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Milhões de brasileiros investem errado em

previdência; é o seu caso?


Quer saber quando vale a pena investir nos produtos de previdência mais vendidos pelos bancos e
seguradoras ou quando é melhor poupar por conta própria para garantir a aposentadoria? Então
baixe uma planilha gratuita

(SÃO PAULO) – Acredito que os três erros mais comuns cometidos pelos brasileiros na hora de investir são: 1)
aplicar nos produtos de renda fixa menos rentáveis do mercado, como a caderneta de poupança; 2) tomar o
risco da Bolsa ou do mercado imobiliário na hora errada; e 3) fazer um mau uso dos produtos de previdência
distribuídos nos bancos. Neste post eu gostaria de tratar sobre a previdência. Milhões de brasileiros investem
mais de R$ 450 bilhões em produtos de previdência complementar, como o PGBL e o VGBL. A maioria dessas
pessoas erra ao escolher esses produtos para poupar para a aposentadoria simplesmente porque eles são pouco
rentáveis. Duvida? Então abra o site dos maiores bancos brasileiros e verifique a tabela de rentabilidade dos
produtos de previdência deles. Você vai perceber que quase todos os produtos de previdência oferecidos por
essas instituições renderam menos de 11% nos últimos 12 meses. Para facilitar essa pesquisa coloco aqui a
página com as rentabilidades dos produtos de previdência do Itaú e aqui os retornos no Banco do
Brasil. Viu como quase nada rendeu mais de 11%? Já se o investidor tivesse escolhido um bom CDB de um
banco médio, por exemplo, poderia ter obtido algo próximo a 15% no mesmo período.

A rápida conclusão é que produtos de previdência só valem a pena quando houver um benefício tributário que
seja suficiente para compensar a baixa rentabilidade. Pensando exclusivamente no retorno, imediatamente
podemos descartar os VGBL como uma boa opção, dado que esses produtos não contam com um benefício
tributário relevante.

Restariam, portanto, os PGBL. Nesse caso, pode existir, sim, um benefício tributário que seja tão vantajoso que
compense a menor rentabilidade do produto. Pessoas que já entregam a declaração completa do Imposto de
Renda (por exemplo, quem tem gastos muito elevados com saúde ou paga pensão alimentícia judicial) podem
investir em um PGBL todos os anos e reduzir em 12% a base de cálculo do IR. Então imagine que você tem um
bom salário bruto de R$ 200.000 por ano. Se todos os meses de dezembro você investir R$ 24.000 (ou 12% dos
R$ 200.000) em um PGBL, conseguirá uma restituição de R$ 6.600 da Receita Federal. Essa restituição inicial
faz uma baita diferença porque, optando por um PGBL, você terá R$ 24.000 para investir agora. Já se escolher
outro investimento para aplicar esses R$ 24.000 terá primeiro de pagar 27,5% de IR à Receita – ou seja, R$
6.600 – e lhe restará para investir inicialmente apenas R$ 17.400.

Agora essa vantagem inicial é sempre suficiente para que o PGBL seja a melhor opção? E se eu optar por
aplicações isentas de IR como LCI, LCA ou debêntures incentivadas, não seria possível compensar essa
desvantagem ao longo dos anos, uma vez que no resgate do PGBL a alíquota mínima de IR será de 10%,
cobrada sobre principal e rendimentos? Infelizmente não é possível dar uma resposta única e assertiva para
essas perguntas. A resposta vai depender do rendimento do PGBL, da LCI, da LCA ou da debênture. Para que
você não se atrapalhe nos cálculos, disponibilizo logo abaixo uma planilha desenvolvida pela colega CFP®
Lívia Mansur que calcula para você qual é a melhor opção: PGBL, LCA/LCI ou debênture. Basta deixar seu e-
mail neste formulário abaixo que enviarei gratuitamente a planilha ao endereço fornecido:

→ Títulos do Tesouro Direto: conheça os três tipos de títulos mais populares entre as pessoas físicas

Se você entrega a declaração completa do IR, preencheu a planilha e descobriu que PGBL faz sentido para
você, comece ou continue a aproveitar esse benefício tributário desde que tenha um objetivo de longo prazo. A
alíquota do IR para o PGBL varia de 35% a 10%. A planilha considerou a alíquota de 10%, que só será paga
para quem deixar o dinheiro aplicado por ao menos 10 anos (a tabela de alíquotas pode ser consultada na
própria planilha, na segunda aba). Se você não pode abrir mão do direito de resgatar esse dinheiro por tanto
tempo, não invista em PGBL porque esse produto só faz sentido no longo prazo.

E para os demais casos, produtos de previdência nunca valem a pena? A resposta também é não. Há um tipo de
produto de previdência que costuma ser imbatível: os planos fechados ou fundos de pensão com coparticipação
da empresa ou do governo. Em muitos desses fundos que são oferecidos apenas por empresas ou instituições
específicas, para cada R$ 1 que o beneficiário investe para a aposentadoria a empresa coloca outro R$ 1. Como
nenhuma aplicação dobra seu investimento logo de cara desse jeito, é difícil que um produto de previdência
como esse não seja a opção mais interessante sempre que ele esteja acessível para você.

Outra ressalva é que até agora a análise só considerou o aspecto da rentabilidade. Mas produtos de previdência
também podem ser usados para planejamento sucessório. Produtos como PGBL e VGBL não entram no
inventário e não estão sujeitos ao pagamento de ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação),
assim como o valor de cobertura dos seguros de vida. Então caso alguém que contratou um PGBL, VGBL ou
seguro de vida venha a falecer, seus herdeiros receberão o dinheiro a que têm direito em poucos dias porque
não será necessário esperar a constituição do inventário e a decisão judicial sobre a partilha dos bens. E sobre
esse dinheiro também não será cobrado o ITCMD – cuja alíquota é de 4% na maioria do Estados – e os
honorários dos advogados responsáveis pelo trâmite da herança. Geralmente quem usa PGBL e VGBL para
planejamento sucessório são os milionários. Se o patriarca da família tem um patrimônio de R$ 10 milhões, por
exemplo, pode fazer sentido ele deixar R$ 1 milhão em PGBL ou VGBL para que a viúva tenha recursos para
se manter até que a partilha dos bens entre os herdeiros seja concluída.

A essa altura já deu para percebeu que o PGBL e o VGBL acabam servindo para nichos muito específicos de
brasileiros, né? Mas milhões de pessoas investem nesses produtos no país. É por isso que considero o mau uso
dos produtos de previdência um dos três principais erros dos investidores brasileiros. Se o produto não faz
sentido para você, não invista mesmo que seu gerente bancário fale maravilhas sobre PGBL e VGBL. Por mais
paradoxal que possa parecer, você pode deixar sua aposentadoria 5, 10 ou 15 anos mais distante se ceder aos
apelos dele em relação a produtos de previdência.

PS.: Queria fazer um comentário sobre os comentários dos leitores postados logo abaixo deste texto. Todos
meus cálculos estão corretos. A tabela progressiva é uma das maiores ciladas do investimento em previdência -
então nem considero. Em tese, você até pode resgatar o dinheiro pagando 7,5% de IR ou até mesmo ser isento.
Mas como o governo defasou a correção da tabela do IR por muitos anos, hoje quem tem uma aposentadoria do
INSS de R$ 2.000 e resgata mais R$ 2.000 por mês da previdência complementar já pagará uma alíquota de IR
de mais de 10% na previdência privada. E essa pessoa ainda está presa num produto ruim porque se resgatar
tudo de uma vez terá de pagar 27,5% de IR. Então não opte mesmo pela tabela progressiva. E não invista em
VGBL a não ser que para fins de planejamento sucessório. LCI, LCA e CDB não são apenas mais rentáveis que
os produtos de previdência. Eles possuem o seguro do FGC e também lhe dão liquidez em um, dois ou três
anos. Já na previdência o negócio só vale a pena para investimentos a partir de 10 anos. Agradeço a
participação de todos. Muitas vezes são essas opiniões que me permitem tirar as dúvidas de mais leitores.

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