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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da Oitava Vara de Oficio Civil da Comarca de Osasco,

Renata X, Estado Civil X, Profissão X, CPF X, Endereço X, domiciliada no Bairro da Lapa,


na Comarca de São Paulo, SP, representada por seu mandatário legal, Advogado X,
inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o número de inscrição X, com escritório
localizado no endereço X, vem a presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 186,
247, 927, 949, e 951 do Código Civil de 2002, propor a presente

Ação de Obrigação de Fazer cumulada com Ação Indenizatória, com pedido de Tutela
de Urgência

Em face de “Osasquense-Aliança-Saúde”, Pessoa Jurídica de Direito Privado, prestadora de


serviço de assistência médica e convênio de seguridade de saúde, CNPJ número X,
estabelecida na Comarca de Osasco, endereço X, endereço eletronico X, com base nos artigos
:1º, inc. III, 5º inc. XXXV, Inc. XXXII da Constituição Federal, c/c art. 2º da Lei 8.080/90, e
art.247 § 2º, art.422, art. 423, e art. 424 do Código Civil de 2002, c/c art. 47 do Código
do Consumidor, e art. 6º inc. V, VI, VII, VIII, art. 14 § 1º, art. 51 inc. I, IV, XIII, XV, e o §
1º do mesmo artigo, inc. II, III, e artigo 12, inc. V, alínea c, mediante as razões abaixo
expedidas.

DOS FATOS

A Autora realizou um contrato de prestação de assistência médica e ambulatorial com o a


empresa convênio de saúde “Osasquense-Aliança-Saúde” a menos de 1(hum) ano, período o
qual não fizera uso do serviço disponibilizado na rede credenciada, em nenhuma ocasião,
durante este termo. Na data de 02/02/2019, a Autora contraíra uma forte gripe, que a
incapacitou durante dias, até que seu estado orgânico se deteriora-ra até o ponto limiar da
incapacidade absoluta, impedindo-a de até mesmo levantar-se do leito, banhar-se, ou ingerir
as refeições diárias. Dado seu estado aparentemente grave, ela fora conduzida ao Pronto-
Socorro Seu Camilo, onde fora prontamente atendida no setor de emergência da sede
hospitalar.

O exame clinico realizado ainda na primeira fase de atendimento constatara que seu estado
organico era de gravidade eminente , resultado de uma pneumonia agravada por
consequencia da gripe pungente, com o evento e o resultado naturalistico de um quadro de
derrame plurial , e de derrame no pulmão. A Pneumonia é uma grave infecção pulmonar, que
leva à inflamação dos alvéolos, as minúsculas bolsas localizadas nas terminações dos
bronquíolos. Invadidos por pus e outros líquidos, os alvéolos têm prejudicada sua função vital
de oxigenar o sangue. O problema pode resultar num quadro de insuficiência respiratória,
quando não tratado prontamente. A radiografia do tórax é importante para determinar o grau
de comprometimento dos pulmões e permite descobrir possíveis complicações que possam
advir da pneumonia – como o derrame pleural (presença de líquido entre o pulmão e a caixa
torácica) , como fora colocado sob suspeita, o caso da paciente. Não raro, os sintomas
respiratórios da pneumonia confundem-se com os de uma “gripe forte”. O início do quadro
pode ser tanto gradual como súbito. Em geral, a pessoa tem febre, tosse com expectoração
purulenta (catarro com pus), dor no peito e respiração entrecortada, com aumento da
freqüência respiratória.. As pneumonias atípicas, por sua vez, normalmente apresentam
sintomas menos intensos, como tosse seca, mal-estar inespecífico, dores de cabeça ou de
garganta e febre moderada. Justamente este, o quadro clinico da Autora, quando chegou ao
atendimento.
Há grandes chances de pronta recuperação quando o paciente é jovem, tem as defesas do

organismo em boas condições, não sofre de nenhuma outra doença naquele momento e

começa o tratamento o mais cedo possível.. Antes de prescrevê-los, porém, o médico tem de

estudar as características clínicas e laboratoriais da infecção. Eventuais complicações (a

insuficiência respiratória é a mais grave de todas) merecem tratamento específico e às vezes

exigem cuidados de terapia intensiva.

Os principais sintomas decorrentes diretamente do envolvimento pleural são dor torácica,

tosse e dispnéia. A dor torácica pleurítica é o sintoma mais comum no derrame pleural. A dor

torácica localiza-se na área pleural afetada, mas pode ser referida no andar superior do

abdome ou na região lombar, quando porções inferiores da pleura são acometidas, ou no

ombro, quando a porção central da pleura diafragmática é acometida. A Autora, então

paciente em estado grave, e sob intensa dor, fora informada da necessidade de uma internação

de emergencia, de carater urgente, para que os procedimentos clinicos pudessem ser tomados,

in locus, e que a intensividade de um consequente tratamento medico, seguissem os

pressupostos clinicos recomendados para o caso específico.

Acontece, que ao acionar o convênio médico em busca da autorização procedimental , para a

internação da recém-chegada paciente, o Hospital recebeu uma resposta negativa da empresa

de assistencia medica, dizendo que a internação hospital e o tratamento medico(


consequencia do atendimento de emergencia, e ato subsequente necessario, dado o quadro

clinico da paciente) não teria a autorização concedida da sede, sob a alegação de que a

contratante ainda restava no período de carência para internação, tratamento hospital, e

exames clínicos.

A imformação da negativa da empresa prestadora de serviço contratada, fora dada oralmente

a Autora, ainda no aguardo dos procedimentos hospitalres para a internação eminente,

deitada, e sob repouso, mesmo sob forte crise de tosse e febre alta, depois de ser requerida a

esperar o procedimento que a conduziria ao regime da internação.

Logo que fora informada do fato, a Autora fora, de subito, apossada por uma crise

superveniente de ansiedade, e de visivel abalo psiquico com a noticia da negativa.

Visivelmente angustiada, como relatado pelos atendentes e enfermeiros que estavam no local,

quando, então, teve uma piora aguda, ainda mais pungente, que lhe agravara, a um estado de

nervosismo, e ansiedade generalizada. Ela fazia perguntas, acerca das informações da

negativa dada pela empresa, a internação, e tentava utilizar seu telefone celular, em que não

fora plenamente e cabalmente bem sucedida. Tentando lhe apaziguar o animo abalado, mas

os atendentes e profissionais do Hospital Sâo Camilo relataram que, em menos de 35 minutos

após a cessão da informação oral da negativa da sede da empresa contratada, a Autora entrara

em uma crise evolutiva e gravissima, que degradou ainda mais seu estado organcio,e que

culminou, antes mesmo que pudesse ser novamente socorrida e disposta sob os

procedimentos adequado ao quadro em desenvolvimento, em um ataque do miocardio, mais

conhecida como ataque cardiaco, que lhe chegou de forma súbita, acompanhada de angina, e

lhe colocando no limiar do risco da possibilidade do óbito..

A mudança psicológica que ocorre com a modificação da função cardíaca está ligada à

consciência interceptiva. O infarto do miocárdio (IM) ou infarto agudo do miocárdio,


popularmente conhecido como ataque cardíaco, é uma emergência médica caracterizada por

um obstrução súbita do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco (miocárdio). Após um IM, o

paciente deverá permanecer na unidade de terapia intensiva por pelo menos 72 horas. Esta

medida visa monitorar o surgimento de complicações.

É o ocorrência de dor no peito (angina do peito, chamada de angina instável) após um IM.

Pode ocorrer durante o período de internação ou após a alta hospitalar. Ocorre em cerca de

20% dos pacientes internados. A realização das enzimas cardíacas e do eletrocardiograma,

são úteis para afastar o ocorrência de um novo infarto. A angina após infarto aumenta a

gravidade dos pacientes infartados. Em geral ocorre no mesmo local do primeiro infarto e,

caracteriza-se por um novo pico de elevação das enzimas cardíacas. O uso da heparina

(anticoagulante) e os novos antiagregantes plaquetários (ácido acetilsalicílico, clopidogrel,

ticagrelor e prasugrel) tornou essa complicação algo menos frequente.

A lesão do músculo cardíaco pode levar a um quadro de insuficiência cardíaca aguda ou

piorar uma insuficiência cardíaca crônica prévia. O coração torna-se fraco, levando a um

aumento do acúmulo de líquidos nos pulmões e falta de ar. Essa complicação aumenta o risco

de morte após o IM.

A síndrome de Dressler (conjunto de sinais e sintomas) é uma inflamação que ocorre

tardiamente, como uma complicação de um infarto do miocárdio (cerca de 2 a 12 semanas

após o início do quadro). Seu mecanismo de aparecimento parece ser imunológico, podendo

também inflamar a membrana que envole os pulmões , levando à uma pleurite e derrame

pleural (acúmulo de líquido na pleura, membrana que envolve os pulmões). Atualmente a

síndrome de Dressler é uma complicação rara do IM. O quadro caracteriza-se por dor torácica
pleurítica (que piora com a respiração) e febre. Um atrito pericárdico costuma estar presente,

podendo ser detectado também um derrame pleural que causa dispneia (falta de ar).

DO DIREITO

A jurisprudência das Cortes brasileiras firmam o entendimento no sentido de que é abusiva a


negativa de cobertura, pelo plano de saúde, a algum tipo de procedimento, medicamento ou
material necessário para assegurar o tratamento de doenças previstas no contrato.

Nos termos da jurisprudência desta Corte, a recusa indevida da operadora de plano de saúde a
autorizar o tratamento do segurado é passível de condenação por dano moral, uma vez que
agrava a situação de aflição e angústia do enfermo, comprometido em sua higidez físico-
psicológica.

Entrou em vigor hoje (2/1/2018) a nova cobertura mínima obrigatória dos planos de saúde
estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A Resolução Normativa
com a atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde estabelece a inclusão de
18 novos procedimentos – entre exames, terapias e cirurgias que atendem diferentes
especialidades – e a ampliação de cobertura para outros sete procedimentos, incluindo
medicamentos orais contra o câncer. Pela primeira vez, foi incorporado um medicamento
para tratamento da esclerose múltipla.

O Rol é obrigatório para todos os planos de saúde contratados a partir da entrada em vigor da
Lei nº 9.656/98, os chamados planos novos, ou aqueles que foram adaptados à lei.

os planos de saúde firmados a partir de 1999, o período de carência para urgências e


emergências é de 24 horas, e 180 dias para consultas, exames, internações, cirurgias e
demais procedimentos.

Teoria do Risco, e codigo de defesa do consumidor. Artigo 5 da CF.XXXII. Norma


multidisciplinar. Função social dos contratos. Abrangencia axiologica e primordial da defesa
do consumidor e da manutenção dos contratos, e da isonomia e do equilibrio nas relações
contratuais. Importancia e relevancia do resguardo da proteção do Estado sobre as relações
contratuais de prestação de serviço de assistencia medica, e a amplitude do valor da proteção
juridica as questões de saude publica e particular, como de interesse publico, e coletivo.

A relação jurídica de consumo, como visto, é uma relação desigual porque de um

lado há o fornecedor – detentor do monopólio dos meios de produção – e de outro o


consumidor – que é a parte vulnerável. O CDC, então, impõe deveres ao fornecedor e confere

direitos ao consumidor, buscando reequilibrar essa relação. O art. 47, por exemplo, estabelece

que as cláusulas contratuais serão interpretadas da maneira mais favorável ao consumidor.

Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao

consumidor.

TJ-RJ - APELACAO APL 929440920068190001 RJ 0092944-09.2006.8.19.0001 (TJ-RJ)


Data de publicação: 20/05/2011

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE

COBERTURA. CARÊNCIA. ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA. CLÁUSULA ABUSIVA. 1- Bebê de

três meses de idade, com insuficiência respiratória, e tendo sua internação recusada, sob o fundamento de que o

contrato estava no período de carência. É evidente a conduta abusiva da prestadora do serviço, hipótese que

enseja o dever de indenizar, na medida em que se está diante de dano in re ipsa pouco importando se a vítima

goza de tenra idade, já que foi atingida por insegurança, tendo sua vida em risco por conta da negativa de

internação. Dano moral caracterizado pelo repúdio à conduta, Desnecessidade do sentimento íntimo da vítima,

adotando-se como critério o do homem médio. De mais a mais, a criança sofreu a insegurança e o desconforto

de ficar sem respirar, portanto, sentiu sim o fato. Indenização arbitrada em R$ 20.000,00 (vinte mil reais), que

atende aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. 2- Ausência de cobrança indevida, que afasta a

aplicação do art. 42 , do CDC , permitindo o ressarcimento do dano material com os gastos decorrentes da

internação na forma simples. 3- Reforma da sentença. Provimento dos recursos da parte autora e parcial

provimento do recurso da ré.

A Súmula 608 do STJ pacifica que, aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos
contratos de plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão. O art. 6º
do referido código reafirma que são direitos básicos do consumidor a efetiva prevenção e
reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos, assim como a
facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu
favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação do dano.

O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela


reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e
riscos. É vedado ao fornecedor de serviços, dentre outras práticas abusivas, como recusar
atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades ou
a habilitação de prestar o serviço, e, ainda, tem o dever de agir de conformidade com os
usos e costumes, praticados nas relações de consumo estabelecidas no meio de atuação.

O artigo 47 do Código de Defesa do Consumidor diz que as cláusulas contratuais serão


interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor. A jurisprudência firmou o
entendimento no sentido de que é abusiva a negativa de cobertura, pelo plano de saúde, a
algum tipo de procedimento, medicamento ou material necessário para assegurar o
tratamento de doenças previstas no contrato.

Artigo 51 do Código de Defesa do Consumidor:

São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento
de produtos e serviços que:

(...)

IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor


em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade.

XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor.

(...)

Artigo 51, § 1º, inciso II, do Código de Defesa do Consumidor:

§1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que:

II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza do contrato, de tal


modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;

A exclusão de cobertura de determinado procedimento médico/hospitalar, quando essencial


para garantir a saúde e, em algumas vezes, a vida do segurado, vulnera a finalidade básica
do contrato.

A regra jurisprudencial da Súmula 597 do Superior Tribunal de Justiça pacifica que cláusula
contratual de plano de saúde que prevê carência para utilização dos serviços de assistência
médica nas situações de emergência ou de urgência é considerada abusiva se ultrapassado
o prazo máximo de 24 horas contado da data da contratação.

RESOLUÇÃO CFM nº 1.451/95 - Definição de Urgência e Emergência


Artigo 1º - Os estabelecimentos de Prontos Socorros Públicos e Privados deverão ser
estruturados para prestar atendimento a situações de urgência-emergência, devendo
garantir todas as manobras de sustentação da vida e com condições de dar continuidade à
assistência no local ou em outro nível de atendimento referenciado. Parágrafo Primeiro -
Define-se por URGÊNCIA a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco
potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. Parágrafo
Segundo - Define-se por EMERGÊNCIA a constatação médica de condições de agravo à
saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo portanto,
tratamento médico imediato.

Assim, diz a Jurisprudencia das Cortes Brasileiras:

AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL -


AÇÃO COMINATÓRIA C/C PEDIDO CONDENATÓRIO - PLANO DE SAÚDE - NEGATIVA
DE COBERTURA DE CIRURGIA DE URGÊNCIA DECISÃO MONOCRÁTICA QUE DEU
PROVIMENTO AO RECLAMO DO AUTOR (ora agravante), PARAFIXAR AINDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS EM R$ 10.000,00 (DEZ MIL REAIS). IRRESIGNAÇÃO DO AUTOR.
1. Em casos de negativa de cobertura de tratamento médico de urgência, como ocorreu na
hipótese, julgados oriundos das Turmas de Direito Privado pugnam pela razoabilidade da
fixação do dano moral entre os valores de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e R$ 15.000,00
(quinze mil reais), a depender da gravidade do ilícito praticado, máxime em não se tratando
de hipótese em que a aludida negativa resultara, de algum modo, na morte do beneficiário
do plano de saúde. Precedentes. 2. Agravo interno desprovido. (AgInt nos EDcl no REsp
1698254/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 19/06/2018, DJe
27/06/2018

Súmula 302 do Superior Tribunal de Justiça diz que É abusiva a cláusula contratual de
plano de saúde que limita no tempo a internação hospitalar do segurado.

Um seguro de saúde ou plano de saúde constitui um seguro de proteção das pessoas contra
o risco de terem que vir a incorrer em despesas médicas. Estimando o risco geral das
despesas de saúde de um grupo alvo, a seguradora pode desenvolver uma estrutura financeira
que assegure fontes de rendimento (como prémios ou taxas) de modo a disponibilizar o
dinheiro necessário para pagar os benefícios médicos especificados na apólice de seguro.

Observe-se portanto que as exigências que se faz a este profissional e,


possivelmente, aos demais profissionais de saúde não está em princípio de acordo
com a prerrogativa das empresas de seguro de manter uma margem de lucro
(conforme a sinistralidade) independente dos valores de suas receitas e despesas.

Os diversos prazos de carência estabelecidos pelas operadoras de planos de saúde resultavam


em longos litígios judiciais, insegurança e indenizações milionárias. Com a nova Lei 9.656/98
, regulamentou-se a questão, determinando a obrigatoriedade para as operadoras
estipularem em seus contratos um prazo máximo de 24 horas para a cobertura dos
casos de urgência e emergência, além de 180 dias para os demais casos, exceto partos a
termo, que têm limite de 300 dias. E no caso de doenças pré-existentes, o prazo para o
beneficiário poder realizar procedimentos relativos à patologia é de 24 meses.
Mas a Lei Lei 9.656/98 não revogou o Codigo de defesa do Consumidor , imperando ainda, as
normas e principios relativos a este Codigo sobre as relações de consumo de serviços
prestados por empresas privadas, relativos a seguridade de assistencia medica e ambulatorial.

Nexo de causalidade entre o dano e o ato omissivo da companhia caracterizado. Teoria


do Risco. 2- Os fatos ainda demonstram a existência de culpa concorrente, elisiva da
culpa exclusiva da vítima.

O problema pré-existente da autora não é suficiente para excluir a responsabilidade pelo


abalo psiquico subito e pungente ocasionado pelo reporte oral, de que a empresa
houvera dado resposta negativa quanto ao custeio dos procedimentos clinicos, e que
tangenciara e percorre uma sequencia de tempo, onde um mal-estar superveniente
começara, e que finalmente, incidira no dano, com o resultado da conduta comissiva e
negligente da empresa ré, culminando em um infarto fulminante do miocárdio, apenas
45 minutos após a autora ter recebido a informação da negativa, dos atendentes médicos
do Hospital de Osasco, que a receberam quando da entrada emergencial e urgente, da
recém-chegada paciente.

De certo, a Autora, em meio a sua solitaria agonia, tivera as sensações mais angustiantes,
mais humilhantes, mais sombrias, sob a intensa dor e sofrimento fisico e psiquico o qual
passava, em um estupor lacerantes de pensamentos e questionamentos mudos,,
claustrofobicos, quando, justamente posicionada emocionalmente, e fisicamente, na
segurança real da tabua unica de salvação de seu estado clinico grave, sob o mar alto e
revolto do momento preocupante em que se encontrava: a presunção e a convicção
pessoal, e mesmo lógica, indubitamente certa e presumivel, da prestação taxativa e
certa da obrigação de assegurar e garantir o serviço de atendimento hospitalar de
urgenciam- quando recebera, justamente no epicentro da dor abissal de sua subita
convalescencia, a negativa da prestação do objeto, o qual a sua parte no seu
cumprimento contratual, na relação juridica( o seu adimplemento contratual, no
pagamento mensal das parcelas), houvera sido previamente satisfeita.

O subsequente abalo psiquico que sofrera com a informação do inadimplemente da


obrigação, da parte contratada( ato este, juridicamente, ilicito), aliado ao seu estado já
delibitado pela pneumonia agravada, e o consequente derrame pleural dos pulmões,
estabelece o pressuposto fático de um nexo causal, entre o evento-fato, o causador, a
conduta, e o resultado do dano,

Formulação negativa: é preciso examinar se o fato é causa inadequada a produzir o dano. O


fato que atua como condição do dano só deixará de ser considerado causa adequada,
quando, dada sua natureza geral, se mostrar indiferente para a verificação do dano,
estranhas e extraordinárias. (aponta-se as causas inadequadas do dano e, pode levar a
resultados opostos).

O quadro de pneumonia atipica da Autora, com desdobramento do derrame pleural, quando


adentrata em procedimento de urgencia, não era o suficiente ou causa adequada, para o
resultado clinico do infarto do miocardio. A paciente não tinha quadros ou sintomatologia
cardíano, tampouco casos de problemas cardiacos em familia, isentando e abstraindo,
portanto, a possibilidade de predisposição genética.

Escopo da norma jurídica violada.

Essa teoria defende que a distinção entre os danos indenizáveis e não indenizáveis deve ser
feita, não em obediência ao pensamento da causalidade adequada do fato, mas tendo me vista
os reais interesses tutelados pelo fim do contrato, no caso da responsabiidade contratual, ou
pelo fim da norma legal, no caso da responsabilidade extracontratual.

A responsabilidade civil objetiva da relação contratual de consumo, entre a


Autora e a Empresa Ré isenta qualquer necessidade de questionamentos posteriores em
relação a culpa, ou a responsabilização do fato, e do resultado danoso, já que se é
comprovado o ato ilicito da parte da Ré, o que se faz na exordial sob a inteligencia de que a
negativa do convencio se fundamentara em ilegalidade contratual, e portanto, em
conformidade com a norma juridica que normatiza a responsabilidade civil do contratante,
em negar-se a cumprir a prestação obrigacional convencionada no contrato de prestação de
serviço de assistencia de saúde, em uma situação de vulnerabilidade, tanto fisica, quanto
emocional do contratante, e mais ainda, sendo a negativa da prestação, sobre o objeto mesmo,
per se, do contrato, e de sua razão de ser.

O critério fundamental da seleção dos danos reparáveis repousaria, assim, de acordo com a
tese lançada por RABEL, não na idéia clássica da causalidade, mas no elemento positivo do
fim da proteção contratual ou legal. (CRUZ, 2005. p. 24-25)

Essa teoria, também conhecida como Teoria da relatividade aquiliana, se


funda no pressuposto de que não é possível individualizar um critério único e válido para se
aferir o nexo causal em todas as hipóteses de responsabilidade civil. Propõem-se, então que o
julgador se volte para a função da norma violada, para verificar se o evento danoso recai em
seu âmbito de proteção.
Teoria de Coviello. Para essa teoria necessário se faz verificar se a causa que
gerou o novo dano o teria produzido, abstração feita do ato do devedor, autor do primeiro
dano. Caso a resposta fosse positiva, romper-se-ia o nexo.Gisela Sampaio da Cruz (2005. p.
24-25) frisa que essa teoria foi bastante debatida, contudo, no Brasil, a doutrina não se refere
expressamente à Teoria do Escopo da Norma nem para criticá-la, tampouco para elogiá-la.

Assim, embora muitos sejam os fatores que contribuem para a produção do dano, não se deve
chamar de causa todos eles, mas tão somente os que se ligam ao dano em uma relação de
necessariedade, a romper o equilíbrio existente entre as outras condições.

Se várias condições concorrem para o evento danoso, nem todas vão ensejar o
dever de indenizar, mas apenas aquela elevada à categoria de causa necessária do dano.

Assim, a causa direta e imediata nem sempre é a mais próxima do dano, mas,
sim, aquela que necessariamente o ensejou, pois não é a distância temporal entre a
inexecução e o dano que rompe o nexo causal. A idéia central, enunciada e repetida pelas
autores, é, pois, a de que o aparecimento de outra causa é que rompe o nexo causal e não a
distância entre a inexecução e o dano.

O dano indireto pode ser passível de ressarcimento, contanto que seja


consequência direta de um ato ilícito ou de uma atividade objetivamente considerada.

Não é o tempo propriamente que revela a responsabilidade pela causação do


dano, mas a próximidade lógica. Em regra, os danos indiretos ou remotos não são
indenizáveis, porque quase sempre deixa de ser efeito necessário, em decorrência do
aparecimento de concausas, mas se isso não ocorrer, eles devem ser indenizados.

CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PLANO DE SAÚDE.


NEGATIVA DE COBERTURA EM SITUAÇÃO EMERGENCIAL. PACIENTE COM
PROBLEMA CARDÍACO GRAVE. ANÁLISE DOS FATOS DELINEADOS NO
ACÓRDÃO RECORRIDO. DECISÃO MANTIDA. 1. Nos termos da jurisprudência desta
Corte, a recusa indevida da operadora de plano de saúde a autorizar o tratamento do segurado
é passível de condenação por dano moral, uma vez que agrava a situação de aflição e angústia
do enfermo, comprometido em sua higidez físico-psicológica. 2.Agravo interno a que se nega
provimento. (AgInt no REsp 1688815/SP, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA,
QUARTATURMA, julgado em 26/06/2018, DJe 02/08/2018
DO QUANTUM DEBEATUR

Comprovado o dano moral sofrido e o nexo causal entre este e a conduta da requerida, resta

apurar o valor da indenização. A fixação do valor da indenização deve seguir determinados

parâmetros, deve ser proporcional ao grau de culpa, à gravidade da ofensa, ao nível

socioeconômico do causador da lesão, à realidade da vida e às particularidades do caso

concreto.

34. A indenização tem caráter compensatório posto que busca de certa forma minimizar o

dano sofrido, mas mais importante que este é o aspecto punitivo desta.

35. Quer dizer, a indenização deve também ter em seu valor uma característica de punição

pelo feito, exercendo força coercitiva, a fim de que tal ofensa não mais se repita.

36. O requerente tem uma deficiência que dificulta bastante sua locomoção, apresenta

reflexos na auto estima e o evento no shopping requerido apenas serviu para agravar o

problema.

37. Assim, tendo em vista os critérios acima expostos bem como o grande poder econômico
da empresa requerida, entende-se razoável a indenização arbitrada em

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