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CV 7710 – Concreto Armado I

Dimensionamento de seções retangulares, submetidas a flexão Simples, com armadura


dupla

O leitor mais atento já deve ter percebido que no caso de uma peça submetida à flexão simples, com
armadura simples, o momento fletor (Msd) pode ser, numericamente, grande o suficiente para provocar
posições de linha neutra indesejáveis, desrespeitando limites de norma ou colocando a peça no domínio 4,
criando uma ruína sem aviso. Nesse caso, é conveniente recorrer a armadura dupla.

Figura 1.1 – Tensões, deformações e esforços na flexão simples com armadura dupla

Na Figura 1.1,

Rs ’ é a força de compressão na armadura superior;


s’ é a deformação na armadura superior;

A primeira equação do equilíbrio, traduzida como o equilíbrio de esforços horizontais na seção


transversal, fica demonstrada pela equação 1.1.

FH = 0
Rcc + RS’ – Rst = 0
Rst = Rcc + RS’ (Equação 1.1)

Na equação 1.1, os valores das forças resultantes de são dadas conforme as equações 1.2 a 1.4.

Rcc = 0,85fcd ∙ bw ∙ 0,8x (Equação 1.2)

Rst = AS ∙ Sd (Equação 1.3)

Rs’ = AS’ ∙ Sd’ (Equação 1.4)

A segunda equação de equilíbrio, traduzida como o equilíbrio de momentos em relação ao ponto P,


fica demonstrada pela equação 1. 5.

MP = 0
MSd = Rcc ∙ (d – 0,4x) + RS’ ∙ (d – d’) (Equação 1.5)

Não é possível solucionar o problema, visto que existem três incógnitas (Rcc, Rst e Rs’) e apenas duas
equações de equilíbrio, existindo assim diversas soluções para o equilíbrio do problema.

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É interessante reescrever a equação 1.5 conforme a equação 1.6, dividindo o problema em duas
partes.

MSd = Mwd + MSd (Equação 1.6)

Na Equação 1.6,

Mwd é o momento fletor de cálculo, resistido pelo binário concreto-armadura inferior


MSd é o momento fletor de cálculo, resistido pelo binário armadura superior-armadura inferior

Figura 1.2 – Divisão do problema em duas partes

As equações de equilíbrio continuam a ser válidas para cada uma das partes. Sendo assim, para a
parte correspondente a Mwd pode-se escrever as equações 1.7 e 1.8.

FH = 0
Rcc – Rst,1 = 0
Rst,1 = Rcc (Equação 1.7)

MP = 0
Mwd = Rcc ∙ z1 (Equação 1.8)

Para a parte correspondente a MSd, as equações de equilíbrio são escritas conforme as equações
1.9 e 1.10.

FH = 0
Rst,2 – Rs’ = 0
Rst,2 = Rs’ (Equação 1.9)

MP = 0
Msd = Rs’ ∙ z2 (Equação 1.10)

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De modo a não se tomar uma decisão contra a


economia, pode-se tirar máximo proveito da seção de
concreto, fixando-se sua linha neutra em x = 0,45d, conforme
recomendação limite da norma. Sendo assim, o problema volta
a possuir apenas duas incógnitas (RSt e RS’) e pode ser
resolvido.
Com a posição da linha neutra (x) fixada, a resultante
de compressão no concreto (Rcc) fica conhecida pela equação
1.11.
Figura 1.3 – Posição da linha neutra imposta

Rcc = 0,85fcd ∙ bw ∙ 0,8x


Rcc = 0,85fcd ∙ bw ∙ 0,8 ∙ (0,45d)
Rcc = 0,306fcd ∙ bw ∙ d (Equação 1.11)

Com a resultante de compressão no concreto (Rcc) conhecida, o momento fletor resistido pelo binário
concreto-armadura inferior fica dado pela equação 1.12.

Mwd = Rcc ∙ z1
Mwd = 0,306fcd ∙ bw ∙ d ∙ (d – 0,4∙ 0,45d)
Mwd = 0,25092fcd ∙ bw ∙ d² (Equação 1.12)

É óbvio neste instante que, se o momento fletor resistido pelo concreto é conhecido, o acréscimo de
momento (MSd ) fica determinado por simples diferença, conforme equação 1.13.

MSd = MSd – Mwd (Equação 1.13)

Voltando ao equilíbrio escrito na equação 1.10, a força resultante de compressão na armadura


superior (Rs’) fica dada pela equação 1.14.

MSd
Rs’ = (Equação 1.14)
z2

Pode-se reescrever a equação 1. 4 isolando a incógnita mais importante do problema, a armadura


necessária (As’), conforme equação 1.15.

RS '
AS’ = (Equação 1.15)
σ Sd '

Substituindo a equação 1.14 na equação 1.15, obtêm-se a equação 1.16.

 MSd  1
AS’ =   
 z 2  σ Sd '
 ΔM Sd  1
AS’ =  ∙ (Equação 1.16)
 d - d'  σ Sd '

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Não se pode afirmar que a deformação da armadura superior é, em valor numérico, superior a
deformação de escoamento (yd = 2,07‰) para o tipo de aço em questão (CA-50). A deformação deve ser
calculada utilizando semelhança de triângulo.

Semelhança de triângulos:

3,5 ‰ εs '
=
0,45d 0,45d - d'

 0,45d  d' 
s’ = 3,5‰ ∙   (Equação 1.17)
 0,45d 
Figura 1.4 – Deformação (s’) na armadura comprimida

Voltando ao equilíbrio escrito na equação 1.1, e utilizando os resultados escritos nas equações 1.8 e
1.10, a força resultante de tração na armadura (Rst) fica dada pela equação 1.18.

Rst = Rcc + RS’


Mwd M Sd
Rst = +
z1 z2
M MSd
Rst = wd + (Equação 1.18)
0,82d d - d'

Pode-se reescrever a equação 1.3 isolando a incógnita mais importante do problema, a armadura
necessária (As), conforme equação 1.19.

R Sd
AS =
σ Sd
M MSd  1
As =  wd  ∙ (Equação 1.19)
 0,82d d - d'  σ Sd

Nesse caso, para a armadura inferior, a posição da linha neutra pré-fixada nos garante que a
deformação da armadura inferior é maior que a deformação de escoamento (yd), sendo assim, é correto
afirmar que a quantidade de armadura inferior pode ser obtida pela expressão 1.20.

M ΔM Sd  1
AS =  wd  ∙ (Equação 1.20)
 0,82d d - d'  fyd

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TABELA – DIMENSIONAMENTO DE SEÇÕES RETANGULARES, A FLEXÃO SIMPLES, COM ARMADURA DUPLA

x z K6,lim (cm²/KN) K3,lim (cm²/KN)


X = Z =
d d C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 CA-25 CA-50 CA-60
NBR6118 0,45 0,8128 2,7813 2,2250 1,8542 1,5893 1,3906 1,2361 1,1125 0,05659 0,02830 0,02358

h K7 (cm²/KN) h K8 (cm²/KN) Cálculo dos momentos fletores:


h = h =
d CA-25 CA-50 CA-60 d CA-25 CA-50 CA-60
1,01 0,04646 0,02323 0,01936 1,01 0,04646 0,02323 0,01936
1,02 0,04694 0,02347 0,01956 1,02 0,04694 0,02347 0,01956 b w  d2
1,03 0,04742 0,02371 0,01976 1,03 0,04742 0,02371 0,01976 Mwd = e MSd = MSd – Mwd
1,04 0,04792 0,02396 0,01997 1,04 0,04792 0,02396 0,01997 k 6, lim
1,05 0,04842 0,02421 0,02018 1,05 0,04842 0,02421 0,02018
1,06 0,04894 0,02447 0,02039 1,06 0,04894 0,02447 0,02039
1,07 0,04946 0,02473 0,02061 1,07 0,04946 0,02473 0,02061 Área de aço tracionada (inferior):
1,08 0,05000 0,02500 0,02083 1,08 0,05000 0,02500 0,02083
1,09 0,05055 0,02527 0,02106 1,09 0,05055 0,02527 0,02106
1,10 0,05111 0,02556 0,02130 1,10 0,05111 0,02556 0,02130
Mwd ΔMSd
AS = K3,lim ∙ + K7 ∙
1,12 0,05227 0,02614 0,02178 1,12 0,05227 0,02614 0,02178 d d
1,14 0,05349 0,02674 0,02229 1,14 0,05349 0,02674 0,02296
1,16 0,05476 0,02738 0,02282 1,16 0,05476 0,02738 0,02513
1,18 0,05610 0,02805 0,02337 1,18 0,05610 0,02805 0,02765 Área de aço comprimida (superior):
1,20 0,05750 0,02875 0,02396 1,20 0,05750 0,03061 0,03061
1,22 0,05897 0,02949 0,02457 1,22 0,05897 0,03413 0,03413
1,24 0,06053 0,03026 0,02522 1,24 0,06053 0,03836 0,03836 ΔMSd
1,26 0,06216 0,03108 0,02590 1,26 0,06216 0,04355 0,04355
AS’ = K8 ∙
d
1,28 0,06389 0,03194 0,02662 1,28 0,06389 0,05002 0,05002
1,30 0,06571 0,03286 0,02738 1,30 0,06571 0,05831 0,05831

Professor: Marcello Cherem Disciplina: CV 7710 - Concreto Armado I Data: 08/04/2015

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