Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
CURITIBA
2007
2
CURITIBA
2007
3
AGRADECIMENTOS
“Nenhum país é tão rico que possa dispensar a mão de obra dos deficientes.”
John F. Kennedy
5
RESUMO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................07
1 A SOCIEDADE E O EXERCÍCIO DA CIDADANIA DO DEFICIENTE VISUAL. 09
1.1 A Sociedade e o exercício de cidadania.......................................................09
1.2 A deficiência visual.........................................................................................12
1.3 A relação entre o deficiente visual e a sociedade.......................................15
1.4 O deficiente visual e o exercício da cidadania............................................18
2 O DEFICIENTE VISUAL NO MERCADO DE TRABALHO E DE CONSUMO. .21
2.1 Mercado de trabalho no Brasil......................................................................21
2.2 Mercado de consumo e cidadania................................................................23
2.3 Deficiente visual no mercado de trabalho brasileiro..................................26
2.4 Deficiente visual no mercado de consumo..................................................33
3 PESQUISA...........................................................................................................37
3.1 Delineamento da pesquisa............................................................................37
3.2 Apresentação e análise de dados.................................................................39
3.2.1 Os entrevistados..........................................................................................39
3.2.2 O consumo e o lazer dos entrevistados....................................................41
3.2.3 Os entrevistados e a mídia.........................................................................44
3.2.4 Os entrevistados e a sociedade.................................................................46
3.2.5 Os entrevistados e o mercado de trabalho para os deficientes visuais.49
3.3 Considerações finais......................................................................................50
CONCLUSÃO.........................................................................................................53
REFERÊNCIAS......................................................................................................55
APÊNDICES...........................................................................................................60
ANEXOS.................................................................................................................115
7
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como foco abordar a questão dos deficientes visuais
como cidadãos que possuem direitos e merecem respeito e oportunidade tanto no
convívio social quanto no mercado de trabalho. Socialmente, percebe-se ainda muita
marginalização e ignorância para com os deficientes. Ao mesmo tempo, a tecnologia
permite que os cegos exerçam diversas profissões.
Parte-se da hipótese de que a dependência financeira dos deficientes visuais,
na maior parte das vezes, seja devida à precariedade da educação, falta de preparo
dos professores e de materiais didáticos inapropriados. Outro fator importante que
afeta diretamente a parte sócio-econômica desta parcela da sociedade é a falta de
oportunidades de trabalho formal. Muitas empresas não têm a consciência da
importância da inclusão social do deficiente no mercado de trabalho e das vantagens
que a empresa pode vir a ter.
A intenção desse trabalho, portanto é contribuir para despertar o interesse da
sociedade curitibana e das empresas, afim de que tenham consciência de que a sua
participação na vida dos deficientes visuais é útil e importante.
O trabalho também pode ser útil para os próprios deficientes visuais, uma
vez que trará uma análise do atual mercado de trabalho para indivíduos com
deficiência.
O tema será abordado através de pesquisas bibliográficas relacionadas ao
assunto como base para as análises, artigos atuais sobre a deficiência e o mercado
de trabalho e entrevistas realizadas com deficientes visuais da região de Curitiba.
A linha de pesquisa deste trabalho é a de Comunicação, Educação e Cultura,
pois se refere aos aspectos sociais do deficiente visual.
A questão central que define o foco desta pesquisa diz respeito à
necessidade de verificar como se dá a participação dos deficientes visuais nos
mercados de trabalho e de consumo. Busca-se analisar, a partir de pesquisa de
campo e de dados secundários, como o deficiente visual é tratado no mercado de
trabalho, quais são as oportunidades, como é sua situação sócio econômica em
geral, de que maneira o deficiente visual faz suas compras, quais são as motivações
na escolha do produto. Além disso, busca-se comprovar a hipótese de que são raras
as oportunidades de trabalho e de consumo geradas para o deficiente visual.
8
mídia e é através das informações geradas por ela, que cada indivíduo processa
e aborda de uma maneira distinta.
O cidadão tem como exercício abranger um conjunto de deveres e direitos.
Respeitar o meio ambiente, assim como os outros indivíduos, são deveres de um
cidadão. De acordo com Rozicki (2001), o cidadão tem também o direito e o dever
político de votar e ser votado, de iniciativa popular, igualdade de sufrágio, direito de
petição, participação política e direito de ser consultado para as tomadas de decisão
condizentes à sociedade em que vive.
De acordo com García (1997, p.22), a cidadania e os direitos não falam
unicamente da estrutura formal de uma sociedade; além disso, indicam o estado da
luta pelo reconhecimento dos outros como sujeitos de “interesses válidos, valores
pertinentes e demandas legítimas.” A palavra cidadania:
Amiralian (1997, p.30) afirma que foi aceito há muito tempo por Lowenfeld
(1950), o qual diz que cegos são aqueles que apresentam acuidade visual de 0/200
(enxergam 20 pés de distância daquilo que o sujeito de visão normal enxerga a 200
pés), no melhor olho, após correção máxima, ou que tenham um ângulo visual
restrito a 20º de amplitude. A restrição do campo visual é considerada cegueira,
independente da acuidade visual. “São considerados indivíduos com visão residual
aqueles que apresentam acuidade visual de 20/200 pés e 20/70 pés no melhor olho,
após correção máxima”.
No Brasil, segundo os dados do Censo (2000 apud Projeto Habilitar, 2002) o
total de deficientes no Brasil é de 14,5%, de deficiência visual 9,8%, os que são
incapazes de enxergar representam 0,1%, 1,4% tem grande dificuldade permanente
de enxergar e 8,3% tem alguma dificuldade de enxergar. Segundo dados do IBGE –
Censo 200 (apud Febraban, 2006, p.11), “a deficiência visual – não necessariamente
cegueira total – é a mais presente nos brasileiros, representando quase a metade
(48,1%) da população com deficiência.” No Paraná, encontram-se 792.143 cegos,
de acordo com IBGE (2002, apud Godoy, 2003).
Segundo Rodrigues (1987), os primeiros relatos sobre deficiência visual,
encontram-se na Bíblia, como por exemplo, no relato do cego que Cristo curou. Os
cegos eram, em sua maioria, mendigos. Na Antigüidade, os cegos eram
marginalizados, considerados inválidos. Os judeus consideravam a cegueira como
uma maldição divina fruto do pecado. As idéias religiosas sempre tiveram influência
em determinadas culturas. Com o desenvolvimento da ciência, as causas da
cegueira passaram a ter explicações racionais.
De acordo com os aspectos clínicos da deficiência visual, citados por
Rodrigues (1987), a perda completa da visão é chamada de cegueira total ou
amaurose. Quando o indivíduo já nasce com a deficiência, ela é congênita. Não há
sequer percepção luminosa. Há casos de atrofia do nervo ótico ou até falta do nervo
ótico, desde o nascimento. Segundo dados do IBGE e Agência de Marketing (apud
Febraban, 2006), 44,4% dos deficientes visuais têm deficiência congênita, ou seja, já
nasceram sem a possibilidade de enxergar e 54,9% adquiriram a deficiência.
Quando a visão tem uma perda significativa, mas irreparável, a visão é subnormal. O
portador de visão subnormal pode ter comprometimentos relacionados à diminuição
da distinção de detalhes do campo visual, à adaptação à luz e ao escuro e
14
Para Kirk (1972), a carência crucial do cego, por não poder imitar a
articulação do som, através de canais visuais, pode ser amplamente compensada
pelo maior papel da comunicação oral e auditiva na sua vida.
O cego faz uso de todos os seus sentidos a fim de fugir dos obstáculos e ter
segurança em seus movimentos. Ouve todas as espécies de sons, incluindo ecos,
interpreta odores e suas origens, sente mudanças de temperatura, correntes de ar e
que eles indicam. Enquanto que para um vidente a imagem visual determina alguma
direção, para o cego este fator determinante é o tempo. Mas, para ampliar seu
mundo, o cego depende da assistência humana, mesmo que bengalas e cães-guia
lhe orientem.
Conforme o Senac, o art. 3º da Declaração dos Direitos das Pessoas
Portadoras de Deficiência diz que:
A cegueira pode ser vista apenas como uma falha orgânica; mas, por outro
lado, percebe-se o cego como um ser humano em geral excluído da comunidade,
segundo Cutsforth (1969).
De acordo com Rodrigues (1987), as idéias religiosas influenciam na vida
individual e no processo de socialização, impedindo a libertação pessoal e social de
diversos deficientes. As pessoas que vão se relacionar com os deficientes, conforme
a maneira de lidar com a situação, “ou vão encorajá-los; ou vão penalizar-se, ou vão
tratá-los com naturalidade, ou vão induzi-los a pertencer a essa ou àquela religião,
ou vão, simplesmente, rejeitá-los e desprezá-los.” (RODRIGUES, 1987, p. 23).
16
2005.E de acordo com o Bem Paraná (2007), outra pesquisa realizada pelo
IBGE, intitulada “Economia Informal Urbana 2003”, mostrou que neste ano havia no
Brasil 12 milhões de trabalhadores nesta mesma situação. Quanto às perspectivas
do negócio, 41% dos trabalhadores por conta própria tinham planos de aumentar e
26,3% pretendiam continuar no mesmo nível. ”A maior parte dos empregadores
informais disse que entraram no negócio através das relações pessoais como
indicação de conhecidos, amigos e parentes”.
Segundo Scaliotti (2007), os empregos formais vêm sendo criados, mas com
salários defasados e com um alto nível de exigência. A informalidade está em
permanente expansão e as leis que deveriam regular o mercado são
frequentemente descumpridas.
Conforme a Associação dos Magistrados da 3ª Região – AMATRA (1997, p.
19), as pessoas costumam atribuir a culpa da falta de emprego ao governo, aos
patrões, ao excesso de impostos, taxa de juros, dívida externa, política salarial, mas
estas não são as únicas fontes de desemprego: Segundo a AMATRA, o desemprego
veio juntamente com o aperfeiçoamento tecnológico. A Mercedes Benz, por
exemplo, fabrica hoje mais que o dobro com menos da metade de empregados
comparando-se há 30 anos atrás. Tudo é automatizado.
Com relação ao desemprego, a AMATRA (1997, p. 18) afirma:
Ainda segundo o autor, A Lei nº 8.112, neste diapasão, impõe que a União
reserve, em seus concursos, até 20% das vagas a portadores de deficiências,
havendo iniciativas semelhantes nos Estatutos Estaduais e Municipais, para o
regime dos servidores públicos. A Lei de Cotas tem 16 anos de existência, mas só
foi regulamentada em 1999 por meio do Decreto 3.298.
Desde então, segundo dados da Delegacia Regional do Trabalho (apud
Febraban, 2006, p.16), o número de contratações de deficientes vem crescendo
cada vez mais: “em 2001 havia somente 601 pessoas com deficiência contratadas
formalmente no estado. Os últimos números – em 2005 – indicam que mais de
36.000 já fazem parte do mundo corporativo. Desde então, houve um crescimento
no número de contratações de mais de 5.000%”. Portanto, segundo dados da
Febraban (2006), a situação ainda é crítica, 40,1% dos deficientes brasileiros
recebem no máximo um (1) salário mínimo, sendo que destes, 10,6% não possuem
rendimentos e 64,4% recebem até dois (2) salários mínimos.
De acordo com Neri, Carvalho e Costilla (2003), a adequação da lei de cotas
para deficientes abriria 518.012 novos postos, praticamente o dobro do que existe
hoje. As grandes empresas contratam apenas a metade do que realmente deveriam
contratar (5%). Estes resultados revelam um alto grau de descumprimento da lei
pelas empresas, a existência de um amplo espaço para o aumento da efetividade da
lei, e a necessidade de diminuir a perda de eficiência econômica, além de aumentar
a eficácia de políticas voltadas à inclusão social das pessoas portadoras de
deficiência.
Segundo Febraban (2006, p. 16 e 17), são quatro os fatores que contribuem
para este desequilíbrio: o baixo nível de qualificação dos deficientes, o elevado
número de inativos e aposentados, a falta de transportes, edificações,
acessibilidade, estrutura em geral impedindo assim um ciclo produtivo e por fim, o
aspecto cultural que vem melhorando, mas ainda impede uma inclusão mais eficaz.
Ou seja, os aspectos que dificultam a inserção do deficiente visual no
mercado de trabalho estão intrinsecamente ligados à educação e cultura da
sociedade além de investimentos do governo e prefeituras tanto na estrutura
apropriada da cidade e de edificações quanto na massificação de informações
32
Mesmo existindo este Decreto, muitos deficientes visuais reclamam por não
terem acesso a livros em Braille e pela falta de bibliotecas com livros na linguagem:
“O livro acessível ainda é uma realidade distante para o estudante cego (...). Muitas
vezes, o professor pede os livros mais atuais sobre determinado assunto e encontrar
esses em Braille é praticamente impossível” (ROSA, 2006 apud SANTANA, 2006). A
novidade do ano 2007 favorável aos deficientes visuais é que foi o lançamento do
Código de Defesa do Consumidor em Braille.
No Decreto n.º 3.298, de 20 de dezembro de 1999 determinou no Capítulo I,
Art.º2:
Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa
portadora de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive
dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao
lazer, à previdência social, à assistência ao social, ao transporte, à
edificação pública, à habitação, à cultura, ao amparo à infância e à
maternidade, outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem
seu bem-estar pessoal, social e econômico. (ADEVA, 1999).
A rádio, por exemplo, exerce uma grande influência e ocupa uma posição de
prestígio, principalmente para os deficientes visuais. É através deste meio que os
cegos interagem, de certa forma, com a realidade e as novidades do mundo atual.
35
3. PESQUISA
36
3.2.1 Os entrevistados
que se gosta e sempre vai ter coisas, ele acha que “coisas” especiais deixariam
o cego mais distante das pessoas, e indo em lugares igual aos outras pessoas
existe uma melhor adaptação.
O entrevistado 2 diz que não tem como lazer e sim como hobbies: baixar
músicas Japonesas Coreanas, e Chinesas, vídeos, ler bastante, pesquisar sobre
softwares, e adquirir conhecimento, gosta também de mexer com artesanato e
colecionar. E para ele, não tem sentido a sociedade querer lazer, seja a pessoa
deficiente ou não, pois existem outras coisas mais prioritárias que deveriam vir
primeiro e a própria sociedade não toma consciência disso. Segundo ele, o lazer
cultural é uma auto contradição de expressão, pois quem aprecia a cultura não a vê
como lazer.
A entrevistada 3 gosta de passear em parques, assim como o entrevistado 5
que gosta de fazer passeios por bosques e parques naturais. Segundo a
entrevistada 3, faltam opções de lazer para os cegos, na medida em que tudo é
muito visual. Ela cita como exemplo, os filmes, é necessário alguém dizer o que está
havendo, pois existem muitas cenas em que fica tudo em silencia. Para o
entrevistado 5 falta apenas mais acessibilidade.
Já o entrevistado 4 diz que não gosta de sair de casa pois não tem graça
quando não se pode ver nada; fez aulas de dança por exercício e gosta de escutar
jogo na rádio. E acha que não falta lazer para os cegos, cada um dá um jeito de se
divertir.
O entrevistado 6 gosta de se encontrar com os amigos em algum bar, a 7ª
entrevistada gosta de ficar lendo em casa mesmo. O 8º entrevistado tem como
forma de lazer: conversar com os amigos, ler livros, ir ao cinema e ao shopping com
amigos e assim como o 4º entrevistado, acha que não muda em nada o lazer para
videntes e para os cegos.
O entrevistado nº.9 gosta de nadar e cozinhar em seu tempo livre e acha que
falta opção de lazer para cegos, pois para as minorias tudo falta: não tem lazer sem
dinheiro, e se for fazer algo como passear, falta adaptação e as pessoas tratam os
cegos como coitados e isso nos inibem a sair de casa. A 10ª entrevistada gosta de ir
ao shopping e shows e também acha que falta oportunidade de lazer para os cegos.
Através da pergunta sobre o que eles gostariam de fazer em seu tempo livre
(nas férias, por exemplo), mas não fazem por falta de dinheiro ou oportunidade,
constou-se que a maioria gostaria de viajar.
43
Com esta pesquisa, foi possível perceber que a maior parte das informações
citadas nos capítulos 1 e 2 de fato ocorrem com os deficientes visuais entrevistados
da cidade de Curitiba.
Verifica-se que a sociedade em geral ainda não tomou consciência da
importância das próprias atitudes para o bem estar dos outros cidadãos, neste caso,
em especial, perante as minorias. Não basta a existência das leis no papel. As leis
existem, mas realmente não são cumpridas da forma correta. A maior parte das
pessoas não sabe lidar com os deficientes porque não há uma cultura que instigue a
um comportamento solidário para com os outros indivíduos que os circundam.
É raro uma pessoa dotada de visão entrar em contato com um deficiente
visual e são poucos os que oferecem ajuda. Quando existe alguma curiosidade, a
pessoa prefere perguntar para quem o está acompanhando e não para o próprio
deficiente. Muitas vezes estas atitudes não são tomadas com más intenções, e sim
por falta de hábito, por não saber como se aproximar dos deficientes. Porém, o
deficiente sente-se inferiorizado devido ao comportamento inadequado e muitas
vezes preconceituoso de algumas pessoas.
A mídia tem como importante papel, informar e mostrar a realidade. Se
houvesse uma grande divulgação sobre as habilidades dos deficientes visuais, o
fornecimento de informações adequadas a respeito da realidade dos cegos,
teoricamente as pessoas olhariam os deficientes visuais com outros olhos e não
como pessoas que carecem de pena.
Os cegos costumam demorar um pouco mais para aprender, mas é
necessário um acompanhamento de profissionais especializados, para melhor
50
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CUTSFORTH, Thomas D.; Jurema Luci Venturini e Ana Amélia da Silva. O cego na
escola e na sociedade: um estudo psicológico. São Paulo: MEC, 1969.
BEM PARANÁ. Abril 2007. Pesquisa aponta redução do trabalho informal no PR.
Disponível em:
<http://www.jornaldoestado.com.br/index.php?VjFSQ1VtUXlWa1pqU0ZKUFVrZDRU
MWxYZUhKTlZsSlpZMFZLYVZadVFsWlVWVkpIVkRGR1ZVMUVhejA9> Acesso em
01 Maio.2007.
BORGES, José Antônio. DOSVOX –Um novo acesso dos cegos à cultura e ao
trabalho. Disponível em:
<http://200.156.28.7/Nucleus/media/common/Nossos_Meios_RBC_RevMai1996_Arti
go5.doc>Acesso em: 20 Março.2007.
56
FILHO, Clecio Paulo Carneiro. 2007. O exercício da cidadania. Disponível em: <
http://uac.oab.org.br/materiais/?cod=115057096321142814514>. Acesso em: 09
Maio.2007
JORNAL O POVO. Abril 2007. Nova era do trabalho. Disponível em: <
http://www.opovo.com.br/opovo/economian/691432.html> Acesso em 01 Maio.2007.
SOARES, Sergei, SERVO, Luciana M. Santos, ARBACHE, Jorge Saba. O que (não)
sabemos sobre a relação entre abertura comercial e mercado de trabalho no
Brasil <http://www.ipea.gov.br/pub/td/td_2001/td_0843.pdf> Acesso em: 25
Abril.2007
APÊNDICE
APÊNDICE A
Questionário
59
03) Sexo?
() Feminino
() Masculino
05) Filhos?
() Não
() Sim, moram comigo.
() Sim, não moram comigo.
() Vai com freqüência comprando o que pode se virar sozinho(a), deixando para
ir numa freqüência mais espaçada de tempo, com alguém de sua confiança a lhe
acompanhar para orientar em suas dificuldades?)
R:
() Não vai terminantemente ao mercado, tem como pedir a alguém para fazer as
compras para você, e acerta de pois com a pessoa. (Quem? Parente, Amigo,
Conhecido, Vizinho?)
R:
23) O que gostaria de fazer nos fins de semana, mas não faz por falta de
dinheiro ou de oportunidade?
R:
27) Quais programas de sua preferência (de TV, rádio, qualquer forma de
mídia)?
R:
31) Alguma propaganda lembrada? (Que tenha marcado ou apenas lhe venha a
mente por algo em especial?)
R:
32) Sua opinião perante a forma com a qual a sociedade lida com a deficiência
visual?
R:
APÊNDICE B
Entrevistas respondidas:
Entrevistado nº.1
R: L. R.
03) Sexo?
() Feminino
(*) Masculino
05) Filhos?
(*) Não
() Sim, moram comigo.
() Sim, não moram comigo.
R: Acompanhado.
23) O que gostaria de fazer nos fins de semana, mas não faz por falta de
dinheiro ou de oportunidade?
R: Viajar por aí, visitar os amigos de outras cidades (Rio de Janeiro, São Paulo,
Curitiba), rola muito show fora também que eu queria ir, eventos de anime,
informática, cultura japonesa, RPG, coisas que eu gosto que gostaria de ir
R: Uso internet todos os dias um pouco, umas 4horas por dia. Rádio nunca e TV
bem raramente.
27) Quais programas de sua preferência (de TV, rádio, qualquer forma de
mídia)?
R: Na TV escuto documentários do Discovery Channel e globo repórter.
31) Alguma propaganda lembrada? (Que tenha marcado ou apenas lhe venha a
mente por algo em especial?)
R: Deve ser porque eu era muito pequeno, mas lembro muito daquelas da tartaruga
e da cerveja, dos siris, mesmo eu não bebendo cerveja nem naquela época nem
hoje, eu achava legal.
32) Sua opinião perante a forma com a qual a sociedade lida com a deficiência
visual?
R: Subestimam. No geral, pela falta de informação ou por outro motivo que eu
desconheça, a maioria das pessoas me subestimam e não só eu a maioria dos
cegos.. Se existe um amigo junto com você as pessoas se dirigem a ele e não é
você. Já foi perguntado se eu estudava em escola normal, como eu usava o
computador, se eu assistia TV. Eu acho que isso é pura falta de informação. Por
exemplo, ontem estávamos indo em uma loja, militar esportes ver um coturno, e no
ônibus uma mulher pediu para o meu amigo se eu era irmão dele, é estranha a visão
que as pessoas tem, que os cegos não podem sair com amigos, e porque não pediu
pra mim, eu sou cego não mudo, mas fazer o quê.
igual aos outras pessoas existe uma melhor adaptação e trabalho, não. Acredito
que apenas ter uma boa preparação e você tem as mesmas chances
Entrevistado nº2.
03) Sexo?
() Feminino
(*) Masculino
05) Filhos?
(*) Não
() Sim, moram comigo.
() Sim, não moram comigo.
R:
() Empregado (a), (Em que?)
R:
() Funcionário público (a), (Em que área?)
R:
() Trabalha por conta própria (Informal), (Com o que?)
R:
() Alguma outra atividade a nível profissional? Qual?
R:
(*) Outra resposta: impossível de ter alguma profissão já que tenho alguns
imprevistos aqui e ali, por exemplo, no ultimo ano tive oportunidade de dois
empregos, mas não pude aceitar, pois não teria como ter rendimento já que
precisaria do cuidado de medicamentos com uma freqüência que atrapalhariam a
carga horária, nunca trabalhei só como voluntário às vezes aqui e ali e quando tenho
condições de saúde pra isso. Mas eu me considero estudante, pois conhecimento
demais nunca é suficiente e adoro ler pesquisar e tem muita coisa pra se estudar
quando se tem vontade e interesse.
(*) Raramente
() Sempre que pode ir, vai
() Só vai por necessidade
*Em qualquer das alternativas, vai sozinho, ou acompanhado, por lazer ou
dificuldade de acessibilidade pela deficiência?
R: Parentes.
Observação: não tenho lugar preferido para comprar nada. Bom, mas eu tenho
como responder essa pergunta com um lugar que não é um lugar, é um tipo de
evento que consequentemente tem coisas de meu interesse para comprar.. mas
nunca fui pois é em São Paulo no Bairro da Liberdade ta cheio de livrarias e lojas
shopping com coisas da Ásia no geral, em especial Japão, e há eventos todos
meses e alguns específicos em algumas épocas do ano, estes são eventos culturais
que me atraem e que tem todo tipo de coisa que eu vejo interesse de comprador.
Desde armas para coleção em miniatura, até armas reais para treino ou coleção
profissional, livros de história, miniaturas de varias coleções e seriados Japoneses,
revistas, pôsteres, CDS, mais livros, cursos, e tantas outras coisas..E nessas
proporções em Curitiba não existe.
lembrança, mas no geral uma coisa que mexe muito com marcas para eu que
sou fascinado por motos e motociclismo, e tecnologia, são todas marcas de
motos Japonesas. Haya-Kusa, Honda, Suzuki, Yamaha, Kawasaki, etc se eu for
pensar em tecnologia, eu lembro de Semp Toshiba, Creative, Apple.
23) O que gostaria de fazer nos fins de semana, mas não faz por falta de
dinheiro ou de oportunidade?
R: tem uns bons, mas são caros, têm outros que não são comuns, e em geral dificil
de conseguir conciliar ele a ser adaptável a mim, e sem atrasar o restante da turma.
coisas que tem a nível de radio e TV e tal para acessar tem um tanto de
inacessibilidade. Mas tem algumas coisas boas na internet, por exemplo, a única
rádio que ouço já a mais de um ano direto, só toca música Japonesa, Coreana, e
Chinesa.. Locução em Português e outras coisas pesquisando aqui e ali, e logo
pretendo conseguir o sinal pra tv a cabo gratuitamente para poder ter alguns canais
do Japão aqui.
27) Quais programas de sua preferência (de TV, rádio, qualquer forma de
mídia)?
R: Documentários bons a muito tempo deixou de ter algo legal. Tem um programinha
nas tardes de domingo na Band que se chama. "visão oriental" que é bem bacana.,
mas é algo aqui e aliás ó que presta dentre toda a maravilhosa variedade de coisas
culturais deste país.
31) Alguma propaganda lembrada? (Que tenha marcado ou apenas lhe venha a
mente por algo em especial?)
R: Olha não lembro exatamente como era a propaganda. Mas na época da
manchete, quando passava qualquer relance sobre o horário do Ninja Jiraiya,, eu
adorava aquilo, e todas as coisas similares, aquilo realmente marcou dos tempos
mais atuais as ultimas propagandas similares ainda na época da manchete como
Cavaleiros do Zodíaco, as propagandas de quando chegaram os bonequinhos para
colecionar.
quando tem propaganda de alguma coleção nova que será lançada e tal, vejo se
é do meu agrado essas coisas.
32) Sua opinião perante a forma com a qual a sociedade lida com a deficiência
visual?
R: eu resumo nas seguintes palavras: hipocrisia, política de marketing,
incompreensão, que gera descaso, e discriminação, falsas imagens sobre uma
realidade a qual é mais cômodo opinar sem conhecer, já que as pessoas têm
preguiça de procurar se informar sobre a realidade social das coisas envolvidas não
só nessa realidade.
conseguindo oportunidades até bem fácil comparado com o que era há algum
tempo atrás, mas ainda falta oportunidades e reconhecimento. Quanto a lazer.
Bom, acho que é uma idiotice o povo querer lazer deficiente ou não, sendo que há
outras coisas mais prioritárias que deveriam vir primeiro e o próprio povo não toma
consciência disso. Na verdade o lazer cultural é uma auto contradição de expressão,
pois quem aprecia a cultura não a vê como lazer jamais.
Entrevistado nº3.
03) Sexo?
(*) Feminino
() Masculino
05) Filhos?
(*) Não
() Sim, moram comigo.
() Sim, não moram comigo.
() Estudante
() Estagiário (A), (em que?)
R:
() Empregado (A), (Em que?)
R:
() Funcionário público (A), (Em que área?)
R:
() Trabalha por conta própria (Informal), (Com o que?)
R:
() Não vai terminantemente ao mercado, tem como pedir a alguém para fazer as
compras para você, e acerta de pois com a pessoa. (Quem?Parente, Amigo,
Conhecido, Vizinho?)
R:
23) O que gostaria de fazer nos fins de semana, mas não faz por falta de
dinheiro ou de oportunidade?
R: Viagem para Natal
27) Quais programas de sua preferência (de TV, rádio, qualquer forma de
mídia)?
R: Na TV novela e jornal. E na radio, jornalismo e programas evangélicos.
31) Alguma propaganda lembrada? (Que tenha marcado ou apenas lhe venha a
mente por algo em especial?)
R: Casas Bahia do dias mães, que tinha um neném falando.
32) Sua opinião perante a forma com a qual a sociedade lida com a deficiência
visual?
R: Meios de comunicação e o governo deveriam falar mais. As pessoas falam perto
dos deficientes visuais, sobre eles, comentam coisas que nos deixam ainda mais pra
baixo. São desinformados, falta cultura, são muito frias, indiferentes.
Entrevistado nº4.
03) Sexo?
() Feminino
(*) Masculino
05) Filhos?
(*) Não
() Sim, moram comigo.
() Sim, não moram comigo.
23) O que gostaria de fazer nos fins de semana, mas não faz por falta de
dinheiro ou de oportunidade?
R: Conhecer Mato Grosso.
27) Quais programas de sua preferência (de TV, rádio, qualquer forma de
mídia)?
R: Na rádio CBN, na TV jornal nacional, alguma novela e programa do Gilberto
Barros na Bandeirantes.
31) Alguma propaganda lembrada? (Que tenha marcado ou apenas lhe venha a
mente por algo em especial?)
R: Uma da SKOL recente, que tem cachorrinho.
32) Sua opinião perante a forma com a qual a sociedade lida com a deficiência
visual?
R: É um problema sério, não ligam para gente, andar no centro é difícil por causa
das barreiras, como orelhão, placas, pessoas deitadas nas ruas, que ficam bravos
porque nos esbarramos neles. Tentei fazer baixo assinado para melhorar as
barreiras que se encontram nas ruas, mas poucos quiseram assinar.
Entrevistado nº5.
03) Sexo?
() Feminino
(*) Masculino
() Casado (A)
() Divorciado (A)
() Viúvo (A)
05) Filhos?
(*) Não
() Sim, moram comigo.
() Sim, não moram comigo.
() Shopping
() Mercado
() Lojas especializadas, (Que tipo de loja?)
(*) Estabelecimentos não convencionais como Livrarias, Bancas de revistas, Lojas
de artigos especializados em alguma cultura ou esporte, etc?)
() O que realmente gosta de comprar só acha em ocasiões especiais e não comuns
do dia a dia
() Compras de lazer comum do dia a dia, como lanchonetes e etc,( se tem algo em
especifico, o que?)
R: Gosto de comprar artigos de informática
() Alguma alternativa não listada, (Qual?)
R:
23) O que gostaria de fazer nos fins de semana, mas não faz por falta de
dinheiro ou de oportunidade?
R: -
27) Quais programas de sua preferência (de TV, rádio, qualquer forma de
mídia)?
R: Noticiários.
32) Sua opinião perante a forma com a qual a sociedade lida com a deficiência
visual?
R: Cheia de preconceito.
Entrevistado nº6.
03) Sexo?
() Feminino
(*) Masculino
05) Filhos?
(*) Não
() Sim, moram comigo.
() Sim, não moram comigo.
86
23) O que gostaria de fazer nos fins de semana, mas não faz por falta de
dinheiro ou de oportunidade?
R: Viajar para um sítio, esfriar a cabeça, tirar a tensão da semana.
27) Quais programas de sua preferência (de TV, rádio, qualquer forma de
mídia)?
R: Os programas esportivos.
31) Alguma propaganda lembrada? (Que tenha marcado ou apenas lhe venha a
mente por algo em especial?)
R: No momento nenhuma
32) Sua opinião perante a forma com a qual a sociedade lida com a deficiência
visual?
R: A sociedade nos trata com muita pena, acham que não somos capazes de
ascender social, cultural, política e economicamente.
89
Entrevistado nº. 7
03) Sexo?
(*) Feminino
() Masculino
05) Filhos?
(*) Não
() Sim, moram comigo.
() Sim, não moram comigo.
() Não vai terminantemente ao mercado, tem como pedir a alguém para fazer as
compras para você, e acerta de pois com a pessoa. (Quem? Parente, Amigo,
Conhecido, Vizinho?)
R:
23) O que gostaria de fazer nos fins de semana, mas não faz por falta de
dinheiro ou de oportunidade?
R: Ir a show de música clássica.
27) Quais programas de sua preferência (de TV, rádio, qualquer forma de
mídia)?
R: Jornal e documentários.
31) Alguma propaganda lembrada? (Que tenha marcado ou apenas lhe venha à
mente por algo em especial?)
R: A do Bombril.
32) Sua opinião perante a forma com a qual a sociedade lida com a deficiência
visual?
R: Depende do que você chama de sociedade. Cada espaço social tem sua forma
peculiar de tratamento. A escola, por exemplo, é mais acessível do que empresas
privadas, quando procuradas para "dar" emprego.
Entrevistado nº. 8
03) Sexo?
() Feminino
(*) Masculino
05) Filhos?
(*) Não
() Sim, moram comigo.
() Sim, não moram comigo.
R:
23) O que gostaria de fazer nos fins de semana, mas não faz por falta de
dinheiro ou de oportunidade?
R: Viajar com maior freqüência, mas sem dinheiro não dá.
27) Quais programas de sua preferência (de TV, rádio, qualquer forma de
mídia)?
R: Seriados policiais, investigativos, musicais e documentários.
31) Alguma propaganda lembrada? (Que tenha marcado ou apenas lhe venha à
mente por algo em especial?)
R: -
32) Sua opinião perante a forma com a qual a sociedade lida com a deficiência
visual?
R: Por a grande maioria da sociedade não conhecer o mundo dos deficientes visuais
e cegos, ela acaba não sabendo como lidar com nós.
Entrevistado nº.9
03) Sexo?
() Feminino
(*) Masculino
05) Filhos?
() Não
(*) Sim, moram comigo.
() Sim, não moram comigo.
(*) Sempre que pode evita ir, (Por alguma relação com o fato da deficiência?)
R: Não gosto de ir, mas vou toda a semana.
( ) Sempre que pode evita ir, (Alguma razão de acessibilidade não direta
a deficiência?)
R:
() Vai acompanhado de alguém para auxiliar, (Em que é o auxílio?)
R:
() Vai normalmente sozinho, (Consegue se virar pelo mercado, mesmo, sem
problemas maiores. (Como faz isto?)
R:
() Vai com freqüência comprando o que pode se virar sozinho(a), deixando para ir
numa freqüência mais espaçada de tempo, com alguém de sua confiança a lhe
acompanhar para orientar em suas dificuldades?)
R:
() Não vai terminantemente ao mercado, tem como pedir a alguém para fazer as
compras para você, e acerta de, pois com a pessoa. (Quem? Parente, Amigo,
Conhecido, Vizinho?)
R:
23) O que gostaria de fazer nos fins de semana, mas não faz por falta de
dinheiro ou de oportunidade?
R: Viajar para vários lugares: Itália, países africanos, Irã.
27) Quais programas de sua preferência (de TV, rádio, qualquer forma de
mídia)?
R: CBN, Rádio Globo, Rádio Paraná e programas de auditório na TV.
31) Alguma propaganda lembrada? (Que tenha marcado ou apenas lhe venha a
mente por algo em especial?)
R: Tinha uma chamada na CBN de meia em meia hora, o “Repórter Esso”, passa em
várias rádios também, começou no Canal 12 anos 60, 70. Na TV uma de margarina
que tinha uns meninos pelados não lembro a marca e os comerciais da Bombril
também.
32) Sua opinião perante a forma com a qual a sociedade lida com a deficiência
visual?
R: A questão é cultural, as pessoas fazem uma imagem ruim e negativa dos cegos.
100
Entrevistado nº. 10
03) Sexo?
(*) Feminino
() Masculino
05) Filhos?
(*) Não
() Sim, moram comigo.
() Sim, não moram comigo.
para ir numa freqüência mais espaçada de tempo, com alguém de sua confiança
a lhe acompanhar para orientar em suas dificuldades?)
R:
() Não vai terminantemente ao mercado, tem como pedir a alguém para fazer
as compras para você, e acerta de pois com a pessoa. (Quem? Parente, Amigo,
Conhecido, Vizinho?)
R:
R: Aiwa, Ipod, Semp Toshiba, HPm Aple, Intel, Panasonic, AMD, Asus, Acer, Positivo,
Siemens. Carros: Wolksvagem, Audi, Reno, Bosh, Fiat. Comida: Sadia, Perdigão,
Lamiete, Nescafé, Damasco, Nestle, Catupiri, Manteiga Viação, Moça, Nescau,
Missin, Bauduco, Batavo, Danete, Ninho, Parmalat. Delivery: McDonalds, Habib's,
Subway, The Sub's, China in Box. Restaurantes: os deliverys, Bob's, Girafas, Gril
Brasil, Come Come, Karina's. Supermercado: Jacomar, Mercadorama, Wal Mart, Big,
Condor. roupa, acessórios e calçados: Havaianas.
23) O que gostaria de fazer nos fins de semana, mas não faz por falta de
dinheiro ou de oportunidade?
R: Escaladas, salto de bunge jump e pára-quedas.
27) Quais programas de sua preferência (de TV, rádio, qualquer forma de
mídia)?
R: Jornais por necessidade, comédia por preferência.
31) Alguma propaganda lembrada? (Que tenha marcado ou apenas lhe venha à
mente por algo em especial?)
32) Sua opinião perante a forma com a qual a sociedade lida com a deficiência
visual?
nada mesmo, que tenha perdido toda a vontade de viver ou uma boa parte, mas
pode ser também que ele tenha muita coisa a oferecer. Como todo mundo, não é
mesmo? Dê a ele, a mim, o benefício da dúvida.
APÊNDICE C
Entrevista nº.1
Entrevista nº. 2
Entrevista nº. 3
A terceira entrevista foi por telefone com a E.B.S. Ela não tem acesso a
Internet por isso preferiu a que a entrevista fosse realizada por telefone. E. tem 42
anos, e não enxerga desde os 9 anos de idade devido ao atrofiamento do nervo
ótico. E. terminou o ensino médio e no momento não trabalha, mas já trabalhou
como telefonista na Associação Paraense de Reabilitação (APR), uma empresa
privada, mas que presta serviços para o Estado e massagista em uma clínica de
estética em Colombo, onde trabalhou durante 2 anos. A sua renda mensal
aproximada é de R$ 500,00.
Seus maiores gastos atualmente são com objetos para casa, pois se casou
recentemente. Costuma ir ao supermercado 1 vez por semena, com seu marido e
uma vez ao mês para compras grandes com algum parente. Já aos shoppings e
lojas, só quando é realmente necessário.
A marca mais lembrada por ela é a Nestlé. Seu sonho de consumo é um
celular LG F3, que fala e lê mensagem e um relógio em Braille social. Nos
momentos de lazer. E. gosta de passear em parque e o que gostaria de fazer, mas
não faz por falta de dinheiro, é uma viagem para Natal. Como sugestão de produtos
para deficientes visuais, E. sugere que as empresas alimentícias e as que fornecem
serviços como Sanepar, Copel e Telecom, deveriam fornecer as informações em
Braille.
Com relação aos meios de comunicação, a entrevistada ouve rádio
diariamente, prefere programas jornalísticos e evangélicos. Televisão apenas para
ouve jornal e novela e Internet não usa. A mídia a ajuda a obter informações sobre a
atualidade. E o que ela mais gosta da mídia é o fato de estar recebendo notícias,
aprendendo e como tem como passa tempo. O comercial mais lembrado por ela, é o
veiculado no dia das mães deste ano (2007), o qual uma neném fazia a narração.
A opinião de E. sobre a forma com a qual a sociedade lida com os deficientes
é que os meios de comunicação e o governo deveriam falar mais sobre a
deficiência, muitas pessoas costumam fazer comentários sobre a deficiência perto
dela, como se ela não estivesse escutando, fazendo com que ela se sinta inferior.
Para E., as pessoas poderiam colaborar mais se informando como se aproximar dos
deficientes e oferecerem mais ajuda.
108
Entrevista nº.4
Entrevista nº.5
Entrevista nº.6
Entrevista nº.7
sua família é de dois (2) salários mínimos, sua mãe é vendedora numa loja de
tecidos.
L. ultimamente tem gastado mais com xérox devido ao mestrado. Ela
normalmente vai ao mercado sozinha e solicita a ajuda de algum vendedor, diz que
adora mercado, é onde ela mais gosta de comprar. E vai ocasionalmente a shopping
e lojas, quando não for para fazer compras, costuma ir acompanhada de alguém.
As marcas mais lembradas por L. são Omo e Bombril. A propaganda mais
lembrada por ela é a do Bombril. Sua principal forma de lazer é ficar lendo em casa.
E gostaria de ir a um show de música clássica se tivesse oportunidade. Como
sugestão de produto para cegos ela respondeu: celular com sintetizador de voz.
Com relação aos meios de comunicação, L. costuma utilizar mais a Internet.
E acha que a mídia não ajuda muito na obtenção de informação de produtos e
serviços, pois trata apenas do convencional. O que ela mais gosta na mídia são os
debates na rede cultura, jornais e documentários.
Quanto à relação entre a sociedade e os cegos, L. respondeu que depende
da sociedade, pois cada espaço social tem sua forma peculiar de tratamento. Ela
cita como exemplo a escola, que é mais acessível do que empresas privadas,
quando procuradas para "dar" emprego.
A sociedade poderia colaborar mais com os deficientes, tornando seus
espaços e recursos ligados à instrução mais acessíveis, segundo L. Com relação à
oportunidade de emprego para os deficientes visuais, L. disse que basta olhar para
as estatísticas, o cego fica em terceiro entre as deficiências a ocupar vagas no
mercado de trabalho, só tem mais oportunidades que os chamados deficientes
mentais, segundo a entrevistada.
Entrevista nº. 8
Entrevista nº.9
Entrevista nº.10
ANEXOS
ANEXO A
Atendente de consultório
Segundo grau completo; habilidade para lidar com o público; noções básicas no
uso de microcomputador, visão subnormal, recepciona as pessoas que se dirigem ao
consultório; organiza fichários, exames recebidos e guias de convênio; marca
consultas.
Auxiliar de almoxarifado
Primeiro grau incompleto; curso de auxiliar de almoxarife; capacidade de
organização; noções básicas no uso de microcomputador, visão subnormal, executa
tarefas auxiliares de recebimento, armazenamento, controle e expedição de
materiais diversos.
Auxiliar de creche
Primeiro grau incompleto;habilidade para lidar com bebês e crianças, visão
subnormal cuida da higiene, alimentação dos bebês e crianças sob sua
responsabilidade, promove e participa de atividades recreativas.
Auxiliar de encadernação
Primeiro grau incompleto, curso de encadernador, habilidade manual, cego e visão
subnormal auxilia na execução de serviços de encadernação e restauração de livros
e publicações em geral.
Auxiliar de estofador
Primeiro grau incompleto, curso de estofador, habilidade manual, visão subnormal,
auxilia na execução das tarefas de guarnição, revestimento e acolchoamento de
móveis (novos e usados).
Auxiliar de pessoal
Primeiro grau incompleto, curso de auxiliar de departamento pessoal, capacidade de
organização, noções básicas no uso de microcomputador, visão subnormal, auxilia
na atualização de arquivos, no levantamento e controle de freqüência e de férias dos
funcionários.
Auxiliar de serviços gerais
Primeiro grau incompleto, cego e visão subnormal, auxilia na execução de tarefas
diversificadas de apoio nos diferentes segmentos da empresa.
Balconista
Primeiro grau incompleto; curso de técnicas de vendas; aptidão para vendas e
habilidade para lidar com o público, visão subnormal, realiza vendas passivas e
efetua o controle das vendas;
pode controlar o estoque e arrumar prateleiras e vitrines.
Bibliotecário
Curso superior completo, cursos específicos de acordo com a área de atuação,
capacidade de organização, usuário de microcomputador, visão subnormal, planeja,
programa e/ou organiza
trabalhos de biblioteconomia, (registro, classificação e catalogação), seleciona livros
e publicações.
Borracheiro
Primeiro grau incompleto, curso de borracheiro, habilidade manual, visão subnormal,
monta e desmonta roda de veículos, executa reparos em câmaras de ar, substitui
válvulas, coloca manchões e faz triagem de pneumáticos.
Boy
Primeiro grau incompleto, iniciativa e dinamismo, visão subnormal, efetua mandados
internos e externos, colabora nas atividades de protocolo, expedição, reprodução e
transporte de expediente (para ocupar este cargo não é necessário ter atingido a
maioridade).
116
Camareira
Primeiro grau incompleto, visão subnormal, realiza tarefas de limpeza e
arrumação de quartos de hotéis.
Caseiro
Primeiro grau incompleto, iniciativa e dinamismo, visão subnormal, zela pela
conservação, manutenção e segurança da casa de campo ou praia.
Colheiteiro
Primeiro grau incompleto, conhecimentos pertinentes às atividades desenvolvidas.
visão subnormal, prepara o terreno para sementeira ou plantação em época própria;
Irriga as plantas e acompanha o seu desenvolvimento até a época
da colheita.
Comprador júnior
Segundo grau completo, desembaraço para o contato social e capacidade de
argumentação, noções básicas no uso de microcomputador, visão subnormal,
mantém contato com fornecedores; Auxilia na apuração de propostas, no controle de
material e no cadastramento dos fornecedores.
Contínuo
Primeiro grau incompleto, iniciativa e dinamismo, visão subnormal, efetua mandados
internos e externos, colabora nas atividades de protocolo, expedição, reprodução
gráfica e transporte de expediente, exerce vigilância no sentido de evitar o acesso de
pessoas estranhas ou inconvenientes.
Copeiro
Primeiro grau incompleto, curso de copeiro, visão subnormal, prepara e serve café,
chá, refrescos e lanches, lava e esteriliza utensílios de copa, limpa e arruma mesas
de refeitório.
Corretor de imóveis
Segundo grau completo, curso de transações imobiliárias, boa fluência verbal, força
de argumentação e habilidade para lidar com o público, visão subnormal, recebe
pessoas interessadas na compra e/ou venda de imóveis, acompanha os
interessados nas visitas ao local do imóvel, pode tratar da documentação referente à
transação imobiliária.
Cozinheiro
Primeiro grau incompleto, curso de cozinheiro, visão subnormal, prepara refeições,
lanches e sobremesas, dispõe alimentos em pratos, travessas e bandejas, coordena
os trabalhos de limpeza da cozinha.
Doméstica
Primeiro grau incompleto, visão subnormal, executa tarefas domésticas
diversificadas; pode residir no local de trabalho.
Economista
Curso superior completo, cursos específicos de acordo com a área de atuação;
capacidade de organização, usuário de microcomputador, visão subnormal, planeja,
coordena, acompanha, analisa e efetua estudos econômico-financeiros, desenvolve
programas de assessoria econômica para a administração.
Embalador
Primeiro grau incompleto, habilidade manual, cego e visão subnormal, acondiciona
produtos diversos a fim de assegurar uma embalagem adequada para seu
transporte, confecciona embalagens de papelão e/ou outros tipos de materiais.
Empacotador
117
Psicólogo
Curso superior completo, cursos específicos de acordo com a área de atuação,
usuário de microcomputador, domínio de um sistema sonoro de comunicação com o
microcomputador.
cego e visão subnormal, planeja, coordena, acompanha e efetua estudos referentes
ao campo da psicologia, elabora e adapta testes, provas objetivas, inventários e
outros instrumentos de medidas psicológicas, realiza avaliação objetivando o
diagnóstico, prognóstico e o tratamento do indivíduo.
Recepcionista
Primeiro grau incompleto, curso de recepcionista, facilidade para lidar com o público
e boa apresentação, visão subnormal, recepciona pessoas que se dirigem à empresa
indicando a quem elas devem se dirigir, atende a solicitações internas diversas.
Recreadora
Curso normal e adicional, desembaraço para o contato social, visão subnormal,
promove atividades lúdicas para adultos e crianças em escolas, hospitais, clínicas e
festas.
Recuperador de crédito
Primeiro grau completo, curso de técnica de cobrança, boa fluência verbal, iniciativa
e força de argumentação, cego e visão subnormal, realiza investigação cadastral de
clientes devedores, executa cobranças pelo telefone ou através de visitas locais.
Servente de laboratório
Primeiro grau incompleto, capacidade de concentração e habilidade manual.
visão subnormal, efetua serviços de limpeza e conservação de materiais, aparelhos,
utensílios e instalações de laboratório, prepara recipientes para coleta de amostras,
desinfetando-os, abastece recipientes de análises.
Sociólogo
Curso superior completo, cursos específicos de acordo com a área de atuação,
usuário de microcomputador, domínio de um sistema sonoro de comunicação com o
microcomputador. Cego e visão subnormal, planeja, coordena, acompanha, analisa e
efetua estudos referentes ao campo da sociologia, desenvolve programas de
pesquisa e assessoramento na área social.
Tecelão
Primeiro grau incompleto, curso de tecelão, habilidade manual, visão subnormal,
realiza tarefas de tecer pano em máquinas ou teares.
Técnico de administração
Curso superior completo, cursos específicos de acordo com área de atuação, usuário
de microcomputador, visão subnormal, planeja, coordena, acompanha, analisa e
efetua estudos referentes ao campo da administração, elabora manuais de
procedimentos e rotinas de trabalho; realiza auditoria em assuntos ligados à sua
especialização.
Técnico de câmara escura
Primeiro grau completo, curso de câmara escura, cego e visão subnormal, prepara
filmes a serem utilizados pelos técnicos de radiologia, revela filmes através de
químicas apropriadas ou de processadora.
Técnico de comunicação social
Curso superior completo, cursos específicos de acordo com a área de atuação,
usuário de microcomputador, domínio de um sistema sonoro de comunicação com o
microcomputador, cego e visão subnormal planeja, coordena e acompanha
programas de relações públicas; redige, adapta, comenta, interpreta matéria a ser
divulgada, e realiza sondagem de opinião pública.
121
Telefonista
Primeiro grau incompleto, curso de operação de mesa telefônica, boa fluência
verbal e memória auditiva, cego e visão subnormal, opera mesa telefônica, recebe e
providencia ligações urbanas, interurbanas e internacionais, atende chamadas
telefônicas transferindo-as para diversos setores da empresa.
Telefonista/recepcionista
Primeiro grau incompleto, curso de operação de mesa telefônica, boa fluência verbal,
memória auditiva e habilidade para lidar com o público, visão subnormal, atende ao
público, recebe e providencia ligações urbanas, interurbanas e internacionais, atende
chamadas telefônicas transferindo-as para diversos setores da empresa.
Terapeuta ocupacional
Curso superior completo, cursos específicos de acordo com a área de atuação, visão
subnormal. Orienta atividades criativas, lúdicas, educacionais, pré-vocacionais e
industriais, objetivando a restauração de uma função física, pode integrar equipes
médicas de reabilitação profissional, pedagógica e outras.
Tradutor
Segundo grau completo, curso de língua estrangeira, capacidade de concentração,
usuário de microcomputador, visão subnormal, traduz e efetua revisão de traduções,
publicações ou correspondências de língua estrangeira.
Vendedores
Segundo grau incompleto, curso de técnica de vendas, boa fluência verbal, força de
argumentação, objetividade e facilidade para lidar com o público, cego e visão
subnormal, realiza vendas passivas e ativas, estabelece contatos pessoais ou por
telefone com clientes e fornecedores.
ANEXO B:
RURAL
Apicultor, caprinocultor, floricultor, granjeiro, horticultor, hortigranjeiro, minhocultor,
ovinocultor, ranicultor, suinocultor, truticultor, vinicultor.
ARTESANAL
Produção e confecção de: perfumes, produtos de higiene e limpeza, botões
forrados, ilhóes, plantas e flores desidratadas, papel, macramê, tricô, tapetes, sachê,
bonecas e bichos de lã, ráfia e tecido, bijuterias e caixas decorativas.
PRODUTOS CASEIROS
Produção de: bombons, doces, balas, compotas, geléias, salgadinhos, sanduíches,
tortas, biscoitos, massas, pães, refeições, sorvetes, queijos e licores.
INDUSTRIAL
Produção de: sacolas, chinelos personalizados, fraldas e absorventes descartáveis,
quentinhas, velas e tijolos.
COMERCIAL
Representante de vendas, vendedor ambulante, chaveiro, sapateiro.
ÁREAS INSTITUIÇÕES
122
ANEXO C:
solidariedade humana deve ser praticada por todos e que ninguém é tão incapaz
que não tenha algo para dar.
14 - Não se dirija à pessoa cega através de seu guia ou companheiro, admitindo
assim que ela não tenha condição de compreendê-lo e de expressar-se.
15 - Não guie a pessoa cega empurrando-a ou puxando-a pelo braço. Basta deixá-la
segurar seu braço, que o movimento de seu corpo lhe dará a orientação de que
precisa. Nas passagens estreitas, tome a frente e deixe-a segui-lo, mesmo com a
mão em seu ombro.
16 - Quando passear com a pessoa cega que já estiver acompanhada, não a pegue
pelo outro braço, nem lhe fique dando avisos. Deixe-a ser orientada só por quem a
estiver guiando.
17 - Não carregue a pessoa cega ao ajudá-la a atravessar a rua, tomar condução,
subir ou descer escadas. Basta guiá-la, pôr-lhe a mão no corrimão.
18 - Não pegue a pessoa cega pelos braços rodando com ela para pô-la na posição
de sentar-se, empurrando-a depois para a cadeira. Basta pôr-lhe a mão no espaldar
ou no braço da cadeira, que isso lhe indicará sua posição.
19 - Não guie a pessoa cega em diagonal ao atravessar em cruzamento. Isso pode
fazê-la perder a orientação.
20 - Não diga apenas "à direita", "à esquerda", ao procurar orientar uma pessoa cega
à distância. Muitos se enganam ao tomarem como referência a própria posição e não
a da pessoa cega que caminha em sentido contrário ao seu.
21 - Não deixe portas e janelas entreabertas onde haja alguma pessoa cega.
Conserve-as sempre fechadas ou bem encostadas à parede, quando abertas. A
portas e janelas meio abertas costituem obstáculos muito perigosos para ela.
22 - Não deixe objetos no caminho por onde uma pessoa cega costuma passar.
23 - Não bata a porta do automóvel onde haja uma pessoa cega sem ter a certeza de
que não lhe vai prender os dedos.
24 - Não deixe de se anunciar ao entrar no recinto onde haja pessoas cegas, isso
auxilia a sua identificação.
25 - Não saia de repente quando estiver conversando com uma pessoa cega,
principalmente se houver algo que a impeça de perceber seu afastamento. Ela pode
dirigir-lhe a palavra e ver-se na situação desagradável de falar sozinha.
26 - Não deixe de apertar a mão de uma pessoa cega ao encontrá-la ou ao despedir-
se dela. O aperto de mão substitui para ela o sorriso amável.
27 - Não perca seu tempo nem o da pessoa cega perguntando-lhe: "Sabe quem sou
eu?"... "Veja se adivinha quem sou?". Identifique-se ao chegar.
28 - Não deixe de apresentar o seu visitante cego a todas as pessoas presentes,
assim procedendo, você facilitará a integração dele ao grupo.
29 - Ao conduzir uma pessoa cega a um ambiente que lhe é desconhecido, oriente-a
de modo que possa locomover-se sozinha.
30 - Não se constranja em alertar a pessoa cega quanto a qualquer incorreção no
seu vestuário.
31 - Informe a pessoa cega com relação à posição dos alimentos colocados em seu
prato.
32 - Não encha a xícara ou o copo da pessoa cega até a beirada. Neste caso ela terá
dificuldades em mantê-los equilibrados.
33 - O pedestre cego é muito mais observador que os outros. Ele desenvolve meio e
modos de saber onde está e para onde vai, sem precisar estar contando os passos.
Antes de sair de casa, ele faz o que toda gente deveria fazer: procura informar-se
bem sobre o caminho a seguir para chegar ao seu destino. Na primeira caminhada
125