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Tema – O Risco Ambiental – Agente Físico

Curso Enfermagem do Trabalho


Disciplina Doenças Ocupacionais
Tema O Risco Ambiental – Agente Físico
Professor Anísio Calasans

Introdução

Na relação de causa e efeito entre condições de trabalho e doenças,


considerando a importância de estabelecermos padrões e critérios objetivos em
sua determinação e, consequentemente, controle e prevenção, o estudo dos
riscos ambientais físicos, conforme critério legal estabelecido na norma
regulamentadora nº 9, é fundamental.

Neste tema conheceremos os primeiros riscos descobertos e seus


efeitos, possibilitando a prevenção de muitas doenças ocupacionais.
Vídeo de introdução disponível no material on-line.

Problematização
Você trabalha em uma unidade básica de saúde situada na região
metropolitana de um grande centro urbano. A Sra. Joana, 48 anos, após
avaliação do médico, é encaminhada até você. Ela trabalha em uma fábrica de
roupas de médio porte (costuram para outras marcas), a qual trabalha com
muitas máquinas antigas. O diagnóstico inicial do médico é para solicitar um
aparelho auditivo, pois há queixa de dificuldade para audição e, em sua
audiometria, identificou-se queda nas frequências: direita – 3kHz/35dB –
4kHz/40dB – 6kHz/30dB; esquerda – 3/25 – 4/35 – 6/30. Com essa perda
auditiva para sons agudos, o médico indicou o aparelho com a pretensão de

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melhorar sua audição e, assim, proporcionar mais conforto e segurança para a
paciente. O médico, sabendo de sua especialização em enfermagem do
trabalho, lhe pede a sua ajuda no caso da Sra. Joana. O que você faz?
Antes de responder essa questão, vamos dar continuidade aos nossos
estudos, pois tenho certeza que tudo que você aprenderá o ajudará a escolher
a melhor alternativa!
Vídeo disponível no material on-line.

A Física
De forma mais ampla que o entendimento do físico como corporal ou
palpável, o grupo dos agentes físicos busca inspiração na origem de seu termo
(do grego antigo: physis – “natureza”) onde física é a ciência que estuda a
natureza e seus fenômenos em seus aspectos mais gerais, analisa suas
relações e propriedades e visa descrever e explicar a maior parte de suas
consequências.
As ciências naturais, como a química e a biologia, têm raízes na física.
Sua presença no cotidiano é muito ampla, sendo difícil descrever todos os
fenômenos físicos em nossa volta.
Sempre nos embasando nas NRs, buscando seu entendimento e
interpretação técnica, vemos que “consideram-se agentes físicos as diversas
formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como:
ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações
ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom”.

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Frequências de ondas físicas

Ruído
O ruído poderia ser considerado por todos, simplesmente, como
qualquer som indesejável. Em um sentido amplo, até mesmo o gosto musical
de seu vizinho pode ser interpretado como algo extremamente desagradável.
Em nosso contexto ocupacional, entenderemos ruído como emissões
sonoras (energia física) capazes de provocar efeitos e lesões em nosso
organismo. Esses estão relacionados à sua intensidade, predominantemente, e
também ao tipo e frequência.
Temos, no anexo 1 da NR15, que os níveis de ruído contínuo ou
intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de
pressão sonora, aparelho esse que chamamos comumente de Decibelímetro.
Essa unidade é, na verdade, um cálculo logarítmico (a exemplo do que é feito
no cálculo da concentração de hidrogênio das substâncias, gerando o pH),
portanto sua interpretação não é linear; por exemplo, um aumento de apenas
5dB dobraria a intensidade do risco, exigindo a metade da exposição máxima
permitida.
A norma define ainda que as leituras devem ser feitas próximas ao

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ouvido do trabalhador, sendo que sempre que os valores forem intermitentes
(variados durante certo período) será considerada a máxima exposição diária
permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado. No entanto, se
pudermos definir tarefas independentes com riscos diferentes (“dois ou mais
períodos de exposição a ruído de diferentes níveis”), nos são facultado calcular
uma média ponderada dessa exposição, considerando os seus efeitos
combinados.
O mais importante é que os tempos de exposição aos níveis de ruído
não devem exceder os limites de tolerância fixados no quadro da legislação,
sendo que não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A)
para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos.
Quadro limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente,
anexo 1 NR15
Nível de ruído Máxima exposição
(dB) diária permissível

85 8 horas

86 7 horas

87 6 horas

88 5 horas

89 4 horas e 30 minutos

90 4 horas

91 3 horas e 30 minutos

92 3 horas

93 2 horas e 30 minutos

94 2 horas

95 1 hora e 45 minutos

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98 1 hora e 30 minutos

100 1 hora

102 45 minutos

104 35 minutos

105 30 minutos

106 25 minutos

108 20 minutos

110 15 minutos

112 10 minutos

114 8 minutos

115 7 minutos

Embora este seja o referencial legal que adotamos hoje, convém


atenção para indicadores internacionais que entendem que o risco dobraria a
cada 3dB!
Assim, devemos redobrar o cuidado sempre que houver aumento da
exposição em determinado período da jornada de trabalho, mesmo que
estejam dentro dos limites legais.

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Intensidades sonoras

Os efeitos adversos gerados por uma exposição inadequada a níveis de


pressão sonora elevada são diversos, porém o mais conhecido é sobre a
audição humana (perdas auditivas induzidas pelo ruído – PAIR). Temos
também outros efeitos orgânicos, como irritabilidade e aumento da pressão
arterial.
Vídeo disponível no material on-line.

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Um aviso de segurança deve ser feito: nem sempre a exposição
demasiada se dá somente no ambiente de trabalho. Uma preocupação atual é
o uso de aparelhos de som portáteis, tipo mp3, com fones de ouvido que são
usados desde a infância e adolescência. Toda avaliação deve considerar os
fatores externos em um raciocínio clínico e epidemiológico.

Vibrações

Com definição pelo anexo 8 da NR15, o texto de 1983 define que as


atividades e operações que exponham os trabalhadores, sem a proteção
adequada, às vibrações localizadas ou de corpo inteiro, serão caracterizadas
como insalubres em grau médio, através de perícia realizada no local de
trabalho.
A referência técnica utilizada pelos nossos colegas técnicos e
engenheiros de segurança do trabalho e higienistas ocupacionais deve tomar
por base os limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para
a Normalização - ISO, em suas normas ISO 2631 e ISO/DIS 5349.
Podemos definir vibração como movimento oscilatório em torno de um
ponto de referência. Este “vai e vem” possui frequência específica, o que
determina o efeito biológico final. Sua ação pode ser no corpo inteiro ou
localizado, em geral em membros superiores (local de contato com a fonte
vibradora).
Interessa-nos os valores mais baixos – de até 100 Hz, pois provocam o
efeito de ressonância dos tecidos biológicos. Temos como doenças
ocupacionais possíveis as causadas nos sistemas neuro vasculares,
articulares, na coluna vertebral e nos músculos.
Embora sejam efeitos colaterais, nem sempre são adversos. Há algum
tempo já estão disponíveis em academias e mesmo para uso domiciliar
plataformas vibratórias que, prometem os fabricantes, teriam efeitos na
tonificação muscular e mesmo definição corporal; assim, lembremos que nem

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toda consequência é uma doença.

Temperaturas Extremas

É de conhecimento geral a facilidade de adaptação do ser humano na


maioria dos ambientes do planeta, por mais inóspitos que sejam. Porém esta
presença exige cuidados com a manutenção de alguns parâmetros biológicos,
entre os quais a manutenção da temperatura corporal entre 36º e 37ºC (há
variação dos critérios de normalidade conforme local de medição: axilar, oral ou
retal).
Nosso organismo possui mecanismo de regulação da temperatura,
sendo a vaso constrição periférica para poupar calor, mantendo a circulação
em órgãos nobres ao custo do sofrimento de membros e extremidades,
também a vasodilatação e sudorese intensa para eliminar calor, obtido pela
evaporação do suor na pele, ainda que haja perda de sais minerais no
processo e desidratação.
Com isso em mente, já identificamos dois fatores importantes a serem
analisados quando o trabalho ocorre em ambientes especiais: a proteção de
extremidades no frio (como em frigoríficos) e o cuidado com a intensidade da
atividade e metabolismo no calor (exercício intenso, aeróbico, com esforços
etc.).

Calor
Todos os profissionais de saúde sabem que o controle da febre intensa
é fundamental para a manutenção da vida; temperaturas corporais internas
acima de 42ºC podem gerar lesões com a desnaturação enzimática, quando a
proteína perde sua estrutura secundária e/ou terciária, ou seja, o arranjo
tridimensional da cadeia polipeptídica é rompido, fazendo com que, quase
sempre, perca sua atividade biológica característica.
A NR15, agora em seu anexo 3, estabelece que a exposição ao calor

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deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo" –
IBUTG, definido por equações diferentes quando ambientes sem carga solar ou
com exposição solar.
A média ponderada das medidas utiliza três tipos diferentes: termômetro
de bulbo úmido natural, termômetro de globo (apenas em exposição solar) e
termômetro de mercúrio comum. As medições devem ser efetuadas no local
onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida.
Deve-se utilizar o valor obtido nas equações da temperatura em relação
ao tipo de atividade: leve, moderada e pesada. Essa relação determina o
período de intervalo e recuperação.

Temperatura de 30,5 ºC
Atividade leve
Descanso no próprio local
Pausa de 15 minutos em cada hora (45/15)

As lesões possíveis no caso de uma exposição inadequada podem ser


desde locais e isoladas, como queimaduras de pele, quanto sistêmicas, como a
desidratação hidro eletrolítica ou a insolação.

Frio
Embora tenhamos como tipo de energia apenas o calor (radiação
infravermelha), sua baixa intensidade gerando perda de calor é sentida como
frio. Temos pouco referencial normativo para sua quantificação e controle, ao
contrário dos demais riscos físicos.
O anexo 9 da NR15 diz que as atividades ou operações executadas no
interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições
similares, que exponham os trabalhadores ao frio sem a proteção adequada,
serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada
no local de trabalho.

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Recentemente, com a publicação da NR36 para empresas de abate e
processamento de carne e derivados, também conhecida como a NR dos
frigoríficos, alguns pontos puderam ser mais considerados, como a exigência
para que as câmaras frias cuja temperatura for igual ou inferior a -18º C devem
possuir indicação do tempo máximo de permanência no local (36.2.10.1.1).
A NR36 estabelece ainda que as medidas de prevenção devem
envolver, no mínimo, uso de EPI e vestimenta de trabalho compatível com a
temperatura do local e da atividade desenvolvida, além de outras medidas de
proteção visando o conforto térmico.
Também dividimos os efeitos lesivos entre sistêmicos, sobretudo a
hipotermia, ou locais como ulcerações e isquemias. Essas são tratadas pela
obrigatoriedade de um sistema para aquecimento das mãos próximas aos
sanitários ou dos locais de fruição de pausas, quando as atividades manuais
forem realizadas em ambientes frios ou exijam contato constante com
superfícies e produtos frios.
Finalmente, chamamos a atenção para a relatividade e mesmo
subjetividade envolvida na interpretação da temperatura medida e suas
sensações térmicas. Considerando a extensão geográfica de nosso país, é
natural entendermos que o frio sentido pelos habitantes dos estados do Sul
seja diferente do percebido pelos habitantes dos estados do Norte.
Portanto, o critério válido é a divisão em zonas climáticas: “quente”, em
que temperaturas inferiores a 15º já merecem atenção; “subquente” com 12º; e
“mesotérmica” com 10º.

Umidade
Talvez um dos menores textos anexos à NR15, o 10º, traz que nas
atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados com
umidade excessiva capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores,
serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada
no local de trabalho.

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Os efeitos adversos esperados ocorrem em mucosas e pele, incluindo
dermatites diversas e infecções oportunistas – como as fúngicas.

Pressões Anormais
Tratando do trabalho sob condições hiperbáricas (pressão superior à
pressão atmosférica), a NR15, anexo 6, trata dos trabalhos sob ar comprimido
e dos trabalhos submersos.
Os primeiros são os efetuados em ambientes onde o trabalhador é
obrigado a suportar pressões maiores que a atmosférica e onde se exige
cuidadosa descompressão. Inclui diversas tabelas e cuidados. Também exige
que, após a descompressão, os trabalhadores sejam obrigados a
permanecerem, no mínimo por duas horas, no local cumprindo um período de
observação em local designado pelo médico responsável.

Descompressão: conjunto de procedimentos, através do qual


um mergulhador elimina do seu organismo o excesso de gases inertes
absorvidos durante determinadas condições hiperbáricas, sendo tais
procedimentos absolutamente necessários no seu retorno à pressão
atmosférica para a preservação da sua integridade física.

Excepcionalmente, adiciona a exigência de que, antes da jornada de


trabalho, todos deverão ser inspecionados pelo médico, não sendo permitida a
entrada em serviço daqueles que apresentem sinais de afecções das vias
respiratórias ou outras moléstias, assim como veda o trabalho àqueles que se
apresentem alcoolizados ou com sinais de ingestão de bebidas alcoólicas.
O acidente mais temido desse risco ocupacional é a embolia gasosa.
Como diversos gases comuns no ar possuem pontos de solubilidade
diferentes, em condições normais de temperatura e pressão mostram-se
inertes. No entanto, em condições hiperbáricas eles, especialmente o

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nitrogênio, adquirem a propriedade de difusão nos tecidos e sangue; ao
retornarmos à pressão de superfície, caso esta ocorra de forma muito rápida,
temos a formação de êmbolos gasosos arteriais e venosos, com seu efeito
sobre as áreas irrigadas e coração (mal da descompressão).
Outra doença que pode ser observada é o surgimento, ou agravamento,
de labirintopatias e síndromes vertiginosas.
Vídeo disponível no material on-line.

Radiações Ionizantes
Estas são as energias que chamamos habitualmente de “radiação”, cujo
efeito foi largamente conhecido através do uso da energia atômica ou mesmo
nos equipamentos de Raio-X.
Este grupo se caracteriza por possuir energia suficiente para ionizar
átomos, inclusive com efeitos destrutivos sobre o DNA humano, sentidos nos
tecidos com maior taxa de duplicação – pele e gastrointestinais, mas também
nos demais com o risco acentuado do desenvolvimento de neoplasias.
Encontramos no anexo 5 da NR15 que as atividades ou operações onde
trabalhadores possam ser expostos a radiações ionizantes, os limites de
tolerância, os princípios, as obrigações e controles básicos para a proteção do
homem e do seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados
pela radiação ionizante, são os constantes da Norma CNEN-NE-3.01:
“Diretrizes Básicas de Radioproteção”.

Radiações Não Ionizantes


No outro extremo das energias, cujo cumprimento de onda as torna
ativas em um nível atômico passando pela faixa da luz visível, temos as
radiações não ionizantes: micro-ondas, ultravioleta e laser, conforme cita o
anexo 7 NR15.
Aqui temos uma ressalva: existe um clima de grande incerteza e
temores quanto aos efeitos dessa radiação, em especial as

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eletromagnéticas.
Ainda que a norma não as contemple, temos uma imersão em sinais de
televisão, rádio e celulares; também o intenso uso de equipamentos elétricos e
eletrônicos produz campos magnéticos que nos atingiriam, de forma similar ao
produzido pelas linhas de transmissão elétrica.
E o uso do celular?
Vídeo disponível no material on-line.
Apesar dos temores e controvérsias, o foco de atenção provado é com
doenças de natureza térmica (aquecimento dos tecidos). Também já foi citado
o aparecimento da opacidade de cristalino – catarata. Outras afecções, como
neoplasias e tumores, só foram associados em crianças de grupos de risco (em
geral, com grau de desnutrição e vivendo em áreas de risco – invasão sob
torres elétricas). Mas convém acompanharmos as pesquisas e estudos a
respeito do tema.

Revendo a Problematização
Muito bem! Acredito que você já teve tempo suficiente para refletir sobre
o caso apresentado no início dos estudos deste tema. Caso queira assistir ao
vídeo de problematização novamente antes de responder, acesse o vídeo
disponível no material on-line.
Analise as opções a seguir e pense em qual delas seria a resposta mais
viável para o caso da Sra. Joana.

A) Diz à Sra. Joana que, na sua idade, é comum perder a audição, além da
visão e do risco de ter outras doenças. Aproveita para cadastrá-la no grupo de
idosos e faz as orientações para hipertensão e diabetes. Faz a solicitação do
aparelho auditivo via convênio do SUS e solicita que aguarde.
B) Através da consulta de enfermagem você identifica que a Sra. Joana
trabalha há 7 anos com maquinário ruidoso, segundo ela e seus colegas de

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trabalho, pois não conseguem ouvir uma a outra no local sem gritar muito. Por
apresentar o diagnóstico de perda auditiva sensorioneural aguda com padrão
de gota acústica, encaminha o caso para a saúde ocupacional da empresa
para verificarem as medições atuais de ruído, a proteção adotada e
documentar o caso possível de PAIR.
C) Por ser trabalhadora você recomenda que ela se afaste do trabalho e
solicite ao INSS a reabilitação com uso de aparelho de audição, podendo ouvir
normalmente e trabalhar em outra profissão mais segura.

Feedbacks
A) A prevenção é fundamental, mas não se pode atribuir todas as doenças
apenas à faixa etária; o uso de aparelhos auditivos está indicado para melhorar
a qualidade de vida e mesmo retardar o agravamento de perdas, mas é
fundamental que as causas estejam controladas, portanto identificadas. A
solicitação do aparelho sem custos ajudará, mas pode ser pouco para o
momento e suas capacidades.
B) O padrão do audiograma descrito é suspeito para perda auditiva induzida
pelo ruído, e a história é favorável à uma exposição ocupacional a este risco
físico. O caso precisa ser avaliado objetivamente para que se confirme e as
medidas de proteção coletivas possam ser tomadas, prevenindo doença em
outros trabalhadores. Caso a empresa não possua ambulatório ou equipe
própria, o caso pode ser encaminhado para órgãos municipais ou estaduais de
proteção da saúde do trabalhador.
C) Sempre que houver uma doença incapacitante ou mesmo o risco grave de
agravamento, o afastamento através de atestado médico pode ser solicitado,
mas aparentemente não temos esta limitação na perda auditiva informada.
Quando a perícia da previdência social identifica uma restrição definitiva,
porém não uma invalidez, pode incluir em seu programa de reabilitação que
conta com orçamento específico para treinamento e mesmo órteses e próteses.

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Síntese
Vimos neste tema um dos riscos ambientais mais presentes e
claramente identificáveis, não apenas em nosso ambiente de trabalho, mas
também em muitos outros locais que frequentamos. É o caso das temperaturas
extremas, pois estamos sujeitos aos efeitos do verão e do inverno nas
diferentes regiões do Brasil.
Um ponto fundamental é entendermos que sua presença não é,
necessariamente, lesiva. Precisamos de uma medição objetiva, confrontada
com o tempo de exposição, para determinar seus efeitos.

O conceito de dose de exposição precisa levar em conta um fator: a


sobreposição da exposição laboral e da externa. O ruído é um exemplo, pois é
cada vez mais comum vermos pessoas (jovens normalmente) com fones de
ouvido e som bastante elevado; com certeza esta energia trará efeitos sobre
sua audição, e isso pode nos confundir nos controles ocupacionais.

Será que já temos uma boa base para desenvolver nosso raciocínio
clínico de causa identificada e efeito possível? Lembrem que a doença
ocupacional, seu estudo e controle, começam na sua identificação precoce.
Vídeo de síntese disponível no material on-line.

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Referências

MENDES, R. Patologia do trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995.

COUTO, H. de A. Ergonomia aplicada ao trabalho: o manual técnico da


máquina humana. Belo Horizonte: Ergo, 1996. Vol. I e II.

AGÊNCIA Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em:


<www.anvisa.gov.br>.

MINISTÉRIO da Previdência Social. Disponível em: <www.mpas.gov.br>.

MINISTÉRIO do Trabalho e Emprego. Disponível em: <www.mtb.gov.br>.

PORTAL Fundacentro. Disponível em: <www.fundacentro.gov.br>.

ASSOCIAÇÃO Nacional de Medicina do Trabalho. Disponível em:


<www.anamt.org.br>.

PORTAL da Saúde. Ministério da Saúde. Disponível em: <www.saude.gov.br>.

REVISTA Proteção. Disponível em: <www.protecao.com.br>.

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