Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
PARA O MPU
AULA 1
AULAS EM
PDF
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Luis Octavio
SUMÁRIO
1. Planejamento .......................................................................................................... 7
2. Direção .................................................................................................................. 12
IV – ORGANIZAÇÃO ................................................................................................. 26
4. Centralização x Descentralização........................................................................... 31
6. Departamentalização ............................................................................................ 47
LUIS OCTAVIO
Professor de Administração com experiência de mais de 20
anos na preparação para Concursos Públicos. Graduado em
Administração e Informá�ca, e Pós-graduado em Gestão Pública
e Responsabilidade Fiscal.
Autor de livros e apos�las nas áreas de Administração e Infor-
má�ca. Foi Servidor Público nos seguintes órgãos: Procuradoria
Geral, Ministério Público, Fundação Educacional e nos Colégios
Militares de Brasília e Fortaleza.
APRESENTAÇÃO DO CURSO
Seja bem-vindo ao nosso curso de Noções de Administração! Sou o professor Luis
Octavio e orientarei você no agradável estudo de Administração para o concurso do
Ministério Público da União (MPU).
A banca responsável por esse concurso será o CESPE e esse nosso “amigo” precisa
ser analisado com muito carinho.
COMPETÊNCIA
II – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Administração Pública é o conjunto de órgãos e en�dades responsáveis por rea-
lizar, garan�r, regulamentar e fiscalizar as a�vidades e ações necessárias à produção
de bens e serviços focados no interesse público.
quando visualizadas na sua abordagem total para o alcance de obje�vos elas formam
o processo administra�vo.
IMPORTANTE!
1. Planejamento
É o primeiro componente do Processo Administra�vo que visa o delineamento dos
obje�vos que devem ser alcançados e as linhas de ação adequadas para alcançá-los.
Por meio dele, poderemos decidir antecipadamente o que, quem e quando fazer. Para
Almeida (2000), “o planejamento não é um acontecimento, mas um processo con�nuo,
permanente e dinâmico, que fixa obje�vos, define linhas de ação, detalha as etapas
para a�ngi-los e prevê os recursos necessários à consecução desses obje�vos”. Para
ela o planejamento eficaz depende da qualidade e quan�dade de dados disponíveis
e confiáveis.
b) Equilíbrio;
c) Melhor desempenho.
Quanto maior o nível de conhecimento dos gestores nos princípios gerais e espe-
cíficos terá uma maior facilidade de gerar conhecimento, tendo uma base realmente
sólida no momento em que precisar ser u�lizada.
a) Planejamento Estratégico
É o que envolve obje�vos específicos referentes a uma área funcional. Esses foca-
lizam ações que uma unidade organizacional deve empreender para realizar sua parte
do plano estratégico.
Tem por obje�vo o�mizar determinada área de resultado e não a empresa como
um todo. Portanto, trabalha com decomposições dos obje�vos, estratégias e polí�cas
estabelecidos no planejamento estratégico.
c) Planejamento Operacional
• Os prazos estabelecidos;
Planejamento Organizacional responsável por definir obje�vos, metas e planos para a organização
Tipos Nível Caracterís�cas
Estratégico Visão organização
Estabelece diretrizes para organização
Missão, filosofia, valores e visão da organização
Obje�vos e metas da organização
Duração longo prazo
Responsabilidade da alta administração
Tá�co Visão por unidade/departamento
Estabelece diretrizes unidades da organização
Obje�vos e metas unidades organização
Definição a�vidades dos departamentos
Duração médio prazo
Responsabilidade Nível intermediário
Operacional Visão por tarefas ro�neiras/indivíduos
Estabelece diretrizes para grupos e indivíduos
Obje�vos e metas grupos e indivíduos
Define as a�vidades e os recursos necessários
Duração curto prazo
2. Direção
É o processo administra�vo que conduz e coordena o pessoal na execução das
tarefas antecipadamente planejadas.
• O ser humano pelo mo�vo acima tem que ser coagido, controlado, dirigido e
ameaçado para que faça o melhor.
• É resistente às mudanças.
• Não é preguiçoso.
II. Obje�vos: são os obje�vos que o tomador de decisão pretende alcançar por
meio de suas ações.
IV. Cursos de ação: são as diferentes sequências de ação que o tomador de decisão
pode escolher.
a) Estilo Diretivo
É usado pelas pessoas que preferem soluções claras, bem definidas para os proble-
mas. Elas tomam decisões rapidamente e gostam de contar com regras e procedimentos
existentes para tomá-las. Normalmente são pessoas eficientes e racionais.
b) Estilo analítico
c) Estilo Conceitual
É usado por pessoas que também gostam de considerar uma quan�dade ampla
de informações. Porém, ao contrário das analí�cas essas pessoas são mais sociais e
preferem conversar com os outros sobre o problema e as alterna�vas possíveis para
solucioná-los. Os administradores que usam esse es�lo são par�cipa�vos e cria�vos,
e suas decisões são focadas no longo prazo. É colabora�vo e par�cularmente efe�vo
em ambientes altamente ambíguos e imprevisíveis.
d) Estilo Comportamental
I. Modelo Racional
Caracterís�cas
Evitar a incerteza, adotando métodos como o feedback de curto prazo para de-
sencadear a ação e impor regras para a tomada de decisão;
Etapas
2ª) Definição do problema da decisão: este processo está relacionado com a es-
pecificação do problema.
5ª) Desenvolver soluções alterna�vas: nesta etapa são levantadas todas as op-
ções possíveis e disponíveis para alcançar os obje�vos desejados.
6ª) Avaliar as alterna�vas: nesta etapa são empregados modelos matemá�cos e téc-
nicas esta�s�cas, a fim de se es�mar a probabilidade da ocorrência do evento.
É aquela em que as alterna�vas são apresentadas aos membros sem haver uma
adequada discussão, até que se apresente uma nova ideia, que acabará sepultando
a anterior, sem o julgamento adequado. Tal processo se repete até que determinada
ideia nova seja melhor aceita pela equipe e acabe por ser a eleita.
A decisão final é tomada por um membro que tem a maior autoridade dentro da
equipe, podendo haver ou não uma análise crí�ca das alterna�vas apresentadas pelos
par�cipantes. Ganha-se muita eficiência, na medida em que a autoridade tenha gran-
de capacidade de análise e sensibilidade para iden�ficar as informações adequadas
e corretas para a tomada da decisão. Por outro lado, tal situação acaba por afastar a
responsabilidade e comprome�mento dos demais par�cipantes da equipe.
Procura fazer com que a alterna�va aceita pela maioria dos membros seja apoiada
também pelos demais membros que não necessariamente percebiam tal alterna�va
como a melhor, buscando desta forma um comprome�mento de todos. Existe uma
preocupação em que todos possam expor claramente os seus pontos de vista, mesmo
que não apoiem a ideia aprovada. Apesar de ser um método de tomada de decisão
bastante eficiente, consome-se muito tempo na busca do consenso.
Para Schein (1972:61) seria “a decisão logicamente perfeita, porém raramente a�n-
gida”. É preciso avaliar a real necessidade de se chegar a uma unanimidade, pelo grande
esforço para se obtê-la. Na grande maioria das situações o consenso é o suficiente.
I – Ambiente de Incerteza
• Nível ins�tucional.
II – Ambiente de Risco
• Nível intermediário.
Quando o obje�vo final ou metas não são claros. Mudança de ambiente rapida-
mente e dras�camente.
IV – ORGANIZAÇÃO
É um conjunto de posições funcionais e hierárquicas orientado para o obje�vo
econômico de produzir bens ou serviços.
IMPORTANTE!
É o estabelecimento dos padrões das relações entre os órgãos ou cargos para al-
cance dos seus obje�vos, delimitados por meio de normas, diretrizes e regulamentos
da organização. A organização formal é conduzida pelas prá�cas estabelecidas pela
empresa, pelas especificações e padrões para a�ngir obje�vos e que podem ser mo-
dificados pela empresa.
Para exemplificar, pensemos em uma fábrica de sapatos. Se essa tarefa fosse feita
como uma única a�vidade, os trabalhadores deveriam fazer tudo, desde o cortar o
couro até vender o produto. Em vez disso, podemos separar essa tarefa em a�vidades
menores, como por exemplo: cortar couro, colar, costurar, vender. Com isso, o traba-
lhador responsável pela colagem poderia se especializar nessa a�vidade e realizá-la
da melhor forma possível.
• Maior produ�vidade;
b) Especialização
Essa hierarquia faz com que as pessoas que se encontram em níveis hierárquicos
superiores possuam autoridade sobre os níveis inferiores e subordinamento aos níveis
superiores.
ATENÇÃO!
e) Racionalismo
b) Status
Os indivíduos interagem em grupos informais, dentro dos quais cada um, inde-
pendentemente de sua posição na organização formal, adquire certa posição social ou
status em função do seu papel e integração na vida do grupo.
c) Colaboração espontânea
Amigo(a), outro ponto muito importante sobre Organizações diz respeito à cen-
tralização, descentralização e delegação. É muito frequente em concursos a confusão
entre descentralização e delegação. Então tenha bastante atenção nas explicações.
4. Centralização x Descentralização
A centralização e a descentralização referem-se ao nível hierárquico no qual as de-
cisões devem ser tomadas. Centralização significa que a autoridade para tomar decisões
está alocada próximo ao topo da organização. Com a descentralização, a autoridade de
tomar decisões é deslocada para os níveis mais baixos da organização.
a) Vantagens da centralização
b) Desvantagens da centralização
1. As decisões são tomadas na cúpula que está distanciada dos fatos e das cir-
cunstâncias.
IMPORTANTE!
2. As decisões mais relevantes sejam tomadas nos níveis hierárquicos mais baixos.
a) Vantagens da descentralização
b) Desvantagens da descentralização
IMPORTANTE!
Descentralização Delegação
1. Ligada ao cargo 1. Ligada à pessoa.
2. Geralmente, a�nge vários níveis hierárquicos. 2. A�nge um nível hierárquico.
3. Caráter mais formal. 3. Caráter mais informal.
4. Menos pessoal. 4. Mais pessoal.
5. Mais estável no tempo. 5. Menos estável no tempo.
CUIDADO!
• Outorga: ocorre quando o Estado cria uma en�dade e a ela transfere, me-
diante previsão em lei, a �tularidade de determinado serviço público e é
conferida, regra geral, por prazo indeterminado.
5. Estruturas Organizacionais
São estruturas simples, com uma grande preocupação com a organização da pro-
dução, visando maximizar a produ�vidade e a obtenção de lucros.
b) Estrutura Funcional
A Lei nº 6.404, estabelece que as sociedades anônimas podem optar pelo sistema
de administração em que toda a gerência da empresa é atribuída a um único órgão
colegiado, a diretoria, ou pelo sistema em que dois órgãos colegiados repartem a res-
ponsabilidade gerencial, ou seja, o conselho de administração e a diretoria execu�va,
sendo o primeiro de caráter polí�co e o segundo pela execução das polí�cas e diretrizes
gerais traçadas pelo primeiro.
Essa estrutura é uma alterna�va criada para empresas que desenvolvem proje-
tos e foi u�lizada pela NASA. Esse �po de estrutura é muito flexível e com isso possui
facilidade para mudanças, adequando-se assim, a situações diferentes. É considerada
a) Estrutura em Equipe
Vantagens Desvantagens
Possibilita maior interação entre os departa- Necessidades mal combinadas;
mentos;
Favorece a aprendizagem organizacional; Papeis mal definidos;
Possibilita resultados mais rápidos;
Pode tomar decisões incorretas.
Cria um bom relacionamento interpessoal;
Vantagens Desvantagens
Alto grau de responsabilidade dos colaboradores;
Alto grau de conhecimento;
Insegurança do futuro;
Facilidade para gerar sa�sfação do cliente;
Facilidade para atender prazos e orçamentos;
c) Estrutura Celular
Proporciona caminhos para execução de ações e que podem ter estruturas dis-
�ntas.
Vantagens Desvantagens
Uma célula ruim não compromete a organização
como um todo. Não é aplicável em organizações
com problemas financeiros.
Possibilita maior facilidade para adaptabilidade.
d) Estrutura Holística
• Visão Holís�ca (Teoria dos Sistemas): o ser humano é indivisível, ou seja, não
tem como entende-lo analisando apenas uma de suas partes.
e) Estrutura em Rede
Vantagens Desvantagens
Gera maior compe��vidade; Dificuldade para controle interno em as-
suntos genéricos;
Torna a comunicação mais rápida por u�- Fragilidade para lealdade;
lizar os meios eletrônicos e tecnológicos;
Facilidade para aproveitar oportunidades; Facilidade para falhas;
Redução de custos administra�vos. Dificuldade para delimitar as responsa-
bilidades.
6. Departamentalização
6.1. Conceito
6.2.Tipos
Vantagens Desvantagens
Facilita o surgimento de novas ideias. Insegurança da mão de obra, em decorrência
da instabilidade e da vida ú�l do produto ou
serviço.
Facilidade para avaliar os resultados Alto custo operacional.
em curto prazo.
Facilidade para a coordenação. Dependência de tecnologia para melhoramen-
to da qualidade e com isso, gerar aumento de
despesas.
Facilidade para inovações. Pode acarretar em desperdício de recursos
Aumenta a qualidade do produto ou humanos especializados.
serviço prestado.
Facilita a expansão da organização
através de novos produtos ou servi-
ços.
É o critério que realiza o agrupamento das a�vidades que possuam uma singula-
ridade de propósitos ou obje�vos.
Vantagens Desvantagens
Favorece a especialização. Dificuldade para mudanças.
Melhor aproveitamento de recursos hu- Falta de espírito de equipe entre os de-
manos, de materiais e financeiros. partamentos.
Redução de treinamento de pessoal e de Abandono do obje�vo da organização
custos. em função de obje�vos específicos.
Facilidade para a coordenação Dificuldade para resolução problemas
Facilidade para resolver problemas espe- que não pertençam ni�damente a ne-
cíficos. nhum departamento.
É a junção das tarefas e a�vidades de acordo com a localização em que será de-
senvolvido o trabalho ou pela área de mercado a ser servida pela empresa.
Vantagens Desvantagens
Facilita a avaliação. Dificulta a coordenação da organização
como um todo.
Facilita o acompanhamento das mudanças Enfraquece a especialização.
na localização.
Vantagens Desvantagens
Permite o acompanhamento de tendên- Abandono das outras áreas da empresa em
cias. função do cliente.
Melhoria de atendimento do cliente.
Aumenta a parte de vendas. Enfraquece os outros interesses da empresa.
Vantagens Desvantagens
Usufrui das vantagens dos equipa-
mentos e da tecnologia. Falta de flexibilidade e adaptação a mudanças.
Favorece a especialização.
Melhor distribuição dos recursos. Dependência exagerada da tecnologia.
Vantagens Desvantagens
Favorece o planejamento e controle ad-
ministra�vo. Descon�nuidade e paralização.
Maior descentralização para a decisão.
Favorece o desenvolvimento de produtos Gera insegurança dos par�cipantes em
complexos. relação ao futuro.
4. CONTROLE ORGANIZACIONAL
É o processo pelo qual o comportamento de pessoas e coisas é circunscrito aos
obje�vos das organizações. O controle organizacional é u�lizado para diminuir o nível
de risco das operações de uma organização. A existência de controles organizacionais
serve para definir parâmetros e para avaliar o desempenho de uma organização e de
seus colaboradores. A existência de controles adequados melhora a percepção da or-
ganização junto a sociedade.
b) Avaliação do desempenho
A ação corre�va visa fazer com que aquilo que é feito seja realizado exatamente
de acordo com o que se pretendia fazer.
Para Ferreira e Souza determinam que “uma decisão fundamental deve ser toma-
da no caso da ocorrência de divergências entre os padrões adotados e os resultados
alcançados: buscar-se a melhoria dos resultados ou a revisão dos padrões de desem-
penho adotados”.
Estes controles garantem que antes de uma ação começar, tenha sido feito o orça-
mento de Recursos Humanos, de materiais e recursos financeiros que serão necessários.
Os orçamentos financeiros são o �po mais comum de controle preven�vo, porque a
aquisição de empregados, equipamentos e suprimentos requer dinheiro. A programa-
ção é outro importante �po de controle preven�vo, pois estas a�vidades preliminares
também exigem que uma considerável quan�dade de tempo seja inves�da. O controle
preven�vo é responsabilidade exclusiva de cada organização, como parte de seus pró-
prios sistemas de controlo interno. Por esta razão, diz-se que o controle preven�vo é
sempre interno. Os administradores de cada empresa são responsáveis de assegurar
que o controle preven�vo esteja integrado nos sistemas administra�vos e financeiros,
e seja realizado pelo pessoal interno responsável pela realização desse trabalho.
c) Controles posteriores: são aqueles feitos após a ação. Assim, são determinadas
as causas de qualquer desvio ou violação do plano original, e os resultados são aplicados