa dos do Reyno ao Papa abfolueffe
ra o negocio de que tratamos, no a elRey;donde fe collige,á etana
primeiro dia de Feuereiro do an ligado cõ centuras;& ainda decla
no prefente de mil duzêtos & oi raõ mais as Bullas, que auia inter
tenta & noue, que foi o primeiro dićto noReyno.Leuantou oPon
tambem de ſeu Pontificado, tifice as cèfuras,& interdićto, de
.- Com os poderes do Papa,que clarando a elRey, qfe em epaço
os Prelados alcãçarão,&procura de quatro mefes naõ defe a exe
çaõ delRey, 4 no me{mo tépo ti cução o prometido,ficafeipfofa
nhaõ Martim Pires Chante de éto fogeito às me{mas penas com
Euora, & Ioão Martins Conego interdicto deambulatorio,& que
de Coimbra, applicaraõ a caula, sò por não moletar o pouo, não
& a chegaraõ a final cõclufaõ no queria ouuefe por eta caufa in
anno (eguinte, difcutindole defde terdicto geral, como por outras
ete mes de Feuereiro todos os Bullas fetinha mandado.Chega
143 jel, pontos,&ajuítandoos cőformea raõ as Bullas, & em cóprimento
zººty direito. Em fete de Março dete dellas eſcolheoelRey aö Prior de
anno eftaua tudoja concordado, S.Domingos, & Goardiaõ de Saõ
&o Chantre de Euora jurou em Francifco,& ajuntádo Cortes gê
cófiftorio publicodiante do Papa raes para ete efeito, fez a etipu
em nome delRey,como fevè por lagão, & promefa, 4 anda inferta
outra Bulla fua,de q tudo o acor em outra Bulla, & diz deta ma
dado,& acrecentado nos 4o.arti neira.
gos,a qferedufiaõ os põtos da de ?Nos ZionWo pela graça de Zeºs
manda, guardaria elRey, & faria Zey de Portugal, ఈ Algarue,fazemos ‫أنا‬...‫ما‬
guardar parasèpre em feuReyno, Jaber a todos os que aprefente cartavi- ‫ متين‬W.
Iurouellesò por etar enfermo en reт,дие hараисо teтрojue entrees ve
raó o outro cõpanheiro.Contudo neraueis Fr.7allo.Arcebifpo de Zraga,
Para mais fegurãça mãdou o Põ @r os Zypos. Aymerico de Coimbra Zar
tifice ao Deão de Coimbra, Chã tholºmeu de Silues, é toão de Lamegº
tre,& Arcediago deLisboa,Prior de hñaparte,aos 4uais o Santi(simo Pa
deS.Domingos, &Goardiáo de S. dre Z.Niculuopela diuinaprouidencia
`് - 2ഗ്ഗം
v, s N * ElFey Dom Dinis, Y. 1 146
Papa quarto do nome,concede plena,º nºſo recelidojuramentā 'dæĉĥantreβ
liurepoderparafàzer a готровай røm breditº/obre nº/a alma em confioria
nofco,ou nofos Procuradores, por 6,6% publicoparato epecialmente congregº
pelos mais Prelados, (grejas, cº pി4 do, aufente então º Congº já nomeadº
Æccleſ afficas;& ma outraparte osmºſos por falta de/aade.Ordenou º mefinº Pa
procuradores 3 artim Pires (hantre de pa,que em είφο de quatro me/es dfpois
Puora,é João Xartins (omegº de (oim que recebermos faas letrasfobre a abol
bra, que inhão para a tal concorda fuf ui,ãofobredita,peti, ia jueparu elafze
ficiente mandado ndo,fefeza compo. νάρο, procuradores,forma dº juramºto
gão/abredita,/egundo fe m4ra por in 7uefeza/obredita (hantre º teor da mef
frumento publico,feitº pelo d/creto ya macºpº",ão, é tudo º mais que em ge
rão 2deſtre Niculao Zartholameu Goar ral, cºparticular por nofos procurado
tinº tabalão publicº por autoridade da re, το o-Arcebi/po,& Zypar ja momea
SéJ4»¢olicã.O teor d•#••liyframen• dos,nºs ºratifiquemos,aceitemos,e ap
tofez ofòbredito Sämo ?ontifice efcre. prouemos em nº/as cortes geraes,6 que
uer em/uas cartas para perpetua me com/intamos asfaas confirma;oes, orde
moria aragº dos me/mes Prelados, º sação.prouifaó,6% decreto ante ºf?ritos,
procuradores.Tambempur sutras letras º queprometamos cº/olene ºfiiculação
fuas confirmando a copofão mºfºne,ºr ao Prior dogfrades?regadares,& Gear
denou, proueo, decretou, cor determinou dião dos frades Atenores de Lisboa, ou
compenas para maior firmeza della que aqueles ñ em/eshgar%iuerê, os quaes
tudo º que nas repolias dadas aos artigos em nome do SămoPontifice, é da Igreja
fabreditosfe contem,/* guardaffeinuio de Romafaðetpulantes,que cumprire
lauelmente para/empre, ºfipor nós,cº mosplenariamente,é faremos guardar
mopornofos f.ucceores,9 minitros,e inuiolaaelmente nos,& nofosfutre||ores
por todos os barcés,e mais naturaes dº todas,& cada hûa daquelas coufas con
Zeyno conforme a cada hã lhe compete. teudas nos artigos,é que/obre fiarati
20eſpois difto por grande infancia dos jicagāо,aceitagão,approna,zo,Ф prот/
mºfinos Prelados, é apetição dos mºfº faconcedamos nºſa tarta abertafirma
mospracuradores abſºluendonos daſen da de nºjo/ela de chumbºpendente, na
tença de excomunhão, é todas as mais forma ặpellafanta Sê Apºſtolica vinha
penas que conhecemos ter encorrido, por ºrdenado;acrecentão,quefendídermos
''nãoguardar a ordenação do Santo?apa tºtalcóprimentº nº tºpolimitadº à dita
Cregorio X. 3obre os artigos de дие ha ſad ordinagäa, pelo mofinº ca/º encerra
uia contenda entre os Prelados, cºmeu mos na mefna, ouf..melhante/entë;a de
payel&ey ZJom, Afonföde Portugal, º excomunhão, que de/delegº em talca%
Algarue de clara memoria; parapedir mñspaffou,69°quefiquemasfögetto; aro
alfluição da qual/entiça,ambos,ºcº das as diras penas no mºfmomodo,comº
da būdo spraturadartitinhža mandada /enunca dellasfofmeyabfaltos, eupre
ᏉᏉ · · T Bb a tediſe
y
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
cedº/e al/ºluição do Sümo Pontifice fo "Com a etipulação,& ratifica
bre a materia. ZJeterminou alem diofo çaõ delRey fè confeguio hú eta
geirar a interdiéto Ecclefiaítico a mofa do pacifico, & ficou todo o Rey
(apella, @ qualquer outro lugar a que no mui contente,liure já dos grã
{ormos em quato nelle fuermos preen des trabalhos, que lhe tinha cau
tes,/gundo mais largamente fecomtem fado efta demanda em varios tê
mas mefmas cartas do Summo ?ontifice pos, de queos liuraua a concorda
а по inatadas. º ºs ta que elRey aceitaua.Mas como
?elaquenos finalmente mefias nofas não falta nunca quê inquiete aos
Cortes geraes ratificamos, aceitamos, º Principes, & feja autorde difcor.
approцата: de certaſciencia asfohredi dias, naõ faltou quem perfüadife
ta' petiκό deatfalui,ão feitapor nofos a elRey Dõ Dinis,qnão etaua o
procuradores, grejuramento que deu º brigado a guardar o prometido
(hantre nomeado,cº a ante frita cºpo mais que pelo juramento que fe
6;aótô toda,& cada hüa ducoufa que tinha feito, & cõ ito intentauão
com o. Arcebifpo,&2/popfobreditospe eximir a elRey da obrigação peí
los nº/os muita vezes nomeados procu foalda promesta, & eftipulação:
radores/aëfeitas, como confia em fm porêm conftando ao Papa caui
quefefizerão em no/, nome. E dando lação tão fora de caminho, tor
conſentiméto á confirma,áð2 ordenaýaź, nou a efcreuer a elRey,declaran
prou/aó, efatuto, 6 decreto do Summo dolhe ſia intengao da Curia fo.
Pontifice promettemos expreſſamente a ra, q para a guarda, & execuçaõ
vos Keligioſos varoês Prior dos Preg4 de tudo foffe ele obrigado naõ
dores, & uoardiao dos Frades Xteno por juraméto,fenão pela força da
res de Lisboa que estats preſentes neffa promefa pefoal: em que ficaua
Cortes, @7/olemnemente estipulaes čነ/Æ mais radicada a firmefa daquella
-mome dos mefmos Summo ?ontifice, 6 cöcordata. Recreceraö mais du
Igreja Komana, 69 aceitaes anofapro uidas fobre osartigos,& como fal
ma compoder pleno,o liure que fara tou a guarda delles, como elRey
i/o tendes concedidopela Sè-Apºfolica, prometera, entédo que tornou o
que nes, @ mº/os/accº/ores todos, «º Pontifice a continuar cöascenfù
cada hum аряżшае; em ºfecial obriga ras atè qtudo feliquidou cõ mais
mos,comprireme, a dita comp/gag com onze artigos,que os mefmosPre
todas, é cada hãa das cou/as/obredi lados,& procuradoresordenaraõ
tas, & inuiolauelmätecs guardaremot; em Roma, & deuiaó fer delRey
e damos avos em nome da mº/malgre admittidos cõ a me{ma folemni
ja Romana "prºjente carta aberta fir dade, & etipulação q os outros,
nada conofotelo Kraldechibo pende. aindaque detes não conta o dia
te em tifemunhoperpetuodeſtaverdade. em que fe fizerão. Que fofem
porem
..… ElReyDom Dinis. " - º 147
is, º Porem admittidos, & jurados os tor GabrielPereira de Catro, &
16 ، ، onze capitulos,fe não podetambé relata parte do que temos dito,
pòr em duuida, No anno I z 24. deuia inaduertidamente o tradu: .. *

Faltauão as jutiças de Lisboa em . ctor apõtarlhe o dia da feita del


guardar o conteudo nos quaren la, que diz fera feis de Janeiro do
ta,& juntamente no que fe reua ап11О fegundo de Niculao Quar
lidou nos onze fobreditos. Era to, que a feriíto, caira' no anno
Bipo então D. Gonçalo Pereira, de mil duzentos & nouenta; por
pefoa de grãde qualidade, & au quanto ete Pontifice foi eleito a
toridade, o qual fez queixa a el vinte & dous de Feuereiro do an
Rey de tudo,&fahio prouido,afº no mil duzentos & oitenta & oi
fino tocante aos quarenta,como to, & contando de Févereiro a
aos onze: & a não e{tarem eftes Feuereiro os annos de feu Ponti
tambem confirmados,nem o Bif> ficado, fe fora expedida a Bulla * *
pofe queixaria, nem elRey pro no Ianeiro do fegundo anno, vi
ueria na materia. nha afer no que dizemos de mil .
2.

Temos no liuro da Noa de Să duzentos & nouenta. A mefima


ta Cruz de Coimbra húa memo-º. Bulla: com máis algüas palabras, º
ria,que nos declara o dia em que que não foraõ traduzidas, anda º
fe leuantou o interdicto no Rey em Latim no liuro primeiro das
no,que foi o vltimo de Iunho do , Bullas da Torre do Tombo, &
annófeguinte de milduzentos & remata a firma della Nonis.ºtar
nouenta, final de que continuou, tì,?ontificatus noftri annofecundo,que
defpois da. primeira coñcordata, he em fete de Março do fegundo
no tempo da qual feabíoluco cl: anno dete Papa,& corre bem cõ
Rey,& aindao Reyno, Na era mil as outras Bullas, que ño proprio
trezentos @ vinte Groitº, hum dia mes mandou ao Prior de S. Do
antes das falendas de Junho (dizoli mingos de Lisboa, Goardião de
uro da Noa) fealiuiou ointerdistano Saõ FrãCifco, Deão de Côimbra,
zeyno da Portugal.com o PapáNiculao, Chantfe;& Arċediago deLisboa,
reinanda na dito Reyno elsey Zom Zois & outras que defte mez adiante
nis, prºfidindo na Igreja deCoimbra
o
foi expediñdo narrefhia materia,
Zygºzem-Americo,fendº Priºr da atèfe concluir tudo em funho de
04:2ாமா
.Xofteiro de Santa mil duzentos & nouehta, como
Paes, e da Igreja de Leiria Lourenº diz o liuro da Noa de Sãta Cruz,
?ires;, & g tal interdiofoeleuantado ue vai conforme ao que fè pro
por Jºão de Suilhaê! Conegº de Coimbra. ĉeffou por efte tempo.Ĉofitëítáő
Aduirto, que áBulla que traz bem com a me{má computação
tresladada em Portugues o Dou os formularios & regitro doVa.
. . . Bb 3 ticano,
Bzou. ad
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
an. I 289. ticano,donde Frei Abraháo Bzo eraõ as demafias dosReys tantas,
አ᎓ኃንን} !【 .
Pſvan ling.
uio, & Frei Lucas Vvandingo ti que merecefiem céfura tão acer
ad un. Relirarão o que acerca deta concor ba,como a de Bzouio,chamando
giон.82.т. data efcreuerão em feus Annaes, aquelles cftatutos,& leis antiguas
2O. adonde exprefamente achamos ue le reformaraõ, leis fem ley:
concluir(e em Roma a doze de Ieges illas exleges;maiormenteauen
Feuereiro no fim doanno primei do da parte dos Principes funda
ro do Papa Niculao Quarto: Z)ie mentos, & ſendo elles taö faceis,
12. Februarj ?ontificatus amno primo que fe fogeitauão emmendando,
exeunte. E conforme a iíto fe dei & reuogãdo o que não tinha for
xa bem ver, que do Março de mil ça no direito; em tãto que elRey
duzentos & oitenta & noue en Dom Afonfo Segundo, que foi o
trauajã no [eu fegundo anno. ' '. que praticoufito por ley gêral cö
No fim traz o Doutor Gabriel mais aperto no primeiro anno de
Fol. 297.
298. Pereira o treslado da confirma feu reynado, ajuntou logo eta
ção da me{ma concordata em fe clauíula moderatiua, dizendo:
te de Março do anno que dize Qué/empre ás leisfe;áo, «» os degredos
mos, &a Bulla ! pela qual o Papai dos Apofiolgos de talgufa, quefe com
deu poder aos Biipos para a coñ-2 prão ºfies degredos, & os que contra º
Pofição com elRey, que foi o pri-º Santa Igrejaveerem feitos,nom nos ajdi.
mgiro dia, de Feuereiro do anno! por leis. Affi achamos naquelles e
primeiro defèu Pontificado,com i tatutos em hum liuro pequeno
qºf Pudera aduertiradata daou : de pata da Torre do Tombo,
tra. As que ele tirou da Torre: aonde età o foral antigo de San
do Tombo, vimos nos proprios. tarem às folhas vinte & finco. º
liuros ģelle cita,com outrasmais Contandonos por eta mode
que deixou; & tudo por extenfo. ratiua da boa tenção dos Reys,
anda melhor difpoto no Carto não ha que culpalos em defPre
riº da Sède Lisboa, donde acre-- fadores dos Canones; antes fede
centamos algüas circuntancias, uelouuar muito o modo cõ que
quenos parecerão neceffarias pa promulgauáo füas leis, fogeitan
rº relatar o tempo, & modo que doas aos decretos dos Pontifices.
ifto ouue, que difcutir a jutiça Eta materia de juridiçoés entre
dacagſanäohe tantoparähiſto os feculares, & Ecclefiafticos, foi
ria, S. . . . . . . . . . . . . . . . . naquelles tempos muicõtrouer
' Do que elle fobre a materia fa, & dão bom tetemunho deta
juridicamente difcorre, & pelo4 verdade Inglaterra, França,Efpa
fabemos doseítilos antigos de Ef nha, & outros Reynos, & fenho
panhanasjurifdigoćs Reaes, naõ rios:não era culpauelo não querer
logo
. . . º. ElRey Dom Dinis, ºs ºi 148
logo ceder a tudo o que osEccle das jurifliçoês: mas faço perfua
faticos pretendião. Antes he diuel, que os Reys tão afectos a
muito de louuar o nofo Rey Dõ eles nao etrujão leis que lhe fofº
Afonfo Segundo, á vendo os Bif fem pouco fauoraueis,fêm ter fun
pos dete Reyno em feu tempo damento nos coftumes de Efpa
romper no maior exceto de am nha naquelle tempo, ou por não
bição, vſou com elles de grandiſ andaremliquidadas plenariâmé
fimas franquefas. Introdufirão os te as jurifdiçoês ambas. E bem fe
Bipos dePortugal naquele tem declarou nas palauras referidas. . .
po, que toda a pefoa que morria ElRey Dom Afonfo Segundo or-. .
deixafe à Igreja a terça parte, ou denando que as leis fe conformaf
ao menos húa boa parte dos bés fem com as Pontificias, & as que
que tinha, & feafsio não fazião, encontrafem os Canones as auia
negaua&lhe os Sacramentos, & a por nullas, & reuogadas: enten
Ecclefiaftica fepultura, com ex dia ito nas leis que tocauão as
: ceforãoetãdalofo, que obrigon materias Eccleiaticas. Que fempre
' ao Papa Honerio Terceiro man as leis/ejão,Q) os degredos Lipofioligos
dar nở anhoimilduzentos & vin de tal guia, que fe compraó efes degre.
te & dous aos 'Priores de S. Do dos Eºs que contra a Santa Igrejayee
mingos, & São Francifco de Lif remfeito,m?nos ajaapor leís.SéBzo.
boa, &ao deSantos da Ordé de uib tiuefa noticia deftas palauras;
Santiago commiloés, & excom elle e abtiuera da centura,& não
ល្ហល្ហា foltara aquela palaura,exleges,tão
eſtilộ täò èxòrbitante:Eſtes Pre pelada. * * * * * * *
fados,que aſsi procedião, eraõos ¡ Neftas que refirimos noraea
* - - -

que no Proprio tempo trazião a


elRey på Afanfa Segundo aper Pontifices, os-Apoftolgos, &aindağ: º:
tado fobre fuas izengoens, & im hoje fe não vía a palaura,naquel-fºrrº
munidades, endo que ahúdelles, letempo era em toda a Chrillah-ºº:
º, . . . que era o mais culpado neſta par dade víada. Em França confefa
te, áfabero Bipő deLisboaDő. Papirio Maffono fer nos tempos
säeirô, côncedëd elRgy nopro ántigos praticada,ElRey D. Afon
prio tempo os dizimos, que não fo Sabio de Catella relatando o
eracotainepagarfeno tempode como fe queixara ao Papa em
feusa##cefforés, como fe deixa feus trabalhos,diz deta maneira, ch…
eftrito há quarta parte. Porém Ealhſwitsembiaments aquerele:
eu não difculto com os excefos ymºira#comº ºfenhor delefe, que luz".
dos Egglefiaíficos, ós dos mini tamanho malquerecebiamos
ftros Reaes acerca defta materia' A Chronica antigua delRey Dó
، ( ‫دلار‬
- Bb 4 Fer
Liurò XVI. Da Monarchia Luſitana.
Fernando o Santo falando no ca A melma queixa fe fez a Felippe |
pitulo primeiro da batalha das Segundo em Tomar, &he o ca
Nauas, diz que fuccedera. Seendo pitulo quarenta & dousdaquelas.
Apatolico. en Koma innocencio Terce Cortes, aonde felhe deu a me{.
ro. Chamauão aos Papas, Apofto. ma repota. Contudo elRey Dõ
licos,por fer eíle nome,Papà, gº Sebatião como tão catholico, &
ral a todos os Bipos,como obter bom chriftão teue ecrupulo de
In Sºholijs
ua Georgio Coluenerio, & outros encorrer na Bulla da Cca,porcõ
a' cap. 12 muitos, & o de Apoſtolico, por fêntir eftas leis, & priuilegios do.
lib 1. Flo
doomdi.
antonomafia ficada mais apprc Reyno, víados de tempo antigo,
priado ao Summo Pontífice.Mas CDtIE 2S juriſdigoés,ſecular & Ec-,
a razão mais propria parece fer, cleſiaſtica, aindaque permittidos
, que appropriaraõ ao Sümo Pon por concordatas, & afi pedio no
tifice o nome de Apoftolico.para uo conentimento, & confirma- tika da
demoftrar que era elle Apoftoli çäo ao Papa Gregorio Decimo *ºfº,
ca,& canonicaméte eleito,& naõ tercio, que fe lhe deu em Bulla" -
intrufo,ou fcifmatico, como dia expedida no anno mil quinhétos ~ *.
entender o capitulo,quis, na Pri &fetenta & quatro,para mais (e-
meira parte do decreto,diftinção urança da conciencia....…, .. :
*-* --

fêtentă & noue, falando do Pon * *


*…

tifice não eleito canoniçamente. CAPIT LXIII.: *


-
: , ;
- - -
?Non ?apa yel Jºpſtolicus,ſed арgharis -гr , ,, , , . . . . ºº:: º,
cus habeatur.E aosdecretos dostaes
SummosPontifices canonicamë Dafundação deAlmofar:
te eleitos, mandaua elRey Domdeclarafea nobreza de Do
-

.ே
-

..
Afonfo conformar as leis á pro 1 na Berengueira Ayres o
i ºrnulgaua. : ". . :: '
* *

- «º, « # Não foi tão facil concordarfe


- " feafiłhdador4:^
º i -. . . ;
^^ - t*. .. . ... •* : *> . .

•°oletigio, & durou atè fe compôr


por elRey Dom Dinis no tempo lona Bereogacita Αyξαα39
prefênte: depois (e renouou ém ¿Eres foi matrona mui ref
體器 merecedora a ºpeitadano tempo del
materia de hũa exaétiffima aue “º Rey Dom Afono Ter
riguação.Os pouosfe queixaraõ, ceiro,& delRey D.Dinisfeu filho,
* & opedirãoa elkey Dom Afon & por fila nobreza, & qualid.d.
ο Quinto nas Cortes de Coim mui aceita asiá Rainha D. Brites
.…bra do anno mil quatrocentos & máy delRey Dom Dinis,como á
fetenta & dous;&elle repondeo, Rainha Santalfabel fua mulher.
que fe aueriguae por letrados. Com a qual teue maior entrada,
-
& c0
ElRey Dom Dinis. ; 194
& communicação pela achar a Berengueira Ayres, deriuado do
Rainha Santa já viuua, & retira patronimico deſeu pay D.Ayre
da em fantos exercicios, & aísi fe em que teue Don Sancha
s,
a a hú
aproueitaua de fua conueríação contin
uo e pertador para alem
quando a Corte etauana villad brança da alma de feu marido, q
Santarem. ' :
he a occupagâo digna de feme
Como eta villa foi fempreha lhantes matronas. Čontinuou D:
bitada da principal nobreza do Sancha Pires com grande ex
em
Reyno,& tem a fertilidade defeu plo,&vendo queos cafeiros,&la
detricto capacidade para futen uradores que tinha naquele lu
tar, & agafalgar as familias no gar,&outroscircunueſinhos eraö
bres, era no tempo delRey Dom moletados por falta deParochia,
Afonfo Terceiro, & delRey Dó a que comodamentepudeffe
m ir
Dinis (eu filho, morada ordinaria receber Sacramétos,alca
dos fenhores, &caualeiros de ma os nçou
do Bipo de Lisboa D. Mattheus
ior qualidade. Entre os que viue no anno de Chrifto milduzentos
rão naquella Villa com etima & feffenta & noue, que a Ermida
ção,&lufimento foi Dom Ayres den ofi Senhora fitüadanaquel
Nunes chamado de Gofende,por le ditrióato, fof e Igreja parochial
fer fenhor defte lugar,que fica no dali por diante. Asifatisfazia D.
Birado do Porto Calou D5 Ay Sancha o rendimento que colhia
res Nunes com húa fenhora prin de feus lauradores. Adjudicaraõ
cipaliGima, por nomé Dona San fe por deftrićto da Párochia oslu
cha Pires dá Vide, ou Dona San ares de Barrifalcaö, Alfafomel,
cha Pires de Almoter, como o Môp
alreu, Albergaria, Azueira,
liuro velho a nomea. A appelido Louriceira do Hoſpital, Louri
de Vide, lhe vinha por feus pays, ceira de Petarino, & Sentijs, em
& o de Almofier lhe introduzirão, todos os quaes pofuia herdad
es
por fer fenhora do lugar de Al adita D.Sancha. : ". . .
* * --

moter, & pela ordinaria refiden Criaua eta matrona afilha


cia que aqui fazia, final de fer el D. Berengueira com a doutrina,
la natura de Santar
l em, em cuj
o & recolhimento conueniente a
termo por via de feus pays ficou
herdadà. Viuuou Dona Sancha, feu etado,& qualidade, & obra
ua tanto nella a boa criaçaõ, que
& com o etado da viuues, abra
eralmête afe defeja do
z da sma
çou mais apretadaméte o retrai iores fenhores do Reyno,acentă
mento ဂျိန္တြ lugar de Almofter,
do maiormente fobre tanta ho
em que ferecolheo com húa sò neſtidade, grädegentileza,&ſen
filha que tinha, por nome Dona do o dote dos mais áuantejados
! que
/

Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.


que auia. De quantos a preten gue, por fer bifheta de D. Afonfo
derão por mulher,a mereceo D. Telles de Meneſes,o que pouoou
Ruy Garcia dePaiua caualeiro de Albuquerque,como filha de Do
nobreza igoal à D. Berengueira. na Maior Afonfo Telles, que era
E paraqué fe fäiba com quanta filha de Afonfo Telles de Cordo
razaó fë encarece a fidalguia de ua, cafado com Maria Annes de
ambos,a tecerei diriuada por feus Lima, filha de Dom Ioão Fernan
paes, & primeiro pelos de Dona des de Lima, o qual Dom Afonfo
Èerengueira, que por fundadora Telles de Cordoua era filho de
de Almoter, nos deu occafiaõ a Dom AfonföTellespouoador de
ete capitulo. Albuquerque, & de Dona Terefa
Foi D. Ayres Nunes pai deta Rodrigues Giroa. Asiá por eta
fenhora,bineto de D. Pero Paes, via eftaua Dona Berengueira ap
Alferes delRey D. Afonfo Henri parentada com os Telles, Mene
comº D; ques,& de fua mulher DonaElui- fes, Albuquerques, Giroês, & Li
*# raViegas, filha do grande Egas mas Dom Pero Martins de Vide,
17,336. Monis,que ficaua (endo feu quar pay de Dona Sancha, & auô da
to auõ materno... Dona Sancha noffa Dona Berengueira, era illu
Paes, húa das filhas de Dõ Pero ftrifsimo; & dos que tiuerão ap
Paes o Alferes, cafou com Dom pellido de Vide pelo tenhorio de
Fernando Oforio,decujo filhoD. algúa das villas, ou lugares defte
Nuno Fernandes, & de fua mu nome,4 ha em Alentejo, & Bei
lher Dona Maria Vafques, filha ra, como fala o Conde D.Pedro,
de Dom Valco Veeri de Bargã &oliuro antigo das linhagés em
ça naceo Dom Ayres Nunes en varias partes.
nobrecido com o fangue illuſtre Não defmerecia em nobreza
daquelles dous ricos homens, o Dom Ruy Garcia de Paiua a cõ
Alferes mòr Dom Pero Paes, & panhia de DonaBerengueira.Seu rit 36:
Egas Monis, troncos ambos de ay D. Garcia Fernandes de Pai
quafitoda a nobreza dePortugal, ua decendiadefta familia, ligada
& Caftella; & encorporado alem por fua antiguidade, & nobreza
difto na familia dos Oforios taõ com as melhores do Reyno, to
conhecida, & nos fenhores de | mando o appellido do rio Paiua,
Veerifidalgos dos principaes que & da villa de Paiua,aonde os pri
· auia no territorio de Bargança. meiros foraốfenhores.Dona Te
Sua mulher Dona Sãoha Pires de fa Pires, mãy de Dõ Ruy Garcia,
ºº37 Vide,ou Almofter,máy de Dona era filha de Dom Pero Afonfo,fi-
Berengaria comunicou a eta fi lho de Dom Afonfo Ermiguesde.
lhaigoal,ou maior purefa de fan Baiaõ,& de D. Orraca Afonfo, á
. Cra
ElReyDom Dinis. - 156
era filha de Moço Viegas, hum * Defobrigada da fogeiçaõ do
dos filhos de Egas Monis, cõ que <matrimonio,fe retirou eta fenho
ficaua fendo bifneta de Egas Mo. 'ra a feu lugar de Almofter em
nis a Dona Tereja por eta parte, cõpanhia defua filha, de que não º
& pela outra de Dona Maria Fer "fazê mêçaõ os Nobiliarios. Não
nandes Acha fua mãy, era Dona foi o intento de feu retraimento
Tereja bifheta de Dom Ramiro o pouparlhe fazenda para caa
Quartel, em quem o Conde Dõ meto,antes defenganada do pou
Pedro dà principio ao titulo fin "co,que duraõ os èitados da Vida, . '
coenta & hum, que he boa proua per uadio a eta filha applicaſſem
-

de auer fido peſſoade grande eſti todos feus bens à fabrica de hum
ma. Etes foraõ os progenitores conuento de Religioſas de noſſa
Ordem de Citer, aonde fereco
de D. Ruy Garcia de Paiua. . .
Etaua Dõ Ruy Garcia viuuo lheem.D.Maria que le regulaua
de Dona Conſtança Annes, filha mais pelos confelhos de mãytaõ
de Dom Ioão Pires Redondo, & prudente, que diuertimen
de Dona Maior Pires de Pereira, tos que a vaidade oferece em fe
etimado por feu valor,& pruden -melhantesannos, confentio no á
cia. Dona Sancha Pires que defe fua mãyordenaua;& com a refo
jaua dar eftado a D. Berengueira lução de ambas fe pedio licença
Tua filha fez eleição dete caualei em Roma ao Papa Niculao IV.
ro, com quema caou a benepla Concedeo o Pohtifice alicenga a
cito de todos os parentes. Viue quatorze de Abril do anno fegã
raõ ambos no etado conjugal al 體 de feuPontificado, que he o de
-guns annos, affiftindo na Corte mil duzentos & oitenta & noué,
醫 Rey Dom Afonfo Terceiro; em que vai a hiftoria, & por efe
& não deuia fer muito o tempo; repeito tratamos a fundaçaõ ne
porque já no anno de mil duzen º ನಿಧಿ
queodia certo em que
#os & fêteñta & oito eftaua Dona felançou a primeira pedra, naõ
Berengueira viuua, & lhe julgou anda affinado noinftrumento pu
c… elRey Dom Afonfo a ella,& afua blico,que fe fez da fundação, po
* Amº-filha D. Maria Rodrigues,o paço etar muigatado: mas cóta 蠢
fftt, 鷺
de Gondiaës, contra Áfonfo lefer nefte proprio anno, em que
ues Pimentel, & fua mulher Sã etaua a fanta Igreja de Lisboa
cha Fernandes. Ete paço,& her vaga, como vimos no foral de
dade do couto de Gödiaés lhe ti Villa Real, & acabar a feita do
nha cóprado, fendo ainda cafada intrumento em vinte & fete, que
D. Maior Pires de Nouaes, & feu fè ha de entender da era 1317. :
maridoLourēçoAnnesCarneiro. defte corrente. . . . ....
Tanto
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Tanto que Dona Berengueira Trauanca (que he da Ordem de Ibid.m.
teue a licença,mandou chamar o nofo Padre São Bento)concedeo
Abbade de Alcobaça D.Domin a Dona Berengueira,que na hon
gos para lançar a primeira pedra ra, & julgado de Santa Ouaya, &
no edificio, & benzer o fitio do Cinfaés conſeruaſſe juizes inde,
Moteiro, como fez com muita pendentes dos de S.Saluador, &
folemoidade.Chegando entaó efte dito ifto diz que lhe fazia a rogo da
—Abbade ao lugar/ºbredito (faõ pala Rainha Santa Ifabel, por ella o
lbidem.
urasdaquelle inftrumento)© ben pedir: Eu a rºgº da Rainha querendº
zendo o mefmo lugarporautoridade da fazergrº,4,6 merce à dita Zona Zeº
letras. Apololicas, pos porfias mãos a rengueira, · ! ; : " ,;,
-

primeirapedra, em que effau4 º final Permittio Deos que effe pţi


da Cruz fculpido. Continuoufe a meiro fauor lhe pagaffe Dona Be
obra, & em breue tépo ficou ca rengueira com a lembrança que
paz de recolher Religiofas. A pri deixou do milagre das agoas do
imeira Abbadeffa què teue,fe cha Tejo, que feapartaraõ,quando a
mou Dona Maria Gonçalues, as Rainha Santa Ifabel quiz ver em
.fundadoras fogeitaraõ logo a ca Santarem o fepulchro de Santa
'fa ao Mofteiro de Clarauäí, de 4 Eyria,que etá no pego mais fun
foi filhaçaõ, & em agradecimen do daquele rio: que a faltar eta
tolhe efereueo o Abbade de Ci efcritura,nenhum conhecimento
ſter D6Theobalho hi carta mui tiueramos de taó rara marauilha.
encarecida, em que nomea am Imitou elRey Dom Dinis na de hº
bas, Dona Sancha Pires, & Dona uaçaõ da Santa Rainha a etaca
Perengueira, final de que viuia 'fa,tomádoa quatro annos defpois
ainda por ete tempo. tambem debaixo de feu emparo
" ,

| Como a fundadora era tanto por carta feita em Lisboa a qua


-de cafa dos Reys,foraõ elleslogo tro de Setembro.Porem antes de
vfando de fua grandeza em ajuda ambos Rey, &Rainha elembra
da fabrica,& cõferuaçaõ do Cõ rem de faüorecer o Mofteiro de
uento. A Rainha Santa Ifabel, de Almoter,lhe fez ete fauoraRai ,
-que foi mui valida a Dona Beren nha Dona Brites,mãy delRey D.
gueira, fe anticipou cõ mais pie Dinis no anno mil & trezentos,
dade a receber debaixo de fua tempo em que viuia na fua villa
protecgaö o Mofteiro no anno de TorresVedras,&foi, fegundo
mil trezentos & quatro por carta tenho alcançado,o lugar em que
feita em Lisboa a fete de Iunho. pafou quafitodo o retante davi
No anno de mil trezentos & oito da. A trinta de Iulho daquellean
etando elRey no Moteiro de no deu eta Rainha trezentas li
- - - bras
ElRey Dam Dmis. I 15,
bras a Maria Nunes fila criada, Valco muitas indulgêcias para as
as quaes mandaua guardar por pefoas que ovifitaffem com dé«.
ſeu Mordomo Garcia Martins atè uaçaõ.Para mais fegurança efco
lhe comprar huma herdade, que lheo por protectores, & defeno-,
por morte de Maria Nunes fica res delle aos Bifpos do Porto, fa
fia ao Mofteiro de Airiño(ker de. zendo doação a Dõ Giraldo Dos
efmola. Đaquife vê que tinha o mingues, que naquelle tempo go
Moteiro licença para herdar, & #ို醬 fèus 醬
a facilidade com que os mefimos res, de todas as herdades, &pa
, que prohibião demafias dřoados que tinha nos |ိ
no herdar os Mofleiros,eraõ feus do Porto,& delamego,& no Ar
procuradores para reterem ren | cebifpado de Braga.É o PapaBo.
da ſufficiente. Neſte proprio an nifacio em Viterbo afete de Ou
º no de mil & trezentos deu elRey tubro de milduzentos &oitenta,
"Dom Dinis licença para que o &fèistomou debaixo da protec
Mofteiro herdafÍe,paſſada á car çaõ daSê Apótolica ete Motei
ta pelo Arcebipo de Braga, & ro, o qual priuilegio fepublicou
Bipo de Lisboa, etando a doze em Santarem a onze deMarço de
de julho neta Cidade. Afio fez, milduzentes enouenta&.oito. r

tambem elRey D.Afonfo Quar - Finalmente elRey Dom Dinis


to tio amno míîtrezentos & vin depois de mandar'demarcar o
te&feis, em que concedeo a Al deftrićto das terras do Mofteiro
moter licença para herdar das peloſeuPorteiro mòr Eſteue An
Religloas, que aly tomaem o nes, loão Migueis Dacrefeu Cle
habito, fazenda que rendefe milrigo, & Martim Rodrigues, 4le
huras, & elle mefmo defpois de uaua opendão delRey,que erale ‫أنا‬.3‫والأر‬
fta concefaõ confirmou a herº uantando'! trazendo o 3.
dade, que Maria Gonçalues da pendão delRey leuantado em
Silueira Religiofa dete Conuen quanto duraua ဒါိါိးႏြယ္ဖြားႏိုင္ငံေါို
to lhe deixaúa. A confirmaçaõ ¿onfirmou o CoutoemLisboánà
"foi no anno mil trezentos & qua ànno deChrifto 1198. pondo pe&
renta & ete, em que he para ad has defeis mil liuras aos que lhe
uertir o appelido de Silueira neº
fła Religioſa. tº a .
ಕ್ಡ feuspriuilegios.Gons
rmar㺠osPrelados dóReyno,
* Epara que Dona Berengueira & dos Ricos homens, Dômíoão
portodos os meios deixafe auto AfonfoTello Mordomomòr,D.
•riſado,& defendid6 eſte ſeu Mo Martim Gil Alferes môr, D.foão
º
ʻ , , fteiro, alcançou noanno-demil Rodrigues de Britteiros, Dö Fera gºs
trezétos do Bifpu de Lamego D. não Piresde Barbofa,D.Louréço
Cs - - Soares
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Soares de Valadares.Dom Pedrº uºleiros de S.João de Malta, co
Annes Portel, loão Fernandes de nhecidos naquele tempo por ca
Lima, Martim Afonfo, que era o ualeiros da Ordem dollopital, &
Chichorro, Ioão Pires de Soufa, em demoltração recebeo a Cruz
Ioão Mendes de Britteiros, João. daquella Religião, 4trouxe toda
Simão Meirinho môr da caía del- a vida, & ainda defpois de morta
Rey, & Pero Afonfo Ribeiro.Por ainandou efculpir nafepultura,
ordem do Confelho deSantarem como hoje eflá.Razoés auia para
fe acharaõ na occafião do couto etafenhora femoltrar deugta de
Eſteue Annes de Paiua Aludfilda fa Ordé,& não era a menos ferr.
Villa,que heVreador, Simão Pi çofa ösbeneficios 4 do graõ Ço
res Alcaide do mar, Martim Fer* mendador della D.Gögalo Pires
nandes Barreto, Ioão Aires, Gil de Pereira tinha recebido.D.G5% cartwiw

Ordonhes, &Ioáne Annes Cota; çalºPires de Pereira chamadº º ."


entrádo porteítemunhas Afonfö- graõ Comendador de Eſpanha,"
Pires Repoteiro delRey, & Dos repeitando o parente(co 4 tinha
mingosEſteuescaualeiro delReya c6D. Berengueira;&auer ſidoſett
É#chaõ no intrumétoque marido D.Rui Garcia de Paiua,
entäoſe fez; na confirmaçaõ in- cafado a primeira vez com Doná,
tão ósRicos homés,que empri- Contanga Annes dePereira fia
meiro lugar apontamós,o Ioanne parenta,lhesfez doação a ambos
Annes dota acho nomeado Ciº em vidadas terras de Sãta@vaia,
dadão desantarem em hiaeferi- & Cinfães, que erão da Ordem.
tura no anno de mil trezentos & & alcançou do Metre do Téplo
dous, & eritáo daremos máis rá* Dõ Frei Gonçalo Martins outra
…a , , , zão dete appellido: , o :rii doaçaõ femelhante na parte que
# ^ .…… * .….….' : ' …ar:ara a Ordem do Templo tinha nas
… , o CAPiT, Lxv. *' Villas de que falamos, fr, ¿b
:ಲ್ಲಿಂ” : ‫) از‬yt ‫تپه‬ (ಶಿಶಿಶ್ನ
‫این‬ ‫بازی را از‬ ಇಸ್ಮೀ уличься m eldoas
O##$ತ್ಸಹಿಸಿ ಘೀ,
quizerão impedir a Donº Hopital, ou do Templo, alguns
Berengueira a fabrica de
.." Äh γ, pόγ/2γ "".
&ou ဂြို့ိ့ရ္ဟိခ္ရင္ဆို
驚 cővoto de profiffaö,apartaû
鷺勝鷲蠶 '* ,

ఖె

蠶 · beńs:aeftas Ołdés, (A. mefrňade
- ‫ شان ۔‬، A ‫گ‬-- ‫ لتا ﻤاخء‬-- - - ‫ خ‬1- - “ - -- ~ - ・・・-、 〜 。 ... . . .
128, : ra Aires grande deua- uação tiueraõ muitoscõ as outras
#ção:‫ر‬à‫زی‬Religião dos ca: Ordens de Santiago, Calatraun, - • -

--

* * * *
ElRoDon Dini,como eftes cafados15:fe frei
Anis,& Alcantara. Da Ordem do - Asi
Templo demos jà exemplos em rauão,ou fazião freires da Ordem
hum dos Capitulos paflados. E do Hofpital tetandolhe a fazem
ainda acrecentb , de prefente a da; o fizerão outros muitos; entre
Doha Sancha: mấy de Dona Be ellesteue principal lugar D. Ioáo
: rengueira,que tambem foifreira, de Auoim, priuado tão cohecido
ou confrade da Ordem do Tem delRey Dom AfonföTerceiro,&
plo, por eta cauía lhe deraõ os fila mulher Dona Marinha Afon
Templarios avilla de Rodão, dá fo,ambos elles fe fizerão confrei
do ela em troca tres cafaes no res da Ordem doHofpital,& ane
valle de SueiroTição junto a San xaraõ poreta caufa as Igrejas da
tarem. Afonfo Gomes Comen fua. Villa de Portel 3. Igreja. ‫ه‬d
dador de Tomar fez a troca com Marmelal, que he defta Ordem,
outorga de Frei Franco de Bort edificada por Frei Afonfo Pires Didi,
Vifitador geral, & do Capitulo Farinha: Étpro eo quodfumus *4}?ri
èral celebrado naquella Villa, i confraternitatis vinculo Ordinime,
dia da Afumpçaõ de Nofia Se morato. Por eta caua vendosos
mhora do anno mili duzentos, & Maltefes que a Dona Berenguei
fèreata & dous, etando prefente ratrazia a Cruz da Ordem,& ap
Frei MartimPaes Bugalho,Alcai plicaua feus bens ao mofteiro de
de mörde Tomar,&:na efcritura, Almoſter, que elles pretendiaö,
lhe charnão freira fua: i : : : : como de freira fila, moueraõ hûa
Falando agora da Ordem do porfiada demãda contra ella em
Hofpitat de que Dona Berenguei tempo que era Prior da Religiaõ
rqaceitou a Cruz por deuaçaõ: nete Reyno, o Santo, Dom Frei
muitos achamos nas inquiriçoés Garcia Martins, Arguiaõ que en>
ríomeados por freires, e que sá trara etafenhora na lua Ordem,
darei huma verba da freguefia aonde tomara o habito que tra
-dé Santa Comba de Gililifonfi, zia, & fizera profiífaõ, por onda
que he junto aos Arcos de Val: vinhaõ de direito todos feus bens
-deués, aonde astetemunhas em á me{ma Ordem,& que não po
-ternpodelRey Dom AfonföTer dia dipor delles em outra forma,
* #ceiro diferaõ, que harrim Zatº Defendeofe Dona Berengueira,
Inauiri
-
. . . ‫م‬.‫م‬

motrando 蠶 puramente, por


-

:ம்ே, Grfamelherfreirrº/G
: *--*ão fia herdade foreira dº ///piral. deuação recebera a Cruz,femfar
“ :Nólíuro dos obitos da Sê de Liº zer profifaõ, nem voto algum có
bọa: bonaz)odiafiav/a/{#ita/5. que le obrigae áquella Órdem,
*Noliuro dos obitos de S.Vicente d& que conforme a ito lhe fica
-defora:2aria wartinſſºſpitalarº. tualiureadipofiçaõ da fazenda.
f, - - ------ - Teue Cc 1.
- -
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana
Teue fentença em fauor, proua aos Arcebifpos, & Bifpos obri
do juridicamente o que dizia, & guem dentro de hum mesos frei
affi ficou mais defembaraçada res da dita Ordem do Hopital,
para continuar a fabrica do feu que largarem o habito, a que o
imofteiro. ' ' ' ' ' tornem a receber: fizeraõ fup
. Não lhe diminuio a demanda plica ao Arcebipo de Braga
dos Maltefes a deuação ao habi Dom Martinho defe a execuçã5
tó, & Cruz daquella Religiaõ, o tal Breue, & obrigaffe a Dona
mas acauteloua para o mais que -Berengueira a veftir dentro da
dahy adiante fazia em maior fe quelle tempo o babito que dei
guránça da pofíe do Mofteiro; xäfá. Sobre a materia correolar
Fezlhe ella doação no anno milgo litigio, de que ha varios pro
trezentos & hum de vinhas,&la cefos no cartorio de Almoter,
*.
gares em Aluifquer, que he jun apertando por parte dos caualei
- - -
to a Santarem, & logo ali fez e ros fer a Dona Berengueira frei
fta declaração, em que diz: Zau ra fua, & comprouando ella fer
meutºflemunho, que eu zona Zeren pefoa fecular, & ို႔ႏို့
gueira nunca fiz voto a nenhuma Or Era procurador contra ella no
ism, nem prometti afszer, ó" coma anno mil trezentos & quatro
#uer que fia Gaztraga, na3 na Pಳ್ಳಿ Martim Rodrigues Comenda
por votº que fiz/r, cá cada que a qui dor da Bailia de Santa Marta em
gertaher,tolhelaei.HerdaraöasRe nome do Prior o Santo Dom Frei
ligioasadeuacaña Cruz de Saô Garcia Martins...; . . . . . . .
João de Malta por repeito de Do "No anno de mil trezentos, &
na Berengueira fua fundadora, tres a viñtenoue deSetembro ap
em forma que ordenaraõ a trou pellou;i&pedio os Apoftolosem
xeffem òs confrades de Saõ Ioão home de Dona Berengueira por
Bautifta daquellelugarde Almo fazaõ do grauame, que e lhe fa
fker, nas veftes da confraria, co zia em a obrigar a trazer o ha
modefeito vaõ. … ……..… bito da Religiaõ do Hoſpital,
= Parece todauia, que depio fèndo ella pefoa fecular, feupro
Doña Berengueira a Cruz,& ha curador Afonfo Rodrigues Me !. * .
bito de Malia, & deuia fer para ftre Efcola de Silues em prefen-" r

motrar que não etaua fogeita ça dos Bifos Dom Eteuão de


por voto àquela Ordem, fenaõ Lisboa, & Dom Giraldo do Por-.
que por deuação aceitara a tal to, que entaõ eftaua na Cidade
infignia. Os caualeiros contudo de Coimbra. Allegou alli por
valendofe do Breue que tem do :parte da appellante entre outras
Papa. Celetino,
... A * *
em que manda .coufàs, que o refcripto do Pa
º pa
El Rey Dom Dinis. . . . . 53
pa Celefino fazia so menção 'Cidade, & particular deuota, &犯
dos fieires varcês,&affi não podia afeiçoada deta Ordem, lhe deu
extenderfe nas donas, & confrei principio.Dö Freiloäo Auguſtin
ras da Ordem: maiormente que de Fuñes na Chronica de ÑÍaltá
em Portugal naõ auia Conuento ecreue, que no Capitulo geral, á
algú de freiras da Ordem doHof o grão Metre Fr.Fabricio deGar
pital, em que feviuelle compro
fiffaõ de votos, & abdicaçaõ de reto celebrou emRqdesnaquelle
anno, nad ha outra memoria
fazenda, como o direito ordena: mais, que a confirmação do Có
?roto cliam quod/ípræditium refºrp uento de Euora, ilſabel Fernane
tum, quoddicitur z).Celeftini,-Archit des, & outrashofieftas,& virtuo
piſºqpis, & Epistºpis contrafratres di fas mulheres daquella Cidade fi..
&fi Hoffitalis deponentes (rucem,Φ. ha daraó, defejofas deviuer debaixó
bitum aliqualis deturpoteſtas, velturiſ da profifaõ,&habito regularde
aífio: coñtra dominaitamen,velfemi fta Ordem. O Prior do Crato D3
mas, de quibus ibi mentio non habetur; Diogo de Almeida as admittio,
perpſm reſcriptum nulla deturpate nomeando por Priorea a Iabel
jia, nec aliquatenus daripg/ệt, cã nut Fernandes: permaneceo o Coti
lum disti Hoſpitalis in js partibus βε uento detas Religiofas em Euo
J}(onańerium}amincrum, que,»rinrd ra.atèque o Infante Dom Luis,4
yolunt,propriocareant, & (ab atproba gouernaua o Priorado do Crato,
ta regula iuant, a proffimemfaci? o mudou para a villa deEtremos,
facularem. . ., . . . , . em que agora o vemos.
Conforme a ifo não tinha à
Ordem do Hopital Moteiro de ' cAPiT. Lxvi,
freiras, aindaque tinha fratrifás,4
traziaõ o ſeu habito, & deftas as
· que profeflauaôos votos da Reli Da Ordem do/anto Sapuk
giaõ,&, obediencia aos Prelados ehro,&- Moffeiro que teué
da Ordem, viuiaõ em filas cafãs. em Portugal,
Dona Berengaria, aindague tra
giao habito, naõ fez voto, nem R
Agoas santas, que 1189,
profifaõ. O primeiro Conuentº #he em terra da Maya
de Religiofas da Ordem do Hof ºSR
do Bipado do Porto,
pitaldeSaõ Ioão,ou deMalta que === & hoje Gómenda de
ouue em Portugal, feedificou na Malta,oiiiiehâMofteiro de Frei
cidade de Eüoräno anno mil qui 蠶 naõ eraõ daOrdem do
nhentos & dezanoue. Ifàbel Fer Hofpital,fenaõ da dos caualeiros
nandes húa nobre mulher delta do ೧698ಣll -

-
Cc 3 háá
< * ,
Liuro XVI. Da AMonarthia L ufitama.
hűa breue noticia, paraque fè fài to & tres, que os Conegos fobre
ba que ouue tambem em Portu “ditos foffein caualeiros do fãnto
galeta Ordem, & fe não prefü Sepulchro, & que trouxefem no
ima, que o Molteiro das Freiras "peito (obre o habito branco a
de Agoas Santas era da Ordem º Cruz de Ierufalem,como os Reys
e Málta,ou Hopital, que no tế a traziaõ em fuas armas. Exten
po prefente tem apofé daquele deofe a Ordem do fanto Sepul
¿Mófteiro, & Comenda."Entre as chro daqui adiante a feculares, 4
-Ordeñs quefa deuaçaõ ¿os fieis profeſſauaſi nella, & ſeruiać co
¿nftitüio ñafánta Cidade de Ierti moos Téplarios, Hoſpitalarios,
falem, äßip àra a gúarda dos lu "8. Teototiicos,& affiefies, cómo
garés (agrados,coño para empa aqueles floreceraõ em numero, -

ro,&agäfalho dos peregrines,foi valor, & cauaferia. ° . °


-húa delas a Ordem do fanto Se **Perdida añños adiante a terra
ipülchro,differentedàOrdem dos Santa, & excluidos della todose
*aualeiros Templarios, Hopita ‘ſtes caualeiros, os do fanto Sepul
larios, Teotonicos,& de SaóLa chrofë paffaraõ a Italia,& refidi
záře:Teůe přiřčipibachňaleria, 'rab na Cidade de Perufia. Succe
éu ordem do fanto Sepulchrö, °åeoriaõ muito defpois difto a ex
àuando os $arracenos ganharaõ tinọaõ ဂြို့ိန်ဂျိ Templo, &
â€idade deïerúfålem äös Impe fendo parte dos bens della appli
radores Chriſtaốs de Grecia.Per 'cados aos Hofpitalarios, qué ja
mittiraõ então os vencedores, á entaö fe chamauaö Rhodiènfes,
em guarda do fanto Sepulchro,& * agora Maltefes, o Papa Inno
MontetCaluario ficaſſem certo cencio oitaúovnio tambem aos
numero de Conegos Regulares ime{mosRhodientes os caualeiros
&a.Ordem de Santo Auguftinho, 'do fanto Sepulchro. Naõ foi de
3iñefina Regia qüedšäëSaté dura a vniaõ delles; porque em
töViétor,S&Såhèå Genouéfå de breue e emanciparaó, afi como
Paris. Recuperada, defpois a Ci os da caualeria de SaốLazaro fè
dade Santa no anno mil& noué cafaraó: por eta caufa o Pap
:::.. , taº, nèue pór Gothifredo, ou 'Alexandré Sexto ficceffordein.
. . Godefroy de Bulhaõ,fez grandes 'nocencio Oitatio tomou,& tranº
efholas;&concedeo muitos pri ferio à Sè Apoſtolica opoderde
*uilégiös á eſtés Cónegös. Mórtó dar a Ordem de cadaleria do fan
Göthifredö;&fuccédendolheno to Sepulchro,da qualfe declarou
Reyno de Jerufalem feu irmão cabeça foberana, & afeus fuccef
· Bäidöino, ordenôu pdr'hüm ef. fores, conferindo ete poder aos
- like iSil cē , feus Vigairos as Card; Ο
: -
+ ------
\
rº At
EłR,罗KD,omiBi
・・・・・・・、
is.” sº. -154.
LVints.
.
‫ ننتمي‬. ‫ م ت ف ي ة ن‬. . . . . . . . ‫ة‬: ‫ثة‬
do fanto Sepulchro para dar a di ល្ហុង៉េ, 醬 de
ta Ordem a cafados, & Rhõcafa ງູ deⓛigiosງູ efen Sir G :O ' ' '. ſº. ' ' ' ' ', " -º (; ; ; ;
dos, obferuados porem os requi dero que eftàem poder dos bar
firgSಿ ಧ್ಧಿ #35;&ormoyfâuäø os primeiros
ólos antigos caualeiros daquel Ordei & Dellalov
ನಿ º 醬 黨 rios autores, a nos bate do
hecimento o dito,
géraes de j falatmos,faö ရွှံီ ‫ حل سافة ما لم‬- - 5
醫 rvir em conhecimento do que .1 * *

diais da OrdéSerafica, aos quaés #lla foi daqúelles tempos,&dê á


' de prsfente e[tà comettidaaguar fói feu”o Molièiro de Agóas S.
dadoſhto Sepulchroiséreſidem tas,&naóda drãğdo Ħöf¡ital.
naquellesSantosfugares,introdu
fidos nefte minifterio do anno fai
tⓞda Orkido.Sⓞut
trezentos & trinta & feis atè etechronaổpode auer duuida;ahtes
tempo, por concefaõ do Soldaó conta que aula nelle Religiofas,
de Babilônia;áèñtäöfènhoreáuà &collegiada de Clerigosdă me;
à Paleſtina à inſtancia delReyde ma Ordem. A tôdas empararão

do nóme.
os noffoş Reys de Portüğätbéhi
ġña,& នុ៎ះ
* Pelo mefmo tempo oito Bur đè Santa Arina déČdimbia ahda
gueſes de Paris fundaraỡno Mo huin inftrumento, de què confta
iteiro de S.Franciſco daquella Ci deixar Domingos Martins Prior
dadehúa Côfraria,a qué chama de Alcoroutim por herdeira à
fäö do fanto Sepulchio, de Ieru fua irmãa Sancha Martins dona
falem, cujos e tatutosဗွို႕ႏိုင္တို႕ ဗွီမျိုးမျိူး do Mofteiro de Agoas
e Papafugenio Quarto Omodo antas da Ordem do Sepulchroa
que fe tem em intituir os pere ual fez doação com authorida
醬 Paris a Ieruſa ede D. Frei João Martins Prior
mº,8 a carta que euão,&a que do dito Mofteiro, & por fêr na
haõ de trazer do Patriarcha 獻 tural de Coimbra, filha de Mar
erualem, que he o Goardiaó do tim Annes Calbada, veridendo a
fanto Sepulchro;refere Fr:Iaques herança,veio depois ao Moteiro
«leBrezholitiro dasgfañdezás de de Santa Anna, . . . -

Paris, & ofenhor đếVillamont, ElRey Dom Afo5io Terceiro


caualeiro da Ordem do fantoSé apprefentou para Prior do Mo
ºulchro, no fim dá flaviagem, fteiro de Agoas Santas da Ordem
醬 faó óstermosa que eta Or do fanto Sépulchroá Frei Pedro
dernetá redúzda, ffindohⓥjº Fortes de Outerge Fumos,a qual
....‫_ء‬. + _ ، ‫_ۓ‬/‫_ ہ‬i, ‫ وﮨ‬: : : : : '.․.:4 ‫ ل‬4.4 ‫ ;’نمْ؟ ۔‬:
o grão de cⓞ㎜eriⓛdⓛifi: apprefentaçaõ confirmou o Bifpo
nia aos; : peregrinos
".
que pafáõem do Porto Dom Vicente pelos an Cc 4. I1OS
º ..
| Liuro XVI.Da Monarchin Luftana,
| nos milduzêtosfeffenta & ſinco.
Enofo Rey D. Dinis no terceiro CAP. LXVII. , ,
anno deſeu reynado, que foio de
|mil & duzentós, &oitenta & hữ,
appreſentoutambéGiraldo Chri JDaguerra que por ese tº -

ftoušonamefma prebenda;a yer po auia entre os Beys d¢


ba da apprefentação, que etá no Aragão, G. Castella, é
primeiro liuro dos padroad os diz
detamaneira, correndo com as dº/ocorro,que elRey Dom
razos, apprefentaçoes da Era mítrezê Dinis mandou º elRey .
tos&vinte & hú, que vem a cair " Dom Sancho. "
no annofobreditp.7temprafemtauit
-
dominuskex Ceraldum இது റ്റ് ‫ آن‬ºfesque elRey Dom
#}}; Dinis nas vitas que te
ad Eccleſam S. -%arie de.^qui $an Żğuccom elRey DöSan.
äis Epiſpatus Portugalegſ 2 r, dié :::*chodecadetalhere:
2Nouembris. ) .
-

TT.3:…. {:
i . . .. . .
A · ' '
füadio, que apartarle de y a Dó
Annosadiante,quando ſefeza Lopo Dias de Haro fenhor de
taixagêial paraófubfidio quef& Bitcaia, como deixamos dito, &
concedeo a ete Rey, como vere que admittife apriuança a Dom
mos, vem taixado o Moteiro de Áluaro Nunes dê Lara, recrece.
AgoasSantas, & a collegiada do fiðporeíta caufa grauesconten
dito Molteiro naforma quefefe. das naquelle Reyno.Elaua Dom
gue:ίκmmonjiniumd, Αμί,5ακ, £9Rogafado cöm Dona Ioanna
莎ecceiuras, º proeis que haber in ផែ្ល delRey, filha do Infante
die (V/ence.zxxwj. iemcollegium Dom Afonfo, fenhor de Molina,
diëtimonaſterij c.Conſeruouſeaſ. &irmãa da Rainha Dona Maria,
... fiacollegiada,como o mo- . & inha cafada hñafiairmacā
teiroatéáfe encorpo º Infante D. Ioão,irmão delRey,
por onde acquirio confiança, &
-- teve empre muitos caualeiros à
8f-guião, maiormente abrigado
deõřdinářio.com osReys deÄra
º;-
蠶 viſinhos, & oviſconde de
#arne na fronteira de França.
Para reconciliarfe com elRey, á
Pºr caufa das vitas cão de Ára:
gaõ era chegado a Alfaro, huma
yilla de Catella, nos con se
2. -
.* Aragaઉં,
-

ElRey Dom Dinis... , , );


Aragão, & Nauarra, vierão am contrario a parcialidade dos de
bos com pouca cautela, & fendo, Haro ficou deminuida, & atè Dõ
requeridos que largaemos Ca Diogo Lopes irmão do morto, q
tellos que tinhão: D. Lopo mais era capitaõ da fronteira,por mais
inconfiderado na repotta,perdeo ventagens que fe lhe offereceraõ,
a vida détro no me{mo paço del deixou o feruiço delRey D. Sans
Rey, & o Infante Dom loão ſeu cho,& paffou a Aragaõafolicitar
cunhado ficou prefo. Affi acabou vingança daquela morte. A viu
а priuança de Dom Lopo, & não ua Dona Ioánna atiçou por fila
foi mais dilatada tambem a de parte a mefma caufa, & D.Maria
Dom Aluaro Nunes de Lara,que mulher do Infante D. Ioão prefo
em breue acabou a vida, aindaá fe paffoua Nauarra, com quetu·
com morte mais venturofa de en dofe reuolueo contra elRey Dó
fermidade ordinaria, & com ou Sancho, & muito mais cõ a che
tro motiuo de mais confolaçaõ, gada de Dom Gaftaö Vifconde
qual foi ver admittido por elRey de Bearne, que tambem veio a
a feu irmão Dom Ioão Nunes de Aragaõ. Acabaraõ todos cõ el
'Lara, que continuou defpois de Rey Dom Afonfo Terceiro, ir
fua morte napriuança. Aambos mão da nota Rainha Santa fa
grangeou elkey D.Dinis aquelle bel, que fizee guerra a Catella.
acrecentamentó de eftado,& naô Para maior demoltraçaõ de rõ
menos obrigaçaõlheteuefeupay pimento fez ete Reynomear na
delles Dom IoáNunes de Lara, a êidade de Iaca no mes de Setem
quem o me{mo Rey fez pôr em bro do anno palado por Rey de
liberdade, quando ficou prefo na Catella, & de Leão a D. Afonfo
batalha que teue com o Infante filho mais velho do Infante Dom
Dom João, & Dom Ioão Afonfo Fernando, irmão mais velho del
de Albuquerque,que andauâole Rey Dom Sancho, & pretenor
ត្osconta clRey DGSa continuo daquella Coroa. E em
cho, , , ‫از‬: i final concluíaõ mandou elRey de
• ?:

5. Como etes enhores Larasti Aragaõ defafiar ao deCatellano


ueraõ tantaçorte/pondêcia com Ames leDezembro do proprio ab
elRey DõDipis, & fabrigaraố ¿no, eftando nacidade deTeruel,
por vezes neta Reyno, muitos for hum caualeiro de fua caía
caualeiros Portuguetes fe fizeraõ Achamado Pedro de Ayuar.ri ... .
feus vaffalos, &feaçharaõ cõ el 3.-Defi:uberta a guerra neftafor
les avio daquele tempo em va ma,&fendo a origem della ade
rios recontros, de que º Conde priuança de Dom Lopo Dias de
-Dom Pedro nomeaalgas, Pelo Haro, & mais accefloriosa ella,
. . . .. . . * * *. CIIl
* : * '. ...
*** Liuro XVI, Da Mamurthia Lufitana. -

em que elRey Dom Dinis abrio & foi a Catella, aonde alcançou,
os alicerces, ficou obrigado por grande priuança com elRey Dõ
eta caufa a acudir na inualaó Sancho, & com a Rainha Dona
preíente a elRey Dö Sancho fèu Maria, & em fatisfiçaõ de todos
tio contra elRey de Aragaó feu os fauores perdeo a vida honra
cunhado. De Lisboa, aonde refi damente na defenfaõ do Caftello.
dio dedeo principio defte annó, de Moron, que elRey lhe enco
& ainda no fim do anno pafado, mendara. Paſſouſem duuida aCa-cem.fa.
difoós com grãde cuidado a me ftella com Fernande Annes de* 43*
lhor gente,affi dos concelhos,co Portocarreiro feu tio Deão de
mo dos prefidios, & com os Ca Braga,o qual entrou naqlle Rey
itaês de mais nome amandou a no em tempo delRey DõAfonfo
Catella.No fim do mes de Abril Sabio, & foi feu priuado. Cafču
dete anno de que ecreuemos, e Martim Pires Portocarreiro com
abalou o exercito delRey de Ara Dona Mòr Gonçalues Coronel,
gaó,&igualmente o de Catella, de que teue defcendentes; porem
é ambos fe auítaraõ em Arifa, os Condes de Medellin, & Mar
3: Monreal, & defpois em Mon quees de Villa noua del freno,
tagudo, & em todos etes lugares ou Bárcarrota, que faõ defte apk
påffåraöſemrompimento déba pellido, ឆែ
talha muitos dias. O empenho e Fernandes de Portocarreiro ſeu
ra grande, & receauaõ todos a fbbrinho, que tambem cafou em
contingenciadehum maoſucceſ Caftella com D. Ines Fadrique,
fo: mais de cem mil homens tra filha do Conde D. Fadrique Par
zia elRey de Aragaó,& ode'Ca do de Lombardia. . . . .”
{tellá outro humèro quafi iguála Profeguiraõ ambos os exerci
-eftep Facilmente fe aliuiarãõ en tos fuas determinaçoés de inúä
saõ dojugo dos Moúros de Elpa faó,& refitécia por aquellas fron
rha,i fe cóntra elles conuertefaá teiías com maiór ruido, que fic
forças tão crecidas. Adiantoufe ceos, aindaque algüs recontros
elRey de Aragaõ;& combateo o ouue naó fauoraueis a Caftella,&
Cafello de Moron, em q achou em todos fe acharaõ os Portil
fingular refiſtencia, masentrouo guees, que elRey D. Dinistinha
por força, & na defenía morreo mandado Avinte & hum de Oú
Martim Pires de Portocarreiro, túbro deu o Confelho de Santa
-que era o capitaõ delle. Eraiefte rem hùma quitagaö a elRey, &
-fidalgo Portugues, & tinha fido fendo pafadá em nome do Álcai
Conego de Braga, a qualconefia 'de môr, & dos dous Aluafis; dé
deixou antes de ter Ordês facras, 'cláraôáué hü delles andauã é:h
* . . .”
- " Caftella
ºf - naa, 7. ‫ة‬ ‫مسنغاف‬
‫ت سسس‬r ‫ ما‬a
- :
3 ElRey
.: ; ºr Dom P. ': ”. viºli i;6
Catella có o focorro que elRey pay morto em Lisboa, a dezafeis
" limandataΝοεδρεύολίτηde: Αί. 器獻 醬
αγ4, ο ξείρε βmlhelm. Αιμή, tenta &fique, etjua depofilado
‫خ‬ : ' ', " . .'; 'f, .* *** * *

¿uy?ais á outro Alugál nomfandino,


*ontpardue era emfaruto den/o/ - ငြိုင္ငံႏို
ຊໍ້
de: Rey imas còmo, o nofà
nhor elºgyzºom Zinigem ajuda delRey pois
4(βεία, φοίοηβho de Saniarim, bbadς άξΑlco នុ៎ះ ດູ່ , z -

&c. Sueiró Mendes Alcaide mò: រ៉ូម៉្លេះ


' era da familia dos Siluas, & chá.
mauaſe Sueiro Mendes Petite, ផ្ទុំ
; : * **, ºr, ri" . . . . Tº
ääqüellçPrincip¢;&|
鷺獸 Reyno ha
င္ဆို
Asicomodo Confelho deșă. 驚 Dôm Sancho
tarem fé mandou gente àquela, eu irmão, ficou ele&#brigàdò åg i.:4,' : ‫۔‬
‫'ن‬۴'

jornada,foraõ dos outros Confe oſſo Copuento, ເkolhko cle -

lhos 驚 m.da nobreza i. ប្aporeញុំ, emþrá


w

tffeçeley&q. dgjuntamentº,ĝe ಫ್ಲಿ


ellemandoua ſua cuſtaque deuia,
ſer ೧೩ಿQPಿ; ទongime pedia o a Rainha B.Vrraça clauaó fez
apgtºp: 體 dg Ára… pultadosfamefºháčäfà, Fafsfé
gaốle tinhão feitas. Ëm; 蠶9 ງູRºj.ⓛ.cⓞ
# º elRey D. Dinis e patou por Seº
dⓞCohⓞtⓞ
Ceºl; inortendό Em Toe 2: ſº
ဖြုံ့
"τρίτο άe Lisboaa Alenteje, a" inandρμ επίcrrarom Αlcobaga;
donde oyeremosainda no prini &paraque euçº ႏို s".
មន្រ្ត feguinte. ιεί gue sosnoflosReligig 驚
ο 33
:: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: |ိန် llaeri,
::: oil
G.A.P.2: LXVIII.,: ჭòo 1-gap,q; Franga,a
. ម្ល៉េះ ‫ ;י יוז‬::::: ;A
32
eta dė 器
႔ႏိုင္ငံ ddfⓛu
ificado, que heo de ိိ၊ - *

Då trefladitä%#ut
:‫ ت‬، : ‫ نام اینها‬. : ‫ت‬
flf۴ läg
‫ف‬f : ‫ از‬d ‫ و‬g ‫اگر‬ duzºhios;ſincoëtakhutºmas
Το Dinisίξάρ ίorpo &ί. não teue efeito amanda delRei
Đom Sancho netta 醬
% Domingos ficou feu 蠶 Šède foledo, isanggabi
t ឆde LìsboΑ h ra d dëſºi
19s iſ . . ; , ; }º º ºſſ; º; ) - ಶ್ಗ ‫من‬saaBullahia
-
g
‫و م‬t
*.
‫ ن‬،(، ،t
\, . .
dirigi
، ، ،i
.
‫وو‬t‫* * * ستة‬ º, º 'º. - *...* ** ‫יוניי‬

Άία (44% girry , Seu irmão elRey Dom Afon


if, jf.
-

ផ្លុរ៉ែ fono afinoprefente denildüzen - - * * ;ºs #T... ;>

$$)$ao reynado delRey P5 ...igs3.gitgöta & fièùe fgiftes]: "٦ ‫ت ** ہتے‬ …sº

វ្នំ Digis,x,qsapiaque dqde 蠶


ఢా $£ elReyDomA, နိူင္႕ e Lisboapataäde Alcat - - -
;44
Liuro XVI. IDa Monarchia L ufitana.
*, ,
ça:Applicou a tresladação a Rai riafirem ாம். fo icolocado
nha Dona Brites fua mulher, que o tumulo defRey D5 Afonfo na .
tinha viado de Catella,aonde af: Capella de Saõ Vicente, em que
fiftio á morte delRey Dô Afohf; agora etá, fenão na Capella que
Sabio feú pay, & deu cumprimë citaua fora da porta principal da'
to às mandas de feutetamento, Igreja, de que falarei na historia
& có a mefiha pontualidade foli particular, que tenho dipotada
citou agora atresladação do cor Abbadia de Alcobaça, Nos por
*o delRey Dom Afonfo feu ma ticos, ou alpendres das Igrejas feº
rido. ElRey DõDinis concorreo fabricatião os eriterros pór feue
para eta acçaõ com os repeitos renciados templos,&fântuarios;
deuidos á may que a applicaua, donde veio a dizer São Roão Chri
&ao pay defunto. Não alcancei omo,vendo que o Imperador
o dia em que fecolocou na fepul Ĉonftantinoféeûterroufio porti
tura de Alcobaça elRey D.Afon co da Igreja de S.Pedro, que fer
fo, que sò do anno datetemunho uião os Emperadores Chriftaðs
o Chronita Ruy de Pina no fim រ៉ឺម៉េ្លះ fepultura, no
da Chrónicadette Rey. " ." miniterio que os porteiros tem
"Seu filho Fernão de Pina Chro no paço dosEmperadores,&Prin
nifta mòr tambë do Reyno efte cipes: Quod /mperatoribusfìnfim au- hm.ss.
ue em Alcobaça nomes de Setê laianitorei, hoc infpalchropi/cararibus i::
bro de mil& quinhentos & vinte funr lmperatores. *Em Portugal do ‫و عمده‬
& quatro, quando elRey D.Ioão tempo delRey Dom Dinis adian
óTerceiro vifitou aquelle Con te esfriou etecotume, aindaque
mento vindo de Tomar, & de ca feu filho Dom Afonfo Sanches o
minho pafou tambê pelo da Ba obferuou, como veremos:
talha, aonde vio o corpo delRey Aos enterros que etauão nos
Dom loão o Segundo.Em Alco. Porricos, ou alpsadres das Igre
baçavio os dos outros Reys, que
aly etão fepultados, & falando ஆ
Allier, ¿ a meu vêr foi palaüra
ီ|ိ introdufidadeidea primitiuaigre
Terceiro, diz afi: ElReyz". Afon ja,parafe protetaromyfterioda
/* Segundo "hum do grafºs homens refurreiçaõ, & a ito encaminha
que su vi. El rey zum ºfma 7rcti o nome de Calha, que quer dizer,
* erahamum grand, º bºccºpequenº, tranfmigraçaõ, que valtanto co
cºrinhaahum pouco torta,comºque ενα 'mp dizëf.pâffagêmdehumlugar *c. *
:

' cowfa natural, forquea(i como eftauao 'a outtro, ou o que agora ao iñtê
parecia,qte in്m os comhece em wid๕, to vem mais proprio, paflagem,
вот,поі па фаtura å ¢ро!, 4wedi ou traímutaçaõ de huma outro
-...-- *-- a-- *-.

- etado,
& ElFey Dom Dinis & & & 157
efiado, do eftado paffuel,& mor gar, as os patrocinafe para paf,
talao gloriofo, & impafiiuel, que far de vicios a virtudes, & fazer
feo refuſcitar fora sò reuiuer, a vltima tranfmigragaö de Gáli
fèria remeaçaõ ao primeiro efta lea; ao eftado davifaõbematien
do, & naõ tranfmigração a ou turada: Vt/ctit de locotnlocum rraήβ
tro mais fublime; dicurfo que ferri volajîi,/« mos pracibus tuis de vi
nofo Padre São Bernardo redu tijs adyirtutes tranfire mereamur,yt in
zio bem da palaura, & encami Callilea, que tran/migratio
nhou ao myterio,falando da re tur, Zeum viderevaleamus.Nahifto Lib. 3. 6
fಿ
Serm. I.
άfψίia. furreição do Saluador:Sipo confu ria daquela cafá relata Dom Ioão º
mationem (rucis in ma(lram hanc mor Briz Martines a trasladação de
talitatem, 6 vite prefentis arumna Santo Indalefio.Da delRey Dom
Christus ZDominus reuixi et,ego eum 726
Afono, que獸 haõha
tranſiſe dicerem, ſedrediſſe: non traſº outra circun ancia, que pofa e
migraffe infublimius,fed adfatum re creuerfe, sò declararci o affećto
- . . . meaffepriorem. Como pois na res com 4 fè lhe defeja a vitima trafº
furreiçaõ (e efpera mudança, & lađa;áo gloriola.
paffagê ao eftado gloriofo, na fes ‫ ن‬.(‫ ع } د‬: ‫ يي‬:.. . ‫ ت‬: . . . . '' ': ،٤٤"
pultura, & enterro em 4os Chris ' . . CAP. LXIX. . '
{taōs fe depofitauão môrtos; en
, tro o. -- .

tregauaô ôs corpos naõ para fe


perpetuaré aly desfeitosem finza; Das inguiries# que dRg
-

mas hopedados como de pafa mãdou fazer/obre honrás,


gê para fè melhorar defpois glo &º coutos, com outras cou
iiofós, & impa[sineis na refufrei
ção futura,& aficõo proprio nos . ." ſas aesie intento, ・・・
ine do lugar da fepultura teftea - «... і 205 і ті»
munhauão a certeza daquellafe" 53;Ela Comarca de Áleh-139o.
licidade que e{perauaõ, chaman tejo gaftouelReyDom
dolhe Galilé, ou Calilea. … … $] #Dinis o fim do anno
'', Daquientendo que procedeo - *pafado, & no princi
comporem os Religiofos do an io dete de mil duzentos & no
tigo mofteiro de S. toäo deka Pe. uerita o detinha ainda aquela
nha em Aragaõ a Collecta que fe terra,& particularmente a cida#
* ...
cantou na tresladaçaõ do corpo de de Beja,ãque foi mui afeiçoá
º de Santo Indalefio, na qual rógaõ do.A oito délabeiró eftandõe!.
-,
, ao Santo, á afsi como foiferuido Reyhefla Cidade deu cart㺠dê
- -

de que feu corpo foffe mudado;& foró ävilla de Otirique, &'nellà


', 'trasladado de hum para outro Ríº vé aſsiuadosostmefmosRicesho.
- Dd mens,
Liuro XVI, Da Mónarthia Lufitana.
mens que nas pafladas:& dos Pre cipio deuiăofer inflituidas com
lados falta sòmente o Bipo em algúa daqllas folénidades.Tam
Lisboa, aonde hauia ainda Seva bem bataua entrar no fenhorio
cante, que em Vifeo etaua já das herdades, ou cafåes hü fidal
confirmado o Bipo Dom Egas. go conhecido para fazer hçnra
A vinte & finco de Feuereiro ti dellas por repeito de fua pefloa,
nha elRey patado outra vez à aindaque não ouuefe outra fo
Eftremadura, & na villa de Lei lemnidade. Tal era a honra que
'ria confirmou o reguengo deSan Suer Reimondo tinha na fregue
ta Maria de Faro, que mandara fia de São Cofmade do julgado
deuafar por Ioão MartinsMadei de Gondomar, da qual fendo in
ra Alcaide daquella Cidade, que quirida húatetemunha em tem
deue entendere Alcaide môr do po delRey Dom AfonfoTercei
Caftello, Payo Migueis Almoja ro,refpondeo, que naõ era honra
rife de Loulè, & Miguel Annes da por couto, padroês, carta, ou
efcriuão delRey. Com confe pendão, fenaõ por razão da Pe riன்
lho tambem defua Corte man ſoa deſte fidalgo: Interrogatus/feit *{{ 3. - º

dou fazer inquiriçoés das hon komorataperpendomem,yelper cautum,


ras, & coutos, que entre Douro velperpatrones, velper cartam Z). Re
& Minhó, Béifa, & Tralofmon gis: dixit quodmon, fedef, honorataper
tes fè tinhaõ acrefcentado em de dominum $uerij Xeimomdo. Os fidal
fraudo da fazenda, & direitos gos porem que affi honrauão, &
Reaes. Chamauaõ honras 醬 izentauão as cafas de fua morada,
Il
!as terras, que os nobres tinhaõ; & a quem fe permittião prehe
aonde etauaõ füas cafas, ou fo minencias femelhantes, eraõ os
lares: tinhaõ nellas jurifdiçaõ, & bem conhecidos por taes, que
direitos auidos por coſtume an nito amiudauão com todo o e
... tiguo, de que etauaõ depofe os crupulo os Enqueredores, por
ſenhores, & outros às vezes que
*‘ * não fer tão facileta crença na- ,
os mefmosvifinhos lhe oferecião quelles tempos.No lugarde Ce
器 os emparafiem, & de noi da fregueſia de Santiago de
ງູເ em. ., , , Arcufelo do julgado de Valde
.¡¡Ainftituiçaõ das hòras era ou uês fe achou nas primeiras in
pofcarta delRey,ou por marcos, quiriçoés-delRey Dom Dinis,
- &baliſas, | Qu, por pendaö Real, que fez Martim Eteues da Tei Lib.I. das
醬 fëlëhantaua quandojë xeira, hum paço em herdades, borra4il
tauaa poffe, ou por fenhorio an- P a lauradores, & reden
t
រ៉ែ dellas ti-
1G
fidalgos.” É a de fidalgo he ofi- 5iiiii!
nha6,ºbčemícuprimeiro Prin: Laurençº Rodrigues, que foi juiz de##
* # º ?emella,
ElRey Dom Dinis. . 138
?enella , дие dizem as telemunhas, em que elRey totalmente man- -

que he fidalgo qual Zeos manda. Pa dog, que dellé adiante fe naô fi- ¿,,,
rece que preuiaó aquelles apura zeflem mais honras por amadi: "…;
dores da nobreza, q aueria ainda gos, ainda que os filhos fofem le* ಘೀ
fidalguias, que Deos naó manda, gitimos, & affi quando João Ceº ". atti“
*

aindaque as permitte. far, que tirou as fegundas ihqui- gia,


Ashonras que os fidalgos ere riçoês em tempo dete Rey, en-;
guiaõ por razão de fuas pefoas, contraua cõ femelhantes honras,
eraõ de grande danno á fazenda as deuafaua, como fez no julga
Real; porque como as honrases do de Penella entre Douro & Mi-.
raõ izêtas de pagar direitos, que nhô, de que temos as palaurasfe
riaõ os fidalgos que toda quanta guintes: Ningwem fé e/êa@ por cria- . . .”
fazenda de nouo acquiriać, go do filhº dalgº que crie de la era de หน่!
zafe do mefmo priuilegio, & cõ trezentos dº vinte º ºitº, aindaque.
ito fe diminuiaõ a elRey feus diº fº/elidimº,
reitos; & fobre etas honras, que " Era també coftume ficarem
chamauão nouas, fe deuaffoupor honrados os lugares para filhos,
variasvezes,comologo diremos, & netos, como fe vê na freguefia
para que ficaffem fogeitas ao tri de Saõ Thome de Muimenta do
buto, & pudeffem asjuttigas del julgado de Penafiel, adonde os fi
Rey entrar nellas. Outro modo lhos, & netos de Pedro Siluefire
auia de honras igualmente noci fe defendiaó por amadigo deLou
uo à fazenda Real, & era a que renço Fernandes da Cunha: mas th.t.lu
chamauaô Paramos, ou Amádi elRey Dom Dinis ordenou tam- ੇ
gos.Queriaöos lauradgres liber bem,que naõsôperdefem aizen
tar feuscafaes,& herdades,pedião. faõ os que tiucraõ amadigo da
a algum fidalgo fenhor da mais Era fobredita, fenaõ que ainda a
vifinha honra,que lhe defe hum, quelles qantes della tinhaõ criá
filho a criar a fua mulher,criauao do fidalgos naõ cõmunicafema
ella em fua cata, & por razão de izençaõ de amadigo a feus filhos,
ferama dete tal filho, empara ou netos. E aísi 醬 o neß.
uaö os pays delles aquelle caſal, mo Ioão Cefar os que achoano,
& o honrauão,& muitasvezes tor. julgado de Froyão, por ferem jà
'do o lugar,&vifinhos dells. Ifto mortos os amos, & tiaõ permita.
contudo fe entendia nos que eraõ tir aos defcendentes opriuilegio,
filhos legitimos, que logo fé ex Tanta era a preheminécia,&izea,
prefiauanasinquirisočs,3cachan faõ dos fidalgos 3aཤཱ།”“l: tempo,
do não ferlegitimo, as deuafia 4batauafer criadohum filho (eu
naõ mas durou sò até ete anno, em qualquer lugar de lauradora
;: ; - - ‫ل‬a Para º
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
para o deixar liure, E naõ fe con faõ,& acudindolhe com os foros"
. tentauaõ com hũa foberania taõ por maõ dos feus rendeiros. Eraõ
grande,antesfe eftenderaöahon taõ ciofos deta juri(diçaõ os fi
~ *

*...*.
# rar també os lugares adonde al
*T - •
dalgos,que pela conferuar faziaõ
… , gum parente,ou amigo lhe adop-. muitas vezes demafias,fendo que
taua algú de feus filhos, como fez algüas dellascõ pouca jutiça,por
| Pero Rodrigues de Pereira ao lu feter introduido por pofe nos lu
arde Barrăł na freguefia de Saô gares,a á fenaöeftendia o deftri
Miguel de Cotoyas do julgado . ¿todas fuas honras; á por terê hú
de Vermuim,porá naquellelugar paço, ou cafà honrada em hülu
Lib. o conuidou a jantar Gonçalo Fo gargueriaöem todo ete naó en
ľa de
Imquiriĝo%gaça,&lhe adoptouhüfeu filho: traffè o Mordomo, & miniftro.
ZTfj in loco qui vocatur3armial Cum/aluus delRey a fazerpenhoras,&outras
3.de leitu
Puga;ainuitauit ?etrum Æoderici, &• acçoês judiciaes. Em tempo del
frá 1701/49

Å£ »xiremfuam adprandium in ipfo loco, Rey Dom Sancho Capello Ete


கு *:* profiliofuo, uaõ Pires de Molnes tinha hum
exillo tempore eß locus taliter hono paço honrado no lugar de Caca
c97exi
ratus, quod non habet.X(aiordomuspaf< üelos na freguefia de Santa Maria.
funpeais. Não vem nomeado Pe de Goyos do julgado de Faria, &
ro Rodrigues com o appellido del fendo o reftantě daquelle lugar
Pereira, mas era ele fem falta, fogeito ao Mordomo delRey, o
* *. -
--
iorque tinha honras na freguefia foi izentando violentamente, &
---
de São Pedro de Ermeris, vifinha fez o que diraõ as palauras feguin
** * *
* tes, tifadas do primeiro liuro das ii. t. 4 ,
a eta de S. Miguel de Coltoyas, inquiriçoens
de 4 falaõ as inquiriçoês delRey delRey Dom Di- : s
Dom Afonfo Terceiro na folha nis:E *(artim Vermui hum.2Cordo-diffi !
antecedente. º º º . mºfaipenhorar em "paço hum laura-7”
He de notaro dizere, que鑒 dº que b moraua, é prendeo o Zom
repeito daquela adopçaõ naôti Esteuão, eo trouxeo pela fregu•/apor
-

ueraoMordomodelRey maisha hu hylheprsugue, diend, căpor 发


que#elugårhum pafío. Hüa das hºhenra, G des by enforceuo. E λοβ
preheminencias mui principaesi pois herveio Złomingos Alcaidepenho
das honras era naõ entrarem rar hy, & Zam Eleuse talhoulht as
nelas as jutiças delRey, & em mãos, é matou", é flefoe em tempº
particular os feusMordomos que delRey Zom Sancho póirumeiro. De
cobrauaó as retidas, comiquéos. uafaraó o lugar reduzindoo ao
vifinhos, & lauradores fičauaõi etado antiguo; fogeito a fervi
mais aliuiados, feruindo aos fe> fitado como os mais pelo Mor
nhores dellas* iscommenosoppref:
"...i.". 3. -
domó delRey, & conferuaraó o,
:" A Paço
ElRey Dom Dinis. É º # 1,9
paço em honra por fer defidalgo, & Liofren: porem mandoue que
& em quanto foffe de fidalgo. entrafíe o Mordomo de Pehāčoa
Tambem na freguefia de S. Fru ua nelles; & nas quintas de fida!.'
fto de Veeris do julgado de Ba gos honradas de longe entraße d
yão, trazia Gonçalo Munis hon Porteiro. . . P Teº | · | ····
ra a quinta de Veeris, que fora Outros modos auia de fazer
ſempre ſogeita a entrar nella o .honras, de que à fazenda,&juril
Porteiro delRey: mas os Enque diçaõ Real fefeguia igoal detri
redores delRey Dom Dinis acha mento, todos os quais elRey Dõ
raõ, que em tempo delRey Dom Dinis annullou em fua Corte, &
Afonfo Terceiro diffe Gonçalo relatouernhüacarta,queirâtre@
Munis, que fe entraua lhe talha ladadano appendice, cópendian
ria o pê. * : . . . do agora os pontos della. No toº
Reparauaõ tanto em lhe en cante a jurifdiçaõ, muitos fazão
traro Mordomo nas honras, por Ouuidores, & Porteiros nashona
fer miniftro inferior, & ásômen ras que tinhão, & comito impe
te feruia de executor aos laurado diaõ que o juiz da terra conhecef.
res,que aos fidalgos mandaua el fe das caufas. Se os lauradores
Reyfoffem os pòrteiros do Con lhe pagauaõ algum cento de fuas
felho fazer as diligencias netas herdades, por lhe fer afi foreiras
herdades honradas, como obter as izentauaõ. Se comprauaõ al
uei de dous lugares, que falaô na gijas herdades hosreguengos del
th. 3. de materia claramente, Hum delles Rey, faziaó dellas honra, & haó
: he no julgado de Figueiredo, & pagauaõ a elRey os direitos. Se
3d leitu freguefia de Fermelaya, aondea algunsConuentos,ou Igrejas em
å§, chäfað a quinta de Canelas ven prafauaõ, ou dauão empre temo
dida a hum mercador do Porto, Cafaes a fidalgos, honrauaönos
&pelapofluiro mercador, man elles para fempremas limitou el
daraõ o feguinte: Queentreyator Rey que fofesö na vida deles.
'domó de Figueiredo por todolos direitos Outros porque os lauradores lhe
delRey, o em Fermelhuya entre o Par acudiaõ com alguns donatiuos,
teiro, porque he de molherfilhadalgº. hörauaêlhe os lugares,quefazião
O mèfiño [e ordenou nojulgado feus por eta reconhecença, & le
de Penacoua,porque FernãoMat uauaõ delles os direitos deuidos a
Vidim. tins, Dona Maria viuua de Lou elRey, como aqui fe declara. E
'renço Martins da Cunha, & oliº leuão ende as leito/as, que fom minhas
trosfidalgosnað queríaô admit. de dereito,& de cqftume, @r dizem que
tir o Morãomo deiReynos luga de dereitupercoeudelles avog&satsi
resde Farinha podre, Paradela, mayorga:haque,6-avinda domezº
D d3 aante
, Liuro XVI. Da Monarchia Luftana.
алифа,в јче nàn daem zircamis entaõ melhoras cearas,por fever
gº em 鶯 Algüs Mofteiros, Igre beneficiadas por mãos nobres.
jas, & lauradores que traziaó ca Aos lauradores gêralmente con
fães, que foraõ em outro tempo cederaõ os Romanos grãdes pre
de fidalgos, queriaõ conferualos heminêcias nas fuas leis agrarias,
naizençaõ em 4elles os pofuião. & as noas Ordenaçoés do Rey
no. Finalmente muitos que eraõ
4 chegaraõ a feruir officios me: vifinhos de Villa, cujo foral os
canicos, conferuanão os mefmos priuilegiaua de alguns direitos, e
foros,& honrauaõ fuas herdades, ftendiaõ o priuilegio a toda a fa
que el Rey prohibio , izentando zenda que tinhaõ fora do termo
sòmente áquelles que foffem la da mefima Villa. ElRey atalhou a
uradores, & lauraſſem herdades ifto, conferuando sò as pefoas, 4
proprias,priuilegiandoneſta par podiaó por fua qualidade honrar
te à agricultura jutamente, co as herdades, quando naõ encon
mo exércicio que naõ faz perder trafe afeu direito. - …..
a nobreza, em quátofe naõ exer - ,, , * -
} .
º

cita feruindo a outros por jorna - CAPIT. Lxx.


leiro, ou em herdades alheas: & - 1

aindaque fala elRey condicional


mente, dizendo fe conferuafem Continuaſe tom a relata?
os taes lauradores fidalgos cqm
asherdadeshonradas,ßaifitinha ‫سضه به مه‬ ،‫تی‬ ‫ این‬.‫می ند‬ ..
fido cotume em tempo dosReys និន្ទ្រី $. Elo grande đipendio ‫موق‬
paflados, ajuntou ela condicio º % que fintiaõ as rendas
nal, não tanto por duuidar, ma & Rⓞom ໐ ìເccen
por egurança; porquenasinqui ಜಸ್ಟ್ರ * taméto das honrasan
riçoês delRey Dom Afonfo feu tiguas, & erecção de outras de
--

payachei expretada etaprehe nouo, mandou elRey Dom Dinis


fminencia ads.fidalgos, güe por deuaffar dellas,&igualmentepa
pobres laurauaõ herdades pro º melhor execuçaõ da jutiça
prias Có razaó fe eftima a agri* ordenou, áos feus miniftros en
cultura por miniterio nobre,fen £faffem nas honras, & pudéfíem
do o principal beneficio, de que aſsinellas, comonoscoutos pren
depende afuftëtaçaõ da vida hu der homiſiados, & malfeitores,
mana, & como talexercitado por
muitos,que igualmente apertarão ¿que reformou defpóis fío anno
ocetro,&oarado,com tantolou mil trezentos & dous por carta
uor de Plinio, que diz,repondiaõ gèral a todas asjutigas do Rey * * * **** - ºr --

... ** l
-
- - - . . . . . .. . no.
• * .‫م‬. ElRey Dom Dinis
#7;º … 16o
no...Nas primeiras inquiriçoês á mandou elReyvltimamëte Apa
elRey Dom Dinis mandou tirar ricio Gõçalues de fua criaçaõ no
nete anno de mil duzentos&no. anno de mil trezentos & oito aue
` ` ` uenta com contentimëto do po riguar tudo o que fe acrecentara
plo, prelados, & nobreza, foraõ dóanno mil düzento & nouenta
Gonçalo Moreira pelos fidalgos, ate aquele tempo. Aprefentou
o Prior do mofteiro da Colta (á Aparicio Gonçalues fua inquiria
entaó era de Conegos Regula saõ, que foi vifta na Cortepelo
res)pelo Ecclefatico, & Domin Conde D. Martim Gil de Soufa;
gos Paes de Braga pelo pouo To Dom'Pedre-AqgesPortel; Afon
¿os tres correrao os lugares de foSanches filho delReybafardo,
entre Douro & Minho, & Beira, Dom João Rodrigues, que deuia
& em cada hum inquiriraó com ſer o de Souſa, ou de itteiros,
toda a miudeza das honras, fola Dom Fernão Peres, que era o de
res, coutos, & cafas dos fidalgos, Barbofa, DõRodrigo Annes RE
de que fe colhe grande noticia pa dondo, Martim Vafques, que era
ra as familias: deuaffaraô confôr o da Cunha, &, Válco Pèixôto
me ao que fe tinha affentado nas procuradores todos dos fidalgos,
Qortes as honras mal introduzi entrando tambem muitos Prela
, , das, conferuando só as antigas,& dos pelo Ecclefiatico.Em Coim
gspgQ &:Cata dodigQS bra fe vio a inquiriçaó, &foirap.
Náõbatou contudo adiligencia, prouada,& comparta que elRey
& aſsi tornara6 elles logo a rein aly deu a Aparició Gonçaluesa
cidir no acreçentamento das hõ vinte de Outubro 3 mandou, póc
ras, & mais izençoês prohibidas, em execuçaõöfobredito. Queiº
2. com que foi necelario mandar xaraöſe que excedia elle asordés,
a,.3. das - ‫ہسم‬. . .

# elRey outra vez a João Cefarfir &ímandado aparecer outra vez


#y Dºdalgº de qualidade,que fofe de: na Gorte, examinado tudo pelo
" uafar do que º hauia introduzi Arcebi(pd DõMartinho, & pelo
do,&ianojadgheita materiadef Cuítodio dos frades Mendres Fri
pois da primeira inquiriçaõ do Eteuão, Deão de Braga,& Pedro
Prior da Cota. SahioIoão Cefar Efteues Munis, juízes que elRey |
de Lisboa a eta diligencia a vin deu para eta caufa, acharáõque
te & tres de Mayorde, mili tre procedera ajutado ao que feti
zege§§ humG೦ಗ್ಡಿಂಗ್ಡಂdc£ nha ordenado; & em conformia
''¿pois delle a mefma.deuafía hum dade dito para final concluíaõ
fina. João Domingues dos Contos no lhe deu elRey entaõ outra carta;
anno mil trezentos & quatro, & etando em Santarema quinze de
naõ feienmendando os fidalgos, Feuereiro do anno
- -- -
131ó. i. '
Dd 4 Não
- - - -- - - -
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
mefma diligencia na comarca de
Não bataraõ todas etas dili entre Douro & Minho por Efta- Inquiriţă
gencias paraqueos fidalgos fe có de Afonf6
tentafỉem cổ ashonras antiguas, ço Lourenço feu Clerigo, a quem 4.fù.í.
& conferuafem os limites dellas, deu a comiffaõna villà de Eſtre
{êm fe eítender a mais dilatados | moza dous de Dezembro de mil
termos, que lhe fora fempre du trezentos & fincoenta & dous,&
ro de ofrer, limitandolhe tanto etas faóas inquiriçoés,que agora
os meios com que acquiriaõ ma na temos emdohum
Torre liuro particular
Tombo. 7 r

ior juridiçaó, &febhorio. Morto


elRey D. Dinis, & leuantado por · Neftas prouifoês declaraua તl
Rey Dom Afonfo Quarto feufi Rey que le auiaó de deualar as
lho,que tinha fauorecidos alguns honras introduzidas defde as pri
defmanchos aos fidalgos no tem meiras inquirigoés delRey Dom
po dos leuantamentos contra el Dinis feu pay, & nas comifoés 4
Rey feupay, imaginaraó elles, á elRey Dom Dinis deu a feus mi
aniefmälicençá hesfoffe permi niftroshia declarado,que a infor
tida tédo elle o gouerno: mas co maçaõ fetiraria das honras acre
mo há tanta diferença em dani centadas do tempo delRey Dom Lib. ſitate
ficar o alheo,ou conferuar o pro Afonfo Segundo feu auô atê feu delRt) Dã
prio, elRey Dö Afonſo, que elles reynado, porá tinha aquelle Rey Dini; fl.

imaginauão feria defcuidado, foi feitojáefta mefma apuraçaõ pe 1123


o mais cuidadofo em negocio de los me{mos repeitos.Foraõ asin
tantavtilidade da Coroa;&fabé quiriçoés delRey Dó Afono Se
do quefe acrecentauanashonras gundo as primeiras que fe fizeraõ
antiguas, & fe faziāo de nouo ou no Reyno por eta caua,& nellas
tras cõtra o affentado em Cortes feauerigou tudo o tocante a ete
por elRey eu pay &os tres eta ponto defde o tempo do Conde
dos; mandou pe(quilar dellas ou Dom HenriquebifåuódefteRey:
tra vez, fehdo, chamados a Cor andaõ lançadas no quinto liuro
tes todos os fenhores de terras, das inquiriçoésdelRey DöDinis
L1.dat.de
uafas del
coutos, & honras;& mandou em porque às folhas cento & trinta
rey D. Di particular a Giraldo Eſteues de &hüa diz ferem feitas na era mil
Misſºl.50. fua criação às Comarcas da Bei duzentos & fincoenta & feis, que
ra,& Tralofmontes com todosos he anno do Senhor mil duzentos
poderes necefarios por carta fua & dezoito;& no fim do liuro dei
dada em Coimbra a dez de Ianei xou o tresladador, que foi Pero
ro do anno mil trezentos & qua Domingues tabaliaõ publico de
renta & inco Depois dito man Guimaraés, hüa rubrica em que
dou elRey Dom Afonfo fazer a diz tresladara aquelle liuro por
f : * → - - mandado
ElRey Dom Dinis, e º 1;
mandado delRey Dom Dinis na de fua fegurança no Reyno lhes
era mil trezentos & vinte & fete, diffimulou algü tempo 蠶
que he anno de Chrifto mil du fias, não pode contudo deixar deu de
zentos & oitenta & noue. Eftaua applicar o remedio que feupayti- ੰ
ainda naquelle tempo o cautorio nha dado, mandado deuafardas. º3. anºleitura
do Reyno em Guimaraés,por e{ honras, & apurando todos os di antigua.
fere{peito fe tresladauão os liuros reitos, & padroados, que erão da
delle naquella Villa, 8 mandou Corba. Forão pela Beira fazer e
elRey trésladar efte naquelle an {ta diligencia no anno milduzen
no,porque determinaua no outro tos & fincoehta & dous Simão Pi
feguinte, que he o em que imos res de Efpinho, Pero Martins da
e(creuendo,de fazer as fuas inqui Porta da Guarda, :Pero Arteiro
riçoês paraque lhe era necefario juiz de Bouças, & Fernande An
reformar as antiguas. Dous annos nesjuiz que tinha fido de Vouga.
defpois fe fizerão outras por má Seis annos adiante, que foi no de
體 do me{mo Rey Dom Afon mil duzentos & fincoéta & oito,
fo Segundo, que foi anno mil du continuaráo por entre Douro & Inqüipá
zentos & vinte,& andaõ em liuro Minho
• * ~- foão MartinsPrior da Igre",
-

AET 3.leiture
articular: foraõ os Comifarios a de São Bartholameu de Coim-"#.
ſº
os Abbades de Santo Tyrfo, & ra, Domingos Pires do Patio, 1.96.6.
Pombeiro da Ordê de nofo Pa Cidadão da me{ma Cidade,Mar-*
dre Saõ Bento, o Prior da Colle theus Mendès Conego regular do
iada de Guimaraés, o Prior do Moteiro de São Vicente de Lif
IÑofteiro dá Colta de Conegos boa, & acompanharaòno
delRey: Payo Martins eferiuaõ
‫صمد‬0 ‫به‬
.egulares,&o Prior de SaôTor
quáde, o Metre Mendo Religio occupação por outra parte,
(do Mofteiro da Cofta, & fecu! mefiña Comarca Afonía Gon
lares, hum Gomes da Rochela, falues de Mazada caualeiro, Pero
Ramiro Piresjuiz,João Pires Vil Fernandes Copeiro, & Payo Mar
lão, Fernaõ Đomingues,& o Ta tins Efcriuaõ delRey. Pela terra
baliaõ dei Guimarãês, Martim de Bargança,&Tralofmontes foi
Martins. ::: ல: , rão nome{mo tempo loão Ete- .……
No reynado delRey D. 盤 ues caualeiro de Santarem, Pero -

foTerceiro continuaráõ os fida Martins, Abril Annes, Payo Soa


gos com mais largueza eta mef. res Conego regular do Mofteiro
ma materia, a que lhe dauão lu de Grijo, & loão Domingues, &
garas reuoltas da tempo delRey Efteuão Soares Eferiuão. Entra
Dom Sancho Segundo, & ainda: uão (empre caualeiros, & pefoas
que elRey D.Afonfo para efeito Eccleiaticas, porque eruião de
- i.
prоси
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
rocuradores da Nóbreza, & Ec uerão hõras pelas freguefias mais
clefiaíticos, & outros acudião pe vifinhas daquele julgado, & nos
circumuifinhos. Afönfo Martins
lo Pouo, que a todos osetados
tocauaaaueriguaçaõ das honras, Madeira, que parece ferirmão de la raa
& coutos parafegurança de fuas Ioão Martins Madeira,nete pro-impºsiçãº
rio anno contou que tinha hon-"?#.
jurifdiçoés,& direitos,& ao pouº rada a cafa de រ៉ែ nafregue àI..."
tambem, para faber a quem auia
de reconhecer por fenhorio.Etas fia de São Soluador de Getim do ó al.
forão as honras que os Reys de julgado de Gaya. Ele me{mo cõ
uafaraó,& não as fidalguias,&ti Ioão Nogueira honrarão també
tulos de nobreza,como algús difi hüa lagoa,que era deuaffa nafre
ferão pouco aduertidos. Perma guefade Santo Andre de Efcaris,
necem ainda hoje algüas com o da terra da Feira, & na de Santa
mefmo titulo de honras nas Co Maria de Efmoris do me{mo jul
marcas de entreDouro & Minho, gado,húa quinta de Afonfo Mar
8: Beira : mas naó deue fer com tins Madeira, & diffe que fempre
aquelasizençoésprimeiras,fenão a vio honrada, com 證 CertCZ3
moderadas pelas informaçoes 4 jurou hüa das tetemunhas. Ou
os Reys fizeräo. tra quinta honrada ſe achoutam
bem no lugar de Santa Maria de
Monte,no couto de Santa Maria
r
cAPiT. LXXI. de Arouca, julgado de Seuer, a
Mem Soares de Madeira, paren
De algäas familias de que te que deuia fer dos dous nomea
fefez menção nos Capitu dos,& contemporaneos todosne
los antecedetes,as quaes te anno de que ecreuemos. Del-9
les procedemos que hoje confer-}}"?
, concorrerão nefa uaôo appelido, de que em tépo &##
… ."
- " :
- tempo. delReyń.
fo MadeiraIoão
teue Primeiro
bom lugarAfon-***
com 32s
* . . . . .. .

####Qão *.

MartinsMadeira efte Principe, de que foivaffalo,


魏 慾 Alcaide mòr de Faro & delle recebeo muitos lugares,
%|Šhe o primeiro defte que por deferuiços elRey tirou
3*** appellido, que fenos a Afonfo Gomes daSilua,& a Ay
offereceo nas efcrituras;deuião os res Gonfalues de Figueiredo, &
fidalgos defta familia appellidar reftituindoos outra vez a eftes fi
fe deMadeira,por ferênaturaes da dalgos,deu em fatisfação a Afon
freguefia de São Ioão de Madei fo Madeira a terra, &julgado de
ra no julgado da Feira, & affiti Fermedo para ucceores. Por
- - / não
..இ. ElReyDom Dinis. É º º , 162
não ter efeito efa merce lhe deu cupaçaó por mádado delRey Dó
elRey outras herdades no Al Dinis no anno de mil trezentos &
garue em Marim termo de Faro, hum, de que achamos eta verba
que foi a caufa de cafar elle na ño liuro terceiro das honras, &
quelle Reyno com hüairmäa de deuaças daquelle Rey de leitura rua.».
Martim Arrais o de Lagos,& em antigüa. Eñ na era démiltrezentos
feus decendentes,que por aquel “(37 trinta 69: moue annos, vinte & tres
le caſaméto miſturaraôos appel dias andados do mez de Yayo, eu loão
lidos de Arrais, & Mendoẹas cố Gfarfahy de Lisboapara alem Z'ouro
o de Madeira, Anda o morgado por mandado del Rey, por razom de en
de Marim ao prefente em Dom querer as honras feitas nouamente dela
Diogo Deça, filho de Dom João Era mil @ trezentos & vinte o oito
Deçă,& de Dona Brites de Alen annos aca. Não era foão Cefârna
catre, filha de Martim Afonfo tural de Lisboa, aindaque refidia
de Oliueira, o qual aindaque tem entaóneta Corte natural;& aui
o morgado dos Madeiras, (e ap finhado fem duuida era em Lei
pellida Eça,porque pofuejunta ria. Pelos annos mil duzentos &
mente o morgado dos Eças, que oitenta & ſeisfizeraöosnoſſos Re
feu tio Dom Diogo Deça primei ligioíos de Alcobaca hű empra
ro teuevnido com o dos Madei famento em Leiria, & entre ou
ras, herdandoo de ſeu auò Dom trastetemunhas vé aly nomeado
DiogoDeça,que cafoucom Dona loão Cefar Aluafilique eraVrea- Lib. 1.do:
-

... Luifa de Noronha, filha de João dor de Leiria: Ioannecºfar_Aluaíle **


Arrais de Mgdoça Outrosramos Zarehe, como pefoadas princi."“
que ha de Madeiras deuem ter a aes daquella terra entraua no lu
me{ma origem daquelestres ca gar de Aluafil, que entaõ andaua
ualei rosquenomeamos, ainda 4 em pefoas tão grandes,afsineta, -

com menos igualdade fe confer como nas mais Villas,& Cidades


do Reyno.
uaõ. Tem por armas em campo * I ... : -

vermelho,finco cabeçasdeaguia Anterior a Ioão Cefar foi em alvinº


de ouro em afpa, & por timbre Leiria Pedro Pires Cefar pelosan ::
meia aguia vermelha arma da de nos mil duzentos & dezañoue, á º fºle
ouro, '''' º; º; )
sº. 2
tambemanda nomeado emhum º

- Afegüda peffoa que achärnös efcaímbo que o Moteiro fez em


occupada nestashonras,& te: a Leirianaquelle tempo:Petrus Pe
maior parte da inquiriçaõ dellas; tricºfar. Confirmou Pedro Pires
foiIoãöCefar, fidãlgo de que el Gelar gfardigueelRey DöSan
ReyDom Dinis fazia grande có cho o Primeiro deu aí eiriã'no'
| ta: Entrou Ioão Celar ineftaoc
ºr
-
-r-,
- - - -
--,
- -
anno milcento & nouenta & ſin
CO,
...s, Liuro XVI:ba-Afamarihia Lufitana. '
co, o qual anda no Jiurg dos fo res,fidalgo dosprincipaesdoRey
raes antiguosas folhas 18, …; , no,pois defcendia de Nouais, Ba
, , Não feife foi tambem outro rundos,Souerofas,Siluas, & outras
João Cefarde que fe falouna ter familias principalifsimas, como Tit.j8,
, ceira parte deftâhiftoria,ou fê era fęppdover no Cónde Dom Pe
efte me{mo do tempo delRey D. dro. O filho de Henrique Soares
Dinis; porque aindaque felheia cafou em Leiria como diz o me{-
ponta o dia da morte, não conta mo Conde, & afsi me perfūado,
o anno della. O auiſinharem os que catar a mãy viuua cõVaíque
do appelido de Cefar em Leiria, Annes Ceſar, foi por ſer elle naz
. me parece que foi porrefpeito de .tural da mefma Villa, Teue Vaf;
Dom João Cefar Prior de Santa que Annes Cefar deta mulher,
Cruz de Coimbra, que deuia tra húa filha por nome Dona Maria
zer os parentes a eta Villa a aco Gomes, que cafou com Gonçalo
modalos nella porſer o Eccleſias Vafques Farinha, ou de Goes, fi
co de Leiria daquelle Moteiro: lho de Vaíco Pires Farinha Mor
វ្នំ ¿que primeiro,a: domo do Infante Dom Afonfoir .65º
‫ر‬-‫س‬ º ‫م‬-- * . . - -

| chamos appellidados Cefares,foi mão delRey DõDinis, como ter


nas terras,& contornos de Arou mos dito,mas não teuegeraçaõ,
ca, donde era o Prior Dom João . No fim dete anno a onze de
Cºpodéerquederiuaខ្មែា Dezembro foiaprouido
de Marrocos intanciaem Bifpq adam.
delRey vºaninºor -

, , , , o appelido da freguefia de S.Pe".


"' , dro de Celar na terra da Feira b.Dinis,& delRey D. Sancho de
‫ ن ده‬.. . vifinha,aonde os primeirosteri㺠Catella Frei Rodrigo da Ordem
füashbhras,& folàres. Teue Ioão dos Menores pefoa benemerita,
Ceſarenqueredor das honrashü & mui aceita aos Chriftãos, as
lib.3.fol..
106.
ီ|ိ nome Fernan feculares,como Eccleiaticos dar
de Annes Cefar, que elRey Dom quellas
Rey Dompartes. Na Chronicade!:
Fernando o Santo de Сарлбg
Dinis lhe legitimou com as pre
-
S’ “s ...,
-
-
heminencias dos outros fidalgos. Catella achei,que quando o Cõ»
*** * > . . Concorrerão mais no tempo de Dom Fernando de Lara fugio
., delRey DöDinis Vicente Aníes para Marrocos, viueo naquèlla
Cearque eruio defobrejuiz del Cidade, & morreo em hum bai
Rey, de que daremos noticia, & to,guarrebalde chamado,¿vora,
firñaseiñºarios lugaresdeftahi aonde os Chriftãos refidião. Gos
muniqueiito ao Chãrre de Euo

ado com Etefania Martins,filha,
- ra, Manoel Seuerim de Faria, &
de Martim Gomes de Anfirvir, acreícentou, que os Mouros na
ua que auia fido de Hérique Soa- entrada que fizerão em Epanha,
-
* ~ *
-
leuarão :
. .. . . ElRey Dom Dinis. 163
leuàraõ de Euora toda a gente & achando fer acomodado o bai2
nobre para Marrocos, & lhe de ro deAlfama,aóde chamaó a pe
raõete bairo,a que puferão o no dreira, junto da porta da Cruz,
me da patria,& ñellefè confèrua fe compraraó calarias batantes,
raõ atè o tempo delRey DõIoão & le repartiraó em forma deVni
Primeiro de Catella,o qual mor ueridade. Iunto a ella deu elRey
reo da queda do caualo, indo ef Dom loão o Primeiro huas cafas tij 3 di
perar os caualeiros Faranes, que ao Metre de Santiago
Dő Mem £y ó).
eraõ os principaes dos Chritaõs Rodrigues de Vafconcellos, & a. 7 j - 2

Marroquitanos. Ampliará eta pontando as confrontaçoês que


materia o Chantre na hiftoria de tinhaõ, diz q eraõ fituadas ºporta
Euora, que agora baſte ſaber o da Cruz, em que/oem efiar as fedas.
ម្ល៉េះ elRey Dõ Dinis No tempo prefente fe conferuão
folicitaua Pator para aqla Chri ainda hüas caías nobres naquelle
ftandade. - - ‘. . . bairo em hum fitio, a que cha
- - -
-
-1. a
mão as Efcolas gêraes, abaixo de
· · CAP. LXXH. " Santa Marinha, as quaes tem à
porta principal as afmas Reaes,
& Esferas delRey D.Manoel.
Dafundação da Vaiderſ. Olnfante Dom Henrique tio
-, dade, é- estudos de do me{mo Rey tinha dado ou
- Lisboa, . tras cafas para os eftudos; mas
por não ferê taõácomodadas, el
藝 ÉÉ Eue effeito a fupplica
ಫ್ಲಿಫ್ಲಿ ಇಳಿ ! Eccleſiaſticos
Rey Dom Manoel lhe deu etas,
nyo. &as dipoz em forma de efcolas,
盎***** lamos) fizeraö ASanti
i deſteReyno(de quefa como ele diz nos etatutos que
fezà Vniuerfidade de Lisboa: Faa
dade de Niculao Quarto fobre a zemos merce@r doação à dita Vniuer
erecçaõ da Vniuerſidade,& eſtu /dade de outras cº/as em lugar, 7иера
dos gêraes na Cidade de Lisboa, rece mais cóueniente,edi 4das ěmf«r-.
aque diffirio o Papa, confirman ma de e/colasgéraes. , ,, ,
do o affentado por elles, & con · As primeiras cafàs aðde elRey
çedendo indultospara mais izen Dõ Dinis a fundou, ficauaõ mais
çaõ dos que fe applicafem ás leº abaixo á porta da Cruz,como diz -

tras.Com a certeza de fè appro a doaçaõ delRey Dom João. Foi .


uar na Curia obra taõ proueito ella feita a vinte & finco de Feue
fa, mandou elRey efcolher fitio reiro de mil trezentos &mouenta
na Cidade, & comprar edificios, & tres:-4porta da Cruz, em que/ºem
aonde fe aflentafem as efcolas: fiar as ºftalas; que Ee
eta palaura,
- -- /dem
-- T ---
Luray"I Dº MurchiºInfo….
fem elar, denota continuaçaó de intituio Vniuerfidade, pois fabe
tempo antiguo peloque me reol mos,que naceo aquelle Santogo
uo, que a porta da Cruz foi o af? uernando efteReyno elRey Dom
{entó primeiro dos eftudos, & a Sancho o Primeiro: mas fem du
pode venerar ete Reyno como uida que Reende ecreueo con
folar das boas letras, & primeira jecturando por bom difcurfopa
habitaçaódaciencia, que parece recendolhe que naõ podia-Saõ
não quer Deos tenha Portugal Frei Gil ter ñoticia da Medici
nenhia boa dita,que naõ feja pa na, fenaõ lendo(e ella publica
drinhada de fua Cruz fagrada. mente nas efcolas, o que naõ foi
º . O Metre Andre de Refende affi, pois de outros etudos gê
“Сар, I. ---
---

navida de Saó Frei Gil, copiada raesia(tituidos primeiro á eítes


de hum manufcripto de autor có de Lisboa, não temos em Portu
temporaneo ao mefmo Santo, dà galhoticia alguma. -

a entender, quei na Cidade de No tempo antecedentefe en


Coimbra auia: etudos gèraes, finaua nas Cathredaes do Rey
porque diz que àquella Cidade no Grammatica; na Sê de Lif
o inuiaraö ſeus pays, & que nelta boa a eftudou Santo Antonio,co
de muy moço comegara a fre mo efcreue Saõ Boauentura em
uentar os eftudos, que aly.por fuà vida: & ainda em toda Hef
燃。 floreciaó, & que com. panha, antes que ouuefe Vni
grande nome fe aperfeiçoara na uerfidades nella, fe faziaõ liura
Filoſofia, & Medicina: Talibus igi rias publicas nas Sès Cathredaes,
tur ortus maioribus beatus AEgidius &Igrejas Parochiaes, para etu
magifiros c«pit frequentare áprimaffa darem os que fe occupauaô nas Colmnă
timpueritia Comimbrige, in qua vrbe, letras, de que ha muitos exem refde naSழம்
hit.

»pote ea tempeßate /ufftamorum £e plos nas hiftorias defte Reyno, & ap.ñ.j.
gumfede, litterarum Âudia tunc vige fora delle. E naõ duuido que a **
£ant, $uapte vero ingenio, & iuftituto fcienciada Medicina, que por a
parerno ?hilofophiae Hudia feítatus ef?, quelles tempos profefauaõ os
præcipuè autem J\(edicinam, in qua Ecclefiaíticos, de que muitos fo
breui multum etiam udmomimis famam raõ prebendados nas Sès Cathre
profecit. Se no tempo de Saõ Frei draes, elles mefmos a enfinafiem
Gil auia em Coimbra etudos particularmente, por fer taó pre
gêraes, em que feliaõ as fcien cifamente neceffaria eta fcien
cias, não foi Lisboa a primeira cia, & aſsi meſmo a Logica,
9idade, que no Reyno logrou e & Filofofia preuias huma, & ou,
fta preheminencia, nem elRey tra para a Medicina. No prin
Dom Dinis o primeiro Rey que cipio do reynado do nolo Rey
Dom
El Rey Dom Dinis, _ _ 164
D. Diais concorraõ muitos Eccle fim dete anno, por me não con
ſiaſticos Medicos, entre os quais, tar de certo o dia em que fè prin
foraò Dó Martinho Medico del cipiou o edificio, & achar que jâ
Rey, & defpois Bifpo da Goarda,. avinte & dous de Iulho do anno 15.1.fik
& Meftre Pedro natural de Lif.. feguinte e taua aperfeiçoado,co-****
boa, que fernio de feu Chançarel mofe pode ver em doaçaõ, que
mór. Etes,& outros femelhantes elRey Dom Dinisfez de húas ca
fogeitos enfinariaõ a Medicina; fas a Dom Martim Gil naquelle
&o me{mo faria o Papa Ioão Vi mefmo dia, &aly declara que e
gefimo primeiro no tépo que a.િ flauaõ elas no territorio apar da
fitio no Reyno, por nos contar pedreira,aonde mandara fazer as
que foi elle o que primeiro com efcolas. O mefmo Rey mandou
pos Logica, que felia em Helpá dar recompéfa ao Cabido de Lif
nha em todas as Efcolas,fobrefer boa pelo campo da pedreira,que,
Medico eminentiſſimo: aſsi que lhe tomou para fazer as cafas do
bem podia Saõ Frei Giletudar eftudo. ' ' . . . . . . . . . . .
enn Coimbra eftas fciencias, fem' Tinha o Papa Niculao Quar
que naquella cidade ouueffe eflu to expedida em Roma a Bulla da
dos gêraes, nem forma de Vni confirmaçaõ a treze de Agoto
uerfidade,como deſpoisteue,mu deſte anno corrente de mil duzen
dando elRey Dom Dinis a ella a tos & nouenta; & como em Porº
que emLisboa intituio, e he que tugal auia tanto defejo de fe dar
em Coimbra, & naõ em Paris e a execuçaõ eta obra, não ha du-?", #
tudou a Medicina. Efem falta uida «gue chegada de Roma a???¿
deuia Metre Refende querer dar confirmaçaó della, que podia ferá Ros
a entender, 醬 : In que atè o mes de Outubro, 器 е princi.” 273
w
-

urbe, vtpote Lifftanorum £egum fede piaffe logo o edificio, fejä naô
litterarüm úudia tunc $igebant : que etiuele principiado. E naó ha
em Coimbra, porfer então Cor pouco fundamento para fe crer
te, concorrião mais pefoas dou iíto, confeffando o Papa na mef.
tas,& (e applicauão mais aos etu ma Bulla,que os eftudos paraque
dos, & não que naquella Cidade a concedia, etauão já plantados
auia etudos em forma de Vni em Lisboâ: $unt de nouo mom fine
uerfidade, em que fe enfinafiem multa, & laudabili prouidentiaplam
as ſciencias. . ‫د‬-‫ د نا‬tata. E quando a fabrica das ef
Foi pois a primeira Vniuerfi colas naõ etiuera ainda então
dade de Portugal a que elRey principiada, differä o Pontifice,
Dom Dinis fundou agora emLif fazia à concefaõ,&confirmaçaõ
boa: eſcreui a ereccai della no aos etudos, que etãuaõ para fº
[ - -" -" - . . .” Εe 2 plafº
Liuro XVI. Da Monarchia Luftana.
plantar, & edificar. He a Bulla © ornados com in/gnias das virtudes, º
ſobredita a baſi, & fundamento: @yalcançarão os thefourosdafabedoria.
detodo o edificio literario defte. Por. eta cau/a attendendofolicitamente
| Reyno,& afsi a dou agora tradu à firmeza, & augmento dos taes efiu
zida,que diz delta maneira. …! dos, e%" d/ejando. que com o анхііio de fauor JApofiolico, os mefmoi efiudos cú
t., pa Niculao Zipo Jeruo dos feruos de firmes raizes/efortifiquem declaramos,
lanum, Zeos. Aos amados filhos, Gº Oniuer#- dº hauemºs por grato, é agraduel aº
dade dos Xáεβνει,4 ºfiudantes de Lºſ nós tudo o que/obre ºfia materia fia
*воа,]ашае, весАрдіанса ветійа, до feito, rogando, Gr amoflando infante
na 2. gaue. - ‫د‬ = ‫ د‬- - *- : ‫۔‬:‫ ۔ ' ۔یﮨی‬: ‫ی‬0
#####ado do Keyno de Portugal tantº mais mente a el'eſobredito obrigue temf്
* vigilante cuidado temos, quanto maior poder Kealaos (iaadoz, de Èitla, que
he em nás odſejo de que nom fino Rey aluguem aos fidantes as cofas, qué ti
mo, apartado: algún;impedimentos, co :: de # ?
brevigor a !: ¿o diuino culto, fºrátical pardºus clergº;&aoiſei.
a attenda ás obras da/aluação, @jºjué gºprudentes, catholicos, @ juramen
ſpureza di Fë #; hidºs, folhidos por vos judante, eº
luuor do mome de Zeos, efäluajë dhë pelos (idadºs mºfinos: é quefaçapro -

fieis que nelle víuem.. Emverdade ángº mettercom juramétofgurana,G im


fa obediencia chegou, фиеprocurandboo munidade a todos os bailios, minjiros,
charysimo em Chr/lojilho nºfo Zionyº @ officiaesβusda mefina Cidade para
- illuftre £ey de Portugal, não fem mui aspe/ºas, bens,é mem/ageiros dos céu
ta;&lauuauelprouidencia, ſão de nouo dantes:Ordenamos alem difio,que todos
, ". plantados na Cidade de Lisb#bs/fladps ο Υίεβνα, jue atiualmente guernão
de cada hia das ácitas faculdadºs, é na dita Cidade, po/a5ter,6 receber os
4ο λίθtre, delas,paraque mais afem rendimentos defiu beneficios, cºpre
baragadamente jeoccupem no eiudo,& lendas, ainda que (jão di nidades, ou
enfino, dizem fiar taxado, é prometi excepto a ditribuidés ஆர்கிா,
âo certo/alario por ajìs?relidos Æ confignadas àqueles queeffiem aos df;
badºs da Ordem de ólerº Priores de jicios diuimos.3%amdamo; mais,que ne
Šánto. żgustinho, es de SãoŽento, & nhum dos 2%ires, efiadantes ºu criá
Zeitores de algãºs/grejas/ºculares dos dosfeus. dado ca[0, οque Ζεο, ്pr
Zeynos de Portugal, & Algarue. Nºs miua, ηueo, com j αβuή
jī que por meio difies maleficio,féjào julgados,ou caigados por
efiudos, cooperando афией. de que todos algum leigo, fenão for,que condenados no
os bens procedem, oculto dúiño[ aug juizo Eccle/offico, os remetão ao fecu
mentará nos me/mosKeynos, a deuação lar. É pelo me/mo modo mandamos,que
crefcerá, & oiprofflores da Fê Caiho o; ºftudantes, Artiſtass (anonyłai,/žgi
lcaſtriº bem infruidosత informados, ßa;, & Xadicói, quèο:ίχίβra, rφm
‫ ۔‬، ‫ ﻟﻡ‬.‫س‬--‫ سع‬-‫ ما سه په ساسایی م‬----

------------ tarem
ElRey Dom Dinis, 16%
rarem idontos, pº/iã receber agrao de teue nefteprincipio, & o humero
Zicenciados nas/obreditas gºlas pelo dos Lentes, & Cadeiras, com as
29/po, que pro tempore for de Lisboa,ou mais circuítãcias de que fe com
pelo Vigairo que Sede vacantefor pelo pozo corpo defta republica litte
Cabido in fpiritualibus eleito. A. дие raria: porem faltaõ memorias,&
qualºur ºffrepeles ſobredites 2 ſpe, só do ម្ល៉ោះ da obra fe pode
ou Uigairo examinado, 6. approuada clar a hoticia que apontamos, ao
¢ንገ፯qualquer das faculdades, excepto menos eu não pude defcobrir
7heolºgia, fêm ºutro exame tenha liure maisdo que dife. Pode crere,que
poder para eminar em qualquer párté ainftituição era na mefiña förina
Zada em Vrbierº afinco dos Idus de que a de Coimbra, de que temos
.…Agºfio, amo terceiro de mofo Pontifi ús primeiros eftatutos, ¿ priuile
cado. Eyem afer no de (hrifio mildus gios dados por elRey DõDinis,
<entes é nouenta, a treze de Agoto. quando a mudou de Lisboa para
De Pauro- " O Doutor Jorge de ്, áquella Cidade, dezafete anhos
нафар. & os efbatutos da Vniuerfidade, defpois que em Lisboateue prin
cipio. ' - •
de Coimbra trazé à erecçaõ de
fta de Lisboa no anno do Senhor Cótinuaraõ as efcolas em Lif;
#291. & dizem que he o terceiro boa por ete difcurto de tempo
anno do Pontificado de Niculao com notauel fruto, & grande a
“Terceiro: mashe erro,que o Pô? ceitaçaõ do pouo: mas confide
tifice era Niculag Quarto, & o rados alguns inconuenientes,que
terceiro anno do Pontificado de auia coma aſsiſtencia da Corte,
Re Papaheo 4.dizemos de 12yo; que fempre qccafiona diuertimã.
gos, ordenou elRey D. Dinis paí.
C AP. LXXII{. far a Vniuerfidade para Coim
bra,como de feito fez no anno da
Continuafº e mais que fê mil trezentos & oito, no
obrou notacante à Vniutre Chrito
perceiro do Pontifieado de Cle
fidade,&r das mudāgas que pmente Quinto, Efte Pontifice lhe
teue,atèque elRey D. Iošo çoncedeG a fineo de Março da
o Terceiro a #அ nuelle proprio anno, que pudeſſe
annexar 醬 as dd padroado
ftuou em Coimbra, ende Real para a Vaiuerfidade,& fala
º hoje permanece. … e rios dos Lentes, que até então fe
¿Šituada, como feha di deuia futentar o etudo com as
&& to, em Lisboa a Vmi cótribuiçoés, que prometeraóos
È$ uerſidade, bő fora de Prelados, que fizeraõ a fupplica,
*** claratos citatutos que como já fica acima declarado.
Ee 3 Baş
: Liura XVI. Da Monarchia Luftana.
Das feis Igrejas que o Papa man da, fe izentaraő sòmente eftas
Lib. 1 fl.
douannexar ao etudo de Coim duas Igrejas,que eraõ annexas en
‫ك‬I4 . bra, efcolheo o Bifpo daquella taö à Vniuerſidade; que ſèmpre
Cidade as Igrejas de Soure,& Põ os Reys, ainda quando mais ne
bal, de que elRey etaua de poe ceſſitados, reſpeitaraó, & conſer
defpois da extinçaõ dos Templa uaraö aimmunidade das letras.
rios cujas erão. Porem fendo in Franquezas femelhantes recebe
ftituida defpois difto a Ordem da raõ as e{colas dos Reys fubfèqué
caualeria de Nofo Senhor Iefu tes, & afsi concedendoos pouosa
Chriſto,vendo elfey quena bul elRey D.Ioão Primeiro nas Cor
la da inſtituição della mandaua o tes de Viſeudo anno mil trezen
Lib 2.dll
Papa Ioão Vigefimo fegundo, que tos & nouenta & dous, tres con Rey Dght
felhe defem todos os bens que tos para as defpezas entaõ vrgen Ioão 1.fl.
auião fido dos Templarios, man tes, elle ablolueologo a Vniuer ‫ه‬6 .
dou defanexar da Vniuerfidade fidade, que naquele tempo eta
as Igrejas (obreditas, &fazer del: ua em Lisboa, concedendolhe
las entrega à Ordem. .. … juntamente,que os lentes,& mais
Lib. 3.fol. * O Metre Dom João Louren Befoas della, não pagafiem em
146. ço folicitou a reſtituiçaõ dellas, nenhuns pedidos, que ele, ou o
& como os caualeiros ficaraõ tão Confelho de Lisboa fizeffem. .
obrigados à pontualidade com 4 . Do que os Comendadores de
elRey os inteiraua das terras, & Pombal,& Soure contribuiaó, fè
bens que lhes pertenciaõ, meti dependia có os Lentes netafor
dos depofe detasIgrejas de Pó ma. Ao Lente de Leis feifcentas
bal, & Soure, pemfionaraõọs Co libras, ao de Canones quinhêtas,
mendadores dellas para a uten duzentas ao de Medicina, duzen
façaõ da Vniuerfidade.Nas con tas tambem ao de Grammatica,
Me/a da fituiçoes que o Metre DõIoão äo de Logica cento, 8. ao de Mu
c~ Lourenço fez no anno mil trezê fica oitenta. Naõ faz mençaõ dos
x.p.dº ortos & vinte & feis, & foraõ as fea bentes de Theología;Mathema
dê de Chr
flo-fol.79 gundas que a Ordem teue, fe or tica, &linguas Grega,&Hebrai
denou, q o Comendador de Põ, ca,porque as de lingoas faltauão
baldelle cada anno para oetudo & a Theologia lião os ÉÉÉÉ -

de Coimbra mil & oitocentas lir de São Domingos;&São Francif.


bras, & o Comendador de Soure co femeftipendio dentro de feus
mil& duzentas.Poreta caufa no Conuentos, como cotumauão,
fubfidio que o Ecclefiaftico defte que naõ quiz elRey Dom Dinis
Reyno còncedeo. aelPey Dom ¿reaf Cafhreda deita faculdade · ° '
Dinis para reformação da arma ¿na Efgola,imitando pode fer a el
** *
*-*.
*,
-
*
Rey
ElRey Dom Dinis. … 166
Rey Dom Afonfo Nono de Ca dantes: vi a carta no de Lisხ9გ.
tella,&Leão, que eregeo na melº aonde diz: Tenho ordenado que a mi
ma forma a Vniuerſidade de Sa nha cujta, é à culta das rendas, dgni
lamanca fem Cadeiras de Theo dades,or beneficios do Cardeal meu mui
logia, as quaes introdufio defpois to amado irmão/ejão manteudos para
no anno mil quatrocétos & deza JemprefetEra & duas pº/oas gue apren
feis o Papa Benedićto 13.naquel dão em Paris, onde as letras dafagrada
la E{cola. Theologia mai fiorecem. s sº -
Na faculdade de Theologia Como oeftud de Lisboa foi Lib.3 fol
ouue húa sò Cadeira atè o tem leuantado a honra doMartyr São 147.
PodelRey Dom Manºel, o qual Vicente patrãó defta Cidade,por
intituio a Cadeira de Veporacõ mais que elRey fez a mudança
vinte mil reis de ordenado, & a delle para Coimbra, reteue con
''''*.''' -- ._ | ''، ٫ ‫ ؟ ؟ ؟ ؟ ؟‬." ‫' یا‬, , , , , ,'... )'

proueo no anno mil quinhentos tudo ame{ma aduocação do San


& quatro em Fr.Ioão ClaroPrior ‫بهینه‬declara
to, á ‫د شاه‬- ‫خ‬
no-exordio
х w-
r --s
-- ( '
dos
- -rn
n º
e ‫لمة‬
-т w Y
q tinha fido de Alcobaça, & Ab tutos, que deu àVniuerfidade de
- . ." " : , "... " * * rา • • • • • • * * * * * * * * * * * * ***

bade eleito daquela cafa: na car Coimbra.


، ‫ بنابراین‬.
Heete
. .. . . ‫ م‬. "
exordio muito
‫ می‬... *۹ ‫اه‬

ta original dete prouimento diz .elegantė, & por


su "e" º 1
- r -, , --
। caufa
*-
o darei
*- : - " " '

elRey. O ordenamo por Lente da Ca: aquitradufido, ainda que naõre


deira da ve?ora, que hora nouamente tenha a elegancia que tempalinº
ordenamos no fuão difianº/a (idade goa Latina, & fió appendiceira
. ‫' ہے لیڈ‬r
l .: '‫_' 'ن‬14 < ،_f‫ ﻨم‬، “ : 'L''' ، '''' ، ! ․..:' ‘‘

de Cisboa.…….…", …..…. o tro ançada toda a efèritura. "


. Ainduá a faculdade da Theo , Zom Di/ಕಿನ್ತಿ;grata d, Ζιο: Κε τίτ.μ.
(۹ .‫ لاتیم‬:‫فهان‬ri ‫" من‬ ,".T/f " , , , , * ,,

logia ficou açRefcentadaçã mais ?ಶ್ಗಲ್ಲಶ್ಟ'೫4ಿತ್ತಾ!


fieis de Iefu(brifio dºfia/aluação, ඥා' !.
a cadeira de Veípora, naõ fe con; ſj á J - , JJ 1. # *, / TT3T? T, ð & Ar
-

tentou elRey DõJoão o Terceiro πιθήκηenίο θετί τηuimard, .


delimitarás e{colas de Lisboa os com duaçã da Fe Catholica, º real"º
— B 1, *. * . ' * ' . : , ". : ' : … í: 1. ,. : •

talentos do Reyno principalmen excelencia conuem vigiar nos remédios


* - - zºº - -- 2 1.2 : . . --- ! ..

pano.e#udo daTheologia,quehe d;/us/abdito;, & engrandecer o Key


a Rainha de tôdas as ciencias. Eη", ώβus huίituίγει άονίrtudaάς,
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . ..
como a Vniuerfidade de Paris α"άρκηιοι, γίναμε η ημικιο ο
floreceo ſempre naTheologia,or, Kg, é poucº ele cometido crecem em
, , denou elRey, &applicou defuas инlipido/iи ijia,ба, те -- - - -- - - , , , t

rendas, & do Cardeal Infante Dõ "εί αβήξa trinί άfa νιά ht:
, Hºne Baiឆ្នា១, នៃពន្លឿ mºnásélcançar a hemauenturançº eter
ង៉ុណ្ណេ α"# βριμί είκυ. #
ងៃ ទ្វេពន្លៃ ##ạmentiramthay
9, Ecreueo aos Cabidos, que cada βρίσκεμήminharatfitoιβιετιγκ,
" ham utentalle humdeiteseir ***ಟ್ಟ ம4:/ா4
‫ في‬.‫ابة ند‬ °4
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
ferra, que he º Reyno e ele cometido, elRey també confirmou, & irão
para peafifinalmete com agraça da lançados no appendice com as
quelle, que da mortificadº/emente tira mais efcrituras.
muitofručio, o Keyno dėde/3palmas de Perfeuerou a Vniuerſidade na Lib.
- -
.. 2.Éd
jutiça,º a terraproduza/eus frutos, cidade de Coimbra atê o tempo Ry d.f.r
conuema/aber varoésillºfirados códou delRey DomFernando,que a tór-nía a l.
frina deveria eloquencia,para que por hou a mudar para Lisboa. Doan. ***
ºfia»ia, com ºfuor da graça celfia, no certo me não cõta: mas acho
fendo cooperadores em todo o bem os ho Priuilegios que lhe deu no anno
mens de letras, o Rey, 6 keyno festa de milʼtrezeñtos & fètenta & oi
beleção mafirmeza daјијtija,Grc. Zele to,etando ete ReyemCoimbra,
jando que fies mofos Zeynos refºlande & pode fer que por mudar então
ção com rayos devirtudes fundamas, o a Corte para eta Cidade, mudaf:
plantamos irradicauelmente eſtudogé fe a Wniuerfidade para Lisboa.
ral na nofa cidade de Coimbra, a фиа! No anno de mil trezentos & trin
para a talºbra /colhemos, para honra, ta &oito determinou ełReyDom
e gloria da altiſsima Xageſtade,e da Afonfo Quarto viuer em Coim- Luar.",
gloriofà &/irgem % de Chrjfo, &* os bra,etudosfe
&antes mudafema
de partir ordenou
Lisboa,4##
raſol.23%
tambem do Xartyrglorio/São Vicen.
te, é da/acrº/antia Igreja de Roma, a para que agente da Corte tiuefe
fualhe máy, 6 medra wniu fal deto mais gafalhados,& os etudantes
aos,& finalmenteparapublicavtilidade com o trafego dos cortefaõs naõ
donº/ Keyne,gre. Continua então foffem diueftidos de feu efludo.
el Rey, ordenando que a faculda Se entaõfe pos por obra de mais
' de de Theologia felefe noscop tempo he a mudança das efcolas
uentos de São Domingos, & São para Lisboa:mas delRey D. Fer
Francifco daquellaCidade;&que nando por diante a fàbèmos co
ouuefie 醬 de Canones, locada neta Cidade, aonde per
Leis, Logica,& Gramatica.Eſtas feuerou arèo tempo delRey Dõ
Cadeiras felião em cafas particus João o Terceiro, que intituio a
lares, & defpois fèvieraõa ajunº 4 hoje perfeuera reformada em
tar nas cafas em que hoje vemos Coimbra. -

fundado o Collegio real de São Assemºw:១៥ ,


-

Paulo, vifinhas aos paços Reaes. eteueáVniuerfidade em Lisboa, c…;


Cõcedeo elRey, & ordenou mais foräo dadaş elo Infante D. Hen- 3-pºds 91
outras coufas em vtilidade, & rique,o qu ੰ & dous dẹSg- 皺 l

cõferuação dos etudos,&amef> tembro de mii quâtrocept9s & "”


maVniuerfidade fez outros eta effenta ng Mga Villa do Infinis. . .
- binno, & ordenagoés, que mandos, 8 d99u por esta sá,
iMadeirs
:് ElRey Doñ Dinis. UK «…, …, 167
que dos dizimos da fua ilha da fidade tiueffè os mefmos priuile
". - -
+ .

Madeira fe defe cada anno por gios que a de Lisboa, declarando


dia de Natal ao Lente de prima que naõ cõuinha auer nete Rey
de TheologianaVniuerſidadede nohũa sò Vniuerfidade. Foy cl:
Lisboa doze marcos de prata; & Rey Dom Afonfo grande politi
feria obrigado parafempre na pri co, &bem intruido nas artesli
meira liçãö do annolèreta doá beraệs, & affi défejou ampliaraş
çaõ; &pedir hum Paternier, º fciêcias,& boas letras. Poremito
<Aue2daria pela alma do Infante.Dia herdou da doutrina defeu tutor o
de Natal iria fazer o Sermão às Infante D. Pedro, que como Prin
freiras do Såluador, & pediria a cipe fabio, tinha introduzido o
me{ma oraçaõ. També iria can amor das letras nefte Reyno.Por
tar Mifa;&pregar dia da Annun eta caufa etando ainda debaixo
ciação anofia Senhora da Graça defua tutoria elRey Dom Afon
do Mdfteiro de Santo Agoftinho, foi no anno mil quatrocentos &
como he cotunie em preflito,ou -
quarenta & tres, tinha ordenado
acompanhamento de toda a E{ que a Vniuerfidade etiuefe em
cola.É em fiedia deuém ir/empre em Coimbra, 8 foſſe della protector · E?r:ma
Lib.r.o.de
cada hum annocam ele os Reitores,(on fèu;tio o Infante D. Pedro Duque du
rafal. 68
felheirºs, Lente,e todolos outros fio sda mefma Cidade, & os Duqües
tares do dito fludoem/ua ordenança/e- feus fucceflores,& o Arcebifpó de
gundo tó'lume ao dito xt9fieiro, por en Braga Dom Fernando da Guerra
comendar minha alma a Zeos, em re ſeu primo, & os mais Arcebipos
membrania dadoatão јие lhefiz das ca defpois delle. Foi tambem prote L. Extre
ctor da Vniuerfidade de Lisboa
fas em queeiº austhu" Roga,& :o mefmo Rey, & feuirmão, o In fol.166.
manda aos Metres da Ordem, q
o faça cumprir para fempre. Era -fante Dom Fernando, atèque por
“efte Ihfante afeiçoado ás letras,& occupado mandou no anno de
«aſſi fauöreceo à Vniuerſidade, & -mil qüatrocentos & fetenta & no
inſtituio a Cadeira de prima de · ue, que aceitalem por feu prote
¿tor ao Cardeal Dö Jorgeda Co
-Theºlogia. * ::::, ... . . . . . . . . . fta. O Bipo de Lamego DõRo
**Contudo elRey Dom Afonfo
Itk. * Quinto mandou,etando em Sin drigo de Noronha, fobrinho del
ງູ tranó anno mil quatrocentos & Rey, Capellão mòr, & Regedor ſlid,151,
&##fincoenta,que em Coimbra fele , da caía da Supplicação, foi antes
delle feito protećtor,&gouerna
ಕ್ಷ್ uãtafem outros etudos nas mef. x dori
* mascaſasdaseſcolasantguasji annodamilmefin a, Vniuerfidade no
*to aos {eus paços, que {ãó as do quatrocentos & fetenta
Collegio Real,8 queeſtaVniuer . & feis, com poderes para dar Ca
deira s,
Y.
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
ðeiras,& officios.Defpois delRey em reflituir etudos a Coimbra,
Dom Ioão o Terceiro faõ prote não deuia de ter efeito,como he
čtores os Reys defta Coroa,&porverifimil& o intento eu era que
eta caufa jurou,& confirmou el rer que aly ouuele Vniueridade
Rey Dom Ioão o Quarto nofo diferente da de Lisboa,como cõ
fenhor os priuilegios da Vniuerfi fta da me{ma efcritura, em que
dade a dous de Abril de mil feiG dä as caufas que o mouiaõ a acre
centos & quarenta & hum. ' centar mais etudos, affi que em
Quis elRey D. Afonſo Quin todo o dicuro de feu reynado a
to, como taõ generofo, & politi chamos em Lisboa Vniuerfida
co acrecentar mais e[tudos, naõde, a que o mefmo Rey daua pri
le contentando com auer sò hũauilegiõs. "... -

Vniuerfidade em feuReyno.Ain Ito pude alcançar das efcolas


daque naõ fabemos chegafeito do Reyno por occafiaö da pri
a efeito,deuemos agradecero in meira fituaçaõ dellas em Lisboa
tento delReyem taö vtil mate no tempo do nofo Rey D. Dinis:
ria.Nem menos ficarà em efque & afsi me naõ canço em dar no
1.4 da cimento o zelo delRey Dom Maº ticia da Vniuerfidade de Coim
# noel, que naõ contente com a |bra, defpois de fua reformaçaô
** Vniuerfidade de Lisboa, cõprou Por elRey D.Ioão Terceiro, nem
nacidade de Euora,junto ao mois dos mais etudos,que hoje temos
nho devento hum chaõ, que era no Reyno;porque alem de terem
do Coudel mör Francifco da Sil muitos efcrito deta materia,toca
ueira, & de fua mulher D. Mar ella a tempos mais modernos,em
garida de Noronha, para nellefe que daremos razão de tudo quan
fazer o eftudo que ordenaua. Foi .do nos occuparmos na hiftoria
'ifto no anno do Senhor mil qui delles. Hũa sỏ couía naõ deixarci
nhentos & vinte; & pode fer que de aduertir, & he, que parece fa
etafofe a caufa de efcolher el lou elRey D.Dinis com myſterio
Rey Dom Henriquefeu filho eta quãoo pafou os etudos a Coim
'mefma Cidade para affento da bra, em dizer, que os fituaua ne
' Vniuerfidade, que aly fundou cô · fta Cidade, paraque nella langaſ
tanta grandeza, como hoje ve fem raizes permånentes, & flaö
mos. A de Lisboa perfeuerou ne foffem nunca della mudados, que
fta Cidade (em tornar a Coim ifto declara a palaura, irradicabili
bra, defde o tempo delRey Dom ter, de que vfano exordio dos feus
Fernando atè o delRey DõIoão eftatutos. E aindaque com a mu
* Terceiro, como diffemos: que as dança que fez a Lisboa, feinter
" refoluçoés delRey Dó Afonfo V. , Polaraõ em Coimbra as boas le
t

- tras,
º ElRey Dom Dinis; "് . 168
tras: agora fe plantaraõ fixas, & quaes, que he a do titulo referido,
afsi continuaraõ neta Cidade pe declara o Pontifice o animo que
las qualidades bem confideradas tinha de ampliar o etudo da
que concorrem nella para o exer Theologia: Qgia νενό Theologie Hu
cicio litterario, & affiftencia de dium capimus ampliare. A ſegunda
efcolas. he noliuro quinto, titulo, de *ta
gfiris, em confirmaçaõ de outra
' CAP. LxxIIII. , : de Alexandre Terceiro no meſ.
mo titulo. . :
A terceira anda lançada no
Da izen/25 de Portugal, mefmo liuro quinto no titulo: ze
gue/e colhe do modo da in priu legis: & deta Decretalfe tira
Situição da Vniuer/idade o motiuo denoa duuida porque
de Coimbra. nella mandou o Papa Honorió, á
na Vniuerfidade de Paris (e não
**

ម៉ឹន្រ្ត não reparei enfinafe o direito Ciuil,prohibin


1790. Z}\#} em intituir elRey Dö doo com pena de excomunhão.
Dinis húa Vniuerfida Daua por razaõ o Papa, que na
*de fem ordenar Cadei quelle Reyno de França, & em
rade Theologia nella, nad heto óutras Prouincias os feculares fe
dauia a materia para paffar ſem não gouernauão pelas leis Impe
aduertencia. E muito mais fede riaes, & que para as caufas Eccle
ue pear eta falta de húa facul fiaticas batauaõ as refoluçoês,&
dade a mais principal, quanto cõ decretos do direito Canonico,
mais cuidado os Summos Ponti em que tambem incluio a Theo
fices attenderaõ naquele tempo logia, pois diz que o mandaua
a introduzir, &ampliar o etudo para mais fe applicarem ao etu
defta fagrada fciencia. Em varios do da fagrada Efcritura:C/tplenius
titulos do direitoCanonico fè po Sacrepagine iniatur:& vemos que
dem ver as conftituiçoês Pontifi naquella Vniuerfidade ficou fem
cias, em que fe prohibe aos Cle pre florecendo eta ciencia. De
rigos,& Monges etudar Medici imandar o Papa prohibir o direi
na;& Leis, & exercitar o letigiofo to ciuil na Vniuerſidade Parifien
cfficio de auogados, como he no fe, inferem os poucos afeiçoados
liuro terceiro das Decretaes,titu a França, que he aquelle Reyno
lo, Ne clerici, velmonachi: em pa:- fubordinado aosPontifices,& dão
ticular em tres Decretaes, q prin por razão, que nos Reynos izen
cipiaó, Super pecula: todas tres de tos não entrão os Papas a refor
Honorio Terceiro; em huma das mar,ou ajudar a erecção das Vni
-
uerfi
w

- a Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.


uerfidades, mas que em materias enfinafe sò a Theologia, pois o
'meramente Ecclefiafticas, como fitio em que età fundada foio pri
fàà priuilegios aos que eftudaré meiro em que S.Dinis pos os pês,
nellas, & dipenfaçoês para os vindo prêgar a Fè àquella Cida
Clerigos que afsitirem nos etu de.Tinha fido o Santo Academi
dos,poderem lograr fuas preben co, & letrado do Areopago de -

das, & beneficios, & afsi outras , Athenas,aonde fe decidião asma


materias femelhantes,ficando no" terias da religião gentilica. Def relig.gá
Principe fecular erector da tal pois de Chriftão, fendo Bipo de %
Vniuerfidade poder,& liberdade Paris, efcreueo na confirmaçã
para tudo o mais, afsi á motrou da Fê os liuros da mais alta Theo
Honorio em limitar as Cathre logia, & asi e fundou aquella
das da Vniuerfidade de Paris,que Vniuerfidade como Areopago
tinha o Reyno de França fubor da Chriſtandade com aliçaõ sò
dinaçaõ aos Pontifices.Efta,dizë, de Theologia no lugar aonde S.
os que efereuem contra França,4 Dinis primeiro fez entrada. Po
lhes he deuida, por fè apoderaré rem deixadas a conta dos France- …
os Franceſesdaquelle Reyno deſ fes prouanças de fua foberania,
- 體 que Conftantino o doara á defgamos ao particular do noffo
greja na amplifsima doaçaõ que Reyno, & faibamos a caufa que
fez a S.Siluetre Papa. elRey Dom Dinis teue para inti
. Os Francefes porem interefa tuir na Vniuerfidade de Coimbra
dos mais em fuaizenfaõ, & fobe Cadeira de Leis,& naõ de Theo
rania, do me{mo texto prouaõ, q logia; porque fe o varhum Rey
não he França ម្ល៉ោះ áO no das leis Cefareas, he indicio
Imperio,pois conformea afferção de fubordinaçaõ ao Imperio, in
de Honorio fenão víauão nella as troduzir elRey D. Dinis Cadeira
leis dos Emperadores, & aísi não de Leis na fuaVnìuerfidade,pare
era o direito Ciúil tão neceffario ce que conſeſſauaatal ſubordina
em fuas efcolas.Os emulos quan ção, & dependencia. -

do os vem fem fogeiçaõ aos Em Duas dependencias, ou fogei


peradores,querem ao menos,que çoés fe podia prefumir, que tinha
fiquem pretos pela fubordinação o Reyno de Portugal; huma aos
aos Pontifices. Hüa, & outra fo Pontifices, outra âos Emperado
berania goza França, & ha em res. Eta procedida da antigua
Reynotão florente engenhos,que pretençaõ que o Imperio tem cõ
béas tem defendido, & as င္တူ tra Epanha gêralmente, & a ou
dem. E quanto a Vniuerſidade tra originada da fogeiçaó que el
Parifienfe, jufto foi, que nella fe Rey Dó Afonfo Henriques fez à
Igreja,
º ElRey Dom Dinis. தே
Igreja,& ao Apotolo São Pedro, proueffe no cafo,& ſubſtituffe dë
& mais de frefco occafionada em fua mão o Conde de Bolonha no
tempo delRey D. Dinis no Capi meado; que em cafos femelhan
tulo Grandi na depofição que o tes toca ifto ao Rey fupremio no
Papa Innocencio Quarto fez do Reyno que lhe he fübordinado:
nolo Rey D. Sancho, dando por &vemos que o Papa, & feus mi
Gouernador do Reyno ao Conde nitros nascenturas que fulmina
de Bolonha Dorn Afonſo,pay do raö,intimaraösoaosReys de Ca
me{mo Rey DõDinis. Da acçaõ tella, & Leão, q não impedifem
de mudar Principe nefte Reyno a tal promoçaó, dádo por valida
fe perfuadiraõ alguns,que tinha o mente efcolhido pela Nobreza,
Papa particular fuperioridade no Clerg, & Pouo de Portugal por
nofo Portugal,& que lhe era eſte fua foberania, & independencia
Reyno fogeito; fendo tanto pelo defte Reyno,onouo gouernador,
contrario, que fegundo jâ notei & adminiftrador. "
no Voto da fenhora Dona Felip Porem deixado efte ponto, &
pa, da me{ma acção feinfere fer tornando às fubordinagoês que fe
Portugal Reyno izento, & fobe podião prefumir de Portugal aos
rano, dizendo ali a Glofa daquel Summos Pötifices,& Emperado=
le texto expreamente, á o Rey res, a tudo fe preuinio elRey Dõ
no que não reconhecia fuperior, Dinis; & erh primeiro lugar acu
recorria ao Papa em cafos feme dio a desfazer a chimera, a que
lhantes, & deuia fundarte a Glofa podia dar alguma côr o Capitulo
CIn éo Papa entrou naquelle ca Grandi: por etar mais freíco no
| fo fupplicado pello inefmo Rey cafo de feu pay, & tio, que no ca
no,que lhe pedia intrumentos,& fo delRey DõAfonfo Henriques
violência de cenfutas para fe pór reconhecem todos huma oferta
em execuçaõ a fubrogaçaõ do por deuaçaõ puramète,fem obri
adminiftradorque elegião;&não gação de vafalagérigurofa.Vfou
como fuperior que ecolhia a tal elRey D. Dinis de poder de Rey
pefoa. Antes do me{mo cafo re foberano na erecção da Vniuer
fulta outra confirmaçaõ infalliuel fidade de Coimbra, por lhe fer
daizençaõ de Portugal contra a praticado, que a Decretal de Ho
impoſta ſuperioridade 4 Caſtella norio, com que fe introduzio a
publica por via dosReys de Leão, Theologia em Paris dera occa
que a fer Portugal Reyno fogeito fiaõ a fe prefúmir á tinha o Rey
àquelle de Leão, ouuera o Papa no de França dependencia dos
de cometer a elRey de Leão, que Pontifices: pára euitar outra pre
então era Dõ Fernando o Santo, funçaó femelhante, maó quiz els
Ff Rey
Liuro XVI. Da Monarchia Luſitana.
Rey Dom Dinis ereger Catrheda acção pouco religiofa o introdu
de Theologia naſua Vniuerfida fir ambos osdireitos paralitigios,
de, &para que contafe, que co & efquecerfe da Theologia, cõ q.
mo Rey oberano a eregia. Evio a Fèle futenta, fe apura, & e der,
fe bem, pois o Papa Niculao IV. fende Portugal naquelle tépo não
não innouou nada nete particu neceſſitaua de Theologos, neceſ
lar,fendo que lhe contaua da for firaua de Iuriſtas: a occafiaõ, & o
ma dos efludos, como declarou tempo em q foi eregida eta Vni-,
nas palauras da Bullajà referida: Χ. ီ|ိ ſerne
Zelaramos, 6“ auemosporgrato, ఈ .4- fte anno em que as contendas taõ
gradauela nºs,tudo o que/obre #4 ma trauadas, &litigios taódilatados
feria fia feito, & entrou sò com o entre o etado ecular,&Ecclefia
podere{piritual, concedendo an fico fereduziraõ a cõcordia. Pre
nexaçoes de Igrejas, & outros uenio elRey aos incidêtes futuros
priuilegiosparāosLentes,& eftu cõ profefores de ambos os direi
dantes della. ... . . . . . . . tos,4 foubefiem liquidaras jurif
Mas poderà notarſe a efteRey diçoês ambas, & atalhar nouos
o ter tanta precauçaõ em manife enredos,& controuerfias. Se re
ftar fua foberania,& independen pondeo o effeito à tençaö, conſi
cia dos Papas, & não proceder deré os á tem experiencia do que
affina indepêdencia do Imperio, atê nofos tempostem ſuccedido.
que fazia ao parecer fofpeitofa ATheologia Íe lia naĝlles têpos
com admittir as leis imperiaes,& na Metropoli Primacial de Braga
darlhe particularCadeira,poisfe por obrigaçaó, conforme a dipo
gundo diffemos, por fè naóprati fiçaõ de Innocencio III no capitu
carem etas leis em França, pro lo:Quia,de magiftris: & perfuadome
uaõ da me{ma Decretal os Fran 4 em algüas Cathredaes do Rey
cefesfüafoberania. Aito relpon no. Alédito florecia eta ciencia
do por elRey D. Dinis, entendeo nas Religioês,& particularmente
bem etar a pretençaõ do Impe nas familías dos Patriarchas São
rio já efquecida,&a dos Põtifices Domingos,& S.Francifco,de que
principiada no vulgo, poraquelle naquelle tépo acho muitos cõ ti
calo da depofiçaõ de feu tio, & a tulo de Doutores daquellas Reli
hú erro, ainda qnotorio, conuem gioés,que no difcurfo da hiftoria
defuiar nos princípios qualquer irei nomeando.Por ſeriſto aſsi, en
leueindicio 4 poffa darlhe fauor, tendeo elRey D.Dinis, q não fal
&a etere{peito naõ admitione taua a fua obrigação em naõ ere
flas fuas efcolas a Theologia. E. ger cadeira de Theologia. Nos
nemporiffo poderá fer notada de tempos adiâte foi admittida Ca
threda
ElRey Dom Dinis. 176
thredaes deta (ciencia, & na re que as dos Emperadores só fàő
formaçaõ delRey D Ioão o Ter admittidas pela boa razão em q
ceiro a vemos com fête Cadeiras fe fundão. Deta Ordenaçaõ (e
fublimada. . . . * * * acudio direitamente a publicar a
Com fe dar a primeira Cadei independêcia que o Reyno tinha
ra ao direito Ciuil, né por ifo fê afsi ao Imperio, como aos Ponti
induzia reconhecimento de fub fices,no tocante,digo,âfoberania
ordinação ao Imperio;quehüma do Reyno, & neta forma forão
coufäheleremfè em hüa Vniuer por elRey D. Dinis as faculdades
fidade as leis Cefareas, & outra de Leis, & Canones na Vniuerſi
gouernare oReyno por ellas obri dade de Coimbra admittidas.
gatoriamente,de que pudera col Aizenção de Portugal ao Im
ligirfe fogeiçaõ aos Celares. O perio com a dos mais Reynos de
nofo Portugal nunca deíde feu Epanha, anda bem confirmada
principio fegouernou fenão pelas por varios autores Iuritas, & hi
Ieis eftablecidas pelos Reys defte toricos. Dom Rodrigo Sanches
Reyno, aſsigèraes, como parti de Areualo Bifpo de Palencia fez
culares; as gêraes que ordenarão húliuro particular, em que pro
para o Reyno todo,& as particu uou não fer Epanha fogeita ao
lares que dauão a cada Villa, ou Imperio: não o vejo alegado, &
Cidade em particular, que erão affi tenho grande fêntimento de
os feus foraes, vfânças, ou coftu faltar huma obra de tanta impor
mes,como entaõ lhe chamauão. tancia; porque foi o autor excel
As Ordenaçoês que agora temos lente jurita, &igoalmente hito
mandadas copiar primeiro por riador, & afsideuia de recolher
elRey D. Afonfo Quinto,& aper varios monumentos para ete a:
feiçoadas pelos Reys fublequenº fumpto, alem daquelles de que
tes; fe admittem as leis dos Em hoje nos valemos. Pofitiuamen
peradores,he com a limitação do te! e oppos elRey Dom Dinis à
liuro 3.tit. 64. em que fe manda efta pretëção do Imperio em ou
julgar as materias que não trazê tra occafião: o tempo em que o
peccado,pelas leis dos Emperado cafo fuccedeo, cae na hiftoria do
res, aindaque os Canones difpo tomo feguinte, aonde o rela
· nhão o coñtrario; & nas que faó taremos com intrumento
de peccado,pela doutrina dosCa publico.
noñes (agrados,declarando logo, (?)
que fe oüuer ley, ou coftume de
fte Reyno,por elles fèjulgue,por Fim do liuroprimeiro de Tomo.

F£2 LIVRO
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. " -.. . . . . Fol.17i.
L I V R O XVII.
D A.

MON ARCHIA
LV SIT A NA.
C AP IT W L O I,

DO NA CIMENTO DO INFANTE
Dom Afonfo,é-defua irmãa a Infanta Dona
Confiança,IDom
filhosDinis,
lgitimos delRey -

1191.
Mgrandecuidadoad: ffientos, cotii pouco decoro de
¿ daua o Reyno de Por feu Realetado,& menos repeito
2° tugal, vendo a elRey deRainha tão digna de etimarfe.
D. Dinisfeinfuccefor Lembroafe Deos dos miereci
va:30, pafados ahnos jà que era mentos da fanta Rainha, & em
cafado; & tanto mais anciauaa fatisfágáo delles a alumioi comi
todos a eperança do fruto dete hum filho,que foi o Infante Dom
matrimonio, quanto cada diafe Afonfo.herdeiro que veio a fer,&
de{cobrião na Rainha Santa Ifá ſucceſſor de ſeu pay no Reyno..
bel perfeiçoês maiores, & atigº Naceo efteInfante na Cidade de
mêtos de virtude, que fazião cre Coimbra a oito de Feuereiro de
cer o defejo de defcendencia fua. mil & duzentos & nouénta,como
Ajudaua a esforçar ete defejo o diz a Chronica antigua, comi que
fentimento,que gèralmente auia me não conformo no antio, que
com tres filhos batardos, que el ha de fer efte de mil duzentos &
Reyjà tinha, & os indicios bat㺠nouenta & hum, no qualàhito
temente fundados para crer con ria de prefente corre Affi ändå
tinuaria em iemelhantes diuerti efcrito no liurò da Noa de Santa?
Ff} Cruzé
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Cruz de Coimbra, que he hum pia a efèritura, dizendo em nome
Summario apuradifimo de me-à delRey: Eu em/embra com a Kainha
morias daquele tempo, em que Z./abel, é com Z). (ofiança minha fi
fe podem ver etas palauras. E. lha,@-
*Orc. Era então nacida a Infan
J%.CCC.XXVIIII. yj. Idus Februarij ta Dona Conftança, por efa ra
matus effZ)ommus-Alphonfusfilius illù zão, conforme ao etilo daquelle
firfiimi &girPortugalla?». Algarbí, ¿ tempo, entraua nas efeiturás, &
e Xegnez Eliſabeth.Querem di- è aſsiſe no Feuereiro da quelle anno
-** * ~* * * * **, .º. -º- .கி ‫ه‬ * ...
‫"مییامه‬,
. . . " -- - - ... -- - --
zer: Na era de mil & trezentos & fora nacido feu irmão o Infante
vinte &noue, a feis dos idos de HDom Afonfo; com mais razão (e
Feuereiro naceo Dom Afonfo fi- nomeara, como entrou por etilo
lhodo illuftrißimo D.Dinis, Rey ordinario do anno mil duzentos
Ul% hum adiante, antepõ
de Portugal, & Algarue; S: day 驚
empre por varao a füairmãa
Rainha D. Ifabel. Era veim a
cair no anno de mil duzentos & a Infanta, aindaque mais velha.
nouëota &èhum que fegúimos,& G Vermosiitona dòaçaó que elRey via .ெ
o dia no oitauº de Feuéreiro, em Dom Dinisfez ao Bipo do Porto só.
que todos con ormamos.......,
Dò Vicente, 8 a Sèdaquella Ciº
O fundamento com que me dade da Igrej a de Santa Maria de
apartei da Chronica antigua; a- Villáàouă, & a de Gaya com os
lem defta memoria, hé acha padroados,& direitos dellas, em
låtopforgje som humaefcritura que fe incluião mais outras cou
Lili.fºl
2.74.
da Torre do Tombo, em que fas. Neta doação, que foi feita. .
elRey D. Dibis outorgou a com-, em Eluas a doze de Dezembro
p9igaó que, Miguel Domingues do anno de milídüzentos & no
feu.p9ugador de Mirandela fez, uenta&hum. Diz elRey dete,
i Lourenço caualeiro; modo: ŽuelĀeyZom Zimispelagra-,
de Mafçarenhas,& Orraca Annesi fa de Zeus ºg de Portugal,& do Al
fua mulher, & com outros fidal garººm/mbrº…º minha mulher?
gºs xgue petuião Malcarenhas, Kainha Zº. Jahel, 62 com º Hofante ZÉ
- Rậradela, Va bom, 8. Lama dor „Afaºfo, &com a /ofanta Zji (oftabç4
gayalayaldeas todas do termo da meus filhos. Mas por fereta doar
quellą Villa: 0 gualherdamento de çaõ do fim do anno, trarei outra,
mandaua º dito/enhor aos ditos filhos. dó principio delle, que he o foral
ஆ, álzas/critura. Foi a outorga de Mirandela dado em Coimbra,
feira em Lisboa a vinte & quatro afete de Março, aonde elReyja,
de Julho da Era de mil trezentos nomeaos filhos ambos: Ecãméni"
& vinte & oito, que he anno de filhos lofantes Z). Afonº, º Z).chans"
atil duzentos& nouenta: princi yº, Nacera o Infante naquella Ci,
- - *

ku :D - * ... " -
& -- - - dade
- El Rey Dom Diniz se 17 ,
dade o mes antecedente deFeue duzentos & oitenta &ngue, & viº
reiro,&logo veio nomeado neta uendo ambos no principio do an
efcritura;& tambem ferue de cõ no de mildozentos &nquenta &
firmação de nacer elle nefte anno hurn, claro figa fêr nefte entre
o refidir elRey em Coimbra do meio feu nacimente.………………
principio delle atè meado o ve: - Deixamos de darrazão donat
raõ, fegundo que pelas efcrituras cimento da Infanta, que foiº prir
iremos vendo. , meiro fruto dos nofos Reys nº
Do dia certo em que alnfanta anno paffado,p9r tecer,alifta dos
Dona Contança naceo,falta me filhos que elRey teue afilegiti:
moria, o anno temos aueriguado mos,como baikaidos, fèminterr
fer o de mil duzentos & nonenta, pofigaō.de outras;matgrias,ain
conforme a efcritura que fica re daque a Infanta Pona Goņstança
ferida,& côftar por outras do an haceo primeiro, cpmpaq Hpfante
no antecedente não ter elRey fi IDő Afonfo eßrçQq,efłęĝhn9 erø
lho algum, por virellesô com a que ecreuemos8 fpio hºrdeiro
Rainha Santa Ifabel nomeado,co varaó, nelle jultamente principias.
mo fè poderà verno.foral de Wil Ailita, por mais que ainfanta fuk włºs
، ‫ادة‬
la Real, & em outras muitas, & irmãaht maiorgmidade Nem
particularmente embñafeita em pareça pouco acessº na hi#eria
Euora a dez deDezembro em fa jaffaras cogfas.do.anpg,antecé
lik, fol• worde Pero Afonfo filho baftar
I នឆនa,bºqu
270, do del Rey,aonde entra el Rey Sö •a Coligaº ºdia
mente, emfimbra comº Kainh42": dallasºmitteauai; ornato he
na /akel,(em nomear ainda algum deixalasdºhumanno para outro,
dos filhos legitimos, final daque & antepolas outro añno, paraque
naóestinha nette tempo, Anda a narraga 5 proceda mais deſeme
ria a Rainha Santa Ifabel pejada baraçada,;& ne$2|fosmapt0g&
então da Infanta Dona Contanº deo Lourenço Valla no fim do
ga,á pariria no principiodo appo primeiro.|íufoda vila delRey de
de mildu?,entos & oitenta;&dar Afagaõ DāFernando Primeiro;a
hia noue mezes no Feliereiro de ete repeito damos no lugar pre
duzentos & oitenta & hum veio fehta horigiậodo ŋ4țjmếte de IỚ
aluzéom olnfanteDom Afonfo, fpgB Afop: aiឆ្នាឪa
como e jultifica por etas me ೩kfabiapog೩Gಲ್ಲಿà:೩up
morias, Nelas temos asbahfis & outro foraó os filhos legitimos
certas para o tempo do nacimen: delRey, feſtejadosamboš dopor
.to deftes dous filhos,os quaes não suo deſte Reynocitodº eſtremo,
Aendo nacidos no fim do anno de & muito maiso Infârepaôfanfa,
t , -Ff 4.
. CՈ1
ε. . . νί
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
em quem fecõferuaua a baronia Lcão,&Portugal,que por feupay,
de nófos Reys. Ehe de notar ter & māylhe competião. Com titu
a Rainha Santa Itabel etaboadi lo de amo do Infante afsinou Dõ
ta em Coimbra, Cidade que pa Martim Gil a compofição qWaf
rece ſempre teue myſterioſas reſº co Pires Farinha fez com feu fo
fondencias com a Santa Rainha. brinho Afonfo Efteues Conego
31. dos Gomds
ElRey, que em tudo foi grādiofo, de Coimbra,que pretendia a vil:
- - - -

". Sorte
folenñifou efte fauor do Ceo com la de Goes, & neta compofiçaõ há
demóftraçoês, & feftas cuftoías, ficou a Vafco Pires, celebroufe a
em que toda a Nobreza feelme: compofia6 na villa de Miranda
rou como era iufto. - -

junto a Coimbra a dous de Outu


"… Por ama de peito teuehuma bro de mil duzentos & nouenta
Sancha Pires natural de Santaré, & dous, fendo o Infante de deza»
com cujo irmão Eteuão Pires fez noue mefes. Com o me{mo titu
conuençaõ fobre cafãs no bairo |lo de amodo Infànte inftituio elle
de Marúila,Fr.Apparicio, procu huma capella na Igreja de Santa
tu r.a., rador do noffo Abbade de Alco Mariadošoliuaes JavilladeTo
அ 5aga D.Fr;Pedro no anno de mil mar,4 anda no Tombo daquella
“ trežėtoščėdezafete.Naboacri:. Igreja cabeça da Ordem dos Té-fu.s,
ção do Infante não faltou elRey plarios,& aquife nomea tambem
ap que deuía,nem menos no eta Mordomo mór da Rainha, & foi
:do,& cafà côña que fefäftentou, feita a intituiçaõ em Lisboa a
fendo muito moço na maior grã finco de Iunho de mil duzentos
deza que tódos os outrosInfantes & nouenta & tres, aceitada por
atèfèâtempò; como elRey fiu Dom Lourenço Martins ီ|ိုး
pay lhelembraua, quando o in do Templo, & firmada alem de
quietou, entrado dos defejos de outros por Fr.Gil Fernandes Bar
gouernar eteReyno,que por eta reto caualeiro daquella Ordem.
caufà padeceo ಧ್ಧಿ que Por ete me{mo tempo efcolheo
contaremos. Teue o Infante por elRey para Chançarel da cata do
ayo, ou amo a Dom Martim Gil Infante à Dom Martinho de Oli
Condé depois deBarcelos,& Al ueira Arcebipo de Braga, & por
fèfes mhór delRey,'cąualeiroś dos razão detes dous oficiaesquelhe
de maior qualidade 4 entaõ auia, deu, que então eraõ na etimação
conhecido pelo appelido deSou de fuas pefoas de mais repeito,4
fa,que efcolheo eni feu teftamen tinha o Reyno, dizia elRey, que
to,fendolhe mais remoto, que o lhe dera para feruiço os mais hõ
Catro, Maya, & outros da pri rados dous homens, que auia em
meira nobreza dos Reynos de
- -:- a
Portugal. Confignoulhe quantia
-

- (obrada
ElRey Dom Dinis. - · i73
fobrada para füftentar cafa,acre te, que foi o me{mo em que Do
centandolhe mais para darliure na Qrraca Reimondo Abbadeffa Lomuấo ti:
mente cada anno oito mil liuras; de Loruaõ fez procurador para de Lamega
& finalmente cõ as villas de Via afsitir hellas, & cobrar o que lhe ma{o 6.n.
na de Aluito, Terena, Ourem, & tocaua por{eu auö Fernão Ferná- 3**
º
Armamar, que lhe deu, chegou a des Cogominho na Comarca de
ter o InfanteDom Afonfo defpois Lisboa. . . . . .
de cafado oitenta mil liuras de , Dom Raymundo de Cardona
renda, quantia mui confiderauel teue o cargo de feu Alferes fegü
naquelles tempos. . do, que o vemos firmar na doa
`No offició de Changarel do çaõ, que elRey fez da Igreja de
Infante Dom Afonfo fuccedeo o Bouças ao Bipo do Porto Dom
Almirante mòr Nuno Fernandes Giraldo, & em outras que le apó
Cogominho,como achamos por tarão afeu tempo. Poreta caufã
efcritura do anno de mil trezen rompeo D. Raymundo de Cardo
tos & quinze,em que Nuno Mar na tanto às claras contra elRey
tins de Chacim Abbade de Fonte nas pretençoês do Infante feu fe
Arcada vendeo a Ioão Afonfo, ir nhor, & futentou tambem o Có
mão batardo do Infante todas as de D. Martim Gil a me{ma pars
-
-
-
herdades que tinha em Chacim, te, por mais que elRey o tinha a
& em feu termo, & nella aísina crecentado com o Condado, &
Nuno Fernandes deta maneira: cargo de feu Alferes mór,obrigã
*6 do Nuno Fernandes Cogominho JAlmiran doo mais a criação que tinha fei
ไม่ใitor
* 21. te maior delRey,co. (hangarel do /nfan to no Infante D. Afonfo, ou o que
te Zºom -Afon/ºfeu filho; ainda que mais certo he, a maior dependen
elRey conduzio para feu Almirã cia que os homens tem doPrinci
te a Manoel Peçanha, conferuou pe que em breueha de entrar no
todauia o titulo de Almirante, á gouerno,com que naõ fentem ar
dantes tinha o Cogominho, & rifcar por tempo breue a priuan
ainda conforme a ito deuia de ça dos que muito antes haõ de
exercitar o officio com fuperinté largar ocetro.
dencia ao Peçanha. Foi Nuno Das matronas que feruiraõ à * *

Fernandes Cogominho muito a Infanta Dona Confiança, & ou


ceito do Infante Dom Afonfo, & tros particulares de fua cafa atè
tanto eu valido,que aceitou o In ferRainha de Caftella,& cafar có
fante fer feu teftamenteiro, & tu elRey Dö Fernando Quarto, naſi
tor de feus filhos,que lhe acomo alcanceinoticia,que a naõ dão os
dou quando fizeraõ partilhas pe Chronicasantiguas dimiriutas na
los annos de mil trezentos & vin maior parte decircunítaficias, i.
- - - dë
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
de fuccefos, & as que acrefcen deixandolhe o patronimico de
tamos faõ colhidas de efcrituras, Rodriges.Ou fofe appelido o de
& acçoês judiciaes, em que não Gago,ou alcunha, feus defcéden
tem lugar as mulheres, & aísi ha tesvfaraó o appellido de Mafca
dellas menos memorias, & fe al renhas pelo fenhorio daquela al
gúa pude defcubrir defta Infanta, dea de 4 era fenhor Afoñfo Lou
dalaei quando tratar feu cafamé renço, hum dos fidalgos de Maf
to, naõ deixando de dizer agora carenhas, que fizeraõ a troca cõ
que lhe efcolheraõ para aya fua a elRey Dom Dinis,& por fer de fi
Dona Betaça, de que já deinot dalgos aquella aldea, & as outras
cia, que porfer Princefa detão al ficaraöcom opriuilegio das hon
to fangue, podia inftruir com a ras,que os Reys intituirão.
generoidade conueniente a hüa Do tempo delRey Dõ Dinis
Infãta detinada parafer Rainha. adiante continuaraõ os Mafcare
Quando adiante tratar do cafa nhas com igoal efplendor, & afSi
mento deta Infanta com elRey achamos em tempo delRey Dõ
Dom Fernando Quarto de Ca Fernando, a Fernando Afonfo de
ftella, dareimonumentos por on Mafcarenhas fenhor quedeuiafer
de confia da criaçaõ que lhe fez das mefmas aldeas, pois fabemos
Dona Betaça, que cõ ela foi por ue lhes concedeo aquelle Rey Lib. 2.4
Camareira mòr para Catella. priuilegio de franquefa arogo de alemDau
Por occafiaõ da troca que el te Fernando Afonfo etando em rofºl.1,6
Rey Dom Dinisfez com os fidal Santarema dez de Iunho do an
gos fenhores da aldea de Mafca no de mil trezentos & fetenta &
renhas, acclararei mais algumas oito. Teue tanto lugar efte caua.
coufàs defta familia,cujo folarhe leiro naquelletempo, que o efco
efta aldea de Mafcarenhas. No lheo elRey Dom Fernando para
tempo do me{mo Rey em inqui juraros contratos do cafamento
riçoés do julgado de Mirandela da Rainha Dona Brites fua filha
lib. 1. de fe acha eftaverba: A aiaea de ുf no vltimo de Abril de mil trezê
honrassó - ..
deuaça de carenhas he de Afonfo Lourenço,6 de tos oitēta & tres, em companhia
..

leitura mo- outrosfidalgosరూ dizem tºßemünha, dos Condes de Barcelos, & Nelua
44.

"fº" que foi delRey, e que a deu a Eſteuão tios da mefmaRainha,& dos prin
Cago, que foi auó diffe fidalgo. Na cipaes caualeiros defta Coroa.
quarta parte fe diffe, que elRey Duarte Nunes (e efqueceo de o Fol. 231.
Dom Sancho o Primeiro a dera a nomear, mas na efcritura original
- ‫לס‬ verf.
Eteuão Rodrigues, o qual as te da Torre doTombo eftâ nomea
ſtemunhasagora do tempo del do cõ mais o Conde de Ourem, '
Rey Dõ Dinis appellidaóGago, & Outras pefoas deta qualida
de,
El Rey Dom Dimisºl en L 174
de, que tambem omittio Duarte outrô: morgaão nó iatinō de mil|*
Nunes. . . . … ºf . . . . quatrocentos & fetenta-& dous,!
Do tempo delRey Dom Ioão que hoje pofue Fernão Mafcare
· o Primeiro, adiante conferuaraó nhas Comendador de Alcacere;
os Maſcarenhas o appellido, & quinto neto do intituidor. Alem
não ofenhorio daquela aldea,& deftes dous ha maisfincô morga
ao que me parece, deuia de a en dos intituidos por pefoas deta
corporar elRey DöIoão na Cos familia, que andão êm varios ra
roa, por eguir as partes deCatel mos della,com outros á por cafã
la Fernando Afonfo, que como ti mentos fê lhe aggregaraõ. ElRey
nha jurado por Rainha a Dona D.Ioão o Segúdo fauoréceo mui
Brites, inclinou àquelle partido, to aos Ma{carenhas,por feré eles
aindaque depoisfe congraçou cõ da parcialidade do Infante D. Pe
elRey, & voltou a Portugal. No dro, cujo Alferes João Metcare
tempo que feruio por Catella, nhas mórreo comellé na de Al
achamos que lhe cófifcou elRey, farrobeira. Cõtinuou fempre com
& deu a fazenda, & rendas ava grandeza, & etimaçaó de gran
rias pefoas, como fe pode ver no des ſogeitos no ſeruiço doReyno,
ఈ primeiro liuro da Chãeelaria del & conquitas,&ao tempo quefa
Rey Dom loão. ºn tº zemoséſtareſumptaſe achā com:
- Não ficou defcendêcia de Fer
nando Afonfo de Mafcarenhas, Marques de Montaluão: …
ısıda mas cõtinuouſe a de Martim Vaſ Conde de Serem feu neto,& Ma
ಔ ques de Macarenhas vaffalo del richał do Reyno. ; *
# "Rey Dom Fernando, ao qual o Conde de Santã Cruz. . . . .
... mefmo Rey coutou a herdade da Conde de Obidos. : i :

… Capitoa nó termo de Euora, & Conde da Torre.


nela com outras mais intituio o Conde da Palma Meirinho môr.
morgado da Capitoa, que hoje CondedoSabugal, º …
pofue o Conde de Santa Cruz
feu quinto neto. Seu neto Mar
tim Vaz Mafcarenhas, filho fe
lº. 4. de
.ே gundo de feu filho Fernão Mar
tins Mafcarenhas Comendador Dos filhos ba#ardos del- …
|டி.
môr da Ordem de Santiago em
s
Rey Dom Dinis.
: ': '
tempo delRey Dom Ioão o Pri
meiro, que comete tinulo firma # S filhos batardos,que 1291.
húa efcritura do anno mil quatro ¿s o Chronita Fernão Lo
centos & trinta & dous, inftituio $|# pes, ou Ruy de Pina
2. dão
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
dão a elRey Dom Dinis, faõ os feguinte de mil duzentos & no
feguintes. ~ - --> | uenta, a vinte & oito de Feuerei
. Afonfo Sanches que chamarão ro navilla de Santarem mandou
de Albuquerque, & Dom Pedro entregar a feu filho Fernãdo Afõ 233.
Ibid.fol.
ue cafou com a filha de Dõ Pe fo os bens de Pedre Annes Almo
體 Annes de Portel. . . -

xarife de Lisboa, que por diuidas


Outro Dom Pedro,que diz fet lhe foraõ cófifcados, & netadoa
Conde, & efereueo o liuro das li çaõ diz exprefamête,que a fazia
nhagens. . . . . . -em fembra com minha mulhera Kainha
“.

Ioão Afonfo. Fernão Sanches. 20øna Iſabel, fem nomearaindane


, Dona Maria cafada com Dó nhum dos filhos legitimos, final
João de Lacerda. que naôostinha naquelle dia:mas
Outra Dona Maria mongano como daquelle meza humanno
mofteiro de Odiuellas. . . naceo o Infante Dom Afonfo, &
t

Alem deftes defcubri outros antes delle a Infanta Dona Con


dous,quefaõFernando Afopío.& ftança,pouco depois de feita efta.
Martim Afonfo, & em todos he doaçaó naceria a Infanta; & ain
denotar,que lhe deu elReyospa da fe collige que fuccederia feu
tronimicos de Sãohes,ou de Afon nacimento na mefmavilla de Sá
fo,por repeito delRey Dom San tarem, em que elRey por aquele
cho feu tio,& de feu pay elReyD. tempo refidia. -

Afonfo. Tem muitas coufas que Qual dos tres filhosfofe ma


aueriguar etes filhos delRey,que ior em idade, poderemos faber
apuraremos coma maior certeza aduertidos com hũa obferuagaõ
4 permittir a muita confufaõ em das ecrituras antiguas de que e Nacefului
que as deixou o defcuido... valeo o Bifpo deTuy,& Pañplo Castrofil
Em primeiro lugar he de fiber, na Fr. Prudencio de Sandoual em 3os.
ue antes de nacer o Infante Dó cao femelhante, & he,que os ir
Afonfo, jà elRey Dõ Dinistinha mãos mais velhos entraõ primei
os tres delles, Pero Afono, Afon ro nomeados que os mais moços.
fo Sanches, & Fernando Afonfo. E conforme a ito o mais velho
No anno de mil duzentos & oitê dos tres nomeadoshe Afonfo Sá
lib r.fol. ta & noue, a dez de Nouembro ches,o egundo delles Pero Afon
27o. eftando elRey na cidade de Euo fo, do terceiro he neceffario fazer
ra, fez doação de algüas herda outra aueriguaçaõ,& então fefa
des que tinha em Etremos Pero lará delle. Cõeta ordem de an
•3 Afonfo, com condição, que mor terioridade nomeouelRey a eftes
*
*

rendo fem filhos, ီမြိုီ a ſeu filhos na carta em q lhe deu por
irmão AfonfoSanches. No anno tutora a Rainha Santa Ifabel,que
- foi
. ... El Rey Dom Dinis. 175
foi feita na Cidade da Goarda a , detes tres filhos à Rainha Santa
vinte &hum de lunho de mil du-o Iſabel, &nāonomeaſe a Fernan
zentos & nouenta & oito, & na… do Afonfo. Não julguem a miu
quelle anno ſe darà tresladada. deza defheceffaria 蠶
auerigua-,
l)eftacarta fe conuence fer Afon çaõ que fazemosfobre Fernando,
fo Sancho o mais velho de todos, Afonfo,que quando virem as ra-,
& o grande amor que elRey lhe: zoês de apurar tambem o naci
teue afsi o ratifica, alé de fer me mento do outro irmão Martim,
lhor herdado de todos, & cafado, Afonfo, entenderaõ a obrigaçaõ;
tão grandeméte, como veremos, que corre, aos efcritores de fazer |
Fernão Sanches,que aqui vem, éítas diligencias peloque impor
terceiro em ordem,podemos du ta a fuas decendencias, & verda
uidar fehe o mefmo á o Fernãdo. deira reſoluçaõ deſtasmaterias,&
Afonfo, de que fe faz menção na de outras confequencias impor
efcritura citada,& pode muibem. tantes,que dellas refultão., -

fer que ambos os patronimicosti .A mãy de Afonfo Sanches foi


ੋ de Sanches,& de Afonfo, ao Aldonça Rodrigues de Soula; al
| menos de Fernádo Afonfo sò na guns autores a fazem deta fami
quella eſcritura vi memoria, aué lia, mas fem autoridade que o cõ
o muitas de Fernão Sanehes; firmem. Eu o tenho por certo,
não fe equiuocou aly o notario, & o prouarei adiante com efcri
- 蠶 düasvezesoappellidane
a forma: Querendofazergraça, 6.
tura autentica, na qual o filho de
Afonfo Sanches (e appellida Sou
merce a meu filho Fernando: & mais fa, deriuando deftaãüò o appelli- '
abaixo. Efepela ventura eſſe Fer dó. ]Por mâylhaconfeffaėlRey.
mando…fomfo:marrer/em filho, ou fem na doaçaõ que lhe fez em Coim
filha demolher lidima, mando que etas bra a onze de Abril do anno de
herança, tºrnem 46oroa do Reynº. Se mil duzentos &nouenta & hum, Cárførig
, he que Fernando Afonfo, & Fer defetecafaes na freguefia de Sá-áááå.
não Sanchesfã5hüsôfilho com ta Maria de Rial do julgado de
dous patrojjmicos, bem corre o Paiua, aonde o nomea. (eu fi
"… que vemos na carta de tutoria, lho, & de Aldonga Rodrigues,
em que ele he dos tres o mais & della me{ma fe faz menção na
thogo;&quando Fernando Afon troca que o moteiro de Arouca
fofeja outro diferente,pode mui fez a quatro de Agoto do pro
bemifèr, quefofie morto naquel. prio anno com Dó Pedro Aia, . . ..
ca.".
la occafião, em que era já naci Ribeiro, tutor do me{mo Afonfo, …
• **
do Fernaõ Sanches, & que por e Sanches detescafaes,pelo direito
ſtereſpeito defle elkeyto cargo
-
que o moteiro tinha em Villa de
).‫ م‬.‫ ب‬:: Gg Conde,
i Liuro XVII. Da Monarchia тийиш.
3º. Conde, Nauaes, Motta,& Regu Gil,como fe vê na compofição 4
fe, de que Afonfo Sanches ficou elles fazião com D. Aldonça An-z
fenhor. A me{ma Aldonça Ro-º nes deBritteiros fua cunhada, mõ--
drigues deu elRey etando em jade Arouca, que defpois foi Ab-2
Coimbra a fete de Abril de mil, badeffa da mefmacafa,dandolhe;
trezentos & hum, os reguengos a quinta do Pecegueiro, & outral
de Paos, Ameal, Paredes,& cafal. herdade pelo quinhaõ que lhevi
de Cafayo, & São Lourenço de nha da herança de feus pais; eta
ua então FernãoSanches na aldeai
Barro em terra de Vouga com os
padroados das Igrejas, & exten de Recardaćs,que era fua corren-1 ib. 2 fol.
do o anno de.mil trezêtos & vin- 鸞 fo
çaõ de que ficaflem por filamor
te a Afonfo Sanches filho de am re & finco no mez de Iulho. Eſta
bos, & defpois aos defcendentes: aldea de Recardačs, & outras do
delle por linha direita. Defcendé julgado de Vouga (adjudicadas,
de D.Afonfo Sanches todos os 4 aos minitros da Chancelaria)lhe
em Portugal feappellidão de Al tinha dado elRey feu pay no anno
buquerqtie,por via de D.Fernah 1 194. Alem deltasaldeas,4eraöı
do Afófôde Albuquerque Metre muitas,lhe deu elRey logo no anº, 2, …
de Sãtiago nete Reyno,neto feu, no de mil& မိဳီင္တူ நூ
aindaú ñâolegitimo, & de outras chamada Orta de Nomão, que,
filhas fuas; porque a fuccefaõle tinhafido de Egas Mendes ef&u-1
itima fé acabou em feu neto D. deiro, fobrinho do Bipo de La
Martim Tello, fenhor de Albu mego,& logono anno de milduwi
querque,a quéelRey D.Pedro de zentos & tres lhe deu tambem as
CateHá mandou matar. Poré da Liziria dos Portos em termo de.
defcendencia de Afonfo Sanches Santarem para defcendentes legi.
falarenos no anno de ſeu caſa timos: & neta forma lhe deu o
mento ci D. Tereſa Martins ſe reguengo de Oliueira de Conda,
… nhora de Albuquerque.O Conde tres annosadiante. Das herdadesiitu4s
D.Pedro chama à mãy de Afonfo: qFernão Sanches tinha em Sãrã
Sanches: Aldonça Rodrigues de rem fez defpois doação a feuira
Telha nostitulos y z.&36. . :: mão elRey DõAfonfo, o quala##114;
deuáKainha Dona Brites fua mu- **
"Fernão Sanches o mais moço. lher, qasannexou às capellas, & rafoliº/s
dos tres filhos 4temos nomeado
(que deD.Pedroheneceffariofa hofpital 4 intituio emLisboa.Foi
cºnde pºzer capitulo particular) foi caía Fernáo Sâches taó liberal cófeus
Pedro tit. do com D.Froilhe Annes de Brit
35.
irmãos, feria pode fer por fever
reiros filha de D. João Rodrigues femfilhos, á etando aindacafado
de ಗ್ಬ:08, & de D, Guiomar com Dona Froilhe Annes,deraó
‫ نﻭره‬13 ( . . ‫ ق‬T -
- - -- - -- tudo
-
. ElRey Dom Dinis. エ º 176
tudo quanto tinhão em Miranda, de Gonçalo Zarco achamos me
- - "ΕΤ - - - Ιύ.ια da
do Douro, Bargança, Vilarinho moria pelos annos de mil cento. Efirmada
da Catanheira,São Lourenço de & fetenta & fete, emhüavenda ***
Riba Pinho, Paredes, Sam Fins, que Dom Gomes Sacerdote fez a
lib. 6, dos Almodouuar, & Algarue a Ioão Pero Dias,& fua mulher D. Loba
พythเ01 Aföfofeu irmão Alferes mòr que de duas courellas de vinha emTo
hl 2I.
então era delRey pelos annos de mar, que da parte do occidente
mil trezentos&vinte & tres, fen cófrontaúão com fazenda de Pe
do tetemunhas deta doaçaõ fei ro Feo, &de Gonçalo Zarco: /n
ta em Santarem o vltimo dela occidate Petrus Peo,6-0unfaluus zar
neiro Lourence Annes Meirinho. co. No liuro dos dbitos da Sê de
mór delRey.Mefbre Ioanne Châ Lisboa fe faz mençaõ de Maria
çarel do mefmo D. Ioão Afonfo, Gonfalues Zarca para anniuera
Eteuão Pires Zarco vogado na rio a 蠶 das Nönas dç Ianei
cafa delRey, João Gil caualeir ro,á'He a dous do inezfobredito.:
de Auelar álem de loão Sobrinho Nas pazes renouadasentre elRey
tabalão daquella Villague fez a Dő Řfonſo Onzenoídè Gaſtella,
efętitürā Nõanno def9ōis de mi[. & o nofio Rey Dõ Afonſo Quar
trezentos&vinte &fete, a treze to no annó de milºtrezentos &
de Nouembro,doou o reftante á vinte & fête, confirmão abaixo:
L.3 do{ di
lhe
. : .‫ﻭ به ه‬

a elRey Dö Afonſo ſeu dos Ricos homens tº%"fire&icem
to Rea: irmão, fendo tetemunhas neta te das Eeis, 6. Effegão?irei 2arco;
**7, doação Nuno Göfalues de Attai juizes em cº/adelRey &logo no an-,
de,Louréço Martins Rubal, Ete no feguintena eleição do Metre
ue Annes Farazom, & Lourenço de Säntiago' defte Reytio:Dom
Eſteues caualeiros, & vaſſalos do Garcia Pires,afšistio Afonto Zar
melhoFernão Sanches o Conde co, hum dos trezeeleitores, Go
D.Pedrơirrhão de D.Fernão San mendador de Ourique, como jà.
ches confirniano liuro das linha atrás diſſetnos,&veremdsnö tosi
gés, qué não tiuera ele filhos de mo feguinte,
-\ -
aonde vírà tam
- • - º -* -- * -

Itafüâmulher D. Frulha Annes, bem Ο ſummario das pazesrefe- ്..s


& afi falta a decendéeia delRey. ridas.', „… ^S. ™ ༽དང་།-

དེ་ ζ οι ικ .. ۲. ‫این‬
- ---

D.Dinis por etavia. *Sendo taõ continuado ete ap-A


Mas pòrhos obrigara doaçaõ pellido naquelles tempos, & em \
prefeite,em que entra EteuãoPi gêtequé occupauá lugares autos!
resZarco por retemunha, a dar rizadós,confirma bem ferem novº
razão das pefoas dete appellido, bresosque dellevfauão, pono

darei algúas tiradas de monumé cös ម៉្លេះ :


tos infalliueis; & primeiramente dos, víândole então mais os pas}
- - - -

Gg 2 troni
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
tronimicos. Peloque não ha que primeiro aportou a Ilha da Ma
aceitar a explicação que o Dou deira, mudaraõ o appellido em
tor Gaſpar Frućtuoſo dà na hiſto Camaras, 4 hoje conferuão feus
ria das Ilhas, dizendo chamarfe | defcendentes os Condes de Ca
João Gonfalues Zarco primeiro lheta, & Villa franca, & outros
pouoador dellas Zarco de alcu morgados mais do me{mo ap
nha, por fer torto de hum olho, ellido, de que efcreueremosna
ou por auer morto em Africa hú ម្ល៉េះ daquelles annos; agora
Mouro, que fe chamaua Zarco; cõtinuemos com os outros filhos
o certo he fer Ioão Gonfalues Ca baftardos do nofo Rey D.Dinis,
ualeiro honrado da cafa do In de que imos tratando.
fante Dom Henrique, o qual por
feu valor o occupou naquellas сАРІт. п.
pouoaçoẽs, & deſcubrimentos:
tinha o appellido, deriuado de
Do Conde Dom Pedro de
feus auðs, 8c como o Infante era
*Metre da Caualeria de Chrito, Barcelos,ê de outro Dom
cujo conuento età em Tomar, Pedro filhos ambos delRey
defta.:Villa deuia fer Ioão Gon
Dom Dinis.
falues, pois achamos nella de tê
potão antiguo pefoas do appel
lido de Zarco, quando não foffe | #Indaque o CondeDom 1291.
de Lisboa,aonde tambem auia o §Pedro de Barcelos,con
me{mo appelido. \$forme à opinião que fe
Em doaçaõ que lhefez o In- | - "guimos, foi o fegundo
fante feu fenhor,& confirmou el filho batardo delRey, tratamos
Rey Dom Afonfo Quinto, fe de delle em terceiro lugar,porquea
clara auerelle fido o primeiro po uemos de aueriguar juntamente
uoador daquelas Ilhas da Madei o que pode faberfe do outro Dom
ra, & São Miguel : Zizendonos o Pedro feuirmão,& defpois conti
燃 dito Infante meu tio, que egoardando nuar com os mais que naõ entra
ººººº el, coño João Confalues Zarco fora o rão na carta de tutoria, & fe col
primeiro homem que por ſeu mandado ligenacerem do anno em que ella
fora poucar as ditas Ilhas,&c.Seus fi foi feita adiante. O Chroniíta an
lbos fèappellidaraó tambéZar tigo,que claramente cõfeffa eftes
cos, como vimos em doaçoés da dous filhos Pedros a elRey Dom
quelle tempo, mas com occaſiadi Dinis, foia caufa de fe prefúmir,4
davilla de Camara deLobos que não ouue mais 4hum pelo modo
feu pay fundou no lugar aonde com que fala neles dizendo, que
-: * * * * * -- * tillera
..…… º ElRey Dom Dink "… 1列列
tiuera elReyhum filho Dom Pe que lhe manda que não confinta
dro caſado com a filha de D5 Pe a feu filho Pero Áfono pedir aju
dre Annes Portel,& outro D.Pe da de cafamento, por via de fua
dro, que foi Conde de Barcelos, mulher Dona Maria Mendes ao
& quéeíte efcreueo oliuro das li nofo moteiro de Bouro, de que,
nhagens de Epanha que hoje te ella a pretendia,feguindo o coltu
mos:Eftas différenças naö podê , me antiguo dosáeraó padroeiros,
fazer dous Pedros,porque oimef. : Diz a carta delRey, que com ou
mo que foi Conde de Barcelos, tros Priuilegiosvieraò a côfirma- casi
ç9ês ao Procurador da Coroa no nilgar à
eteue cafado com a filha de Dõ | anno
Pedre Annes de Portel, & confor- : annºdde milfeifcentos & quaré- .." fŵl,
-

mea ifto humsöоuue, kefie au- tadamancirafeguinte, zlom zimi:


tor do liurodas linhagens. Outros pelagraya de 2eas Rey de Portugal,9r.
conuencem que ouučos dous Pe- de 94game... yayos Paro Effedès meu
dros,hum deles o Conde de Bar… 3%irinhº mºralem Zeurofaude. Sa
celos cafado comaquella enho- bede que ºc4bbad de Alcobagamein
ra, & outro o autorâoliuro,de q uias digr, que yépenhoradei,& con*,
naõ tem outra noticia mais que frºgºdºs hº vºlhade do meu muêeirº
algúsfundamétos deduzidos por 43"rº, que dº cafamentº a Pere-4-
bom difcurfo, com que motraõ fa"/"meu filhopurrazão de 3ária.%is
não poderfer autor delle o Con- defumºlher, quefº chamaendenara
de de Barcelos,fe não outro Dom ral: º di⺠me façº marauilhado, cá.
Pedro. Eftas razoësapontaremost denedes vos a/aleri que em tempa del
quando aueriguarmosa qual del Rey Zºom_Afonfº meupadre, quando/?
les fe deue aquella obra. , , , 4: Cortes ázºrão, queiodolos׿?eiras
: O fundamento certo de auer de C#elficarão i<entosper ºutras har
etes dous irmãos, achei em doa diroj, @ naturaes./âluo os xeyi јче!
çaõ autentica, em que naõ pode ficarão porpadroeirºs, cujos eles deuem:
auer duuida,por fer dada em pu manterhoffitalidade. Påryuevasman
blica forma em tempo delReyD. do viºaºfía carta, que/elhe algüa enfa.
Afonſo V. ſendo guarda mòrda tendeu filhado,'quanté por eña razgm
Torre do Tombo o Chronifta que lho outaguedes logo,& äaqwiadians - * * xat--

môr Gomes Annes de Zurara те поп/ofradesa ele, nema euronenha i * -

pefoa de tanta intelligencia co que lhefaga malnem. (orga mºduomo ---


-
- - -

mo fabemos. He húa carta del feira, nem em/uas Igrejas, nem em/aas *
Rey Dom Dinis para o Meirinho pº/e/ºes, quantº porrazem defe cha
cºm o môr de entre Douro & Minho, 4 marem emde naturaes, nem herdeiros:
** então era Pero Eteues de Beja Vnde alnomfagadºs,fºram aº me
Priuado delRey Dom Dinis, em tºrnaria suportm. E º ditº…tudº,
Gg 3 moutrem
--- --
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
ou outrempor ele tenha fia carta.Zá- " pela grande confiança que neles:
teem Freelas xrvij de Iulho. Elstey o teue elRey Dom Dinis,fazendo a:
mandou.João Pires afez.E.de.24./CC." D.Pedro AfonſoRibeiro,tutor det
»j. annos, que vem a fero anno de Afonfo Sanches[eu filho.Difficul-b
Chrifto dé miltrezétos & noue. tofamente (e poderá faber aondez
Por eta cartafabemos que te-- Dona Maria Paes Ribeira tem a,
ue elReyhum filho chamado Pe fepultura cõ a mudança da Igrej++
ro Afonfo cafado cõ Maria Men nonadaquellecöuento,&he deſº,
, des, 4 pretendia fer dos Padroei-* cuido ete merecedor de toda a
‫ به‬."‫م‬.
sº Naº
'ros do Mofteiro de Bouro.Ajudá reprehenaó, por fer delagradeci-a
. . donos de conje&turas neftapárte,º mento culpauelaos bemfeitores,
'fèria-ella da familia dos Väfcon que honraraó, & emriqueceraó.
celos,em que andou ete patroni-, os Gonuentos,&o que mais pode
mico de Mèdes, por via de Mernº finriríe, he fer gêral ete efqueci
Rodrigues de Väſtoncelos, Šen mento em todos. E{colheria Do
tão vinia;& de outros antes dele." na Maria Paes Ribeira enterro no .
Ou feria da familia dos Ribeiros; mofteiro deBouro,por ferem (eus.
que parece o mais prouauel, & aº pays fenhores de Bèrredo, quefi
efe fim tinha a pretenção de paº ca em pouca diftancia do Con:..
droeira, por etar naquelle mo uento,alem dorio Cadauo
fleiro enferrada DonaMariaPaes … Mas continuando o nofo in
Ribeira, amiga delRey Dom Sã tento, por etaefcritura alcança
cho Primeiro,de que procede em mos auerhum Dom Pedro dife
Efpanha tãta nobreza. Dona Te rente do Conde D. Pedro de Bar
reja Martins depois de viuua decelos, o qual foi cafado com mu
Afonfo Sanches, largou algumas lheres diferentes de Dona Maria
herdades a efte Mofteiro, por fa Mendes.Cafou o Conde D.Pedro.com.*
berdas oraçoês que fe fazião por a primeira vez com D.BrancaPistit. 2"
feu marido,& por ferem dadas as res filha de Dom Pedre Annes de
heranças por Dona Maria Paes Portel,filho deD.Ioão de Auoim,
Ribeirafua auôfepultada no mef & de DonaConſtança Mendes de
Chamaela- 1¤O. Wolteiro, & por contar dos Soufa,filha de Dom Mem Garcia
-

# priuilegios dele, que naõ tinhão de Soufa, de que teuehum filho,


P#Padroeiros fenão os Reys:Z).»ta que morreo minino, & por eta
**7 'ു.Kikeiraminhaauöa quế Z)ear caufa herdou o Conde afazenda.
perdoe, quejaz.no dito .%îeiro. Affi Ete filho deuia etar enterrado
-

o declara em doação que età na em Santa Maria dos Oliuaes da


Torredo Tombo. Pode crerfe 4 villa de Tomarcom fepulturaal- º
fole dos Ribeiros eta fenhora, ta;porque confta do tombo defta
* - - --
** *- Igreja
- *** ElFey Dom Dikis. Á vvvá í 173
reja eftaralienterrado hum ne holpical, & capelajde que head
tớ đế(Rey Doiri Dinis ElRey Dỡ mińifłradora€āmaradeLisboa;
loão o Terceiro para depejar a o quafliuro ajuntott 6:Dòütor
Igreja mandou tirar de dentro as MattheusiPeixötöBáfreto Góne?
fepulturas, & ëftenderido os exe go defta Cidáde, quando apufou
cutores alicença,applicaraõ ape" o cartorio da Carnara a infancia
draria dellas a vos menos decera do Conde dePrado Prefidènte;&
tes, com que faltão de prefente nos o copiamos indo ver o carto
muitas das áalyauia. Tão pouco rio cõ licença do Conde de Cari
refgoardo.temos com reliquia3 tanhede Prefidente;& mais mini
tão honradas.… ******: º fęros qaque!le:Tibutiål H6ianńê
tº ICA fegunda mulher do Conde
de mit eiſettos & iquarent
Dom Pedro foi Dona Maria Xir Prefimefei4poremorte'da Corã
mehes Cornel natural doReyno deffa E)onaMariaXimeñes*tä[ö@
de Aragaó, filha de Dom Pedro o Gonde terceira vez coral Botia
Cornel,& deDona Orraca Artal, Maria Anheside Toledo; daina
irmãa de D.Pedro Cornelfenhos da Rainha Dona Brites, mulher
de Alfajarimpefoas pay,& filho delRey Dom Afonfo Quarto, o
de grande lugar naquele tempo roporemos.com aprobabi
porfeu valor, alem da nobreza lidade, que tem no Capitulo fe
do fangue, como largamente fe> guinte; qué dos doiis primeiros
lataðåshiftorias Aragonefas. O cafamentos naõ haduuida,por{e
folardoș de Cornel henas mon confirmarem de maitas eſcritua
tanhas de Iaca, o mais antiguo ras, & falar delles o liuro das li
dos Ricos homens deAragaõ,co nhagés Da differença què ha nas
mó diz Zuritalib.f.cap. 6.. Do mulheres de hum;& outro Pedró
na MariaXimenes veio por dama ſe conuence ſerémºelles differen
da Rainha Sãralfabela ete Rey tes,que outroargariento forçofo
no, porque na jornada que o Có não achamos: nem de Pero Afon
de §ಘೀelRey D, fo, que não foi Conde, outra me
Dinis a Aragão, já hia cafado có moria mais, que aquella carta B
eta fenhora. A dez de Março do osquevirem na Chancelariadel
anno de mil,& trezentos & hum Rey Dom Dinis doaçoés feitas a
fez o Conde defiftencia com fua feu filho Pero Afono, entendaó
mulher Doha Maria Ximenes,de que foraõ todas ellasfeitas aó quê
certasherdades @trazia donoffo dspois foi Conde, & que obfè#4
moteiro de Salfeda, a qual fea uando as materias de que tratáo,
charâno cartorio daquela cafa. & merces que felhe fazião, todas
. De eſcrituras do liuro do feu foraõ de heranças do Conde. É º
r -

*** - - - - - -, *.
..... : ‫فس ت‬ Gg 4 Eſte
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana,
...i Efte filho Döm Pero Afonfo, as quaes Gonçalo Annes ſeu ne
Gonde de Barcelos, ouue elRey to, nepos fas,oufobrinho daDona
em húa Dona Gracia, mulher de Gracia, faltáo as palauras fube
qualidade, natural de Torresve quêtes,& deuião de dizerasquaes
dras ao que parece, No termo de Gonçalo Annes feu neto he obri
Sacauem deu nome à ribeira de gado apagar,ou tempago.Mais a
Dona Gracia,por erfenhora del baixo (efegue logo: Fiat anpiuerfa
la. Tinha tambem a quinta da rium pro anima Zo. Cracie matris Z).
Azoya, applicada defpois por feu ?etri Comitis, & Capitulum delet ha
kere фwarwor libras per அனெ. fibi
filho ao hopital queintituio, &
as cafas da mefma Dona Gracia a/Signatas in-Azºya. Não dou altra
fua mãy fituadas junto à Sè, que ducção detas palauras, que vem
deputou paraos Capellaes delle afer o mefmo que contemas que
Qliuro dos ီ|ိ São Vicen acima dei em Portugues,por não
te de fora tem o dia de fua morte dilatar tanto com as Latinas, &
a doze das Calendas de Dezem aísi darei traduzidas tambem ou
bro: Qhie ZD. Cracia materZº. Petri tras do mefinoliuro: A treze das
Gomitis?ortugaläe. Enterroufe Do Calendas de Iulho, que cae nos
na Graciana capella de S.Geruás dezanoue de Iunho, dia de Saõ
da Sè de Lisboa, 3 deixoulega Geruàs, Santo da inuocaçaõ da
dos dos rendimentos da fua fazem Capella de Dona Gracia : Faç,/2
da da Azoya, para felhe fazerem «feĤa do bemauenturado Sam Ceružs
anniuerfarios, & celebrar a fefta cºm/eis capas,º com orgãos pela alma
de São Geruâs todos os annos. de Zo. Graciamé delende Zoom Pe
No Calendario antiguo da Sè dro. O Cabido deue auer vinteliuras da
a onze das Calendas de Ianeiro, herdade da Azya, quejálhefaó dadas,
que fåó vinte& dous do mez de «*häge derpartir djtemode. Simca
Dezembro, fe diz que 醬 kuras asprimeiras Z/e/poras, Anto as
dia morreo a mãy do Conde Dõ *atinas, fincº é Terça, cº/egundas
Pedrop.Gracia, & que naquelle V%"rasfºro. Aqui dizem que jà
diafe faça o anniuerfario por fua as herdades obrigadas etauão
alma, pelo qual o Cabido auerâ gadas ao Cabido,as palauras que
quatro liuras, & da me{ma ma faltaõ na outra verba ifto dirião.
meira para outros oito anniuerfa Se do executor da manda Gonça
rios. E que no dia de S. Geruâs (e lo Annes tiueramosalgũa circun
fará afeita cô feis capas,& cö or flancia, em que pudefemos vir
gãos;pela qual feta o Cabido de em conhecimêto da familia,fou
ue auer cada anno vinte liuras cõ beramos quaes foraõ os parentes
fignadas nas herdades da Azoya, de D.Gracia ſem controuerſia.
-- - Contudo
ElRey Dom Dinis. 179
Contudo podefe prefumir fer nho eftiuefie aufente de Lisbod:
| ella da familia dos Francos,fenho & quando ete não feja feu,forço
res da Atouguia pelos defcenden fo he confeffar, que teue ella ou
tes de Dö Ruberto de la Corné, tro filho, ou filha, de que era ete
neto do qual foi hã Gonçale An neto, coufà difficultofa de crer,
nes,nomeado no liuto das linha por naõ auer memoria alguma
gens do Conde Dom Pedro: & dele,por etar reputado por filho
fazem proua o adoptar Vicente vnico della o Conde D.Pedro.
Domingues Franco vefinho de Alem de Vicente Domingues
TorresVedras,& dotar fua fazê . Franco de TorresVedras adop
da a efte Dom Pero Afonfo filho tou tambem na mefma Villa, &
delRey DõDinis no anno de mil dotou ao Conde hija Dona Maria
trezentos & quatro, por efcritura Leça, paréta que deuia fer deftes
feita em Lisboa a oito de Abril Francos, dos quaes andauão em
daquelle anno, & conferuada no feruiço do CondeRuy Gonfalues,
cartorio do nofo moteiro de S. Franco caualeiro ſeu vaſſalo, &
Ioão de Tarouca,aonde o Conde Lopo Rodrigues feu filho pelos
DomPedro fe enterrou,& deixou annos de trezentos & quarenta
a maior parte do que tinha. Por & finco: húa, & outra cóufa def.
boa razão fazia eta adopçaõ pe cubrimos no liuro das doaçoés
las razoés de parenteco que cor da fila Capella, na confirmação
ria entre ambos por via de Dona della por elRey D.Afonſo Quar
. Gracia.Mas como a Gonçalo An to, nomeandofe as propriedades
nes executor das mandas deDona applicadas, & acabando em as do
cgracia nomeem aly nepos fuus,feu termo de Sintra, entrando a falar.
neto, ou fobrinho, não podia fer nas de TorresVedras, diz deta filiji.
GonçaleAnnes neto de D.Ruber maneira: Que ha em 7orres Vedras,
to, & neto tambê de Dö Gracia, *em/eu termo, queforão de Z).3a
pela computação dos annos feria ria de Leça, que o recebeopor filho, é
pode fer aquele neto o filho do que comprou Perº Afon/@ Ribeiro em
Conde Dom Pedro,& de fua mu /*nome pelos teus dinheiros, é outras
lher primeira Dona Branca, que herdades, que lheby ficaram de/cuspa
füppo[ko diz o Códe que morreo rentes da parte de sámadre. Serem
moço, naõ feria de idade tão pi os parentes de Dona Gracia de
quena,que não pudefefer execu TorresVedras, & os caualeiros
tor do tetamento de fua auò, em Francos andarem taõ familiares ·
occafiaõ que fempre por occupa doConde,he proua mui verifimii
çoês do officio de Fronteiro môr fer feu parente por eftavia o Có
da Beira, & entre Douro & Mi de D.Pedro, -

- fauo
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Fauereceo elkey a eſte filho, falos a vfo daquelle tempo.
a quem deu no anno de mil tre E tão confiderauel era o acõ
zentos & feis, a quinze de Setem panhamento do Conde, & fegui
bro etando em Lisboa, a terra to devaſſalos, & as quantias de
de Getaço para defcendentes li tanto porte, que o encarece o li.
dimos,& depois dito lhe confir uro daslinhagês no elogio que faz Tit 7.

mou todas asheranças, que loão dele, dizendo: Effe (onde Zom Pe
Soares Freire da Ordem do Tem-, dro foi º que fez muito a fidalgo em
plo lhe tinha dado, a qual merce ?ortugal,@ o que os por mas mui gran
foi feita anno de mil trezentos & . dt: 4*antia, cà manformportleta
vinte & quatro, a noue de Feue fios efeitos em muigrandes contias, que
reiro em Muja.E no primeiro dia pelos melhores quatro homens bons que
de Mayo do proprio anno o fez ouue em Portugal, faluando/eforem
elRey Conde de Barcelos por ?eys. É ºfiefoy o que herdou alguns fi
morte do Conde Dom Martim lhor dalgonas sãs berdades,& que ouue.
Gil. Deulhe elRey tambem o of ºs melhores va/alos que euue ºutro Că
ficio de Alferes mór, titulo com de, nem homens bons dos que antes fº
que afsinara algüas doaçoés nos rom. Dos vaffalos que o Conde te
annos adiante,& teue antes difto ue alcancei só Pero Coelho, por .
o officio de Mordomo môr da quem elle comprou a fua mulher
Infanta Dona Brites fua cunhada, Dona Maria Ximenes todos os Lib.de hiſ
como conta por ecritura de de bens de rais que lhe auia dado em Pital dtfit
Condeſd.
fiftencia de cértas herdades, que arras, porpreço que de vos recebi por 28.
eraõ do nofo moteiro da Salze ?ero Coelho vo|oja/alo, diz a Dóna.
da, que já refirimos. Na comar Maria na efcritura feita a onze de
::#ca de Lamego foi fenhor de mui Agoto de mil trezentos & oiten
tos lugares,&particularmente de ta & finco, que he anno mil tre
Lalim, & Warfea da Serra, que zentos & quarenta & fete. Tres
por morte deixou ao noffo mo milefcudos de ouro,& dobras cu
itéiro de Saõ loão de Tarouca, & ftou eta fazenda, & mil & duzê
por outras partes do Reyno foi tas & fincoenta liuras da moeda'
enhor de grande copia de fazen. de Portugal.Empre(tou ao Con
da. Com taõ grande cabedal, & de ete dinheiro D.Tereja Annes
a condição generofa, que todos de Toledo, de que já falamos, &
lhe conhecião,& a etimação que etando ella D.Tereja em Brunhi
elRey delle fazia, e lhe ajuntaraõ do,que he na terra de Vouga nos
muitos fidalgos principaes, que paços do Conde, lhe confefou
acomodou com quantias mui a deuer cem mil liuras da moeda
uantejadas, ficando por feus vafº de Portugal, que ella lhe empre
- - -
{tata
|

~~~~ ElRey Dom Dinik 7 av A 18d


fara em efeudados de ouro, & rotica á fepultura defte Conde dá
em fatisfação lhe deu a quinta da parte direita do Cruzeiro para a
Azoya no termo de Lisboa na ri naue direita da Igreja, & abrin
beirá deDona Gracia,& outra no doa por curiofidade, acharaõ a
mefmo lugar, que auiafido dehú armaçaõ dos ofos toda inteira:
VafcoFernandes,& hum caſalna mediraõ o corpo com húa cana,
Romeira,que he tambem no ter &contou ter de comprido quafi
mo de Lisboa. Na efcritura diz onzepalmos & meio, afepultura,
o Conde deta maneira: A qual não promettia menos corpo por:
carta encomendafazer eu Zºom Pedrº que he grande em demafia. Ref
conde de Zarcelos a vos ZXTarja. Anº pondia agrofura, & mais comº:
nes de 75ledo, riada delstey Z). Afonſº; paginação a eta grandeza ; na
e da Rainha Z).Zritºs sámºlher. Da meia éabeça da parte direita, ti
uinta de Brunhede,aonde fece nha meid barrete de cetim ama
Rébrou efta efcritura, mandou o relotofiado,forrado detafeta da:
*** Conde Dom Pedro tomar pofiº mefma côr, tudo mui faõ ainda;
#io
• 22,
no anno de mil trezentos &noué &o cabelo" deta me{má parte
crecido com grande melena, &c.
por Váfco Martins da Cupha feu: fòbrematieiraïuiuo: calςatia e£
Mórdomo mòrferuindo detete
munhas Ioão Martins capellão do poras douradas, & dentro dellas
cunha, & Afonfo Gonçalues feli. efauaõ as folas do calçado intei
eferiuão: cem pefoas de tanta ras de ponta aguda, como então,
qualidade (eferuia o CondeDom fe cutumaua. Os que eftiueraó
Pedrö: P ‫زمان‬ ‫ر‬.‫ا‬ ..» :... préſentesmo certifi caraõ cõ miu
. ..;

FINáquelle tempo finalmente deza: ': ; , ; '


teue o Conde Dom Pedro afina : : . . . . ; ; 2.

Corte de Portugal, Como de Ca ċApir inti. ::


(tella,aonđe andоu defterrado, & º tº t 4 ...tº - - (、、“:。
º, . . . [** * * - -

no Reyno de Aragač, aoridefoi: Đo Hồ) ital ue fundouó


em companhia delRey feu Pay; Conde D.Pedro,ê-lº/*
grande opinião de difereto.&ya"; terceiro cafāmùto com Dºº,
, ïê ðò, &gèralmente foiauido.
pelo homem de mais galhard# ... na Tereja Amnes de : *

difeofição,que então auia em # ; : *Toledº tººls


~... . . tº: --
-

* - ;- - ;
- - - - - - - - -
-- - - -

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pahha;poffer quafi agigantado; Y

$6, capitulo paffàdg vjii 29*


- ! ~ : * i --Tº - • *

& tão proporcionado, que enciº ឆែ្ក


bria a demafiada grãdeza do cor= Nº

. Noânno de í634 mudátáá #Nº Pédro deu em pagamê,


os Religiofos de São loão de Pa: &#&#&#o
-
do dihliciidqüéde-,
hiz.
-t, , , (i
-
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
uia a Dona Tereja Annes de To mulher não aja outra noticiamais
ledo a quinta,& herdades aly no que efta agora defcuberta porvia
meadas pela quantia de dinheiro da intituição da fua capella, &
que lhe ela auia empretado, &, hopital, irei combinando as ef.
que em companhia do Conde e crituras della para aueriguaçaõ
faua eta fenhora na quinta do dete ponto. -

Brunhido em terra de Vouga,em Eantes de motrar fe foraó ca


companhia do mefinoCondean fados, digo, á ate o mez de Ago
dou tambem nos lugares da Bei fto de mil trezentos & quarenta
ra, de que elle era ſenhor, & den &fete viuia ainda a Condefa D.
tro de feus mefmos paços de La Maria, como fe vio na quitaçaõ
lim viuia.Depois ambos ellesin que deu ao Conde feu marido do
ftituiraó hña capella na Sède Life
dinheiro que lhe entregou Pero
Coelhonaquelle anno. Defte a
boa, & hofpital nas proprias ca
fàs de Dona Gracia máy do Con diante não vi efcritura que fale na
de a que applicaraó etafazenda, Condeffa Dona Maria, & afsi he .
que a Dona Tereja recebeo em mui prouauel que morree ella
pagamento, parte da qual auia ſi-, pouco defpois difto. Naõ ha du
do damefma Dona Gracia,&ou üida que morreo a Condefia Do
tra qo Conde herdou de paren-, na Maria no anno apontado de
tes de fija mäy, & acquirio fora) Agofio adiante, Mandoufe fepul
dos bens da Coroa. Bem confide tar en Aragaó donde era natu-,
rada eta taó familiar correpon ral, no conuento Real de Xixena ,
décia, & mutua comunicação de na capella da Trindade, que ella
fazenda,parece que heindicio de : fundou.Eaindaque no Epitafio fe
ue eftafenhora foi cafada com diz, que etaua viuua do Conde
o Conde DomPedro, que naõ he Dom Pedro no anno de mil tre
verifimil concorrerem juntos em
zentos & quarenta & fete, ha de
obra tal, quando entre ambos. emendarfe, & dizer, que no anno.
naάeuteruisfe avgiaάo matri-, fobredito eſtauao Conde Dõ Pe
mĝpłę ,que faz conformar às von dro viuuo della.Ioão Baptiſta La
täåès'ñéftas vltirñas mandas, &\ baña vioo Epitafio.O Conde feu
obras de piedade para bem das marido faleceo tambem no anno,
almas na comunicaçaõ dos fufra deʻmil trezentos & fincoenta &
gios. Porem como o liuro das li finco, ou fincoenta & quatro, &
.…… nhagens naõ nomee por mulher: .fe terceira vez cafou com Dona
do Conde mais que as duas, de á Tereja, neftes feis annos deuiafer
temos falado;Dona Branca,& D. celebrado o cafamento.Em todas
Maria Ximenes, & deta terceira asefcrituras daquelle liuro da ca
f :,
- - pella,
Elßey Dom Binis . . . . i4
pella, &holital que elles inſti lhelme Carbonel, Vigairo gèrà
tuiraó, & os arrendamentos que go Bifpo D.Agapito da Colúna;
os admini(tradores fizeraâ def . (ediz á lhe moltrara ele hã in:
pois da morte de ambos, quan ftrumento que aly foi infèrtó, nõ
do nomeão o hopital, lhe cha qual intrumento andaua o tref.
maó, fempre o hofpital do Con lado do tetamento, de 2,7arejº
de Dom Pedro, & de Dona Te ம்ைாம்:ே N,
reja Annes,fem lhe chamar Con procuraçaõ tambéá a Camara
defa, nem declarar o etado de deu ao Carregueiro parairtoma;
cafados, com lhe dar o titulo de poffedos básáo pgr mor ಕ್ಲಿಕ್ಡ
mulher do Conde: atè ella pro te de Pero Eteues admihirador
pria no tetamento que fez,em 4 dele, e diz deta maneira: Vendº,
intituio o hopital,fechama fim Φ.comβίtranώrm.comoaoatiozonβhύ
ple[mente Dona Tereja fem titu era dada a administração da capela dº
le de Condeſſa : Eupeccador Tareja dito/enhor (ondeº da ditásámolher,
- ennes natural de 7oledo, criada delRey E9 Vigairo gêral hggxorgio do
á em Afonfede Portugal, filho delRey intrumêto começa dizendo:Façº
2Dom Zinis,& da Rainha Zona Zrites /aber que C//cº …fon? Carregueira
-

s4 molher. E abaixo falando de feu prouted rºadminiſtradardshiftital,


enterro; diz que feja, huo Condez. Geºpelle dank zFedrºekz.
2edro tiver por bem, fem lhe cha Zareja rámolher. . · º: ა. ‫ دہا‘۔‬º * ; s
rmar marido;& da meíma manei
rafala nele no tetamento duas,
?tⓤrca devi໘ເchnos hº
tão piquena, que todos os queinº
eu três vezes: teruieraónos intrumentos referi;
- Com tudo vinte arinos adian dos; tinhão conhecido de muitos
te, que foi no de mil duzentos & annos ao Conde D.Pedro, & der
** - - - -

fetenta & quatro,indo a Sintra cõ niaõfaberexaétamëte;gue cafără


procuraçáo da Camara defta Ci elle có D.Terejadefpóišdamor
dade humCidadão dos dogouer te da Condeffa D. 蠶
Bo,por nome Vafco Martiñs Car mente em Portugal, 4he tão pe:
regeiro,tratar da fazenda do hof, queno, & 醬
pital por orde da Camafa, a quê 慧 mais abalifadas, deá era im
ficou cometido no tetamêto no poffineldeixarde faberſequalquer
mear adminiſtradores delle por mudãça de etado. E aísidandoó
nmorte do Conde,& de Pero Efte. por calado emintrumétos publis
nes ſeu Veador, no inſtrumento cos o confelho de húa cidade;&o
publico que pedio a oão de Sou Vigairo gêral do Bifpo della, éui:
reVigairo da Igreja de Santiago -deñcia he de contrahír o Condê
deLisboa,4então feruia por Gui efte matrimonio vltimo,&fer cố:
* . . . . . .) #Íñº` #änë
tante entre todos o effeito delle. lhe confirmaçaõ do hofpital que
Nem podia deixar de etar D.Te intituia. Fez Dona Tereja o te
reja caàda como Conde porque ftamento em fete de Dezembro
viuia em fua cafa,& tinha os me{- de mil & trezentos & quarenta
mos criados, como evè de Pero & oito, & como nelle intitue a
Efteues Veador doCöde,primei capella, & hopital com o Con
ro adminiſtrador de ſeu hoſpital, de juntamente, & auiajà entaó
o qual pedindo o treslado do te as circunftãcias de cohabitação q
flamento de D. Tereja, 4lheim ápontamos, emfalta que deuião
p, ប៊្រុនុ៎ះad eftar cafados nefte tempo, Dous
nitração,diz o Tabalião que lhe annos adiante, que foi no de mil
palou a copia. Pero Efeués quefe trezentos & fincoenta, etando
àízia/eu criado, o Veador da cºfa do com o Conde Dom Pedro nos
dito/enhor (onde. Eflaua então em La pagos de Lalim enferma: 6 pers
lim пора: 4οίηd, zo Pedronaca ante ZDona Tareja, que jazia em sºca
mara áez. Tarja. Ella mefma na ma doente: pedio Pero Efteges o
verba do tetamento, em q o no treslado do tetamento,em que o
mea para adminiſtrador dohoſpi nomeou por adminiftrador do
tal o declara dizendo: Ergº º dito hofpital por ella, & pelo Conde
(onde,que tenhapor bem depor de 12 inftituidor. He de crer que mor
mão no dito e/pital Pero Efieues meu reria deta infirmidade,& que pe
criado: viuendo ambos juntamen la ver nos rifcos proximos de vi
te,&fendo os criados os me{mos, da,ratificou Pero Efteues fua no
final he de que etauão cafados. meaçaõ; pedindolhe a ella lhe
Faleceo a Condeffa D. Maria mandaffedaro treslado do tefta
no anno de nil trezentos & qua mento; como de feito mandou
renta & fete, em que della acha Vafque Annes de Tarouca, que
imos avltima memoria: o Conde feruià de Ouuidor das terras do
que fevia obrigado a Dona Tere Conde. Pouco defpois de morrer
ja Annes, &indiuidado tambem Dona Tereja pafou tambem de
com ela em copia de dinheiro, fta vida o Conde feu marido fem
& de fazenda,confiderou que lhe deixar filhos de nenhüa das tres
etaua bem cafarfe,& por etavia mulheres que teue. ,
tornar a cobrar a fazenda de fua Era Dona Tereja de geraçaó
máy, que era o patrimonio de nobilifima,& tinha vindo de Ca
醬 podia dipor, por fer a mais tella por Dama da Rainha Dona
azenda da Coroa do Reyno, co Brites: chamauafe de Toledo,ou
mo elle propos a ſeuirmão elRey por fer da familia de Toledo, ou
Dom Afonfo Quarto, pedindo: por fer natural daquella Cidade, COII19
ElRey Dom Dinis. … 182
corno ella mefina declara no te
dita Capella na crofia da Sêda dita G.
ſtamento. Pudera nelle nomear dade. Enão fe deue entender por
feus pays para conhecimento de clautro a charola que ojevemos,
fui qualidade, porem efquecida aonde etá a Capella de Santa
deta vaidade, fe lembrou de lhe Ifabel com o Epitafio do outro
deixar Miffa quotidiana no Mo Dom Pedro, filho delRey Dom
feiro dos Agotinhos de Toledo, Dinis; porque como elRey Dom
conde feu payjáz enterrado : E Afonfo Quârto cubrio a Charo
nando que toda minha herdade, que eu la, & daquelle tempo naõ ficou
ei em Toledo, sem feus termos, & nos mais que o clauftro exterior, naõ *º*'
/enhorios delRey de (fiella, que fique a fè entëndia daly adiante por clau
Santo Agoiiinho de Zoledo, ay hajaz ftro fenáo efte que agoia (erue,'
meu padre. E que o dito mº/teiro faça aonde a Capella de São Geruâs
em cada hum anno para/empre cantar eftà colocada.No anno de mil tre
cada dia hãma, %/a, o quatro 34/> zentos & ſincoenta & hum,a vin
fas de amniue farios em quatrofetas da te & finco de Agoto, etando el
anna, pela minha alma, @ pelas de Rey DõAfonfo em Sintra, tem
queles onde os eu ouue. As obrigaçoés
po acomodado para aquella vi
que ficaraó no hofpital de Life iienda, confirmóu à infancia do
boa, edificado nas proprias cafas, Conde feu irmaó a Capella, &,
de Dona Gracia,eráofuftëtar nel hofpital edificado nas caías de.
le os pobres a que comodamente fila mãy Dona Gracia. E daqui.
chegafe o rendimento da fazen entro em conſideragaò deſer Do;
da que annexauão,a qual toda era naTereja jà morta do anno a
de Lisboa, de feu termo, & da tras, em que eteue enferma, &
Eftremadara. Ealem difto man que approuando então por vlti
ter quatro Capellaês com Mifa ma vontade a tal intituição, tra
quotidiana na Capella da Sè de tou o Conde de a confirmar com
Lisboa de Dona Gracia, ou em autoridade Real,o que não dipos
outra Capella que o Conde orde do anno de mil & trezentos &
nafe. Porem deuia eleger a Ca quarenta & oito, em que o teta
pela de São Geruas de fua mãy mento foi feito, a repeito de que
bona Gracia,que eftâ no clauftro poderia aindavariar Dona'Te
da Sê de Lisboa; porque fendo reja,& difpor na outrafor- -
adminiftradores no anno de mi! ma ſeuteſtamento... : | :
iuatrocêtos & trinta & fete Dio (f.) ,. "
go Rebelo, & Fernaõ Rodrigues
officiaes da Camara juizes do
Ciuel de Lisboa, e diz: Situada4
- -----------
، ‫ مما‬.‫م‬ . .ii
Hh z CAP.
-

Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.


mario das familias, & primeiros
CAPIT. W. conquiftadores dette Reyno, de
ue fe acharaó algüas poucas fo
: 體 na Torre do Tombo,á tref.
Em quefe declara qual dos ladou o Licêciado Gafbar Aluras
...dous Pedros foi autor do li de Loufada efcriuâo della. Autor
-

uro das linhagès. fe lhe naõ fabe, mas poderà fer |


efte foffe o nobiliario á elRey D.
¡Ñ@ Efcritura de maior vti Afon(o Henriques ordenou fe fi.
1291. స్ర్తీ #lidade 4 temos em Ef zeffe em feu tempo para memo
ÉÑ¿panha he oliuro das li ria dos fidalgos naturaes do Rey
º ºnhagens, que anda em no,álho ajudaraõ conquiftar aos
nome do Conde D. Pedro, filho. Mouros,& dos mais etrangeiros,
delRey D.Dinis,principe a quem. q o vieraõ acõpanhar na me{ma
toda a nobreza eta jutamente conquita, ordenando que loão
deuedora pelo grande cuidado, & 9amelo feu côfeflor o principiaf
etudo cõ que defcubrio os prin fe, por fer homem de boa conciê
cipios ே ilias com feus fola-: cia(requifito principal para quem
res,& decendencias, relatando tu ha de tratar femelhãtes matérias)
do com verdade fingela, & liber & tambem, que pelo auer acom
dade delapaixonada.Nabreuida panhado na guerra, conhecia os
de que feguio naõ deixa de circñ caualeiros que a cótinuaraó. Mais
franciar muitas coufas, que accla ordenaua elRey,á por morte de
raõ os fucceflos daquelles têpos, fte primeiro efêritor ficaffe o car
& ainda as inclinaçoés, & proce goaosPriores de S.Cruz deCoim
dimétos dos principes, & caualei bra,& á elles pello difcurfo do te
ros particulares,centurando os vi po foísé continuando as linhas de
cios dos mal procedidos, & lou cada familia cõ a mefima pontua
uando os que mereceraốfer abo lidade. Naquele cõuento vieferi
nados, & afsifiqua aqueletrata tura deta ordenaçaõ, & ainda 4
dogenealogico quafi hum fum naó era original, & andaua junta
mario hitorial de tudo o fuccedi com outros papeis de pouca fe,
do nosReynos de Epanha,de que naõ he contudo para totalmente
ashiſtorias colheraõ noticias mui reprouarfe. * . . :

importantes. - * Outro liuro temos delinhagês,


Não foi o Conde Dom Pedro que á differença do Conde Dom.
o primeiro que tomou eta em Pedro,chamamosliurovelho,por
體監 ao que parece, á antes del fe prelumir que he mais antiguo,
e auia jà em Portugalhum Sum &andar efcrito fem a diftinçaõ
de
ºw
º . ElRey Dom Dinistrº 18;
de titulos, &paragraphos, q tem lado delle,que fe guardana liuràs
o do Conde.Tambê defapareceo ria do Efcurial, & foi occafiaõ de
daTorre doTóbo, donde fe auião naquellesReynos fe vir em maior
tirado algüs treslados feus,de que conhecimento dete nobiliario.
temos humem nofo poder: não Não he ete o puro, & legitimo
julgo o autor por mais antiguo 4 liuro do filho delRey Dom Dinis
o Conde D. Pedro, antes deuião DõPedro, mas acrecentado em
' fer còtemporaneos, porqueas fo algüaspartes,alterado em outras,
lhas quatorze fazia menção do &differençado na contextura por
cafamento de D.Vrraca fobrinha repartigäo de titulos, & paragra
do me{mo Conde Dom Pedro, phos 4 não auia no original, mu
filha defeu irmão D.Ioão Afonfo dança que feattribue ao Chroni
'neftas palauras: É zona Ioannafoi {ta Fernão Lopes. Outros o attria
cº/ada com /oão Afonfº,flho del rey de buem ao Doutor Ioão das Regas,
Portugal deguanta, 6 fezemella hüa contemporaneos hum, & outro
filha, que sé cºfada com Zºom Aluarº delRey Dom João o Primeiro,feu
Pires de Cufmão No Capitulo fe irmão D. Fernando,& defeu pay
guinte trataremos o cafamento, elRey Dom Pedro, & que ainda
• & decendencia de D. Ioão Afon alcançaraão reynado delRey D.
fo exaótamente. Em outro lugar Duarte, que foi o tempo em que
chega o Autor com outras fami Ferháo Löpesefčreueo aChironi
has àtempo igoalmëte moderno: cadelRey Dom Ioão o Primeiro:
&a não fera diferença dos pro mas a mi me parece foio acrecê
logos, pudera prefumirfe fer efte tador do Conde não Fernão Lo
o verdadeiro liuro do Conde Dõ pes; porque cotumando refirire
Pedro, que o á agora temos por na Chronica delRey Dom João
feu, heo que defpois foi acrecen o Primeiro a outras que tinha ef. :
tado,& mudado, como logo ve critas com eftas palãuras : Cème
remos. . . º - : deixamos eferiro, ou como ºfreuemos.
-

* Hepois o terceiro liuro que em tallugar: quando todauia fala


efn Portugal ſe eſcreueo de gera da familia do Condeftable,remes
çoés, o que fez Dom Pedro,filho te o leitor ao liuro das linhagens,
delRey Dinistaõ vulgarifado por como a efcritura alhea, & não diz
toda Efpanha,q a poucos cariofos como efcreuemos.Vejafè o capi
falta nas liurarias. Deulhe gran | tulo 33.da primeira parte daquel
de credito o conferuarfe na Tor. la Chronica em proua dito. Me
re do Tombo, & mandar elRey nos me parece que o DoutorIoão
Dom Felipe Segundo de Catella das Regas He Autor da obra,
rirar em publica forma hum tre que poisella hetanto em abono.
‫ ناﻤ ۔‬- - - Hh 3 da
i Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
da familia dos Pereiras, por ref. como coufa differente defte. Dif.
peito do Condeftable, naõ auia ferente he não em todo, mas no
de ocuparfe em o feruir loão das modo da repartição dos titulos,
Regas, homem que foi notoria. &paragraphos,& em algüasere
mente feudefafeiçoado, como o cenças conferuando o mais texto,
me{mo Fernão Lopes cófefanos em que induzio coufas indignas
Capitulos 53. & 87. . defe admittirem por do Conde,
Que eteja variado, & acre. que ferà forçofo aueriguar a feu
centado o liuro de que falamos, tempo. A certeza que o acrecen
não pode duuidarfe, por muitas tador víou com o Conde,em lhe
razoés que obrigaó a confeallo não vfurpar todo o trabalho, dei
affi.&faõ patentes a qualquerque xou bem pencionada com os põ
tenhamediana ligio delle Prin tos que por eta via lhe lançou às
cipalmientefe vè acrecentado,no . coftas. " -

que ecreueda morte delRey D. Finalmente o liuro corre por


Afonfo Quarto, a que não podia do Conde Dom Pedro, filho del
chegar o CondeDomPedro,que Rey Dom Dinis. Geralmente he
morreoantes delle quatro annos, louuado o Conde por efte traba
no de fmiltrezentos & fincoenta lho,& autorizado cõ elogios dos
& tres, que nete anno fez o Con nobiliariſtas de Eſpanha, & auto
de tetamento, ou no de mil tre res clafsicos de hiftoria,a que fer
zentos & fincoenta & quatro,co uio de guia nas materias princi
moaponta oliuro antiguo dos o palmête degeraçoês,& nobreza.
bitos do mofteiro de Carquere,& O nofo Portugues Gapar Bar
a morte delRey D. Afonfo fucce reiros, bê conhecido por fua eru
deo no anno de mil trezentos & dição,efcreuia da nobreza,& de
fincoenta & fete: & afsi me{mo terminaua amplíar o nobiliario
mal podia o Conde falar de Gon do Conde,de que fez hum elogio
çalo Mendes,que foi priuado del naquella obra manufcripta. Àn
Rey Dom Pedro,filho delRey D. dre de Refende fe perſuade, que
Afónfo: hüa,& outra coufa foi a- ' era efteointento de Barreiros;&
crecentada, & afSi outras. Outra afiio declara na epiftola a Que-,
demoftraçáo ha de fer acrecen bedo. Fora de muita vtilidade
tado ete liuro por pefoa diferen aquella illutração de Gaſpar Bar
te notitulo trinta & finco,que co reiros, Oje vemos etampado o
meça deta maneira: Zizº (onde liuro do Cõde em Roma,& Ma
zoom Pedroem/euliuro,oc. de ma drid com algúas annotagoés, &
neira que o acrecentador cita ao varia repartição dos titulos.
Conde Dom Pedro, & afeu liuro. Perfuadome fer o Conde Dó
* Pedro
* ElRey Dom Dinis. 184
Pedro autor defte liuro, o que foi quai todos do Reyno, facil cou.
Conde de Barcelos, & não o ou fa era colher as noticias delles, &
' tro Pero Afonío feu irmão, Eftà dos Moteiros que ha netas duas
em proua o liuro da Torre, con comarcas, com a certeza de fius
feruado com o título do Conde fundadores, & dos fidalgos que
Dom Pedro, & naõ de feu irmão nelles tinhão raçoês como natu
Pero Afonfo,& na mefma forma raes, & parentes dos padroeiros.
outro manufcripto antiquifsimo, -Memoriasha no mofteiro deGä
que veio às mãos do Chantre de feida Ordem do nofo Padre São
Euora Manoel Seuerim de Faria Bento, que refidio nelle o Conde
depofito benemerito de todos os D. Pedro quatro annos nas occa
thefouros da antiguidade, & mo fioés de guerra com Caftella, &
{tra auer fido de "Garcia Mendes que o reedificara. No tempo que ""
Prior da Alcagoua, primo com éfteue nefte molteiro,verião car
irmão do mefmo Conde Dom torio delle,& correria os mais da
Pedro.: · · ·. . . . . . . -

體 la comarca, que entaõ con


… Cõcorreraõ razoés no Conde eruauaô memorias mais frefcas
de Barcelos Dom Pedro para por de feus principios. Etas noticias,
der fair a luz có eta obra genea & outras que recolheria dos fidal
logica, porque temos certeza de | gos, &Ricos homës,ajudadas do
{eñhome inclinado a eftudos, fe guenos liuros,queeiitaõ auia der
gundo vemos em feutetamento, ſte aumpto,aindaque menos lo
em que deixa a elRey de Catel cupletos,farião cabedal batante
la o feu liuro das cantigas, &qué para a obra que intentou, . ..
tinha compoto hum cancionei # Fizeraõ e em feu tempo, por
ro, que podia fer aprefentado a ordem delRey DõDinisfeu pay
hum Rey,peoa era com noticia inquirigoés gèraes por quatrove
de boas letras. Para a inuetiga zesde honras, ſolares, padroados
çãoque no prologo fe diz fora fei de Igrejas,& coutos dos fidalgos,
ta em Portugal, & nas mais par em que fe apurou a maior parte
tes deEfpanha,a fim de aueriguar danobreza defde o tempo doCó
os folarés, & familias de á efcre de Dom Henrique,quinto auè do
ueo,teue boa comodidade o Cõ. Conde; facil coufaefaahum hot
de de Barcelos,afsino Reyno, co mem curiofo paffar eftasinquiri.
mo fora delle. Em Portugal vi çoês, & ainda as defeu auô, &
ueo o mais do tempo nas comar bifauô elRey Dom Afonfo Ter
cas de entre Douro & Minho, & ceiro,&Segundo,&dellas tiraro
Beira, de que foi Fronteiro môr, cõcernente a fua occupaçaõ. Tã
& como nellas etão os folares to fe valeo delas o Conde, 4 me
Hh 4 parece
‫محیه‬

LiuroXVII. Da Monarchia Luftana.


arece ferefta a caufa de aceitar. rado nos Reynos de Caftella, cơ
_ ëlle o mefmo minifterio de en moveremos,por fua pefoa podia
queredor, a quinta vez que elRey fazer eta diligencia. E ainda o a
Dom Dinis mandou aueriguar e judaria de Afagaõ coma as coufàs
fta materia. Com a diligencia fo daquelle Reyno feu cunhado Dõ
bredita andaua o Conde pelater Pedro Cornél,irmaó daCondeffa
ra da Feira na Era de mil trezen Dona Maria,quãdo não mandaffe
tos & fincoenta & finco, que he ao mefmo Reyno, & ao de Na
anno do Senhor de mil trezen uarra os criados que tinha intelli
tos & dezafete, como parece na gêtes. Tudo o propoto encami
copia della langada noliuro pri nha tanto em j do Conde de
meiro dos direitos Reaes da Tor Barcelos,que parece quaficonclu
Fol. 13
re doTombo,que principia deta dente. Difficultão muitos fer elle
maneira: Sabbado dize de *argº da o autor do liuro em que falamos,
Era de mil trezentos dº fincoenta dº por andar hum elogio encarecido
fnco z3?edro-Afonf6 Conde de Zar do Conde Dom Pedro no titulo
celos, e». Aferes demo/ofenhor el Cey, vinte & dous, cou(a não coftuma
mandou a zomingo: ¿tigueis luizda danos autores falar fenão dos ou
Fira, 6» João Xtendes 7aballào, que tros,& não defy. Mas que dire
foÃem tom elle para ver o “! da Fei mosa Veleo Paterculo tão aqui
ra, 4* Efthäö/oannes • deu a Comgala nhoado nas acçoês proprias em
ZodriguesChanțareldo dito/enhor.Cõ hum epitometaó breue como e
tinuafè de"pois diftoainquirição, creueo da hiftoria Romana?Quº
que por aquelles lugares foi fazê fe dirà de Cear nos comentarios,
do, & a me{ma deuia fazer por em que o principal argumêto he
outras partes do Reyno. o me{mo autor da obra? Ningué
… Forade Portugalpodia o Con os cenfurou por eta caufa, nem
de alcançarfemelhantes noticias, aos dous, que o igualaraõ na e[..
particularmente dos Reynos de critura em nofos tempos D.Ber
Leão, & Galiza tão vifinhos da nardino de Mendoça, & D. Car
Beira, & entre Douro & Minho, losColoma, gloriahūde Galiza,
- ou mandando criados, '& capel & outro de Valença: & (obretu
.laës intelligentes, que viffem os do vejafèo á o Arcebifpo de To
cartoriosdos Mofteiros, & Igre ledo Dom Rodrigo Ximenes diz
jas, & dos fidalgos, & fenhores; defy na batalha das Nauas.Fazer
que facil coufa he, a quem tinha o Conde Dom Pedro hum elogio
tanto cabedal como o Conde;ou deſy,naò foijačtancia,quandoti
quãdoito aísinaõ foffe, nos qua nha e(crito tanto dos etranhos,
tIoannos que elle andou deſter , ou digamos que o acrecentador
- - -
και
-
** ** ‫عطل‬
ElRey Dom Dinis. 185
lhe fez o elogio. -
aly e nomeão, que por feré muir
Na capella de Santa Ifabel da tas não aponto. ElRey D.Dinis o til.$fd.
charola da Sè de Lisboa eftà fe legitimot, & na legitimaçaôno-“”
pultadohum Dom Pedro,que di mea a mây MariäPires.Foia legi
¿ennfero Conde de Barcelos,que timação dada emCoimbra a tre
fez oliuro das linhagés, mas deuia ze de Abril do anno de mil tre
inaduertidamête errarlhe otitulo zentos & vinte & fete, legitima
quem efereuco o epitafio, que o çoês dos outros filhos batardos
Óonde Dom Pedro etá em São não achei, mas deuia legitimalos
· Ioão de Tarouca enterrado, & o elRey como a Ioao Afonfo...
outro irmaõ Dom Pedro não foi No anno de milduzëtos & no
Conde, nem efcreueo o nobilia uenta & finco era jà nacido Ioão & Lilº.
rio, & dete irmão do Conde de Afonſo, 8 no proprio anno a de- |

uefer a fepultura, que eftá na Sè zanoue de Mayo lhe deu feu pay" "
de Lisboa. elReyaPönoa de EruasTenras,4
chamauão Pouoa de Rey junto a
CAPIT. VI. Pinhel,para defcendentes. O pre-lua,
temo, & direitos do julgado de "
Portocarreiro lhe deu name{ma
D, Iožo Afonfo,é- Mar. forma, correndo o anno de mil
tim Afonfo filhos del Rey trezentos & onze;&logo no Ou-lh4Ála,
D.Dinis baffardos." tubro do me{mo anno o fez fe
nhor das villas de Arouce, Lou
‫ﺩيوانﺍت ﺍﻟﺗي توگه‬ §g Om Ioão Afonfo foi fi faã,& Azar com feus termos: nó
1191. §§§
filho de hüa Dona no anno de mil trezétos & treze lhe
¿(#bre da Cidade do Por deu todas as aldeas de Miranda, iii.3.f).
- - - - - - to,que o Conde D. Pe & Barganga, merce amplißima, **
dro no feuliuro das linhagês não & de muita confideração.Iãdous
nomea. Masſem duuida eramu annosadiante, éfoi o de mil tre- b„;.
her illuftre, & porifoelelhedå zentos & quinze, eſtaua epoado
* Dº titulo de boa Dona: E te loão Dom Ioão com Dona Maria,que ….…
º: -Afonjº fºi filho delRey Zºom Zinis de foi a mulher legitima q recebeo,
Portugal, o de húa boa Zona do Por & a ambos vendeo naquelle anno
tº de Caança. Teue Dom João ra no vltimo de Agoto, Nuno Mar
ção, & caualeria no moteiro de tins de Chacim Abbade de Fon
Hilaia Tibaés com os Ricos homés que te Arcada, as herdades que tinha
alyatinhać pornaturaes,&decá em Chacim,& feu termo,por mil
lº, dentes dos padroeiros,& confor libras de Portugal. Nosyltimos
1qe aifło füa máy era daquellas á annos delReyDom Dinis teueD.
- João
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
foáo Afonfo o officio de Alferes Todos os filhos que temosno
môr,& deuia fer por naquellesan meados a elRey Do Dinis, foraõ
nos andar aufente o Conde Dom ſeusinfalliuelméte, côformeasme
Pedro feu irmão lançado em Ca morias tiradas dos liuros de fua
tella pelas alteraçoês do Infante chancelaria, & de muitos monu
Dom Afonfo, a quem fauoreceo, mêtos veridicos. Outro felhe at
por fer Mordomo môr da Infan tribue por nome Martim Afófo,
ta Dona Brites fua mulher. O ti em q tenho duuida, & fe conué
tulo de Alferes môr lhe achamos ce ferantesirmão ſeu,filhobaſtar
na doaçaõ, que feu irmão Fernão do delRey Dom Afonfo III quan
Sanches, & Dona Fruilhe Annes do ainda nifto pofia auer certeza.
fua cunhada lhe fizerão,de que jà No liuro nono da Eſtremadura
demos razão, & em outras que aº anda huma habilitagão de Seba- fl. 6.
diante apontaremos, _ ftiaõ Vaz efcudeiro morador em
i. Cafou Dom Ioão Afonfo com Cafcaes,a quem elRey D.Manoel
Dona Ioanna Ponce, filha de Dõ confirmou os foros de fidalgo, q
Fernão Peres Ponce de Leão, & elRey Dom Duarte tinha dado a
de Dona Sancha Gil de Bargáça, feu payVafco Pires. Mandou el
neta de Dorn Pedro Rodrigues Rey Dom Duarte fazer inquiri
de Pereira do mais illutrefangue ção na propota que Vafco Pires
de Efpanha, teue dete matrimo lhe aprefentou; & porque achou
nio húa filha chamada Dona Vr ferverdadeira a decendencia que
raca,a qual cafou com D. Aluaro apontaua, lhe concedeo a fidal
Peres de Gufinão igualmente il guia que pretendera. Motraua.
luſtre, 8 della procedem os Con ele que elRey Dom Dinistiuera "
v º- - -º,
-

des de Orgâs, como fe pode ver de húa mulher, por nome Mòr.
em Sandoual, nas cafas dos Guf. Afonfo, dous filhos, hum delles'
maês, & Ponces, & outros nobi chamado Afonfo Sanches,& ou
ጎi¡ aiº y, liarios, alem do 4 efcreue o Con tro Martim Afonfo; do Afonfo
de Dom Pedro. Teue mais Dom Sanches procedião os de Albu
Tit. 43. Ioão Afonfo húa filha batarda, querque, & de Martim Afonfovi
chamada Dona Leonor, que ca nhaõ os Chichorros, na forma q
fou cō Gonçalo Martins de Por aly relata. Atèqui naõ tem fun
to Carreiro; foi Alferes mór del daméto aquella informação,por
Rey feupay,mas pouco aceito ao quebê fe vio como Afonfo San
ੇ器j feu irmão, ches foi filho delRey Dom Dinis,
& por efta caufa o mandou dego & de Dona Alonfa Rodrigues de
lar no primeiro anno de feurey Soufa, & Martim Afonfo, de que
nado. * .
procedemos Chichorros, també
*--- * - .. . he
ElRey Dom Dinis. A 136 |
he certo ſerirmão delRey Dom examinaraõ as prouanças de Vi
Dinis, filho batardo delRey Dõ cente Pires letiaraõ o fentido em
Afon[6Terceiro. Ito afsi refblu
apurar oferelle quarto neto da
to, continuando com as prouan 'quella ámiga delRey*Mór Aföt
ças de Valco Pires, ele motrou fö, & de Fèínaõ Reyfeurbarido,
que Mòr Afonfo, de quem elRey ponto que lhetocada direitamé
tiuera aqueles filhos, cafara def tejem aueriguaro Rey de que fo
pois por ordem delRey DõDinis ra amiga, na6fecançâřáo;&afsi
com húcaualeiro,que chamauaõ ficou o tocante as outrás defcen
* Fernão Rey. Dete marido teue décias dos Albuquerques;& Chi
hāa filha por nome Sancha Fer chorros por aueriguar. Com tu
nandes, que caou com Vicente dodaquéllaincer ႏိုင္ငံႏို
Martins da Torre caualeiro, & fimplemⓞte aprefeitoVafco i -

delles naceo outro Vicente Mar res, podemos tirar de proteito à


tins, que teue por filho a Pero Vi auefiguaçaôdehumpōnto mali
cente pay delle ſupplicante Vicé cioſaméteimpoſto còtra os Chi
te Pirès Nefta forma o habilita chorros pelo acrecentador do li
raõ, & ouueraõ por parente dos uro do Conde DomPedro,que os
filhos delRey, naõ reparando em faz decendentes delRey D. Afon **
eys {öffe,`por viá de fo Terceiro, & de húa Moura,
ಕ್ಹl de
Mòr Afonfo, mãy dos filhos ba fendo asi que oliuro velho das
(tardos delRey, & defpois cafado linhagens diz, que fora Martim
com Fernão Rey, quarta auð que Afonfo Chichorro filho dete
ficaua fendo de Vicente Pires. " Rey,& de húa barrogaà,& fe eta
: Não caufeadmiraçaõauertão manceba fora Moura, o liuro o
pouca noticia das genealogias declarara,como declarou em D.
naquelle tempo, que admitrião Orraca Afonfo, filha do me{mo
os Chichorros por filhos delRey Rey, q diz ferfilha de húa Mou
Dom Dinis: que mais para efpan ra, a qual o Côde diz fimpletimé.
r.c…a tar he, eftando os dous Monar- te ferfilha de gaança, ou ganha
: chas elRey D. Sebaftiáo, & Phe- dia, que he batarda, fem decla
# lippe Segundo em Guadalupe, & rara qualidade da mãyno tít.26.
vendo afepultura de Dom Dinis, A elRey Dom Afonfö -Segundo
filho do nófo Rey DõPedro, & dá o mefino Conde por amiga
de Dona Ines de Catro cõ título Dona Maior Martins no tit. 4o.
de Reyde Portugal, não fe achou haö fèi fè fè equiuocarião com *
em todos os cortezaõs de ambas ella os da inquiriçaôfobredita:
as Coroasaly preſentes, qué deſſe -O acrecentador do Condetro
noticia daquelle Principe. Os que cou as mãos, & a mãy Moura 4
• *-
auia
sa tiurox VII, Da Mouri, Lufu".
auia de dar a Dona Vrraca,deu a em Coimbra no anne de mil cê
Martim AfonfoChichorro,fe por to & fetenta & leis no mes de Se
deſcuido,he mui culpauel em ca tembro,aonde diz que a aluerga
fos femelhantes.De Dona Vrraca riafobredita partia de hüa parte
naõ ficou decendencia. Martim com herdade que fora de Gonça
Afonfo deixou filhos, cujos decê lo Rey; j. diuidit cum heredi
dentes fe queixão maculados por tate quefuit de Gumfaluo £ge.Em té
aquela via tão injuta. He mui po delRey Dom Afonfo Tercei
pôto em razaõ,que a Môr Afon ro auia outro Gonçalo Rey,de 3.
1õ aquinomeadá foi abarragáa falaõ as fuas inquiriçoẽs na fre
_delRey,Dö Afon(o Terceiro, & gueſia de Santa Maria de Nini,da
imáy deMartim Afonfo Chichor qual herança auia elRey húava
ro. Mas por naõ parecer que de ra de bragal: Et àe hæreditate de
Acoufas por huma parte incertas ÆandkirodèCon/alwĀex 1.<wara de
queremos tirar refoluçoes aueri ºrgal. Pelo tempo adiante não
guat ಧ್ಧಿ dizer, que a encontrei pefoa dete appelido
ïíôr Afônfo feria amiga 蠟 .
mais, que Afonfo Rey Prior de
Dom Dinis) de algum dos filhos, São Pedro de Caftelaös, que fer
- -

….… a que fe não tem dado máy: età uia de Vigairo gêral do Bifpo de
porem taõ auífinhada com o que Ágapito Colúna,
Lisboa Dom
temos dito o nomearemfe aly cõ pelos atinos de mil trezentos &
tanta miudeza os Chichorros, á tetenta & oito,em lugar de Afon
me perfuado vir emfeu fauora fo Pires Arcediago dă Goarda, 4
quelle erro, que por 還 era o proprietario. i
.. •
-

proposcingelamente Vicente Pi _ Das filhas delRey Dom Dini;


res, & que lhes entrou aos Chi Dona Maria,que foiReligiofa em
F9 por eta via aberrorefa Odiuelas, naổachei quem fofe
fila máy; poderá fer que a Mör
Έ! orque não pareça intenta Afonfo, dé quefalamos,fehe que
do, ou etranho appelido de Rey tene conuerſaçaõ com elRey Ďã , , ,
naquelle caualeiro Fernão Rey, Dinis,fofe mãydella.Com outra
com quem cafou a Môrஃ mulherchamada Branca Louré
apontârei o que de(te appellido ço, que eu preſumo fer filha de ”
pude defcobrir no mais antiguo, Lourenço Soares de Valadares,
ಸಿ.ಹಿ. ëm doaçaõ delRey Dom Sancho teue elRey tambem cõuerfaçaõ,
fhadosfol Primeiro, porque deu a Martim como adiante veremos, della por
Fernandes, & a fua mulher Dona deria nacer a dita Dona Maria,
Etefania aaluergaria de Maçans füPpoto que atè o anno de mil &
dntre Murta, & Penela, etando trezétos &hum não tinha elRey
* - ~
**** - - - " ainda
* º V El Rey DómDinit;{ Y. **: º .
.४१९९?,

ainda della filhosº: …... o q dos filhos donofo Rey Dom Di::
#A outra filha DonaMaria,quei misfepòde deſcubrir com cer
foi catada com Dom João de La
cerda; fillfb.de Dom Afonſoide, -「* 〜fi2 *Y TOT をつ・・。 z 、、 。
- . .. ...
Lacerda, legitimo pretenfördos, * * * * CABIT: VIf. . •*).
Reynos de Leão,& € aſtella,tene, 2る。*:2:Afーl 。》rr;: ** ſ;、
elt&ey Dom Dinislem hüa-Dodai
Marinha Gomez, mulher nobre, PalihuelRey D.Dinis
natural de Lisboa, calou depois z, ordenando que os Ec
Roán Marialia,t&teue outrä fis1 elefia#itos não herda|fem
lha, que gafou no lugar da Charº:
neca junto a Lisboa, a cujas fi "bens derais.
lhás Contança-Gil, & Tereja
*gºr
#####Aုfiado
Gildaua, etd Dona Marinha fua. င္ဆိုႏိုင္တြ)ိ Aſſad o. tempo :Ε 1891: º
р nec *

aqè mil libras,Portuguefäspara! ario para fe fetejar o -


.*

cafamentp, como achei em húa }5% pacimento do noúo In \ **


r và
eſcritura do cartorio de Santbski *** fante, & herdeiro:dto ,- º-
feita na Era de mil trezentos &# Reyno, etando ainda a Corte na
ſèſkhtaw8: ſeis ; tres adnos deſpois, cidade de Coimbra, confideran
do morte:delRey Dom Dinis, & do os nobres, que hia o etado e
en otras que no memo carto cular empobrecendo a repeito
rivatidãe:Eſta que referimos dei da muita fazenda,& bens de raiz
Glära ferfeitaria cidade de Liga á|as Religioes herdauão 'por via
bstarem 历'alurde3ፀ14¢ Ç bu phuzar, das pelfoas q nelas profilatio,
uz?oww.d%rinha. Comez, madre de & preuendo, que fe continuae a
quelle etilo,em breue fedeuolue=
3&nd &daria, ifilha {hefºöidelfey :23,
zirir, &•mullsr dsºzmün İozade Desi 醬 a maior para
cerda Olimäestritiữa pörque Dö-, te da fazenda,çõá os feculares fi
na Marinha arrendaua, os direi cariaö exhauſtos,&åtenuados,fi
tos da Rơmragem; lugarráộnde zeraõ húajunta em que entrou º
inda ospgfihemiasfreiras de Sans; Infante D. Áfóno irmão delRey,
tes,dizdetamandira:Saikāzyuan š D.Nung Gohlalues côos máis
resiste gêramcaravirem, como eu Zºo-: န္တြင္ဆိုႏိုင္တူ Ne!
maºzarinhagòwóz, madre de.Z!amai ္ငံ
deftefegဆိုႏိုင
႕ႏိုင္ဆiáိုႏိုင္ "‫יסאי לי‬

хоаналфоја, filhaguefoideže, zoš. ignportâc oiio,


ſe pèdin

" " ** ** , , …

Ziñir; alqa'izeofpefdii.. No anaq, do remedio ao dáno


«ʻ‘: ~" v
** *
t+… * Z.
- ႏိုင္ဆိုႏို ẹfa
* ... .º

feguinte falaremos de Dom loão, ua,&ençarecệdo នុ៎ះ * ‫رویه‬


º

ຖtiⓞo.cm lºadhaoKeybo,
dė#¡q«e¢dacàm'mais nóticias,& :
Įi d:
ஆப்கன்னடி, ៣cºa
*:::
* Rey - ‫د‬ * * 74 -
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Reyna guerra, do que auia fido. prohibido ás Religioês herdarem
em tempos patiados, à repeito, bês de raiz,obrigandoas as Orde
da grande fazêda que tinha acre naçoes,a que vendão os taesbens:
cido às Religioés por via das he dentro de humanno. Mas he de
ranças. Confultou elRey o cafo confiderar,quenas palauras da lei
cõ D. Martim Gil (eu Alferes, & 4 referimos, por duas vias (e pro
com os mais de fua Corte,& Cõ ĥibé ás Religioës, eftas heranças.»
felho, & achando ferferuiço feu, A primeira mandando que não.
& proueito do Reyno atalhar a herdem a parte de fazenda que:
demaziadasheranças aos Eccle tocar às pefoas nellas profefas,
ſiaſticos promulgou naquella Ci & afegunda, que fe naõ pofa em
dade a vinte & hum de Março a tetamento deixar às Religioens
lei que fe bens de raiz: & conforme a itoi
: º Foramponho, o façº tal lei, é tal duas partes tem a lei, ou duas
fiº, o conflituiçamem meu Konºparº todo sẽ. leis andão nefte decreto encor-º
pre quefefilhos dal,ou outra… gÉtes,quer poradas, ainda que por cau
homºs, quer mºlheres demeu Keynº en fa do principal motiuo de ata-3
trarêem ordés,que à mºrte deles, às or lhar âs Religioēs, & Ecclefiafti-t
di non venhomºta poſſeſſoes, ne apoſe cosherãças femelhantes, venhaõ.
faővender, na darnaalhear, neem ou a fer a mefma... No que toca ao>
| 'mamaneirafazer della coufa quefºfa que fe prohibe herdar por via de
‫ هﻭ‬,/engano,porque
arajao a ordes,mas legados, inclue o tocante à inti
algű djies algûa caufa quizar darpor sá tuição de capellas, & outras mã
alma,venda o terçº defeus herdamétos, das de teftamentos, fobre que:
G das e as duas partes fiqué ocorrem duuidas diferentes. Na
4.feus erdeiros. Evendao o terçº 4 f4/" primeira parte, & 盟體 de:
fſbu, диетитca/ероработа: от fe prohibif abfolutamenteheran
dË Effes herdamento: రూpoffºffaë;f. ças às Religioẽs, & Ecclefiafti--
uem fimbre a taes velou, que não (e- cos, que foi o fim principal da
அழி:
: freira, nem dona de lei, alem de ferintento pruden
ordem. E ρ, дие non ouuerem hereos li temente executado, repeitando
dimor, ordenſem, ºf ji, deſeus her a conferuaçaõ do etado tempo
damentos,ópe//öži
*.72... i. li
Aguel, que tiue ral doReyno,he conueniente que
.ఈ · tal
remper bem, em talgº/a, º "? moftremos fer acçaó juftificada,
-

тайгіра, диe de/poi; пот ідист Лся & naõ lei iniqua, intituida em o
herdamentos as ordens. dio, & defraudo dos Eccleiati
Eftahe aleitaõ celebrada ne cos. Para melhor noticiado pro
fte Reyno, & obſeruada atè oté pofito ferărazão bufearos princi
popretente,em que igualméte he pios deſtalei com brahi: Q
&
ElRey Dom Dinis. . 188
He de aber, que no tempodos dade,que interuindo o confetimé
R.tamn Emperadores Valentiniano, Va to dos Ecclefiaílicos fe promul
¡¡:lente, & Graciano creceo tanto garé, maiormente auendoomeſ
# em alguns monges, & clerigos a mo motiuo. Efta foi a vez pri
*#3: ambiçaõ,& demafiada cobiça de meira,que na Igreja fe (entio o ri
: acluirir fazenda, que fem repei gor de ley femelhante. -

c Ajqui tar o defemparo dos orfaós , & Pode prefumirfe, que não foi
j viuuas, grạngcạuaõ para fyren ella então de nouo inuentada,mas ***
- - - - 4 Soarcs
ήίτι. das fobradas, deixandoas a elles
que foi extenção dasleys Iulia, & ¿â
perecendo. Efcãdalizados os ma Papea. A primeira deftaspromul- dada ¿
giftrados, & pouo do termo de gou AuguſtoCeſar,8 nella decla- 鶯鶯
tes defatentados, alcançaraõ dos rou por incapazes de receber he-Wiata:
:Emperadoreshüa prohibiçaõgê ranças,&legadososcelibes,& or- fºº.
3. * ral paraque não herdafem os Ec bos, a faber, os que nunca cafa
i7 clefiaíticos, catigando em todos rão, & os cafados que naõ tinhão
a demafia dos delinquentes;& a: filhos, & chamoulhe Iulia, porfe
fi veio a fer acçaõ de jutiça, por conter nella aley Iulia,demaritan
culpa dos que malvzaraõ da per dis ordinibus, dada por Iulio Cefar
miffaöpia dos Catholicos, o li pelo me{mo intento de ampliar o
mitarlhe a liberal concefaõ das pouo Romano,que era a caufa de
heranças, com que a Igreja feti prohibirem heránças aos que (er
nha enriquecido. Daqui veio a uião de acrecētaro pouo, & mul
dizer Saõ Ieronimo,que naquelle tiplicar o numero de ſeus Cida
tempo viuia, que não fe queixa da döês.Vinte & finco annosdefpois
ley, mas j?
doia da caufa por ella mefma caufa o mefmo Au
1.1.1. que a mereceraõ. Promulgoufe gufto Cefar fez outraley, que he
-

to de jeſta ley 醬 oje anda no Codice


- a•

confirmaçaõ da primeira,acrecê
***Theodofiano nas Igrejas de Ro tando sô penas,& premios, a qual
" ma, por ordem do nofo Portu em voz promulgaraõ os dous Cô
gues Saö Damafo Papa, no, anno fules Marco Pappio Mutilio, &
de mil trezentos & fetenta,& da Quinto Poppeo Secüdo,& delles
qui colligem alguns, que não he fe chamou Pappea, Poppea. Osju
ella tanto fecular como Eccleia rifconfultos as ajuntaráò,como fe
ftica. Ao menos não fe pode ne vêem muitas leis, que tem porti
gar que foi admittida pelo etado tulo: adlegem Iuliam, & Pappiam.
Ecclefiatico, aceitandoa a fupre Como os Deofes não tinhão fi
ma cabeça da Igreja,& jà cõ ito lhos que augmentaffem o pouo
ficou a ley fendojufta, & razoa Romano,&iffo mefmo os Sacer
uel,& oferão todas as deta quali dotes, & continêtes, ficaraõ com
Iiz prehen

... --
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
prehendidos na pena da lei, que ,
era naõ poder herdar, nem rece C API T. V 1 II.
berlegados,& afsi ಧಿ
amétee မြှိုီ
鸞盤
ados,
indiuidu
pois detalei,f priuilegi
驚 de-
fazem- Do mais 4иеfo bre eśfa lei
- -

da, & rendimentos, como refere fe pode alı angar.


o jurifconfulto Vlpiano. O rigor
da lei Pappia moderaraõ alguns
Principes Chriftáos, como foi o
穩 -

Indaque elRey DőDi


燃 \>; nis agora publicafle
-

a 1291.
Emperador Cöftantino, que deu · §*&32,
$ leifobredita, naófoiel
liberdade para fe deixar fazenda le o primeiro 4 em Por
a comunidades, ou conuentos de tugal a introduzio,né eſte Reyno
gente Religiofa,Marciano,& Va o primeiro em que foi etatuida.
lentiniano tornaraõ a conceder o Gêralmente a fez praticar elRey .
!,
me{mo priuilegio a clerigos, &
-
Dom Afonfo o Segundo,que foio 2. Cºnſºr
- - -

monges. Por occafiaõ dos excef. primeiro dos nofos Reys, que fez? …"
fos que auiano tempo de S. Da- leis gèraes para o Reyno: Porque sobre .
maio,fe publicou a lei que dife- poderia (diz elle) comprar tanta he "º
mos mais apertada contra a Igre- rangas,quefº/ em grande prejuízº da a …
ja, & de hüas, & outras fe tomou (oroa,6” ya/alos della:pelagиеjulgarão ി
exemplo em varias partes para que nenhãa cº/a de Religiº/esposa com Jºl *
ſemelhantes prohibiçoës. prar herança algüa/em licença delRey, .
Neta donofo Rey Dõ Dinis exceptº que as poderão acquirirporan- க
fejuftifica logo o intento,que naõ miuérfarios,& outro mod.(empregº. AE rald-Sun
era outro mais 醬 acudir á emi- tiramos pºder aos clerigos de cºprar herã .
néte ruina do eftado dos nobres, gºs, 9 fazer dela o que lhe aprouwer.
& mais pouo, fe continuafemas Béhe verdade que não fala aqui
Igrejas nas heranças: maiormen dasheranças, mas quem prohibia
te que fe alcançou por informa comprar fazenda repeitando o
çoês etarem fobradamente do dãno que vinha ao pouo aquirin
tados os moteiros,& Igrejas, co doa por eta via os Religiofos,
mo o mefmo Rey aly relata: E mais prohibiria as herançás que
confiderando que faõ mui ricos, é mui lhe entrauão (em compra queno
«undados,grabadados afi em herda tocante aos legados,fempréforão
mentos, como empr/e/që; , como em ou permittidos có as limitaçoés del
tros aueres, deguiza, 4ие podem Rey DõDinis, & de outros Reys
mui bem feruir Zeos. deíte Reyno.
(?) . A ley que elRey D. Afono Se
gundo eftatuio no primeiro anno
de
ElFey Dom Dimir 189
de feu Reynado acerca de não membros, & partes da Republi
comprarem bens de raiz os Ec ca, em cuja vtilidade (e fazem as
clefiafticos, foi fem duuida leiju taes obras.No anno de mil & tre-se de tik
tamente promulgada; porque a zentos & oito mandou elRey fa- :º,
lem de muitos Autores refolue zerhüa fonte em Lisboa, & logo é mal
rem que tem poder os Principes eximio os Eccleſiaſticos. gios deRy*
feculares para fazer leis femelhã Antes delRey Dom Afonfoººº
tes, pelas razoês que alegaõ, ain Segundo fe prefume com baftan
da etando nos termos dos que te fundamento etar já a tal lei
zelāo a Eccleſiaſtica immunida introduzida; porque no piuile
de, tinha valor a lei (obredita, a gio que elRey Dom Afonfo deu
* refpeito de fer publicada, & pra aos Maltezes, lhe concede licen
pions ticada com confentimento dos ça para comprar bens de raiz, fi
: Bifpos, & Ecclefiafticos, como fè nal de que já entaõ era prohibido
jº" deixa éfcrito na quarta parte de ás Ordens comprar, & herdar fa
- fta hiftoria: affi qüe a primeira lei zenda, & que paraifto era necef.
lºu3, c. que fobre efta materia achamos faria particular licença dos Reys.
" em Portugal, teue o mefmo fun Claramente fe colhe eta verda
damento, que a de Valentiniano, de da doaçaõ que o mefino Rey
approuada, & cõ{entida pelo Ec fez ao Abbade Ioão, de Saõ Sal
clefiatico de Roma. Porque em uador de Catro, que apontamos
Saxonia fe promulgou lei feme a outro intento, & irà no appen
lhante com confentimento dos dice, na qual elRey lhe concede
Bipos, a julga por Ecclefiatica licença para pofuir, & comprar
hum Autor bem zelador da im bens de raiz, & outros que lhe
munidade da Igreja. - vieffem por efmolas, ou heran
-

Fundado em ter a lei fobredi ças. ElRey Dom Sancho Segun


ta etavalia, alem do poder Real, do concedeo ao noffo mofteiro
dado tambem pelo confentimen de Alcobaça, que os monges que
to dos Prelados do Reyno, a tor nelle profeſſaſſem herdaſſem os
nou elRey Dom Dinis a promul bens de feus pays, mas que não
gar, por feir efquecendō. E ref. udeffem vendelos, fe näö com
peitou elRey Dom Dinis tanto a licença do Abbade, & que auen
immunidade Ecclefiaftica, que do de venderfe, fe vendefem em
não confentiofe obrigafe aos cle preço moderado aos parêtes dos
rigos pagar para fontes,fendo que Religiofos que os herdaraó.
he húa das materias em que os Achei muipota em razão e
Realitas reconhecem podernos {ta concefaõ em limitar para
Principes para os obrigar como compradores os parentes, a fim
"-
º
4.
Ii 3 de
Liuro XVII. Da Monarchia க்ரிா. -

de que asheranças tornafiemou dem Z)eoferuientibus, vt ex quo aliquis


tra vez á mefma familia. O certo in eodem monaſterio profeſsionem fece
he que ointento dos Reys quan rit, habeat bona patris/ai, fed mom ha
do prohibiraðiskeligioës,& Ec Beat potffatem,/ue/ù m ipfo monafte
clefiaticos herdar bens de raiz, rio, ħue inde recedat, donandi, aut ven.
foi para naõ defraudar os fecula dendi hereditatem, aut aljuid de bo
res, & eftes eraõ os parentes da mispatris /ui, ni de mandato, gr bene
quelles que os herdauão; por on placito.Abbatis eiufdem laci. £t/all
de auendofe de reftituir astaes 443 contra hoc mandatum noßrum ali
heranças, mais juto he que feja juid inde emerit, aut dono acceperit,
aos parentes. Bem puderafeguir татdати от диаlситgиетоao acce
fè nèfta partea refoluçaó delRey . perit, perdat, & adpoteftatem Jabba
Dom Sancho, quando fe julgão iis, & capituli totum reddeat. Et/ien
à Coroa Capellas intituidas fora dum g? præterea, quod mos mandaui
dos termos da lei, & pois por fal mus. Abbati, quod huiufmodi hæredi
ta das folemnidades requifitas as tates parentibus illorum, quorum fue
tiraraó aos Ecclefiafticos, conue rint, vendat,& eis in earum venditione
niente parecia reftituilas aos pa won modicum amoremfaciat, &c.
rentes dos intituidores, quando Com eftas, & outras efcritu
os quuera. E ainda o nofo Rey ras fe motra auer nete Reyno
Dom Dinis declarou, que os Ec pratica da ley, que o nofo Rey
clefiafticos vendeffem à terceira Dom Dinis promulgou acerca
parte das heranças a pefoa fe dos Ecclefiafticos naõ herdarem,
cular, & que as duas partes ficaf & mais em particular o declarou
fem aos párentes do defunto de elRey, mandando promulgar
uem herdauão, dando licença em Lisboa a vinte do mez de Iu
só aos Religiofos de Saõ Domin lho do anno de mil duzentos & t dat:
gos, & São Francifco, vito naõ oitenta & feis, que Clerigos,nem fºfº
herdarem bens de raiz, que pu Ordem comprafem bens de raiz,
defem vender a herança a pefoa como era já prohibido pelos
leiga. Podera parecer bem a al Reys antepaffados, & as que ti
güa pefoa o lanço delRey Dom uefiem comprado no tempo de
Sancho, & affi quero tresladar as feu reynado, vendefem dentro
palauras neceſſarias. de hum anno. Atê nofos tem
Tombo an Sancius Zeigratia ?ortugalliæ $ex pos continua, naõ herdando ne
tigo de Al rvmiuerff. de Kegno meo ad quos literae nhum Conuento, ou compran
ιούaρa/ol. j* «peruemertmt,/alutem. Sciatis quia do bens de raiz (em licença dos
17.
nos concedimus firmtter un perpetцит Reys, com as claufulas, & limi
Abbati Jakobatief, cºfratribus ui taçoés que lhesordenaraõ.ElRey
Dom
*

* ElRey Dom Dinis. . . 190


Dom Afonfo Quinto no anno de gos gèraes, que ſe propuzeraố,
Iºniº a mil quatrocentos & quarenta & mandou aquelle Rey prohibir
* fete fez húa ordenação em fauor aos Tabaliaés que naõ fizefem
4.
dos Ecclefiaticos, em que decla as taescartas, aísicomo lhe eraõ
rou, que todos os bens de que e prohibidas as de venda. E orde
flauaõ em pofe ao tépo da mor - nou mais, que para os Ecclefia
te delRey Dom Ioão o Primeiro ficos, os quaes com licença fua
feu auô, & pofuiaõ atèfeu tem fizeem compras femelhantes, e
po, lhe não pudefemfer deman fizefe hum liuro particular na
dados pelas jutiças,aindaquelhe Chancelaria, em que fe lançaf.
faltafem titulos, porque allega fem as cartas de licença, & que
raõ feremlhe muitos perdidos, & quando comprafemas herdades
que dali adiante ficafe em pê a aſsiſtiſſe o Almoxarife delRey, &
lei com fuas claufulas. -

ecriuaó do lugar, para e faber


Vendofë atalhados os Eccle fe excedia aquantia gue felhe ta
fiafticos, principalmente os Cle Xaua. 3. i - ºl 3. : '... . . .
rigos, & fendo por lei prohibido Logo que por mandado del
aos Tabaliaés que lhes naõ fizef> Rey Dom Dinis foi promulgada
fêm cartas de venda de bens de a lei fobredita, recreceraõ duui
raiz, & as que fizefem naõ fofº das fobre o entendimento della,
ſem valioſas: buſcaraö traga com a que acudio o mefmo Rey eftan
liarede
que euadir a prohibiçaõ, & foi do em Lisboa no primeiro de Iu leis ditado.
que comprauaó por interpota nho do anno do Senhor de mil
pefoa, & depois dito lhe fazia trezentos & noue. Primeirameh
doaçaõ da tal fazenda, ou rece te declarou, que a lei fe naõ en
bia em troca qualquer couta,que tendia dos bens que os Eccletia
defpois tornaua ao clerigo, & ne ficos tinhão ao tempo que a lei
fte cafo os Tabaliaés fazião car fe ordenara, fe naõ dos que ac
tas de efcaimbos, ou doaçoês, & quiriem daliadiante;que ostaes
ficauão liures da pena da lei, que Ecclefaticos, & pefoas de Or
lhe prohibia fazer cartas de com dens não pudefem vender etes
pra, & os clerigos ficauaõ (egu bens fenão a feculares, & que os
ros, porque recebião por doa vendefem do dia da morte das
çaõ, ou troca, & naõ compra Peloas de que os herdaraõ a hú
não. Ete efugio da lei foi con anno, & que naõ fazendo a ven
traminado nas Cortes,que elRey da dentro no anno, perdeſſem
Dom Fernando fez em Lisboa os bés,& tornaffem aos parentes
no anno de mil trezentos & feten mais chegados, final de ôue con
ta & hum, & em dous dos arti formaua com elRey Dom San
Ii4 cho
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
cho feu tio, em querer que os bês Efte he hum dos fundamentos
que dos Ecclefiafticos faiffem, principaes com que os Autores
tornaffem a entrar outra vez nas fuftentão fer licito aos Principes
nmefimas familias, & nos paren fěculares e[bituir, & affentar leis
ſemelhantes.
Mas porque elRey Dom Di Defpois conquiftando elRey Eſolans
nis declarou na me{ma lei, que o Dom Jaime Primeiro de Aragaõ 1105.4?nat:
etado da Nobreza, de quem foi o Reyno de Valença, prohibio de Valença
requerido,que a fizeffe, 體 diſſe que naõ fe podefem dar, nem li'.4 cup.
33.5.id
ra, que andaua atal lei pratica da deixar às Igrejas bens de fecula
em muitas partes: Que eu pu</e tal res, & ainda às parochias de Wa Pet. Bellu
pustura, Cºley, talqualſeruia em mui lença naõ dotou de rendas, dei gain foetu
loPrimării.
tas partes : direi algüa coufa dos xando aos Curas só o pè de altar,
outros Reynos, & naõ parecerá & cafãs em que viuefiem, funda
coufa inuentada nefte noffo, Prido em que conquitando aquela
meiramète era tão praticada em terra a Mouros a fua cuta, podia
Eſpanha, quejà no anno de Chri dipôr della como lhe pareceffe,
fto de mil & cento & quarenta & pois era fua, fazendo as doaçoês
feis, em que o Emperador Dom a ſeu arbitrio com as condiçoës
Afonfo Septimo tomou aos Mou que julgafe conuenientes: bem
ros a cidade de Baeça, ou Baça, afsi como qualquer homem po
* ,
* mandou no foral, que entaõ deu de ordenar em feu teftamento,
àquella Cidade, que os Ecclefia 體 na fazenda lhe naõ fucce
smuuuftfcos não herdaffemº nella raiz a peloa de Religião, ou Igreja.
na de Alö. algüa: *Ninguno poeda vender, ne dar
ſo 7.4.31
Outros Reys dipenfaraó neta
a mongºs, ni a homens de Orden raiz lei com os Ecclefiafticos, com
ninguna, cá cum a elos viede fu Orden tanto que paguem certa penfää
de dar,ne vender a homens/ºglares raiz conforme a quantia do que ac
algитa, biede a yoя риefirofйero, 2 роe quiriraó, & que por eta caua
fra columbre aquelo mimo. Apro chamaõ direito da amortifação.
ueitoufe o Emperador da lei Ec Naò ſe comprehende nelle o e
clefiaſtica, que prohibe alhear os tado de Villa hermoa, porque
bens da Igreja, & dalos a fecula naõ foi conquitado, & afsi não
res, de que he o titulo : Ze bonis entrou nelle a prohibicao ſobre
Eccleſia non alienandis: & em con dita. Eta razão ajudada do con
trapofiçaõ mandou, que os bens fentimento dos Summos Pon
dos feculares naó pudeffem fer tifices daquele tempo, & dos
alheados por elles para a Igreja. Eccleſiaſticos do Reyno, com a
COIl
* : * ElRey Dom Dinis. tºº." 19t
confirmação, & concordata del materia, digo, á a mema leiauia,
Rey Dom Afonfo Sabio em tem antes dito em Inglaterra defde o
po do PapaNiculao Quinto efta tempo delRey Eduardo Primei
belecem aquella lei porjuta, & ro,como efereue Polidoro Virgi
não encontrada com a Ecclefiati lio. Em França (e pratica també
ca immunidade. de largos tempos, & nos Eftados
Com igual jutiça podião os de Flandes a introduziraó os Du
Reys de Portuğal eftatuir a lei de ques de Borgonha, & confirmou
que falamos, pois foi toda a terra defpois Carlos Quinto.NosRey
defte Reyno ganhada a Mouros, nos de Catella corria a me{ma
& fobre tudo dotadas as Igrejas, lei em tempo delRey Dom San
& conuentos comtanta largueza, cho Brauo, tio contemporaneo
& magnificencia, o que não tiue do noffo Rey DõDinis. Etando Mºgadº
2CIuelle - ;. na hit. de
raõ as de Valença; & alem de 4 quelle Rey em Seuilha no pri"
depois defeita a prohibiçaõ, não meiro de Agoſto do anno demil,
impuferaõ os Reys dete Reyno dozétos & oitenta & quatro, deu
direito de amortifaçaõ pela rela Priuilegio de amortifação ao mo
xaçaõ della, fendo que faõ infini fteiro de Santa Clara da mefma
tas as licenças que os Reys daõ Cidade para comprar, & pofuir
para cópras, & heranças de bens herdades, & receber as mandas,
de raiz a Igrejas, & Moteiros. & poffeffoēs,quelhedeixasē asi
As Igrejas, & comunidades fecha que combatante jultificaçaó, &
mão em direito, maõs mortas, a exemplos procederaó os Reys de
repeito de que as heranças que Portugalneta parte, & elRey D.
recebem ficão nellas como fepul Dinis com muita jutiça, & acor
tadas, & naõ pafaõ a outros her do roborou, & eftabléceo lei taõ
deiros, que he a caufa de fe lhe neceſſaria.
prohibir qnão herdem,& atallei Muitos centuraõ os Principes
chamão lei contra as mãos mor feculares, por porem limitação
tas: & em confequencia à relaxa nos bens das Igrejas,quaficulpan
ção,& difenfaçaõ deta lei fe da do Por efcaceza pouco pia apro
nome de amortifaçaõ; dõde vem hibiçaõ que fazem aos Ecclefia
que o direito de amortifaçaõ he ficos de naõ acquirir heranças,
o que em Valença pagaõ os Ec afioxando tambem nas doaçoés,
clefia[ticos por efte fauor depo &ampliaçaõ dos conuétos, com
der comprar bens de raiz, & ac que os ennobreceraó os primei
quirir herãças, que lhe eraõ pro ros fundadores, & alentando por
hibidas. decretos, & prematicas, que e
Mas por me naõ dilatar neta não edifiquem outros de nouo,
- -
julgan
… Liuro XVII. Da Monartha Luftana.
julgando por fuperfluas tantas ca berto pelas doaçoês feitas às Igre
fas de Religiaõ ao menos em jas, & mofteiros grande copia de
Reynos limitados. Naõ fentem nobres, de que oje os mais leuan
afsi os feculares attentos ao maior tados fe gloriaõ, & quafi toda a
vtil das Republicas. Em varios hiftoria daquelles tempos com a
Reynos fe dicuroueta materia, certeza conueniente. Afsi que as
& do que os Principes, & Pontifi depezas, que então fizeraõ nos
ces refolueraõ, faz hum erudito templos,em que leuantaraõ mui
difcurfo o Doutor Pedro Salazar
mentos,& (epulturas para defcan
*#*# de Mendõça na vida do Arcebif. çar por mořte, feruiraö de tro
po de Toledo o Cardeal Dõ Pe feos com que eternizaraõ füa po
dro Gonçalues de Mendonça, o fteridade, cõ{eruando fua memo
qual impedio que fe não edifica ria em cada doaçaõ da fazenda,
fem mais conuentos nos Reynos de que imaginaraó os mal confi
de Catella, pelo danno que ao derados ficauaó as familias atte
Reyno refultaua. Em quanto o nuadas. Por maneira que o cabe
etado Ecclefiaftico com mode dal que entregaraó a etas que
ração fe futentar, naõ fe pode jul chamaõ, mãos mortas, lhe con
gar por danofo as republicas, në ſeruarà o nome, 8 eſtimagaden
ellas fe poderaó queixar exhau tregues á immortalidade da fa
ftas de gente pela qnas Religioês ma, como fe pode ver neta nof.
fe recolhe. fa efcritura, & em outras deta
A nobreza de Portugal, a cuja me{ma qualidade: donde veio a
inftancia elRey Dom Dinis fez a dizer Dom Fr. Prudencio de San Fol. 3r!
ley fobre que difcorremos, aduir doual na hiftoria dos Bifpos de
tio, que podem dar por bem def> Pamplona: Quefus donaciones libera
pendida a fazenda que feus ante les nos firben de hifiorias. O Cardeal Baron.ad
pafadosapplicaraõ aos moteiros Cefar Baronio darà bom tete- **3º
ИИ978, II,
do Reyno,de que puderaõ deixar munho neta parte,aindaque Ita
fuas familias mais dotadas; poráliano; porque a naõ achar as doa
por elta via permittio Deos illugoés que 醬 antepaffados Gre
trar mais fua fama, ainda no ap gorio, & Leonardo Baronos fize
preço vulgar dos homens. Ehe raõ ao conuento de SaõSyluetre
àßi,que faltádonos hiftorias exa de Caffemario no territorio de
&tas dos tempos paffados, & ten Söra,malpudera certificaraanti
do o defcuido efquecido o me guidade da familia dos Baronios
lhor das familias, á curiofidade á daquella cidade, mas que mode
efpertou agora nete, & nos mais ftamente quis encubrir a jaćtan
Reynos de Epanha, tem deícu: cia com que a publicaua. -

CAP.
- - ‫بت‬ -----> --

* *~ * \ . -* * * * * * Lºs A*
- - - - - ** * **- - - -
-
-
-

ey Dom Dimis, *
!, ' )
194 -
.… t; ; ; ; ; ; ; , ; Gr: --

se.Eſtaprouifað andainſerta em
hum intrumento, que o mefmo :
cAPiT, ix. , Efimoler tirou do que auia feito, …*
- - -
--- 1:...
-

:ു. . . . & nelle o nomeao Frei Mauricio,


De como elRey Dã Dinis mas ha de fer Martinho,aindaque
mandou abrir o paul de Vl. 'na prouifåðvenio nome por 蠶
mar em Leiria pelofeu Efº te, que dàoccafiaó a fè dudidar.
moler Frei Martinho, Gν Eſte Eſmoler Fr. Martinho acha
mos nomeado em muitase(critu
dos mais Effinoleres dos ras, & alcançou ele grande parte
- Reys defie Reyno. " do reynado delRey Dom Dinis.
No anno mil trezéñtos & dous
Artio elRey Dom Dí aprefentou o Cabido de Lisboa tag…:
1291. nis no fim de Abril de na Igreja de SaõGyão a Etelão###"
Coimbra para Lisboa, Martins feu (obrinho : Stephanº à

#*&em Mayo chegou a .2zartimi nepoti Fratris žzartiniĖlėė-fi, 7i.


eta Cidade,aonde fedeteue bre mofinary Kegis. Nas inquiriçoês
ue tempo, fazêdo outra vez volta delRey Dom Dinis no julgado de
paiiaa Beira, Comga inclinaçaõ Arouce, junto a Coimbra, anda, , ,
¿lefte Príncipe foi fempre atten tambemeta verba; Achei que º###
der à agricultura, & beneficiar 2ardomº delReyfya entrar na Aldea ufispi
em vtilidade do Reyno as terras dosgafoi de Coimbra,6 hora d/rom
ue podião dar rendimento, mã me que a ouue de auer Frei Mártinha
ou a vinte & oito de Mayo,efan Efmoler del&ey, que nom leixa hyen
do já em Lisboa,a Frei Martinho trar º htardomo. Etaua entaõ ao q
feu Efmoler com poderes para a parece applicada a renda daquel
brir d paul de Vimar no termo laaldea à Eſmolaria, & aſsi a pri
de Leiria, & para o repartir por tilegiaua o Eſmoler Frei Marti
hereos, comò de feito fe posem nho. . . . .. -

º ºu execuçaõ por virtude da carta *No atino mil duzentos & rio
ho arsorio
* Alaba. delRey, que diz aísi. Zum Zinis, tenta & oito,no treslado da inti
jºa
@l.ുldid, Al4്, ബ്ലൂം tuiçaó do hopital de Santo Eloy
lhe, cº7abaluês de Leiria, é º tºdos de Lisboa, 4 e entregou ao Abs ..
auiras que fa cartaviremfa,o afabor, bade de Alcobaça, conformeao #
que ::::; abertas nº meupaul tetamento do Bifpo de Lisboa duradº
DõDomingos Iardo, entrou por: 鷺
* Иma detara, o qualgebe para
romperofobre ſo inuio alló Fr.3tar. teſtemunha o Efinoler Fr.Mart#
meuÉ/inderem meu logo tºrque entem nho, em companhia de Dõ foão
* фи 'herminhaprol, ്l; da tarra, eleito de Silues, & de Fernando
- --- ---- --- - ----

*… ...i - - - Eteues
.s, Liuro XVIIrDa Monarchia Luftana.
~.

ႏိုင္သူဖ္ရ ſobrinhº do Abbade de Cabedo no feu tratado: zepatro


matubus Καμείραμς φία" ηum.4.
ಫ್ಲೀ aga;,£guerendus?ater eleíia;
:2:::: Como ós Abbādes por occupa
#lermoſinarius Regis Ziony6j. Fernan - dos no gogºrno do feu Mofteiro
du#phanieonºrme libati Ak ຕió¡ódⓞcentinuary &alsir
ontinuouatèo anno de naCorts appręRņtauaġạoskeys
mil&trezentos&quatro,no qual hum, Religiofò daquella çafa,.9
-
º

o Mordomo môr D.Ioão Sim㺠qual feruia nà aufencia delles; aò


renunciou húa herdade em Tor tał រ៉ូមុំាand el
resVedras por outra ရှိ Rey, & delle feſeruia con titulo
moteiro de Alcobaçalhe deu em de Efmoler filmplemente; reten
Santarem; & neta troca, que foi do os Abbadeso titulo de Efmo
... guatro de Marça, firma Frei lares maiores;como título infepas
..…
º Martinhonetaforma: Frº%vir
*", -
rauel daquella Abbadia. . . . . *S**
, … nho,que foi Áfmaltrdelºg.Contude .… Dete etilo 4 os Reys de Por
".… aindaque parece tinha expirado tugalvâraó, cícolhendo para Ef
'po officio da Efimolaria,ainda côr moleresmäresos Abbades deal,
· tinuou tempos adiante; porque cobaça na forma que dizemos,
ல் . quinze, a
ಧ್ಧಿ
蠶 & trezentos, &
Abril em
entédo eu que ordenaraõ també
os Reys, déi Aragað,foffeüm.fsus,
ប្ដanbadeºlotoMo Eſmoleres môres os Abbades do .
ged: Alcobaga)afin hia doa. infigne Conuento de Poblet da
gão que Rodrigo Annes Gallega nofa Ordem, fituado no Princi
de Santarem fez àquelle Metei pado de Catalunha. Alcanfaraó
ro, & em outra,que húa DQrra" os Abbades de Poblet ete titulo
Eà fºz de hias afis ao me{mo por Priuilegio del Rey D. Pedro -

Möfteiro. , : : : ; ; ; ; ; ; o Ceremoniofo, que foio Quarta


Ointerpolaro Elmoler Frei do nome'dos dáquelles Rºyho;
Mញុំត្រុំ chamaraólhe Ceremonioſopot
falta que o Abbade de Alcobaça queteuegrande cuidado de apu, "º.
o remonia,& appreſentaua outrº rar osetilos, & ceremonias que ¿.
eligiofo.Paraque conte o etilo fevfaõ na cata Real, & em detri- º
que correo nefta parte, fè:ha de buiros officios della Foiete Rey
…º faber, que o oficio de Efimoleres caſadoſegunda vez comaRainha
‫ أما‬. ‫له اثناء‬
**
*

鷺 dos Serenifsimos Reys de D .Leonor,netado nolo Rey Dõ


‫يو‬2"‫ ؟‬alsº
.‫ي‬.vs :٦

... Portugalandoudetempo imme Afonío oQuarto,com aquáîðítá


·‫ · ج·د ز ﻨو‬morial nos Abbades
. E como couta tãodê Alcoba em Poblettepultado,&deuia por
aueriguada
informaçaõ deta Rainha faber o
¿afenta ali o Douto: igfgede
• ‫ اماﻣ‬--
-
a - etilo de Portugal acerçamoleres
• . . . . .
dos EG
... - .

z :::::::
. ...;
y's: Y’s Ε/Rey Don Divis. 7 sv. I 193
fñoléres mòfes,& cdtifòrrhañdò dia, abonou a capacidade, & me>
fe deu ó officio aos Abbades îlê ۩tirñêtos do eleito com eftas pa
Poblet, como em Portugal o ti. Hanras. Eandem Frăiranianwrinţe
nhão os de Alcobaẹá, EĨRey Đi rimus Heamănarium nyiram, artén
Joãofeu filho concedeo depois dentes mihleffeproprium Cænobite, niſ
àquelles Abbades que pudellem vreingregatá'ád básum röſum peſtne
etíi aífenciaritiftitaië döü$ mon* eämm;ünüdr ömnibusfpiritualıréf thri
ges, que he o que os Abbadės dė fiifeqiiehtiiui paupíiatem qui diium,…
Alčebaga fazen noefmoler ime. είύη:ίμηγιώikίin, θίδιίια ---

nor que ubtituem. º lº pertemp-ora exercuit, v/aein diem fuae -- ****


** * * ,
º Pr. Martinho, de que falamos, immacular e elefionis. Quer dizer.
deuia fèrofübſtituto do Abbade Àómefmb Fr. İöão fizémos nof.
de Afeobaça, & affinaquella oc: f) Efmoler, entendendo que naô
cafiaó em que firma como Emo ha occupaçaõtaő propriâ dehű
Fergueauia fido,etaria outro apº monge, fenão o fazer que as cou- ....
preſentado, & elle remouido.De fäs pătábơm víơieengregadas a
ftë tempo atèo delRey DomFer proueiterri em gèrata rodos os
: "Η - *** ‫ مع ب‬: ‫هي‬ ‘. . *-*. . . . . . . . . .. . .
***: hando, não achamos outras me= que fpiritualmente feguem apo
morias de Elmoleres em Alcoba 5reză&eChrifto, o qüal Religio
ça, né eſcritura algüa deſte Rey fo exercitou o offició da Efmöla
no em que afine algum outro Ef> ria bem; & fielmente por lar
rrioler,% affi Aoshaõ confta dos gos tempos atè o dia defua elei
que outle':'mas perfiladome que aõ immaculada. Como eta
čontinuaríåöbs mefimos Abba a eleito na Abbadia, deuialar
des na'ſorma referida.º , gar logo o exercicio aétual da
* Enitempo delReyDom Ferä Efmolaria em Monge fubtituto,
.... nandoſeruio de Eſmoler Fr. Ioão que refidiena Corte. . . . .
belsಿಠ್ಠedgolfAbba # Por morte de Dom Frei Ioão
dede Alcóbaça;&grande parcial Dornellas tiueraõ o me{mo offi
delReyBõIoão o primeiro:Ele cio de Eſmolºres mores todosos
geråöèm Abbadea efteFreiloão Abbades de Alcobaça per ſuc
Řoando defil&trezentos & oi cefaõ continuada atèo prefente,
tenta & hum,por morte de Dom com a mudança que logo apon
Pr Martinho đa Cella Enhbaixa taremos. Comette titulo feno.
dor que tinha fido do mefhóRey meão em todas as efcrituras,em
Dom Fernando em Aragáõ, & rafamentos, & mais acçoês ju
orkomá&ecreuendo ete Reyao iciaes, que em feu nome fe{a- - - - -

mate Papa Vrbano Sexto, pediridolhe ziaõ, de que ha infinitos docus


" lhe expediffe as letras da Abba- mentos, como tambem deferui
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
rem em companhia dos Abba titulo de feuEfmoler ElRey Dom
des outros monges, que eraõ Ef Afonſo o Quinto, mandando a
moleres menores. Hum só exem Vafco Martins de Refènde do
plo darei do anno de mil quatro feu Confelho, & Regedor daju
centos & quarenta & oito, em ftiça entre Douro & Minho, lhe
que o Abbade Dom Frei Gonça guardaffe os priuilegios do- m9
lo de Ferreira etando na cidade Iteiro de Bouro, de que era Ab
A.4.de Euora fez hum emprafamen bade. . . .. . .. .
* #; to, no qual fe diz da maneira fe. Succedeolhe no lugar de E
* guinte: Efiando prºfente º Abbade moler menor outro Religiofo
.ெ145. Zoom Frei Con,alo de Ferreira Efു.
chamado Frei Ioão de Santarem,
ler mör, 6 Frei Rºdrigº de Porto de Abbade que foi do noffo mofteis
.2Cós Eſmoler do ditaſenhor. Eſte Frei ro de São Paulo junto a Coim
Rodrigo feruio muito tempo de bra, o qual feruio nos vltimos anº
Lil Extra! Eſmoler menor, & delle ha me
- -
ੇ QOS Dom Afonſo Quin
f>." morias na Torre do Tombo no to, & parte do reynado del Rey
anno antecedente de mil quatro DomIoão o Segundo, & delle ha
centos, & quarenta & fete, em memorias na Chancelaria defte Еы.41%
##;
que arrendou por tres annos a Rey do anno de mil quatrocen
renda da pena das armas prohi tos & oitenta o feis. Frei Fernan
bidas na Corte,a qual andaua ap do Abbade donoſſo moſteiro de
licada à Efmolaria. Continua Santa Maria dos Tamaraês con
"º na ainda no anno de mil quatro tinuou defpois delle até os, pri
centos & feffenta & feis, no qual meiros annos delRey Dom Ma
deu quitaçaõ ao rendeiro deitas noel, como fc về do feu liurơ
penas,da parte q então lhe entre primeiro às folhas 21o. Porem
ou para dar certa efmola ás Re 3e outra verba, que anda no li Εοί.25ύ
醬 do Saluador de Lisboa. uro das Extrauagántes da Tor I 6ք

Veio por tempos Frei Rodrigo a redo Tombo fè 蠶


feruir el
fer Abbade do noffo mofteiro de le em quanto daua contas Lopo
Ceiça por apprefentaçaõ do Ab Gonçalues capellaõ do fenhor D.
bade de Alcobaça, por fer aquel Jorge, filho delRey Dom João o
la Abbadia filiaçaõ deta; & vlti Segundo. ..
mamente chegou a fer tambem A caufâ deintrodazir. elRey
Abbade de Alcobaça, & Efimo Dom Ioão na Efmolaria eteca.
ler môr. Deuia Frei Rodrigo en: pellão do fenhor Dom Jorge, foi,
trar a feruir defpois de Frei Va£ que como nefte tempo oCárdea
co Tinoco, ao qual no anno de Dom lorgeda Coſta, com oqua !
mil quatrocentos & feffenta dà aquelle Rey teue os deſpraferes,
que
+
~~~~ Elkey Dom DiniÄVIK:s** 193
moleres mòres, & conformando dia, abonou a capacidade, & me>
fe deu o officio aos Abbades de ręcimëtos do eleito com eftas pa
Poblet, como em Portugal o ti Hauras: Eamdem Fratrem Ioannem (è-
nhão os de Alcobaça. EIRey D. rimus eleamafmarium motrum, artin
Ioão feu filho concedeo depois antes nihilº/eprºpriam Crnobita, nº
àquelles Abbades que pudellem vt congregata ad bônumi -vfum poßint
eiii abfencia ififtituir dous monº tommuniter omnibusſpiritualiter thri
ges, que he o que os Abbades dė
fi fequentibus paupertatem;qui dilum sº,
Alcobaça fazem no efmolerme officium eleemofihariæ bent,ę fideliter, sº
* - 1.”.
norque fubftituem.nºti yi ji per tempora exércuit, Wộèin diimfe
. Fr. Martinho, de que falamos; {. eleätionire . . . . . . ."

deủia fèr o ſübſtituto do Abbade Ao me{mo Fr. Ioão fizemos nof


de Aícobaça, & afinaquela oc fo Efmoler, entendendo que naô
cafiaó em que firma como Emo habeುಜ್ಜರೆ taópropria de hă
ler que auia fido,etaria outro ap monge, fenão o fazer,que as cou*.* tº : .
preſentado, & elle remouido.De fas parabómvſo congregadasa • ** ...
. ite tempo atëo delRey DomFer proueitem em gèial a rodos os
--
*** - + º nando, não achamos outras me que piritualmenterfegüem apo
morias de Efinoleres em Alcoba brezâ de Chrifto, ôçôai Religio
ça, nẽ eſcritura algũa deſte Rey: {o exercitou o officio da Efinöla
no em que afine algum outro Ef> fia bem, & fielmente por lar
moler;:& åß ños naõ confta dos gos tempos até o dia defua elei º, "...i
que ouue ; mas perfuadome que gaõ immaculada. Como eta
édñtiñúáfiåò ós mefiños Abba na eleito na Abbadia, deuia lar
desia forma referida, ie, , … : gar logo o exercicio actual da
****Eiii tenipo delRey Dom Fer, Efmolaria em Monge fubtituto,
υι...εί tiatiđoteritičđe Efimoler Fr. ložio -que refidiííe na Corte. … :
, 2^.
poiieilašijie defpois foiAbba: # Por morte de Dom Frei João
de de Alcobaça;&grande parcial ADornellas tiueraõ ó mefmo offi
delReypºſoio o prineiro ele “cio de Efimoleres mères todos os
geraó em Abbadea ete Freiloão Abbades de Alcobaça per fuc
ñoadio dediſk trezeňids&bi. teffaốcontinuada atèø preſente,
tenta & hum,por morte de Dom com a mudança que fogo apon
Fr.Martifilio da Celfa;Embaixa taremos. Comete titulo eno
dorque finha fido do mein6Rey -meåô ein todas as efcrituras,em
Dom Ferriär döterh Arågaö &
o…Roma;& effeaendo eftekey ao ಶ್ಗ
ícíaes, que em féu nome fefa
malaia-Papa
£4,
Vibatio Sexto, pedíndolhe ziaó, de que ha infinitos docu.
lhe expedite as letras da Abba tmintos, cofnó tañibem defèíni
Kk femi
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
rem em companhia dos Abba titulo de feuEfmoler ElRey Dom
des outros monges, que eraõ Ef Afonſo o Quinto, mandando a
moleres menores. Hum sò exem Vafco Martins de Refende do
plo darei do anno de mil quatro feu Confelho, & Regedor daju
centos & quarenta & oito, em tiça entre Douro & Minho, lhe
que o Abbade Dom Frei Gonça guardaffe os priuilegios do mo
lo de Ferreira etando na cidade {teiro de Bouro, de que era Ab
,,,,,,fa de Euora fez hum emprafamen bade. . . . . . . . .
- - T - . . . ‫>بر‬-‫ا‬ "

ú., a to, no qual fe diz da maneirafe Succedeolhe no lugar de E


* guinte: Efiando prºfente º Abbade moler menor outro Religiofo
ſol.145. Zºom Frei. Gonzalo de Ferreira Æſmo
chamado Frei Ioão de Santarem,
lermor, & Frei Rodrigº de Porto de Abbade que foi do noflo moftei
xtós E/moler de dito/enhor. Ete Frei ro de São Paulo junto a Coim
Rodrigo feruio muito tempo de bra, o qual feruio nos vltimos an
-

Lib Extra;
Eſmoler menor, & delle ha me
1• - *
nos delRey Dom Afonfo Quin
-

##"morias na Torre do Tombo no to, & parte do reynado del Rey


anno antecedente de mil quatro Dom Ioão o Segundo, 8 delle ha -

centos & quarenta & fete, em memorias na Chancelaria defte


-
数 28%.
£19s
que arrendou por tres annos a Rey do anno de mil quatrocen
-fenda da pena das armas prohi tos & oitenta o feis. Frei Fernan
bidas na Corte,a qual andaua ap do Abbade donoſſo moſteiro de
plicada à Eſmolaria. Continua Santa Maria dos Tamaraês con
"º ua ainda no anno de mil quatro tinuou defpois delle até os pri
centos & feifenta & feis, no qual meiros annos delRey Dom Ma
deu quitaçaõ ao rendeiro detas noel, como fe vê ão feu liuro
penas,da parte q então lhe entre primeiro às folhas 21o. Porem
gou para dar certa efmola ás Re ¿le outra verba, que anda no li Falafº
digiofas do Saluador de Lisboa. uró das Extrauagantes da Tor.
Veio por tempos Frei Rodrigo a redo Tombo fè ီ|ိုရီ el 16 )‫و‬
fer Abbade do noffo mofteiro de leem quanto daua contas Lopo
Ceiça por apprefentaçaõ do Ab Gonçalues capellaõ do fenhor D.
bade de Alcobaça, porfer aquel Iorge, filho delRey Dom Ioão o
la Abbadia filiaçaõ deta; & vlti Segundo. . . . .
mamente chegou a fer tambem 7 A caufâ deintroduzir elRey
Abbade de Alcobaça, & Efimo Dom Ioão na Efimolaria efte ca
ler môr. Deuia Frei Rodrigo en: pellão do fenhor Dom Jorge, foi,
trar a feruir defpois de Frei Vaf. que como nefte tempo oCárdeal ,
co Tinoco, ao qual no anno de Dom Jorge da Cota, com o qual
, mil quatrocentos & {efíenta dâ aquelle Rey teue os deſpraferes,
- que
ElRey Dom Din# 195
Por morte do Rey Cardeal, te. Continuou Antonio de Taua
Abbade de Alcobaça, que auia resarèo anno de feifcétos & qua
impetrada'{eparaçaõ das rendas, renta & hum, em que largou o
daquella Abbadia em Comenda, &argo voluntariaméte a Chrifto
lhe fuccederaõ em Abbades co uão de Tauora Prior da Madale
mendatarios de Alcobaça Dom na nefta Cidade, & ambos elles
Jorge de Almeida Arcebipo de morreraõ em pouco tempo.
Lisboa, Dó Iorge de Attaide Bif. Tinha fuccedido no anno de
Pode Vifeu, & Capellaõ môr, & mil feifcentos & quarenta a felice
o fenhor Cardeal Infante de Ca reftituigaö delRey D. Ioáo o IV. .
ftella Dom Fernando, que Deos noifo fenhor, & íobreuto no de
tem em gloria.O Arcebipo Dom mil feifeentos & quarenta & hum
Jorge apprefentou em Efmoler o a morte do fenhör Infante Car
Licenciado Pero Lourenço de deal fèu primo,& fobrinho Ficou
Tauora Conego de Lisboa. O por fua morte vaga a Abbadia de
Bipo Capellaõ mòr Dom Jorge, Alcobaça, & o lugar de Elmoler
4lhe fuccedeo,apprefentou a pri menor pella morte deChriftouaâ
meira vez o Bifpo D.Sebaftiaõ da de Tauora. Conſiderando a Ma
Fonfeca Deaõ da Capella, & por geftade dclRey noffo fenhor os
feu falecimento, deu o cárgo a D. principios, progreos, & myte
Ioão Manoel,que defpois foi Bif. riofo eftado a que chegara a Ab
po de Vileu, & Coimbra, & Vi badia de Alcobaça, É reolueo
foRey defte Reyno. Por promo pelos jutos motiuos, que faõ no
ção do Bipo D.íoão a Vifeu, en torios nefte Reyno,a réftituiraos
rrou no lugar de Efmoler D. Ioão Religiofos a Comenda que felhe
da Gama, que morreo Bipo de ania feparado pelo fenhor Car
Miranda.Eftes tres apprefentou o deal Rey DomHenrique, & tinha
Bipo Dom Jorge. - continuado atè o fenhor Infante
"Por morte üelle fe deua Ab Dom Fernando. Efta retituiçaõ
badia ao Cardeal Infante de Ca fez Sua Magetade por doaçaõ,
ftella,em cujo nomefe deu a apre & carta fua feita no anno de mil
fentaçaõ para Efmoler a DõIoão feifcentos & quarenta & dous.
de Alencatre Capellaó mòr, que . . Entrou nos Abbades Religio
morreo Bipo de Lamego. Por fos daquella cafa có a reftituiçaó
fua promoçaõ alamego,foi pro o officio de Efmoleres móres,& a
uido no cargo de Efmoler em no jurdigaöde apprefentar os meno
me do Cardeal Infante Abbade res; & aindaque que etes deuião
de Alcobaça, Antonio de Taua fertambem Religiofos da propria
res em Iunho de feifcentos & vin cafa, foi Sua Magetade ł)
‘. . . . " Kk 3 que
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
que na vagante, que então auia, daquelle beneficio como fe expe
fé lhe nomeaffe Diogo de Soufa rimenta agora, que de nouo por
ſeu Capellaöfidalgo,Inquifidor 4 ordem delRey Dom Ioão nofo
hoje he da mefa grande,& Depu fenhor (e cultiuou, & abrio, ref>
tado da mefa dačonciencia, Éif. pondendo com notauel copia de
po eleito de Leiria. Por carta de frutos. No anno de mil trezentos
doze de Abril de mil feifcentos &nouelargaraõ os Religiofos de
& quarenta & dous, reprefentou Sañta Cruz de Coimbra os dizi
elRey nofo fenhor o goto que mosque tinhaénaquellepaulpa
teria deta aprefentaçaõ;& obede ra abertas, & publicadas delle,
cédo ao que Sua ಶ್ಗ pro repeitando asdepezas que elRey
punha, fe deu a aprefêntaçaõpor D.Dinis,& a Rainha Santa Ifabel
virtude da qual feruio Diogo de fizeraónele: & maisem particu
Soufa de Efmoler menor atè o an lar pelo vtilda faude, que os luga
no de mil feifcentos & quarenta resvifinhos alcançaraố cõ aquel
lebeneficio, fèndo dantes doetîs
& finco. Efcufandofe da cótinua,
gaö do officio, & auendo de en tios,& trabalhofos. …
trar hum Religiofo, & tendo.Sua
Magetade experiencia,&fatisfa CAPIT. x.
gaò da ſufficiencia, talento, &
qualidade do Doutor Fr. Luis de
Soufà Religiofo profeffo do mef: pa perda de Ptolemaide
mo moteiro de Alcobaça,decla tom algiîas moticias do pro
rou por carta fua ao Padre Frei cedido na Christã"ade |
Domingos Cabral Abbade Gêral
que então era, fer goto feu que de Palestina.
fe lhe aprefentafe o dito Padre,
como defeito fefez, & afiferue స్ధ Tê o fim de Abrilete I 2ρι. |

de prefente no officio da Efímo šÂŠteelRey emCoimbra,


laria. -

#& ainda que não achei


Na pefoa do Doutor Fr.Luís "coufa quehiftoriar, ef.
: tornou o exercicio do officio de creuereí o modo.com quefeper
Emoler menor a Religiofo de deo em Syria a Cidade de Ptole
Alcobaça como fora dantes, fen maida, caſo o mais laſtimoſo que
do o primeiro que daquella cafa a Chriftaddade do Oriente pade.
achamos ocupado Fr. Martinho ceo defpois da perdade lerùfalê,
Efmoler delRey Dom Dinis, por & que gêralmente foi fentida em
cuja indutria o paul de Vímar foi toda a Chritandade. Fora Ptole
aberto. Refultou tanta vtilidade maida ganhada pelos Chritaõs
COIR
ElRey Dom Divis 19ό
comafitenciados maiores Prir aos qque ou fugidos,
ugi ou рperinittis
cipes da Europa cem annos antes dos do inimigo defemparaúão o
dete, no de mil cento & nouehta quë elle occupata : & crecendo
& hum, precedendo hum dilata nella por eta, & outras caufas à
docerco de tres annos,& no pré multidaõ do pouo, feruio ảo bar
fente de milduzentos& nouenta barơ Melecferaf de triumfar de
& hum a tornaraõ a ganhar os todas as forças dos Chritaõs em
barbaros no breùe efpago de quả hum dia. Melecferaf 蠶
eta
renta & tres dias, que tantos cor Vitoria com o titulo, & dignidade
rem definco de Abril, em que fe de Soldaó, porque no principio
poso cerco, á dezoito de Mayo, do cerco morreo feupay, & ficou
em que foi entrada. Foi fatalan elle eleito.Cento & ſincoenta mil
no o denouenta & hum para eta combatentes tinha o Soldaó fo
Cidade, como tambem acerca bre Ptolemaida,para cuja refitê
de outrosReynos,& Cidades ajui cia fobrauão na Cidade defenfo
zaõ os curiofos na refbondencia res, fè á defüniaö delles,&ospec
-de crifes femelhantes pärä filas cados em particular que aliauia
melhoras,& ruinas. Coñi a perda não aprefaraó hum taõ grande
de Ptolemaida fe perdeo tudo o catigo. Afirmae que auia trinta
eauia na terra Santa; porque á mil homens de armas, a fora a
醬 Cidade fe tinhaõ ម្ល៉ោះ gente inutil, naõ entrando nefte கிரிக்:
as reliquias dos Chriftáos enfra numero dezoito mil homês que ##
quecidos,& depojados do retá tinhaó acrecido de varios focor- ca. s.
te daquelasProuincias pelos Prin fosfolicitados pouco auia pelos
cipes Mahometanos osannos an Meftres do Teimplo, & Hoipital
tecedentes. - ‫سته‬
cana Europa. Mil & quinhentos
Em particular recebeo anoffa enuiou o Papa Niculao Quarto,
ente às maiores rotas do Sol & com quinhentos infantes, &
dão Alfir, que tinha fuccedido a duzentos caualos tinha chegado
Melechferafnoimperio de Egyp pefoalmente ao focorro 蠶
to, Efte Alfir nostinha ganââdo que de Luienhan Rey de Chi
tarnberri dous afirios antes a fin re. Pretendia Henrique a inue
co de Abril de mil duzentos & idura do Reyno deleruſalem,&
oitenta & notie Tripoli de Suria, por eta caufa e empenhaua tan
cidade das mais importantes; & tona cöferuação dáquëlla Cida
logo defpoisdella as famofas, Si de. A mefma pretençaõ äuia em
donia, Berytho,& Tyro.Repara outros Principes, & Republicas,
faõ e os afligidos Chritaõs em &affiquantos eraõ os pretéfores,
Prolemaida, que eruía de aylo tantastambë asparcialidadës, &
Kk4 cabe
, Liuro x VII. Da Monarchia Luftana.
cabeças dentro em Ptolemaida. to e extinguio totalmente, fendo
Conformaraòſe vltimamente Metre Frei Iacobo de Melay, a
entregando o gouerno a Frei Pe quem tinha antecedido no Me
dro de Belgiou Graõ Metre do ſtrado Frei Rogerio, 4 ſuccedeo
Templo, o qual obrou na defen a ete Frei Pedro, em cujo poder
faõ quanto feeperaua da grande fe perdeo Ptolemaida. Como eta
confianca que nelle tinhao, atè religiaõ feruio em feusprincipios,
que no vltimo dia perdeo a vida & progreflos à conferuaçaõ da
em hum recontro, & cõ ela jun quella ſanta conquiſta, parece á
tamente fe perdeo a Cidade. Os permitio Deos,que fe perdee el
inimigos a entraraõ executando la,quando eta religiaõ fe auia de
as crueldades de que fe abftiue acabar, & que a religiaó e extin
raõ em Tripoli, Sidonia, Bery guiſſe, quando ſe perdeſſem de
tho, & Tyro, com atucia então todo as efperanças da recupera
por naöiñftigar a jufta vingăça a çaõ,& conferuaçaõ da Terra Sã
Principes da Chriſtandade. Acé ta. Perderaõfe as eſperanças na
deolhe a ira contra os vencidos a quelle tempo, quando no anno de
ofenfa que delles tinhaõ recebi mil & trezentos Cafano Rey dos
doinjuftamentenete propriotē Tartaros cöquiftando Ierufàlem
po. Defpois que o Soldaã tomou em cópanhia dos caualeiros Té
a cidade de Tyro o anno paffado, plarios, & Hopitalarios, á man
o affentöu tregoas cό os Chriftaős dou bufcar a Chipre, aonde feti
por finco annos: guardaraónas os nhaõ recolhido defpois que def.
de Ptolemaida có taðpouco pri empararaő Ptolemaida, a torna
mor, que fêm fêrem bäftantes as raõ a deixar em poder do Soldaõ
queixas do Soldaã, fizeraõ gran Melecnafer. Edigo que aquife a
des roubos em fuas terras, de que cabaraõ as efperanças da recupe
agora deraõ a fatisfaçaõ,atalhân raçaõ da Terra Sãta;porque ain
do a piedade, que deles (e podia daque os capitaês de Cafano, &
ter, vendo que fe fizeraó merece
em fua companhia os caualeiros
dores do caftigo por quebranta do Templo, & Hofpital repitiraõ
dores defè. a conquita por vezes,a defempa--
Deixa repararfeneta perdade raraõ no anno de mil trezentos &
Ptolemaida, & cõella do reſtan quatro mal fuccedidos no cerco
të da Terra Sãta acabarem eftas de Damafco. . . . -

vltimas reliquias debaixo do go Perdida Ptolemaida fe retira


uerno de hum Metre do Tem råõ a Chipre com elRey Henri
plo, religiaõ que quinze annosa que os caualeiros do Templo, do
diante no de mil trezentos & oi: Hofpital, & doSanto Sepulchro
--
-

• * ~* * *
-
-
- - de
ElRey Dom Dinis. i;8
perda, &ainda antici pado em dias de quenaquellatafafecelebratäö
a entrada,& expugnaçaó de Pto as pazes entre Ceo,& terra,efta o
lemaida; porq eta foi em dezoi me{mo Senhor conuidando a que
to de Mayo, como difemos, & a fefaça húa paz vniuerfal na Chri
tresladaçač marauilhofa do apo* tandade para fe pôr em efeito a
fento, & cafa, em que o filho de mefma conquifta, como fe vio no
Deos (e fez homem, fuccedeo a tempo do grande Gotifredo, que
nouedo proprio mez com as cir etando difcordes muitos dos Prin
cunftancias,& modo álogo con cipes, o zelo debons medianeiros
taremos.De maneira que po os concordaraõ, & colligaraõ pa
prio tempo em que os defenfores ra a me{ma jornada: -

da fè foraõ pelos inimigos do no . A cafã pois, que foi apofento,


mede Chriſto excluidos, &deſa & morada da Mãy de Deos em
pofados daquelas terras da Aſia, Nazareth, aonde o Anjo SaôGa
ordenou Deos que a cafà, aonde briellhe deu a Embaixada, appa
feu filho tomou earne humana, receo mudada daquele fitio em
mudafe tambemfitio,& domici que a edificaraõ, arrancada dos
ho, tresladandofe do lugar,aonde aliceces por miniterio de An
na Cidade de Nazareth eftaua jos, & fituada ná cofta de Dalma
edificada, apparecendo câna Eu cia, fronteira a Italia em humou
ropa colocada em hum fitio da teiro eminente àquelle mar de Il
coſta de Dalmacia, paraque che lirico entre dous lugares daquellá
gando a noua de taăgrande ma coíta, hum chamiado Terfate,&
rauilha diuertifem com a alegria outro Rio: O Gardeal Cefar Ba
della a pena da ruina, &extinga i ronio diz hüa coufa bem aduerti
da Chritandade de Paletina: É da, que naõ ha páraque dar pro
poderà fer que quiz o mefmoSes uas de marauilha taő grandë, hê
nhor fazer aquella demõtraçaõ; admirar della, pois fabemos que
& tresladaçaõ da cafa, em que fe dentro daquella Cafa publicoiiS.
executo, nofo remedio, mandás Gabrielos poderes que Deos tem
doa aos olhos dos Principes Chriº para obrar outras marauilhas maº
taõs, como efpertador continuo, iores. Comtudo naõ faltaraõ pro
que os incite a tornar outra vez a uas,nem exames deta verdade;&
conquitar aquellas prouincias,& bafte o teftemunho da mefmä
libertar osSantos lugares,em que Virgem, que apparecendo a Ale
nofa liberdade teue comprimen xandre varaõ fanto, Prelado que
to, pois guardou para o tempo da era de Terſate,alem de o ſarar de
peràa daquellas ferras eflamara húa infirmidade, lhe certificou
tilha; & ainda com alembrança for aquella caſa a propria, aonde
( *, , 7 - - - Haféeraց
: Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
> hafcera, & fora pelo Anjo annun pelas mefmas medidas, & forma
- -
ciada. tº . ; * ー -・;- "・"・ -
-

de Ptolemaida. Ioäo Baſilio He


2. Lograrão pouco tépo os Dal rold aſsi o eſcreue, i
matasete fauor da Virgem, ain Feita a mudança de Terfato,&
daque no tempo que naquelle lu Rio paraLoreto, não permaneceo
gar permaneceo a Santa cafa fin peitëlugar a Santa cala;de3.oreto
tiraõ muitos. Tres annos, & fete fe mudou para hum outeiro-vefi
mefes depois de fer ali trazida, á nho, & defPois fez mudança para
veio a cair em dez de Dezembro ofitio emique atèoje permañece,
de milduzẾtos & noucnta & qua fitios todos tres não muidifiátes,
tro, foi de nouo arrebatada pelos & todosijo deſtrićto deRecanate,
Anjos, & mudada á contracoſta Dentro do epaço de hum anno
de Ítalia, a hum bo(que perto da fez etas mudãças em Itália,&tus
cidade de Recanate, qüe he no do atè o vltimo de Outubro do
campo Piceno, ou Marca de An anno de mil duzentos&nonenta
coñá...Era efte bofque de hüa de- ' & finco.!! '¿e: că…!
uota mulher chamada Loreta, & z Nofitio vltimo que aSanta cas
por eta caufa reteue a Imagem fa eſcolheo,avemos ojeampliada
da Senhora, & a Santa cala a inº com jurifdięoės, enobrecidacom
uocaçaõ de Senhora, & Cafº de cdificios,atsiftidade miniflros,&
Lợrgța, coni que atè yoiprelente frequentada dedeuotos.Eße Sana
he conhecida, & venerada em to= tuario de Santa Maria de Loreto
do o mundo. Ele feuor fez aos etáfituado em húavilla do mee
Italianos aceitar a inuocaga6 do, mio nome no territorio de Reca
prinxeíro, fitío que ef.:olheo:em: ñate..¡A Santa caía, como temos
fua terrá, podendo e chamar de
Terfito, ou Rio, já que em Dal a Virgem Maria, &aonde foianº
magia tºmou affento haquelles, nunciada.Deſpdisdemorta a Sea
?gàresa'yez.primeira.5eñtiróo$ nhora,ros Apoftolos a confagras
PalpąžaS ಘೀ
rã5 em Igreja, edificando Altar
confelaçaõ edificarañoutra Igre em que celebrauaõ os diuinos of.
jaraq memblugar hamalinaforનું ficios. Áqui puzeraó hña Cruz
m]»8 pelasùeímas imedidas da em memoria da Paixão de Chri>
deîíòîëto, que foi a fraça que os to (eu Metre,&hüaImagem da
capaleiros Templarios, & Hoſpi Senhora feita por São Lucas de
talarios tambembucaraó para e madeira de cedro. Algüs querem
aliuiardeauer perdido Ptolemai que ainuocação feja do nafcimen
da;admittidos na Ilha de Chipre, to da Senhora, portiafcerella ne:
fundaraõ a cidade de Famagoça fta cafa, & porque hum Ermitaó
* - .. . .
-** * * * *-* - chamado
*

flRey Dom Đimi;. \ # 93


prrda,& ainda anticipado em dias de quenaduelli caffecelebraid
a entrada,& expugnaçaó de Pto as pazes entre Ceo,& teria,ela o
lemaida; porq eta foi em dezoiº me{mo Senhor comuidarido a Vue
to de Mayo, como difemos, & a fè faça hüa paz vaiuerial na Chri
tresladaçač marauilhofa do apo ftandade para fe pôr em efeito a
fento, & cafa, em que o filho de meina conquita, corñofe vio no
Deos (e fez homem, fuccedeo a tempo do grande Gotifiedo, que
nouedo proprio mez com as cir etando difcordes muitos dos Prin
cunítancias,& modo álogo con cipes, o zelo de bons medianeiros
taremos.De maneira que no pro os concordaraõ, & coligaraõ pa=
prio tempo em que os defenfores fa a mefma jornadá,
da fè foraõ pelos inimigos do no . A cafã pois, que foi apofento,
me de Chrifto excluidos, & defa &ே de 醬 em
poffados daquellas terras da Afia; Nazareth, aonde o Anjo Saõ Ga
ordenou Deos que a cafã, aonde briellhe deu á Embaixada, appas
feu filho tomou carne humana; receo mudada daquelle fitio em
mudafe tambem fitio,& domici que á edificaraõ, arráticada dos
lio, tresladandofe do lugar,aonde aliceces por miniterio de An
na Cidade de Nazareth eftaua jos, & ſituadáhä coſta de Dälmå
edificada, apparecendo câna Eu cia, frenteira a Italia em humou
ropa colocada em hum fitio dá teiro eminente àquelle mar de Il
coſta de Dalmacia, paraque che lirico eritre dous lugares daquellá
gando a ndua dé taögrande má cofta, hum chamado Terfãte,&
rauilha diuertifem com a alegria outro Rio. O Cardeal Cefar Ba
della a pena da ruina, & extinga6 romio diz húa coufa bem aduerti
da Chriftandade de ನ್ದಿ। :B da, que naõ ha paraque dar pro
erà fer que quiz ó mefnho Se uas 體 Ìಫಿ 醬 ಥ್ರೀnể
醬 ಘೀ demóſtraçač, admirar della, pois fabemos que
& tresladaçaõ da cafa, em que fe deritro daquella Cafa publicoiiS.
executou nofo remedio, mandá Gabrielos poderes que Deos tem
doa aos olhos dos Principes Chri para obrar outras maráuilhas maº
taõs, como effertador continuo, iores. Comtudo haófaltara6 pro
|ue os incite a tornar outra vez a uas,nem exames deta verdade;&
conquitar aquellas prouincias,& bafte o teftemtinho da miefma
libertar dsSantos lugares,em que Virgem, que apparecendo a Ale
nofa liberdade teue comprimenº xandre varáõ fañto, Prelado citie
… so, pois guardou para o tempo da era de Terſate,alenideo ſarar de
perda daquelas terras eta mara hüa infirmidade, lhe certificou
ừilha; &ainda com alembrança for aquella caſa á Þrópriá, aonde
- - - - haftera,
. Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
º nafcera,&fora pelo Anjo annun pelas mefmas medidas, &forma
ciada, ‘. . . . . . . . .” - 2 **าฯ º . . de Ptolemaida. João Baſilio He
… Lograrão pouco tépovos Dal rold aſsio eſcreue. È q :: i
matas ete fauor da Virgem, ain º Feita a mudança de Terfato,&
daque no tempo que naquelle luº Rio paraLoreto, não permaneceo
gar permaneceo a Santa cafa fin nefté lugar a Santacala;de Loreto
tiraõ muitos. Tres annos, & fete fe mudou para humouteiro vefi
mefes depois de erali trazida, 4 nho, & depois fez mudança para
veio a cair em dez de Dezembro ºfitio em que atèoje permanece,
de milduzẾtos & notịenta & qua fitios todos tres não mui diftãtes,
tro, foi de nouo arrebatada pelos & todosno deſtričto dekecanate:
Anjos, & mudada á contracoſta Dentro do epaço de hum anno
deítàlia,a hum bofque perto da fez etas mudãças em Itália,&tu
cidade de Recanate,.. que he no do atè o vltimo de Outubro do
campo Piçeno, ou Marga de Anº anno de mil duzentos &nouenta
coná, Era efte bofque dehúa de & ſinco. з воtло ск і і
uota mulher chamada Loreta, & - No fitio vltimo qiieaSanta can
por eta caufa reteue a Imagem fefeelheo,avemojojeampiada
da Senhora, & a Santa Gafa a in com jurifdigoės, enobrecida com
uocaçaõ de Senhora, & Cºfa de edificios,atsiftidade miniftros,80
Loreto, comº que até o prgente frequentada dedeuotos.Efte Sana
1]ཏྭ་ཨཱཿhatsiilར་དུ་གྷི་
Ivenerada em to tuario de Santa Maria de Loreto
lo o mundo. Ete fuor fez aos etáfituado em húavilla do mef.
Italianos aceitar a inuocaçaõ do mo nome noterritorio de Reca,
primeiro fitio que efcolheo em bate..A Santa caía, como temios
fua terra, podendofº chamar de dito, he apropria,em que naceo
Terfato, ou Rio, jà que em Dal a Virgem Maria, & aonde foianº
maģia tampu affento naquelles. nunciada.Defpois de morta a Se
lugaresavez primeira:Sentiraõos, nhora, os Apotolos a confagra
Dalmatasto fer deixadós, & para raõ em Igreja, edificando Altar
confolagač edificaraôoutra Igre em que celebrauaõ os diuinos of
ja na mefm9lugar,na mefina for ficios. Aqui puzeraõ húa Cruz
mi, & pelas melmas medidas da em memoria da Paixão de Chri
de Loreto, que foi a traça que os fto feu Metre,&hüa Imagem da
caualeiros Templarios,& Hofpi Senhora feita por São Lucas de
talariostambemibufcaraóparafe. madeira de cedro. querem
aliuiar de auer perdido Ptolemai que ainuocação (eja do nafcimen

da admittidos na Ilha de Chipre, toda Senhora, por nafcerellane
fundaraõ a cidade de Famagoça ta cala, &porque hum Ermitaó
- - * * ***
. . . . . . ."
-
chamado
ElRey Dom Dinis. ..… 199
chamado Paulo confefou que vi mais de húavara, Da outra parta
ra dez annos continuos baixar ao meio dia età húa chaminêno
huma luz fobre a fanta Capella a vão da parede, que terà vara de
oito do mez de Setembro, que largo, & pouco ñenos de alto,&
he o dia da Natiuidade detaSe o aſſento della pouco. mais que,
nhora. Porem o mais certo he hum palmo leuantado do chão.
fer o orago da Annunciaçaõ, por Em cimada cornija deita chami
auer encarnado o Verbo diuino pè, & novaó dellá eftá fabricado.
naquela cafa, por cuja caufa fº humnicho,ou capellinha da meí
dedicou à Senhora. , , , , malargura dachaminè, que terầ
Eta fanta caía, que veio da ci feis palmos de alto, quadrado poé
dade de Nafareth da prouincia de baixo, & por cima em forma de
Galilea, tempela parte de dentro femicirculo: dentro defte nicho -

trinta & finco pês de comprido, età a Imagem da Senhora, quë


& quinze & meio de largo & as dizemferðbra de S.Lucas Éuân
parèdes do pauimento, atè hüma gelita etá empe obre habae,
cornija, que corre por todasqua äImågèm terå fingo palmos dé
tro, teraõ finco varas, & meia de
cumprimento, veRida como ºs
altura;faõ de ladrilho, o recto de

abobeda, que deue fer tambem no leis nos braços obre obra: -

de ladrilho, fefe em tempo de çoefguerdo, & o direito atraue:


Iulio 蠶 or cima das pernas do me
fado por
¿to antigo de madeira, que cam ဖွံ့ႏိုင္ဆိုႏိုင္တူ -

o tempo e taua.jà conjumidº;& de ambas as Imagens de côr de


gatado, e queimalíe algum dia, bronze : a oºlandgrge
¿mandou ¿ôm decoro enterra: drlⓞⓥe lⓞgo battⓛe couladi.
ha. Temº apolento tresportas;
, ç!5
ஆக,
ma Capella·, t,
"‫”ل‬
‫!وه‬

ಧ್ಧಿ efquerdadâimá
، ، ، )‫ ه ش‬. ‫ﺍﺱﺗ‬
‫ﺩ‬i
| Teña ċapċ|la humiášòjali:: 影 醬 º

la pată aparte de ಕ್ಡ as: ಬ್ಲಡ್ಲಿಕ್ಕಿ §żerać para entrarem,


º
irémos deíiofos, qúe 4o
á outrá
| dizê foiapor'onde entrgug Ag: ង៉ុណ្ណេ
១,េcomញុំ fempte eſtà cerrada. Doze pès
varasdopaņimeņto,& dehumi ੇ ဂ္ယီဒွိႏိုင္ဆိုႏိုင္ငံ ílea
ဈေးန္ဟုိင္ငံ ႏိုင္ဆိုႏွစ္တို႕ finျု့ိ့ပ္ရဲ႕ႏို #ိႏိုင္ဆိုႏိုင္ရန္ကိုAlးႏိုင္ရန္
l င္ဆိုႏိုဖို့
ឆែ្កព្រុំianខ្មុំ អ៊ីរ៉ែ
i‫ړ‬OH ; リゴ (鳥にJU(J ល្ខ១ខ្ទះ
-

ஆஅது: 9 A tor
ζruz, ဖ္ရစ္သို႔ျဖို့ pဝံ့သြားႏိုင္ဆင္ဖ္ရ '# 2', 2 και 31 ::ίμτι;»
[Àpoftóôs;3madeirofcrâyâiâ? ಘೀ ឆែ្កos
ເia dealto,k ໑ ရွံ့t;ºil; ម្ល៉ោះ ខំប្រ៉ះ
o… Í í Lſ” “s: Be:
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
& Benedičto Vndecimo deraó algumas catas de romagem, &
ordem afe fazer Igreja, & Hof etalagens para peregrinos. Six
pital para curar os peregrinos, to Ouarto izentou a inefma Igre
& puzeraõ minitros para admi ja, & Villa da jurifdiçaõ tempo
Î. Sacramentos. No an ral, & epiritual dos Bipos,& go
no de mil trezentos& finco,com uernadores de Recanate : mas
a eleição de Clemente quinto dando defpois efte Bifpado em
Arcebifpo de Bordeus, & Fran Comenda a feu fobrinho o Car
ces, que paffou a Corte a Fran deal de Santa Sabina, lhe tirou a
ça (aonde eſteue mais de ſeten jurifdiçaõ por feu repeito. Re
ta annos, & outros fetenta annos ftituiulha porem pouco defpois
defpois de voltar a Corte a Ro lulio Segundo, ordenando que a
ma)com fcifmas, & reuoltas fè Villa foite daquella Igreja do Loº
não lembraraõ os Papas deta reto, & a tomou debaixo da
Igreja, & afi fob a protecção do protecca5 da Sè Apoſtolica Fun
Biſpo de Recanate, & com as dou hum ಗ್ಯ para os Sum
efiñolas dos peregrinos foi mo mosPontifices, & por outros in
deradamente utentandofe. dultos que concedeo à Igreja, &
| O primeiro Papa que (elem fabricas com que acrecentou a
brou àella, foi Niculao Quinto Villa, fe pode reputar por fun
ccm huma bulla paraqué řnaö dador della. Eregeo em Colle
empretafem ornamentos da giada à eta Igreja Leão Deci
quella caſa. Pio Segundo a viſ mo, & fegurou com bons ba
tou pefioalmente,&lhe deu hum luartes à Villa, que dita do mar
preciofo Calix,& daqui por dian huma legoa pouco mais, ou me
te efpertou a deuagáó nos Ponti nós. O Papà Clemente Septi
fices. Paulo Segundo recebendo mo fez o Choró, & outras cou
fiude por intercefaõ da Senho ſas. Pio Quarto da familia dos
ra, edificou ela Igreja de tres Medices, como os doús ácima
naues, que oje vemos, ficando deu o Caftello do porto de Re:
canate a eta Igreja, acreícenº
ို့မြို့႔ႏိုင္ဆိုႏိုင္ဆိုႏိုင္ရန္ကုန္)
a capella, & cata da Senhora que tou o palacio, & ha parte fue
aly ºftalíá, aínda qúé ó'Cardeal perior dele fez o Collegio dá
Iefbhimo de la Roiiere Bifpo de £gmpahhia de Iefüs, ábfide re
Recanate acabou o edificio em
tempo de Alexandré Sexto, Na 驚
ciarios apotolicos etes Religio.
quele tempo de Paulo Segundo fos, adminiftrando os Sacramen
fe acrecentou a Villa, & cercou tos com grande fruto, & edifica
'de muro, qué atè entaõ auias3 | gaò, &hüdelles;que fofb Padre
* ... : : * * ---

Horacio
ElRey Dom Dinis. . (ෆඨ

, Horacio Turcelino diuulgou a profetal. Relatando o Anjo a em


fama das marauilhas de Loreto baixada que deu à Virgem Se
em húa bem compota, & polida nhora nofa,& defcreuendo a fora
hiftoria latina. Finalmente o Pa ma do apofento em que etaua
pa Gregorio Decimo tercio faz nas cafas de feus pays em Naza
aly hum collegio de trinta moços 'reth,acrefcenta,que aquelle mef.
Iliricos, ou Dálmatas, que fe fü ·mo apoſento tresladard elle, &
ftentaõ com as rendas da cafa ad
outros efpiritos bemauentirados
minitradas pelos Padres da Com para Dalmacia, & vltimamente
panhia. Confirmou alem dito a para o territorio de Roma, aon
izençaõ da Igreja, & villa de Lº: :de permanece, Eftimei o ver e.
reto contra a pretençaõ dos Bif ſte manuſcripto de Amadeo,por.
pos, & gouerno do Recanate, & que he dos mais autênticos que
afsi me{mo o catello defeu por .ே aucr . -

to, & mandou que por fer aquel


la Igreja Capella dos Papas fece
lebraſſem nella os diuinos offi
capit. xii.
cios, como na de Saõ Pedro de
Roma. Xiſto Quinto a eregeo IDas cafas daimuorapa5de
em Bifado, & aflietà hoje com Loreto que ha em Per
mais autoridade, aindaque naõ ソ:* -#tgal.
tem a dignidade de Metropoli,
que Tancredo gouernador de Ga O principio daquelle 139f.
lilea lhe deu naquela Prouincia, $ mez de de Mayo em 4
como efcreue Guilhermo Bifpo $ a cafa fanta appareceo
de Tyro, Eta he em fummã a - *** em Dalmacia, etaua
marauilhofa tresladaçaõ da San ainda elRey DõDinis em Coim
ta cafa, cuja relaçaõ copiei da hi bra, & daqui (e partio para Life
ftoria de Horacio Turelino, & boa, aonde chegou a dezoito do
do Doutor Francifco de Padilha,
proprio mez.EnoDezembro em
que com mais digetaõ recolhe que de Dalmacia foi mudada pa
raó o que varios Autores efcreue ra o bofque do Loreto em Italia,
raófobre eta materia. andaua o me{mo Rey em Alen
O Beato Amadeo nofo Por tejo. Em ambas as partes temos
tugues, no rapto quinto do féu Igreja da inuocaçaõ de nofa Se
nouo Apocalypferelata o que lhe nhora do Loreto. A da comar
reuelou fobre eta mudança da ca de Alentejo, he a da Villa
caía do Loreto o Archanjo São de Iurumenha; & eta parece a
Gabriel, ao qual teue por Anjo mais antigua deta inuocaçaõ,
‫س‬I 12 que
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
que ha no Reyno,& entendo que dando em Florença por intercef Lib 7. de
deuia elRey Dom Dinis edifica faõ da Senhora do Loreto…A qual odiana
la, porque fez grandes fabricas ca/4 (diz ele na doação que fez "º"
pelas ម៉្យា
nha. . . .
vizinhas a Iurume aos Religiofos) demos por inuocaçaõ
- , , ,
nº/a Senhora do Loreto,porque em hia
. . .

# Ha mais em Portugal da inuo graufsima doença que tiuemos, em fen


caçaõ de nofa Senhora do Lo doe/colar em Florença, lhe encºmenda
reto huma Ermida junto ácida mos a no/a alma,6*/aude á dita Senho
de de Bargança, & em Lisboa a ra,º pelamyericordia de nºjo Senhor,
parrochia de Loreto de tanto a е/aa intercºſa; recebemosſaude, கு;
eeo, & mageftade, que fendo os remos particular deuação á dia Caf.;
templos défta Cidade na eftima cºa cº/tumamos dervi/tar cada anno
çaõ de todas as naçoês os mais em quantº em as dita terras fiiuemos,
pulidos, & magetofos da Chri Q) em nº/os duinos ºficios fazemºs
tandade, tem eta Igreja parti della particular commemoração Eftà
| cularidade no adorno, pinturas,& doaçaó eftà na TorrédőTombo
boa fabrica. confirmada porelRey D. Manoel
, Alem detas Igrejas temosne no anno de init&qüinhentos &
fte Reyno, & no Algarue quatro vinte, & nella faz o Bifpo D.Fefi
conuentos da mefmă inuocașăo, nando com razão hú encarecido
hum deles meia legoa de Tan elogio dos Religiofos da Prouin
cos dos Religiofos da Prouincia cia da Piedade." ?
de Santo Antônio,& outro da Pro "Não foi sò o Bipo Dom Fer
uincia dos Algarues,hüalegoa da nando dos Prelados de Portugal
villa de Santiago de Cacem do º que experimentou os poderes
Campo de Ourique,edificado no delta Senhora. Bem diuulgado
anno de mil quinhentos & finco, foi por Italia, & fabido défpois
por Dona Maria mulher de Pe nefte Reyno o fucceffo do Bipd
dro Pantoja. Em Cines ha hum, de Coimbra Dom João Soares
& outro em Lagos, ambos eles Religiofo da Ordem dos Eremi
da Prouincia da Piedade. Efte de tas de Santo Agotinho varaõ de
Lagos edificou Dom Fernando grandes letras, & virtude. Porfet
Coutinho, Bipo de Silues, Prela de tantas qualidades ete Prela
do de grande exemplo, & autori 99, foi defte Reyno mandado ao
dade,que tambem deu a etes pa Cºncilio de Trento; de caminho
dres ode Cines. O de Lagos fun vifitou a cafa Santa de Loreto,&
dou a honra de nofa Senhora do com a deuaçaõ do lugar deter
Loreto, por alcançar (aude em minou vir edificar no feu Bif .
húa enfirmidade que teue etu Padº outra Igreja da mefna
1ՈԱOCa
ElRey Dom Dinis, e 20

ínuocaçaõ, & defejou trazer hum lho que della leuara, cobrou per
º ladrilho daquella de Loreto,para feitamente faude o cnfermo."Foi
. que com eta reliquia ficae eta celebre entaó por Italia cta ma
fua mais venerada. Alcançou do rauilha;& os autores que cfcreue
Papa Paulo Terceiro hum breue raõ a hifloria Lauretaña,a relataõ
para que felhe defe, & de feito com outras miudezas q deixo:naõ
İho trouxe FranciſcoEſtella feu Ca deixarei comtudo de fazer reparo
pelaõ. Recolheo o deuoto Bipo em fair de Loreto com eta reliº
em húa caixa de prata para o tra quia o capellaõ Eſtella no mez de
zer em fua comparºhia, quando Dezembro, que foi o proprio mez
voltafe ao Reyno; porem dentro em que a Santa cafafe pafou de
de poucos dias lhe fobreueo hũa Dalmacia para Italia, & enrique
doença aguda, que os medicos né ceo eftaProuincia corn tal thefou
conheciāo, nem fabiáo applicar ro;& afsinaõ confintio que ficafe
lhe remedio. Em fim recorrendo em tal mes defraudada do depo
a preces, encomendou o me{mo fito da menor parte fua,
Capellaõ em deus moteiros de O que ha de confiderar acerca
Religioſos daſlla cidade deTren do Bipo DõIoão Soares he, que
to,que fizeňem deuaçaõ pela fau ſendo nelle tanta a deuagao do
de de fèu amo, Pafiados dous dias Loreto, & experimentando a ma
mandaraó dizer ao Capellaõ do rauilha 4a Senhora nelle obrou,
' * o Bifpo de ambos os Conućtos,que fe naõ difooz vindo ao feu Bipa
„....'' {e ĝuizęfłe alcançar faude, refti do a fabricar hüa Ermida fump
-, tuifiea Loreto feuladrilho, admi tuofa da inuocaçaõ do Loreto,
roufe o Capellaõ,& o Bipo da re aindaque lhe faltaffe o ladrilho.
pota, porque só ambos fabiaó Húa q eftà fora de Coimbra me
em Frento dete cafo,& reconhe lhorada, & acrefcentada de nouo
cendo o Bipo Dom Ioão o auifo pelo Conego Manoel Telles, e
por myteriofo, prometeo logo à naõ pode prefumir foffeedificada
Senhora, que lhe retituiria o ſeu por ete Bipo, por fer ate eta re
ladrilho, & pedio juntamente lhe nouaçaó de humilde fabrica. De
reftituiffea fåude.Defpidioomef fèu primeiro fundador fe naõ fa
mo Capella a Loreto com o de be. O que nos conftade certo por
pofito, 8, foi coufa de marauilha, hum acto de poe, que vi no car
q partido de Trento,quanto mais torio da Sè de Coimbra, he, que cartaz:
fe hialauifinhando ao Santuario no anno de mil quinhentos &fef":
- - - -- to 2,
.de.Loreto, tanto o Bifpo fentia de fenta & quatro tomou della pof.
melhoria,atê que chegado á San- fè pelo Cabido Bras Pereira feu of . . . .
ta cala,'. & fsita entregado ladri- procurador, por ‫ا‬raórte
ノ - - - ‫ اس‬3 de hum
Frei
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
| Frei Manoel Ermitão; que nella o Bom, & de Dona Tereja Afon Digwida.
Tefidia• - - * fo, filha delRey Dom Afonfo de desgara
*

A Igreja, ou Ermida do Lore Leão, auida em D. Aldonça Mar-*.***


to,que eftá fora da cidade de Bar tins da Silua, como efcreue o Có
gança,edificou naquelle lugar há de DöPedro, & Salazar de Men
Religiofo da Ordem de S. Fran doça: aindaque Frei Fernando de Na Chromi
cilco, que deixando a clauftrano Catilho lhe dá por mãy D.Tere da de Sãº
conuento da me{ma Cidade em ja, filha baftarda delRey Dõ Fer Domingos
I. p.lib.3,
tempo delRey D. Ioão Terceiro, nando o Santo de Leão,& Catel cap. 54.
alcanfou bullas, & faculdade em la. Refidia Dom Nuno na Corte
Roma parâ viuer folitario,& ere de Portugal, por ter elRey Dom
gir eita Ermida, que edificou no Dinis fauorecido os Laras, como
fitio em que oje a vemos, o qual jà difemos, & introduzido na pri
lhe deu gratuitamente o Licencia uança delRey Dom Sancho a Dõ
do Manoel Gomes Correa, cujos Aluaro Nunes de Lara fobrinho
decendentes a 5 por eta caufa, dete Dom Nuno; donde infiro q
padroeiros della. O Papa Iulio etaria ele comoEmbaixador da
Terceiro lhe confirmou todas as quelle Rey,ou com negocios par
bullas, & comete fauor pödevé ticulares da Rainha Dona Maria
cer as contrariedades do Bilbo de fua mulher, que foi a autora dete
Miranda. Chamauafe efte Reli melhoramétodosLaras por meio
gioſo Fr.Manoel Coruo. delRey Dom Dinis. Sinco annos o Blம் Møm0.
antes tinha Dom Nuno feito feu 3.ինե, Ie

CAPIT. XIII. tetamêto aquinze de Ianeiro de ശ്ലേ. 70,

mil duzentos & oitenta & feis, &


Da morte de Dom Nuno no nele mandou que o enterrafem
mofteiro de Saõ Paulo da Or
Gonçalues de Lara em Life dem de Saõ Domingos da cidade
boa: demofira/º que não era de Palencia, & que o braço direi
to,&ametadedo coraçaolhs en
deffa familia a no/apri terrafem no moteiro de Saõ Do
vieira Rainha D.
mingos de Eftella do Reyno de
Nauarra,de que ſeu paytinhaſido
grande bemfeitor,& as entranhas
: È Eſte proprio anno mor no moteiro de São Francifco de
#NG}}; reo em Lisboa D.Nu fta mefina cidade de Eftella. Ca
魯Cºººº4 nofilhoGonſalues de Lara,
filho o faz morto no anno pafla
de D.Nuno Gon
'do, masjåvimos como no princi
"" falues de Lara,a quem chamaraó pio dete afsitio em Coimbra à
*. - promul
ElRey Dom Dinis. ioi
promulgação da lei dos Ecclefia dioufe nito doliuro do Conde d
ficos, aonde vem no meado com quem fegue, equiuocãdote no no
o Infante Dom Afonoirmáo del ñe, porque o Condeao D. Man
Rey, antes dos Ricos homens. rique de Lara chama tambem (e-
poderà ferque vendo alguem nhor de Molina, por fero primei
taőfamiliarizados os Laras helte fofenhor detectado porem ete
Reyno, fë perfuada quë lhe faria foi Dom Manrique fegundo filho
elReyóom Dinis ete bom gafa do primeiro.Ete Conde D.Afon
lhado, repeitando o parenteſco fo foi filho delRey Dó Afonto de
dos Reys de Portugal com a cata Leão, & da Rainha Dona Beren
de Lará por via da primeira Raiº guela de Catella, que por cafar
com Dona វ៉ែ de D.
nha deftể Reynơ Dona Mafalda,
a qual alguns autores, (eguindo o Manrique de Lara, f nhora pro
Cónde öom Pedro, fazem filha prietaria de Molina, ficou fendo
de Dom Manrique de Lara: mas fenhor do mefmo Eftado. Intro
o certo he continuaren os Laras duziofe o nome de Mafalda nas
* * * * *

a Corte delRey Dom Dinis pela decendentes de Dom Manrique


em memoria de Dona Mafalda,
razão que apontamos, que a Rai filha
nha D.Mafalda era deSaboya,co do valerofo. Robe to Guif.
mo fe refolueo na terceira parte cardo, fenhor 4foi de Calabria,
defta hiftoria, & agorá o ratifica Pulha 8 Sicilia, Condeſa de Bar
remos no lugar preſente. celona, & Viſcondeſſa de Narbo
A ChroñicadelRey D.Afonſo ha, mãy de DõManrique, & mu
驚 efcritaporDuarteGal lher do Conde Dom Ramon Be
fenguer o fegundo de Barcelona,
uão, affirma que à Rainha Dona
Mafalda,era filha de Dom Manri & defpois çafada comAymerique
que de Lara. Conformoue Gal ue Vifcohde de Narbona, de que te
uaõ nito com o que achou eferi por filho á Dom Áymerique,
to no Conde Dom Pedro. Fernaõ ou Manrique, cafado com a filha
Lopez, Goarda môr da Torredo do Conde Dom Pedro de Lara,
como bem proua Frei Francifco
Tombo,que efcreueo 4Chronica Diago
delRey Dõ Ioão o Primeiro, em na hiltoria dos Condes de
hum epitomequeſºz dosReys de Barcelona. - -

Portugal, que anda lançado nº Por acharemos autores ó no


º
liuro das Colheitas daquelle Ar me de Mafalda neftas fenhoras,&
, chiuo, eférito no arino mil qua verem a grande nobreza de Dom
Manrique,& dos enhores de La
… troceñtos & vinte & noue,do Cô ra,
de Dom Afonfo de Molina,dizfer & Molina, não fazendo mais
‫ﻟﺍ‬alhaanofla
DonaMafalda Def aueriguação na máteria,
‫إ‬4
pareço
lhes
. . Liure XVII. Da Monarthia Luftana.
ihesera deíta familia, a Rainha era por naõ auer impedimĜto de
Dona Mafalda. Pela nobreza dos parentefco.
Laras bem podia afpirar ao caía O Conde Dom Pedro procede *-

mento de hum Rey, que tambem confufamente, dizêdo que o Có


feu auô della o Conde Dom Pe de DõManrique, pay da Rainha
dro Gonfalues de Lara pretenåeo Dona Mafalda, era filho do Con
cafar com a Rainha Dona Vrraca de Dom Pedro Göfalues de Lara,
tia do noffo Rey D. Afonßo Hen & de Dona Eua Peres, fendo que
riques, & mấy do Emperador L)õ foi Dom Manrique genro, & naõ
AfonfoSeptimo. Comtudo quem filho delles; &logo abaixo acref>
confiderar que Dona Ermefenda centa, que foraõ irmãos da Rai
Peres de Lara,mulher do Conde nha Dona Mafalda o Conde Dõ
DõManrique, era filha de D. Eua Pedro de Molina,& Dona Maria,
~.
Peres de Traua, irmãa do Conde que calou com Dom Diogo Lo
DomFernando,com quem elRey pes decimo fenhor de Biſcaia. O
Dom Afonfo Henriques teue tan certo he, que o primeiro Conde
Rodericti; ,
erta“ t Dom Manrique era da cafa dos
To!eta;1t!$ os degoítos, & rompimentos de
# 2.2. guerra,bem verà que naõ auia el Vifcondes de Narbona, & meio
Îe de aparentarſe com hũa neta irmão por fua mãy de Dom Ra
defairmäа. к. ; : ; ; ; , , mon Bérenguero terceiro Conde
… Outra razão ha ainda mais for de Barcelona,genrs do Códe Dó
çofa no que ſuccedeo a nosta Rai Pedro de Lara, os filhos que teue
nha Dona Mafalda, filha delRey foraõ Dom Almarico, ou Manri
Dom Sancho Primeiro. Eftaua que fegundo do nome, Dom Pe
eta Princefa cafada com elRey dro, Dom Guilhelme, Dona Ma
Dökici,rique o primeiro de Ca ria, Dona Sancha, & Dona Her
fella, & por fer parenta dele em mengarda, & deixando fua filha
grao prohibido, os mãdou diuor Hermengarda no eitado de Nar
| ciároSuminº Pontifice.. Defpois bona, veioa Caftella cafar com a
de feparada do marido,pretendeo filha do Lara, que hea razão de
o Conde D. Aluaro de Lara cafar fè appellidarem oje feus delcen
com ella. SeaRainha Dona Mas dentes Manriques, & Laras. Dos
falda fua auò fora dos Laras, naõ filhos de ambosos Manriques cõ SHಹಿಣಿ
auia Dom Aluaro ibfentar cafar la pordoagoés,que citaóSando na c4a4
fecó ela, porque ficaua em grao ual,& Bades deAndrade. Eain;A AIAIxilಣಿ
€” HTi)
mui proximo. E quando a aparta daque alguns digão fer primeirą crna
º Chia
uäddé humaßey, ingnos difpen mulher de Dom Diogo Lopes opes-
D ηκαίιή"
{árião Papa para o vaffalo,Mas o Maria, o certo que feacha nas e 67.
ter bon Aluaro aquellº intento, crituras, heauer tido por mulher
• *.'ſ -- " - - Dona
ElRey Dom Dinis, V - ao;
DonaToda Peres de Caftro Efe, Muitos detes exemplos ha no li
primeiro foi cafado, com Dona uro do Conde para fe conhecer a
| male na Maria do fegundo Dom Manri poterioridade do acrecentador.
de Calatia
1404p. 13 que, neto do Lara a faz filha Ra - Naõ he posiuel tambem que
desde Andrade. . . . o Conde fizefe à Rainha Dona
2. Não correr tão exacto o liuro Mafalda filha de Dom Manrique
do Conde Dom Pedro netapar Je Lara,pois efcreueo defpois do
te, he fem duuida,que obrou ifto Arcebifo de Toledo Dom Ro,
ofeu acre(centador;impofsiuele drigo Ximenes, autor o mais eti
radizer o Conde tal coufa. Dei mado á auia então em Epanha,
xa[ever claramente, quando no o qual acabou a fila hitória no
me{mo titulo, falando na Infanta anno mil duzentos & quarenta &
Dona Gontãça Manoel, mulher, tres, fincoenta & oito defpoisda
do no a Rey Dom Pedro fendo morte donoffo primeiro Rey Dâ
Infante, diz asi; ZDona confíanga, que Afonfo,em cujo tépo viuiaõ mui
ea/ou com eléey Zºom ?edro de Portu tas pefoas, que alcançaraõ o rey
gal.O Conde Dom Pedro morreo nado deíte Rey,affi em Portugal,
no anno mil trezentos & fincoen como em Catella, & fabiaõ bem
ta & tres, elRey Dom Pedro co quem tinhaõ fido os pays da Rai - ~ : w
meçou areynar no anno mil tre nha Dona Mafalda fua mulher, -
- * ,

zentos & ſincoenta & ſete; mal & com eta freca noticia ecre
podia o Conde dar titulo de Rey uco o Arcebipo, que era ella fi- **?
2. uem quando elle eſcreuia era
រ៉ែ fêm falta que o acrefeen lha do Cöde de Moriana,ao qual
Outras eſcrituras declaraố O no
tador, que fe prefume fer Fernão me de Amadeu conhecido na ca
|
Lopes, ou o Doutor João das Re fa de Saboya Condes de Moria
gas,ou qualquer outro,andou mu na: Hic duxit vxorem.Yafaldamfi.
dando, & alterando efte titulo, & liamſomitis Jºſauriane. Como Ar ---

lançaria o cafamento da Rainha cebipo Dom Rodrigofe confor: #;"


Dona Mafalda. No titulo trinta mou juſtamếte Ioão de Mariana,
& feis tambem falando de Gon julgãoo a tradiçaõ da nofa Chro
çalo Mendes de Vaíconcellos,diz nica por não merecedora de acei
eftas palauras: Föi boňfidalgo,o~pri taçao. :) . . - - * - * -

º
º uado del?ey Zom Pedro de Portugal. - O Bipode Tay Dom Lucas Lib. 3.
器 falaua delRey DõPedro, dân9ticia de algúns lugares, &
& feu priuado como de peffoasjà cidades de Epanha,a que os Mou
pafadas,finalhe que efereuia def ros mudaraõ os nomes, hum dos
pois da vida delles, o que naõ po quaes foi Moriana no Reyno de
dia fazer o Conde Dom Pedro. Leão,que agorafechama Catro
Tarafe,
-
Liuro XVII. Da Monarchia Luftaта. -

Tarafe.Comoo Arcebipo Dom & allegada tambem na terceira


Rodrigo diz, que a Rainha Dona parte,Tanda no liuro decimo dos
Mafalda era filha do Conde de piiuilegios de S. Cruz de Coim
Moriana ſem o nomear, ficalu bra às folhas feis. : -

gar a poder prefumire que o Dó As que de nouo acrefcento,


Manrique eriá enhor de Catro hūa dellas he do archiuo Real as
Tarafe, ou Moriana,& que defte folhas dez do liuro dos foraes an
Conde fala o Arcebifpo."Porque tiguos, no foral de Freixo, dado
não ficafe argumento em fauor por elRey D. Afonfo Henriques,
dos que approuão o parecer do li aonde nomea a Rainha fua mu
uro do Conde, ajuntei etas ra lher por filha do Conde de Mo
zoês; não obtantes as quaes re riana. Filia ^omitis de J%(oriama: as
o Conde de Moriana, outras duas faõ do cartório de
pay da Rainha DonaMafalda era Santa Cruz de Coimbra; a pri
Amadeu da cafa de Saboya, & meira fe acharánoliuro dos tefta
Moriana, quarto Conde de Mo mentos ás folhas vinte&noue, á
riana, & primeiro de Saboya. . . ' he o couto das terras daqúelle.
Damião de Goes, pefoa de e Conuento,& nella diz elRey,que
rudição conhecida, foi o primei concedia o couto cõ fua mulher
S.. ro que aueriguou ete ponto, & a Rainha Dona Mafalda,filha do
D Maná era razão que todos os que defº Conde Amadeu de Moriana:C/na
#4", pois deleefereueraõ o aceita Sé, cum vxore mea £egina Z). *{ahalda,
71. - - * : * ‫ ے ہے‬,

inueftigandonodas razočs,& fun filia (omitisJAmadet de J%oriama.


damentos com que o etablece A vltima he ainda mais indu
,,,, ,,,fem,& confirmaííem.Na terceira bitauel, por er original conferua
apas, parte deftahiítoria fe acrefcenta do no liuro treze das efcrituras
raõ outros monumétos com que antiguas. He eta a doação das
eta verdade ficou indubitauel, rendas Ecclefiafticas da villa de
por erem ecrituras autenticas Ourem feita pela Rainha D. Te
do archiúo Real,& de outros,em reja, filha donoffo Rey D. Afon
todas as quaes efcrituras a Rai fo Henriques, fenhora da me{ma
nha Dona Mafalda fe nomea fi villa de Ourem,& deLeiria. Doa
lha do Conde Amadeu de Mo ua a Rainha D.Tereja o Ecclefia
riana. Alem das que ali vão cita ftico de Ourem ao Conuento de
das, cujos originaes eu vi todos, Santa Cruz, & declara que edifi
darei nefte lugar outras que def. cara de nouo o caftello de Ouré,
pois achei, aduirtindo que húa da & mudara o nome àvilla, que de
Era de mil cento & oitéta & qua antes fechamaua, Abdegas. Co
tro referida por Damião deGoes, meça a doaçaõ deta maneira:
Bgo
- ElRey Dom Dinis . 204
Ego Tharafia Žegina filia £ºgi: ?artu de Dona
na Mec
Mecia Lopes de Haro;
', galis Z)omini.Alfonfi, & vxoris eius excluida de Portugal com elRey |
%egine Z).%ithilje Comitis,*nedii Dom Sancho Segundo, naõ foia º
de Xarianafilia. Eu à Rainha Do exclufaõ todauia da dignidade de
na Tereja, filha delRey de Por Rainha, porque 蠶
tugal bóm Afonfo, & defua mu
lhêr a Rainhâ D. Mathilda, oú Dom Sancho, aindaque fabemos
ီ|ိ
Mafalda,filhadoConde Amadeo viuerella em Portugal,& confer
de Moriana. Ajuntei tudo o pro uar em vida o titulo de Rainha
poto, porque não obtânte etar Jefte Reyñó. . . . . .
com cuidencia prouada na ter . O Conde Dom Pedro fala na
ceira parte a deſcendecia da Rai Rainha Dona Mecia em quatro
nha DMafalda fer då cafå deSa titulos, no titulo primeiro #4 em
boia, não faltou quem depois à que diz caara ella com elRey D.
publicou por filha de Dom Man Sancho o Segundo, no titulövn
rique de Larà, conformandoſe nd decimo, em que conta como ca
rro do acre(centador do Condé fara com Dom Aluaro Pires de
- Dom Pedro, . . .
f r
r - -

ºr "
--
Catro, & aqui declara er ella fi
‘. . . . . J
- m

's
-

-
lha de Dom Lopo Dias de Haro,
'cAPiT. xf iii. o qual foi ovndecimo tenhor dé
Biſcaia. Delpbis no titulovinte &
finco eſcreue a muita familiari
Da probabilidade que há dade que teue com Martim San
aráfé não ter Dona Me ches filho donofo Rey DõSan>
tia' de
-

... ,ſ,ſ
º #
mulher le cho 3 Primeiró,& tioáelRey Dö
- -

.# ,
Sañchó o Seguñdo. Vltimaínen
.gitimadama dilRey D.San te no titulo 3 ecreue, que Dom . . .
- ...: Α ο ¿ho Segúndo... ***.º.
Reimundo Viegas de Portocar
‫ زی‬. ‫)ارﻭ ﻭ‬:t 23 ) :‫ن نﯼ‬:‫ راز‬, :- . . . ... .
reiro à leuara de Coimbra a Ou
- iº91. §E#Vppoto queaueriguá remjpelaa iartar delRey D. San
W

SK2 Hjösnaöſér'ófiuoFdels cho. No titulo21, em que fala


‫وه من صحة هو بداية جديجة‬ . . . ** :, ‫"ص‬ *

# Rey D.Difiis aos da faz doš ſenhofes de Biſcaia,a naõnda


hiniſiä'de İſăřapor cau mea por filha de DõLopo Diás,
· fado parehtefcdda Rainha Dória contentandofe pode ferde o auer
Mafalda, a qüaldemótramos fer dito no titulowndecidio.Masaif.
de Saboya razaó ferá declarar dánete título foidefectuoopor
tambem, quéaindaqueos de Ha que naõ declarou fè era filha le>
rofenhores de Biſcaia fořaöpou #tima febafarda#Filhabafar
co aceitos à eteRey por raz㺠#äåí##
‫איגי יינל‬ ‘. .
-vº ۱ * CII) -
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
em húa donna nobre, chamada obtaraõ os fundamentos folidos, -- -

: D. Toda de Santa Gadea, que o que na quarta parte deta hiſto- 繁 1.'
Harº, Conde dá por amiga a DõLo ria fe propuzeraõ,hum dos quies,* -

po, aindaquelhe não nomee eta que he infaliuel,e colheo do eti


filha: mas como tal a vemos fe lo daquelle tempo,no qual cotu
º pultadano conuéto de Santa Ma mauão os Reysfazer as eſcrituras
6.ad ann
#; ria a Real de Najara da Ordem em feu nome, & da Rainha fua
de nofo P.S. Bento,& em fua cã mulher, & de feus filhos, & naõ
panhia os irmãos filhos de Dona achamos doaçaõ algüa delRey
lió 12. Toda.Eteuáo de Garibay e equi Dom Sancho em que diga que a
” uocou, imaginando, er eta que faz com fua mulher a Rainha D.
com nome de Rainha alyetâfe Mecia. Defpois que no lugar ci
pultada, a Raínha Dona Vrraca tado fere{olueo, que não fora re
Lopes de Haro, tia de Dona Me cebido, & cafado com ella elRey
cia,& vltima mulher que foi del Dom Sancho, fediuulgou huma
J Rey D.Afonfo vltimó de Leão,... efgritura na legunda pafredo Ca
· Conferuou Dona Mecia o ti talogo dos Arcebipos de Braga, ca.19.
tulo de Rainha,&vfou das armas que he humpriuilegio à villa de
Reaes de Portugal, as quaes (e vê Cerolico, leal naquele tempo a
na fua capella da Cruz em Naja elRey Dom Sancho,o qualetan
ra, & no conuento de Beneuiąas, do em Toledo, ម្ល៉េះ
aonde fe conferua efcritura, de 4 eſcritura afirma,que na validade
confta auerella fidot, ftamentei della não tenho muita firmezå,
ra de Dona Tereja Arias com D. gratificou cõ priuilegios aos mos
Rodrigo Gonfalues Giraó.Ofello radores de Cerolico; & entre os
de Dom Rodrigo falta; mas o da que confirmaó vem Dona Mecià
cap.1, Rainha D. Mecia, dizÍeronimo com titulò de Rainha : zo, 3acia
Gudiel na familia dos Giroês,que Rainha confirma.Por achar o Ama
fe confèrua, & tem dous lobos de nuene, que dipos os materiaes
hüa parte coin.dous cordeirosaa daquelle Catalogo,nomeada Rai º
bọcà, & afpaspororla, que faõas nha a D2 醬 .1 ºf
2rmas de Haró, & de Qutra parte 醬ho;
mulhetlegitinadelReyp
na6 ಹ್ಲಿ
as de Portugal.A efcritura foi fei yançİ
tanoannoślsmilduzentos & fiq de{conheçeotanto de mulher el:
aoenta& fere. , nii aa o:i.
Rey Dom Sancho na propria ef
ao Cometestetemunhos, & a | gritura, que grdenou o éxordi9
tradigaó e pudera confear por della excluindoa, & dandosòo
mulher legitima delRey D.San Priuilegio ein ſeunomesömente
¿choSegundo DonaMecia,fe naô 2. அ4; 2:).4
a ſtº -- ----- - - - - - -- , Portugal,
… º ElRey Dom Dinis. 26;
Portugal, a todos os de meu Reynº, é c. moralmente naõ fazer della lema
E não diz, Dom Sancho Rey de brança em acto femelhante.
Portugal com minha mulher a De tudo o propoto fe con
Rainha Dona Mecia: o que auia clue a ratificaçad do reſolutojá
de fer, fe fora cafàdo, como por na quarta parte, que o intitularfe
coſtume gèral fè praticaua. Rainha Dona Mecia, deuia fer
He taõ certo entraré nas doa por vir a Portugal com intento
goês, & priuilegios os nomes das de cafamento, mas que em efei
Rainhas, & Reys, fendo cafados, to fenaõ recebeo elRey D. San
que bataua algumas vezes etar eho com ella. . . . . . .
contratado o caíamento, ainda De que vieffe a Portugal Dona
que naõ efeituado, para que os Mecia Lopes de Haro, & fe inti- -
Reys defem titulo de mulheres tulafe Rainha, naõ tenho duui
fuas ás defpofadas, & os notarios da, & ainda me parece que foife
as nomeaffem juntamente. Bafte nhora da villa de Ourem, o que
o exemplo delRey Dom Afonfo ajuda muito ao que diz o Conde
Onzeno de Caftella, o qual no Dom Pedro no cafo de Dó Rey
tempo que praticou o cafamento mondo Viegas de Portocarreiro.
da Infanta Dona Contança Ma Tudo fe confirma de huma doa
noel, com a qual naõ cafou, co çaõ feita por eta fenhora no an
mo he notorio, por cafar ella com no de milʼduzÉtos & fincoenta &
o nofo Rey Dom Pedro, entaõ feis, a Payo Pires, & afia mulher
Infante, & contudo batou o e Maria Gófalues de hum moinho
tar propoto aquele cafamento, em Torres Nouas, que tinhafido
para fe expedirem os priuilegios de Pedro Pereiraj & partia com
delRey Dorn Afonſo nefta for outros do termo da villa de Ou
ma: Elºey D. Alonſo regnante envno rem , os quaes fe chamauâo os
con la Keyna Z9. Confian, a mi muger. moinhos de EteuãoVelho,daua
Ср. 24ó Diogode Colmenares na hito lhe mais húreguengo, que tinha
#ria de Segouia deu tetemunhos no termo de Ourem.Eta doação
**** difto.Affi que naó dar elRey Dó dizella que lhe fazia pelo feruiço
Sancho titulo de mulher a Dona 4 lhe tinha feito, & por auer per
Mecia, indicia não viuer cafado dido toda quanta fazenda tinha
.com ella, Dous annos defpois da em Leiria por ſeu reſipeito della
feita da efcritura afima,fez elRey Dona Mecia: ?roferuiiio quod mihi '
Dom Sancho hum, tetamento feciffij,& amffi propter me quantum
fem nomear a Dona Mecia, nem in Leirena habuyii. Não declara a
* : a lhe deixar manda algüa, que a fer efcritura o lugar aonde foi feita,
mulher.fia, imposucl parcce mas diz a Era, que foi a de mil
k

» TI- Mm düzenfes
*-

‫همه‬
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
- "a . * - - Lib.4. dos
duzentos & oitenta & quatro, de Alcobaça a tresladei, aonde ##
que he o anno já dito de mil du porque no original eftà em breuefoli 66.
żentos & fincoenta & feis.Na fir -o nome de Mécianefta forma.M.
*ma entra a doadora nefta forma: no indice nouo lhe deraõ errada
Ego Żegina Z). J%. praediffam hanc ºmente nome de Maria. -

cartam roboro, 6” confirmo. Entre os Por fer a villa de Ourem de


mais confirmadores, &teftemu ftafenhora, & taõ defenfauel por
nhas entraõ Martim Gutterres fitio, & boa muralha, que afer
juiz de Ourem, outros que eraõ ajudada da arte no moderno, a
- Mordomos na mefma Villa, & puderamos ter por inexpugna
'Onego, ou Iñigo, ou Ignacio9r uel, me parece tambem que re
tiz, Alcaide morda propria Vil fitia muito a clRey Dom Afon
la:Onego Ortiz, qui tunc erat Praetor fo Terceiro, quando tomou pof.
.de Ourem. O nome Onego parece fe do Reyno, & que perfitio ate
de Bifcaia, aonde (como em Na o anno mil duzentos & quaren
narra) fe vía pelo de Iñigo, ou ta & noue, conferuãdo a voz del
Ignacio, & deuia de vir com a Rey Dom Sancho em fauor da
Dona Mecia, que lhe daria a Al Dona Mecia, & que no anno fo
caidaria mòr por confidente; & bredito, humjà paffado defpois
daquife vê claro, que a palaura, da morte delRey Dom Sancho,
2retor, não era de oficio da ju fe entregou, & deu obediencia a
ftiça, como em outro lugar de feu irmão elRey Afonfo. A ete
claramos, pois aqui vem outro, Rey vejo na dita villa a vinte &
que erajajuiz da terra. Afiftin feis do mez de Feuereiro do an
do tantos vifinhos de Ourem, & no apontado, & deuia fer que en
de prefente cabeças do gouerno taõ felhe rendeo. No me{mo dia
da Villa, faz criuel, que ao fazer confirmou ao noffo mofteiro de
da doåçaõ eſtaua cà em Portu Alcobaça o priuilegio de izen
la Dona Mecia, & que fe lhe çaõ para os homens que lhe co-...,
{onferuou a pofe das térras, que brauão as rendas, & efinolas em..… :
elRey Dom Sancho lhe tinha da Lisboa, Coimbra, Santarem, & **** *

do, & ainda felhe permitia o ti ILeiria. Z)atum apud Ourem quinto
tulo de Rainha pela caufa que jà Κal.λίανιή Ε, κ.α Σκακνή: Α
difemos. No anno feguinte de 'Era refponde ao anno fobredito;
mil & düzentos & finçoenta & & elRey D.Ioão o Terceiro nos
fete etaua ella no Reyno de Ca confirmou com outrosete priui
ftella, como fe vê na efcritura de legio no anno mil quinheníos &
Gudiel. Eta que referimos feda trinta&hú, o qual e acharà en-Fº,
rà no
-
PPCnic, & do cartorio
2 - - -
tre os daquella confirmaçaõ em
parti
~.

av ElRey Dom Dinik ov 5 106


particular quaderno: , , , , , Fernando de Caſtella Eöfn á Iaz
Conforme a ito fe deixa ver, -fanta Doha Conſtançà de Portu
que tinha elRey DõDinis raz3ỡ <gal, & o Infante Dom Afónförde
para não fazer confiança dosfe. Portugalcom at Infantả de Cá
hhores de Bifcaia, &, familia de ſtella Donà Brites, & que fara a
Haro parentes debona Macia Lo certoeza doeffeito{è:deïaóèm ré
: pes; porque aindaque elRey ſeu , fens alguns caftellcs, 8òvillás de
pay Dom Afonfo Terceiro anaõ parte a parte: potermi prefaſtan
prinou do titulo de Rainha, foi - រ៉ែ ੰ
cauf de felheimpedire caſamč cho;&procurando cafaf denowo
to, que pudera efeituar comel feu filho com huma filha delRey
Rey Dom Sancho,& figar não em i de França Felipe oFermofò;què
do elle priuado dogouerno, com brara aspazescom elRey Both. *****{
º 1maiorCabedal;&podernefteRiy -Dinis, & lhe fizera danos nd Al-…"
• no.Pelame{ma razão feinclinou garue, & em outras fronteiras do ….
k a fauoreter os de Lara, comote Reyno de Leão;& Galizat Eno- "º
! mos dito;naõ pelo parentefeo da jado elRey Dom Dinis;&procu=.….…,
Rainha Dona Mafalda, mas pe rando fatisfaçaõ detesdahos,di-o५३ cºº .६ :८
los repeitos que tambem dife zemí rhåndara defafiara elitey.‫همه چ‬
mos.” . . . . . f : . . . i fi Dom Sancho &ra feus, Reynos
--- . . . . . .
** *
: *, *
:
* º f .*.*, ‘. . . com intento de os inuadir, mas
c A P IT.: xV. ' ' que fobreuindo nete tempo a
. . . ; , . . . ...
. . . . mortea elRey de Catella parāra }

tudo com deixar ele no tetamen


Pa embaixada que elRey to encarregado fe deffe a execu
:mandou a Caffellafobréo gaó o concertado obre os caa 「 * 2 (。 rº, .. . .
mentos: : : :
ta/amento do Infante D5 -

… : A Chronica antigua foi eferí


-

Afonfo, com outras cou/as ta em o tempo delRey Dom Ma


tocantes a eſtepontv. t
-noel; colheſe euidentemente do
-- ----- - *
lugar em que fala da Ordeth de
Chrifto intituida por elRey Dõ
Dinis, & augmentada por elRey
Dom Manoel. E depºis a dita Oji
********* dara elRey Dom Dinis dem, & rendas, comendas, o jurdi
a Catella, & ainda tiuera vítas ‫ ووقهم‬،‫ لهم‬priaikgios , c ăleriladesfi
com elRey Dom Sancho, aonde #muimais emnobrecida, % acre/centade
concertaraó cafamentos de feus em tempo delRey Zºom 2anoel поја
filhos em troca. O Infante Dom /enhor: Afşi o diz a Chronicá,
[...' ' - ---- M m2 cujo
… Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
- cujo ºriginal eftà na Torre do fizera elRey guerra a Caftella, &
.Tombo. Como Ruy de Pina au obriguara á concluir o caſamen
tor della foitaõ ditante,em tem to da filha,& que entaõ fe tratara
.podel ReyD.Dinis,&na Chrono o do Infante D.Afonfo cõ a Infin
logia faz pouca aueriguaçaõ, he ta D. Brites. No ando-deânil dd
- neceſſariovalermonos das Chro zentos & nouenta & finco decla
<nicas deCatella,ajutandonos cõ rarei todas eftás coufas. A Chro
-as memorias, & ecrituras á con nica delRey Dő Sancho nb capi
- correm nos me{mos annos,fe da tulo oitauo diz claraméte que el
crâmais luz ao negociopretente. Rey fèvira com o noffo D. Dinis,
§ ¿Naúhá duuidãque ñefteanro & tratara o cafaméto de feu filho
-{etrátou o cafamento da nofa có a noffa Ínfanta D. Confiança,
..._._ Infanta D. Conftançacó o infan parafegurança do qual federaõ a
E. tede Cafclla Đ, Ferninđo;o cả elRey de Portugal oito villas, &
11. famento da Infanta D. Brites com Catellos em refens na raya.……
K* -onoſſo-ſºfante ಘೀ - O intento del Rey DóSancho
… posiuel,por não fernafcida ainda hetescafamentos foi penhorar,
º វ្នំ que Deos deu a & aegurar a ambos os Reys de
¿Ð'feis pays eliando na cidade de Aragaõ,&Portugal.O de Aragão
"**:Toufádoos annos adiáte, que foi para não dar fauora Dom Afonfo
zo de mil duzentos & nouénta & de Lacerda, que etaua entaõ na
tres, Outra filha tinha elRey Dõ quelle Reyno, & pretendia os de
:Sáncho já então capaz de depo Catella, & Leão,& tambem para
<forios, chamada D. Ifabel, a qual que naó defe fauor a Dom Dio
-no me{mo anno em que tratou o Lopes de Haro, o qual depois á
-cafamento do Infante Dom Fer elRey Dom Sancho lhe matou o
nando com a noffa Infanta,cafou irmão Dom Lopo fenhor de Bif>
com elRey de Aragaõ Dom Iai caia, viuia no me{mo Reyno,don
me o Segundo, queneſte proprio de inquietaua o de Catella, pre
, annotomou poffe do Reyno, por tendendo o me{mo Senhorio. Ao
morte defeu irmão elRey Dom etado,& cafa de Lara era preten
Afonfo Terceiro. Afi que nem for tambem Dom João Nunes de
com eta Infanta fe podia então Lara,& feus filhos aifto poré ata
tratar o cafamento do Infante D. lharaños Reys de Caftella,cafan
.Afonfo. A hiftoria antigua Portu do o Infante D.Afonfo comDona
-guefa sô do cáfàmento da Infan Ioanna filha do Lara, & a Dona
raD.Contança faz mençaõ,& 4 Ifabelfobrinha da Rainha,&her
ºpor não fe querer efeituar del deira do eftado de Molina com
Pois da morte delRey D. Sancho Dõ Ioão Nunes de Hom్య
r- - -
ՇԱ
… : ElRey Dom Dinis …" 26ラ
feu filho; morreraõ em breue o feu irmão D. Sancho, atèaquele
Infante Dom Pedro, & Dona Ifa- . tempo naõ defcubri outros mos
bel, com que os Laras (e torna uimentos contra aquelle Reyhor
raò a inquietar no anno de mil nem elRey podia intentalos por
-duzentos & mouenta & tres, co caufadogalamêto, que naõ ouue.
mo veremos. Por fer Dom Afon Aápodia ter para deixar o par
fo de Lacerda fauorecido delRey tido do Infante Dom Fernando,
- defrapça, tratou elRey D. San com quem tinha cõtratado o car
cho de perfuadirlhc acabaria cõ famento de fua filha,apõtaremos
, feu genro Dó laime, que defififfe em feu lugar no anno em que cae.
da retenção do Reyno de Sicília, Naõ fè affegurou tambem a per* -
sim que elRey de França preten. tenção delRey Dom Sanchope
dia introduzir feu irmão Carlos lo cafamento defua filha com el
de Valoys Principe de Salerno, Rey de Aragaõ, que como foi ce
rraças tudo para Íegurar eu parº lebradoſemadeſpēſagaödo mui
tido: mais aindaque com ellas fe chegado parenteco que tinhaó,
foi entendendo, nem todos o afº pannulouo Papa Bonifacio Oita
feguraraõ. E digo que não o affe uo no me{mo anno em que mor
နူးဖွံ့ဖွံ့ဖြိုူ့ de que o nofo reo elRey Dom Sancho;& feu fi
ey Dom Dinis, que mais inte lho mais neceffitaua de valedo
refadohia no cafamento,pois fá res,Cafoufe então elRey D.Jaime
zia húa filha Rainha de Catella, com Doha Branca, filha de Car
vendo defpois da morte delRey los o coxo Rey de Napoles, pela
DõSancho, que fuccedeo no an concordatagèral,quefefezfobre
no de milduzentos & nouenta & fuas preten(óés. ÔPapa a quem
finco aquelle Reyno reuolto, & fe dimittia o Reyno da Ilha de *
duuidofo o partido do Infante D. Sicilia, naſi quiz diſpenſar no ca
Fernando, filho delRey DõSan famento,por efeituaretas pazes,
cho, feguio outra parcialidade, & & contratos, & elRey que no af.
por fim feveio a celebrar por trofentado nelles ganhaua tanto, daó
ca catamento dos filhos, foi por intou por dipénagaó para con
verjäfeguras as coufas,& melhd feruar a ိို : de maneira que a
radas. Pafou ito do anno de mil filha que elRey D. Sancho imagi
.dozentos & nouenta & finco adiá nou lhe valefe cafada, veio a fã
te,aonde o relataremos. -
zer afeu marido melhor negocea
. . A guerra que então fez a Ca ção pelo diuorcio. . . . .

fella, foi por fauorecer a feu tio E pois aqui tocámos a hitoria
o Infante Dom Ioão,que feleuan delRey Dom laime, que princi
...tou com o Reyno por morte de palmëte fe ordenou pofcaula das
- M m 3 contens
se Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
:contendas do Reyno de Sicilia, foi adrnittido,& jurado elRey D.
reſumire as cauſas, & progreſſos Pedro de Aragaõ, pelo direito á
dellas atèete pafo, por fera Rai fua mulher Dona Contança, fi
nha D. Conſtança mãy dá noffà lha do defunto Máfredo tinha ao
Rainha Santalfabel, a que intro Reyno. ConferuoufeelRey Dom
duzio eíta pretençaõ na Coroa Pedro na poffe, contendendo cô
de Aragaõ, & afitir por etetê o expulfo Carlos, que era muifa
na räefma Ilha, & Čontenderë uorecido doSūmo PātificēMar
íobre a pofe dela elRey Dom tinho Quarto. Sentenceou ete
Pedro páy da mefma Santa, &e!- Papa a elRey Dom Pedro por x
Rey Dom Afonfo,Domaime,& comungado,& priuádoo doRey
Dom Fadriqueirmãos della nó đe Ăragaõ, deu ainueftidura
-¡o Defpois que o Papa Innocen a Carlos de Valoys, filho fºgun.
· cioQuarto fºntenceõu ao Empe. do delRey de França Felipe o
radofÉrederico Segundoapefdá Fermo{ò,&fòbrinho do defàpo{.
doImperio,& maiseftagos, mora fado Carlo3.Por eftainueítiðura
reo feu filho Conrado, a quem trabalhou elRey de Frãça de oc
«deixara por herdeiro, & tambera cupar por armas os eftados da
Conradino ſeu neto.Manfredo fi Coroa de Aragaõ, & deu bem 4
Jhobaftardo do Emperador;Prin fazer a elRey ôom Pedro.Deixa?
cipe que erá de Taranto, pre raele em Sicilia à Rainha Dona
tendeỏ o Reyno de Napoles; Contança, & feu filho fegundo
& Sicilia por morte defeu irmão, Dom laime jurado Rey por con
zurita lik.
&fobrinho, que afsi o deixara fentimétodos naturaes. Prendeo
3.C.69.
o Emperador feu pay em tefta feu general Roger de Lauria em
mento. Entrana o Emperador hũa batalha a Carlos Principe de
a herança de Sicilia por via de Salerno, filho delRey Carlos, o
fua mãy Contança da legiti al com o defgoto da prifaõ do
mafuccefaõ dos Reys Sicilianos. lho morreo no anno de mil du
Eitableceofe Manfrédo neftes fe zentos & oitenta & finco.
nhorios, & por defobediencias á Tinha elRey DõPedro man
fez á Igreja, foi dada ainuetidu dado afeu filho, que lhe enuiafe
ra do Reyno de Sicilia a Carlos a Aragaõ o prezo Carlos, & com
Conde de Anjous, irmão de São efeito lho inuiou, mas antes de
Luis Rey de França por Vrbano fair de Sicilia renúciou em DõIai
Quarto, & confirmado por Cle mes o direito que tinha àquele
mente Quarto ſeu ſucceſſor. Poſ. Reyno, cafandofe com fua filha
fuio Carlos oReyno de Sicilia atè Dona Branca. Morreo elRey D.
que por demafias dos Francefes Pedro no mefmo anno que feu
com
- --

º 208
competidor Carlos, & fuccedeo tinho, filho de Dom Mártinho;
em Aragaõ Dom AfonfôTercei irmão delRey Dom Ioão de Ara
roféu filho. Sabida a morte do gão. Morreoeta Rainha fem fi
pay, fé coroou tambem o In lhos, & ficou feu marido com o
fante Dom laime por Rey de Si. Reyno,&falecendo tambemſem
cilia, & fuccedendo depois no filhos da fegunda mulher Dona
Reyno de Aragaõ pór morte de Branca, entrou na herança feu
feu irmão elRey Dom Afonfo, pay Dom Martinho Rey de Ara
fez pazes com elRey de França, ಥಿಸಿqual fez Vicereina de Sici
fazendolhe renunciảr o di eitó 4 ia anora Dgna Branca.Succedeo
a ម្ដុំ 慧器 慧
podia ter ao Reyno de Aragaõ,
pela inuetidura que lhe o Papa nando, 8 leu filho bom Afoho
dera, & renunciou o direito que o Shio, º qual foi filho daquela
em Sicilia tinha a Sê Apotolica, Rainha. Dónaloanpa de Napo
puè pretendiá o dominio da Ilhui les deixou eile Reyño a Dö Èer.
& recebendo por mulhera Dona hando leu filho baía do &o de.
Branca, filha delRey Carlos,que Siciliaa elRey Dom João de Na
fendö Principe de Salerno, föra uarrafeu irmão,&fücoeffordon
prefo,&depoisfiiccedeo doRey. de federiuou a Fernando Catho
ño de Napoles,&Sicilia afeu pay lico; &a feusAucceífores, queres
Carlos,ficou aliuiado, & concor conhecem a herançarà Rainha
dado." i cibe ; . jº º D. Conſtança mãydanolfa Rai
)-.
*** Naố admittifañ os Sicilianos nha Santa Iſabel. : ) : : :

a renunciaçaõ que fez elRey Dõ ¡ Para aclarar o tempo da pra. "


Iaime, antes jüraraö, & coroaraö tica,8 concerto do deſpoſorio da
em Rey a Dóm Fradique feu ir noffa Infanta Dona Conftança có
) º que comigrande valor de o Infante Dom Fernando de Ca
maõ,
*} fendeo ò Reynd,’8: fè confèruoü tella, digo que deuia er de Seté
… na poffe, afi contra o irmão, co bro adiante, que elRey Dom Di
º

mo contra outros Principes que nis ândou ná Beira, & Alentejo,


' o moleítaráó, atè que calañdo cô donde podia facilmente auitarfe
Dona Leòrior cunhada de feu ir com el Rey DóSancho,que tam
mão DõIaime,lhe largou Carlos bem eteue pela comarca de Val - - -

feufogro em fua vida a Sicilia." ladolid em Agoto, & ainda ne ----, -

º Succedeo em Sicilia a Frederi ſte mezeſtaua receoſo delRey D.


co,Pedro feu filho;& d efte Luis, Dinis, por cujo repeito foltou el
* & Frederico filhos ambos de Pe Rey Dom Sancho a feu irmão 6
dro:Frederico deixou a Maria fua Infante Dom Ioão, que tinha pre
filha, que calou com Dom Mar: fo parafe valer delle.Àfsique def:
- Mm4 pois
--~~

s, Liuro XVII, 1)a Monarchia Luftana.


pois diftofe concordaraõ,&con Soufas, a qué fuccedeo Dona Vrº
¿ertaraõ o cafamento,& da mef. raca Reymunda de Portocarrei:
ma maneira fe concluio o delRey ro não menos illutre, que conti:
Dom Iaime por Dezembro com nuou no cargo em tempo em qu
a Infanta D. Ifabel, filha do me{- era jà falecida Dona TerejaMent
mo Rey D. Sancho. ... , , , des, como obferuei das e{crituras
: “it ſº * ... . . . . . . .; daquelle Conuëto. Efcreueo Côr
º, CAPIT. xvi.e. de Dom Pedro, que alcançara PE
. . . . . . ;: O.” º dro Afono Ribeiro etafenhora,
. , - - - - - -
،‫متحده‬ …' . . . .. . . . . ... . . ; t

De huma concordata que · quando a leuauão para elRey D5


Áfonfo; & deuia fer,que como fi
',‫ئی۔‬.’( ‫ 'ء ’مبر ھانﺎ‬، ‫ء‬ ‘‘ ' + ‫ف‬:‫ ) لمحۂ‬-‫پ۔‬4 :۴* ‫ یا‬::
elReyfezeomaljäs Eile dalga tão principalhia para Da;
fasticos, é-outras る。 mado Paço,& nete tempo feoc;
ਾਂ º гоиfат. “ cafionaria fer ella máy de Gonfag
- , (; ; ; ; * #“, 1: z . -i, * :
lo Pires,& tomar tambem daqui
:EEluas aonde elRey fi occafiaó para fer
1292.క్టె ಥ್ರೀ
li#cou no fim do anno paf ficome que antes de récolhidate
- 鷲
ఫ్గఃß fado, fe pos: a caminho me o filho,porque elapropria lhe
*para Lisboa, & aqui o Pedio a legitimaçaõ, coufa á naå
achamos a dous de Março feguin fizera a não fernotoria que o ti:
te de mildozentos & nowemta& uera fendo ainda feçular. Pedro
dous.Legitimou elRey no dia fo Afonfo Ribeiro pedio també no
cºnde pºbredito a Gonfalo Pires Ribeiro, proprio dia outra legitimaçaõ
"" &filho
‫ه و‬2 ,oriede Dom
b de Pedro
Dona Afonfo
Tereja Ri em feu nome para o filho,&am
Mendes
basſe concederaö para4 pudeſſe
de Soufa, filha de DõMem Gar herdar os bens,afsido pay,como
cia de Soufa, & de Dona Tereja , da mãy.Poucos annos defpois dia
Annes de Lima, fenhora do me fto deuia de morrer Dona Terer :
lhorfangue que auia emEfpanha, ja, porque no anno mil duzentos º
como também era Dom Pedro & nouenta & feis, trazia deman- ***
· Afonfo Ribeiro.Efta Dona Tere das Gonfalo Pires Ribeiro com a
ja Mendes de Soufa foi Religiofa Abbadefa D. Contança (obre a
no nofo moteiro de Loruão. O herança,em que fe computeraõ a
1a.26. Conde Dom Pedro diz que foi tres de Iunho.Pola alma de Dona
Abbadea, mas enganae, que ne Tereja ordenou D.Pedro Afonfo
te tempo em que ela pedio ale que ardefem duas alampadas na
gitimaçaó, era Abbadeffa Dona de Loruaõ, & paraiſto deu rii.2.4蠶
-Confiança Soares, da familia dos a Aldonça Pires monja daquelle Loruït :
Pereiras deriba de Agilela,& dos conuento húa almoinha junto a º?"
- * • São
... .
ElRey Dom Dinis. s v ‫ر‬:‫ د‬: * - tº *
209
. . .
São Francifco da ponte de Coim 2. Fr. Ioannes Egitanenſt. *

bra. Foi feita a doaçaõ no anno 'Zominicus


‫ عل‬: ، ‫ نه‬، ‫ـ‬٤:'Olixbomen
'( . ‫ ي‬. ' .'۰ ‫&لای‬.
‫ ټ‬: ‫ مﺗره‬:, ‫ هم‬١ .
de mil trezentos & onze, & afsi 2. Ar. zaminicus eleiini Siluen(. ,
nou nella Guterre Gonfalues, fal z Petru; Εββγμι Εlbornβ. -
*** '・グ・、4 』、「J-*, *、*、* : ‫از‬ df.
coeirò delRey. Naó fè amplioü Ioannes de -Apram Cácelarius %. Kè:
i . . . . . . .,"".{*... ' ' ' . . . . . . . L
por eftavia á familia dos Ribei º, .Lú.F. - .
Sl
* > . .. . .
-

" ‫ " "ت‬.


- a tº 4.
‫نته‬- )،
. -- - -
-
-
-
-
-

ros cafòu Però Ribeirò com húa Z). Ioannes %artini ‫ا‬ ‫ه‬
de
۹:‫ن‬.
‫رم‬rr۷
* - ..
βαίhiή.:-
* ** * * *
--

! . .
-

*
. .

filha de Lourenço Efcola,Portei: '2{ariίνμι Ρεινι


'i , ,( ;(antor
‫یہ‬s * ‫'ہیﺭ ’’ل‬.rk ; ;'‫ ﻧۓ نہی‬έlbor
* , , ήί,
,º º i ! A
ro mòr que erà delRey, & náð Petrus Pel ។ dericί Ζ. Κερί... "
- - - - -, ‫را به‬ - * -> * : : t

¿ Difpoftas em Lisboa as coufàs Ιοικης διενή, , α: ೪4೫Prd?/...


tocantes à Eſtremadura,part oel
º, rey para entre Douro & Minho, இப் பு:ர்,
Aranc/us /oannes $cribantj(jrie no 7 * r . ----

#"& fendo chegado a Coimbra a tahit.


""‫؟؟‬.:. . :
. ..s.‫ رخ را م‬i ،( ‫ هر‬:‫م‬
*vinte & ſinco de Abril, deuforafa , Doiis diasdefpois da éfiritura.
Lanhoto, em que confirmão as ‫ה‬referida
‫ייייייי‬deu
‫ תלי‬elRey
‫יות הזייל‬a‫ ה‬Maria Ro-**
:"‫ יידר‬: *
: c24.17
efoas feguintes, de գա: fe colhe drgues a hèrdade de Regueirada”
àlifados Prelados, & Ricos ho em termo de‫ن‬Santaឆ្ន
۹i ٔ‫ده‬
ា por tro :'‫ لمے‬، ‫۔ "* آہﻨ‬ *******。・
ºº: mens.” . . .
co de Figueirô, que elRey diz lhe
Iofani の。 . : ψhm/α, tenem; Cuardam. auia dado para caamento,& có
z. 3artinu; Égjáti Aferes Yurie. forme a iftö deuiaferefta enho
? J%ártinus Ioannis filius диondaт
ra Damado Paço.Era Dona Ma cºmra.
zj. Ioannis Egidij. ' ' , ria terceira mulher de Martim fit. 33.
| Zo..?artinui Egidijfiliujprediti.Al. Afonſo de Relende; & jà elRey
* " feres. . / . no anno pafado lhe auia dado
-z».Zaúrentiui Suares de Valladares. em Monte môr o Nouo a tres de
Z./oannes Köderici de Zritteiros, Nouébro o Caſtello de Aregos,
'z».Fèrnandās?etri de Zaruya.' º Confirmão na troca de Figueirô
- - - - ** - - - * * º . Cº. : ;’
).
t; , : … Z). Petrus /admni Portel. .. os memos Prelados do foral de
z).loannes Farnandi de Lima. Lanhofo,& nos feculargs fe acref
: i ,

"z)--%artinui , Alfonfi. . " y tou sò o Porteiro môr Lourenço


ºz»./oanheš >%emândi deZîriiteirº;. E{cola... . . . . .
2. 3tartinus de Parada Vicemaior. O principal intento queleuou
* domiüs. ' . .. . . a elRey a entre Douro & Minho,
Ecclefa2racharenfs vacat. , deuia fera queixa dos ႔ႏွ &
z».Vincentius Epijcopus Portoenfis, em particular de Dom Vicente
º „Aymericus Colimbrienst. Bipo então do Porto. Aprefoufe
Ioannes Lamdéenffs. pořchegar àquella Cidade, aon
Egea. Olſentis, de o achamos de treze de Iunho
adiante.
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
adiante. A vinte & tres de Ago por fer pefoa a que elRey defiria
fto celebrou hũa concordata gè como a padrinho, & compadre 4
ral para todos os Ecclefiaticos era feu, & de quem recebeo mui
do Reyno à intancia dos Bifos tos fauores. Neſte proprio anno
Dom Yಿಧಿ do Porto, Dö Frei em Coimbra a dez de Setembro
foão da Guarda,Dom João de La legitimou elRey a Maria Rodri
mego,& Dom Egas de Vífeu,que gües fobrinha do Bipo, filha de
só eltesvem nomeados.Os artigos feu irmão Martim Pires,Freiredo
que elRey então côfirmou foraõ Hopital de São loão. Mas conti.
ós feguintes.''' * ' ' ' ' ' nuáñdo com o Bilpo DömVicen
Que não chamaísé a fua Cor te, & os mais da concordata, por
te nenhum Bipo, ou pefoa Ec concluir elRey demandas cô ele 2 : tº -

clefiafica perante os juizes lei les, depois de affentados os arti


* * ** - - - - *. º 2. tº - - --

gos, fälad ſöbre asherdades fo gos gêraes,fez no proprio dia c6- ۱۹ .*::
- -
-
- - * * - -

*驚 體驚 particulares com cada


‫ ؟ أمد‬، ‫ذة‬ ..Qញុំ zës fecutares não co um daquelles Bifeos,& feus Ca
**--" \- ihé¢èíîê das caútas dos Ecclefia bidos. - º- - - -

‫د‬
fticos: 3° *** :‫نا‬، . ': ' | Ao Bipo, & Cabido do Pop.
º Qüd öştabdliaés haö fizefsé to deu as Igrejas de Santa Maria da d.
cartas de compra, & vendá dos de Villa noua, & a de Gaya com
bens dos clérigos: , " . todos os direitos,& a Igrejata m
' Quéòs Ecêíefiaílicos que fo[.. bem de Cabanoés, que feu pay
“º fem â?oma, ou eftudar á algúas lhe tinha dado, & outorgauatu
-

"Vniuérfidades de fora do Reyno, do,por ceder o Cabido da demá


pudefem tirar
deffëm.” ー"4" 。
o dinheiro ápu . Caftello de Marachi, que
he da villa,& IgrejadoLâmegal,
|
-

nidadés

ſeguardaſſem as immu & cutras nais colifas...` ` ` `
dades das Igrejas, & naõ tiraísé Ao Bipo de Lamego, & feu
prefôs dollas. , , tinho dedeu
Cabido a Igreja dė Saõ Mar-1h 33.
Sobre todas etas coufas auía Baldigem,reflituindolhe ό"34,
* *

aueixas,que eftes prelados repre as honras de alguns lugares fèus,


驚 aelRey, & ſairaöproui á na deuaffa gēral ಘೀ
dos neta cõcordata,que foi a ter confirmando%a Barca, & o cou
ceira que elRey celebrou com os to de Moledo,que os Reys paffa
ဒို့ပြိးမျိုးခြဲ့နွဲ့ do Reyno. Teue o
dos deraõ de efmola para a Alber
primeiro lugar ha fupplica o Bil garia, continuafem.
po DomVicente por fer mais an 'O Cabido de Vifeuficóu com
tigo, pois vemos que continuaua a Igreja de S.Pedro do Sul,& com
na prelafiaauiaannos,&tambem o direito que elRey tinha nas de
, - ...
- - -
?
** - -
-
-
Caſtel
ElRey Dom Dinis are
Caftelomendo, reftituindolheo
couto que tinhão na rua de Soar c AP IT. xVII.
em Vileu, com izençaõ tambem
aos clérigos daquella Cidade de
naõpagarem caualeria, ponto q Do que fº (obrou porman.
já aclaramos&m outro lugar. dado delRey D. Dinis
Dom Fr. Ioão Bigo da Goar
neste tempo.
da alcançou para a tua Igreja a de
Santa Mariado Mercadó daquel
la Cidade, & à Ermida de Santa 澳
關 Epois que elRey Dom..
º Dinis compos as quei
Maria do Miriheü, que eftàjunto
da Cidade,& São Ioão de Punhe
鬣 :‫ت‬
; xas dos Prelados,& dif
‫ نه اینترنتی لابی‬،‫ ی‬- ‫ میم های‬-
pos O maiS que Շf3 ՈՇտ

te com o direito que elRey tinha 'ceffario nâ Comarca de entre


nas de Santo Eftétíáo de Pénama Douro, & Minho, fe partio do
cor,&Santiago de Souereirafer Porto a Coimbra,aondegatou o
moſa com ospadroados, & direi mez de Setembro, & em Leiria,
tos dellas. Tảmbem recebeo as & Santarem os outros (eguintes
herdades da Ermida de Saõ Pe de Outubro até o fim do anno. A
dro de Villa Corça em troca pe vinte & feis de Outubro deulegi-lº: ifi
lo lugar de Alter do Chaó menos timação em Santarem a Gonçalo”
coñiõddad Cabido, por eftar fo Vafques,filho de Vafco Pires Fa
ra dáquelle Biłpado.Por eftas cő rinhã, & de Dona Maria Pires
poſiçoës liquidaraö eſtes Prela Abbadefía do Mofteiro de Fer
dos particulares tocantes a feus reira de Aures no Biſpado de Vi
·Cabidos,não derrogando ás con feu,& deuia fer antes de entrar ná
cordatas gêrães, que fizeraõ em Ordem. Era Dona Maria de fan
"Roma, antes ratificando,& refer gue illutre, & por fertal lhe cha
uando o etablecido nellas como ma o Conde Dom Pedro: ZDonna
*pecificou o Bifpo da Goarda: bemjilhadak, cafouGonfalo Vaf
No anno feguinte mandou elRey ques Farinha com Dona Maria
àRoma a PayoDomingues Deão Gomes, filha de Valque Annes
de Euora a negocios feus, & naó Cear, de que naó teue geraçaó.
duuido que foe por ratificar. Deixoua porem Dona MariaVaf
** i ás materias Ecclefiaíticas; i ques Farinha fua irmãa de que
-: , , !. que aqui concluia. ، ، ، ، ،
- ".
-
ojeprocedem os Condes de Soi
- -
-

- - --
*. -

*
:
. .. -- --

- . . . . .. . . . . . (; ; ; .
':'(..) -

telha, que por etaivia entraraõ


e
. .. . . .. ‫آن) نا ن‬- ' , .‫ز‬
;‫ر‬ .
. . . {:! ‫ر‬:
: ، ‫}ي‬. ;:
-
no fenhorio de Goes, como em
- - - - - - ** - ... . r -
C iſ * 、つ「 (。 ºf . , ; , , .
-- .
outro lugar tenho aduertido...:
*. .. . . . .. . ºf . . . . . . . . . .. .. . . )
* -----. .
-
Etauã Portugalíodegado eſte
por
!
Liuro XVII. Da Monarchia Luſiana,
ete tempo, & afi me parece que memoria, pellas caufas que Por
fè occupaua anobreza do Reyno tugal tem de reconhecer oje a
em feruiço delRey Dom Sancho excellentiſsima caſa de Medina
Tr. 19.
de Catella, que ete era o cotu Sydonia. ... --

me dos fidalgos Portuguefes na A hifloria antiguaPortuguefa,


quelle tempo: ir valerporfeus cor que algüas vezes tenho referido,
posa (ofiella, quando em Portugalme da grande louuor ao Infante Dõ
feres nem auia,como deixou aduer João neta emprefa, & diz que
tido o Conde Dom Pedro.O em por fua parte fora a Villa primei
prego das armas dete Rey no ro entrada, & elle maltratado de
veraõ prefente, foi o cerco de fogo. Foi elRey (obre Tarifa, cºfo by
Lib.14.c
16. *Tarifa. Ioão de Mariana diz, que mui bem/erudo do Infante, cápor/ua
Chrºnicº não mandara focorro algum el partefoi a villa primeiro entrada, (ór
delRey D3
Sãcho c 9. Rey DõDinis, feguindo a Chro chamº/caraºlhe abarba comfogº de em
nica delRey Dom Sancho. Eu o xºfre. Ifto acrefcento, paraque fè
duuido, pelas muitas vezes que notem dous effeitos taõ encõtra
inuiou focorros a Caftella,& ain dos dete Infante na mefma villa,
da, porque conforme vimos, ti hum de lealdade, combatendoa
* * * nhaho anno paffado concertado 體 feu Rey, & outro da maior
“ o cafàmento da Infanta D. Con oſtilidade, &aleiuoſia no cerco
flança fua filha com o Infante D. que lhe logo pos capitaneando
Fernando, filho herdeiro delRey aos Mouros, & fe defuiem defâ•
Dom Sancho, caufa que o obri uenças que obrigaõ a cafos feme
gaua mais a acudir nefta occa lhantes.De que não faltaraõ nefte
fiaö. Cercoua elRey Dom San cerco caualeiros Portuguefes, me
cho, que por ete tempo andaua perfuado. Lourẽço Mouraõ mor?
em Andaluzia, & ganhoua a vin rco nelle ferido de húa pedra dos
te&hã de Setembro, fendo boa engenhos que entaõ fevíauão. O
parte para o lucceo Dom Alon Conde Dom Pedro o efcreue afsi
fo Peres de Gufman el bueno,tró no titulo fetenta & quatro: Lºu
co dos Duques de Medina Sido rengo2gourão, qwe marou aрeдааа
nia, caualeiro de maior valor,que engenho em 7arifa, quando a filhou el
então auia, & que alem da afsi Zºey ZDom Sancho. No tit.4.1.diz, que
{tencia pefoal, empretou a el fora o morto Ioão Göfalues Mou
Rey quarenta mil libras para os raõ da familia dos Velhos. O ou
gatos da guerra.Eteme{mo ca tro era dos Churrichaõs Não en
iüaleiro a defendeo defpois com tédo eta equiuocaçaõ do Cõde.
grande contancia; no tempo da Neſte proprio cerco me pare
aeferifáfaremos delle mais larga ce que morreo tambem Dö Fer
nando
-
--

. . . i. i. 1
ElRey Dom Dinis.
nando Paes nofo Portugues Me fobre a porta do Caftello de Tdà
ſtre de Alcantara, & Comenda uira no Algarue,que elle mahdoti
dormôr, que tinha fido della. As fazer, aindaque à vltima Regra
litas dos Metres delta Ordem não fe pode ler,diz pois deta mas
conformão, em que morreo ele Ilê1ſ2; tº º, .
no anno prefènté, fem aflinar o Zoom Zinis pela grája de 2)cos
mez, & dia; naő fe lembrariaõ É9 de Portugal, º do Algarve em
dete cerco, aonde as Ordens mi Éra de 24 (CC. xxx, annos mandou
litares a{sitiraõ, & ainda não era fazer ºportal da Alcaceua dº Cafiel,
difficultofo morrer hum taleaua ae Tauira. .*. - - it. . . . .

leiro. Certo he que ao Meftre D. Naõ ha duuida que foi elRey . . .


Fernaó Peres Gallego feu fuccef Dom Dinis grande fabricador,
for,deu elRey Dom Sancho hum pouoador, & cultiuador do Rey,
juro de dez mil marauedis, por no, aindaque de tudo nos ficaraõ
fe ter achado nete cerco, mas bê não batantes memorias. Pelo
podia morrer no principio delle 醬 darei outra,que achamos ne
o nofo Portugues Dõ Fernando, ſte proprio anno, que he a funda
& entrar na fuccefaõ o outro Dó ção do Cafello do Alandroal,
Fernando, que afsitio até o fim -que edificou o Meftre de Auis
delle. Teue tambem bom lugar Dom Lourenço Afonfo,&fegura
neta facção o Comendador môr do parece deuia aperfeiçoar a o
da me{ma Ordem Dõ Frei Mar bra feis annos adiante, como dea
*
tim Fernandes dos de Riba de .clara outra infcrip[aã do mefmo
Vizela. Nem deuião faltar os ca Caftello. A que eftàfobre aporta
ualeiros das outras Ordens miliº dizaßi.
tares de Portugal; porque fem ! . . . E. de .26 (CC. XXX. aſeis diui
pre fe occuparaó contra Mouros e Feuereiro começar㺠afazer efe Cá
em fauor de Catella, pelos naõ fello, por # 3ťºfire de Auis
auer em Portugál; &só oscaua 2Dom Lourenço Afonſo, & elle pos4
Jeirós da Ordem de Chrifto def primeirapedra. ¿ , · ·.…..
pois de intituida guerrearaõ por Na torregrande, que fica anº
efpaço de quarenta annos contra te as cafas do Alcaide mòr no
os Mourqs de Granada, & Bena meio do Catello, fe vê e tele
marim, como declarou o Meftre treiro. È de 26. (CCXXXVI. an
Dom Lopo Dias de Soula, & a mos, a vinte &º quatrº dias andados de
feu tempo confirmaremos Feuereiro, feggie (affelo Z om Lou
… E paraque o anno não fene renga -4fonſo,-3%ffre de_tuis ahon
ça fem alguma acção delRey Dõ ra, & feruio de ZDeos, & de Santa
binis, darei a memória quéefià *aria fá3 adre, & da Ordens da
- - -- - N p, ndërt
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
" . .
hobre/¿nhor Z)om Zîiñi; °ey ¿e?ortu.
gal, 6° do ¿Algarue, reinante naquelle CAPIT. xviII. i
tempo em defendimento defeus Rönos.
Saluator mundfalua mé.- , ,.
Tenho duuida em fer nefte
anno Metre de Auis Dom Lou Da vinda a Portugal do
renço Afonfo, por achar huma Infante Dom Ioão de Ca
compofição feita a vinte & feis de Siella, pri/aõ de Dom Ioão
Dezembro do corrente entre el
Nunes de Lara, a que el
Rey Dom Dinis,& oMetre Dom
ta.af.João Pires, peloque ou a primei Rey Dom Dinis fez dar
43e ra Era eftà falta, ou fendo a Era liberdade, é outras
detrinta, ſe ha de attribuir apri сои/ая.
meira fundaçaõ ao Meftre Dom
Ioão Pires, & a ampliaçaõ da o Principio dete anno, ‫ما‬-
---
‫جو‬
‫بتركيا‬

bra a ſeu fucceſſor Dom Louren


ço, & comito tambem emmen
º 黎源§ com
por ferolugardifpoßo 1293.
a veſinhança de
dar o Catalago da Ordem, que **** Almeirim, deu elRey
§
faz anteceflor do Metre Dom de afsitencia a Santarem, aonde
João, a Dom Lourenço, . Na ef-. fez troca com Dom Frei loão
critura naõ pode auer falencia, Bipo da Guarda da Igreja deSan
por fer autentica: da Torre do ta Maria da Villa de Sarzedas
Tombo, & trazer por maior cer daquelle Bipado, pela Igreja de tºdº
tificaçaó a Era, naó por cifra, e Santa Maria do Mercadó damef“
não por letra. A infcripçaõ fè fez ma Cidade, a vinte & dous dias
defpois da morte delRey Dom de Janeiro. Em Lisboa o acha
Dinis, como declaraõ as pala mos no mez ſeguinte dando for
uras, &imanteem aquelle tempo, cer. a Villa Real, quejânotempo da
tificandofe o autor da Era, equi fundaçaõ deta Villa apontamos
uocarfeia nos Metres, &man- & no anno de mil & duzentos & oi:
daraó fazero edificio. tenta &noue. No difcurfo detes
-

*. . .. . . . .
-

. .
r-
.
,
(f)) -

-
- - - - ----
・ 。 ○。 annos fé deuia acabar a fabrica
. . . . .. . . . . . ; ;;;; , ,
deita nobre Villa, a que agora
vltimamente elRey daua foral,
He,eta Villa a melhor da Co.
marca de Tralosmontes, ou Proa
uincia Tranfmontana, cercada
qe dogs ríos, a faber, o Corgo,
& º da Ribeira, º Hoje etão
major
ElRey Dom Dinis | 2|}
maior da Villa fora da cerca ve colheote no fim à Portugal,culti
lha, que he murada,& fabricada uado com a experiencia daquel
por elRey Dom Dinis, & tem les dousmetres,auidos então por
perto de dous mil vifinhos. Ofi primeiros nas Cortes de França,
tio he plaino com bons edificios, Caftella, Aragaó, & Nauarra,8c
& hum paço magetofo dosMar affentando experiencia fobre fua
quefes que foraõ daquela Villa. natural bondade, o fez aceito a
Nella ha tres moſteiros de Reli elRey Dõ Dinis, bom aualiador
giofos, de Saö Francifco, & Saö de ſemelhantes homens.
Domingos, & outro de Religio A vinda a Portugal de Dom
fas. Hehabitada de muita gente Ioão Nunes de Lara, fe ordenou
nobre, que (empre coftumou ce refta maneira. Defpois, que o Mriana
lebrar ੰ fetas em hum ànno paffado
João na feruio
tomada, oinfantè
& cerco Dö';'4-*
de Ta- I e

e{paço o terreiro que tem. *

- No foral que de prefente lhe rifa com tanto valor a feu irmão Com. Pet3
deu elRey D.Dinis, confirma Dő elRey Dom Sancho de Catella, ti, ro.
Ioão Martins de Soalhaés, eleito alguns emulos receofos de o ver ே
Arcebipo de Braga, por morte por aquelle bom feruiço mais a-f yo1=
do Arcebipo Dom Martinho. Ceito, T& remunerado daquelle
Cºm. Pet.
Confirma tambem entre os fidal Principe, lhe perfuadiraõ que não
". fit, 44. gos, que naó tinhaó fenhorio, & obrara o Infante com zelo, & a
tenencia de terras, Dom Ioáo Si feiçaõ, fenaõ forçado da obriga
mão, grande priuado que foi del ção, & repeito: afirmandolhe
Rey Dom Dinis, & feu Meirinho que o animo do Infante era mui
mòr. Porfeu pay Dom Simaõ em deferuiço delle Rey, & que
Duroo, de quem tomou o patro «de nouo tragaua inquietagoës a
nimico, & por fua mãy Dona Te fua coroa. ElRey Dom Sancho, 4
reja Rodrigues de Freitas appa dos agrauos feitos ao irmão, &
rentaua com os detes appellidos. de fua parcialidade não julgaua
-& com os Leitoês, & outras fa fatisfaçaõ differente, deu credito
milias principalifsimas. Em feus aos malcins, & difpos logo auer
primeiros annos fefez Dom João - às maõs o Infante. Tendo elle
Simão, ao vfo daquelles tempos, -noticia do cafo, fe foi a Caftro
vaffalo de Nuno Gonfalues de *Tarafe, aonde etaua Dom João
:Lara o bom, & defpois de Dom Nunes de Lara o moço, que he
João Nunes de Lara feu filho,aos no Reyno de Leão, & naõ fedã
quaes feguio nos Reynos de Ca do por feguro naquelle Reyno, fe
- ftella em varias fortunas, com -veio a Portugal com fua mulher
Ygrande primor, & fidelidade. Re -Dona Maria, & fua.fogra_Dona
*::- 4 N n a Ioanna,
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Ioanna, & recolheo toda a famí do a elRey Dom Dinis, mas def.
lia em Bargança. Ajuntoufe logo pois de ido para Catella lhe pô
ao Infante Dom Ioão, feu grande de féruir pouco,a refpeito de mor
amigo Dom Ioão Afonfo, fenhor rereſte proprio anno eſtando na
de Albuquerque,com boa com fronteira dos Mouros. - -

panhia de gente, que deraõ mui Eta foi a caufa da prifaõ de D.


to trabalho àquellas Comarcas Ioão Nunes de Lara, & o tempo
vifinhas. - " - -
em que ela fuccedeo, aueriguada
ElRey Dom Sancho defenga das hiftorias de Caftella, & me
nado do mao confelho que toma morias antigas defte Reyno, de á
ra,tratou de reconciliarfe com o fe defuia sẽ razão a chronica del
irmão, & naõ achando pefoa de Rey Dõ Dinis, & Duarte Nunes,
mais autoridade,mandou a Dom que a treslada, acrefcentando, q
Ioão Nunes de Lara o velho, que viera efte D. Ioão Nunes de Fran
cõ sôsfetenta de caualo chegou à ça contra el Rey Dó Sancho, por
fonte do Sabugo, aonde o Infan não guardar o contrato do cafa
te entaó etaua. Elle por confelho mento a elRey Dom Dinis,o que
do Albuquergue prendeo a Dom já motramos fer falfo: alem de 4
Ioão Nunes, que naõ pode fazer morreo hefte tempo D.Ioão Nu
refitencia, por etarem os feus ñes, como temos dito,& agora á
contrarioscom quatrocentosbös auia voltado de :: e COn

homes decaualo. Deraðlhea pri. graçou com elRey Dom Sancho,


ſa6 no Caſtello de Albuquerque, &hia apafguar o filho, o Infante,
porem elRey Dom Dinis, que e & Döïõão?,fonfo de Albuquer
ra afeiçoado a Dom Ioão Nunes, que. Não eraefte o neto defRey
& em gêral aos Laras, & por fã D.Dinis,filho de AfonfoSanches,
ber á fora prefo em feruiço del como diz a Chronica, fenão feu
Rey Dom Sancho, lhe alcançou auó D.Ioão Afonfo,fenhor de Al
logo liberdade, concedida facil buquerque, porqainda netean
mente pelo Infante, & por Dom no DõAfonfo Sanches apenas ti
Ioão Afonfo de Albuquerque,que nha idade para cafarfe. Poucosan
dependião muito delRey Dõ Di nos adiante deu elRey o officio
nis.Veio Dom Ioão Nunes a Porº de Mordomo mòr a Dom Ioão
tugal agradecer a elRey a liber Afonfo: pareceme que neftaoç
dade, & foi ainda mais penhora cafiaôfe trataria o cafamento de
do defua grandeza, porque lhe Dom Afonto Sanches com à fi
fez elRey muitas merces, & lhe lha dele, & a ete repeito o ad
deu muitas joyas, & dinheiro.Fi mittio elRey à Mordomia. Não
cou Dom João Nunes agradeci ficou Dom íoão vaffalo delRey
Dom
E/Rey Dom Dinis, * 13
Dom Dinis, como efereue Duar cho, & nelles melhorou o partie
te Nunes. Dom Ioão Nunes de do do Infante, alcançandolhefe
Lara o moço feu filho foi o que gurança, & retençaõ de tudo o q
fe fez vaalo do nofo Rey, porá tinha nos Reynos de Catella, o
era da parcialidade de Dom Ioão Infante todauia com a experien
Afonfo de Albuquerque, á tam cia da apereza delRey teue por
bem fora vaffalo do me{mo Rey, mais acertado aufentarfe, q tor
& afsio diz o CondeDom Pedro, narſe à obediencia de hum Rey
que o tratou, & conheceo de vi ofendido taõ de freíco. Originou
ſta. fe deta partida fua de Portugal o
Porete tempo etando elRey cerco memorauel de Tarifa, que
lik 2 fol.
em Lisboa a vinte & finco deMar relatarei por eta, & outras cau
50.51, 6. ço, deu foral a Alter do chaõ, 4 ſas. * -

#. o anno atras lhe dera o Bipo da Partiooïnfante Dom foão de


ſ
Goarda em troca. E no proprio fte Reyno, donde embarcou no
dia julgou os lugares deMaceira, porto deLisboa,como diz aChro
Valles, & Dezimaó a Pero Men hica delRey D.Sancho,&oBifpo ºrdºs
.! .ே Ptf,
des Cabreira, & a fua mulher; & de Palencia,vendo que o naõ cõ
a Dona Ermegença Soares,&feus fentianelle elRey Dom Dinis.Di
加, 3 3 º
filhos Fernão Martins, & Afonfo zem que leuauatenção de paffar º 7.
Martins, que era dos Cabreiras, a França, mashum temporal o
Efpineis,& Correas. No me{mo derrotou ao porto de Tanger.El
Iulho reſtituio elRey à villa de Rey de Marrocos Abějacob, que
Mirandela por termo o lugar da foube de fua vinda, & da pouca
Torre deDona Chamoa,em cuja vontade que tinha a elRey Dom
pouoação elRey deſpendeo mui Sancho, alem das pretençoês ao
to, & oizentara daquella Villa. Reyno deLeão,o agafalhou com
Eraito etando elRey ainda em cortefia;ofereceofeo Infante pa
JLisboa, aonde fe deteue eteve 1'3. Ο feruir,& en breue termo te
raõ, que os vltimos mefes do an ue occafiaõ, dandolhe Abèjacob
no gatou em Coimbra. armada batante para vir cercar
Taölonge eftaua elPey Dom Tarifa. Deembarcou o Infante
Dinis de mouer guerra a (eu tio fobre eta Villa, que com tanto
elRey Dom Sancho, que não cõ rifco de vida ajudara a ganhar o
fentio fazer detença em fua Cor anno pafado. Defendia o cerco
te o Infante Dom João,por andar Dom Alonfo Peres de Gufnão,
defauindo cõ elle. Aindaque Ioão contra quem não foi de efeito á
Nunes em Catro Tarafe veio a violencia dos contrarios, fèndo
concertos com elRey Dom San que chegou a tanto, que lhe ina
*
Nd 3
-- – tarão
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
tarão hum sô filho que tinha, por cia dos cercados,tentou o vltimo
não querer libertalo com a entre remedio,mandando dizer a Dom
ga da fortaleza. Alonfo Peres, que entregafle a
Não declaraõ os Autores o fortaleza,fenão que a vita fua lhe
modo com que o Infante Dom mataria o filho. Era o Infante Dõ
Ioão alcançou em feu poder ao Ioão coſtumado a réder caſtellos
minino Dom Pedro Afonfo de comameaça de morte dos filhos
Gufmão, filho de DõAlonfo Pe dos qos guardauâo. No anno de
res: porem do que alguns tocão, mil duzentos & oitenta & dous,
me parece a mim, que de Portu feguindo contra o pay as partes
Ερino(ι gal o leuou agora em fua compa deſeuirmão D.Sancho,andando
na hit. de
Seuilhalib. nhia. Como Dom Alonfo Peres lhe fogeitando o Reyno de Leão,
sºp.3, era primo com irmão da Rainha foube que eftaua no Caftello de
Dona Brites, mấy delRey Dom C,amora a mulher de Gutere Pe
Dinis, & tio do me{mo Rey, & res,Meirinho nór de Galiza, que
*"Dona Maria Afonfo Coronel fua na aufencia do marido o fuftenta
tit 42
mulher Portuguefa por feu pay ua. Parira ella hum filho auia oi
Dom Fernão Göfalues Coronel, to dias, & criauafe em húa aldea
aparentada com eta familia, & vezinha, mandouo bucar o In
com os Cunhas, Siluas; & Perei -fante, & diffe à mãy que o mata
ras, por onde tinha em Portugal ria ſenio entregaſſe o Caſtello. A
muita fazenda, ficaua o filho afsi honrada matrona,que ate aquel
por parte do pay, como da máy le tempo eſteue conſtante,com o
com grandes lianęas nefteReyno. o amor do filho ferendeo. Cufão
Deuia criarfe Dom Pedro Afonfo às máys os filhos mais, & afsi os
em cafa delRey Dom Dinis feu amão mais. Na Chronica delRe
tio por elte tempo. O Infante D. Dom Afono o Sabio cap. 74. §
Ioāò traçando jào cerco de Ta pode ler o cafo. …..…... … -

rifa, pediria a elRey lhe defe o Naõ faz abalo na contancia


minino para o leuar afeu pay Dõ de Dom Alonfo Peres a ameaça,
Alonfo Peres, & diria que pois o antes tirando a adaga que trazia
não cõ entianete Reyno, queria na cinta, a lançou aos inimigos,
bufcar o emparo de Dom Alon dizendo, que alydaua armas para
fo, aonde etaria feguro,pelo ref. lhe mataré o filho,porque antcSO
peito com que elRey Dom San queria ver morto, que maculada
cho o trataua, & pela amifade 4 fua fama cõ a entregada fortale
com elle Dom Ioão tinha,depois za. Não foube a barbaria,& cruel
que fe acharaô ambos na tomada dade do Infante Dom.Ioão eſti
de Tarifa. Agora vendo a refiftë mar a refolução de Dom Alonfo
*
Peres,
ElRey Dom Dinis. 214
Peres, & como que na innocen Excellentiſsima caſa de Medina.
cia do filho vencia a conftãcia do Sidonia, fundada por hum tal va
pay, o mandou matar logo a vi raõ,& continuada em feus fuccef
íta dos que etauão nas ameas. fores.Eteuão de Garibay diz,que
Defefperado então de render Ta-. deeperado Abenjacob Rey de
rifa, leuantou o cerco. Celebrou Marrocos de poder fazer mais lã
fe naquela idade, & em todas a ço em Efpanha, largou a elRey
acçaó de Dom Alonfo Peres. El de Granada a cidade de Algezira, :413s‫ه‬
Rey Dom Sancho ohonrou,dan que sò pofuia aquem mar, & cõ
dolhe o titulo de bueno, por car ito ficaraõ os Reys vltramarinos
ta fua efcrita em Alcala de He totalméte excluidos do enhorio
nares a dous de Ianeiro do anno.
de Efpanha. Efta aduertencia co
de mil & trezentos & nouenta & lhe Garibay da chronica do mef.
ſinco. - º
mo Rey Dom Sancho no Capi.
Outro cafo temos femelhan tulo decimo. . . . .
te em Portugal, acontecido no He para notar, que foi caufá
Catello de Torres Nouas, em delibertar Eſpanha do fenhọrio … vʻ . tw **,

tempo delRey Dom Fernando. dosMouros Africanoso fundador - -


- *~ * **
*-
-

Guardaua ete catello por elRey da cafã de Medina Sidonia com a


Lib. 5. da Dom Fernando,Gil Paes, natural defenfaõ do cerco de Tarifa, & … * --
Gv

Efremadu
tajalu 79
de Sãtarem.Os Caſtelhanos, que cõ a tomada de Ceita pelos dous ・いで "
então fazião guerra por elRey D. fundadores da caía de Bragança,
- . . . ;
Henrique Segundo, catiuaraõhữ elRey Dom Ioão o Primeiro, & o
filho dete Capitaõ,aprefentarão fanto Condetable Dom Nuno
lho à vita,dizendolhe,que ou en Alures Pereira, fe egurou Epa
tregaffeo Catello, ou lhe emfor nha, de fer outra vez acometida
carião o filho. Valia mais cõ Gil daquelles barbaros; paraáa am
Paes a obrigação da omenagem, bas eftas cafàs deua Eípanba füa
«que a vida do filho,peloque o dei fegurança, a húa na defentaõ ex
xou emforcar, & fuftentou o Cá cluindoos, & a outraſna, inuaſañ
tello por eufenhor. Asi o repre enfreandoos. Daquiinfite eu que
fentou a elRey DõAfonfo Quin naöfem myſterio permitio Deos
to Ioão Soares feu neto em hum fe vnistem oje eltas duas calas no
memorial, que lhe deu dos ferui cafamento delRey Dom João o
ços, que os de fua familia tinhão Quarto com a Rainha D. Luifa
feito aos Reys defta Coroa....….1 Francifca de Guímão nofos fe
Mas tornando a Dom Alonfo nhores, nas pefoas dos quaes, &
Peres de Gufmão, ele ficou triã. dos felices fücceflores, q lhe haõ
fante, & honrado, & com elle a de herdara Monarchia, alcança
a -s ºw. N n4 raӧ
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
raõ ambas as cafas, de Bragança,
& Medina Sidonia o auge de fua CΑΡΙ Τ. ΧΙΧ.
felicidade.là naquele tempo auia
vnião em ambas as familias; por
ue Dona Maria Afonfo Coronel Fundação do celebre conuã
eta bifneta de Dom Freilhe Ro to de Santa Clara de LifE
drigues de Pereira, filha de Ruy boa, com outras
Gonfalues de Pereira, & jà entaõ
О appellido de GuÍmão andaua сои/йл.
na Rainha dete Reyno D. Brites,
& de mais antiguo com o appel, # Rincipiou o Bifoo Dõ 1294,
lido de Gufmaõ tinha entrado a ÈJ8% Ioão Martins de Soa
primeira Rainha Dona Tereja, #lhaësogouernodo Bif
mãy delRey Dom Afonfo Henri * pado de Lisboa cõ tão
ues.Pedro Ieronimo de Aponte, boa eftrea, como foi a fundaçaõ
& Sandoual foraõ os que melhor do mofteiro de Santa Clara defta
aueríguaraóeſta verdade:os anti
Agote lib. Cidade, que alem de fer füa fum
2.4 85. ptuofidade, & grandeza, grande
-
gos não a negaõ, fe a não expri
miraõ;&o Bipo de Burgos Dom ornamento della,tem fido efcola
In Amade
phalsc|?
Fr. Afono de Cartagena, que dos de grande perfeiçaõ, & Religiaõ.
6,75. antigoshe só o que falou na mate A fundação delle efcreuem os an
ria, naõ pode negar fer a fama a naes deftaReligiaöfernefte anno, vrotg
tradição contante, que da fami pela deuaçaõ de húa Dona Ines, ""
lia dos Gufmaês defcendia a Rai viuuade Dom Viualdo, CidadaóÄ"
nha Dona Tereja por via de fua honrado de Lisboa. O fitio que º
máy Dona Ximena: Quam ferunt Dona Ines efcolheo para o edifi
de domo Cwfmanica fuiffe. Dei rela cio, foi o mefmo em que agora
gaõ defte cerco, por fer a caufa vemos a capella maior do gran
delle o Infante Dom Ioão deſpe diofo moteiro da Sãtifsima Trin
dido denofo Portugal,& concor dade. Corrêdo a obra nefte fitio,
rerem no'ininino D.Pedro Afon com o fauor da fundadora fücce
fò tantas partes de fangue Portu deo, que eftando ella hüa noite
gues. E aindaque o cafo fuccedeo ម្ល៉ោះ vio em fonhos húa
o anno feguinte, por concluir as efcada no lugar aonde então ca
. . coufàs do Infante DóIoão, ftigauão os condenados, que he o
- olanceinete me{mo em que oje vemos o con
(?) ucnto de Santa Clara, fobiaõ por
eta efcada,& deciãoAnjos,como
nade Iacob myfteriofa. Adeuota
- - - fenhora,
ElRey Dom Dinis. 21 ;
ſenhora inquirindo deſejoſa omy dar naquellestempos âmaliada bê
terio da efcada que fe lhe repre á mercancia. A finco de Feuerei
fentaua: ouuio huma voz que lhe ro do anno de mil duzentos & fe
dezia. He vontade de Deos, que tenta & oitd deu elRey D. Afonfo
o mofteiro,o qual começafte a fa Terceiro a villa da Lourinhãa a
bricarpara as Religiofas,deixado feu filho o Infante Dom Afonfo, &
o primeiro fitio, ó fundes nefte, nefta doaçaõ,entre os pobres que
donde haó de ubir ao Ceo mui a confirmão,entra tambem Dom
tas almas. Para final, & proua de Viualdoneſta formá:Zen Ziual. tu utj
íta verdade acharàs nefte lugar dº Censes Cidadão de Lisboa. Foiito biºfíº
huma Cruz formada de duas pe hú anno antes da morte delRey ‫ ؤ‬fil.t ‫لا م‬
dras. Admiradå, & obediente e Dom Afono, & do reynado del
leuantou Dona Ines, & fazendo Rey Dom Dinis, & defafeis antes :
logo de manhãa diligencia nolu defte. . . . . . ;.-- : - ..:: … : ¡
ar afinalado, achou aquelle fi Dona Ines fua mulher fundou
nal de nofa faluaçaõ, cõ que lhe Santa Clara no anno feguinte de
tinhaó marcado o fitio do Con mil duzentos & oitenta & dous;
uento. Mudou entaõ a fabrica 4 era ainda viuo Dom Viualdo,co
tinha principiado para ete fitio, mo confta da doaçaõ do con
& naõaleuantou mão da obra, a uento de Santos referida atraz.
tê a pôr em perfeiçaõ, com tanta Durou a fabrica tempos, & affi
magetade dotado, que he hum ainda no anno de mil duzentos &
dos primeiros á hänö Reyno. ' nonenta & oito a Igreja não era
, Äqualidade de Donalnes nãd acabada. Faleceo no anno (obre
alcançamos, mas bem fe deixá dito Dona Confiança Mendes de
ver de taõ nobres penfamentos, á Soufa; mulher de Dõ Pedre An
o era ella, & que alem da nobre hes de Portel, peſſoas bé nomea
za, tinha cabedal,& fazenda para das neftâ hiftoria, & entre outras ¿¿¿
emprender taõ grande fabrica, mandas deixou efta: Item manda, firm.
- -

Natural de Eturias dizem. que e.- Zonnas de Santa (lara de Lisboa vin- “
ra. Dom Viualdo feu marido era te liuras para a ºbra da Igreja. No
Genoues de naçaõ, Cidadaõ de tempo prc{ente vemos nôs eta
Lisboa, aonde deuia refidir por Igreja aperfeiçoada em forma, 4
repeito da mercancia, que cha iguala ás mais áceadas da Chri
mou a eta cidade muitos Cida ftandade. ~~~,
dãos nobres dasRefpublicas deIta No Coro baixo, que tem as
tia, & naturalizados em Lisboa, Religiofas ao lado de huma cap
eraõ admittidos aos foros de Ci pellãna parte do Euangelho, eftã
dadaõs,& gouerno della, por ad t tumulo de pedra pequeno
entro
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
dentro dehum nicho, & nelle eſs do, tocando as partes lefas com o
critas eftas palauras : J4qui ofîão os bordão defta ferua de Deos. A
ofes de z.Ines, quefunăou fie mytei Rainha Dona Caterina experi
ro no anno do Senhor de mil trezentos mentou tambem feus fauores, &
«» trinta. Como o epitafio he mo muitas outras pefoas. Cõ iguaes
derno,& foi feito na tresladaçaõ marauílhas acreditou Soror Lea
dos ofos da fundadora, não he nor dos Reys (outra Religiofa da
muito que fe enganafe o efcritor me{ma cafa) a inteireza de fua vi
no anno da fundaçaõ que alyapó da; & muitas outras Religiofas
ta, fenão he, que fe refira a tresla exéplares a autorizaraõ fempre,
dação dos ofos deta matrona, q & a futentão. -

ferianaquelle anno demil trezen De Ianeiro defte anno atêAbit


tos & trinta. . . . . . . ' . -
pafou elRey D. Dinis em Coim
Floreceraõ no Conuento de bra, Leyria,3: Santarem. Eſtando
Santa Clara defde feus principios neta Villa a treze de Abril, deu
muitas Religiofas de grande vir hum chaó à porta de Leyria a feu
tude, & por etar o moteiro ne thefoureiro Pero Salgado, quehe
fta Corte o pouoaraõ as pefoas a memoria alem de outras, de 4
mais illutres do Reyno, no tem nos confta a eftada delRey na
po prefente ha boa cópia. O Có quella Villa por ete tempo.Inti
de Dom Pedronaguelles primei tuio Pero Salgado a Capella na
Tit.30.
ros tempos faz memoria de duas Igreja de Santa Marinha de Life
filhas de Martim Afonfo de Mel boa, & fez tambem a ponte da
lo, & de Dona Marinha Vafques, Mufela norio Alua.Ainftituiçaö
filha de Eteuão Soares, fenhor da fefez o anno de mil trezentos &
Albergaria de Pay Delgado em tres, & a ponte fe principiou no
Lisboa,huma das quaes tomou o de mil duzentos & nouenta & oi
- habito nefte Conuènto, & outra to, no letreiro que eftà nella , 8c
no de Santa Clara de Santarem. na efcritura da inftituiçaõ da Ca
Das 4 mais fe abalifaraó em vir ...pella feintitula Pero Salgado the
tude, ou de que ha mais noticia; fòureiro mór delRey Dõm Dinis.
foi húa Ines de SãoDomingos,do Ete Rey lhe deu o padroado da
nome de fua fundadora, a qual o Igreja de São Miguel de Couas do
fenhor honrou com milagres def. Arcebipado de Braga no anno
pois de morta, entre os quaesfe pellido
conta, a (aude que o Reuerendo
mil& trezentos
de Salgado&não
hum. Do pef.
faltão ap- I6s #
Gêral da Ordem Frei Andre da foas de confideraçaö na meß
Infula alcanfou da enfermidade ma idade. Afonlo Dominges Sal-upins
de gota,de que era muitrabalha.
- - -
gado Ouuidor dos feitos delRey
- . . .” -
Dom
, - "… E/Rey Dom Dinis ; … os: \ 3ió
Dom Afonfo Quarto, achamos fezeta intituiçaó Doña Tereja
pelos annos de mil trezentos & Eräeftafenhorâ nobilißimia,fiIhâ
vinte & noue,o qual auia fido hú de Dom AfonfoPires Gatto,&dé
dos Clerigos delRey Dom Dinis, Dona Vrraca Fernandes, defcens
que lhe feruião no |ိ
dente porfeu pay deDom Arnal
nha húa Coneia de Silues,como do de Bayão,do qual o Conde D.
conta da reuogaçaõ de alguns
: eftatutos, que ô Bifpo, de Lisboa lo 40. & por fua mãy participauá ,
# Dom Gonçalo Pereira fez no an do fanguedos Bargánçoês,& ou a 'S

#" no de mil & trezentos & vinte & tras familias illutres. No titulo
quatro, a qual fe conferuano nof 38 ſeequiuocou o tresladador do
fo moteiro de Odiuelas, aonde Conde, dandolhe por marido a
ele firma deta maneira: Afon/ D.Soeiro Pires de Azeuedo, fen:
2ominici Salgado (anonico Sylued?.Fr. do cunhado feu, cafado com fuá
:* Aluaro Garcia Salgado foi Co irmäa D.Conftanęa. ;:s
"mendador de VillarTurpim,ſen ''o certo he que foicafida Dos
do da Ordem de Alcantara;& Al há Tereja com Mem Soares de
feresmòr della no tempo do Me, Mello,fid
que a igualaua em
tre DomDiogo Sanches,que faio nobreza. Oalgappo ell ido que primei
eleito pelos annos de mil duzenº royfou Mem Şoares,foid de Al
- -

tos & dezanoue... . . . . pim, que afiio nomea o Cond;


- - - - - -

: : ;' ) t. :
t
Dom Pedronotit,3o.do qualcö
cAPir. xx. ri , fta á defcendencia matería defié
. . . . .
} ,
-
* - -,-----
-- -
- - - -

-
- -
ºf. fidalgo,deriuada de Dom Gomes
Mendes Gedeão, que pela baror
- Da noticia das familia: nia defeu pay Dom Reimão Paes
- dos AMello;, & Såspór . 驚
.era dos de de Vilela, como
, ‫נ‬.‫רואיו‬ eiſte temp .4 , 2 ΑΑ -

o me{mo Conde elereuengtitu


-

ld 45 .. . . . : ...,
$ Efte anno deu I)ona „ÑÎóu MemŚoáreŝoappellido
、デ。 § § Tereja Afonfo Gatta ¿eMello defpois que teñë.g feº
機巡霧驚鷺 nhorio da Villa de Mello, de que
* de Mello humas dafas he appreſenteſenhor Estévãošoa
na cidade da Guarda para a Ca fesde 醬‫ به با‬鷺
pelláde Santa Caterina, que inftir ¿com:o mefiga appellido eftédeg
tuio no nofo Mafteiro de Macei ម៉្ល
radaöfituado humalego de Vir #ia em mui tas caía
េ ះ
mor
s de ga:
feo, & quatro da Villa de Melo, ºpuត្lates,ខ្សន៏
com licença delRey Dom Dinis Adgs Moºre:Gend
de
-- Liuro XVII, Da Monarchia Luftaun.
de São Lourenço, & Açumar, & duas aruores, hüa de cada parte
a dos Marquefes de Ferreira, ho com ſua aue emcima; aſsi eſta6
je Duques do Cadaual. em hum finete antiguo da Villa,
-A via por onde entrou o fe que conferua Eteuão Soares, ho
nhorio da villa de Mello a Mem jefenhor della, o qual tem etas
Soares,me não conta de certo;o letras ao redor: Sºlodo Confºlho de
1.f., que declaraó as inquiriçoés del .2terlo. O Conde Dom Pedro no
Že Rey Dom Dinishe, que pouoara liuro das linhagês por Merlos no
Gonçalo de Sá eta villa, & que mea ordinariamefiteaos defta fa
dera húa parte à Sè de Coimbra, milia, que naõ necefita debufcar
outra a hereos,& ametade deixa outro folar, pois eta Villa de
ra a fua mulher, & que ao fazer a Merlo, ou Mello he taõ certo, &
inquiriçaõ, a trazião, & pofuiaõ taó autorizado.
hoñrada,aviuua de MemSoares, Em França pelos annos de mil
& teus filhos. Daqui me perfuado, duzentos & feffenta & quatro
Iue como o poüoadof Gonçalo mcrreo Dona Margarida d Mel
de Sânão deixou filhos,a mulher lo, Maricalela do Condado de
por parenta, ou de Mem Soares, · Champagne, ou Campania, co
ou de fua mulher Dona Tereja mo rós dizemos, a qual com o
lhe largou ofenhorio deta Villa; Marichalfeu marido eftà fepulta
&a nã5ferito,pode ferlha com da no conuento de Ripatorio da
praſſe com beneplacito delRey noffa Ordẽ, do Biſpado de Tro
D.Afonfo o Terceiro,com quem yes da mefma Prouincia.O epita
teue muita priuanga MemSoares fio della tresladou o noſſo Gaſpar
de Mello. º Gonjelino no liuro da noticia gè
- Com variedade fe ecreue, & ral das Abbadias deta Ordem,
ႏိုင္လို႕emPortugal,& Caſtel & he o feguinte. - - * * * **

la ete.appelido, porque alguns Hic tace, Z)omina.%targareta de


dizem Mello, como hoje vulgar. .3tell, Mareſcalifa Campanie.
mente corre;& outros Merlogue * * * Objt anno Z)omini 1264.6. /4us
hé nome de húa aue bem conhe | Nouemb.
cida pela fuáuidade defua mufi Seno Reynodefranga naöha
ca,da qual fe appelidaraõ també Mellos, pode fer que foffe Portu
-os Merulas Romanos. Os que af. guefa eta Dona Margarida,&ir
fi pronunciaó me parece,que daó määde Mem Soares'de Mello, ĝ
overdadeiro appellido à familia; então viuia,& cafaria com o Ma
porque a Villa de que fe diriua, fe richal de Campania, que podia
chamou em feu principio Mello, virem companhia delRey Dom
% tempor armas as Reaes.com AfönföTerceiro Conde deBolo
nha,
ElRey Dom Dinis. 217
nha, quando de França veio to he o folar indubitauel defte apa
jmar pofિ defte Reyno, aindaque pellido, que com eta certeza não
o Conde Dom Pedro a naõ no nece{sita de recorrer ao Caftello
mea, nem appellida de Merlo, fe de Melun em França; mas nos
não aos defcendentes de Mem Sâs ha tantos lugares deíte no
Soares. Se ha Mellos Francees, me, que não fe poderà taõ ao
nenhuma colligaçaõ tem com os certo apontar o verdadeiro. Deia
de Portugal, os quaes fabemos xando a freguefia de Santa Ma
roceder de Mem Ŝoares de Mer ria de Sà, & quinta de Sá ja no
Jo, & appellidarfeda villade Mer meadas, as freguefias de São loão
lo, de que teue ofenhorio na for de Sà no julgado de Valladares,
ma referida. Saõ Pedro de Sà no julgado de
Gonçalo de Sà primeiro po Faria, a freguefia de Sà entre
uoador da villa de Mello, he o Ponte de Lima, & Vianna, Santa
primeiro fidalgo que com o ap Maria de Sà entre Aueiro, & Ef
2.dol
pellido de Sà fenos oferece, & gueira, o padroado da qual Igre
afsi ferà razão aclarar o que de ja deraö a elRey Dom Diuis os#
íta familia fe alcança. Eñtendo proprietarios, & alẽ difto a quin
que deuia fer natural, & ter a ca ta de Sána freguefia deSaô Íoão
fana freguefia de Santa Maria de de Luzydo, julgado de Penafiel
º Sà do julgado de Cea, & por fi de Soufa, & a terra de Sà nojul
«car em diftancia de tres legoas o gado de Guimaraens poderaõ
fitio da vila de Mello, que era todas competir neta ့ ့ ့ ့ ့
feu, fe difpoz a pouoar aquella naçaõ. Contudo vito etar in
Villa. A quinta de Sàna fregue certo o Solar, hauendotantos, aº
fia de São Ioão da Lourofa tinha pontaremos o quenos parece fer
elle por honra no julgado deWi do auô de Ioão Rodrigues de Sà
feo em tempo delRey Dom San o das galès, & como dellefe diri
cho o Segundo, como fe pode não todos os fidalgos dete appel
ver no feptimoliuro das inquiri lido, efcufaremos os outros Sola
çoês delRey Dom Dinis de leitu res para o nofo intento, naõ dei
ra antigua. Porem como dete xando de confeffar,que outle ou
fidalgo naõ ouue defcendencia, tros fidalgos Sas herdados pora
:! he neceffario bufcar em outra ម្ល៉ោះ deftriĉtos. Baftem Mem
parte o tronco da familia dos e Sà Caualeiro Aluafil da cida
Sás. • * --

de de Coimbra,que era o mefino


-He maís difficulto(o defcubrir que Vereador, mas com exten
o folar defta familia, que da dos ção na adminitraçaõ da jutiça;
Mellos, porque a villa de Mello por queixas dete fidalgo confer.
- Οο l]Cl,
!*
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
uou elRey Dom Dinis no anno muy, era do fenhor da quinta de
de mil trezentos & finco oscoftu Ioão Afonfo de Sá; de forte que
mes daquella Cidade, no carto quem tinha o fenhorio da quin
rio da qual vi eu a carta. E Gil ta, tinha tambem annexo o pa
Martins, filho de Martim Fer droado. Filho delte loão Afon
nandes de Sà no anno mil duzen fo de Sá foi Rodrigue Annes de
tos & vinte & feis, que foi o fe Sá, ao qual elRey Dom Pedro Iih &lrm
gundo do reynado delRey Dom deu a Alcaydaria mòr do Ca Dò Pºn
Afonfo Quarto, deu ao Moteiro ftello de Gaya junto à Cidade fl.3.
de Santo Tyrfo da Ordem de do Porto. ElRey Dom Fernan Lib del.. I
nofo Padre Saõ Bento o padroa do lhe deu depois a renda de Rey D.F.
do da Igreja de Santiago de Bur Gaya, & de Villa noua junto a nánde
gaes, que he mui rendofã. A ter Gaya, para feruir com certas***
ra de Sa,de que ete fidalgo e ap langas, como fe coftumaua; &
pellidaua, he a do termo de Güi por eta caufa entraraõ a vifi
maraês, & Riba de Wifela, aon nhar os Sãs na Cidade do Por
de o Conuento eftà fituado, & to, donde ahio Ioão Rodrigues
em cujo cartorio età a doa de Sâ, filho dete Rodrigue An
#3O. nes, na armada que veio focor
| Deftes fidalgos Mem de Să, & rer Lisboa em tempo delRey
Gil Martins de Sá fe poderá pre Dom João o Primeiro, & pelo
fumir a afcendencia da cafa dos valerofo recontro, que então te
Condes de Penaguião, chefes dos ue, lhe chamaraõ o das Ga
Sâs, fenaö repugnaraö os patro lès.
nimicos, que achamos correntes ElRey Dom João a quem fer
em outros fidalgos, pay, & auð uio com grande lealdade, lhe
do primeiro Ioão Rodrigues de deu a Alcaidaria môr do Por
Sá, aſaber Ioáo Afonſo de Sá, & to, que anda em feus defcenden
RodrigueAnnes deSá,auö aquel tes, com ofenhorio de Seuèr,
le, eſte pay de loâo Rodrigues, Matofinhos, & outras muitashe
que por efta caufa teue o nome ranças, & Villas; & pela muita
- do auó, & o patronimico do confiança que nelle tinha, o fez
pa feu Camareiro mòr, officio que
de loão Afonîo de Sáha noti entendo principiar nefte fidalgo,
cianas inquirigoés delRey Dom porque atè aquelle tempo os Re
Fol, y't, Afonfo 器 aonde (e diz que poſteiros Mòres exercitauão o
o padroado de Saõ Miguel de officio de Camareiros mòres.
Gemundy do julgado de Ver Etimou tanto elRey Dom João a
- - - loãơ
*
: ElRey Dom Dini: ** * ais * -

Ioão Rodrigues de Sâ, que confir infºtai,


mando o ôiiicio de Camiargifo Cqm pafatiřas taö merecidas
mór por morte delle afeu filho manifeft6i elRey Dom fóão a
Fernão deSá no anno mil quatro gratificação real, que nelle re
centos & vinte & finco, diz, que landeçeg, hgnrdü 4 memória
para conferuar a boa meniotiá de táóleal vaffalo, & etimulou a
de tão honrado caualeiro em feus todos com incitamentos de enu
filhos, & defcendentes fazia eta laçaógenerofa. Continuaraó os
merce, acreſcentou hum elogio déícendentes de João Rodrigues
de Ioão Rodrigues,merecedor de de‫؟‬.71Sâ
7 .Tna
773Alcaidaria
,77,13:4, ...:mòr
::2.77dó
2.:‫رہ‬Þor
___
fe tresladar no lugar preente pa to, & outras heranças, ate que .
ra credito da familia de Să;bene em tempo delRey Dom Felippe
merita de muitas do Reyno, cu Segundo foi 醬
jos braſočs celebrou, ajuſtando drigues de Sầ,quarto do nome,áo
nas coplas Portuguefas o rigor Coñdado de Peñaguião, que ho
das regras da armaria loão Ro je pofue feu neto loão Rodri
drigues de Sà, terceiro do nome, guês de Să, quitito do nome,Ca
& neto terceiro tambem do pri mareiro mór, & do Confelho de
meiro loão Rodrigues, de que fa guerra delRey Dó Ioáo o Quar
1amos. Saõ as palauras delRey to nofo Senhor, a quem tem fer
DõIoão as que fefeguem, decla uido defde o principio de fua fe
rando os ferüiços dö defunto. lice proclamagač com tanta le
aldade como o primeiro Ioão
7ു come o da guerra que beиие Rodrigues ao primeiro Rey Dö
0

* : mos com elRey Zºom leão, & com ºu Ioão de boa memoria, & afim
? … : tros Rey de Cafiella atá ofeu finamen- nelle eftà a fazenda dos Sàs au
fºlii.3 to, afim em começº do cerco de Lisboa, thorizada, & a memoria de fèu
Çr da batalha Real, comº em todolºs quinto auõ Ioão Rodrigues de Sà
mefteres de guerra ет фиато durou,6* não efquecida. As armas dos Sàs
ainda na tomada de (ºpta, é por nos decreue Ioăo Rodrigues de Sâ
prazer fia nobrefama decaualeria,non neftas coplas;& com'éllas deixa
tam sómente fer galardoada a ele em remos por agora efta familia em
havida, mais ainda depois de/ua mor que falamos por occafiaõ de
te, polo del, afeusfilhos, o que em eles Gonçalo de Să, pouoador, &
polofeu,feja conferuada, é acrºfen primeiro fenhor davilla de Mel
tada, có remembrada fua boa memo lo.
ria,cºfama, & por darno; bom exem-.
plo a todos para terem vontade de bem | Nos efcaques celeftriaes
fazerem, & Jeruirem, é obrarem de Edeprata eftà moftrado
O o 2. O mui
• Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Onobre, & muihonrado, ºs principioufiafundaçaó, & fabri
E por batalhas reaes, º, ga, cómo confta da carta de do
--
Sangue de Saa derramadº a tação, & fundação, & de outras
| . Se
Com que o Romão Columnes memorias...Antes.á a relatemos,
me ur9udatrauès,..
- -
::* conuem dar priméiro noticia do
- - - -- - -
- - - - - - - -- - t
º

. Cada hum de grão primór, , motiuo que elRey Dõ Dinis te


orte leal fem temor,
_º - i.” " , , ue para edificalo, & aueriguar o
、"r'''レ*
. . . . . . . .
-

_ Em combates, & galês, o , , 蠶 do Vo com que elRey le


Faz alufaõ a Ioão Rodrigues de vio em rifcos de vida, & liurou
Sá o das galês, & ao cafamento fauorecido por São Luis Bipo de
體 os Sástiueraõ com a familia Tolofa. . -

dos Colonas de Roma; mas acla ... He pois de faber, que faindo
- * ** * * * * - * : - - - - S2
rando mais as armas, tem os Sas elRey á monte no termo de Be
o campo empequetado, ou enxa ja, encõtrou em hum fitio da fre
drefado de prata, & : azul de feis guefia de São Pedro de Pomares,
peças em faxa, & portimbre me que chamáo Belmonte, junto de
io bufaro empequetado de prata, htías rochas na ribeira de Odia
com ha argola de pratánas ven na hum Vfo conhecido naquel
tas. · , , , ; ; : : - le ditricto por de grande feroci -

dade. Seguioo elſey a caualo,


сАРІт. ххі. porem elle efcondendofe em hu
. . . . . . . . ma quebrada, affaltou a elRey,
Dafundagāo do Real Mo que hia em feu feguimento,&lã
çandolhe as mãos o deitou fora
- Sieiro de São Dinis de do caualo em terra, & o teue de
Odinellas por el Rey baixo defi apertado.Na ancia da
醬 perigo fe lembrou elRey
º
e São Luis Bipo de Tolofa, que
$#@ Real moteiro de São entaõ florecia em milagres. Re
I29y・劉 § Dinis de Odiuellas he correo ao fauor do Ceo, pedindo ¿?
##ề cõrazão eſtimado pe ao Senhor o liurafe por intercef *?>#.
****lo de maior magnifica faõ dete Santo. Apenas acabara ***
- . ‫ه‬O
2‫م‬
cia que tem o Reyno, & ainda na a rogatiua, quando o Santo Bif
Europa fe pode verificar que não polhe appareceo, & animou, di
ha outro que lhe exceda. ElRey zendolhe que tirae o punhal, &
DõDinis o fundou para tetemu mataffe o Vffo. Tomóu logo el
nho defua grandeza, nete anno Rey acordo, & defembainhando
de mil dozentos & nouenta & o punhalo craudu no Vſſo, & o
finco; a vinte & fete de Feuereiro matou. Liure elRey ficou cõ grã
de deua
ElRey Dom Diais. #19
deuação ao Santo, a quem man de grandeza e tranha. Felippe º
dara fazer húa capella no motei fermofo Rey de França,em tem
ro de Saõ Franciſco dė Beja,aon po delRey Dom Dinis, morreo
de obra grandes marauilhas. Ou ás mãos de hum jauali miferauel
tro fauor recebeo elRey do mef. mente. A protecçaõ do gloriofo
mo Santo na propria cidade de Bifpo de Tolola deuemos os rhais
Beja, no exercicio da cafà de vola annos de vida delRey Dom Di
taria, reucitandolhe hum falcaó, nis. Soube ele perpetuar o reº
4 elRey etimaua muito,por fero conhecimento dete fuccefo,dei
principal inftrumento de feu ali xandoo efculpido em hum dos
uio. Não pareção defneceffarios marmores (obre que alienta a fua
milagres em materiasfemelhan fepultura, o qual he huma figura
teS. - - - -

de Vffo, debaixo do qual eftà hú


Hum caualeiro Catalão criou homem crauandolhe o punhal,
hum galgo, que prometia fer de na forma em que deixamos comº
*** boa raça, mas fahio por etremo tado ete milagre, &he a primei
.raBrd ‫مهمة‬
:#, pefădo; offereceo huma lebre de ra bafe da parte da porta da San
a... ¡¡¡. cera a Santo Oldegario Arcebif critia de Odiuellas,junto da qual
po de Tarragona fe lho fizeffe eftà a fepultura.
mais velós, & ligeiro,&fahio taõ Bem fora que fe eregera no fi
bem defpachado, que logo to tio aonde aconteceo o cafo outro
mou a primeira lebre que lhe le monumento, & que naõ ficafe
uantaraõ. Naõ sò nos focorrem taõ ermo, como d'antes, o thea
| os Santos em perigos, & neceffi tro daquella marauilha. Naõ fei
- dades extremas, fenaõ ainda nos a que attribua faltar hum Princi
entretenimentos licitos,qual o da pe, que tantas fabricas fez hefte
caça. Tem ela, ainda que licita, Reyno,em leuãtar naquelle lugar
| rifeos, & perigos, que deuem cõ ao menos hum padraõ por me-.
ſiderarſe, & ီါ်
que fe podem ti moria de taõ finalado beneficio.
. erar cautelas em Principes, a qfal · DöSancho o maior Rey de Na
ºta opatrocinio útede ởnofoRey • uarra 麗 outro cafo femelhante -

| "Dom Dinis. Fauila filho delRey e a ete,dizem as hitorias, que edi- -


- Dom Pelaio foi morto por hum · ficou a cidade de Palenciá, redu
'V[fo monteádo. Outro Vffo ma º zindo as brenhas aonde achou o
! º tou ao Infante Dom Sancho, ir jauali à policia, & fabrica de hu
| maõ delRey Dom Afonfo vlti ima principal Cidade de Hefpa -
| cano de Leаб. EtКey Dom oбo nha. EIRey Dơm Garcia, fifhơ
| jio Primeiro de Áragaõ morreo na dete Dom Sancho, por aehar
º caça pafimado dever huma loba … (andando à caça) junto á Najará
る。
Oo 3 á EF
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
a Ermida de nofa Senhora entre te a homra, c9 louuor de Saó ZDinis, (37.
húas penhas, edificou naquelle de São Zernardo, pernº/a almas Gr
lugar o fumptuofo Mofteiro de dos Zeys que ante mos forom, 6” a remi- '
Santa Maria a Real deNajara,da mento de mofos peccados,º 6' de mofos
Ordem de nofo Padre Saõ Ben faccº/ores , fundamos, fazemos de

to, aonde efcolheo fepultura. Hü nouo em a mo@a camara de morada, que


jauali tambem, que encaminhou nos autamos em termo danº/a cidade de
ao Conde Fernaõ Gonfalues de Lisboa em logo,4ше /e chamado Odiuet
Catella à Ermida de Saõ Pedro las, com outorga, c9 confentimento do
de Arlança, foi caufa de ampliar honrado Padre Zom Ioanne,pela graça
elle, & edificar eſte conuento. ae Z)eos 2/?o de Lisboa, @r Cabido
Perfuadiraöfe alguns, que el de/e lugar, com confêntimento, é auto
Rey Dom Dinis edificou Odiuel ridade do Religi% Abbade da Ordem
las por memoria do milagre do de (ifiel, o do Religio/º-Abbade Frei
Vfo, & em reconhecimento do ZDomingos, es comuento do noombeiro
Santo Bilpo de Tolofa, que o li de.Alcobaga,Фc.
urou delle, por verem o milagre Na inftituiçaõ tambê dos fin- 15:33.
na bafe da fepultura delRey eG co Capellaës, que deixou nefta :* ፫ሸፊ

culpido,& emcima da fepultura á caſa com Miſſa quotidiana, diz if,


cabeceira da figura de vulto del o fazia a honra de São Dinis, em
Rey outra de Bilpo, que prefumê cujo dia nafcera, & ao qual tinha
fer Saó Luis, de que falamos. A por protector, & auogado, como
imagem de Bipo he do gloriofo jà vimos no primeiro capitulo do
São Dionyfio, de cuja inuocaçaõ - liuro primeiro. De maneira que
he o Conuento, & por deuaçaó pela deuação de S. Dinis feuauo
do qual elRey o edificou, como gado,edificou o nofo Rey Dom
elle declara na carta de dotação, Dinis efte moteiro, aindaque pe
& em outras doaçoés, & efcritu la obrigação que teue a São Luis,
ras neftas palauras. - -
pudera edificárlhe outro templo
cair. Em nome dº Santiſsima 7}indade de fua inuocação. He para notar,
de alº Padre, இர் Filho, 6" Spirito Santo, que dous Santos a á ó noffo Rey
φα,ό. Οά
uelas. amem. Nos Zom Zinis pela graça de deue as maiores obrigaçoês, que
- -

Ardina ZDeos Zey de Portugal, 6 do. Algarue, forão São Dinis, & São Luis, am
醬 em/embra com m96a mulher a Kainha bos eles eraõ Frãcefes; hum pro
maiº 2/abel, é com nºjos filhos Infante tector daquella Chriſtianiſsima
fº "2º. Zºom. Afonº, filho primeiro, e herdei Coroa, & outro Frances porna
ro, & Infante Z. (ofiança, a honra de tureza, neto de Carlos primeiro
Zeos, e da Virgem Santa ºtaria, 6. Rey de Secilia, irmão de Saõ Luis
*etoda a corte celifial, & ºpecialmen- º Rey deFrança.Como a Real cala
*- ------------
---

dos
ElRey Dom Dinis. - 22ඪ
dos Reys dePortugal federiua do uação,&o inuocafenaquele peº
mefmo tronco, & afcendencia rigo, que por todo o difcurfo dos .
delRey São Luis,cujos defcendê afinos fùbfequentes,acharemos a
tes gloriofamente vierão leuantar elRey muitas vezes em Beja, em
o ceptro Frãoes no grandeHenri cujo territorio foi o fuccello. Cõ
que Quarto, & nos feus fuccefo tudo não hepara deixar de pon
res, razão he que atè os Santos derar o verifimil de poder auer
FrãCefes nos ajudem a conferuar fuccedido no anno paffado de
os Reys, & Reyno, & não he pe mil duzentos & nouenta & qua
quena gloria delRey Dom Dinis tro,tempo em que São Luis tinha
fer tão particularmente fauoreci acquirido grande fama com feu
do dos Santos.Sendo moço,já vi exemplo, fantidade, & milagres
mos, como o liurou São Frei Gil, que obrou em vida, & affi bem
· agora o emparou Saõ Luis Bifpo. podia elRey inuocalo por ete
De {eu nafcimento fentio o patro tempo. Pelo mez de Nouembro
cinio de Saõ Dinis, & defpois de do atìno fobredito efteue elRey
cafado logrou a cópanhia de fua em Beja, &aly aforou para femº
conforte a Rainha Santa Ifabel pre huma ortafua no termo deta
atè a morte. Grandes deuião (er Cidade,aonde chamão Cardeira, 鷺
os quilates de hum Principe tão a Mem Pires, Em vinte & dous”
fauorecido do Ceo como efte. - do mefmo ha outra efcritura fei
O fauor doliuramentodo Vſ. ta tambem em Beja. . ..
fo não me parece, qferia atè ete Nete tempo fairia à caça, &
anno, mas não o tenho porim fuccederia aquelle cao, & por e
posiuel. A tradição anda em cir fa razão pafando no Ianeirô defte
cuntanciar o antio em que fucce anno feguinte de mil duzentos &
deo, & afsi auemos deaprouеitar nouentă & finco à Eſtremadu
- nos de conjecturas.Diz que feva f3, chegando' a Lisboa, feoccu
leo elRey de São Luis, cujas ma paria religiofamente nafundação
rauilhas, & milagres o tinhão a - de hum Mofteiro da inuocaçao
creditado na Chriſtandade; eſte do Sárito defeudome,&feu pro
| Santo morreo dous annos adian tector; parece que com a expe
- te defte, no de mil duz3tos & no ºriencia actual de quáto feganha
uenta & fete; & como os Sántos com os Santos, & conuem felos
r , depois de mortosfoemfer mais , Propicios paraogcafiáo de peri
venerados, & repeitados, pode gos, & necelsidades, qual foi ada
fer que em algum daqueles an ' Vffo, fe applicoua fundar o Mo
nosädíante, còmafama quedel ftçiğ değdiüellis.,
· le corria, creceie em elReyade- | Masſendo elle da inuocação
-- -- *
-
* * * * ***
: 3 X 3 C
-- * *
.

- " " Οο 4 ""de


Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
de São Dinis, & elegendo elRey ção dõSanto gêral de protector
nelle enterro, aonde deixou o ca feu efpecifica. A tradiçaó, & a
fo do Vffo eſculpido, poderà per Chronica de Saõ Franciſco,sò de
fuadir a que São Dinis foi o vale Saõ Luis fazem mençaõ, a fonte
dor naquella necefsidade, maior milagrofa que arrebentou no lu
mente naó edificando a Saó Luis gar do milagre, & inda oje os o
hŭa fumptuofa Igreja. Eftas ra branos deuotos,que alivio valer
- zoés força tem, & não lhe acho ſe do Santo, & lauarſe nella,a fon
repugnancia. O que entendo he, te de São Luis fe chama; no anno
que como o aperto foi grande, de mil fei[centos & trinta & dous
nelle ſelembrou, & valeo elRey creceo em maior copia de agoa,
de ambos os Santos,Saõ Dinis,& & com ella os milagres, & con
Saó Luis, hum como patraó, & curto de gente. -

rotector (eu, & outro por deua Em fim elRey Dom Dinisfe
çaõ mais freíca. Não henouida refolueo em fundar o moteiro de
de multiplicar Santos para vale Odiuellas nefte anno, a vinte &c
dores, tendo a deuação a outros fete de Feuereiro etando em Life
mais antigua.Na famofa batalha . boa,aonde tinha chegado partin
de Alcorås leuando elRey Dom do de Santarem pelo mezantece
nţ.4 s. Pedro o Primeiro de Aragaõ por dente de Janeiro. E não femmy
Jºãº dº "valedores a Saõ Ioão, Saõ Indale teriofe pode cófiderar vir elRey
Peña lib.4
‫که‬pa‫ ه‬.8 fio, & SaõVitoriano, tomou na Dom Dinis de Santarem em la
quelle campo por valedor tambê neiro para Lisboa a edificar hum
6 Martyr S. Iorge, dandolhe oc .molteiro para feu enterro,& mor
cafiaõ para felembrar dele húa :- rer na propria villa de Santarem
- Ermidà do Sãto que ali auia.Naõ no mez de Ianeiro de mil trezen
. auia efte motiuono lugar donof tos & vinte & finco, donde foi
fo cafo, mas a força do perigo fez trazido feu corpo para a me{ma
lembrarfe de São Luis, alem de fepultura de Odiuellas. -

| Saõ Dinis,que era o prote&or do Etando neta fuípenfaõ,& tê


noffo Rey, & auogado. Conten ' do defcorrido na forma atèquieG
tarfehia de fazer capella a S.Luis, crita, vim a defcobrir a certeza * . . . .

.¿ a Saõ Dinis, como Santo


- -¡anto de da fundaçaõ defte Mofteiro de
- - - -

驚 hum odiuellas por húa cartado Abba


| moíteiro mptuofo. Porem feo de de Citer Roberto,fegundo do
Ul
-- - - - --

motiuo fora oliuramento do Vf .. nome, efcrita a elRey ôô Dinis,


fo, naõ he pofiuel que em algúa da qual fe colhe, que no anno mil
das efcrituras do mofteíro o ñaò
l'. … . . . .
• * : ~ v" - * - **** -
duzentos & nouenta & quatro,
1. … - - - - -

declarafe, tendo que só a deua- "em que fe celebrou capitulogêral


\ CΥΥ!
/
.……… ElRey Dom Dinis. * . ***
em Cifter, & coftumaua fer no Superna/abedoría, que todas as cou/a
mez de Setembro, conforme as diſpoemſauemente, diſpoº, no interior
contituiçoês da Ordem, foi de devº/o coração hãa refolução felice, º
ſteReyno a acharſe preſente nel não/em particulargraça/ua a encami
lee Abbade de Alcobaça.S. Do nhou admirauelmente, com a eleição de
rningos Martins, o qual titulo de hum minjirofiel,procurador,8…afp/>
Santidade lhe dou, fegundo de tºr muivtil, o merecedor de repeitº,
- ឆ្លុះ antiguos felhe concede. acerca de quantof ouuer de tratar, esº
|
| ". .
* - . A. Abbade mui aceito a el fazer por sºfiaparte. He afimaverda
Rey Dõ Dinis,& à Rainha Santa de; hapoucos Alias que o Venerauel de
Ifabel, declarou em fegredo el JAlcobara no/o, 6. o. Abbade, a com
Rey o intento que tinhädecdifi-, panheiro no Capitulo geral, inuiado a nos
car em Odiuellas hum conuento, da parte de Veſa2tgnificencia por
denofa Ordem,& que propufef> taufa de algüs negocios, os quaes propoz
fe, & manifetafe com todo o e tão elegante, cºmº fielmente, nos expref>
gredo, por refpeito de algús con /ou mais em particular affeinandnós,
tradictores, ete feu bom defejo, que a difereta Serenidade de x:ே £eal
paraque comapplaufo do Capit. 3agnificencia determinou, es dρος
tulo gèral {e défíe a execuçaó. fundarne/e nº/okeyne, no lugar que
Repréfentou o fanto Abbade aos chamāo Oduellu, hum myſteiro deže
fuperiores do Capitulo a impor ligio/a, que nellepo/aóviuer conforme
tancia do negocio, & aceitando dos eftatutos da mofa Ordem, & com
todos a propóta,como erajuto, claufura, 6 enferramento perpetuo, 6
reſponderað a el Rey com agra que já para a obra faua º nece/ario
decimentos de querer ampliar a preparado com toda a fidelidade,é pru
Ordem,& cõ abonaçoês do Ab aenciapor yo||aparte, como o Jabbade
bade de Alcobaça,o qual fe tinha /obredito afirmou em по/аpre/enga,ре
motrado bom metageiro. Diz dindonos/egredo nfe negocio por repei
pois a carta traduzida do Latim to da inueja, é má vontade de algãs mal
defka maneira. -

intencionados. Nos aceitando contudo,


lib.2. dos
—Ao Serenifimo Principe em (hrifio aindaquepropºffos emforma deJupplica
dourados charifiimo ZJúZJimiy, (9rpela graça de vo/os rºgos, como preceitos, & manda
, fl. 116. Z»eos Rey de Portugal, FrZoberto cha mentos, que he bem que/ejäо,g dando
mado.Abbade de (fier, é toda a (on muitas graças avºfa munificencia, º
gregaç㺠dos Abbades, que vierão ao real liberalidade por tantofauor,Grgra
capitulageral lhe diſjäoſaude, & vi. 94 nos faznfio, demos 4%
dá, e em recompenfa datemporal be tudo plenaria, conforme aos pºderes da
neficencia acquirirfelicemente a retri Ordem, ao/obredito.Abbade de Alco
buição/empiterna. A providencia da batapara afinal execu,áo de negocio º
º
exame
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana. ------
y . . . .” ------
-
exame dos requiÁtos dele ficando obri * -

*
gados justamente a ºferecer por Vºff. º
CAPIT. xxii.” .. . . . . - -

Ãeal Pe/Soa,Q} elado do Reyno,Crma


terias tocantes a vos, & elle,ſacrificios
de deaota oragoί, ao Senhor de todo o Em 4ие/2 p γ'o/eguκαι Α Ζήβίβ
vniuerſo. (onfiados nefa demonfiração - ria antecedente. " . . . .
--> t →
-----

»os regamos alem djio, que continuandº


na cgiumada beneuolencia com gиe nas. ‫بﺍبه‬ Indaque naò ha certe I 2.95.
patrocinais, gra nº/a Ordem,queirais %ANā3% za defufidar elRey Dő
encaminharfelicemente áperfeição fia Dinis o Moteiro de
obra queprincipio/tes em tanto»tildlla. ಫ಼ occafião
do cafo do Vflo, o certó he fer
O efiadº de vo/a Real Senhoria fe con
ferue em bem com ofuor daquelle,/em edificado a honra de S. Dinis, &
do nofo Padre Saõ Berhardo. O
o qual nada he fauel, 6 nada fanto. intento que el Reyrélie para reco
Zada em Gfierno tempado ("pitulogê
lher nelle Religiofas,& não
Reli
ral, mo anno 1294. - - - - -

Deta carta fe alcança o tem giofos denoffiordèm,foi ao que


po em quefe deu a licença,&ap parece, porque tinha duas filhas,
prouação da Ordem para a fun batardas, que defejaua acomo
daçaó de Odiuellas: & endo ella dar no etado de Religiaõ,& a ef
expedida no Setembro de mildu fè fim fundou junto à Corte de
zentos & nouenta & quatro,bem Lisboa ete moteiro,no qual húa
podia até Feuereiro do anno fe dellas tomou o habito, que a ou
tra os annos 2diante teue occa
guinte chegar a efteReyno,& dar
lugar a elRey logo em Março pór faõ para cafar com Dom Ioão
mão à obra, tendo maiormente de Lacerda,como veremos.Pode
juntos jà os materiaes,como aqui fer que quizeffe elRey DomDinis
- - Aº

fè declara. O Abbade de Alco imitara Magno Rey de Suecia, á olar º


baga S.Domingos, que de Citer quatro annos antes dete, no de - 20օ

veio cõ a licença, afsitio ao prin mil duzentos & nouenta, fundou


cipio da fabrica, & a difôs com junto da fua Corte de Scotolme
elRey na forma mais conuenien hum conuêto de Freiras, em que
te. Deuia de benzer taöbema pri profefou húa filha fua.
meira pedra, aísi como o tinha Que foffe efta a caufá ao me
feito na fundaçaõ de Almoter,4 nos parcial de fefazer o moteiro
naõ he pequena gloria para eftes para Religioas, naó parece pou
conuétos affentaré feus alicerces, co conforme à boa razão.E ainda
& fundamentos (obre as bençoês me perfuado,que Dona Maria fi
de tão fanto Abbade. lha delRey, que aqui em Odiuel
las
ElRey Dom Dinis. 33.3
las tomou o habito, deuia fer por A eta quinta pois fefoi elRey
fua mãy natural de alguns lugares a winte & fēte de Feuereiro, aon
do termo de Lisboa, & a efe ref
de o Bipo de Lisboa Dom Ioão
peito efcolheo elRey das quintas Martins de Soalhaês, & Pedro
que por aqui tinha, eta de Odi Remigio Chantre da Sê por par
uellas para moteiro, em que a fi te do Cabido affiſtiraõpeſſoal
1ha D.Maria recolheffe.T
fé am mente com o mefmo Rey,& fize
bem fe pode crer, que a Infanta raõ a carta da fundaçaõ, que afsi
Dona Branca, irmãa delRey, & harão em companhia de Dõ Frei
fenhora do mofteiro das Huelgas Domingos Abbade de Alcobaça:
de Burgos de Religioſas da noſſa afsinou a elRey tambem de mão
Ordem, inclinou a elRey feu ir propria, & Dona Eluira Fernan
mão edificar o moteiro de Odi desprimeira Abbadeffa defte có
uellas para Religiofas da mefma uento.Eftaua prefente a principal
Ordem como o das Huelgas,que nobreza da Corte,& na preferiça
aindaque não tem tantas jurifdi de todos lançou elRey a primei
çoés, & fenhorio como ete, exce ra pedra com grande folemnida
deo na grandeza, numero de Re de. O Bipo Dom Ioão izentou o
ligiofas,& mageſtade do culto di Conuento da jurifdição dos Bif
ԱtՈO. . . . ..
Eſtà o valle de Odiuellas duas
pos de Lisboa,& por ordem del
Rey ordenou, que as Religiofas
legoas de Lisboa para o Norte,& guardaffem claufura, ficando sò
o Conuento fica ម៉្លេះ em húa faculdade para entrar no motei
planicie,que tres montes vifinhos ro elRey cõ tres pefoas idoneas
acomodaó, a faber o de nola Se em companhia, o Infante, o Bif.
nhora da Luz, lançado ao Meio po, & o Abbade de Alcobaça.
dia,o dos Tojaes entre o Meio dia Alem defta fora6 tambem dipo
& Oriente, & o de São Dinis ao tas outras contituiçoés.
Occidente. Iunto a ete corre hú
Pareceráo ellas aperas,& que
rio pequeno, o qual entra na cer feruião mais de enredar as con
ca do Mofteiro,'& laua o feu jar. ciencias, que de fazer obferuar a
dim de Val de flores, & d pois Religiaó, o que confiderado por
fora delle algúas quintas dos lu elRey comia autoridade do mef.
gares vifinhos, atè que em Pouca mo Éipo, & Abbade de Alcoba
diftancia fe miftura com outro, ça Dom Fr. Pedro Nunes, que ti
que corre aopè do montede nof nha fuccedido a Dõ Domingos,
fa Senhora da Luz, & ambos fe moderaraõ as primeiras; ferido
vaõ recolher no efteiro do mar, Abbadeça D. Contança Louré.

juntoa Friellas. -- go, que foi a fegunda deita 喘
.

- - ti
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
raö vltimamente as de Odiuellas
Eu naõ fei em que a moderaçaõ
alcançar a relaxaçaõ della,para
confiftia; porque nas fegundas fi amai or louuor de feu recolhimen
Ca o ponto da claufura no mefmo
no anno adiante de
aperto,& ordenado ainda por el to, porqueos&
Rey expreamente, que naquelle miltrezét dezanoue, gouer
moteiro não ouuefe mais, que só nãdo já Orraca Paes terceira Ab
, ao tempo da qual as Có
huma porta, & efa a da Igreja. badeçaçoé
Foraõ feitas as Contituiçoés fe ftitui s primeiras etauão dif
s, ellaeomo Religioa, &
gundas em Lisboa a quatorze de enfadaant
lulho do anno de Chrifto de mil e
obferu dio s
perfua a fua fub
ditas, que aceitafem o rigor da
& trozentos em prefença de Fer
naõ Paes Porteiro delRey, Dom claufura,& agradeceffem a elRey
Ioáo Simão feu Mordomo, Mar fou padroeiro com a reformaçaó
tim Lourenço clerigo delRey,& o muito que lhe deuiaõ. Naõ foi
de Frei Giraldo, Frei Ioäode Sin difficultofà a perfuafaö, & cófen
tindo todo o Conuento na refo
tra & Frei Pedro Religioſos da
noffa Ordem. Deuiacõtudo mo luçaõ da Prelada, chamaraõ a
o falues Tabaliaõ de Lif
derarſe eſte aperto da clauſura Ioã Gon
em outra ocafiaõ, por fernaõ cu boa, & diante dele fendo tete
fumada em Portugal nos con munhas deta acçaõ Fr. Ioão Cõ
uentos de freiras da noffa Ordé, fefor delRey Dom Dinis,&Prior
ainda que os inconuenientes, que de São Domingos de Lisboa, Frei
dea nao obferuar refultaraó,obri Domingos Vicente monge de
garaõ a elRey a intituila nete. Alcobaça, & Capellaõ delRey
DõDinis em Odiuellas com ou
O Beato Arnaldo fegundo do
nome, & decimo oitauo em or tros monges do me{mo motei
dem dos Abbades de Cifter, or ro, fe fez hum publico intrumê
denou no Capitulo géral pelos to, em que a Abbadeça fobredi
annos de mil duzentos & treze, ta, & mais Religiofas promete
amen
que asReligiofas denofa Ordem raõ, &fe obrigaraõ publicora
guardaffem eftreitamente clau te por fi, & por uas fuccef s a n
fura, porem naõ foi recebida em guardar claufura voluntariame
Portugaleta Contituiçaõ,como te, femauer out ra obrigaçaõ que
tambem o naõ foi a do Capitulo, as contrangeffe , final de que as
Periculoß, do Papa Bonifacio; em Contituiçoensprimeiras efauaõ
que gèralmente ordenaua o meſ inualidadas,o ófeconuence,poró
'mo. Como a eftreiteză da clau neta obrigação vltima da claufu
ra deixauaõ liure à Abbadefla a
fura era taõ eftranha ás Religio
fas dete Reyno, parece que vie dar licéça para entrarem noftei
- -
mo
ro,
- - - - - -

. . . * . . . .
' ' El Rey Dom Dini..' ' ' aa, .
2 . - ! .. -

teiro algüas Donásde qualidade,


._ ‫ء و‬ -‫مگ‬ ". . . . - - . . . . . • que dito he,6 mâtelo 4/ipárafempre,
o qué elRey Dom Dihis nas pri que elles nunca nospanhão grade, mâre.
meiras contituiçoês naõ confen 41.53 outro maior enferramento depa
tia. Darei
r . . . . as
~ . palauras
- . . . . . deta obri * * *- ". . reden; de madeiranº douiracuſa ೦P º
gação,· que
.వం 1 :faõ muito
* em abona . . . . que lixemos de irá greja,huhade fiar
aö daqüella Abbadeſſa, & das o muimentº do ditº/enhor Rey,parafa
Religiolas. . . agrmos/obre el no/a oraçoês, o rogar
.2: †- º' . . . ."
i;). II, da TPorém no todas em ſembra, º c4*
a ZDeos por el. ,,, ,, , ,
Firemadi da huma de nή, d, nofa. liure vontade, Neta forma de claufura con
“fl.282. -- - : " .. . . . ;
erfem sutrafora, ć (em prema ne tinuaraõ as Religiofas, & elRey
mhuma prometemºs a Zeus, ♔ San lhe aceitou a ီ|ိ della, 8 pa
4 ‫ اك‬Żeita, rafirmefa mâdouíangarhü tref
fº Mariaſº -%adre, ‫عقم‬αό

g a São Zºrnardo, de cuja Ordem 6: 1ado da melma efcritura na Tor


rnos, & ao gbrioβ SZiºis,em cuja há re do Tombo, donde a tresladei.
ra hefundido º dito no|o mo#eiró, afii pe(pois do Tridentino fe confir
cemide coitumed: nja 0rdé,dejurar mara5.cò as reformagoés delle.
por no,0ή" por todalas outras, ‫؟‬ " : ‫ م ك ن ي ع‬. ‫ ف‬. ‫ ت‬،‫ذن‬

-
: "
pois entrarem,que nunca fomos 4% I. ' CAPIT. xxIII. *
,
moierone's tireme peºpºlºpertº de !Y

Igreja,nempor ºutra pró#por ºutrº Disprimeiras Ahab/as


I "a - - - * * * - - -- -

Ικgύ/οια do mºleirº,ºtrsr… ;## ! :' de Odiurllas,


. Comtudo como elRey deter - 2C, > -: ... க1
- ( ) • * . - * . . 2 . - *

šŠtesforaóosprincipios
ſte ម្ល៉េះ
င္ဆိုႏိုင္တူ గ #do, Real môiteiro de 119y.
iodiuellas,& astresno
Jigofästinhaỗdelheir reiär ſens
xញុំខ្មែafep, * ー *meadas, fuas tres pria
pbrigagaö á fizerâö deepſerra tneiras Abbadeffas,D.Elmira Fer
mºapok,ដំ១ nandesnDiContábça Lourenço,
corpo da Igreja para efte efeitº, &Grrāĉa Paes.Vierão.eßas Re
& o pedia.oaſsia elBey dizédo, igºmotes deAQuca
-: '# mereenemuinobre orāತಿಷ!
cõ9utras mais, á formaraôhum
fenhor Z.Ziniºpela graç4 de Zeusãº
சிாழ 4.4:க் . - antecentento, Bo pay de D.
Efsädee« miºzºne ឬaºnhg១១:ADpg -

:2:4ே:-ஆம் Göſtanca Louréga era Religioſa


ие: вете: de Aroucº, aonde seus mais tres.
«lksz㺠que depºis deles#erem,gue irmãºs fieiras, afºbº, Pºêññā.
vid೫)ಇ”೫೬೫೫೫ ºlhas D.Gåſtånga, & B.Bites, Etað5
de D.Louréço Soares de Vs
organo; todas efiá co/as pelamántira
Pp kadares,
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
ladares,& deD.Sancha Nunes de dia,& foi defpois Comendadeira
Chacim, & colligadas por am dos annos de mil trezétos & vin
bas as partes cõ a melhor nobre te & hum adiante. . . . -

za defteReyno,& de Caftella,co _ Dona Eluira me parece fer do


Tit. 38. mo diz o Conde D.Pedro. Outra conuêto de Saõ Bento de Euora,
Abbadeffa D. Cõſtança ouue nà: lue florecia entaõ em muita ob
quelles principios, a qual era da နိူ como cotumaõ todos
familia de Portocarreiro, & dos em feus principios, & o de Saó
Gedeaõs, como fe pode ver no Bento tinha fido fundado no an
fhefino Conde D.Pedro tit.go. noºdè mil düzentos & fetenta & …
D. Orraca Paes era freira de finco, antes de Odiuellas.No car
floruäo,& deíte mofteiro feaada torio deta cafafe achou a eferi
cõ outrás cópanheiras para o de tura original da fundaçaõ do mo
ಶ್ಗ em Abbadef. teiro de São Bento de Euora,que
,fa. Seu pay fe chamou Payo de anda na quarta parte detahito
霹 Moles 3. foi ಸ್ಲಿ? Dő riâ, & deuia ſertrazida com ou
sº. Eteuão Pires de Moles, & de D. ¿tras memorias pela Abbadeffa D.
Orraca Pires Correaca(ou D.Pa Eluira.. ." t - -

yo de Molescőhűá អ៊ីវ៉ាគ់ No tempo da Abbadefa Doº


- iso, á foi Copeiro del 'na Eluira principióu Odiuellas a
ಸ್ಲೀ
teue quatrošlhas, Dona Orraca
florecer no feruiço do Senhor,
Huma memoria antigua, que an
Abbadeffa de Oduellas, D. Dor da nõ liuro dasCaleñáas défta ca
dia Paes Comédadeira de Santos fa affirma, que 'no primeiro de
-tvi dagfäëmde Santiago: asgutiãs Março de mil duzentos & nouen:
Je á tá {{efoshomeśhúa foi Ab ta & feis começaraõ as Religioi
fiadeffa de Vairãð; & oiltra de ſas della a ſeruir a Deos, ſendo
-Vifla Cotja.' No afino de 1369. Rey, &fundador D. Dinis, & fua
fendo Comãdadeira do niofeiro mulher a Rainha Dona Ifabel,
de Sárites 6: 'ferefà Ahnes Gor. Abbadeffã do mefmo Conuento
rea, & Abbadeſfà de Lordão B. D. Eluira Fernandes, & Bifpo de
Cófiança Soares,fe fizera5aspar Lisboa Dófoão Mártins de Soe
tilhas entre B. Dorda freira de ihaës, limoab Incarnatinez mimi
Sãtos,#efuá #nhấa Đorraca mỡ. cc. nonaggſimoy, prima deatarci
ja deorušoja eſcrituradas quaes int-pie ad ſeruicium zei miniſterium
fecöferdano cartorio"deflagsia. montaliums zim de odiuéas,fue
Tinhão parente copelos Correas Zona Regezionyi fundatoriplus ne
¢öDⓞrefaຼacite refeitoto: και ferjθιαπιείκεκgin, φ.Ε/α-
ງູ DD.
; f 。4Pの「○○お:"C、!.(現@b cffリ
keth,ér…Abbatiſa
§º', ; , ;
pſsimmaſterijz».
.... . r
-
r:
tº *- - , --
ElRey Dom Dink. ** – f. 14
Eluira Fernãdi,& Epifcopus Vlixbom. Chroniſta Ruy de Pina diz, quë
tunc temporis /oannes de Soalhaá. Cö em dez annosfe fez ete Motei
tudo a mim me parece que o an ro,& deuia fer com todas as offi
no foio de nouenta & finco, em cinas, aindaque no anno de mil
que vaia hiltoria pois vimos afii trezentos & vinte & quatro acho
nar a vinte & fete de Feuereiro eu no cartorio da Sêdelisboano-tih. 3, dº
tršłameň4
com titulo de Abbadetta Dona meado por tetemunha da eferi tos,& Ciła
Eluira nas contituiçoês, & carta tura (que o Cabido fez de huma pela fºl.
de dotagaó, que nellas anda infer Capella a Bartolameu Annes,Ci. ***
ta. E aindaque o Bipo DõIoão dadaõ de: Lisboa). Afonfo Mar
ali diz, que elRey etana paralã tins meftre da obra de Odiuellas.
gar a primeira pedra no edifieio Conforme aito o numero de oi
do Conuento, com tudo como a tenta freiras de veo preto, que
carta foi feita no me{mo lugar de Pedro de Maris affirmia entrafaó
Odiuellas em prefença de Dona nefte principio, naõ fe ha de en
Eluira, que já como Abbadefa tender no primeiro anno da fun
afSinaua, certo he que auia Con daçaõ,fenáo defpois que ouue ca
ldCIntC). -

pacidad j fe agafalharem.
Deüia elRey de agalalharaAb Entraraó ell as no mez de Março,
-

- * *

badefa, & Religiofas nas cafas q no qual cae a feta da Encarna


ali tinha, que ainda oje permane ção, & Annunciaçaõ de nofa Se
cem no canto do Moteiro, que nhora, 4 he a protectora de noſſa
cae para Val de flores, & tem as Religiaó, por er fundado o Mo
armas Reaes, & com algum ora teiro de Citer, cabeça della, a
torio leuantado, por entretanto vinte defte proprio mez, finco
que a Igreja fe fazia, continuarão dias antes da Annunciaçaõ, que
as Religioſas fua obigração na foi a caufa de tomarë nóffos pri
quelle pequeno enſerraméto,co meiros fundadores por proteéto
mo he cotume em qualquerMo ra da Ordem a Virgem Maria,
fteiro que de nouo fe principia. & de entrar noffo Padre S. Ber
A fabrica da Igreja he de tal nardo tão empenhado nete my
grandeza de marmores, que naõ fterio em eus ecritos, donde re
podia acabarfe em hum anno. fultou o fogeitarem os Reys de
Poucas Igrejas ha em Hepanha, Portugal a nofa Senhora de Cla
que na grandeza felhe auentagé, -raual o feu Reyno, & de lhe man
ao menos as daquele tempo; no darem pagar o feudo dia da An
aceo, & adorno de Capellas, & nunciaçaõ, pelo que edificando
mais apparato do culto diuino, elRey Dom Dinis o moteiro de
poucas fê lhe podem igualar. O Odiuellas por deuação de nolo
Pp z Padre
Liurº XVII. Da Monarchia Luftana.
Padre São Bernardo, como ele que adiante hy vierem.
declara, quiz que faile patrocina Alem dos padroados fobredi
do com o myiterio da Senhora, tos concedeoomefmoRey a ete
que à Religiaõ, & ao Reyno era moteiro etãdo em Friellas a fin
taõ propicio. . . ' co de Outubro de mil trezentos
. Tãro que elRey teue recolhi & dezoito os padroados de S. Iu
-- das as Religiofas de Odiuellas co lião de Friellas, & de São João do
megoulego a acreſcentaro mo Lumiar,pedindo a D.Fr.Eteuão,
*' fteiro có nouas merces,applican á então era Bipo de Lisboa, os
dolhe a vinte & tres de Março de cõfirmaffe cõ o Cabido: mas en
ſte proprio anno de milduzentos tendo q naõ teue entaõ efeito a
« ñouenta & finco os padroados merce quanto ao do Lumiar. No
de S.Efteuaõ de Alanquer, & São anno defpois de 1334. a vinte &
-Iulia5de Santaré, á faöde muita hú de Agoto, por carta feita em
cõfideraọaõ nefta doaọaõ decla Lisboa deu Dona Tereja fenhora
raeftaréalijä Abbadeffa,& Reli. de Albuquerque, & Medelhim,
iofas em forma de Cõuento: No viuuajá entaõ de Afonfo Sanches
qual/obredito mg?eiro metemor.Abba filho do nofo Rey D.Dinis a mef
im, a defa, º Zonnas da Ordem de Alcoba ma Igreja de S. Ioão do Lumiar
Robb. gaf, cuja Zeglig; Ordem,6 obedien ao mofteiro, & a fuaherdade, ou
”: ga,3 reuerenga, vifta,om,& corre,om quinta, q chamaõ o Paço de Lu
ºmetimes o dito mofleiro de Odiuellas ta miar,pelas almas delReyD.Dinis,
foíuk ra todo (empre,& a_Abbadeſſa, 9 Z 3. & de Afonto Sanches. O fitio em
' nas que hora by metemos, cº as outras q a Igreja do Lumiareftà edifica
que adiante hyveerem Jegădo como mais da,era delRey D. Afonfo Tercei
cumpridamente he contheudo na carta ro,4nete lugar tinhahúa quinta,
dayundação diffe moffeiro. Refere(e a
a qual por eta caufa chamão o
carta de fundaçaõ, aonde difpoé Paço,& depois pola pofuir Afó
á efte mofteiro naõ foffe vifitado fo Sanches chamaraõ o Paço de
pelos vifitadores Francefes, á vi Afonfo Sanches, & ete nome de
nhaõ de Ciftel,ou Claraual,fenão Paço retem ainda oje,& em eferi
pelos Abbades de Alcobaça. T㺠tura do anno de mil trezentos
bem fe proua o q dizemos de co & doze, no qual Sancha Nunes
meçarOdíuellas em forma de cõ Alfeirãa Religiofa do Moteiro
uêto no primeiro mez de fua fun de Santos deú ao feu Mofteiro
daçaõ,& não no anno feguinte, o humas cafas em Lisboa na Pe
ue bem claramente exprimem dreira, onde chamão o canal,
aquellas palauras: A Abbadela,6 & tinhaö fido de Ioão Fogaça.
| Zonnas que horahymetemos, e outras Foraõ teftemunhas Ioão Longo
de
El Rey Dom Dinis. ... 11;
de Odiuellas, & Martim Longo proximo, defpois de enriquecer.
de Paço de Afonfo Sanches. Por em gêral o conuento, lhe config.
todo etetermo de Lisboa tinhão nou renda em particular para e
os Reys de Portugal fuas quintas, ftas duas officinas. Para a enfer
& cafas de recreaçaõ,conuidados maria deu o cafal de Lºchim no casº
da bondade do fitio, que porto termo de Sintra,etando em Tor dois:
| das as partes merece fefbufca resVedras, em quatro de Mayo"
do, & habitado; aqui por etas de mil trezentos & dezoito;&pa
partes tinhaõ as quintas do Lu ra a Sancritia deixou o cafaldo
miar, Odiuellas, & Friellas. Em Pinheiro do teimo de Lisboa, e
húa terra deta quinta do Paço ftando em Santarem à quatro de
fundou o Bipo Dom Mattheus a Nouembro, anno de Chrifto de.
Igreja de Saõ Ioão de Lumear a miltrezentos & nouenta & qua-..
,,,,,,dous de Abril do anno de mil du tro. E para concluir com tudo o
fiduzentos & fetenta & feis, & a fez que dotou a Odiuellas,diſ 6
ரf.8. jarochia ahonra de SaöIoão, &c. do na ley das heranças, lhe cohºt.a.fč
Sa5 Mattheus Apoftolo, comofe cedeo licença paraherdar ás que?;...”
alcança do cartorio da Sè de Lif lhe pertencefem por via das frei
boa. . . iT . . . .. .. ..” tº . rasprofeflas defià cafà, jº, 7
º * s
‘. . . . . . .. . . . . . . . . ;'Ir. ſ: º C.: . Dete, & outros lanços fºpe
: : CAPÍT. XXIIII. 31: : de confiderar o que ja em outro .
. . ... . . . . . tº gº lugar deixamos adueítido, que a
ley,& prohibiçaó deteReyno re
Em que fºcontlue nouada por elRey D.Dinis acer
- * täåde Odiuellas: · cadas heráças dos Ecclefiaíticos
- - -

* , , -"-
‫لا يكس‬ " : ‫ قال‬..‫ نع‬: ‫ وأضاف‬. " não procedeo de efcaceça,&odio
¿QNTINVAVA cada contraeteetado, fenão de húa
$; dia finaisagrandeza;& bem confiderada policia,haõ en
%piedade delkey Dom côtrada com a piedade Chriftãa,
* Dinisem ennobrecer, pois apenas auia lugar algum de
*... .

& acrefcentar ete (eu Moteiro dicado a Religiaõ; que logó naõ
'de9digèllas,&fem faltar ao que foſſe diſpiſadonaleſ,8 franquea - -- - -

pedia fua grandeza, ຖàordciKod do. Antes vemos taó liberal el ***
- ‫יין זיו‬ ‫ז‬
[quccido datopode confideº Rey Dom Dinisneta materiá,4 * .. . .

raradenaçaõdehum particular, em feu tempo fe dotarão tres mo -


* : *

E como ašancriítia,& Enferma • * · {leiros defreiras dos triais opul&.


ñ¤£öລsofficias.cດຖuercil: tos do Reyno, a faber Odiuellas,
dece maiso zelo, & deuagабио Sanza Clara de Coimbra,& San-,
ta Clara de Villa de Conde. Ele
- Ppa fundou
º Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
fundou feu filho Afonfo Sanches, 'memoria delRey Dom Dibis feu
o de Coimbra acrefcentou a Rais fundador, cuja fepultura eftà hó
nha Santa Ifabel;& elRey fundou rando a propria cafa. Alem defte
ete de São Dinis de Odinellas. E depofito fe vem fepultadas em
v. º…, …, …?
****, *
aindaque todos os mais do Rey Odiuellas algüas pefoas de sãgue
១០ឧស្ទុicipaºdefa Real, a faber. O Infante DõIoão
liberalidade, baftaua só efte mo neto delRey Dom Dinis, & filho
numento defua deuaçaõ, para o delRey Dom Afonfo Quarto, o
juftificarde náó defafeéto áosbês qual eftána Capella de S. Pedro.
da Igreja.Dagoberto Rey de Frá A fenhora Dona Maria, filhaba
ça delinquio em víürpar muitos ftarda delRey Dom Dinis, Reli
dos bens Ecclefaticos, & leuado iofà profeflã defte Conuénto, a
ao tribunal diuino prometteo e ſepultura da qualeſtà naparede
menda,& reſtituiçaõ;admittido, dö clauftro, que refpondé á Ca- a
& perdoado por intercefaõ des, pela de Saõ loão Baptita. Junto ….
** * *
Dinis protector de França; áfio à cadeira das Abbadeças etáhüa"
* --
ecrete Trithemio, & Baronio 'Qruzdemármorépréto comhii
Naõ lemos que elRey DõDinis efeudo aquartelladó, que tem no
vfürpaffe coüfaalgüabtelefiafti alto da parte efquerda, & nobai
ca, aíndaque atalhou a deníafia xo da parte direita as armas de
repes tent, defuas poffefoés; a liberalidade Portugal com orlas,& das outras
vfou com SaõDihisfüridanu duas efcudo com tres leoês na
2. in appe
****"delheigſte Conuento de füą ihupu parte direita,& na parte efquer
74 ‫ه ﺑه‬
caçaõ como à protector, &pa ឆែ្ក
င္ဆိုႏိုင္ရ
trao fea, o juttificao degrafiđe នុ៎ះ
bemfeitor dáIgreja,que lhefegu a,qឬal ಸ್ಧಿ nefte Conuento,
raria füaadudčatüra - 2 8. éfteile quinze inefes
ádadaenterrada
pa ·tges
"No dia de Saõ Dinis, de cuja nelfe, atè fertresladada para a
inuocaçað hee Conuerito;eele Batáfha. Eftà tambem ဂ္ယီဒီး
braõ as Religofas faafetá com nä Säńcrifia defte 'mofteiro fua
grande folefinidade,como hera neta a fenhora D. Felippa, filfià
Milde; lib,
243 poisbäſkotii expediremſelas dölnfante Dom Pédro, 8:da In
I2. im yi búllas, da eregçaõ do Bipão de fanta Dona Ifabel de Aragaó Nó
ta Iacobi Valença notilefnó đia deš. Đị. voto detafenhora Donafelippa,
Regiº, nis, paraſelhefazernaquella Ci que deia tampadie que a éa
dåde hüafolemneprociff=5&äda poeffāiñftitúida''cóñi'Miñà quoti
annoporetedia. Alem da feita diana no Eonuento de Odiuellas
que e celebraiporraz㺠do San pela alma da Rainha D. Felippa,
to, fazem também hábedº por fora no atino de milquatrocétos
- - -: - & qua
...‫"خه به فنی و مه‬ ... . . . . . . tº sº -
* ElRey Dom Dimi;.* * *** a.6
& quarenta & finco, por manda duzêtosfeffenta & oito. Táõafia
do do Infante Dom Pedro, filho 蠶 he andar nas fenhoras Raia.
da Rainha fobredita,& pay della:" nhas o ſenhorio della. Os que md,
porem vendo o intrumento ori. efcritura do padroado föbreditõ:
ginal, achei fer no anno de mil afinaraó faõ os leguintes;" |
quatrocentos |8. vinte & quatro; O Infante D. Afo ಕ್ಲಿ
asi que o tresladador, què então . Dom Martinho Alferes.* 1 * *
me informou,naõ acertou com o D.Ioáo Rodrigues de Briteiros.
anno. Daquientendo que o Infan Martim Annes filho
* Gil: º 「2:ィエ?い、。
* -
eDbloid
º º,
te Dom Pedro duas vezesfez jor
nada fora do Reyno, huma antes Martim Gil filho de Dom Marti
do anno de devaſete, como aly . nho. * * ** ** *
demotrei, & outra no de mil Pedre Annes Portel. ' ' ’
juatrocentos & vinte & quatro, Lourenço Soares de Valadares.
tendo voltado a Porttgal depois Fernão Peres de Barbofa...", "º
da primeira jornada. O que fe IoãoFernandes de Lima." ?
confirma, fabendo que mandou Icâo Mendes de Btiteiros.Todosº
elle edificarºo moſteiro de Reli eftes confirmão." :
giofòsdes:Domingösºde Aueiro Ioão Annes Redotidơ. ** Pedrở”
no anno de mil quatrocentos & Afonfo Ribeiro, & João Simão"
podeMenðpolinafua Ehröniea delRey.com titig decâtelheiros
vinte& tres, como efêreúe o Big entras
‫ ث‬i l . iſtita a º
ferceira parte:capitulo Vihte &. Dúráð Martins' Mördömö dd
}x::sie :‫ ماه د‬۹ ‫ الی‬۲ º Rey. zo #site: i sº -

- Na đoaệầổ dơpadroadồ đe loão bapiam Chanceller: #


sahto Efelião de Alenquer, feita Domingos Annesº.Éferiuão do
a vintes&eres de Março, confir mefiño Rey. ¿¿??
maõspefosfèguintes, quelanº Fayo Doming.cs DodEtora
R proprincipుఖీ Giral Dothidiguesòéào de Braga;
· ºb,& continuarem portodo elle Bfteuế AnhgsArcediago dẻ Săn:
eornpouca variedadº;ºaki Prela - tarem fii ei - " , , , ; };
dosjcóino Ricos homés, & mais Eficiaõ Peres de Rates."."
officiaesy & miniſtros FézetRe I6ã6Alã6.° ...'
a dodgađidëlte padrëndë edhe Gonfalº Fernandes cetigos del
öutorgädeſairmäyſa Räihhä D: -fRey'ietelnunhas, & Siluettre
Brites fèáhøra deflehqilet ճIկ: Mig.5bbfejq. p. •
L4 do di hhalhe dadselRey ರಿgiPAffili şăgueeafirmă de propria maă
eta Villa etatido eff Bluásávini. dáñeyrieſłafornia. Euklºg ph
§ %. iii. £&&fificö defeiieieif&de hif& žinišėomi minhamžafabefėrėui.““
* ◌ ◌ເ: TT PP 4 A liſta
, Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
A liftados Prelados entra nefta. Odiuellas hãa (apella, & hiia Cruz des -
forma. Dom Martinho eleito de ouro, @r/α;oma do ourº фи: acharēnas
Braga. DõJoão Bipo de Lisboa. minhas fea eu ante nomfezer,69 aCruz.
Dom AymericodeCoimbra.Dö, диefezerem/ja de tres marcos, 6” (e
Pedro de Euora. Dom Freiloäo hinom acharem tantº de ourº em que a
da Guarda. DVicente do Porto. poſſa auer, demlhe tanto da meu euro,
Dom Egas de Vifeu. Dom Ioão porque a elles poſſaofazer. E demºes
de Lamego.Dom Frei Domingos nouepedras boas das minha para elas
deSylues , -- . das dos meus panos, Ǽ a (apela feja
Acaba a carta dizendo: Nos/ºbre comprida como a de Alcobaga, c9 fe as
dito el&ey Zºom Zinis damos á...Abba camas nom acharem compridas ma hora
defa, & donnas do dito mºleiro e#a de minha morte, mando queſe compras,
carta: final de queja aos vinte &# ⓝ ν/α,άοpelos meos dinheiros/gunda
tres de Março dete anno de mil # da minha cama. Item mandº
4

duzentos & nouenta &finco, em, a femfeiro de Oduelas para compra,


que ela foi feita auia cômunidade | rim herdamentopara a emfermaria mil
de Religiofas em Odiuellas, Emi libras. Itemmando que os panos de/r-,
outra doaçaõ do proprio dia a go que acharem a minha morte do meu,
cho asfirmas com algũa varieda veffir, quefação em reflimentaspara a,
'de: Ayinte & tres di: Fguereiro, minha. Albergaria de Oduelas, e ºs,
င္ဆိုႏိုင္ဆိုႏိုင္ဆိုႏိုင္ဆို႔ em Lisboa, tinha, 'anos, Gº Aspeg4s outrasfiquema eſſe.
ado afua filha a Infanta D. Con : ηia, 4 #;
ftangag 蠶 de Sacauem, fets # 6 manda que das duas,
Vnhos, Friellas, & Camarate, cö ml libras comprem herdamentos para
os padrgados defles,lugares, nai tres (apellas, que cada dia, 6” das ou
qual doaçaõ confirmaõ quafias, tras quarenilhira compremherde
fcfmaspefibas、鬣ູ ່ ູ -
* ** r *
ുri mg/്
... A Rainha Santa Ifabel, que, mantenhappetres. Item mand pere
vio a deuaçaó del Rey feu marido, da a httird, фиefіcarnamіnhaºcafa &
com o moiteiro de Ódiuellas,or-, bura da minha morte, que adm4_Al
denou naquelle lugar húa Alber kergariad.odulai, tirado º direitº
garia, & para ſe comprarem bés, dos meus Repfieiros, grc. Deuia a
畿 ſe applicaſſem à enfermariat Rainha Santa de applicar o cabe
iº cqpuenpo, deixou noprimeiro, da}{obredito à Albergaria de
ctamento millibras a Alberga Qdiuellas,perter ordenada fepul
ria parece que enão, efeituón: tura nete Conuento em compa
ဂ္ယီဒီး
º
cöfta de certo atençaó nhia delRey feu marido, coino
--

a fazer por eta verba daquel: Jeclara o Papa Ioão 17.emhum


е
teſtamento:Mandhaamsteirº às breue concedido a intancia de s:
r: - , r, - -

.... . -* * r -
* ambos,
ElRey Dom Dinis, 3 #7
ambos, pelo qual concede hum algúas violencias,& mortes, que
1orre do
anno de indulgencia a todas as forão caufa de grandes trabalhos
Tēģolib.i. pefoas que viftarem a Igreja afeu filho,como tambem o forão
Ei, fil, dete Conuento nos dias do Na feus fobrinhos, a que elle quiz fer
2.I.
tal, Pafchoa, Pentecoftes, feftaspreferido, fendo filhos legitimos
de Nofa Senhora, & Apotolos, de irmaõ mais velho, letigio quë
& nos dias de S. Dinis, & S. Lou ainda oje naö anda efquecido inoš
renço: & aos que a vifitarem nos defcendentes delles. .. !
oitauarios detas fetas, cem dias: . Deixou elRey Dó Sancho tres
ac in eodem Eccleſiſticam elegerintԹ filhos,& duas filhas da Rainha D.
pulturam. Maria fua mulher, Dõ Fernando,
que lhe fuccedeo no Reyno, Dõ
CAPIT. xxv. Pedro, Dô Felippe, Dona Ifabel,
& Dona Brites. Era a Rainha D.
Maria filha do Infante D.Afonfo,
| Da morte delRey D. San fenhor de Molina, irmão delRe
cho de Cašiella,tom o ešia Dom Fernando o Santo, auó del
do daquelle Reymo, que Rey Dom Sancho,por onde fica
uaefta Princefa emiterceiro grao
abrio a elFey Dom de confanguinidade com el Rey
Dinis outros
feu marido. Naõ pode elRey Dõ
¿ntentos. Sancho alcançar nunca difpenfa
çaó de Roma para fe validar o
#Orete tempo em que
*33 - - - - - - -
matrimonio, & aíši fendo os fi~
elRey Dõ Dinis etaua lhos ilegitimos lhe deixou mui
toccupado em boa paz arricada, & contenciofa a pole
na fundação do Motei do Reyno.O PapaMartinh6IV.
ro de Odiuellas, apertou a enfer repugnou rijamente ás füpplicás
midade em Catella a elRey Dõ que felhe fizeraõ; algunsfe per
Sancho feu tio em Alcala de He fuadem que o deuiaua elRey de
nares por Ianeiro defte anno, & França Felippe o fermofo, pára4
fazendolhe mudar fitio aMadrid, ficando ilegitimos os filhos del
& Toledo,veio a falecer neta ci Rey Dom Sancho, repitiem có
dade a vinte & finco de Abril. Foi maior direito a Coroa de Catel
elRey Dom Sancho Principege la feus primos Dom Afono,& D.
nerofo,& de valor, mais para ref Fernando, filhos do irmão mais
peitado,4louuado,por feintrodu velho delRey Dom Sancho,& de
zir no Reyno excluindo ſeu pay Dona Branca filha de S.Luis Rey
da Coroa, a qual futentou com de França, na me{ma formá per
filtirad
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
fiftiraõ feus fucceffores Nicolao rem, ou ccnfurarem os procedi
InCntOS.
uarto, Honorio Quarto,& Ce
B%tiiur ad
an. 130t.
leftino Quinto.O Papa Bonifacio Achauaſe o Reyno deCaſtella
ті 9. Oitauo concedeo a difpenfaçaõ neta occafiaõ com o fenhorio de
Chron. del
Ry D. Fer
no anno de mil trezentos & hum, Bi[caya, dado ao Infante D.Hen
mando 4.- dia de Santiago, tendo no difcur rique, tio delRey Dom Sancho,
ճնք.1ջ fo deftes feis annos padecido afaz que nefte anno chegara a Hefpa
de trabalho com os competido nhaliure do catiueiro, cm á efte
res, elRey Dom Fernando, & fua ue vinte & feis annos na Prcuincia
mãya Rainha Dona Maria defde de Pulha, ficando catiuo nas con
o anno de mil duzentos & oiten tendas de Còradino fobre o Rey
ta & dous, em que o Papa Marti no de Napoles. O Infante D.João
nho Quarto mandou, quefe diri irmão delRey defunto refidia no
miffe aquelle matrimonio. , Reyno de Granada, abrigado do
Tinha elRey Dom Fernando, fauor do Rey Mouro,depois que
quando feupay morreo,nouean o anno atraz fè leuantou do cer
nos,& quatro mefes de idade,ne co de Tarifa, & daquelle lugar
ceffitãdo o etado em que o Rey etaua à mira fiado na pretençaõ
no de Catella ficaua de hum fuc que tinha, conforme à nomeação
ceflor capaz, & apto para futen doteſtamento de ſeu pay,que elle
tar, & affegurar taögrande ma jà intentara. Dó Diogo de Haro,
quina. A prudencia, & valor da irmão de Dom Lopo,fenhor que
Rainha Dona Maria fua mãy fe fora de Bifcaia, que elRey Dom
cõtrapos a todas as difficuldades, Sancho matou injuftamente, vi
&acomodou tudo em forma,que uia defcontente em Aragaõ, para
futentou no Reyno ao filho, & onde fe retirou receofo delRey, º
veio a fer ainda tutora do neto, &aggrauado. Dom Ioão Nunes
em cuja menoridade fe offerece fenhor da caía, & etado de Lara,
raõ graues contendas. aindaque fauorecido delRey Dõ
Asem que entrou com a mor Sancho,inclinaua á parte de Dom
te delRey feu marido, foraõ mais Diogo,& tambem do Infante D.
perigofas,& trabalhofas pelos for Ioão, cuja mulher era fobrinha
çofos oppofitores que teue. As de DõDiogo, & ainda o me{mo
caufas de cada hum delles fe lhe Dom João veio a cafar com húa
contrapor,declararei porque en filha dete Infante. D. Ioão Afon
trou elRey DõDinis parcial, ora ſo ſenhor de Albuquerque eſtaua
de huma, ora de outra parte, & prefo em Galiza, & aindaque o
he obrigaçaó decubrir os moti mandou foltar a Rainha D. Ma
uos que teue parafe lhejutifica ria, feguio as partes da comodi
dade,
3.2%
dade, & naõ do agradecimento, naõ ficando à Rainha Dona Mãº
_como tambê fizeraõ outros gran ria de quem valerfe para a confer
des homés daquelle Reyno,guia uaçaõ do filho, mais que os Reys
dos cada húde feus particulares. de Portugal,& AragaõDom Di
Sabida a noua da morte del nis, & Dom Iaime, que o Reyno
Rey obrou em todos muita va de Nauarra eſtaua entaö vnido à
riedade de penſamentos,E ſuppo Coroa de França. Tinha a Rai
¿ to que o nouo Rey D. Fernando nha D. Maria muito fundamento
delRey D5
§,' foi logoj urado em Toledo por para côfiar do focorro, & afsité -

** II, morte do pay,&o auia fido ainda cia dos Reys ambos, pois era Dõ
#; em vida dele,& defpois nas Cor laime feu ĝenro cafado com Do
fará", tes de Valladolid, & em particu na I{abelfia filha; & Dom Dinis
*** lar lhe defem obediencia como tinha tratado cafamento de fua
a verdadeiro fuccefor o Infante filha D. Contança com o fiouo
Dom loåo, & Dõ Ioão Nunes de Rey Dom Fernando por onde fi
• Lara; defpois da m9rte. del Rey caua como em caufa prºpria in
Dom Sancho não etiuerão pelo
pomeoDuof ellespor de perdeo em breue a pobre Rai ငြှိုုင္ငံႏို
ႏိုင္ဆိုႏိုင္ဆိုႏိုင္တို & aos mais caufâua Portugal, nha,& fe vio deemparada asi de
como de Áragaõ por
'duuidas o admittir por Reya Dö
Ferñándo,
rい ( : ،.K '2 por ferillegitimo, co eta maneira, re
*** : * ~ *. ..* * :* ~ * .
:** ,

mºja diffemos, & auer naquella ElRey dơ Ảragaõ Đơm Iaime


៦,Princips, era parente em terceiro grao da
?mos, que tinhaõagšägá Còfgá, infanta D.Ifabel, com que eftaua
۲&‫ی‬Reynode
‫نها را نگه م‬Caſtella,
‫ به آ‬.‫ م‬، :Eraö
‫ د؛ ی‬، "elles
: ...cafado;Q Papa Bonifacio por efte
oInfiätéDom Henriqjetig del me{mo tempo meteo em cócor
»Rey
‫ ه‬. ‫ اس‬.Dom
‫ه السد لكية‬Sáncho,
‫ " ان " هذ‬: o Infante D5 diaiete Rey, & afeu irmão Dó
意「下エ

19ញុំg Rºy.&DJO ဖြုံ့ႏိုင္ဆိုႏိုင္ Sicilia com o de


-
-

rança,& Carlos deAnjou ſeu #:



*

ce
- ա՞ --

驚 ilhos do Infante Dom Fer - .M ‫ نمبر‬، * * * ‫همه ﺱطحے‬

mão Rey de Napoles, que tinha zuritáló?


‫ﺑه‬ -

"… ‫م‬-nando,irmaõ
. . . . ) ‫ نی‬: mais; velho
:* : *do mef.
* * * *.c( ‫۔‬3
鬣 oReyno sap.tes ဖွံႏွံႏိုင္ဆိုႏို
mo Ré Boiſ Sancho Eſtesdows _de Sicilida Para maior fegurança
figuranç. ***
ក្ញុំខ្វើ
- . ‫م‬ ‫ة‬ ‫ أ د‬- ! " ، " : : ‫ و " م " السلام‬، " : " ‫ن ي ه ا ي س‬ ‫ هن‬. 蠶
laimėcomiñona Branca filhado
、ひさご平
ຕລ໌ⓞrest Ⓑattligd Xatia
do Reyno de Aragã5 pelos im Carlos,&opapa diftoluefie o ma
-

º
* * ** * *

'tofibiÍiÍāiëih
9|| 111t ហ្គ្រា apŕċċitāf feiidi trimónio da Donalfabel pelo im-.….…,
-

ູ່ ່ ້ໍມູ້,
pr ឆែ្ក
ັ ູ ໍ . , . . . :: ::
.‫ے‬:773( ‫ڈﯾﻤ‬f ‫ ﯾا‬::: ‫هی‬
*>

vinte:&n . . .*
- - -
ႏိုင္ဆိုႏိုင္ဆိုႏိုင္တို
- º ,

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:* -

-
t

ετεμάιέξύtinίοφείchichίο βάεΐίξdiύercio, κ. *醬 -

ぶ.で*。、二-
*** Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
Domlaimedeobrigado, fe rece de Lara, & defpois delles a Dorf;
beo com Dona Branca pelo mez Rodrigo Metre de Calatraua,Pe
de Outubro. Nefta forma teue ro Dias de Catanheda, & Dom
lugar elRey de Aragaõ naõ para Ioāo Fernandes de Lima, huns,&
faltar com focorros a elRey de outros fe conformaraõ com o D.
Catella, fenão para o inquietar Diogo, q em breue fefez fenhor
'na conquifla do Reyno de Mur daquella Prouincia. Ete DõJoão
'cia, fauórecendo os Lacerdas có Fernandes de Lima era filho de
tra ele pela contêplaçaõ delRey Dõ Ruy Fernandes de Lima, de - *

de França, com quem etaua col alcunha,Paõcenteo,que em Por


ligado. . - tugal etaua cafado com a filha
O nofo Rey DõDinis feguio de Dom Ioão de Auoim, & con
“logo as partcs do Infante D.Ioão, firma nos priuilegios de todos e
fem embargo que o contrariou, tes annos como Rico homem,
quando elRey Dom Sanchofele: & neta jornada acompanhou a
uantou com o Reyno. A razão q elRey Dom Dinis.
o mouco,&o tempo,&lugarem Tanto que ete Rey teue auifo
que fe reolueo, ecreueremos no do perigo de morte delRey Dom
..
capitulo feguinte. " Sancho, anteuendo as reuóluçoês
. . . ":: - ‫ر‬:‫ ر‬: f ( , : : . . .
. .

- ‫ا‬
‫للها‬
‫وبديل‬، que auião defücceder em Catel
-
* CAPI‫۔‬Т.
. . . .
‫۔٭ج‬::
: * *
艾 VI. ーイ 、
*
la, de que elperaua tirar grandes
** * * r3
<; n - w

: . , . , : : 3 . . ,
'emolufhentôs,fe partio děř.isboa
para a cidade da Guarda, por fer
i Parte elBey D. Dinispa parte mais dipota para o que in
era a cidade da Guarda, to "tentaua, antes deter a noua certa
¿eadfe cvarias coufás déife 'da morte de feu tio. Sobreueio
(ella a vinte & finco de Abril, co
tempo, é a liga que elRey 'motermos dito,& elRey aosdoze
.
é º fez tom o Infante
- . - " ‫في‬ .. *.
do proprio mezeſtaua ainda sm
…s.v. * . . . . -
Dom
‘. .
Ioäo. ->, - * « * : -* * *
"
* * *-* -: , , ; ºr
Lisboa.Nefte dia lhe deu o Con Lib.4.f4
* * * * * *** - i. - *---- * * " - ---

felho deta Cidade o terreiro,aõ ‫و‬8.


#ginha elReyfabido,que de ellemandou fazera Ruanoua,
1293.3$ eftando ainda em Tg- ' 'que he hoje a principal da Cida
žšigždę ledo a Rainha D. Ma de, & praça geral da mercancia
* ría, D.Diogo de Haro della, 8 que emannospaſſadoso
chrºnica entraua contra Biſcaia. &#man foi também do comercio de to
¿*dando apafigüalo, & eritfetelo, da Europa, Afia,Africa,& Ameri
§ aos douśiriñåos Ioão Nunes dé · calºedro Martins Böllíonierahã
HLara, & Dom Nüno Gonfalués
*** *-* *
dos Aluafis de Lisboa,que afina.
raö
- - : * E}Rºy Dom Điạh. : , , *##
raó a efcritura, deuia fer dos Bu uador, & Giral Marques, Ruy ,
lhoës, parentes de Santo Anto Pacs,& Ioão Fernandes Procura
nio, Logo defpois difto fe deuia. dores do Confelho. Acharaõ{e
por a caminho, que ja à vinte & preſentes, & deraö ſeu conſenti
finco do mez eſtaua em Aljubar mento os nobres, & homésbons
rota, aonde fez doaçaõ á Ínfanta
da Villa, ‘. . . . . . . . i. 2 - -

Dona Cötança fua filha da quin Fernão Dade, Lourécé Anhes


ti de Cabeçaó, que he no cami Bochardo, G. Martins do Cafal.
nho do Porto, junto a Cucujaês. Rodrigo Martins (eu irmão.João..., ...
A vinte & oito chegou a Leiria, Simaõ Meirinho mòr de Rey.º 8

& a feis de Mayo a Čoimbra,co•, Pays Soares Mordomo do Infan•. .,.,.,


mo confta das efcrituras do liuro te Dom Afonſo. Rodrigo Annes
fegundo do mefmo Rey, . . . . . Redondo.Eſteue Annes de Paiua.
. Leuaua elRey em fua compa Gonſalo eſteues de Auoim.
nhia a Rainha Santa Itabel,& feus Dos Lobatos, appelido que
filhos, & o Infante Dom Afonfo. vemos em húdos Aluafis de San
feu irmaõ com toda a Corte; & tarem,acho muitas memorias da- s
como eta Princefa foi fempretaõ quelle tempo, 8 na meſmaVilla
afeiçoada a gita Cidade, & ella viuia pelos annos de mil trezétos
na Primauera, & em todo o Ve & quarēta & tres:Gonfalo Loba
raõ afeiçoa com fua freícura,aqui to,Repofteiro môr delRey Dom
fè deteue atè o principio de Iu Pedro fendo Infante, como fe vê
ld 102. nho. No primeiro dia 蠶 mez fo no liuro terceiro dos direitos Re
bredito deu forala Saluaterra de aes ás folhas.trinta & hiía. Tem
Magos,em que cófirmão os mef. por armas os Lobatos, em cam
mosque na doaçaõ da Infanta D. po vermelho, tres catellos de
Conſtança. . . . . prata em roquete, com portas &
Era elRey applicado a fabri freftas lauradas de preto, & húa
cas, & agricultura.Em Lisboa fa bordadura de ouro, chea de Lo
bricou a ruaNoua,& agora aprox bos de preto ao feudireito,& por
ueitou o paul de Magos, que he timbre hum caftello das armas
tão fertil como fabemos.O Con com hum Lobo, que fae por ci
felho de Santarem era fenhorio, ma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -
. .

器 fer do termo daquella nobre . Ficou feita ete anno a pouoa


illa,8 eſtando elkey nella avin ção de Saluaterra de Magos, a
te & finco deMargo do anno pa£ qual no anno feguintefe ennobre
lado, lho doouliuremente, fendo ceo com Igreja Parochial, que o .
Aluáfis, ou Vereadores Eteuão Bipo de Lisboa Dom Ioão Mar, "º"
Peres Lobato,loão Martins Tro tins de Soalhaếs mãdouleuantar
Q q " com
‘. . * - . ‫ تي‬... ‫ح‬ .‫" و " م‬
Liuro XVII. Da Monarchin Luſitana.
cômlicença delRey, que lhe fez lho ilegitimo,ao menos nosRey
merce della para fuccefores em nos de Leão,& Galiza, que o vlti
Lisboa aquinze deIaneiro do an mo Rey de Leão Dom Afonfo
no feguinte de 1296. Aqui decla deixara em tetamétofe não vnif
ra elRey terfeito de nóuo a fo - fem com os de Caftella, nomean
bredita pouoaçaõ de Saluaterra: do para herdalos as filhas da pri
ഋ്di nouo apud Xagos fierifecimus. meira mulher Dona Terefa, tias
| Pafou elRey de Coimbra a delle Rey Dom Dinis. Acrefeen
Vifeu, & Lamego, aoúde legiti• tou que etaua elRey Dom Dinis
mou, & admittiðầs honras de fi obrigado a não admitir o direito
Ibid. Io;. dalgoa dezanoue deunho; Lou dos filhos do Infante Dom Fer
renço Martins Brandão, filho de nando dé Lacerda, excluidosjà
Martim Brandaó, a rogo dos de or elRey, que approuara o di
fua linhagem. Em Trancofo fe a နိူင္တူម្ល៉េះ:
ehou pelo SaõIoão parafetejar tra elles,& aſsificando elle Infan
aly aquele dia em que é recebe te parente mais chegado do vl
rană propria Villa. Avinte & fe timo poſſuidor Dom Sancho ſeu
te entrou na cidade da Guarda, irmìáó, de que naõ auia filhos le
-

· áondëfe deteue.º '- gitimos, era juto lhevalefe eta


Mastornando acötiduar nof razão de que fe tinha valido o
fahitoria,naõ foisô Dom Diogo mefmo Rey Dom Sancho. So
Lópes de Haro o que começou d bretudo alegarão a elRey Dom
inquietar a Rainha Dona Maria, Dinis a comodidade que faz ju- · · ·
& a elRey feu filho: O Infante ftificar o mais arratado direito,
Dom Ioão fepartio tambem de & junto tudo com a juſtigado In
Granada, & aindaque em Seui fante;examinado,& aprouado pe
Iha, & Badajoz naõ foi bem ou lo confelho delRey, & Grandes
de Portugal, que ali eraõ juntos,
uido, Alcântara, & Coria fe lhe
entregara5 Achouelle reſiſtencia julgáraô que âo Infante Dó loão
com a nos outros pouos vifinhos exhor vinha de direito a herança dos
ro p.rºtados pela Rainha Dona Maria, Reynos de Leão, & Catella, pois
nando 4.
Сар. I.
& confiderahdo que á conquiíta etando inhabil por illegitima a
dehum Reyno dependia de ma linha direita do Rey defunto, dos
ior cabedal, & animo, veio a ci tranſuerſaes era'elle o legitimo
dade da Guarda,aonde elRey D. mais propinquo. -- *

Dinis feufobrinho etaua.Repre - Dada a fèntença, a mandou


fentoulhe ajutiça que tinha co elRey Dom Dinis intimar aos
mo irmão legitimo do Rey de pouos do Reyno de Leão, que
funto, para fºr preferido a feufi ficaõ fronteiros, amoetandoos a
- que
ElRey Dom Điniii 138
ue recebeffern pot feu Rey, & cơm ơ Reyno, & entãỡ cáfafiả
enhor ao Infante Dom Ioão,por fila filha com Doth loão filho
que elle Rey ficaua difpofto Com delle,com que a naó deixarla emi
todo feu poder a ajudalo, & me Réyno. • . ... . . . .

telo depoſſe. -
Obrigauao tambem muito a
Refolucofe elRey Dom Dinis comodidade que fe lhe oferecia
a fauorecer efte Infante, naö ob de dilatar o Reyno, acre(centan
ftante ter contratado cafamento dolhe Cidades,& febhorios, pot
de fua filha a Infanta Dona Con ue o houo pretenfoŕ Dom łcád
ftançacom elRey Dom Fernan 醬 de cabedalhe auía de ven
do. E dezia ele, que fem nota der, as que lhe bem èſtiueffenn;
de quebrantamento de palaura fendo efRey taö fobrado de thea
o fazia; porque quando o con fouros. Naõ faio o difcurfo cofm
trato fe fez em tempo delRey falencias. Por trezentos & quinº
Dom Sancho lhe facilitaraõ a le ze mil marauedis Leonefès lhe
gitimaçaõ com que Dom Fernã comprou elRey Dom Dinis logo
do ficaſſe Rey pacifico, 8 juri a cidade de Coria, & feu Caftek
dico, & que fora tanto ao con lo. Afi o confeffa o mefmo Iti
trario, que por eta caufa enten fante por carta fủa feita em Cá
cearão os defeu Confelho em fa ſtro # a dezanoue de Nouë
uor de feu tio. Alem de que fo bro do amo feguinte de mil du
bre a jutiça, que lhe naõ acha zentos & nouenta & feis, ha quat
uão, tinha o Reyno mui traba fe intitula Rey de Leão, Galiza,
lhado : inclinada parte delle ao & Seuilha, & diz, que fe obriga a
Hnfante Dom Ioão, Biſcaia occupagareta quantia, fe Coria fofe
pada, o Reyno de Murcia amea" ganhada por outro oppofitori &
gado delRey de Aragão, Anda naõ pudefe elRey Dom Dinis
luſia inquieta com a guerra de reter o fenhorió : na forma
Granada, & o retante expoto à da carta de venda que lhe fizera.
inuafàó defeus primos os Lacer O original della ſeacharà naga
das, que em Aragaõ fè etauão ueta 驚 contratos do Archiuo
preparando aísique não era pru Real, & otreslado no huro egun
dencia perfitir em cõ{eruar hum do dos direitos Reaes às folhas
體 que taó duuidofo tinha o cento & feffenta & fèis.
Osnoſſos Chroniſtas dizem
enhorio, tendo maiormête mui
ta parte dos ponos, & dos gran fummariamente,que elRey Dom
des duuidofos, & alterados. Que Dinis entrara em Catella por lhe
ajudando ao Infante Dom Ioão não cumprirem a palaura do ca
fundado em fua jutiça,podia fair famerito; & ģentão ganhard Riba
ԳՏ * de
, Liuro XVII. Da Μonritisfutum.
de Coa, Serpa, Moura, & outros cedeo que fe naõ efcufafem en
lugares. Tres vezes em annos taõ os cafeiros dellas por diuidas,
differentes, & co differentes fins ou direitos; & porque o anno (e-
entrou elRey por ete tempo em guinte querião executar os cafei
Catella, & nunca intigado da TOS វ្នំ de Ferande, Villa
falta da palaura,á naõ podia auer boa, & Lourofa, que eraõ de Do
nos que necesitauão de fua aju na Berenguaria Aires,fundadora
da, & de fe apartar com elle; os do noffo'mofteiro de Almofter,
autores Catelhanos faõ os que alcanfou ela carta delRey, feita
notaõ a elRey Dom Dinis de fal em Coimbra no anno feguinte de
to na palaura, feguindo a Chro mil duzentos & nouenta & feis a
nica antigua delRey D.Fernando oito de Iunho, pela qual manda
Quarto de Catella, que vai mais ua aos Iuizes de Getaço, & Gou
conforme às efcrituras,& memo ueaćs foffem a aquelles lugares,
rias autenticas fobre que vai fun & fe informalem fe os trazia por
dado meu difcurto,irei ditribuin honra o anno atras a Dona Be
do as coufàs direitamēte, & acu renguaria, paraque fe füfpendeffe
dindo ao credito, & primor do a execuçaõ pela caufa apontada.
Rey de que ecreuo. Sabede bem, é direitamente fe tragia Carturi*
eeslogares por honra,primeiro dia de de Almºf.
ter lib. dt
CAPIT. xxvII. ...Agºfio da Era de trinta (£r tres amnos, Báira, Ğ*
4ue eu fiz ºpregºar para irem comigo a Entre Dou

e/a hofie. A Era de trinta & fres ro & Mi


Pregoa elRey guerra con cae nefte anno de mil duzentos mhofºl.3.

zra Caſtella fazẽfe em bre & nouenta & finco,porque a car


ue pazes có a entrega de ta età firmada na Era de mil tre
zentos & trinta & quatro;& con.
Serpa, Moura, é forme a ito naõ lhe foi necefa
Mourão, rio para declarar o anno antece
I 2.95. - R dente mais que dizer fer da Era
$Ada que foina Cidade .de trinta & tres... Santa Cruz de
# da Guarda a ſentenga Coimbra fez contribuir aos feus
# em fauor do Infante Dõ cafeiros duas mil libras, & com
" Ioão, mandou elRey ito os abfolueraõ da jornada. Li º
pregoar guerra no primeiro dia Pedro Afonfo Ribeiro vaffalo priuilºgus
dos Rg
de Agoto contra Catella, & fez delRey aceitou a quantia, & el. fiz.
chamamento de gente, alem da Rey confirmou a tal compofi
que já tinha. A petiçaõ dos fi çaõ na Guarda a doze do mez de
dalgos que tinhaó honras con Setembro.
--- - Iunta
ElRey Dom Dink agi
a a lunta tiaguellediftrićto agen feus termos, que támbêeraõ nóf*
º prºi, te toda, mandou elReyvn cartel fàs, as villas de Serpa, & Mou*
* *** de defafio ao de Catella,incluin ra prometria fazer entregar atê
|- do os Ricos homés,Prelados,Or dez de Outubro, & Aroche com
º dês militares, & pouos daquelle Aracena de dia de São Miguela
* Reyno, & do de Leão. Etauão dezoito mefes. Mais fe obrigauá
elles entaðjuntos todos nas Cor» que faria ajutar as demarcaçoes
tes de Valladolid, aonde os mef. dos Reynos, fobre que elRey Dõ
fageiros,que foraó Ioanne Annes Dinis lefonellas pretendera pro
Redondo,& Mem Rodrigues Re uimento em tempo delRey Dom
botim motrando a carta de crê Sancho. Eta obrigação firmada
ça os defafiaraõ em nome del por carta do Infante Dom Henri
Rey de Portugal. Atemoriou que, & ellada com o ello de fuas
t
grandeméte eta nouidade, inha ármas fe fez na Guarda a feis de
bilitada Caſtella com tanta di
Setembro dete antio de mil du
!t # merfaõ a fazer algüa zentos & nouenta & finco.
conformádofe com oboa defefa,&
etado pre
No me{mo tempo teue prati
ºfente, depediraõ os mefageiros, caso InfanteDom Henrique com
aztras elles ao Infante Dom Hen o Infante Dom Ioão, & reduzioo
º rique eleito nas mefinas Cortes a que defitife da pretençaõ, &
por tutor delRey D5 Fernando, deffe obediencia á élRey DöFer
& guarda deſeus Reynos. nando ſeu ſobrinho, prometten
ſ' Chegou o Infante à Guardá, -

dolhe retituiçaõ de féus etados.


| ende foi bem agafalhado delRey Ele aceitou o partido,& em bre
- ফ্ল… Dom Dinis feu (obrinho,& prati ue evoltaraó ambos aSalamáca,
རྩ་༧
* · cando fobre as caulas daquellare, aonde elRey já etaua, & lhe deu
A. , , fòluçaõ, vieraõ a comporfe am juramento de fidelidade o Infan
'bos,offèrecendo o Infañte a elRey tº Dom Ioão. ElRey Dom Dinis
Dom Dinis em nome delRey Dõ ficóu ha Guarda, donde fe partio
Fernando, que lhe faria entregar logo para Ciudad Rodrigo com
-

! as villas de Serpa, & Moura com · a Rainha Santa Ifábel,& toda fiia
|
|
º feus termos,& Catellos,as quaes cafa, acompanhado todauia de
o andauaê vfurpadas á Coroadefte , boa gente de guerra,que he a fiá
|
Reyno, fendo conquitadas pelos ça com que le reduzem a cum
. Portuguefes, como fedeixa eferi-- primentó as promefas dos Reys.
: : “to na terceira,& quarta parte de Etauão heta Cidade vindos de
ſ {*ahiftoria. Na mefma forma fe . Salamanca elRey Dom Fernádo,
r obrigou a fazerlhe entregar as
a Rainha Dona Maria fua mây,
* villas de Aroche,& Aracena.com. ¿ os dogsfafAntes DöHenriqüe
G33 tutos
- Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
tutordelRey, & Dom Ioăonoua Fernandes Cogominho.
mente comelle congragado. Ra Em todas etas cartas e intitu
tificoufe o contratado pelo Infan la o Infante Dom Henrique tutor
te Dom Henrique com elRey D. delRey Dom Fernando,& Guar
Dinis, & o mefino Infante de no da môr de feus Reynos; o que ad
uo deu huma carta de ratificaçaõ uirto, porque achando Diogo de 5.Сар.13.23
do que tinha obrado na materia Colmenares huma ecritura que
| para ávifta fe dar a execuçaõ tu tras na lua hiftoria de Segouia, á
do, obrigãdoſe air cercar os Ca mais he húa refumpra bem eferi
ftellos, & villas de Serpa,& Mou ta da hitoria de Catella,na qual
ra finco fomanas defpois da feita efcritura anda nomeado oInfante
daquelle prefente(quefoi em Ciu Dom Henrique tutor delRey Dõ
dad Rodrigo a quatro de Outu Fernando, o julgou por nouida
bro)e os Alcaides queos tinhaó de, por naõ andar praticado nas
os não entregafiem no pràfo pro hiftórias daquelle Reyno; & de
metido, , , , , , certo a Chronica deſte Rey eſº
| Avinte do mefmo mezdeOu queceofe de dizer, que o fizeraõ
tubro mandou fazer elRey Dom tútor nas Cortes de Valladolid,
Fernando húa carta de defitécia lembrandofe do titulo, & cargo
- do fenhorio, & pofe detas duas de Guarda môr dos Reynos. Cõ
- Villas,confeffando aņdarē alhea tudo Rades de Andrada no capi
- das da Coroa de Portugal defde tulo decimo da Ordem de San
…o tempo delRey D.Afonfo Sabio tiago trashuma doaçaõ feita por
feu auó pela qual carta com con- ete Rey ao Metre Dom Fernaõ
felho da Rainha fua mãy, & do Peres Gallego,em que chamaru
: Infante Dom Henriquefeututor, tor ao Infante Dom Henrique feu |
-&guarda de feus Reynos, & dos tio,& em outras mais, que adian
º homens bons do me{mo Reyno te lançaremos feve o mefmoti
<mandaua fazer a tal retituição, tulo. .. . . . . .
& entrega. Outras duas cartas . Com eta concordia fe aquie
· mandou º pefmo Rey efcreuer toutaðfacilmente aliga delRey
no proprio dia para Eteuão Pe- Dom Dinis com o Infante Dom
- resféu Adiátado maior em Leão, Ioão contra Catella, mas a me{-
- & Afturias,Alcaide mór então de ma facilidade com que aquele
. Serpa, & Moura, ou a quem por Infante fe reduzio,com efameº
ele os tíuefe, mandandolhe que ma tornou logo a inquietar feu.
as entregafe a loão Rodrigues fobrinho, & elRey D.Dinistam
. Porteiro delRey D. Dinis, o qual bem no anno feguinte fe armou
as auia de entregar logo a Nuno contra elle, & entrou em Cal
** = . . ‫و‬ ‫ة ج‬- ‫ي‬- . . . . . - 3.
-

*
í
… ElRey Dom Dinis. 333
la. Pareceme que toda a caufa las, & entrou a força de Aragaö . . . .
delRey DõDinis não perfeuerar em Catella, contra a qual elRey
na amifadedelRey D. Fernando, não capitulara,achando as coufas
era o não felhe dar inteira fatisfa noutros termos,acoftoufe ao par
ção das terras víurpadas por Caº tido de que lhe vinha mais vulida.
ftella à fua Coroa, porque ainda de.E a maior razão he,que nas vi
q agora lhe deraõ Moura, & Ser ſtas da Guarda ſe aſſentara6 sò
pa,dilatauão a reftituição de Aro tregoas para diuertir a elRey Dõ
che,& Aracena; & alem diftofe Dinis naquela occafiaõ, como a
não diffiria mais à pertençaõ que referida Chronica delRey Dom
elRey tinha em algüas comarcas Fernando relata: mas antes que
.do Reyno de Leaõ,& Galiza, fo cheguemos a referir etas mate
bre que o Infante Dom Henrique rias, concluiremos com as entre
capitulou cõ ele na Guarda: pelo gas de Moura, & Serpa, dando o
que tendo elRey experiencia, que freslado dehuma dâs éfcrituras,
-as materias defta qualidade nun que das outras na terceira parte
cavem a efeito, fe o aperto não
- -
andão duasja tresladadas.
:obriga aos intereffados, confor- … -

me ächauaadifpofiçaõ das cou- . CAPiT. xxVIII.


.fas em Catella,afiapertaua com .
elRey Dom Fernando.Evefeifto
º bem claro, pois tanto que no anº Da carta de entrega das
, no adiante de mil duzentos & no villas de Moura,G-Serpa
cuenta & ete fe concordaraó vlti a Nuno Fernandes Cogo
mamente em Alcanhifes,& cele
-braraõ os cafamentos com a en minho, é- como Dom João
;trega dos Caftellos de Riba de Afomfo de Albuquerque
1C03,8 de Campo Maior, &Ou- - entrou moferuito del
* :*
guela ficoueiº#P㺠,
siiis-firme na amifade do primo. . . . .
Rey Dã Dinis,
-

-
---

# Notocáte ao caíamento naõ fals # Araque cócluamos có


, ….… tou elRey DõDinis, porque naõ &## 塑 鶯!as entregas de Serpa, #39;
ſ queria catar a filha femointeira- . & Mourā,villas taóimi
º

-rem de todo o víurpado, & em #* portantesaefteReyno,


ſ º quantoito faltaua, ficaua eleli- que foraõ o fruto que elRey Dõ
ure. Na cõcordata que agora fez Dinistirou das depefas do exer
na Guarda para deixar de ajudar cito dete anno,tresladarei a car
- ao Infante Dom Ioão, como no ta delRey D.Fernando,por virtu
anno feguinteísvariaraõ as cou: de da qual
‫ﺑه ه» «م‬
6ཨྰཿཧཱུཾ་ལས་སྩོར་
[4 బి4
པོ་དང་།
---
LiuroXVII. Da Monarchia Luftana.
#.3&* Zºom Fèrmandspor lagracia de Zoios dizer fe fez a entrega a Fernão
--
¿'Ë £9 de (#illa, dejaledo, de Leon, «ºc. Gonfalues Cogominho, pois de
—A»os Efeuan Peres mio. Adelantado ta carta fabemos fer a entrega
mayor en tierra de Leon,y de Aturias, feita ao Almirante feu tio. Della
y Alcaide de los Catillos de xora, e de confta da entrega de dous Caftel
Serpa, º a qualquier que tauierporvºs los sômente, poderà er que por
effos (afillos,/alud, agracia. S•pades outra carta recebeffe a entrega
?ueyo/o auemido con eše, de Portugal do Caftello de Noudar,que tam
de mudar fºscºfilos de 3ara,ySer bem nete anno veio à Coroa de
pa en otro. Alcaide. Porque vos mando Portugal, por fer do termo de
luego que a»ita eta mi carta,que entre Moura,&o de Mourão, como diz :
guedes e/escºfilos de 2áora, 2 Serpa a Chronica delRey D. Fernando
a Juan zodrigues Portero del rey de Quarto, & que no anno feguinte
2°ortugal en tal manera, que ellos pueda tomafe apofe tambem de algü
entregar a Nuno Fernandes Cºgºminhº de RibadeCoa, de que então nós
caualer". E/ aſsi mølofjerdes, man fenhoreamos,que dos de Campo
do quefiquedes por ello en pena de trai maior,& Ougüella fe fez no meg
cion, aficomo aquelqwe resela con 4*- mo tempo entrega ao Metro de
fillo afufeñar de quien latiene, Zada Auis,como veremos. ---

en Ciudad Rodrigo veinte dias de Otubre Em C,afarà, & Varfea Dardi


AZra 3.0. XXXIII. Cutrier Xame na, que faã Aldeas do termo de
mes la mandófazer por madado del Rey, Moura tinha muitas herdades D.
y del Infante ZDon Henriquefå tio,yfta Maria Garcia, mulher de D.Ioão
tutor, yCuarda de los Reynos. Te Zºe Fernandes de Lima, & tanto que
minga?eres de Atiralafeerrevir. elRey ficou fenhor da Villa, Ihas
Por virtude deta carta fe fez vendeo ella todas por feu procu
aeatregadeftes Catellos, & Vil rador João Rodrigues. A venda
las a Nuno Fernandes Cogomi foi todauia defpois dellaviuua, a
nho, que era Almirante môr do feita daefcriturahe da Era de tre
Reyno, como já difemos, & mui zentos,& trinta & quatro,que he L.f.dré
-

| valido delRey Dom Dinis. Seus anno de milduzentos & nouenta;£


defcendentes, que trazem por ar & feis. Nomeafe a Dona Mariaja, azt
mas finco chaues de prata em af - defta maneira:Tozoña.»ariaCar
pa, &portimbre duaschaues das ciamuger quefui de zºon Iuan Fernan
armas em apa atadas com hum desde Limia, dr wifima de Seuilla, a la
torçalvermelho. Dizem que as colacion de San Iuan. ,-

introduziraõ, por fe lhe fazer a Eta Dona Maria Garcia era


entrega definco Cafellos, & lhe º do appellido de Soto maior, ir
ຂໍare asເhatcºdelles. Erra6cm mãa de Dom Afonfo Garcia de
,* *--- ----- - -- - Soto
... El Rey Dom Dinis. . 23;
Soto Maior, & de Dom Gomes nis para Beja applicar a entrega
Garcia de Soto Maior Abbade de das Villas fobreditas de que já, t
Valladolid, &grãde priuado del- etaua (enhor a noue de Dezem- 鷺* -

Rey Dó Sancho o Brauo de Ca- bro,& nete dia etando em Beja


tella. ElRey Dom Sancho deu lhe concedeo a todas tres,a faber
as herdades fobreditas ao Abba- Serpa, Moura, & Noudar o mel
de Dom Gomes,& ele as trepaf moforal da cidade de Euora. Cõ
fou a feu irmão Dom Afonfo. Dõ firma no de Moura, alem dos que
Afonfo as vendeo a DõIoão Fer- vão nas efcrituras dete anno, Dõ
nandes de Lima feu cunhado por Ioão Afonfo de Albuquerque,
noue mil marauedis da guerra de porque neta occafiaõ, como diz
Issº dez dinheiros da moeda noua a Chronica delRey D. Fernando,
oi… branca dos Burgalefes, que elRey fe pafou a feruiço delRey D. Di
* Dom Sancho mandou fazer.Fef nis,&fefez feu vaffalo, alcançan
{e a efcritura a leis de Março da do delle o cargo de Mordomo
Era de mil trezétos&vinte & oi- môr, & o Condado de Barcelos,
to, que heanno de mil duzentos como feverà nas efcrituras detes
& nouenta,Teſtemunhas de fijos annos feguintes, em que ete ca
dalgo DõFernando hermano de ualeiro darà muita matería.
Dom Ioão Fernandes de Lima,& Reparei em fe lhe chamar de
Dom Ferran Ioannes de Freyfue- Dom,& poderá fer que foffe a pri
lo, &Dom Martim Gil de Frey- meira merce que elRey D. Dinis
fuelo, & Dom Ruy Sanches de lhe fizeffe quando o admittio a
Lamas: não declara o lugar em q feu feruiço. Nem pareça que ca
foi feita. Dous annos adiánte,que ualeiro de táo alto {angue, & fe
foino de mil duzentos & nouen- nhor de tantas terras necesitaua
tu & dous fez Dom Ioão Fernan- de noua cóceflaõ para fe chamar
des de Lima etando em Seuilha de Dom. De Dom João Afonfo
a vinte & noue de Iunho doaçaõ de Albu uerque feu neto,& neto
a fua mulher D.Maria das herda- tambem do nofo Rey Dom Di
des em que falamos, & por eta nis, que chamaraõ o do Araude,
doaçaõ tinha o fenhorio dellas. lemos, que fe não chamou de Dó
Mafar, Nomeafe na efcritura Dom Ioão até o tempo em que foi cõ gran
Portigero maior da terra de San- de focorro ajudar a elRey Dom
tiago. - * * ,, , … Afon(o Onzeno ao cerco de Ler
Feita que foi atregoa em Ciu- ma, feruiço que elRey entaõ re
dad Rodrigo, fe depediraõ os munerou com o fazer feu Alferes
Reys, & partiraõ Dom Fernando môr,&faculdade para fe chamar ca.14
Para Salamanca, & elRey D. Di- de Dom: Épor lefazerhonra deal; ... .
". . . . - - - -
adelante,
Liure XVII. Da Mºnarthis Luftaua.
adelante,el Ceyllamoloporfas cartas Z). Douro, Santa Maria de Caſtel da
faan -4lon/?, cá đantei no/ẻ llamatta Vega, cõ as rendas, que tinha em
ºfi, Palauras faõ da Chronica de Cairoga. Foi feito o contrato no
fte Rey Dom Afonfo.Taöprefa anno de mil duzentos & fetenta
do era então ete articulo, ou no & hum, entreuindo o graú Co
ta de excellencia,& de nobreza. mendador de Hefpanha na dita
Ofenhorio detasVillas de que ordem, Fr. Gonçalo Peres de Pe
tratamos teue a Rainha D. Brites, reira, que aly fe nomea Comen
mãy delRey Dom Dinis,por doa dador de Lima,Toronho,Taura,
çaö de ſeu payDom Afonſoo Sa & Faya, & Frei Afonfo Pires Fa
bio,& juntamente a villa de Mou rinha Comendador de Leça nofº
raö, §:quejà no anno de oiten fos Portuguetes, aos quaes o graõ
ta & quatro demos noticia. Co Meſtre Fr. Niculao dera a comiſ.
mo elRey Dom Sancho andaua fað. Prometia elRey dos freires
em guerra com o pay, ao qual a da Ordem, que não receberiaõ
noffa Rainha Dona Brites fauore danno doBipo de Euora por cau
cia, fem duuida que lhể conqui fa das Igrejas de Serpa,& Moura,
ftou etas Villas, que recompena que lhe tinhão fogeitado. A fo
outra algüa por elas naõ a tenho geiçaõ fez o Prior do Crato Frei
achado. Bem pudera elRey reti Ioão Garcia por carta fua, dada
tuilas agora à Rainha fua mãy, na Reprefa,termo daquella villa,
masas defpeías com que as alcá na Era de mil duzentos & oiten
fou etando em outra mão, lhe ta & feis, que he anno do Senhor
feziuftiça para as applicar á Co de mil duzentos & quarenta &
roa de que tinhaó faido, por aue oito, gouernando então a Igreja
rem fidō conquiftadas pelosReys de Euora o Bipo Dom Martinho.
de Portugal, & ferem de fua de Donde fe ve quam liberalmente
marcaçaó,& conquita. Ete he o dipunhão os Metres das Ordens
direito que elRey Dom Dinisti das terras, & bens dellas, que fen
nhanellas, & naõ o acquirio pela do Moura, & Serpa de Portugal,
doaçaõ feita à Rainha fua mãy, & dos caualeiros Portuguetes, fa
como inaduertidamête diffe Ruy ziaõ troca com os Reys de Ca
de Pina,de qué o tresladou Duar ftella, & a recompenſa fe daua
te Nunes. aos caualeiros Catelhanos da
Quando elRey Dom Afonfo mefma Ordem do Hopital de S.
as deu à Rainha Dona Brites, as Ioão. O me{mo fuccedia na de
pofluia por troca, que fez com a Santiago,em quanto eteue vnida
1. Estra Ordem do Hofpital,dandolhe em à de Cátella, & eta foi hña das
f se ecaimbo a villa de Couellas de razoés, que ouue para feparalas
elRey
、、、、 \ElRey Dom Dinis. * …234
elRey Dõ Dinis, fegundo jà dei que era do Infante Dom Afonfo;
xamos efcrito neta hiftoria. Mas: como por fer cafado com Dona
por erem etas Villas da juridi Bataça, neta de Theodofio Laf:
çaõ dos Bipos de Euora, como caro Emperador de Grecia, aya
diocefanos, parece que lhes deu da Infanta Dona Confiança, filha
elRey Dom Dinis agora o foral do nofo Rey, com a qual pafou -
de Euora. -
- "
* ; : " . ...
a Catella,aonde feruio deCama
. Que fofemas villas de Serpa, reira môr,& defpois foi ayadalo
& Mourada Coroa de Portugal, fanta Dona Lianor fua filha, os
confeffaelRey Dom Fernando,& quaes feruiços, & criaçaõ repei
o Infante Dom Henrique nas ou tando defpoís naquelle Reyno el
tras efcrituras que allegamos, & Rey Dom Fernando, lhe fez grã
no contrato que defpois fizeraõ, des merces, como já efcreuemos.
em Alcanifes com etas,& outras - Etando aqui na Guarda Dom
femelhantes palauras, que fe po Martim Annes,lhe fobreueo hüa
deraó ver em todas ellas. Enten grande enfirmidade,de que mor
diendo, yfabiendonas rverdad, que los reo no fim de Agosto, deixando
(afillas, y las CVillas de ºtora eran, y teftamento feito á dezanoue da
de derecho deaen/er del/enhorio del Cey. quelle proprio mez, Ficara5 por
de Portugal, y quefueran, y eran ende feus teftamenteiros Fr.Aforifó *
Ro Seacon r", -, * *

emagena4*s. ‫ ' ب‬٦. : ;. ‫ 'د‬:' ‫ر‬:‫ن‬-'. drigues,


ºr ri . “. . .
demos notieia tragueta
* , - 1
-

nóárino paffädo,& Garcia Afon- !7:!“



r 2.reparti
; CAPIT. xxix. ' ' fo do Cafal:feu Mordomo.. Man-¿?.
doufe.fepultar em Saõ Francifco
* * ് . .. • ಶ್ಗ afeiẹaõ
Das mortes de algäaste/- tinha a eta Ordem, de que
ſaas desie Reynd coma 1 -
Dona Bataça fua mulher tinha
noticia dellas. carta deirmandade: rogaua a ſua
máy Dona Conftança que tresla
ersax>> O tépo em que elRe
1195. -wº- ဂ္ယီဒ္ဒိရွိႏိုင္ဆိုႏိုင္း
ÉêNºs cidade da Guarda entre
dafie para o mefimo Mofteiró o
corpo de feu pay Dom leão Gil
de Souerofa, & para fedepender
- Éa os Grandes,& Ricosho por fua alma deixou o terçº, &
mens que acompanhatão a Cors ¿uinto dos bens que tinha.Com
te, tinha principal lugar D. Mar prouoso Conde Dó Martim Gil,
tim Annes de Soueroa, asi por tio do defunto por vinte mil ma
fua grande qualidade,& fer fobri -rauedis brancês, que confignóu
nho do Conde Dom Martim Gil nas tenças que lhe daua elRey D.
de SoufaAlferes mỏr dėlRey,ayo Fernando de Catella, dos qúaes
Dona
i!1.
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Dona Betaça deu quitaçoẽs aMar Francifco, porfe fazer nofeu con
tim Botelho de Riba de Coa, co uento a efcritura, D. Ioão Simão,
mo defpois côftou por inftrumê Ioáo Efteues de Veeyri, Ioanne
to feito a vinte & hií de Dezem Annes do Rool,Pedro Soueral do
bro de mil trezentos & vinte & Auelal,& feu irmão Fernão Mar
fete por ordem da me{ma Dona tins, Gonfalo Gomes, & Fernão
Betaça, & de Ioão Annes Abba Martins do Caſal. . . .. .

de de Atey,teſtamenteiro do Có Faltou tambem a Portugal em


de Dom Martim Gil. Foi géral o quinze de Setembro Dom Vafco.
fentimento que ouue na Corte có Áfonfò Mouro Alcaide mór. dci
a morte defte caualeiro, que era Coimbra,que foi hum dos dez fi
amado, & etimado de todos, & dalgos,que afinaraô as capitula
em particular dos Reys,& Infan çoês delRey Dom Dinis com feu
tes pelas razoês apontadas.Acref irmão o Infante Dom Afonfo.Era
centaua amagoaver que não dei filho o Alcaide D.Vafco de Afon
xaua filhos,& que faltaua em Por fo Martins Viuas,& de Dona To
tugal a defcendêcia de pefoas de da,de todos os quaesfe acha me-.
taö alto fangue. . .. : $ : .. :: moria no Calendario antiguo da,
. O anno feguinte fez Dona Be Sè de Coimbra no dia apontado,
taça as partilhas com Dona Có & aos dez,& treze de Nouèbro,
… , ítança fiia fogra, eftando a Corte, declarando que ambos pay & fi-.
º em Coimbra no primeiro dia de lho eftaõ fepultados no baixo do
Iulho. Ficou a fua parte tudo o 4 lumear da porta do meio daquel
o marido tinha nanoffa Etrema la cathredål, & que Afonlo Mar
dura,&o mais 4elle tinha na ter tins fora fobrejuiz delRey.Pouco
ra de Soufa julgado de Aguiar,& tempo defoiš£rio Dã Miguéi
em Souerofa,quehe o folar deta Vigas (Bifpo que defpois foi de
familia,& deixada defpois por D. Vífeu)de clerigo delRey D.Afon
Petaça à Cathredal de Coimbra, fo Quarto, que eraõ Dezembar
apofiue agora aquelle Cabido,& gadores Ecclefiaticos, que com.
atras arrendada.Auiale de repar elRey depachauão, & por bons …
tir o 4 o defunto poffuia nas Äui letrados ordinariaméte fáiáo pro
tureiras,& em Eluas,& detes bês uidos nos Bipados, que não era
ainda ficaua a DonaBetaça o qui gouerno defacertado.Outras peſ
nhaõ de Dona Dordia Gil de So foas do appelido de Viuas acho
ueiofa fua cunhada. O retante (e por aqueles tempos, que ainda a
deu a Dona Conſtança.Foraõte pontarei quando falardoBipo D.
ſtimunhas Fr. Afonſo Rodrigues, Miguel. Dona Alda Vaſques, fi
& Fr. Abril Pires da Ordem de S. lha do Alcaide DõVafco, cafou
"… COIIY
trk Dಣೆ
tº º * Elfey Dom Dinds, “ **,
şi ...* * 23j
#com Gonſalo Eſteues de Auoim, do Bilpo. . . . . ." º . .
#6. fidalgo bem conhecido em San A feis de Agoto, vinte & fete
tarem, dõde fevê a qualidade dos de Setembro, & nome de Dezem
Viuas naquele tempo. . . bro tem os tres parentes, Bifpe
. Atres, ou quatro de Dezem Aymerico, & os dous fobrinhos
bro, etando em França o Bipo lonroſas commemoraçoés nolie
de Coimbra Dom Eymerio, ou uro da Calenda, & ºutro elogio
Aymerico, veio tambem a fale particular o #ರಿ! Raymű
cer, & foi fepultado no mofteiro do, que fe lhe dará afeu tempo
de Val Paraifo despanhaco, que b)eu ele à Sèhum oliual junto ao
elle fundou nadiocefè Caturcén moteiro de Cellas para anniuer
fe, que he a cidade Cahois na
Prońincia de Aquitania. Era na
ဂ္ယီဒီ့ fêutioo Bilpo Aymericos
Thcfòurero móf deix9u tam•
tural do lugar de Caiarco da mefi bem outra herança para (e lhe
ma diocefida familia illuftredoş dizer cada anno huma Mifa por
Ebrardos..Trouxe o Bifyo Dom fia,alma, &dgbifpgfet, tio, &
Aymerico, a ete Reyno alguns dè feus.pays. Naverba do The•
foureiro mòr Aymerico lhe chan
驚 ဂ္ယီဒီး :ép giospelik vir amligterepre
trou no Biſpado de Coimbra an creatur. Nobre varäo,&'de nobre
mpr
hos adiantë Outro foi Eymerio geração nafcido, que fendo fo
វ្នំ
Sè, & irmaõ do Bipo Dom Ray ເດແ los outro , talifica a no
នុ៎ះ breza de todoselles. Por memo
Po Aymerico, & nafcidos no mef riado Bipo Dom Aymerico,que
molugar de Caiarco. Dom Ber fe prefume auer fido Metre dela
trando,de Crogollo, outro pa Rey Dom Dinistresladarei parº
rente delles, foi tambeth Cohe: te do que o ligro obredito re
go de Coimbra, & Prior de Pe lata, º, tº " . :::' . . -
na Coua. Teue ete Dom Ber -itJu's t,5 : * * * * * * * * * * * * ******
trandº húa filha chamada Mar
*
tiit r. Nam. 2acenb. E..2f. C0.
Til zo. arida Reymunda. Della pode xxxiij. aeemerendws %ater Z)ominas
er que foffe filho Dom Pedro „€ymricus felicis recordatianis, qun*
Afonfo, cafado com huma filha day alimb. Ερήκημη 2. oriundus de
ΦεΑίonίρCorrea, ao guaio Cά, ceſaiarqi,dioceſis Caurten.ſuis canº
de Dom Pedro chama fobrinho digst, schunniſceinimmoſferis Vak
do Bipo Raymundo, & feriapor lis?→4dfi deċpawha.wfspwlrus; rwias
fⓞrDom Bertrado cuauò,piao tmeręrrij pº nafaiarfmkorrekti
Rr -
ett,
-
vs. Liuro XVII. Da Monarthis Luftana. º

tit, fa fue perfe8è fumptitui'confiº filhos do Infante Dom Afonfo,


mauit,&e.* v***$****** * * . que com'o exemplo vefinho da
-** Comandaraufente em Fran repugnancia que e fazia na legi
ça efte Prelado, fe-lhe punha a timação dos filhos delRey Dom
firma nas dóaçoês de todos etes Sanchó de Caftella, era neceffa
atinos, colho'fè verà has que a rio ಶ್ಗ a eftes,
pontamos nefte preferite; donde ou fêmelhantes ºriegociosºiría
fé conuence, que nem fempre e tambem o Bipo Dom Ayme
rico.* gr: r>ʻ º * .”
Rauão preferites ás confirmäçoëš; ** * * ~

mas que era cotume nomearem oey Dafimiliados Ebrafdos, de


os Nótarios áos Prelados, & RII que eraõ o Bipo Dom Ayrheri
cos homebs, que actualmentº * co, & alguns de feus fobrinhos,
dia, alem dos 'officiaes;º&'máis naõ acheirioticia mais, que con"
miniſtres delRey que affifiað: ftarfer ellailluhre, cómo o'Ca
No principio dó ańńó feguinte lendario da Sê de Coimbra pu
flta a firma dóBipo Dem Ayi blica, & afsi naó peffo declarar
merice &fenomeaasèvagań: mais outrá circuñitaricia dellá,
te de Góimbrățatè o prouiñenº porque muitas vezes em querer
to do Bipo Bom Pedro, como explicar com propriedade pala
veremos osto" otti " " mfäsºeftian ಫ್ಲಿ
As catfas da andar ehfFranz que ha melhorºeultar; comº aba
rapör eſket áskos o Biſþð-Göm fer da explicaçaõ déias:"O Bif
Aymerico# deuia ſerºetmºriège ; podo Porto Dom-Frei Marcos
អ៊ញុំ déi Lisboa na Chronica de Saỡ
Rey Dom Díñis. Tambernandº Francifco, falando do feu Frei
në'detin Feuereiro deftë
ë, dë Antonio de Burgo de Rgate trá
pröptig ändeleobu Deosparafi dufio a palaura, urgº, em outra
erä Töoladé FrançaaDen Frei Portuguela tambem, que hejar
Lourenço Pires, Prior de Santa re!aldã&âchañdó háíéhârîati
Cruz de Coimbra, & não duui tor moderno, como diz Vvam
To. 7.4
de qüe foíleefte Prelado enuia dirigo, apalaurå, urbuld, ſem an.1483.
JoporelReyšâmeíma Curia c6 peõëtrará 6 វ៉ែស្អី m.3%. -

negocios do Reyno;&pode fer fe, que forá aquellevaraóFAn


que foffea folicitar difeñfaçaõ tonio da família dos Atrébaldos
racafarfeus filhos com paren de Reite Importa mitőaósef
, vendo as difficuldadesquea critores confiderar bem as pala
uianetas conce(foês; & atratar urás;&nómespföpfíos,öüöötros'
º legitimaçaõ de feus(obrinhos, attribuidos poragüasqualidades
º-- A.
l -

4OS
|º ElRey Dom Dinis. 236
. . . .
aos Principes,& pefoas de que ef tania aquelles de que falaua, fei
creuem, porque em breue mudá não Lufetanos da villa de Lufa
ça de húa letrafe lhe pode trocar em Nauarra, cabeça da facçaõ
or hum accidétenatural, &lou competidora dos Agramontefes;
uauel,húvicio feo & depouca re aíSi que por não cair em alguma
putação: Viofºillo nõ que Mi impropriedade, deixo fem outra
guel Riccio eſcreueo delRey de mais, aueriguaçaõ a familia dos
Nauarra Dom GarciaoTemblo Ebrardos, ¿e que era o Bifpo Dö
fo.ou 7remulentur.como na lingua Aymerico. . . . ». . . . . . . .
Latina fenomea, ಘೀ | Outro parente defteBifocha
lhe foi particular,porqueou con mado Guilhelmo de Crógollo,
citado de muita colera, ou da re Conego de Coimbra foi com el
pugnancia natural por ſer enfer le, a Roma, & afsitio em Santa
¿no, trenpia.fempre no principio Maria Maior no anno mil duzen
das batalhas, aindaque famofo tos & oitenta & noue em doze de
guerreiro & Riccio, que não de Feuereiro, quando Bartholome
uia ler, ou achar bem efcrita a de Goartino Notario Apotolico
palaura, remulentus, como preu Jeu a copia da concordata del
rifni ad pe Ioão Vafeu, lançou outra, que Rey Dom Dinis com os Ecclefia
*sa. he, Temulentus, com a qual trocou ficos, cujo originaletâna gaue
por aquelle accidente o vicio da ta das Bullas, Entraalli efte Gui
蠶 com quaficàra defải: lhelmo, Crogollo por tetemu
rofo taõ grande Principe, fé não nha, & o Dcấo dẹ Coimbra Gui*
contara do erro, & motiuo do lhelmo de Godorio de Rupefor
cngano. ? . . . •. •. … :: :: :: … _ . . te, com outros Conegos de Bra
. Tambem he necefario efpe နိူင္တူ 蠶 … --- ºr

rcebifpo DöTel- … "


cular com grande diligencia os uperiores, o Arcebi
- - -

nomesde Provincias, maçoes, & lo, ‫بع‬ - - -- esº

* A lugares, pa e naõ leuados da


- -
uaó prefentes,& em prefença taö
: º ſemelhança, ſe attribua a humas bem dº Dom Fr. Rⓞdrigo Arce
o que obraraõ outras. E neta bipo eleito de Santiago, & de
ե3, 13. parte teue boa aduertencia Lu Metre Garcia eleito Bipo de Si
cio Marineo, quando efêreueo as guença, tetemunhas, alem de
pendencias dos Agramontefes,& outras, naquelle ašto celebrado
Luetanos de Nauarra, que por com conſentimento do Pontifi
tirar equiuocaçoás, que a fême ce, & Prelados dete Reyno, &
- -

hança dos nomes podiacaufir, exame dosCardeaes,Pedro do ti


| declarou logo quenãõ eraõ Lufi tulo de Saá Marcos,& Bertrando
tanos da nota Prouincia de Luz do titulo de Saö Nicolao iti car
* -- - Krx çGfg;
t
; : Liuro X VII:Da Monarchia Luftana. º - -: , T: - -
1. *. ; : "... ?:, ; - : ; I j . .
cere Tuliano; & că a mefma ap º
:

، : ‫گاه نمو می نویانمایه ی یه عناص‬


-

prouação fefizeraõ outras con- ' - * ** *


CA þ1T. XXX.
* ----- ., ‫م بم‬.‫م ې‬:‫ ه‬: , ‫چمچيحې‬۰.; ,:,
cordatas fubfequentes, que mais ‫ ثابت‬:‫ه‬
* - -
-

foraõ declaraçaõ dos pontos que Ditomo βημείronia iro:


| nefta primeira fe aceitáraõ, & os
Prelados do Reyno approuauaõ. goacă Caffella, 8 emira,
Na quarta concordata delRey ražnahuelle Reymºus for:
| Dom Dinis, que fe celebrou ho #de Argañêm falºr de
anno de mil & trezentós & noüe,
no enſerramento della declara o #
quem elRey DàDá
-f 'ăІХinis;;;;
-
|

Notario Ioão Gonfalues, queen -ot :: Eo


| do lida,&declarada ao Arcebiß w
-**, *:: * --> **
Atಂಶ್ಲೀ!
ฯrgt{ fiPฯ รั3ฏ: r] tionſ:43.4
‫لی‬
pode Braga, & mais Ecckfiátil º
-
*-*

cos.zിr്iു0ditoſenhor £ey rift


ºnde km, éfegundº direitº, e fê
gundo os artig£åue antre os ?relados,
叢刻鑒恐醬
&¢lksfráfitos na (orte de Koma, ఫ్రిఖీKస్రే Noudar, Hfek voltou
o»auen;a quºftíftitan¿?oria4mtrees no fim de Dezembro pagado pai
Arcadas, gie. Daquife pöde ra Lisboa, & como nas capitula-º a
reponder aos que negaõauer em çoesfeitas na Guarda com feu tio vºº
otnfante Dom Henriquefè lhe
Portugal prinkgº para akyá promettera,
prohibe abšíEcclefäfticos her: que mandárião de
dar bens de raiz; pois vemos que marcar es Reynos ambos para fe
fendo publicada em tempo. 蠶 feſtituiteniaPortugalinuítaster
Rey Dom Afono Segundo,& re. ras de feus limites em todas as co
Diana º nouada em tempo delRey Dom marcas,homeoulêgo ao Bifpb.de
*#: Dinis, & fendo os ajutamentos Lamego Bonifoão;&a Rodrigo ºn.
Afonfo Ribeiro; fidalgo leu vali- #
" de todas as controuérfias Eccle. -

ſiaſticasfundadasnaapprouaça5 do, que fofem demarcar pela flºº


Pontificia, bé ſe comproua ava parte da Beira deídeo Tejo até º
lidade, & fegurança deta mate onde o rio Coa entra no Douro:
“ria, a qual႕ႏိုင္ဆိုႏိုင္ရန္ကုန္က္ယုံးဝ Dete lugar atè a foz do Minho
‘. º capitu ooitauo deſte entrauão por demarcadores;loão
-- ." líuro. " º º . . * . .
. .
.
Soares Alaó, Payo Annes de Va
. . . . i º Kº ( f, \, : " … -- -,
lença,& Domingos Paes de Bra
-

* .
. . . . . . * *, *.
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‘. . . . . .
- - - - - - -
(). 'º'; . -
*
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-- .
-

ga, Auia de vir por etas partes o


...º.e. ',. . .a . ** -- -- - ***
- * -
* -* - - -- 3 -

Adiantado de Galiza com duas


t ------, ... tº - - -- - -

º, ºr *、*2 *ら、 * ... . . . . ;


- : -

٣ ".:, T : ; : ..**« :-‫ 'ﻻ‬:' : ".. … ‫ م‬- .:‫ ي‬... :,; . )...s
- - - - º - - r pefoas mais, que ele efcolhef
. . ..
- -

... ", , ,
- * fe, como elRey Dom Fernando
por
yv
El Rey Dom Dinis s. V. 237
- por çarta füa mandana. A yinte : creue, que entrou tambem enta5
de laneiro de milduzentos & no ha liga o no o Rey Don Dinis,
uenta & feisetauão pretes, os naõ parece criuel,pois vemos que
… Portugueles em Pinhel huns, & --
- alvinte do me{mo etaua elle có
outros em Mopforte de Riba de cordado com el Rey Dó Fernan
:Goa e perando aos Caftelhanos, do; & tinha feus minitros pelas
.por feri-otempo fimitado:para, a rayas do Reyno para fe concor
diligencia referida. Evendo que ...darem nas demarcaçoês, & limi
apaflando o termo afinado não tes. Efcandalifado deilhefaltaré
appareciaõ os Caſtelhanos, fize com eta prómela, deuia tratar
araófeus protetos, afiem Pinhel, por via dos Embaixadores,que ti
como em Monforte, & vieraõcõ nhana Corte de Aragaó, de fer
os intrumétos autenticos dar ra t 醬 mefma liga,& de feito
zaó a el Rey, que por ete tempo feC achou com feu exercito em Ca
etauá já em Lisboa. tº ſº... tella em fuor della pelo mez de
« Sentio elle faltarem os Caſte Setembro feguinte, & afsife ha
lhanos com a palaura, & acabou de entender, que entrou elRey
de conhecer,que naõ recuperaria nefta liga, aindaque naõ foi no
„dáquelle Reyno por via de pro proprio dia em que os primeiros
| meíías coufa algumaquenaõ fof. colligados a juraraõ.: º
fe ajudada de força, & violencia. 醬 e de cada hum delles
Etaua então o tépo difooto para era ficar DõAfonfo Rey de Ca
feguirefte caminho corn a noua tella, Toledo; Cordoua,Murcia, ssº:
dos apretos que em Aragaõ fe & Iaem,& o Infante D. Ioão,Rey ºr

faziaõ para entrar em Caftella de Leão, Galifa,& Seuilha, & re


chun. de em fauor de Dom Afonfo de La -partidos afiiosReynosentre eftes
' Fanäda 4
| cerda; pareceo bem a elRey Dõ_ · dous oppofitores excluião a el
” Dinisentrat namefmaliga,& co Rey Dom Fernando por ilegiti
s lher o fruto que defejaua.Eraóos mo, & por outras razoés, que já
. da liga elRey Dö Iaime de Ara apontamos. Por fatisfação dos
· gaö, & ſeu irmaöo Infante Dom gatos á Aragaõ fazia neta em
; Pedro, cunhados delRey D6 Di prefa em fauor de Dom Afonfo,
nis, Dom Afonfo de Lacerda pri ſez elle doaçaö do ReynodeMut
...mo do mefmo Rey, & o Infante cia aelRey D. Iaime,& das villas
Dom Ioäo tio de ambos.Em Bor · de Alarcon, Moya, & Cañete ao
, dalua aldea da Villa de Ariza fe Infante Dõ Pedro, que vinha por
concordaraõ todos a vinte & hú generaldo exercito, º
1.3..., defte proprio mez de Ianeiro; & º Partio pois o exercito de Ari
ao -aindaque eronimo de Zurita e fa a noue de Abril, & atrâueffãdö
M
*.**
- | Rg 3 amaior
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
a maior parte dos enhorios de
-
caufã.Era então Metre deta Or
, Caftella, ganharaõ a Cidade de demDom Fernáo Peres Galego,
Leaó, aóde fizeraó jurar por Rey como declara a efcritura. Con
de Leão,Galiza, & Seuilha ao In forme a ella fe ha de entender a cr 1.
fante Dom Ioão,&pouco defpois Chronica de Alcantara, que faz
dito,entrando em Sahagun,fize eleito o Metre Dom Gonfalo Pe
raó jurar també por Rey de Ca res, fobrinho de Dom Fernando,
ftella, Toledo,Cordoua,& Iaena nete anno de mil duzentos&no
Dom Afonfo. Pafaraó a cercar a uenta & feis,que deuia fer do mes
-villa de Mayorga, ditante finco Ý o fim do anno. E
legoas da cidade de Leão,que foi pois elRey Dom Dinisheetaua
bem defendida dos Caftelhanos tão fauorauel, não deuia elle fe
atè o fim de Agoto, aindaque o guiras partes delRey D. Fernan
exercito Aragones fez grãdes dá do de Catella. Tambem fe deue
IICS por aquellas comârcas. ". aduertir na mefmaChronica,que
ElRey D. Diniseteue em Lif diz tomara o Infante Dom Ioão
boa atê o fim de Março, dipon a ponte de Alcantara, fendo Me
do as coufas, & preparandole pa fre Dom Gonfalo,o que naõ po
ra acudir a tempo que achaffèas 'defer,pois o calo fuccedeo no an
de Catella mais facilitadas para no atras palado, como vimos,
feu intento, & menos trabalhofas dõde fe collige, que por não fazer
para o rifco.Como teue ordena muita refitêcia ao Infante, a que
das as leuas de gente frefca, alem elRey DõDinis era afecto, ficou
da 4 deixou no fim do anno paf elle taõ facil a conceder nouas
fado leuantada, fe posa caminho merces ao Metre Dom Fernãqo.
para a cidade da Guarda, faben Ambos eftes dous Meftres, tio, &
do que pelo Reyno deLeão,& ci fobrinho,eraõ da familia de Mal
dades vefinhas campeaua o exer 'donado por femea.
.cito da liga. Continuauafe o cerco de Ma
ಕಿ 2.fol. A vinte de Agoto tinha tudo yorga cõ grande obtinaçaõ,mas
148. ტ• pretes na Guarda,aonde fez doa húa enfirmidade contagioa, que
123 Çað á Ordem, & freires de Alcâ -deu no exercito Aragoñes, o fez
tara da Igreja de Santa Maria de retirar com morte de muita gen
Cea do Bipado de Coimbra, em te principal, em que entrou o In
troca da Ermida de São Pedro de fante Dom Pedro,o qual morreo
Villa Corça junto a Monanto, a trinta de Agoto. Nete tempo
(obre que os freires andauão em entrou elRey Dom Dinis com o
demanda, aindaque el Rey con feu exercito por Ciudadrodrigo,
fefa lhe não achauajutiça na &chegido a Saldanha,teueatifo
º da
* -
- - -

ElRey Dom Dinis | 1;?


da morte do Infante eu cunhado, colhendo por terra deMedina del
& da retirada do exercito, Com -CampoaPortugal, & D.Afohfo
tudo marchou para Salamanca, com Dom Pedro Cornelfè foi a
Aondefe lhe ajuntou Dom Afon -Aragáo,’&óInfarite DóifiIoäo fè
fo, que ejurara Rey de Catella foi pára a cidade de Leão, 4 eta
com agente que lhe ficara, & cã ua por ele. Afife desfez a exer
elle Dom Pedro Cornel, que foi cito detaliga, que fuppoto não
… dosAragonetes,o que sóficou em confeguio o que pretédia, deixou
fuá companhia. Aquirefolueraõ, muitas terras em poder dos dous
que palasé a Valladolid, & cer pretendêtes,o Infante Dom loão,
cafema elRey D.Fernando, que & Dom Afonfo, & tirougrandes
ali etaua, porque concluião a 'defpojos das outras que fiqueou,
guerra ಪಿ. a elRey
quella Villa, ". . . கi: R
ná» de que veio grande parte aos nofº
fos Portuguefes,alem de fè fenho
ºx.
.
Affentada a reſolução deirà feafem äá comarca de Riba de
Valladolid cercar a elRey Dom Coa neta occafiaõ, "…"
Fernando, partio elRey Dom Di … Cenfirá a hiftgria delRey Dà
nis de Salamanca com D. Afono, Fernando ao nofo Rey Dõ Dinis
&pafando o Douro junto a Tor delheirfazerguerra fem ødela
deſillas, chegaraö à,villa de Si fiar primeiro, & de lhe faltar na
mancas. Daqui diz a Chronica promefa de ajuda, tendolhe eri
Catelhana, que inuiou hum me tregues Serpa,Moura, Noudar,&
fageiro à Rainha Dona Maria, a Mouraó por eta caufa, masjä mo
fim defe comporem com algum (tramos que a entrega deitás Vil
bom partido, a que naõ defirio las foi por naõ afsitir com o exer
aquella Princea. Vendo elRey a cito os annos atras âo Infante Dó
refoluçaõ della, & que no me{mo Ioão, & que prometendofe mais
tempo Dõloão Nunes de Lara, ajutar às demarcaçoes,faltando
--
hum dos principaes fenhores que fé da parte delRey Dom Fernan
'º feguião as partes deDom Afonio, do,cómo vimos, ficaua a guerra
& do Infante Dom Ioão,fe decla aberta, & naõ necesitaua de no
raua em não ir cercar a elRey D. ua publicaçaõ,& defafio. E a naõ
Fernando, receofo que os outros ferito asi, el Rey DóDinis, que
Ricos homés deCatella fizefem o anno pafado mandou defafiar
o me{mo, & que a gente delRey ao me{mo Rey Dom Fernando,
Dõ Fernando lhe cortafe o pafo & a feus Reynos,com mais razão
do Douro à volta,á era perigofo, renouara agora o defafio.Tambê
por fer tempo de Iñuerrio,tornou d mefmo Rey no anno adiante,
apafar aquele rio, & feveio re intandolhe em Catella, que fiz
Rr 4 αείο
a Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
_zeffe guerra offenfiua ao Infante tandolhe os motiuos que tinhão
Dom João, deu por difculpa de a para não mandar dar fatisfaçaõ
não fazer o nã9 o termãdade de de Gao Rey de que fe deípediáo.
fafiar!Se elRey D. Dinis naõ eti Deta maneira o fez Dom João
verajutificado neta parte, fazão #Manoel, quãdo fedefnaturalizou
auia para lhe etranhar o termo, de Catella, por aggranos delRey
por erem mui obernados etes DomAfonfoCnzeaono anno de ºmi: ſº.
primores naquele tempo, quan mil trezentos & trinta & feis, ef>
¿lo fe rompia a gucrra critre os creuendo a elRey de Aragaõ as 7.6.33.
Reys vifinhos. O męfmo primor cauſas de feu aggrauo, & decla
guardauão os Ricos homensinas randolhe que naõ efereuia então
occafioés em que feapartauão do aelRey Dom Afonfo.por# man
feruiço de teus Reys por alguns dandolhe noutra occafiaõ fazer
aggrauosogcausquiucler» eta deuida reconhecença de va
| défilaturalifándofè primeiro de ſalo,elle mandara prenderonoſſo
feus Reynos,& mandandolhenor Portugues Nuno Martins de Al
tificar por algum metageiro, ou nelos feumefageiro,& que a não
por carta as caufas dg aggrau9,& fugirda prifað fora morto.
a refolução da partida a feruiçº -50 t c - " . . .. . -

de outro fenhor, para não poderé -** CAPIT. XXXI.


, , , º,
fer julgados portraidores.………; *:3;f}○r : 、 : ^
- -

Así vemos que no anno pre ، ‫ ﺱائنس‬11 ::::: º ‫السلاﻢ‬ º .


Ibid. 6. I.
fente, auendo Dom João Nunes Le como el Rey D5 Dinis
de Lara de entrar a fazer guerra feapoderou dos lugares de
a Catella,mandou hum caualeiº f{uba de Coa, com hiīa
ro feu vaffalo com carta de cren
· ça a elRey Dom Fernando,abei breuenoticia defta
jarlhe 3. mão, & deſpedirfe dc ſeu ", comarca...
feruiço, & declararlhe dahi adiä KÉ OD AS as memorias
te não era feuvaffalo. O mefmo * mais certas affentaõ a τιρό,
fizeraöFernaö Rodrigues de Sal tomada dos catellos
danha, Lopo Rodrigues, & Ruy ¥â¥€ de Riba de Coa nefte
Gil de Villalobos, & outros Ri anno, & neta occafiaõ da volta 4
cos homens. Ete, era o cotume agora fez de Catella. E de certo
com que fe defnaturalifauão: po do tempo prefente por diante fi
rem fé receanão que elRey naõ cou eftãcômarca no fenhorio de
trataffe bem feus mefageiros, ef> Portugal permanentemente. Da
creuião aos Reysvifinhos as cau reihüa breue noticia della, 8 de
ſas deſuadeſnaturaliſagão, apon: quem então tinha o fenhorio da
* . - quellas
-

*~
quelas villas, & lugares quando telbom, Almeida, Catelbranco,
elRey DõDinis a ganhou,&jun & Catel melhor. Cate! melhor,
tamente deſcubrirei a acçaõ de &SabagalfaðојеCondados. Ga
jultiça que elRey tinha para feia te! melhor anda na familia dos
poderardella.….. . . . sº, “ . Vafconfelos, Sabugal na dos Ca
He a comarca que chamamos fielbrancos; Caſtel Rodrigohë
Ribade Coa, húa lingoa de terra cabeça de Marquefado; que per
de quinzelegoas de comprido;& tence aos Mouras. He toda eta
de largo quatro, aonde tem mais terfasabaridátilfima de ladouras,
蠶 Norteia & gados, degue repartiarhuito
Sul;5 & qihgida da parte de Portu. para outras comarcas de Portu-.
gal com o rio Coa, que tendo feu gal, & Catella. Dos mais frutos . -:

nacimento na Serra de Xalmá,rá tem quantidade." fºº" / ">


hehtia parte da de Gata, faz htia tio Foi eftá comarca reduzida á
entrada em Portugal pelos lugá obediencia dos Reys de Leão, &
res de Fogoinho, Valde efpinho, libertadado poder dosArabes no
& Quadrafais; dondefe aiiifinha anno doSenhor de milcento &
ao Sabugal, primeira Villa aca tinta &noue,como diz húngem- º
ftellada detacamarca por aquel ärda abreuiatura da hittoria
la parte, 6 della vai correndo atè Hós Godosneftas palauras: 2.2.c, S. --

, \, tº
{e meter no Douro em Villa noua Lxx, bif, capunturin Extremadurj
de fos Coa. Pela parte do Reyno multă populationes cis கு eitra, per vil.
de Leão,ouEltremadura deLeão, lam Turpini, Talmeidā, Egitania, @º
com que confina,vai a raia 'balifa
da por campinas, &montes atè
ម្ល៉េះa éráde'mil & fètenta & fète{e
ädripam fagi. QuefÉ dizert
São Pedro de Rio feco, perto do ganharaõ muitas pouoaçoes na
'quallugarnafce a ribeira de Tú É(tremadura daqüem;& dalemi,
fočs,que vai diuidindo os Reynos por Villar Turpim, Talmeida,
atè ëñtrarnô Ageda, abaixo de Idanha, até chegar á ribeira do
Eſcarigo:Daquivaio Ageda fa Tejo. Entrara naquelle anno el
zendo ame{ma diuifaõ até entrar Rey D. Fernando o Magno pelas
no Dduro, que fecha vitimamen serías dos Mouros, pañando do
teeíte detrito,recebêdo as agoas Reyno de Leão o Douro cà para
do Coanologar que diffemos.. : eiláparfé,& de Riba de Coa;que
…… Ha neta comarca muitas al fåô âs primeiras terras, quefeihe
deas, &lugares abertos de gran auífinha6;pafou correndo ao Sul
de copia de moradoreșTemfete atè as Idanhas, que lhe ficaõ comº
villashcañelladas, afàber, sabù. tiguas, & chegou até o rio Tejo.
.gal, Alfaiates, Villarmaior, Ca Bós lugares de Riba de Coá ñb.
* *
-: *.iº. fä&å
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana. !
mea só Villar Turpim,que ainda confirmão a eſcritura: Infans z.
ojeretem o nome, & Talmeida, ?etrus 2ſaiordomus Zomini Regis,te
que com pouca mudança chama mente Legion. Tiura, (amora, Extre
mos Almeida. Máis pouoaçoês maturam. Z..?artinus Sancij, Signi
deuia ter Riba de Coa, mas no fer Zomini Zºgis, tenente Limiam, &
mear(ehiaõetas duas,que faõ vi Thronium. 7, .

finhas,por principaesdacomarca · O Arcebifpo Dó Rodrigo faż


naquelle tempo. " , , , … morto a elRey Dom Afonfo na
O Arcebifpo D.Rodrigo attri Era de mil duzentos & fêtenta &
bue a fundação da vila do Sabu oito, dousannos antes defte: po
Εύ7.αφ. gal a elRey Dö Afonfo o vltimo rem a efcritura da fundaçaõ de
25. de Leão, que foicafado,& diuôr Villar maior he original, que não
ciado danofia Rainha Dona Te padece dunida. El Rey D.Fernan
reja:fe foi fundaçaõ denouo, ou do o Santo, filho dete Rey Dom
uoação em ruinas antiguas, fe Afonfo, & da Rainha Dona Be
não declara. O catello,& villa de rengela fua fegunda mulher, que
Villarmaior he fêm duuida al rendoemnobrecer avilla do Sa
Torre do gia fundaçao ſua. Vi a carta de bugal, lhe deu por termo Villar
Yombo na pouoação que lhe deu, aonde lhe maior, & CariaTalaia outra po
gaueta jun iimita o termo, & deitrióto. Foi uoagäo, & Caftello duas legoas
to 4.janell
do morte. ito a feis de Agoto da era de mil do Sabugal para o Norte, de que
duzentos & fetenta, que he anno oje não ha mais que as ruinas. He
de Chriſto de milduzëtos & trin priuilegio rodado feito em Sam
ta & dous. Etaua ete Rey entaó Munhos deHuebra a feis deAbril
na villa do Sabugal, queja tinha da Era de mil duzentos & ferenta
fundada: Fala carta apud Sabugal. & noue, que he anno deChrifto
Confirmão entre outros o nofo de mil duzentos & quarenta &
Infante Dom Pedro, & DõMarr hum. . . . . .
tim Sanches feus cunhados, ir" . Aindaque os Reys de Leão ,
maõs da Rainha Dona Tereja,ir eftauão fenhores de Riba de Coa
mão legitimo o Infante, & Dom atêo tempo delRey Dom Dinis,
Martim Sanches batardo.Seruia não tiuerão o fenhorio della con
elle então de Alferes môr delReytinuado, como no capitulo eguin
feu cunhado,&tinha afuperintê te motraremos: mas no tempo
'dencia dasterras de Toronho, & que foraõ fenhores deta comar
ILima: & o Infante era Mordomo ca, approuarão,&emnobrecerāo
mòr, & eſtaua com a tenencia da oslugares, & villas principaescă
cidade de Leão,Taura,C,amora, caftellos, & muros,âindaque fal
.&daEftremadura,titulos.com á tão oje o de Caria Talaia;&o de
Monfor
- -, .

….………ElRey Dom Dinis. エー" 、 143


Monforte, que ficaua húa legoa bom, & CatelRodrigo. Cõeta
abaixo de Pinhel em húa penha vitima fortificaçaõ delRey Dom
fobre o rio Coa, aonde agora fê Manoel fe achaua Riba de Coa
conferua húErmida de muitaro
no tempo que retituimos à Co
magem, datinuocaçaô de noſſa, roa defie Réyno a elReynoffofº
Senhora de Monforte. Era efte nhor Dom João fëü tera
Catello hum dos principaes da ceiro neto: mas de 驚 defua re
quellas terras, s. * . . . º tituiçaõ fe vai melhorando, &
Depois que elRey Dom Dinis fortificado ad moderno, comto
entrou na pote dellas, acre(cen das às oursvilla,&aldas
tou com maior perfeiçaõ todas -് : 1 イ;;*・・、 ふ,)、:で“。

as pouoaçoés, cercas, & Caſtel :: ***: : ‫َ کہ‬


‫ل”ﻤﻧ ت‬
‫‘خ‬ : ‫ﻤﻧ۔۔۔‬i
‫‘۔‬
‫ہُءی‬ :::
los, & no Sabugal fezhüa torre ' ' cAPI'r: xxxii..!
* * *: * ** --, * ~ * ~* ... i. .”.” -

altifsima definco quinas,como a


<locaftello.de Coiñbra,&no fe
De :::::: ೬೫
cho da mais alta aboboda della .Riba de Coa,quando el-,
.eftá o efêudo das armas Reaes de Rey D. Dunis occupou
Portugal. ElRey Dom Manoel ** * * eta teryaſ) tº sº;
acrefcentou, & reformou em féu :: :: :: : :: :: :: :: :
tempo os me{mos Catellos, & *。
gºš Vando elRey Dipini:
deuia principiar a obra pelos anº : (ရ္ဟိရ္ဟိ) ganhdu, & tëmoupof 1396
nos de riiilquinhentos&houen9 స్త్రీ ¿íè da comar&ade Riba, ...
,

qual anno deu, etando em Eud *sº de Coaſtiãhäoſenho..”.


ra, fentença porque defobrigou rio nos lugares,& villas defeu dé- se …
aos moradores dávilla de Audo, .ftričto,em primeiro lugar ós CA-¡¿à;
de item trabalhar nos múros de -ualeiros da Ordem militar de Al- 4 to 6.
Almeida, mandada cõ outros pri cantara, à qualſetiſiha entorpo-# p.is
uilegios,&papeis do cartorio da rado a Ordem do Pereiro pelos cana…
quella Villa, dode copiei eſtaſen -antios mil&duzentbs& dezóito. n.gäffi:i.
têça. O Inquifidor Chriftouão de Eâafirmada a Igreja de Siriulião …"
Andrada Freire merho{trouhüa do Pereito, que he htia Ermida
quitàçaó delRey D.Manoelfella -baixa deparedes,& humilde,jun
da como fello Real,em que daua -to á villa, que chamãoSinco Vil
por decárregado a fed bifauo -las, ditantehtalegoa de Almei
Ruy de Andrada, caualeiro da ...dafobre o Coa, &'cotíferuá ain=
Ordem de Santiago, do dinheiro sda juntaadialgúsíntimentos de
que dependera fendo Veedor, & -pedrajáieiros;...&chamõó a effie
- fecebedor das obras dos touros, -fitio, Nofa Senhora do Pereiro.
&fortalezas de Almeida, Catel tibeſpois de vnida à Aicantata, fi
r.二挺
Cou
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana,
- cou com titulo de Comenda, de Pedro, Dom Ioão, & DõIaimes.
- quefe achaõ alguns comendado Confirmaõ muitos Prelados, &:
respor aquele tempo. Auia mais fenhores, que he priuilegio roda
as Comendas de Villar Turpim, do, & tem no meio huma Cruz
& cafas de S. Felices de Gallegos, verde com hum circulo à roda,
comos lugares de Reigada;& Pô em que diz: Signo delRey2.4fonº,
feca,que fedefmembraraõ da Or, & noutro circulo exterior diz af
dem de Alcántara por eta en fi: El Infante Z.Manuelhermans dēļ.
| trega a elRey Dom Dinis de Ri Zey, y/u aleres confirma. El Infante
º bade Coa,& fåôoje.Comendas Zo. Permando fijo mayor del Rey, y fu
| da Ordem de Chrifto. Pero Gon *cayordomo confirma. Por ter Dom
* falues Curutelo trazia as terras Martim Gil terra delRey de Ca
de Reigada, & Pereiro, do qual ftella,feguio muitos annos a Cor
. àsouueolnfante Dom Henrique, te delRey Dom Afonſo; & tam
| filho delRey Domloão o Primei bem como fua mulher Dona Mi
- ro, que as doou à Ordem, como lia Andrefa de Catro tinha he
' fe vêüa terceira parte das elcri ranças nos Reynos de Leão, &
Fol.92 turas da Ordem de Chrito, que Galia, donde era natural, ficaua
eftà no tribunal da Cònciencia,& Dom Martinho cõ obrigaçaõ de
Ordensº, º , , ~TV, º, - ----
, , , paaràquelles Reynos, & eruir
* -

|
-
N. - -,

، ‫ ا ن ي ل‬- ‫ما‬
-

Avilla dë-

རིགསltureta.།:ite
- - - * * -

os Reys delles, que he a razaó


r... junto a Cafielmelhor,tin klå Por onde o Conde feu filho lá era
r¿do clRey D. Afono Sabio etan herdado, & teue as tengas que el
urta do - do em Burgos a tres de Mayo da
Rey Dom Fernando lhe pagaua,
{"'“-Era de milirezentos & oito (que acrefcentandolhe o fer cafado có
….…. he anno de mil duzentos&feten Dona Violante , fobrinha defte
... ", ta) a D.Gil Martins, pay do Con Rey, donde lhe fobreuieraõ ou
……. "de Dom Martim Gil, Alferes môr tros acre(centamentos. … …
vdelRey
‫۔‬, iy ‫؟‬ ,s.
i,
niP. ,r
õD boruje
ed-
&h … Ete Conde Dom Martim Gil
**: edade pata deſcendētés legítimos, fenhor de Almendro,tendo mui
"" & afia pofuib em vida, & nefte tos appellidos de que pudera hõ
anno atinha o Alferesmòrfeu fi rarie,efcolheo o déSoufa, cõ que
-lho, que por não ter fuccefaõ fi fe nomeou no teftamento...E era
-icou para a Coroa,quejá então ti aís, que por fua bifauo materna
-inha o dominio defta comarca. D. Guiomar Mendes ficaua ter
- Fez elRey Dom Afonfo Sabio a ceiro neto do Conde DõMendo
º doaçaó com aRainha Dóna Vio o Soúfaõ,como tambemo era do
ºlante, & feus filhos Dôm Fernan Conde DõRodrigo Velofo, dos
- do herdeiro, Dom Sancho, Dom quaesºs Vafconcellos ತಟಣ್ಣ ->

‫نام‬ -- - - - - - lito
. ElRey Dom Dinis. Aſ º #4.
\

Jito aduirto para que feveja com auemdo βίre iftofala, & trtuto à môô
quanta razão a villa de Almendra direitomandardo ditev4fanº Sancher,
veio a recair no tempo preſente tutor do dito loão Afonfº feu filho.
no fenhorio de Ioão Ródrigues Vſou o appellido de Souſa D.Ioão
de Vafconcellos & Soufa, Conde Afonfo,porque fua auð Dona Al
deCaſtel melhorgouernador das .donça era défta familia; & áinda
, armas que foi de entre Douro & que alguns autores afsi o dizem,
Minho duas vezes,& de Alentejo como não apontauão e(critura,
hūl, & depreſente he Gouerna podia duuidarte, com eta fica a
dor do Brafil,cuja lealdade,valor, materia certificada, & tambem
&procedimento, fobre a grande com o intrumento da intituição
etimaçaõ de toda Europa, lhe 'do mofteiro de Santa Clara de
grangearaõ outros etados maio Villa de Conde,que Dom Afonfo
; res. . . . . . . . . . .. .. . . Sanches fundou, aonde (eu, filho. - * -

こい ""
… E pois tocamos ete ponto da vem com appelido de Soufa..., … -
-

- - -- -
* -

:familia dos.Soufas,de qüetomou - ... E tor hdo aos que tinhão fe


o Conde D.Martim Gilo appelli nhorio das terras deRibadeCoa,
do,acreícento que també D.Ioão 'parte das aldeasdotermo de Ga
e -

Afonſo ſeahor de Albuquerqueo (tel Rodrige reconheciaö (enho


do Ataude,neto delRey D.Dinis, rio ao ម្ល៉ោះហ៊្គី de S, Maria
filho de AfonfoSanches feu filho,
de Aguiar, fituado nas fraldas de
& de D.Tereja Martins, filha de {tavilla para a parte do nacente,
«D, Ioão Afonfo Conde de Barce & heo vnico deReligiofosque hà
.los,& mordomo môr do mefmo naquela comarca. Tem huma
Rey D. Dinis,feguio o me{mo ap Imagé de nota Senhora, que faz
- pellido de Soufa, como fevé em muitos milagres,& por eta caufa
hüatroca que D.Pedro Efcacho, era frequentada aquella cafa de
- Meftre de Santiago com outorga muita gente de Portugal, & Ca
do Comendador mòr D. Eſteuão ftella, atè o anno de ੇ&
Reymundo fez da Comenda de quarenta, que com o rompimen
Parada de Riba Douro pela villa to da guerra atalharão as hoftilis
de Cafeual, & quinta de Almo | dades eta cómunicação.
leia,que era dete D.Ioão, a qual Fundoufe o mofteiro deS.Ma ------
-
º

: Tämä tro" ſeu pay Afonfo Sanches on ria de Aguiar por ordé delRey D.
¿torgou, por erelle de menorida Afonfo Henriques, o qual Rey rara
; :::&or; de. Ze loão Afonſº de Souſa lhe deu carta de couto ftica ಆni Trió
: reuora filho de AfonfoSanches, fenhor Coimbra na Era MCC; x); que ##
; fw, ij;, de Albuquerque, &* %cedelhim, & vemacairnôåñùôdeÒììiòìe*
, : 3áordomº maior delRey de Portugal, mil cento & fetenta & quatro.
O * -- - - - - - ᏚᎵ Соғы
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Côfirmaraônefta carta de couto fte conuento no.annp fbbredito;â
o Coride D.Rodrigo,o Mefire do fundaçaõ poréhe mais antigua,
'Templo D,Galdim,o Meftre Pe aindaqpoücos annos, &feu fùri
· drd Fernádes, Pedro Qdores, Pé adador fòi elRey D.Afonfo Henri
dro Saluadores, & Fernão Biſpo. | ques, como déclara na carta de
Era feita a carta ao Abbade, & couto.ElRey D.Fernãdo de Leão
fmöges daquelle mofteiro, ácha fez aquélla doação por efmola ao
mada Torre de Aguiar,monafierio contérito,de q feu fogró era fiiñ
deturre de Aguiar, 8 nella declara -dador,& por eftar vifińhdad feú
só auiaõ edificado o moteiro an .Reyno; :ôtathbēaõ8 néfìos mō
· · tes difto por carta, & licença fua: ºfteiros de S. Ioão de Târcuca, &
- స్ధ olim edificandum, & rjfruendum *Alcobaça mais diftãesfavoreceo
syöliiper@ríptură,&cartam Jedi.Do -o meino Rey compriuilegios.
repºdºcartórió de S.Maria de Moreroe No anno de I 176.lhe fezoutra
2, º lafecolhe qafüdaçaõ de Aguiar doagaóete Rey Dom Fernando ,
que
-föiäö ähnoi 17o, ago.deMar letando em Ciudad Rodrigo,
<iço, quatro annos antes detacar -élle edificou, da pe(queira da fós
-ta découro.Não felé o nome do de Aguiar, fendo ainda Abbade
-Abbade,mas deuia ferHugojque CDõHugo: Žo Zeo, amongiaribs.
idelfus principios achamos go ô£aria turris lºquilaris, & valis biliJ
p.
¿!-
-uernáñdò eíta Abbadia, cornò fè , Иgomieiu(dē moñafterjö rhera
.verà de outras efcrituras delRey -baii,illampftariam, que dicitur, Fδs
:D.Fernando de Leão.O deftrióto -de Aguilar. Chamã ao mofteiio
do couto era grande, & nelle lar -S.Mariada Torre de Aguiar, dé
gaua elRey ao conuento toda a ºriuando o nome do Aguiar, rio
ijurifdigaö Real: Et quidquid infra #pequeno, que fica adiante do có
<terminos adregale iùspertinere vide -uento, & defagoano Douro, &
tur. , f or: .: daTorrede que o moteiro hefe
* « O Meftre Manrique nos feus nhorio, a qual he de boa canta
annaestrazhūa eſcritura delR ºria, & tem junto a fi a aldea do
D.Fernando de Leão feita naqla …mefmo nome, “fogeita ao mo
Cidade a 22. de Agoſto do anno freiro. Confirmão eta doaçaõ,
Adamam 1165 na qual cõ a Rainha D.Vr (omes Comez dominans i»7raffamar.
*#* raca, & feu filho Dõ Afonfo daõ * (omes Condifaluus Koderici. Condi- ,
"" ao Abbade de S.Maria de Aguiar Jaluus Oſorij.3aiordomus Zegis. Fer-s:
. Dom Hugo o lugar da Torre de mandus Cutterris $ignifer Aegis, &c. ;
Aguiar,&a granja de Rio chico; Qutras doaçoés ha dete Rey, &
& prefumindo fer eta a carta de delRey Dom Afonfoo Nonó fru
.
fundaçaó, asétaos principios de filho, no tempo do qual hum
. . *
. .
-

Ferráo
… . . . ElRey Dom Dinis. #4?
a ete conuento. w

Fernaõ Pônce, & fua mulher Do


na Maria Annes doaraõ as vinhas O PadreFreiBernardo de Viä
que tinhaõ no lugar de São Chri llalpando,Religiofo da nota pro
1touão ao mofteiro, a que cha uincia de Catella affirma, que he
máo, Sanéla Υaria turris -Aquilarã: efte mofteiro de Aguiar filiaçaô
mas mais proprio he o nome de do mofteiro de Moreroela, fitua
Torre de Aguiar.A data deftafoi do no Reyno de Leaõ no Bifpado
em dia de São Marcos do anno de C,amora: porem do cartorio
de mil duzentos & trinta,em que do nofo moteiro de São João de
ete Rey Dõ Afonfo ganhou aos Tarouca nos conta, que he filia
Mouros a cidade de Merida: Fafia çaõ delta cafa,& por tal foi femº
carta ammo ab Imcarmatione Z)omimi.*^.
pre auida entre nôs. Verdade fe
(GC. wxx. menfe JAprilis infeffa Sam ja, que das memorias do mefimo
&fi.%(arci, in anno quo capta fuit à conuento confta, que fora Aguiar
ZDomino –4.. Zeigratia Kege Legion. filiação do moteiro de Valparai
Emerita. E he para aduirtir como fo de Catella, antes de fer 蠶 São
naquelle tempo, aindaque o con Ioão de Tarouca. -

tar pela Era de Cefarandaua em O que me parece acerca dito


vfo, muitas vezes todauia (e fazia he, que como elRey Dom Afon
a cóputação pelo anno de Chri fo Hënriques fundou efte moftei
fto.E como ainda fazendo a con ro, que ੋੜ em terra de feu fea
ta pelo anno de Chrito, ou Era nhorio, o fogeitou, & fez filiaçaõ
Maipu, por anno da Encarnaçaõ, que co de São loão de Tarouca, que he
*"um meça em Março, ou pelo do na o primeiro da nofa Ordem, que
1165.64 cimento, que principia em De fundou nefte Reyno. Seu geñro
zembro, & Ianeiro: aquio anno elRey Dõ Fernando de Leão nas
que he daEncarnagaó ha detero guerras que teue com elle, occu
principio do mez de Março, & pou as terras de Riba de Coa, &
fegundo ifto nefte mez atè o de afsi como meteo em feu fenho
Abril fe ganhou Merida, como rio ete moteiro, fez que mudafº
efta efcritura declara. Deixo oufe afiliaçaõ, & fefogeitaffe ao de
h tras daquelle mofteiro de Santa Moreroela, ou Valparaiſo , por
Maria de Aguiar,ou da Torre de etarem no Reyno de Leaó, que
ê
não henouidadevariar os nofos
Aguiar,concluindo quenasinqui
uldad- riçoés delRey Dom Afonfo quar mofteiros das primeiras filiaçoês
"… to de Portugal fe achou, que a que tiueraõ,de 4 temos exemplos
露驚 Torre de Santa Maria de Aguiar em algüs dete Reyno;agora quã
4.f), com toda a aldea fora dada, & do elŘey Dỏ Dinis fetornou afe
| confirmada pelos Reys de Leão nhorear de Riba de Coa,tornota
S ſ2 tam
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
tambem o moteiro de Aguiar à theo no juizo politico da vida de
primeira filiaçaõ que de principio fte Principe. -

teue,& nete vltimo tépo poderia ElRey D. Afono Sexto,auödo


eftar fogeito a Valparayfo. noffo Rey Dö Afonfo Henriques
Seguio elRey Dom Fernan fogeitou o mofteiro de S. Seruan
do em fogeitar o moteiro de A do de Toledo,que era da Ordem
uiar ao de Moreroela, a politica de nofo Patriarcha Saõ Bento a
degrande eftadiftadefuiando to Abbadia de S. Victor de Marce
da a cômunicaçaõ que aquelles lha no Reyno de Frãça.O Metre ripe ad
am, 1 C 72,
Religiofos podiaõ ter em Reyno Fr. Antonio Yepes naö approuou tap.3.
etranho,por caufa da fubordina o lanço, nem outros delta forte;
gaõ que tinhão aos de que era fi affirmando que não cõuem auer
liaçaö : que ſempre os Piincipes dependencias de Religioõs a ou
acautelados impediraõ femelhã tras de Reynos etranhos porque
tes correfpondencias, principal como os Reys ordinariamẽte rõ
mente em tempo de guerras, pa pem em guerras,fica impedida a
ra obuiar as intelligencias, que as influencia das cabeças aos mem
vezes fê praticaö por via de Reli bros, & ogouerno das Religioës
giofos. El Rey de Fráça Luis Vn perturbado. Deu razaõ de Reli
decimo por efta caufa prohibio giofo oMeſtre Yepes,elRey Luis,
com graues penas aos Religiofos & D. Fernãdo de Leão fe acaute
Francefes, que naõ faifem fora larão como politicos. ElRey Dõ
de ſeu Reyno a Capitulos gèraes Ioão II. de Catella fez defanexar
em quanto andaua em guerra cõ de França o moteiro de São Ioão
com o Duque de Borgonha, & deBurgos,& outras defanexaçoês
€tm ੰ a prohibiçaõ femelhantes fe podé ver no autor A ன.
aos nofos ੈ। que ti referido. Cõ a doutrina de todos I og I..ja
nhaõ a cabeça no Ducado de fe pode obrar o q conué em Por
Borgonha; & ainda que as outras tugalfobre as Religioês, q tinhão
Religioẽs fizefem Capitulos gè. dependencias das de Caftella.
raes em outras Prouincias,o mef. , Continuando aquella ecritura
mo receaua; porque le auiaó de do couto de Aguiar, de que fala
ajütar nelles os que eraõ dos eta mos, e tira hüa importantiima
dos defeu cõtrario, por meio dos certeza,de á eíta comarca foi nos
quaes poderiad acquirirſe noti principios ganhada aos Mouros
cias, & interiores do etado de pelos Portuguefes, & deuia fer,
França, & introduzirfe algüa ne 觀 defpois da entrada que nella
goceaçaõ fecreta. Veja e o que fez elRey D. Fernando o Magpo,
di(correo nefte cafo Pedro Mat a tornaraõ a recobrar os Aarbes.
-
* * *-
- O tem
E/Rey Dom Diuis. - º 243
O tépo em que a ganhou elRey era Dom Sancho de Ledelma, ſº
Dom Fernãoo Segundo de Leão, lho do Infante Dom Pedro, tid
foi (ao que deixa crer[;) no anno delRey Dom Fernando,& de Do
de milduzentos & ſetenta & feis, .na Margarida de Narbona, o
em que fez a doaçaõ de Aguiar. qual Dom Sancho era primo cõ
Tinha fuccedido a prifaõ dó nof. "irmão dos mefmos Reys D.Dinis,
lib 11.6. fo Rey DõAfonfo em Badajoz & Dõ Fernando. Era fenhor efte
13.3°14 no anno de mil duzétos & fefen Dom Sancho das Villas,& Caftel
ta & oito, como fe efcreueo na los do Sabugal, Alfayates, Villar
...terceira parte defta hiftoria, pe maior,Caftelbom, Almeida, Ca
la liberdade prometteo elRey D. ftel Rodrigo, Monforte, & das - ..
Afonfo de Leão que lhe daria as mais aldeas de Riba de Coa, que
terras de Toronho, Lima, & ou todas lhe nomea elRey Dõ Fer
: tras, deuião - entrar nellas as de nando no efcaimbo, que fez com
Riba de Coa, porem eftas reteue elle em recompenfa dellas, como
o nofo Rey até o anno fobredito veremos. Deuiaõ de tér fua mo
de milduzẽtos & fêtenta & qua rada eftes fenhores na villa doSa
tro, em que deu a carta de couto, bugal; ဗျို့ elRey Dom Dinis
fobre a entrega lhe deuia mouer ' deu ao Meftre do Templo Dom
uerra então elRey Dom Ferná Vafco Afonfo as cafas do Sabú
do, & apoderarfe dellas. Dom Fr. gal fora da villa a porta de Bar-tituiu
矶132, Prudencio de Sandoual Bilpo de rofo,& diz que tinhão fido do In-Azif.
Tuy trashumaefcritura feita no fante D. Pedro, & de Dona Mar- ***
primeiro de Abril do anno de mil garida, & de D.Sancho (eu filho,
duzentos & oitenta, pela qual e
te Rey Dom Fernando mandaua CA p i T. XXXÍÍÍ.
enteirar à Sè de Tuy, & ao Bipo
della Dom loão de toda a fazen
da daquella Igreja,& diz (erfeita Dajustipa com que elRey
no anno em que elRey Dom Fer Dom Dinis occupou, 6-fº
mando prendera a el Rey D. Afon
(o de Portugal.A era de que feti f></enhor de Riba
rou o anno deue etar errada, cõ de Соа.
forme as razoés com queajorna
da de Badajoz fe affentou no an :KRŠnoffas Chronicas di
no de milduzentos & fèffenta & 經爵 zem, que na entrada á tigé,
oito; o mez eftá certo. efte anno fez em Ca
Quem maior fenhorio tinha **ftella elRey DőDinis,
porcfte tempo em Riba de Coa, fºlhe oferecera Dom Sancho,de
$ſ3 que
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
• que falamos,& fe fizerafèuvaffa do, & não a Dom Sancho feufo
- lo, recebendologo grandes quan bríňho. . . .
tias de aflentamentos, mas que « … Foi o pretexto, & titulo juftifi
faltande emaeõpanhar a elRey, cado deta occupação as muitas
· elle voltádo agora aggrauada de .terras que nos Reynos de Leão,
fua pouca palaura, lançaramão 3c Galiza, andauão vfurpadas a
¿dos Caftellos,&villas de Riba de Portugal,& tambem na Andalu
-Coa,de que era (enhor Dom San fia: Viole elRey fenhor do jogo .
„cho. A.Chronica antigua delRey neta occafiaõ, & achando difoo
-Dom Fernando diz,que era Dom fiçaõ para com facilidade ganhar
Сяр. 6. Sancho moço pequeno neta oc .todas as de Riba de Coa,emipar
cafiaõ, X& afi mal podia ofere te das quaes também tinha di
-cepfe para guerra viua , a Dona reito,&aproueitoufe da comodi
Margarida fua mãy attribue as dade,& reduzioafira obediencia
praticas com elRey Dom Dinis, aquelleslugares todos, algüs por
-&a culpa na perdadeítas terras, armas, outros por entrega. Que
por pouco cuidadofa da fazenda tiuefe elRey Dom Dinis direito,
2do filho. , , ...; … , , ; ; ; & acçaõ em alguns delles, alem
r… Parece que não faltaria Dom do titulo de recöpenfà dos alhea
-Sancho a elRey Dom Dinis fefe dos com que entraua,confefou o
*.*.*.*.* fez eu vaffalo, tendo feu etado mefmo Rey Dom Fernando na
º *** *-
-
vefinho a Portugal,& a elRey Dõ compofiçaõ defpois de Alcanhi- . .
* .-
-Dimis com bum exercito pujante fes, dizendo: Entendiendo, y conocien
dentrodelle, 8 as partes delRey do que rvos auiades derecho en algunos
Dom Fernando de Catella tão : lugares de les (fillos, y Villas de Sa
pouco para temerfe como vimos. bugal, é de Alfayates,é de (afiel&odri
Efè elRev. Dom Dinis occupara go, y de Villar mayor, y de Cafelbueno,
Riba de Coa em catigo de lhe y de Almeida, y de (ofielmelhor, y de
faltareflevaffalo,não ficaria obri %tanforte, y de los otros legares de Kiba
gado elRey Dom Fernando a de (oa, &c. . .
fatisfazer a perda deftas terras a Qual fofe ete direito que el
D. Sancho, pois as tinha perdido Rey tinha ao fenhorio da comar
por fua culpa: com tudo fabemos cafobredita, me não contaua, só
que lhe deu em efcaimbo Gali conjecturando me peruado, que
ſteo,Granadilha, 8 Miranda, di deuia fer tambem por auer ella
de fe conuence, que fefez elRey
ey fido primeiro conquitada aos
Dô Dinis fenhor de Riba de Coa Mouros pelos Reys Portuguetes,
com pretexto, que direitamente & introduſidos nella, os Reys de
obrigaua aelRey Dom Fernan Leão,&Catella a retinhaõcomo
- aS
e ElRey Dom Dinis. 144
as outras contra jutiça,ficando à raca Fernandes de Andrade, &
Portugal fempre o titulo da reti bifneta de Dom loåoPiresRedö
tuição,ou que fendo da demarca. do,& de Dona Maior Pires de Pe
çaõ dete Reyno a conquitaraõ reira,irmãa de Dom Gonçalo Pi
injuſtamente os Leonefes. A ra res Pereira, graõ Comêdador de
zaõ do direito deuia etar cont㺠Efpanha na Ordem do Hopital,
te naquelle tempo, pois elRey D. de que falamos acima,&tia de D.
Fernando a confeflou com tanta Sancho Pires de Pereira, Bifo do
clareza, & fem falta entrauaefte Porto, o qual nete anno de mil
direito, por:fer Ribade Coa da duzentos & nouenta & feis,em 4
Goroa de Portugal,como vimos elRey Dã Dinis tomou Riba de
no capitulo antecedente pela ef Coa, tomou poffe tambê da pre
critura de Águiar, que defcobri lafia. O pay do Bifoo Dom Pedro
na Torre do Tombó, defpois de {e chāmauä ီ|ိုး ues de
ter efèrita, eíta materia, & com Epinho, de que naõ ဗျို့၌
ella fe aclarou como conuinha. mais noticias, nem eu alcãço por
. Em tempo delRey DõAfonfo qual dos auôs do Bipo entraria
Quarto, nas grandes contendas á terra de Riba de Côå, äelRey
que ete Rey teue com Dom Pe Dom Dinis, e naõ he que como . .
dro Afonfo, Bipo que tinha fido DõIoão Redondo foi o que defá
de Atorga,& então o era do Por fiou neta occafiaõ a elRey de Ca
to, allegaua o Bifpo entre outros {{ella, declarádolhe a guerra que
feruigos, que os de fua linhagem deu occafiaõ a poder elRey en
... tinhaõ feito aos Reys de Pòrtu trar com maõ armada em Ca
gal:'Quepor hum/eu auáeuueraeläey tella, lhe attribue por eta caufa
deita ton-Z}. Z)tmtsſea padre ganhadaa terra de a preza, & occupaçaõ de Riba
j Ziba de (oa. Eraifto articulado, & de Coa. Bem he verdade, que
procefado em juizo contenciofo Doña Maria, & feu marido Afon
diante delRey DõAfonfo, o qual fo Rodrigues de Epinho, que fe
fendo Infante fe achou cõ elRey chamaua asi por fer enhor do
Dom Dinis nas entradas de Ca lugarde Elpinho,no termo do Sa
(tella,& tomada de Riba de Coa; bugal, & naõ da honra de Epi
por onde não ha que duuidar fer nho, junto a Guimaraés trocaráo
verdadeiro o que o Bifpo propu com elRey Dõ Dinis tudo o que
nha. Os auôs do Bifpo Dom Pe tinhão
outros no
de lugar fobredito,
Riba de Coa, por&her-
em Pau4.
##
dro por parte de fúa máy Dona -

** P*Maior Gonfalues faõ conhecidos, dades que elRey lhe deu no ter
Pedro tit. porfer ela filha de Dom Gonfale
mo de Monferås,corno cöftá por .
Annes Redondo,& de Dona Or efcritura feita em Ciudad Rodri
Sſ4. -gde

~
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
go.Se o Bipo aludia a eta troca, uence, queintentou elRey Dom
tinha fundamento batante. Dinis a occupaçaõ da terra de
Seja qualquer detas a caufa,o Riba de Coa com juíto titulo, &
de que naõ pode duuidarte he, 4 que por virtude das trocas, & et
quando as armas Portuguefas fe caimbos que fe fizeraõ defpois, a
apoderaraõ deta terra, entraua pofuiraõ, & pofuem jutifsima
elRey Dom Dinis jutificado,por mente feus fuccefores. " " |
ter direito nellas, como confefa Aduirto vltimamente, que o
elRey D. Fernando, & fobre ete Meftre Pedro Fernandes, que af
direito o feguraua na conciencia finana doação, ou carta de couto
o querer inteirarfe das terras a do mofteiro de Aguiar, que cita
lheadas, de que daremos noticia mos no Capitulo paado era Me
na compofiçaõ feita em Alcani tre da Ordé de Santiago, o qual
fes o anno feguinte, aonde feno com os caualeiros defta Ordê fe
meaõ todas as que ficaraõ a Ca tinha paflado do Reyno de Leão
flella em commutaçaõ de parte para Catella, por duuidas que ti
que nas de Riba de Coa tocaua ueraõ com elRey de Leão Dom
aquela Coroa. Alem delas acho Fernãdo, & deuia de etar de pre
сар,426. ná hiltoria antigua Portuguefa, fente em Portugal, por repeito
com que algüas vezesallego, que das terras que eta Ordê cá tinha.
fe deutambé em efcaimbo o di Aquella doaçaó i. Dö Fer
reito que Portugal tinha nas ter nando fez ao moteiro de Aguiar
ras de Toronho, & Alifte em Ga no anno mil & cento & ſetenta &
liza: A fío por efcaimbo da terra de feis, era por etar jáfenhor da ter
Toronho, 6. ºAliste (diza hittoria) ra de Riba de Coa, que tambem
дие Portugaltinha em Galiza,(} de ou por eta caufa etando em Ciu
iros lugares, que (ºfiella tinha tomados dad Rodrigono mez de Dezem
des º tempo delRey Zºom Afonſoprimei bro daquelle proprio anno, deu
ro Rey de Portugal, c9 de Zºom Sancho confirmaçaö de priuilegios à Or
feufilho. ElRey Dom Fernandona dem de São Iuliaõ do Pereiro, fi
compofiçaõ que daremos, alem tuada naquella comarca; o que
dos lugares que nomea, de que não fizera fe naõ etiuera fenhor
elRey Dom Dinis lhe largaua o de toda ella. O Licenciado Fran
direito que tinha,acrefcenta hum cifco Caro de Torres na hiftoria
termo géral:yen otros lugares de los das Ordens militares, & Rades
Agnos dédeon,y de Caliza:&neftes de Andrade, nos certificaõ de
entenderia a terra de Toronho,& ambas eftas coulas, fe foi certa
Aliſte. a vitoria do Arganhal naquellas
Conetes monumentos fe có: Partes delRey Dom Fernando de
Leão
ſ
ElRey Dom Dinis. . . 24;
Leão contra o Infante Dom San doua; eu filho Dom Ioão Nunes
cho, filho do nofo Rey D. Afon foi o que entreueio nefta conten- ...
fo Henriques, feria depois do an da.Mais acrecentaraó, que tanto
no de mil & cento & fetenta & que em Catella fefoube de que
uatro, em que ete Rey como rer elRey Dom Dinis entrar na
fenhor de Riba de Coa daua ain quelle Reyno,mandara elRey D.
da carta de couto a Aguiar, & el Fernando contra Portugal a fro
Rey Dom Fernando de Leão feu ta que tinha em Seuilha, a qual
genro ficando fuperior por aquel-, entrando no rio de Lisboa,fez al
la victoria, occuparia entaó eta gúas preas, que o Almirante de
comarca, de qué o achamos fe Portugal recuperou,wencendo os
nhor no anno de 1 276. cóforme Caftelhanos. Alem dito contaõ º
a etas ecrituras. - mais, que entraraõ por Alentejo .. . i

algumas tropas Catelhanas, as


CAPIT. xxxIIII. quaesencontrandoſe como Me
ftre de Auis, que entaõ era Dom
Lourenço Afonfo, o desbarata
IDe outras circumffancias. raõ,& que alem dito ouuera por
Outras part es varios recontros,em
que ouue nete tépo, G- en
trada de Riba de Coa,com ά fora pelos Portuguefes ganha
do o Caftello de Torres, na co
. a tomada de Campo marca de CiudadRodrigo, & Le
| Maior, & Al defma, & recuperado defpois pe
ualade. los Caſtelhanos çõgrandes cruel;
dades de hüa, & outra parte.…
Vy de Pina,& ſeu treſ. Que ouueffe varias entradas
ladador Duarte Nunes. pelas fronteiras dos Reynos, em , , .
\\º eſcreuédo os ſucceſſos penhado elRey, & publicada á '.,
º deſte anno, 8 a toma guerra,naò ha 4 duuidar, o modo
da de Riba de Coa, refoluë, que dellas não fe pode crer facilmen
na entrada que elRey fez em Ca te, atentando ao tempo em蠶
ftella atè Simancas, o acompa foraõ,&ao aperto em que bel
nhou (alem do Infante Dõ Ioão, la entaõ e taua,que apenas podia
& Dom Afonfo de Lacerda) Dõ fazer guerra defenflua.…. 1
Ioão Nunes de Lara, aquele a Eponderadas as occurrentes
quem elRey Dom Dinis fez dar do eftado daquelle Reyno, con
liberdade, o que naõ he poísiuel, forme as hiſtorias mais auerigua
por fèr morto o anno de mil du das, aliuiado elRey DöFernando
zentos & nouëta & dous em Core do exercito Aragones POIAಣ್ಣ
O
W
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
c)..., fto, foi fuagente cercar a villa de raõ por ele desbaratados junto a
álºg Di Paredes no Reyno de Leão no Arjona.
Femãdo •
cap.6. fim de Setembro,aonde fe empe Ito fuppoto não he muito
Aiaiana nhou a Rainha Dona Maria, & o criuel, que em Seuilha fe fizefe
libsb.f. i cerco durou por tempo largo. Lo frota para vir a Portugal,quando
go fobreueo a entrada que elRey a vifiñha guerra de Granada os
Dom Dinis fez com feu exercito trazia tão perturbados,que nece{-
por ete me{mo tempo, etando fitauão de pedir focorros etran
ainda na villa de Couilhãa a quin 鷺 faindo vencido D.Afon
ze do proprio mez de Setembro, o Peres junto a Arjona, não fei
em que aforou a Pero Martins, & como viria a Portugal fazer refi
thafi, a fua mulher Lufia Pires hum ca ftencia ao Metre de Auis. Se nof
12 ‫مايو‬ fal no reguengo de Agrela. fos efcritores colheraó com eta
Por ete me{mo tempo etaua miudeza o eftado dascoufas nefte
Andalufia brauamente afligida tempo, poderà fer que não rela
delRey de Granada, que tinha taffem o [obredito, quehum dos
feito grandes prezas; & tanto (e que com o Metre 畿 Auis con
temião delle os Andaluſes, que fenderaõ, dizemelles que foi Dö
Dom AfonfoPeres de Gufmão ti Afonſo Peres de Guſmão.Nãote
nha mandadoa Aragaõ hum ca-- nho por imposiuel venceremnos
ualeiro de fua cafa, pedindo a el inimigos,que os fuccetos não
Rey Dom Jaime focorro para de. dem fempre ter a me{ma felici
fenderTarifa,que o Infante Dom dade, mas fou efcrupulofo em af
Henrique queria entregar a el fentar as coufàs em tempos dif
Rey de Granada, com capa que proporcionados.
daria elle ſocorros a ſeu ſobrinho O tempo que elRey Dom Di
Xuritatt, Dom Fernando, para fe defender nis gatouem Catella, feria todo
‫ كه ک‬. 24 ‫ه‬ dos contrarios, que lhe entrauaõ o mez de Outubro. No fim do
por Caftella:o mëffageiro chegou qual tornando a Riba de Coa, a
a Valença, aonde elRey D.Iaime ganhou, & fogeitou a feufenho
eſtaua a dez dopropriomez de rio. Compos elRey como pru
Setembro. E não obtante a fe dente os nouos vaffalos, manife
creta parceria, que o Infante Dõ ftandolhe a jutiça com q os me
Henrique tinha com o Granadi tia debaixo de fua Coroa. Guar
no, pela disfarçar (e veio de Ca neceo os Catellos todos que aly
ftella defpois que o cerco de Pa auia,aindaque as villas fe prefume
redes eftaua ផែ្ល pelejan não etauão todas cercadas, & cõ
do em companhia de DõAlonfo fortalezas, á onoffo Rey defpois
Perescom elRey de Granada,fo lhe melhorou,&fundou denouo.
DOS
- stas ī EReyDomJDivis X ska W 346
Dos Alcaides mòres, que então, Tereja Garcia dous câlaesnafre i.3 fit
aly: ficaraò na5 ha noticia, 'Ruy guefià de Santiago de Sandini, &
de Pina tem para fi, que Martim declara que o fazia por rogo dá
Bºtelho fora hum daquelles, a Rainha Dona MariazoE pois eta
cuỄ 9.0nhoatras o Cogominho Rainha rodaua, pelo Ruy! Mar
entregou hum dos Cafbellos de tins, 蠶 tinha
Serpa, & Moura: mas conforme defetuida a elReyfeu filho.(Co
vimos no capitulo quinto dele li mo naquelle ännöfë fizeraõ as
ºuro, ele era conhecido por Mark - ಧ್ಧಿ elle a
tim Botelho de Riba de Cọay &
'oftugålacompâñhändodInfan
.deuiáfer, pòrque ficou heitâ oc ra D.Brites. Naquelles Reynos
º cafiaõ, por Alcaide môr de Ca ha ainda Sandins,que he muipro
es tel Rodrigo, como contará de uatiel defcéfiderent destê;:&iem
Rúa èfcritura mui importante, á -Portugal reconhecétos Botelhos
legalangageQoS, ༢་་་་་་་་༔ 》 ཀཾ་ཧྰུཾ༔ ;ི་:) ནི་ :༡. por tronco principal feu a Mar
…Podefe crer que elRey Dõ Di tim Botelho. “.ཁ་༣ ལ་r: t rt , ༣ ྋ ! º - -

nis, o proueria nete lugar, pela -1, -Affegurada,& guarnecida Ri


cõfiança que nele tinha;&tam både Goa, veio elRey para avil
Conde D5 bem porfere{te fidalgogenro de la de Trancoſo, eſtando nella a Lib. aſºl,
# ^ Duraõ Martins de Parada; que oito de Nouembro, cốfirmou os 126.

*;.&6entaó feruia, de-Mordomo, môr foraesde CaſtelRºdrigo, Castel


- -

Jomefmo Rey.oliuro velhodas bom, & Almeida, & lógo a dez


"“ linhagãs lhe chama Martim Bo. -do mefmo na propria Villa-con
- telho de Sandim, porfer detafa dirmou o do Sabugal cõ os Ricos
milia, o qual no proprio tempo homés;& Prelados 4fefeguem..…..
- eftaua en Gäftella com a tenen * OInfantę DomAfoníö. . :
ci3 do caſtello de Ficano Reyno zo, D. Martim Gil Alferes. , 4
: ch.6. deToledo,como conta a hiftôría 1.2 D:Ioão Afonfo de Albiiquer4.
0 Catelhana,Ruy Martins de San : D. Pedre Annes, que era o de
! dim Portugues de naçaõ,que por -: Portel. . . . . . . sº ºnt * , ,
} efta caufa vendo a feu Rey con f. e D.Ioào Fernandes de Lima.
| .tra.Caftella,inclinou ás partesde .s D.IoáoRodrigues de Britteiros
!, D. Afonofauorecido dele:Não tº D.FernaðPires Barboſa . . .
º deuia cótudo de fer exacta a pro ... D. Lourenço Soares de Vala
! ua de defidente äs partes delRey cdares ്. ... ; ; ; ; ;
: Dom Fernando, porque a quinze -: Ioanne Mendes de Briteiros.
* de Dezembro do anno feguinte, š, Ioão Simhõ.… ੰ,ਂ: --
-

º etando elRey em Lisboa, deu a DuraúMartinso Mordom.


ete Ruy Martins,& afua mulher # Siluetre Migueis Sobrejuiz.
** ... " Peto
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Pero Afonfo Ribeiro.: -

chegado a Coimbra nos vinte &


fete de Nouembro confirmou o
Dom Martinho Arcebipo de foral do Confelho de Villar ma
Braga. º, ºr - ',
Dom Ioanne Bifpo de Lisboa. ior na forma em que confirmara
os outros de Riba de Coa. De
- A Igreja de Coimbra vaga.
, D.Pedro Bifpo de Euora. … : Coimbra fe veio a Santarem, &
D.Sancho Bifpo do Porto..…. no vltimo de Dezembro etando
D.Egas Bifpo de Vifeu: … neta Villa deu ao Confelho de
D.Valco eleito de Lamego. . Eluas por termo os Caſtellos de
D.Fr.loão Bipo da Guarda. Campo maior,& Alualade,que o
Dom Frei Domingos Bipo de me{mo Confelho tinha ganhado.
Silues.: . -- - :
-
Porfazer merce aº Con/elho de Eluas, tãºft
D.Efleue Annes Chançarel. porque eles an grá cºraçõáemeferuir, 129.
* Giral Domingues Deão de doulhes para todoſempre por termo os
Braga." . . . ºf . . . caſtellos de (тро maior,@rZalualadi,
Pay DominguesDeáo defuora que eles filharõcom todos/eus termºs.
Ioão de Alpraõ. E eu Domin Em quanto o nofo exercito
gos Pires eferiuão da Chancela andou em Catella pela parte de
ria a efereui. Etaua elRey ainda Ribade Coa, & Salamañca, en
- 器 eftas partes no primeiro de traráo os fronteiros ao mefmo
todas as partes, em 4
ouembro, quando Mem Faiam tempo porádifšimos
caualeiro, & ſeu irmaö Diogo fizeraógr ಘೀ 1OԱա
Diaz lhe deraõ o couto de Ran bos; os de Eluas, que tinhaõ ruim '
dim, de que fez a carta Eteuão viſinhangano caſtello de Campo
12.3 fºi Fernandes Tabalião de Pinhel.& maior, o ganharaõ, & ao de Al
foraõ teftemunhás Pero Coelho ualade, & por lhe ficarem por a
Meirinho mór,Garcia Rodrigues quelle deſtricto, lhos deu elRey
caualeiro de Tomar, Pero Garcia por termo. Do caftello de Alua
da Nhourega,& Martim Gomes ladefe defcobrem ainda grandes
do Lago. Os do appellido de La ruinas alem do rio Goadiana. Fo
go quer Ieronimo de Quintana raõ elle, & o de;Cápo maior ga
- fías Grandezas de Madrid lib. 2.nhados aos Catelhanos, & naõ
cap.99, que o deriuaffem davilla aos Mouros, que ja cà naõ auia
de Lago em Galiza. Em Madrid neftas partes.O de Campo maior
os auia em tempo delRey D.Ioão aindaque ganhado netaoccafião,
o Primeiro, & em Portugalacha em breue deuia fer pelos Cate
mos, que em tempo delRey Dõ lhanos recuperado,poisfoi entre
Dinistinhaõ bom lugar. gue por eles a elRey Dom Dinis
- Partio elRey de Trancofo, & no annofeguinte de milduzentos
& no
.* .. º - s ElRey Dom Dinis, . . . . . º 2.47

& nouéta & fete nas capitulaçoés ior cabedal cõ que accabaffe de
de Alcanhies, como veremos. acquirir o que pretendia. Toda
Daquiinfiro ter pouco perfüa uia aindaque a diuitaõ em á Caº
diuel a rota doMeſtre de Auis D. ftella eftaua, feguindo huns a el
Lourenço Afonfo por eftas par~ Rey Dom Fernando, outros ao
tes, aonde bataua o Confelho de Infante Dom Ioão, & outros a
· huma só Villa para ganhar dous Dom Afonfo de Lacerda, lhe fa
· Caftcllos fortes,& afSi menos for cilitaua mais a emprefa,efta mef
ça aueria para reſiſtir à caualeria ma diuifaõ dosuöspretendentes lhe
rfe no
de Auis,& à foldadefca que fem * offerecia moti de recea
pre leuauão de companhia: poré dometico. Era a razão, que o In
· aos fucceffos da guerra naõ fe po fante DõAfonfo, irmão delRey,
! de limitareftatuto firme, pela va Principe inquieto, 8 orgulhoſo
|
· riedade ávemos nos caſos della. feachaua tempo com hum
filho, & quatro filhas, que eraõ
CAPiT. XXXV. Dom Afonfo fenhor de Leiria,
Dona Conftança,Dona Maria,&
Dona Brites,de todas as quaes da
Da legitimação que elRey remos maior noticia adiãte. Não
deu afeus fobrinhos filhos eraõ legitimos etes filhos,por fer
fo parente de
, do Infante Dô Afonſo ſeu · o Infante Dônte,Afonfilha
Dona Viola do Infante
irmãosprotefios da Rainha D.Ma noel, com que etaua cala
.S.I/abel contra iffo, & as doſem diſpenſagaö.
сои/ая фиг очие debйа, O parente(co que o Infante D,
Afonfoirmão delRey Dom Dinis
& outra parte. . . º tinh
-

- a cõ fua mulher a Infanta D.


-

Indaque elRey D.Dinis . Violante,era de tio della por hŭa


懿fe apartou da fronteira via,& (obrinho por outra, dentro
#efte vltimo mez do an do terceiro,& quarto grao,falan
àఫే orif-
" no pafado, nemp - do dosgraos prohibidos, & diri
fo deixou de ficar pretes em to-- mentes, que por outra via ficana
te
da ella tudo o que era neceffario a mefma D.Violan fendo fobr i
para a campanha dete anno fe nha fua forajá do quarto grao,
uinte,que a inquietaçaõ em que porfer filha do Infãte D.Manoel,
epanha toda etaua não deixa que era primo terceiro tambê do
brinho ficauaféri
ua em foffego a nenhum vífinho, noffo Infante.Sote
- ZlnteS 蠶 Dom Dinis animado do de D.Violan er o fua mulh
eőos bős ,porqa Rainha
cceſſos dipunha ma Infante D.AfonfoTt
*
º
-- -
Dona
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
D. Brites mãyfua,& D.Violante noel (eu fogro,mas por etavia fi
eraó primas irmäas, netas ambas cauajāa Dona Violante fora do
delRey Dô Fernando o Santo,do quartograo, & não necesitauaõ
qual erão filhos elRey D. Afonfoos filhos de ambos de legitima
Sabio,pay danofía Rainha Dona çaó. Comtudo para eter noticia
Brites, & olnfante D.Manoel pay do parenteco, a darei tecida na
de D.Violante;& por eta via era forma leguinte.El Rey D. Sancho
o Infante DõAfonfo, fobiinho de Primeiro de Portugal,& D.Vrra
D.Violante cõ que eftaua cafado, ca Rainha de Leão irmãos.
por fer ella tia prima cóirmáa de D. Afonfo Segundo de Portu
fua mãya Rainha Dona Brites. gal, & Dom Afonfo o Nono de
Sobrinha do me{mo Infante Leão,filhos delles primos irmãos.
era tambem fua mulher D. Vio Dom Afonfo Terceiro de Portur
lante, como filha do Infante Dõ . gal,& Dom Fernando o Santo de
Manoel, que era fegundo primo Leão, & Catella feus netos pri
do Infante D.Afonfo,deriuando o mos fegundos.O nofo Infante D.
parenteíco do Infante D. Afonfo Afonfo, & o Infante Dõ Manoel
o das Nauas, da qual eraõ bifne feus bifhetos primos terceiros.
tos o noffo Infante Dõ Afonfo, & … Pelos dous graos prohibidos,
o Infante D.Manoel pay de Dona que em primeiro lugar aponta
Violante,fobrinha por eta via de mos, eraõ ilegitimos os filhos do
feu marido o Infante D. Afonfo, Infante Dom Afonfo,
ue era terceiro primo do Infante As doaçoês que elRey Dom
1õ.Manoel féu pay della,como fe Afonfo feu paylhe fez das Villas,
- verà elaramente notando que D. & Caftellos que poffcia, tinhaó
· Berêguela,&D.Vrraca auós dos claufula, que os herdariaõ filhos
*dous Infantes filhas de D. Afonfo legitimos; como em Roma fe
…o das Nauas erão mais delRey D. naõ concedia a difpenfaçaö, via- , ,
Fernando o Santo de Catella, & a ete Principe,áficauaõ feus filhos
delRey DõAfonfo Terceiro de defemparadosneteReyno,à Co
Portugal, primos cõ irmãos am- roado qual auiaõ de tornar outra
bos, dos quaes eraõ filhos os In-2 vez fuas terras. Pretédia 4 elRey
fantes. Dö Manoel 盟 de Dona feu irmão legitimaffeos obrinhos
Violante, 8. o nofo Infante Dom para o poderem herdar, não ob
'Afonfo marido della, & afii era : ftante às claufulas das doaçoês,&
fobtinha fua D.Violante, como - titulos 4feu pay lhe dera, & da
filha defeu (egundo primo, ua motras de nouasinquietaçoês,
: Primo terceiro era tambem o acoftãdofe a Catella fe lhe faltaf
* nofo
‘. .
Infante. . do
.
Infante DõMa--feelRey ao ápedia. Diuulgoufe
- Ilê
*

~~ V ElRey Dom DiäkäÄ * 148


nå Coiteapretengås danfante, quºra conſentir 'dizend, qwe*»
& difcorreote no confelhº del ſabia hem quanta ಕಿ ở quanro đao
Rey, obre o depacho della, opº. noveera ja a^/ew Keywo… dirdo";2ο,ηνή
pondosscötraditores baōfercē. fesera aerozonefanife"pad
ueniente alhear da Coroa tantas ae duro Zoom Lafomo dos efelloss de
terras,quando auiajuºtiça Paraas .:\€aruão, «e?ortakgnè;\@w©4r>*
encorporarnella.Qinfante Dom rakఈy®ý*
Afonfo e valeo da Rainha lua, rá º direito que *ú, allet.aañ4;: *wowrm***
cunhada,pedindolhe que falallea. de talguerra contruseley, como a el
fazërse«ri, 6 dizenda,gr protºfaniA
ela, que attentada pelº fazeada ‫ه‬d‫ م‬Tue elčy/abia ,neb јwenadoatio
des filhos, que fentia alhearíºlhe. que elºgyoº afanofen padrefereº
poreftavia,fezhü proteítaa feis, ra ao fr?s?r?omw era conreua

de Fenereiro nospaços de Coim do, & mandaua, que dipos morte defa
蠶 como máyido,
Infanteherdeiro, allegandoas!;. nadiº… (orºs dº Roma,fez em Afin
Reyas razoês que a obrigadão, 4. fºn㺠aume/efilho ledemo, 6 que elRey
poŕfer huma ġas notaneisacççës, /ahia bem?ue ºs nomauia, @r dizem
economicas deta Santa Rainha, do fa Rainhagaeayreahs,,weed
lançarei neſtelugar conforme o. to Key queria ladmarsssfilhos dº dia,
achei em efcritura original da Infante Zom…Afonfº, அ.ஊ.
Torredo,Tombo.) : 。 。 i na Cofiança, que nomiquirºffeirrastres
............: ‫به راه انداز‬ a dostao, preko zoon cºfon ofеše«.
- Saibão quântas ete téromentavi ra, cá ് & perdada Key-s
rem,como dante ºmnialio,6 mui noble. ne, cº que º nem pºdia fazer direitº…
fenhor Zum Zinis pela gregº de 2ºs. .3ayormente que direitº, é c%iume,
£ey de?artugalºde. Algarue&pre era do Reynº de nom poder alhear ca-2
fºntes Zam tanne2/po de Lisboa, %"| fello nenhum de 6, que ralrou/a num
as refiemunhas adáte “fritas, compre-; podia faser/em os Prelados, dº Zicos:
/engº de mi Gil Vicente publica tabalió homes, cº os outros homes bons, º Key
de(imbre,«mui. Alta ſenhora Pons, no desky que o mompo4afazer fem ou
lfabel pela graça de 2ea; Kainha de tergamentofem della, 6 de feus filhos;
Pºrtugaler dº Algarmedifºprºtº#- dizinde, 6 prorgando por6, Gr por
dadante ºf bredito Key, que º Infante feus filhas, é por todo º &eyna, que º -

rogara a contradizia, es pedindolhe por merce,


a, que lhi lede roger a elkey, quefesa quias/e fazer, que sua feky
rºl. # filhos que avia, ante confelhº com sá (orte, é com os
de Zona Zalante, para herdarem em defĉu ÄŒeymo, 6* regata a dauam diros
todolos feus bens, es que ellanunca hy. 2jo; que rat conjaºcomo sta, cºta&
!... I Ꭲt 2. danga
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
dano/a aº Renº que afez:/e fabraºs nomyale/fau com/entimente, fella hr
: Prelados 'º. ſ: * ‫ ﺑﻬ نامه‬confenifejº dfiaprenfia;om como a
frºuw/ém, º que puxº/e/eufºllo em dauanditafenhºra Kambafaria, rdio
etaprotasio que ellafaxia, º comº a mi dito Tabalom hum refiemanho, os
a dezia: a èlžĉey diſſe, nom era feu en eudauanaíto7abeliom do mandadº da
tendimenta delledimar os filhos dº lu dita/enhora Rainha a fisprurfaçam
fante feu irm㺠para fºrem herdeiros prefemfefui a ºfie frºmênio em feitº
en moi dauan diràs Cykellos, cánamps com minha mão ºfereui, o femiufa
da de dereito:nam Waleria, inda que malem epigremtistemunhodista tau
lhefirºfe, mais pºrque a Rainha%biº fa edififita emfambra nevat
muibén, « todološoutros do &eyno e caçuna,feis dias dndadºs de Feuereirº,
fabiào qual guerra, & quan pèrgºf* dá Era de miltrezentos & trinia &
:::::::::::: fico ammos, &prºſnº frizo
Lean, cº que er razon dºs guerra, Jºão Simon, "Frei gafan@ Rodrigues
6: porque era certo que, òsdiro „ÎÔonfli da Ordem dos Frades.»dores; Pedro
ുത്ത് ിഷ്ilmail salgádo 7#oureiro ,º.…jres 3tarting
cºntra e, pºr…em que lhe ………. eferiuäa džairo fenhar aito, ė“e diš
zerafazer efia kdimação, erque lhe. uan ditºfinho 2/pº de Lisboa, que
gwrieperemfa&rgwaraŷ*aeŵlper. prºfinte fiº apenç㺠da diálinhºs:
effo; #u**auiameda de-lhytrida
zinhaf fihrjrihimmie defa
- :: que zºomº Afonfe fºllºpindenre.” ម៉្លេះ
uma amº/eufenhoriº, querendelhe me-.
: *::::
outro proteto fêmelhantea
terkywerºjenhºria aº tempº da guer ete fez o Infante Dom Afonfo
rarem que fiava, que lhe juria tedi annos adiante, como então feve
mar osfilhos, par nom viremde ºſte mal rà, mas efte da Rainha Santa he.
aº Reynapoe razgm dos ditat Gastellos, notauel,por comprehenderfum
º que por tal lidimaçom qual lhes el mariamenterazoëstambermfun
jueria dar nom eromelles herdados, & dadas por húa,& outra parte em
nº donadiº que Zºom அடுſeupadre ponto tão efencial como ete, &
deller.auia, cºeffe Z9 d/e á:&ainha o folido dos fundamentos comº
fobredita que nom leixafe a confantir q a polícia daquele tempo (º
que - -

com eta ledimaom, com que el a regulaủa. Naốfaltou ella da par


fazer afilhos de zoom -4fonfo. Е а te delRey na concestaõ preſen
Rainha diffe, que indeperesta nom con te, liurandofe das ameaças doir
fenriruhy a menhumaguira, of hy mão por etavia, & deixando as
confentife, que o faria com medo dil coutas em termos,quefe não deu
#oy, o por sá prema, 6 •ütro6com. por obrigado no tempo da execuº
meds laguerrd dito zem 4fonfe; ção do prometido. He tambem
dº mue parem deksa erprotgama, que muito para notar(e o dizer a 蠶
mild
- *". . . - + ;I ----
… º ElRey Dom Dinis. É 249
inhaSantalfabel,4 era coftume de a Catella, aonde fe fauorecia à
te Reyno não fe alhear da Coroa caufa dos filhos não legitimos,to
catello algum (em confentimen mo era elRey Dom Fernando, &
to, & confulta dos Ricos homés.admittido àquella parcialidade o
<Prelados delle. E ainda pode Infante, podiana5sò impediros
mos conjecturar, que o etilo de intêtos delRey ſeu irmão na guet
Hepanha em confirmarem nas ra preíente de Caftella,fenão cau
eſcrituras,& doaçoēsReaes osRi farlhe grandes perturbaçoês den
cos homés, & Prelados, procedia tro de cafa, admittindo as armas
denaõterem os Reys liure poder Catelhanas em feus catellos, &
· para as doaçoês fem conferitimé fazendo dellesguerra a Portugal,
to delles,principalmente em ma como jà tinha feito, & veio a fa
teria de alheaçaõ confiderauel de zerdaquia dous annos; efta era a
bens da Coroa. Pelo tempo adiã mais forçofarazão á elRey acha
re fè diuoldeo aos Reys maior fo ua, como annos adiante deu em
“berania. · repota afuas fobrinhas, quando
- -

... . . . . . .”
! . . 體 morte do pay lhe pediaõ as
.. . . . . . . . .

egitimas, & elle-fè efcufàua, di


cAP1T. xxxvi. ! zendo
ï naõ lheetar obrigado pe
* , . . .”. . . . .. laster ម្ល៉េះ inuoluntaria
-Concedeelray a legitima mente pela caufa que damos, &
fão aos fobrinhos, é trata
-
entaõ naquelle tépo mais larga
nente proporemios, Agoraodeu
--

, o tafam?to dos Infantes ellebem claro a entender, dizen.


feus filhos em … do à Rainha fua mulher, que auia
-º-, . - Caſtellä. '. :
medo de lhe vir danno dos Ca
-"
* *
-" - * * *.* , * * * * * * * ** * *

º
* ---
flelos que Dom Afonfo auia em
feufenhorio, querendolhe meter
hyoutro fenhorio ao tempo da
šSátaI(àbèl allegou por guerra em que etaua. Pelo
que
#*fila parte para impedir por obuiar a guerra domeftica,&
a legitimação dos filhos de feu ficar mais defêmpedido para conº
"cunhado: com tudo pefadas bem tinuar'a de Ca{tella,:fè. refòlueo
as coufas, todos julgaraó á afer em conceder a legitimaçaõ dos
tou elRey em legitimalos. Età fobrinhas;pafandolhe a carta na
vita a razão que elRey bem có maneira feguinte,º os ... : ?
fideraua; que defenganado feuir - Saibã, quantos efia cartureiram,
Imaõ de que os filhos lhe ficauaõ jus ºu Zum Zinis pela graça dezes;Lib.3
29.
fok
-femcabedal,adialogo depaffarfè ரேன்:Prழகி, ம்ே:Agrர்.
*
- ---- t3 rendo
- Liuro XVII. Da Manarchia Luftana.
rendo fazergraça, º bem, @ merce 4 gurança de ſeu Reyno, & a recu
meus/ºbrinhos, filhos, @rfilhas do In peraçaõ das terras vfurpadas..
fante Zººm…Afon(o meu umão, é de ... Nefte proprio tempo, que as
zona Violante, dpenfocó eles, cºfa coufàs (e difpünhão para noiia in
gos lidimos, que/em nenhum embargº uafaõ, ordenou Deos o meio da
počабашer, @ herdar todos os bens,6. maior cõcordia, trazendo a efei
hérangasºhonras, & Jenarios defeu to os cafamentos dos filhos del
-padre,gr, os que hora elle trage a fá Rey Dom Dinis com elRey Dom
mão, ficomo hois filhoslidimos herdão: Fernãdo de Caſtella,& fua irmãa
em eſtenunhodeſta cauſa mande fase a Infanta Dona Brites. Deuefe a cos a -

efià carta,@rfeelar de meu feelo do chã execução delta obra a Dom Ioão Fră,
bo,quetenhaoſilho,e fila delle fon Afonfo de Albuquerque, o qual, "º.
/2. Zatem(oimbra oito dias de Feue como vimos, ឆែ ao fer
uiço delRey Dom Dinis o an
κείro. Είχεy ormandou, Firnz, Peres
no pafado. Eſtaua 'elle na fua
a Pez. Era de mil trezentos é trintº
enco. Ehe de notar que dizen villa de Albuquerque defpois de
do elRey (como contado prote acompanhar a elRey na entrada
flo da Rainha)que pela legitima de Caftella, & Riba de Coa, &
çaõ que fazia aos (obrinhos naõ daly teue viſtas, & pratica com
ficauão elles, herdando as terras D.Ioão Fernandeုs filho do Deão
da Coroa, que elRey Dom Afon င္ဆိုႏိုင္ဆိုႏိုင္သူႏွစ္တိ validona Cor
fofeu.pay3eixara com claufila te de Caſtella. Chamaölhe filho
de que vielfem a legitimos, toda do Deão de Santiago, por fèr fi
uiaxa! habilitagaõ foi gèral para lho de D. Ioāo de Lima Arcebif
todos os bés, & enhorios, & ain po que foi de Santiago,o qual en
daque atençaõ delRey foi caui taõ era Deão daquella Igreja.Pro
loſa, &vſou de amfiþologia nas pós Dom João Afonfo a grande
palauras, offèntido, & teor dellas vtilidade de ambas as Coroas cô
efaua muito em fauor dos fobri etes caíamentos, afentaraõ que
nhos. Mas o certo he que elRey Dom João Fernandes interniefe"S"
quisaquietar a Rainha comain com a Rainha Dona Maria, que
terpretagaó que daua, & com o era a mais intereſſada, & que elle
teor das palauras ao irmão.Ficou dobraria a elRey de Portugalfeu
elle contente, & conforme com fenhor. Obrou muito tambem
elRey, vendo que vencendo taes fia execuçaõ do cafamento Dom
contradiçoés o fauorecera, & el Ioão fernandes de Souto Maior,

*::.
*
Rey que fevio aliuiado neíta par Biſpo de Tuy, Chançarel mòr
... te, começou a dar calor à guerra da Rainha Óona Maria, o qual
de Catella,de que dependia a es era Porgsdoscafroid
འདི་ཉི་ཟླ་ ༨ ༣ ༢ -

i. -
IIÇiOS
*
ElRey Dom Dinis & & 153
nelos por fua mãy. Entreuieraõ nofo Chronita para dizer, qué
eftes dous caualeiros no trato de
Dõ Afonto Peres viera por Em
{tes cafamentos, por ferem mui baixador a Portugal fobre eta
to amigos a repeito do parente{ màteria: Teue elle grande parte
co que os primos de Dom loão de goto no cafamento pelo pa
Afonfo, filhos de feu tio D. Gon rente(co que tinha com elRey D.
falo Annes de Menefes tinhão cõ Dinis por via da Rainha D. Bri
Dom loão Fernandes, pois eraõ tes de Gufmāofua mây.
Limas pela mãy D. Vrraca Fer - Empremio da agencia que D.
nandes de Lima.Era tambem D. Ioão Afonfo de Albuquerquepos
lib2 fel,
Ioão Afonfo deAlbuquerque pri nefte negocio, entendo eú que o
mo fegundo da Raínha de 醬 honrou elRey Dohi Dinišcôm o
la Dona Maria de Menefes, netos cargo de ſeu Mordomo môr,titu
de dous irmãos,filhos de D.Afon lo com que ovejo firmar a pri
fo, que pouoou Albuquerque. meira vez dá confirmação do fo
Com tanto parentefco, &amifa ral de Alfayates, que elRey ded
de podião eñtreuirnefta materia, aqui em Coimbra o primeiro
& reduzila a bom fim,que de or de Março. Deixando os mais,que
dinariofe não confegue, auendo vão também na firma do anno
diuifaõ nos comifarios. : s. paffado,8č eftarėnientaó vagoš
Pártio Dom Ioão Fernandes a ¿s Bifpados: de Coimbra;.& Sil+
Valladolid a dar conta do trata. ues, fáõ os tres que primeiro vað
do à Rainha, que fummamêtefe nomeados:... , T … :', º … ' '
ſtejou anou3, & voltando a falar. * O Infante Dom Afonto. :
comº Albuquerque, que deuia em Dom Martim Gil Alferes. …!
ter já poderes delRey Dõ Dinis, # o DõIoão Afonfo de Albuquer.
firmaraõ o cafamento cõ as con que Mordomo maior., 2 ] ..
diçoês que nas viftas dos Reys (e ** Naõ teue Dom João Afonfo,

cumpriraô défpois titulo de Conde por ete tepo,
Tornando com o aſſento firma corno diza Chroņica antigua de
do D.loão Χ§. Catella, em outro anno adiante
a Rainha Dona Maria em Palen feihedeu o Códado de Barcelos:
cia, aonde chegaraõ o lufante D. mas naõ he muito que naõ acer
Henrique, & Dom Afonfo Peres tafenito aquelle Chronita,pois
de Gufmão, que vinhaõ da fron errou em dizer,que etescafamés
feira de Andalufia;&dandolhe a tos fecelebraraốno anhofeguinº
Rainha conta do cafamento, o te de milduzentos & houenta &
approuaraõ & feftejaraõ muito. oito, fendo que o foraññete de
Daquideuia tomar occafiaõ o milduzentos & nouenta &fete,
... :: * Tt 4 COITO
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana. --

como conta dos contratos, carta xo em que nos conformemos na


de arras, & outras muitas e{critu chronologia. -

ras. Com efta chronica antiga fe Dei contados caſamentos lo


conformou o Padre Ioão de Ma go no principio do anno, aindaq
riana abreuiador dashiftorias de naõ conta mais delles,que ferem
Catella, que por falto de noticias executados por Setembro: masa
de efcrituras, & cartorios não té difpofiçaõ das coufas eftà mofträ
mais certeza,que o autor que vai do, que as praticas entraraõ logo
fümmariando. Etteuaó de Gari no principio,por fe naõ achar de
bai, & outros feguiraõ a me{ma moftração de guerra có Caftella,
chronica. Mas Ruy de Pina, que füípêdida por razaõ detes tratos
vio o contrato de Alcanhies, ad que corrião,& chegar da frontei
uertio bem em que fora no anno ra D. Afonfo Peres fendo já con
que diffemos,& delleo tresladou cluidos(que naõ deuia fer defpois
Duarte Nunes. Ieronimo de Zu da Primauera)quãdo osCapitaés
rita, que em tudo té muito acer generaes fevão aísitir nellas, & a
****to, confrontando os tempos, & de Andaluſia neceſsitaua tanto
fucceffos comos de Aragaö,tam entaõ de fua prefença.
bem fe conformou com a nota ് . 1ി - - .- ij .

chronica Portuguefa, &bem pu cAPiT. xxxVII.


dera Mariana, qúe o treslada,has
coufàs de Ara gaõ, & Sisilia tref.,
ladalo nete ponto, ou aduertir a Satisfaz ElRgyás Ordins
falencia delle na chronica Caſte militares deſte Reyno, &-
lhana que treslada. Daqui fique
aduertido, que aquella chronica partea fituar era
vai do capitulo nono adiante, a , Jamentos.
diantando ſempre humanno, & º; z ve i ら"J. . .. .. . . . * *

aindque relata os ucceos, he. #SCnrouelRey DomDi


º#nis com a preſenca fua 1297.
com incerteza, & he neceſſario 剑磁源 º pretença tua
ter a mirano tempo delles,& de 鱷 ရွှံ့ီါ် de Coimbra
-

ftribuilosaoanho em que cairem, *atè dezafete de Março,


o que nósfaremos afegurádonos no qual dia deu o padroado da
por doaçoês, & efcrituras auten Igreja de Saõ Dinis de Villa real
ticas, em que não ha erro;&con ao molteiro,& Abbade de Pom
forme a ellas o que a chronica,& beiro da Ordem de nofo Padre
feus tresladadores efcreuem hum Saõ Bento, & no me{mo dia fe
anno adiantejlangarenioshüan partio para Santarem aforrado,
no atras, ate encontrar ponto fis äo que parece, pois chegou agita
Q,.: , +i i. Willa
……" ElRey Dom Dink i - º aji
Villa aos vinte do mez, & voltou gares,&proceffosordidários;üías
mcado Mayo outravéz á Coim farasvezes depois daquellá pro
bra, aonde a Ráinha Santa Habel hibição vi eſcrituras Latinas. ""
ettaua com a cafã, & fetante da' á prirheira döáëåödeſtas á
Corte Parece que veio elRey di Ordem de Santiago;&ao Metre ###
pôr as coufas da Etremadura, Dom Ioão Fernandes do padroa-}"}" |
Alentejo, & Algarue para patar do de São lefofilo de Almodeu
à comarca de fralos montes, & uar,feita ehi Santirerñ á tres'de
Abril, & afegunda à ordem do
fario::
pára óácompanhamento; Hopital, &à Frei Vafto Martins
« ädöino que conüinha nas vić ိုနှိုင္တူ Cratöj&ſertää
tas, & catamento deféus filhos; locotededtëdo Ceihëhdadbi do
utogetRey petDinisetá Hofbital,dospadroаđešđaš. Igre
grandiofº, fez fémpre bifarrás 6: 蠶 São!8āo de Mafiałuń & S.
itehtagoeš ehrocäafiöësifèfnes íoão de Cernancelhe do Bipado
lhantes. 2 fisi 4 : oinº? ಲ! de Lamegờ Sahta Maria do Mer
cado do វ្នំភ្លៃ
tantosgallos; afiáa guerrajé.' na praça della, Santiago de Fomº
ftes anños, como de nouó con a tes do BifpadödöPoito, & Sid
dos cafamêtós, não diminuio naº Pedro de Aguiar dg Bifôádo-de
da defualiberalidade, & grande Vifếti; ftità a vừté de Åbril nä
za, de que dão bom tetemunho inefma Villa. E nella mefiña deii
as quatro Ordens militares que à vinte & fete do própriómez de
então adia no Reynoya do Hofbi AbriláOrdem de Santiago a vil
taldeSão foâb, នុ៎ះ Auis,& lå de Caſſela, & voltandóde San
Sátiago, enriquecidas todas com tarem a Coimbra, deu à dous dé
annexação denouas Igrejas, & fê Mayonelta Cidade åDom Lou
nhorios. As efcrituras feitas áos renço Afonfo Metre de Áuis, &
caualeiros do Hoſpital;&de Té." äfua Ordehid padroado da Igre
plo etão na lin #äää ja de Villavigoſa,& das maisqué
trastia Portuguefa, de que fedei fe fizegehjem feu termo: A Or
xa ver,que fijpofio elRey ofãe. dem do Templo recebeo delRey
nou, comôjà diffemos,que hefte aviate & fitico de Mayo 6 pia
Reyno (e não fizefem e{crituras droado de São Mamede do Mos
fenão na lingua vulgar algüas ve gadouro. Confirmão netas doá
zes todauia émi materias graues &oësåsp ſſoasſeguintesº tº 2
fe procefauana Latinaguardan
dē osnotários delRey,&os thais "Dom foão AfonfoMordomo
do Reyno o etilo nas caufãs vul in3r ‫ایرانی‬
- -
‫دولت‬
“. . . . ; - Ďom
- **

-
...Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
< Dom Martim Gil Alferes, , , , Rodrigues cótitulo de Vicemas,
- Dom Ioäo Rodrigues de Brit-, iordomo, A Igreja de Silues età.
teiros... . . . . ..., , , o, . . vaga em todas. Na de Auis en
D.Fernão Peres de Barbof. traõ mais Dom Fernão Pires de
#... - Dom Lourenço Soaresde Va Britteiros, & Pedro Afonfa-Ri-,
• *:* - |ladares. · yº « .:,· · · · ! >ï· j · 1ioº i beiro.,., ... : ' . . . i
... Døm Pedre Annes.: : Nadę GaffelacófirmaPloio
loão Fernandes de Lima.. itu Afoafo de Albuquerque Mordo-,
Ioão Mendes de Britteiros. A mo môr,&logo de
… 1'.'ſ Dos Prelados, i 1 łoł . Martim Afonfo de Albuquerque,
, D.Martinho Arcelºde Braga, & em terceiro lugar, e ᏑᏕ.

D.João Bipo de Lisboa, a 2, mór Dom Martim Gil. Ete Dó


... D.Sanchº do Pottox3,lugiศุtal { Martim Afonº de Albuquerque,
D.Vaſco de Lamego. 2 e, 小时 he oque os nobiliari9s.chamão,
*- D. Egas de Wifeu.….2 ◌ໄ◌ ◌ ໂ◌ D, Martim Afonfo Tello de Me
., D.Frei Ioão da Guarda-ip} ob nefĉs, genro de Mem Rodrigues
is . D.Pedro de Coimbra. ಫಿ
3εVaίεoncelk lfaide mót de
-

Abaixo dos Rico-homésemou: Guimarassegundo me parece…


ധ് , ស្ដេ ob zoi
# Rępaici ciw.wer.confirmar os:
- João Simão. i i.i; A 28 obg*! dous homeados primeiro que o
; Mam Rodriguesquetra odę Alferesmòr D. Martim Gil, fen
Britteiros.. . . . .rih j i, -i, go qus has doay9£sd9 anno paf
e Eteuão Pires.»,
Ioão Soares Alão... 1')
º orti e 盤 & do principio dete, antes,
-": : in A & defpois de fer Mordomo môr
E defronte detes em outra ordé. Dom João Afono de Aubuquer
Siluetre Migueis obrejuiz del que, confirmaua em primeirolu
Rey. , , , , , , , , , , , , , gar Dom Martim Gil Alferes,co
-- João Dalpráo Deão de Vifeu. mohe no foral de Moura, aonde
• Payo Domingues Deio de E. entraóneta forma. , , , ,
uora. ; 2; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; … Infante Dom Afonfo. . . .
# Giraldo Domingues Deão de ., Dom Martim Gil Alferes, .
蠶, ‫ن‬
‫أ ايران لا تر‬: ‫» ذر‬
‫ أبا‬.. A D.João Afon(o de Albuquerá:
|beie Annes Arcediago de San-. E no foral de Alfayates,tendo jào.
lugar de Mọrdomo mòr, tambẽ.
.-Nas tresprimeiras auia Sèva-, teiieo terceiro lugar na fignaturas
gante em Euora, mas já na dos 3. Infante Dom Áfonfo. . . .
Templarios confirmao Bifpo D. " Dom Martim Gil Alferes.
Fernáo Martins,8 nella tambem . DõJoão Afonfo de Albuquer>
alem dos outros feculares, Mem que Mordomo mór.: υ οε, " " º,
gºvt. O que
ElRey Dom Dinis. … – 35?
1. O que he certo por todas as (urie.
- - - - - . .. . . - * , 2- … - -

doaçoês dos annos paflados, que | Côa mefma variedade fe coti:


em quanto feruio de Alferes môr tinuou no tempo do nofo Rey
o Conde Dom Gonfalo de Soufa, D.Dinis, antepondofe dete tem
precedeo fempre ao Mordomo po adiante o Mordomo môr âd
mòr Dom Nuno, como fe verà Alferes, foraõ elles porem prefe
pelas que deixamos naquelles an ridos fempre aos mais Ricos ho
nos, mas dete anno adiante em més,exceptosos Infantes,& filhos
todas tem o primeiro lugar Dom de Infantes legitimos, coino eni
loâo Afonfo. Defpois que entrou outro lugar temos notado. E da
no lugar de Alferes Dó Martim qui me entra outrá maior duuidá
Gil, pay defte Dö Martim Gilatè acerca da doaçaõ pretente, em 4
efte anno paffado, feruia Duraö vemos aDom Martim Afonfo de
Martins de Parada deMordomo, Álbuquerque antepoto ao Alfe
fem titulo de Mordomɔ mòr, an res Dom Martim Gil, de que fe
tes algüas vezes fe chama Vice pode julgar naõ fer certo ferem
maiordomo,& a eftereſpeitoſevè antepotos os Alferes môres, &
a lua firma nos vltimos lugares, Mordomos às pefoas que dife
tendo fempre o primeiro abaixo mos. O etilo ordinario era naõ fé
-do Infante Dom Afonfo, os dous anteporem aos Alferes,&Mordo
Alferes môres, pay, & filho. Em imgs mais que os Infantes, & íeus
: tempo dos Reys pafados hava filhos legitimos, algüas vezespo
riedade netas fignaturas, prece femi por fauorဖွံ့ဖြိုး ့ ့ ့ ့ ့ ့ ့ ့ ျ)
dendo ora o Alferes môr, ora o dos Reys,& valimento que as
... .. Mordomo, como fe vèño foral pefoas tinhaõ com eles, lhe per
da Guarda dado por elRey Dom imittiaõ eftahonra, lendo astaes
# Sancho, em que afinaraõ...… pe{oas de nobreza, & qualidade | *
&*%l68 … , Con/aluus ºfendes 3aordomus fuperior, & de que naó reultae
:Gia. : .*. * °.ー _ .""
, , efcandalo.Vemosito no foral da
?elagius 2(endis $ignifer Z)omini Sortelha dado por elRey D. San
Egi. - . . . . . . . . ‫و‬... cho Segundo, no qual confirma
. Ao contrario em doaçaõ feita ណ្ណ ត្តូវ៉េ,
Por elRey Dom Afonfo Segundo Dom Fernandö 蠶 Go- # * ‫كـ‬ ‫ ﺍنه‬- ‫= طـ‬ -

*de feis cafaes em Vouga ao feu "*tiernador


***‫“ ﻤ‬..‫تی ہے۔‬entaõ
‫پ‬ ind de Bragança.
.3 " ‫فته و از‬ * > . .. .
-

Chançarel mòr Gõçalo Mendes, -". Ag) Z). Fernán w* temems &ragancia.
说 cõfirmão o Alferes môrprimeiro, zi. Petru Iannetătairamu (u-
• * * *** * : * : * > . . ... . . . .. . . .. . .. . . . .

em fegundo lugar o Mordomo, ،، "f:: - , , , , , , , . . .‫․ ﻣ‬.. ‫و‬


„.yz2...??artinus /oannes $ignjfer, 1:

3,
*,
2, ?etrus Ioannis àaiordomus Afimefmo agora coñóoMor
dòmơ
-*
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana,
domo mór Dom Ioão Afonfo de Trancofo, & no proprio dia deu
Albuquerque eſtaua taſ, valido licença afernão Sanches feu filho
delRey, tanto por fe ter feito feu para trocar com o moteiro de
vaalo o anno atraz, como por Salfedas a Igreja deFonte arcada,
andar nefte prefente no trato do & mais heranças que o moteiro
caíamento do Infante feu filho,& aly tinha, por ಸಿÏ libras de
fer fobre tudo de taó calificada renda,& a Igreja de Saõ Pedro de
nobreza, & eftado, ordenaria el Tarouca.
Rey, que Dom Martim Afonfo No me{mo dia confirmou el
de Albuquerque feu parente por Rey a ordenaçaõ dos moradores
hopede nete Reyno(que em ou de Beja, que he húa das notaueis
tra efcritura o naõ acho)fofe pre confrarias do Reyno, & foi infti
ferido ao Alferes môr; maiormê tuida para conferuar os nobres,&
tefèndo parente daRainha Dona futentar caualeria,de que necei
Maria de Caftella,com quem el tauaõ muito os lugares da fron
Rey de nouo e aparentaua. teira, como experimentaraõ to
dos, & imitaraõ muitos no tem
CAPIT. XXXVIII. po adiante, de que daremos no
ticia a feu tempo.Os eftatutos da
confraria de Beja faõ os feguintes:
Partida del Rey para a
- c
Que fe ao tal cófrade morreº
!
rvilla de Miranda, que fé caualo em feruiço delRey, ou
etando em fua caía aparelhado
neffe tempo/eforti- . para etes efeitos, que os confra
ficaив. des lhe defem fincoenta libras
para comprar outro, que fe enfer
1297. 臀需 धूं A cidade de Coimbra,
-

mae, o curafem, que fe empo


﹑ aonde fete annos antes
; ಫ್ಲಿ ή υπαε ιετε **
breceffe, o mantiuefem em fua éº
¿(¿defte nacera o Infante honra; femorrefe, que fofem à
"Dom Afonfo, fahione fepultura fazerlhe honra, & defe
te prefente a depofarfe. Tinha cada hum dos cófrades hum fol
elRey pretes tudo o neceffario, do para Mifas;&o me{mo a mu
& com o mais luzido acompa lher fe morrefe, & tendo filho
nhamento defenhores, & Prela · capaz, o mantiueffem na mefma
dos e partio para a raya do Rey · honra, dandolhe o caualo, & ar
no de Leaõ, aonde a Rainha de mas; quando naõ ouuefe filho,
Caftella auia de vir com feus fi
foffe admittido outro da linhagê
lhos, & cala Chegou o nofo Rey na mefimaforma;queindo o con
3. vinte & oito de lulho á villa de frade em hote, ou jornada, &
- adoecens
ElRey Dom Dinis. ij}
adocc ndo, que os outros o pu
ainda no de 1298.O cargo, & fiº
zeňem em lugar em que fecurafº erintendencia della encorredoti
fe, & que fe foffe ferido em bata elRey a dous Religiofos de Alco
lha, que os outros confrades o ti baça, por cuja mão correo toda a
rafem dentre feus inimigos, & depefa; de qfe lhe deu quitaçaõ
trabalhafem de o leuar a fua ter a 29.de ſaneiro de 1299. & he i
raje o catiuafem,que contribui 4 ſe ſegue tresladada do proprio
fem para o regate: & que do 4 original, conferuado no cartorio
ganhaffem nas caualgadas, dado de Alcobaça. - - -

o quinto a elRey, deffem outro 2.Zinis pela graça de Z)éos Zey de


quinto para a caía da confraria: Portugal,cº do Algarue,º quantos fiá
que auendo algúa contenda entre carta virem,façº/aber, que eu recebi tã
os confrades, os outros os pufeísé to,@rrecado de Fr. Joãne, @ Fr. Efe
em concordia, -

uão meus/vades por Afonfo Kodrigues


Deta Villafe foi elRey à de Pombo meu valjala,6. por J%tartimCe
Miranda, por ficar vifinha a Alca raldes meu eferiuão em2argança de to
nis,aonde auião de feras vitas,& deslos dinheiros que eles frades depen
concertos afii dos cafamêtos, co deraó, é receberaõ no lauer da minha
mo das mais contêdas. Tinha el vila de 2áranda,des quinze de Iulho da
Rey nete tépo mádádo fortificar Éra de mil trezentos & trinta 6, dous,
afsicta, como outras muitas vil os ditor Prades comețarom a rece
las pelas rayas dete Reyno,&co berpara o ditolaur, & diſpender, ata
motinha a obra de Miranda ain onze de Abril da Era de mil trezentos
da por aperfeiçoar, & defejaua é trinta é Jeis, comº pareceo por duas
emnobrecer efte pouo pelo gafa cartas dos ditos.Afonfo Kodrigues, 6*
lhado,&fetas cõ q o recebeone 2/artim Ciraldes, feitas por maõ dele
fta occafião,lhe cõcedeo muitos X(artim Ciraldes, c9 Jeeladas de/eus
priuilegios a fete de Setébro, a fa feelos, cºcontada a receita, é dº/peza,
ber;á os moradores de Miranda achei que eles deram a mim hõconto, 6"
foem ecuos de foro Real; ú os bom recado de todoslos dinheiros que re
caualeiros de Epada cinta á aqui ceberompara o dito lauer dta onze dias
moraísé eõcafas proprias, tendo da Era de milduzentos & trinta &
armas, & caualos foffem vaffalos fair, afii comopor parte he conteudo nas
delRey;& que a terra deMiranda ditas cartas, as quaes de verbo adver
foffesëpre dos Reys defta Coroa: bum fom notadas no huro chamado: de
ojehe Miranda cidade Epifcopal. multis locis, &c. Em Lisboa vinte
Começou a fabrica, & reforma de Janeiro Era de milirez?tos & trinta
ção dos muros,& caftello de Mi 6"fete.Eftas Eras refpondê aos an
randano anno de 1294 & duraua nos de Chrito que apontamos.
- Vu No
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
No proprio dia que elRey deu oito de Agoto (e fez a efcritura,
os priuilegios a Miranda, etaua Era de mil trezentos & trinta &
jà a Corte de Catella em Alca .#. Ciſalo-Abbad de JAr
nhifes; & os medianeiros de hũa,uas la mandófazerpor mádado deley,
& outra parte andauão concluin y del /nfante Z.?edro.fu tio. Žo Per
do as pazes,& concertos que che J4lon/0 la fiz •/creuir.
garaõ a execuçaõ finco dias def Cöforme aitofe ha de enten
pois em doze de Setébro na pre der Rades de Andrade na Chro
fença dos Reys ambos,& dasRai nica de Alcantara capit. 9. aonde
nhas de Portugal, & Caftella, & diz,4 o Metre D.Fernaõ Paes fo
Infantes de hüa, & outra Coroa, ra no anno de 1297. cercar em
D.Henrique tutor delRey D.Fer Galiteo a D.Margarida,&hega
nando, & Dõ Afonfo irmão del nhara as villas deSabugal,& Gra
Rey D.Dinis. De Prelados,& Ri nadilha,por futentar então a voz
coshomés auia grande numero. do Infante DõIoão contra elRey
Affentaraófe as pazes,& cõcerto, Dö Sancho. O certo he á agora
de ádareio treslado, por contaré lhe deraõGaliteo, Granadilha, &
dete papel põtos mui fubtãciaes Miranda;fe já então eraõ fuas,& a
para a hitoria do Reyno, pela depojaraõ dellas, naõ fabereire
qual razão faindo de fua breuida foluer,o Sabugal, que també diz
de ordinaria, e achou o Chronita lhe ganharaõ, pofia ella, & feu
Ruy de Pina obrigado a traduzi filho no tempo prefente.
lo, & aindaú no appédice da ter
ceira parte anda lançado, ete he C API T. XXXIX.
o lugar proprio em que conuem
apontatfe. -

Tres lado dacompofição fei


Por virtude dete affento, 4jà ta em Alcânhifes entre os
fe praticaua nos mefes atrafados, Reys Dom Dinis, ‫ع‬G
deu elRey D. Fernando cõ auto
ridade da Rainha fua mãy, & do Dom Fernando.
,.. rwtas Infante D.Henrique fêu tio,& tu 3. Sta ecritura por fertão 1197,
fºº tora D.Sancho, & fua mãy Dona Sº neceſſaria, & conſtar
Margarida, Galifteo,Granada, & ရ္ဟိဒ္ဓိ Portugal
della ajutica com que
pofíue Riba
Mirãda pelos lugares de Riba de
Coa,á lhe elRey D.Dinistomou, de Coa,& outros lugares, & o di
& nelfes concertos confeffaua el reito que tinha em outras terras
Rey D. Fernando pertencerélhe, de Galiza, & Leão, fe conferuou
&lhos daua por outras terras que com grande cuidado na Torre
aponta. Em C,amora a vinte & do Tombo, aonde alem do ori
ginal,
ElRey Dom Dink is sy agt
ginal, ha dous treslados autenti ofeguinte: º ""
cos,hum lançado no liuro tercei º, ; zinsvimen: Sepas
ro dos direitos Reaes ás folhas mano: #yirtm,ykr οι κη,ηκε cύς
cento & fincoenta, & outro no li 7%fി conriénãa fobrevillas, y caftilos,
uro terceiro folhas duzêtas & fins ッ terminos y partimientos,ypψtura, και
coenta & duas;&ete fegundo foi pleitos entrenos 2)em Fernandº, por lá
dado em publica forma na villa gracin dezi» κ5 Αραβία, "Άan,
de Eftremoz a dezafeis de Setem de7uda, degalfa, dx sediki, de(or º

: bro do anno de mil & trezétos& doua, de turcia, de Iaen,dl-igartă,


vinte & oito por Lourenço Mar yfeior di ºtºlina dela »naparte;y 沙g
tins Tabaliäogéral delRey Dom Zinis por la gracia de Zibsky de Por
Afonfo Quarto, a quem aprefen tugal y del agarle de la otra y por rá.
tara o original Miguel Viuas Co 'zon de#as confienda defif dichas na.
nego de Braga,& Lisboa, que era cieffen entremos muchas guerrug ome.
'o Chãçarelmôr do mefmö Rey. zillos, è excelfos en tal manera, que la
Noto nella o darſe titulo elſey nugiras tierras de ambos fueron muchas
Dom Fernando de Rey do Al robadas, y quemadas, y fragadas, em
garue, & não reparar nito elRey que Jefizo hi mucho pe/ar a Zios por
Dom Dinis, que já fobre ete põ muerte de muchos homes Vide yguar
to come!Rey DóSancho o Bra "dando quefadelitefue@fai guerras,
1Io tiuera dubidas: maiormente y gas dicordias, que cauaya muera
confeffando elPey Dom Fernan tierra de ambos en púto defeperderpor
do na mefima efcritura, que o di los muetros pectados y de venir a manos
reito de Aroche, & Aracena, & de los inimigos de la nueirafé-Alacima
Ayamonte,que faõ na Andalufia, por partir tan gran deferúicio dezios,y
era dos Reys de Portugal, donde de la Sāta glofa de Komanuefiražas
com mais certeza confefara o are yrigrandes daños,yperdida nues
me{mo direito que eles tinhão fras, y de la Chrtandad, y por ajuntar
no Reyno do Agarue que con pazy amor,ygraferuicio de ziorg dela
quitaraõ. Mas elRey Dom Dinis Igleja de Roma.7 o elRey ZD. Fernando
Poderà fer, que por não mouer ct/3bredcho rõ αόβjo, è otorgamiento, y
tantas duuidas naquela occafião por autoridad de laKeyna Z).Xtaria mi
em que pelos caíamentos fe Pu madre, y del Infante Zºon Henrique mio
nha tudo em boa paz, não repa tio,y mio tutor, yguarda' de mios Zey
raffe no titulo, & diffiriſſe para nei, ydeb, infinie zon ?edro, Ζοη
outro tempo eta quetão, como Ripe mini hermanoi, yde zon Ziego
tambem fez em tempo delRey de #àro,/êñor'de 2ífčaia,y de Z».$añ
IDô Afon[oSabio por outros ref. chofijo del ಕ್ಲ 20.சிங், !
peitos. O tresladoda eſcritura he Zºom lois Obiſpo de 7ky, y de zºon
*. - -
Vu i Lan
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Ian Fernandes, Adelantade maior de «Αfonβνwεθνοpadre contrafuvalutaá,
calfa,y de 2.Fernan Fernades de Li (endº fios lugares de derecho delRey Z).
may de Z. Pedro Ponce, de2.Carcia Аifon/? умgiropadre,é que otro los tu
Fernádes de Villa maior,y de Zo~4fom uiera eley Zº. Sancho miopadre y yo. E
f3?eres de биfтат.y de Z). Fernan Pe por ſo que conuuco en (bdad Æødrt
res.xtre de Alcantaray de Z). Efte gequeye dºße,évos entregeſſee« »l-
não Peres, y de Z). Tello juficia maior lº,é fos cºfilos,º cambioparelos apar
de mi cafa, y de otros Ricos homé, y ho de las yngstros Reynos, de que vos pageſ:
mes buenos de mios Keynos,y de la Her fedes dº/de da de S.2águelquepºfá de
mandad de Catilla,y de Leó, y de los ് la Era de 1334. años fota/eis mefes,
fejos às/os Reynos, y de mi Corte. VJº è porque volo aſsi non cumpli, douos per
el Rey Z5.ZDinis defu/odicho có confejo, y :ിൻ ilുr e/os cºfilos, épor los/a
otorganiſte de la Keyna Zeña Iſabelmi terminos, épor losfruitos dellos que en
muger, y del Infante Z). Alonfo mi her de cuiemas mio abuelo el reyz). Afono,
mano,y dęZ). % (artino # de
-, miºpadre elRey2.Sancha, y yo orrº
Zraga,y de 2.loan Ohípo de Lisboa,o falia" dia di sy/.Oliuengay cape ma
de z).Sancho Obiſpo del Puerto y de Z2. ior, quefamapar de Zadajoz, é3. Feli
Valaco Obipo de Lamego y de los atae zes de los Callegos con todosfas termi
fires delTempley de Auis, y de Zo. Ioan mos, y con todosfus derechos,y con todas
J4/om/omio 3tayordomo maiorfeñor de fus pertinencias, y con todofeñorio, yju
-Albuquerque, y de Z). Atartin Gilmie riſdicton Keal que eyades vos, é»uſtros
...Aſeres, y de Z2.Ioa Kodrigues de 3rit fureforespor herdamentetara/ſempre
teiros y de Z).Perianes Portely de Lo tambienlap fºfº, comº #Z
renço Soares de Caladares,yde 3ar y tuelgo de mi, y del/eñorio de los Zºey
iங்ரா,y de loan Fernandes de Li nos de (atilla,y de Leon los dichos luga
amia,y de Ioanne Xendes, y de Fernam reso tudº elderechº que yºh he, y deuia
2°eres dezaruda mios &icos homes y de йaиer, у домо (, ?pongolo en yos, фет
Ioan Simhon.3terinemaior de mic4a, vuetros fucceores, en el feñorio del
y de los com/ejos de mios Reynos, y de mi Zeyno de Portugalpara ſempre.I otre
Corte ouemos acordo denor auemirmos.y ámeto en vustrofeñorio, y de todos los
fazer aueniencia em nos em fia manerº »uºtros/accefores, y del Reyno de Por
queſtſ gueſ. Queye Key Z.Fernand, "gal para ñempre ellugar que dizen,
Jobredicho entendiendo y conociendo, que Onguela, que es cabe ಓ। maior de
los caillos,y la willu detierra de…Âro fu/o dicho con todos fus terminos, y con
che,é de JAracena con todos fus termi todos/us derechos, y con toda fusper
nos y con todos fue derechos có todafía tinencias, y do avos, y a todos vufiras
pertencia,que erà de derecho del Reyno /accºfores,yalfenorio de Portugaltadº
de Portugal y de afeñario,y que cuo el lajuriſdictony elderecho, ſeñorio Æeal
2,2, ... :) மை que yo he, é deuo hauer de derecho en el
- - - - dith,
-tº

… . . . . ERey Döm Didig. ~~~~ 255 { -

dicho lugar de Holga, y tailgo demi, y Aiba de (oa, que agora vos renales **
del cñorto de (ofiala, y de Leon, y pon yuera mano con todos fus terrinos, y
φοίο εn τοί,3 εο todos vustros/acceso derechos, épertinencias, e partome <fย
res,y en elfeñorio del Reyno de Portugal tºda a demanda que yehe, ºpodria auer
para/İempre,faluo etfehorio, y los dere contra rvos, 6 puros faccores por
chos y las herdades y las glas defe lu. razon dito, lugarey breatches, @ de
gar de Holega que las aya el Obiſpo, y la Xiba de (oa, é de cád•vmo del•j.7 arra
Aglofia deŽadajoz, é todalas otras cg/് /īme parto de todo el derecho, ójir/dia
que an en de lugar, fegundo que a las cion, y/oñorio Real tambien enpºffº/ſion
euieron fota aqui. E todas flas cofas como em propriedad, como em ora mane
de ſuſodichas vos fagº, porque vos qui ra qualquier queys hauia, y ruciĝo de,
tedes de los dichos (fillos, y villas de mi, y de los mios fueceores, y delJeño
.-Aroche,y.…fracena,y de fusterminos, rio de los Reynos de Cailla, y de Lesn,
y de los frustos que ende outuemos èſ Jpongoloen νο,έcη »ue#resfacc-fores ;
Rey Afonſo mio abuelo, elRey Zon é en etfeñorio del Reyno de Portugalpa
Sanchiomiopadre T eeroſyo elKey Z5 ra împre. E mando, º otorgo, que e
Fernando entendiendo, y conociendo que por ventura algunos prinilegios, o cartas;
entre los 皺
vos auiades derecho en algunos lugares º efirºmentos
aklat (aftillos,y villas dėšalugal, é de
parecerem: yr :
de G awe fº/lem fia

JAlfaiates ,é de CafielRodrigo,é deVillar y de los Reys de Portugalyubre sos les


maior,& de Catelbuenoy de Almeida, gºres/oëredi**ordeààemiemcias,ádepº
è de Castelmelher, & de Monforte, é de ſtaras, à demarramentos, é en otrame
los otros lugares de Kiba de Coa, que vos nera qualquier fobre 9ios lugares que
Zºey ZDon Zinis tenedes agora en vustra fetam contra vo», o contra pagros fue-º
mano. Eporhuevos mepartidesdel de αεfora, όνη να βνο duήo, ότ» daώσαεί,
recho 4qué hauiades en Valencia,; , é en /eñorio del Reyyno d
-- -
- Prழ, quë ‫اليه‬
Ferrera, ¿no Sparregal que agora tiene. qui adelante non valan, mi renam, nia-,
/a Ordem de Alcatara a/й тато, у 1ив. jamfirmadumbre, nimepueda aiudar
awièdes em /fiamonte, yendtras lugares dellas ye, ni mios accefores,3 reuoroles
de los Reynos de Aleon, y de Caliza, y tºdºs para/empre: 71aelRey Zººm Ziº:
otro porquemeyos partides de las de nºs de adicho por Oliuèmuy por ca;
тапай; que mefaziadesfobre razan de pamaior, ypir $. Felis delarGadges; \
los terminos,quefon entre elmio/esario, evos‘a wii daderg«»peeóuguela,ques
xelyueiro,porejome vas parco delог mreedes enelmio/eiirio,ſºgºndoſabre-º
dichos (ofillos, é Villas, elugares de dicho es, partme»os de los Catillos, yes
Sabugal, é de Alfaiates, é de Cºffelka- -
de las villus de Xoche, 5 de Aracenay,
drigo, è de Villar maior, è de Cafelbue dstadesfarterminés,yderödsfas de V
no, è de almeida, é de Castelmelhor, á rechoy, ydetodas fi:perti#enrħas,yºdes\
deжуже: ό de lo,ore lugaris da tudºla demandº quºyah…pºdrigºrº
--~----~--- , y„ 3 contré
y
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
contra vos, o contra los vuefiros/исей. a cumplir, e aguardar todas fas cuas
res, por razón diflos lugaresfohradichos, defu/o dichas, e cada yna dellaspara he
é de cada vno dellos, ó de losfrutos de pree de nunca venir contra ellaspor mt,
los que el Rey Z). Afono muro ahue mipor otre defecho, ni de dicho, ni de co
lo, e elRey Zon Sancho yutfire padre, fejo. E/e lo af nofzer, que fique por
è vos ouiſtes, è recebuſte diſtes luga perjuro, epor traidor, como quien mata
res, do avos, ayueſtros ſucceſſores,é feñor, e trae Caftillos. E nos Reyna z».
delfeñorio delReyno de Portugal, èpon 3taria, y el Infante Zo. Henrique de
olo en vos, é en vu,ſtros ſucceſſores,é en fº/ diches otorgamos toca dias cº/a,y
elfeñorio del Reyno de (aftilla, é de Leó a cada una dellas, y damos poder y au
para/empre. Otro yo el Rey ZDon Zi turidadalkey2.Fernandº para fazer
· mts deſºfºr. me vos quitedes lu,3 prometemos em buenafrepor nes, y
de los Catillos y de las villas de Sabugal, por el dicho Rey Z). Fernando y juramos
é de...Alfatarei, é de (fiel &odrigo, é de fobre los Santos Euangelios, fobre las
Villa maior, é de Gafelbueno, é de.Al. quales puemos nueiras manos,efaze
meida, é de (fielmelhor, é de 2íonfºr mos omenage aves Key ZD.ZDinis, que el
te, é de todos los otros lugares de žiba, Key2. Fernando, e nos tengamas,e cã
de Cua confus terminos que yo agorºtºn plamos, egardemos, e fagamos tener, e
ge a mi manº, «ficanº//adcha ef,. cñplir, eguardar todas las cofa fobred
2uitamews.ypartimºus de tºdº.</4-, chas, e cada na delas para empre, e
Sechs queyehe em Valencia, ye* £erre-. de nunca venir contra elas nipornºs,nº
ra, es no Sparega e en Ayamonte, por otre de fecho, ni de dicho, ni de com
Otro mevos parte de todas las deman- fejo, y lo a nofaemos, quefquemes
da queyshe, apºdria auer contra vos porperjuros, yper trador come quien
em. todos los otres lugares de todos los vue-o matafeñor, e trae cofillo. Eyo Rey D.
ſtros Æeynas :::::::. zDinis por mi, y por la Reyna Z). Ifabel
femevos parto de tºda la demandas que mi muger y por el Infante ZDen-fono.
yo aua contra vos por razºn de los ter-, miojo primero y eredero, por todosmios
minos que fon entre el mio/eñorio, y el fuceoresprometo a buenafe y urofobre
»sestreſºbre qu:era contienda, yº el- losóátos Euagelios obre los qualespongº.
శిలి. Fernando defulo dichopor mi,y mis manos, efago omenage a vosRey Z.
por todafimiasſacriffores. «on cameja, e. Fernando por vos, epor vuetros ſucceſſo
con otorgamiento, y por autoridad de la res, e aves Keyna Z).xtaria, e avos in
zona Zººtariamimadºydellnſan fantez Henrique de tener, yguardar,
te Z2, Henrique mio tio, emio tutor, e y cumplir todas etas cyas defu/o dichas,
guardº de mios Reynos prometo a buena e cada»na dellaspara /empre,e de mun
fe, y jurofobre los Santos Euangelios, ca»enir contra ellas nipor m, ni por otre
febre los quales puº mis manos, efagº defeche, ni de dicho, ni de conejo. 7 f
•memºge a»ºs &9ººn zºmisº tener, e la afinefigiere, quefique por perjuro, e
* --
e- - - - -
*- - p೦
ElRey Dom Dinis. *** *2#ย์
por traidir como que matafeñor, e trae Dom Fernando, que então prefia
Caſtillo. 7 porque todas (flas coſa ſtan -
zia onze & noue meſes, pbr atief
mas firmes y mas ciertas,e non puedan nacido no de oitenta & finco eiii
venir em dubda; figemos ende fazer dos feis de Dezembro dia de Saõ Ni
cartas en vn tenor, talla yma como la culao. ,, . . . . . . .. "

otra/elladas con nutrosfello, de plomo A Iñfanta Dona Brites füa it-.


de nos ambos los Reys, y de los/ellos de mãa naõ tinha ainda quatro anº
las Keynas defu/odichas, y del Infante nos perfeitos, fendo feudacimen
2. /Henrique,) č፳2 tºftimonio de verdad. to ña cidade de Touro no áting
de las quales cartas cada rvno de nosde mil duzentos & nouëta & tres.
Žeyes ಧ; de tener/eñas. Fecha O nofo Infante Dom Afonfo naõ sumi 17
em Alcanfºs,lueues doze dias del mez chegaua a fete cópletos, contan- **
de Setiembro, Era de mile trezientos doos de oito de Feuereiro do ari
e reinta e ſnco amnos. no mil duzentos & nouenta & hü
em que naceo, atè o mez prefen
te de Setembro. Sua irmãa a In.
CAPIT. xxxx. ' fanta Dona Conftança humanno
tinha mais,mas não enchia ainda
Dos cafamatos del Rey D5 os oito perfeitamente. ElRey Dó
Fernando de Cafiella com. ே 'fedelpofou porfícom
a Infanta de Portugal D. a Infanta Dona Conftança, & o
Infante Dom Afonfo por procu
Confiança, é do Infante radores com a Dona Brites, na
D.Afanfo de Portugal că forma que heftes caíos difpoemi -
-
-

o direito.…"; ". . . . . º :*:


* -º
-

്. . . . i de Caftella. : : … pareceome tresladar aqui as


‫نشسته‬ palauras com que a Chronica an
#%;Elebrada a côcordia, & tiga Catelhana relata a vinda da
#capitulaçoês de pazes, Rainha Dona Maria de Catella
º
Mala
-

ງູຮ້ໍ com en filhoa etas vitas, & de


R౭

” cafamentos delRey Dó pootios. F. :::::::::: ': '


Fernando de Catella, & Infante ...!?" desque llegaron a C/alladolid, mo- cry.
Dom Afonfo de Portugal com as ró y ocho dias, guianda fus cofas para
Infantas Dona Confiança, & Do las yfias: y moderon dende,yfüeropfe
na Brites, queiera dpriiicipaliti para 7öroy denàepara Ĉamora:yefu
| gin.ditento deftas pazes,&afegürança, mieron eyem Gamora hafa hue ouirren
:::P:::
εho o Βra. deambasas Coroas.Polico eraa, mandado de tomo venía elRey de Por
#idade dos contráhentes. Delles o tugal, y luego mouieron de amora, y
* que mais annos tinha, era elBey fi്w് .ുkim; : ೨೫೦ ந:ky ,
-
Portugal:
: Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
Portugal y allí hizieron el cofamiento caufa motiua que nos parece fer
del Key ZDon Fernando con la Anfanta a que obrigou á elRey a efte ter
:D. ( oſtançaſu hija del Rey de Portugal. ITlO. -

T otroſipuzieron caſamiento de la In
Mais acrefcenta Ruy de Pina,
fanta ZDoña Zeatris, hija áel Rey ZDen que elRey Dom Fernandofez ju
Sancho,y defíamoble Zeyna Zoña Jºta ramento de não deixar nunca atê
via con Zan-Alon@ hijoprimero here a morte fua mulher a RainhaDo
dero de aqueſte Rey de Portugal, ytra na Contança. Ito podia fer, &
rola Reyna Zofia Zariapara affilia fem falta o ateria,que afi era co
&20് Cofiança,que era mºçapequeña, flume naquelle tempo, como fe.
5/in edad. E otro lleuo la Keyna de verà no contrato de cafamento
?ortugala Zoña Zeatris, que era mas da nota Infanta Dona Maria,filha
vequeñaypикiero/aspgiиras тиіfur delRey Dom Afonfo Quarto,cõ.
ies los Keyes emrre/i. elRey Dom Afonfo Onzeno de
Etas poturas, ou affentos, & Caftella, que a feu tempo dare
artigos de pazes quaes fofem, fe mos que nem todos os Reys da
naő declaraőnefta hiftoria, nem
eu as vi no archiuo Real aonde
ဂူႏွစ္တ
tempo repararaõ tátone
e como elRey Dom Sancho o
faltão. Ruy de Pina diz, quefe fi maior de Nauarra, o qual pretê
zeraõ pazes por quarenta annos dendo cafar hüa irmãa com hum
com claufula deferem amigos de Rey vifinho para euitar guerras,
amigos, &inimigos de inimigos, & por meio dellas melhoramen
o que duuido por ferhã dos ma to contrá os Mouros, confultou
iores côtrarios que elRey de Ca primeiro a D.Oliua Bipo de Vi-Epais;
ítella então tinha elRey D. Iaime que, fobre fe efãó motiuose@esí¡¡¡
Peñalib.2,
'---
de Aragaõ,irmaõ da Rainha San batantes parafe celebrar o ma¿
ta Ifâbèl, & cunhado delRey Dá trimonioſém diſpenſagaö.Faziáo
Dinis, contra quem parece im ito quando cafauão com paren
poffiuelquerer elRey, & a Rai tesein grao prohibido antes de … ,
nha Santa publicar guerra, auen terem dipëfação, que muitasve
dofe maiormête colligado elRey zesos Papas negauão por razočs,
s.,, Dö Dinis o anno atras com elle. que aos pouos não parecião con
O mais criuelhe, que eobrigou cludêtes,& era coufa apera apar
elRey Dom Dinis a fauorecer o tarfe das mulheresdefpois de ter
genro,&defenderlhe o Reyno,&. filhos dellas,deixando os Reynos
{egurarlho, pois atè contra o In de nouo perturbados pelos me{-
fante Dom João naõ quiz execu mos meios que bufcauaõ para
targuerra ofenfiua, comofe ve vnião, & concordia.
ràno anno feguinte,& tambem a # Celebrauão e os caíamentos
dos
... I.Vʻ.ºʻ.j. º…
---
-

\
E lRey Dom Pini.. i jž
dosPrincipes neftes cafos ordena deſgoſtos, principalmếte ha cidda
da fupplica, ou mãdada fazer aos de do Porto,entre elRey DöSafi
Pontifices, & comefperanga de cho,&o Bigo daquela Igreja D.
ratihabição de futurô por elles Martinho fegundo do nome, ao
mefmos. Mas fe defpois faltaua, qual elRey ñandou prender, &:
-

ou fè apartauáo, ou fè replicaua, ao Deão no anno mil duzentos &


como fez elRey Dõ Sancho Bra dez,& osteue recluſös fincome
uo,que appellou para o Pontifice fes, ito porque o Bipo não quiz
futuro, vendo que o prefente lhe afsitir 醬ម្ល៉េះ 蠶
não diſpéſaua à inualidade doſeu feu filho,que julgauaillicitas, por
' ' ' : fmatriñonio. Se o coftume era não ferédipéfadas.Outras dema
para imitarfe, não decido, digo, fias dependëtes deſtavſou elRey
pue era coftume. -ſemdöbrar a conſtanciå daquel
Por eta caufa auia antigua le Prelado, illutre tanto por eta
mente tantos caamétos de Reys ácção, como pela nobreza do fan
diuorciados em Efpanha. & por gue defeus pays RodrigoMartins i·wº. • *.*.

muito parêtes (e prefumião fem âas Afturias, & Dona Eluira Ro- . ' ;
pre inualidos, quando a diffenta
ção não era notoria, porfer difi delles o nomea o líufo velho das
· cultofá naquellaidade. ElRey D. linhagésás folhas quinze.O Papa
Afonſoo das Nauas publicaua a Innocencio Terceiro acudio em
legitimidade defeu matrimonio feu fauor como era razão, expe
nãš efctituras, como fe pode ver dindo commifoes para reprimir
na doação do Hofpital Real ao as demafias delRey, º
Mofteiro das Huelgas de Burgos, as centuras pelo Bipo impotas,
aonde diz que a fazia cõ tua mu & nas bulas em que relata todo
lher legitima: Egº, º legitima vxor o procefo, afsicomo louna o ze
mea.No terceiro tomo dos annaes lo do Bifpo, cenfura alguns Co
de Ciftera tresladou Mărique pe negos 蠶 lhenão afsitiraõ como
los annos 1 , 1 z. conuinha. No liuro treze do re
Deuia elRey Dom Afonfo de gifto defte Pontifice (e acharaô
publicar a legitimidade doeu ca äs Bullas, parte das quaestresla-4…
. ... • 12.I.O. 4 - - 6‫م‬
famento, para fe jutificar neta dou Manrique no tomo citado.
parte, a repeito em particular do Ainda que atè efte anno de mil
fuccedido no cafamento defua fi duzentos & dez não auia dipen- -

lha a Rainha Dona Vrraca com façaõ para o cafamento delRey


o nofo Rey Dom Afono Segun Dom Afonfö Següdo, näohadu
do,que por fe celebrarem dipé. uida que (e lhe concedeodefpois,
fação,ouue em Portugalgrandes porque a não fera si, fora diuor
-
-

-
-
-" **** ---
- ciado,
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
ciado, como foi feu cunhado el Pontificado em Ianeiro de 1 198:
Rey Dom Henrique o Primeiro & abemos que ete Pontifice no
de Catella, cafado com fua irmã primeiro anno de féu goue rno
Dona Mafalda,& como fe diuor mandou diuorciar o matrimonio
ciou o matrimonio delRey Dom do me{mo Rey Dom Afonfo de
Afonfo o vltimo de Leão com a Leão com a Rainha de Caftella
nofa Rainha Dona Tereja,irmãa Dona Berenguela, declarando 4
do me{mo Rey Dom Afonfo Se ſeu anteceſſor CeleſtinoTerceiro
gundo de Portugal,& com a Rai o tinha jà diuorciado da noffa
Rainha Dona Tereja. Fr; Pedro
nha Dona Berenguela irmãa da de Alfüna na Chronica da Ordê *
nota Rainha Dona Vrraca. … 39. |
* O matrimonio delRey Dom da Santifsima Trindade, deu a
Afonfo de Leão com a nofa Rai Bulla, por fer executor della Frei
nha Dona Tereja mãdou dirimir Raynerio Religiofo da mefma
o Papa Cele[tino Terceiro,como မွိတ္သြားႏိုင္ဆိုႏို့
do Papanefta,&
Apud B4 eícreue Rogerio de Houeden, no outras caufas; & ainda que não
rom.adan.
anno mil cento & nouenta & hii,apontao anno, ha de ſer o apone
II 21. h.
12. & Poderia fer que a efe fim in tado; 器nefte (elhe expedia
niate a Epanha por Legado Gre a commifaõ para pedir ao nofo
gorio Cardeal de Santângelo, o Rey Dom Sancho ofeudo que
qual me conta etar na cidade de Portugal ofereceo em tépo del Adam?
Tuyem Galifa no anno feguinte Rey Dom AfonfoHenriques à Sê 1179.nº
de mil cento & nouëta & dous, a Apotolica, que o Cardeal Cear
dezoito de Outubro, por húa car, Baronio declara ferno primeiro
ta de protecção Apoftolica que anno daquellePontificejcomo a
deu adinoflo mofteiro de S. Ióáo chou no'original que tresladou
de Tarouca, & ao Abbade Ioão, no Vati cano; & Altona treslada
bem outras Bullas de
com as
Iá Clemête Terceiro tinha aper, tam
tado comete negocio, mas a có. comm iſſaöde Frei RäynerioPa
clustõdelle tene effeito no Ponti ra final concluíaõ do diuorcio do
ficado de Celeftino, finco annos. Rey fobredito com a Rainha D.
sv - vr.oʻ.si
-*. . ..
-

;
adiante, conforme Houeden,que Berenguela, expedio o Papa In
.' viueo proximo áquelle tempo, & nocencio Terceiro a celebre de
não foi no de mil & duzentos,co cretali Et/i neceffe, dotitulo, de do
Сар.15. mo diz Ruy de Pina na Chroni mationibùs inter yirum, &»xorem, &c
'ca delRey D.Sancho o Primeiro; aísinão feicomo o Bipo de Palê
-que a ferneíte anno, deuia proce cia Dom Rodrigo Sanches nafua
derno cafo a Santidade de Inno hitoria, fendo tão grande jurita,
- - ‫ ر‬:
Pam‫رهش‬
-ccncio Terceiro, que entrou no dile, áeta decretal fe ordenara, s. :*
& man
ElRey Dom Dinis. ಕಿ
& mandara para o diuorcio da de não largar até a morte a nu
nofa Rainha Dona Mafalda, & lher que recebia, que replicarid,
elRey de Catella Dom Henri como feu pay fez ao Pontifice, &
que o Primeiro. O diuorcio da que afsi como elle naô largcu d
Rainha Dona Mafalda dipos o Rainha Dona Maria que prefente
mefmo Pontifice Innocêcio Ter etaua, ifo mefmo imitaria cle
ceiro por Bulla expedida aos Bif. Dom Fernando no cafamento då
pos de Palencia, & Platencia, aos Rainha D. Contança, motrãdo
quaes mandou que a notificafíem elRey Dom Dinis a indecencia q
aos contrahentes, & lhe impedif> feria fairlhe fua filha de cafà donº
fem o matrimonio.Não obtante zella, & tornar máy fem outra
o fobredito fe effeituou o cafa vtilidade. Tinha dado muito ef
mento,& entaóinuiou oPapa ou candalo dous annos antes delte,
tra commiffaõ aos Bifpos de Ta elRey Dom Iaime, apartãqofe da
raona, & Pamplona, & a Metre Infanta D. Iabelirmáa dete Rey
Arnaldo Conego na Igreja de Le Dom Fernando, como atraz dei
rida,paraque procedeffem no ca xamos efcrito; quiz elRey Dom
fo. Foi ifto no anno de mil duzen Dinis fegurarfe que não fuccedel
tos & dezaféis, a dous de Iulho. fe a fua filha, o que o genro feñ
Procederaõ na inquirição do ca tio,&eftranhou a elRey D.Iaimė
fo os dous nomeados,que o Bifpo cunhado de ambos.
de Pamplona feelculou do nego Naõ foraõ porem neceffarias
cio, & por hum edital feito em eftas preuençoês extraordinarias,
Soria a dous de Setembro limita permittindo o Ceo que em acção
raõ termo atè dia de S.Martinho. em que entreuinha a Rainha Sã
Atalaça Naõ conta mais do intrumento ta Ifabel tiuefe tudo efeito, com
* 2; que vi dete procefo, mas como approuaọaõ,& beneplacito da Sê
gaueta dus - -
-

#" elRey Dõ Henrique morreo ne Apotolica francamente. Antes


gie da ſte proprio anno, nad ſeriao neceſ qüe os defpofados chegaffem à
" fatias mais diligencias. -

idade de doze, & catorze annos,


, Eftauaô as coufas da Chriftan tiueraõ todos difpenfaçaõ de Ro
dade de Epanha naqueles tem ‘ ma. No de mil trezentos & humi
pos em tal forma, & peza tanto a alcançou elRey Dom Fernando
quietaçaõ,& vtil dos Reynos,que legitimaçaö, & diſpenſaçaö jun
naõ fe preſumia faltarião na Cu tamente para fe cafar com paren,
ria em confirmar o que a necef ta, naõ fendo ainda de doze ari
fidade do tépo,& naõ o deprezo nos a Rainha Dona Contançá.
fua epofa. A difpenfaçaõ para o
dos Canones intentaua. Ifto era o
que elRey Dom Fernando jurou, nofio Infante Dom Afönfö,& Hì fantā
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
fanta Dona Brites fua efpofa fe 5a Leonor nuefirafija. Não fabemos
- ^ expedio em Anagnia a oitô deSe que damas leuou do Reyno, nem
tembro do me{mo anno de mil ás que trouxe configo a Infanta
trezentos & hú, a qual daremos Dona Brites. De Dona Maria An
tresladada; naquelle anno era o nes de Toledo, terceira mulher,
Infante então de dez para onze, ue me parece auer fido do Con
& a Infanta de noue de idade. de Dom Pedro de Barcelos (co
Efeituados que foraõ os cafa mo em outro lugar diffe) tenho
mentos, fe defpediraó os Reys,& noticia. Mais a temos de Brites
Rainhas com grande contenta Annes collaça deta Rainha Do
mento, & em ambos os Reynos na Brites, a qualcafou com Lou
foi géral a alegria, pelas grandes renço Martins do Auelal; huma a,,
calamidades que featalhauão cõ neta dos quaes foi cafada com Fini.
eftas pazes, & alianças,aindaque Fernão Fernandes de Almeida.{4:
Catella era mais interefada, pe Cafou Dona Tereja Martins, fi
lo aperto grande em que fe via. lha dos fobreditos, & mãy deta,
Portugal interefou a retituiçaõ viuuando de Vafco Reymundo,
das terras que jà vimos, & muito com Lourenço Martins Bubal,
mais na confifaõ que fez do di & por ambas as vias tem deícen
reito, & acçaõ qne tinha nellas. dencia. Não fe deuia dar cafa a
Mandou logo hü Rainha aótual eta Infanta, por fer muito me
para Catella, que a Infanta Dona nina. A Rainha Santa Ifabel fua
Brites viueo Infanta atêo anno defogra a recolheu, & criou em fua
mil trezétos & vinte & finco, que cala, & moftou ella defpois, que
foi o em que morreo elRey Dom fora difcipula detalmeftra. Seu
Dinis feufogro. -

e poto o Infante Dom Afonfo a


Acompanhou à nofa Infanta tinha, como fe vio noutro lugar
Dona Conftança a Caftella fua defta hiftoria, tendo por ayō o
aya, & agora Camareira mór D. Alferes mòr Dom Martim Gil,
Bataọa, & là naquelle Reyno a & por Metre Dom Martinho de
feruio, & criou fua filha a Infanta Oliueira, entrado na Primacial
Dona Lianor. ElRey Dom Fer de Braga. Arras feafsinaraõ à
#*Cºm
bra gaueta
nando etãdo em Burgos em vin
- - - -
noua epofa, de queira a
££££ te de Feuereiro, do anno de mil efcritura noutro
a reparti-trezentos & onze, deu a villa de capitulo.
"* Pedrafa a Dona Bataça, & aqui (f.)
diz que lhe fazia eta merce: Por
la criança que fizo en la Reyna Zona
Cºſtania mimiger, yen la Infanta Zºo ~

CAP.
ÉlRey Dom Dinis, 259
Portugal, é do_Algarue, dou a vos á

C A PI T. XXXXI. Infanta Zona Z}ri es por arras por ca


da anno/eis mil libras da moeda velha
de Portugal, cºponhouglas em ela gui
| Das arras da lnfanta Do fa,. Z)ouyos Euorapor tres millibras,
& Villa viçº/a por tres mil libray, C9°
na Brittes,6- entregas
que fe fizerão das Villa Æealpor mil & trezenta: 3 tin
ceenta, 3 Caya com Villa Noua, βοίο
cvillas do con alquefica do comprimento da fis mil.
衣//yſのも E ¢fías Villas fobreditas yos dott Com3
todos feus direitos, o com o fenhoriº
Eu elRey Dom Dinis delas, que º jades bem, (3r comprida
volta a Portugal | con mente, guardando todavia o meuſenho.
ºcluidas as viſtas de Al rio. Efobre effo mando por elaminha
- canifes, & foi recebi carta aos confelhos defas Villas fabre
do por todas aquellas Villas das ditas,&: aoi luizes, &' aos - Alcaides,
comarcas de Tralosmontes, & & aos Iurados, & aos outros Oucesaes
Riba de Coa com notaueis de dela recudão avºs, ou a quem lhe vos
montraçoés dos pouos. Vifitou ിa cartas com todos
mandardes ”ರಿ”
Riba de Coa para animar, & fa ºs direitos dº/a; Villas como dito he,
uorecer os nouos vaalos, & dar em guya que ºs nom minguem ende em
vifta àquelles caftellos, que forti nenhuma cou/a, e que ºs receb㺠por
ficaua como taõ importantes á Jenhora, čº yoi conheaäſenherio daqui
Fronteira do Reyno. Na villa do adeante, é que recebão os ºficiaes, que
Sabugal, refidencia da Corte, & lhe vos derdes /gund, ſeu foro, comó
cafã do Infante Dom Pedro, & os eu auia depoer. E »os cumprao, cº
feu filho Dom Sancho fenhor da vos goardem º que em dia minha carta
quellasterras, na qual por duas he contheudo. E quefação per vos aſſº
vezes teue vitas elRey Dom Di como deuemfazerpor sa honra, é mom
niscom feu tio Dom Sancho Rey façom endeal per nenhuma maneira,
de Catella, etaua o nolo Rey fenomaos corpos, é quantº euue/em
a feis de Outubro, onde por hon me tornaria euporem. E difolhe man
rar a Infanta Dona Brites fua no* dei dar fia minha carta feclada com
ra, lhe deu eta carta de arras que meufeelo de chumbo. Zoada no Sabú
fe fègue. - . . . . չմ dezafcis dias de Outubro. Elão
. .
… ſ.r.
º

ப3ரி.1. o mandou. Francifeo Annes 4 fez.


Em nome de Zeus amem. Sai É. xó (C. xxxiv. annos, que yema
bão quantos da carta virem, que " á ſer no de mil duzentos nomenta &*
XDom Zjini; pela gr44 de ZPeos Key de Jete. "T -
-- - -- X: Ficou
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
Ficou a Infanta Dona Brites - Lib. 3. 's
tomou pode de Campo maior, '¡¡'
pereta efcritura fendo fenhora & Ouguela em prefença de Fer- …fui.
de Euora, & Villa Viçofa, Villa nando Afonfo Notário publico -

Real, Gaya, & Villa Noua, & de Albuquerque. Pedre Annes,


naõ pouco autorizadas ellas com & Eteuão Domingues Porteiros
o fenhorio de tal Princefa. Pelo delRey Dom Fernando fizeraõ a
tempo adiante teue outras terras, entrega de ambas etas Villas a
de que daremos razão no anno trinta do mez de Outubro. Efta
de feucaíamento com o mais que uaõ em companhia do Metre
deta Infanta alcançamos até a Lopo Afonfo
- -

quelle anno. - - - - -
Comendador mòr daquella Or
Mandou elRey Dom Dinis dem. -

em quanto aqui eteue em Riba . Garcia Peres Comendador de


de Coa, tomar poffe da Villa de Iurumenha. * - --

SaôFelifes de Gallegos, huma le , Vafco Rodrigues Comenda


goa diftante daquella raya,á qual dor de Soufel. -

deu foraleſtando jâ recolhidóna , в驚 Lourenço Comendador


cidade da Goarda a vinte do mez de E Ll2S. " -

de Outubro. Nelle lhe concedia Efteuão Peres de Maruåo.Lou


os mefimos foros da Villa de Pi renço Peres de Valença. Gonça
nhel, & ordenaua que cada hum lo Fernandes Ticios de Eluas, &
dos moradores lhe pagafiem hu Pero Peres, & Martim Annes, &
ma libra de moeda velha de Por. com elles Sueiro Peres Alcaide
tugal, que valefe cem maraue môr de Villa Viçofa. Defte tem
dis de Leão. Mandou elRey lo Po adiante ficaraô as Villas am
go fazer hum Catello em Saõ bas no fenhorio deſta Coroa,que
Felifes, que hoje permanece com ſuppoſto O anno pafado foi ga
as armas de Portugal. Teue eta nhada a de Campo maior, tor
Villa varias mudanças atè ficar nou a fer recuperada pelos Cafte
no fenhorio de Caftella, & cafa lhanos. Oliuença fe entregou pe
dos Duques de Alua, no difcurfo lo me{mo tempo em outro dia,
deftahiftoria fe verá o mais que aindaque naõ vi carta da entre
teue em tempo delRey Dom Di gº, mas acho jà no anno feguinte
nis. .
foral,que lhe deuelRey Dom Di
Não fedefcuidouelle das ou nis, & na carta delRey Dom Fer
tras Villas que elhe auião de en
mando, que anda inclufa no in
tregar. Por commioés dadas ſtrumento da entrega de Campo
por feu mandado ao Metre de !maior, & Ouguelã, & moflra
Auis Dom Lourenço Afonfo fe ferfeita em Alcanifes adezafete
de
wº, ſº El Rey Dom Dinis. ‘Y & W 366
de Setembro, vinhaõ nomeadas Leão, aondeo Infante fè tinha fé
para fe entregar a Portugal Oli colhido, & talando fêusarredo
uença em primeiro lugar. 94 los res, na5 ouſou elle nnnèa ſairfoº
conejos, é a los moradores de Oluena, ra dos muros, tanto era o tettbf
ለ - .” - L

é de Campo mayor, é de Ouguela, é de que tinha de tão grandes hºmès


San Felfas de los Galegos, falud, égra como Dom Hoão Afohfơ,& Đon?
tla, ćºr. . . . - -

-
-
-
*-
- - - -
Afonfo Peres. Cómidºette cadá
t ! ~* * ** : *
leiro e achou tambem em Alcá
niz ho蠶 dos caſamentős, tí
ueraö occafiaö os nöſos Chróni
盟 dizer, que fºra ele o
Socorre el Rey a Cafiella: Embaixador que cà vejo fëbre e
parte para Lisboa,ê- συήm ſtamateria: Emghānto eſtiueráð
aesie Reyno Dom Pedro, os Reys atnbbs feftas partes, i;i-
teruiría más pratieas, que entáó sº .."
irmão da Rainha .. ouue pelo parentefc6 com elRey
S. Iſabel. ..º.º. Dô Dinis, qué'ábiñbaixadatro&
". . . . . . (…
xe Dom João Ferbáñdes de Liº
| Aõtrataua elRey Dõ ma, & diſpez corn 3 Albuqiiers
# Dinis sô de fua comos uétoda armateriá? {Defij6išques

E:
didade, antes paraque ós doífos Portáguëfèšéxêchtäfaõ;
fe vifle em Catella o toda a hoftilidádeºpôfja& háš
cºn. A vil deta aliança, mãdou em cõ terras;º&#afialos déibbediefites
ïman... panbia delRey fêu genro aDorň a elRey Dorii Fernäridoyovie"
"º loão Afonfo de Albuquerque feu raõ buícar ácidade de Toró;&
Mordomo mór com trezētosča# acompanhando6 atè Mestria de
ualeiros Portuguefes dos mais lu Rio fêco, lhe fizeraõ etítregáries
zidos que elRey tinha naquelas fta Villa, donde partio paráVaº
fronteiras, Ordenou a Rainha D. fladolidj& defpédio àôs'Portus
Maria a D. Alanfo Peres de Gtifa guetes para ete Reyno: ºº
mão, & a Dom Ioão. Fernandes, Elrey DorñBitis fe pártio
que deuia fero de Lima, filho do tambefH đo Sảbugai pára Lift
Deão, e ajuntafem com.algúas boa, & tendo chegádo à Göim
tropas ao Albuquerque,como fis braafete de Noüèfhbrò, ab fri
zeraõ, entrouelle com os nofos meiro de Dezembro etapajã dé
Portugueles pelas terras que fixº afeito neta corte Epitºue
ftentauão a voz do Infante Dom naõ fique dia em que feri㺠defº
João, & fizeraõ grãdes dános por cubra acção de Príncipe aduerº
todas ellas.Chegaraõ à cidade de tido, & Confideradö°åêîe Rey;
Хx 2 veres
-

Liurox VII. Da Monarchia Luſitana.


Rey, veremos que no corréte tra |. Pedro Gonfalues Comëdador
tou devnir à coroa do Reyno a da Ruya, & de Leiria.
Villa, & Catello de Almada tão Ayras Gomes Comêdador da
importante para a defenfaõ, & 'Goaàalcanar. ¬
boa vifinhãça de Lisboa poretar Ioão Gomes Comendador da
em firio forte fronteira a ella, & fonte do metre.
fer chaue do Tejo por aquella Martim Annes Chança Co
parte. Tinhão della o ſenhorio a mendador de Palmella.
Ordem, & os Caualeiros de San Fernão Martins Pipellas Co
tiago por doação delRey D.San 'mendador de Sefimbrâ. '
cho Primeiro.Não pareceo bem Fęrnáqde Ruyro Comēdador
a elkey D.Dinister hāa villa, & de Almada. * . .
catelló tal fora de fua mão,pelas Efteuão PeresAluafin Come
razoêsapontadas. Trabalhou cõ dador de Cabrela. . . -

1.3 fila o Metrºp.João Olores, & mais -


. Rodrigue Annes Comédador
- -

. . . .
canaleiros, que aceitafé em tro de Eluas: :
caälmodaliuar,Ourique,comos Gonfale Annes Comendador
Caſtellos de Marachique & Al do Algarue.
ja,១gue ºfacāodanda Fernão Gonfalues Comenda- .
ainda mais à elRey o padroado dor de Aljuftrel, º -

de Sáta Mariado Outeiro de Life 3 Rodrigue Annes Comédador


boa. Derañfeu conferimento os depatidyas e ii ! . .
Comendadores feguintes,&eon * Gil Martins Comendador de * -

firmarão os Riços homens, offi Gaും.: ; :; '1: ; ; ; ;


ciaes, & Prelados que veremos, … Martim Gato Comendador
que por fer efcritura do fim do de Segura.… * ~.。
º -r

anno, ficatâ comiftonoticia dos ¿Algús dos nomeados faõ ca


--

que eñtão auia. …e, j':


felhabos, 4 vinhão em cópanhia
º

Lourence Annes Comédador dº Metre D.João ofores o qual


de Orelhà, ny, i. egº tsar ::::::- depois ainda da Ordem etar (e-
ງູ Co㎜enda parada da de Caltelló,como frio:
dori Šantiago de Cacem. 1: ... } stramos, tornoua gouerhala com
tº Fºàgr. Prior de Vcles.º, ...tº beneplacito delRéy Dom bins,
-

a quem foi mui aceito, & em feú


Mertola, ſº ... ! ံ့ continuou muito em Por
; Giralde Annes Comendador tugal. Dom Lourence Annes foi
de Alcácer. 21,
ſº º "i: deipois Mefire ¿eSantiago nefte
. Garcia Rºdrigues Gomenda Reyno, de que falaremos adiante,
dor de Ferreira, "…..… s. e., & de fua familia.São os Castelha
; : & 2 ºz.
1IlQS
ElRey Dom Dinis. 26;
nos o de Vcles, Goa dalcanar, como de feito elRey lhe confira
Fonte do Meftre, & Segura. Fer mou na propria Cidade a fete dé
não MartinsPipellas pareceferD. Dezembro dete anno.
Fernão Martins de Nouaes,&Cu Por etememo tempo que el
rutelo, quefoipríuado delRey D. Rey eteue em Lisboa, deuia en
conde D. Sancho o Brauo de Catella, &
trar em Portugal Dom Pedro de
*** porete tempo entrou na Ordem Aragaó, meio irmão da Rainha
de Santiago: chamarlhehião de Santa Ifabel, filho delRey Dom
alcunha Pipellas. -

Pedro de Aragão feu payy de D.


Os Ricos homés,& Prelados faõ. Ines C,apata dama illuſtre. A oca
O Infante Dom Afonfo. fão qteue para vir bufcar o em
D.loão Afonfo Mordomo mòr. paro delRey D. Dinis,& da Rai
D.Martim Gil Alferes. nha fua irmãa, foi, que deixando
D.Ioáo Rodrigues de Britteiros. elRey DöPedro a cidade de Al
D, Pedre Annes Portel. . barrazin a Dona Ines, & a feus fi
I).Fernão Peres de Barbofa. lhos; Dom Ioão Nunes de Lara,
D.Louréço Soares de Valadares.
D. Ioão Mendes de Britteiros.
器 por fua mãy tinha direito ao
P).Martim Afonßo;
enhorio della, veio aconcertos …izu,
efte anno cöelRey D6 Iaihe, & §.c.jz.
D.Ioào Fernandes de Lima. pedio lhe fizeffe entrega daquella
D. João Gonfalues. +:
Cidade. ElRey DöIaime impor
Dos Prelados não ha mais dif: taualheter por fi contra Catella
ferença das elcrituras paffadas, á a Dom Ioão, & veio facilmente
entrar D. Ioão Soares Alão eleito no que pedia, mandando no fim
Bipo de Silues, firuindo atégora de Ágoto a Dom Pedro Fernan
num lugar dos clerigos delRey. des, fenhor de Ixar,que perfuadifº
Nomeãofe maisIoão Simhõ Mei fe a D. Ines a deixar Albarafin,
rinho mòr em cafà delRey. E Mé & aceitar outra recompenfä.Não
Rodrigues teête as vezes deMor pode ella fogir ás inftancias del
demo.He de aduertir, que atro Rey,a quem largou a Cidade pa
cafe não deuia de efeituar fenão ra a dar a Dom Ioâo, & defpois
no anno feguinte,como veremos. vio para fi& feus filhos pouca fă
A repeito deta troca que elRey tisfaçaõ. Dom Pedro que enten
fez com os Comédadores deSan deo melhoraria pouco na Corte
tiago,trataraólogo os moradores do irmão, defenganado comete
de Almada, vendofe encorpora lanço, deixou aquelle Reyno; &
dos na Coroa, de que elRey Dö. aindaú em Sicilia tinha a elRey
Dinis lhe cõfirmafe o priuilegio Dõ Fradique feu irmão; etauão
que tem de vifinhos de Lisboa, tãotrabalhofas as coufàs de Sici
Xx 3 lia!
-

Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.


lia naquelle anno, & o forào nos Nefte me{mo anno acho tam
feguintes, q lhe não pareceo con bem o appelido de Nogueira em
ueniente bucar commodidades, pefoas de muita qualidade. Afe
aonde faltaua (offego, & feguran te de Feuereiro fez doaçaöDona
ça. ElRey Dom Dinis com a no Sancha Pires de Pereira, viuua de
ualiança de Catella, & grande Ruy Pires de Nogueira, da ame- -
reputação em que viuia, & libe tade de hum cafal que tinha, com
ralidade que todos nele achauão DonaMargarida Peres de Porto
conuidoua Dom Pedro vir a efte carreiro no lugar à chamào No
Reyno,aonde elRey o honrou,& gueira do julgado de Seuer, a fua
accommodou conforme a filho fobrinha D. Fruilhe Annes Re
delRey (eu fogro, & irmão da donda, monja de Arouca. Gonfa
Rainha fua mulher. . . . . . le Annes Nogueira, & loão No
Cafou Dom Pedro de Aragaõ gueira feupay nomea o Conde D.
cºd. Pº reſte Reyno cõ Dona Conſtança Pedro por efte tempo, & diz que Thaº.
Pºe tº?.

*;ー)● Mendes Petite, filha de Dó Ete D.Guiomar Gonfalues,Noguéira


uão Mendes Petite da familia dos eftaua cafada com Gonfalo Pires
Siluas,& de D. Conítanga Afon Fafião,& Auelal. Era ella filha de
fo da Cambra, pefoas illutriffi Gonfale Annes, & neta de loão
mas, Teue Dõ Pedro hum filho Nogueira. Deuião de tomar efte
chamado Dô Afonfo de Aragaõ, appellido do fenhorio daquelle
9 qual cafou com D. Maria Nu ligar de Nogueira. Ojefe cónfer
nes Cogominha, filha de Nuno ua efte appellido;&principal mor
Fernandes Cogominho, & de D. gado, que heo de São Lourenço
Margarida Aluarnaz, natural de de Lisboa, vnido aos Brittos no
Lisboa. Viuião ambos pay, & fi cafamento de Violante Nogueira
lho no anno de mil trezentos & proprietaria delle cô Ioao Afon
quatorze,em que a Rainha Santa fo de Britto,& agora emcorpora
Ilabel fez o primeiro tetamento, do com o de Santo Efteuão de
& deixaua eta manda. Item mam Beja, que he dos Brittos aos Vil
do azºom Pedro meu irmão,ºra/eufi condes de Villanoua de Cerueira
lho qualquer deles que por minha morte pelo cafamento de Luis de Brit
ficar millibras. Outra familia ouue to com a Vifcondefa Dona Ines
ºfiº4• em Portugal de appellido deAra de Lima: & aſsi retem os appelli
gaó, que procede de Martim de dos de Lima,Nogueira,& Britto,
Aragão hum ို႔ႏိုင္တို႔ႏိုင္ငံ
VeO a por femeas os dous,& o de Britto
ete Reyno com a Rainha Dona por baronia.O morgado dos No
Dulce mulher delRey D.Sancho gueiras de São Lourenço de Lif
Primeiro. boa intituio o Metre Pedro Me
dico
ElRey Dom Dinis. 363
dico delReyDom Dinis, que,co • Gallegos,& fendo recebido netá
mo vimos,ſeruio de ſeu Chança Cidade com notauel demontra
rel môr, & o foi defpois da Rai çaõ de tão leaes vaffalos, teue a
nha Santa: no capitulo 2 5. do li dui a feita do Natal, & a maicr
uro dezafèis demos a efcritura, parte do Ianeiro feguinte do anno
em que ele he nomeado já por de mil duzentos & houenta & oi
Metre Pedro de São Lourenço, to, em que agora entramos, A
de Lisboa, tanto era conhecido quatro dete deu foral à villa de
pelo morgado, que ali intituira: Öliuenga, & a finco á de Ougue ‫ن‬L* fal.l
.%(agifter Petrus de S. Lauritis Vlie la, que foi o mefmo da cidade de
bon. Não deroga a nobreza do in Euora, &a Oliuença o de Eluas. ۱۱ ‫ ده‬۹ ‫و‬
ſtituidor a profiſſa5 de Medico Em oito de Março achamosa cor ------
itisti
-
**-

etimada em tanto naquelle mef> te na villa de Santarem jà de aſ - º


mo tempo, como motrarão São fento, aonde elRey oito dias anº i.வி.க்
Frei Gil, & o Papa Ioão Vinte & dados do mes fobredito deu a Al
hum natural de Lisboa,que forão bergaria das Caldas, qué tiuera
Medicos por profifaõ, fendo das Domingos da Vifela,a)Pero Do
principaes familias de Portugal, mingues...De vinte é feis de Feue
como fè tem neta efcritura bem reiro partitia elRey paraieflaVil.
prouadd. - -
la,á atè então afsitio em Lisboa.
. Aqui em Santarem vierão os
:

C AP IT. XXXXIIi. - \ Embáixadores de Caftella pedir


focorro da parte da Rainha Do
na Maria, & feu filho, com carta
Vem Embaixadores deCa tambem dos Pouos, que em Val
fella pedir/ocorro a elRey ladolid fe tinhão ajuntado em
D.Dinis, o qualſe difpoems Cortes. Não deixauão os contra
para esta jornada, é faz iios delRey D. Fernando de pro
feguir em fua demanda, infetan
Conde a DõIoão Afonf) do todos os lugares que lhe eraõ
de Albuquerque. obedientes. Eftrauäö anno,&ef.
perangas de que a liga do Infante
# Inha chegado elRey Domloåo,D.Afonfö de Lacerda,
# Dom Dinis com toda Dom João Nunes de Lara, & el.
碧罗 a Corte a Lisboa ale Rey de Aragão com a parciali
**** gre com o cafamento dade de muitos mal contentes do
de feu filho, & não menos pelas
Reyno de Catella puzefem em
entregas de Campo maior,"Ou. grandes rifcos a elRey D.Fernati.
guela, Oliuença, & Saõ Felifès de do Tinhão vito como exemplo
-
XX4 bioš
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
dos annos pafados quanto impe nos ajuntamos por/* mandado acorda
dio aos contrarios a aſsiſtencia mos de»osfazer faber lo que fue hypue
delRey Dom Dinis, & como cõ fio,é ordenado defazenda atláeynujiro
a noua liança o prefumião mais fenhor, y del fado de la tierra a/éruicio
propicio, fè re(olueo naquellas . de Zios, è ſugo, è a enderegamento de
Cortes mandarlhe Embaixado /*/enhorio,é defus Keynos, esteporque
res, ſignificandolhe o aperto em /omos ciertos, que por el grande amor
que con el auedes, e con la Reyna/u ma
體uecorria
eſtauaõ, & a obrigação que
de acudir à fazenda de dre por los grandes deudos, y buenos que
fèu genro, & filha. Defpediraöfe em ynoauedes temedes lafufaxiendapor
Chron. del os
-

- -Embaixadores,que foraõ Dom


- -
умеfira, yfomos/eguros que auedes a co
», Б. Ioão Fernandes o de Lima,que o ragon de guardaré leuar adelante la fa
fámilº e anno pafado tinha folicitado os honra, afi como la puera mima, é/e-
“º cafamentos, & por efa caufa era ñor fobre fa razom mandamos allá a
cà bem aceito,& Alonfo Michael ‫ م ه وهر‬/ 60/62ttchel
yef d.(pan/ro
led
dipenfeiro do me{mo Rey Dom nuefrofeñor, que vos muere fas co/as
Fernando, eleito pelos pouos de denuefirapartema complidamente,que
Leão. Trazião cartas delRey D. nºs lopodiamos embiar adezir por car
Fernando, & da Rainha D. Ma ta,è фигури pida merced demuetrapar
ria fua mãy,& tambem daRainha te, que tengades por bien de venir por
Dona Conſtança filha delRey D. vueiro cuerpo aiudar a nuefrofeñor El
Dinis,em que apertadamentelhe Žey. (¿feñor por como agora/e endere
pediáo fauor,& ajuda. Das cartas gafxiendá delZey, yloado a Zios a los
dos Reys não pude alcançar co /us enemigos ya cada díapeor, famos en
pia,da que os pouos e{creueraõa lº merced de Zios,que vºs veniendo em
chei original na gaueta daspazes, ſu ayudaperſonalmente con elvueſtro bue
& contem a leitura que fefegue. entendimiente, y layuyira buenoventu
JAlmuinoble,ymui alto/enor Zon ramucho ainaſe deſembargarà laſa tier
Zinis por la gracia de ZDios Rey de Por ra detus guerras, y defos malos bolicios
tugal, y del Algarue. Nos los caualle. que andan hy, é tornarán en afoiego, y
ros, y los homes buenos poroneros de la en buen ado. Efeñor en gs fazedes
hermandad de las billas del Reyno de coſa фие todos los del mundo»os loarán,
Leon beamos vustras manos, e enco é feräßempre a mwygrande yuffra hon
mendamomos en vura gracia,? como ra,y de los que devos »inieren, é nos te
de enhor, para quien defeamos mucha ncrueloemos en merced, Eporque dio
»!da confalud,yion honra. Señor,fും Jeades cierto,imbiamos»os fa carta/eel
mosuotſaber, queem ºftas cortes 4иетие lada con el feello colgado de la herman
ſtroſener elſºey Zon Fernandofigo ago dad Fecha en Valladolid deze de 2tar
ra en Valladolid a que venimos nos, cos
‫۔‬---‫خ‬
l
º Era de 1336 años. Reebeoc

ElRey Dom Dinis. i83


Recebeo elRey a carta, 3 cd Catella, que em tempos duuido
muita breuidade deu a repoſta, fos negocea bem o Principe, que
prometendo que para o São Ioão com èſtranhosfabe defpeñder em
etaria com o maior poder de ſeu vtilidade propria. A forma da , .‫ؤ‬.lif.‫ؤ‬
Reyno emCatella,& depedidos carta porqueihedeu o Condado"
os Embaixadores começou a or heeta. Zº.Zinis, cºc. A quantos
denar o apreto da jornada, & a ¢ffa carta rviremfao/aber, que eupor
encaminhar as leuas para Riba de feruijo gue me Z. Jozo Afon/ofez, ఆ
Coa, que era á parte por onde a porque ofiz.Conde, doulhe a minha villa
uia de entrar em Catella. de Zarcelos com futermº, que elajá
Döloâo Afonfo de Albuquer. em todolos dias defua vida bem, @ 5
que Mordomo mòr del Rey era pridamente com todolºs meus direitos
pefoa de tanta qualidade, & me que euhyei, é de direitº deusauer. E
recimentos,& auia dado taõ boa mando aos moradores de/a Villa, que º
conta de fi do trato dos cafàmen tenh㺠nº lugar em que terião º meu
tos o anfio paffado, & na entrada corpo,@c.. " . . . -- -

em Catella com o focorro dos # Efte Conde Dom foão Αfonίο


trezentos caualeiros Portuguetes; de Albuquerque Telles & Mene
que elRey DomDinistinha man fes foi o primeiro a que em Por
dado em focorro delRey DõFer tugal (abemos Condado certo, á
nando feugenro; 蠶 naó podiafuppofto do principio do Reynö
acharfe peitoa nete Reyno de atêete tempo achamos muitos
quem confiar huma acção detas Condes com titulo, naó fabemos
com mais fegurança.Todauia co em efpecial a terra defeu fenho
mo clRey âüia deir peffoalmen rio, nem ainda o Conde DõGon
te, quiz que fuppotó o acompa falo de Soufa Alferes mòr que foi
nhaua Dóm loão Afonfo, entraf do me{mo Rey Dom Dinis,& ca
ក្ញុំ fado có fia irinãa Dona Lianor,
···· fado a feu feruiço, com talaëre (abemos de que terra o fizeraõ
centamento, 4 fofe aualiada fuá Conde, aindaque de algüas fuas,
mudança por bem & defua mulher aja noticia.Não
pois era para feruiço de quem afº duuido que fofe Conde de Bar
ſi melhoraua ſeus confidentes. : cellos;8¿ que por vagár o Condã
Antes que nefta occaſia6 pár do por morte delle, o proueo el
tife de Santarem, etando neta Rey D. Dinis em D.João Afonfo.
villa a oito de Mayo, o fez Conde Poffmorte defte Dom Ioão con
de Barcellos,8 com eſte. Conda tinuou Barcellos ſempre com ti
do que lhe deu, grangeou a afei tulo de Condado, fazendo elRey
çaõ de muitos Ricos homens de Dö Dimis merce delle ao Conde
-- - - --- Dom
, Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
DõMartim Gil de Soufa feu A1, de Barcellos para osfilhos primo
feres mór: por morte do qual o genitos dos Duques de Bragãça.
deu o mefmo Rey ao Conde Dô
Pedro feu filho batardo. Ao Cõ Ο ΑΡΙΤ. ΧΧΧΧΙΙΙΙ.
de Dom Pedro fuccedeo naquelle
Condado por merce delRey Dó Da partida Del Rey para
Pedro o Conde Dom Ioão Afonfo
Tello,irmåo de D.Martim Afon Caſtella, è ſucceſos da
fo de Albuquerque Tello,& Me jornada até Sala
nefes, primo com irmão do pri 鉄/y% 2/ys
meiro Conde de Barcellos Dom
João Afonfo de Albuquerque, & # Staua elRey Dõ Dinis
Conde que tambê foi de Ourem # empenhado na promef 1298.
por merce delRey Dó Fernando; 劉 છે. તિ de fe achar pelo São
aeſte ſuccedeo oGonde D.Afon - * Ioão em Catella, &
fo Tello de Menefes feu filho em não faltou na palaura; porque a
vida ainda do pay, & por morte vinte & finco de Iunho eſtaua jà
-defte,deraõ o Condado a D. Ioão na cidade da Guarda, aonde deu E.; fig
Afonſo ſeu primo, irmão da Rai foralàvilla de Catelmelhor,que
nha Dona Lianor. ElRey D. loão foi o me{mo q até então tinhão:
|o Primeiro, por feguir efte Con A Rainha de Catella Dona Ma-º
de Dom Ioão as partes de Catel ria com elRey feu filho, & a Rai
la, & morrer na de Aljubarota, nha Dona Conftanga fua nora
deu o Condado de Barcellos ao partiraõ de Valladolid no me{mo.
·Condetable Dom Nuno Alua tempo, & vieraõ efperalo a Ciu
Fes Pereira a oito de Outubro de dad Rodrigo. Neta cidade eta
mil duzentos & oitenta & finco uajà elRey Dom Dinis com boa Chrow. de
etando na cidade do Porto, Car parte de feu exercito: porem co-f?¿?
fando ofenhor Dom Afonfo filho
mo as tropas que faltauão (e não “rº
do mefmo Rey Dom Ioão com a podião juntar em menos que oito.
fenhora Dona Brites Pereira filha dias, deteuefe elRey aquiatèque
do Condetable, lhe deu elle em chegafem, & ficou a Rainha Sã
dote o Cõdado de Barcellos. Em ta I[abelna villa do Sabugal,para
tempo delRey D.Afonfo Quinto daquella fronteira dar expediente
alcanfou o fenhor Dom Afonfo no que foffe neceffario;& como a
o Ducado de Bragança,& affida ditancia era tão pouca, foi a Rai
li adiante ficou o Códado de Bar nha Dona Maria leuando em cõ
cellos incluido naquella caía, átë panhia feu filho, & à Rainha Do
que fe concedeo titulo deD uques na Confiança ahūlugar da raya
de
ElRey Dom Dinis, 264
de Caftellà, que chamáo Fonte tugal, iremos vendo, & o procè
Ginaldo,aonde a Rainha Sãta Ifa dido tambem no retante deſtà
bel tinha pedido que (e viflem. jornada. -

Detiueraõfè as tres Rainhas dous Depediraõ{e as Rainhas em


dias nete lugar com grande ale Fonte Ginaldo,voltando a Portu
gria fua, & cõ as demontraçoês gal a Rainha Santa, & a Ci, dad
de filha, & confogras; concorreo Rodrigo a Rainha Dona Maria.
muita gente de Portugal, & Ca Dilataua elRey Dom Dinis a par
ftella a eta vifita para verem as tida, porem as inflancias da Rai.
duas Rainhas, que entaö eraö ce nha D.Maria o obrigarảõ a pafar
lebres na Europa,a Rainha Santa a Salamanca, gatando oito dias
Ifabel em Santidade, & a Rainha mais neta viagem. A quinze de
Dona Maria em valor,& pruden Iulho tinha elRey chegado a Sa
cia. Os Portuguefes fe admiraraõ lamanca, & como naquelle Rey
do valor daqüella Princefa, & os noviuia Dona Tereja Gil, tia do
Caſtelhanos veneraraõ a fantida noffo Alferes mòr Dom Martim
de, modeltia, & religião da nofa. Gil, acudio ella logo (como Por
Afeguraraõ todos as efperanças tuguefa) a beixar a maõ a elRey,
que tinhão da noua Rainha Do & ver feu fobrinho Dom Martim
na Contança,conhecendoa filha Gil,& a muitos fidalgos parentes
de tal mãy,& nora de tal Rainha. feus,que acom panhauaõ a Corte.
Defpois moftrou o tempo que fè Tinhalhe elRey DomSancho fei- º
não enganaraõ. Nete prefente to merce da vila de Mouraõ,que
valeo muito a piedade da Rainha nas pazes do anno paflado (e mã
Santa Ifabel, para acomodar as dara entregar a elRey Dó Dinis;
coufas na melhor forma poísiuel; contudo repeitãdo elRey a quạ- t.3fl.4
& a fagacidade da Rainha Dona lidade de D.Tereja,& feruiçosde
Maria as encaminhou em forma, feu irmão, lhe confirmou apofe
ue quando naõ desfez as forças da me{ma Villa naquele dia de
慢 feus contrarios com o noffo fo quinze de Iulho que diffemos, cõ
corro, ao menos defäiou os inten claufula porem que voltafe à Co
tos,q por elta via lhe prometião roa por füa morte. Faleceo efta
igualdãno. Eta degraça acom fenhora no anno de mil trezen
panhou fempre aquella Rainha tos & fete là em Catella, aonde
perigar igualmente com os vale fundou o moteiro das Religiofas
dores, que com os inuafores de de Saõ Domingos da Cidade de
feu eftado.Os motiuos que agora Touro, como elcreue Frei Ferná.
concorrerão para não lograr grã do de Catilho na Chronica de
des fuccetfos cõ as forças de Por tafagrada Religão. Por eta ''
d
Liuro XVII. Da Monarchia Lufitana.
fa fendo Abbadeffa defte moftei A villa de Mouraó,de que ella
ro Dona Leonor, filha do Conde era (enhora, eftâ alé do rio Goa
de Albuquerque DöSancho, ca diana em fitio eminente, quati
fado com a Infanta Dona Brites,
meia legoa para a parte de Ca
filha do nofo ReyDom Pedro,& tella; terà perto de quatrocentos
de Dona Ines de Catro, & neta vifinhos. O catello, & muralhas
por feu pay del Rey Dom Afono faõ ao antiguo, mas fortes. Reco
Onzeno de Caftella, aindaó ba nhece Mouraõ por feu procura
tarda; que não fabemos à noffa dor a Dom Gonçalo Egas, Prior
Infanta Dona Brites outra filha do Hopital em Portugal, no an
daquelle cafamento mais que a no de mil duzêtos & vinte & feis,
Condeffa DonaLeonor, que cha deulhe carta de foro em Mayo
maraõ, a Rica hembra, Rainha defte anno, cöcedendolhe o me!-
que foi de Aragaõ, mandou por mo foral de Euora. Etaua Dom
feu procurador Frei Eteuão na Gonçalo Egas então no Crato,
tural de C,amora pedir a elRey como conta da firma,que diz af
Dom Ioão o Primeiro os rendi fi: Faéta pagina'im mem/?.Xaij apud Gauetak
mentos de fazêda, que Dona Te (ratum ſub Era 2t. (C. Latiti. Egorrori
reja lhe deixou na Bracarena,ter Z). Egee humilis PriorHoſpitalis in Por-villa:
mo de Lisboa. Foi ifto no anno tugalia, yna cum Capitulofratrum H/
L.1, doid
reitos Reae; de mil & quatrocentos & vinte pitalen/um. Feita a carta no Crato
/* #;" & quatro. Mas apurandofe one no mez de Mayo da Era de mil
gocio, fe achou ferem liures a duzentos & feflenta & quatro.Eu
quelas propriedades doReguen Dom Gófalo Egas humilde Prior
go delRey, & a efte repeito lhe do Hofpital no Reyno de Portu
mandoudar por efmola vinte mil gal juntamente com o capitulo
reisbrancos. Deuia Dona Tereja dos Freires da mefma Ordé, &c.
Gil ter refidencia mais continua
Defpois de pouoada a Villa de
da emValladolid,& por efa cau Mourão, foi víurpada com as de
ſa deixou memoria naquella Ci Moura, & Serpa pelos Reys de
dade, onde fe conferua feu nome Caftella, como fè deixa efcrito
em hum bairo, & húa porta del em varias partes deftahiftoria,&
la, que chamáo o bairo de Dona agora fendo reftituida,a teue efta
Tereja Gil.O Metre Yepes acla Bona Tereja, que a trazia por
Cent:7.ad rou ifto cõ occafiaõ de falar nel cõcefaõ delRey D.Sancho, com
º, II4 3. la em hum aforamento de fazen
tap.3 º
quem teue cõueríação, como diz
da, que o Abbade de Elpina da o Conde Dô Pedro no tit.16. Dö
nofa Ordem lhe fez no anno mil Afonfo o Sabio adeu à nofſa Rai
duzentos oitenta & noue. nha Dona Brites, & ella a doou a
Dom
El Rey Dom Dinis, 13;
D6 Raymundo de Cardona, co fuccefores, & a tem ao prefente
mojã difemos: mas elRey Dom Pero de Mendoça, fidalgo bene
Sancho, naöjulgando valiofis as merito, pelovalor, & zelo com
, doaçečs de feu pay,a deu a Dona que principiou, & executou a re
Tereja, como parece: ftituição delRey DJoão Quarto
· Depois della morta comprou noflo fenhor, & a liberdade defte
D. Raymundə de Cardona a vil Reyno. - - -

1.3. da la de Mouraõ por feis mil libras, Tornando àjordada delRey


#:
*fel, Ès
que lhe empretou Iudas Arabi Dom Dinis, ele eteue oito dias
rhör dos Iudeus, fendofeu fiador em Salamanca, dilatandofe por
Mem Peres de Oliueira vaflalo e{perar ao Infante Dom Hérique
delRey.Pafioufe o tempo limita feu tio. com quem determinaua
do fem que D.Raymüdo de Car fazer compofiçaõ entre elRey
dona pagaffe,& afsi mâdou elRey Dom Fernãdo, & o Infante Dom
D.Dinis pórem venda a Villa, & Ioão, & a ete fim fufpendia a
langando nella hi Martim Silue guerra ofenfiua, trazendo teme.
ftre de Monarás, a tomon elRey rofo a Dom João, & afeus parº
Pelo preço, & a emcorporou na ciaes com tanto poder, & depen
Coroa, em que andou atè o anno dente a elRey Dom Fernando,
de mil & trezentos & treze, em pelo que eperaua de fuas armas.
<;ue elRey D.Dinis a doou outra Entretinha elRey Dom Dinis a
vez a Dom Raymundo, & a feu ambos com tenção de os con
filho Dom Guilhem de Cardona, cordar, em forma que diminuin
& com eftas noticias felia de aju do feugenro elRey Dom Fernan
N ftar o á difemosnos capitulos 48. do, ficafe Portugal com a vifi
& ỹo do liuro antecedente. Tor nhança de Catella menos pode
inou por falecimento dos Cardo rofa, & melhorado por fua via o
nas à Coroa do Reynoeta Villa, Infante Dom Ioão, lhe ficafe de
em que andou até o anno de mil uedor, & dependente. Intentou
quatrocentos & oitenta & oito, pois elRey Dom Dinis, que o In
no qual elRey D.Afonfo Quinto fante Dom João ficafe herdado
a deu ao Principe Dom João feu no Reyno de Galiza, elle, & fèus
filho, No anno antecedente go" defcendentes, & que a cidade de
uernando ete Principe em aufen Leão, de que ੰ eitaua de
cia de feu pay, deu a Alcaidaria pofe,a tiuefe em fua vida, & por
môr de Mouraö a Diogo de Mč fua morte viefe a elRey Dom
doça, fidalgo q lhe era mui acei Fernando. Por etavia lhe pare
*o, & defte tempo adiante conti cia que acomimodaua ambas as
nuou por confirmação em feus partes fêm oiienta da
Yy
jಾಗಿ е
Liuro XVII. Da Monarthia Luftana.
de qualquer dellas, & aindaque elRey D. Dinis, fe conhecerá que
feparando o Reyno de Galizada replandeceo nete lanço fua pru
Coroa de Leão, & Catella era deñcia, & generofidade.Tanto á
deixar a Rainha fua filha, & a el o Infante Dom Ioão oube, que -

Rey ſeu genro com hum Reyno elRey hia de Portugal em fauor
menos, parece qfe pagaua mais de Catella, & que tinha ehtrado
de ter enfraquecido hum vifinho, com taõ poderofo exercito por
que huma filha rica. O Infante Ciudad Rodrigo,mandou a Dom
Dom Henrique era homem que Rodrigo Aluares Oforio canalei- . .
netas mudanças pretendia ga ro, o qual pelas intrucçoês que
nhar, & ainda as folicitaua para trazia deuia praticar a elRey da
ete efeito, conhecialhe elRey o parte de Dom loão feufenhor,&
humor, & afsi efperou que élle dizerlhe... # : -
chegaffe, paraque com autorida - Que bem fabia Sua Alteza
de de Tutor del Rey Dó Fernan como elle Dom Ioáo etaua Rey
do efeituaffeo á elRey lhe pro pacifico de Galiza, & ainda no
pufeffe. ' ' . . . Reyno deLeão tinha porfiaquel
la Metropoli, & outros pouos, &
CAPiT. xxxxv. que fe introduzira com tantaju
ftiça, como era ferlegitimo filho
delRey Dom Afonfo, do qualel
Das caufas que alrey Dà Rey Dom Fernando era neto não
IDinis teue para intentar legitimo, ponto que jà tinha ou
elRey Dom
ι.072ίβ}"705 ί0% tra vez allegado;que e elRey Dó
Fernando, é- Infante D5 Fernando era ſeu primo, 8 gen
ro, ele era tio, & por etavia lhe
Ioão, & do que corriaö grâdes obrigaçoés defa
refultou. uorecelo: maiormente quefuftë
tandoono Reynointerefauatá

1298.鷲 懿 Arecerâcoufa alheado to, como era ter hum vifinho o
凱塔 3 primor,& caualeriade brigado a fua parcialidade.& dei
äjW3Ğ hü Principe empenhar xar a Catellafem forças para in
豎恩 * feu poder para focor quietaros confinantes, que era o
rer a outro, & fazer guerra a feus que a Portugal mais cônuinha.
contrarios, & variar defpois no Que elebrae ter legitimado os
modo do focorro,fazendo pouca filhos do Infante DõAfonfo feu
offenfa ao oppofitor, que fè pre irmão para herdarem fuas terras,
tendia defapofarmas bem vitas o que feria grande defraudo da
as confideraçoês, que moueraõ a · Coroa de ſeu Reyno; que elle Dö
Ioão
-

** - - -
* ... - i.

leão tinha filho com o qual podia nha Dona Vrraca fua filha mais
calar huma das filhas detelnfan moça, & conforme a ifto podia
te, & ficar Rainha de Galiza, & elle Rey D. Dinis repetir aquelle
com ifto defobrigado elle Rey direito, maiormente achando cõ
Dom Dinis a acomodar eta fo tencioſa, & duuidoſa a ſucceſſa5
brinha: & ainda as outras irmãas de outros pretendentes,& que pa
alcançarião no Reyno de Galiza ra mais ofölidar lhe renunciaria
outrosetadoscõ que aliuiafema o direito q tinha, cõ que menos
Portugal. E que vendo o Infante :fè ïënhoréaffe de Galiza, & def.
o affecto com que elle Rey Dom pois lha deixaſſe logiar aceitan
Dinis lhe procuraua comodo tal doa de fua mão como valialo, á
para a filha, lhe ficaria fogeito,& era, ou parecia pouca prudencia
grande amigo,& liuraria a Portu | empregar exercitos copio(os pas
gal das inquietaçoês ciuis, que ra focorrer hum parente, & não
-defcontête fempre mouia;&que acquirir hum Reyno para fi, quã
não temefefer notado em faltar do lhe pertencia com titulo taõ
afeu genro, & filha na conquita razoauel. Que não reparafe em
de hum Reyno, que podia acre - dizerem osCaltelhanos eftar nel
centalos, antes feria louuado, fe les a direita fuccefaõ por defcen
tendoos ja pacificos fenhores dos dentes de Dona Vrraca, filha le
* Reynos de Čaſtella, eſtãdo a cau gitima delRey Dom Afonfo, do
fa taõ, litigioſa, o aquinhoaffe a qual a Rainha Dona Tereja era
| elle no de Galiza, feiido taõjuíti batarda, porque eta Rainha D.
ficadamente pretenfor de todos, Tereja era filha de matrimo
. Mais lhe diria Dom Rodrigo, nio de boa fè, & como tal lhe
ing quando totalmente não qui competia a herança com prefe
zefe fauorecelo, & fazelo Rey de rencia a fua irmãa mais moça,
_Galiza, ao menos o conſeruaſſe aindaque filha de legitimo matri
: por toda avidano ſenhorio della, monio; & que bem o podião cõ
o que podia fazer com maior vti feffar os Caſtelhanos quãdo pre
lidade da Coroa de Portugal,por feriraõ a elRey Dom Fernando
efta maneira. Que bem fabia to filho de matrimonio não sô não
'da Hefpanha como os Reys de legitimo, fenão não difgenfado,&
Portugal tinhão acção aos Rey . declarado inualido por dous Pö
nos de Leão,& Catella como def tifices, a elle Dom Ioão, que era
cendentes daRainha Dona Tere4 filho delegitimo matrimonio. E º
ja filha mais velha delRey Dom que pois Catella affentaua que o s"
Afonfo Sexto, do qual os Reys de valor do matrimonio putatiuo
Caftells procedião porvia daRai daua jutamente a ucceaó a el
Ууз Rey
Liuro XVII. Da Monarchia Luftaun.
Rey Dom Fernando contra hum dirimindoe o matrimonio del
pretendente nafcido de legitimo Rey de Aragão Dom Jaime º
matrimonio, fentenciaua á cau- Conquitador, & da Rainha Do
fa de Portugal contra fi, dando a na Leonor, Infanta de Caftella,
preferencia à Rainha Dona Te- fofe contudo herdado o Infante
reja, & afeus fuccefores. Nem Dom Afonfo filho deles, & Pre
tinhão que recorrer os Catelha- ferido aos filhos, que Dom Jaime
nos a dizer, que bem podia hum teuedafegunda mulher D. Vio
filho de matrimonio de boa fé lante, que foi legitima, & a não
preceder a hum tio de legitimo morrerete Infante;Dom Afonfo
| matrimonio, que era o calo delle auia deficar com a melhor parte
-Dom Ioão coñ elRey Dom Fer- ao menos daquella Coroa.Achá
nando feu fobrinho, mas que húa do e o nofo Infante Dom Pedro
filha de matrimonio de boa fè o dos Martyres de Marrocos, fi
' derimido, naó podia fer preferi- lho delRey Dom Sancho o Pri- .
da a outra irmãà filha do mefino meiro em Aragaõ,aonde foibem
-pay, & delegítimo matrimonio, -herdado, fe acoftou ás partes do
-

como fe via nas Rainhas D. Te- Infante Dom Afónfo,&o fauore


reja,& D. Vrraca. "" ceo neta pretéção contra elRey
, … Efta repota dizia Dom Ro- Dom Iaime, como efêreue Iero ibid.41.
- drigo Oforio, que não tinha for- nimo de Zurita; & deuia obrar
ºça, por etar em contrario a pra- neta parte pela pratica que em
.tica de Efpanha, como fe vio em Portugal corria do cafo da Rai
elRey Dom Afonfo deLeão,filho nha Dona Tereja fua bifaró.
delRey Dom Fernando,& da no Etas razoés que Dom Rodri
-{a Infanta Dona Vrraca, o qual go Aluares Oforio propos a el
, herdou o Reyno, fendo aqüelle Rey D.Dinis, & aos de 醬 confe
-primeiro matrimonio dirimido, lho,andauão entre os Portuguefes
& tendo elRey Dom Fernando bem difcutidas, tuppoto que em
feu pay filhos legitimos dos ma- quantofe não tomaua refolução,
trimoniosfeguintes. - "" fé occultauão.Applicada a nego
º "Nem fe podia dizer fer acção ceaçaõ por via de Dom Rodrigo,
defeito, & não de direito,porque -& repetido tudo no confelho del
cóm. alegaçoês de direito pro- Rey, fizeraõ reparar mais na ma
"potas pelo Arcebipo de Toledo, teria, & não achauão pouca ra
ºitº". & outros letrados em cafo femé- zão ao Infante Dom João, em for
*** Ihantealcãçaraõos me{mos Ca- ma que elRey Dom Dinis fe vio
felhanos, valendofe do direito q quafi refoluto a cóformarfe com
da o matrimonio de boafe, que ete parecer,o que pudera execu
-- ** * - tar
. . . . 267
tdr facilmente,porter grande po para fias melhoras que lhe facili
der então em Catella, & com a tauão. ぎ; . . . .
Parcialidade do Infante DõIoão Por occafiaõ daquela acçaõ
eftaua de partido fuperior,masco. Jo Infante DomPedro naõ deixa
mofe tinha publicado em fauor reide acudir por fua fama conträ Lil.8. d.l-
delRey D. Fernando,futentou o Dom Bernardino Gomes de Mie Rey Dzhi
Іант:ь
capricho de não alterar contra el des, que fe arrojou alhe chamar
le coufa algüa. . . . . . .. . . cobarde,& floxo:fners alioqui,atque
. OsCa[telhanoso notáo de pou ignaии: homo. E tomou atréuiméri
co certo nos focorros, por não a to para hum doeto taõ pouco
pertar a guerra contra o Infante verdadeiro, publicando que tão ... . .
Dom Ioão, Se pefäraö eftas ra fe embarcara com feruor para a
zoés, alcançaraó que nete lanço conquita das Ilhas de Malhorca,
deuem a elRey D.Dinis o Reyno, as quaes o mefmo Rey Dö Iaime
ue elle bem pudera diminuir fe lhe dera em troco pelo Condado
quifera. Não faltou elRey Dom deVrgel queႏွစ္တို CntrOUl
Dinis nos primores, &fé de Rey; com pouco feruor naquella jor
em Portugal o puderaõcenfurar nada o nofo Infante, nem proce
de faltar na politica, que outros deo nunca fem muito valor, co
aualiaõ, quando com qualquer mofe pode ver nos annaes de Zu
córada apparencia fe valem para rita, & mais em particular na hi
melhorar feus particulares. Po ftoria das Ilhas Baleares do Dou
rem como afè dosReyshe o ma tor Francifeo Dameto. No capi
ior intereffe declarado o noffo tulo 1 1. do liuro ahtecedente,{è.
por fêu genro, Dom Fernando declarou quanto feruio cõ valor
não attendeo a mais que futenta nos Reynos de Portugal, Leão,
lo. Achaua razão no Infante Dom Aragaõ, Seuilha; Malhorca, &
Ioão,& affi tratou de que ambos Marrocos.E bafte para proua de
fe compufeffem, ficando cada hã {eu animo generofo a occafiaő
o fenhorio dosReynos q tinha, & prefente, em 4feacotou à parte
por eta caufa procedeo na guer mais fraca do Infante Dõ Afonfo
ra offenfiua contra Dö Ioão maís contra o mefmo Rey Dom
lentamente; que fora coufa defa Iaímetão bellicofo, como
refoada folicitarlhe compofiçaõ {efabe, & ifto dentro do
com feu oppofitor, & no me{mo féumefmo Reyno.
tempo defcompolo CO1M 2\S 21r-a
mas para despofalo: que para el
Rey Dom Fernando batantisi
mente fatisfazia em não procurar ** v.
- yya cap.
--
Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
*. * 1: . . entendendo que a Rainha, & el
C AP IT. xxxxVI. Rey Dom Fernando não aceita
。二つ・) 1ſ;"" rião a jornada do Catello da Mo
ta, fe offereceo a ir cercalq em.
Do mais que obrou ElRey fua companhia. A Rainha que era
DõDinis em Cafiella atè entendida, por não dar occafião
dar volta a Por a difculpas delRey Dom Dinis, (e
lhe ella faltafe, ouue de ir em fua
ʻ — tugal. V , companhia.Cercoufe o Catello,
@$##@ Raticadas deta manei ue defendia Fernão Gutterres
豎 2. % raas materias tocantes uixada porem como elRey D.
1298. : § ao eftado prefente, & Diñis entraua jâ forçado naquel
ºsºs comodidades de cada la guerra,não apertou o cerco cõ
huma das partes, ficou refoluto calor, antes foi elRey continuan
elRey Dõ Dinis de não ofender do nas praticas com o Infante D.
o partido do Infante Dom João, Hérique,a quë ſe chegaua oBiſpo
antes trabalhar por todas as vias de Atorge, Dom Nuno, D.Ioão
de acabar com o Rainha Dona Afonfo de Albuquerque, & Dom
Maria, que lhe deixafe o Reyno Rodrigo Aluares Oforio: & por
de Galiza na forma que fe ha di fim veio a declararfe com a Rai
to. Como para efeituar etein nha, manifeftandolhe fer conue
tento lheeranecefaria a prefen 'niente deixar o Reyno de Galiza
ça do Infante Dom Henrique, fe ao Infante Dom João, & fegurar
deteue em Salamanca oito dias, … o reftante para elRey Dom Fer
donde partio com a Rainha Do. nando feu filho. E não encami
na Maria para a cidade de Tou nhaua mal o negocio, que endo
ro, gatando feis dias na jornada; afsinão auia de ter elRey D. Fer
dous diasdefpois á entraraõ nefta nando melhor ajuda contraDom
cidade,chegou o Infante D.Hen Afonfo de Lacerda,que era o ou
rique, com o qual elRey rratou tro oppofitor de mais jutiça, que
logo o negocio dos concertos do o Infante D. Ioão, que igualmén
Infante D.Ioão. : , -
te encontraua ajutiça da repre
Não feefcondeo á Rainha D. fentaçaõ que Dom Afonfo alega
Maria efte trato, & afsiintou ao
ua. Finalmente a refoluçaõ fere
nolo Rey, que faile a correr a meteo ao que ospouos votaffem
terra dos inimigos, & fazerlhe deixando a Rainha em feu bene
guerra:porem como ele traçaua placito a decifàõ defte negocio,
o que difemos, etcufoufe pelo por fercoufa tanto delles,póis era
melhor modo poisiuel, aindaque mudar defenhor, & alhear Rey
[lO.
ElRey Dom Dinis. - - 268
no. Iuntaraõfe os Procuradores lhe foi sò de danno à retirada do
deles em húa tenda aonde elRey nolo Rey por etavia,enaó tam
Dom Dinis lhe foi fazer a prati bem porque lhe abrio ele noua
ca; porem elles perſuadidos ſe guerra pelo Reyno de Galiza nas
cretamente pela Rainha, & pelo partes que fe futentauão contra
Infante Dom Henrique,a quem a o Infante Dom João. Valeofe el.
me{ma Rainha tinha já grangea Rey D. Dinis pará fazerá guerra
do com lhe dar Ecija,Roa,& Me em Galiza, do Conde Dom João
dellim,fuftentaraó conftantemé Afonfo de Albuquerque, & de
te a voz delRey Dom Fernando, Dom Fernão Rodrigues de Ca
& não quiferaõ confentir na fe tro, hum dos mais poderofosca
paração dos Reynos.ElRey Dom ualeiros que auia eni Galiza, que
Dinis que etaua empenhado em nete tempo fe apartou do ferui
fauorecer ao Infante Dom Ioão, ço delRey Dom Fernando.
ficou fentido da repota que lhe Não me cóta do fuccefo que
derão, & declarado de não offen teue elta guerra, que elRey Döni
der a quem padrinhaua, fedefpe Dinis intentou por Galiza, antes
dio da Rainha D. Maria, & del me paree que fuppoto elRey
Rey Dom Fernando,& leuantan veio de ဂ္ယီမြိုဂျို့ de gotado, não
do o cerco fe veio para feu Rey rempeo todauia coñ fêu genro;
no. Deuia paffar tudo o referido alem de que no anno feguinte lhe
de quinze de julho,que etaua em | fobreueio outra guerra domeftica
Salamanca té o principio do mes | com o Infante ôom Afonfo feu
de Setembro, a dezafete do qual irmão,a que foi neceffario acudir
eftauaoutra vez na villa do Sabu com toda a força. Dom Fernão
gal, aonde a Rainha Santa Ifabel Rodrigues de Catro faria algüas
ficou com fua cafa. Daquella Vilcorrerias, & para reprimilo,man
c…, la etreueo elReynodia (obredi dou a Rainha Dona Maria a Ga
* #2 to huma carta ao cõ[elho de Lif liza o Infante Dom Felippe feu ſi
# boa fabrelhecobrarem º dinhei lho. Ete Dom Fernão Rodrigues
#"ro, que feauia de dar neta Cida "de Caftro foi morto no annō de
de por razão dos bêteiros,& Ca mil trezentos & quatro em hum
ualeiros, que forão em cópanhia recõtrojünto a Monforte de Ga
fua àquella jornada. liza, que o mefmo Infante Dom
-

Delta maneira teuefim o apre Felippe lhe tinha cercado.He D.


to feito para focorro delRey Dõ Ferñándo o primeiro Caftro que
Fernando,a quem a aufencia del achei colligado com os Reys de
Rey Dom Dinis deixou bem in Portugal. Foi ele pay de DõPe
quieto com feus contrarios. Não dro Fernádes de Catro, que cha
t Y y 4 | tnarað
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
marão da guerra, os filhos do Trabalharão o Conde de Bar
qual Dom Fernando legitimo,& cellos DóIoão, & o Alferes môr
Dom Aluaro Pires, & Dona Ines DõMartim Gil, por trazer à de
baftardos,vierão deſpois a Portu uação delRey Dom Dinis a Dom
gal. Os Catros á hoje delle def Fernão Rodrigues de Caſtro, co
cendem temos no Reyno. A dif nhecendo fer a principal peffca
ferença que ha em hús, & outros, no Reyno de Galiza,alsino valor,
acclararemos no tempo em que como em fenhorio de terras, &
de Catella a Portugal fe paa porque era tambem Pertigueiro
raõ no tempo do nofo Rey Dom maior de Santiago, cargo có que
Afonſo Quarto, tinha a feu arbitrio todos os po
Ete Dom Fernão Rodrigues uos fogeitos à Igreja de Compo
de Caftro feguio as partes dePor ftella.Succedeo Dom Fernãdo no
tugal, alem de repeitos particu cargo de Pertigueiro a Dom João
lares, perfuadido tambem pelo Fernandes de Lima, que no anno
Conde Dom Martim Gil, Alferes de mil duzentos & nouenta & feis
môr delRey Dom Dinis, que era ' era jâ falecido, como deixamos,
feufobrinho,filho defua prima cõ dito em outro lugar. -

irmãa Dona Emilia Andreza de He o officio, de Pertigueiro


Caftro. Auia tanta correfpöden maior de Santiago (como diz D.
cia entre etes fidalgos por razão Mauro Caftella Ferrcr na hiftoria
do parente(co, que criou câ em daquella Igreja)o me{mo que de
Portugal o Conde Dom Martim fenfor,&jutiça maior das terras,
Gila Dom Pedro de Cátro, que &fenhorio dela.Conferuafe eta."
chamarão da Guerra, filho de D. dignidade ainda na Igreja deCó
Fernando, & pelo amor, & cria poftella, & andou alem de Dom,
ção que lhe fez,lhe deixou em te Fernando, em muito caualeiros
ſtamento o caſtello de Zagala, 4 do me{mo appellido de Catro.
he junto a Albuquerque. Quem Ete titulo de Pertigueiro me pa
tambem inclinou muito a Dom rece que vem afer o me{mo, que
cleftлі
Fernando,foi o Conde de Barcel o de Aducatus, que em tempos tapinfn.
los Dom Ioão Afonfo,Mordomo antiguos fe cutumaua nas Igre- gira ,
mòr do mefmo Rey Dom Dinis, jas, & moteiros aís em Epanha, ""
por ferem amboscafados códuas como nos mais Reynos da Chri
irmãas, filhas batardas delRey ftandade. Para regoardo, & am
Dom Sancho o Brauo de Catel paro dos moteiros, & Igrejas, &
la; Dom Fernando com D. Vio defeníaõ de fuas herdades, & do
lante,& o Conde de Barcellos cõ taçoés, &priuilegios,tomarão os
Dona Tereja» - -

fundadores a tutela, & defeníaõ


- delles,
. .. .. . . . . ElRey Dom Dinis. __ 269
atea que atrauefaua a lança fo
dell es,pe,
Princi cauarr
ou&a enc iro uão
aleega algl,ú
prinacipa bre que os Romanos leuauáõ à
Etes taes chamauão, Auogados, fua aguia, em a qual pertica hião …" *
"Aduocati, por lhe tocar a aduoca- efcritos os nomes dos Confules, ""
tura,& patrocinio do tal conuens Legados , & Capitaês das Le
to, cathedral, ou particular Igre- gioês, & feruia de bandeira aos
ja;&fe tinha a Igreja jurifdições, Alferes,& afsidiz, que Pertiguei
O auogado lhe admini(trauajufti- ro he o me{mo, que Alferes ma
ça. Por difcurto do tempo vieraõ ior de Santiago:mas o que fica el
os auogados, & patrocinadores a crito he o mais certo.
fer os danificadores dos me{mos . . . . - -

bens das Igrejas que Patrocina- CAPIT. xxxxvii. . .


uaõ ,leuando grandes falarios,não
entrando no principio a aduoca- +s ‫י 'צ‬/,
‫ י‬7 ‫רד‬2
.
. . . . .

tura com :
ဤခ္ယိတ္ဆိုႏိုင္ငံ mais, á JDΑ vol.fa զս• elReyfez α
-

de amparar as Igrej as, & co eſte a,& 0%- . . .


Estremadur/а;
zelo a aceitauäo os Códes de Lo- tras сои a C

uaina em feus etados,gloriando- . . . . . . . ... . -

fe dete titulo,como diz Iuíto Lip Indaque elRey D5 Dis i 198.


fio. Em tempo do nofo Rey Dõ nis admitio afua par
cialidade a Dom Fer
Dinis vendo e as Igrejas opprimi
das dos auogados, fe foraõ aliuiã *nádo Rodrigues de Ca
do delles,& em tempo delRey D. trº para inquietar por Galiza os
Ioão de Caftella nas Cortes de afeiçoados delRey D.Fernando,
Soria fe acudio aos abufos que ti não hacerteza do que executarão
nhaõ introduzido. Todauia a Sê os capitaés del Rey, de que era -

cabo o Conde Dóm Ioão Afon


de Santiago conferua ete prote fo. Pefoalmente não afitio ele
r mnome
cto co tigueiro, dei Per na Comarca de Entre Douro &
fpes teni. que he Palaura Galegº, & no in
, ſigne conuento de Cella noua da Min ho, & Tralofmontes, depe
o a
:4ppmd. quelle Reyno també auia o mef - did da de Rib de Coa no fim
鸚 ** mo titulo de Pertigueria. He de de Set embro,& chegado à Etre
tanta etimaçaõ o de Santiago, mad ura em Nouembro. A vinte .. ...
que o aceitou o Infante Dom Fe
& oito dete mez etando em sãº"
'lippe de Caltella por morte de tarem, deu à Rainha Santa Ifabel
a quinta da Fandega da fee em
Dom Fernando, de que falamos. ter
Salazar de Mendoça tem para fi, mo de Torres Vedras, man
que Pertigueiro e diriuada pala dadafazer a carta pelo Bipo de
- tira,pertica, Latina,que fignificaa Euora Dom Pedro. Tinha à Santả -
- Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
ta Rainha feito grãdesgatos nas tadefºſſe de Zºeos que eu morre6e ante.
j9rmadas defte anno, & do paffà que a Cainda ZJona /abelinha mulher,
do á fronteira de Riba de Côa, & que Afonfº Sanches, cº Pedro Jaſon
Tralosmontes, afii aos cafàmen fo, & Fernão Sanches meus
tos, como ao focorro de feu gen tambem eles come o/euauer em poder,
ro, & era juto recompenarlhos. «º em gºarda della, ou de quem clapor
Nos annos feguintes lhe fez el bem teuer. E por efia inha carta faço
· Rey outras merces maiores. ella tutor delles para darlhos tutores, 6
Merecia eta Santa Rainha to procuradores, cºgoardadores quaes ella
dos os fauores por fua grãde pru por bem teuer, é.para tchelos, cs poer
dencia, & fantidade. Ê fe algum outros cada que uir que fizmºfiev. E
tempo manifetou a fineza de feu que o auer delles,@y quae{querbens que
fofrimento,& paciencia föino an •£es ºfão, & todos/cui herdameño,
no pretente, em que elRey feu que andem perfeu recado, gr porſes
º marido a cóftituio tutora dé tres entendimento dela,ou de quem ela mã
filhos batardos que então tinha, dar,ºu por bem teuer. E que ella os po:
tanto confiaua de fua grãde mo (a tolher,c9 dar como por bem teuer, co»
deſtia, 8 charidade. A carta da que as/oldadas, & airerra; que de mi
tutoria tresladada do original, à tem, que lhe las pº/a tolher, f. vir que
eftà no cartorio de Santa Clara bem he, ou/eyir que não/абаfèruigo
de Coimbra tenho errada na fir de Zam <Afon/º meu filho, ofeu. Em
ma, porque diz fer feita na cida ºſimanhodſto dei ende a clieſiana
de da Goarda a vinte &hum de “ºrtº/eladada dº meu filo, zada ነገá፩
Ianeiro dete anno, o que não he Cºrda inte º hum dia de Zaneirº.
pofiiuel,porgaftarelRey daquel. Aláey o mandou. ലിസ്റ്റ് ുrtin
le mez atè Mayo ca na Eſtrema /*<Éradº mil e trezentos @r trinta
dura como vimos.Comtudo ſup
ώ./εί. - . -

pofto que no anno eftá clara,?a Na villa deSantarem refidia


lançarei aqui, porque em qual ainda a Corte a quatro
de Dezé
quer lugar fica igualmente con bro defte propriô amio, & naĝile
firmando a pouca alteração que , dia concluio elRey a troca que o
a Santa Rainha fentia com mate
annº Paflado fez com o Metre
ria em que as outras mulheres o de Santiago D.Ioão Oſores Mor
braõ muitas vezes excefos, & de
&omid mór delRey Dom Fernan Iib.dºſe
mafias. He pois o theor da carta do de Catella, título com que ofrado fl,
o que fe egue. .
Éu Zinis pela graça de Zeos Rey ?omea naefcritura prefênte: Cá.
183.
firma nella o Infante Do Afonſo
de Portugal, é do Algarue, tenho por Primeiro filho, & herdeiro del
έια, ο πινά, 1"εβρουν ημικήτη,
--- - - - - - - -‫ مج ع‬-- Rºy, alem dos outros Ricos ho
mens,
*-
El Rey Dom Dinis. . . 268
mens,& Prelados,que vaõ na ou A oito de Ianeiro deſte preſen
tra, ſaluo os Comendadores da te anno fez tetamento Dona
Ordem deSantiago,que neta não Conſtança Mendes de Soufa, fo -

Vão afsinados. E notei declararfe brinha, & herdeira do Conde * . .

que ete Infante Dom Afonfo era Dom Gonçalo Garcia de Sou ... * *
filho primeiro, & herdeiro para a fa, filha defeu irmão Dom Mem Lib 11.d4
Estremá
differença do Infante Dom Afon Garcia de Souſa; & conforme a dura fol.
foirmão delRey, quenas efcritu ifto parece que morreo por efte 28j.
raspafadas confirma com o titu tempo na villa de Santarem,aon
lo de Infante DõAfonfo fimplef. de fez o tetamento. Foi cafada
mente. A caufâ deuia fer eftàr a. efta ſenhora com Dö Pedre An
gora apartado do feruiço delRey nes de Aboim,filho de Domloão ***莒 ** -- -

feu irmão o Infante Dom Afonfo, de Aboim,priuado delRey Dom


Conde D5
que no anno feguinte foi por elle Afonfo Terceiro, ao qual Dom Pedro tit.
cercado em Portalegre, & a efe Pedro chamaraõ de Portel, por 22.26.
repeito declararão, que o Infante ſerem elle, & ſeu payſenhores, & ტ}· 36.
Dom Afonfo era o filho herdeiro, pouoadores daquellaVilla.Teue
& naõ o irmão, & afsi continuão Doha Conftãça Mendes dous fi
outras doaçoês do anno feguinte. lhos, que não deixaraõ geração,&
A oito do proprio mez, por co duas filhas, Dona Branca, & Do
mifaõ do Bipo de Lisboa Dom na Maria; a Dona Branca cafou
Ioão aprefentou elRey na Igreja com o Conde Dom Pedro, filho
B.da se de São Gião de Lisboa a hüMe delRey Dom Dinis, & naõ dei
*ftre Thome, medico da Rainha xou fuccefaõ. Dona Maria Paes
º * de Caſtella. 3%Thome medic, Kegi Ribeira,& Soufa a outra filha ca
me Cafelle. Duas Rainhas auia en fou cõ Afonfo Dinis, meio irmão
taõ em Catella, a Rainha Dona do nofo Rey Dom Dinis, & del
Contança filha delRey D. Dinis les defcende infinita nobreza, cõ
deſpoſada no proprio anno com appellido de Souas,excluido öde
elRey Dom Fernando, & a Rai Aboim, fendo que nos defcendê
nha Dona Maria mãy delle. Não tes de Dona Conftança Mendes
fei de qual delas era medico o anda efte appellido por baronia
metre Thome, mas parece que de feu marido Dom Pedro, filho
o era da Rainha Dona Maria, & mais velho de D.Ioão de Aboim.
ue nas viftas de Alcanifes fepaf. Outros que deícendem de Ete
醬 a feruiço delRey Dom Dinis, uaõ de Aboish,irmaõ de D.Ioão,
porque a Rainha Dona Contan o conferuão, mas huns, & outros
ça naõ tinha minitros, nem caía perderaõ o Solar defta familia, 4
propria em Portugal. era huma quinta na freguefia de
Áboimi
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
o dia quadragefimo mais vfado
Aboim do julgado de Nobrega para etas funeraes entre os Gre
entre Douro & Minho,& a acha
raó honrada nas inquiriçoés del gos. - - -

** Rey Dom Dinis,por auer fido de


: Dom João de Aboim, & de feus C AP. XXXXVIII.
auòs.No tempo delRey D. Afon
fo Quinto a comprou aos poflui
dores há Fernão Martins, criado IDa chegada delRey a Lif:
do Arcebipo de Braga, & por boa com a noticia da insii.
naó fer fidalgo de linhagem, pe tuição de Capellas nos
12:4. d. dio a elRey lhe deffe priuilcgio
ឪ" para poder v[ar das honras da. paços Reais desfes
‫ه‬yl 3 ‫ﺑه‬ ‫ه‬quinta
‫جایی ﮑ‬ fobredita,o
-
que lhe foi cö
- -

Reynos.
cedido no anno de quatrocentos
& quarenta &noue, por feruigos
器 tinha feito na guerra. Deta
àrte vemos trocados muitos Se- # ష్ర్స rauel, & ao que parece
lares, que erajuto fe cóleruafiem $ssº* veio ter a fefta de Na
em familias taó honradas, tal a Lisboa, & para principiar o
Forão teftamenteiros de Dona agno religiofamente, ordenou a
Confiança feu Marido Dom Pe. dez de Janeiro feguinte de mil du
dro, & feu primo com irmão Frei zentos & noušta & noue, que nos
Afoufo Rodrigues,de quejà fala fet's paços do caftello de Lisboa,
mos, & Frei Martim de Crafto. na capella de São Miguel,que era
Deixa varias mandas, & encom a dos Reys, fe rezafiem cada dia
menda que façam, º meu Sabbadº, as horas canonicas, & ouuele Mi
é o meu trice/Simº, 69 º meu anhº. ſa quotidiana, airdadue os Reys
Eftes anniuerfarios, & oblaçoês eftineffem aufentes.Eſte louuauel
funeraes introdufio a piedade chri coſtume introduzio elRey D.Di
ftãa defde a primitiua Igreja, & nis na capela detes paços com
ens varios tetamentos acho tam outorga doBifpo D.Ioão Martins Lib.dº?!y
bem o dia quadragefimo enco de Soelhaés, que então prefidia P.D…
2.p.ts.º. mendado. No capitulo, ρυικ, 8. neta cathedral de Lisboa. Con-fiz};
= "em outros lugºrºs fala o direito tinuou taõ louuauel introducção
Canoniconeſta ma stia,ºo Car atê o tempo delRey Dom Duar
nom. I, ad deal CefarBaroniola toSoutám” te, no qual foi outra vez renoua
− bem conforme aos ceremosiaes da porfeter efquecido, apprefen
da Igreja, aindaque em húa gloÊ tando elRey nâquella cäpellania
fa daquelle capitulo fe reolueer a hium Afonfo Vicente criado de
ſeu
ElRey Dom Dinis. 27
feu irmão o Infante Dom Henri guel do Alcaçar, ou Alcaçouã
que no anno de mil & quatro de Santarem, na qual não auia
centos & trinta & fete. Succe Capelão que cada dia rezaffe as
deolhe eľRey Dõ Afonſo Quin horas Canonicas, & difiele Mi
to feu filho, & herdando a de fa. Para maior autoridade defià
uaçaõ de tal pay, procurou a Capella, que he dos Reys, a in
crefcentar o culto de fua Capel ftituio elRey Dom Dinis com
la com maior numero de Capel Mifa quotidiana pelas almas de
laés, & cantores, para celebra. todos os Reys dete Reyno. Foi
rem os diuinos officios, & can ifto feito na mefima villa de San
tarem as horas Canonicas folem tarem, aonde elRey jà eſtaua a
nemente. Para efte fim impe quatro do mes de Março dete
trou hum breue do Papa Euge. proprio anno. Eſta Capella de
nio Quarto, expedido no anno São Miguel mandou edificar el
de mil & quatrocentos & trinta Rey Dom Afonfo Henriques,
& noue, & mandou vir hum quando no anno de mil & cento
treslado do ceremonial dos Reys & ferenta & hum desbaratou em
de Inglaterra, por onde fe dife Santarem a Albaraquè Rey de
pufêflem, & regulaffem feus Ca. Seuilla com afsiftencia do Ar
pe!!aćs nas materias, que entre chanjo Saó Miguel, donde fe di
nos pudeffem accomodarfe. Isto riuou aos Reys de Portugal à
que elRey Dom Afonfo Quinto deuaçaõ dete Archanjo, & o cu
intentou, pos em execução feu ftumão pintar entre as fuas infi
filho elRey Dom Ioão Segundo, gnias: A Ordem da Caualeria
ordenando nos paços de Euora da Ala, ou Azà inftituio aquelle
anno de mil & quatrocentos & Santo Rey debaixo da protec
nouenta & quatro a Capella na ção do me{mo Archanjo, a qual
forma em que agora età nos pa em breue fe extinguio, afsi como
ços de Lisboa, que no apparato, em França a Ordem de Cauale
numero de Capellaěs, & perfei ria de Saó Miguel, que Luis Vn
çaõ nos diuinos officios reprefen decismo eregeo em memaria do
ta a magetade de qualquer Ca fauor, que o gloriofo Archanjo
the-dral. deu a feu pay Čarlos Septimo,pe
-

A mefma pontualidade com lejando á fua mão direita na pon


que elRey Dom Dinis intituio te de Orleans contra os Inglees,
Capellão perpetuo na Capella como em Santarem fe vio à del
: do Alcaçar, ou Caftello de Lif Rey Dom Afonfo contra osMou
dº", boa nos paços dos Reys, o or ros. - - ". º .
denou tambem na de São Mi: Teue elRey Dom Dinis parti
- Zż cular
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
cular cuidado das Capellas inti Mifas por elle, & mais Reys fub
tuidas por feus anteceflores, & af. fequentes. Dito andão dous in Orłąіна
->

fi tendo noticia, que na Igreja de ftrümentosjuntos, feitos ambos


-

*4 Torred

Santa Maria do Campo, fregue. por Miguel Martins, Tabalião


Tambo,

fia de Saõ Niculao da Feira em de Santarem por mandado par


terra de Santa Maria, auia defcui ticular delRey em Ourem a fe
do em rezar as horas Canonicas, te do mez de Feuereiro, em que
& dizer Mifa quotidiana, como foraõ teftemunhas Metre Ete
Lib.11.d4
Ehemau os Reys ordenaraõ, annexou à di uão, Metre Efcola, Afonfo Paes,
*#3ºta Igreja de São Niculao os bens & Metre Bartholameu Raçoei
deta Capella para Mifa,& alam ros de Lisboa, Metre Mendo,
pada, mandando que o Capellão Metre em Leis, Metre Pedro,
rezafíe com os Clerigos deíta ditto Cardeal, Metre em degre
Igreja. Deraõ confentimento Dõ dos. Outras Mifas, & Capelas
Ioão Martins Bifoo de Lisboa, a intituiraõ em vida delRey Dom
uem elRey tinha dado o pa Dinis algüas pefoas Ecclefiafti
ੋਰ da me{ma Igreja. No an cas, em que ferogafe anoffo Se
no de mil & trezentos & finco a nhor pela vida dete Rey, & def;
| dous do mez de Setembro na ci pois de morto lhe encomendaf
dade de Lisboa mandou elRey fem a alma : adiante faremos
fazer a carta da noua reformação dellas memoria, aduirtindo ago
defta Capella. ra quanto ele beneficiou o efia
Ante dito no anno do Se do Ecclefiatico, pois lhe fazia
s
nhor de mil trezentos & hum,co tão cutofas recompenfas, & en
mo o Bifpo Dom Ioão Martins tão lembraremos que fe não po
erà taõ obrigado a elRey, & or nhaõ em efquecimento etes luf.
dinariamente os vaffalos querem fragios tão deuidos à magnificen
fazer obtequias a feus Principes cia dos Reys, a que os Ecclefia
naquellas couías a que os vem ficos do Reyno faõ bem deue
F -
de prefente inclinados, repeitan dores. -

do os beneficios, que a Sè de Por grande louuor delRey


Lisboa tinha delRey Dom Dinis Dom Dinisfe pode etimar ofer
recebidos, ordenou com con ele o primeiro, que no Paço in
fèntimento , & beneplacito do troduzio o rezarem(e as Horas
Cabido de pôr Capellaês, & Canonicas, & tèr para ifo Ca
Moufinhos nas Capellas Reaes pella permanente, que defpois
da Alcaçoua de Lisboa, Tor com a piedade dos Reys fuc
resVedras, Santarem, & Alan cefores vemos em tanto efplen
quer, para rezarem, & dizerem dor melhorada. Não fe con
tentaraö
* ElRey Dom Dinis, º 27 3
tenturão elles com a tèr sò na ſta ſerSobrejuiz, ou Dezembar
corte, &paços dela. Atenos que gador dos aggrauos o tal Metre
fundaraö para recreagão, & di Iuyão por outra efèritura, em
uertimento, ordenaraõ capellas que elRey lhe confirma a heran bid.7:
perpetuas. No paço de Sintra fe ça, que Ioão Peres Procurador
vio no tempo delRey Dom Ioão de Villa noua de Viras, junto a
o Segundo:& parece ferjã dan de Moncoruo lhe dera,& por ou
Libro da tes inftituida, pois a vinte & dous tras efèrituras em que ele poem
Efrimada do mez de Outubro do anno mil a firma, & daremosadiante. O

& quatrocentos & nouenta & hú Hopital de Fr. Ioão junto à Oli
proueo elle nefta capellania dos ueira etaua fituado na freguefia
paços de Sintra a Thome Pires. de São Gião,vifinha da qual Igre
A grandeza da Capella Real de ja vemos a de nofa Senhora da
Lisboa não reconhece excefo a Oliueira, & capella de São Gon
nenhúa dos Principes de Europa; falo. A inuocação do Hofpital
no anno de füa erecgaö fe acêla fobredito, ainda que fe diz de
rará. Frei Ioão, era de Santa Maria de
Roca de Amador, de cuja Con
CAPrT. x L. နိူ Frei Ioão era, & feruia
e ſuperintendente delle.
Da Religião dos da Rota moriaEmdefla
Portugal ha pouca me
Congregação, que
de Amador,que em Portu naquelles tempos foi de muita e
Jal auia por esfe ftima nete Reyno, & até o tem
tempo. po delRey Dom Ioão o Segun
do floreceo com bom nome. Pa
3 Aótemos por ete té ra fe entender donde ella teue
::: po sò a memoria do principio, & donde veio ao no
# nofo Rey Dom Dinis fo Reyno, he de faber, que egun
*** pela intituição da ca do eſcreue Roberto de Monte; Adaniğ
pela dos paços de Lisboa, por Santo Amador he tradição, que 1171.
que o achamos na me{ma Cida foi criado da Virgem nofa Se
dea vinte do proprio mezde Ia nhora, á qual feruio, ajudando
ū.3ſol.6, neiro, dando a Metre Iuyão feu lhe a criar o menino Iefu, & tra
Sobrejuiz licença para ter hum zendoo muitasvezes em feus bra
carniceiro nas cafas de Lisboa, ços. Defpois da Affumpçaõ dá
aonde chamão a Oliueira, junto mãy de Deos,fe veio Santo Amá
do Hopital de Frei loão. Con dor a França, fendo antecedente
- - Zz z iments
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Ymente mandado pela me{ma Se mos chamauão nete Reyno Hof
nhora,&amoetado q fizeffe eta itaes deRocamador. -

jornada. Entrou Santo Amador O nofo Portugal, que fempre


naquelle Reyno, & fe retirou a nas acçoês de piedade teue gran
hum rochedo inacceßiuel cha de parte, agaſalhou eſtes Eremi
mado, Cadulco, aqui acabou o taês de Roca de Amador, & lhe
Santo a vida ိုီ da conuer dotou cafas, & ampliou a fami
fação da gente, & foi enterrado lia em muitos lugares que admit
em húa Igreja da inuocação de tiraă os feus Hopitaes. A primei
Santa Maria, aonde feu corpo foi racafa dos de Rôca de Amador,
achado no anno mil cento & fef> que o Reyno de Portugal teue,
fenta & feis,體 cuja cauſa aquel foi a da villa de Sofà do Bifpado
lelugar foi dali adiante muivifi de Coimbra,junto a Aueiro para
tado de peregrinos, & romeiros, a parte do mar. EftavilladeSo
& celebrado pelos grandes mila fa deu elRey Dom Sancho Pri
gres que a Virgem Maria ali co meiro a Santa Maria da Roca de
meçou a obrar. -
Amador, & aos feruos de Deos
Com a grande concurrencia que ali viuião no anno de mil &
de deuotos de todas as Prouin duzentos,& nouenta & dous: Ec
cias do Norte, & ainda de outras cliffe Sanffae J%ariæ de Жиpe „Ama
mais apartadas, parece que fe toris de villa que vocatur Soa, grfra
congregaraó algúsvaroés décha tribus ibidem Z)eo feruientibus. Foia
ridade, & ordenaraõ Hopitaes doação grandiofa com o fenho
para os peregrinos, & crecendo rio daquella Villa, a qual elRey
a deuação em toda a parte, não confirmou com muitos fenhores,
sôos Principes etrangeiros man & Prelados. Deuião fem falta de
daraó feus legados, & efmolas viros de Roca de Amador na ar- .
áquella Igreja de Santa Maria da | mada Inglefa, que dous annos
Roca de Amador, fenão que em antes, no de mil & duzentos &
feus Reynos admittiraó dos mef nouenta veio a ete Reyno, & fo
mos Eremitas, & lhe derão cafas coreo a elRey Dom Sancho con
paraque viueflem, exercitando a tra o Miramolim de Marrocos,
hoſpitalidade, 8 cura de enfer que então entrou pelo Reyno
mos, retendo,& conſeruandoto de Portugal: na quarta parte de
das as cafas a mefma inuocaçaõ ftahiftoria fica ifto efcrito. Ro
de Santa Maria de Roca deAma gerio de Houeden affirma, que
dor, que por razão dos actos de remunerara elRey Dom San -
hoſpitalidade, & cura de enfer cho então os Inglefes com mão
larga.
|
É/Rey Dom Dimis. - 17;
larga. Não faltou aos Religiofos tude nos da Roca de Amador,
ue vinhão em companhia del entre os quaes he conhecido Fr.
les, dando à honra de Santa Ma Vafco, cónfeffor, & meftre del- RyD.Ioãº
tił3 #
ria da Roca de Amador o fenho Rey Dom Duarte fendo Infante, I fol i 30
rio da villa de Sofa a etes, que ao qual elRey Dom Ioão o Pri
no Reyno entraraõ naquella OCà meiro deu a juriſdição de Sofa,
fiaõ.
por pertencer aosPriores daquel
Os Reys ſubſequentes conti la Igreja, -

nuarão em fauorecer, & augmen Parece que nella fe conferua


tar efta familia cõ a mefma libe raö fempre'os Priores Religiofos
lº 3. da ralidade, que elRey DõSancho a
Eſtrema
daquellafamilia atè o tempo del
dura fol. admittio.ElRey Dỡ Afonfo Ter Rey Dom Afonfo Quinto, em
ίύ2, ceiro confirmou a Fr.Hugo Prior que fe fez Comenda de Santia- , ,
de Sofa, da Ordê do mofteiro de go, como logo direi, o que naõ ,,
Sâta Maria de Roca de Amador, corria nos outros Hopitaes de ...
a herdade de Mamarofa, que feu ftainuocação, que auia em Lif
irmaõ elRey D.Sancho Segundo boa, Santarem, & outras Villas
lhe tinha dado. Aonde he de no No de Lisboa; que vimos no
tar chamarlhe Ordem de Santa meado por Hofpital de Frei João
Maria da Roca de Amador, final pela រ៉ែ que nelle
de que era Religião approuada: tinha ete Religiofo dos de Ro
Ordinis monafferijS. J%(arie de £upe ca de Amador, era Prouedor no .
Amatoris. A Frei Guilhem Moſel, anno de mil & quatrocentos & ಫಿಸಿ
Prior do que a Ordem de Santa nouenta & finco Pero Munis E-¿
Maria de Roca de Amador tinha
cudeiro, em prefença do qual
nete Reyno,confirmou tambem Diogo Delgado Caualeiro,& Co
o nofo Rey DomDinis eta me mendador de Fonte Arcada deu
ma herdade, a doação primeira humas cafãs de fua filha Cathe
da villa de Sofa, & a fentença que rina de Oliueira na freguefia de
elRey Dom Afonfo Terceiro feu São Niculao por hum oliual do
pay deu em fauor daquelles Prio dito Hoípital, que etaua junto a
res, declarando que os moradores fua quinta de Santa Maria dos
deta Villa lhe auião de reconhe Oliuaes, termo defta cidade, a
cer ſenhorio. A Dö Ponce Prior efcritura diz fer feita: ZDentro de
de Santa Maria de Rocamador Hºſpital de Santa Ataria de Rocama
do lugar de Soa, confirmou el dor, fituado na freguefia de São Gião.
Rey Dom Fernando a juri(dição, No tempo delRey Dom Dinis .
& direitos da me{ma Villa. Não anno de Chrifto de mil& trezen
faltaraöfügeitos de letras, & vir: · tos & fete, nas inquiriçoês que
Zz3 elle
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
ele mandou fazer dos hofpitaes, Rainha Santa Ifabel fua mulher,
& albergarias da villa de Santa que em dous teftamëtos que eta
usº rem, e achou 驚 juramento de Santa Rainha fez, de que dare
# DomingosBartholameu, que fen moso treslado no volume ſeguin
niífºl
wºrſ.
13 do elle mordomo da Albergaria te,em ambos deixaua mandas ao
de Roca de Amador com Mar Hoſpital fobredito. No primeiro
-

tim Fruétuofo, emprazaraõ qua feito em Santarem, deixaua eta


tro aftijs, que foraõ de Ioao Lan, manda ao Hopital daquella Vil
dim, donde e infere, que leigos la: Item mando à Santa Xifericordia
a adminitraraõ, - -
de Zocamador huma vehimenta boa,6"
Por hüa verba das inquiriçoês hum calix com que cante hum clerigo.
delRey Dom Afonfo Terceiro a No fegundo tetamento feito em
L.4 de chamos, que Martim Flariges, & Coimbra diz afsi: Item mando a Sã
kit:
tiguá. òl.
-
Payo Gonfalues de São Ioão da ta.»taria de Kocamador trezentas l
- - - -

鸞 Pefqueira fe fizeraõ irmãos, ou bras. Naõ feife auia em Coimbra


cófrades na Ordem de Santa Ma Hopital deta Ordem, ou e por
ria de Roca de Amador, & lhe naó epecificar qualfoe,e ha de
deixaräo feus bés.Z)ixit quod 2(ar entendera verba da propria Igre
tim Flarigis, & ?elagius Confaluis S. ja da Roca de Santo Amador. E
Ioammis de ?jßariafecerunt fe confei naõ pareça impoísiuel, porá na
res de ordine S. Marie de Ripa-Ama quelle tempo era cuſtume mui
toria,& ad mortemprediétorum leixa vado dos deuotos deixarlhe le
, ' uerunt quamtum habebant $.%(ari« de, gados, & ainda mandar àquelle
euppa Amatoria. O chamaremlne Santuario Romeiros por fuas al
confieires não nega auer. Frades mas,deta forte o fez o Infante D.
Religiofos, pois declara fer Ordé Ioão de Caftella,tio delRey Dom
deftã da Roca de Amador, & ve Dinis (do qual temos falado) o salga
mos nomeados Frei Hugo,& ou qual almaemlhetetamento,
deixou
por fua que ***
inuiafem dous" nié
tros dos Priores de Sofa. Em ter
mo de Pinhel ha húa aldea, que homens de boa vida, à Igreja de
chamão de Rocamador,que fem São Francifco de Afsis hum del
duuida foi deta Ordem, applica les, & outro a Sãta Maria de Ro
da a qualquer dos Hopitaes, que. ca de Amador. O nofo Rey Dó
della auia. Afonfo Segundo lhe deixou hüa
Mas por naõcanfar mais com manda no tetamento.
a noticia della,direisómente, que A Igreja de Sofa he hoje Co-ritmº
auia tanta deuaçaõ com os Hof mendada Ordēde Santiago, con- dº
pitaes de Roca de Amador no té
cedida por elRey Dom Afonfo
po do nofoRey Dom Dinis,& da Quinto a Ioão de Soufa, fidalgo fºi si.
de
- ElRey Dom Dinis. -- . . . . 274
de fua cafa, & confirmada pelo melhorar o edificio, o etar anne,
Papa Pio Segundo em vida dele; xa a Igreja fobredita à Abbadia
delpois à inftancia do mefmoRey deTuella daquella diocefi Catur.
a confirmou emComenda perpé. cenfe, que aproueitádofe dos frü
tua Sixto Quarto,&fabendo que tos, não felembraua de aerecen
o mefmo Rey dera o padroádo tar o edificio.
da dita Igreja a Ioão de Soufa,lha Contudo acrefcento,4 os nof
cõfirmou para fuccefores, como fos Abbades Maurolico no fea
lho auião dado, o que depoisfez Occeano das Religioës& Gaſpar
tambem Innocencio Oitauo, & 'Gingellino na noticia'gèfál das
vltimamente confirmou Alexan Abbadias da nofa Ordem,dizem
dre Sexto, em a Bulla do qual vê que a Abbadia de Roçamador
tudo relatado. Della tirou o tref em Sicilia junto a Mecina; fora
lado Antonio de Soufa Comen= edificada à imitação deta de Ro
dador de São Miguel de Sofa no camador de ម្យ៉ា Narbönenfè
anno de mil quifihentos;& qua da Prouincia de Querci;não e pe
torze por mandado de Aires Gó cificaõ contudo fehe a de França
falues de Macedo Vigairo gêral da nofa Ordem. ႏွံႏွစ္တ ธ”/p ** **. -
- - * . : … ^ *. - -
-. - - - - C. R. . . . . . . tº, º, i. !
do Bipo de Coimbra Dom Iorge - . ‫ب) را‬ ‘උ:. . . . .
->
2.
‫افتتاح ات‬ ‫آتش‬
---

". . .
-

* , , ºr
de Almeida. De prefente corre - ー
v-
CÁP IT, L, * * ** *
* .

* * * *-* - " -
- -

-
*

. . . .; º 。エ2:Gr
二ſp X , 。
litigio fobre eta Comenda. -
Naliuraria de Alcobaça no “. . . ' ... . . ºi {}i
. . . . .. . '
fim de húliuro manufcripto an மாார்:r:
tiguo,que he o flos Sanétórum de que elRey teue comeu ir.
T . . ‫ي لسم‬, .** .f
: z = ...' . . . . * J : : -
Iacobo de Voragine, achei hum mão, & do testamento que
tratado da Igreja, & milagres de
fta Senhora da Roca de Amador,
o qual autor efcreue varios mila
res da Santa Imagem, & alguns § Iffemos no fim do an i 199:
delles graciofilsimos, que deixo 3) no palado como el
de relatar, por não dilatar tanto # Rey Dom Dinis, & o
ete capitulo. Encarece o autor, * Infante DõAfono feu
alem da multidão dos milagres,o irmão ficaraõ em inimifade, &
concurfo dos peregrinos, & af. defauindos, agora veremos o rõ=
fluencia de efmolas, com que diz Pimento a que chegarão, que foi
e pudera ereger naquelle lugar húa das maiores reuoluçoês que
hüa Igreja mais fumptuofa, que a em Portugal fe viraõ por eteré
de Compotella, dando por cau po. Lançando o difcurto ao eta=
fa de fe naó executar a obra, & do das Coufas, me parece, que o
-
Zz 4 mo=
t
/

Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.


motiuo da quebra detes irmãos batou a degolar aquelle Rey,&
procedeo de não fauorecer elRey a não contentar a outra parte.
com todo o esforço ao Infante O Infante D. Afono por eta,
Dom João na pretenção do Rey & outra caufa vendo a elRey de
no de Galiza. Oueria o Infante Catella mal contente,& que não
Dom Afonfo cafar húa filha com auia de focorrera elRey D.Dinis,
o filho daquele Infante,& vendo como elRey Dom Sancho fizera
a occafiaó dipota para poder el - no cerco de Arronches, & que o
la ficar Rainha de Galiza, fe el Infante Dom João naõ tinha ca
Rey D. Dinis futentafe na poffe bedal para mais, que acudir ao á
daquelle Reyno o Infante D.Ioão tinha ocupado, começou a fazer
feu tio, pareceolhe que não fazer algúas demafias nas villas, & ca
elRey todo o po[Siuel na materia, ftellos de feu fenhorio, que obri
procediadeo naõ querer podero garaö a elRey paſſar a Álentejo,
fo por aquella via com que vieffe &ir cercar a villa de Portalegre,
ainquietalo no Reyno procuran aonde parece que o Infante eta
do a Coroa a que a{piraua, pelas ua reçolhido. - ;

caufas que deixamos,eferitas. - Com efta refolução fe foi a Sã


ElRey de Caftella ao contra tarem,aonde o deixamos no prin
rio ficouqueiroſo delPey Dö Di cípio de Março,&continuou por
nis, por ëhtender quë fauorecia todo Abril dipondo o que conui
em tudo ao Infante Dom Ioão,af nha para a jornada. A oito dete
fi que defejando elRey ver dimi mez fez tetamento, em que or
nuida Catella feparandolhe o denou o feguinte. Primeiramen- orgwa
Reyno de Galiza, confiderando te mandaua que ofepultaffem na nº º
depois que feu irmão teria aco capella môr de Alcobaça, aonde
Ítamento, & fauores do genro, & mandara fazer fepultura para fi,
tio, com queinquietaria a Portu & para a Rainha fua mulher. E
gal, parece que afloxou no fauor mando/oterrar meu corpo em º moleirº
do Infante Dom Ioão, de que fe de Alcobaça na Ow/ia maior de Santa
enojou o Infante Dom Afonfo.E 2aria,naquelle lugar hueu mandeifa
aindaque no anno paffado elRey <ér/ºpultura para mim, é para a Kai
de pidio ao Conde D.Ioão Afon nha Zona /abel minha mulher. Eta
fo de Albuquerque em cõpanhia palaura, Ou6ia, era coftumada
de Dó Fernáo Rodrigues de Ca naquele tempo, & com ela no
ftro contra osparciaes delRey de meauão a capella môr dos tem
Catella em Galiza, naõ deuião plos, corrompendo, ao que me
fer confideraueis os efeitos, por parece, da palaura Grega, Q6ia,
etar o inuernovefinho,aindaque que fignifica coua fanta, & por
*.
eſtar
º
º ElRey Dom Dinis. 27;
etar de ordinariô nas Capellas des mandas, & que lhé ĥĉafle pa
maiores o facrário,lhesdauão no ra anniueríarios às Igrejas,& Mo
me de lugar Sånto, ou Santuario fteiros a fim de poderem empre
com a pålàura,ob/¡i4 Santo Átha gar em bens de raiz feguramente.
nafio,falando do Bipo Ofio,para Mandaua mais emmendar o que
lhe encarecer a fantidade,da ethi leuárainjüſtamente das Alcaida
( mologia Grega deſte nome ſe va rias, rendas de tabaliaés, & pedi
# a de leos6mente Qui verè Oſus eſt,idſt, dos excelsiuos dos confelhos para
i · · - -

"/"8"
/ил. τη¿ius. Que a palaura, Ou/6ia, na a guerra. Os teftamenteiros que
lingoagem daquele tempo figni efcolheo, foraõ a Rainha Santa
ficafe a capella mór da Igreja, ve Ifabel, o Arcebipo de Braga Dó
mos claraméte na intituiçaõ da Martinho,DõJoão Martins Bipo
Capella delRey D. Afonío Quare de Lisboa, o Metre Dom Pedro
"to, o qualfabemos que edificou a Bipo de Coimbra. João Simão
da Sé de Lisboa.Dizelle naquel Měirinho mór de füá cafa, Dom
la intituição deta maneira. Como Pedro Nunes Abbade de Alco
por mim Á honra de Zeos, & da Virgí baça, & ſeu confeſſor Fr. Miguel
glorioſa Santa Maria, & do...Atartyr da Ordem de São Francifco… :
5. Uicente fº/e edificada por minhas i Adezaſete do proprio mesſez
prºprias defefas na Igreja Cathedralde hũaaddiệão acftdtcftamento,na
Zisboa, hu o corpo do hemamenturada dual deípóis de ratificar o fobre
São Cicente jás, a Ou/sia principal da dito ordenaua mais que á Rainha
dita Igreja. Por, Oufia, feentende fua mulher fofetutora de feus fi
aqui a Capella mórda Sè, que es lhos Dom Afonfo, & Dona Con
fte Rey edificou, & aonde eftà fe ftança, & gouerhaffë o Reyno
pultado. Do fignificado que tem atéque o Infante herdeiro tiúefle
Entre os Theologos, & da caufa idade cópetente. Deixar nomea
porque foi introduzida etapala da fua filha D.Confiança Rainha
ura,não he dete lugar o aclarar de Catella, me faz perfüadiuel
fe. Vejaófe Nycetas, Baronio, & eftar feu genro elRey D. Fernan
outros. . . . . . . do defcubertamëte contra elRey,
DeixauaelRey D.Dinisomo & parece á determinaria de dei
uel, joyas, & dinheiro, & quaef> xar a Rainha Dona Contãça, cõ
uer outros bens que tiuefe para a qual não e taua ainda recebido,,
defcargo defuaalma,&fatisfação & que por faber elRey que le prá
das diüidas,& malfeitorias deſcu ticaua eta deixaçaõ, ੈ।
pay, & fuas a todas as Cathe mento,preuehia em cafo que ella
draes, & a muitos dos Moteiros, viefe a Portugal, a tutora que aº
Aluergarias, & Hofpitaesgrans uia de ter, que era a Rainha fia
ínãy.
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
mãy.Nomeou para confelheiros, denação mal acertada, ao menos
em quanto ela gouernate, os os pouos cobrauão mais amor
mefiños que deixou por teftamé aos Reys, quando viaõ que trata
teiros, & acrefcentando alem di uão de ter em fua Corte, qué lhes
fto,que a Rainha pediffe aos con ſolicitaſſe o comodo gèral,& par
felhos dentre Tejo,& Guadiana, ticular de todos. O que noto neta
Moura, & Serpa hum homembó ordenagaödelRey Dom Dinis,he
da cidade de Éuora, aos da Eftre o não nomear pefoa do Reyno
madura hum homem de Lisboa, do Algarue. Em Catella pelos
outro de Santarem, aos de entre annos de mil duzentos & nouen
Douro, & Mõdego hum homem ta & tres concedeo tambem el
Fr. Alonſa
de Coimbra,& outro da Goarda,Rey Dom Sancho aos pouos da Fernandes
hift.de Pla
& aos de entre Douro & Minho Etremadura, que de cada Bipa Jentiacus
hum de Guimaraés, efcolhidos do,& pouo principalandaffem na
pelos confelhos, & capates para Corte Caualeiros fuftëtados á cu
queferuifem em cafade feu filho fta dos pouos,para lhe aprefenta
herdeiro, aonde lhe daria a Rai rem,& proporem as caufas,& re
nha officios. Etes homens, alem querimentos dos vifinhos delles.
dos confelheiros nomeados,auião Aintituição porem delRey Dom
de tratar em companhia delles as Dinis era mais frãoa, pois admit
materiastocantes ao efkado,&bê tia as taespefoas a voto no go
do Reyno, & do filho herdeiro,o uerno, & lhes daua officios, & lu
qual mandaua (e criafeatèferde gares com queos.viueffem na cafà
idade em Lisboa, ou Santarem, Real autoriſad
Coimbra,& Leiria,duas cidades, Vltimamente aduirto,que en
& duas villas, que lhe parecerão tre as malfeitorias que elRey Dõ
mais acomodadas. Em cáfo que Dinis confefa no tetamento, era
a Rainha faleceffe, nomeaua em o grande danno que nas guerras
feu lugar o Arcebipo Dom Mar de Caftella auia feito por mar,&
tinho, com os adjuntos, & modo terra aos pouos, & genteme{qui
degouerno propoſto. nha daquelles Reynos, que he
Ò mandar 4 afsiftiffem no fer fobre quem ordinariamête cae a
uiço do nouo Rey em quanto não furia, & difcomodos da guerra.
tiuefeidade homens eleitospelos Não diz os têpos em que a guer
confelhos, & comarcas do Rey rafe fez,& deue entenderfe na dos
no, & eftes.foffem admittidos a annos paflados, em 4 por varios
confultar, & votar nas coufasto 1mOtlllOS nnOueO aS 2tIm2S CQntra

cantes ao eftado delle, aindaque aquelle Reyno, principalmente


oje não anda em vío, não era or; néfte anno antecedente, & Pు er
ElRey Dom Dinis. 3%
fer que no prefente de mil duzen ramente o que fe lhe mandaudí
tos & nouenta & noue continuaf-, Fazer elRey eleição dete fidalgo
fe ainda a que mandou fazer no para obra de tanta piedade,caliti
fim do paflado pelo Conde Dom ca bem a ſua chriſtandade, delle
João Afonfo, & Dõ Fernão Ro falamos jâ em outro lugar,& ago
drigues de Caftro.Da guerra ma ra por razão do cafo prefente da
ritima não temos notícia algũa remos hum elogio que delle fez o
que epecificar, só fabemos que a Conde Dom Pedro, com que fe -
auia, & que era Almirante mòr o ratificarà ſeu lionrado procedi- '
Cogominho, quando nos annos , mento, & firuirà també para in*
adiante efcreuera reformação da ftrucgogs de validos.Y).fožo Simon, * --

armada naual, que o nolo Rey quepa//gи тиi bет ет (astella por zº
fez com a conducta do Almiran Nuno Gen/alues de Cara o Zoó, eo def- i º:

te Peçanho,& outros Genoueícs, pois por João Nunes de Lara/eu filho;


darei húa relação do á atè aquel © dfpoiifwipriundo del&ey Zon Zoi:
le tempo (e pôde defcobrir em nis de Portugal, @rfoi mui boºhomem,
Portugal das forças maritimas, é muito honrado. E foi homé que nun
alem do que jà fica efcrito no li cabwºou mal a nenhum com elReyZ}%
uro antecedente. 2inis, cujo privado era, antes lhesga
mhaua amuitos del muito bem, é mui
CA PIT. LI. ta merce. Eifio deu elstey Zam Zinis
de Portugalem tºfiemunho dela sámor
IDe outra verba deste te te. De pefoa tal confiaua elRey a
jornada de Ierufalem, mas dizia,
ŝłamento com alţăa moti que fe ele a quizefe aceitar,quã
cia da Terra Santa, do não, que fe efcolhefe outro,
que fofe capaz,& de repeito.
§ Rdenaua elRey mais A condição que aponta em
& eftaverba feguinte :/? lhe mandar dar as tres mil libras,
¿mando ahum cualeiro,que (e a cru/adafor,era dizer,que fe lhe
°° vápor mim á Terra Santa deffem as tres mil libras fe elle
de vltra mar, eº que ºffeehy dous am fofe à Crufada, que então fe pu
nosferuindo a Zeospor minha alma tres blicou para a conquita da Teria
millibras, [e á crufadafor. Efcolhia Santa. Eſte me parece o mais pro
para eta miaó a Dom loão Si prio entendimento das palauras.
mão, Meirinho mòr de fua cafa, Paraque affente com mais certe
pela grande confiança, que delle -za he de faber,á defpois da perda
tinha, & conhecer nelle valor, & de Ierufalem, & do reftante que
ehritandade para cumprir intei os Chriftáos tinhão na Plhi

Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
de que demos relaçaó no anno de Infante Dom Ioão, Dom Afonfo
mil duzentos & nouenta & dous, de Lacerda, & Dom Ioão Nunes
no qual fuccedeo a perda de Pto de Lara. Em Aragão não faltauão
lemaida, refidindo os Caualeiros outras por ete tempo, & no re
do Templo, & Hopital na Ilha tante da Chriftãdade pouco me
de Chipre defde aquele tempo, nos quietação auia, principalmé
foraóno anno preséte chamados te tiueráo fupena toda Italia os
Eul He por Cafano Rey dos Tartaros, dous irmãos da Rainha Santa Ifa
rold.lib.j.
сар.8
cafado com húa filha de Ayton bel, Dom Iaime Rey de Aragão,
¿de Rey de Armenia Chritáo, por & Dom Fradique Rey de Sicilia,
** cujo repeito Caffano mouco atéque na grande batalha do ca
2. հոք, I
'guerra contra os Sarracenos, & bo de Orlândo derão fim á con
rocurou liurar de feu poder a tenda a quatro de Iunho, & com
Santa Cidade, tendo abjurada a eftas difcordias teue pouco fauor
Ley de Mafamede, & abraçada a a guerra de Syria mal fuccedida
de Chrifto conftantemente. No. fempre por outras femelhantes
principio defte anno fe faziáoas em varios têpos,& nanoffäidade
preparaçoés para aquella jorna efquecida de todo. ' * .

da,quando naõ fofeno atras paf Não etaua tão em vfoirem


fado, como outros dizem. Teue de Epanha focorros àquela con
ella felice fucceffo,aindaque pou quiſta,aindaque por vezes lá paf
cos annos defpois fe veio a perder farão os Principes detes Reynos,
Ierufalem agora ganhada, & dei & varios caualeiros; antes como
xaraó os Chritãos aquellas ter os Arabes tinhão tão opprimidas
ras. Como no tempo em que el as Prouincias de Efpanha, cotu
Rey fazia o tetamento fe trataua mauäo os Summos Pontifices, &
da recuperaçaõ da Terra Santa, Principes da Chriftàndade acudir,
deixou mãdado, que foffe aquel com focorros a Eſpanha, & aua
les Santos lugares hum Caualei liar fua reftauração, como fe fora
ro, & defpois de vifitados, feruif. a de Paletina pela opprefaõ em
fe dous annos por fua conta na que os Chritãos aqui viuião.João cºpº
quella guerra. -
Vafeu diz, que era Epanha tão
A guerra ciuil que tinha com eftimada dos Pontifices,4 a igua
o Infante Dom Afonfo feu irmão, lauão com a Terra Santa.Íto que
& o perigo della o obrigou a fa Vafeu publica por excelencia de
zer teftamento. Com elRey de Efpanha, mais he indigencia que
Catella etaua tambem defauin excelencia:& era afii,que na mief
do, & alem detas quebras auia ma forma em que fe concedião
naquelle Reyno as contendas do indulgencias aos que paflauào a
militar
ElRey Dom Dinis. sv: # 377
militar na Terra Santa,fe conce hibindo o Papa Innocencio Së*
dião tambem aos que vinhão por gundo os incêndios, & taxando
fua deuação alibertar Epanha;& penas aos incendialios no Cano
ifto não era etimar igualmente ne dezoito do Confiliogéral Laº
húa, & outra terra, fenão auer teranenfe, ordena-alem das cen
igual nece{sidade em ambas pá furas que aponta, ຜe fºrniticາ.
ra ferem focorridas, & libertadas na guerra dêlerufalém, otiña de
da pefada fogeição dos Mahome Epanha por epaço de humanº
tanos; que quanto à etima,& va no Ete Canone, &prohibição,
lor de cada húa deftas Prouincias dos incêdios lançou defpois Graº
fabida coufa he, que tem prefe ciano no decreto, 8 delle ſad as 2ρ.234
8, c. Peſsiº
rencia aquella terra, em que o fi palauras que fe feguem: Penitens ኵ¡áከWä

iho de Deos encarnou, & refidio tia autem eidetur, vt Arie*%%miis, aut
em vida. -
in Hiffamia in/eruitio 2iiper'annum
-

Daqui vem,que compondo os integrum permaneat. Naqueletem


»!egados Apoftólicos a elRey de poe daua por catigo aos incen.
Inglaterra Henrique Segundo pe diarios vir militar em Epanha,
,,,,,,aha morte de noffo Padre Santo para libertar eta Prouincia, &
«.117. Thomas de Cantuaria,lhe impu agora nas guerras prefentes do º
zeraõ obrigação, que ou pagaria anno de quarenta a etaparte e
trezentos foldos na Terra Santa, reduzio afinaior futia daguerrás
eu viria a Epanha cõtra os Mou talas, &incendios crueis de lugar
res, Antes dito,quando o Empe res; & fazendas, Hętal;eptiui
rador Còrado,& Luís Sexto Rey legio da guerra.offenfiua , que
de Frãça fe coligaraõ para a em 蠶 fazer licito, o que o rigor
preza da Paletina, repartirão o os Canones tem prohibido. Foi saw:44
exercito, qúe era grande, mandá aquelle Canone contra os incen- am 1139.
dohià parte delle Eſpanha,
3.
diarios ordenado hoanno de mil "º
CO-5
- - - ! . - - º - - • - * O. ſ
€ento & trinta & noue, que foi o “S**
p..., mo efcieue Helmoldö, & defta
"… que cáveio foi ajudado elRey Dõ me{mo em que Portugal fele
# "Afonfishenriques natómada de uantou em Reyno, & fé achaua
# Lisboa. Pornoño Padresão Ber a nação Portuguefana Prouincia
3.", tardo foi pregada então aCruza
ส.(17% <da,& conduzido eſte exercito, &
de Alentejo com a efpada na
não contra o maior poder que
*.1í. afi lhe deu Portugal a recupera os Arabes tiueraõ em Efpanha;
gaõ defua Metropoli. . …" afii que as depopulaçoês, & inè
- "Tão igualmentefeattendia na ceridiosfe podem ter por alheos
«Curia Romana da recuperação da guerra defenfiua Portuguefa,
de Eſpanha,& Palestina,que pro: Os vifinhos que não fofieraõ en.
- -- A3堡 tão
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
tão aquella primeira erecção em juta, & de prefente foi expedida,
Reyno, & agora eta retituição como diflemos.Deuião de aceita
igualmõte ಶ್ಗ prin la muitos Caualeiros em Portu
gal, & etar dipotos outros pa
cipio aos incendios, que nòs con
tinuamos prouocados. João Va rafeguir feu exemplo; hum dos
ſeu attribue a Eugenio Segundo quaes era Dom Ioão, & a etere{-
ete fauor de Epanha: mas Inno peito, dos que lá hião, o efcolhia
cencio Segundo o introduzio no elRey Dom Dinis,para ficar mais,
Concilio citado. O nofío Euge dous annos feruindo - naquella
nio Terceiro o confirmou def. guerra por ordem fua. Não du
pois no Concilio de Rems no an uido, que fe elRey etiuera em
no mil & cento & quarenta & oi. focego, & não fora diuertido cõ
to,& he o Canone decimo quin a guerra ciuil em que andaua,que
to defte Concilio, como fe pode ajudafe com bom cabedal a tão
ver no CardealBaronio naquelle fanta empreza: nem me parece
anno- 2^. o;;;.^ , … : : . . . . … wue os Caualeiros do Templo,&
: ; I: , :് - -
…” º --
-
de SãoJoão Ordês intituidas pa:
º • sio CAP IT. LII. f ::, ; ra a defenaó dos lugares Sagra-, *, … – 1

: : ; ; ; ; dos, aindaque com osféus Prior, .、、I1、リ。


، ‫ سل‬. : ٤٠٢٦ !۴f ‫ز‬-
f f **:‫ ؛ ـت‬:٤ . ٤٠٠ ‫ ﺩ‬. ‫ ه‬:‫هن‬:۱ ‫ﺯ‬ & Metre afsitiraõ no cerco de
Em que fitrofºgue hhdf Portalegre com elRey, não fot
eurfoi/abre a comquiifa án em alguns acompanhar aos que
- Terra Santa, & testa-; fem tereſta obrigagäo-ſe offere:
cião. Do efeito todauia não acho
: mento delRey
!!! (്':് ു.". -l-l.Dð:
'::::', mais que eta verifimilidade, fal;
,, . . of chiºiſºthº... o.º. tando noticiasexa&asqué nósafi -
-- : - :: , --->
- -- :::: .o :::::::: "fi"), --
1:5,
, ,, fegurem com certeza, gai. _>
.:12:J!い";

Bonfiderãdo com mais - E afifuppoto que não pofo


畿 attenga eſta verbado relataro que o Reyno de Portu-, - - - - -
-

ⓞteRarétⓞ dcIRcycm galobrou neta parte, por culpa . * ----


.i.tº'" . .

* --
இன் ஐeroi a liல் do defcuido daquele tempo, não .*.* tº

Simão pânăferuir dous annos na deixarei de deplorar o grande ef>


en:te nofo,
TerraSanta, ſe elle foſſeà Cruſa quecimento, em que, -
-- - -
-

da,venho,a perfuadirme, qugine vemos epultada a memoria dos º - * -->


** I jºs

fte Reydo £publicou, a Bulla de Santos lugares, &ºa: frieza que' . . . .'''

Indulgencias, ou Cruſada coſtu retarda a Chritandade para em


| madānaquelles tempos, para fa prender, & renouar tão louua
cilitar o trabalho da jornada, & .ueis intentos, como os Summos
aferuorar os fieis à conquita tão Pontifices, & Principes daquella
. . 3. f. f*. - - - 'idade
- “. ElRey Dom Dinis. - 37š
idade folicitarão, & executarão. rar, que quando Gottifredo a lí?
Diony[io Cartufindo, merecedor bertou auia competếcias, & diui
de ter lugar entre os Padres da foésigoaes, as quăes că induftria
Igreja, arguia já em feu tempo e deböns medianeiros feapafiguas
te defcuido, & pouco fentimen raó,rendendo todos o perjudicial
to de tal perda; tomou elle occa teimofo de particulares, pela de
fiaõ ho fentimento de Heli, & fua uida concordia dirigida a hú fim
hit. Reg. nota, dos quaes a eftritura con tão gloriofô. Poderà fer que em
(ºp.4, ar. ta, que com o fentimétơ do cati tempos tão trabalhofos quaes os
‫ه‬io
ueiro da arca do tetamentornbrº hoffòs, efpsrte Deos hum incita
rerão apreffadamète;&agora diz dor que perfiladaa empregar tan
aquellegràde difcipulo deBruno, tos exercitos,& arrhadas.com que
não vemos quem com a perda,& hoje a Chriſtándade fè conſume,
catiueiro dcjSanto Sepulchro äo na liberdade da Santa Terra, em
menos manifefte húa demontra a qual o filho de Deos obrou a
4ão de fentimento: hoffa. , -

No tempo em que elRey Dõ E não pode atemorizarnos a


Dinis felembrou de mandar Dõ potencia thomana, prefumida
Ioão Simão a etafafita emprefa, formidauel dos q não bem pezão
eftaua Portugal,Caftella;&amá a falencia defua confiftencia,quã
ior parte da Chriſtandade pertur - do com o exemplo dos tres annos
bada com diençoés, & guerras, pafados vimos os maiores em:
mas ainda auia quem applicatia pregos de fua pujáça, decompo
esforços para a retauração da ftos,& desfeitos do valor da Re
Terra Sañta. No atino prefente ptiblica Venefiahabenefierita dé
de mil & fèifcehtbs & firicoenta, honrofos elogiosportaõ valerofa
em que efereuo, vemos por to. offena, & reitencia, que parece
das ás prouincias de Euròpa re dos fepfefentou o Ceo naquella
uoluçoês maiores,áfaraó defe5. contenda,o que fe poderia execu
fiar de poderſereduzir á terrhos tar contra o comum inimigo, fé
de concordia cothèqueos Princi. com os Veñefíanos (entiffém os
pesque as dominão fecóformem Turcos o braço dó retante da
a húa colligação louuauel,que os CHritandade. Ao menos fei eu,
faça lembrados do que fe deue ao titie corh outra vitorià hagal fe
libertador do mundo, depreza fhelhante, que os mefmos Vene;
:do na mefifiacidáde de feitifalé, fiárlos alcangaráö dó Turcb, pers
aonde perdeo a vida pela liber: fiadiâ leronimo Balbo ao Papà biti tvrti:
(i.
dade dos homens: mas eta deÉ Clemente Septimo, que não era
confiança teràquem naõconfide imposiuela ruina daquelle ver
- Aaa 2 dugo
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
dugo do pouofiel. como lemos na fua chronica, a c
Menos difculpa poderão ter fim de fogeitar o Reyno de Mar- *
oje os Principes Chriſtãos, aduir rocos,& afegurar Epanha, & por
tindo, que faltauão nos paflados eta via deixar a conquita de Ie
conquiftadores daPalettina as co rufalem mais facil, que com os
modidades que lhe franqueão, & exemplos pafados,em quãto efa
facilitão mais aála jornada; mas diueriaõ, & impedimento pelf
porque etas comodidades foráo tiffe,não parecia acomodada via
fruto da nação Portuguefa, direi gema da Terra Santa pela via or
no cao o que em Catella fe di dinaria que tinha feguido. Ete
curfou na materia,&o q em Por penfamento delRey Dom Afon
tugal feintentou pela me{macau Ío approuaraó defpois os Cafte
fa. Nos tempos pafados feem lhanos em tempo do feu Rey Dõ
prendia a conquifta da Palettina, Henrique Quarto, & porque en
deixando os Principes Chriftãos, tão etauamos os Portugueles (e-
expota Epanha à inuafaõ dos nhores jà das duas principaes for
Mouros Afiicanos, que diuertião ças, Cepta, & Alcacer Ceguer,
feus intentos, obrigandoos a vir dizia Frei Afonfo de Eípina, que
focorrer eta chriftandade,com á naquelle tempo efcreueo o Forta
repartidas as 蠶 não auia po litium fidei, que deuia applicare a
tencia que pudele continuar em Chritandade a ajudarnos a con
prefa tão cutofá. Do anno de quiftar o reftante de Berberia,
mil & quatrocentos & quinze, paraque a conquifta da Terra
em que elRey Dom João de Por Santa ficafe mais facil, & que e
tugal ganhou a cidade de Cepta ftãdo pôs fenhores daquelas duas
em Africa, & forão feus fuccefo forças,era conuenientiísimo con
res cõtinuando a4lla juſta guer tinuar a obra. . . . . . . . . . ,
ra com acrefcentamento de ou . Se outras naçoés fedefcuida
tras cidades, & portos, cerrarão rão, não faltarão os Portuguefes
a entrada dosArabes com áEpa. em franquear com a conquita
nha eftàliure,& defembarảẹada, de Africa largos temposguerrea
&afsinão sò não diuerte o cabe da,eta bem confiderada preuen
dal de outros Principes, fenaõ4 ção, & defempeço para a guerra
pode fer a maior parte com feii fanta: antes pafando às dilatadas
grande poder. - - - ... prouincias da Afia, tem expota
ElRey Dom Afono o Sabio outra diuerfaõ tal ás armás O
de Catella trabalhou em feu té. thomanas pelo mar Roxo, & pe
po de fazer jornada a Africa.com lo Perfico, que podem conui
os Reys de França, & Inglaterra, dar com mais feguro os epiri
to S.
ElRey Dom Dinis. 279
tos generofos que, afpirarem a valor,& confiáça para tal empre
taõ alta empreza. ElRey Dom za na carta que elRey D. Manoel
Manoel fe quiz logo aproueitar efcreueo aoArcebifpo no anno de
de taõ bom comodo, & por mil & quinhentos & feis, dizia el
feu Embaixador Duarte Galuão Rey, que eperaua em Deos, que
mandou cõuidar fecretamente ao todos tres, os dous genros & fo
Emperador Maximiliano, & Rey gro auiaò de comungar o corpo
de França Luis duodecimo,alem do Senhor, dizendo elle Mifa na
do Papa Iulio Segundo, paraque Igreja do Santo Sepulchro. Atua
vnidas as forças cá pela Europa, ro Gomes de Catro chronita do
& os Portuguetes no mar Roxo, Arcebifpo Ximenes, que tradu- 3.
& portos de Suès, & Iuddá com zio a carta delRey Dom Manoel
ajuda do Prete Ioão da Ethiopia em Latim, pretende fazelo o pri
apertaffem o inimigo forçofämë meiro motor"deta acção, mas
te. Daquella embaixada fala o não fica mal aquinhoado com fer
º ກcimo Duarte Galuão na chro- efcolhido para perfuafor della a
nica que fez delRey Dom Afonfo elRey feufenhor, que a elRey D.
Henriques, & do interior della Manoelfe deue a gloria de a em
um sirº deu razão Ioão de Barros na de- prender, & propor primeiro del
cada terceira. Parte das inftruc de o anno antecedéte de mil qui
çoés vi eu na Torre do Tombo. nhentos & finco, como difemos.
No anno de mil & quinhentos & As cauſas de nað ſe concordar a
finco feinuiou a Embaixada, & liga deltes tres Principes, dá a
fuppoto que não fe pode efeituar duelle autor, &eu, aindaque ſen
couſa conueniente, naö leuantou tido de lhe não ver efeito, não
maõ da obra aquelle excelente pofo deixar de julgar pela maior
Rey,porque não contente deem acção do Chriftianifsimo Rey D.
penhar as forças Portuguefas pe Manoel, etando occupado nas
la Afia, determinaua com maior arduas conquiſtas de Aſia, Africa,
poder expor a pefoa ao me{mo & America, intentar a de Ierua
rifco cá pela Europa,& a efe fim lem pefoalmente.
ſolicitou a ſeu ſogro elRey Dom Ha poucos annos que Dö Fer
Fernando o Catholico de Catel- nando Matute difcorrendo neta naus
la, & a elRey Henrique Oitauo materia com outros principios, dedí
de Inglaterra,genro tambem del- exhortou ao Catholico Rey de #
le, interpondo para lhe perfuadir Catella Dom Felippe Quarto, a""
eta propota a autoridade do Ar- que moueffe as armas a tão fanta
cebipo de Toledo Dõ Francifco emprefa,trabalhando por demo
Ximenes de Cifheros, Prelado de ftrar,que aos Reys 醬 e va
- Ааа 3 tici
τιurox VII. Da Monarchia Luſitana.
ticinaua a extincção da feita de vinte & finco de Iunho de mil &
Mafoma; promefa que os Fran quinhentos & fetenta & hun,pe
cefes attribuem aos Chriílianifsi dindolhe quizefe entrar la liga
mos daquella Coroa, & em á dife cõtra o Turco lhe dizia, que efta
- correo eruditamente Villadamor ua mui certo no fauor que daria,
No pang,
rico a Luis Catalão. Em Portugal naõ faltão por quanto o emprender guerras
13.
fundamentos para crer, que os pias contra infieis, era proprieda L.2. Bul
Reys dete Reyno, cujas armas de particular dos ReysPortugue lar.ſviz:
fizeraõ já mudar fitio à fepultura fes: Quiaproprium effe videtur Portu
daquelle falfo Profeta, hão de fer galliae Äegumpia bella (a/<ipere, & cum
os libertadores do Sepulchro de infidelibus preliari.Elogio verdadei
Chrifto.Mas como ete ponto he ramente batante a fe dar por bé
mais de curiofidade zelofa, que empregadas quantas depefas, &
de hiftoria, tornando ao intento fangue tem cutado as conquitas
Principal, digo, que ou feja eta, dete Reyno, & para jutificar
(ou aquella Coroa a que pretende noffas caufas na curia Romana
fer executora de obra táo fublime, nas guerras que agora temos em
naõ deue, qualquer dellas, que º futentar a juta retituição de
for, pouco à naçaõ Portuguefa,á Reystai benemeritos da Sè Apo
taes caminhos facilitou para ella, ftolica, os quaes deocupados de
debellando continuados feculos a outras diuerfoés,que lhe originou
gente Mahometana contra quem a vniaó paffada de Caftella, podé
tiueraõ fempre os Reys deta Co feruir à Igreja para a retauração
| roa ao menos tres mil homés em da Terra Santa por muitas vias.
Africa,fem lhe admittir paz,nem | Deixando pois a materia defte
tregoa, coufa naõ vita em outro · difcurfo,a que nos deu motiuo a
Reyno da Chritandade, como verba do teftamento delRey Dó
com razaõ publicou Zurara na Dinis, continuando com outras,
chronica do Conde Dom Pedro. ordenaua mais,que defem milli
Сар.2.
Eefereueo ele em tempo delRey bras a hum homem, que por fua
Dom Afonfo Quinto, defpois do alma fofe correr as etaçoés de
qual até o prefente quanto mais Roma,& alli fe detiueffe duas qua
creceo o faúor, & cabedal contra rentenas. Em outra manda deixa
ua cem libras ao moteiro de Sã
os profeflores daquela feita, &
cõtra os gentios do Oriente, Afri to Augutinho de Lisboa, que he
ca, & America, manifeftado eftà o da inuocação de nofa Senhora
ao mundo todo. Por efta caufa a da Graça dos ReligiofosEremitas
Santidade de Pio Ouinto efere dete Patriarcha,celebre no tem
uendo a elRey DõSsbatião em po prefente por tua fumptuofida
de, &
ElRey Dom Dinis. 286
de, & Religião. ElRey D.Afonfo
Terceiro fè não lembrou dete
moteiro em feu tetamento, & CAPiT. LIII.
aſsi deuia edificarſe no principio
do reynado de feu filho elRey D. Do terro de Portalgre tã
Dinis. Para fundação de outros adura fão, & ſucceſº
em Abrãtes,Etremos, & Torres fos delle. . . . .

Vedras tinha dado o dito Rey


Dom Afonfo licença a etes Reli ડ્રહ Epois que el Rey o:de- i 2.99.
giofos, & entendo que deuia fer è denou em Satarem ſeu
a intancia da Rainha Dona Bri :%: teſtamēto,paflou a Alé
tes fua mulher,que tinha por Ca ºtejo,& conformea bre
pellão humkeligiofo deta Ordé, uidade de fuas jornadas, & o ap
due pode fer trouxefe de Caftel parato de guerra que fazia,deuia
la. No anno mil duzentos & fetê o Infante Dom Afonfo apertara
ta & fete afsitio ele prefente às uella Comarca, em que jà antes
propoftas,que o Legado doSum delRey chegar he verifimil teré
mo Pontifice fez a elRey D.Afon paado varios recontros com os
fo (obre as caufas Ecclefiaíticas: “Alcaides môres dos caftellos vifi
Zominico Martini (apelano Regine de nhos a Portalegre, que era a pra
Ordine S.JAuguffimi.Emfimno anno ςa de armas d6 Infante. A qua
de mil trezentos & quarenta & torze de Mayo eftaua elRey jā
tres não etaua feita a Igreja do em Catello de Vide, daqui par
'mofteiro (obredito;porque fazen tiologo para Portalegre, & no dia tb.3.2
do ſeu teſtamento naquelle anno feguinte, que foraó quinze, con º 7.
Maria Eteues, mulher de Ayres firmou eftándojàfobre a Villa ós
Martins, Eferiuão da puridade foros, & termos ao confelho de
delRey Dom Dinis, & irmãa de Caftello de Vide, concedendolhe
Pedro Doffem,mandaua dar feif: que fofe empre da Coroa, final
centas libras para e fazer etalgre que não feguio Catello de Vide
ja de Santo Auguftinho de Lif. as partes doInfante Dom Afonfo;
boa, & etando feita à hora de fua -aos vinte deu carta de pouoador
morte, as applicaffein para cati da mata de Vrqueira, que he no
uos. He a fabrica grandioza, & termo de Ourema Martim Lou
forão neceffarios muitos annos renço de Cerueira ſeu vaſſalo. .
para acabarfe.Na igreja de Santo Deſte appellido de Cerueira
Andre deLisboa ſeconſeruaote achamos já no reynado delRey
stamento de Maria Eſteues.
-
Dom Dinis Gomes Lourenço de
' ' ... º: . .
Cerueira, do qual falamos no li
Aaa 牛 11TC)
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
uro antecedente: mais auia Ro vi dos fenhores da quinta da Pe
drigo Annes de Cerueira, fenhor na. & intrumétos autenticos dos
da quinta de Cerueira, fituadana adminitradores da Capella do
freguefia de S.Payo de Poufada, Arcebipo D. Gonçalo.
junto a Braga, que he o Solar de No dia feguinte depois da car
íta familia, como diz D.Frei Pru
ta de pouoador a Martim Lou
dencio de Sandoual, falando do renço de Cerueira, pafou elRey
Bipo de Tay Dom Gil Pires de tambem foral aos pouoadores da
Cerueira. Foi Rodrigue Annes, Villa noua de Foz de Coa,& em
vltimo fenhor da quinta,a qualfe ambas eftâ a firma nefta forma:
A

arrematou por fua morte parafa Zada no Arreal/obre Portalegre.De


tisfação de diuidas,& a comprou ta maneira continuão as mais ef
o Arcebipo DõGonçalo Pereira crituras ate fete de Nouembro,
para applicará fua Capella. Foi que foi o tempo que o cerco du
¿efpois emprafada a quintaaPe rou, como logo veremos mas tor
dre Annes de Cerueira, filho do nando ao principio delle, a vinte
defunto, & andou inteira atè o & hum de Mayo mandou elRey
tempo de (eu neto Pedre Annes pouoar na foz do Rio Coa aquel
de Cerueira,o quala diuidio,dan la Villa,que por eta caufa fecha
do ametade, que agora chamão ma Villa noua da Föz de Coa, &
a quinta da Pena, afeu filho Ro .com fer fronteira ao Reyno de
drigue Annes deCerueira,em cu Leão, que lhe fica vefinho, apar
josfuccefores anda, & a poffue tado sò com a interpoſição do
ao tempo que ifto efcreuemos rio Douro, que naquella paraje
Gonçalo de Araujo de Cerueira recolhe as agoas do rio Coa, fe
feu terceiro neto. A outra ameta edificou eta Villa fem cerca, né
de da quinta,aonde etaua a torre caftello, de que tiueraóbem ne
antigua, que fe derribou ha pou cefidade nos tempos adiante feus
cos annos, paffou às familias dos moradores. Vieraö elles a ſentir
Caldas, & Macedos, & a poffue fue a falta na guerra del Rey D. Afon- La t. 4
oje Ioão de Faria, cafado cõ Ma fo Quiato, & affi ſe refolueraõ a :*
ria de Caldas. Daquelles tres fi fabricar hum catello para fua de
dalgos Cerueiras não fala o Con feníaõ à cuta propria, o que ref.
de Dom Pedro, nem o liuro ve peitando elRey lhes cõcedia,que
lho, mas foraõ diminutos, pois afsicomo os de Freixo de efpada
nos conftados dous por efcrituras cinta não tinhaõ Alcaide mór,fe
autenticas da Torre do Tombo, ria o confelho de Villa noua de
& o tocante a Rodrigo Annes de Fafcoao 4 deffe omenagë doſeu
Cerueira Por outras originaes, 4 Catello. Naõ lhe batou cõtudo
eta
ElRey Dom Dinis. . * * 28
eta franqueza para edificar o ca ues de Lara, irmão de Dom João:
ftello, & viuer pouco defenfiueis, Nunes de Lara, que agora contê
como hoje etão. - * dia também contra Catella em
Foi elRey Dom Dinis conti companhia do Infante Dõ loão,
nuando o cerco de Portalegre cõ & era filho de Dom Icão Nunes
grande obtinação, & porfia, a de Lara, aquelle a quem elRey
que repõderão os cercados com Dom Dinis fez dar liberdade. Ca
não menor valor, & contancia. fou mais a terceira filha D.Maria
Os motiuos eſpeciaesdeſte cerco, com DõTello, obrinho da Raiº
& a occafiaõ das quebras entre nha Dona Maria de Catella,filho
elRey, & o Infante naõ fabemos de feu irmão D. Afonfo de Moli
outras mais,que as á temos con na. De todas etas filhas, & feus
jećturado, conformandonoscom cafamentos fala o Conde Dom
o tempo em que fuccederaõ etes Pedro. s . . .. . .. . . . '
rompimentos. Ruy de Pina, & Oliuro antiguo das linhagens
Duarte Nunes só dizem, que el dà mais outra filha chamada Do
Rey cercara ao Infante, & a feus na Brites ao nofo Infante, a qual
genros em Arrõches, Portalegre, diz que cafou com Dom Pedro
& 驚 lhe naõ quererle Fernandes de Caftro. O Chroni
gitimaros lhos, & porque aſpi ta Fernão de Pina nos feus ma
raua o Infante à Coroa, por nacer nufcriptos he delte me{mo pare
filho delRey jà legitimo. Os cer cer, referindo htia carta ſolta da
cos de Arronches, & Vide, & as Torre do Tombo, que he hum
cauas delles deixamos ecritone inftrumento feito entre elRey D.
te de Portalegre não podia fer Afonfò executor do te
cauía a falta da legitimaçaõ dos flamento deta Dona Brites füa
filhos do Infante Dom Afonfo, 4 prima com irmãa de hia parte,
elReyfeuirmão tinha já concedi & Dom Pedro Fernandes de Ca
da, como vimos. He prouauelá ftro, & Payo de Meira da outra;
foffea occafiaõ tirada de não fe nella diz elRey deta maneira:
empenhar elRey muito pelo In Seendo Veedor, dºagdardador datefia
fante Domioão, & conferualo no ímento de Zona Zrites no/a coirmãa,f.
Reyno de Galiza, paraque o lti lhad, Infaniezim Afm?. Interuir
fante Dom Afonfovife fua filha niſto D. Pedro Fernandes de Ca
D.Ifabel, a qual cafou cóDõJoão tro, parece er como intereado
Conde D. o torto, filho daquelle Infante, na herãça de Dona Brites fua mu
Pedro tit.
lo,
Rainha de Galiza. A outra filha lher, & fe eu pudera alcançar o
TDona Conftança cafou o nofo original daquella eſcritura, fem.
Infante com Dom Nuno Gonfal. 'düüidafè defcubfifa eíta verdade
4-3 Éöíti
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
com clareza, màs contentoufe a naquele tempo as conuenien
quelle Chroniſta.com apötareſta eias,que defpois ouue para fe tra
refumpta della;o que eu achei he tarem etes cafamentos,como foi
acarta de venda que etafenhora a pretenção ao Reyno do Infante
Dona Brites fez a elRey D.Dinis. Dom Ioão, pelo qual repeito fe
por morte do Infante feu pay do inclinou o Infante a cafar a filha
quinhão que lhe cabia nas villas com o filho dele,& teue por eta
de Vide, & Alegrete, que fedará caufa a parcialidade do Lara, &
no anno de mil & trezëtos & vin Caſtro.comos quaescaſou as ou
te & finco. Foi a Dona Brites pri tras duas filhas.Com Dom Tello
meira mulher de Dom Pedro, de cafaria a D. Maria em qualquer
que não teue filhos. Como Dom dos annos proximo pafados, em
Fernando Rodrigues de Catro, ue pellas cauſas, que deixamos
paydelle era tão parcial do Infan dadas,foi elRey D.Dinisa Caftel
te DõIoão,com o filho do qual o la. & em qualquer de fuas idas
Infante Dom Afonfo cafou a ou podia o nofo ੰ effeituara
tra filha Dona Iſabel, trataria ca quelle cafamento por meio da
famento de D. Brites com o filho Rainha Dona María, a qual ago
de Dom Fernando,que vimos en ra º ajudaria por ete, & outros
trar por ordem delRey Dõ Dinis repeitos,alem de que naõ he cri
em companhia do Conde Dom uel que pefoas de tão alto etado
Ioão Afonfo cõtráGaliza em fa cafafem cõ as filhas dete Infante
uor do Infante Dom João no fim naquele tempo, em que ellas não
do anno paflado. . . . . . : eltauão legitimadas, nem tinhaõ
Ito digo paraque feveja a ra acçaõ para herdar coufa algüa.
zão de poder o Infante futentar Agora que elRey as tinha legiti
hum cerco tão largo, que fe em mado para herdar, o que fe fez
algúa ocafião podia fer ajuda dos dous afinosantes defte,era tempo
genros, foi neta de Portalegre, difºoto para as aceitaré por mu
em que teria jà cafadas as filhas, lheres cõ o dote, que feupay lhes
Jueno tépo dos cercos de Vide, affinaria, a . . .

& Arronches eraõ de mui pouca . Não ha duuída á por aquelas


idade. Bemfei que não obtante fronteiras auia guerra netê tem
a poucaidade dos filhos,& genro podo cerco de Portalegre entre
delRey DõDinis, & de fua filha, os Reynos de Portugal,& Caſtel
& nora, como vimos, fe celebra la,pois a vinte de Agoto,etando
rão os calamentos, & que aſsi fe ainda elRey no proprio cerco,
ria entre as filhas,& genros do In izentou os moradores de Segura
fante Dom Afonfo; mas faltão da jurifdição da villa de Saluater

ElRey Dom Dinis, . 282
rado Eſtremo, porque fe obriga Porem no difcurfo do veraõ
º raõ elles de fazer hum catello, à prefente,em quanto as coufas não
repeito de etarem naquela frõ tomarão efte affento,continuou o
teira da Eftremadura do Reyno cerco de Portalegre atè dezafeis
de Leão, por onde naquele tem de Outubro, no qual dia elRey
po diziá el Rey, que a guerra era firmou a efcritura de arrendamë
muitrauada, como no mais re to feita a Miguel Martins da La Lib 3. t.
ftante do Reyno: E eu vendo o ex gea, & diz ainda: Zºada no Arreal Iu
ce/o, & bolicio, e asguerras quefomi /øre?ortalegre. ! ! ! ! !
por todalas terras.A guerra deuia de
fer mouida pela Rainha de Ca CAPiT. Liiii.
ítella, á refpeito de ficar defcon
tente delRey Dom Dinis na reti
rada do cerco do Caſtello do Mo De como teuefim o cerco de *-
--
-,

ta, como (e tem vito; & agora Portalegre com outras coû- · ·
vendoo occupado no cerco de fhs totantes a ešte
Portalegre, achaua comodidade
de inquietalos em fauor do In f : ſ , : intento:
- * .- *. " , - - *
* -- *

fante Dom Afonſo, ſogro de ſeti - -

fobrinho Dom Tello. O me{mo $E quinze de Mayo atè


faria o Infante Dom João por fua 燃燃* dezaſeisdeOutubro 1,99.
parte, aindague beneficiado del ##$durou o cerco de Por
Rey Dom Dihisno anno aritece * talegre, em que aueria
dente, que mais lhe conuinha aº grandes fuccefíos, como na guer
judar ao fogro defeu filho, &ifo ra que em Catellatinhamos nas
melmo DõFernando Rodrigues fronteiras por ete tempo, porem
- - - -

de Catro. O partido delRey Dó de tudo nos faltaõ as noticias ne-> ,703 ---

Fernando de Catella melhorou cefárias Sôo Conde Dom Pedro


muito por ete me{mo tempo cõ hos deixou eftrito,que Mem Gö
a prifaõ de Dom João Nunes de ſalues,ſogrodeIoão Rodrigues,fi
| Lara, que foi caufa de fe lhe en lho do terceiro fenhor da Zam
tregarem muitas fortalezas,& de buja fora morto em Portalegre,
Chronicá fe reduziro Infante Dom loão,cố & deuiaferfem falta nefte cerco.
deFernãdo que no principio do aano eguin Teue elle fim no dia que aponta
4.04pe 13,
ό 14
te fe congraçou elRey Dõ Dinis mos, porque naõ fe achaõeferi
com a Rainha Maria, & com feu turas delle adiante feitasno arreal
genro elRey Dom Fernándo, & fobre eta Villa, fendo a primeira
difpenfaraöpâra fe receberemos que defcubri de oito de Nouemi- iii. 3. ..
filhos,& outras comodidades: bro; & já na firma diz: Zada em º
- ----------
Þúrtás
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Portalegre. Sinal que jà elRey eta penas, degredos,& exmprafamen Chemia
ua fenhor da Villa, & recebido tos, como diz Damião de Goes, delRey Dí
nella, & nefta forma continuão paraque os nobres cõfetifem em Manáli.
outras doaçoês, & efcrituras. fer fogeitos a pefoa quena5 foffe Paris.
Foraõ os moradores de Porta filho de Rey, valendofe do pri
legre bem tratados delRey, não uilegio que tinhão, & affi deu a
obftante a grande refiftencia que quelle Rey o titulo de Conde de
lhe fizerão, & poderá fer que o Portalegre, & Alcaidaria môr a
valor que motraraõ em defen Diogo da Silua, com que fe con
der ao Infante feu fenhor, affei feruão feus fuccefores, & a Villa
çoafe a elRey, que fabia etimar ficou na Coroa como dantes era.
homës femelhantes,como vimos He Portalegre cidade oje Epif
na frãquefa que fez aos do termo copal, dignidade que elhe con
de Alanquer por eta caufa. Aos cedeo no anno de mil quinhétos.
lib. 2. de
Odiana à
de Portalegre concedeo agora & fincoenta pela Santidade de
fol.2/ó. em dezoito de Nouembro, qnão Paulo Terceiro à inftãcia delRey
foífem mais de Infante, ou Rico Dom Ioão o Terceiro; terã tres
homem, & ficafe aquella Villa mil vifinhos,em que ha muitas fa
para fempre na Coroa do Reyno. milias nobres, nas quaes entraõ
Ito me{mo lhe confirmou elRey Tauares, & Gomides,de i proce
Dom Ioão oPrimeiro.Em tempo dem os fenhores de Villaverde,
delRey Dô Afonío Quinto pre & os Sequeiras, fenhores da Tor
tendeo Dom Sãoho de Noronha, re da Palma. Tem alé da Cathe
irmão da Duqueza de Bragança, dralquatro Parochias, & quatro,
& outros ီ|ိ que lhe defe Conuentos, dous de Religiófos, a:
elRey eta Villa, porem os natu faber, de São Francifco,& Colle
↑âcs repugnaráo,defendendofe cõ.
gio da Cópanhia,& dous de Reli
o priuilegio delRey Dom Dinis, giofas,hum de Santa Clara,& ou
que o me{mo Rey D.Afonfo lhes tro da nofa Ordem de São Ber
confirmou em Veiros a vinte de nardo.Eftá fituada fobrehum ou
Março do anno de mil quatrocê teiro, que tendo as cotas para o
tos & feffenta, fendolhefeita pe Sul, fe inclina com hűa dilatada
tiçaõ por carta da Camara, que ladeira até o valle para a parte do
leuou Pero Caldeira, Caualeiro Norte. No mais alto età o ca- ".
da cafã delRey, & Alcaide môr ftello com tres fermofas torres, … ..
de Maruão. Com mais empenho junto deta cerca fe etende a Ci
intentou elRey Dom Manôeldar dade atè o meio do outeiro com
Portalegre a Diogo da Silua de bom muro,fora do qualfe foipo
Meneles euayo, & naóbataraó uoando o arrabalde.Efte outeiro
da
· · ···· ElRey Dom Biñir, … - 333
da cidade età entre outros dous, Por fer eta de Portalegre de
o mais alto dos quaes,que he o da tanto porte cutou muito a elRey ...
mão direita, fechamao do arra ganhala, como ele confeflou nas" ####.9
yal, por fer tradição,que aqui af merces que fez aos Caualeiros
fentou elRey Dom Dinis oſeu ar. das Ordens militares, que gísiti
rayal,quando a cercou,8 ha mo rão com elle, & o ajudarão. A
tiuo para fe crer ifto, porque fe doze de Nouembro deu à Or
achaõ ali muitos pelouros gran dem de Auls, & ao Metre Dom
des de pedra dos engenhos, que Lourenço Afonfo a Igreja deSan
então fe cotumauão. Com efte ta Maria do catello deta Villa,
monte fevai continuando a fref. na qual doação confirmão: º
'quißima ferra de Portalegre, a * O Infante Dom Afonfo filho
qual dizem tem màis de duas mil herdeiro. ' * ' ' ' '”º s.: 1
fontes de agoasexcellentes,& eftà - O Conde D.João Afonfó. …
veftida de infinitos foutos de ca "D.Martim Gil Alferes. "..…
Itanheiros, & muitos pomares de Dom IoäGRodrigues de Brit:
varias frutas. Nacem deíta ferra teiros. "9į
eterios, que aó Vide, Seuér, Se . D.Pedre Annes de Portel. :
uerete, Caya, Cayola, Xeuora,& D. Fernão Peres de Barbofa. ---
- -- - -

Confogra, em cujas correntesha Ioão Mendes de Britteiros, º


muitos moinhos, & pizoês, aon * Martim Afonfo: "…" * * *
de febeneficião os panos que na * Ioão Fernandes de Lima.".
Cidade fe tecê, o trato dos quaes Dom Martinho Arcebipo de
antes das guerras prefentes che
gatiaa duzentos milcruzados.Da D.ío㺠Bífpo de Lisboa:
antiguidade deta Cidade hava D.Pedro de Coimbra. É
riedade nos Geografos, a nòs ba * D. Sancho do Porto. ` R

fte dar etabreue relação do eta * D.Fernando de Euoraï' ' '


do em que agora avemos. ElRey * D.Freifoão da Goarda,
Dom Dinis a encorporou na Co "D.Egas de Vifeu. * * *
'roa 'conforme ao principio que º D.Vafco de Lamego. .
apontamos. Foi efte Rey mui D.Ioão de Silues. ,
franco em conceder femelhante * Eſteue Annes Chançarel, a.
priuilegio, porque o exemplo da
inquietação que lhe caufou feu
D.Ioão
Ruy Paes
- -

Bugalho. º .
Simom.“
-
- --- º º
-e ‘’

irmão pelo fenhorio que tinha * Pedro


.MetreAfonföRibeiro,'''''
".oãynI i
‫از دست‬ *:
em tão fortes lugares, lhe fizeraõ
- acautelar côa nobreza, & diuer º *Gonçalo Fernandes,.97 ; : * : *; ' ' ' .
João Dacre. ſ.
· · tirlhe grandes fortalezas. " * "
-- - --- -
866 Apoli
ſ
f
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
A Dom Vafco Fernandes Me O Santo Dom Frei Garcia
-
fre do Templo, & à fua Ordem Martins, Prior do Hoſpital, al
deu o padroado, & aprefenta cançou aqui tambem o padroa
-
-

- *

çaõ de Santa Maria a Grande cõ do de outras Igrejas. A rubrica


fuas capellas, a vinte & dous do deta efcritura diz, que eraõ as da
mes fobredito, & no proprio dia Goarda; no contexto faltou o no
fes merce a Dom Garcia Rodri me dellas por inaduertencia, mas
gues,Comendador de Mertola, 4 mais (e alcança ferem da mefma
era Comendador mòr de Santia villa de Portalegre,que entaõ era
go nefte Reyno, dos padroados do Bifpado da Goarda, & com
das outras Igrejas de Portalegre; ifto fe equiuocaria o rubrigador.
em ambas as efcrituras declara “Concedo vobis Carcie 2^artini de?or
elRey, que as fazia pelo grande tu. Alacris dioceſs Egitanienſ, orius
afaõ,&cuta q os Caualeiros de patronatus earundem;_faltáo pala
ftas Ordens tiuerão naquele cer uras, que deuem füprirfe deíta
co. Parece que o Meftre DöIoão maneira,para ficarem todas com
Ofores,queñeftes annos proximo ſentido: Zou a yos Garcia 2aartins
pafados refidia em Portugal, fe taes 4rojκι
d് Villa de Portalepre da
foi para Catella, veado que el Зі?ado,da Goarda, 6, opadroada del.
Rey Dom Dinis abrira guerra las Eta efcritura sô ëftá na lin
coñtra aquelle Reyno, & a effe goa Latina, fendo as outras na
repeito gouernaua, o Comenda nofa vulgar Portuguefa, que co
dormóreta caualeria, & a elle mo jà deixo aduertido, ainda
federač ospadroados deftas Igre Jefpois que elRey mandou, que
jas: Com a mudança de fenho {& fizeffem na lingua Portugüe
rio, que a villa de Portalegrete 珀, por vezes as efcreuião na La
ue, auia grande confuaó acerca tina. . . .
dos limites das parochias, com Nefta eſcritura (fe Andre de
que alguns feefcutauão dos dizi Reſendeavira) ouuera de repa
mos, & direitos que lhe deuião, o rar no nome de, ?ortus Jalirer,
que confiderado pelo Bipo da que fe dá a Portalegre, porque
Goarda Dom ီ|ို cuja dio achou grofleiro o modo de fa
Lib. 3. de , cefia Villa era naquele tempo, lar de Ioão Valeu, em lhe com
Odiana limitou, & finalou os ditriótos pór o nome Latino com huma ºf. ‫بهة‬
fu, sp. delles,de que ha huminftrumen parte de deriuação Portuguefa,
mento publico na Torre do Tõ chamando ao Bifpo de Portale
bo, feito no primeiro do mes de gre, ?ortalegrenft . Era critico,
Feuereiro do anno miltrezentos &Profeflor da Latinidade o Me-nias:
&quatro. - - - .-
trº Refende, & afi compos a fºiº
* . ..
" * -,
palaura
ElRey DomDiuis. »i4
palaura em outra forma, para Alem detas merces, & doa
que ficafe melhor foante, & çoês referidasconcedeo elRey D.
quiz que ſe pronunciaſſe Portale: Dinis muitas, durante o cerco de
gre, Jºlieriportus, & daqui fe diri Portalegre, aonde a maior parte
u.s., uafle, Alacriportuenst. O Arcebif da nobreza,& foldadefca do Rey
po Dõ Rodrigo Ximenes na fua no eteue junta; & como a villa
hiftoria nomeãdo a villa de Mö de Serpa era jà do fenhorio defa
te alegre de Catella, aindaú não Coroa,não faltou no feruiço del
fez hum só nome compoto, lhe Rey. Della vietāo osbeſteiros do
chamou també no Latim, 3tons coiito, que era milicia repartida
alacer. Ha variedade nos Autores, pellas villas,& cidades do Reygo,
que efcreuem as hiftorias de Ef. de que darei notícia em outro lu
panha en lingoa Latina em com gar, & procederaö tambenneſtes
pôr vocabulos proprios com que de Serpa, que elRey lhes deu pri Camara
osEfpanhoes exprimáoas cidades, uilegio para matarem caça, & a de Lisboa
- villas, lugares,officios,& qualida venderèm porfi, ſèm as juſticas lib, 2. dos
des de pefoas, 4faõ proprios de entenderemcom elles: E ºfa mer miſlicoidot
ſta lingoa, & acomodalos á de l്fാpor muiro/eruio que me f Reyifol.
☾é
O• I2

clinação Latina;porque reduzin xtremem faguerra de?ortalegre.


doos ao polimento defta,àsvezes Concluiofe finalmente o cer
não declaraõ bem o que fignifi co com a entrega da villa, que
º cão, ou declarandolhe a fignifica deuia fer a partido, feitas capitu
ção mais expreta, retêm alguma laçoês, & concertos entre elRey,
imperfeição deLatinos barbaros. & Infante, que agora (e pratica
Lourenço Valla na hitoria del rão, & derão a execução no an
u, , Rey Dom Fernando de Aragaó, no feguinte. Foraõ terceiros a
por não humilhar o etilo, & ele Rainha Santa Ifabel, mulher del
gancia que profefaua, não quiz Rey, a Rainha Dona Brites füa
vulgarizar a compofição detes máy, & a Infanta Dona Branca
indigitate
fit, de vocabulos.
--
Ieronimo Blancas fe
*...* ºn---T_ _ _ _- -- -
fuairmãa, que por ete tempo e
#"... não leuöu deta prefunçãograma ftaua em Portugal, & era Prin
tegnum, tical : & acomodandofe ao nofío cefa,a que elRey muito defiria &
Bipo O(orio,quis antes exprimir de que fazia grande etimação,
, , , fe com mehos polithento nefta & confiança, como fe verà pe
parte,que deixar efcura a fignifi las muitas merces, que elRey İhe
icação dos vocabulos por elegan fez em outras occafioés, em que
te. Eu folgara efêreuer como Re por fuá interuençaõobrou vaiias
fende, &Valla, fepudera decla čoufas. O Conde D. Ioão Afon*
rarme como Oforio,& Blancas. fo, & outros fenhores, & Prela
-
Bbb 2 dos
- ---

Liuro XVII. Da Monarchia Luftana. -

dos ajudarão neta concordia, & cõ{equencia faltandolhe ete par- .


como elRey era tão obrigado ao cial, em breue (e reduzio o Infan
Conde Dom João, que no cerco fante Dom Ioâo, & defpois del
feruio com a gente da fua villa le aceitou Dom Afonfo de La
de Albuquerque, teue nellebom cerda os arbitros da compoſição
padrinho ete concerto. No an com elRey Dom Fernando, de
no feguinte daremos a relação que foi o principal elRey Dom
extenfä, antepondo outras coufas Dinis. -

do principio delle,8 do fim deſte Reolueofe o nofo Rey a con


para colligaçaó dos fuccelos. firmar pazes com Catella, ven
do que não podia jà confeguir a
C A P I T. LV. -
deſmembração do Reynode Ga
liza para o Infante Dom João, &
tambem para ter mais feguro
Da tipofição que elReyfez emparo contra osintentos de feu
com el Rey de Castella ſete irmão o Infante Dom Afonfo,
4enro, é… com o Infante, de que ao prefente eftaua efcan
Dom Afon/ofen daliiado. Por efta caufa defpois
zrnao.
體 fe partio de Portalegre, que
. . . . . . ‫ ليط‬.. - - - - - * ,

foi no principio do mes de De


zembro, pois a noue defte mes o
雯 國 Anto que elRey te achamos na villa de Etremoz, Lib # fil»
鲨 ue difpoftas as cou aonde fez doação ao Metre de
r3oo,冢器 #i fàs de Portalegre pe Auis Dom Lourenço Afonfo, &
>>EFSA la interuençäe das áfua Ordem da Igreja de Alca
Rainhas, Infanta, & mais pefoas nede. Celebrada neftaVilla a fe
que difemos,fe mandarão aquie ftado Natal, fe partio para ac9
tar as armas contra Catella por nmarca de Riba de Coa, & nefta
todo o Reyno, que afi como tra jornada de ida, & vinda gatou
taraõ a cõcordia entre os irmãos os mefes de Ianeiro do anno de .
ambos, folicitarão tambem a mil & trezentos até Iulho, em º
mefma entre elRey, & ſeu gen que o tornaremos achar em Life …,
ro Dom Fernando Rey de Ca boa. . . . . º

ftella. A prifaõ de Dom João * Achronica delRey Dom Fer Caá.[4.


Nunes de Lara tinha fido cauía nando diz, que no principio do
de melhorar o partido delRey anno de mil trezentos & hum
Dom Fernando, porque não sô mandara elRey Dom Dinis Em
ete tão poderofo contrario lhe baixador a Catella para vitas
ficaua obediente, e não que em com a Rainha Dona Maria,& cõ
- -

elRey - - -- - -- -
El Rey Dom Dink. & 18;
elRey ſeu filho, & que aceitada a da qual o Embaixador delRey D,
meflagem fe ajuntarão todos na Dinis foi a Catella acerca deflas
cidade de Palencia. Nefkas viftas vitas, naõ podia ferfe não no anº
fe fizeraó as pazes, & fe concluio no de mil duzentos & riouetta &
* a execução do cafaméto delRey noue,como he contante entre os
Dom Fernando com alRainha D. autores, & fe deduz claramente
Contança,que fegundo boas cõ pela hitoria de Aragaõ, na qual
jećturas deuia nas reuoltas do an lemos, que tendo concertado cl
no pafado etar quafi desfeito. Rey Dom Iaime de entregar a D.
-Aqui em Palencia acabou elRey Ioão Nunes a cidade de Albarra
Dom Dinis afeguralo, & alcan fim, vindo no fim do anno de mil
·çou daqueles Reys, que pagafsé duzentos & nouenta & noue da
as difpeñfaçoês,que eraõñeceffä grão batalha do cabo de Orlan
rias asi para o cafaméto del Rey do contra feu irmão elRey Dom …",
Dom Fernando com a nofia In Fadrique de Sicilia, encorporou č. 4'-
fanta D. Contança, como tam Albartafim na Coroa,fabéndo à
bem para o do nofo Infante Dõ Dom loão etana prifioneiro em
Afonfo com a Infanta Dona Bri Caftella, & trataua compofiçoés
res. Nito pararaõ as vitas por com elRey D.Fergando,inimigo
então dos Reys em Palencia, as de Aragaõ naquele tempo." ",
quaes aindaque aquella Chroni * O que nos afegura mais em 4
ca as lança no anno de trezentos a jornada delRey Dom Dinis a
«hum, jâ em outro lugar aduer Palencia foi nefte anno de mil &
rimos, que vai ella erradamente trezentos, he ver, que ate o mes
pofpondo os fucceffos. Elte das de Abril andou pela comarca de
vitas em Palencia neceffariamê Riba de Coa, donde era facil o
te fe ha de antepór, & colocar no paffar a Palencia, aísi como em
.principio do anno de trezentos, todas as outras ocafioês; por eta
asi porque fe concluio o cerco me{ma parte ou entrou em Ca
de Portalegre no fim do anno paf {tella a fazer guerra,ou a vitas, &
fado de duzentos & nouenta & concertos de pazes, & cafamen
noue,por cuja caufa fereduzio tu tos, como (e tem efcrito. No vl
«lo a concordia,de que logo neíte timo de Ianeiro caminhaua el
anno feguintefe veio tomar afen Rey para Riba de Coa,& era che
to em Palencia: como tambem gado a Coimbra, aõde legitimou
porque a prifaõ, & reducção de a João Vafques Pimentel,filho de ""
Dom Ioão Nunes de Lara,que a Va{co Martins Pimentel, a rogo
mefma chronica afirma fucceder de feus irmãos Fernão Vafques,
antes da feita do Natal, defpois & EſteuaöVaſgues Pimenteis, fi
• * >
-- - - " Bbb 3 dalgos
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
dalgos mui etimados naquelle sëtado emPortalegre o anno paf
tempo.Na mefma Cidade deu li fado. Reduziofe a concordia a e
iliafilio cença em tres de Feuereiro Para fascõdiçoês que fefeguem.Que
que Gil Martins mercador deVil o Infante largàffea elRey as Vil Ibid.ſ.l.
la noua de Gaya,Gonfalo Viegas, las,& catellos de Maruão,& Por. 1o.d* 11
&Miguel Garcia vifinhos da mef. talegre, & que em troca lhe defe
ma Villa,pudefem bufcar em to elRey as villas de Ourem, & Sin
do o Reyno os mineraes de pe tra na Eftremadura. Rendia Por
dra hume,que não fedefprefauão talegre mil & duzentas libras ca
osantiguos de beneficiar,8 inqui da anno, 8 Maruao oitocentas,
riro queDeos nos dà na nofa ter Ourem rendia mil libras,& Sintra
ra. Pelo mes de Abril eftaua el tres mil & quatrocentas, & com
Reyno Sabugal. E a doze deſte fer mais que em dobro o rendi
deu carta de legitimaçaõ a Ines mento que elRey daua, tudo lhe
Rodrigues, filha de Ruy Martins parecia pouco pelo interefe de
do Cafal,& de Aldonça Martins, ver ao Infante alongado do etre
filha de Martim Afonfo de Refen mo do Reyno, & vifinhança de
de Oetar elRey neta Villa, era Catella. Ficou mais ao Infante a
fem falta, que ou partia a Caftel villa de Alegrete, & a de Vide cõ
la,ou vinha já daquelle Reynocõ as mais para fuccefores; & porq
o affento, & refolução da paz, & elRey tinha algü direito na Villa
cafamento, á a chronica Cafte deVide, & feutermo,que auia fi
lhana pello mes de Abril affirma, do de hum Dom Martinho, & el
que partio a Rainha Dona Maria, Rey o comprou a Dona Tereja
3: (eu filho elRey DomFernando Afonfo,& a Dona Eluira,& a feus
às Cortes de Valladolid proporo filhos,o largou també ao Infante.
que com elRey Dom Dinis dei Efta villa de Vide não feife (e-
xaua praticado, & fazer pedido ria Catel de Vide, porque lheti
para a paga das difgenfaçoés,que nha elRey dado priuilegio de não
èm Roma fe concederaö o anno ſer mais de Inſante, ou Rico ho
feguinte. -
mem,comovimos no annopaffà
Concluida por aquella parte a do, fe não oderogafe agora para
concordia, fe poz elRey acami aquietar a feu irmão;oufe foi Ca
nho para Lisboa, & como os ne beça de Vide,ou a Vide da Beira,
gocios do Infante D. Afonfo eta- .
de que em outro lugar falamos.
uão ainda por efeituar, quiz dar Alem detas Villas, & de outras
lhe fim tanto que chegou a eta que tinha o Infante Dom Afonfo,
Corte firmando as ecrituras, & foi tambem fenhor da villa do
concertos conforme fe tinha af. Torrão, que lha derão em vida
Ο Me
ElRey Dom Dinis, i.e. *- 28%
o Meftre, & Caualeiros de San- . Reyno tambem em quietação,
tiago. -
feguro jà de não ver outras guer*
Prometeo mais elRey,4 ainda ras ciuis,quaes olnfante D.Äfoti
ue o Infante o deferuife, o não fo tinha cáufado, mas ainda que
desherdaria deftas Villas,nê má por eta via e liurou dellas, nãd
daria derribarlhe catellos, & de pode euitar as que o Infante Dô
ftruirlhe herdades, faluo em cafo Afonfo filho do me{mo Rey anº
que os vaffalos do Infante lhe cõ nos adiante acendeo cóni menos.
batefem os feus catellos, & vil razão,& jutiça, que o Infante D.
las,& Pufefem fogo a fuas terras. Afonfo (eu tio. Foi grande pauté
Cõetas capitulaçoês (e deu fim na concordiadelRey com feuir
ás contendas deftes Principes.Fo. mão a Rainha Santalfabela Rai
raõ elas feitas em Lisboa nos pri nha Dona Brites mãy delRey, &
.meiros tres dias do mes de Iulho, a Infanta DonaBranca fua irmãa;
& ahiraó taó firmes, que nunca gue andaua emPortugalfendo fe
mais entre os dous irmãos ouue nhora do moſteiro das Huelgas
quebra algüa.E aindaque o Infan de Burgos : Gratificou elRey à
te defpois diftofepaffou áosRey Santa Rainha o trabalho que te
nos de Caftella, aonde fe fez vafº ue nefte particular, fazendoà fe
falo delRey Dom Fernando feu nhora da vila de Leiria a quatro
primo, a caufa foi por ternaquel de Iulho o dia logo feguinte, def;
le Reyno caſadas as filhas, & ſer pois da compofiçaõ feita. Tinha
bem vito de fua fobrinha a Rai naquelle tempo ofenhorio deta
nha Dona Conftahọa, & eftima 器 Dom Afonfo, filho do mef.
do de todos os grandes daquelle mo Infante D. Afono, que noas
Reyno, no qual viueo atè voltar hitorias dizem morreo moço, &
ao noffo Portugal, aonde morreo feria neta occafiaõ,& afsi por fua
em boa paz cõ elRey feu irmão, imorte deu elRey a villa de Lei
ria à Rainha Santa.E daqui pode
CAPiT. LVi. . . mos inferir, que aquietarle o In
Dom Afonfo em fuas preté
Da mercé que elRey fez á fante
foês deíte tempo adiante, deuiå
Rainha Santa I/abel da fer,por fever fem defcendente va
evilla de Leiria, raõ para quem pretendia maiores
fenhorios. Deu pois elRey a villa
#SElebrada a cópofição de Leiria á Rainha Santa Ifábel,
442 em Lisboa cõ o Infante ordenando úpueenelle Alcaide
1300.
# Dom Afonfo, ficou el
º
mòr fidalgo,& natural doReyno."
* Rey mui fatisfeito,& o Confirmou nella o Infante Domi
--- Bbb 4 Aforito;
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Afonfo, filho detes Reys com os modidades de Leiria para retiro,
Prelados, & Ricos homens das , dos Reys em qualquer occafião,
paffadas.O Infante Dom Afonfo por feufitio,frecura,&contornos
irmão delRey, fuppoto que jà cõ alegres, & abundantes de caça,&o
ele congraçado, não. confirma, pelcaria,& em particularpela rio
nem daqui por diante achei mais breza dos aposëtos do feu Caftel
firma fuánas doaçoés dete Rey lo, que he hum dos melhores de
no, Em Caftella defpois que lã. Epanha, & mui capaz de fer ha
aſſou confirma algús priuilegics, bitado de Reys,& Principes. Por.
como vaalo delRey Dom Fer efta caufa mandou elRey Dõ Di
nando, de que daremos noticia a nis, que das 蠶 Villas, & Ci-,
feu tempo. . . dades aonde fe auia de criarfeu fi
Foi a Rainha Sãta Ifabela ter lho o Infante Dom Afonfo, foffe.
ceira pefoa que teue o fenhorio. Leiriahüa dellas,& lembrado de
de Leiria. A primeira foi a Rai fta fua eleiçaõ elRey Dom Ioão #2
nha Dona Tereja, filha delRey o Primeiro mandou criar neta flº.
Dom Afonfo Henriques, de que mefina Villa ao fenhor D. Afons,
acima falamos; afegüda ofenhor fo feu filho, primeiro Duque de
DõAfonfo, fobrinho delRey Dõ° Bargança, como conta da doa
Dinis, ao qual fuccedeo a Rainha ção que lhe fez das terras do Có
Santa.Por mortedella ficou à co de Dom Gonçalo,a faber,Neiua,
roa, atê que elRey Dom Fernan Faria, & outras, & nella diz, que
do a deu à Rainha Dona Leonor, em Leiria fe criaua então aquelle
& fendo defpois dada ao Conde Principe. Foi feita a doação na
D. Gõçalo irmão della, elRey D. cidade de Vifeu no vltimo de
Ioão o Primeiro reuogou a doa Outubro de mil trezentos & no
ção, & a tornou a encorporar na uenta & hum. A Rainha Santa
Coroa, com priuilegio de ficar Ilabel depois que foi fenhora de
ſempre nella, 8 naò ſer mais da Leiria, emnobreceo aquelle Ca
da a outra pefoa. Etepriuilegio ftello, & no diftriéto ha outras
lhe tem confirmado os Reys fub memorias deta Rainha,que ain
fequentes, & faõ de muita etima da apõtaremos, que agora sò da
as palauras com que elRey Dom mos a razão do dia em q aquela
: Afonfo uinto dá a cõfirmação, Villa lhe foi dada. O que fepode
dizendo, que o faz alem das mais aduertir aos moradores de Leiria
Lib.2, d4 razoês: Por em ela auer muitas cou
he, que entraraó no enhorio de
Firena ſasparafilharmos deſemfadameto, qua fta SantaRainha a quatro do mes
* fºs do nosprouujº em ela efiar. Soube de Iulho, & que conforme a iflo
275.
elRey Dó Afonſo reſpeitar as co ctão mais obrigados que outros
- -- -- a cele
El Rey Dom Dinis. 387
a celebrar o dia de fua feita, que a rendas de|a Villa attença de6e(βel.
Igreja mandou, & difgos que fo!- lo. E ºffs doaçom vosfaçº,é outorgº por
fe aos quatro de lulho, que he o ende toda vola vida, que a ajades, cº
proprio dia em que aquella Rai 9/uyades rodalas rendas, Č” dereitos
nha recebeo o fenhorio dcLeiria;
da dita villa, @r defeus termos com to
de forte que no me{mo dia em q d45 fái pertenyas,6“JAlcatdaria em th
recebeo por valalos os Leirien da roſa vida empaz, aſsi come di che.
ces, neſſe proprio a veneramos E dipos vo|a morte a dita Villa con
por bemauêturada, &he de crer, feu, termos,6"pertenças,6". Alcanda
que intercedendo na glºria com ria, @ com todolos/eus direitosºme
particularidade pelos que em vi thoramentos, que hyfizerdes, deuem fi.
da a feruiraõ, felembre em pri caramy,@ ameusſucceſſores,que dºſ
meiro lugar daquelles,de que em pos myregnaremem Portugal,9r liure
tal dia tomou pote, & fenhorio. mente, é fém embargº nenhum. E eu
Diz pois a e{critura deta ma ſobredits Key Zºom Zinis outorgo, ‫منع‬
neira. . * : * >.
(mi/ vosometo
, r
a boafee a teer, & guardara
Em nºme de Zeos.Amen.
L.3 fol.II zDona abel eta doagom, afi como
cam quantos efia carta virem, é leerã, febredito he,eo nom vyr em contrario,9
que eu Zum Zinis pela graça de Zeos fº alguns de meus/accº/ores, ou alguns
¿ey de Portugal, 6 do —Algarue, de outros, º que lhes Zeos nem leixefazer,
meuprazer, @r da minha áure vontade «»os em vº/avida fia doaçom quizer
dou, e outorgo aºs Rainha Zona Ita embargar, nom lheſeja outorgado, mas
belinha molher emſembra com o Infas fe ofolamente quizerprouar, ou embar
te zoom-fosfomeu filhoprimo herdeirº gar, ja a hr46 meldem de Zee,éº
em todolos dias de vº/avida ainha vil da s2.htadre, 6 de toda a corte (ele
la de Leiria com todos/eus termos, com #ial, é a inha maldiçompara todo/em
todas fá, rendas,9/épertenças, cºcó pre. Eos que efía doaçºm avos teuerem,
todos feus direitos,que eu ey,º de direi cºaguardarem em vºº vida,aficomº
tº deuaauer.E outrofvas dou em todo he/obredito, (empre/jão compridos de
2. los días devo/a vida a Alcaidaria dea toda beençom. E que fia doaçom/jº
ſ

vila, em talguya,quervos metades hy mais firme, é mais ºftauclem today"/>


:Alcaide,cºrolhades quando vºs prou (a vida, cº nom po/ayirem duuida,dou
guerque feja homem filhº dalgº,6 meu ende avo: Wainhazwna Jaheleftainha
natural, o quefaga ante a my mena cartafcelada do meu/elo do chumbo...A
gemporeſe Caſtello, t hirado, cºpa qualcarta aves cãinhas mãos proprias
… ^" v ". .

… gado mo de quandol o eu pedir, o que rouoro, e confirmo. Feita « carta em


faça, é aguarde, o façº aguardarem Lisboa quatrº dias de Julho. ElRey •
de a my, o ameus ſucceſ/res o meuſe mandou.Franci?ue-Annes afir. Éra ·
-

** "...
bhorio. Evos deuedes a eles a dar das dex.(Cºxxx/III annº.
-‫س‬-- - -- - - - - - -- - - - --- ----

Ficou
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Ficou Leiria com o fenhorio & filijs, ac filiabus meis, ad caflellum
da Rainha Santa Ifabelilluftrada; /Leireme Z)ei cultum reftituimus,& vo
& para concluir com algüa me bis meis hominibus, atque vafalis, &.
moria, que firua de eftimação a alumnis, ad habitandum iure hæredita
eta Cidade, acrefcentarei húa á rio tribuimus. Eu Sancho por diuina
faltou na quarta parte detahito perm/aõ Rey de Portugal juntamente
ria, & he, que deue Leiria fuavl com minha mulher Z), Zulce, & meus
tima reftauragão a elВеy Dom filhos, grfilhas, retiruimºs o cultº de
Sancho o Primeiro. ElRey Dom 2Deos ao coffello de Leiria, 8 o damos
Afonſo Hëriques edificou ſeuca de juro, é herdade avos meus homès,
ſtello no anno demil & cento & va/alos, 6 criados, paraque opouoes,
trinta & finco, como fe deixa ef 6 habiteis. Continua então a for
crito na terceira parte, & defpois ma do foral, que he notauel, &
fendo ganhado pelos Mouros, o remata com a data, que diz (er
tornou a retaurar no anno de mil na Era MCCXXVIII a qual ref
cento & quarenta. Perfeuerou no ponde ao anno fobredito. ----

fenhorio Portugues atêo anno de


mil & cento & nouenta & finco,
no qual,como efcreueGuilhelmo
cAPiT. LVII.
Neubricence & Rogerio de Ho
ueden, autores daquelle tempo, De como/a deu á Rainha
cs Arabes cöhficopiofo exercito Sãta I/abela villa da Ar
entraraõ por eta parte da Etre ruda, com a noticia do -

madura de Portugal, como na conuento de Santos


- *

quarta parte fica efcrito. Nefta da Ordà de San


, entrada deuiâo de apoderarfe de
Leiria,& detruila; porque elRey tiágo.
Dom Sancho,que então reinaua,
lhe deu nouo foral no proprio an Aô foi eftasõ a merce
no atreze de Abril, & nelle de …Y.; .) S que elRey fez à Santa 13oo,
‫הם‬

clara, 4 reſtituia de nouo aquel Հ: శ్రీ :)): Rainhanefte anno,tão


: *
‫بينما‬
-> *.
: -

le caſtello de Leiria ao culto de - "bem lhe deu a vila da


Deos, final de auer padecido a Arruda, 4 era da Ordem de San
ruina na entrada dos Arabes. As tiago. Por conſentimento do Me
palauras do foral, que anda no li trê, & Freires a trazia por ete para
uro dos foraes velhos de leitura tépo a Rainha Dona Brites, mãy alcan:
ás folhas 17.faõ as feguintes. Agº del Rey, & porque teue ecrupu-¿?
Sancius diuino nutu ?ortugalliæ $ex, lo de lograr as rendas della por ஆ.
*çºn?xº!nta &gina 2.z'ukia, muitos annos, deu à Ordê a quin-fºi-se
-- ---
------

I3.
す°ャ・
ElRey Dom Dinis. -- 3$8
ta da Rebaldeira em termo de to: ZDamos, &9- outorgamºs a vos Ele;
TorresVedras. Etaua a Rainha uão Xtendes mofo freire aquei campo,
então neta Villa, que era fua, & quenos auemos na -Arruda,que he cha
ali fez a doação a quatorze de lu таao, а Иilla, етие/яй, а тоrarа:
lho defte anno:declarando,que fè freiras. Em Sefimbra fefez a ef
algum metre alheaffe eta quin critura no mes de Março. Outra
ta, o Rey que então reinafelan vi tambem feita pelos me{mos
çaffe mão della, & a defe por fua Metre, & Comendador aa villa
alma. Alem da doação que fez de Alcacer a vinte finco de Fene- .
deta quinta à Ordem de Santia reiro de mil& duzentos & fctentä
go, lhe largou tambem a villa da & quatro,pela qual dauão etavil
Arruda, a qual elRey logo alcan la da Arruäa a hum Pero Martins
çou para a Rainha Santa, que a fobrejuiz delRey em fua vida,dã
pofuio em fua vida; & por eta do ele para as freiras as herdades
demifaõ que a Ordem fez da Ar que tinha na Lifiria da Toureira,
ruda,lhe deu a quinta de Ortala & obrigandofe a futentar hum
v3 flut goa no termo de Santarem,eftans freire, que aprouuete a caía dá
do elRey a treze de Outubro em Ordem. . . , ,
TorresVedras. . . -

A mais antigua Prelada, ou


Foi eta Villa dada por elRey Comendadeira que pude achar
Dom Sancho Primeiro à Ordem do conuento de Santos, foi Dona
de Santiago, nella me parece que Elena, pelos annos de mil duzen
efteue primeiro o conuento das tos & trinta & tres,viuendo então
Comendadeiras, & Freiras deta naquelle mefmo conuento freires
Ordem, & que detelugarfe mu da Ordem,&fendoComendador
daraõ defpois para o de Santos d de Santos Gomes Paes, o qual cõ
velho de Lisboá. No cartorio de confentiméto de todos fazia tro
fte conuento achei húa efcritura ca de vinhas com húDomingos
do anno de mil duzentos & fin Pires; darei parte da efetitura,cu
coenta & finco,feita pelo Metre ja feita he ño mes de Abril da a,
Dom Payo Peres Correa, & Dõ Era de CC. LXXI..que cae no an- de santes
Gonçalo Peres Comendador de no apontado.in Zeinmine. Notun,
Mertola, pela qual dauão na vil  tamprafentibus, quamfùturis,quod
la de Arruda a Eteuão Mendes, ega gomefus Pelgyoneidator de Sá
freire da dita Ordem o campo 4 £iis vna cum confilio de fratribusmyfiris
chamão,a Villa, aonde as freiras qui in $an&isfunt, fçilicet,3ceienda
foiâo morar: donde fe colhe, que υ£luitis, Z)orano PAbbati;,& Ioahiie
no tempo mais antigo tiuerão nas ?etri, & cum confilio 7iaiiu£menda
quelle lugar as freiras ſeu conuë aira,6 Z2.2ſarie Comerij,gf dam.
- --- - - * ------- - ----- hili*
º Liuro XVII. Da Monarchia Luftana.
mihus alijs/ororibus moffris, quæ in Sam D.Tereja Annes Correa föbri. Conde Dº
éfisfant, குர் Ioannegn/alui (iaingeronha do Metre Dom Payo Peres Pedrº nºs
noſtro in Sanctis,cº c.ey admaiorem fir Correa, filha de feu irmão Ioão 3? ***
mitatem ego ?elagius ?etri Corrigia (o- Correa. 4tº,
mendator de-Akaſar ºpponifediſgillſ, D. Orraca Nunes de Chacim,
meum. Quipræfentes fuerunt. £go Go viuua de Martim Annes do Vi
mecius Pelagij (omendator de Sančiis. nhal, fobrinha do Metre Dom
Ego 2 (enendus-Aluitisfraire presbi Payo, filha de fua irmãa D.Tere
. ter. Ege Zommus, Abbatefraire præſ ja Correa.

biter." Ego Iohanis Petrus roboro, & Dona Dordia Paes, prima de
confirmo. Ego loannes Conſaluis fraire Göfale Annes Correa,o qual dei
roboro, & confirmo.” Ago Z)..…aior. xando a quinta de Bellas ao con
Ego Z. Žurdia Zaurenti: Ego Z2. uento de Santos com obriga
Zona, Ego.3%aria Petri i/ímul cum gão de Miſſa quotidiana, manda
omnibus ilììs fùpradiäis,&freiras hanc ua que a adminiſtração della fi
kartam roboramus, & conredimus, * caſſe â Religioſa daquelle Con
A DElena parece que fucce uento mais chegada a fua linha- ,
deo no lugar de Prelada do con gem, & de preſente nomeaua a
uento de Sanctos Dona Oüfenda Dordia Paes fua parenta, filha de
Egas,a qual nomea o Calendario Payo de Moles Correa,primoir
antigo da Sé de Lisboa: Prior/a de mão de feu pay, a qual era então
Santiis, & diz que faleceo a vinte freira,fendo Comendadeira Don
& tres de Dezembro do antio de na Orraca pellos annos de mil ;
mil duzentos & {effenta, & que trezentos & dezoito.
feu filho Dom Lourence Annes Pofuio e conuento de Santos
Arcediago de Vifeu deixara á Se eta quista de Bellas atè o anno
dous marauedis de renda para fe de mil trezentos & trinta & qua
lhe fazer anniuerfario. A Santa tro, em que a Comendadeira D.
Comendadeira D. Sancha Mar Ioanna Lourenço de Valadares a
•*•**».* tins deuia entrar na mefma Pre trocou com Lopo Fernandes Pa
seº : lafia por morte de Dona Oufen checo, que deu por ella às freiras
da, conforme ao que diffemosa a quinta da margem da Arada,
cima no liuro 16.Forão Comen em termo de Alãquer, que com
.dadeiras defpois della fucceífiua prara a Maria Lourenço, viuua
mente as que fe (eguem, tiradas de Martim Gomes Taueira ; o
pelas doações do cartorio deSan ual Martim Gomes foi cunhado
tos,em que elas pelos annos vão do fobredito Pacheco.Os Pache
aísinando, & eu vi pafando elte cos tiuerão o fenhorio de Bellas
-
cartorio,
*
" atê que (e pafou a Catella Diogo
* * *
- - - - Lopes
盘 v, - ElRey Dom Dinis, º 289
Lopes Pacheco pela morte de nhorio de Bellas Francico Corº
Dona Ines de Catro, pela qual rea, & a pogue oje eu filho Anº
!, caufa lhe confifcou os bens elRey tonio Correa Alcaide mór deVil
Dom Pedro:mas defpois da mor la franca de Xira, & Vcedor da
te dete Rey, (eu filho elRey Dõ cafã da Rainha nofa Senhora; &
Fernando tornou a retituir Bel aindaque por Atouguia lhe en
las a Diogo Lopes Pacheco com trou a herança, retem o appelliº,
tudo o mais que tinha certifica 'do de Correas, & pode fer que
do de fua innocencia naquelle ca fem ter noticia de que os Correas
fo. Por eta caufa pouio el Rey forão os primeiros ſenhores de
Dom Pedro a Bellas, & não con Bellas. He o fenhorio de Bellas
ftando ito com clareza, fe per mui autorizado, tanto pella juri.
fuadirão, que antes da morte de dição que tem na Villa,como pe
Dona Ines fora fua a quinta, & q la excellente cala de campo dos
nete fitio aonde Dom Ioão Pri fenhores della, que afina fabrica
Ameiro mandou pintar a morte. dos paços, como na freícura dos
de Dona Ines, & circunftancias jardins, & copia de polidifimas
della, viuera elRey em compa fontes he a melhor q fe fabe em
nhia fua algum tempo. Pafando Efpanha,que de Rey não feja.
fe a Catella vltimamente Ioão - Por morte de Dona Dordia
Fernandes Pacheco, fe deráo os Paes Correa fe deu a Comenda
pagos,& quinta,& villa de Bellas doria a Dona Ioanna Lourenço
a Gonfalo Pires do confelho del de Valadares, fobrinha de Dona
Rey,gouernador da cafado ciuel, Orraca, por fer filha de Dõ Lou
pay de Luis Gonfalues Malafaya renço Soares de Valadares, & de
Rico homem em tempo delRey fua irmãa Dona SanchaNunes de
ID. Afonfo Quinto, & por morte Chacim. A efta fuccedeo Dona
delle comprouelRey D.Ioãoaſua Maria Pires Varella,& a ella Do
mulher Maria Annes o que toca na Maior Pires. -

aua a Bellas,&o deu ao Infante D. Foi fucceffora dellas D.Ioanna


loão, de quem o herdou a Infanta Telles de Menefes,irmáaba[tar
D.Brites fua filha mãy delRey D. da da Rainha Dona Leonor, por
Manoel. Efta Infanta fez doação cujo repeito eta Rainha tomou
da quinta,&paços,&fenhorio de em fua guarda o conuento no an
BellasaRodrigo Afonfo da Atou no de miltrezÉtos fetenta & fèis,
guia, fidalgo q viuia em feu ferui etando em Villa Noua a oito de
ço, & do Infante D. Fernando ſeu Ianeiro,& affi me{mo o fez elRey
marido. Por bineto de Rodrigo Dom Fernando feu cunhado no
Afonfo porbatonia entrou no fe proprio anno a quatorze delu
Ccc nho
LiuroxvII Da Monardia Leptana.
nho na Valda. Cafou eta fenho o Infante Dom Duarte os paços
ra defpois com Ioão Afonfo Pi do Limoeiro, que eraõ feus, &
mentel fenhor de Bargança, que aqui eteue o conuento algú tem
'paflando a Caltella foi o primei pô, como feve de hum aforamé
ro Conde de Benauente. - º to de caías no beco do Reimon
D. Leonor Gomes de Azeue do defta cidade,que dizdefta ma
do entrou por morte de D. Ioan neira:Na cidade de Lisboa no-pagos
na Telles. . . . . .. . do Infante herdeiro, que/m atar de
Afenhora D.Ines Pires mãy São Xartinho,ºnde horapon/ao as don
do fenhor Dom Afonfo primeiro nas do mafieiro de Santos, fende hia
Duque de Bargança tede o car honrada Keligioſa Comendadeira ZDon4
go de Comendadeira defpois de Iñes. Foi ifto no anno de inilqua
Dona Leonor, como tambem o trocentos & finco, & aísina por
teue antibs adiante Dona Anna tetemunha Frei João frade do
de Mendoça, mãy do fenhor Caimo,Capellaó do mofteito de
Dom forge, tronco dos Duques Santos. A Rainha Dona Felippa
de Aueiro. Pelos annos de mil tomou fob fua guarda o moteiro
quatrocentos & vinte & finco de Santos,& a Comendadeira D.
emprafou a ComendadeiraDona Ines Pires; a carta fefez em Wifeu,
Ines a Ruy Pires de Catro The aonde a Corte naquela ocafião
fòureiro mìór delRey Dorn' Íoão eftaua: heftaforma a notnea. .
Primeiro, & a Brites Afonfofua Teue por fuccéfora a Comé.-
mulher húas herdades junto a Al dadeira Dona Ines a Dona Brites
cantara,que erão do moteiro, & de Menefès, filha batarda de
forão tetemunhas Gonçalo de Dom Fernando de Meneles fe
Faria, & Lopo Eteues criados do nhor de Cantanhede, à qual fuc
Cõde Dom Afonfo feu filho, que cedeo Dona Violante Nogueira.
inda então não era Duque.Tam No tépo deta Comendadeira fe
bem no anno de quatrocentos & mudou o Conuento do lugar de
vinte & dóus emprafou háas vi Santos o Velho para o fitio de Sã
nhas, & herdades da Golegáa a ta Maria do Parayfo,aondeoje o
Ioão da Silua e{cudeiro, etando vemos, endo ordenada a mudáça
eta fenhora na quinta de Anda por elRey Dö Ioão o Segundo no
luz junto a Lisboa, q era do mef. anno de mil & quatrocétos & no
mo Conde Dom Afonfo. uenta có húa olene prociaô á a
Por razão de fer pefoa tal fe Camara da Cidade fez nefte dia
lhe teue grande repeito, & que có todas asReligioés,& clero por
rendo mudarſe do Conuento de honra das Reliquias dos Santos
Santos para a Cidade, lhe largou Martires Verifsimo, Maximo, &
- Iulia,
, º ElRey Dom Dinis. " #96
Iulia,ó juntamente fe tresladaraó Religiofas na villa da Arruda,que
para o molteiro nouo, como el foi dada à Rainha Sãta lfabel ne
18 ey ordenou por carta fua , que fté anno, em que a hitoria corre,
vino cartorio da Camara. & por morte della a côferuou na
. D.Anna de Mendoẹa, mấy đo Coroa elRey DõAfonfo Quarto
{enhor DöIorge primeiro Duque feu filho, dando em troca à Ordê
de Aueiro,tomou poffe da comê a vila de Odemira, & a quinta,&
dadoria por morte de D.Violan ribeira de Nifa,como veremos.
te Nogueira fuatia, irmãa defea
pay Nuno Furtado de Mendoça,
no tempo delRey D.Manoel dos · · · CAP IT. LViii.
annos de mil quinhentos & fete
adiante, que atê eíte anno corre De algumas memorias da
...a memoria de Doña violante nas Infanta D. Branca,ê- dos
eſcrituras, Cõ os fauores delRey tratos de paz entre os Reys
- Dom Manoel,& do fenhor Dom de Aragão, & Castella
Iorge foi o conuéto muy etima
do no 驚 de Dona Anna, & por ºrdem delRey
| por refpeito do Duque de Auei -- . D. Dimis.
- ro, defeu tempo adiante fe deu గ్గ్సÑInfanta Dona Branca ir- 1299 s
o lugar de Comendadeira a e \ë
§ ¿Por
A. delReyPrincefa
mãaferhüa de
DõDinis,
' nhoras daquella eafa, a ſaber, D.
Elena,Dona Anna,& Donà Brites º grande talento, º auto
de Alencaſtre, que ſucceſsiua ridade, & ter mui grande cafa, &
métegouernarão o conuento de etado affiem Portugal,como em
Santos. Por morte da Comenda Catella, era mui repeitada del
deira Dona Brites, proueg elRey Rey, & do Infante Dom Afonfo
Dom Ioão nofo fenhorete lugar feusirmãos, & como em ambos
em Dona Eyria de Meneles, pef> os Reynos tinha tanta valia, aísi
foa de procedimentos,& qualida era poderofa para negocear em
de, merecedora do gouërno de :húa, & outra parte. 'á Caftella
tão autorifada Comunidade. Cõ pastou comaRainha Dona Brites
ſeubeneplacito vieu miudamëte fua mãyacudir aos trabalhos de
o cartorio. . . tº . feu auó elRey Dó Afono Sabio.
Deieta fummaria relação do Deu volta a Portugal a compôr
conuento de Santos, por vnico da ſeusirmaòsno cerco de Arróches,
Ordem de Santiago que ha no & defpois bos cafàmentos defens
Reyno, & por me parecer que te fobrinhos foi boa parte pela grã
ue principio o Conuento deltas de amifade que tinha com a Rai
- Ccc » nha
... Liure XVII. Da Manarchia Luftaun.
nha de Caftella Dona Maria. O gà, quemeplongus/e de darellapa/aa
amor da Rainha Dona Brites fia alma a Zebaldeira, cº Val de Xen
mãy viuua a fez viuer cá em Por dairas, c9 xcatacanes, es mando, c>
tugal em companhia della muito * outorgº hapueda
queó donar dar por alma,
lua los
tempo, & nete anno com ella fe ó vender, a juien quizer di

achaua na vila de TorresVedras, achos lugares. E que ninguno nongelos


que fempre foi da Rainha, & a embarge 4иapta epor ті razon. Ou
tro mando, é9 outorgo, que ella poeda
dezalete de Mayo deu alioutor lidar
ga para a doação que a Rainha toda la tercia. јче ha de tomarpa
Éona Brites fez da quinta de Re reſ, alma de k; las ശ്ല്, aſsimae
-

baldeira à Ordem de Santiago, & º bles, emeraesen elReyno de Portugal,


º

wutra maisfazenda. . . . . . . . se yo que non gela poeda demandar,


– nem embargarpor ninguna razon que
" O anno pafado trabalharão
grandemente etas Princeas por fea en ninguno tiempo, es en relimonio
concordar a elRey, & Infante, 'deſto dei a la dicha mi madre ſta mi
&em companhia da Rainha S㺠cartafellada con mielo de cerá αίga
talfabel,ndra, & cunhada dellas, . Zada em Tºrres c/edras a deza/e-
reduziraõ tudo à paz que temos - te de 2éayo É. XC (XXXZ/I//.
dito. Era a Infanta Dona Branca Carei Pires la efreui por mandado de
º mui afeiçoada ao Infante Dom "la Infante. Era fênhora das Huel
, Afonlo,&afii defejaua que vius!- gas a Infanta,& afsi tinha o fecre
- ſe com quietação, & lograſſe ſeu tario, & notario Caſtelhano.
etado feguro : & fobre tudo as **"A franqueſa com que a Infan Lib.3.ſ.l.
ſobrinhas filhas delle aſudaua a ta Dona 蠶 outorgou quan
11,& 15,

criar em cafa da Rainha Dona to a Rainha fua mãy determina


· Brites, & defpois que o Infante ua dos bens que queria defpen
morreo, as emparou em Catella der por fua alma, repondeo el
o no mofteiro das Huelgas, eftando Reyfazendolhe nouâs merces,
elas viuuas, & deláfeveio Dona quaes foraõ, mandar ao confe
Ifabel para Portugal, & viueo no ºlho da Cidade de Eluas, defe a
paço delRey feu tio, qué a hon ºeta Infanta huma herdade fobreSę de L#
I.
- ïoú, & faaõreceo.:Qúēr9'tresla que auia litigio,em Lisboa a tresboalib
dospit.
- dar acarta"‘ da‘;outorgadetta In do mes de lulho fe paffou a car 砂讯k°
fanta. . . . . tº イい***、*
----
, - sº - *-* ~ * *
ta. Tinha vindo de Torres Ve mamful
. zemim la Infanta Zoña Zranta dras a Infanta afiiftir ao affen- lººº
Alaba(4,-, - - 2
s:ºfja del mui noble Zon J4föpfo Zey de to de pazes, & refolução dellas
: Portugal, cos del Ælgarbe. си диапто: entre os irmãos ambos. Tão
ரி. 94, ga carta viren, fagouos/aber, que la bem vita era ella delRey, que
Rainha Zºnazaris mimadre mere Por feu repeito, & a feu rogo deu
licen
/

w t
* ElRey Dom Diais. … " 29
licctiga ao Cabido defta Cidade João, & Dona Betaça fe partifé,
para comprar catas,não obtante confiderando o Infante DõIoão,
a prohibição em contrario. " - tio delRey Dom Fernando,como
No me{mo tempo que elRey ele jà etaua em firme liança cõ
em Lisboa concluio as conueniê elRey Dõ Dinis, & que auia efte
cias com feu irmão o Infante Dõ Rey de affitirlhe em tudo, como
Afonfo, não fedefcuidou de affe hia diſpondo, fe reduzio ao ferui
• gurar tambem as coufas delRey ço, & obediencia do fobrinho, ğ
bom Fernando de Catella eu não foi o menor beneficio, 4 Ca
genro. Aquella Corte tinha mã ftella alcanfou da liança de Por
… dado o Conde Dom Ioão Afonfö tugal naquelle tempo. iſ . . . .
de Albuquerque, que cõ fua'au f O Conde de Barcellos Dom
toridade, & o parenteſco da Rai Ioão Afonfo, & Dona Betaça, &
nha Dona Maria podia muito, & com ellesos Infantes Dom João,
afsi encaminhou tudo a bom ef. & Dom Henrique fe virão com
feito. Entendia elRey D.Dinis,& elRey Domlaime,&lhe infarão,
ifto mefmo os Catelhanos, que que fe quizeffever tambem com
não viniria (offegado elRey Dom a Rainha Dona Maria, paraque fe
Fernando, em quanto elRey de fizeſſem os concertos entre elle, .
*Aragão. DõIaime não defiftife & elRey Dom Fernando. Logo
de fuas pertençoês, & deixaffe de tras elles chegou Embaixador
apadrinhara Dom Afonfo deLa
cerda, & feus aliados. Ordenoue
ಕ್ಡ delRey DóDinis, que
requeria o me{mo a elRey Dom
& de Caftella foffe o mefmo Con. Haime, o qualachou na cidade de
de em companhia de Dona Beta Valença meado Nouembro. De
ça a Aragão com embaixada à firio elRey de Aragáo á embaixa
quelle Rey, fazendoſe conſidera da, depedindo a Portugal Rai хайайй:
gão, que ferião bem ouuidos, por mon de Mónrós, Arcediago da ;・の・イ定。
fer o Conde Mordomo mòr del Goarda em Aragão, com cartas a
Rey Dom Dinis feu cunhado, & elRey Dom Dinis, ao Infante Dõ
a Dona Betaça aya da Rainha de Afonfo feu filho, ao Arcebifpo *

Caſtella Dona Conſtança, filha de Braga Dom Martinho,& a D.


do mefmo Rey,& fobrinha do de Ioão Martins de Soalhaês Bipo
Aragão,que tinha vindo daquelle de Lisboa, que també lhe deuião
Reyno (ãonde inda tinha irmáas) de tere{crito. -

por dama daRainha Santa Ifabel. Pedia elRey de Aragão, que


Por etas razoés, que não forão em cafo que as vitas para a con
1maladuertidas, fè difpòs a embai cordia fe effeituafem, leuaffe el.
xada: mas antes que o Conde Dó Rey Dom Dinis em fua compa
* **
C cc 3 nhia
- Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
mhia a Rainba Santa Ifàbel fua ir Saluaterra, no termo de Santaré,
máa.Correrão as coufas variamê como jâ diffemos, & para conti
te atè o anno de mil trezentos & nuar a fabrica della, fempre que
tres, asi porque em Catella ou hia a Santarem , corria aquelles
ue dicordias entre os Infantes D. campos, & chegaua a Saluaterra,
Henrique, & Dom Ioão, com ou A eta Villa veio da de Santarem
tros grandes,dos quaes htia parte no principio de laneiro do anno
felançou logo com Dom Afonfo pretente,
com Dom
aonde celebrou a troca canal,
Ioäo Fernandes de Li- "man"
de Lacerda, como por outras ra
zoês, que refumiremos naquelle ma, fenhor 4 era da villa de Por-?".
anno, no qual o Embaixador de tel,& de muitas terras nete Rey- 1 :*
Portugal, & outros afeiçoados a no por via de Dona Maria Annes
Cafteiía acabaraõ nas viftas, que de
no
Aboim fua mulher,& no Rey
de Galifa tinha o fenhorio f
ouue então navilla de Arifa, que
por vltima refoluç㺠a caula de villa de Saluaterra, que o Conde
jDom Afonfo, & delRey Dó Fer - de Catelmelhor agora ganhou
nando ſe deiraſſe a arbitrio del Para eta Coroa, com outra mui
Rey Dom Dinis, & defeu cunha ta fazenda, que lhe vinha de feus
do elRey Dom Jaime. Por eta pays, que erão naturaes daquelle
caufà foi elRey Dõ Dinis a Ara Reyno, donde os Limas palaráo
gìo no anno de mil trezentos & a ete, como jà fe diffe em outro
quatro a aueriguar també a de
lugar. -. " -

manda delRey feu cunhado, & Como a villa de Portel he tão


genro obre o Reyno de Murcia. principal,& fronteira dos Reynos
§aquelles annos feha derelatar de Catella,defejou elRey encor
ifto extenfamente. porala na Coroa.Tratoufe a ma
teria com Dom Ioão, & fua mu
CAPIT. LIX. lher, que facilmente vierão na
Das trocás à elRey fez cõ troca. Etauaporete tempo Dõ
Ioáo na villadeSaluaterra de Ga
D. Ioho Fermandes de La- . ! ... 1 . . . = ‫گـ ـ ـ ـ ـ ـ ـ ـ ـ‬

. . . ‫ آبی نبد‬- ‫ حتی‬۹- ‫ می‬-


νa,G" допейо
-

de Сатро
lifa, & de lá mandou procuração
feita por Martim Pires, Notario
Mayor á Infanta por elRey D.Fernando em Salua
D. Branca. terra em quinze de Nouembro
do anno paſſado. Aſſinao porte
* Inha elRey D. Dinis temunhas Martim Correa,& Gõ
mandado beneficiar çalo Martins feus vaffalos,& veio
101. ఆ?|# o paulde Màgos, & por procurador Martim do Aue
X&#;«A fundada a Villa de ial caualeiro, vaffalo, & Mordo
ÍùO
ElRey D»DI# 39%
momôr do mefino D.Ioão Ete vafalos pelas teiras, & rendas
Martim do Auelal era fidalgo que em Galifa pofuião.Deixo feiº.
Principalifsimo, bifneto de Dom ta obferuàção femelhante, quañ:
Diogo Gonçalues o celebrado, 4 do falei do Metre D. Payo Peres,
morreo na batalha de Ourique, Correa, vejae o que allí le dife
& de fua mulher Dona Vrracã, acerca dito. . . .. .
irmãa de Fegnão Mendes, o pri - Com procuração pois que de
meiro fenhor de Bargança. A def Saluaterra de Galifå inuiou Dom
cendencia do Auelal toca ainda Ioão, celebrou elRey Dorn Dinis,
ás familias nobres, como fe pode. a troca na fua villa de Saluaterra
Tjt- 44 ‫و‬ ver no Conde Dô Pedro, que fa de Magos, dando pela villa, &
lando delle diz aſſi: ºſartim Eſteues catello de portel aos fobreditos
do Auelal, por fabre mone 3tartim Dom Ioão, & Dona Maria as vil
Freire, que foi mui bom caualeiro, Ǽ las de Euora Monte, & Mafra, & .
.2zordamo de logo Fernandes de Lima; as terras de Aguiar,& Neiua, que
& afi fe califica bem o etado, & chamão Vitorinho. Aſsinarão à
qualidade de Dom Ioão Fernan efcritura D.Pedro Bifpo de Coim
des de Lima, que com fidalgo bra, que fe achou prélènte,& tres
tão principal feferuia. . . A clerigos medicos delRey, a faber,
Ña procuraçáofe daua poder o Metre Martinho Conego de
paraque Ioão Martins Madeiro Braga, Metre Pedro Conego de
Alcaide mòr de Portelpudeffe fa Lisboa, & Metre Thome Cone
zer entrega do caftello a elRey, go de Santa Maria da Alcaçoua
só refaluauão, que lhes ficaria o de Santarem, & Gonçalo Mar
mofteiro do Mármelal, como ti tins Mourys. Ete Gonçalo Mar
nhão contratado com a Ordem tins Mourys deuia fer parentedo
do Hofpital, & que a elRey fe da Auelal, ou irmão feu, que o pay
rião nele cem libras sòmente pas delle ſe chamaua Eſteuáo Dias de
ra o caſtello de Portel.Noteitão Mourys, lugar de que deuia ter o
bem neta efcritura, que nomeão fenhorio,&he junto do Moteiro
Dom Ioão,& fua mulhereftando de Cête. O Méítre Pedro era, ao
em Reyno etranho a elRey Dõ que parece,o queinftituio o mor
Dinisféu fenhor, & o Notario, á gado de S. Lourenço de Lisboa,
eravaſſalo delRey de Caſtellano que agora pofuem osLimas,Vif>
meandofe, diz que era Notario condes de Villa noua de Ceruei
delRey Dom Fernädo, fem acre ra, como aclaramos jâ no princi
centar,por elRey Dom Fernando pio dete tomo. , , , , …
nofo fenhor fendo que viuião en · Sinco annos defpois deftatro·
tão em fufenhorio, & erão feus cá (e concordou outra vez elRey
T T T. Ccc4 66iii
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana,
com os me{mos D.Ioão, & Dona de Catella, & entregue aos Reys.
Maria, & ouue delles as villas de
de Portugal. ... . . . ;
Euora Monte,Villaboim, Aguiar, Alcañfei que fora fenhor de:
& Neiua, dandolhe por eftas ter Campo Maior defpois da Infanta , 4
ras outras no interior do Reyno: Dona Branca feu (obrinho Dom i.
os lugares de Vimieiro, Pouos, Afonfo Sanches, por hum intru-afd.js
Figueiró, & Pedrogão com qua mento de demarcação entre Ba
trocentas liuras de renda de Chi dajoz, & Campo Maior, por má
lheiros. Feffeeta permutação em dado delRey D. Afonfo Quarto,
TorresVedras afete de Abril da no anno de mil trezentos & fin
quelle anno de mil trezentos & coēta & tres. Aſsiſtirão à demar
ſinco. - -
cação Pero Martins Alcaforado,
-

Ficou continuando elRey por Martim Gomes, & Eteuão Mar


Janeiro, & Feuereiro em Santaré,
tins Pegado, vaalos delRey, &
porá de Março atè meado Abril veinhos de Eluas, que entãofize
eteue em Coimbra, donde vol raõ outras demarcaçoés por a
tou a Lisboa pelo mes de Mayo, quellas fronteiras. Nefta de que
& neta Cidade gatou o Verão falamos tetemunhou Domingos
L.3.folſ;
todo. A finco de Iulho fez doação Andre, natural de Campo Ma
a fua irmãa da villa de Campo ior, & morador em Badajoz, por
Maior em fua vida,que como eta e{paço de cemannos, que fempre
Princefa era tão afeiçoada a el conhecera os limites de Campo
Rey, naó temeo que o moletaf Maior pelos marcos que fe apon
fe, aindaquefenhora dehúa Villa tauaõ defde o tempo delRey Dõ
na raya de Catella: não alogrou Afonfo Sabio,& defpois em tem
ella muito tempo,entrando no fe po delRey Dom Sancho, & Dom
nhorio da me{ma Villa feu fobri Fernando filho,& neto delle,& os
nho Dom AfonfoSanchesfenhor pofuira tambem em tempo del
de Albuquerque, filho a que el Rey Dom Dinis,da Infanta Dona
Rey ſeuirmão teue afeição parti Branca, & de D. Afonfo Sanches,
cular,que ocafionou as defconfiá & vltimaméte no tempo delRey
ças do Infante Dom Afonfo, co Dom Afonfo Quarto, que então
moveremos. Declaro ito para reynaua. O appellido de Pegado,
que a villa de Campo Maior,que que aquifenomea,he de hüa das
tanta proua de lealdade, & valor familias nobres de Eluas, & o
tem dado nas guerras prefentes morgado dos Pegados, dizem,4
cõtra os mefmos vefinhos de Al he o primeiro que naquella Cida
buquerque, fe glorie dos primei de fe intituio. Foi o intituidor
ros fenhores que teue defunida Fernando Eteues Pegado, 4 (em
-- falta
-… ElRey Dom Dimis. . . . … 19;
falta era filho dete Eteuão Mar Martim Gil Alferes.Dom Martí .
tins Pegado, de que tambem to nho Arcebipo de Braga. Dioão
mou o patronimico.Temporar Bifoo de Lisboa. Dom Pedro de
mas os Pegados em campo de Coimbra. Dom Egas de Vileu,
ouro quatro cótiças de vermelho DõVafco de Lamego. DõJoão
embanda. &por timbre tres fe. de Silues. Dom Giraldo do Por
tas de ouro em roquete atadas cõ to;&o Chançarel Eſteue:Annes.
hum torçal vermelho com ferro No principio daefcritura diz,que
de fua côr,& Pennas vermelhas. a fazia como Infante Dô Afonfo
¡A vinte & oito do proprio mes feu filho primeiro herdeiro, (em
li. 4.d, de Iulho, & na mefiña cidade de nomear a Rainha Santa Ifabel, &
AĒ Dgur9
fºl.274. Lisboa deu elRey a villa de Mi deuiagoardariheeftedecoro,pois
randela a Branca Lourenço, hña a merce era feita a peffoa có qué
fidalga com quem tinha conuer a ofendia,aindaque em algúas ef.
fação, & a mea verdeuia ſèr filha crituras, nem fempre a Rainha
de Lourenço Soares de Valada hia nomeada, mas netas de ma
res,que defpois foi caladãcôMar iorporte ordinariamente entraua
tim Annes de Britteiros, 4 a não com elRey, & Infante....…
fer de tal qualidade, naõ lhe dera ſº tº jº, y
elRey eta Villa, pois fabemos 4 .: C A PIT. L X.ºs. - º
naó fez merces femelhantes ås t;"orſ: : - ºr tº . . . . . . . . .

mãys dos filhos batardos que jà Ta difpenfapão que o Papa


lhe nomeamos.Pudera eltranhar
Bºnifacio concedeo para os
fe declarar ña eſcritura, que lhe
fazia merce por eta caufã, feas ca/amentos do Infante Dã
materias deíta qualidade naõ fo Afonfo, é da Rainha
raõ menos etranhadas naquelle | Dona Conifança
tempo, como em outros Reys fe …
temviſto.Eſſayesfaça(dizelRey) - .. .. .
fua filha.
por compara devº/, torpo. Naõ tinha º
elRey ainda filhos della,nem cui- - # Aõ tinha elRey Dom
do que teue defpois difto.filho al- . Dinis por ete tempo
guin, poránáo ha delles memo- ¿ SÉÅ negocio de maís iñn
ría. Antes dezia: Efe ZDeos tiuerpor *sa** portácia, que a diſpen
bem, pue eu aja de vos filhº, ºu filhos, fação do cafamento de feu filho
que ficafe a eles a dita Villa,quã º com a Infanta Dona Brites,írmáa
do não que tornaffe á Coroa.Có delRey Dom Fernando de Ca
firmaõ a efcritura o Conde Dom ºftella,& afsi me{mo adípentação
loão Afonſo Mordomơ mòr. -para fe cafår a Raínhá'D.Con
fiança
- v

Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana


flãça fua filha com o me{mo Rey federou em grande amifade com
Dom Fernando, & por eta caufa elReyde Aragaó Dom Iaime,ir
Jogo do anno de mil duzentos & mão da nofa Rainha Santa Ifa
nouenta & fete, em que fecõclui bel, & fez que cafafe a Infanta D
raõ os cafamentos, fez inftancias Violante, irmãa da me{ma Rai
na Corte de Roma para cõfeguir nha com Roberto Duque de Ca
a dipélação com que fe celebrafº labria, paraque fe oppueem a
ſemeffeëtiuamente eſtes caſamé elRey de Sicilia Dom Fradigue.
tos, de que ſe prometia a paz, & Para a execução detaliga foi el
fegurança dos Reynos de Portu Rey Dom Iaime a Roma, 8 aſsi
gal, & Caftella. A maior difficul me{mo fua mãya Rainha Dona
¿ade que nifto auia era a difpen Contança, & a Infanta D. Vio
façaõ do cafamento da Rainha lante, & receberáo do Pontifice
Óóna Maria de Caſtella,& legiti Bonifacio grandes fauores,ElRey
Imaçaõ de feus filhos, á por mor Dom Dinis,&a Rainha Santa Ifa
rerſeupay fem ſer diſpenſado no bel com a oportunidade que vião
cafamento, eraõ auidos por illigi na amifade detes parentes com
timos, & niſtofundauač os pre o Papa, lhe efereuerão, & fizerão
renſores do Reyno parte de ſua intar pelos Embaixadores que
jutiça, ainda que os Catelhanos em Romatinhão, quizefem fa
fundados em que era matrimonio lar apertadamente no negocio ao
de boa fê, fentiaõ que entrauaju Pontifice. Era a propota muito
ftamente na herança elRey Dom degoto daquelles Principes, pois
Fernando. Contudo como vali a Rainha Dona Contãça acudia
dandofe o matrimonio de feus auer dous netos cõ eftado, elRey
pays, & ficando elle legitimo, ti Dom Iaime, & a Infanta D. Vio
nha ajutiça mais clara, esforçou lante dous fobrinhos, &fobre tu
fempre a Rainha Dona Maria, & do os mouião os rogos da Rainha
feusvaledores toda a indutriapa Santa Habel,que todos defejauão
raque em Roma lhe diffirifem a de aggradar,& aelRey D. Iaime,
... efte requerimente. Do anno refe & nào aggradaua menos o que
rido, em que fe contratarão os · rerter propicio a elRey D.Dinis,
cafamentos dos filhos delRey D. que pretendia ter por arbitro nas
- Dinis com os filhos da Rainha D. Pretençoés que tinha com elRey
Maria, entrou o nofo Rey inte Dom Fernando, & julgaua que
refiado na materia, & ajudou á ficando cafado com fua fobrinha
füpplicacõ toda a intancia. Suc aquelle Rey,ferião mais faceis de
cédeo nefte mefmo tempo, que concordar as couſas.
… o Papa Bonifacio Oitauo fe cón Derão etes Principes bõ prin
- cipio
El Rey Dom Dinis. 294
cipio a cita negoceação, & ficou, pudera foceder conforme co cgº,
tão diffolta, que fe não foi logº, tiato do caíamento. Por ei", &
concedida a graça, veio a ter ef outros juítos repeiros concedeo
feito no anno preiente, franquea
-
- - ~ . -- a difpentação para todos, & ale
das nefte entremeio algüas diffi gitimação para os de Catella, Ex
culdades que occurreraó. O Au pedioſèa Bulla daquelles Princi
tor da Chronica delRey Dõ Fer pes em Agnania a vinte & ficº E%till; ad
Сар. 15 -
nando attribue aos repeitos que, de Agoſto delle anno corrente & an. I 3
v . / - * - * - \ (s
#:{т. 94 ,
o Papa Bonifácio tinha à Rainha, não no feguinte de mil trezentos
Dona Maria o fauor grande que, & dous,como diz achronica del.
lhe fez neta parte. He verdade Rey bou Fernando. Logopsie
que merecia muito eta Rainha, mes de Nouembro chegară aş
mas não felhe concedeo a legiti nouas á Rainha Dona Maria, que
'mação dos filhos fenão defpois de com elRey feu, filho e taua em
tratado o cafamentosdelles em Segouià, & as teue també elRey
Portugal, & confiderada avalia Bom Dinis etando na Villa de
daqueles Principes de Aragão, Santarem no mac{mo tempo. Na Ε. 4 foίμ"
Villa ſobredita deu elRey o pa
perfuadem a qualquer juízo, que droadə de Santa Maria de Abbas
poreta viaveio atera ſaida hum de junto a Barcellos, & a irmida
negocio tão difficultolo, Donde de S.Viçente de Fragofo em ter
hejuto que reconheção em Ca ra de Neiua a Meffre Martinhờ
tella que por via delRey D. pinis feu fifico, que aqui nomea Cone
felhe afegurou o Reyno,& ficou go de Braga, & de Lisboa, & diz
legitimai: aquella
Dóm Sancho. -
linha delRey
. -
{erfeita a efcritura em Santarem
adez de Nouêbro da Era de mil
- - - - 、 *ート ** r : ・・ ・チヘ・."
Emfim o Papa Bonifácio Oita trezentos & trinta & noue, que • " ‫צ‬ • "" ‫ ۔‬٢۵ ‫۔‬ - -- -

uo, por aquiear os Reynos, & vem a cair nete anno de Chrifto
-

não expor a rifcos defe efeitua de mil trezentos & hum. Foi ex
rem o$cafamentos de táo grandes pedida a Bulla de difpeiìfágág pa
Principes fem diff enfação, como ra o cafamento do nofo Infante
jà fizera elRey Dom Sancho de Dô Afonfo com a Infanta Doria
Çaftella, coufà que a Rainha Sã Brites tambem em Agnania a oi
ta Ifabel muito receaua, & pela to do mes de Setembro dia da
qual razão muitas vezes intara Natiuidade de nolia Senhora. A
ão mefmo Papa quizeffe côceder forma,& teor dellaheo feguinte,
eta graça, por não ver afeus fi conforme achei no liuro quinto
|lhos nos efcrupulos de hum ma delRey Dom Dinis, que contem
trimonio não dipenfado, como cartas de Lifirias, & efèambos, & ‘. . . . . **
e - º - eftà
- a *
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
efã na etante junto ájanella do pos, o muitos damnos defazenda, cº
norte da cafã da Coroa. que para//egar, º fuecer as taes.
Žonifacio Zipo $eruo dos feruos de inimifades, é procurar, Cy reduzir a
2)eos.Ao amado filho o nobre varão An paz huma, & outra parte, forão entre
_fante zyom Afonfo, primogenito do Il vos ambos, que então ereis, é ainda a--
luftre Zom Zinis Key de Portugal cha gora ſois de idade não capaz de matri
ri/Simo em Christofilho ா,ே ன் áama monio, celebrados depomorios com ef
da filha em (hrifto, é nobre mulher a perança de alcançar a dipen/agão -Apo
Infanta zona Zeatris, filha delRey Z3 folica, é que por fiacaº/a defejais de
Sanchajá defanto, º quatfifilho delRey celebrar o matrimonio. 3ías porque o
zº.…Afonº de Cafiella,é Leão de clara tal matrimonio (e não pode legitimamen
memoria. Como q//eja, que o Summo te ratificar, & conſumarſem a diſpen
'Pontifice com a entrega que/e lhefaz fação que he nece/aria para º impedi
das chaues do Keyno do Ceona do mento de parentefco que tendes em ter
LApoftolo 543 Pedro por mão daquele ceiro grao por duas vias, é no quarta
Senhor, quegouerna juntamente Geº,6% grao por outra;nospedjies humildem?.
terra,alcance opoder Pontificaldelgar, te, que digna/emos deprcuerno cafo c3
cºabf9luerd/peo/a algãºs vezes confor º beneficio da áfico/ação. Nosportam
me a direito nas me/mas prohibigoč: do to d:/?janda aféitüq/amente aşaz, &*
direito dº/ataprouidamête com/haple huietação dos me/mos Keys Zom Zinis,
nipotencia o vinculo, cº obriga,ão cõ que & Zoom Pernando, es afi a voſſa, &
tidos á obferuancia das mºfmas lei;, & dos outros mais dos vº/os Reynoide (<-
direito fão fºgeitos, é mais emparti Jtella, Leão, 6. Portugal, c9 perando
cular em fauer de algãºs pº/cas,quan que por meio do mº/mo matrimonio, (e
d, a necesidade, cº caufa razoauel • ſe effeituar, ſe arrancario as taes int
pedem. Ze verdade apetição que por miſades, odios, es rancores, & aſsi a
yo@aparte nos foi maocafiãoprºfenteex vos, como a eles/obreuirão acre/centa
pofia, continha, que por cau/a degrauesdas pro/peridades,inclinados a yº||os ro
inimiades, odios, 6 rancores, que he gºs diſpenſames com vocepor autorida
notorio, pa/arão entre º chari/Simo emdel Apótolica, 6 por graga epecialpa
raque não ºbjianteo impedimento depa
(hriftofilho no|o o illo/tre 2/3 Zints &ey
de Portugal pay ?? o Infante Zºom rentº/co em terceiro graopor duas vias,
.Afonfo, é o amado filho, & nobreva é em quartograopor hia, pºfais com
rão Fernando irmão vº/o,ó Infanta Z). trahir legitimamente deſpoſorio, & ma
Zeatris! é filho de ZõSancho Rey em trimomo, @ melles aßi ajffem(adasper
entro tempº, o qualfoi filho delRey Zom manecer tambem licitamente,< c.
- Afomfo de Cañella, cº Leão de clara
Diz o Papa netabula,que não
memoria,das quaes difcordias procede tinha ainda idade cópetente para
rãograues r/co das almas, 6 de cor: contrahir o matrimonio Infante
---> --- - —- ---------
o nofo
-
ElRey Dom Dinis. 295
Infante Dom Afonfo, & füa epo cia darei aqui razão do parentef
fa a Infanta D.Brites,& de verda co em 4eftauão no terceiro grao
de o Infante naõ enchia ainda on por duas vias os Principes de que
ze annos perfeitos,& a Infanta oi falamos,& logo aclararei o quar
to. ElRey Dõ Fernando fazia na to grao de confanguinidade, que
quelle tempo quinze annos, & tinhão. -

noue mefes,& anoffa Infanta D. A primeira via por onde eta


Contança entraua jà nos doze. uão em terceiro grao de parêtef
Os graos de parenteíco em á co onoſo Infante Dö Afonſo, &
o Papa difpenfaua,que na mefma
fua efpofa a Infanta Dona Britcs,
forma vinhão exprefados nas &itô me{mo elRey D.Fernando
bullas del Rey Dó Fernando, me com a noffa Infanta D.Conftança
parece áhe neceario declarar, era por ferem primos fegtídos,co
para darfatisfação a quem ler, 4 mo bifnetos delRey de Aragão
defejarà de ter noticia das vias D.Iaime o Conquiftador, & eíte
por onde entraua efteparentefCo, parenteíco quiz trazer primeiro,
& porque, como bem aduertio orfer da parte da Rainha Santa
Damião de Goes, húa das mais Iabel, & legitimo.Ete Rey Dom
precifas obrigaçoes dos Chroni Iaime teue por filhos elRey D.Pe
flashe o expôr cõ clareza os pa. dro, pay da Rainha Sãta Iſabel, &
rentefcos dos Reys, & Principes a D.Violante,măy delRey D.Să
de que e(creuem. Teue Damião cho, & afsificauão fendo primos
de Goes qualidade de bom Chro cõ irmãos aRainha Sãta,& elRey
nita, & afsi merece 4 nos apro D.Sancho,& etes feus filhos,de 4
ueitemos de fuas palauras,tratan falamos,primos fegundos, que he
do dos parentefcos delRey Dom o terceiro grao, que (e apontana
Manoel com os Reys Catholicos dipenfação. -

de Catella, que faó etas : Zºos Por outra parte ficatião em ter
quae; parente@o; quis aqui pper efławlê ceiro grao, por (erem os Infantes
bramças, porque as coufa defla qualida D.Afönfo,& D.Confrança (obri
de vão/endo bem e/pecificada pelos eferi nhos delRey Dõ Fernando, & da
tores,fazem depois muitos emkos, de Infita D.Brites, que eráo primos
que recrecem ነነ᎓0ነ'êý ሮፆነ'Øያ ነŸፊ¢ progentas com irmãos delRey Dom Dinis
¿los Zeys, «» ?rincipes, no declarar das por eta via.
4иaiя os Chroniſtas deuemfer mui vigi ÈlRey D. Afonfo decimo de Ca
lantes, é as deuem pintar de tão boas ftella. -

cores, é tão viua,que por nenhum mº A Ráinha de Portugal D. Brites


do o tempo aspofía cegar,nem trazerem de Gufmão, & elRey DõSancho
duuida. Cóforme a eta aduerten: de Catella filhos delle,irmãos:
Ddd ElRey
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
ElRey Dõ Dinis filho da Rainha mais antiguas. Porem nas occa
D.Brites,& elRey D.Ferrådo, & fioés em que fe oferecerdaremos
a Infanta D. Brites, filhos delRey razão dellas, q agora sô nos obri
DõSancho, primos com irmãos gaua a Bulla a eſpecificar os tres
del Rey D. Dinis. ' graos que diſpenſaua.

O Infante D. Afonfo,'& a Infanta


D. Contança,filhos delRey Dom ' cAPiT. LXI.
Dinis, fobrinhos delRey Dó Fer
nando,& da Infanta D.Brites,que Da fatisfação que El Rey
eiäo primos cóirmâos de ſeu pay. deu ao Santo Frei Garcia
| O quarto grao,que he ovltimo
dos prohibidos, defpois do Con AÁartins, Prior da Ordem
cilio Lateranếfe,entraua aosPrin ... do Hofpital, com ou
cipes fobreditos,por ferem tercei tras coufas.
ros primos,& bifhetos delReyD.
Afonfo o Nono de Caftella, que F. Mes de Ianeiro do an 1301.
chamão o das Nauas, como fe %YS noide mil & trezentos
ode ver na lifta feguinte. . . . \%% & dous em que entra
ElRey D. Afonſo das Nauas. *** mos, ſeachaelkey D.
D. Berenguela Rainha de Catel Dinis na cidade de Coimbra, aõ
la,& Leão, & D.Vrraca Rainha de ficara no fim de Dezembro
de Portugalfuas filhas,irmãas. . pafiado, & como Portugal fe
ElRey DõAfonto de Portugal, & aquietou com a paz de Catella,
o Infante Dom Afonfo 驚 de & compofição feita cõ o Infante
Molina,filhos dellas,primos com Dom Afonfo irmão delRey, de
11 imaOS... . - " - - -
que jà falamos no anno de mil
ElRey Dõ Dinis, & a Rainha de & trezentos,teuelugar elRey pa
Catella D. Maria, filhos delles, ra acudir à obrigação ordinaria
primos fegundos. . dos Reys daquele tempo, que
* Nefta forma fica aclarado o pa era vifitar as comarcas, admini
rêtefco em que o Papa Bonifacio trando, & prouêdo na jutiça na
diſpenfou,& fe alcanfará o paren forma que já algüas vezes apon
teco daquelles Principes, donde tamos. Para a de Alentejo partio
fe virâ com facilidade em conhe daqui de Coimbra porFeuereiro,
cimento dos mais graos,que pelas & là gaftou atè o mes de Mayo, ά
lianças fubfequentes acreíceraõ he o tempo mais acomodado pa
entre os Reys de Portugal,& Ca .1a aquellas terras. Em tres do
{tella, fuPpondo etes que ago mes fobredito o achamos em Be
ra tocamos, & outras deducçoês ja dãdo foral aos moradores da
aldea
El Rey Dom Dinis, 196
aldea de Sufiiífe termo de Bargã critura confirmão, o Infante Dã
ça, & voltando a dez pela cidade Afonfo filho primeiro, & herdei
de Euora fè recolheo a Santarem ro, a diferença do Infante Dom
no principio de unho. Afonfo feu tio irmão delRey: &
Do tépo da pouoação de Vila ainda entro em fofpeita,que feria
la Real andauão os caualeiros da elle paffado a Caftella a cafar as
Ordem de S. Ioão efPerando que filhas,que não parece coufa decê
elRey lhes fatisfizeffe as herdades te,que etando em Portugal,& em
, que largarão para a noua pouoa pazcõ elRey, faltaffe nas firmas:
ção, & feus moradores. Teue fim mas ito fè aueriguarà no princi
a fatisfação de todas ellas no tem pio do tomo feguinte, que agora
po prefente com recompenfa tão só quero dar o nome dos ά aqui
liberal, que alem do que fe deuia confirmão. -

em permutação equiualente, al lnfans D. Alfonfüs filius primus,


cangouaOrdem nouas merces,& f& hæres. -

acrefcentamêtos, & com ifto deu O Conde D.Ioão Afono Mordo


o Prior D. Frei Garcia quitaçäo mo mòr. . . . . .
géral a vinte finco de Iunho em D. Martim Gil Alferes mòr.
Lib. 1.fol.
33 & lib. Santarem, aonde recebeo a oito Dő Mem Rodrigues de Britte
3.fol.20. do me{mo o padroado da Igreja ros. -

de S. Pedro de Abaças por doa D.Ioão Rodrigues


de Britteiros.
ção,& merce delRey particular. D.Pedre Annes de Portel. -

Dareios cófirmadores della, por .D.Fernão Pires de Barbofa:


que como no anno corrente dou Ioão Pires de Soufa.
fim a ete primeiro volume del Ioão Mendes de Britteiros.
Rey Dom Dinis,que comprehen Ioão Fernandes de Lima.
deatè o vigefimó terceirò anno Etes confirmão como Ricos
de feu Reynado,deixaremos noti homés. Seguemfe abaixo em ou
cia dos Prelados,& Ricos homés tra ordem portetemunhas. Ioão
ueatè efte anno cócorrerão, re Simão Meirinho môr. Rodrigo
ੰਬਰ para o principio do to Paes Bugalho, Pedro Afonfo Ri
mo feguinte,em que fe principião beiro. Afonſo Martins Vicechan
os outros vinte & tres annos do cerel. O Mefire Iulião. Defpois
me{mo Reynado, húa lita mais delles em outra ordem vem nu
ampla feita na mefma forma merados os Sobrejuizes, Martim
.da que lançamos no principio Pires. Apparicio Domingues.
dete, em que apuraremos a fuc Afonfe Annes. Rodrigo Nunes,
cefaõ dos Prelados, & minitros & Afonfo Paes. Os Prelados e
Reaes. São pois os que neta ef> raõ os que fefeguem. . . .
-

Ddd 2 Dom
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
Dom Martinho Arcebilpo de affi detas efcrituras fê não pode
Braga. -
coligir fua afsitencia, excepto a
DJoão Bipo de Lisboa. do Bipo Dioceano: mas fe for 4
D. Giraldo do Porto. ainda o Conde D.Ioão, & o Lima
D. Fernando de Euera. andauão aufentes, he mais para
D.Vafco da Goarda. notar faltar o Infante Dõ Afonfo,
D. Egas de Vifeu. & entrarem elles. -

D.Ioão de Silues. Não sô concluio o Santo Frei


D.Afonfò de Lamego.Em Coim Garcia Martins a fatisfação á el
bra auia Sêvagante, mas em bre Rey efperaua,mas també fezhúa
ue foi prouido Dom Fernando, cépofição a 蠶 do meſmo
como fe verá no lugar que pro mes comoBifpo de Lisboa Dom
mettemos.O Cõde D.Ioão Afon- João Martins de Soalhaês (obre satz
fo, que difemos fora a Catella, duuidas que trazião o Bipo com tais.
& Aragão
do anno decõmilembaixada no fim
& trezentos, & o Comendador
taré reduzindofedea S.Ioão deSan
concordia, cõ "";
#. l
Ioáo Fernádes de Lima, qno pro deixar liures ao Cabido os cafães
prio tempo e taua em Galifa, de de Macuſſa,& de Louroſa, & do
uião fer jà voltados a Portugal, | Rego no lugarde Affentis,termo
pois os vemos cõfirmando agora; da me{ma Villa. Ehe neceffario
fenão he á os Ricos homens ain ir dádo noticias defte Santo caua
daque ii os nomeauão nas leiro;poráBzouio,& outros auto
ecrituras os notarios, como tam res lhe anticiparão a morte, q an
bem fazião aos Bipos,porque he nos adiante teue, no tépo da qual
impoffiuel,que faltaffem na preci acrefcentaremos o á de fuas vir
fã obrigação da refidencia de fuas tudes, & fantidade (e alcança. .
Igrejas, & affitifem continuamé Não deuia elRey de deterfe
te na Corte. Quando hú, ou dous muito em Santaré na ocafiaõ pre
Bifos confirmão,fe pode crer, q fente, donde foi paflar o reftante
o fazem por etar pefoalmête no do verão a Lisboa,& deta Cida
lugar em 4 fe faz a e(critura, quã de tornou no inuerno outra vez a
do entrão nomeados todos, he e Sãtarem,como veremos. Em Lif>
ftilo do Notario nomealos pela boa deu elRey quitação em tres
outorgagèral, qdauão aos Reys de Iulho a Fr.Pedro,Religiofo de
para difoor dos bens da Coroa,& Alcobaça,Catelleiro dos catel
fazer merces delles,&ifo me{mo los de Monfanto, & Sabugal das
para outros actos de femelhante depefas q fizerão na fabrica, &
qualidade, q então tinhão menos reformação detes catellos. Em
föberania os Reys,do & agora, & outro lugarvimos como efteRey
- T fe fer

i
ElRey Dom Dinir. - - 19?
fè feruía de Religiofos daólla ca fendo o de 1314. Porem o mais
fa para ocupaçoés ſemelhantes, certo parece, 4 nete anno em 4
Aquitação he na formafeguinte, fe deu á quitação, aos fuperinten
2.Zinis,9c.…4 quantos fia carta vi dentes da obra, feleuãtou a mão
rem que eu recebi conta, & della, & ficou aperfeiçoada, & q
recado de Frei Pedro, que foi meu (a- o letreiro fe poz adiante no anno
felleiro de 2íonção, é do Sabugal, º de mii trgzenços&,quatorze.…...]
de todalas coifas que recebeopara as di . Por efetempo em que elRey
tas (g/tellarias, & amella: deffendew, e taua em Lisboa, corriagrande
agidas dinheiros?ortugue/es, comº de contenda entrga@rdem de San- '
/Leone/es, como depão, como de bois,cº tiago com o Bipº de Silues Dom .
mo de ferramenta, como de todas as ou Joã9 Soares Alão, & continuou
tras coufas que recebeo,&: dependeoma em feus fuccefores com notaueis
ditas coffellarías, &c. Deuião de a dermafias de hüa, & outra parte,
cabaríe agora os caftellos fobre come fè verâ nos annos.adiante.*
- -
- - - - ___

ditos, a cuja fabrica, & acrefcen Era ainda no prefente Metre de


, tamento fedeu principio quando Santiago Döloão Oſores, & Co;
elRey tomou poffe de Riba de mendador mór em Portugal Dõ
«Coaes annos atras, &.comegou Martim Gafco, ou Gafcom, co daTrilunal Contiê
a fortificar aquella vifinhança; mo então fe pronunciaua efte ap: da & ds
aindaque a torre grande do Sabu pellido, Appellou o Comédador; Santiago
altem hum letreiro, em que fe mòr de hum grauame, que o Bi fol, 18 1.
véferfeita no anno adiante de mil po lhe fazia, etando prefentes
trezentos & feis, ou mil trezentos Gonçalo Pires da Vermelha ca
& quatorze,diz ele neta forma: ualeiro, & Giral Martins (obri
É?afez elRey Zom Zimis, que acabou nho de Rodrigo de Lemos,& foi
tudo офие фия, фие диет dinheiro ti ifto na mefmä cidade de Lisboa
uerfarà quanto quizer. E. 2a (CC a noue de Agoto. Os Lemos e
XIIII. Ouem tresladou não del rão fidalgos vifinhos deta Cida
uia aduertir navalia da letra X. de, como já deixamos aduertido.
quefèm falta deue tefa plica, có Os Gacos he appellido, que
que val quarenta, & então vem a na occafiaõ prefente achei a pri
cair a cóta na Era de mil trezétos meira vez em etcritura; bem he
quarenta & quatro, que he atino verdade, que defpois de o ver ne
de Chrifto dé 1 3o6. finco annos fta, delcubri outfa da Era de mil
adiante dete em ávai a hitoria, trezentos & vinte & tres, qué he
ou fe a letra (obreditaretem ava o anno de mildu2entos & Gitenta
lia de dez,deue tomarfe a palaura, & finco,em que confirma Fernão
Era,por anno de Chrifto, & fica Gafco Comendador de Santos, 4
Ddd3 … he
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
he no conuento das Religiofas dá poleto os faz originarios oLicen Γι/αι%
mefma Ordem de Santiago; & a ciado Frácifco Calcales na hitto , 7a.

efcritura de húatroca que Vrra ria de Murcia.


caPires,Religiofado me{mo cô
uento, filha de Pedro Martins de cAPiT. LXII.
Maafelos, dito o Velho, & de fua
mulher Dona Maria Fernandes
com Sancha Pires, filha de Dom Da volta que elRey Dom
PedroMartins C,afarrom,que ti Dinis fe{a Santarem, é
nha ſido ſobrejuiz, da herdade 4 das mortes da Rainha D.
de feus pays auia de auer em Maả Căfiança fua fogra, é da
felos,& Rio maior,por húas cafas
que a D.Sancha lhe deu na fre Infanta Dona Violante
獸 de São Mamede deLisboa; ſha cunhada, &ou
azia a troca com confetimento -… · · tras coufas. · ·
da Santa Cornendadeira D. San • * - - *

cha Martins füa Prelada, & no Ntrado o inuerno, &


cartorio do conuento de Santos K? º º mes de Nouēbro, tor. *39*
cftá a efcritura. Over efte appel 嵩 స్త్రీ nou elRey DōDinisa
lido de Gafco, ou Gafcom em ****Ž* Santarem,aödega{lou
dous caualeiros da Ordem de Sã têo fim dete anno.Não foi ele
tiago, me faz cójecturar,que veio degotos para os nofos Princi
eta familia dos Reynos dé Ca pes, pois lhe faltou por efe tem
tella, & que forão prouidos nas Po a Rainha Dona Confiança, &
Comendas fobreditas pelos Me a Infanta Dona Violante, cujas
ftres Caſtelhanes eftesdous caua mortes a Rainha Sáta Ifabel fen
leiros, & que delles, ou de paren tio em etremo. Viuia a Rainha
tes que com elles virião deſcendé Dona Contança, mãy da nofa
os que oje em Portugal fe appel Rainha, com outra filha D.Vio
lidão Gafcos. Trazem por armas lante noReynodeSiciliado anno
os Gafcoës nos Reynos de Ca(tel de milduzêtos & oitenta & tres,
la hum efcudo partido em pala, em que elRey DõPedro feuma
& na parte direita htía aguia de rido,o qual conquitára,&fenho
ouro em cãpo azul, & na efquer reâra aquelle Reyno, pela acção
da hã catello de prata em cã 體 nelle tinha a Rainha D. Con>
vermelho com fete flores de Lis ftança, a mandou refidir em Sici
2o redor do caftello. As flores de lia com feus filhos Dom Iaime,D.
J_is deuião vfar por ferem France Fradique, & Dona Violante, a
fes, queda cidade de Leão de ER fim de que os Sicilianos viuifem
- firmes
ElRey Dom Dinis. 298
firmes na fogeição dos Aragone me, ou que entendia deixaua fé
fes. Morreo elRey Dó Pedro no guro no Reyno de Sicilia ao filho
anno de mil duzentos & oitenta Dom Fradique, conformouſe no
& noue, a qué füccedeo no Rey cafamento da filha Dona Violam
no de Aragaõ feu filho maior Dõ te com o Duque de Calabria. Pa.
Afonfo Terceiro,& em Sicilia foi ra efte effeito`fe partio com ella
jurado por Rey Dom laime. A para as terras delRey Carlos de
Rainha Dona Contança vendofe Napoles, & no me{mo anno de
viuua, efcolheo ficar no mefmo mil duzentos & nouenta & fete e
Reyno de Sicilia, aindaque ocu receberão os epofados em Roma
pada aquella Coroa por feu e com grande magetade,por etar
gundo filho,fendo ela a herdeira prefente elRey Dom faime,& fer
proprietaria, por entéder ngani o matrimonio ordenado pelo Pó
modos Sicilianos, que lhe farião tifice Bonifacio. Afsi ficoü a Rai
bom gafalhado, & afi pafou até nha Dona Conftançagloriofa,vẽ
ue morreo em Aragaõ; a Dom do á tinha naquelle tempo dous
Afonfo lhe veio fucceder DõIai filhôs, Reyhã delles de Aragão,
me,& aufentandofe de Sicilia, foi & outro de Sicília, & duas filhas,
jurado por Rey daquella Coroa húa Rainha de Portugal, & a no
feu irmão Dom Fradique no an ua cafada, que auia de fer Rainha
no de mil duzentos & nouenta & de Napoles. Alem de que via no
finco, foi folicitado elRey Dom proprio anno a noſſa Infanta Do
laime pelo Pontifice Bonifacio,& na Contança fua neta Rainha de
por Carlos (egundo Rey de Na Catella, por fe celebrar o depo
poles, a que renunciaffe o direito forio com elRey Dom Fernando
4 tinhano Reyno de Sicilia nelle naquelle anno. Comitto aliuiou
Carlos, que fora fempre preten a pena de ſe vet deſapoſſada do
for, & competidor àquelle Rey Feyno de Sicilia, que fora heran
no, de que elRey D. Pedro depo ça de ſeu pay, & reduzida a ter
ĵàra a fêu pay. Çafoufe Dólaime mos de fe vir emparar, & aparen
com D. Branca,irmãa do me{mo tar com o filho, & neto daquelle,
Carlos, & tratou cafamento da que dera afeu pay a morte, con
Infanta D.Violante fua irmãa cõ tendendo obre os menos eta
Roberto Duque de Calabria,her dos. Deſte anno atè o demil tre
deiro dele, & por eta caufa inté zentos eteue a Rainha D. Con
tou defapofar a (eu irmão Dom ftãça nos etados em companhia
Fradique, que e utentou có va da filha Dona Violante.No anno
lor. A Rainha D.Contança,ou á fobredito paffando outra vez el
inclinafe mais à parte de DõIai Rey DólaimeDdd
- -
à conquita
4. de Sí.
cilia, r
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
cilia, que não efeituou, foi a Ta Santa Ifabel grande fèntimento,
ranto, aonde a mãy eltaua, & a & igualmente a fobrefaltaua o
trouxe configo para Napoles, & etado delRey Dom Fradique a
dahi a Aragâo, & naquelle Rey pertado por todas as partes dos
mais poderofos inimigos, & não.
no viueo atè efte anno de trezen
tos & dous, em que morreo na menos delRey (eu irmão. Porem
cidade de Barcelona, donde tinha efte Principe, que foi de grande
depedida a Rainha Santa Ifabel valor, fe oppoza tudo, & confer
a fer Rainha de Portugal. Viueo uou o Reyno de Sicilia para fi, &
fempre eta Princefa com grande feus fucceffores , com differente
opinião de valor,&prudencia en opinião da que fe cõcebeo de feu
tre tantas variedades quantas vio irmão elRey Dom Iaime, em re
nos Reynados de feu marido, & nunciar o dominio delle aos ini
filhos. Mandoufe enterrar no cõ migos defeu pay, & em proceder
uento de São Francifco de Barce tão froxamente quãdo fere{olueo
lona, pela deuação 4 tinha a eta ao tornar outra vez a recuperar
Ordé. Por eta caufa a nofa Rai para elles.
nha Santa Ifabel no primeiro te Bem he de crer, que auião de
flamento que fez no anno de mil obrar os nofos Reys, & meter a
trezétos & quatorze deixaua qui mão netas materias, fauorecen
nhentaslibras a efte mofteiro, Itê do, ou a elRey Dom Iaime, ou a
mando ao m.(leiro de São Francifco de Dom Fradique,& quando menos
Zarcelona, hujazminha madre, qui entrepondo fua autoridade, &fa-:
nhentas libras. zendole medianeiros com elRey
Defpcis da morte da Rainha de Napoles, & Duque de Cala
Dona Contãça leuou Deos para bria pelo parentefco tão chega
ſia Duqueſa de Calabria ſua fi do entre todos, & que por caua
lha, que foi perda notauel; porá das mortes da Rainha Dona Con
fe efperaua podia ella fer media ßança,&Infanta D.Violante auia
neira entre elRey Dom Fradique de auer entre todos embaixadas
feu irmão,&o Duque feu marido. de pefames. Porem, como jà em
Por fua ordem fe tinhão afenta outro lugar aduerti, faltão noti
do tregoas neſte proprio anno, cias de todas etas coufas peloque
mas durarão poucos mefes,& afº aindaque não pofo dar razão del
fe tornou a acender a guerra, & las,quero aduertirlhe a falta,para
preumem que degotada dito a ó notädoa os á!erem, venhaalgú
Duqueza enfermara, & morrera. curiofo q defcubra,ou conjecture
Com tua morte, & da Rainha D. mais do á aqui efcreuemos, &a-
Contança teue a noffa Rainha perfeiçoe a narração de ſucceſſos
tão graues. CAP:
-

ElRey Dom Dinis. 199


nacera eta Infanta no anno de
C AP IT. L XIII. mil duzentos & nouenta,& que já
no mes de Agofto entra nomea
com feus pais nas efcrituras.
Da embaixada qae elRey da Como o negocio era de tanto
-Do Dumis mamdou a Cá porte, & elRey D. Dinis entraua
#ella, & do recebimăto, & tão interefado em afegurar a e
bodas da Rainha D. Con ta filha a Coroa, vendo maior
mente as mudanças do gouerno
, Siança/ua filha, de Catella,diuidida em parciali
dades,que inclinauão a elRey,có
$Indaque efte anno foi forme 體 intereles, & receando
1301. ಟ್ಲಿ ë%infauto para os nofos algum defuio ao cafamêto da In
е "Rainhacom
#Reys a perda
D.Conta da fanta: agora que vio entrados na
nça,
priuança delRey o Infante Dom
& Infanta D. Leonor, aliuiouos loão, & Dom loão Nunes de La
Deos por outra parte effeituando ra emulos das outras facçoes cõ
as bodas, & celebrando o cafamé petidoras, & obrigados a Portu
to de fua filha a Rainha D. Con gal pela boa vontade,que o nofo
ftança com el Rey Dom Fernan Rey motrou de aquinhoar o In
do de Caftella;& aßi aliuiaräo os fante no fenhorio do Reyno de
lutos daquellas Princefas com as Galiza, & gafalhado que fempre
galas do cafamento da filha. Ti fez aos de Lara, que foi caufa de
nhãoe celebrado os depoforios Avir efte me{mo Dom Ioão a Por
delRey Dom Fernando no anno tugal poucos annos defpois, & fi
mil duzentos & nouenta & fete, zerfe vaffalo delRey Dom Dinis,
como vimos, & alcançada a legi mandou Embaixador a Caftella
timação, & difgenfação para ca a applicar a vltima concluſad do
far cometa parenta a el Rey Dó cafamento.
Fernando no anno de mil trezen _Foi por Embaixadora Caftella
tos & hum, conforme ao que ali fobre ete negocio o Conde de
efcreuemos. Nefte corrente de Barcellos Dom Ieão Afonto de
mil trezentos & dous fazia a nof. Albuquerque, o qual jà nos pri
fa Infanta Dona Contança pelo meiros tratos delle tinha fido o
mez de Agofto, ao menos §: confultor, & praticante com os
annos de idade, que he a capaz me{mos poderes. Fazia elRey D.
ara celebrar matrimonio. Con Dinis muito cafo dele,por fua au
ita ferifto afii, lembrando que toridade, & etimação na Corte
aueriguamos em outro lugar,que de Catella, & parenteco muy
- chegado
Liuro XVII. Da Monarchia Luſitana.
chegado com aRainha D.Maria, pretendia, que de prefente quan
mãy delRey Dom Fernando.Era do fè effeituaffè o matrimonio,in
neceſſario que feinterpufeffe pe[.. ualidafem,& reclamafem os cõ
foa tal para inclinar a Rainha D. tratos de Alcanhis, & obrigaflem
Maria Princefà de táto valor,jui a elRey D. Dinis aceitar o efeito
zo, & autoridade, que fuppoíto do calamento, dimittindo aster
naquella occafião a tinhão os va ras que entaõ felhejulgarão. De
lidos delRey feu filho alheada de mãy era o zelo, mas não foi culpa
fua aceitação, & boa graça, pre detes validos o concederem a el
ualecia (empre fua prudencia, & Rey D.Dinistudo quanto preten
zelo,para fazerduuidofa qualquer dia neta materia; antes fizerão
acção, que não fofe muito em officio de bôs miniftros, por mais
vtilidade do que a elRey feu filho4 a Rainha D. Maria intada dos
conuinha. · contrarios delles, diuulgaua fero
Tinha confiderado a Rainha contrario do que propómos. A
Dona Maria, 體 os contratos de etreiteza em que elRey DõFer
Alcanhis quádo fe celebrarão os pando fe via çõ a formidauelliga,
depoforios delRey feu filho, & de feus oppoftos, era baftante a
Infanta fua filha com os nofos In obrigalo a maiores etremos,quã
fante,& Infanta,filhos delRey Dõ do a jutiça naõ fora taõ notória
Dinis, diminuiraõ muito no pa por nofía parte. Dos apertos em
trimonio da Coroa Catelhana, que elRey Dõ Fernando andaua,
pelas muitas terras que então fe daremos razão no principio do
mandaraõ entregar a Portugal. volume ſubſequente; a juſtiga cô
Forão ellas retituidas a nòs por que nos apoflamos daquellas ter
vſurpadas; algüsmal contentesa ras fica bem validada no que dei
zedauaõ a Rainha, dizendo, que xamos efcrito em varios tempos.
naõ erão fenão bem pofuidas por Emfim o Infante D.João,& D.
Catella, & que naó era juto fa Ioão Nunes de Lara efeituarão o
zer Rainha dâquelleReyno a htía cafamento delRey D. Fernando,
Infanta de Portugal, 4 fobre não & fizerão celebrar o matrimonio
leuardote com que acrecentafe com a noffa Infanta D.Conftança
a Coroa,entraua admittida ao fe do inuerno defte anno de 13oz.
nhorio della, com htia obrigação fem alterar nos contratos de Al
de a diminuirem em tanta parte. canhis. Foi a refoluçaõ mui acei
Com eftas aduertencias andaua a ta a elRey Dom Dinís, & a todo
Rainha D.Maria queixofa do In o Reyno de Portugal, & com ra
fante D.Ioão,& de D.Ioão Nunes zão;porque naõ era coufa decen
de Lara, validos de feu filho, & te, etando aquella Infanta auia
quatro
ElRey Dom Dinis. " 300
quatro annos em Catella, voltar que parece entrão de meias com
daquelle Reynoſem ſer Rainha, a (oberania das Magetades, cri
Não ficou elRey feu marido zes, & defenganos da fepultura.
ouco intereſłado, porque ante Mas porque não feimagine, que
uendo elle, & eſtes ſèus validos a
defconhecia hum Rey tão prudê
necefsidade que tinha de hum va te, & chriftão eta verdade,& que
ledor, qual elRey D.Dinis,dipu depunha fuas acçoes como qué
ferão logo vitas entre ambos pa não preuia a certeza della,çõcluí
ra o anno feguinte,em que elRey rei por agora com hüa obra de
D.Fernãqo não interefou pouco. piedade que executou por füa al
Cap. 16. A Chronica antigua Caſtelha ma, em que fe confiderará tam
රෑ. 18. na,& feus tresladadores confundé bem a miudeza do gouerno eco
Mariama 3 -
etas materias,& as repartem em nomico a que attendia. -

с” alј. varios annos: mas bem confidera .… E taua em Santarem fituado o


do o que fica dito,& ajutado cõ Hopital de São Lazaro fora da
as razoês,& efcrituras de que nos Villã para a parte do Norte,de á Lib 3 dal
valemos, parece mui corrente,& fefeguia grande prejuizo aos mo Rºy D. Di
colligada a noffa narragaó, que radores pelo contagio dos enfer ni, fol. 17.
terá mais força, quando fè ler.ò ó mos. Acudio o Alcaide mòr da
no anno ſeguinte ſe ha de aereſ, XVilla, & os do gouerno, & confe
centar aО 1ntentО. . . . lho della a elRey em vinte & oito
... A noticia que temos donoffo do mes de Dezembro, reprefen
Rey D. Dinis no tempo prefente, tandolhe o perigo, & pedindolhe
he ter mudada a Corte para San mandaffe mudar o Hopital para
tarem no inuerno defte anno de -outro lugar acomodado para os
miltrezentos & dous, que certa enfermos, & naó prejudicial para
os primeiros vinte & tres de feu o pouo. E ecolhele o fitio que a
gouerno;& outros vinte & tres a gora tem para a parte do Sul em
diante, com que fe acabarà afex hum campo de Fernão Gomes de
ta parte, veremos o mefmo Rey Aluarenga, & oliual de São Do
na propria Villa, aonde morreo mingos das Donas, Não quis el
no principio de Ianeiro feguinte, Rey que o fitio fe ecolheefem
como tambê agora no principio affitencia fua; foife em pefoa áO
do mefmo mes do anno feguinte lugar fobredito, & achando que
aſsiſtio nella. De maneira 4 ame .era cóueniente, mandou chamar
tade dos annos que gouernou, & a Fernão Gomes fenhor do cam
o periodo delles veio a concluir po para o comprar, & {abendo 4
na Villa aonde em igual numero etaua aufente, pelo Comêdador
de annos adiante deu fim à vida; da ermidadeSanto Antão,que
- eÍtà
ก็*
LivrºxVII DuMºnarchi, Lufunº.
eſtà vifinha, ordenou que Fr. Lo reportado, defpois á fe efqueceo.
po Rodrigues de Eluas, & Frei das affeiçoës illicitas.
Vem nomeados neta efcritu
Martim Carualhofa Religiofo da
Ordem dos Pregadores, & Frei ra dous appellidos;Aluarengas,&
Ioão Martins Doutor dos Frades Cottas. Dos Aluarengas fe falou
Menores,& Frei Pedro Bernaldes na terceira parte: dos Cottas, alé
da me{ma Ordem, & com elles de Ioanne Annes Cotta, que ne
Ruy Paes Bugalho feuvaffalo, & fta efcritura chamão, Cidadão de
Ioanne Cota Cidadaõ de Santa Santarem, & de quem demos no
rem aualiaſſem o campo, &ſoli ticia no Capitulo 74.do liuro 16.
ual, como fizerão, & elRey man vi Pero Pires Cotta afsinado na
dou dar defua cafa o dinheiro fa doação, q o Prior de Santa Cruz
zendo efta efmola, como ele na de Coimbra fez da quinta da Ta
efcritura diz,por fua alma. As pa mugia a D.João de Aboim no an
lauras com que declara que fe a no de mil duzentos & feffenta &
chou prefènte faő eftas: E eu fui finco, em liuro particular,que ha
do Tom
aló,6" yi ºffe campo, & oliual, º/eme defte Aboim na Torrehas
lhoume mui bem lugar para º/esgºfos. bo.Entre as teftemun entrão
Nefta acção fe incluem tres, que nomeados Afonfo Nouaes Alcai
abonão a elRey D.Dinis de Chri de mór de Coimbra, Lourenço
ftáo, de Rey, & de Economico: Gonfalues Magro,ayo que veio a
motrou a economica,em prefer fer donoffo Rey Dom Dinis, & o
uar o dano de hú pouo tão prin Cotta de que falamos:Petrus Pe
cipal; ajutiça,em não querer to tri Cotta. Tem por armas os Cot
mar o campo fem vir o fenhor tas em campo branco húa cotta
delle dar ſeu conſentimento, & de armas manchada de fangue,
aceitar o preço; & a Chriftanda comhâaletralatina ao redor,que
de em acudir a remedear os Ga diz: Sine/anguine non ºf viãoria, não
fos, objectos de comiferação, & ha victoriafem fangue. O timbre
piedade, & em applicar por fua he a cotta na mefma forma. Lu
alma eta obra pia. Daquife co cio Marineo Siculo,& outros pre- Denis
lhe que anteuia elRey a necef fumê, queosdosqueCottas
procedem hoje ha em ER cºp. Its శ.
Romanos
dade á de femelhantes obras auia
de tervinte & tres annos adiante, panha: avalia que tem eta pre
em que feneceria feu reynado, & fumpção julguem os leitores. O
vida na propria villa de Sãtarem. certo he á o appellido entre nos
He de crer, que a companhia da fe conferua em gente nobre, &
Rainha Santa Ifabel trazia a el alem dos dous Cottas referidos,
Rey mais aduertido,& que viueo fefarâ muita lembrangadeAnneS
- -
Pedre
- -
ElRey Dom Dinii. 38%
Ânnes Cotta, que pelo patronimi Chronitá deta fagrada Religião;
co parecefer filho de Ioão Annes, & Magitralapurador da Philo
o qual Pedre Annes viueo no té fophia Scholaítica, não detcubfio
po delRey Dom Afonfo o Quar mais antiguas memorias dos Ré
to, & feruio de Ouuidor dos teus ligiofos de S. Antão nete Reyno;
feitos. - - - - - -

que do anno de mil & quatroceň


O Comendador da Ermidade tos, que foi o em que fé fundou o
S. Antão era Religiofo da Ordem primeiro mofteiro de S. Antão de
dete Santo Abbade, cuja cabe Lisboa no ſitio da Annunciada:
ça nefte Reyno foi o molteiro de mas logo dos principios, em que
. Antão de Benefpera do Bipado a Religião começou a florecer
da Goarda; chamauão aos Pre em França, aonde tene principio
lados Comendadores,& aos Cõ pelos annos mil &nouenta & } -
uentos, ou Hofpitaes, precepto čo, fe deriuou ao nofo Portugal,
rias, ou comendas, que com eta cujos Reys agafalhalão benigna
palaura, Preceptoria,fenomeáo nas mente ſempre hoſpedesſemelhi
Bullas Pontificias quaefquer Co tes; & enteñdó que virião os Re
mendas das Ordens militares, & ligiofos de S.Antão pouco defpois
aos Comendadores, Praceptores. dos de Santa Maria de Rocà de
As cafàs deta Religião, de que Amador, de quejàfalamosnefte
tenho muitas memorias, fe extin liuro, ao qual dou fim com a ac
guiraò, vnindoſe ao Collegio de ção de piedade, que delRey Dõ
Coimbra da Companhia delefus Dinis relatei, referuando para o
o mofteiro de Benefpera no anno volume feguinte o mais que
de mi! & quinhentós & fincoen deſte excellente Princi,
ta. O Reuerendo Padre Metre pe tenho alcan
Balthaſar Tellez, benemerito çado.

F IN I S.
LA V S D E Ó,

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APPENDICE DA QVINTA PARTE
· da Monarcbia Lafitana,em que (e tresladão algüas Bullas,
……… Priúilégios, Duaçuês, & outras efirituras citadas…
no difcurf, defia obra: •-rº. "

· ESCRITvR A PRIMEIRA,
Que he húa carta delRey D.Afonfo Terceiro para o Confelho
da cidade de Coimbra, conferuada no cartório deta Ci
dade no fico fegundo da arca; ferue para o Cap. 5.
& os mais até o decimo do liuro 16.
0TWMf %t omnibus præfentes litteras infpeëiuris, quod cum ego Alfonfui
j Dei gratia Rex Portugalliæ ad honorem' Dei, & áefenfionem faei Chri;
$ ftianae contra Sarracenos quiterram Regis Caflelle inuadebant,$ oe 激
ipabant, vellem ipfum Regem perterram, & mare iuuare,& ad fuum ad.
"jutorium ff/ium reum D. Diopyffusi nepotem eiu/em Regis mittere ad
tam pium, & laudabile opus,& tam meceffârium hegotium non habens copiam expen.
farum, fezi quodidem filius meus D.Dionyfiùs primjögenitus, & hæres, péteret nómi
fe fuo'çonfijs,& communitatibus Regnijiei/übÃâiùm impæcunia ad praediétum me.
gotium exequendum, cum aliâs propter defeáum pecuniæ non poffet hoc negotium ex
pediri. Et cùm confilium colimbriæ eidem filio meo in adiutoriüm huius negotij qua
iuor millia librarum promiffet, ego póffeá habito eonßlio cúriæ mee,intelligens quod
praediéia petitio perjäm aiäum filium ineum de mandito meo, vt/upradiíiüm eff, fa.
àfa, vertebatur in damnum,& deforamentum Regni mei,& in pericülum animæ meæ,
& totius pofferitatis meæ, nolui quod idem filiu$ meus aliquo ihodo reciperet pecuniâ,
fupradiétam, & prohibui dúo cónfilio me ipfú conffliümi eia emifilio meo iam diífam,
pecuniamfolueret vllo moao, & qüia ego, vt 微% iam diâio megotio
exequendo pecunianimium indigebam, rogaui prediäum comffium vt mihi ip/ampe.
euniam mutuaret, & ego ipfam pecuniam ab jpfo confilio mutuò recepi, obligam* mè.
£omajfae eidem confilio ad eandem pecuniam perfoluendam. Si vero ântequam eandé
pecuniam foluero, mortepræueniar, obligo præfatüm D. Dionyfiùm filium meum, &
όmnes haeredes, &fucceffores meos, & Regjiumi meum eiaem £onfilio adfoluendam ff.,
deliter fupradiétam pecuniam mutuatam. Et mando,& flatuâ inperpetuum,& % -

direéîo qüödpraefatàpetitio de mandato meo, vt diäum eff, à præfato filio meo taliter.
faéia in Regio Portugalliæ per pie, & filios, & hæredes, & fùcceffores meos de cæterá,
鷺 fiat: flatio & quod hujufmodi generale mutuum, quod á prediäo confilio.
modò recipio, de cæterùã hie, &filijs meis, & hæredibus, &jucceffóribus meis mod%.
fimili nullatenus exigatur, & quodpro foro, & confuetudine nullatenùs habeatur.Et
j aliquis ae filiis, hęredibus,& fuccefforibus meis contra hoc (latutum meum venerit,
incurrat iram omnipotentis Dei, & maleaiéfiohemi meam habeat in æternum,Quicúrij;
autem hoc meum fùtutum integrum feruauerit,& illefum,habcat benediäio)iem Dei
- - Ee e 2 Patris;
.*

Patris, & meam in præfenti faeculo, & futuro In cuius rei reftimonium dedigndeeir
dem confilio fam mean aartammeo/gillo plumien onumtam. Dat Flixb die Mady
Rege mandante per D Gumfaluum Gar/iæ alferaz, & per D loannem de 4uoino Ma
ioráozum curiæ & per D.Stephanum /oannis cancellarium,& per fratrem dlfonfum
Albertis Prior, mjrJtrum Prädicatorum,& per fratrem Iulianum Guardianum fra
trum Minorum }uxb & per alios de Conjilio fuo, Ioannes Petri Not. E.M.ccc. 1111.

ES C R IT V R A S E G V N D A.

Que he húa Bulla do Papa Innocencio Quarto, dirigida ao Infante


Dom Pedro de Portugal, a qual e conferua no cartono de Al
cobaça no caixão fegundo, gaueta das Extrauagantes
das Bullas. Serue para o Capitulo II.
do me{mo liuro.

Nnocentius Epjf opus feruus feruorum Dei, Dileéio filio P Infantima


to claræ memoriæ S. Regis Portug. salutem, & Apoſtolitam beneditio
# nem Granaimon immerite gauaio exultanus 1m Domino,cum Chrylia
mae profefsionis regna /f. Jaiubri diriguntur fatu quod Ecc/effa,& alia
/oca vultui, & objequio aeputata diuinis & per/onae £cc/effa/fice, cæ
reriquefaeles ip/orum pacis tranquilitate la tentur. faes in eis Catholica maiori con
tinuò robore conualefait,/eruatur inibu iuffutia, & auaa, ia cunéiis ibidem interdici
tur delinquenda. *ehementi autem dolore turbamur, ſiquamdo regna ip/a, quod abfit,
procuranie humani generis iniqi.o/, induntur d/cordijs circa fidei íültum, remiffo
aeuotionis ardore tepefeunt, iu/litiam negligunt,& in/e ip/os permittunt illicita libe
reperpetrari; vnde multa/olicitudiue, magnoque/tudio procurare nos conuenit, vt
%. morum regna, quæ in /latu funt pro/pero,incom&,utabiliter in illo regantur,&
quæ pericul sé ruere dgnofcuntur, reparatione laudabili reparentur. Hinc e/, quod
zum Regnum Portug. proaurante humani generis umimuo exaëtionibus,rapinis,extor
tionibu5, & colleäis exhauftupropter iuffiiue /ecularis defectum, &/ui Reéioris d.ff.
aue, ac megligentue : : : : : # defîdijsfciffuae, multorum /aelerum labe
- pollutum, & un perfonis, ac reb, s, tam Ecclefiaficis, quàm mundanis diuerfarum op
preſsione trabulationum : : : : : : : : : Gubernätoris Regiminis miſerabiliter ſt
atricium, Nos cupientes vt ex /u/cepto tenemur officio tam grauibus totius cleri, &
от иши. '! eiu/dem Regni tribulationibus, φportunæ confolationis remedio
Jubuenirië regnum pun tot tribulationum alueritate asprejum, maximê cum/ft
Aomanæ Ecclejiae cenjuale alicuius prudentis & prouidi diligentia,& indu/ria rer
/euari. Nubulitatem tuam rogamus, monemus, & hortamur attentius in remiſsionem
tibi peuaturum iniungentes, qnatenus dileclo filio mobili viro comiti Boloniæ Nepoti
tuo, de aeuotione.probitate, ac circum/peäione multipli. iter commendatur, qui eidem
Aegi,ff ab/que legitimo defcenderet filio, iure Regni # quique ex innata di
leëìioìiis affecit, quod prædiétum Regnum pro/equitur magnanijnitáte, ac potentia ffbi
plurimum fuffragantibus, Regnum ipfumi reformaturus firma credulitate /peratur:
preſertim, cumadeuram adminiſtrationem generalem, è liberam non minus proſa
pe disti Regis,# ipfius Regni vtilitate,ff prouide attendatur ad defenfionem Eccle
Jiarum, Monafteriorum,aliorumque piorum locorum Regnipræfati,& perfonarum ££
. - cleftaſti

º
303
tle^afficarum, tam Religiofarum, quam/ecularium, necnon viduarum, orfanorum,&
caeterori m ilidem degentium, ac de praediciorum inibi recuperatione falutariter, vt in,
Domino conff.imus fft affumptus in negotio tam pio, vtili, & honeflo, confilium,auxi
lium, & fùuorem, ob reuereqtiam Apo/lolicæ Sedis, & noflram exhibere procures.Da
tis Lugduni 16 Kal.Septemb. Pont.noftriamno tertio.

E S CR I T W R A TE R C E IR A.
Que he a troca que o Infante D.Pedro fez com elRey de Aragão
do Condado de Vrgel pelo Reyno de Malhorca,he tirada -

da hiftoria das Ilhas Baleares do Doótor Francif.o


Dameto. Serue para o mefino Cap. 11.
gsg anjfeffum fit omnibus, quod ego Infans D.Petrus com/ulto, & ex cer
? ta feientia, ac fpontanea voluntate激 me, & per omnes ſucceſſores,
meos cum præfénticharta dono, abfoluo, & definio vobis Domine /a-
§£? cobo Dei gratia Regi Aragonum,& Regni Maioricarum, Comiti Bar
X3 ë\ vhinonæ,& Domini Moniis Pelufani,& veflris fuccefforibus i* aeter
° num totum comitatum Vrgelli cum terminis,& pertinentijs fuis, $
cum omnibus, quæ pertinent adeumdem, ve/pertinere debeant, liberum ſilicet, S
quietum, ac totùm iùs, quodin eo habeo, vel habere debeo ratione donationis, vellegati
7lu/ris Dommae Aurembix Comitie Vrgelli, fue ex telamento fuo fue alio quolibet
vllo modo. Ita quod abhac die totum prædictum Comitatum habeatis caufa donatio
mis inter viuos pleno iure ad omnes veflras, & veflrorum voluntates, excepto iure,
quodprædiiia comitißa habebat in Valle 0leti, quod mihi retineo, ficut in tejíamente
illud mihi comceßit. Nos itaque lacobus Rex per mos, & /ucceffores noflros recipiens
hanc aonationem Comitatus Vrgelli à vobis illuflri Infanti alonamus, concedimws, &
lauaamus vobis ad habendum, & tenendum integre diebus omnibus vitae veffræ totú
Regnum Maioricarum aum pertinentjs /uis,exitibus & reditibus, quos ibi habemur,
& Iiabere debemus. Et in Jj/ula quoque Minoriienfi per terram f.ilicet, & per nare
in huqc/ci/uet modum.Quod Regium Maioricarum, & infulam Minoriceffem cum
omnibus quacpertinent ad eafdem, teneatis in tota yita veßra per mo*, & /ucceffores
no/lros in fætidum, & confuetudinem Barchimoitæ, & fatiatis inae vobis homagium,
& aenetis poteflatem de omnibus caßris iratüs,& pacatus quandocumque nos volue
rimus, & faciatis imae pacem, & guerram per no5, & fucceffores meos de Chriflianis,
& de rota Andaluzia. Et po/? mortem # habeamt/ucceffores veflri, quos vos
elegeritis, tertiam partem fotius terræ mo/lræ in Imfulis fupradiäis, & ominium exi
tuu//i, § redituum ipfarum, qui fcilicet prdiieniunt omni tempore per terram, & per
mare;& pff/ua effòres veffri teneant ipfam fertiam partem in # nos, &
mostros fucceſſores in perpetuum dà cumfúéîudinem Barkhimomæ: Et /oneti, nobispote
fatem de Caflris, & faéiatisper mos,& fucceffores meos indepacem, & guerram,retent•
tis nobis integre Almua ayna in ciuitateMaioricarum, & duobus ca/lris, 0loroni fci
/icet, & Pollentia. Alia verò omnia cum/entoratico, ac integra iurifdiélione ad mos,
vel no/lros poß obitum veflrum libere reuertantur, concedi)nus infùper vobis, quod
ordineris, & difponatis libere, prout vobis vtdebitur, expedire de poffèffionibus omni
lus, & honoribus, é ſtatu Inſularumpraditiarum, ſaluo dominio noſtro, si veſtra
É ce3 fidelitate.
fidelitate. Stabilimenta, è ordinamenta, qua indefeceritis rata ſint ſemper,è firma,
tanquam fi à nobis ſpecialiter eſent fatta, è promittimus vobisper mos, RS meos Jue
ceßores nunquam cóntra venire. Præterea fi alia Caflra de nouo præter illa, quæ diéta
fuyit, ædyfcâueritis in Infulis fupradiéiis, liceat vobis hoc facere, & quod téneatis eas
vos,& /ucceffores veffri in perpétuum per nos,& noffros ad confuetudinem Barchino
mæ,& quod detis inde potejlaiem nobis, & quod habeamus nos, & mo/tri duas partes
exituum, & redituum de vnoquoque Cafiropo/1 obitum veſtrum, & vos, $ ſucceſſo
res veflri tertiam partem adveffram, veflrorumque voluntatem, tam per terram,
quam per mare. Præterea concedimus vobis, quodpoßitis emere poffeßiones militum,
& Baronum,& Religioforum, de quibus poffitis facere omnes veflras voluntates vos,&
veffri, /aluo/enioratico, & iurifdiétione, ac iure mo/lro. Denique promittimus bona
ſfde, & ſine enganno vobis dare, & facere iuuamen, auxilium,valem/am,& defemffo
nem,& retentionem prædiííi Regni, & Infularum contra omnes homines. Et promit
timus vobis hæc attendere,& complere, vt fuperius continentur, fub Sacramento vo
His, à nobis praeflito corporaliter,'& fub homiagio, quid inaé vobis facimus ad forum
Aragonum. Et ego Infans Domnus Petrus facio vobis homagium ore, & manibus ad
con/uetudinem Barchinonæ proſupra dittis omnibus attendendis, & conſeruandis, &
iure omnia/upra diéla, & fingulà per me, & fucceffores meos perpetuo vobis, & fuc
ceßoribus ve/lris fideliter obféruari. Datum apud Ilerdam, tertio Kalendas 06iobris.
Anno M. CC. XXXI. . . . .

! Esc RITvRA o y ARTA.


Quehe abíoluição de vafalagem do Infante Dom Pedro aos de
, Malhorca, tirada da mefcna hiftoria, & concernente ad
*** * * me{mo Capitulo da paflada,

OS el Infante Don Pedro, hijo del IIlutre R y de Portugal, a


los amados, y fieles Prohombres de la Ciudad y Isla de Mallor
# Nº ca, falud, y plenitud de gracia. Sepais como nofotros hemos
SER hecho concambio del Reyno de Mallorca con el fenhor Rey, y
" que quedamos cumplidamente fatisfechos. Mas por quanto
vofotros nos haucis pretado Sacramento de fidelidade, y homenage,por lo
qual fin voluntad, y confentimiento nuetro no podeis admitir al dicho Rey,
ni otra alguna perona por feñor: por tanto con la autoridad de las prefen
tes os aboluemos del dicho juramento de fidelidad con que nos etauades
obligados, mandandoos, que de aqui adelante recibais por feñor vuetro a
Don Iaymc feñor de Aragon; mandando al Maetro Iuan Canonigo de Ma
llorca que publicamente os abfolua del dichojuramento, Dada cií Algezira
a los 3 de Iunio del año 1244 , , , , ,,, , - -

, , , , * * * *\ º ‫ مہ‬، ، ': ‫دش‬. . - - -- - - - *

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3O4.
E SCRITv R A Qv INTA
Que he hñalifa da prata que fe deu a elRey D. Dinis fendo Infante,
quando elRey feu pay lhe deu cafa,& dos fidalgos que entratão
a féruilo;eftà na Torre do Tombo na gaueta das Cortes;
ferue para os Capit.XIV. atè XVII.
do mefmoliuro 16.
: :3 N Dei momine Amen. Sub Era M.ccc. xr1. incepit Dominus Dionyfius
£§§ habere domum, & ad eam manutemendam aßignauit ei Dominus Rex
‫לא‬
ሥቛኀ
- Affonfus pater eius quadraginta milia librarümiim quolibet anno vigeff
醬 ma die Iunij, & in ſequenti die exiuit Vlixbona. - - -

°* In nomine Domini hæc eff recepta de plata quam reeepit St phanus Ioan
nis Repoflarius /maior Domini Dionyſ). In primo recepit ae Regina vnum bacium de
fignis aquilarum,& leonum,qui ponderauit tres marcas,& quinque vncias deplata.
Item vnam /cutellam,quæ pondérauit vnam marcâ,& feptem vncias. . . , , , ,
Item unà/autelfì quæponderaiiit vnam marcä,& feptem vmcias,& mediam. .
Iitm vnäfcutellájua ponderauit vnâ martâ, & feptem vncias. -

Item vnam fcuteliam, quæ ponderauit vnam mariam & ßptem vncias,
Item vnam fcutellam, quæ ponaërauit vnam marcam,& /eptem vncias. -

Item ºvnam/cutellam, quæ ponderauit vnam marcam,Ø /eptem vncias,&'zmediam.


Jtem vmam fcutellam, quæ ponderauit duas marcas,$ quatuor vncias,
Item vnam futelam, que ponderauit duas marcas &#inam vnciam.
Item vnam fcutellam, quæ ponderauit vnam marcam, & /ex vncias & mediam.
Item vnam fcutellim, quæ ponderàvit dinam 'marcam, & /eptem vncias,& mediam.
item vnam f.utellam,quæ ponderaijit vnam marcam,& qüatuor vncias & mediâ.
Item vnamfcutellam, quæ ponderauit duas marcas,& quatuor vncias & mediam.
Item vnam fcutellim, quæ ponderauit duas marcas & vnam vnciam & mediam.
Item vnam/autellam, quæ pomaerauit duas marca;,& vnam vnciam, & mediam.
Item vnam/cutellamigueponderauit duas narcas,& quartam de vncia. A v. -

Item vnum talháábrium deprata, quadponderauit quinque marcas. . . .


Item vnum talhádorium, quodponderauit quatior marcas, Š/eptě vncia & mediá,
item vnum falſarium deprata qitod ponderauit vnam marcam, & offauā de vicia.
1tem vnumifaffariüm, quodpoííérâuit vnam marcam,& dimidiam de vncia.
Item vnumfaffarium, juodponderauit vnam marcam,& quartam de vncia,
Item vnumifjariiomjuodponderauit vnam marăm, ' 7 . " * - ----

Iteg. recepit dùodecim colhire$ depráta, juæ póúérauerunt vnâ marcam,& quartâ
*** * * *
‫ایران به‬ ۹۹ ،۹۰۰۲"" :" . - ،۶‫ ﺩ ا ﺧ‬: ١
Item rccepit vnum pichel de prata 繳Aonderquit
tres marcas,&/exvncias, & me
diam, proad dihdlim # às Domino Diony/o. sº . .”
'Eri M ccc.xyt. Iiec eff recepta de praîä,'qüe?] in Scangaria Domini Dionyfij.
** Ifi primo. xV}}. die Iüjjjjjiefa Jupràdiââ recepit Laurentiùs Martini Scanganis
maior Domini pionyfij Vixbona per Gomeziua £ertignai /ice majoraonum. Vnum
vas, jtioa'ponderaìt vnam marcam,& duas vncias,& quartam de vncia,,,, .
Item vnum vas, quod ponderauit vnam marcam,& duas vncias,& quarti devncia,
Jtem vnum vas,quodponderauit vnam marcam,& duas vncias,
* --
Ε και σ4 Item
**-
Item vnum vas,quodponderauit vnam marcam & duas vncias. '
Item vnum vas,quodpomaerauit vnam marcam, & duas vncias.
Item vnum vas,qucd ponderauit vnam marcam,'& duas vncias.
Item vnum vas,quod ponderauit/eptem vncias & dimidiam.
Item recepit quinque tagaras, quæ ponderauerunt fex vncias.
Item vnam tagaram, quæ ponderauit quinque vncias & dimidiam.
~Hæc eff recepta deprata, quæ eff in? opa Domina Dionyfij
In primo recepit Petrus Pelagij coparius maior Domini Dionyfij in die,& Era fupra
diéia per diëium Gomecium Fermandi vnam copam deauratam in maganis, & circa
bibitorium, & circa pedem, quæ ponderauit quinque marcas. -

Item vnum pichel deprata, quod ponderauit/ex marcas,& quinque vncias,& dimi
diam. - - - -

Item vnum pichel quod ponderauit fex marcas,&feptemvncias.


Item vnum pichel,quodponderauit tres marcas,& tres vncias.
Item vnum vas totum deauratum,quodponderauit vnam marcam,& fexvncias,&
dimidiam vncia de prata.
Item vnum vas,quodponderauit vnam marcam,& áuasvncias.
Item vnum vas,quod ponderauit vnam marcam. -

Item vnum vas, quod ponderauit vnam marcam, & oâauam aè vncia.
1tem vnam/upercopam vafis totam deauratam, quæ ponderauitfex vncias,& quar•
tam de vncia, - -
• ** * - - -
-
-
- -

N Dei nomine hic e//iber aèpræftimonijs, & follaöa militum, & aliorum. E.M.
CᏟᏟ. X //; - . . . . . . -

A/gnauit Dominus Dionyfius annuatim infejfo A'atalis 'Domini Petro Petri/cribano


Domini Regis # -

Egidio Numionis, filio D.Nunionis ICo. libr. in pahis infeffo Natalis Domini.
Adurando Martini de Parada'ioo.libriñpanis inprae/límónio infe/lo A'atalis Domini.
Petro Coelho io9.lib.inpanis in %:homæ.
AMartimo Petri filio Peiri Pelagjcuruo vaffalo fuo 320ſiblinpanis in/oldada, xxx.
die oëiobris. . .. . . . . . º - -

Henrico Nouae, vaffalo fuo 3oo. impanis proJoldada xxx.de offobris. .

Stephano Valafgi de coya vaßalo/uo 3o3 lib.in panis pro/olida xxx die o£lobris.
Martino Martini Zofévaßalo fuo 3ćo libr.in panis pro7ola'ada xxx.die oãołris.”
Fernando Martini de Coya vaalo fue 392 libinpanis profoldada xxx de ociobrir.
Lupo Afºnſ Aleofºra-ºaſalºſuo zoolikdepanisproſlada xxx.de 0äobris.
Fernando Furtado vaſalo ſuo 3oolib in panis pro ſoldada xxj die Nouembris.
Joanni Fernando vaſſaloſio560 lib in panispro/olaada, 3.die decembris.
Ermgio Martini vaffalo/ue 15o lib inpanis profìllada Í5 die Decembris.
ತಿಚ್ಟೆ!
ርÇኤ7፲ይ7፹፱፻.
Ioannis de Fermoſelhivaſaloſuo 36olibrinpani proſoldada 12. die De
! ... . .* * -- - -- - - " ' ' ' ... ..

dann joannis Redondº vaſalaſeo zoolikinpanisproſuaſoldadº 25 die Decébri.


Gun/alua toani de Molnes vaßalofie 32olibin panis profiafoldada6 die lanuarij.
Martino
s Ioannis de Fermoſelhi vaſfaloſue joo libr.--in panis proſua ſoldada 15.die
Hanuarij. -- * - - - - - t

೫. suerij va/ala/aofilio Suery Fofes 3ooiib inpanis -projaafoldada


4/11/4/4/. . . - - .
15. die . -

- - -

- ** * - - -- - - - - -
, , * - Ioanni.
- - -

-
, , ,, . . . .
- - -
- - . - 305
Ioanni Velho vellalo/uo 3oo librin panis profua folahda, 26.2 e ramuarj.
Roderico Pelagj voffalo/uo 15o.libr.inpani;profua Joldada, 28.de Januarij.

ES C R IT V R A S E XT. A.

Que he húa ratificação do Grão Metre da Ordem de São leão


Frei Hugo Reuel acerca das Igrejas de Portel. Eta na
Torre do Tombo em liuro particular de Dom Ioão
--
de Auoim. Serue para o Capitulo 2 3.
do liuro 16.

Domus Hofpitalis cu/fos,


% 05. Hugo Reuel Dei gratia/acræ pauperum Sanéii Ioannis /e-
绯寺 roſolimitani Magifter humilis, & chri/1i nos Con
&
uentus domus eiu/dem motum facimu$ vniuer/îs, quod cum vir mobilis
Dominus Ioannes Petri de Auoyno Maiordomus maior ///u/fris Regis
Aortugalliæ, & Algarbj dederit, & , oncefferit in puram, & perpetuam
eleemoſnam Дотino Deo, & Beatae Mariae Virgini Matri eius, ô Beato Ioanni Bap
t/fae, & dominis no/lris infirmis pauperibus,nec non& fratribus noftris Deo /eruien
tibus,& feruituris patronatum Évalefiæ fuæ Sanélæ Mariæ de Portel, & omnium a
liarum Ecgleffarum, quæ ibidem fieri poffunt, & poßent, & in toto termino de Portel
Çዜ/አሿ፲ pluribus aliji benefrys gratioſ, prout plenius pater per preuilegium memorati

Domiini /oannis, cuius <mor quaff de verbo adverbum hic tran/cribitur,/ewewria in


aliquo modo non mutata. In nomine Dei Patrus Omnipotentis, & Beatæ Marie War
gnis Matris eius, amem. Quoniam homines /unt mortales, &5 memoria de his, զաa
jíunt in cordibus hominum )ion eff durabilis,ideo /cripturæ remedium efl inuentum in
amemoriam po(leris relinquendae. Eapropter motum /it omnibus præfens priuilegium
vifuris, quod ego Domnus Ioannes Petri de 4u0ymo Maioraomus maior illu/lris Do
mini Alfonfi Tertij Regis Portugallie. & Algarbij diuino nutu infpiratus, vna cum
vxore mea Domna Marina Alfonſi damus, i concedimus Ordini Hoſpitalis Saniti Ioa
mis Ierofolimitanipro animabus no/lris, & parentum noftrorum, & etiam totius ge
meris no/lri, & in remißionem omniumpeccatorü noflrorü patronatü Ecclefiae moffrae
sanéiae Mariæ de Portel,& omnium aliarum Ecclefiarum,quæ fieri poffumfim Aorte/.
& in omni termino eius perpetuò,& iure hæreditario tenendum,& poffdendum à fra
tribus præfentibus, & futuris,qui fuerint in ordine Hofpitalis: tali paâo,& tali con
Jitione, videlicet quod ipfa Ecclefia Sanëtæ Mariæ de Portel, § 4liæ Eccleffa quæ ibi
fentpoſlea cum omnibus fuis bonis,& pertinentj; диа ат: habeant,& deinceps ha
bereforerunt, Monaſterio de Marmelalperpetuºſintfaimfe. Ita quod alibi fubjjci,
' vel ἐomjerri, feu alienari non poßint,nec aliquidae bonis eorum, præterquam Mona
Aerio de Marmelalmemorato. Et habitatio Commendatorum, & fratrum, fue con
ventu; eorum fit femper in ipfo Monafterio de Marmelalexeeptis tamen fratribus.qui
'offcio Eccleffarum neceffarij fuerint,& locis aljjs, quæ moao habet ipfum Monafleriú,
& quæ poffunt acquirere tnfuturum, Hac addito quod praeaiäum Monafterium, fiue
cohmehdator eiu$,fiue fratres eiufdem Monafterj vel aliqui alij nomine ipforum non
po/int habere,emere, cepiparare, vel aliquo alio alienatorum titulo acquirere in Porte!
jn toto termino eius, domos, vineas, hæreditates, /eu aliquas aliaspoffefíiones præter
zantummodo Ecclefiæ Sanäæ Mariæ de Portel, & aliarùm Ecclefiarum, quæ ibidem
poffent

*
poffent fieri vt diétum e/ patromatum, £t præter locum-fupradiâi Monafferìj de Mar
melal cum fuis terminis, prout fili illa dedimus,diui#mus, & demarcauimus per pri -
uilegium noßrum, quodjibifecimus depraediëiis; quod fi fortepojfeßione; aliqua; ibi
dem acquirerent, fam de/uis confratribus, quam de alijs qui habitum fuum affume
rent clérici, aut laici,illa acquifitio, vel empiio fibi hon váleat. Et liceat nobis,& he
redibus noflris, feu fucceßoribus, qui fuerint aomini de Portel, diéias poffeßiones fu
mere,& mobis retinere pro ve/lro libito voluntatis; verumtamen ff aliquis, vel a/iqui
pro animahs fuis de bjnis fuis mobilibus legare, vel conferre voluerint AMonaflerio de
Àfarmela/ me///brato, hoc facere benè poßint. Et ff domos, vineas, hæreditates,aut pcf
feßiones aliquas ligauerint, & dederint infra vmum annum, & vnum diem.Commen
aator,& frátres prædiéli Monaflerj de Marmela/vicino,feu vicinis, homini, vel ho
minibus de Portel vendere teneantur; quod/ non vendorent infra terminum memo
ratum, vltra fibi temere non liceat, fed mihi, & hæredibus meis, ffuefuccefforibus qui
fuerint domini de Portel, remaneant adfaciendum de ipfis totaliter velle no/lrum }o.
Tumus præterea, & concedimus, qued diífus commendator, & fratres poßimt habere
domos,& apotheca; ad manendum, & adpanem, & vinum fuum coiligendum in ve
flra villa de Portel, & in/uo termino, in illis locis videlicet, in quibus Eccleffae fue
yimt,& non in alijs. Et fi fortè oriatur, vel creuerit aliqua quæ/fio de iure hæredita
rio,vel de re mobili inter commendatorem fratres diílo$ clericos,feu laicos,qui fuerint
in Monaflerio de Marmelal, aut in Ecclefiis fupradiäis, vel homines fuos àomiefficos,
feu feruientes ex vna parte, & homines noflros, feu vicinos de Porte/ex altera perju
aices de Portel diéta quaeflio terminetur, & ipfi teneanturfacere,& recipere iujcoram
Domino de Portel, tamquam illi qui de Portel/unt vicini. Et / quæftio talis fuerit,
quod adperfonam Commendatorij,feu fratrum clericorum,aut laicorumtangerevide
?etur, aüt í fit/piritualis quæfio,faciant, & recipiant ius coram perfonis aljs quibus
debuerint, & fibi videbitur expedire. Præterea retinemus mobis, & hæreáibus,ſeu
fuccefforibus noftris, qui fuerint domini de Portel in Eccleffaprædiéfa Sanétæ Mariæ
ae Portel, & in alijs Eccleffs quas ibi fecerint, & in terminó ipfius caffri aentum li
bras vfualis monetæ currentis, in regno Portugalliae reddendâs nobis /ingulis ammis
ratione reparationis, & ob/eruationis, atque defenfíonis Caffri veffri de Porte//ii in
fronteria, quod videtur femper cu/lodia indigere: quas praediéias centum libras com
mendator Mona(lerij de Marmelal, velqui fuerit Ž. tenetur/oluere, & dare mo
bis, vel hæredibus,feufucceßoribus noffris, qui fuerint domini de Portel,annis fingu
lis prima die menfis Madij five diffîcultate, & dilatione aliqua, feu labore; ημodſi non
folùerent ad terminum memoratum, liceat nobis, hæredibus, feu fuccefforibus noffri;
pignorare ipfos ae termimis prædiétis, & Ecclefijs de Portel, & de ferminis eius, & a%
a)inibus bonis alijs ipfius Monafterij de Marmelal, videlicet de bonis quæ habuerint in
termino de Portel. Volumus infuper, & mandamus, quod neque in Portel, nec in ter
amino eius diäus commendator,& fratres facere poßint aliaj Eccleffas quandiu vixe
rit Vincentius Petri, qui nunc eff Prior Eccleffae Sanéie Mariæ de Porte/, contra vo
luntatem, feu conceßionem tpffus. Sed po/? obitum diäi Vincentj faciant di£fifratre*
illas Ecclefias quas viderimt cedere vtilitati Monaflerj de Marmelal/upradiéîi. Volu
mus infuper quod Commendatores ffatuti per Ordinem Ho/pitali; in ipfo Monaſſerio
de Marmelaljînt boni homines, & honefli, & qui diligant,&5 cuſtodiant nos,heredes,
feu fucceßores mo/lros, qui faerimt domini de Portel, & noftrum ca/?rum, & omnia
iura nofira bene, juflè, & fideliter tanquam viri prouidi, & fideles. Et fi, quod abfit,
| aliquis commendator 荔 ibi pofitus, qui fupradiéia feruare, & adimplere minimè
pröcuraret, ordo proinde eum fubflrahat,probum virum,qui obferuet omhia,& fingula
-
ſuoradía
- ‫ތަ هނ‬
- ۰۰۰ ‫محیه‬ ... • - , , - . . . . . .. . . . ' ' - -- - 306. . . .”

fupradiiia. Po/, deceffum verò fratris Affonff Petri farinæ, qui tenere debet âojie
vixerit ip/um Mona/lerium de Marmelal?um omnibus fùispertinentijs,& cum omiji
bu$ /uis bonis, prout continetur in. priuilegio donationis, qiiamf cimus de Monaſtefio
de Marmelal & prout fibi conce6um efià Magi/iro Ierofòlimitano,volumus,& İmdi;
damus pro nobis, hæredibus, /eu fuccefforibüí noflris, qui fuerint domini de Panel,
quodpro re/pon/ione animua,& omnibus alijs de Monafferio áé Marmielal, & de omni:
Àus eius pertimentijs dentur Hoffitali Ierofolimitani ducentimarabotinivfualium mid.
rabotimorum,quibu$ vtuntur inter T,agum, & Odianam, folitis tümi prius nobis, hæ •
redibus, /eu/ucceßoribus noflris illis cemrum libris, . quai nobis rètintiimus, proutfu
perius exprimitur, & indutis fimiliter prius fratribù, & fiipendj; folitisjerüifori:
?us diéti?Monafterij, & eius pertinentiafumi, & ipfo Monafierio finé debitâ exiſeite
de fuperati preuentibus iffi à centi niaraboiiiii Höpitali Ierofolimitani de refponffo
ne ahnis ffngulis tranfmittantur. £t fi fortè/oluti$cemitum libris,& faétis alijjexpen
[ís,vt diäum eff, deprouentibus jffis dìcentimarabotini/perare nön poßent, feui col
ligi, quantum maior quantitas exinde haberi poterit marábotimorumi' Ho/pitali fero
folimitani, pro refponííone mittatur. Et/i faäis fupra fcriptis expenfìs,& folutis cen
Tum libris, quanta dücentorum ffiarabotinorum maior quantitaj de proüentibus/u-
pereffet, quod vltra duceritos marabotinos tranfmittend6s Ho/pitali Ierofolimitami re
Imanferif ponatur in conflitutione Monaflerjâe Marmelal,qüod adhuc præparatione,
& ampliätione indiget, cüm locus nouiter fit fundatus: quo3 ducentos marábotinos de
refponííone frater, # Petri Farinæ ao/iec vixerit ratione nouitatis loci fi nolue
rií, /ólueré mom reméíur. Sedpoffaeceffùm eius faluantur modo, & forma/ùperius ami.
notâtis. Cum autem ad Monafterium de Marmelal magnus Præceptor ordinis Hyffoi
talis, qui in Hi/pania fuerit,vel Prior qui pro tempore in Portugilia fuerit cai a'tc :
ceſſerint viſitandi, comendator de Marmelal ſibi de neceſſariis bis in anno prouideat,
iùxta confuetudinem Ho/pitalis; nolumus præterea quod diäus comendator de Mar
mela/grauetur per Magnum Præceptorem, vel Priorem,/eu pertinentes loca fua in re
cipiendis fratribus fuperfuis,feu ji faciendis /umptibus, vèl expenffs alijs, quantum
diciu'n Monaflerium valuerit fuffinere, occafione, quorum deficeret folutio centum li ;
brarum, quaj nobis, & heredibus,/eu fuccefforibu3 noßris retinuimus, vt diëium eff.
Et/olutió/îmiliter refponffogis,quantumtaxauimus pro Monaflerio memorato.Supra.
aiäum verò Monafferium de Marmelalaum omnibus pertinentjs /ui, & terminis,&
poffeßionibus.ficut per nos datum, diuifum, & demarcatum eff, & o///e/// ///am hæ
ièditatem noflram quam habebamus in Begia,quam ordini Ho/pitalis dedimus,&pa.
tromatum Eccleffae Sanéiæ Mariæ de Portel, cùm omnibus alijs Ecclefijs, quæ inceptæ,
funt, vel deinceps inçipientur in Portel, & in termino fuo cum centurn vaccis, ĉu»»
Imille ouibus, cüm centumi porcis, cum centum colmani; apum, cumi duodecim equa-,
bus, & vno equo, cum ducentis modijs bladi, # z ilibus librarum
in denarjjs, cùm duodecim libris Eccleffe,cuw tribus paribus bonorum veÅ?i//entorum,
Ecclefía, cum tribus calicibus argenteis Eccleffe, quod ffquidem nominati;m mobile,
dedimus iam imprincipio, ac funaamento Monafierij de Marmela/ memorati; omnia,
inquam iſla ſupradiéta cumY: Eccle/?arum de Portel & de omni termino
eiüs, dedimus,damus,concedimus,& etiam confirmamus Ho/pitali Sanái Joamis 1er.
rofolimitani in perpetuum iure hæreditariopoßidenda. Et ad præfens relinquimus,&,
dimittimus dicii 6raini Hofpitalis medietaiem fruäuum ipfiú Eclefiæ Beátæ Mariæ
Je Portel,& omnium aliarüm Ecclefiarum, quas ordo prædicius ibi, vel in termino.
fuo fecerit; quam medietatem fruäuum, & reddituum prædiiiorum damus. intrega
mus,& concedimus integrè, & perfetièpredi㺠Ordini Ho/pitalis,vi p/osfrutíus há
beat,"
-

. . . ~~

beat,& poffdeat femper praediíum Monafferium de Marmelal,quemadmodum & om


mia alia,quæ /uperius funt expreffa: quos fruéius nos habebamus de mandato, &5 con
ceßione jenerabilis Pátr/s Dómini Epifcopi, Decani, & capituli Elborenfis,& de com
ceßione, ac confirmatione Domini sùmmi Pontificis occafíone fumptuum plurimorum
quos pro ip/o /oco de Porte/qui fronteria Sarracenorum,& Chriftianorum effe dicitur,
& locus expen/arum, & periculi maximi & vbi/emper : : : : : : guerra viget,
opportuit nos /ubire. Hoc autem donumprafcriptuw fecimus,& fagimus pro Dei ama
re, & Beatæ Mariæ Virginis Matris eius,& Beati Joannis Bapti/fe.& totius cæle/lis
curiæ; & vt habere poßimus porcionem bonorum, quæ faciæ fuerunt in 0rdine Ho/pi
talis âprincipio vfque in hodiernium diem, & eorùm, quæ in futurum fontuter ibi
fe)t. £t vt Deus no/lri mifereatur, ac mobis ernmiamoflra peccata dimittat, & pro eo,
ſimiliter quodſumus nſtricti confraternitatis vinculo ordini memorato, S pro aulis
alijs bonij debitis, in quibus affringimur eidem 0rdini, & /puritualiter ob amorem.
fratris Alphonfi Petri Farinæ fratris eiufdem ordinis.qui mülta feruitia激 ٫70 ‫ص‬

bis contulit, è conſert, ac conferet in poſterum Deodante, è qui demandato, è con -


eeßione me/lra, ac noftri amoris intuitu, & pro quo modo fui òrdinis fundauit,& in
cepit Monaflerium de Marmela//upraſcriptum; quibus rationibus nos, & filij no/l ri
& omne genus no/lrù debemus maiori áebito affringi cum ordine Hofpitalis,& amo-,.
ris maius fædus cum eoaem habere, & quodpro prædiétis fratres 0rdinis Hofpitulis.
fideliores nobis, &, no/lris hæred.bus Àj femper effe; nec mon & pro multo 4ono:
exempto quodſemper vidimus, & audiuimus de ordine Hoſpitalis venire, è afore
omnibus qui cum eodem 0rdine aliquod debitum habuerunt.T0mnia inquam fuperius
diciadamus dicio ordini & concedimus ſub patto, è ſub conditionibus ſupraſcriptis,
& quòd ipfe 0rdo nobis teneat, & obferuet ómnia, & fingula fupra fcripia, proüt in
præfentipriuilegio/unt expreßa. Et ego Petrus /oannis de Portel.primogenitus fu
pradiéii Domini Ioannis de aeuoyno, & Domnæ Marinæ Alfonff, & hære5 ipfius Ca
flri de Porte/, & totius termini eius, confitendo meeße ætatis aa omnes aííus, legiti
mationes, & effe meæ pteffatis cum meo fenfu, & meo intelleélu, & de mea grata, &
/pontanea voluntate,vna eum vxore mea Domma coffancia Menendi, damus, & com
cedimus, ac etiam confirmamus omnia fupradi£ia, prout Dominus Ieannes ae duoyno
pater meus, & Domna Marina mater mea dederunt, & dant, concefferunt, & conce
aunt prout impræfemipriuilegio continetur.Etego fupradiéius Ioannes Petri de Auoy.
mo infimul cum vxore mea Domna Co/langa Menendidamus, & concedimus, &5 con
firmamus 0rdini Ho/pitalis bono corde,& bona voluntate omnia,& fingula praemija.
& quodlibet # tam de Monaflerio de Marmelul cum fuis terminus , tam
hæreditatequam dedimus in Begia,quam depatronatu Ezcleffae Sanäe Mariæ de Por
tel, & aliarum Ecclefiarum de termino eius quam etiam de rebus mobilibus, quæ in
præfenti priuilegio continentur;volentes,& mandantes,quod quicumque iff imncffram
donationem, & eleemofynam cu/lodierit, habeat benediäionem Dei, & Beatæ Marie
Virginis matris cuus, & Beati Ioannis Baptifle,& totius caeleflis Curiae, ac noflram.
& Deus de bono in melius dirigat aäus eius,& parti,ipem eum faciat omnium bono •
rum,quæ fiunt,& de certo fient in vniuerfo ordine Ho/pitalis,& in fine dierum fuorú
Deus eum participare faciat regni fùi.Quodfi aliquis, vel aliquitam de no/lris,quam.
dealijs, iffan # donationem infrìngere,velperturbare praefump/erit, quidguid
exinde facere attentabat, mihil fibi proficiat; fed/j dida donatio/labilis maneat,
atquefrma, e per /olam acceptationem indignationem Dei Omnipotentis, & Beatae
-AMariæ Virginis matris eius,& Beati Ioannis 3aptiffe,& totius Curiæ cælefiis/ubeat,
& incurrat cum Iuda traditore in profundum ìaérqi abiens eondemnatus, &diçcps
. . . -
par
- "
367
ticeps fai pena Datan.& Abiron,quos abforbuit terra pro deliäis eorum. Et vz prae
ai&a noßra dwatio, & eleepio/ymâ im perpetuum rata, & inconuuffa permaneat, &
quod numquam pefjit in dabium eueritre, fecimus inde fieri duo priuilegia vnius teno.
fis per mánit//i Saluatoris Didaci publici Tabalionis $carem, & figillórum noflrorumi
münimine duximus roborandi, quorum vnum retinuimus penes nos, & aliud dedi
mus Ho/pitali in teflimonium amni;tm pfaemiffortim. Datum fuit hoc in Scaren.ini do.
mibus fùpradiiorum Domini Ioannis Petri de duoyno , & pommæ Marinæ Alphonff,
faéîum îerò diebus duobus menfis Aprilis elapfis Éra millefima trecentefima noma. Et
his præfentes interfuerunt.
Petrus Alphonff de camora. . . . Fr.Stephanus bominici ordinis Prædica
Martinus Dade Praetor Scaren. 10r1//77. -

Ferdimandus Dade filius eiufdem. Fr.Alphonſus Petri Fariwæ.


Valaſcus Valaſcì Quadrageſima. Fr. Egas Munionis. .
Arias Petri Praetor de Aurantes. ' Fr.Gomecius Domimici ordinisHofpitalis,
Geraldus Suerj. -- - - AMagi/fer Wincentius. ". -

Nuno Gondi/atui. Ioannes Vincentij portionarj Sanéíæ Ma


Petrus Ferdinandi Corneló. riæ de Alcagoua. . .
Michael Menendi. Menendus Alphonff clericus de Affrâ.
J'alafcus Ferdinamdi Vargalâ. . . . . . N. Dominici Prior de Lumear,& clericus
Adammes Ariæ. - • , , /upradiäi Domini Ioannis de Auoyno.
Stephanus Petri. • AMr. Petri elericus fratris Alphonf fari.
Aeírus A/phon//74/coforatus militea. ra ſupradićii. - - -

Michael Ferdinand, Tabellio Scaren. Mendus Alfon homo praediäi Domini rog.
Ær.Giraldus Dominici, nis de Muoyno.

Et ego Saluator Didacus publicus Tabellio Scáreno rogatus à fupradiâis Domino Ioá
me, & Domma Marina, & Domno Petro, & Domna Con/lancia his omnibus interfui, º
& ad inflantiam ipforum duas cartas confimiles mea manu propria inde confcripfi,&
in qttalibet earum meum fignum appofui in teflimonio præmifforum. Nos verò prædi
êius Magi/ler,& conuentus conditiones contentas in praediéio priuilegio gratas,& ac
ceptas habentes ipfas laudamus,& approbamus, & per i/lud no/lrum priuilegium con
fírmamus ad ipfarum obferuationem nos,& fucceffores noflros, & 0rdimis no/fri boma
totaliter obligantes, mandando,& præcipiendo firmiter, & diffriáé fratribus Ordinis
zojlri,qui pro tempore fuerint in Mfomafferio de Marmelal, & in alijs Ecc/e/js de Por
tel & de toto termino eius, quarum patronatum ordini noflro memoratus Dominus
: Ioannes Petri de Auoyno cojitulit, qüod cum dies obitus eiufdem Domini Ioannis, &
- Domnæ Marinæ Alfjmfi vxoris eitis, hæredum, feu fuccefforum fuofum, qri fuerint
Domimi de Portel/ibipatuerunt in Kalendario Eccleffe fuae vnufquifquefcribi faciat,
& ipfis diebus anniuerfartum earum in perpetuum fierifaciant annuatim. In quorum
omhium teflimonium, & maioris roboris firmitatem hoc præfens priuilegium fieri fe
cimus,& muniriplumbea bulla noflra cumteflimonio fratrum noflrorum,quorum no
mina funt haec. frater A'icolaus Lorgnius Magnus Præceptor domus noftræ Accon.
Prater Rodericus Petri Marefcallus. Frater Guillelmus de Scorcelley. Frater fofeph
IDecami Thefaurariuy Fr. Poncius de Maderijs turtopolerius; Exemenus Petri. Fr.Ro
• •lericus Roderici, & plures alij. Datum Acton vigefima die memffs 0iiobris Anno In
carnationis Iefu Chrìffimillefimo ducenteffme fèptuagefimoprimo. • •• -

- - - -
-- -
- - - -

- - - fa Escri.
Esc R1TvR A sF PT IM A.
Que he o foral das Alcaçouas, cujo original etá na Torre do
| Tombo na gaucta dos proprios das Villas. Serue para
. . .. . о Сар. 27. - -

omnus cartâ,
§fentem Dionyfiusinfpeäüris
Dei gratia Rex facio,
motum Portugallia,& Algarby;vniuer#præ
quod Iudices, & £ongilii, de A/-
caçouis petierunt a me pro gratia, G mercede, quodego ipfis fuumforum
à cohcederem quod ipfi hábere confueuerant tipore quando ipfa terrg de 4!:
° cacoui; erai'epjfêpi,& capituli Elborenffi, prout in eorum Fpifcopi, &
capituli litterâ continetur cuiüs tenor litteræ talis eff. 1n nomine Saníiae,& inqiui :
„hie Trinitatis Patris,& Filij,& Spiritus Sanéii Amen. Nos M Dei miferatione Epif
copus, Decanus,ac Capitulum Elboremfe damus hominibus, tampræfentibus,quam fu
túris de Sanéía Maria das Alcagouas terram mo/lram ad populandum adforum,& co
/lumes de Elbora,&pro foro dent nobis decimâ integre dé omnibus quæ feminauerinr,
& plantauerint,& quæ adquiferint,& creauerint. Et duas partes dos taualeiros va
daht in foffaao,& tertia pars remaneat in Villa,& vna vice faciamtfoffado in amne.Et
qui non fúerit adfoffado pe£ietpro foro v/ pro foffadeira. Et pro homicidio peííet centù
jolidos apalatio. Et pro cafa derrota cum armas/cutos,& efpadas pe&let cccfl.& fe -
prima ad Epifcopo. Ét qui furtaret peélet pro vno nouem, & habeat intentor duos qui
?miones,& vijpártes aá Epifcopo.Et quimulierem afforciaret,& illa clamando dixerit,
quod ab illo éff afforciadà, & ille negaret, det illa autorgamento de tres homines tales
qualis ille fuit,ille iuret cü duodecimi,& fi non habuerit autorgamento, iuret ipfefolus,
& fi nompotuerit iurare,peëiet ad illa ccc/f.& a palatio Epjfcopi.Et te/imoiia men
tirofa,&fidelemêtirofo peäet fexaginta folidos,& feptem a palatio Epifcopi,& duplet
el auer. Et qui in concilio, aut in mercado,aut in Ecclea feriret peciet fexaginta foli
.dos apalaño Epifcopi,& medios a concilio,& de medios de concilio vija palatio Epif.
copi. £t homine qui fuit gentile,aut eredeiro qui non feat meirino.Et qui in Villa pig
mos afflando : : : ad montem fuerit pindrar,duplet fa pendra, & peéiet fexaginta/o-
lidos,& vjj.a palatio Epifcopi.Et qui non fuerit ad fina/de Iudicé,&pignosjacuairet
adfayam,peííetj.ff.ad 1uaice:& qui non fuerit ad appelido caualeiros, &pedones,ex~
ceptis hi$ qui funt im/eruitio alieno,miles peíiet xjfpedonesv /.advicinos.Et quiha
'; vno ìugo,& : : : oues,& vno afino,& duos #j#
qui crebantauerit 燃cù/ua mulier pe£iet : : : ad Iudice. Et mulier quæ leixauerit
inaritú fuú de benediëiione peélet ccc.ff. a palatio Epifcopi. Et qui leixauerit mulieré
fuá peëiet j.d.ad Iudice.Et qui caualo alieno caualgaret pro vno die.pefiet vnü carna
riü;& fí magis peite las angueiras pro vno die : : : Et qui feriret de lancea, aut de
ſpada polaciada peite x ſt &#ſt tronciret adaltera parte peite xx ſtadquereloſo.Et qui
£rebrântauerit oculü,aut brachiü,aut dente pro vtroq; mêbro peëiet cffalifiado, & ille
'det feptem apalatio Eptfcopi. Qui mulier aliena ahte fuo marito feriret, peäet xxv.
fl. & vij, apalatio Epifaopi. Qui moion aliene : : : : pedet v. f. & vij. a palatie
Epifcopi. Qui lináé alieno crebrauerit, peíiet v (?. & vj. a palatio Epifcopi. Qui
con dorteirº, alieno mataret fuo amo, coligat homicidio : : : : : : : : : : : : =
& vj. a palatio Epifcopi. : : : de/uo ortülano, & de quarteiro,& de/uo ாது:
* de
308
& a?fub folareiro. Qui habuerit vaffalos in fuo folar, aut in fua haereditáte, nom ; ,
: : : tota fua facienda, niíí á domino de /olar.Tendus,& molinos,& formos ae homines
das Alcagotta /int liberi de foro. Milites de Alcagouas fint in iudicio pro : : :, clerici
verò haleant mores mulitum. Pedoney ffmt jm iudiciopro caualleiros villimos de altera
terra. Qui venerit vofeiro adfuo vicino pro homine deforas vi(lcpetfet x.ff & vii, a
palatio Epifcopi.Canado de Alcaçouas nön fit montado in mulla terra.Et homine aquife
Am;afragaret /uo adextrado quamuis habeat alium,fedeat excufatum vfyue ad capitu
lum anni : : : : : : : : : foras Villa, è fugerit ſuo amo, non petier homicidium.
Per tcdas querelas de palatio. Et Iudice fedeat vofeiro.Qui in Villa terpematnga pim
dcar cù/aione,& facudiderit eipignos,outorguer el/aion, & prendar concilio de rres
collatioñes,& pindret pro/exagimfa /..medio; ad coñcilio,& medios ad rancurofo. Ba
, romes de Alcaçouas mon/eant in prefiamo dados.Et/ihomines das Alcaçouas habuerint ; 4.

judicium cú homines de alia terra,non currat inter illos firma fedcurrat perfquifa,aut
repto. Et omnes qui quaefferimt paufar cum/uogamaao jm rermino de Sanéla Υaria das
Al.agouas prendant de illis montaaigo de grege,das oues.iij. carmiarios,& do bafio das ;
vacas vna vaca.1/lomontadigo e/? de Comilio.Et omnes milites qui fúerint imfofftdo,
vel im guarina de caua/os,qui/eperdiderint in algara vel in lideprimús creátis eos /?.
ne quinta,&po/lea aetis nobis quintam direäam.Et toto homine de Alcagottas;qui in
uenerint homines de alijs Ciuitatibus in fuis terminis tallando, aut leuando madeir a
de montes, prendawt totum quod inuenerint fine calumpnia. De azarias,& gttardias
quintam partè nobis date/ ne vlla offregione. Quięque gamatâ demefficum pignorare,
áe/ raperèfecerit, peäet/exaginta/o/idos a palatio £pifcopi,& duplet gamâtùm a fuo
domino.Testamus verò,& pennitusfirmamus,vt quicumque pignouauerit mercatores,
vel viatores chriftianos, Iüdeos./fue Mauros,nifi fuerit fideiüffor,vel debitor, quicumj;
fecerit, peétet fexaginta folidos a palatio Epifcopi,& duplet gamatum quod préndiderit
Âfuo dómino,& infuper peélet c.mrb pro cauto quadfregerit. Epifcopüs habeat medie
taté,& conciliù medietatè.Si quis ad noftrâ Villâ venerit per ùm cibos,aut aliqua res
accipere,& ibi mortuus,velpercuffus fuerit,nompeíiet proeoaliqua calampmia jiec /uo
rú parentü homicide : : : &/ cù querimomia de ipfo aa Epifcopí, ve/ad dominum
terræ venerit peäet C. mrb.medietaté Epifcopo,& medietaté Concilio. Mandamus, &
côcedimus quod/ aliqui latro fuerit,& fi iam per vnú amnû,vel duos rapere dimiferit,
/ pro aliqua re repetitus fuerit quã cômift/aluet/e tanquä latro.Et/i latro e/?,& /a-
tro fuerit,omnino pereat,& fi non fubeat penam latronij.Et ß aliquis repetitus fuerit
profuo,& nome/ latro, qeque fuit,refpondeat ad/uos foroy.si aliqüis homo filiam alie
Imà rapere extra /ua voluntate,donet eam ad/uos parentes,& peíiet illis ccc.mrà, &
vjj.opalatio Epifcopi,& infuperfedeat homicida. De portage) foro de trofel de caualo
, depanos de lana, velde linojºſt. De troſel de lana jſt Detroſelde ſuſcaes viſt De troſel
de panos de color v.f. De carrega depefcada)/i. De carga de afino vj dLe carrega de
Chrilliano de conelio v/h. De carregas de Mouros de conelioj.mrb. Portagem de caualo
· qui vendiderint inazouge jſt. De mulo / ſt. De aſino vj. d. De boue vj. d. De carneiro
ij mil. Deporco jd. Deforõ jd. De carrega depane : : :. De vino iijiml. De carre
gade pedonj : : De Mauro qui vendiderint in mercado j.ſt de Mauro qui ſe redimet
decima. De Mauro qui talia cum ſuo domino decima. Decoyro : : : De zeura j. d.
Decoyro de cerub, & gamo iii ml. De carrega de cera v:/1. De carrega de azeite v./.
1/le portagen eff de hominibus foras Villæ tertiapars defuo ho/pite, & duas partei aé
* Epifcopo. Et vt moffra donatio in perpetuum firmius robur obtineat, præféntem pagi
' miam fe.imus /igillis noflris munimine roborari. Dat. Eborae xvj. Kalendas Septem
bris E.M.cc.LXVII. Ego verò intendens eifdem in hac parte gratiamfacere,& migr
Fff 2 cedem,
cedem,do,& concedo eidem Concilio ipfum forum,prout imfupradiêla carta plenius có
tinetur. In cuius te/limonium do inde eidem Concilio iffam • artam. Dat. Eboræ xxv.
die Aprilis. Rege mandante, Arias Marttni notauit, E. M. CCC, XVII.

Es C RITVR A o IT A V A.
Que he húa doação delRey D.Dinis à Infanta D. Brancafia irmäa,
tirada do cartorio da Sè de Lisboa liuro 1. dos priuilegios dos
Reys fol. 13.Serue para o Cap. 28. do liuro 16.
# 0uerint vmiuerfipræfentem Cartaminfpeëiuri,quod ego Dommus Diomy
1?/ius Dei gratia Kex Portugalliæ,& Algarbij do,& comoedo vobis Infan
姆松 ti//ae IDommæ Blanzae /orori meæ quintanam meam de Manjapão de Tur
āN$ rubus Weteribus,quæ fuit Martini Ioannis,quondam Portarij maiorispa
- * tris mei cum fuis cofalibus,& hæreditatibüs,quæ cum ipfa quintana ha
členus andauerunt, quæ ad ipfam quintanam pertinent, & cum omnibüs iuribus, &
pertinertjs fuis iure hæreditario in perpetuum poßidenaam. In cuius rei teflimonium
do eidem Domme Blancæ iflam meam cartam meo figillo figillatam. Dat. Scäre//e xj.
die Januarj. Rege mandante. E. M. CCC XVII/. -

/mfans D Alfonfus temens Gardiam.


Come* D. Gon/aluus Gar/fe tenens Neuiam.
D. Numus Martini Maiordomus.
D. Martimus Alfon/ tenens claues.
D. Alfonfus Lupi tenens Ripam Mimj.
D. Ioannes de Auoyno tenéns vltra Tagum,
D. Martimus Egidij tenens Eluas. -

D. Memendus Roderici tenens Mayam.


L). Petrus Ioannes tenens Trans Serram.
D. Petrus Poncj. .
&
D. Petrus Ioannis de Porteltenens teyream.
D. Ioannes Roderici de Britteiros.
Menendus Roderici Portarius maior, & Wicemaiordomus.
Martimus Ioannis de Vimali.
Martinus Dade Praetor Scaren.
\

ESCRITVRA IX.
Quê he húa carta pela qual o Conuento de Loruão efcolheo por fè
nhora a Infanta D.Branca, a qual etána Torre do Tombo no
. . . liuro delRey D. Afonfo Terceiro fol. 149. Serue para
o me{mo Cap.28.
А. ?£jgrgtia Rex Pertug. quædam
& 4igarij, vniuerfi, præfentem cartam jmffeffuni;
littera Religiojarìm dominarum %.
*°'* fa£to , quod mihi
& conuentus de Lorüäo eiufdeffi Abbatiße /gi/lo/igillata per Illuflrem filiam meam
-
2. Brancam prae/entatam, auius tenor tali; g/f. - -

Ao
- - - - - - - - - 3C9
Ao muito Alto fenhor D.Afonfo pela graça de Dcos Rey de Portugal, & dº
Algarue Orraca Rodrigues Abbadefa & o Conucnto do noteiro de Loruão
cnuamos humildemente beijar vofas mãos. Senhor nos por boa parança, &
por honra de nos & do moteiro de Loruão recebemos a mui nobre Infanta
D.Brancavofa filha para fenhora de nós,& do deuan dito moteiro,& de to
dalas coufas, que a nós,& a effe mofteiro pcrtcnccm, & pcrtenccr dcucm, &
mctcmos todo só fcu podcr,&sò sà goarda,q ella con nos, & em todalas cou
fas deuan ditas aja tal,& tanto poder qual,& quão a Rainha D. Tarcja ouue,
& acoftumou a aucr na Abbadcffa,& ñas donas, & no mofteiro dauandito, &
nas sãs coufas.Vndc vos pcdimos fenhor por mcrcc,quc vos plafa,& que o fir
medes també por nós, como por aquelas q depos nós vcercam. Dada no dito
Mofteiro de Loruão iiij.dias por andar do mes de Dezcmbrc E. M. CCC. xy.
A Abbadcfia. Diélam litteram viâi,& diligenter infpici feci,& ob reuerentiâ præ
habitae D. Brancae, & vtilitatis præfati monaſlerij distä ſitterā αρρroύan, ηuidquid in
ea continetur roboro, & confìrrno : nec non quid}uid ratione iuris patromátus ìm ditio
monaffcrio habeo,& habere debeo præfatæ fíliæ meæ tempore vitæ eius co/fero, & con
cedo. In cuius rei te/limonium do ei i/lam cartam.Datum Vlixb.vj.die Januarj Kege
mandante. Iacobus Ioannes not. E. M. Ccc. XVI;

ESC R IT V R A X." - s

Que he húa doação feita ao Infante D. Afonfo irmão delRey D. Di


nis,a qual eftà no liuro delRey D. Afonfo Terceiro fol. 1 2 1.
da Torre do Tombo.Serue para o Cap. 31.
do liuro 16.
Dei gratia Rex Portugal & Algarlj vniuer% praefèntem cartá inffeâuris motâ
** facio.quod ego vidi vnam cartam de foro de Maruão,in qaa continebantur termini
ipßus villæ de Maruâo,& inueni per ip/am cartam, quod Wide cum omnibus terminis
fuis jacebat intermino de Maruäo, & meus filius Infans Dommus Affom/us dominus
ae Maruâo petijt mihi pro mercede(quodplaceat mihi)quoa'/eixarem i//um ire filiare
jpfum Vide quæ ia, ebit in termino?e Maruäo, quia récipiebat de illi magnum tortü,
& ego a onceßi eidem, & cum ip/e filiaffet eam, § ego inuenirem quod iacebat in ter
mino de Maruão, vt fuperius e/? expreffum. Ego vná aum vxore mea Regina Domna
IBeatrice Illu/lris Regis Caflellæ,& Legionis filia,& filio,& filiabus meis infante Dó
770 Dionуба, D. Blanca,& D.Sancia do,& concedo eidem Domno Alfon/o meo filio præ
diéfam Vide cum omnibus terminis, pafcuis, montibus, fontibus, ingreßibus, & re
greßibus, & pertinentijs fuis, & fi ibi aliquod direéium habeo, vt habere debeo,do,&
zoncedo illud eidem Domno Alfon/o meo fílio fecundum comaitiones, quæ continentur
in priuilegio,quod dedi ei de Caflello, & terminis de Maruäo. In catus rei teffimonii?
dedi eidem Domno Alfonfo iflam meam cartam apertam meo/ígillo /igillatam Dat.
Vlixb. vij. Kalend. Iunij Rege mandante Iacobu$ /oannis not. E. M. ccc. XI. Qui
præfentes fuerunt Domnus 1oannes de duoym Maiordomus Menendus Roderici, Do7n
Stephanus /oannis Camellarius, Rodéricus Garciæ de Pagya, Martimus /oannis
ኧገL/፻

de Vinali, Pominicus Ioannis Clericus Domini Regis.


Fff 3 ESCRI
ES C R IT W R A X I.

ouehehum intrumento de recibimento da Rainha Santa Ifabel


com ElRey Dom Dinis por procuração; anda no primeiro
| liuro defte Rey fol 41. Setue para o Cap.33.
do liuro 16.

N Dei nomine. Nouerimt vniuerff,quod tertio Idus Februarij Anno Do


,mini M. cc. LxxxII. in præfentiâ mei P.Marcheff Notarij Publici au
- 3 toritate Domimi Regis Aragon. per totam donationem fuam, & te/lium
以S fubfcriptorum. Ioajines Vefùlus, Ioannes Martini,& Velafcus Petri.pro
-- auratores Domini Dionyfij Dei gratia 1lluflris Regis Portugalliæ,&4/-
garbj, venerunt aa Illuflrem Dominum Petrum Dei gratia Regem Aragon. apud
Ioarcham, requirentes eundem Dominum Regem Aragon. ex parte præfati Domini
Regis Portugáliæ, vt Dominam Elifabetham Infantìffam , filiam eiufdem Domini
Regis Aragon. Regi Portugalliæ traderetur in vxorem, oftendentes /uper hoc
mandatum habere à dicio Rege Portugalliæ, cuius temor talis e/?.
Nouerint vniuerff, qued nos Dionyffus Dei gratia Rex Portugalliae,& Algarbij Øx˚
certa /. iencia /latuimus, facimus, & ordinamus, vos 1oannem Vetulum, & Ioannem
Martimi,& Vala/cum Petrivaffalos moffros,omne, infimul,& quemlibet veflrum in fo
lidum procuratores noſtros certos, è ſpeciales ad trattandum cum Illuſtri P. Dei gra
tia Rege Aragon. de matrimonio contrahendo imter mos, & Elifabeth filiam maiorem
r.ediiii Regis, & etiam ad contrahendum nomine mo/lro matrimonium per verba de
præfenti, vel'/pon/alia per verba defuturo cum prædicta Elifabeth, & aa com/entien
alum in ipfam quod fit vxor mo/lra,vel/pon/a,& ad recipiendum etiam com/en/um ex
parte ipfius Elifabeth, quod nos fimus maritus eiu/aem, vel/pon/us, & ad conuenien
aum cùm prædicio Rege Aragon. fuper dote ab ipfo nobis danda, & foluenda pro præ
di£ia filiafua,& ad recipiendam folutionem ipßus doti, fi vobis fieret, & ad recipien
dam etiam fecuritatem,& obligationem pro praediéia date nobis foluenda, & adfacien
dum etiam ex parte noflri# E # donationé propter nuptias,/ neceffe/ue
rit, & fecundùm quod vobis videatur expedire,& adfaciendum ex parte mei prædí
&io Illuflri Regi Aragon. promißionem, & fecuritatem pro prædiâio matrimonto con
trahendo,& pro donatione propter nuptiay a/$ignanda, & id/ecuranda eiufdem cum
auramento.ë homagio quod in anima no/lri,& pro nobis facere poßitis,& adrecipien
aum etiam promißionem,& fecuritatem ab eodem Rege Aragon. quodprædiétum ma
trimomum, feu de/pon/atio fiat inter mos,& diâam filiam fuam,& adfaciendum om
aua aliafuper prædiciis quæcumque nos poffemus facere / præfems eßemus,promitten
tes bona fide mos femper habere ratum,& firmum quidquid per vos, vel per alterum
vnum fuper praediíiis omnibus,& fingulis aéium,& procuratum fuerit,& nullo tem.
pore recu/abimus, nec contraueniemus. In cuius rei te/limonium præfems procuratoriâ
vobis traaimus,ßgillo noflre maiori figillatum. Datum apud Strémoz xj die Nouemb.
Rege mandamte, Arias Martini notauit. Era M. ccc.xix. -

, cui petitio” Præfatus Dominus Rex Aragon.annuens conceßit eifdemprocuratori


bus/e datura/' **£tn Domino Regi Portugalliæ præfatam filiam füam in vxorem, &
tam jp/a ooa**//abethae corjenfu prœfati óomini Regis Arágonpatris/ui,& D.
- : - Conflantiae
- -
~

... :- - . - . .
3 по
. ~
* . . . . . .”
conßantiae Reginæ Aragon matris fuae quod hiipra - -

ecuratores pro præfato Rege Por,


tugalliæ autoritate procuratonis prædiciæ contraxerint matrimoniu a per verla di
prºſenti fub hac forma. - - . .. . .
- .
Ego E /i/a/eth filia Excellentis D. Petri Dei gratia //luflris Regis Aragom. trado , or.
pus meum in vxorem Aegitiman Domino Dionyfio Dei gratia Regi Portugalhe,$ Ał -

garbj aífenti, & con/e///u// ///eu/n fuper ipfo matrimonio vobis procuratoribusprædi
ctis pro bono nomine dicti Domini Regis Portugalliae. 1'erfa vice mos prædicii procura
toré au£toritate diëii manditi / per ipfo matrimonio confenfum veÅrum diíe pomi,
næ Elifaheth accipimtts, & aucforitate procurationis prædicte damus corpus prædiili
Demini Regis vobis in legalem maritum,& confenfüm eius nomine procuratörum fu
per hoc præbemus. Pro/////crunt etiam fibi aa inuicem tam dicius Dominus Rex Ara
3om.quam dicii procuratores nomine diëii Regis Portugalliæ, quod fi forte pracdifum,
7matrimonium non valeret per verba deprae/enti, quo?valeaf vt /ponfaliâ per verb.1
de futuro. Pro/jferumt autem procuratores prædicti P. Regi Arago//. quo/prædiila
omnia compleantur infra biennium pro parte dicii D. Regis Portug /a/uo quod meaio
tempore poßit fieri quod umque prædiäus Rex Portug. voluerit. Pro quibus attem
denáis,& comp/endis dicti procuratores fecerunt homagium Do/nimo Regi, & juraue
runt per Deum, & eius Sánéia quatuor Euangelia in anima ipfius Regis Portug.prae
diéia omnia,& fingula per prædictum Regem Portug attendi facere, & compleri intra
terminum prædictum, & promiferunt mihilominus quod diétus Rex Portug af$igna
bit in diétis locis congruij præfatæ Dominæ Eff/a/e///pomta/itium/aumprout in Re.
gno Portug alijs Aegimise/feri çonfuetum. Præfatus etiam Dominus Rex Aragon.
promi/ñt praedicia attendi facere, & com leri. Aífa fuerunt hæc Barch. & palato D.
Regis die, & annoſupradičiis, præſentibus teßibus, tacobo Dei gratia Epifcopo Valnt.
Vgon. de Mataplana praepoffto Marſilie. Bñ de olorda Sachriſła Barch. Magi/?ro Ro.'
dérico de Bifulduno Ärchediacono Terracom in Eccleffa Alerdens. Ioanne dé Procida.
A. de Turricanonico Barchinon. B/afto exide Aierb. Bla/ło Petri Azlor. Ç Bemea! de
Mont.Pauont. Signum f. Petri Marcheff Notarii publici.

Es CRIT v RA XIÍ.
Que he hum ditrato com que ElRey D.Dinis retituioa Villa
--
-
T do Lamegal à Sè do Porto. Etã na Torre do Tombo
liuro 2. de Alem Douro fol. 266. Serue para
. . . . . . . o Cap. 36. doliuro 16.
È2 N nomine Iefu chriffi. Nos Dionyfius Dei gratia Rex Portugalliæ &
F. #3 Algarbij.
Notum facimus præfentes litteras im/peéîuris, quodíum olim
(Ά φροπήλ: memoriæ Dominus 4. pater no/ler, Portugalliæ, & Algar
hij Rex Illu/lris, cum Wemerabili Patre Domino V. Portuen/ Epi/copo
Ecclefiam Sanéti Chriffophori de cabamoés eiufdem Diocæfis cum iuri
bus,& pertinentjs fuis cuiufuis patronatus ad diäum patrem no/lrum fpeéiabat pro
villa de Lamegra//icenfis Diocæfis , cum Éccleffa, & /uis pertinentijs permutaffet.
Tandem Epifcopus ip/e de Romana Curia rediens præfentiam noflram adiuit, & à mo
'bis humiliter poftulauit,quod ditiam villam de Lamegral/ibi reflituifueremus,offen.
aens diuerfas rationes, & caufas propter quas ಹಿಟ್ಟೈWHi: Mon valebat, litteras
4. etiam
ctiam popales exhibuit coram molis, per qitos Dominus
1entia//, ex i:abat, vt oh φίμ, ෂි հինի alicæ Scdis
Papa noftram Regalem exce!-
reuerentiam, nec non quiajačia
form.uſatio deſ, ritualibus ad temporalia improbatur, maximè cum vergat in Por
1ue//is Ecclefiâ maximum detriméntum, id qttodpetebat Epifcopiis facere curare';;!;.
Mos igitur id quod iuris eff cuijjet in Regno no/lro, & /pecialiter Epifcopo antediéio,
quipätrem yjirum, & nos fiii diuerfis modij, & feruitijs obligauit facere cupientes
diú/// vii/a//i de Lamegra! cum Eccleffa, § iuribus, ac pertinentj$/uis, met non ter
z/inis mouis, & antiquis, ijigreßibus,&regrcfjibus eius, & Ecclefiæ fuæ dimitti//ius
(?i, & donamus, & cumdem Epifcopum monitiefuo, & Ecclefiæ fuæ de ip/a /j/ia, હ?
Eccleſia cum iurilus ſuis, vt praemittitur per mo/irum anulum inueffi/nus, & impof
(effojiem 1'illc ipfius ducimu$, atque mittimus. Bonajîde, હ βης znalo ingenio eidcm
Epifcopo promittentes, quodpoffquam de Romana Curia redierit, adquam in /cruitio
Dei, ö jioflro mittimu$eum, diélam Villam fibi nominefuo, Ğ Eccleſiae fixac cautabi
7/ius per illa loca, & per illos terminos, per quæ, & pcr quos pater moffer Domino P.
Iohajis, & vxori fuâ Domnæ Orracæ ?autauit camdem. Et hoc promittimus fibi fice ;
re, vel fucceßori fuo, / ipfe effet rebus humanis exemptus infra me//e;m po/lquam ab
corum aliquo fuerimüs requifiti. Volumus etiam & mandamus quod diξίμ, Ερβορμs,
& Ecclefiâ füa habeant, & poffdeant in perpetuum ius patronatus Ecclefiæ de Caba
moes fuperius memoratae, ficut ipfum habebant, & poßidebant, & haberent, & poßi
derent7 permutatio fupra dicia in fuo robore permaneret. Et quia Epjfcopus antea#-
<ius petebat à nobis /ex millia librarum, & /excemtas, qua; ratione a/umaae pater mo
er haluerat de prædecejore fuo Domino Iuliano. Et /excentos modios de centeno,
quos diéfa Villa de Lamegraleidem Epifcopo, vt dicebat, filiauerat pater mo/ler. Pete
Ἀat etiam à nobis /ibi dări Caflrum de Marachic Diocæfis Elborenfis, quod dicebat ex
donatione Domini Sancjj patrui noffri,& ex ao/ firmatione Sedis Apo/lolicæ ex certa
fcientia ad/uam Portuenfem Eccle/iam pertinere. Petebat infuper qüandam Vallemam
quam in ciuitate Portuenff â pjf atoribus vaffalis Eccleffæ fuæ habuerat pater mo/ler.
JPetebat necnon /ibi/atiyfieri de morte Michaelis Lauremtjfub Prætoris jiepotjs /ui.Et
Pa/caff Ferrarij vaffali fui, qui ambo per mandatum patris mo/ri /u/pen/ ji Gaya
' fuerunt fine cau/a, vt idem Epifcopus afferebat 燃 bono pacis, & concordiæ, & etiam
nos fimus obnixius obligati, remumtiauit omnibus, & fingulis petitionibus antediétis.
Kc/iu/itiauit etiam litteris Apoflolicis,quas impetrauerat /uper eis, hoc adijciens,quod
fi forte mos /ibi, vel fucceßori/uo nomine Portuemffs Ecclefiae non cautaremus Villam
de Lamegral, vt /uperius e/? expreffum, teneamur ei dare, & re/lituere prædiéfa/ex
amillia #) & /excentas, atque fexaemtos modios de centeno. Et hoc eidem bona
fide promittimus ob/eruare. Et vtfuper præmißis im pofferum nulla inter mos,velfuc
ceßores mo/lros, & Portuenfem Eccleffam quæfiio oriatur, fecimus de omnibus fupra
fcriptis fieri duas cartas per alphabetum diuifas, quarum vnam (ígillo ipfius Epiféopi
confignatam mos debemus
ratam. Aéla funt habére. Et ipfe Epifcopüs
hæc Elborem.xxvij.die aliam
Aprilis. E. /igilliXX.
M.ccc. ho/lri hunime robo-,
w

---

ESCRI
31 I

EscR IT v RA x 1 1 1
Que he húa doação que elRey D. Afonfo Sabio de Catella fez do
"Reyno de Niebla à nofia Rainha D. Brittes fua filha, età no
- liuro delRey D.Afonfo Terceiro fol. 16 1. Setue para
o Cap. 42. doliuro 16.
.r tº tº . . . . . . . . -r; : - ->

‫וה"ק‬ al

烈 క్ష Epam quantos cíte priuilegio vieren, y oyercn, como nos elRey
步y
கு િ ¿D.Alonfo
en Toledo,&porGallizia,
la graciaendeSeuilla,en
Dios Regnant. en Catilla,
Cordoua,en Murcia,enenLeon,
Iaen,
盛厚 en el Algarue, Catando el grande amor, y verdadero que falla
mos en nuetra fija la mucho honrada D. Ecatris, por ea mifina
gracia de Dios Reyna de Portugal y del Algarue, &c. Damosle por heredad
depues de nuctros dias para en toda fu vida la villa de Niebla con todo fu
Regnado, que es Gibraleon, Huelua, Sales, Aymonte, Alfaiat de Pena, Alfa
iat de Lete con todos los otros logares, que fon fus terminos, y fueron anti
guamente en tal manera quc lo no pueda dar, ni vender, ni camiar, ni cmpe
ñar, ni cnagenar a Iglefia, ni a Orden, ni a ome de Religion, ni a otro ome,
que fea de fuera de nucft o feñorio, ni a otro ninguno, mas que aya clla ende
las rentas, y los derechos para feruire dello en toda fu vida; y depues que
finare, que finque ete Reyno de Niebla con los logares, y con los terminos
fobredichos a aquel que nos herdaremos en el Reyno de Seuilla,y mandare
mos que fea Rey. Ende rogamos, y mandamos al confejo de Niebla, y a los
otros conejos de fus terminos, y cójuramoslos por cl deudo de naturaleza q
han conofco, y por la lealtad que fempre fizeron, y nos deuan fazer, que re
cudan ellos, y fean tenudos de fazer recudir bien, y cumplidamente depues
de nuetros dias, con las rentas, y con los derechos que fon en fus logares a
nuetra fija la Reyna fobredicha, o a que ella mandare en toda fu vida, y que
ella, o aquellos que tuuieren por ella Niebla, y Gibraleon, y Huelua, y Áy
monte, Alfayat de Pena, Alfayat de Lete, y todos los otros logares de foter
mino, que hagan ende guerra, e paz a aquel que hcrdare el Reyno de Seuilla,
fegun de fobredicho es. Y otrofimandamos a aquel que heredare el Reyno
de Seuilla, y fuere hiRey per nuetro mandado, que aguarde a nuetra fija la
Reyna fobredicha todas etas cofas de fuo dichas en ete priuilegio cn toda
fu vida. Y fi algun eto quifiefe embargar, ôir en alguna cofa contra ella, fi
fuere de muctro linage que aya la maldicion de Dios, y de aquellos onde nos
venimos y la nuetra,y fea por ende traidor, afi como que trae Catillo y ma
ta feñor, y no fe pueda faluar deta trayçon por ninguna manera, y demas
fea danado con Iudas en los Infiernos; y ella que fe pueda defender de aque
llos que contra ete priuilegio quifieren ir. Y fi los del confejo de Niebla y de
los otros confejos défus terminos no defendicen, y no mamparafen a nuc
ftra fija la Reyna fobredicha,de que quier que fuee contra ella, o contra ete
muetro priuilegio, por quebrantarlo, o por amingoarlo en alguna coa, ó ellos
no quifiefien cumplir cíto fcgundo fobrcdicho es, que ayan cita mefima pena
S.
de trayçon,que de fuo es dicha,y la ira de Dios, y la muetra y de
a -
19los que
cy¥iarcn
Reynaren depues de nos por nuetro mandado. Y pedimos merced al Papa
que lo otorgue fegundo quc fobredichocs,y lo confirme per só priuilegio. Y
rogamos al Rey de Francia quc lo otorgue, y lo confirme porfo priuilegio o:
trofi, y porque todo cto fea firme, nos elRey D. Alfonfo fobredichorcinand.
en Caftilla,cn Lcon,cn Toledo, cn Gallizia,en Scuilla,en Cordoua, cn Mur
cia,en Iacn,cn Bccia, cn Badajoz, en el Algarue. Mandamos fazer etc priui
legio, y confirmamoslo fecho en Seuilla Yueues 4 dias andados del mes de
Março en Era de 132.I.
El Infante D.Iaime. D Remondo Arcebifpo D. Fredeolo de Ouicdo.
D. Fr. Aymar electo de de Seuilla. La Iglefia de Salaman
Auila. D. Iuan Afonfo dc Ha - ca vaga. f º

La Igleſia dc Placenſia ro. -


D. Martim Gil.
D.Gutiet Suares dcMc Suciro Pires de Baruofa.
vaga. -

D. Garci Gutierres. nefes. Garci Fernandcs Mac


Afonfo Fernandes fobri La Iglefia de Orcnfva ſtrc dela Ordé de Al
d. CaIl taI3.
nho delRcy,y fu Ma
iordomo. டஃn de Lugo va
ga.
D.Ioão Fernãdes Mac
ftre de la Orden del
Afonfo Percs dc Guf. -

mão. டஃ. de Mondo Tcmplc.


Pero Suares. ficdo vaga. Garci Fernandes dc Se
Tel Gutierres juíticia da DSuciro ObifpodeCa, nabria Portero ma
cafa dc|Rey. diz. ior del Rey en el Rey
Garci Iofrc Copero ma. La Igleſia de Santiago no de Lcon.
ior de Rey. Vaga, - -
Pelay Percs Abbad de
Pero Ruiz de Villegas Valladolid, y Chan
Repoftero maior del çarel del Rey en Ca
Rcy.
(+) ftilla,y Leon.
Lope Afonfo Portero Yo Millan Peres de Ac
maior delRey cn el
Signo Del Rey llonlofiz cfcrcuer por
Reyno de Catilla. D.Alfonſo. mandado del Rey en
Diego Afono Teorero 31.año que el Rey fo
delRey. brcdicho Rcynò.

* ESC R IT W R A XIV.

Que he húa doação delRey D. Afonfo Sabio feita aos Caualeiros


Templarios, a qual etá no liuro das Extrauagantes da Tor
re do Tombo ás fol. 188. Serue para o Cap.43.
do liuro 16.

双 Epam quantos cíta carta vieren, comoyo Dom Alfonfo por gra
cia de Dios Rey de Catilla, de Leon, de Toledo,de Galia, de Se
వ్ల கு uilha, de Cordoua, de Murça, de Iahem, & del Algarue. Porque
º
PS2 J Gºmes Garcia, que felhamaua Comendador tenente logar del
Maetre en las colas que el Temple auia cn Catilha,& cm Leon
CO[\ ,
- 3 12 º
con los freires defa Orden de los Regnos obrcdichos fuerom em mio differ
uicio com Dom Sancho aluorogando los Regnos contra mi, e fazendome
guerra de los caftilhos, e de los logares de la Ordem. Por a qual razom la
Ordem por derccho auia perdido quanto auia em mios Regnos. Fincaua em
mi por la razom fobredicha, e por el defagradecimiento que me fizerom afi
como cótra fu Rey,e contra u fenhor natural, de que auie, é ouieram los mas
de quanto auie. Pero porque Dom Ioão Fernandes tenente logar del Macftre
mayor cn las cofas que la caualheria del Temple ha em Catilla,é cm Leom,
e em Portugal, que aquelha fazom, que fe los otros contra mi leuantarom,
mom viniera aom vltra mar. E luego que llegó a mi tierrá fe trabajó de me
feruir quanto pudo, é efiranhando mucho el mal, é la desleatad que contra
mi auiam fecho.E fe vieno para mim a Seuilha,è Dom Paay Gomes Barreto,
é otros freires buenos de Portugal com el, è me pedierom merced por la Or.
dem del Temple, que nom quifeffe que perdefem mi merced por los frcircs
de Catilha, é de Leon,que contra mi fueram tam errados. E porquc el Mac
ſtre ſobrcdicho me prometio de venir a mio ſeruicio, aſſicono a fu Rey, è a ſu
fenhor natural,ê fazer mio mandado de todolos catilhos,ê de todolos loga
res de la Ordem que cl Maetre ha, è podier cobrar, é auer. E me pedicrom
merced que les dieffe Xares, Badajoz, è el Frexeal, touelo por bien, é doxe
los com todos fus terminos, fegundo fe contiene encl priuilegio, que E Rey
Dom Afonfo mio auuclo dio a Dom Eteuam de Belmonte, è ala Ordem fo
bredicha, porque les dio Burgos,e Alconchel,que los porjuro de hcrdad para
fiempreja mas, afi como lo mejor, e mas compridamente ouierom cm nin.
gun tiempo. Comprindole el Maetre, & fus freires ai como fobredicho cs.
É de mas les otorgo, è prometo de les confirmar, é de les otorgar lucgo fus
priuilegios que am de mi, è de los otros Reyes, è degelos comprir em todo.
E porque eto fea cierto,é nom venga em dubda, mande fazer ende eta car
ta abierta feclada com mio feclo colguado. Em tetimonio de verdadem Se
uilla ocho dias de Março Era de mil è III.è XXI.años.Prefentes Dom Gar
cia Fernandes Maetre de Alcantara, Dom Martil Gil de Portugal; Alfonfo
Fernandes Maiordomo delRey,Suero Peres de Baruoa, Pedro Andres Alcal
de,è Dom Pelay Peres Chancarel delRey è Abad de Valladolid,que la man
do fazer por mandado delRey, e yo Pero Fernandes que la efcrcui. :

E S C R IT V R Á X V.
Que hea doação da vila de Goesfeita pela Rainha D.Tereja, & In
fante D. Afonlo a D. Anaya Veflrariz, conféruafe no cartorio
dos Condes da Sortelhã,faco primeiro, humero 1. Serue
para o Cap. 45 do liuro 16.
- - - - .. - «… + ^> vºs \ �\\\ - - - -

Vb imperio 0mmopotentis Dei,quiverbo creauit omnia, &/anäecompo


pofuit, atque vtiliter in fuo congaudet regna, qui cum eodem Filio, &f
Spiritu Sáníio vnus,& eoaequalis permanet pef qumquam finienda/ecu
ਾਂ
lorum fecula, audiant # & futuri verbo relationis huiufmodi.
‫ بع‬. . . . '،‫گ‬£go Tharafia,filia Imperátoris Domni Alfonff , & ego Infans 4lfonfus
- - - - - - - - -- - -- - - - -
-r•
. • cº

facimus vobi*Ânalæ Vefirafizi, vxori ve/lrae Hermefendæ cartam donationis i§/la


dlitatiş
*.
£ilitatis de noßro caflro de Goes, & Burleiro cum omnibus fuis locis, & omnibus fuis
terminis antiquis, tam montes, quam fontes, & ffuuios, qui in ipfis termimis funt, දිනේ
iffifunt termini,quomodo incipit in portella,quæ eff intercalauis,& Argam;/.vai no
meando outros, que chegão até o Rio de Alua, nomca o Lombo de Mouro,
quæ eff contra Arouci: mais abaix9 diz: Et inde quomodo vadit per ipfam Lumbam
à diretlo ad caminum de Serra Stelle, vertentibus aquis contra Tara, & contra Hu
maes: defpois diz: damus vobis ipfum ca/lrum de Goes,& de Burdeiro cum fgis ter
minis,/icut efl diuifum inperpetuum, & illis qui devobis defcenderint, quodfaciatis
inde quidquid vobis,& illis placuerit, ô quicumque qui poſ! υο, ಇnerit,Rx,4LLCಿ:
mes,Regina,vel cometiffa, vir,vel mulierae no/Iris propinquir,velextraneis, qui iſä
noflram donationem,& mo/fram /labilitatem frangerevoluerit,aut contra eam venire,
aut contra i//am /labilitatem,& noftrâ donationem, quam nos facimus de nofra /pon
tamea voluntate, qui/juis fuerit tam de no/ìris, quam de extraneis, /egregetur à Car
pore, & Sanguine Pomini,& cum Juda traditore damnatus in profundo inferni lu
|geat pænam." Ego /upraaiöia Tharaffa, & ego Infans Alfonfus damus vobis, anaiæ
Veflrarizi, & veffræ mulieri Hermefinale jam noflrâ cartam,quam cum noflris ma
nibus propriis confirmamus, & hæc carta noflrae donationis,& noſtre ſtabilitati ſui
fcripta, & confirmata. Idibus Augufli in tempore Domini no/lri Iefu Chrifli poff Re
furreëiionem fuam, quo afcendit in maießatefuapræfcripto M, c. X111. regnante
Pafcafio Romano Papa.
Bracaræ Mauritius Archiepifcop. - - -

Toleti rae proba


BernaGumaf
coimbria Ep:/...â Archi
aluotißim . p. -
--
z .

Portugale Hugone Epife -> … - -

colimbriæ Iudex Martimus Peli, . -

Menendus Gum/alui. ,

- Suarius Guterres. - - -

Menendus Eris. º

Ego Prraca Infanta.


Ego Sancia confirmo.
- #ernardus Capellanus Infanti/e confirma. t

Petrus Epifcopus Ecclefiæ rimarcanonic.Infantiffe notarius notaui.


Egas Go/endis regens domum Imfamtiffe.
Egas Momis regens Lamecum confirmo.
Aetrus # tenens colimb. , ,
£rmigius Monis tenens Fariam...
„Mem Moniy Sario.
Gomes Viegas Penelam,
Fernam C,oleima.
Gon/alo Goterres, - - - -

Fernam d'Aires.
Payo Sefhandas.
--
-
--- ***
-
-

- -
-
--
3I3
E SCR 1 T v R A xvi.
}ue he adcação da villa de Mafia por elRey Dó Sancho Primeiro
ao Bipo do Algarue D.Niculao, & ferue para confirmar o fenho
rio,que tinha naquelle Reyno,de que fe fala no Cap.51.
Eftá no cartório de Sänta Cruz de Coimbrano
liuro 3. das doagoës antiguas.
33 N nomine Patris,& Filij & Spiritus Sanâi Amen.Quod intuitu châ.
Šĝ ritatis fit,/fc eſt/labeliendum, vi de cætero maneat inconuuſum.artiſex
ejm mali e/l præfens ætas,& ia calumniofe temptat imfringere; vnde
ßi lucrum exi/limat extorqueré. Pra/emtibas igitur,ac pofferis notum
Лat,quodego Santius Deigratia Portugalie, Sileij,34. garbikexvna
cum vxore mea Regina D. Dulcia,& filijs,ac filiabus meis do vobis D. Viculao eâdem
gratia Siluêß Epifcopo,& Eccleffe Samiiae Mariâ de Siluio,ac fuccefforibus veflris ///-
Iam,quæ dicitur Mafara cum omnibus fuis terminis nouis,& veteribus fcut illud me
iius %. potueritus, & cum dere£turis fuit,& cum vniuerfis,quæ ad ius no/lrùper
tinent, damus etiá vobis apud Vlixbonâ quafââ dombs cú fua almunia, & aù fui$ vi
meis,& cú fuis hæreditatibus,/cut e4 prædiäus Lana, mus tenebat. Valis etiã haben
dum con.edimus quiaguia ip/e 4amarinu; apud 7iorres /eteres poßidebqt. Præterea
mandamus, & conceamus vt eligatis ad opus veſtri quatuor de ///e/ioribu* aomibus,
quæ funt circa Eccleffá cú omnibus fuis hæreditatibu$,& cú omnibus ad illas ſpecif
7.bus,& fimiliter eligatis decem dwnwy ad opus Canonicorù cù omnibus /uis hæredita
tibus,& cú omnibus illis,quæ adeas pertinent.Illi quoff; vicum qué comes D.Menen
dus vobis tradidit iure hèreditario veflratibus cü fuis aomibus,& hæreditatibus pof
fidendù consedimus, eieéiis Templarijs, qui dicuntur in praedi£lo vico domos accipiffe.
Infuper concedimus vobis,& Ecclefie vejlræ de$iluio, & cunéiis/uccefforibus veffrir
decimâ parté quintarü,quas Dominus Deus nobis, &fuccefforibus no/lris *pxd Siluiữ
terra,miarij; àederit. Decimâ quoq;omniü fruäuä,quoja cultoribusnoflris réceperimus,
& decimäåmniùpecüdü,& pecorü no/lrorü vobis, & Ecclefiæ Santiæ Mariæ àe Siluio,
& veflris/ucceffóribus concedimus iure hereditario poßidendâ.Mandamus etiä vobis,
& consedimüs,vt de omnibus fruäibus Templariorũ Ha [pitaliorű, & aliorü fratrumi
cuii/j; 0rdinis, quos de terri iampridie eiil;i; receperiit, integre aegimas recipiatis.
excepto de noualibus equibus eos decimas perfoluere non iubemus.Et dicimus,& etiami
dicendo interdicimus Templarijs Ho/pitalarjs,& alijs fratribus cuiufj; 0rdinis,nifîâ
vobis eis /pecialiter fuerit conceßü, 3uod in tota veflrà laiocefi, non aüdeant ædificare
Eccleſias adqua; parrochianos addicant,de quibusprimitias,vel decimas,vel oblatio
zies,vel etiâ mortürias accipiant,/ii/ tantümodo 0rátoriü in domibus fuis velint face
re adhuc etiá addidimus,quod omnibus hæreditatibus veflris liberi habeati potéfatâ
cóftruendi tendas furnos, jio/eadinos,& omnia quæ vobis fuerint neceßariagnijiexa
ម្ល៉េះ
äione Regia relegata. illud quoqüe Monchiqueappellatur,vobis,& fuc
ceffaribu5 veffri$ iure hæreditario habendù inperpetuú cúmnibus fuis terminis nouit,
& veteribus concedimus. %ignamus etiam 皺 redditus centű feptuaginta bizan
tiorü ab Epifcopis Regni noflri fcilicet â bracharenfi £ccleffa guinquaginta marabiti;
nos, à Portugalenfitriginta, à Colimbriênfitriginta,ab Vlixbonenfi triginta, à Fi/ienñ
viginti,à lamecenſî de, £ggiùni; igitur hoc fioffrüfaäum vobis D. Niculao Sigeuf
~ • • ~ ~ *~ • G gg’ - • Epifaeopo,
Epi/copo,& fuccefforibus veflris integrâ obferuauerit, fft benediâus à Deo, quicumque
verò illud vobis in a/iquo frágere præfump/erit,filium habeat qui omnia qiicciq; ipfe
fecerit in irritú ducat. Faéta carta apud Colimbriâ menfe Decembris E M cc XX///.
Nosfupradicti Reges, qui hanc cartam facere iufjimus vobis D. Niculao Saluiem,? Epif
copo roboramus. Qui affuerunt. - - -

Ego Comes D. Menendus Maiordomus - A direita.


Curiæ. - Ego D.Martinus Bracharenfis eleätus.
Ego D. Petrus Affomff Signifer Regis. Ego Mart. Colimb £pifcopus.
Ego D. Rodericus Santj,qut tunc Sil. * Ego Ioannes Vifenfis Epi/c.
uio præeram. - - Ego Godinus Lamecen/is Epjfc. .
Ego D.Gumfaluus Gunfalui. … - Ego Suarius Vlixb, Epifc, -

Ego D.Martinus Lopez. -- Ego Pelagius Elborehffs Epjfc.


Ego D. Ioanes Fernádi Dapifer Regis. Ego Petrus Sanétæ Crucis Prior.
Fernandus Bi/po ... teffis. Magifler Iulianus notarius Regis San
Egas Pelagij te/lis. i tij notauit. - - - - -- *

-- ESC R ITV R A xv II. . .


Que he húa intituição de Mifa'quotidiana na Sè de Lisboa pela al
- fría do Papa Ioão 2 1. tirada do cartorio della do liuro primeiro de
priuilegios em publica forma fol. 1 6o. Serue para proua do
… parentefco daquelle Papa com os Rebolos, de quefe
fala no Cấp. 53.do liuro Ió.
ºgº M nome de Dios amen. Sepan 蠶 efte eftromento virem, q
ń. na Era de mil & trezentos & feffenta & hü anno, conuem a faber,
: இ! vinte & noue dias do mes de Oytubro,& na cidade de Lisboa,em
尝鳄 prefença de mim Lourenço Eannes Tabelliõ publico da dita Ci
dade,& das teftemunhas que adiante fom fcriptas, Martim Mat
theus Caomigo de Lisboa em nome do Cabido defa mcefma, motrou perã
te Pero de Fumó & loão Migueis Caonigos de Lisboa, & Vigairos Geraesdo
honrado Padre,&fenhor D. Gonçalo pela graça de Deus Biípo de Lisboa hú
publico eftemcnto feito per mão de Domingos Martins Tabelliõ de Lisboa,
& do feu final afinado,do qual o tcor talhe. Em nome de Deus Amen.Saibãn
quantos efte cſtromemtovirem,& leer ouuirem,que eu Ioão Martins Chantre
de Euora, & tctamenteiro do tctamento de Vafco Martins dito Rebolo já
pafado,irmão,& tctamenteiro de D.Gil Rebolo,em outro tempo Dayam de
Lisboa.jà paffado, o qual Vafco Rebolo leixou mim dito Chantre por teta"
menteiro do dito Gil Rebolo feu irmão em feu logo, entendendo, vendo, &
confiderando, quche,& ferà a honra,&a louuor,&:aferuiço de Deus,& da sa
Madre Virgem Santa Maria, & aproueitamento da alma do dito D. Gil Re
bolo,dou,doo,& outorgo naquclla maneira,& naquella guifa,q mais firme,&
mais etauel pode fer,& mais valer, & em tal maneira,q nunquá o poffareuo
gar polas almas do dito Dayam, & do Papa Ioham feh parênte, á que Deus
perdoe,ao Cabido da Igreja Cathcdral de Lisboa, dous cafaes de herdamèto,
q o dito Dcão auia;comuê a fabcr,hú em Falagueira,termode Lisboa,&o ou
tro no Almarge em termo de Sintra cõ todos feus dereitos,& pertêças. Eleta
doaçom lhi faço polas almas do dito Papa,&Dayam;&porjforð b60ಣ್ಣೆ
- - * - OS
- - - 3I4
dos nadita Igreja de Lisboa,& por muitas coufas,que ende ouucrom da dita
Igreja pºrtal prcito & (o tal condiçom,q o Dayam,&o Cabido de Lisboa que
hora fom,&os que fore adeante pelo têpotcnhão em cada hú anno para fém
pre na dita Igreja de Lisboa lúbõ Capellão, & idoneo, q cante cada dia húa
Mifia deb.cquie polas almas do dito Papa,& Gil Rebol….O qual capelão deue
fcer refidente no Coro a todalas horas Canonicas.E porq os ditos cafacs cítao
agora rendados porcem libgs de Port & daquiadeante renderam mais, Deus
gucrcndo, mando à dos fiuitos, & das rendas q renderê effes cafacs cm cada
hü anno,jdcrm ende ao Capcllão cm cada hü añno cincocnta libras,& o al que
ficar,marido q fcja para rcfazimcnto da Capclla doq outler meſter de caliccs,
& dc vcftimentas,& doutras coufas q pcrtchcê à Capella E outrofiq fejn para
rcfazimento das cafas,& dos cafacs.E cõprido todo efto,o al que fièañníádo
¿oaja o dito Cabido para fi;conucm a fabcr,os Conegosbcncficiados da dita
Igreja q fo cm refidentes,& q vierom à Miffa da terça, conuê a faber,em cada
liüa hora vinte ft. E leixo logo por Capcllão perpetuo na dita Capella dcfta.
vez Roy Vicente meu clerigo,& meu criado, & deue cítar hy cm toda sá vida,
& aa sá morte daliadeante para fempre o dito Dayam, & Cabido de Lisboa
deuc meter hy Capcllam para fempre,q feja boõ.é idonco para cto. E porete
publico ctromêto meto logo os ditos Dayam,& Cabido em corporal poffe[-
fom dos ditos cafaes.E prometo q nunca por mim,nê por outré abertamente,
nê efcondudamente venha contra eta doaçom cm parte, nê em todo. E nos
fobrcditos Dayam,& Cabido de Lisboa por nòs,& por nofIos fuccefforcs,que
dcpos nos veciê louuamos,& outorgamos todalas coufas de fufo ditas,& Ča.
da húa dellas. E obrigamonos a teclas, & aguardalas em todo, afi como de
fufo hc deuifado.Em teftermõyo deftas coufas as ditas partes mãdarom,& ro
garom a mim Domingos Martins publico Tabelliom da cidade de Lisboa,q
fêzcfTe das ditas coufas dous cftromcntos,feitos forõ em Lisboa nas cafas dô
Bfpo de Coimbra cinco dias do mes de Dezembro, Era de mil trezentos &
cincoéta & quatro annos.Te temnnhas Pero Eanes Priol da Vidigucira, Do
mingos Martins Bacharel da Sé de Euora.Ioão Domingues Raçoeiro de Sam
Iohane de Beja. Macftre Afonfo Ioão Domingues Raçoeiro de Lisboa, & ou
tros.E eu Domingos Martins publico Tabellio de Lisboa de fufo dito a rogo,
& por outorgamêtodas ditas partes às coufas fobreditas prefente fui,& ende
dous ctromêtos femelhauijs, & de hú tcor cõ inha mão propria efcrcui, &
em cada húdeles pugi meu final em teftenõyo de verdade, q talhe. O qual
cítromento motrado,perleudo& publicado, o dito Martim Mattheus em no
me do dito Cabido pedio aos ditos Vigairos,q defse a mim fobreditoTabelliõ
fua autoridade ordinaria de tornar o dito etromêto em publica forma.E entõ
os ditos Vigairos a petiçõ do dito Martim Mattheus derom a mim fobredito
Tabelliõ poder de fua autoridade ordinaria de tornar o dito etromento cm
publica forma,& q cõ o teor del defeao dito Martim Matheus húctromêto.
罢器 Guilleme Annes,Louréço Saluadores,Saluador Pires,Domin
gos Eteues clerigos, & outros. Eu Martim Domingues eferiuão jurado por
mandado de Lourenço Eanes Tabclliõ de Lisboa fobredito cíte cítromêto cõ
o tcor do dito ctromêto cfcreui.E eu Lourenço Eanes Tabelliõ de Lisboa de
fufo dito permandado,& por autoridade ordinaria dos ditosVigairos,& a pe
tiçom do dito Martim Matheus etectromêto fiz cfcreuer permão de Mar
, tim Domingucs efcriuâojurado,& pugi cm el meu final,quc tal he, ......
Ggg? ËSCRI
ESC R IT V R A XVIII.
Que he humintrumento da compofição, que elRey Dom Dinis fez
com a Camera de Lisboa,conſeruado no cartorio della liuro 1.
dos mifticos dos Reys fol. I. 6erue para -

o me{mo Cap.53.
#*# M nome de Dcos Amen. Saibão quantos etectromento virem,
မ္ဘိဒ္ဓိ & lcer ouuirem,que pregoês forão dados,& apregoados Pº' mã
-

§ dado do Alcaide & dos Áluafjs de Lisboa pelos porteiros, & Pe


¿?-Z los pregociros della Villa,aſsi pela Villa, come pelos termos del
la, que todo o confelho da Villa, aficaualeiros, come cidadaõs,
& mercadores,&peoês, & moradores da Villa, & de todos feus termos, que
todos vccfem terça feira fete dias andados de Agoto ao conceiho à See, o
qual dia lhes foi afinado. E ao dito dia afsinado,& no dito logo nofo fenhor
elRey Dom Dinis foi y prefente, & o Concelho per pregom foi y prefente,
prefente nos Ioanne Mcendes, Domingos Soares, Pedro Paes, & Pedrayraes
taballioês dcfTa Villa a cfte feito efpecialmcnte chamados,& rogados do fo
bredito nofo fenhor elRey E o fobredito Concelho pedio merce a nofo fc
nhor elRey em cfcrito por Lourenço Efcola Alcayde,& viziõ de Lisboa,oqual
o dito Concelho rogarom, que a pcdiffe por clie de coufas de que dizião, que
craõ agrauados,que lhes fizera elRey Dom Afonfo feu padre, a que Deos per
doc. E logo o dito Lourenço Efrola a rogo defe Concelho difica elRey afsi.
Senhor a merce que vos pede cíte Concelho que aqui fee,faõeflas coufas que
aqui andão efcritas em efte efcrito, & vos fenhor mandadeo lecr; & cntom
meteo clie cfcrito a elRey na mão. ElRey o fez entom leer, & a publicar por
mim Ioanne Meendes Tabclliom fobredito, do qual efcrito o teor a tal é.
Conuem a faber. Pedimos merce AlRey quenos correga feito dasjugadas, &
que nos torne a aqueletado em que eramos em tempo de feu padre quando
nos ende forçarom. Item pedimos merce AlRey, que nos correga feito do
Relego. Item que nos correga feito do feito dos Açougues. Item que nos
correga feito de noffa fruita,que á venda cada hum vxi quizer,& fe a alguem
quizer vender eno açougue delRey,que lhideende feu direito. Item que nos
correga feito da paffagem, & que nos tenha enue a nofo foro. Item dos nof
fos fuitos que ouuermos em Santarem,ou em outros logares que adufermos
a Lisboa. que nom demos ende portagem. Item que nos correga o feito de
Sintra do embargo que ala fazem àquelles que herdamento ala am.Item pe
dimos merce A Rey, que os Aluafijs de Sacauem, & de Freelas que os fação
como fohyão, ca prendemos y grande defafforamento colhendoffe ala nof
fos viziõs,& fazendofey muitas coufas fem guifa,que nom foyam, a que nos
nom podemos poer confelho. Item pedimos merce ARey que os M Muros.&
os ludeos rcfpoadão, & fação dcrciio per ante o Alcayde, & os Aluafijs, afsi
como foi do pobramento da terra. Item pedimos merce A Rey,que o defaffo
ramento que nosora fez nouamente do Álmoxarife, & dos efcriuaês, que fez
luizes dos defora parte,q o nom frjão,&qrefpondão,&fação dereito pôr ante
o Alcayde, & os Aluafjs, afsi como foi atees aqui. Item pedem por "ီ
-- AlRey
--" "
** *------
- ... .
ぶ °い。
3I5
AlRey,que do feito da Alcaydaria,& do Moordomado que nºs tcnhä ende a
nofias cartas. Item da potura da madeira da Rabeyra, que o Concelho pcde
por mercc AlRey, que fe tenha,&fe compla. Item pedimos por mcrce ARcy,
que aquellas molheres qfeem en as facngas,que y fas feer o Alcayde que nos
alce ende a força do Alcayde,& que nom fejào y cafe torna em mui grande
nofTa perda,& do poboo. As quaés coufas todas fobreditas lcudas, & publi
cadas por mim Ioanne Mccndes fobredito Taballiom. Noffo fenhor clRey
refpondeo, & diffe, que o Concelho lhe pedia algüas coufas de que fe peruflc
em á cllcauia dereito,& cnas quaes clcfiaua cmverdadcirapofsifsö,& tragias
a sà mão, & que auiajà grã tempo que feu padre fora cnde pofoydor, & cl
outrofi,& cà le quifelenom auia porque lhis ende leyxar rem per dircito. Pe
rò aacima diffe cà nom auia Concelho em todo feu Reyno com que ouucífe
maiores diuidos de bença com cffe Concelho de Lisboa, cay naccra,& y fora
baptifado,& criado,& y fora Rey,& caffe nembraua de muito feruiço que lhi
fizera cfe Concelho, aísicna Vide,come en outros logares muitos vlhi fora
mcfter, & caffe tinha delles por mui bem feruido. E a merce que lhe pediam,
quc lha outorgaua: pero que y cram algúas coufasefcritas,em que cl auia de
reito; mais por lhcsfazer ben,& mcrcc caffe 1his partia ende & diffe, & man
dou ao Alcaydc,& Alvafijs,& ao Mayordomo,& outrofi ao Almoxarife, que
cada hum delles cm feu officio,que aquefta mercc, que el fazia ao Confelho,
que lha tcucílem, & a guardafcm, & comprifcm. E por cíta fhcrcc que elRey
fez ao Concelho, logo todo o Concelho a húa voz, fcm outra prema, & fem
contrangimento, & fcm engano, mais de faboa vontade, & liurcmente por
fi,&portodos feus fucceffores perdoarom, & quitarom a noffo fenhor clRcy,
& a todolos fcus fucceflores para todo fcmpre todalas demandas, & acçoês,
& queítoês que clles aulão,& de dercito deuião, ou cntendião auer contra cl
atà o fobredito dia per qualquer maneira, afsi per razom dos Refsios de Lif
boa, em que elRey DõAfonfo feu padre, ou el, ou feus anteccfforcs fezerom
açougucs,tendas,fcrrarias, & taraccnas,& cafas, ou outras quacfqucr cotifas
atà efte prefente dia, come das Lifirias, come dos fruitos, & das rendas de
todalas ditas coufas,& de cada hüa dellas,& quc elRey nom fe cftcndcfic dcf
aqui adiante chus pelos outros refios da Villa. Outrofi fe quitarom da de
manda, que è de fufo efcrita dos Mouros,& dos Iudcus. Das quacs coufasto
das fobrcditás, & dc cada hüa dellas o fobrcdito noffo fcnhor clRey pedid
cnde a mim Ioanne Mcendes Tabelliom hum cítromento;& outrofipcdio,&
rogou a Domingos Soares, & a Pedrayras de Lisboa adeante efcritos, que a
toiíalas coufas fôbrcditas,& a cada hüà dellas foffcm prcfcntcs,&quc dcffcru
cnde tal teítemõyo como cu,& que pofcfem feus finacs em etectromento
cntetemõyo detas coufas. Feito foi o cítromento em Lisboa fete dias an
dados do mcs dc Agofto na Era M CCC.XXIII. Quc prefcntes forom a cfte
feito os Taballioès àdiante cfcritos. E cu Ioanne Mccndcs fobrcdito Tabcl
liom de mandado do fobredito nofo fenhor elRey a todas etas couas pre
fente fuy, & cnde cíte etromento com inha mão propria fiz, & efereul, &ct
mcu final pugy,que a tal hc cn teftemõyo deftas coufas.E cu Domingos Soa
resfobreditoTabelliõ a rogo,& de mandado de noffo fenhor elRey fobredito
a todalas coufas fobreditas,&a cada húa dellas, que fom conteudas cm etc
ctromento prefente fuy, & de todas, & de cada hüa dellas cie meefmö té
flemoyo doú, quc lo dóu o dito Ioanne Mccndes Tabclliom,& fe cfcfcii, &
Gºgg3 încu
meu final y pugy cn tcftcm5yo deftas coufas,que tal es. Fcito foi o cftiomé
to na Era, & no Jia,& no logo fobreditos. Teftemunhas os Tabcllioésja fo
breditos. E eu Pcdrayras fobredito Tabelliom a rogo,& de mandado de nof
fo fenhor elRey fobrèdito a todalas coufas fobreditas, & a cada hüa dellas,
que fom contéudas em cíte cítromento prefente fuy, & de todas, & de cada
húa dellas efe mefmo tetemõyo dou,qual o deu o dito Ioanne Mcendes Ta
belliom, & en etc etromento meu final pugy, que tal he em teftemõyo de
verdade. Fcito foi cíte cítromento na Era,no mes,& no dia,& no logo fobre
ditos. Tcftcmöyas os Tabellioës fobreditos.Qye prefentes forom, Dö Mar
tim Gil. Lourenço Efcola Alcaide de Lisboa. Duram Martins de Parada.
Pedro Martins da Romecira. Vaíco Afonfo Alcaide de Coimbra. Ioão Lo
beira. Abril Pires, Afonfo Pires feu filho. Gonfalo Garcia. Suciro Alão. Vaf.
co Martins Rebolo. Lourenço Pires Rool. Fernam Meendes. Meendo Afon
fo. Etcuão Eanes Baruudo. Fernão Figueira caualeiros. Rooy de Lemos, &
Vicente Martins Aluafijs de Lisboa. Ioão Domingues Pauõ.Eteuão Cibracs
pá & agua. Pedro Pires Rauó. Ayras Meendes. Vafco Martins de Sam Nico
lao. Pedro Martins dito Botelho. Ioão Pires dito Ferreiro, Fernão Eanes.
Pedro Calaça. Efteuam Goterres. Martim Pires dito Cabreiro. Geral Ver
muiz. Martim Beicudo. Ioanne Anes Michicha. Domingos Martins de Sam
Mamede. Domingos Franco. Paay Fernandes.Domingos Iacome. Domingos
Viuaz. Pedro Martins Bolhom. Martim Domingues Queixada. Gil Eanes.
Vicente Anes genro Dagua fria. Lourenço Eanes mercador. Marchos Mi
guces.Tomas Periz mercador.Geraldo Afonfo mercador. Nuno Paez merca
dor.Francifco Domingues mercador. Domingos Vermuiz de Sam Nicolao.
Pedro totom. Efteuão Curuo. Vicente Pires Almoxarife de Lisboa. Diogo
Romeu.Afonfo Nuniz da Cruz. Martim Martins feu genro. Ioão Vermuiz de
Sam Bertholamen, Paay Fernandes da fonte dos cauaios.Vicête Martins Vo
gado.Eteuão Eanes Vôgado Martim Eanes Vogado.Diogo Matheus. Paay
Paes. Vicente Pires. Francifco Pires. Martim Duro, Ioão Duraes peliteyros.
JoãoFijs. Pedro Nunes Ioanne Anes, Martim Pafqual. Domingos Martins
Coyxaes.Vaafco Gil, Dö Symon. Alfayates. Ioão Martins dc Sãín Mamede.
Domingos Duraes do Baeiro, Ioão Dómingues. Ioão Fernandes. Ioão Paes.
Capateiros,Domingos de Leyria.João Paes alfayates de panos de Liõ. Ioan
nc Anes de Sam Mamede.Pedro Eanes.Ioanne Eanes ſeu irmão.Diogo Iurdã.
Ferreiros. Diogo Frijs daLapa.Pedro Afonfo de Moraz. Afonfo Tinhófo.Dio.
go Francifco.Diogo Mamede, pefcadores. E outros muitos caualeiros, efeu
deiros crerigos,cidadãos,mercadores,alfayates,peliteyros,çapateiros, correi
ros,& ferreiros,que forom chamados, & jüntados a efia colifã.
: E SC R I TV R A x I X.
Que he a doação do Moteiro de S. Saluador de Catro de Aueläas,
feita por elRey D. Afono Hériques ao Abbade Ioão, a qual fe acha
no liuro 2.de Alem Douro na Torre do Tombo fol.272.
Serue para o Cap. 55. do liuro 16.
I . mºa,
0* 4/•'/us Rex Portugallis eum filio meo D.santio Rex,& omni
vºi, P.Joanni Abbati decaffro,&omnibus,
/ucceſsione
qui vobiſcum voluerint ha
* * * - bitare,
316
hitare,& ficcefforibus ve/lris facio cartam donationis,& textum firmitudinis de illo
Monaſterlo S. Saluatoris de Caſtro cum ſuo cauto, & cum omnibus fuis terminus, qui
/u/it in ipfo , auto;& ig. et illud Monafferium /ubtus mons T;Ἀgia,& alia parte /umen
So/auor,& ita concluditur, videlicet per marcum de Auelamis, & deinde ad marcum
quod vocitant cauto per viam de Felmir, & per Ecclefiam S.Claudi de Felmir,& per
çaput Sculcam/uper Caffamaria,& deinde ad marcum inter Nugaria,& /umen Mau
zer, & permar um de Prato maior, & deindeperfumen de Arcanis aqua di/curren
re, & per viam de Barrairo$,& per viam vfque ad marcum de Auelanis, Domo, atque
com- eao vobis fupradiöio Abbati Ioanni,& illis qui fub Regula S.Benediéli in ipfo Mo
miferio viuere voluerint, illum Mona/ferium/ipra nominatum, vt habeatis eum in
illa dignitate , atque libertate in qua motum efl omnibus effè à diebus Henrici patris
mei Comitis, & Reginæ Taraffæ matris meæ vfque ad præfens, & vt ab hac die ha*
beatis eum vos,& omnes fucceßores veflri, & feruiatis ibi Deo vfque in fempiternum.
Mando ei etiam, § concedo ad Monaflerium/upradiéîum, vt habeat, & poſsideat in
pace omnes hæreditates, & poffeßiones, libertates,domos, terras,vineas, oftos, & mo
lendinos, pafcuis, ac aldeolis populatas, vel non populatas, donationes , eleeono/ynas,
quas fecerint ad Monaflerium fupradiéium, vel quæcumque comparauerint, aut labo
fauerint, aut plantauerint, aut hæreditauerint, aut aliò quocunque modo habuerint,
totum i/lud ei do, & concedo propter amorem Dei,& remedio animæ meæ, & paren
tum meorum;& cauto illud Monaflerij fupradiéii,& domos fuas,& hæreditates fuas,
vt fi aliquis ei malefecerit, aut aliquiaae reòus /uis contra voluntatem Abbatis ac
ceperit, peëiet mihi mi/e aureos, & fft meus inimicus. Et vt faäum i/ua/it firmum,
& ffabile, filius meus Rex Sancius illud mecum roborauit, & confirmauit. voto die
iiij Kalend.Ianuarij E. M. c. LXXXII. Pro teflibus Petrus te/?. Menendus te/7. Pe/a.
gius tef1. Ermigus tefl. Egas Monionis Dapifer curiae confirmo. Aluarus Petri A//e-
fes conf. Stephanus Rodericus Memendi conf. Garcia Menendi comf. Fernandus Menen.
dis qui tenet terram conf. Magi/ler Albertus, qui hanc notauit, Cancellarius. Rex
Pºrtugallis.

Escr 1TVRA x x
Que he hña quitação,que a Abbadeffa das Huelgas de Burgos Donà
Vrraca Afonfo em prefença da Infanta D.Branca,deu a Fr.Eteuão
conuerfo de Alcobaça, a qual fe acha no cartorio deta cafa
na gaueta 1. do primeiro caixão das efcrituras, & con
firma o que le diz no Cap.6o.do liuro 16.
N el nombre de Dios amcn. Sepan quantos eta carta vieren, co
mo yo Doña Vrraca Afono pela graça de Dios Abbadega del
Monafterio de Santa Maria la Real de las Huelgas en vno con
Doña Mayor Gil Priora, è Doña Maria Afonſo Supriora, è lea
tris Fernandes Sillirera, é Doña Mariperes de Gufman la Can
tora, è Doña Vrraca Gilla Adegera, è Doña Vrraca Gonfalues de Vallegas
la Enfermera, è Mariana Gonſalues la Portera, é Sancha Rodrigues Sacri
ftana, e todo el Conuento del dicho monafterio conocemos, é otorgamos,
que recebimos buena cuenta, derecha, leale verdadera de vos Don Frei Ete
". . . Gg £4 llan
.”

uan Comendador que fuites del dicho nuctro Moncterio de todo quanto
voso otro por vos recibietes, e tomates, e recabdates, e dictes, e depcn
dictcs, e vendietes, ó mandates vender en el dicho notro Moncterio, affi
de lo que ganó la lana, è de las rentas de las cafas, è de los otros logarcs, é de
los mr de los feruicios, é de las moncdas que vos,ó otro por vos recibicftes,
como de las martiniegas, e montadgose canadas,e calomins, étodolos otros
pechos, e derechos,érendas de pan é de vino, e de dineros, que el dicho notro
Moncterio à, & doucauer en qualquier logar en el cñorio del Rey de Cafti
lla.E otrofi de las rendas de los molinos, é de las accñas, è de todas las otras
cofas, que rcendem,é deucm reender al dicho Moneterio de de el primcr dia
de Nouiembre, quc fue cn la Era de mil étrezientos è quarenta e tres años
fata el potremero dia de Dezicmbre de la Era de mil e trezicntos é quaren
ta è fiete años,que fon quatro años é dos mefes,que lo vos ouuetes de vcer,
érccabdar por el dicho Moncterio. E otrofi recibimos de vos buena cucnta,
derecha, lcal, é verdadera de vos de las vacas del dicho Moncfterio, é de las
vacas que cnde facaftes, è vendetes, e de las nuetras ouejas,è carneros, que
guardaua Pcdro Pablo Eotroſi rccibimos de vos buena cuenta, derecha, leal,
è verdadera de todo quanto vos,é vuetro depenfero, ô otro por vos depen
dietes,é detes, afi cn las lauores de las cafas, è de las viñas,è de los parrales
del dicho Moneſterio,è cn la deſpenſa del comer, è en la deſpenſa del mardo
madgo, como en todas las ctras coas. E por eta cuenta vos fuee tomada
mas afincadamente, mandamos a Domingo Eueno Canonigo de la Iglefia
de Burgos, è a Pedro Diaz ſu hermano, è a Per Simones, è a Pedro Gomez
clcrigos del dicho Moneterio, é a Iuan Yañes, é a Pedro Rodrigues clerigos
de la dicha Infanta Doña Planca, e a Martim Dominges criado del dicho
Moneſterio è a Martim Gonçales eſcriuano publico de la cibdad dc Burgos,
que vos tomaffen, é recibieffen la cuenta por nos, é ellos fizieron lo afi,ctā
do nos delante. Evita toda la cuenta,que vos Don frci Etcuan dicftes en cta
razon, fiziemos venir ante nos clerigos, élegos criados del dicho Monete
rio,é fizemosles moftrar la dicha cuenta è mandamosles que la vieffen, e di
xicen contra ella lo que deuien dezir con derecho, porque el derecho del
Moncterio fuee guardado. Evita la dicha cuenta, è lo que contra clla fue
dieho, fiendo bien catada é examinada,fallamos que vos dietes buena cuen
ta, derecha, leal, e verdadera, é que nos feruietes en ello bicn, è lealmente a
nos, è a la Infanta nucſtra ſchora. E otroſi conoſcemos, è otorgamos,quere
cebimos de vos todos los libros defta cuenta è las alualàs,è cartas efcriptos,
que fazian a la dicha cuenta, en guifa quc nó fincó en vos ninguna cofa. E
quitamosnos, e pagamosnos por pagados de vos Don Frci Eteuan de todas
quantas demandas nos podremos auer contra vos por eta razon fata el po
ftremo dia de Dezicmbre de la Era de mil é trezientos à quarenta è ficte
años. Edamosvos de todo por libre,è renunciamos que en ningun tiempo del
mundo nom podamos dezir que yerro, ni engano ouo en eta cuenta E otrofi
renunciamos la ley del derecho, en que dize, que tantas vegadas quantas di
xiere el feñor,que aycrro, o engaño en la cuenta, que tantas vegadas fea te
nudo aquel que la cuenta a de dar de desfazer el yerro, e el engaño.E renun
ciamos las leys del derecho,que por nos, e contra nos fon,é pudieffen cercn
cta razon; & otorgamos que nos, ni otro por nos no nos podamos fazerde
manda ninguna en eta razon ante ningun Alcalde, ni Iuez Ecclelaಣ್ಣ
ni
- C33
‫كلمة ام‬
317
feplar, é filo fizieremos, que nos non vala,ni vo sófeades tenudo de nos reťa
ponder a ninguna demanda, que vos fobre eto fea fecha. E porque cio nor
venga cn dubda, pedimos merced a nuctra feñora la Infanta Doña Blanca,
que etaua prefente, que otorgaffe todo eto, & que mandafe poner en eta
carta fu feello. E por mayor firmidumbre yo Doña Vrraca Affonfo la dick,
Abbadea mandé poner en eta carta mio feello,é mandamos a Martim G
cales ecriuano publico de la Cibdad de Burgos, que la ecrisieffe, e la fig"
naffe confu figno. Eta carta fue fecha en las Huelgas cerca de Burgos,vcyn.
tc è finco dias de Enero Era de mil è trezientos è fincocnta è vn años. Deto
fon tetigos que fueron prefentes rogados para cto Domingo Bueno,Cano
nigo de la Iglefia de Burgos. Pedro Dias fu hermano. Perymañes clerigodel
dicho Moncterio. Iohan Yuañes, Gonçalo Perez. Pedro Rodriguez. Fernan
Gonfales clerigos de la dicha Infanta. Martim Domingo criado del dicho
Moncfterio, Frei Iohan Iuiz Comcndador del Monetero fobredicho, Gon
ſalo Gonſales eſcriuan de la dicha Infanta, è vo Martin Gonſales eſcriuano
publico de la Cibdad de Eurgos, que fui a todo eto prefente con los dichos
tctigos, épor mandado de la nobie cñora Infanta Doña Blanca, é de Doña
Vrraca Alfonfo Abbadea fobredicha, é del dicho Conuento cfcreuieta car
ta publica, è en tcſtimonio fiz en ella mio figno. -

Esc R ITvRA xx I.
Que he a fupplica, que fizerão o Abbade de Alcobaça, Prior de
, TSanta Cruz, & outros Ecclefiafticos ao Papa, para fe erege
- rem etudos gèraes em Lisboa,tresladoufe da liuraria
- de Manoel Seuerim de Faria,Chantre de Euora.
Serue para o Cap.67. do liuro 16.
స్ట్రీ Anäißimo Patri, ac Domino Domino diuina prouidentia Sacrofanélæ

§3% Romanæ Eccleffae Summo Pontifici. Nos deuoti filij veflri Abbas Alcoba
ἙNY&: ciae. Prior Sanélæ Cruzis Colimbrienfis, Prior Mona/erj Samäfi /imicen
tij 0l/siponenfi,Prior Sande Maria Vimarenen/, /ecularis, Prior San
“ číae Mariae de Alcaçoua Santaren/s, & Eccleftarum Samāi Leonardi dé
Atouguia, Sanéíi Iuliani, Sanéii Niculai, Sanéíæ Herenæ, & Sanéti Stephani Scäre
- nenſis, Sanéii clementis de Loulee, Sanétæ Mariæ de Pharon,San£ii Michaelis,& Sá
ĉlaº Mariae de Sintera, Sanĉťi Stephami de Alenquerio, Santiae Mariae Sancti Petri,Sa
êii Michaelis de Turribus Veteribus,Saníiae Mártæ de Haye.de Laureâo de Villa Wigofa,
de4zambugia,de Sančía de E/!remos,de Begia, de Maphora,& de Mogadoiro Rečíołeś:
- Deuotißima pedum ofcula beatorum. cum Regiam celfitudinem non folum armis de
coratam, fed legibus oportet effe armatam,vt tam tempore belli quampacis Re/publica
reílé valeat gubernari:namper fcientiam mundus illúminatur,& vita Sanéíórum ad
obedientiam oео, & # & miniftris eius plenius, & fidelius informatur, fides
' corroboratur, Ecclefia exaltatur,& per viros Eccleffafficos defenditur contra hæreti
cam prauitatem. Idcirco nos fupradiäi vna cum perfonis Religiofis, Prælatis, & alijs
tam clericis,quam laicis Regnor.Portugaliæ, & Älgarbij plena inter nos aélifferatione
habita, diuina inſpiratione mediante, è vtilitate noſtra priuata, si cºmuni ſuddente,
* - - - tom/(aeramus
confideramus valde expedire Regnis fupradiéfis,velfcriptis, & habitatoribus in eifdé
Jalere in qualibet facultategenerale /ludium literarum,eum multi fludere volenes,G
cupientes àfcribi ordini cleriali, propter expenfarum defeëium, viarum di/crimina,&
pericula parſomarum non audéant,timeant, met commodé po/sint ad partes /onginquas
fatione fluój/e transferre, & ffc imuiti effciuntur lai. i, § oportet eos recedere a fuo
e no propolito fupra dicio. 0b las ergo cau/as, & multas alias vtiles, & mece/arias,
4uaíloiigum eßet per/tngula numerare, hæc, & alia plura Excellentißimo Dom*no
7)ionyffò Regi noflro fériäiim retulimus, ipß cum nimia precium/upplicantes, vt ipfe
aignáretur con/lruere,& ordinare /ludium generale apud nobiú/$imam ciuitatem juâ
oífponenfem ad Dei feruitium, & honorem Beatißimi Martyris {incentj, in cujus
/oco Dominus Iefus chriflus elegit ipfius corporis /epulturam. Quibus precibus no/lris
ab eodem benignius admißis, atqüe etiam exauditis, de confenfu veri ip/ius patroni
Monafferioruji, & Ecclefiarum prædiéiorum inter nos fícut extitit ordinatum, vt fa
laria de redditibus,& prouentibus Monafteriorum, & Eccleffarum prædiëiorum/olue
rentur Doéîoribus, & Magiftris, fuit etiam determinatum inter nos quantum vma
шаў; Ecclefia foluere temeatur, referuatis nihilominus nobis congruis,& fuffícienti
#.juſentationibus in redditibus fupradiâis. Quare adpeaes veftræ Sanéiitatis, Pa.
ter San&ijjime, recurrimus,humiliter déprecantes, quatenus ipfa dignetur tanupium
ория, laudabile, adſeruitium Dei inuentum, (6 ad decorem patriae, nec mon ad vtili
fatem noflrorum omnium,& /ingulorum admittere,& prædiéiam ordinationem miſe
ricorditer de benignitate folita confirmare. Datum apud Montem Maiorem Nouum
fecundo Anno Domini I 288. Idus Nouemb. Era M, ccc.XXIII.

ESCR ITVR A XXII.

Que he húa quitação que o Confelho de Santarem deu a elRey


Dom Dinis, a qual ferue para o que fe diz nos Capitulos 5.
& 7 7. & fe acharà no primeiro liuro defte Rey
- ** * *
ás fol. 366. ,
---
- --
----,
--
, .
-

"

, \, .
### Os Socyro Mccndiz Alcaide & Philipc Guilhelme Alửazil, Kơ
}é Paacs o outro Aluazil,nom feendo no Reyno,porque era em 經
uiço de nofofenhor elRey D.Dinis em ajuda delRey de Catella,
&o Confelho de Santarem, a quantos efta carta virem fazemos
faber, que fobre alguns agrauamentos, que nós recebemos em
tempo delRey D.Afonfo.pedimos merce a nofo fenhor elRey D. Dinis, que
nolos alçaffe,& corregeffe,& el.fezenos muito bem,& muita merce,& alçou
noios, & corregenolos afi come contheudo em húa sa carta, que nos ende
deu. E por efte bem,& por eta merce que nos el fez,& por outro muito bem,
& merce que nos fez, & prometeo a fazer, partimonos das dez mil libras, &
quitamolhas, que nos feu padre deuia, as quaes de nòs facou empretadas,
quando nofo fenhor elRey Dom Dinis foi a Seulha. Ede todas as outras de
mandas,que contra clauiamos,& perdoamos a clRcy Dom Afonfo,&a nofo
fenhorºkey Dom Dinis,fe algüas coufas de nós ouucromata aqui. Efe al
| güa coufade nos leuarom contra nofo foro, outrofilho perdoamos. E pedi
moºlhis Por merce, que daqui adcante que nolo aguarde,&nom venha ់
- tra CliC.
- 3.18
tra cle. E outro fi lhe pedimos por merce, que nofos boös cotumes,que nos
cle, & os outros Reys outorgarom persàs cartas, que molos aguarde. Em te
ftemoynho da qual coufa cíta carta feclar fezemos do feelo do nofo Confe
lho. Feita a carta vinte & hum dia andado do mes de Outubro, Era MCCC.
XXVII. annor. · · - - - -

E SCR ITV R A XXIII.


Que he a Ordenação que elRey D.Dinis fez febre as honras, & cou
º

tos de que fe falou nos Capítulos 79. & 8o. do liuro 16. a qual
eftã no primeiro liuro das Inquiriçoês dette Rey da Beira,
& Alem Douroâs fol. 136. -

窯§§ Om Dinis pela graça de Deos Rey de Portugal, & do Algarue.


º ? A quantos eta carta virem faço fabet, que como a mim foífem
#}} feitos muitos queixumes por muitas vezes,per muitas, & defüi
$radas pefoas,queixandofe dos filhos dalgo,& de outros da minha
" terra, que fazião honras como nom deu ao Eufobredito fiz fazer
inquiriçoês de prazer dos filhos dalgo,& do Arcebipo, & dos Difpos, & dos
Abbades,& Priores da minha terra, conuem a faber, per Gonçalo Moreira, q
foi pelos filhos dalgo,& pelo Priol da Cotta, que foi pelas Ordjz & por :ே
mingos Paez de Braga, que foi pelo Poboo, a qual emquiriçom foi feita na
Era de mil & trezentos & vinte & oito annos, pela qual emquiriçom foraõ
deitados muitos logares em deuafio por fentença. E eu fofrendo todo aquel
lo que fora deitado em deuafio em quanto foffe minha merce a rogo dos fi
lhos dalgo, porque me prometerom, que defde ali em diante nom fariam ou
tras honras nouas,nem acrefcêtariam nas antigas. E foi a mim dito depois q
tambem filhos dalgo, come outros nom leixauão a fazer honras de nouo, &
acrefcentar nas velhas, cada hum como mais podia. E eu auendo confelho
com nos da minha Corte Inuiei allà Ioão Cefar, & depois loão Dominguis
dos Contos, que deitafem em deuafos as honras que achaffem que fefezerõ
; nouamente,&o que acrefcerom às velhas, & os logares que tragiam honra
dos como nom deuiaõ. E elles feitas as emquiriçoés,deitarom em deuafo as
honras que acharom feitas de nouo, & acrefcentadas às velhas, & os logares
que acharom etar honrados como nom deuiam. E eu teendo que nenhum
nom iria contra cíto, que os meus enqueredores faziam fem meu mandado,
fegundo o que myauião prometido,achei que como quer que os meus enque
§
redores deitafem em deuafo as coufas que acharom,que fedcuia a deuafar
fegundoomandado que leuauaõ,& en nascartás hera contheudo;que nom lci
xarom porem filhos dalgo,& Ordijs,& Igrejas,& outras algüas honras,todos
efes logares,que pelos fitos Ioão Cefar,Ioão Domingues meus enqueredo
resforom deitados em deuafios,& que honrauaõ ainda cada dia mais : : : :
ſ
como podia. E eu auendo fobre ifto confelho,com nos da minha Corte, com
v

º
nos filhos dalgo, & com nos Prelados da minha terra,etranhando taescou
fas,defeu confelho de todos enuieihy a Aparifo Gonfalues meu de criaçom
º
poi enqucrcdor,fobre feito das honrás que fizeromde nouo,ou acrefcétafom
-- - - -- - - IlaS

nas velhas de la enquiriçom que fez o Priol da Cota,& Gonçalo Moreira,&
Domingos Pacs,&fobre feito dos outros logares, que alguns trazião honra
dos como nom dcuiaõ. E outrofi fobre feito dos meus reguiêgos & cleveio
a mim com cífas cnquiriçoêsa Coimbra,& vioas a minha Corte com muitos
filhos dalgo que hy fiaõ, f. o Conde Dom Martim Gil, & Dom Pedrº Apes
Portcl, Afonfo Sanches,Dom Ioão Rodrigues,Dom Fernão Percs,Dom Ro
drigue Anes Redondo,& Martim Vaaíquez,& Vaafco Peixoto,que craó pe
los filhos dalgo,& com muitos Prelados, que hy fião de minha terra,& derão
fentenças by fegundo he contheudo em húa minha carta, da qual o thcora
talhe. Dom Dinis pela graça de Deos Rey de Portugal, & do Algarue. A
quantos efia carta virem faço faber, que como peça ha fofem a mim feitos
queixumes per muitas,& defuairadas pefoas,queixandofe dos filhos dalgo,&
do Arcebiipo,& dos Bifpos,& das Scés,& dos Abbadcs, & dos Priorcs, & de
muitos outros da minha terra, porque faziãa honras em muitas manciras, &
como nom deuião,de guita que muitos homens bons,& afinadamente osla
uradores herão apremiados per hy,querendofedelles feruir dos corpos,& dos
aueres per prema contra direito, & poufando com elles contra sà vontade,
hu nom auia morada dantigo,nem herdade,porque fefeguião muitos homi
zios, & muitas defauenças : : : : : filhos dalgo, & outros nas terras hufe
cto fazia; & filhando per tal prema a my muitos dos meus dereitos,& ema
lhcandome muitos dos meus regueengos,& vindo a my muitas querellas por
muitas vezes fobre efto em Guimaraês, & em Coimbra; & fazendo eu fobre
: : : : : per confelho do Arcebifpo, & dos Bifpos, & dos Ricos homens, &,
dos filhos dalgo, & dos Prelados da minha terra, etranhando de fe fazerem
as tacs coufas perfeu confentimento,& perfeu prazer delles, dey por enque
redores fobre todalàs coufas fobreditas a Gonçalo Moreira,que foi pelos fi
lhos dalgo, & o Priol da Cota pelas Ordijz, & Domingos Paes de Braga po
lo Poboo. E feita a enquiriçom por clles, & publicada depois geralmente em
minha Corte, forom deitados logares muitos em deuafo perfentença;&de
pois os Ricos homeès, & os filhos dalgo pediromme por merce, que como
quer eu perdefe por by muitos dos meus direitos,que me fofrefle em quanto
a my aproguefle daquello que fora julgado; & que elles des aly adiante nom
fariaõ honras,nem acrefcentariaõ nas antigas.E eu querendolhes fazer mer
cc otorguei : : : : : aprougucíle aa tanto, que elics nom fizcffem outras
honras, nem acrefcentafem nas antigas: & ora depois foi a my dito, que des
aquel tempoque lhis cu cíta merce fizera, que entom andaua a Era de mil &
trezentos&vinte oito annos, que alguns fizerom nouamente honras,&acref
centaron nas antigas, contra a merce que lhis cu fizcra,&contra a poftura à
lhis jà fora pota, & per clles ovtorgada, & a maneira que me dizem que as
fazem fom muitas,fegundo como fefegue;& as maneiras das honras,&dasou
tras coufas que fe : : : : : : vioas a minha Corte, conhecendo dellas com
muitos Prelados que hy forom,& com Ricos homeês,& com nos filhos dalgo,
& derom hy fentença fobre cada húa das coufas na maneira que fefegue.
__ Primciramente foi achado,que alguns metem nas honras fcus porteiros,&
feus Ouuidores, & defendem que nom entre hy o meu Porteiro, nem venha
eftar a direito pcr dante o Iuiz da terra,afiicomo hera vzado,&acoftumado;
a minha Corte julgando,mandou que tal coufa não fe fizefle, & que entre hy
o meu Porteiro alfi como antes foya;& que vaõ etar ao julgado do Huiz da
- ' terra.
-
319
terra. Item, o fegundo artigo he tal,que algüs fizem honras dos logares vi
de lhes parão algüarem por encemçoria, quer cm dinheiros,quer cm ab&fom
as herdades vnde hisfazem as encemçorias dos lauradores; a minha Corte
julgando, mandou que nom fejão honrados por tal razom, -

Item, o terceiro artigo he tal: que alguns fazem honras aliihú criam os fi
lhos dalgo, em cíta guita empararom o amo cm quanto he viuo; & des que os
amos fom mortos, emparom o logar, poendolhi nome paranho, & cm muitos
logares nom ſolamente aquel logar, mais quantos morāo arredor delles, per
que fica honrado pera fempre. A minha Corte julgando mãdou, que cíto nom
1e fezeffe,& que fc algum filho dalgo foi criado no deuafo, que cunom perca
porem nenbüa coufa do meu direito. E quanto he no meu herdamento fo
reiro,& no meu Reguengo, nom fe crijhy nenhum filho dalgo, nem fe defen
da nenhum per tal criança feita em tal herdamento. - -

Item, o quarto artigo he tal, que alguns compraõ, & gaanhaõ nos meus
hcrdamentos Reguengos , & fazem ende honras , & nom daö a my os mcus
foros, que ende cy dauer. A minha Corte julgando mandou,que cito fenom
faça. Efe alguma compra, ou gança foi feita em tacs herdamentos, que lhis
nom valha. - - - - -

Item, o quinto artigo he tal, que alguns tem honrados os cafacs, que teem
cmpretamos dos Moeteiros, & das Eigrejas, como fe foiem feus. A minha
Corte julgando mandou, que os que teucrem emprazados em sà vida, qu:
fejão honrados cm sà vida dos filhos dalgo, que : : : : : : & nom mais, &
os outros nom. . . - -

Item, o fexto artigo he tal, que alguns fizem honras dos herdamentos dos
lauradores, & honraõ cffes lauradores, porque os feruem de pam,& de carne,
come fe fevefem em sàs herdades, & leu aõ ende as luytofas, que fom minhas
de dercito, & de cotume;& dizem que por direito perco eu delles a vooz &
a coima,& o achaque,& a vida do mez,& a anuduua,& que nom deuem aa hir
comego em hote. A minha Corte julgando mandou, que vnde a my fazem,
& deuem fazer as fobreditas coufas, que perferuiço que façaõ ao filho dal
go, que eu nom perca por hyos meus direitos. -

| Item, o fcptimo artigo he tal, que alguns metem os feus filhos enas cafas
dos lauradores,& teêmos hyoito dias,ou quinze, & honraõ perhy o laurador,
& dizem que per alli fica o logar honrado: & por saa honra. A minha Corte
julgando mandou, que cíto nom valha, nem fe faça, cà he engano.
- 體 o ðitauo artigo he tal, que alguns Mocteiros, & Eigrejas, & outros
alguns tragem cafacs, & herdamentos, que forom de filhos dalgo, & que fom
fora das honras,& dos coutos em logares deuafios,& tragennos honrados co
mo quando eraõ dos filhos dalgo. À minha Corte julgando mandou,quecto
nom valha, nem fc faça, cà he torto conheçudo, pois nom jaz em honra,nem
em couto. - - - - - - º

Item,o nono artigo he tal, que alguns lauradores fe querem honrar,& hõ.
raõ, porque dizem que vcem de filhos dalgo, peroo que nom fazem vida de
filhos dalgo cm nenhüa guiza. A minha Certe julgando mandou, que cítes
taes nom tenhaõ honra de filhos dalgo dementre nom fazem vida de filhos
dalgo, filhando mcftrc dc çapateiro, ou de ferreiro, ou dalfaiate . ou de cc
reciro,ou outro metre femcauela efles, porque guarefca, ou laurando por
feu preço cm outro herdamento alhço em Šulsualssta- kಣ್ಣ
- - o ch і
* -
-
i.
do clem feu herdamento por pobreza que aja,nom perca honra de filho dal
go; fe afi huzarom com nos outros Reys dantes. -

ítcm o decimo artigo be tal, que algúns porque fomy3zinhos, & morado
res de algüas vilas de foro: tem honradoo todolos cafatės, & herdamentos
que ham nos outros julgados per razom daquelic forameuto dos vezinhos.A
minha Corte julgando mandou, que per razom defe foro nomfe defenda º
que ouuer alugaanhado, cu con prado, faluo fe cl for tal pcloa, que per
razom de fy dcua de fer feu herdamento honrado
Item, o vndccino artigo he tal, que alguns fazem cafas de moradas ora
de nouo, húnom deuerom, & fazem nas nos meus herdamentos foreiros, &
fazê ende honras perq os darredor deles fom detruidos.A minha Cortejul
gando mandou, quc A. nomfe faça,& que as cafas que fe fezcrom,&as hõ
nas depois do tempo da Era fobredita de mil trezentos & vinte oito annos.
1) a dita em quiriçom que fe desfaçaõ, pois as catas fom feitas nos meus
herdamentos Regucengos, & outro fy a dita minha Corte julgande mandou,
quc todalas honras que forom fitas de nouo, ou acrefccntadas nas vclhas, q
nom valhão, & que fejaõ todas cm deuafo : : : : da dita Era de mil trezen
tos & vinte oito annos. E della dita em quiriçom afi como de fufo dito he,&
outro y a dita minha Corte julgando mandou,que nenhum nom foile oufado
de vir Contra nenhüa das coufas que em efta carta fom contheudas;ncmem
bargue o meu Porteiro, nem o meu Moordomo, que nom entrem naquelles
logares lú ouucrem de entrar;& mandou ainda, que fe algum por feu ouza
mcnto quizetic, ou quizcr contra citas coufas, ou contra algüa dcllas viir, q
fe fofe homem filho dalgo, que lhy deitafem cm deuafo tanto do feu hcr
damento, quanto fe aqu le que el contra cto quizeffe honrar. E que fe fofe
Prclado, ou Abbade, ou Priol, ou outro homêe qualquer, que folicm deita
dos em Reenguo aquelles herdamentos de que quizcfem fazer honras. E ora
fobre efto emurcial à Apariço Gonçaluiz meu de criaçom, que faça comprir,
& goardar todalas coufas.& cada hüa dellas, que em eta carta fom conthéu
das, & man Jo aos mcus Meirinhos, & aàsjufti ças, & aos Taballiaès a cada
hvin em feus logares, & em feus julgados hú efto for, que fação todo aquello
que lhis o dito Apariço Gunçaluiz fobredito mandar, de guiza que pofaõ
fcer compridas, & guardadas todalas coufas, & cada húa dellas que em cíta
minha carta fom contheudas, fegundo os a minha Cortejulgou. E aquelles
que o afi fezeffem, eu lhis farei porem bem merce. E os que afsi nom feze
rem, os fcus corpos, & os feus aueres lho lazerarião, & eu lhis faria afsi co
me a aquelles que o nom comprem, nem guardão carta, & mandado de Rey,
& defenhor. Em tcftemunho defto dou cta carta ao dito Apariço Gonçal
uiz. Dante em Coimbra vinte dias de Outubro. ElRey o mandou persàa
Corte. Afonfo Reimondo a fez Era de mil trezentos & quarenta & feis an
nos. E entom emuiei allà com efa minha carta das fentenças o dito Apari
ço Gonçaluiz para fazer comprir,& guardar as ditas fentenças em cada hú
logar hú achafem que as ditas coufas fazião fegundo as a minha Corte jul
gou. E efe Apariço Gonçaluiz andando alló, fizerom alguns queixume,
qne fe etendia a mais que o que lhi eu mandara, & que deitaua, em deuafo
as honras, que heram de Vedro, dos filhos dalgo. E que pafou à carta das
fentenças que de my tragia. E eu por vcer fe paffaua o meu mandado, & as
fentcnças que craô conthcudas na carta, & fiz vir pcr ante my o dito Apa
- !, " : riço
336
rigo Gonçaluiz.'& as emquiriçoês que elle fobre feito das honras fizera, &
es fogares que delaffara, & porquc fazom; & fiz jurar aos Santos Euangc
lhos cºm mão do Arcebifpo, o Cutodio, & o Adayao de Braga, & Pedre Ete
uez Muniz,que cu dei por Vccdoacs defe feito, que elles com no dito Arce
bifpo viííetn todas cflas cmiquiriçoês, & deuaffaçoês, & todalas outras cou
fas, que fobre cffo o dito Apariço Gonçaluiz fezera. E fe achaffem que al
gūa coufa fezera quc nom deuia, que o corregeflem, & fizcffem cm mancira
...que cu ouuefe o meu direito, & os filhos dalgo o feu; &as Ordjz o feu, & o
Poboo o feu; & vcerom todas acordadamente, & difícrom que virom todas
as emquiriçoês, & deuaflaçoês, que o dito Apariço Gonçaluiz fizera, & o
que mandara fobre clo fazer, & differom que lhis parecia que fazia bem, &
com direito, & qua em nenhuma maneira nom craõ para aquello que el feze
ra aggrauados os filhos dalgo, nem as Ordijz. E mandarom com toda a
Corte, que affi fezeffe nos outros logares a que auia de hir, & fe alguns fo
rem em algúas coufas aggrauados, venhaõ pcr dante os ditos Ouuidores, &
lhis farei que lhis compram direito, & eu emuio allò o dito Apariço Gon :
çaluiz meu de criaçom, a poer em ctado aquelles logares que deufou, &
a fazellos manter afi como ele mandou; & outro fy por razom de outros
logares em que ainda dom emquerera. Porque mando a todolos Meirinhos,
& Iuízes, & luftiças, & Almoxarifes, & Tabaliaês das minhas terras,que cíta
carta virem, que façaõ todalas coufas, que lhis o dito Apariço Gonçaluz
fobre cfto mandar : : : : : : ; compridas, & guardadas toda las coufas, &
cada húa dellas, que nas ditas minhas cartas fam contheudas; & aos que alii
o fezerem, cu lhis farei porem bem, & merce, & aos que o afi nom fezerem,
os feus corpos lhis lazerarà, & os feus aueres verey cfcufaçom nenhüa. Em
tetemunho deto dei ende ao dito Apariço Gonçaluiz eta minha carta.
Dante em Santarem quinze dias de Feuereiro. ElRey o mandou persäa Cor
tc. Ioão
'mos. . . Dominguiza
v 、 「・・ 。
fezA Era. de mil & trezentos & quarenta & oito anº
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a Bullâ do Papa Niculao IV, em confirmação dos etudos
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*"gèrães de Lisboa, que fica traduzida no Cap. 82. do libro 16. "
. .. & foi tresladada do original, que età nagaueta fegunda
das Bullas na Torre do Tombo.

fcolaus Epifcopus,&c. Dile£iis filijs Vniuerßtati Magi/lrorum,& Scho;


j larium vlixbom.falutem, & Apoflolicam benediétionem. De/iatu Regni
Portugallia tanto ſolertius cogitamus, quanto maiori deſiderio duci
§£ mur, vt in Regno ipfo fubmotis quibufdam obftaculis diuini cultus ob
*******' /eruantia vigìt/àlubribus inteiidatür operibus, & fidei catholicae pu
ritai, adlaudem diuini nominis, & falutem fidelium in illo degentium inua!/£gt.
sane ad audientiam nofiram peruenit, quod procurante charißimo in chriffo/ilio
amo/lro D. Rege Portug. Rege illu/lri, cuiuslibet,
-
licitæ facultatis Audia in Vlixbom.
Hh b 2.
ciuitate
y/i::}om. fumt de nbuo mom ffre multa, & laudabili prouifione plantata, quorum Ma
gißris vt liberis poßint vacare ßudijs, & doctrinij à quibufdim Prselatis, //£.;ibus
çaffer.ie/is Ordinis, ac Prioribus Sanéti Auguflimi, ac Sancii Benedici, 0ra///um, &
Rcvioribus quarumdam fecularium Eccleffarum Regnorum Portigal, & Algarb. pro
z/;ju//i effè dicitur certu//i /alarium, & ftatutum. Nos autem di/ige/itius attenden.
tes, quod per huiufmodi ßudia cooperante illo, â quo bona cuncia procedunt in Regnis
ip'is Jiujus cultus augebitur, crefcet deuotio, & fidei 0rthodoxæ cultores informa
iionem fufcipient, virtutem decorabuntur infignijs, fibique thefauros f ientiæ vem. -

ajca/unt. Et idcirco ad augmentum, & corroborationeyn /ludiorum ipforum fe&i. itè


intendentes, deffderantes, quoque vt per Apo/lolici fauoris auxilium fludia ipfa fir
mis raduibus fulciantur, quod ſuper hoc facium eſt ratum, S gratum habemus, præ
fatum Regem rogantes: atientius, & hortantes vt Ciues Vlixbo//. do//ios vacantes ad
inhabitandum j holaribus /ub competenti praetio taxando à duobus clericis , & to
tidem laicis viris difcretis Catholicij, & iuratis communiter eleéiis à vobis, & ciui*
bus ipfis locare Regiapoteffate compellat, quoa(jue ballinos, offîciales, & miniflrales
fuos ciuitatis eiufdem perfonis, & rebus fcholârium, ac etiam nuntijs eorundem fe
curitatem, è immunitatem promittere faciet ſuper hoc ab eis prae/lito iuramento.
Statuimus præterea vt vntuer/ Magi/lri aćfu regęnte; in Cìuitate praedićfa prouen
tus præbendarum,& benéficiorum fuorum, etiamfi perfonatur, & dignitates?xiflant
quóìudianus deflributionibus, quæ his, qui diuinis interfunt offejs @$ignamtur, dum
Àaxat excepti, integre percipere valeant, & habere, Sancimus infuper, vt nulli Ma
giflri ac /. ho/ares, & /eruientes ipforum, / (quod abfit) contigerit'eos in quocumque,
7ma//icio depræhenai, ab aliquo tduco iudicentur, ve/ etiam puniamtur, nih forte audi
tio Eculejiae conaemmati relinquentur Curiae feculari.' Quodque fcholares in artibus,
& jure cammonico, ac Ciuili, ac Medicina, quos Magiffri reputabant idoneos, poſsint
per Vlixbon Epifcopum, qui pro temporefuerit, vell’lixbon Sede vacante, per Vica
fium ab Vlixbon. capitulo infpiritualibus conftitutum in /ludio licentiaripra,hâo.
Et quicumque Magiffer in ciuitate præfata per £pifcopum, vel Vicarium 7 praai,-
êiélos examinatus, & approbatus fuerit, im facultate # , Theologica dunta
xat excepta, vbique fine alia examinatione regendi liberam habeat poteffátem. Nulli
ergo hominum liceat hanc paginam no/lrae con/litutiouis infringeré, vel ei aufu te
/merario contra ire. Si quis autem hoc attemptare praefumpferit, indignationem om
mpotentis Dei, & Beatorum Petri,& Pauli Apoftolorumeus fe nouerit incurfurum.
Datum apud Vrbem Veterem 5. Idus Augufti Annö Domini 129o. Pontjficatàs noMri
4планетio. . .. . . . .. . . . .. . .. . . . . .. .. '* -

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32 I

ESCRIT V RA xxv.
Que he o treslado dos eftatutos, que elRey D.Dinis deu aos eftudos
da Vniucrfidade de Coimbra, ós quaesfe achará o no primeiro
liuro da Chancelaria delRey Dom Fernando ás fôl. 8.
(erue para o Cap.83. do liuro 16.
§ fomiffus Dei gratia Rex Portugal& Algarb. Vniuerfis chriffi fidelibus
§ /alutem, & frugem vitae felicii cum deiìtione fidei orthodoxæ.Regalem
狐罗
-*.
‫_ے‬.‫م‬
ဂ္ယီနီ aeget excellentiam inuigilare remedijs /ubaitorum,ac Regnum,& Regni
} babitatores magnificare virtutibus præmiorum , vt alum Rex, & popu
lus ei commiſſus in multiplicatis iſtitiæ frustilus/u/cipiunt incremen
tum, po/? humanæ vitæ tranffium ad æternam mereantur beatitudinem peruenire,
Quippe hæc Rex cultæ iußitiæ nufquam melius poterit ducere ad effeäum, qua/// /?
terrám, id eff, Regnum fibi commiffum faciat femiine multiplicibiliter feminari, vt fic
demum per illius gratiam, qui de mortificato femine plurimum fruétum affert, Reg
mum emiittat palmas iu/litiæ, & terra germimet fruäus fuos. /. viros eloquiorum do
£irina multipliciter in/gnitor, vr proinde veffræ eæ/e/7is gratiae viris litteratis ad
omne bonumi, quo operantibus Rex, & Regnum in foliditare iußitiæ/o/ia eatur. Sane
Regna noflra Portugal.& Algarb.pro/peximus fere omni bomo quod ad humanam com
diiionem pertinet cgmmunicata, /ecundum quem Regalem Maieflatem non folum ar
mis decoratam, fed legibus iu/litiæ, & æquitatis opórtet effe armatam, vt vtru onque
tempus & belli, ac pacis reéiè valeat # Cupientes Regna mo/lra virtutum
clejientia, & radijs corufcare ad decus, & gloriam altißimæ maioritatis, & glorio
fæ Virginis Matris Chrifli, nec non almi Mártyris Vincentj, & Sacro/anâ e Romanæ
Ecclefiæ, quæ cunélorum fidelium mater eff, & magiflra, ac vtilitatem publicam Re
gni no/lriim Ciuitate no/lra Colimbriemff, quam præelegimus in hac parte fundamus,
& plantamus irradicabiliter ftudium generale, volentes vt ibidem apud Religiofos
conuentus fratrum Prædicatorum, & Minorum in facra Pagina doceat, vt /i/iaes
catholica circumdata muro inexpugnabili bellatorum. Ibidem & Doâorem effe volu
mus in Decretis, ô Magi/lrum in Decretalibus, per quorum doéirinam vberrimam
ſ clerici noflri Regni infirui valeant qualiter ipfos oportéat in domo Domini conuerfari;
& qualiter & flatus ipforum, & Ecckfiarum falubriter gubernetur/ecumaìw Camo
nicas fanátiones. . . . . . .. . .
Præterea ad Repub. melius gubernandam, in praediäo noflro /ludio eße volumus in
Legibus Profeßorem, vt Reâiores,'& Iudices nojlri Regni confilio peritorum derimere
ualeant fubtilé,& arduas quaeffiones. . - - - - -

Præterea ordinamus in prædiéto no/lro fludio Magiflrum in Medicina in po/lerum


' habeatur, vt nunc, & infüturum/ubditorum noflrorum regantur corpora fùb debito
regiºnineſanitatiſ. . .. . . - * . . .. . . ----- -

Item in facultatiliis Dialeäicæ, & Grammaticæ ibidem Doílores eſſerolumus, &


ÀMagiftros, vt per alterum debitum fundamentum,& per : : : : : acütiorem reci:
piant intelleëtum, qui ad maiores /cientias defiderauerit peruenire. Quia verò gordi
7iobis ej? prædiäum moflrum fludiüm ampliari, ad quod éum effeífu ahre intendimus
operam efficarem; idcirco Vniuerfitatem no/ìri fuaj vniuerfos,& /ngulos ip/fus *ni
- * Hh h 3 uerſitatis
uerfitati, communimus priuilej* infrafcriptis. -

omnes itaque fludentes in noflro fludio, âc ad idem accedentes ex quo infra Regno
rum mo/lrorúm limites fuerimt cum perfonis,& rebus eorum,&familys ſub no/lra pro
teciione recipimus, /pedialiter præcipientes deffriáé omnibus Iudicibus, proceribus, &
a(js offícialibus Regni no/lri.vt præfatosfcholares,& res ipforum,nec mò feruientes ab
omni oppreßione illicita tueantur, quod/ contrarium fecerint, ſciant ſe po/lram inai.
gnatijjem abfque dubio incurfuro5, & præter pænam à nobi; tranſgreſſoriºus тро
jiemdam, reffifuturos damna, quæ indebitè illata fuerint fcholaribus fupradiciis. Sanè
quoniam/cholares in noflra ciuitate colimbriemff commorantes prærogatiga gaudere
áolumus /peciali,vtfub omni tranquilitate fludio liberius vacare valeat,& doéirinae
vniuerfù$ eiufdem ciuitatis ciuibüs cuiufcumque flatus fuerimt de/lriáé praecipimus,
& mandamu?, vt nullus eifdem fcholaribus, vel eorum/eruitoribus/eu mancipijs au
ſu temerario inferre praeſumant violentiam, velgrauamen. - -

Et fi fcholares qùi/quam voluerit conuenire ratione crimimis, vel contraäus, vel


alia quâcumque càufa, vel occafione adeat eorum iudices ordinarios. /Epifcopum, vel
eius Vicarium, /eu Magiftrum fcholarum, fi hoc mofcatur ad/uum offícium pertimere,
per hoc tamen legi dicenti, quod Magiflri in fuos fcholares ius dicere valeant non in
tendimus derogare,/edeum in fua#; perdurare volumus,noflro Alcaidi,& eius
muntjs diflriélè inhibendo, me quacumque occafione, vel caufa eofdem /cholares aa iu
dicia faecularia pertrahant violente, mi forte in homicidio, velvulnerum i//atione,
feu furto, vel rapina, aut mulierum raptu, velfaffæ mometæ fabricatione fuerint com
praehenff. 1m quihus ca/ìus,& fi aliâs præditus Aledide,& eius muntj diiiosfchola
Yes /agitio/es capere valeant, ipfos tamen taptos abfque difficultate aliqua ditius Al
caide quam cito poterit, & mom requifitus, Epifcopo,vel eius Vicario,aut Magiflrofcho
/arum, ff fua interef? reflituere teneatur, vt prædiélos Epjfcopum, vel eius Vicarium
animaduerone debita ca/ligentur. - - -- " -

Eifdem infuperfcholaribus duximus concedendum, vt Reéiores, & con/iliarios /ibi


creare valeant, Beaelum, ac offîciales alios, per quos flatus Vniuerfitatis in melius per
ducatur; & quod eadem Vniuerfitas habeat arçham communem, & figillum, necnon
quodpoßit perfe, vel per alios ordinare libere, & flatuere ea, quæ multiplicationem
ſtudij, SF ſtudentium vtilitatem, Stranquilitatem reſpicere dignoſtitur. , -

Præterea : : : : : : audiuimus fiae digno, quod in nonnullis locis vbi eff exer
citium ffudiorum per babitatores eorumdem locorùm diffîcultates non minimæ im con
ducendis domibus in congruum immoderatum felarium,velprætium locationis nomi
me à fcholaribus exigendo.fed quia eorum eff/pecialiter intérendum qui amore fcien
-tie faċli exule; dediuitibus påuperes/emetiffos eximaniunt,ideo/pécialem quorumdī
locorum laudabilem con/uetudinem ad hoc ipfum/ludium prorogantes, prouidimus re
gali nrdinatione in perpetuum valitura,vt duo proceres mo/lricolimbrien/is concilij,Č5
duo feholares eit/aem } niuer/itatis idonei annis fingulis eligantur,aequorum commu
ni confenfu, vel maioris partis eorumaem ho/pitia taxentur fideliter, ac iu//è; itaque
in taxationibus faciendis nulla exceptio perfónarum penitus habeatur,/edadhocexe
quendum /egaliterfciant prædiiii táxatóres ex virtúte mana'ati Regij/e teneri,quod
fi inter domorum dominos,& ipfos fcholares fuper domibus locandis, ac prætio locatio
mis plena concordia interuenerit, tunc abfqué ipfis taxatoribus poßit libere expediri,
vt quod inter partes conuenerit inuiolabiliter obferuetur. Volenfibus infuperfcholari
£u£fupradicij gratiam facere ampliorem, ediéis perpetuoprohibemgs,vt fcholares non
' poßint ejjei; /eu expelli de domibùs in quibus nünä morántur, vel moxâbuntur & in
futurum, dara tamen cum dominis hoffitiorum defalario Poterint concordare, vel/?
… - * - " -- Juper
3 22

/uper hec non poterint cum dominis conuenire/altem iuxta taxatio nem á/pradiális
tjxatoribus moderandum retinere voluerint domos conguetas ab jfdem tempore re
troa&io, & a(iter de dictis domibus fcholares praedicii nonpo/sint expelli, niff easper/o-
maliter morari voluerint domini earundem, aut eas vendêre voluerint,aut filio; ſeu ſi
liae, vel alicui de eius linea decendenti matrimomium dare.
Caeterum vt diéti/cholares tanto maioribus proficiant incrementis,quanto à no/ira
regali c/e//ientia priuilegiorum prærogatiua/e/enferintperdotari ad memoriam mu
meris /pecialis eiu/aem duximus perpetuum concedendiim,vt in no/lra cancellaria mi.
hil ab eis pro priuilegijs Vniuer/tatis,/eu alijs libertatibus nunc : : : : : : (gi//i,
: : : : : : : /eu/cripturæ, vel quacumque alia cau/a, /eu occafione petatur, feù exi
gatur à noflro Cancellario, qui mùmc eff, velpro tempore fuerit, vel ºfaljs officialibus
qui per nos, vel diäum Cancellarium ad cancellariæ miniflerium aeputentur Porrò
7iouimus expedire vt ij/dem no/lris /cholaribus vagamai materiam amputantes eifdem
quietem ftudendi omnimodam praparemus, quoa cura exequimur vigilanti, dum ab
èns negotiorum faecularium, & /trepitus militaris, mec non mundanæ delecfationis ap.
petitum vt poffumus amouemus; proinde volumus, ac mandamus no/lris comilitoni
Âus,eorum armigeris,& rapaucibus, nec non vniuerfis foldareiris Regni no/lri & om
mibus inftitutoribus,atque mimis,vt deinceps ad domoj fcholarium,vel doétorum cau.
fa ibidem ho/pitandi,vel comeaendi non audeant declimare;infuper prohibentes mimis,
& ſoldadeiris ſupradictis, ne à ;Jeho/aribus a/iquia præfumant petere, vel
aliis colore quajro exigere aéJ/dem,quod 4 contra noßraf/eremitatis veriium à quo
cumque fuerit contrarium attentatum, noflræ prohibitionis tran/greffores taliter7mu
aucmius, quod eorum pæna erit cæteris in exemplum. - -

* Hoc quoque priuilegij capitulum fingulis ammis in ciuitate colimbriemff per præco
nem publicum volumus,& mandamus tempore debito publicari,ne aliqui pér ignoran
tramife audeant excufare. Verum eifdemfcholaribuí duximus concédendum, vt ad
mo/lrum ßudium poßint, & de ipfo perterram, velaquam libere recedere, vel venire
cum fuis equitaturis, /ibris, familijs,& fupelleélilibus, ita quod in quacumque parte
Regnorum noftrorum, primifque occafionibus, nihil ab eis homine pedagjj txatiionis
-cuiuslibet exigatur, vel etiam requiratur, & qui contra venerit, præter damna, &
expenfas, duplum reflituere eompelletur. *' -

'Hoc fanè priuilegij capitulum volumius per no/lras patentes litteras intimari vmi
iierforum locorum Regni hoflri Pedagiaris exaéìoribu$,feu & pub/icanis, mamdamtes
'infuper noflris Aluafflibus decólimbria, vtfupra rebus fupraditiis prædiéioy fcholares
quo valuerint tram/portandis concedant ejfém feffimoniales litteras, cum fuerint re:
quifti,, non petatur, vel recipiatur aliquid à fcholaribusfupradiétis pro huiu ?nodi
1itteris./ei figillis,/ed ijfdem abfque diffîcultate qualibet eoncedantur. '* ;
<.; Poflremô lupientes noflrum fludium abundare in omni bono, & fertilitate,quae no
bis à diuina i/ementia funt collata, & etiami comiferenda in fauorem fcho/arium ordi
?mamus, & flatuimus, & mandamus, vt de vniuerfis partibus Regni noftri ad hoc no
flrum fludium poßint quæcumque viéiualia libere deportari, non ob/lante quacumq;
conſuetudine, ſtatuto, edito, veledendo, vel quolibetpriuilegio conceſſo, vel conceden
do ciuitatibus, Caflris vel Mumicipijs,feu locis alijs quibufcumque quæ de hoc indu/.
to plenam, & exprejam mom faciünt memtionem. Nouißimè, quod nihil aétum etiam
' créaimus pro vtilitate noflri fluaj, & ffudentiâ in eodem dum aliquid fupere/7 agen
dum, volumus duos probos viros affumi de mo/lra ciuitate colimbrienfi, quipro hono
re, & commodo fudi, & fludentium follicite vigilantes praere quirant, & nora Se
remitati referant, quæ ip/i /ludio,& flualentibu$ viderint opportuna,ac
* . . . . h 4
ºrkಣ್ಣ -

r?
friffudij, & fingularium de eadem immunitates, priuilegia, ac etiam libertates flu
dcantjîdeliter conferuare,/ícut fe dignißima ratione Com/eruatores vulgariter appel
lantur. In cuius rei teftimonium præfems priuilegium prædiëie Vniuerfitati concef$i-
mus/gillinoflri munimine roboratum. Datum Vlixbonae 15. die Februarij Rege man
dante Alfonſus Andreas notauit Era I 347.

E S C R ITV R A X X V Í.

Que he a carta de inftituição da primeira cadeira de Theologia pé


lo Infante Dom Henrique,tirada do cartorio da Mefa da Con
fciencia,a qual anda na 3 parte das efcrituras da Ordem
de Chrifto fol. 38. Serue para o Cap. 83.
do liuro 16. -

V o Infante Dom Henrique Regedor, & Gouernador da Ordem


da caualeria do Metrado de nofo Senhor Icfu Chrifto, Duque
de Vifeu, & fenhor de Couilhãa, faço faber aos que cíta minha
###
ഠ് cartafazerem
dos virem, que efguardando
feruiço a Deos, eu
& como todolos
efte deue homenso faõ
fer fempre theu
feu prin
cipal cuidºdo, porque por cllegaaçom gloria eternal, que he o galardom de
todolos trabalhos, & bens que o homem nefte mundo faz. E empero que de
todolos chriftãos a cllo fejão thcudos, os que fom de Religião o deuem fer
muito mais. Por ende eu mando,& ordeno, rogo,& cncomeñdo atodolos Me
ftres, & gouernadores, que defpois de mim a cíta Ordem de Chrifto vecrem
que por a primeira renda dos dizimos, que a dita Ordem ha na minha Ilha
da Madeira para fempre em cada hum anno por dia do Natal mandem dar,
& dem ao Lente da Theologia da cadeira de Prima do cítudo da Cidade de
Lisboa doze marcos de prata, polos quaes os Lentes que a dita cadeira tcue
rem hão de fazer etas coufas a fufo cfcritas. Primeiramente farom o princi
pio do efludo. E ante que a clle entrem, defpois que efteuerem na cadeira,le
ra altamcntc,que o oução os que arrcdor cíteuerem,a carta que cu dci ao di
to etudo da paga defes doze marcos de prata. E ella lida alta voz,que pede
a todos que diga cada hum o Pater noter, & Aue Maria polla minha alma,
& dos da Ordem, & dos porque theudo fou rogar. E a oraçom dita, faça feu
principio. E cfto feia feito afiicm minha vida, Cómo defpois de minha morte
por fempic. Outrofi ferà thcudo por dia de Natal de pregar a pregaçom no
mofteiro das Freiras do Saluador fegundo he coftume.E ante que acompece.
alta voz dirà aa gente que lhes pede,que digaõ cada hum por minha alma, &
dos da dita Ordem, & daquelles porque affitheudo fou rogar, como dito he.
o Pater noter, & Aue Maria,por o eu,& a dita Ordem contentarmos por lhe
dizer aquclla pregação. E eto afi pera fempre. E tambem ferà thcudo ir à
Santa Maria da Graça, que he no moteiro de Santo Agoftinho da dita Cida
de por dia de Santa Maria da Annunciaçom, que he a vinte & finco dias de
Março, &hidira Mifa cantada,& pregagom.E cm efte dia deuem ir (cmpre
em cada hum anno com elle os Rectores,Confelheiros,Lentes, & todolos ou
tros cfcolates do dito cttudoemfuaardenanga,fegundo coítume,ao dito mo
;: - ftciro
323
feiro por encomendar minha alma a Deos, em remembrança da doaçom q
lhe fiz das cafas em que eliào dito etudo. E o dito Lente da Theologia ante
que com Pece a Mitla, fe vºlucrà pera a gente encomendandomeafs á Deos
pela guita fufo dita, notificandolhe como hc contente permy, & a Ordem
Por aquela Miffi, & Pregaçom ali dizer. Erogo, & encomendo aos ditos
Myftres,& gouernadores Ja dita Ordem, que defôois de my yeercm, que cm
galardom do bem, & acreícentamento que em ela fiz,lhes praza auetém por
bem de mandarem eto afi comprír, como aqui he contheudo. E por certi
daõ de cíta fºr minha vontade, mandei fazer eta carta afsinada permy, &
ícliada do fello de minhas armas. À qual mandei poer na torre do cartório
do Conuento da minha Villa de Thomar. Feita em a minha Villa de Villa
do Infantº xxii.dias de Setembro. Ioão de Moraes a fez. Anno do Nacimcn
tº de nofº Senhor Iefu Chrifto de mil quatrocentos & feifenta. Eta prata
feja pagada cm prata. - -

- I -

ESCRIT vR A xxv II.º

Que he hña compofigo feita ‫م‬or ordem delRey Dom Dinis com os
fidalgos de Mafcarenhas, que età na Torre do Tombo no pri
‫يع‬ - meiro liuro dete Rey às fol. 174. Serue para
o Cap. 1. doliuro 17.
- - ' ' " :: “... ', ; ) , , ". . .. " -- * : . . . .

à Om Dinis pela graça de Deos Rey de Portugal, & do Algarue.


##\\? A quantos eta carta virem faço alfaber, que eu em fembra cõ a
#2|#}} Rainha Dona Helifabel & com Dona Cotança inha filha dou, &
¿á3 outorgo por firme,k por etauel para todo fempre eta compofi
çom,afsicomo era conteudo em hum efiromento que eu vi, que
talcra. E M. CCC. XXVIII.annos, xxvij diss de Iulho. Confiofcam quin
tos eflectromento virem,como fobre contenda que foffe antre o muito Alto,
& mui nobre fenhor Dom Denis pela graça de Deos Rey de Portugal, & do
Algaruc, per Miguel Domingués feu濫醬 Mirandela da hüa parte,
&Ãfonfo Lourenço caualeiro de Mafjarenhas, & Orraca Anes sá molher,
& Afonfo Ermigz, & sa molher Maria Peles, & Orraca Garcia, madre d6
«dito Afonfo Rogrigues,& Pero Fernãdis,& sá molher Sancha Peres,& Afon.
13 Mccndiz, & så ñolher Tareja Peres daputra parte (obre huns herdamen
...tos, que foim en termo de Mirandelá, conucm à faber, Mafcarenhas,& Para
¿í¿¡á¡ßVal doseaforcados, que orghe chapado Valboö, & Lama do caua
lo, os quaes herdamentos demandaua q dauán dito fenhor aos ditos filhos
dalgo. Aprazimentos dos diios filhos dalgo perfy, & persás procuraçoes .
auondofas aqucllcs que hy nom cram logo Afonfo Rodrigues prefente com
Ahüa procuraçom aúondoía feita permaõ de Fernão Lopiz Tabeliom de Bra
gança, na qual procuraçom o fazião feu procurador auondofo. Maria Percs
ssa molher,T& Orraca Garcia sà madre do dito Afonfo Rodrigues fobrc efta
compofiçom, & prefente o dito Afonfo Meendiz com huma procuraçom
auondofa desà molher Tareja Peres (obrecta compofiçom, feita por maão
de Lourenço Migucez Tabeliom de Bragança, & pretente Afonfo Ermigiz
- - - - - * COIM
| -

*. ..i
com huma procuraçom desà irmãa Sancha Percs auondofa fobrc cfta com
pofiçom, feita pcr mao de Ioannc Ancs Tabeliom dc Mirandela,& os outros
todos per pcfoas, & I refente o dito pobrador auccromfe cm cfta maneira,
conucin a fabcr, quc ño(lo fenhor ciRcy aja a meyadade da Aldea de Lamas
de caualo, & os ditos filhos dalgo a outra meyadade; & a meyadade de Val
dos cnforcados feer de nofo fenhor elRey, & a outra meyadade dos outros
filhos dalgo;& a meyadadc da Aldea de Paradela fecr de noffo fenhor clRey,
&a outra mcyadade dos ditos filhos dalgo; & a Aldea de Mafcarenhas ficar
por fua exenta dos ditos filhos dalgo para todofempre pelos marcos,& pelas
diuifoês que aqui fom cfcritas, logo primeiramente perufcc hum marco àa
Portclla de barrenha carrcira daluitcrs, & ende pelo lombo a feíto como fe
vay ao outro marco, quc fecacima das ferrarias, & des y aos marcos,que fce
acima de Monlho feco como parte conas muyras, & des y como fe vay ao
marco de Morouco da cabeça de fobrelas couas, como parte con o Val do
Couffo, & des y como fe vay pelo lombo a peroõa naualho da Eyra como
vay ferir no marco, que fee na cabeça entre o Val de Gondenha, & o Moyõ
fcco, & vem ferir cn o outro marco, que fee na carreira, que vem de Val de
padres para Mafcarenhas ao Mormoyrar, que chamão de Dona Tareja,& des
y pelo lombo aperoô as agoas vertentes como parte com Gariuanhes, & vem
ferir ao marco, que fec no prado das penas antre Mafcarenhas,& Gariuanhes,
& coino parte, & vay ferir ao marco, quc fcc no Valdonyò carrcira danamo
res como parte com Goncijns, & des y como vay aos marcos de cima dolõ
bo antre o Val de Liccira com Valdonyõ, & como vay pelo lombo a feto
aguas vertentes, & vai ferir ao marco que fee na cabeça de cima de Val de
Conca, & como vayferir en o marco que fecna cabeça de cima do terrcõ, q
foy de Diago Rodrigues, & como vayao dutro marco, que fce aa Sardycira,
carreira que vem de Goncijns para Mafcarenhas, & desy ao marco, que fce
cn a cabeça antre o Val dos enforcados, & a carreira que vem de Mirandela
para Mafcarenhas, & desyao marco que fee na cabeça da fraga da fonte do
Val de frcyxo, & des y ao marco que fcc na carreira veente aas Poufadas, &
des y como parte com Paradela pelo Lombo a feto aguas veertentes co
'mo fe vay ao marco,que fcc entre p Val de Feixco, & Paradela, & como vay !
ferir ao marco entrando a Valde feixco, & atraucffa o valle, & vem ferir a
pedra da Cruz, & desy como fe vay ferir ao marco, que fce no lombo em di
reito da cabcçº do ca器 des y polo lombo Agoas vcertentes,& vem fe
rir na cabeça do cabrito, & des y ao marco que fee na carreira que vay de
Paradela para Mafcarenhas, & des y como fe vay pelo lombo, & vai ferir cm
o marco que fce na dita Portcla de Barenha. E os ditos filhos dalgo & o Po
brador outorgaraõ, & outorgáo o compromiíTo que fobre ifto foi feito antre
o dito pobrador, & o dito Afonfo Lourenço dante Afonfo Rodrigues procu
rador de nofo fenhor elRey, o qual compromifo foy feito per mão de Fer- 5
nam Peres Tabeliom de Braga. Efe pela ventuyra fé algüa pobra fe pode fa
zer nos termhos das ditas Aldeyas, & de Lama de cauãlo, & de Paradcla, &
de Val dos enforcados, que hora he chamado Val bom}, & fc fy mais gente
meter nas ditas Aldeyas, ou em cada huma dellas auerem ende os ditos filhos
dalgo a meyadade,& o nofo fenhor clRey a outra meyadade. Em reftemõyo
dcfta coufa eu Bertolameu Andres publico Tabeliom de moffo fenhor clRey !
' na villa de Mirandella a rogo,& amandado dos ditos procuradores cftceftró
mento
3.24
mento cominha mão propria efereui, & meu final hy pugi, que he tal em té
ſtem öyo de verdade; teftemunhas Ioanne Anes Tabelion de Mirandela, &
kymijo Garcia cícu3eiro de Mafcarenhas, Ioão Lourcnço, Pero Lourenço,
Martim Gonfalues, Pero Fernandes, Guilhelme Ancs de Cìrualkacs,& CU I TOS:
E ºu fobreditoRey em tetemõyo deta coufa mandei fazer duas catas fecla.
das do Fucu (celo do chumbo, huma que teueflem os dauan ditos filhos dalgo;
& ºu outrá. Pºr em L'$boaxxiilj dias de Iulho. ERºy o mandou, Duram
Percs a fiz E. M. CCC. XXVIII - - -

ES C R IT V R A X XV III.

Que he a ley que prohibe ás Religicês, & mais Ecclefiafticos herdas


rem bens de raiz, lançada no liüro antiguo das leis ás fol. 1o.
& no 2. del Rey Dom Dinis fol.7 Sërue para o Cap.7.
do liuro 17. -

> Om Dinis pela graça de Dcos Rey de Portugal, & do Algarue. A


##\; quantos cíta carta virem faço a fabcr, que na Cidade de Coimbra
#####defafete dias andados do mes de Março na Era de mil trezentos &
####" vinte & noue annos o Infante Dom Afonfo meu irmão, & Dom
Nuno Gonfaluis,& Ricos homens, & filhos dalgo & outras gentes
de meu Reyno feme queixarão dizendo, que effes filhos digo & outras gen
tes fom minguadas muito, & pobres, & exerdadas das polffoês,& das heram
ças de sàs auoengas, & nom podem viuer em meu Reyno, nem feruir a mim
taõ bem, nem tão honradamente como feruirom os filhos dalgo, & as outras
gentes que forom ante cllcs os outros Reys quc forom ante mim, per razom
que dizem, que quando feus filhos, & sàs filhas entrão nas Ordijs, &hy mor
rem profeffos, que as Ordjs vem aos bens, & aas heranças perfucccffom de
feus padres,& de sàs madres,& per cíta razom faê das auoengas,& das linhas
onde defcendem, & emalheae por todo empre. E pedirommi por merce,
que eufobre tal coufa onde fe tanto perigo poderia feguir, que o Reyno nom
aucria liidimos dcfcnfores,quando lhi meter foffe, com mingua de auer, que
cu pufefle tal potura, & tal lei, qual fevfa em muitas terras: conuem a fabcr,
que as Ordjs a morte de feus profetos nom voem aos bens, nem as heran
ças defeus profeffos quando morrem. E eu fobre eta coufa com outorga
mento dos Ricos homens, & de outros muitos homens boõs de minha terra
auhudo com Dom M.meu Alferes, & inha Corte, & com outros muitosho
rncns boõs, achei que mi pcdião coufa guyfada, fabcndo por verdade, que as
Ordijs auiaõ a maior parte de mcu Reyno; & porem confiderando prol de
meus filhos dalgo, & das outras inhas gentes, que am a defender o Reyno, &
confiderando ainda que o Reyno podeffe fermelhor defefo,& melhor empa
rado, fe pela ventura lhi acaeccffe guerra de Mouros, ou de outras gentes, &
confiderando que as Ordjs de meu Reyno fom muiricas,& muito auondadas
afi em herdamentos, & em poffoês, come em outros aueres, de guita que
podem mui bem feruir a Deos. Porem ponho, & faço tal lei, & tal contitui
çom em meu Reyno para todo fempre, que fe filhos dalgo,ou outras gen º:
- - - - quc
qucr homens, quer molheres de meu Reyno entrarem em Ordijs, que a morte
dellcs as Ordis nom vcnhão a sàs fucccffoès quante nos hcrdamcntos,& nas
poísifoês. Nem nos pofaõ vender, nem dar, nem alhear, nem em outra ma
neira fazer delles couia que fefaça engano per que os hajão as Ordijs. Mais
fe alguns detes algüa coufa quizerem dar por sà alma, vendão o terço de
feus herdamentos,& pofifoês,& as duas partes fiquem a fcus herccos,& ven
dão o terço a tacs pcfloas, que nom fejão frades, nem freires, nem donas de
Ordim; & os que nom ouucrem herceos lidimos, ordinhem, & fação deftcs
herdamentos, & pofsifoês aquello,que por bem tcuerem, cm tal gufa, & cm
tal mancira, que poys nom fiquem cffes herdamentos às Ordjs. Porque man
do a todalas jufliças do mcu Rcyno, quc fação cfta inha lci, & conflitiçom
tcer, & comprir, & aguardar. E mando, & defendo,que nenhum homem,ncm
mulher nom feja ouſado de vijr contra efta inha lei,& conftituig om, cà aquel
que o prouaffe, faria cu contra elle afsi como manda o direito, que Rey, & fe
nhor deue a fazer contra aqucl que vem contra sà lei, & sà conflituiçom, &
feu mandado,& contra honra,& prol de comodidade de feu Reyno.E mando
a todolos Taballoês de meu Reyno, que cada hum regiftre cíta inha carta em
fus liuros. Dante em Coimbra xxj dia de Março. ElRey o mandou persà
Corte. Lourenço Eftcuces a fez. E. M. CCC. XXIX.

Esc R 1 T v R A x x I x. '
Que he a doação das rendas Ecclefiaticas dá Villa de Ourem pela
Rainha Dona Thereja filha delRey Dom Afonfo Henriques,
ao mofteiro de Santa Cruz de Coimbra, conferuada no
‫زه‬ liuro 1 3. das efcrituras antigas do fêu cartorio.
Serue para o Cap. 13. do liuro 17.
N nomine Sanélæ, & indiuiduæ Trinitatis Patris, & Filij,& Spiri
tus Sanéíi, & eius mifericordia Amen. Quoniam Regum eff, necnon
etiam cuiufque viri ingenuitatis titulo decorati de proprijs poffeßioni •
bus propriam expellere voluntatem : idcirco ego Tarafia Regina, filia
- Regis Portugalis Domni Affonff, & vxoris eius Reginæ Dommæ Ma
tude Comitis Amedei de Moriana filiæ. confiderams obitum meum, & diem diflriéli
iuditj quando retribuet vmicuique fecundum quod geßit in hac vita, fiue bonum,fiue
ma/um, attendens nihilominus illud quod à Domino in Euangelio diílum eſt: Facite
.vobis amicosdc Mamona iniquitatis,vt cum defeccritis,recipiant vos in gter
na tabernacula. Et illud Apo/loli Pauli: Opcramini bonum ad omnes, maximè
' autem ad domcfticos fidci. Et quod Salomon ait : Fili fi habes bene fac tecum,
, & Domino bonas oblationes óffcr,quia omnc opus cleétum iuftificabitur
qui operatur illud iuftificabitur in illo. Placuit mihi facere te/lamentum,& car
tam firmitudinis Deo,& Colimbrienfi monaflerio Sanéíæ crucis,vobis videlicet Dom
mo Ioanni eiufdem Eccleffae tertio Priori, veflrifquefuccefforibus, & fratribus in
eodem monaflerio commorantibus, & regularem vjfam proféffis in perpetüum: de Ec
elefa/lico de Ourem, qui prius Abdegas vocabatur, qui locu$ eft in termino Leirenæ,
quem pater meus dedit mihi hæreditário iure impropriam poffeßionem,/ic & Leirenâ,
-
- - - - - vt poſ
5
vt poßiderem illum litere/îcut ήρ/e vnquam meliuspoßidebat,& facerem ex eo quid.
qua mihi relius p/acuJíet. Feci itaque in loco illo caflellum de nouo. Et quia Prigr,
& Canonici Sanctæ Crucis femper i/ide decimias perceperant,ſaut $ de Leirena, pla -
cuit zihi dare totum ius, & dominium Eccleffarum i//ius oppidi Domino, & %oma
flerio Sanéte Crucis illita/cilicet ius, quod Epjfcopus indé éxigeret, fi eas in dom;ijo
fuo haberet. Domo itaque, atque concédo totum # ius, & áóminim illius Caflelli,
ficut fupradictum e/, i)omino, & colimbrienfi Monafferio sanctæ crucis, quod ædifT
çauit Pater meus, & meum,& fratrum meorum proprium effe dignofcitur, ig4gg &
mater mea iacet tumulata, & pater meus fimiliter ibi /fatuit tumulari: vt illud/m-
per integrum habeant, & medio illis auferre præ/umat, nec iniuriam aliquam /?er
Eum inferre. Hoc autem facio cumi confenfü, & con/ìlio, & authoritate Patris mei, vt
ip/î Canonici memores huius mei beneficij, nec non & Patris mei, qui illud ius prius
illis conceßit, & modo concedit,non ceffent die, ac noíie orare pro nóbis,& multiplices
pro qobis Deo preces effúndere,&pro ánima ffiatris meæ, quátenus in præfenti /***.
Io gloriam, & honorem, & in futuro/écülo vitam æternam mo/is bominus donare
dignetur. Sicque igitur Eccleffaffica, fecularifve per/ona /ciens huius meite/iamenti
páginam confra eám venire, vel in áliquo imminuêre, fiue perturbare præfúgf/eri/,
ſecundo, tertioue commota, ſi non congrua ſatisfactione emendauerit, ſi maledici, º
a Domino Deo aliuifa, atque in èxtremo examine diuine vllioniſubiaceat; & in/w-
per componat vobis, fiuejuccefforibus veflris ducentos/olidos bonæ monetæ, & Regia
poteflaii aliud tantum. Et quamtuh damnum vobis incufferit quadrupliciter cogipo
ziat, & cùm Juda Domini traditore in infernum perpetuò ardeât. Et % fuerit deno
fira parentela, malediäionem noflram, & omnium auorum fuorum habeat. Et hoc
meum faäumfemper plenum robur obtineat, cunéiis autem hoc meum faélum/eruan
iibus fit pax Domini no/lri Iefu Chrifli, quatenus & hic fruéìum bonæ operationis
percipiant, & apud diſtričium iudicém præmia ætermæ fælicitatis inueniant. Amen,
Amen, Amen. Faéia huius firmißimi iejlamenti carta menfe Mayo E.M.cc.XXI.Eg?
Alfonfus Portugalenfium Rex, qui hanc cartam teflamenti,& firmitudinis facere tu/-
/i, coram idoneis teflibus roborâ, & hoc fignü facio; & egoJupraditia Tarafa Regina,
quæ hanc cartam te/lamenti,& firmitudinis facere iußi coràm idoneis teflibus roboro;
& hoc /ignum propria manufacio. Quipræfentes fuerunt, viderunt,& audierunt.
. ‫ا‬

-- - - | アーリー - - -

-. - i |REG_*TINA
G | A L .. I -
Rex 스: Lex
‫خاص‬

Pelafcus Fernandis Regiæ curia Maior. Égo Godinus Bracharen. Αrchiφίβοpus,


domus. Ego Fernandus Portug. Epjfcopus.
Petrus Affomff. Ego Godinus Lamecem. Epifcopus. ,”

Alfonfus Alfon#. - Ego Ioannes Wiſemſ's Epifcopus. -

Petru$ Roderici caflelamus. Ego Martinus colimbr. Epifcopu*


Suarius Egèe. A. te/lis. Ioannes tefli*. A.ernand.
Fernandus Gom/alui, teflis.
Fernandus Veias, Martimus Caluus not.
{ii ESCRI
· EscRITvR A xxx º
Que he a carta da dotação,& contituiçoés do Real molteiro de ofi
uellas por elRey D. Dinis (eu Fundador, conferuada nos cartorios
deta cafa,& no de Alcobaça, & na Torre do Tombo lib 22.
º da Eftremadura fol. 17o.Serue para o cap. 22. do liu. 1 ろ
**$ N Dei Dei nomine Amen. Nouerint vniuer/ quod nos 7. diuina mife
§í ratione Epjfcopus Vlixbonenfis attendentes, quòd cura,& folicitudo in
è cum bentis nobis offcj quadam veluti confcientiæ meceßitate cogente
§ vehementer mentem no/lram debent inducere,& hortari,vt ea quæ Dei
funt, & aa augmentum diuimi cultusprae- ipuè refpiciumt intentis /lu
djs, & promptis operibus exequamur, & ea quantum ex alto prouenit effettui debito
miamaipémus; idcirco cum magnificus Princeps Dominus Dionyfius Dei gratia Portu
galiæ, & Algarbj Rex Illuftris aciem fuæ confiderationis habens femper ad Dominü,
- Cui catholi, èfe deuouit, cuius & Eccleffam digno femper honore pro/equitur ad hono
-

rem Dei,& Beatif$imæ Virginis Matris fuae,& omnium San&iorü,& /pecialiter bea
Dionyj, čij Bernaldi pro animabus /uorumparentum,& fuccefforum,& in /i/o-
Ă0ሥl////

rum remißionem peccatorum notafferium Do/ni/iarum 0rdinis cifler.ienfis in fumdo


ſuo, qui vuſgariterdie itur 0diuellas nofire Diocef in diffrito, feu termino ciuitatis
, /ix?o//em ff de mouo conffruere, fundare, inffitttere, erigere, & ordinare, ac primariú
/ praem ponere difpofuerit; ac etiam cum San£ii Patrej prouidè decreverunt Eccleffas,
G Monă,?eria minimè debere con#rui, ni#/ufficienti àote primìtus aßignata, /uffî
cienter ipfum monaflerium propofuerit dotari, ideoque petierit à nobis cum inflantia,
vt ei/uper hoc curaremus noßram autoritatem, & aßenfum, ac licentiam impertiri,
& mhilominus ipfum Monoffertum folius Dei intuitu, & ad maiorem loci tuitionem
6 iurifdi&ione nóflra, & Vlixbonenfis Eccleffae exemptum con/litueremus, & redaé
remus omnino, vt per exemptionem huiufmodiperuerforum connatus,& imfultus im
probi,qui diuina fatagunt opera impedire poffent facilius refrenari; nos diligenter con
jideraíte, quod idem ordo diuinitüs inftitutus inter cæteras facras Religiones Deo,&
Beatl/imae /uae Matri deuotas clareat deuotione conpicua, perfomas vtriu/que /exus
beatae vite producens, & cultorej fidei orthodoxae confiderando, & tamlaudabile
propofitum, ac tam faniiam, & prouidam confiderationem,ac prouifionem diéti Domi
Mi Revis à folo Deo procedere in hac parte offerendo, & aßignando dotem fatis fuff
' cientem, & ad opus ipfius monafterij Dominarum, /eu conuentus eiufdem, ac adalia
ipfius mona/erj onera fupportanda dotem huiufmodi prout decreta Sanäorum Patri;
prouide flatuerunt in moftra præfentia prædeffinandó, ac & liberaliter aßignando
fanëtis, ac prouidis eiufdem Dom ini Regis precibus liberaliter annuentes /uper fun
dationem. èonflruäionem, ereéiionem, & ordinationem præfati monaflerj Dominari;
cajiervienffs 0rdinis in diéto loco de 0diuellas in nomine Sanélæ,& indiuiauæ Trinita
ti de confemju nufîr Capitul adhoc/pecialiter congregati licentiam, & autoritatem,
r: & afenfum concedimus poftulatione ibidem incontinenti Abbatija, S. Dominarum
dičtu 0rdini Conuentu legitimè inftitutis, & referuatis nobis,& Vlixbonem/ Eccle/iae,
& quibu${*et alijs Ecclejs no/lrae ciuitatis, & dioteffs in omnibus terris, fundis, &
poj/ionibus eidem monóìerio in prafenti datis,& aßignatis/eu in pofferám dandis,
& a/Signandis
..
326
& aßignaydis omniht* iurihits decimarum, primitiarum,& mortuariorum quæ mos,
& antecejores noffri, & Ecc/effa Vlixbonenff$, & aliæ Ecclefiae no/lrae Ciuitatis, &
aioceffs integrè/icut ante fundationem, & con/lruäionem dicii monaflej habebamus,
& recipieba//ius, & rccipere debebamus, quod mos, & fuccejìres noflri, & Ecc/effa
Vlixbonem/is, & aliæ Eccleffae mo/irae Ciuitatis,& dioceffs habeamus, & plenarie re. i
piamus Monaflerium ip/um, Abbatiffam, conuentum,& Dominas eiufdem quo ad om
Mia alia ab omni iurifdiclione, fubiectione, & pote/late nobis, & Vlixbonej Ecc/effæ.
illis dumtaxat reuerentia, & obedientia, & iuribus vniuerfis,exceptis quæ in Mona
flerium Alcobatiæ Epifcopo Vlixbonem/í/íeri, & exhiberi debent, féu etiam co//iaeue
runt de confenfu præfati Vlixbonenffs capituli totaliter & imperpetuum exiyimus,ac
ex nunc omnibus alijs priuilegijs, libertatibus, indulgentijs,& immunitatibus prædi
ęlum Monaflerium de 0diuellis Abbatiffam, conuenium, & Dominas eiufdem & fa
miliares fuos gaudere volumus quantum de iure poffumus ffatuimus, & ordinamus,
quæ alijs Domimabus Ciffercienjis Ordinis; /eu eidem ordini à Sede Apoflolica funt
çonceffa. Verum quia ex occafione vagandi extra proprias domos dìfcurrenai co//ue
uerunt Dominabus præfati 0rdinis multa pericula,& infamia prouenire, idem Domi
nus Rex affeéiams fuper hæc falubriter prouideri, voluit, flatuit, & ordinauit de c on
fenfu, & autoritate nofira, & Capituli Vlixbonenfis, & de confenfu ipfius Abbatije,
& Dominarum eiufdem Monaflerij,Abbate de Alcobatia hæc penitus approbante quod
nec Abbatiffa, nec Dominæ ip/ius Monaflerij vltra ambitum dicii Monaflerj aliqua
temus exeant, fed interclu/ae 4egant, ae conuer/ariperpetuò remeamtur, hæé ipfa Aib}a-
riffa,& Dominae,/ue earum /ìngulæ, communiter, vel diui/im per ip/am åbbatiffìm,
feu quofcumque alios fuperiores quomodolibet, in contrarium licentientur. Nu//, ergo
Ἄominim libent clauftrum, nec offícimas eiufdem monaflerj ingredi; licitum tamenjt
Monachis confefforibus earundem Dominarum ibidem commorantibus ingred ad dan.
dum, & ad/iiniflrandum Dominabus ibidem patientibus, & infirmis Ecleffaffica Sa
cramenta, fi quam Dominam mori contigerit ad eam commendandam, & ad offícium
Ecclefia(licum, quod pro mortuisfecundum fui 0rdinis /fatuta fieri confueuit, agen
dum. Similiter liceät præfatis Vifitatoribus intus ingredi, cum ratione Vifitaiionis
folummodo ibidem accefferimt, & hoc tempore fuae vi/itationis tantum; liceat etiam
Idomino Regi intus ingredi cum tribus perfonis iaoneis,& honeffis: Infanti, Epifcopo,
& Abbati Alcobatiæ fimiliter ingredi liceat, quando neceffe fuerit, cum duabus pèr
fonis honeflis: Medico, & Sanguiminutori /imiliter liceat intus ingredi tempore ne
ceßitatis: carpentarijs,& operatoribus, quando neceßitas exegerit ad domos,aedificia,
hortos reficiemiao$,& præparandos,& cum fupradiäarum rerum refeëiionem, feu prae
parationem fieri configerit, continuè ambo Monachi, vel eorum alter, aut fratres com
Verff, aut eorum alter cum præfatis magiftris carpentarijs, aut operarijs eontinuè a/.
fiflant, & cum eis ingrediántur, & exeant. Nulli verò alteri homini Religiofo,cleri
zo, aut etiam/eculari cuiufcumque flatus,& conditionis fit, exceptis perfonis fuperius
nominatis, & in cafibus fupradiíiis intus ingredi liceat. Intra chorum verò,& altare
debet effe vnum portale habens duo paria o/fiorum, quorum quædam debent effe inte
gra, alia verò de gradizela, & hæc omnia offia debent effe lignea bona, & fortia, offia
*verò integra fint verfus chorum, cætera verò de gradizela vfque altare re/piciant, &
fimt benè olaufa; eorum verò offiorum,quæ chorum re/piciunt, Monachus Sacriffa/em.
per elauem teneat, reliquum oflium, quod vfque chorüm eff, habeat clauos deyos, &
acutos verfus altare cónuerfos, & fit bene claufum, claues verò eiufdem o/j confer
uet Mohacha Sacriffa,& quælibet praediäorum effiorum continuè fint clau/a; excepto
tamen qüod integra effiaäebent aperiri in eleuatione corporis chri/li, vel quando ali
-

‫م۔‬--
Ii i z.
-.
#ua
qua Monacha voluerit cum aliquo colloqui, quod nulli Monachorum liceat,miff & li .
ácntia propriæ Abbatißæ:cum verò collojuium huiufmodifieri contigerit, ſt inter Do
mimas, Öj offia gradizelae inter medium mandile. Nonnegamus tamen eifdem forni
mabus quin veniant ad Eccleffam cum neceffe fuerit ad Sandam Compunie;eri reci
piendam,& ad cimiterium aa/epeliendum Dominas eiufdem domus fecundum 0rdi
mis inflitura; in/uper quia ex qüorundam Vifitatorum malitia, qui ad vifitaùdù Mo
nafferia cifferciejiís órdinis adpartes /las aliunde muttuntur perfonis,& rébus ipffus
orainis infimtaproueniumt £tfimenta idem, Dominus Rex nobis /pecialiter confen
(ientibus, & conjenfum tribuentibus /latuit:& ordinauit, quod dicium Monaflerium,
Albatifia,& Domnimæ eiufdem Vifitationi, reformationi,ac correéiiom Albatis de dlco
hatia folummodo in perpetuum fubiaceant , & fi Domimus Abbas imminente aliqua
iuſta cauſa, ſeu neceſsitate dita correttioni, (5 viſitationi perſonaliter non potucrit
iitereffe,per viros Religiofos, ac honeftos eiu/dem 0rdinis, quos ip/e ad hanc correäio
mem, vifitationem, & reformationem duxerit eligendos, poßit reformare, corrigere,&
emendare, ac etiam vi/itare Abbatiffam, & Dominas fupradiéias: / verèpræfatæ Do~
minæ fint inclufae, vt præmittitur, aliquo tempore(quod abfit)molent/icviuere vt e/?
dičium, ſeu cuiuſcumque alterius viſitationi, reformationi, $ correôiioniſe vellent
fubmittere, vel per maiores feu /uperiores ipfíus órdinis feu quofcumque alios de præ
diétis aliquid in contrarium attentare,vel prædiéium flatum in alium mutare,non fit
ei licitum,Jedad hæc omnia/upradista per Abbatem de Alcobatia dilia Abbatista, &
Dominæ compellantur, & nihilominus Dominus Kex tamquam patronus, & aefe//or
loci de confejju mo/lro,& no/lriCapituli/eu etiam autoritäte retinuit fibi fuifque fuc
cefforibus plenam poteftatem manutenendi,& défendendi imperpetuum diäum Mona
flerium in præditio/latu, &fub ob/eruationibus, & conditionibusfupraditis:& hæc
omnia prædiia Abbatißa, & Domine per/e, /ui/quefuccefforibus promiferunt inuio
1abiliter ob/eruare.fe fuafque fucceffores obligauerunt ad hæc omnia inperpetuum ob
feruamaa, præditæ verò dotis aßignatio per eumdem Dominum Regem eidem Monafle
rio faëia fuit autoritate no/lra, prout e/?/uperius enarratum. Ea verò quæ Dominus
Rex lilere,& irreuocabiliter in dotem obtulit,&donauit Monafferio fupradiäo/eu Ab
batiffae,& conuentui fæpè fatis/umt i/la,primo dedit contulit,& aßignauit fibi capel
/am, domos, & ædifiia/ua in quibus e/? Mona/lerium præditium inſtitutim; infu
er domos, vineas, pomeria, hortos, molendina,& azemias,& omnia herdamenta quæ
ibi habebat, & quæ fuerunt Mariæ Martini, vxoris quomaºam Arnatæ Reimunai, &
hæredum fuorum, & herdamenta, & poffeßiones vnâ cum hortis,& mo/enaimis, quae
fuerunt Gon/a/ui Ioannis de Charneca,& hæredum/uorum,& omnia alia herdamen
ta quæ Dominus Rex habebat in eodem loco qui dicitur 0diuellas, & columbaria,
item hortos, pomerit, domos, fontes, & lapidicinas, quas habet iuxta ciuitatem Flix
£onenfem in loco qui dicitur Enxobregas, cum omnibus iuribus, & pertinentijs ſuit:
item quamdam vineam quæ e/? im termino Vlixbonæ in loco qui dicitur, pee de mú,
uæ quidem vinea fuit Petri Fernandi quondam coparjj Dómini Regis Alfonfi, &
eiu/dem Almoxarife in çiuitate Vlixbonenfi : item in Alanquerio, & in/uis terminis
omnia herdamenta, poffeßiones, domos, furnos, hortor, pomeria, oliueta, azineas, mo
lendina, vineas, torculares, & apotecas cum cupis, tonelis,& tineis, & cum omnibus
iuribus, & pertinentjs /uis, quæ nunc ibi habet diëius Dominus Rex,& quæ fuerunt
fupradiéii Petri Fernandi, & eius vxoris: item im locis qui dicuntur Caffineira, &
: : : : : * in termino Alamquerij omnia heraamenta, poffeßiones, domos, vineas,
Č9 furnos, quæ ibi Dominus Rex nunc habet, & quæ fuerunt Martimi
haereditates,
Joa//i,/ra/ri; quondarì Domini Stephani Ioannis cancellarj öomini Regis Affonff.
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Item in termino eiu/ky, ville de Alanjuerio herdimentum, quod fuit Martini Sil ,
ueri cum o nomias juribus /uis, 5 pertinentijs: item in etifden Vile termino omniâ
herdamenta,po jefsiotes, doncs furhos, hortos pomeria,oliueta, azenias, ò molendi -
ma, vineas,torcularia, & apotecas, qu.e fuerunt huiufmoai cum omnibus pertinentijs,
& iuribus fuis, Item in eiufdem Wille termino onmia herdamenta poffeßiones, furnos,
hortos, do/nos, pomeria, molendina, vineas,& apotecas cum omnibus iuribus, ô perti
nentjs fuis,quæ ibi habet Do/nimus Rex,& quæ fuerunt Martimi Ferrandi, qui voca.
batur, calega de pu/gas. Jtem nemus, & defenfam quam,& quod habet aigiios, Domi
mus Rex in termino Vlixbone in loco qui dicitur Loiras,integïè cum omnibus iuribus,
& pertinentijs fuis: donauit etiam eis ius patronatus, quod habet in Ecclefia Sa/iifi
Stephani de Alanquerio nofiræ Dioceffs, confentiente ad hoc Domina Beatriae Regina
matre diäti Domini Regis, ad quam in eadem Ecclefia ius præfentandi ημoad vitam.
tantummodo pertinebat. Item donauit /ibi ius patronatus quod in Ecclejia Sancit Ju
liami Saniierànen. no/lre dioceffs. Item Dominius Rex digio/itur obtinerepetens fci
licet Dominus Rex â nobis cum inflantia, vt præfatam Ecc/effam Sancti Stephani, quæ
nunc vacat, ad Eccleffam Sancti Iuliani Sanéiarenent. cum vacare contigerit arcêre
mus dicio Monafferio adnectidas,earumque Ecclefiarú redditus,& prouentus dicfi Mo
na/lerj vfibus applicamdo.Nos verò ad tantum Dei feruitium, & opus ta//, la; dabile
dirigendum,& de confenfu præfati noflri Capituli liberaliter, damus,& irreuocabilitcr
concedimus Abbatije,& cóuentui eiufdem Monaflerj poteflatem adprædiiara Eccle
fiam Sanéii Stephani /latim,& adaíéíá Ecc/e//am Sanéii /u/iani cum vacauerit mobis,
præsbiteros iaoneos in vicarios præ/lare per mos,/eu fùcceffores no/fros in/lituendos, §
?x cauffs à iure approbatis corrigendos,& amouendos, quibus vicarijs noâis,/èu /uc
cejoribus nofiris praefentatis, & per nos, feu fuccefores no/tros ad/uam prac/entatio
mem canonicè inflitutis, ipff vicarj nobis, & /ucceßoribus no/lrij de plebis cura re/.
pondeant, fententias no/lras,& Vlixbonenfis £cc/efiae, & conflitutiones Synodales /er
itent faluis nobis, & fuccefforibus no/lris in diétis Ecclefijs tertia pontificali, /a/i/is &
nobis, & fuccefforibus noflris diílae Ecclefiæ Sanéii Stephani nunc vacantis, & in alia
di£ia Ecclefia Sanéii Iuliani cum vacauerit, & Vicariorum, Portianorum, Cappella
morum, clericorum, & Parochianorum earumdem vifitatione, reformatiohe,' orre
&iiome, ac plenaria in omnibus iurifdiäione, fubieétione, & procuratione, quæ ratione ,
Kifitationis debetur, nec non iure no/fro fuper collationibus portionum, & affe//i, &
confirmotione in Eccleffjs fæpè diâiis, & omnibus alijs iuribus, quæ mob/s vt primiti
tur, & quæ no/lris fuccefforibus, & Ecclefiæ Vlixbonenff ante débebantur. De rea\iti.
bus verò, & prouentibus Ecclefiae Saníii Stephani idem Vicarius pro fub(lentatione
fua, ac procujatione Epifcopi, & Archidiacono Vlixbonenfis. ac pro expenffs Thefaura.
rj eiufdem Eccleffe Saníii Stephani ducentas, & quinquaginta libras Portugalemffs
zjonetæ perpetuò percipiat, & habeat annuatim, centum videlicet infeffo Sancti Mi-,
chaelis, & centum quinquaginta libras infeffo Sanéii Ioannis Baptiffae : cætcra verò
alia onera diítæ Eccleffâ Sanéii Stephani quæcumque contingant, Abbatiffa , & Con-.
uentus fupradicii momiaflerjj/ubeant. In diéia verò Eccleffa Sanëti Juliani referuamus.
mob/s raxationem Vicaruo in eadem Ecclefia in/lituendo de redditibus, & prouentibus
eiufdem Ecclefiæ legitimè faciendamಕ್ಲಿ oneri busſuportandis.ſaluo & iu
re portionatorum, quodper hanc ordinationem nihil eis decrefcat de iuribus, & red- .
diiibus eorum.fed integrè omnia iura fua, & reaaitus percipiant, & habeant, /cut
hactenus habuerunt:omnes verò alios redditus,& prouentus diëtæ Ecclefíæ Sanäi Ste-,
phani de Alenquerio, & eius Ecclefiæ Samii, Juliáni Sanëiarem, cum vacauerit eidem
Ἀonaflerio, cum confenfu noflri capituli damus, & concedimus, § liberaliter 4fj&-,
- Ii i 3 ኧ፲4/፲፲ሀĂ$
namus in vſum predići monaſerij convertendos, recipiendos, & vtiliter diſpomendº,
per predicta verò priuilegi, a Sede Apoſtolica Ciſercienſi ordini in tultis, nullum in
alijuo præiud;iujm generetur quantùm ad dicium monaßerium 6? Odiſſellis, ſed in
fuá máneamt firmitate. Ego verò Dionyfius Dei gratia Rex Portugaliae, & Algarbij
laudo, & approbo omnia/i pradicia, & retineo mihi, meifquefuccefjorilus plenaze po
restatem minutenendi dicium mona/terium imprædicto statu,Š/abol/eruationibus,Š
conditionibus fupradiciis; & omnesfucceffore$ mei,qui manutejuerint ipfum monafle
rium in dìciofitu, & fubconditionibus, & obferuationibus fapè fatis, habeant bene
affeiionem Altißimi creatoris, & Matris eius, ac meam in æternum; § fi forte (quod
Deus auertat) aliquis de meis fuccefforibus nollet dictum Monaflerium manutenere in
ſlatu, & obſeruationibus, & conditionibus ſuper nominatis, vel de prædiëiis aliquid
7 mmutare prout ef fuperius ordinatum,non fit ei licitum,& pro folatentatione habeat
maledictiónem 0mnipotentis Dei,& Virginis Mariæ,& meam in æternum dmem. Ego
verò prædictus Rex vmò cum vxore mea Domma Elifabet, & filio meo Infante Domno
A//o/j/o primogenito, & hærede, & filia mea /nfantffa Domina conflantia hanc ordi
mátionem approbo, roboro,& confirmo, & eam feci meo (ígillo plumbeo figillari,& in
ferius momen meum manu propria /ubfcripfi. Et nos .# Epifcopus hanc oratma.
tionem approbamus, concedimus, roboramus, & #ேன் /igi/lum moflrum ap
pendens äpponi fecimus, & inferius nomen noflrum manu propria fubfcripfimus. £t
jios capitülum ?lixbonenfe hanc ordinationem laudamus, concedimus, roboramus, &
confirmamus, & /igillum no/lrum apponi fecimus, & per Dominum Petrum Remigj
caijitorem cum nomine noflro fubfcribi fecimus. Et nojAbbas Alcobatiæ hanc ordina
tioncm approbamus,concedimus,roboramus, & etiam confirmamus, & figillum noflriâ
apponi fecimus, & ipjerius momen noflrum manu propria fubfcripßmus. Et nos Abba
fija eju/dem Monaflerj de 0diuellis hanc ordinationem approbamus, concedimus, ro
foramus, G confirmamus,Ĝ/gillü moſtrů apponi fecimus,& per Fratrê Paſcafū Mo
pach, Alcobatiæ momine noflro/ubfcribi fecimus. Aéium apud diëium Mona/lerium de
o./ue///s Era milleffma trecentefima trigefima tertia, vigefima/eptima die Februarj.
Fgo Rex Lionyfius manu mea /ub/crip/.Nos Ioannes præfatus Epifcopus Vlixbom.ma
n propria fubjcripfimus.Et ego Petrus Remigi camtor fupradiäus manu propria fub
fcripff. Et nos Frater Dominicus Abbas Mona/lerij Alcobatiæ manu propria fubfcrip
jpiùs Et ego Frater Pafchaffus Monachus Alcobatiæ nomine ditiæ Âbbatiffæ, & eius
mandato manu propria/ubſcripſi, -

ESCRIT vR A xxx I.
Quehehú, carta do Abbade de Citer Roberto para elRey D.Dinis
fobre a fundação do Moteiro de Odiuellas, a qual età no liuro
2.dos dourados de Alcobaça fol. 116.Setue para o Cap.
- 21. do liuro 17. -

鶯 Erenißimo Principi, ac Domine in chrifto charißimo Domino Dionyffe,


(\→º Dei gratia Regi Portug. Frater R. diéius Abbas cifferciem. totufque con
శ్రీ uentus Abbatum generalis cum deuota recommendatione/alutè,
S per temporalem beneficentiam retributionem feliciter acquirereſempi
TTL fernam. Prouidentia fupernæ fapientiæ fuauiter di/ponens omnia felicem
ordinationem fn corde veflro diffofuit,dum fúper his quæ ex parte ve/lra agenda/unt
; : ' fidelem
* - - - -- - 328
fi&em pºr teºr!/0!.itrºem miniflrum,&proti/orem,ac di©a/żonern vtičem.ac.
« o///, ej,'. //.//, 10), a?/7/;e/peciati gratia mirabiliter ordimouit &J//e //; per in noßro.
genera.; c.jiti//o ; c/era/ilis Co/i/}a$ ' 0/fer de Alcobatia ex pjrfe ve/ir.c Magnifìcem-,
i.c propter qua'a. m negotia, qtt& nohis tam eleganter quam /ideliter expofuit de/ii//a.
tus nobis fecialiter expri//ie/ido/ggeßit, quod in Regno veflro /// /ato, qui dicitur
0aitacilis, quoddam monaſierium Monialium,quæ ibidem/ecumau/ /?,ituta no/lr, 0r
dini; cjeretenfis viuere valeant, atqve in eodem loco iugiter inclufæ permaneant,ve
fræ Regie Magnificentiæ diſcreta/erenitas fundare diſpoſuit, E quæ ad hoc neceſja
ria fùnt i/i km, vt idem 4b/as coram nobis aßeruit, pro maiori parte tam fipienter,
quam fideliter præparauit, idque idem ipfe Abbas teneri fecretum propter malam vo
juntatem inuidentium , ae peruerfitatem malignuntium pojlulauit. Nos verò preces
vc/lras quamtum ad hoc tanquam præcepta fufcipientes pro tahtae exhibitione gratiæ,
grates veffræ munificentiæ referentes multiplices præfato Abbati de Alcobatia huiuf
modi negotium in omnibus, & per ommia, tam prò m/pe&ione, quam pro plenaria per
fectione impoteflate 0rdinis plenaria gömifimus confum; imdum pro vobis nihilominus,
& Regno veflro, negotij/que vos, § ipfum contingentibus vniuerforum Domino ora
tionuj proüide no)i imjierito offereiites facrificiâ deuotarum, Supplicantes infuper
quatenùs nos, & ipfum 0rdinem mo/lrum confueta habentes commendatum beneuo
1entia, quod incepiffis vtiliter perducatis feliciter adperfeilum : bene valeat domina
tiomis veſtræ fa/ligium in eo %. quo nihil eft va]idum, nihil fanäum. Datum apud
ciffercium tempore Capituli oenciaά,anno Domini I-94. * -

, " "" . " . " *


E SC R ITVR A XXXI I. * ...
-
-
. . . . . . . . .. . . .. . . :-
-

Que hea carta do couto, que elRey Dom Afonfo Henriques deu ao
- T nodo Mofteiro de Santa Maria de Aguiar, fituado na comarca .
de Riba de Coa, a qual eftà na gaueta do Eccleſiaſtico - *

da Torre do Tombo, & confirma o que fe diz .


no Cap. 31. doliuro 17. . . . -

༈་ཙཱ་ཧཱ་ཧཱ་ཧཱ Go Alfonfus Dei gratia Portugalemfium Rex vnà cum filio meo Rege San
cio, pro Dei amore, & peccatorum meorum remißione, facto, & aßigno
33j Monafferio de Turre de Aguiar,& vobis Abbati : : : : : : &/uceffo
ribus veftris in diéto Monaflerio commorantibus, & Deo famulantibus.
° tam præfentibus, quam futuris, terminos, & diuifiones terminorum ip
-

fius Monaflerij , quod olim ædificandum, & con/lruendum vobis per fcripturam. &
cartam dedi: itaque vobis aßigno, & concedo hos terminos infra nominatos, fcilicet,
ancipiumt in 'umine, quodfuit inter caput Caflelli Roderici, & inter montem coual,
ficut intrat in Aguiar, & ffcut Aguiar intrat imi Dorium; deinde ficut capita montis
Icoual vadunt, & feriunt imt : : : : prouiciorum, & inde ficut Agata cúrrit,& in
trat in Dorium Hos iam diélos terminos, & quidquid intra terminos ad Regale ius
pertinere videtur vobis do, & concedo vt illiid in perpetuum iure hæreditario poff
deatis ,& memoria mei apud,praediíium Monafferium ìm orationibus fratrum ibi om
morantium habeaturfemipiterna. Si quæ igitur Ecclefiaflica, fæcularifve per/o//a hos
rerminos contra voluntaté veflrâ violénter irruperit,& inde aliquid extraxerit,vobis
*. qüidquid inae contra prohibitionem noflrâ extraxerit in duplo, vel quod intus violen
t -- f6r
rer commiferit, & infuper cogatur reddere D. folidos probatæ monetæ, Faéla f.rip
tura terminorum apüd colimbriam menfe Februarij E. M. cc. XI/. Ego prædiétus
Aex A. vnà cum filio meo Rege Sancio hane/eripturam roboro, & confrло.
comes Rodericus confirm.
Magiſler Galdinus conf
- Magi/ter Petri Fernandi conf
• • Petrus 0dorj te/?.
Petrus Saluatoris te/?.
Fernandus Epifcopus te?.

ES CRIT V R A XXXIII.

Que he doação de algúas Villas a Dom Sancho, & afua mãy Dona
Vargarida,fenhores de Riba de Coa,feita por elRey Dom Fer
nando Quarto de Catella, em fatisfação das que elRey
Dom Dinis lhe occupou neta Comarca. Etá no
liuro das Extrauagantes da Torre do Tom
bo ás fol. 189. Serue para os Capi
tulos 32. & 39. -* -

す。W3。『なr
< *** N el nombre de Diós Amen. Sepan quantos eta carta vicrcm,
como yo Dom Fernando por la gracia de Dios Rey de Catiella,
de Leon, de Toledo, de Galliza, de Seuilha,de Cordoua, de Mur
$cia, de lahem, del Algarbe, fenhor de Molina. Com conejo, &
com otorgamiento, & por autoridad de la Reyna Doña Marra má
madre, è del Infante Dom Henrique mio tio tutor, é guarda de mios Reg
nos. & com confejo de mi Corte, do a vos Doña Margarita, & a vos Doma
Sancho fijo del Infante Dom Pedro, & deta Doña Margarita las mis Vi
lhas, è caftielhos de Galifteo, é de Granada, é de Miranda com todos fus
terminos, & com todos fus derechos, & com todas fus pertinencias, & com
todo fenhorio Real. éjuridiçom, é derecho que yo hy he, & deuoaueer.do
uoslo por hierdamiento para fiempre en cambio por las Villas, e Catiellos
de Sabugal, é de Alfayates, é de Villar maior, é de Caftiel bueno,è de Almei
da è de Caftiel Rodrigo,è de Caftiel melhor, é de Monforte, è por todos los
otros hierdamicntos, è logares que vos auiades em Riba de Coa por qual
quer manera que los hy ouieedes, è com todos fus terminos, è com todos
fus derechos, e com todas fus pertenencias, que vos a mi dades cm cambio
por effas Villas de fufo dichas. Ecftos logares fobredichos de Galiíteo,é de
Granada, è de Miranda, e fus terminos vos doo em tal manera, que los aja
des como auiedes los dichos logares Sabugal, é Alfayates, é Villa mayor,
è Caſtiel bueno, e Almeida, è Caſtiel Rodrigo,è Caſtielmellor, è Monforte,
è los otros herdamientos, é logares de Riba de Coa. E com aquellas condi
ciones, que dizem em los priuilegios que vos tencdes de como vos fuerõ da
dos etes logares E nos Doña Margarita, e D. Sancho de fuo dichos veyendo,
e cntendiendo icſte cambio cs grande nueſtra proo,è q nosfazedesy ſenhor
- - gracia,
329
gracia, é mcrced por Galiteo,è por Granada,é por Miranda de fuo dichos,
qvos a nos dades afi como dicho es, damos a vos em cambio las villas, é los
caſticllos de Sabugal, è de Alfayates, è de Villar mayor,è de Caſtielbueno, è
de Almcida, è de CaſtielRodrigo, é de Cafticl mcllor, e de Monforte,& dc to
dos los otros herdamientos, e logares que nos auemos cm Riba de Coa, afi
como obredicho es com todos fus terminos, e com todos fus derechos, e
com todas fus pcrtinencias, que los ajades, è fagades dcllos toda vuetra liure
voluntad, afi como de los vuetros heredamientos proprios. E mandamos, e
otorgamos, que fi algunos priuilegios, o cartas, o ctromientos parecierem
fobré fecho dcftas Villas, è caftiellos, é logares de Riba de Coa dc fufo di
chos, que faguam por nos que no valam, ni tengam, ni mos podamos ayudar
dellas en ningum tiempo. Erenunciamoslas defde aqui adelante, è promete
mos a buena fe, & juramos fobre los Santos Euangelios, obre los quales po
ncmos nueftras manos, que nunqua vengamos contra etas cofas de fufo di
chas, ni contra ninguna dellas por nos, ni por otro en ninguna manera. E
porque eto fea mas firme, & mas ctable, & que nompucda venir cm dubda.
Nos Rey Dom Fernando,& Doña Margarita, & Dom Sancho de fufo dichos
mãdamos fazer defto dos cartas em hum tenor,tal lavna, como la otra fcci -,
lada com muetros feellos colguados em tetemonio de verdad. De las qua
les cartas yo elRcy Dom Fernando deuo tencr la vma, & vos Doña Margari
ta, & Dom Sancho la otra. Dada em C, amora veinte e ocho dias de Agoto
Era de mil e trezientos é treinta e cinco annos. Metre Gonçalo Abaad de
Aruas la mando fazer por mandado delRey, è del Infante Don Henrique fu
tio, e fu tutor. Yo Per Afonfo la fiz ecriuir en el año tiempo que clRey fo
bredicho regnò, Maetre Gonçalo. -

ES C RIT V R A xxxIV.

Que he o primeiro tetamento delRey Dom Dinis,cujo originaletâ


na Torre do Tombo na gaueta dos tetamentos, & o treslado
no liuro 4 dos Decretos Reaes às fol. 8o. Serue para o
-- - que fe diz nos Cap. 5o. & 51. do liuro 17.
f M nome de Deos Amen. Eu Dom Dinis pela graça de Deos Rey
de Portugal,& do Algarue, temendo dia de minha morte,& con
fiderando o dia do juizo de Deos, a que ei de vir. Com meu fifo
cumprido, & em minha faude faço cm eta guifa meu tetamen
to: Primeiramente dou a minha alma a Deos,& asà Madre Santa
Maria, & mando foterrar mcu corpo em o moteiro de Alcobaça na Qufia
do Altar maior de Santa Maria, naquel lugar hu cu mandei fazer fepultura
para mim, & para a Rainha Dona Ifabel minha molher. E mando por minha
alma para pagar minha manda, & minhas malfaitorias, & as de meu padre,
&a sa manda, & as sãs diuidas,todos meus bens moueis, ouro,prata, també
laurada, come por laurar, panos tambem de pezo, come cendaes, come bal
doquijs, come de meu corpo, come do almazem,come do thefouro, hu quer
que forem achados à minha morte, & dinheiros tambem os que ႏိုင္ရ Cfr.
- thCÍOurG
thefouro nas minhas torres de Lisboa, & de Coimbra, & nos outros logares
quaefquer que os tenha, como em outra guita qualquer. E todos mºus ºnes,
pedras, & outras doas quacfquer. E Mouros feruis, bcftas, aues, gados,& cc
Íeiros de pam nouos,& velhos,& todo outro meu auer moui que for achado,
& que eu ouuer a tempo de minha morte. E mando,que tanto que eu morrer.
meus tetamenteiros fcjão logo entregados de todo meu aucr mouil, comº
de fufo he dito, & dendem eiía guifa, Primciramcnte mando ao Mofteiro dc
Alcobaça com meu corpo fex mil libras para fazer a crafta dete Moteiro.
Item mando a efe Moteiro duas mil libras para comprar herdamenros,on
de pofaõ auer fempre os enfºrmos alguma piedade,& os faõs outrofife tan
to cumprir, por tal que eles fejaõ teudos de rogar a Deos pela minha alma,
& pela de meu padre. Item mando a efe Moteiro de Alcobaça a minha Cruz
grande de prata com as pedras que eu mandei fazer, para tragerem na pro
cífaõ com toda a minha capella cumpridamente come for achada o dia de
minha morte. E nom fja poderofo nenhum Abbade, nem Conuento de dar a
nengum nenhüa coufada dita Capclla, nem outrem de lha filhar, mais firua
fempre no altar de Santa Maria, hu cu mando mcu corpo icitar por minha
alma, Item mando pera Mifas cantar de fobre altar por minha alma em efe
moteiro, & em outros logares hu virem meus cxequtores por bem tres mil
libras. Item mando a noue Igrejas Cathredaes, que ha em meus Reynos, a
cada húa quinhentas libras. Item mando a pobres vergonhofos tres mil libras.
Item aos gafos de mcus Reynos duas mil libras. Item para tirar catiuos dos
da minha terra quatro mil libras. Item para fazer pontes, & para refazer as
que maas fom.hu virem meus executores,que mais compre, quatro mil libras.
Item para veftir pobres tres mil libras. Item às emparedadas de meus Rey
nos,& ads hermitaës duas mil libras. Itcm mando ao Mofteiro da Cofta du
zentas libras. Item mando a todolos outros Mofteiros de Monjes brancos da
Qrdem de Ciftel de meus Reynos a cada hum duzentas libras. Item mando
aos dos frades Meores, & Pregadores em cada hum Moteiro de minha terra
ccm libras.Item ao Moteiro de Santo Agotinho de Lisboa cem libras.Item
ao Moítciro dos Mcorcs de Santarem quatrocentas libras. Item mando ao
Moteiro da Chelas, & de Santos de Lisboa, & ao de Loruão,& Arouca,& às
Cellas de Guimaraés,& da ponte de Coimbra,& ao Mofteiro de Santa Clara
de Lisboa, & ao Mofteiro de Almoítcr, & Santa Clara dantrambos Rios, &
ao Mofteiro de Santa Clara de Coimbra, & ao Mofteiro dos frades de Santa
Cruz de Coimbra, & ao Moteiro de Saõ Vicente de fora, a cada hum Mo
fteiro duzcntas libras. Item mando ao meu Mofteiro de Odiuellas, que eu
fizi quatro mil libras, & comprem eèllas herdamentos,onde ajão rendas para
a veítiaria, & para a enfermaria,&fe o ellas fazer nom poderem,ou nom qui
zerem, façaõno meus tetamenteiros,outetamenteiro fazer. E porque minha
vontade he do que cu mando às Igrejas, & aos Moteiros, que podem auer
poífeffoês proucitar por fempre a minha alma, mando que por todo o que eu
mando a cada hum comprem ende herdamentos, onde ajaõ rendas para mi
fazerem cada anno anniuerfario em tal dia qual eu morrer, & mando a meu
filho, ou a qual que depois mim reinar pela minha beyçom, que lhis leixe
comprar etes herdamentos,& que lhe los nom embargue. Item mando ato
dalas Albergarias,hofpitaes de meusReynos duas mil libras,para pitãça para
os pobres. Item mando ao Hofpital dos mininos de Lisboa ៤ឍវដ្ត
3 - tспn,

. . . . . . 330
Item à Albergaria da criaç5m de Coimbra cem libras. Irem mando a hum
caualciro que va por mim à Terra Santa dultra mar, & que cfté hi dous an
nos feruindo a Deos por minha alma tres mil libras, fe a Crufada for.E man -
do que etas tres mil libras dénas me is tetamentciros a loão Simom meu
Meirinho maior fe quizer, & poder alà ir por mi, fcnao děnas a outro que o
faça bem,& lcalmente.Item mando a quem cítè em Roma duas quarentenas,
& ande todalas cítaçoês por minha alma mil libras.Item as indulgencias que
dão os Papas, & os Patriarchas, & os Arcebifpos, & os Bifpos, & os outros
Prelados em meus Reynos, duas mil libras, & dênas mcus executores, & eto
como virem por mais prol de minha alma. Item mando para o dia de minha
fcpultura, & para o Sabado, & para os trinta dias, & pará o anno para aquel
las coufas que hiouuer mifter, quatro mil libras. Outro fi mando,que as def
pezas que ouuerem mifter por razão de meu tetamento,que as filhem meus
¢xecutörcs, ou excgutor do dito aucr. E mando quc fe pór ventura acharcm
por certo, que alguns herdamentos meu pay ouue fem razão, ou eu no meu
tempo, que meus executores os entreguem como virem que feja bem. E le
por ventura alguns foros por mcu padre, ou por mi forom britados, mando
que meus cxecutores os corregão,& tornem a feu bom eftado. Demais ven
do eu peça,& entendendo que auia de tomar guerra, &pentando que me não
podia parar a ella com honra minha, & dos da minha terra (em peça dauer,
catei quantos caminhos eu pude por tirar, & apanhar aucr, nom guardando
tanto o de Dcos, & o perigo de minha alma como eu deuera. E porque leuei
algum auer a perigo de minha alma, tiue por bem de por aquello de que me
eu membro, & que me eu fento, & que vejo que he para pagar afinadamente
em efte meu tetamento.Primeiramente conhoço,que leuci dauer como nom
deuera das montas que faziaõ os Iudeus,&os Chriftãos em rendar as minhas
oucenças, & algüas minhas herdades, & quanto melas montauão, nom era
pelo valerem as rendas que rendauam, mais por ganharem nas arrendas que
his eu fazia com o meu auer, ganhando elles com ele as vfuras. Outrofile
uei algum auer como nom deuera de algüas Alcaidarias de minha terra, que
mi rendarão alguns Alcaides, mais cà elas valião a fiança de leuarem mais
contra foro, & contra direito, & per premha das Alcaidárias.Outro fi conho
co, que fazendo eu guerra fora de minha terra. leuci auer dos confelhos de
minha terra mais ca nom deuera. Outro fi fazendo eu guerrs ao fenhorio de
Catella por mar,&por terra,querendo,& mandando que a fezeffem os meus,
fizerão muita malfeitoria, tambem eu come elles ouuemos do alheo por rou
ba, & por malfeitoria, peça de auer de muitos mefquinhos, que nom auiam
culpa na guerra. Outrofi conhoço, que pugi contra direito, & contra foro, &
contra cotume de minha tcrra potura que leuaffe dos meus Taballiaés de
todo o meu fenhorio o terço do que elles ganhaíTem, & ouue ende peça de
aucr come nom deuia, & por cftas malfeitorias, & auer de que me nembrei
que leuara como nom deuera, & pelas outras de que me eu nom nembro que
fom muitas, & por muitos pefares que eu fiz a Deos, mando que pagadas as
coufas todas, que fom em meu tetamento, affi como ele he contheudo,
| fnando que todo o al que ficar,quos meus teftamcntciros corregam,& emé
| dem ós dannos, & as perdas que acharcm cm verdade que foron feitas por
mi, & pelos meus, afiem ofenhorio de Leom, come em o meu, & todo o al
que ficar dêno por mºinha alma em os ditos Reynos, que Deos perdoc3. mi,
-. 4OS
& aos quchi forom. E mando cftc aucr que ficar,que fe dé naqucfta mancira.
O terço dem em cimola a pobres vergonhofos, & a outros pobres nos loga
res huelles virem que faz mais meter, & do outro terço façom por todo meu
Reyno pelas Ordês,& pelas Igrejas cantar Mifas fobre altar as mais que pu
dercm,&rnais acinha. E do outro terço dem a refazer logares,& catas de mer
cc, de hofpitaes, de albergarias, & de gafos, & de qual cafa quer de merce, &
para obras de pontes caidas, & de Moteiros, & de Igrejas pobres. E porque
não he meu cntendimento de lcuar nimigalha dos Tabaliados, mais de re
uogar o que em cíto figi por razom que attendia aguctra,desfaço, &rcuogo
a pétura que fobre cíto puzi de leuar o terço dos Taballioês, & mando a
meu filho, & a todolos Reys quc dcfpois mi vicrcm, quc nom colhão efto a
foro, nem a cotume, que culcuci por razom de guerra, e fe o puzefcm, ou
quizcífem lcuar, ajão a minha ណ្ណ &a de Dcos,& Deos lhe lodcman
de. E rogo,& mañdo ao Arcebifpo, & a cada hum Bifpo de minha terra, que
aisi lhe lódigão, & façaõ ter, &guardar. Efe por ventura todo o meu the
fouro, & auer mouelfofe defpcfo, ou foffe tão pouco,que fenom podefe pa
gar meu tetamento, quero, & mando que fe pagucm, cumprão, & corregão
todalas coufas, affi come cm efte meu tcftamcnto he conthcudo, pclas rcn
das de Lisboa, & de Santarem, & de feus termos. E mando a meu filho, ou a
aquel que depois mi reinar pela beiçom de Deos, & minha,&sò pena de mal
diçom de Dcos,& minha, que fe o meu thcfouro, ou o meu mouc tanto nom
for porque fc pague cíto que eu de fufo mando tomar em meu tetamento, q
elle que as paguëlogo da primeira mocda quc lhi dcrcm dos feus Reynos, afii
como hecotumado de a darem aos Reys quando começão a reinar, & das
primeiras rendas que fairem de Lisboa, & de Santarem, as quaes afsino para
aqucfto, & mando a mcus tcftamenteiros que as tomem, & mando a meu fi
lho, ou a qualquer Rey, que depois mim reinar por a minha beiçom, que as
nom embargue; o que as embargar, ou cmbargar o meu tetamento por al
güa maneira, aja a minha maldiçom, & a de Deos para todo fempre, & feja
condenado com Iudas o traidor em fundo do Inferno; & por tal que feja cõ
prido cfte mcu teftamento Rogo ao Papa,& pcçolhc por mercc,porque cllc
hc theudo de fazer cumprir a vontade dos mortos, & manter, & cumprirju
fuça, que ele por sà autoridade faça cumprir cíte meu tetamento por todo.
E cu como filho obediente da Igreja entendendo q deuo feruir à Santa Igreja,
mando ao Papa, & aos Cardeacs duzentos marcos de prata, que cllcs fejão
nembrados detc meu tetamento para fazello cumprir, & de rogar a Deos
por minha alma. E faço meus cxecutores dete meu tetamento à Rainha Do
na Ifabel minha mulher, &]Dom Martim Pires Arcebifpo de Braga,& Dom
João Martins Bifpo de Lisboa, & D.Metre Pedro Bifpo de Coimbra,& Ioão
Simom Meirinho mór de minha cafa, & Dom Pedro Nunes Abbade de Al
cobaça, & Frei Miguel da Ordem dos Meores meu Confeflor. E mando que
clles todos cm fembra paguem efte meu tetamento, afi come aqui he efcriº
to;&fe por ventura algum, ou alguns detes meus tetamenteiros morrerem
ou nom poderem, ou nom forem em minha terra, mando que os que ficarê,,
ou o que ficar poffa, ou pofaõ fazer cumprir por fy, & o que for feito por
elles,ou por elle valha afsicome fe o todos fezeffem cm fembra.E etes meus
cxccutores, ºu exccutor que efte meu teftamento ouucr de comprir, mando
que fenom de recado, nem conto a ningucm, cà tanta he a fiufa que cu 還
C\l€S
3 3D Í
elles ci cm todos,& cm cada hum delles, que nom qücro que fejaõ tcudos a
dar recado, nem conta a outrem. Em teftemunho deta coufa mandei fazer
cíta carta feellada de meu fello de chumbo,& des que eu morrer mando, que
a dem logo a meus tetamenteiros, que a tenhão, & obrem por ella. Dada
º Santarem 8. dias de Abril. ElRey o mandou. Martim Märtins a fez Era
dc 1337. -

E SCR I T V RA XxxV.
Que he hum codicilho ao tetamento del Rey D.Dinis,que fe acha
rà no liuro 4 dos direitos Reaes já citado, & confirma o que fe
diz nos mefmos Cap. 5o.& 51.do liuro 17: -

# M nome de Deos Amen. Saibaõ todos os que cíta carta virem, q


#22 nos D. Dinis pela graça de Deos Rey de Portugal,& do Algarue
9. தி:
em noffa vida,& em noffa boa paz, & cõ nofo bom cntendimcn
#4# to, & a honra de Deos,&faude de nota alma,& a prol,& bom en
dercçamento, & a bom cítado de nofos filhos, & de nofos Rey
nos, & de noffa terra, fazemos nofo tetamento em cta maneira. Primeira
rnente o teſtamento noffo, quejà auemos feito, outorgamolo, & o aucmolo
por firme, & por etaue,& querendo emadar, & acrefcentar a cíte tetamêto
hauernos por bem, & mandamos,&outorgamos, que a Rainha D. Ifabel minha
molher feja guarda,& titor de D.Afonfo,& de D. Cotãça meus filhos,& feus,
& dos outros fenolos Dcos der&mandamos que os guarde,& crij,& os de
fenda,&rcga,& aderence os nofos Reynos,atà que D. Afonfonofo filho feja
de reuora, & de idade lidima, & comprida, ou aquel nofo filho, ou filha, que
dcucr a fer noffo hcrdeiro.Edamoslhe por confeiheiros paracftas coufas,que ·
cm etc nofo tctamento fom contheudas,Dom Martim Pires Arcebifpo de
Braga & Dom João Martins Blfpo de Lisboa,& D. Maetre Pedro Bipo de
Coimbra,& João Simhom Meirifiho ಟ್ಗ
cm nofa cafa,& D.Pedro Nunes
Abbade de Alcobaça, & Fr.Miguel da Órdem dos Meores nofo Confefor,
& temos por bem, que as coufas que a dita Rainha ouuer de fazer para guar
da;& ma ntença;&bom etado deffes roffos filhos, & dos nofos Reynos, que
as faça por confelho detes fobreditos; &mandamos o eles afi como deles
famós que a firmaõ.& aconſelhem & aguardem;& porqúe nos fiamos muito
da lealdade dos nofos confelhos,veemos por bem,q a Rainha peça aos con
felhos dantre Tejo,& Odiana,& de Moura&de Serpa hühomêbom da cida:
de de Euora;& que peça aos confelhos da Etremadurahú homé bom de Liſ
boa,& outro de Santarem;& que pera aos dantre Douro, & Mondego, & aos
da geira húhomê bõ de Coimbra,&outro da Guarda;& aos dantre Douro,&
Minho há homè bõ de Guimaraes, que cites confelhos efcolhaõ fenhos ho
mens bons,&cntendidos detes lúgares fobreditos,& q os dem à Rainha para
andarem em cafa de D.Afonfonofo filho,ou daquel nofo filho, ou filha que
fornoffo herdeiro, & a Ráinha delhes oficiós quaes vir que feraõ conuenhá
ueis,& aguifados na cafa dos ditos noffo filho, ou filha.E 驚 &
landamos que as coufas que tangerem ao cftado dos ditos noffo filho, ou
filha,& dos 藍 Reynos, & da să terra, qfejaõ chamados aquelles fobreditos
----
Kkk homcns
-- -
homens defes confelhos, que andarem na cafa dos ditos nofo filho, ou fi
lha. E os fobreditos D. Martim Pires Arcebifpo de Braga, & o Bifpo del-ºf
boa, & o Bifpo de Coimbra, & Ioão Simhom, & D. Pedro Nunes Abbade de
Alcobaça,& Fr. Miguel cõ clies E mandamos que os ditos nofiofilho,ºu filha
nomfyão de Lisboa, ou de Santarem,ou de Coimbra,ou de Leiria,& dº teus
termos atè que o dito D.Afonfo nofo filho feja de reuora,& de idade idima,
& comprida, ou o qual nofo filho, ou filha que for nofo herdeirº, falho feia
Rainha vife por prol de nofo filho,ou filha,& de sà terra, que fe fizeffe al:E
mandamos,& temos por bem que a Rainha fobredita com confelho dcftis oિ
breditos faça Meirinho, ou Meirinhos cntre Douro & Minho, & na Icira
quaestiuer por bem.E outrofi olha,& ponha Alcaides aficomo enteder Por
prol,& por feruiço dos ditos nofo filho,ou filha,&rcccba as rendas de nota
terra,& com todo haja poder comprido afi como o nos agora auemos,& co
mo o aucrà o dito D.Afonfo nofo filho,fe Dcos quizer, ou aquel filho, ou fi
lha nofo herdeiro quando for de idade,ê de reuora lidima,&cõprida. E man:
damos a todolos Alcaides de nofos Reynos fob pena de trayçon, que fagaó
mandado da Rainha, recebendo,& lcixando os Catelios,& Alcaidarias,quan
do, & como clla mandar,& os Alcaides leixando os Catellos,&as Alcaidarias
a mandado da Rainha, quitolhe cu por eta minha carta toda menagem, que
a mi,& à meu filho hão feito. E mandamos aos Almoxarifes, que lhe demas
rcndas dos Almoxarifados, & das ouccnças, & todolos outros oucenças que
lhe dem outrofi as rendas das oucenças, & todos fação feu mandado, & lhe
dem conto,& recado cada que ella quizer. Efe pela ventura a fobredita Rai
nha Dona Ifabel minha molher moircffe ante qua nos, o defpois ante que o
dito D.Afonfo nofo filho, ou aquel nofo filho, ou filha que for nofo herdei
ro foffe de reuora, & de idade lidima, & comprida, mandamos que efe nofo
filho,ou filha que nofo herdeiro for, fique em poder, & em maõ do fobredito
D.Martinho Arcebiſpo de Bră ga em aquella,guita que mandamos que fique
cm pode,&em maõ da fobreditalRainha.E que el confelho deftos fobrcdifos
que a Rainia damos por confelheiros figa todas etas coufasó em eta nota
carta faõ conteudas. Erogamos,& mandamos a todolos nofos vaffalos, & a
"todos nofos naturaes pela menagem que fizerom a nos, & os ditos noffs fi
lhos,& pela lealdade;&natureza per que fom tcudos anos,&aos ditos nofos
filhos, que obedeçaõ à dita Rainha, &fação ſeu mandado,& que a ajudem a
cumprir.&guardar todas cítas coulas,quefaõ conteudas em étenofoteta.
mento. Eletremadamente iogamos os nofos confelhos,deã nos fiamos mui
cumpridamente pela lealdade que em ellesha,que firuão à Rainha,& a guar
dem.&lhe ajudem a cumprir todas etas coufăš. E outrofi fação ao dito Ar
ctbipó,fe pela ventura a dita Rainha morrer ante que nos,ou défpois ante á
o dióf Afonfo nofo filho, quaquel nofo filho ou filha que for nofo her:
Jjfgfoffè de reuora,& de idade lidimá,& cumprida com93ito he.E os que o
aflifizerem hajaõ abençom, & a graça de Dços para todófempre, & os que
afio nom fizérem hajāo a maldiçom, & នុ៎ះ todo fempre, &
com Iudas fredorjazaõ parato器 fempre cm fundo enferno por traedores.
". . . . . . . .”
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ម៉្លេះ វ្នំ i

a fez, Era de mil trezentos&trinta & {cte annós."." " …


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-- - - - - - - - - - - - - - 3.32
, ES C R I T V R A XXXV I. * ~ *

Que he húa troca que elRey D.Dinis fz com D.Ioão Fernandes de Lima
pela villa de Portel,da 驚
ſeacha o original na gueta dos cõtratos,
& o treslado no Iiuro 3. defte Rey fol. 14 Serue para o
†গ্ে . . . . Cap. 59.do liuroiz. . . . . . . . . .
કે ఫ్గNè Om Dinis pela graçade Dcos Rey de ಶ್ಗ do Algarue. A quãos
º 版 cíta carta virem faço faber que eu fiz efgaimbo com lohao Fernádcs de
င္ဆိုႏိုင္ငံန္တိ
Lima,& cõ Maria Ânessa molher em cíta maneira.Os ditos (ohão Fer
&#48 nandes, & Maria Anes sà molher daô a mim o Catello,& a Villa,&o fc
Tnhorio de Portel comtodos feus dereitos,&sás pertenças,& com as azer
-

nhas Dodyana, & com o herdamento que haõ em termo Deuora, que he junto com
Montege trigo, Eu por eftas coufas fôbreditas dou a elles as inhas villas de Euora
monte8 de Mafiara com o padroadodela Eigreja de Maffara,& com a colhcita que
eu hy ei,& a inha terra de Aguiar de Neuha, que chamaó Voytorio, afi como aora
de mim tinha Dõ Iohão Fernandes com todos feus dereitos, & sàs pertenças, & cõ
todo ojus Real, que eu em efas villas, & logares fobreditos ey, & de dereito deuia
aucratii como hécõcheudo em duas cartas partidas por A, b, c, das quaes eu tenho
hüa,&cllosoutra. Eu tenho porbè, & outorgo, que fe os ditos Iohaõ Fernandes, &
Maria Anes quizerem demandar D. Pedre Anes Portel por razom departiçom dos
bens que forom de D.Iohaõ de Auoim, & de D. Maria,&paffar perjuizo da inha Cor
te que o dito Pedre Anes aja de dar a partiçom as coufas q ouue de Dom lohao de
Auoim,que cfe D.Pedro receba para partiçom aquelosherdamentos,que cu dou em
ecaimbo por Portel,& por feu termo polas coufas febreditas. Efe efe D. Pedre Anes
refertar, quenom quer tomar a partiçõ efeslogares (obreditos, fenom que aquer
tomarcm Portel,qeu qucalongue ende o dito Dó Pedre Âncs.E fe cndc non pòder
partir,que cu que Ihis dè a partiçom o caftello,& a villa de Portel cõ feu termo,en
tregando elles a mim compridamente effas yillas, & effes logares com feus herda
mentos,afsicomo lhos eu mandei entregar. E como os elles de mim receberom, &
fazerem a mim menagem defe Catello,afsicomo aora o eu tenho.Em tetemüyode
{to dei a elles eta carta. Dante em Santarem feis dias de laneiro. ElRey o mandou.
Hoão Dominguesa fez. Era MCCCXXXIX annos. * -->

- . ‫ نه ة‬. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . - - - -

º ്: ;് ESC R Í TV R Aşş XXXVÍI. · ! !


Que he a carta da fundação do Hopital de S. Lazaro de Santarem porel
Rey Dom Dinis Serue para o Cap. 63 doliuro 17 etá no li
:::... ,. . . . . . uro 3. defte Rey fol. 17. . . . . . . . .
#@$ Om Dinis pela mercede Deos Rey de Portugal,& do Algarue. A quan
tos cíta cartavirem,& lecrouuirem façofaber,que o Alcaide, & Aluazis,
kę&confe
Z lbo de Sätarem mi differom, ĝ os gafos morauâo aly por hu yia o
鯊 agujom direito à villa,& quecto eragram perigo,& gram dano da Villa,
"T"&daquelles que himorauão,&pedirome por merce que cu mandaffeca
tar outro lugar humorafem,&aquelles que hymandei, acharom alem de Santanto
ninho de Sectro,como homem vay para Lisboa.hü campo de Fernaõ Gomes de Al
uarenga,&hūoliual das DonasdeS.Domingos,& do Comšdador de Sãtant9ninho.
E eufui alo &viete campo;&oliual, & femelhoume mui bom logar para efies 畿
- - - - - - - - -
- -
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-- •º リY \ ..* ‫ﮑیا‬ ºf -- * - '** - ~* ** . . ٔ‫ …« اشعه ای از فه‬.‘si --

-- - -
-

fos,& mandcicatar Fernão Gomes para lhi comprareffe logo, & nom no acharom,
& mandei por o Comendador de Santantoninho,& mandei dizer as Donas de S.Do
mingos,ĝvendcfsè o feu dircitodeffe oliual,& o Comèdador,& as Donas inuiarõme
dizer,4 lhis prazia de o venderê;& porqFernam Gomes nom hera em Santaré, nem
em feu termho,&porq o cófelho nom podia cícufar efe logar para morare cfcs ga
fos, per razom de partir taõ grande dano,& taõ grande perda come fefeguia à Villa
de moraré efes gafos hu ante morauão. Tiui por bé de inuiar hy Fr Lopo Rodrigues
dc Eluas,& Fr.M.Carualhofa frades Pregadores,& Fr.Iohaõ Martins,Doutor dos Fra
des Mcores de Santarê, & Fr. Pcdro Bernaldis Frades Mcorcs, & Roy Paes Bugalho
meu vaffalo,& Ioane Anes Cota cidadão de Santarê,q eles foífem a cfe campo, &
a cſſe oliual de ſuſo ditos,& chamaſsé algüs homès boös,& q apreçaſsé eſſe cäpo,&
effeoliual be,& direitamente quanto podia valer fegundo Deos,& sàs almas,&efes
dc fufo ditos mi diíferom,q clles apreçarõ cfTe oliual do Comendador,& das Donas
de fufo ditas,q era bê cõprado de lx.libras,& o campo de Fernão Gomes,q foi oliual
como vem àa carreira per aquelles logares perhuelles deuifarom,q era bê côprado
de cento, & fincocnta libras,& afsi a monta em todo o preço aqelles aprcçarõefes
logares duzentas & dez libras per todo conte;& eu tenho por bê de dar cfes dinhei
ros ao dito Comendador,& às ditas Donas, & ao dito Fernão Gomes, & a cada hum
fegundo como o apreçarom. E eu dou efe logar aos ditos gafos porinha alma para
todofempre, & mando,& defendo que nengum nom va contra efto. Em tcítemunho
deto dei ao dito Confelho de Santarem eftainha carta Dante em Santarem xxviij.
dias de Dezembro.ElRey o mandou. Afonfo Peres a fez.E.de M.CCC.XL. annos. "
E S C R ITVR A xxxv 1 I I. ' .

Que he a doação de Dona Mecia de Haro (reputada Rainha de Portugal)


em confirmação do que fe diz no Cap. 14 do liuro 17.tirada do car
torio de Alcobaça, liuro 4, dos dourados, fol. 1 66. ……. .
N Dei nomine.Notum fit omnibus hominibus tâpræfentibus,quá futuris,quod
âÄÈÉÊ ego M.Deigratia Regina Portug.de beneplacito,& voluntateheafacio caftam
歳 黎 domationis, & perpetuæ firmituaimis tibi Pelagio Petri, & vxori tuæ Mariæ
º
º

§233 Gon/alui de vno molendino de Turribus nouis, quifuit de Petro Pereira, ficut
**ềàỄ*à diưiachat cũ D5na Maria, & Durando % & cigalijs molendinis in ter
ruino de Qurem, qui vocantur de Stephano Welio,& de vno meo regalengo. quod habeo in ter
nnimo de 0urem, quodvocatur:: tibi.& vxori tuæ prædiäios molendinos, & re
ga%ngú,&/icut eos habeo,& habere debeo cü totis fui$pertinentjs, proferuitio quod mihifé
diffi,& amiffi propter me quantù m Leirena habüiffi,habeas cü ipfos molendinjs,& regaìn
gí, & oJinijpo/leritas tua êunéiis tëporibus feculorü.Et fi aliqui;7omo venerit tah ex parte
mea quâ extransa, qui hocfaélú meüirripere voluerit,quantü quæfierit,tantú in duplo cöpo
-nat.& domino terræ mille marabitinos, faäa carta donationi$teriioAonas septembris.EM.
cc LXXX/1/4, Egº Regina o M predicia hane carta roboro, es confirme. Quiprefentes fue
• runt 01aacus Lupi de Sakea%,Sancius lupus, Garcia Sancjj, Martimo Figueiroo. D.Silue/ler
, Capellani«s Domime Reginæ, Petrus Abbas caneellarius eiufdem, sanciuîPetri,ortio orti*,
/oannes Garcie, Ioannes Dominici, Martim Gutierres iudex de 0urem. D.Mattheus, Joannes
Miehuel, Dominicus Pelagij, Dominicus Petri, Petrus Petri, Petrus aé fefla, & Goryaluus
Plagi qui tunc erant Maiordomi de Ourem.Domnus Egidius præsbiter, Mart.de Deo.'one
ortis4gi tunc erat praetor ae 0urem Martinus notauit. £t vi prædita donatio maiorem o}-
aheatjirmitaten, dedi ei in teſtimonioiſtammeam eart3aperäiſgillowed communitam.' ..
* FIM DAS ESCRITVRAS DESTÉ vóivME. *
INDEx
DAS COV SAS
PRINCIP AES OVE
SE TRATAM NESTA Q VIN
ta parte da Monarchia Luſitana. Onu
mero 1, he das folhas, & as letras i
A.B.C.D.fignificão as colunas; …
quando fenão aponta mais
|| | | Č o primeiro numero, …
- - , conté o qfe trata em , , , , , ………
toda a folha. .
• *

CA.
pw has mãosf armaucaualeiro nº
Zlade era º mºfinº, que confº/
A *JAlbades de.Akola;afâ5 Ef.
ſor. 73. . . .. . . .... . . .
Igreja (athedral de Camara,cº da
quifeprowaferindependétedbi steys
-

º de Leão.6: Cytella. 12.C. Pos cer


moleres mores dos Keys de Portugal. co a2adajoz,porfer da conquilla de
... 192-6. . . . . .. .. . ?ortugal 17:24, Fundou o mo?eiró
LAbbades de Poblet Efinoleres móres de Aguiar. Zºeulhetaria de couto.
dos Reys de Aragão. 192. é.. 241.(. Tambem fundou º da Cola.
Abbades de Zaura ja%Capités müres
daqueles coutos,6 ºbrigados aguar 2. Afo%3.29 de Portugal quando,
dar Portella de Homem no tempo da &•porquem foi diſpenſado по саја
" guerra, pºrtujº refeitº tem alguns mento cama Rainha 2.2rites. 2.
priuilegios. 57. A. , – . - z - EA. Fez taxa nospreçºs do £eyno.6.
Ahains de quem defendem. 124. D. C Porquerazão deixou de intitular
qual era º/alar difiºfamilia, 27o.
e Rey do. Algarue,erare que rempo.
Ž
Fr Abril Pires da Ordem de $•. Pan * 13.-42. Em que anno, mes, & dit
... morreo. 36.zi. Foi tres/adado do
τίβο. 234.4. -

mº/teiro de São Zºomingos Ae Lisboa


φ, Αβιβάanimazσ4?αική ‫سی‬-‫س‬ para º de Alcºbagº. 1566.
-- ~~ *
x 2.4 ே
Index das coufas principaes
zºom Afonfº Sabio de (ºfiella compos e lhe deu/eu pυ. 73. Α. guando
hum cantimeirº de Nota Senhºra. akançºu alcançºu "prºfis㺠para
7, A. A que Principes armouca- cafar com a Infanta Zona Brites.
ualeros. 14. C. Confentio que ju- 258.C.
…/em por herdeirº afeu filho Zºom | —Afºnfº
*
Sanches, filho ரிசக் deixo
Sancho, fendo vius os filhos do filhº. zºom Zinis foi º mais velho. 174.
mais velho. 81, B. Intentou defpois · D. Quem faiſaa maj.175.B.Zel
dºſalarlheaheranſa. C. Z. Sancho le deſcendem os Albuquerques, &
ºpriuou dos Reynos de Leão, & Ca нетеиерог mulher.C. Foi fenhor
fiella por/entença, que nas (artes de: ¿eCampo maior. 191.C.D.
Valladoliddeu/euproprioirmão.D. o Infante zºom. Afºnº, irmão delR9
Recolhesſe a Seuilha, & ahi publi 2Dom Zinis, como/efez»a/alo de
coufentença de rebelde contrafeufi Rey Zººm Fernando Quartº de (a-
lhe, desherdandº dos Reynºs. 82. fella. 24. C. Por morte de/cupsy
A. O Papa 3 artinha Quarto º pretendeo e Keyno de Portugal, e”
fauoreceo. B. ElRey Z), Zinis lhe com que razão. 37.C.7eue º/enhe
correſpondeo/empre. C. D. Teue , ria de Portalegre, staruão, Arron
em/aa ajuda a nº/a Rainha Zanº . ches, &• Vide. 6o.B. Quando quis
2rites filha/ua. 83.C.-Afrigirão murarvidelha impedio el?ey Z)cm
lhe muitos Portugue/es.84. D. El Zinis. 61. B. Ketirou/é a Seuilha,
Zey de França veio ajudalo. 93. cº por procuradores fé compos com
Zaas vezespedie/ocorro a elKey de ele.D.Zaſomed das compºſes.
Jºtarrocos. 81.D..%terreo em Se 62. A. Foipriuadº do governo da
uilha, 6 em que annº. 93.C. O cidade daguarda. 125. C. Em
-Anjo dagoarda o auifou defuamur -Arronches foi cercado por (eu ir
te. D. Řelatãofºagãas mandas de mão, é por elRey zºom Sancho de
ſeu teſtaments. 93. D. 94.A. B. Coffella, 129. C. D. Cafoufem de
Seu corpofai enterrado na Sê de Se pen/ação com Zona Violante, filha
ulha, o coraçãº, o entranhas na dº lofante 2)em Xanuel, é quepa
Igreja (athedral de Murcia.D. - rente/cº tinha com ela. 247. B.C.
zos.…fanfo Nono, & vltimo &ey de 24 legitimação de feus filhos. 249.
Leao/entiofer armado caualeirºpor А.Стque occafaeinpaeroи о Хо
2om_fanſ,Oitauo tey de Caſtel no.274.281. A. Foi cercado em
la. 14. B. .?ortalegreporel&y/ëuirmão.274.
O Infante Zom Afonº, filho delRey JAfon/62inis,irmão delRey Z). Zinis,
2on Zinis, o feu herdeiro, quan motrºfe quefeibaltardo. 38.B.C.
dക്കl-n&. 171.B. Quem 39. Caßu com 2...ºtaria ?aes Æi
faifa ama depeito. Seu ayo. 72. beira,&qué defendedelle.27o.B.
C. Seu (hangºrel. D. Que renda 22m…fºn( irmão da Kainha Santº
-
-- - - ------

Iſabel
e deta quinta parte.
Iſabel tinha μorgio no mofriro de mingºs de Lisboa, dº confilhº dela
-Xéancellos entre os Kicos komens. - Rey. II. A. - -

68. B.
J4goas santas, era mºfleiro de Religio
Zºom Afon/% de Lacerda herdeiro dos faş da Ordem do Santo Spalthro.
Хеупо; de (fiella não admitido á 1 54. B. Zepcisfeencorporou na
ſucceſſag aklle. 8. Β. Κειοννεο de 3alta, de que hoje he Comenda.
a elRey de Aragão Zºom Pedro, дие * 153. B. . . . ... . . .
o retene injuſtamente. 40. C. D. ¿Aguiar, mofleiro de Religiofo; à: ೨.Áa
ElRey Zºom Sancho lhe prometteo º * Zernardo em Portugal, em que an
Keyno de Xurcia, pºrque defi/e º nº º fundou ElRey Zºom Afonfº
do titulo de Rey de Catella, co. дие # Henriquez, 141. C. O mº/mº
ouue nífio. 13%. B. Fez liga com Rey lhe deu carta de couto.B.
, alguns Principes contra feu tio el … Têm huma Imagem de nº/* Senho
Zey Zom Sancho. 237. A. Foi s ra, quefaz muitºs milagreż. B. Os
jurado em Sahagum Key de (afiel Reys de Leão lhe fizerão algumas
ſa, Toledo, (ordoua, & Iaem. doa;#s. C. D. zonde felhederi
-

237. C. - -
º uou º nome. D. Quem foι oprimei
-

Zom JAfonſo 7.k.a. அன, pa º ro_Abbade. C. Heñiação de São


uoador de –Albuфикrgue, com quem
Io㺠de Tarouca,º comºpoaiatam
-

foi cafado, &' que familias defcen º bem fºr filiação de ºcoreruela.
dem delle. 102. A. B. ZDew á ** 242.B. „»: { ---
sº de Tºledo of coffellos de Zos Her : Zoin J4ymerico. 2/ρο de6imkr« dom
manos, 9 Xala moneda, grporque de era natural, & de que familia,
reſpetto. Io 3. A. … quando morreo, é onde foi/pol
Fra_Afonfº Kodrigues da Ordem dos ºs rado. 235.Á. Foi Adeffre delRey
Xenores, cujo filho era. Foi tfia -* ZO.Zimis. B. * * * * * *
, menteiro de:/йаfobrinha 4. (omdef/a D.ε.4γνε; foi oprimeiro Prior da Or
ZDona Leonor Afom/o, irmäa del dem ao Hºſpitalem Portugal,& Ca
º Keyžom Z)inis. I 2 I.B. E Coar ” htевяетфие гетро.47 В.
dião do Conuentº de Lisboa. C. JAlbergaria da porta da Afamarma
Teflamenteiro do marido de Zona em Santarem, quem a inflituio.
. ... Zataca. 234. B. E de Zona Con - Anda nos Ci/condes, comº morgº
#ança.270.C. ...'' d,74.Α. º, --

Zºom Frei Afºnº?ires Farinha fºi Albuquerques de quem defendem.


. Prior da Ordem da Hºpitalperia º, 175 s C. - . . **º \ -

ι, νικ, πιεζr. F?ς aigües jornadas Авидиетие, фитриори: illa,


fºra dº Reynº emfºruçº de Zeos, `, то2.А. *
@% da Religião. 47G. . . -Akaçauas feita cºla preº, pom
அ ~Albertis Prior de São Zo Jºfan/37rceiro, a qual/ejugou o
------------

- - - ----- 2 fenhorio
Index das coufas principaes
Jenhorio temporal della.54. A. El. dra, o benzgo o frio. He filia,ão
Rey Zom Zinis lhe confirmou º fo de Claraual. A primeira Abbade
ral. 53. D. Laurou paçºs dentrº ça dele. Zºão/e outras nºtícias rº
do Caftello. LAtè que tempoſe con cantes a fia/ua primeirafunda,ão.
v
/eruou na Coroa. Quem a pojuio 15o.C.D. 151. A.B.
, até que Zom leão o Segundo a deu Zem Alon/%2eres de Cu/mão, quepa
a Z). Henrique Henriques, em cuja rente/cos tinha nºfie Keyno. 213.
ce/a anda. 54.B.C. C. Zefendeo o cerco de 7arfa con
Altaforados padroeiros do.2(ofteiro de tra o Infante zom ſoio de Caſtella.
20telo da Ordem de Sam Zento. 214. A. Sofreo que lhe mata/em
биатоtrека, с ата 34. С. por efe repeitº º filho. 2 13. D.
D.*.*.*, * -
ElRey Zºom Sancho o brauo lhe deu
Alcaides móres fechamauão Pretores. o titulo de, Bueno, nele fundou a
143.B.C. Que juri/dição tinhãº. excellentiſsima caſa de 2tedina Si
ibidem. . . T-, • - - donia. 214. A.B. -

Aldonça κrgω, πώ . ു ZDom Aluaro Nunes de Lara fez guer.


Sanches, filhº delRey Zom Zinis, raaelzey Zam Sancho de (ºftella
era da familia dos Soufas. 175.B. pellaparte de Riba de (oa, espor
Que doação lhefe<elRey.C., º que cau/a. Alguns Portuguefes lhe
Alfeizerão capacidade de feu porto. - ºfijiirão, 121. 122. A.B.D.
121.A. Nella agaſalhou o Abbade Tornou a/uagraça, é porque modo. it.
de Alcobaça delRey Zºom Zinis, «º 130.D. - ** *. -

á Kainha Santa..124, B. .. 4luito hevilla, que ZDom Eleue Anes


- Algarúe como pertence aos Zeys de deixou aos Keligiºfos da Trindade.
Pºrtugal. 99. D. Loo. A. Quaes Elles lhe derãoforal. 51. A. O mef.
fað osſeus limites. 1o1.B. C. O ti mo Rey a alcançou depois por tros
tulo de Âey do …4lgarue mos de(%- ca dos Żelgi/os. $'r. A. 86. D.
fella, como deueentenderf.C.D. Re cabeça da vnice Zaronia, *ие
Aliáe era terra do de4rito de Portugal, º ha no Keyno na familia dos Lobas,
º quem teus dela ºfenhoriº. ºpor quem lhe entrou, fr,
. Io9. G. … . . . 2%. , * --- \, , , - -

A്ജിilid mlു. Santo Amador fºi criado da V,irgem


thilde, que lhe fuccedeº no Condado. Senhora Nofa. Como veio aº Reyno
38. A. . . de França. Ám que parte yiueo. Co
Almºftermo/teiro de Keligiyas des m mo fºi achadº feu corpo em huma
3ernardo, fundouo ZDona 3eren Igreja de Santa Maria, que αβείς
gueira.z)omi Zomingos JAbbade de ... fe chamouヘda・ zoca de Amador.
で下、サー

-
C&hººlhelanºn aprimeirape 271,B,C...º
.. . . . . * ... ."
* - --

** - .*** *.º- a - *
~ : * - -
** ,
*" *ヘー -
-
; :«
-

v sº ', * . .
defta quintaparte. ..
Z). Amada freira da Ordem do 7em txòt##4 heranz« do yllime pyf•ldw. º

plo em Tomar.92.B. τoγ. Α. - - - * .

.Amada foi aprimeira Cirgem Cofal. Arronches vila,quemieue delli»fºnki


92.В. - -
rio. True contendas com Alegrete/-
O 2eato J4madeo ?ortugues,que refe -- bre os termes. 129.B. Zefereuefe d
lação teue/ºbre a mudança da ca/a Ário. A. Nellafoi cercado º Infante
de no/a Senhora de Loreto, voo. A.
Santº-Andre, Igreja de Lisboa,º quem Arruda vila,dadapºr elRey Z), Sancha -
deu elRey Z). Zinis ofeu padroado. ?rimeiro 4Ordem de ºãtiagº. Nel
11o.A. . . . la ºfteue oprimeiro conuente das Co
Santa, Anna,mofleiro de Želigiofar, que mendadeiras de Saníios d¡a Ord?,
ºfiaua junto à ponte de Coimbra, em 2.88. A. * -

que anno/e mudou ao lugar chama Auelares donde d/cendem. 1z6.C,


do Vatſa. 1 oz. B." -
292. A. . . . -

-Anuáua era ºferuiçº que f fazia nas Auogado que titulo era. 268 D.
cauas, 69 muralhas dos cafellos, é"
em fua reforma,ão. 57.B. " -º-, . . . . 2,
Lºpofiolgos fe chamadaõ os ?apas, @jº
сот фие razão. 148. B. * . * I , Adaioz era da conquiſta de Por
-Aragão appellido de hûa familia difle tugal. 16.D. 1.

Zeyne,3 de quë dećendë. 26.1.C. 2arcelos em queթվթ4: andou com ti


. Aregavilla, quem teue della ºfenhoriº. tulo de Condado, atéquefºpromoneo
Ᏼ.Ꮯ -

a Zaquade. 263. С. , , ,
JArmada./ahião de Coimbrapel.»ã- Zarcelona (cabeça de Catalunha) que
dego. 22. B. :: * : correſpondencias teue com Portugal.
Jºrmas dos (gominhof.232. C.
Armaf da cidade do ?orto. 3. A. ' Bargançapreuffer d 4%rito, oſé
Armas da vila de 3á-lo. 216.C. … nhoria de Portugal. Io8. D. Iog.
Armas dos Alsafarador. 34.D. º. A.B.(amo entrou mºfía coroa. 11o.
Αrmardo, Farińhas. 88.D. . . . - A. Atè tempo andau nella.
Armas dos Lobatos. 229.B. I
Que# ate que el
Armas des Pegados.293.A. Rºy Z. Afonfº Quintoa deu em 3u
Arm4] do*-Xčad#ir«*. 16*.A. . . . : quado atè ºpreſente. B. . -

Armas dos Sá...218, C. … : žellas villa, 7užteue della o|ம் *


- Armas dos Caβος. 2 97. C., , -- ºpre/ente. E quempº/ºiº aquinta
Armas dos (ofiat.3oo.D. \ · · · · … de Zellas arº que entrou na се/2 е
Arouteappeldºdºſinhere; le Fºx de - Franciſco Correa. 288.D. 289. A.
. Arouce, em que faltºu јасејао. 25.2etaça veio por dama 4 Rainha
196.D. 04%irº de Largº fº ¿ Santa (abel, eragarenta/ua, dº
--~ *
* - -- - - 张孙 camdent,
Indexdascouſasprincipaes
cendente doi Emperadores de Cre - 6 cm que оссуавра/иа (estella,
cia. 68.C.D. com quem ca/ou mºfle Seu auº Afonº Sabio lhe deixou em
Reyno. 69.A. Não lheficarão filhos. teflamento cem mil libras para cofa
Jºtandoufe enterrar na 3è de Coim mento. 56.A. ElRey Z), Zinis lhe
deu espadroadºs das Igrejas de 20
bra, a que deixou/ua fazenda. C.
29/ροί, аежииара/ои а (aſtellapor te mór. 114.A. Sua mã, lhelargºu
Camareira da Rainha Z).Confianç4. , as terras do 1ofantado. D. Quando
True afenhorio de Santiago de Ca elRey Zum Zini, cercou afeu irmãs
cem. Zeixou naquela Igreja hum4 ZD.Afonfo em Portalegre, os compos
zeliquia de Santálenho.7. l£9 23 a ambos. 284.B. As filhas difle In
Fernandº lhe deu «villa de Pedrºfº fante Z% Afonſoſaas ſobrinhas re
fa, 258.C. Foia Aragãofazerpa colheo ella de/pois de viuuas no feu
‫ ويع‬.2‫ و‬.A.1 - -
myfeiro das Afuelgas de Žurgos.
z». 2erengueiracujaflhafoi. 149. A. 29o.C. Outorga que deu á Zainha
B. Jºaoftrafefua nobreza, & com 20.2rites fua máj. ibidem. ?or/ea ,
quem tºfu. C. Fundº º mfeirº roge deu elkey priuilegto ao (abido
de Almoler. 15o. B. Prouee que de Lisboa.D. O Santo Crucifixo de
n㺠profe/ou na Ordem de 2íalº, Zargoi fezmellahun milagre. I 16.
aindaque trouxe a Cruz Iy2.C.D. C. Acrº/centºu º convento de Santa
Fr.Zernard, Жtoraguг Religiofººter Agºtinhº da me/macidade.116.C.
cenario, veio de Barcelona eða Kái D. 117.A.B.3andou Religio/as
mba J4mt4.67.A., -
parapouoar? • dusHuelgas de V.4-
2. Fr.Zerthalameužiſpo de Silues mo lhadolid.119.B.2ſorres no de Zur
firefº que foi Xange de САicata;", gºs. Ir3.C.
-
. . . "
era da familia dos Jºachers. 43. z,žrancamy dezom Afomfo de La
B.C. * .. . .. . cerda veiopedir focorro a elRey zis
Zalham appelido,que/e acha em Lisboa Zinis, é porque o não alcançºu. -
no tempo delRey2.2inis. Io4.D.
Zotelhos de quem defendem.246.B. 22ranca
Pedro dePires mulher
Zarcelos cujadºfilha
Condez';
era. ‫است‬.

A InfantáZZranca, irm㺠mais ve


lha dilKey Z».Zinis, teue ofemhario 177. D. . . . . . . . . . . . . . .
de Monte mòr e&elho, & (ampe 2ாமராஜா 2.2;
JMaior. Foi fe?nhora do moñeiro de nis cuja filha era. 293. A. º
Leruão, é tambem do múteirº das A Kainha Z).2rites mājaelitºyzom
Huekas dežurgos.55.D. Emme Dinis cuja filha era, r 14.D. 7êue
nhum delles profe/jou,56.B. Quan parte dogouerno neprincipio derey
de come,ouagouermar Loruäa.32. · 'mado de fiufilhoji:D... ?orquera
ElRey2.2inis lhe deu a quinta de gês não continuºu muito tempº.gz.
лауарда. 5; С. Етинентре, AB. Deuservaisirs de Akvá',4
egº:
deta quinta parte.
epadroado de Sam Pedro de Torres horas canonicas,6 que பl:/
2Nouas, A. Recolheo/e a Leiria. 55. ſa quotidiana. 27o. D. El Rey Do
A. Socorreo pe/oalmente 4/eupay João o Segundo a ordenou nos peçºs
elRey Z). Afonfo Sabio. 83.C. Em de Euora na forma 4ие 4gora già
Jatisfação recebeo muitas villas. D. nos de Lisboa. 271.A. O me/ma
Tambem alcançou º Keyno de Nie. Rey ºrdenou tambem capela nospa
bla.84. C. Vufe na cidade de Toro gºs de Sintra. 171.A.
ста Rainha 2. Жаriapara com Capitoa, morgado que anda mo: (ondet
por as di/cordias defeu pay, é ir «e Santa Cruz, quem o in#ituto.
mão ZD. Sancho. 93. B. A/#io à 174, А. - -- --

morte dopºy.C. Foi tºflamenteira Caffros. 268.B.


fua.94.C. Zeu a villa de Mourão Carlos Rey de Napoles pretendeo que
a Z).Xaymundo de Cardona.95. A. Dom Fadrique / não intitul/?
Porque razgés/e deteue em (atella, Rey de Secilia, co"porque razão.
cº are que tempo.97.D.98. Zeu 3 Io I.D.
Ordem de Santiagº aquinta de Ki Carlos Rey de Secilia quando morreo.
baldeira,é largoulhe também «vil IIz.B. - - --

la da_Arruda. 287. D. 288. A. Carwaholas onderem/ªu/ºlur. 128.B.


• Nella renunciou a māyas terras da Carta de %(artim Amnes. 1 , 3.C.
Infantado.1 14. D. Têue tambem Carta da Abbade de Cſter Roberta
as rendas de Zadajoz. C. Quando para elRey D.Dinis. 22.1.A.B.C.
elRey D. Dinis cercou a feu irmão Cartados pouos de Leão adRey Dom
D. Afon/ em Portalegre, ºs com Dinis.262.C. . . .
pos. 284.B. Catella quantofeja contraria a Franº
2.2rites filha do Infante Dom Afon/, $4. I I 3 A. - - - -- -

, irmão delRey Dom Dinis com quem Cº/ams Rey dos 7artaros com qué ca
себи. 281. В. Jah. Seguis a lei de Christo, es procu
... roulurar a 7èrra Santa. Para 1/3
- 2. mandou chamar os caualeiros do ??.
.

բե,* Hºſpital, 176.C.


?~ Alreiras. 213. A. · · · · . Caterina de Xadicis Rainha de F4.
- C,ºga era º me/mo que retá .* ;ºpretendes » Reynº de Portugal,
goarda, e9, atè que tempoſe conſer º com querdzão. 37.B.C.
aou9fte vocabulo. 57.C. Em (offel Caualeirº armado por mão alhead
la/ey/Guatámbem. 58.A. nºt4/ubordinação. Iz. B. . .
Camaras de qué de£ende. 176. C. D. Caualeiros fidalgºs Je nomeauão mih s;
Capella realera a de S. Xtiguel nospa tes.76. - º

çºs de Lisboa. ElRey D. Dinisfeio Caualeirºs n㺠fidalgºs come/?chamº


| primeiro que ordenoufrezj@nella. ид,с диле; т? Со «таи"
‫ش۔‬---------------

- * #4 caualeiros,
Index das coufas principaes
cavaleiros, 64ие соц/a era caшale Zº. Confiançajilhaprimeira, రూ legiti
ria. D. ma delRey Z). Zinis, quando naceo.
Cerueiras de quem defendem, & aon 172. A. Sua ayafo 2. Zetaç4.
detemſeuſolar.28o.C. 173: Ca/ou com el&ey Z). Ferrando
Ceares donde deriuarão o appellido. de Coſtella. 299 A. -

162. C. .z).Confiança filha do Infante Z). Afon


Chichorros de quem procedem.185.D. fo,irmãa delRey Z).Zinis com quem
186. . саби. 28. А.
Os Chançareis nofim do Index. D. Confiança mã) da Rainha Santa
Clerigos del Rey porque fe intitulauas lfabelde/pois de viuua ºffio em Si
4βί.42, D. cilia.298.B Quando,< aonde mar
Coelhos de quem defendem. 34.B. reº, é em queparte/- mandou en
Cogominhos de quemprecedem, 6 que terrar. C.
4rm45 tr«<#m.7.31.C. D.Comſtanţa. Lourenſeſ gunda Jºlba
Coja villa de que he/enhor o Zipo de dja de Odiuela era Keligifa de
Coimbra. Zella deuião/er/enhores ЈАrowса,сија filha.223.В.
os dete appellido de Coja.36.A. D. Canfiança ºutra. Abbade/a damº/
Comendadeiras de Santos aonde tiue macº/a, cuja filha era. 213.C.
r㺠º primeiro conuento atè que fe D. Confiança }endes de Joи/а сија
pa/ar㺠para o de Santos ºvelho de filha era,º com quem cafou.27o
Lisboa. 288.A. Elliuerão recolhi Corneis onde tem/eufºlar.178.A.
das tambem nospaçºs do Limoeiro. Cottas pefas deliºfamilia.fol3oo.D
Em que tempo / mudarão para º Criados dos Keys erão os mºços fidal
conuento em que agºra elião. 289. gos da criação.3o.A.B.
D. Zafe hûålilladas?reladas que Criados,é criadas chamauão também
ºgouernarão com algãas noticias de os fidalgºs aos parentes que criauão,
feu tempo. 288.B. atè 29o. A é ainda aos que º não erão. C.
Concilio celebrado em Gompoſtellaparque Crucifixo de Zurgos he obra de Nico
саи/а. 97.В. -- - - demus.116.A. 2aſe delle huabre
-

Condes de Orgá% de quem procedem. ue noticia.1 I 5.C.D.


18;.C. ' - Santa Cruz.de (oimbra confirmalle d.
Condes da Sortelha de quem procedem, Zey D. Zinis/eus privilegio:.7ax4
é por onde lhe entrou ºfenhoria de quefefez de/uas rendas.22.C.
oes. 21 o.B. Cunhas aonde tem/eufºlar. 1o6. A.
Condes de 2enaguide. Veja/eSás.
Conegºs de Vyeu tempriuilegio de ca Ꭰ. * · · · · · · · ·:
ualtiros.76.D. -

Confraria dezºia, que fatutos tinha. 4οίοι, ? . França que


252. D. * TT |4422 44೫೦ಕ್ತಿ 4ę ZXeos perin
----- ‫م۔م۔م۔‬-- ‫۔‬

μrcξβιο
*----
… deta quinta parte.
terceſſað de S.Zinis. 225.C. Reyno empaz.com ºs หยfhbor, 40,
ElÃey Z).Zinis naceo em dia de S. Zio- "A. Que parentefco tinha com
nº Areopagita. Algumas Igrejas º elRey de França Felippe, é com os
-
fundou depois a honra defie Santo, Lacerdas filhos do lnfante Z). Fer
2. Poi oprimeiro que na cºfa &eal mando de (afella.41. C. Que Pre
teue fie nome, é por/eurº/peito/e º lados aula então no Reyno. 41.42.
º introduzio no do/cendentes. 3: 2. 43. Que ordens militares. 44: B.
ºua patria foi Lisboa, 6” nela foi . zºafe notícia dos Ricºs homens, cº
- dº/pois leuantadopor Key.D. Quem ..", minfiro; del Rey. jo. Que razpēs
i fotfaa ama depeito. 4. A. B. º teuepara tirar do geuernº do Reyna
Quem º bautizºu. B. Quem foi/eu º afua mã, a Rainha Zona Zrtes.
padrinho.C. Seus ºyos.5.A.2tan- -º 52. A. Confirmou os priuilegios do
dou traduzir em lingua Portugue/2 tºmºteiro de Zouro. 5 r. D. Zeu à Se
varios luros.6.C.Compos hum can- º de Tºyopadroado da Igreja de -4-
cioneiro em lauuar de Nº/a Senho- - º rega,º porque refeito 52.C. Иi
ra. D. Sendo de tres annos lhe lar- - - ftou as Comarcas do ?eyno. 53 54.
| gou/euau, 9om Afonfo Sabio oyo- º zete afua irmãa a Infanta Zona
-
frućło de Žeeyno da Agarue, c9 com Žranca 4 quinta de 2tan/apάο. 55.
. . que obriga,âo. Ze quatro annos & … C. (onfirmou ao abbade de (edo
meiºpº/ou a Seuilha, é fºlhere- º feita "priuilegiº defeu couto.56.D.
metio atalobrigação.7.C. O moti- ** Zeu varios foraes. 57.B. Em фие
| voque ouue. 1o.C.D.34rafº que · anno mandou Embaixadores a Ara
, оргото диe deи аjeи вибпаoyoi gão para tratarem feucºfamento,cº
, ºbrigatorio/enão voluntário 15.C. º quemforão. #9. A. Em que anno
... Ouira vezpaºoua (fiella como ar- … poffolia, Alentejopara impedir, que '
, buropara cºmpor as duvidas entre feuirmão Zºom Afonfo n㺠mura/-
Zom/aime Key de Aragão, é ZW º fêa villa de ciaº 61.B. Embaixa
. : Аfºjo Sabia/ём ашёл і С. Naa dre de-Aragºа, фиеyierža arati
fல் armado caualeiroporelle. 12.ate ficar o ca/amento,é quem erão. C.
...74. Foioprimeirofilho de &ey, que - Elles, «» o hyante zjom Sancho de
em Portugalfe chamou primºgenito, - (a/tella compº/erão então a elRey
…gºfilhº herdeiro. 18. A. Zafeara- … cemfeu irmão. C.D. Em que modº
: 2 xão. I9.A.B.C. Fez.nelle S. Frey … fé compuferão 62. A. Zeu procu
* Gilbum milagre.27. A. Foi ºpri- … ração aos/eus Embaixadores para º
. meiº quefendº Infante true ca/2, … receberem com a Rainha Santº.63.
... 6 de que idade.28.A. B.Z)4/? hãa . B. C.Em que tempo celebrarão elles
s Alfa dos fidalgas 4ие ്ntr് afr- ' ' orecebimento nos ра;о: de žarcelo
…uilo.29.D.3o.A. Em que tempo \ma.64.B. Em 7ranquo/grecebeu º
** começºu a Égnar 37. B. Achou º # > mºfinº Rºya Rainha Santa em dia
*
A. : :"...} - de Sãº
Index das couſas principaes
de São João Zuptfia. 66.A. Ꮴ☾ á Coarda,6" com que occaſio.7irou
tou'Alemtejo,6* Algarue, zo, 71. o gouerno daquella Cidade ao Infan
Tratou de compo4;&, com o efiado , tězom.Afonfo, dandolhe o de ou
Eccle/afico. 71. Em que tempo as tras em troca.C. Dà licença para
cõcluio.72.B.2ádou bu/carminas 4иеpude/em herdaras Religioſas de
neffe Zeyno.79. Reugou as merces S.Domingºs de Santarem.127.D.
inofficio/as que tinhafeito. 87. C. Cercou em Arronches afeu irmão
Compos huns bandos que ouuefobre Dom Afon/0.128.D. Dέβοι, {& c3
•/enborio de Coes. 88.D. Na Sé de pos com ele, é porque meios. 13o.
Lisboa ordenou exéquias ºfeu au". A. Fez compolição com os parentes
96. A. Atandou Embaixadores có do Conde D. Gonçalo Carcia de Sou
ºpºfame a/ua mã), # */eus tios. fa napretenção de/eus bens. 134.C.
Óutros a elRey Zom Sancho.|96. Trocou cóa Ordem de Santiagº al
A. Trata de fabelecer º direito que guas villas, e caſtellospella villa de
tinha ao Reyno do Algarue, 6 por Almada. Fezlhe tamhem вращай de
дие саија. 99. Ioo, оп. 2ali caſtello, 6 villa de Cacela. 138.C.
cença para/e fundar º mºleirº de D. Trocou a villa de..ºtofrapela de
S.Domingºs de Euara. 1o3.B. Fez v Portel. 144. B. Fez compºfias com
bãa camp fan cam apeue àe/ished. vs Eccleſ affices. 14;.C.D. Deu li
1o4.B.C. Encorporou na coroa o - . . cemga ao mo6eiro de Almofterpara
padroado da Igreja des...xaguelde herdar.151. A. Socorreo com gente
_ · Cunha. 1o6.A...?(andoupouoar a a elRey Dom Sancho. 155.D.3tam
villa de Paredes. 12.o, D. De Coim- -dou fazer inquiri,òżı das homras,&
bra pa/ou a Alentejº para reprimir º porque razaõ, 159. D. Deu algüas
&Jinηatctago", de/ги irmão contra Igrejas ao Zipo do Porto. 171. D.
elRey D. Sancho de Cotella, 123. Quantos filhos befardos teue.174.C.
A.B. Dº/psis de recolhido a Lisboa Fezlei que nd് herdaffem os Eccle
ardenou inquiriçºês gêraespara f¢ fasticos bens derais, es porque cau
fazerem algumas reflituições de fa (a. 187. B.C. Trata cº/amento de
zenda.123. B.C.?a/ou a Cºim /*a filha a hyanta D. Con#anga cố
brapor Alcobaça, é a Abbade da o Infante D. Fernando de Coella.
quelacº/, º agº/alhou em Alfeize 2o6.C. Faz concordatagèral comº
rão. Nele deu elRey à Rainha S2 os Eccleſíaſtico do Keyna zo9.C.
ta as colheitas de Sintra, ºr Porto Fez compº/gºs particuleres comal
de 2ťoz. 124.B. Estandoem Coim
- -
guns Ziſpos, & Cabidos. 2 o9. Di
bra lhe deu algüasterras, é cº/tel- 21o. A. , 2tandoufazer
- - o caſtello
los C. Concordou em Leiria ao Al ° de Tauiramo Algarue.zr,B, Trocou
caide mòr D.Pedre Annes com/ил - al ñas Igrejas ്ണു Ζίβο da Coar
irm㺠D. Marie 125.A.B. Pasta
--- ---
da Dom Frei lo㺠D. Fezgºerra a
' T Ca#ella
deta quinta parte.
(affellapor morte del@ey Zy.Sancho farafeu Rey, é por quem. O hi
em/auor do Infante Z). João, irmão fante Zom Henrique, tutør, 3 tið
do defunto.2oz.Restituioa »ciran delRey Zõ Fernando fêveio compor
della o termo de Zo.(hamoa, 21 3.A. cum elle, 231.A. Com Z), Fernando
· Fundou o modeiro de Odiuellas.218. Je vio em ciudad &odrigo,onde/éra
C. Pela deuação que tinha a S. Zi tificarão os concertos.B.C.?a/ou º
nis, lhe deu ainuocação do mºfino Alentejº, 6 deu foraes e Serpa,
Santo.1 19.C.D. Liurouo Zeos de 2toura,& Noudar.233.B. Qaf
hum y/o por intercestaõ de S. Luis braas tregoas con Clella, º entra
Zi/po de Tolo/a.218.D. ?ecebeo ou com exercito em fauer de 25 laime
trofauor do mefmo Santo, & man Zey de Aragãº,é de outros prerem
: deu fazerlhe húa capella no mofieira fores áquella Coroa. 237. D. Que
• de Saó Francißo de3eja. 2 19. A. сли/а teнeрar4i/. 236.D. 237.
Zeixoufinco Capeliês em Oduelas A. O que obrou nefajornada.238.
ton obrigaçao de 2aſſa 4uotidiana. А жуirвериета, фаша фrga
219.D.Z)eu a efíe mºfteiro os padroá Joamandar defafiar ael3g de Ca
dos das Igrejas de Santo Efeu㺠de Rela.B.C. Tocºu algüas/grejas có
…Alenqwer,é*$am /ulião de Santa * Ordem de-dcantará.237. C.
rem.224. C. E tambem lhe deu li | Fez/efenhor dos lugares deæiba de
cen;a para poder heràar. 22 5. B. • Coa. 238. D. Com quediretto os
.»tandou fazer a Kuanoua dº Life … accupuw.243.D. 244. zJaöß al
... kea. 1 2 8.D. ?a/ou com a (orte á … gumas noticias do que facedeo ntfíe
· cidade da Coarda;& com 4ие inten . . Reynoma occafão daquellasguerras
tos. Zeu à Infanta Z).Conſtanța/ma 245. Confirmou varios foraes,246.
filha «quinta de Cabe,ão. 229. A. B. Zeu pºr termº aº Confelho de
Fez a poucação de Saluaterra, de Eluas as caſtellos de Campo maior,
2agºs, & deu a Igreja Parechial Gr.Alualade, que nefas guerrasti
aº Zipo de Lisboa para/accº/ores. nhaganhado o mºfino Cºnfelho. D.
C. Em fus(orte/-julgºu, que º lu Legitimouosfilhos defeu irmão 25
anteZow loão era legitimoherdei „Afonf6. 249. B. ZDew epaéroado
ro dos Reynos de Leão,é (fiella,º dº greja de S. Dinis de Vila Keal
· mandouintimar ºfta/entença aospo aº moteirº de Pºmbeiro da Ordem
vºs do Reyno de Leão para que lhe denº/a Padre SaõZento, 25o.D.
-. ºbedeceem.D. Que тотин генера Pezalgüas merces á Ordens mili
ra ºff¬rtfolu,ão.Ž3o.A.Comyrou 4 t4res, 251.B.Confirmow.os eßatu
effe Infante a cidade de (ria,@rfeu tos da confraria de 2eja.252. D.
(afiello.B. Zefinida/entença mã Cºncede agãspriu legias aº mora
doupregoarguerra contra Caffella, dires de žiranda A. Celebra pa
C.Jindjunta agenfemãdou dife
------
ºf cewelRey Dan Fernandº, C.
Daſe
K
Index das coufas principaes
394/eo treslado da compo?;ão, 2 54. na (apellaÂtal de Sam %tiguel nos
B.255. Celebraófe os ca/amentos paçºs de Lisboa, 27o.D. O mitmº
.de/euflho Zom _4fan0 com * In ardenou na Capela de Sam Jºguel
fanta Z). 2rites de Coffella, cºfua da. Alcaçºua de Santarem. 271.A.
filha Zona Confiança com elRey 26 B. za me[ma/ortereformou a Ca
Fernando. 2 56.A. Que idade ti pela da Igreja de Santa%"riº do
nhão oi contrahenter. B. 2en car 'Campo, C. Confirma ao?rior da
ta de arras à Infanta Zona 3rites Ordem de Santa Maria de Koca de
fua mora. 259. A.B. 7òmapoffe de –Amador algãas merces.273.A. -
S.Felices de Calhegos,é mandoulhe Przte/ameto em Santarem,6 mã
fazer º cºfiello,quehoje tem. C. 7o daua/e enterrar em Alcoba,a,ºde
poſſe de Campo.?aior, 6: Ou
777.0%
clara que maquelle mfriro tinha
guela, é tambem de Oliuensº. D. , mandado fazer/ºpultura para 4,6%
Socorrea elkey de (ºſtella. 160. A. para a Rainha Santa label. 274.
JAlcançºpor trocado.}&tre de Sã D. Dá% outras notícias defe te
tiago avilla, es cofiello de Almada. flamento, 275. Foi cercar a(eu tr
C. Confirma aos muradores opriui m㺠2. Afon/% em Portalegre 28o
º legio, que tem dev%nhos de Lisbºa. …B. Confirmou esforos, é termos
261.A.B. A Kainha 2.3xaria, `do confelho de Cafiello de Vide, &
Zºom Fernanda/eufilho, 6 espouos recedeºlhepriulgie parague/empre
de Catella lhe pedem /κorro. 262. andaffe ná toroaIbiåem.TDeu car
- B.?affacomexercito atè Salaman ta depouoador da ºtata da Vºguei
ca. Confirma a ZDona Tereja Cilna ra º Xartim Lourençº de Ceruei
pº/edayilla de 3áourão. 264. B. ra, lhidem. Ifentou os moradores de
O Infantez).leão lhe mandou pedir a Segura da juri/dição da vila de Sal
(que ofaffenta/e no žeyno de galiza. | uaterra do Efremo,& cum que obri
265. D. Btgſraſe «καζάο com јие gação.281.D. Quanto tempo/ede
puderafazerſeſenhorde (…ſtella, ఈ teue no cerco de Portalegre, é quã
. Leão. 266. Trata de fauorecer a di entroua villa. 282. B. Comoſe
Zom leão, querendo compelo com a concluio efte cerco, 284.B.Encorpo
Zainha Zona 3ária, 6 feu filho reuapara/empre na caroa,фrnjie
2 Fernando. 267.C.D. Não te forºfe confervou. 272. C. Fez al
we efeitº, e voltou/e a Portugal. güas merces aos caualeiros das Or
268.A.2à a Rainha Santa Mabel dens militares, que lhe agitirão.
«quinta da Fandega da Fè, 269. | 283. B. C. D. Deu priuilegioaos
B. Cºnstituioua tutura de tresfilhos moradores de Serpa para matarem
- feus bailardos.C.D. Foi o primeiro caça,Cºa venderem. 284.B. Deu
զա: ordenoufe rezafem horas canº à Ordem de Áuis a Igreja ‫ا عمس‬l‫ه‬
-
піса, Фвине/2 Хаfа 4иotidiana canede.D. Træeristas en Palencia
--------

-♔ ' ’,CG翰
-- ‫م۔‬--
deta quinta parte.
com a Rainha Zona Xaria de (a- B. 2áudºu o Hopital de São L4
ſka,jiz rä"pazes,69 concluirão os zero de Santarem para outro (tio
ca/amentos dos filhos. 285. A. B. vezinho á Armida de Santo .Am
Zeu licença para que algüas pe/oas tão. 3Oo. B.C.
btfeaffem mimeraes depedra hume. Zom Ziogo de Haro /e fez Senhor de
C. Fez. compoſçoes com feu irmão, Z/ayapor morte delAey Zoom San
eo quaesforão. 285. D. 286. A. cho de Calella. 228. D.
Zeu ofenhorio de Leiria à Rainha Z». Z>iego Xtomiz*áeffre de Santiago,
Santa. 286. B. Zeulhe a villa da que dema/asfez 14o.B.
-Arruda,que era da Ordem de San Zрот, quanto/?фтана, 2 33. В.
tiago. 287. D. E deu à Ordem a C
quinta de Orta Lagoa no termo de São Zomingos de 3antirá, Ermida
Santartm. 288. A. 7rocou com em Santarem da Ordem dos Prº
Zom João Fernandes de Lima al gadores. ElRey Zom loão o Priº
gumas vilas pela de Portel, é feu meiro concedeo aos ditos Padres, que
caſtello, de que era/enhor. A. Tro
tirafem do forca os enforcado nº
. ccu outras villas com o mefmo Zºom mº/mº dia, 73.A. -

Ioão. E deuá/w/anta zona 3ram 2Pom Zºomingos.Anes /ardo foi Chan


ra a villa de (impo maior, 292. C. çarel mór delå'ey. Poi 3/po de/.
Zeu a Žranca Louren,o amiga/m4 pois de Lisboa. 87. B. Sena%
a villa de Marandella. 2 93. А. 2/po de Eura fez o Hº/pital de
Por via delKey Zam Zinis akan Santo Eloy em Lisboa. 96. C.D.
garão legitimação ºs filhos del&ey Ordenou nelle oprimeiro Collegio de
Zºom Sancho, es dipena, o tam putado para eludantes. 97. A:
bem para cº/arem com es/eus, 293. 22ediatutos lhe deixou. 96. D.
D. 294. A. B. SatisfeL á Or 97.А. . . -

dem de São Jo㺠as herdades que ÖSanto Z), Zomingos 3tartin A4


largarãopara ароира, то de Villa - bade de -Alcobaça foi aº Capitulº
i , Zeal. Zeulhe tambem º padroada géral de (ster. 22o. D. 22 I. A
da Igreja de Sam Pedro de Ala Zançou a primeira pedra nº 3º
ças. 296. A. Zeu quita,ão a Frei fieiro de Almoffer. 1;o. C. Por
¿PedroReligioſo de JAlcobaça das mandado de Papa fe achou no Canº,
, difpezas ημερον / ordem fefize cilio, que/ecelebrou em Campofela.
rão nos Catellos de %nfantº, é?
----- 197. B. C. Fez./applicá 4o?apa
Sabugal. D. 3anda Embaixa para a erecç㺠dº Vniuerſidade.
dor a Cadela para conclair ο :4്- 13 I.D.77ouxe de (iterlicenç4p4
mento defua filha Zona Confiança rafe fundar o Jºeira de Q@ãel
αοιίRo 2on Finand, 29%, . . lui, é, º/#io ao principio da fas
------- ‫۔س‬-‫۔ی۔۔‬------

*** * - -
”。丁,※
- brica,
Index das coufas principaes
fabrica.22 I.C. erão os -Abbades de -Alcobaç4.
Frei Zomingos Lourençº (uftodio dos 192. C.
J)tenores. 5o. D. . Efimºlºres menores erão monges de
Frei Zºomingos de Zeuelo Guardäa de .Alcobaça. 192. D. Que mudan
Lisboa, Ibid. gas ouue millo, atè que nºffe tempo
Frei Zomingos.»artins da Ordem de /e lhe refiruia.193.D. 194.
Santo.Agºffinho, Capellão da Kai 195. C.
nha D.2rites.28o.A. E/nºlºres móres delRey de Aragão
Donas/é chamauäogèralmente as Re erão os_Abbades de Poblet. 192.
ligiofas. 126. C.D. C.
zona ZDordia Cil-Abbadea de-Arau E/pinhelappellido. 92.C. -

cade quefamilia era 123. C. D. Epanha para rfaurar(º canceáão ºs


29am zaráo Paes Žipo de Euora, foi Summios ?ontifices indulgencias.
- derigº delRey Dom Afon? Ter 276. D. 277. A. Xtofrafe
| ceiro,pe/ou a Seuilha, onde foipre quanto cuidadopunhão na refaure
bendado naquella Sè.42. D. 300 gao della 277. A. B.
ſtraſefer Portugues, é o tempo em zom Esteue Annes, quefoi Chanța
que vºltou a Portugal.43.A. rel delRey Zom Afonfo Terceiro,
era dos de Fermo/elhe, grande va
E. lido/eu, 6 porquerazgés, 36. C.
Zoação que fez ao mo/teiro de Sam
Z}rardos comovieräo a ete Rey. 4tartinho de (ºfirº, da Ordem de
- по,Ф фиерејвa оиие nelle djie Santº Agºffinho. B. C.
aſpellido.235. A. Zom Eleuão Va/ques Pimentel foi
Žana Eluira Fernandes primeira ഗി Trior do Hoſpital. 47. D. . .
badffa de Odiuellas.222.B. Frei Efeu㺠da Ordem de São Fran
Zona Eluira Ourigues Abbadea de cifco, foi confº/or delRey Zom Zi
myfieiro de Santa Clara de Santa nis. 5 I.C.
remdemudouo
ra habito,&:
SãoŽernardo de morreofrei.
Cºz. Frei Efieuão de Santarea foi primei
‫س‬-

ra 2áinistro do Conuento da Trinda


128. C. --
de de Lisboa, e9 (onffor màr da
Enterros aonde /e fabricauão. 156. Rainha Santa.67.C.
D. Porque lhe chamou Calles. Frei Bijeuão conuer0 de Alcobaça
156. D. 157. A. paí[eu a Calella com a Infanta De
E/cudeiros fidalgos fe chamauão asf na Zranca. I 18. C. Seruis de
"algºs, que não tinhão alcançado a Comendador, 3 Adminifrador
grao de ¿aualeria. 77.C.D. ° do Hopital Real das Huelgas de
30nolares mores delae9 de Portugal
\. - - *
arti. Erinner,
A.
e deftaquintaparte. …
A. --
rentefio tinha com a поја hjanté
Efi remadura em Portugal, (aſtella, గ్రూ . Zona Confanta.295.В.С.gчатав
¿eão, que comarcas faó, 1 1o. " efeitnou com ella o cafamento;
C. i). - -

299. D. . . . . . .
Efiados aonde o auia.163.D. Fernão Sanches filho bofiarão delRey
¿uora he hum arrabalde de Xarrocos, Zom Zinis com quem ca/ou. 175.
&porque/elhepo: %e nome. 162. C. Não teuefilhos. 176. A. Co
D. 163. A. º mor partio/ua fazendº. 175. D.
176. A. . . . . . . . ." .
F. zum Fernio Rodrigues de (atro deí
xou oferuiço delRey ZDom Fernam
F leiAjardos/aó 3 arques dos Ve
em (alela. 141.A.
do de (afiella. 268. B. Em que
-
tempo/ guio as partes delkey Z)om
Aarinhas, que defendem de ZD. Ana Zinis, cºporque refeitos, C.D.
ya, que armas tem, 6 donde toma Era Pertigueiro maior de Santia
rão o eppelido.88. D. Este em фи? go, cº no Reynº de Caliza ti
fe conferua hoje.89. A. » ", tinha grande /enhoriº. D. Fez.
Pauila filho delRey Zºom Pelayºfei guerra naquelle &eyno contra (a-
morropor hum ſo. 219. A. … Gella, é morreo em hum recontro,
Felippe o Ferm% Key de França foi tendo cercado 3íonforte º Infante
mortoporhumjauali. 2 19.B. - Zam Filippe , іrтáо delKey Zom
Felippe ºutro Ko de França, quando Fernando. 268. B. Com quem era
... morreo, 2 de que, & quem deixou | aparentado njie Zeyno. C.” “…
por/acceſſor. 112. C. O Infante Fernão Furtado em que tempo, é com
ZDom Felippe filho delRey Zºom San ... que occagão pafiou a efíe Zeyno.
... cho o Zarauo, foi ?ertigueiro mór Com quem cafou, é que filhos te
de Santiago. 269. A. ue. He tronco de todos os Furtaº
Fermo/lhes erão osfenhores de Fermo des, & 2íenda;ºs defe Reyno. :
º /elhe junto a Coimbra:36.A.B. Zoelle procedem. por femea os. 2Эи
ZDom Fernando-4yres Ži pode Тиу. s ques de Aueirº em Pºrtugal, º
- 52.C. . . . . N
do Infantado em Cytella. 34a D.
- മ് Fernando Quarto Rey de Cella *35; - sº -
… S. u …‘s`\‘°.
ਾਂ
… por morte defeupay Zºom Sancha de Fernão Paes era Portugues, cº (2-
que idade ficou.Quando foi dipen/a- mºmdador má« devłl&amp4r4.ºśe
º da o calantento de/eurpays.2 27.С . guio aspartes delR¢y;zom »#ŵn
... Foi juradopor Rey em Tºledo. 228. ºf Sabio contrafia filho Zºº-dan
A. Alcançºu djem/ação para fé cha, & veio afer.htgêreak mºfm4
rெ_2த8.B. ஆ: * Ordem.86.B. ; "> "ºx
*
- - -
---

-

...
- -

" "
-
-

*
* * * * * ****
ʻ « ʼ * * * * *--- :: ::: ::: 淡來*. Εικά,
:* * :
*"... . .
Index das coufas principaes
£&rbżo Xemde; .o de Ã4g4m,4 com. ‫گ ژ و‬.D.9 ..Felices
.sogdeehlaC 259
фиет са/и aprimeira ves o: C. Lanhe/2.2o9.A. Leírt4. 287
A. Os filhos defe matrimoniº não c..*irandela.171. D. º@urão.
264.D. Жtaura, 233. В. Nomão.
conferuarão o appelidº de Zºrgan
, ça,ſenio de Laedra, ou(hacim, º 1o7.D. Noudar.233.B. Oriola.
porque razão. B. C. Afegunda 7o.A.Ourique. I 57.B. Onguela.
. 262.B. Oliaença. Ibid. Pombal.
- mulherfai a Infanta Zona Sancha,
. irmåadel&ey 2ew JAfon@ Henri 21.B.Saluaterra de Mºgos. 229.
ques. A. 2)ela não teus filhos.B. A. Serpa.133.B.Sabugal. 146.B.
¿en aos Templarias o catello de L?- Sufuj?.295.D. Villa noua de Fox
grciua, que ellepsuesº. A. Zºeº á (ca.28o.D.Villar mater,246.D.
ofantaſia mulberaterra de Zar zyıllarinho. 12 5.D. (Villafor. I 34.
ganja. C. . B. Vla noua.ibidem.Villa de Key.
Ficalho he humágranja, que teue con ... I 11.A.ZVilla Keal. 143.A.
" titulo de ozDuque de Villa Furtados,de quem defendem.34.D.
hermofa.84.C. - -
zvem Pradiguefoi jurada key de Sicilia
Fidalgºs de vingar quinhentº foldos e | depois quefeu irmão z./aime to
rão os de linhagem. Explicº/* #e “ три poſede Aragão,</fujientou
ponto de vingar: quinhentos fol com valer,298. A.
dos.78. A. . . . * -- . Francefes vierão a efe Reynº/eruir nas
Fidalgas Portugueſes, quandº n㺠ti. uerras contra Xteuros mo tempo
.nhã"guerra em Portugal, hão aju delRey ZD.Sancho Primeiro.Em que
dar #. *ヘー s terras os acomodoupara aspouoar?.
Filhos bufardos das Reys confirmºu㺠* Ioo.C.D.
amas •£rituras entre os &icos hom?s. Francos appellido, parentes da mấy do
- 38. C. -' . . . … Conde?..?edro de Zarcelos.179.B.
Ailhoprimriraherdeirw. 18.A. . .
Fonte de San Luis junto a Zeja rehen --. G. . ...
…ou milagrº/amente nº lugar aonde Ꮐ -40ão de Fox Portugues que foi,
* … elRey Zºom Zimis failure day/fo. J & que efcritas deixou.6.D. -
, 2 ...․.․․․․........․․..........D.‫م‬2 0Santo Z Fr.Garcia .*fartins Cºmen
Foras das Alcaçonas. 53. D. Ze Al dador de Leia fºi Prior da Orden
- uitv. 5 I.D. Ze Aljezur. 57. B. . *. do///pitalde S.João;&rd/pois pro
de Arouse. 1oz. A. Ze Alter de º muuido agrão (omendador de Epa
than, 213B. Ze-Almeida. 246. (^ nha. 47. D. F*&cºmpaâiãa cam o
-- B. Cacela. 57.B.. Cafiro.?farim. 2/po de Lisbo«zom Irā,tartins
º, 57.D.(aininha. 96. B. (aftel&o- & de Saalhuis. 296.D. º

drigo 246. B. Cadel2om. Ibidem. zona Cracia mã, dº (onde Zamºr


\ &#elmelhor,263.B.(ampomaior: ‫ سہ‬--‫ س‬---- ‫ ﻧسج‬---- dro de Zarcellor, de quefania era.
I79:
く。" deſta quintaparte.
179. A.B. Quando morreo, & on Santa Anna de Coimbra. D.
-dea enterrardo. 278.C. . . . . . Z».gonſalo Pires de Pereiragr് (omë.
Са/со: de фиет deſcendem, ෆ ila- -

dador de Epanha da Ordem de


mas trazem.297.C. -- Hofpital, cuja filho era. ofirecω/??
S. Frei Cilfoimedico del Rey 2. Sancho elstey Z). Jaime dു്)parapaf
Terceiro, & del&ey Zº..…fanfa Tir far com elle á terra Santa, ao.'B.
ceiro, 27. B. Fizhum milagre em 'Elegia Tenentes em Portu al C. '
.. el*ey Z)om Z)ini:fendo menmo. A. . vödetinhaagrão (omêda 153.D.
7eue hum fauor particular do (eo. Z».Conſalo Gomes de Azeuedoſob rinho
т 27.А. - -- - do Xtefire Z),?ayo.1;.D. -

Cil Paes. Alcaide mór de Torres nouasZº. Congalo Codrigues Cirão Jºffre de
Jofreo que lhe matafem;hã filhºpor Santiago veio dar obediencia a eläey .
não entregar o cafello.214.A. i 2.Zini:.gue aba,défezaoconuen
to de Santos.48.
------
A. y
Cil.ºtartins de Să deu ao modeiro de
Santo Tyrfo da Ordem de S. Zento Gonçalo de Sá, 4иероиоои а yilade
º padroado de Santiago de Zurgaes. Xtello donde tra natural. Nio dei
- 117. C. : ". . . . . . . 'xou dº/@endencia. 2 1 9.A.
oil artins/nhor de Almendra..24o: Conçalo Vº/ques cujo filho era, e com
| C. Confirma o foral de Plazºncia. quem cº/ou.Foi legitimadopor elRey
5.o. D. - ぶ。 *。
Z».Zinis. 110.B. . . . .

ClNunes cujo filho era,que de/cenden Conçalo Pires Ribeirº legitimado pelo
tes teue. 33.D. · mefmo &ey, cujofilho era. ¿o8. C.
Fr. Ciraldo Zomingues da Ordem dos O (onde Zºom Congalo Garcia de Souſa
Pregadores, juiz arbitro por elRey - ¿Aferes mor del@ey Z31Minis.5o. "
Z). Afonſo Terceiro. 54. A. *C.75.22.90.C. ~

Coes com/eus termos, é” lugares deu a O (onde Z).Conçalo Tºlki.75.D.


Zainha Z). Terej«, 6" el?ey Zom São Cregorioљtagno nio reſpondeo 4
பfவடு Henriques fendo infante, aº Zominica,porque/endo Latina, lhe
- Zom Anaya Veltraris, hoje he dos º efêreueo em Crego. 7.B. -

(andes da Sortelha. Que variedade z.Cuilhem de Cardona/enhor de Mou


ouue moappellidoäelles.88.D.89.A. rio.95.Α. τ65.Α. -

Coes.appelido com/erua/e em morgados Fr.Cullhem ºaſel Prior domeſteiro de


deriuados das/enhores defia vila. - Santa Zaria de Koca de Amador
* 89. A. -
| mefie ?eyno. 163.A.
2. Comes Lourenço da Cunha tiroulhe zona Cuiomar. Afonf6. Abbadºffa de
elkey Z. Zini, o Padreada da Igre -Almfer de quem procedia. 43.C.
Ja de S.%guel da Cunha. 1o6. A. zana Cuimar åtendes Lladiſa de
Confeitura? os motiuos. B. Foi ca · Cellas cujafilha era. 123. D. Qae
figadº pºr ºfender as Religiofas de * morte teue. I 24. A. - - -

※※3 Haros,
Indexdas coufas principaes
Lisboa,272, B.
н. Huelgas de 2urgos mfieiro de {eligio
ſas de Gſierdoſe delle hia breueno
JAros, os da familia porque ticia. 117.C. atè I 19. - 4

erão pouco afetios a Portugal. Huelgas de Valladolid.moſteiro das meſ


13t. A. -
mas zelgiojas, quem ºfundiu.
Henrique $egundo de Inglaterra, јие х 19.В. -

brigação lhe impu/erão pela morte de Frei Hugo Prior de mºeira de Sº/a da
Santo Thomas de(antuaria.277.A. Ordem de Santa Ataria de Kºca de
O Infantez). Henrique de Portugalin JAmador.273. A.
ſituto a cadeira de Prima de Theo
logia na Vniuerdade, 6 com que I.
τοndigo". 167. A.
O Infante Z.Henrique de cafela q് 2. T-Mine Segund, Key de-Aragão
io, annos efleueprezo. 127. D. Fai Lc4/ºu com Z). Iſabelfilha delRey
eleito em (ortes por tutor delRey 2. ZD. Sancho de (atella,2 c6.C.O?a
Fernando de(afiella, @ Cuarda de pa annullouse matrimonio, 6 ca
feus Reynos. Leioa Pºrtugal tratar foufegunda vez com Zona 3ranca
compohjofз com elKey 2D.ZDinis.23 1. álha delRey de Napºles.207.B. Fez
A.?eáuzio o Infante Z).leão áobe liga com os oppo4tores aos Keynos de
dencia del Rey D. Fernando B. Que .Cafiella, 6-entrou com exercito con
terras lhe deu a Rainha 2.3taria. tra elite z Fernando. Queſacceſſo
268.A. teue.237.238. A.B.. ?or morte de
Anras que cou/a trão, como fe iniii feupay Z). Pedro ficou com o Reyno
tuião.157.C. atè 159.C. Quepre de Sicilia, & por morte de Afonf,
heminencias tinhão.158.C. Terceiroſaccedeo no Keyno de-Ara
Hopital de Santo Elo em Lisboa quem gão. 298.A. -

ainfiituio.96.A.B. Foi oprimeiro Iantar deley, que impoão era. x(e-


Collegio de sftudantes depois de auer âraféfer efiecolumegeralens Είφ4
Oniuerfidade em Lisboa. A. 2om nha. 53. B. C.
Pedro Nunes.Abbade de Alcºbaça Ines de S.zoomingos Religioſa de Santa
teue delle a adminiſtra, io 97. A. (lara de Lisboa, que milagresfez.
(omo рајои a cerigos,69 quando ፅ፳▪
2 г. 5.С.
trario nelle Religioſos de Sam Ioão
Zona Ines viuua de Z).viualdo fundos
Euangelfia B. ElRey Z), Zinslhe o mº/teiro de Religioſa, de Santa (la
annexau o padroado de S. Zarthola ra de Lisboa.7eue húa vifað milagro
meu de Lisboa, 1o6.C. /*, 214. D. Jºonde eſtaoſeus 9ിം
Hºſpital de Fr.João,ou de Santa.2taria 21 5. В. -

de Хаса de-amadorandeſlauatm Ines Rºdrigues legitimaña por elRey


- --- - -**

T Z.Zini,
deta quinta parte.
Z), Zinis, cuja filha era.285.C. , …abbade de Fonte_Arcada as her
Amfam.goas não erão filhas de Anfanta. dades que tinha em Chacim, cº/*
68. B. , , , -
termo. B. - -

O Papa Ioão 21. era natural de Lj/. o Infante D. João, irmão delRey Dºm
boa, foi Prior de Santa 3aaria de Sancho de Cotella achafe com elle
Guimaraês, Arcediago da Sè de2ra no cerco de Tarifa.x 1o.D. ?orque
..., ga, Arcebi/po eleito na mºfma Igre cauſaſ paſſaua Portugal. Ferguer
j4 chamauafe Attfire Pedro Julião. ra a Cºffella em companhia de D.
º 6o.B.C.Eraparente dos Rebolos. João.zfm/ de иlbujuerque^а-
: 1o 5. A.B. Tem Capella, 6% Ха/a quelle caſtello prende a D. loao Nu
quotidiana na Sé de Lisboa, aonde mes de Zara3 1.1.B.ElRey D. Di
tambem foi beneficiado.B. Foi 3áe nis o não confintio no Reyno.223.A.
, dico, & oprimeiro jue compos Logi Ра/ои аматoco, © coт ајиди
ca, a qual/elianas /colas de E/pa … do Key veio cercar Tarufa.B. 2íam
... nha. I 64.A. - -
àou matar barbaramente hum filhº
ElRey Z), Idão o Segundo de Portugal de Z). Alonfº Peres de Cufmão, que
em vida defeupay teue º governº de defendia apraga, é como não pode
... Cutnè, e» porque refeito. 27. D. leuala leuantou o cerco.z 14.A. No
Ordenou em Cortes miliciapaga. - cafello de C,amorayfou outra cruel
33. B. . . . . .. . .. ... dade.2 1 3.D. Por morte defeu ir
t

ElRey Z), Ioão o Terceiro foi requerido, mão elRey Z).Sancho,tomeu ഗl:്
A que reforma|e as fortalezas nafron tara,& Coria. Pediofauor a elRey
tara de (aſtella, இன் do -Algarue. Zb.Z)inis.229.C. Elle lhejulgou os
. 33 . ‫ م‬. ‫د‬ Reynos. D. (omoſe reduzio à obe
ElRey Dom João º IV. 34andou fun dienciado/obrinho elRey Z). Fernam
dar o moleiro de S. Clara de Coim do.2 3o.B. Zepois ganhou º cidade
braem outro (tio. 1o7.C. Retituto de Leão, eº # foi jurado por Rey
ao 34%ieiro de Alcobaçafua Abba de Leãº,Caliza,& Seuilha.237.C.
dia, é preheminencias. 195.B. Reduzio/é ºutra vez à ºbediencia de
D. João Rey de Aragão morreopa/ma ſeu ſobrinho. 291.B.
do de verhữa loha.219.A. 2.leäo de Aboim роигривуйlaае?er
loão Afon/ºfilho bafardo delRey Dom tel,6 lhe deuforal. Fundou també
Dinis foi legitimado por feupay, & | Villa2oim,'& daquitomou o appel
dotado em muitas terras. Sua mãy lido. (ujº filho era.124.D.
quem era,6*сото/e chamлиал85. Z). Ioão Fernandes Maeſtre do 7emplo
A.B. Cafau com Dona loanna Po feguio aspartes delRey A6:4/ea/?
ce. Teue dela húa filha chamada D. | Sabio contra/eufilho zo Sancho. 85.
Cºrraca. Outra teue baffarda cha D. Era Portugues 86. A.B.
snada D.Leonor. C. Compreu ae Z. IogoAfon///r de, Albuquerque
- - ※4 porque
Index das coufas principaes
- parque cau/ateueguerra com os mo cou a torre da menagem de 2terto
radores de Žadajoz по 2. В. С. la.238. A. - - -

Elaey ZP.Sancho de (afella o man Iºãº Gonçalues Zarcºfoi 'oprimeiropo


douprender em Galiza,ºa Rainha uñador da ilha da Xadeira, Crºa?
2.3zaria lhe deu liberdade. C.D. .»aguel.176.C.De quem deſcende
Queparente/cº tinha com ela, 25o. B. Equaesféus defendentes. D.
A. ¿ecolheo nas fuas terras ao fn Hºão Velho hum dos Embaixadores que
fante 2.loão, & em companhiafua elRey D.Dinis mandou a Aragão
fez guerra a Cºffella.212. D. Em para tratarem defeu falamentº,eu
que occa/aofejez Vaalo del Cey Zó jofilho era,g com que caſou.35 D.
żOinis.2.33. Fóiyet* -%rdomo mór D.lºão Soares. Alão, 2/pº ao_Algar
co Conde de Zarcelos. 2 jo. A. Por ue.261 B.297.B. -

erdem/ua pº|ou a Cefiella para o D. Maio Simão hácirinho mºr delRey


compor com elRey ZD.Fernando, cº" D.Dinis, de que familia era. 2 I 2.
com fua mãya Rainha Z). Xaria. A Foi folhido por eleparar/eruir
_A_Aragão foi com embaixada de dous annos á Terra Santa. A defe
fles Keys a elſey Z).Jaime. 291.A. Hum elagio diffefidalgo.276. A.B.
'Outra vezpa/ou 4 (ºstellapara con João Xartins hum dos Embaixadores
cluir o caſamento delRey zo. Fernãda диеfirão a-4ragão tratar eca/a-
ста Infanta2 (ўianja. 299.В. mento delRey D.Dinis,era o de Soa
zom João Afonfo/enhor de Albuquer - lhaëi,que foi Zypo de Lisboa, 6.
' que,eneto delRey Z. Zinis feguio JArcebifpo de Żraga.59. A. S.endo
º atpellida de Soula, é era difafa 2/po de Lisboa ordenou que nas Ca
milia.24 I.A. B. Socorreo a el8ey pelas Reaes de Lisboa, Torres Ve
D.Afon(º Onzeno no cerco de Ler dras, Santarem, 6 Alenquer ou
ma. Elle o ſexſeu Alferes mor, &» uee Capellaés, que reza/em, 6"
lhe chamou então de Dom.233.B. d/e/em 3a/as pela alma delRey
D.Jºão Nunes de Lara º velho, cã que D.Dinis, é mais Reys/ul/equen
º occalão veio a Portugal.212.2. Foi quentes. 271. C.
prezº em Albuquerque pelo Infante Fr.Tojo Claro foi Prior de Alcobaça,
D.Ioão de Catella. ElRey D. Dinis «» oprimeiro Lère de Theologia que
lhe alcançºu liberdade.C. ouue na Vniue fidade de Lisboa.
D. João Nunes de Lara o тқа fefez. … I 66. A. -

vaffalo delzey D.Dinis. 213.A. s D.João Soares da Ordem de S. Agºji


D.lºão Carcia em que tempo fºi Prior nhofoi Zupo de (oimbra.Foi ao Con
da Ordem aº Hºpital.47.C. cilio Tridentino. 2oo. D. Relatafe
D. João Fernandes o primeirº 2áefire º hiamarauilha notauelque obroupor
da Ordem de Santiagº em Portugal furt/peito a Senhora do Loreto.
dfpois de definidade Cadilla, '; ‫ع‬.rs
oA
---- --"
2– defta quinta parte. I
Fr. João Prior de São Domingos de Lif
de Thuringia. άχ. Β.C. , º
boa, foi Capelão mor del Rey Dom 2Dдта Iſabelfilha do Infante zº. ുfn
-

Zinis,6 tambem'ſerulo deſew con Jº, irmão delRey2.2inis cã quem


feffor. ft.C.
loão monge de Santo Tyrfo da Ordé 2. са/ои 28 г. А.
-

* ,
A#.
Mabelde Cardona veiopor dama da
de N. P.S. Žento,foi confeſſor del
Kainha Sãía,era filha dez.2rites,
&y Z). Zinis. 51.C. irmãa (ua baſtarda 68.A.B.
*.*.

Fr. Jºãº Carmelita capelão do mofieiro Pr. Julião Guardi㺠dos 3áenores, da
de Santºs. 289, D. --
(oncelho delzey. II.A.
Ioamme Annes Redondº cujo filho era.
Iudeos erão ºbrigados a darem hiaan
сот диет саби, с готвиет/eа. cora, 9-haa amarrapara cadanau,
parentarão os filhos.35.D. cºgalè. 22. D. ~ -
Jºão das Regas tem titula de Priuada - . .. . . .

delſtey. 4.D. . . . . 1.
JoãºdeGilmedico delRey Felipe Auguês
França, foi oprimeiro пошig0,4ие L -Aedra era terra da definitº de
entrouma Religião de S. Zemingos - ?ortugal; daqui e ºfpelidarãº
em /nglaterra. I 26.D. ... 3 os de Laedra.1 o8.C. -

Z)oma Ioanna ?omce, que cafGu cemz? Zºgº ºpelido, donde/- deriau, 246.C.
leão-Afonſo, filho delRey zo zimis, Landroal, 4uem edificou º/a cofielo.
сијаfbeera.18;.с. -
.211.B. '' > 、 …
Santº (ale/Rainha de Portugalde que Zeisprimeiras delsteyz).zipis.74.D.
- Principes/apretrdidapara mulher. Aei contra os bandos que auia entre as
5 8.D. Que arras lhe deu elRey Z).
familia, ºperfat accepaо.9о.
2ini, quando ſe deſpoſau con ela, A.B. *** ・ - -

. 62.D.63.A. Quando teue º/enho Lei contra os 7abaliaếs. 99-A.


rio de7ranco|o. 36. B. Tambem foi Le acerca das aues de volataria.99. B.
/*nhºra de Leiria 286B Faiada Elei que não herde/em bens de razºs
dº Rºdrigº.231. B. Fizpraias Ecclefs/tico: 18 .C.ീഴ്ക് duer
-* *

cønt"2lgitim";åodufilhås deſu friullºgieparafazela,236.C.Iail,


cunhado º lº/aatez…fnf. 248. º antes era praticadanife, @ em ous
, A. B. No primeiro teamento que tros Reynos.178.B.até 191.
fe</elembrou do H%ital de Santa Leitº de N-Senker«em quazrasparte,
%fariade ÆocadêJaenador.. zz3. diſte Reynoſ, conſerua.29.B, i
D.?arrenem Estremos,aondefra Leiria, fola »lima vez reſtauradu dis
. */cºlhidº para Rainha6;.D. º ·¥ouros per elRey z). Samaka pri
Santa Iſabelfilha delfeyde/ngriaper
… metro, quelhe deuforal 287G .
mintea nefiind perpetuedf. .‫ ألمانيا‬.Painha
Santa reue o Qnhorio
* *
வ:444 Li; ஆங்: 286.B.Quemaueamiſºſºmário
*** ---. -------- 4%tég
N

Index das coufas principaes


antes della, & depois até/e encor Lopo Afono. Alcafrad, αύ,fib•••.
· porar na coroa.C.Aoihüa das qua ‫ه‬-۹۰ ‫ می‬۰

tro vilas, é cidades em que elRey ജ്


Senhora de Loretº pºrque tem -
zo zimismandauaque/ecria/&/eu Тяaiпиеса,2, 198. С. Ет дие 2.
º filho Zom Afonfo.D.Nella/ecriou pº/emudou de Nazarethpara acº:
. oprimeiro Zºuque de Žraganga Z). · Tfa de Dalmacia. A. Que mudan
J/o/o. Ibidem. ças (es atèfe deixarno territorio de
Lemos erão fidalgos vinhos de Lisboa, Refanate aonde permanece. C. D.
achioſe memoriasſuas no tempo del Dá fe outras "noticias defla fanta
Rey 20, Zinis. No tempo del Rey · caza, 198. 199. Que ermidas ha
Z).loão oprimeiroſºftentario ocer * nefte Reyno defia inuoca,ão, @ αό,
co de Lyboa/gundo a$/aaspartes. иетте,zoo.С. --

guando entrarão no/enhorio da Tro Louredos donde tomarão o appellido.



fa. 49. B. ...? 127.B. -- -

A Rainha Z). Leonor mulher del Rey -


Lourenço Efzola?orteiro mor del Rey
' Z). Z»uarte fe recebeo com allejunto * D.Dinis. 209.B. Akaide mor de
afepultura da Rainhas.I/abel.66. * Lisboa.89 .B.E'Pajeromer. 103.
A. -

zo. Leonar.Aefonß (ார். ார். del D. Luurența Annes fegundo 26/ire


Rey 2. Dinis, com quem foicaze º da Ordem de Santiago em Portugal
da. Fez tºflamenteiro a/eu tiºfrei cujo filho era, é com quem foi ca
: …forfo Rodriguez, 12 1. B. zado.139. A. Sufätou/e na.%aftra
Soror Leonor dos Reys Religio/a defan do com grandes repugnancias de Ca
ta Clara de Lisboa, fez alguns mi ſella.139.140.
lagres. 2.15. D. ..". D.Frei Lourençº Martins era.%fire
Limas donde vieräo a efie Reymö, 29r. “ dos Templarios, quandº entrou ago
* D. . . . * uernar el Rey D. Zinis.4.4.B.
Lingaa Lemoſina qualera, & quamda Doureno 24artins 2 andåa legitime
fe introdu/o. 67. A. Lingoa. Por. i do, & admittidha honras dënduke
~ twgutza de quando é até que tem por el rey D. Dinis.229 C.
-, pºpraticarão em Ca#ella o effreuer Laurinhãem que tempofoipouoada, º
verſos nella. 7.A. por quem. 144.B. Quem teue della
Liurarias publicas aunde fauão. 163. * o Senhorio até que entrou' na caza
D. . . -- º º -
º dos Candes de Xtonanto. #44. C.
Lobato.4 pellido m * tempoſe acha. º D. 145.A. . . -

229.D. 5. Luis Key de Frana աաա In.


'''.
Longrelua he comenda da Ordem de -v; fantez). Henrique. 3.B. ****
, Chrißo. Фнт от о/иарио. S. Zuis Zifio de 7olo/a hurou milagro:
\! 108.B.
‫ه‬-- -‫"س‬
---

, - ... ." ... * -. ーリー * fåning de hum / 22R&B.


‘. . . . . .
deta quinta parte.
Z)inis. z 18.D. /greja em França. Quando come೦೫
O Infante Z. Luis, que foi comfocor a Senhora a ºbrar nella milagres.
ro a Tunes, não quis/erarmado ca 272. C. Em que tempo entrarão
ualeiro por feu primo, o cunhado mºffe ?eyno os Ermitars de Roca de
(arlos V.de/pois da vitoria. 13, B. …Amador. E qual aprimeira caja
Luis Langraue de Turingia, mandou que nelle tiuerāo. D. ElKey Zoom
por primeiraprenda a/ua efpofa S. Sanchoprimeiro lhe deu a Villa, «»
//abelhum º/pelho, é nº reuer/0hã Senhorio de So/a no Zºjfĝado de (om
ίrucifίχο. Ζβοι, de cafado fe con
bra. Alguns Reys lhe confirmarãº
feruou comella emperpetua cafiida áttoſenhorio.283. A.B. ElRey D.
de,67.B.C. -42n/ Quinto a mudou em (amen
da,& a deu a Ioão de Seu/a, %duitºs
M. Pontifices a confirmaräo.D.
Dona Xtaria Rainha de caftella por via
Adeiras donde tomarão o ap del Rey ZD.Dinis conferuou a 7).Al
M pelido,6 de quem defendem. uara Nunes de Lara. 13o. D. Op
161.C.D. Em quem/econferua º poemy@ ao Infante D.Loão, 129.C.
morg44,@് ql rm4: τέ τό2. Α. Seus filhos, «º viuuês.227. B.C.
2.3afaldaprimeira Rainha de Por Zor feurºgºfez elRey Dom Dinis
tugal, não era da família dos Laras. merce a Ray Martins de Sandim:
2ó2.Se não da ca/adeSaboya.203 246.А.&azainhatratacajanѓ
.%tagros donde deſcendem. 5.B. º tos de/eus filhos em Portugal.249.
3anjapão quinta dada por elkey Zom D. Aujiou(есот 4 Rainha Santé
Zinis a (ua irmãa a Infanta ZDona /abelem Fonte Cinaldo. 264, A
Zrãca.5;.C.Ella a deu a?ero Vi Contrarieu o intento del2ey 2. Di
· centeſeu clerigo. 56.A. . . mis camospouos de Catella. 267.C.
ElRey Z)..»zanoel alcançou licença do Tue»idas cºm elRey em Palencia.
Papa Iulio Segundo para mudar os _ 28.4.C. Intentou variar os contra:
| moſteiros de S.Z)omingos, S. Fran tos de Alcanhede. 299.C.D.
., ci?o, «» Santa Clarade(imbra a 2. Waria filhabaffarda delkey Poe,
melhores/rios.1o7.C. Emprendeo zini, Religioſa de Oduellas 186 D.
aconquja daTerra Santapeffoahmá zº...»taria outra filhabafarda delRey
te. 279. A. º, z'onzºini capucam Dom Jºão de
Fr.»tanoelCoruo da Ordem dos Ate Lacerda. Sumá, fecham442:
: nores, edificou a ermida do Loreto 3ariuhagames, natural de Liſ.
fora da Cidade de Zagança, aonde · boa,que d?aisfoi cgada.187.A.
viuea/litari, cam licenţa 4pfali Danà Maria Ximenes cºrnel/gunda
ºca, 201. C. '**'. . mulher da(onde Dõ?edra de 3ár:
տածաեճան նաե .‫ صمحسن مست‬-‫سی‬-‫ س‬- cellos, wi-pirdans da&ainhº
Index das couſasprincipaes
Santa. 68. C. (ujafilha era. 178. z). Maartim Martins Maßre do Tem
A. JAonde efféſputada. 180. D. plofai cola,o ael&ey 2. Sancho Ca
uando morreo, 181.C. pelo. Xºfrafº/ua nobreza.45.B.
.…aria Atendes, que ca(ou com Pedro C. vA/s/lio na conqui#a de 2)cur
...Afonfo, filho delRey Z). Zinis, de cia, @ de Seuilha, & nas mais de
quefamilia era 177 C. JAndaluzia. D.
.3ária Elieues mulher de Ayres 34ar F.3artim E/cola da Ordem dos Pre
tins infiitulo a capella de Santo, Am | gadores foi Capelão mordalêey zió
brafº na Igreja de Santo_Andre de Zinis. 5I.C.
Lisboa. . era. E dão/e algãºs Fr. 2tartim (arualhoſa damiſma Or
particularidades de ſeu teſtamento. dem.73.B. 3oo.C.
12o. C. 3áartim Ca/ques da Cunha Alcaide
2taria-Atigueis ama de peito delaey mòr do (afello de Cerolico de Z} offo,
* Zum Zinis, quem era,é dondena que acção fez parafe defehrgar da
tural. 4. A. guarda delle 75.
}taria Xtendes de Ancião, Religio/a -Xârtim Žºotelbo.Ml«aide mór de C4
de (hellas foi eleita Prior/a em S, felkodrigo. 246. A.
Z)omingos das Zönas de Santarem. Martim Annes,&fua mulherfunda
128. A. -
· rão o mo|leiro de Saõ 2)omingos de
z).»taria Annes de Sou/a-Abbadefa . Euora,ondéeffão/spultados.io3.B.
de Loruão cujafilha era zo. D. 2. X(artim , Annes de Sauerofa quan
zo. Maria Carcia yendeo herdades a do morreo,onde (e mandou enterrar,
elRey 2.2inis nº termo de Xou comagnas noticias deſeutſtamen
ra. 232.D. to. 234.B.C.
Sºarinha Portugu%.57.A. .3áfire.?artinhoffico delRey.294.B.
2. Atarinho2/po do Porto, cujo filho .Xtafèarenhas asnde tem/eu/alar.173.
era. Contraueras que teue com el C. Que titulos, é margados tem.
• Rey Z. Sancho P. 257. B. 174. А. В.
Fr. X artinho 2íonge de Alcobaçafoi Z.Xauheus Zipo de Lisboa em que
£6aoler mór delây Zºom Z'imis. annomorreo. 78. D. Deixou ma
5 I.C. - - - -
quellaSe a de S.Nicolao.com
2fartim do Auelaſ. 292.A. miffa quotidiana, &* anniuerfario.
3artim 4onfº (hichorrº, cujº filho 79. A -

era.185 D. 186. -
- Z). 2ćecia de #ρο, cuja filhafoi. . o4.
*artim Pires de Aluarenga cujo filha … B. Proufenão fºr mulher legitima
era, «» os defendentes que deixou. del Rey D.Sancho Capello. 2 o 4. D.
34. B. 2o5.A. Porquefe intitulaua Kai
.%tartim Xarrin: Zoie cujo filho ¢ፆፊ nha. Fot/ênhera de Ogram.B-4n
& ſhe deſcendancia,34.B. - d. ºfféſpallada.C.
------ -

Medicos -
a> deta quinta parte." ;
2adicas erão de nºbre familag. 262. mos aíiospublicos, & 4Gúzque le
| A...X(wuas erio Eccleſiaſticos. 164 . . usua India D Vaſco da Cama.80.
A. É porque occaβάο. 163. D. . . B. . . . .... . . . " - -

ºcellos por onde lhe veio oſenhorio da . Xána de prata defuberta no armo de
yula de "alºze quem difeendem, malfencente é inte º "J"
es que cafas titulares ha defie ap- a Zargança, que lucro prºmetiº.
*** pelido nº Reyno. 1 16. C. O ſeu - > 86.D. º, , . . . . . . . .
கங் டி.டி. A. & ராய்,(ச'
Enf.á afe achale aplido 216 Epic pal)far/armadº fºrº
bahniatria i9.D. zmžini. 3 l *
3diasilla chamaua/...xario.3, 6.C. \\ Alcola;a forão(ptrintendºººº
J%m ?ędºigwe: Portetra már 4ęlžey obra.B. . ... . "

… " Zom Žiñís,de que familia era. 79. º Mirandilla willafai mudadapor ordim
º, C.D.
-
-
º.º.º.º. del Rey Dom, Dinis para º lugar
..2amSaares de 3all, degundiffen- ende je ayamos ſituada. 75, A2,9
T###gl/l,
Em quemf¢ conferüa.ï16.B.
pe/ ಸ್ಥಿಲ್ಲ|#jºಿ 7ರಿ;
- Molnes he h㺠heranºjugad de Fa
…tendº dºc/ulande tema/ºle. Sºeras dente Gºººm" º "
. . . . .....….B.35 « ' ‫ د‬،‫ دانيت‬:‫ م؟‬،‫ز‬ - ‫يﺩم‬quelle
.63,dίερφ A ‫( ) هي‬ -

3dendo,as de Portugal.?@5﹐熱 - “Mateve the Fºrimeiro pautadº


κιλώ ενάοβάθίξω μερικά" , r"4" Εκίθ "Ε.
-: * *
Fénecas, es parande estruye ºp-
pedido 43 .C., A. \\ ல்லல்ல்.
-

da
|ಿ?!”
1.fantado,??orquestágº.
?)..*águei de Sdu«Pºrtuguesfº (ar- ‫؛‬.D.'
‫يد‬. ‫ويت‬ s'. ." . . ‫ ما هﻭ‬tº ,
Tಳ್ಲ್ಲಿ!T M#gr###ಳ್ಲ”
.‫) که هد‬C« ‫ این کلمه‬.‫دهد‬ ‫ﻧ‬:‫ ﻤذﮨ‬,уе#&rºtpeueZ?q^{Diniº
dnºms.
- Fr. %igueſ daΌκάarsdasλίcmore, ,foi Ił?- C. s." .. . . છે :
`ಡಿಸ್ಟಿìಕ್ಹGT-೩ಿಘೀಥ್ರ:: :::
Xtinas de todos os metaes bu/cadas por esºs • C.B.: ཨཱརྱ་ད༽ s', v-ºv ‫اما‬r-‫י‬- ‫ר‬

ordem delRey D.Dinis.79.D. Xdfieiro de Santa clara de Rrígiofas


Minas no tempå del粉 2tanoel , stº de Lisboa,tm ೪೫೬ க்ண் fiifundado.
em quantas partes defe Reynº (e 2efைாக்அவுஸ்:றrin

. ‫ والمكاشهد‬%£% wka -ohlemàfotnauq :meets .edeծ


\'s merre ա wj - ്
º .***** aevaheas.äo. A. B. Jià.2 º 25 de ::::::
...štine kara na dva pametempo Sirsa. Avestinski: C.D.
durou.7o.D.Zeſte oursſe faza co-rºtºflew dºek. du Reh *as pa
கrைம தங்கம் :ே # das
•* * ※※※ 2m﹑
Index das coufas principaes
zìomháš de Santarem.1 28.A. 3tºfteiro de S. (lara de Coimbra acreß
2c/teiro de São Zomingos das Zonnas º centado pela Rainha S. /abel225.
de Santarem em que tempo/efun- C. Nelle ſta oſcu corpo. El Rey
dou.127.C.D. Zº/e notícia do mo- º Z). Ioão IV, nº/a Senhor o mandou
do com que as zºomtoiuião antes mudar para melhor ítio. 187. C.
diffo. A. B. ," · D. - - - - - なつ
3égieiro da Rola de Religio/as de São · 2ácêeiro da Cofia de Religio/os de Sam
Zomingos de Lisboa pagaforo a.Al Heronymo, fa primeiro de Congos
cobaça,é porque razão. 43. C. Regulares. ElRey Z). Afonfo Hen
-%gteiro de keligiofas de S. Zºomingos " riques ofundou, cujos priuilegos el
d«(idade de Touro, quem o edificou, º Rey ZDom Zinis lhe conferuou fendo
264. В. ainda de (omegos. 57.A. - * *
.»tº/leiro de Szomingos de Eucrº que ºcºfeiro que euue em Portugal de Re
е/ипаи поз.D. lgiojas da Ordem de S. fºão, ou de
---

…?áeiro de S. Zîomingos de Samrarem * , # Malta fe edificou na cidade de


foi aprimeiro de E/panha. 73... " Euara, g em que tempº. 153.
.2%teiro de S.2ſaria a Real de ?Nage- w A.” ºf -- .
cadaOrdem de N.?.8. 3tnte, quế xofieiro de santos he o ymiko de Reli
ofundou z 19.C. .. gio/as da Ordem de Santiagº nºfe
2toleiro de S.Pedrº de Arlançº, quem . Reyno, 29o.A. - - -
ofundou, 6 porque caufa. í 19.C. “*tauravilla da(oroa de Portugal, ag.
& '%ieiro de Tibaês quem ºfundou, e º C.D. 234. A º
caигои.34.В.С. º: Амитаоilla de метео, риет a po
º fieirº de Noº Senhºra da Graça º usou zºfreugeºfia. 264. D.
de Lisbºa quandºfeifundadº Para quepifa, tiuer㺠della/enhoria atè
a fabrica Ž Igreja deuºaria Efie que entrou na(oroa de Portugal.
"esfº/Centalibras.28o. A. . . * … 264.D.265. A. Quem he…}
3ſoſteiro de Religioſa de Santo Agati- . . caide mordella. ibidem. j 7 ---

tempo fè ‫د قهه‬nat
nhg de žurgos de фче ་ འ་ :༠་ན་ ‫ ﺩه‬،...
noticia delle. 116. C. D. . ºr . . . . . . . .”
- λίοβείro de Santa Vitoria na termo de « š ± ' i º TN. ‫هد‬. ཕཔོ་བ་ཕན་: -
- 2.jа диетоfтаи.6z.С.: * ** * : * ** –
- %iriro da Conceiç㺠dezeja fundado S. Arcifo.»tartyr Portugues
pela Infanta Zona3rites, mó del-ºs". LN patrão da cidade de Cirº
... ?ey D.2ſancel. 68.A. ...A na em Aragão,por migealurº
- **irades dara de CVilla delonde e do Fίκης *,2ие atinhão cercadº,
*- . fundado por பரிதும் Sánc s filho …III.D. ºr . .. .
... delReyż. Dimit:225 B.C. | < Navarra quandestyneester;". т.
* .. .. . *-*. ‘.… . .” -
4**
defta quintaparte.
4і. А. Quem fºi aprimeira vallad/a.
Nicodemus, que (rucifixos laurou. 223.C. Ordenau/e que os ു
1 16. А. des de Alcobaya o viſiteſſem. 224 .
?Niculas Quarto Keligio/ de S㺠Fran C. Quem lhe deu a Igreja de São
cifco, em que anno foi eleito. Zafe Ioão do Lumiar, é a herdade, que
понаa deagйа, аербуйая. 134. chamão o Paçº do Lumiar, D.Ne
A. (iem feiroeid/pultado elRey ZDom
2Nogueiras de quem procedem, donde Dinis, & outras pe/oas do/angue
tomarão o appelido, & em quem/e Real. 225. C. A Rainha Santa
conferua. 26 I. D. /abel tinha /colhida fepultura na
2Nomão C/illa, entendefe fer: Numan me/mº mºfieirº, e applicou cabedal
cia antiga. Quem lhe deu foral, º para a enfermaria, @r tambempt-.
4ualcom irmou elÃey Z)om Zinis. ra huma albergaria, 2 26. C. D.
1 oz. D. O Papa Ioao XXII. concedeo hem
?Nomes proprios quanto importa confiº anno de Indulgencias a quem vifitaf
deralos. 135.D. 136. A. fº aquela Igreja em certos dias.227
?Nauaes aonde tem feufolar. 36.A.
?Nunº Conçalues de Attarde. I76.A. Santo Olagario .…cebi/po de Tarrago
zam Nunº Conçalues de Lara aonde na fez hum milagre em hum gal
morreo, © aondefe mandou enter go. 219. A. - -

rar. 101. C.D. Oleo com que/ęyngem os Reyy de Fran


-

Nuno x(artins de (hacim JAyo del . ça,ſeca quando elles morrem, cº


Key Z). Dinis.5. C. -

torna a renouar/epara a vnção dº


TNuno Fernandes fogominho (ham;arel · i herdeiro. 63.D. -

ao Infante Dom Afon0, filho del Omenagem como/êfäz. 1go. B.


ZeyZDom Zbinis. 73. A. •A elles Ordem da Santi/sima Trindade teue
/e entregaráo os caftellos de Serpa, em Santarem o primeiro 240°eira:
с2 Жоита. que cune em Portugal, & em que
rempo. la de antes tinha º Hypi
O. tal de Nofa Senhora dos Santos.
86.D. Em que tempo/efez pro
\ Ziuellas multeiro de Religio/as uintia,é quandº auiaja Prouincial
de S.Zernardo,em que annºfoi em Portugal. 87.A. -

fundado.218.C. Porque repeito/e Ordem de Alcantara do Reyno de Leão


fundou. 1 1 1.D.Defcreuefeo.?to heſabordinada á de (alatraua de
fieiro. 222. A. Foi izento da ju Caftella.139. D. -

r/dição dos Zipos de Lisboa. B. Ordem de Monte/#/abordinada (mº


…A Keligio/as (e ºbrigarão a guar made Calatraua.139.D.
dar clau/ura voluntariamente, D. Ordem do Hºffital * *. foâo ou de
``്. ുl.
Index das coufas principaes
.34alta em que fiado efaua quandº 135.A. No tempo do me{mº Rº
entrou agouernar el Aey Z2. ZDinis. fe izentou de(ella. 136. B. Que
46. B. Zafe hãa lfia dos Priores motiuos teueelRey paraprocurartºº
que a Ordem teue do tempo del Key afeparação. B.C.D. Comº tornºu
· 2. Afonfo Henriques até todo o cutra vez.avnirfe a Coffella. 138.
reinado del Key ZD.ZDunis. 47.B.C. C. Zeficis tornou aizentar/e º 39.
D. Oprimeiro mºfieiro de Religiofas A. Dafe noticia do efiado della até
que teue em Portugalfo, o de Euo o tempopreſente. 139, atè 142.
ra. Quem o principiou, & quamdo Quepruil go the concedeo elkey 7.
fe mudou para Efiremoz, 153. A. ¿inis. 1 1 3. B. Que.…ttfires teue
B. -
em tempo defie Rey, defpois de defu
Ordem do Templo quem a gauernaua | nidad: (aftella. 138. ate 14. 1. B.
quando começou a reinar elRey Z). Os caualeiros de Santiagº em que
Žoints. 44. B. Porquem erão elei tempo forão lançados do Reynº de
tos os Xtefires mefie &eyno , & que Leão, e porque caufa. 136 C.
dependencias tinhão dos Reys dele. Ordem do Santo Sepulchro quando teue
B.C. ElRey Z). Sancho II lhe deu principio. Zºãofe algumas notícias
0Jêmhorio da Idanha a velha,69 Sal defeu estado. 153.C.D. 154.
uaterra do Éfremo. 45. C. Tinha A. B.
alem dºs freires caualeiros,freires Ordem da Ala, elRey Z)._Afonfo Hen
/acerdotes, @r viuião recolhidos na riques a infiituio debaixo da protec
Igreja de Tomar. 91. D. 92. A. ção de Sam Atiguel, Gr porque cau
Freiras ouue tambem da me/na Or /a. 27.A.B.
dem. A. B. Tinhão ellas o recolhi" Ordem da Caualeria de Sam JMiguel
mento dentro da Cafello de Tomar. em França,quem a intitulo,º por
Ꭰ.
que caufa. 127.B.
Ordem de Chrillo alcançou as rendas Zom Ordonho.Arcebifpo deZraga,mo
dos Templarios. ElRey Zºom xta /tra/e/ua nobreza. Em que annº
noel teue licença de Iulio Segundo forpromouido a Žiĝo Tofculano.
tara infiituir comuente de Religiyas 4. I. D. º

defia Ordem, фие риаefет ca/ar Ourem chamauale, Abdegas. Quem


freires. 92. D. Os feus
' ©0?Q30 0Ꮄ
lhe mudou º nome. O Ecclef fico
Caualeiros por бра, de quarenta dºfia Villa deu a Rainha Zona Ta
47,770ſ guerrearão U0ᏑýᏪ 0Ꮄ J%ouros
reja ao Atofieiro de Santa (ruz de
de Cranada, e Zenamarim. 2 I I. Coimbra. 2o3. D.
A. Ourigues appellido de hñafamilia.
Ordem de Santiagº quando elRey Zom 118. B. *

Zinis entrº…agouernar, efaua/e- Ourique dalheforal elſſey Zom Zints.


º geitä" cºla. શકe inſgnias tinha. 1 57.B. : …
- யூகே
ºs deta quinta Parte. "
Oufiia era o mºfmo que capella mar. magem. 12o.D. º ",
* 27+.D. 275 A. -

ElRey Zºom pedro de Aragão, p4) dá


Rainha Santa, como entrou na fac
- - - - *- - - - - -
ceſao daquelle Reyno, 6 no de Si
P. . .. . " .
,
--> - - • -

cilia, @ que contradições teue dos


• *- : * * 2 ." いい 。 *
. Summos Pontifices. 1 1 1.C.D.Em
P .Aceiro mór que officio era, Io3.
C. -
4ие аппо тео,о aonde of pelº
-

:4rർ0, 1 12. A. . . . .
zº. Payo Peres (orrea 3áefire da Or O Infante Dom Pedro filhº del
dem de Santiago era naturaldeSan . . Rey Dem Sancho o Primeiro, cºfotá
tarem. 25.A.B. Pougou hum lu - em. Aragão com a (onde{/a de ‫ )مور‬-
-gar chamado,Santarem, mo.terri … gel. Por faa morte ficou nomeado
forio da cidade de Aturcia, de que - herdeiro daquelle (ondado...aju
foi conquillador. B. Fundou a Igre
-

dou a elRey Zºom Ialme/cu/cbrinho


, ja de Santa Maria de Tudia pelo na conquita da lha de 34alharca.
milagre deparar o Sol. Para ela foi * Esta me/ma Ilha lhe deu Zom Iai
º tresladado/eu corpo, fendo primeirº. .. me cam titulo de Xey pelo Condado de
, enterrado na 47alaueira da Qr · Vºgel, 2o. A. B. Achouſe com o
dem de Santiago. 26. B. Fundou A m/mo Key no cerco de Algezira, es
conuentos da Ordem em varios Key , então lhe largou por troca º Reyno
w.nºs. D. Em que anno morreo. 23 - 4*3*alharcº C. Tambem/eachou
B. Não teue defendentes. 25.C. - com elle, quands ganhau 2)emía aos
D. Zºão/e outras notícias defe fa-, 3éouros. Por oraem de Innocencio
- mo/0 Portugues.2 3.B.atė 26... … Quarto veio affir a /ви.fobrinho
2Dom Payo Cuterres da Silua fundou o , 2om Afonfo (onde de Žolonha,
mºfleiro de Tihać. 34. C. ' . . *~quando º mandou gouernar eſte Æey
Palencia (idade, quem a edificou, «º - no. D, Nele viueo até que dei
y, sporque cau/a. 2 19. B. s. º… 3 …ou ºbedecido º/obrinho. Achou
Papa era nomegral a todos os Zypor. ſecom elkey Zºom Fernandoſeupri
- 148.C. -
me no cerco, gr entrada de Scui
Paredes Villa poucada por ºrdem del - lha. 21. B. Em "Aragão morreo
... ¿ey Zom zini, atè que tempo Թ com o fenhorio outra vez de 3a
conſeruou, 11.0. D. Elżey Zom a lhorca. C. Teuepenfamento; de gºº
Fernando a deu ao mofleiro de cal uernar Portugal, quando depuzé
cola;acom olriga;äo de2(//a quo ...rão o/obrinho Zºom Sancho.
º tidiana pela alma delRey Zºom Pe C. D. - . . . . . .
i0 ( ர.11.1. A. (rெயே Dºm Pedro Conde dezarcelo fºifha
...e naquelle/agar hûa Ermida de Nof. bºfardo delRey Dom Dinis. 176.
s ſaSenhorada 2itoria démuita ra ------------‫س‬ ---------------------- --w
B. (fou aprimeira vez com Dena
***
- - - -- "…
-

>{{{{{{3 Zranca
Index dascoufasprincipaes
2ranca Pires. 7º hum filho, que zººedrº Efacho, terceiro%ire da
morreo menino. Aonde fiá/epulta. \ Ora… de Santiagº de Portugal, era
do 177.D. (foufegunda vez com natural de Li-ha, foi cajado, Gr
2. Paria Ximenes Cornel, Elar com que cafou hifa filhafua. 14o.D
gou herdades que trazia do Atº/lei Z). Pedre_Annes, Alcaide mór de Lei
i ro de Salzeda. 178.A. диетјafua ria, cujo filho era, é com quem ca
:mãy. C.-Z)eixou ao mo#eiro de S. fou, 175. A. Bº - { s --

João de Tarouca os lugares de La Pero Salgado, 7hºfoureiro mór del?g


lim, & Varſea αδιντα. ElYeyè 2.2>inis,infiituto a capella de Santa
22inis lhe deu a terra de Ceia,º. Jºtarinha de Lisboa, Fez aponte de
Em que tempo ºfe<Conde de Zar »ruſala, & deulheelstey opadroads
cellos, é lhe deu o oficio de Alferes de S&tiguelde Couas no-Arceby
тdr.Iz9.С.7uemuito ya/alo. padode Žraga. 1 5.D. . . . . .
º D. &m que anno lhe abrirão a/pul 2. Pedre.…nnes de Jaboim,/enhor de
- tura,& virãof.ucorpo.r8o. B. Ca Portel, com quem cafou, é quem
fou terceira vez com Zona Tarejá * procede delle.37o.B. -*

JAnnes de 7oledo. 18o. D. 181. み。 ?edreyAnnes, que ta/0u com Z)omá


• Zºe nenhia das mulheres deixou fi - νrraca_Afonſo, melairmãa delRey
ºlhos. Ibia D. Intituiº hum ho/pital * 2.2ini,de quem defende. Enter
º com/ua mulher em Lisbºa. 182. · rou/e no m9fieiro de s.loâo de Tarou
C. Inflituio Capela tambem na Sé ca, 6" deixoulhe a aldea de ¿val do
della A, B.Cºmpos a liurº das linha - Carualho. 1o 5.B.…
gens.183.D. 184. A. Zeixºu em Moſtre Pedro, derigo, e 2 edico del
teſtamente a elä’ey de Caftella hum Key2.2)inis, fruto de (eu Changa
burº decantigas, que tinha compºfio. νίl, ώ.de/pois ofoi da Zainha Santa
Por Fronteirº mór dentre Z'ouro,é… Ilabel, im/tituio o morgado dos No
2ćinho, & da Zeira. 184. A. Ree gueiras.5o.B. .. -

dificou amº/teiro de Cafem da Or 2?edro Nunes Abbade de Alcºbaça


dem de S.Zento.B. - foi (apel㺠mór del?ey ZOom ZOwir.
-

Pedro_Afon/afilho bafiardo delRey Z3 51.B.7eue a adminiſtração do Hof


Žinis,foi calado.com 2taria.xten pital de S.Aloy de Lisboa.97.A.
des, aonde #à enterrada. 185.A. Fr. Pedro &eligioſo deo4kobaja, fai (a-
2. Pedro meio irmão da Rainha Santa * fíelleiro dos (sfiellos de 2tor/anto,
J/abel, por que cau/a fepa/au a efe es Sabugal. 296:Ð. . .
Жеути. 61. В. Ст диет саби Fr. Pedro Serra Keligio/3 Atercenario,
melle, C. . . foi confefor da Rainha Santa,fenda
Pedrº_Afonfºzileirº tutor de Afon/4 Infantà 66. D. (ontinuou cõ o meſ
Sanches,filho bafardo delRey. me ºficiº/endo ela Rainha em Per
175. В. sº - tugal, Funda econmento de Santa
‫سﯾس۔‬----------- ‫ مـہ‬-- ‫۔ ۔ ۔ ۔‬
· deſta quinta parte. ' : • *-

Ꮴitorianº termo de Ζεja, 67.C. -mores. 143 B.C.


Pegado, appellido de hiafamilia de El Principetitulº introduzido nºs herdeis
иаѕ.0 (ви morgado he o primeiro фие
ros du Reynopor elkey D. Duarte.
naquella (idade/e infiltuia Quemfoi 18. At , º, . . . . . ..
o intituidºr. 292. D. Que armas • * ** … ... . . . *** **, *, *'' .
tem. 293. A. . R. . . . . ** * * -

?erigueiro mor de Santiago, que officio


he. 268. D.
D. D - 6mn de Cardna de qui
Pflanas viulão em Euara: Zerão a
villa de Aiuito a Zo Feue LAnnesº.
R procediangſte Reyna.95; A.
D. Raymundo Segundo do nome Zilpº
º Chan;arel deſkey 2.பரிon Trai- -

de Coimbra, quem era 41-D, º


ro. 5 г. А. -- -
ElRey D. Ramiro o que venceo a bata
?imenteis.28; B. . .. .. ºlha de Claujo, alcançºu afascº/aó
Pobres de Lisboa erão aquinhados ind hereditaria para os filhos, fendo até
campo da V.allada por merce deal feu tempo a eleição dos pouos. 18.B.
guns Keys. 9o, D. 91.A.B.' El?ey D. Ramiro Segundo de_Aragão
Portalegrefoi villa encorporada na ſe mae/efez va/alo del Rey D. Afom/o
roa, co elstey zo. Zinis lhe deupri 7.ae Cafella, EfeD...ијон(@e:
uilegio que não/afe della. 282. C. celeo da mão de 22.Ramiros cidade
Foi dada com titulo de Conde,<-A- (de C,amora,&xlhefexomamage dek.
caidaria morpor elRey Z). »anoel . .la.16.B.D <‫גילויי אי י‬
a Diogo da Silua de Meneles feu Fr. Rayneriofrade Trinitario, Legada
ayo, em quefe conferu㺠feusfaccef - do Papa. 257, D. · ·· ·
fores. Em que tempº/efez cidade Rebelos onde tem/iu/olar,ioj. A.
Epiſcºpal. Daſe della hua d/βrφ Rebelos naturaes de Lisbºa, de quem
gão.D. - * : . . . . . . . procedem. io 5.A. " ; : . . . º.
--

?ortel Villa фиет арошари. zo.В. Rey appellido de pasanrgºs, 186. C.


- Portugal não era ºbrigadº a mãdar tre Religiões não conuem ter dependencias
<entos caualeiros em/ocorro a Cº de outras de Keynos efiranhos.242.
fella.85.C. Sua fen,ão, é:/oberá tº C.D. ... ***" -". º
nia.168.atè 17o. · · · , . želgig/os de S.Ioäo Euangeliáayporąuė
Portugue/es não erão obrigados a acudir w, fe chamão de Santo Eloy.97.C.. :
... á guerras, º apertos de Cºſtella 16. Religiºs da Santifima Trindade tiu
A. Defenderão no territorio de Se rãopriuilegiopara não "gafalharem
uilha os foldados de Pompeo contra has/uas granja, os Ricos homens.
(ſar.85. D. Tempor propriedade 4 54.C. . . .
* - 2 .
. .
A

guerra contra infies no voto do Pa R»p»#eir• mór EffeueJ4nneš, 28. C.


pa Pio Quinto. 279 D. - Riba de Coa em que tempofoiganhada
¿Pretores, era o mefmo que JAlcaides --------- por elRey D.Dinºs, 238. D. Def
T (#4 treuſe
Index das couſasprincipaes
treuefe eta comarca. 239. A. Em
cadapela de S. Pedrº de 7rou
диerempopa/ou dopoder dos Ara ca.152.D. -

Ées aos Keys de Leão.B. Quem tinha Aizey zł. sancho Primeiro de Portu
Senhorionella, quando elRey 200m galpa|ou com exercito para ganhar
Zinis a occupou. 24.o. atè 243. Seulha. 17. A. Era reconhecidopor
Com que direito,º juíça, 243 D. Zey do. Algarue. 1oo. C.
244. Foi no principioganhadapor Elzeyz. Sancho Capelloſe mandou en
Portuguefes aos 3íauros.242.D. … terrar em Alcobaça, mas não teu
243. A. -
effeito.15 6.B. -

Frei £odrigo da Ordem dos 3 enores, El rey zºom Sancho o Zrauo de Catella
2ſo deºdarrocos.162.D. п?о 4иіяfer armado (aualeiro фиà- -

29. Kuy garcia de Papua,que cafsu com . do Infante por (eu irmão mais velho
z).zerengueira, de quefamilia era, Z). Fernando.1 +.B.Fezfejurarper
149.D. fucceffor nas cortes de Sgouta. 81.
B. άmfederou/e com el£ey de Cra
S. nada,é porque caufa.C. Fez cor
tes em Calladolid, é por (entença
Q Abugal»illa, quem ºfundoue priuou nella a feu pay elKey Zem
S 239. C. . . .
2Nº/a Senhora de Sacaparte he hum4
-Afonfo Sabio dos Reynos de Leão,
«'Cadela. B. Por morte dopayfai
grejajuntea Afgate.za? del coroado em Toledo, é obedecido em
la algúas noticias. 122.B.C.D. Seuilha. 97. D. Onde, é quando
Salgado appelido,em quep:/e4/* achº morres.227. A.?\ão ficarão legiti
II.5. D. I. 16. A. mosfeus filhos.B.Quatospertenyores
Sá,cºndes de Penaguião,de quem dº ouue porfaamorte ao Reyno, & cá
cendem.217.C.Quando começarão quefundamentos. 227.D. 228.A.
a tér • cargo de Camareiros móres. Zaófe outras noticias do efiado em
D. Quando lhe derão"…Alcaidaria que ficou aquelle Reyno. B.
... mor do Cafiello de Gayajunto ao ?or O Infante 2).Sancho, irmão de Zom
to. Quando os promouerão a Condes, Afonôyltimº Rey de Leão,fºi mor
é que armas tem. 218.B.C. topor humvſo 219.A.
S. Salvador de Caſtro de Auelans era 2).Sancho de Ledefina quem era. Que
mºfeiro da Ordem de S.2ento.Em fenhorio tinha em Riha de (24.243.
que tempo/eynio 43è de 2tiranda. A. B. Porque the deu elRey Zºom
Conferua/e em Parochia. 108.D. Fernando Ti. Califteo, Cra
Fr.Salaador da Ordem de S. Francifeo º nada,eo stáranda. 253.C.
foi coffer da Rainha Santa.67.C. 2. Sancha filha danº/a Rainha Zona
Salzedas mofieirº da Ordem de S.2er 2ritespaſen com ella aſuſtella, %
nardº, trocou4/greja de Fonte. Ar
----- ------- ‫سه‬------------------------------------------ là marren. cità/puứada nam/aº?
- * ------- - - - - - - ,d ‫مصر‬
deta quinta parte.
de_Alcobaça. 1 14.D. 115. A. Z). Tareja Annes terceira mulher άο
D.Sancha Martins Comenda deira do | Conde Zom Pedro de Zarcellos,por
conuento de Santos, por fua inter que/e chamaua de Toledo, Foi dama
cefaó obra Deos muitos milagres. da Kainha Z).3rites.181. D. Infii
Traraſe de/йа Zeatificação. 48. В.
tuo com o Conde a capella de S. Cer
Confe&furafe/йа nobreza. C. Dei uazna Sé de Lisboa,&hum Hopi,
xou bem herdado por fua morte º tal,que dotarao.Zeixou Xafa quo
(onuento. I 34.D. 135. A. tidiana pela alma defeu pay no mo
Santarem lugar juntº a 3áurcia, foi feiro de Santo_Agutinho de Toledo,
pouvadopor zoom Peyo Peres Cor. * 182. A. Quando morreo B. -

rea.25. B. -
zo. Zareja Ciltia do „Alferes mór D.
Serpa era da Coroa de Portugal. 233. Martin Cil tewe o /enhorto de
C.D. 234. A. .Xtourão.Fundou o.…to/feiro de Re
z). Seraphina Pires.7i. D. - ligiofas de S.Z)omingos na cidade de
Sès difieReyno tem ainuocação de Nof Touro. Xarreo em (fella.264.B.
fa Senhora. 29. C. Seu nome fecom/erua em hum bairro,
, Seſimbra teue porprimeiros pouoadores , cºporta de Valladolid. C.
of Franceſes. 1 or. A. - Z), Zareja filha do /afante Z). . Afonfo,
Seuilha pertencia ao Keyno de Portugal. irmão delRey Z), Zinis, com quem
16.D. Porque conſentirão os Portu cafou. 1.8i.. B. . . . t

guees que el Rey Ζ.Α/ήίο de Caſtel 2.7areja.2áendes de Soufa cuja filha


la a conquilla@e. 17. A. Que Portu era. Não foi „Abbadefa de Loruão.
gue/es fe acharão nºfia conquiſia.D. 208.C.. Antes de Religio/a teuehã
Quantas vezes/ento obra,º Portu filho de Z).Pedro Afonfo Ribeirº.
gues, atè o tempo delRey Z). Zinis. Por/ua morte mãdou ºfie Z). Pedro
I7. C. - -

| Lºfonfo, que ºffiuefem acº/as na


Sicilia Reynocomo veio aos Reys de (a- Igreja de Lorvão d് alipadas.D.
/lella. Želatãofe as caufas das con Z).7areja. Afonf6 Catta infituto a (a-
tendas, que melle ouue. 207. C. D. pella de S. Catarin4 mó m9#eiro de
208. A.B. 2íaceiradão. 116. A. (uja filha
zDom Simeão Soares 2ágfire de Auir. eracº cºm quem ca/ou. B. . .
49.C. .. . . Z.7areja Mendes „Abbadeſa de Lor
-

Soueraes de quem defendem. 226. C. uão, cuja filha era.123. D.


Soufas de quem procedem. 27o. B. 7arifa ganhada aos.Atouros por elRey
D.Sancho 2rauo de (afella. 2 1o.
T. *.*.*. - -- - -

C. Nocerco aſſirão Portuguſº.


2 so.D. 2 II. A.
r | " Aracenas onde ºfauão em Lj/. 2. Tello em que tempo foi -Ακcliίρο d,
boa. 22. C. Jº- - - Zraga. 4r. D. Bra da Ordem de
) -

V. **
São
Index das couſasprincipaes
S;, Farcifío.Seruio deJ%njtroma "rou Tºy, quando º ganhºu elRey
Prcuincia de Cotella. Оrdепои дие Ζο, Ιοάο ο Λ. 89. Α.
naquelle.Arcebifpado (ef#efa/e o Va/co Pires Farinha teuecentendas dº
(eus fabrinhos /οίr. o fenhoriº de
dia de S. Franc/co. 42. A.
7 plario, defe Reyno não reeliiofrei Coes; porque raks, e.9 como/e con

res de outra na,ão. 86. B. cordarão em S. Zomingos de Coim


Terra/antia/obre/ua ೧೫ಿ fº faz. z».V/¢oJ/fonfò»auro…4lcaide
bra. 89.
moν
bum di(cur|o, 278. até 18o.
Theologiaaondeſ, lia, 169. D. de (oimbra, cujo filho era. Quanda -

.3afire Thame Fifico da Rainha de morreo, é o de 64/pultadº.


Caftella. 27o. A. 234. D.
7rancofò, foi.4 vila em que el Key D. Fr. Va/co da Congrega,ão de Santa Лća
Dinis recebeo a Rainha Sanóia. ria de Roca de Jamador,foi ConfeG
ze!?reueeo @u. 65. C. D. Na foro daire delReyzom Duarte
теfma occahaos deвд Жаinha San> /endo Infante. 273. B.
ta. 66. B.
Cer/os em (atella fe ºfereuião em lin
·goa Portuguefa.7. A.
- V. Иfinhos dt bữa tarra/e chamaaão vui
tos/em ferem naturaes, cº pºrque
.Alada, campo entre Lisbºa é: νazίο. 24. C.D.
y Santiarem, elRey D. ப// S. Vicente defembarcou fiu corpº em
Hériques odeupara queſer partiſſe Lisboa, 22.C. -

entre os pobres de Lisboa, é outrºs z),Vicente Zipo do Portofoi a ?oma


Žeys oconfirmarão. 9o. D. 91. A. queixoſ de Key D.Afonf67erceiro,
B. Quanta era/ua fertilidade, 91. no tempo delRey Z). Zinis tornou 4
C rezidir na faa Igreja. Zautizou 4
Ła/concelos de guždoezdem. 240.D. fe Rey, es foifeu compadre. 42.A-
D.Fr.VaſcoŽipo da Cuarda, da Or ... 8. zeulhero dito Key o Lamegalo
dem dos Xtenorer, pa|ou a Zoma porque cau/a 72.A. -

comqueixas del@ey2.-Afonfo III. vide,villajunto à Serra da Eſtrelº,


límorreo. 42. B. Ze que familia тфra//erpoшoа,до antigua de ќе
era. C. - - manos. 6o. D. Junto a ella infituio
D. Da/co.»tartins Pimentelàegºftado elRey Z.Zinis hña albergaria.61
delRey Z).Zinips/oad Catalla cố A
25o. caualeiros em /ocorro delRey | vide, ou (afielde vide na comarca de
Zº. AfonfºSabio contra/eufilho Z). .Alentejo, era defenhorio do Anfante
Sancho...Xtorreo no cerco que Jepos Z). Afonformás delRey Zºz ini;
ácidade de Grdoua.84.Ď.8s.A. inteníou cercala de 2turo, 6 elx9
l/a/cº Farinha foi "primeiro que en º impedia com gente de arm4.65.5:
~ Villa Real,
deta quinta parte.
IVilla Realel ?ey Z). Z)inis a mandou paffau a 6oimbră,&he applicauſit
, poucar para milmºradores. 142.D Igrejas parafalarios dos Lehres.165
º | Al&ey Zo.. Afonf, ///..intentou edi B. Zeuthe eftatutos, 1 66. B.Como
ficala, & lhe tinha dado foral. Zeus tornºu a Eisboa até que elRey Zºom
lhe deu depois elRey2.2inis, 143. 1oão 07erceiro ergeo a de Coimbra.
A. Tambem lhe deu hum privilégio D. Zãº/e dela outras nºtícias.163.
particular. B. Quem teue º/enhorio at? 167.?Não true Cadeira de 7hew
aulla, 5.44. A. 2eſcreuſe a villa. logia de feus principios 165. D Qual"
212. А.
Vilarealnotermed Zurriamad Ro razão. 169.C. Que
foi a Vef por 166 Quee m infl
regeuuio
ad a .A. o4
2, lim d്.ു് o(onquifiador de Prima. 167. A. . . . . . . . .
-

a mandouſandar. 141. D. 17niuerádadede Euora,ậuemafundou.


Vila noua de Pascațuand feman 167.C. ് "്
dou poucar. Que privilégiº lhe da Vniu nell
erſidade de Paris, afºniº en
el&ey Zo... Afonf6v, 28o.D. fтани 6 direito Cluil, eo porque ra
Villar maior, quem afundou, & aº zão. б8.В. . -

ſeu(aſtello. 239. C. . - . Prbanº Quarto dergou as doações inof


2). Uiolante irm㺠da Rainha Santa.
*-fici¢âs delRey zŽSanchoCapello. 2.
294.D. 298. A. Quandomorreo. A.B.
C D. Vrraca ഗ് meia irmãa delRey
Santa Vitoria, mofleiro da Ordem dos D. Dinis, foi filha de húa.%ícura,
-2ấercenaries no termod: 2eja, quẽ não deixou defendencia., 195. D.
ofundou. 67.C. Efeuefogeito ao Foi tafadarán Dâ?edre Annet.
de Seuilha no tempo delRey Zum C. Satiftzpontualmente as man
-Afon@guinto. JA/mas rendas/? das defeumarido.C.D
anëxarão ao moleiro da Conceição . 2D.Vrraca filha dez).loão. Afon/",º
de 2eja no tempº delRey Zõ3a neta delRey Zººm 2ínis,com quem
moel,68. A. - * - -

Viuas appelido.234. D.
ë/u. Zelaprocedemo: Conde de
, .
gás185. C. „Or
Viualdo.2 14.D. Era Cenouet.49.A. Иrraca Rodriguezvillady. de Lor
l/niue fidade para eregerfenºfé Keyne n㺠guandº entrou agauernar º lº:
4um feza/pplica as ?apa. 13i. -
fanta 2D.Zranca, cuja filha era.
D. O motiuo. 1 3ž.B. guempag4“ - ← 56 ᎾᎿ -
ua aos Lentes os falarios. 133. B. Zona Vrraca Paes Abbad fa de Odi
Quando alcançarão licensºparºfun velas,erafreira de Loruão,o cuja
dar(e.163.A.JAprimera que cuue
em Portugalfundou elRey Z). Zinis
Jiha, 223.C. "Τ
em Lisboa. 164.A. Efeueáporta
Αιθμς 163. Β. 0m/mo Rρ 4
Żarcs
ſ

* ...- -
· - -
Indexdascoufas principaes
- - - - . . ." § 2. -
, , , , , ,‫ "م‬: "", . . . . Z)..Afon/3. 73. A. zo mefmo fa
. . . . . . Z. . . . . i. fante ZJom Atartinho de Olustra.
.
, ºr
*. - .. 172. D. Zつ。 Canalo Changaretmár
Z *Arcº appelidº dºs ºfendentes delR9 de Caſtella. 56. A. Za Rai
de (amarai. 176. B.C..." - nha Z). 3ritte;. Cu. đnne. 55. A.
- “A . . . . . u Zvomingos 'Pires, da me/ma. 82.B.
- Chançareis Μόνι, 2. Eleueanes del s, J)(eſtre Ιοίο (hășarelde loão Afr:
· , ¿yz)..Afonía III. 36. B. @#86. …fº, filho bailardo delRey Z). zini്.
B..x. Pedro del Rey Žу, Zoni 5o 176. A. Jºguel V.iua; than;arel
. B.ï4. Rainha sżn#a, /kiå«m. :.3 mír d• #t•80. i $4: A. Ζ. Ιοάο
ø- 124.C. & 292.B. B. Dºmin- * :: Fernandes de Soto Xtaior, Chan a:
a gos deprºprie Rei. 87. Eſſeueanes rel morda Rainha pona xaria de
- \
žocárdõao mjmo.yo. A.B.'Nu- - -sºCafella. 245..
no, irmandez@gminho dº Infante
'* -
,
|

... " .. . . . .'; sº º º' wº … .. .V. .. . . .


-

- - * -- -- * * --
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- - … v.
-: º , - .
- ... . . . . . . ..
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