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PLANO DE CURSO

1. IDENTIFICAÇÃO

TÍTULO: História do Direito, turma “D”


PROFESSOR: Cristiano Paixão
PÚBLICO: Alunos do curso de graduação em Direito
SEMESTRE LETIVO: 1/2018
PERÍODO: Terças e quintas, das 10:00h às 11:50h
ENDEREÇO ELETRÔNICO: hdunb.1.2018@gmail.com (2018turmad)

2. OBJETIVO

Uma chave de compreensão adequada para a história do direito é a investigação da dinâmica


estabelecida entre as transformações sociais e as manifestações do fenômeno jurídico ao longo do tempo. Há
uma relação concreta entre as demandas que surgem dos processos de mudança e estabilização das
sociedades e as diversas formas de vigência do direito. O conhecimento de fontes, processos e instituições
do direito ao longo da história só é possível mediante a tematização da função do sistema jurídico no curso
da história. A disciplina se divide em duas partes. A primeira propõe uma abordagem panorâmica sobre a
história do direito em perspectiva ampla, das sociedades arcaicas à época contemporânea. A segunda parte
da disciplina se concentra na história do direito brasileiro.

3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

INTRODUÇÃO: HISTÓRIA DO DIREITO E O SENTIDO DO PASSADO


Direito e história: arqueologia dos saberes. O juiz e o historiador: aproximações. História do direito e ensino
jurídico. Perspectivas para a história do direito.

Bibliografia:

BERBERT JR., Carlos Oiti. A história, a retórica e a crise dos paradigmas. Brasília, 2005. Tese de
doutorado. Instituto de Ciências Humanas da Universidade de Brasília. Departamento de História.
Manuscrito inédito.
BLOCH, Marc. Apologia da história – ou o ofício do historiador. Trad. André Telles. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2001.
COSTA, Pietro. História do direito: imagens comparadas. In: _______. Soberania, representação,
democracia – ensaios de história do pensamento jurídico. Trad. Ricardo Marcelo Fonseca et. al. Curitiba:
Juruá, 2010, p. 17-41.
FONSECA, Ricardo Marcelo. Introdução teórica à história do direito. 1ª reimpressão. Curitiba: Juruá,
2010.
GINZBURG, Carlo. Il giudice e lo storico – considerazioni in margine al processo Sofri. Milano: Feltrinelli,
2006.
________. Olhos de madeira – nove reflexões sobre a distância. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
________. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: ________. Mitos, emblemas, sinais – morfologia e
história. Trad. Federico Carotti. 2a ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 143-179
KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado – contribuição à semântica dos tempos históricos. 2a reimpr.
Trad. Wilma Maas e Carlos Almeida Pereira. Rio de Janeiro: Contraponto e PUC-Rio, 2011.
2
PAIXÃO, Cristiano. Tempo presente e regimes de historicidade: perspectivas de investigação para a
História do Direito. In: FONSECA, Ricardo M. (Org.). As formas do direito – ordem, razão e decisão
(experiências jurídicas antes e depois da Modernidade). 1ªed. Curitiba: Juruá, 2013, p. 77-87.
VEYNE, Paul. Como se escreve a história. Trad. Alda Baltar e Maria Auxiliadora Kineipp. 3ª ed. Brasília:
UnB, 1995.

1ª PARTE: HISTÓRIA DO DIREITO: PANORAMA GERAL

MÓDULO I: DO DIREITO DOS POVOS SEM ESCRITA À ANTIGUIDADE CLÁSSICA


As sociedades dos povos sem escrita. Delineamento de critérios para seu estudo. História, linguística e
arqueologia. Mudança social. Passagem para o mundo antigo. Mesopotâmia, Egito, povos hebraicos: a
revelação do direito. Primórdios do direito antigo: documentos, fontes, instituições, processos. Rupturas e
continuidades no mundo antigo. Helenização. Alteração da relação entre direito, religião e moral. Laicização
da política e do direito. A democracia ateniense. A experiência do direito romano: fases, desenvolvimento,
legado. Transição para o direito medieval.

Leitura obrigatória:

FOUCAULT. Michel. A verdade e as formas jurídicas. Trad. Roberto C. Machado e Eduardo J. Morais.
Rio de Janeiro: Nau Editora, 1999, p. 7-51 (Conferências 1 e 2).

Bibliografia:

ARAÚJO, Emanuel. Escrito para a eternidade – a literatura no Egito faraônico. Brasília/São Paulo:
UnB/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2000.
BAKOS, Margaret M. POZZER, Katia M.P (orgs.). III Jornada de Estudos do Oriente Antigo – línguas,
escritas e imaginários. Porto Alegre: PUC/RS, 1998.
BEARZOT, Cinzia. La giustizia nella Grecia antica. Roma: Carocci, 2008.
BRETONE, Mario. Derecho y tiempo en la tradición europea. Trad. Isidro Rosas Alvarado. México: Fondo
de Cultura Económica, 1999.
________. História do direito romano. Lisboa: Estampa, 1998.
CARDOSO, Ciro Flamarion. Sete olhares sobre a Antigüidade. 2ª ed. Brasília: UnB, 1998.
________. Antigüidade oriental – política e religião. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 1997.
CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado. Trad. Theo Santiago. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
________. Arqueologia da violência: pesquisas de antropologia política. Trad. Paulo Neves. São Paulo:
Cosac Naify, 2004.
FINLEY, M.I. (org.). O legado da Grécia – uma nova avaliação. Trad. Yvette V. Pinto de Almeida.
Brasília: UnB, 1998.
________. Aspectos da Antigüidade. Trad. Marcelo Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
________. Grécia primitiva: Idade do Bronze e Idade Arcaica. Trad. Wilson Vaccari. São Paulo: Martins
Fontes, 1990.
GUANDALINI JUNIOR, Walter. Uma teoria das fontes do direito romano: genealogia histórica da
metáfora. Revista da Faculdade de Direito UFPR, Curitiba, PR, Brasil, v. 62, n. 1, jan./abr. 2017, p. 9-31.
ISSN 2236-7284. Disponível em: <http://revistas.ufpr.br/direito/article/view/47101>. DOI:
http://dx.doi.org/10.5380/rfdufpr.v62i1.47101.
MOSSÉ, Claude. O processo de Sócrates. Trad. Arnaldo Marques. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
MURRAY, Oswyn. O homem e as formas da sociabilidade. In: VERNANT, Jean-Pierre (org.). O homem
grego. Trad. Maria Jorge Vilar de Figueiredo. Lisboa: Presença, 1994, p. 199-228.
PAIXÃO, Cristiano. Direito e sociedade no Oriente antigo: Mesopotâmia e Egito. In: WOLKMER, Antonio
Carlos (org.). Fundamentos de história do direito. 9ª ed. revista e atualizada. Belo Horizonte: Del Rey,
2016, p. 15-43.
3
VERNANT, Jean-Pierre (org.). O homem grego. Trad. Maria Jorge Vilar de Figueiredo. Lisboa: Presença,
1994.
VIDAL-NAQUET, Pierre. O mundo de Homero. Trad. Jônatas Batista Neto. São Paulo: Companhia das
Letras, 2002.

MÓDULO II: OS PERCURSOS DO DIREITO NA IDADE MÉDIA


A semântica do conceito de Idade Média ao longo da história. Fim do Império Romano do Ocidente e
fragmentação do território europeu. A subsistência de elementos do direito romano. Direitos germânicos. O
mundo carolíngio. Direito na sociedade feudal. Instituições, fontes e processos. Renascimento da Idade
Média. Redescoberta do corpus juris civilis. Escolas vinculadas à recepção do direito comum. O direito
canônico. O jus commune europeu. O direito inglês: origem, desenvolvimento e aspectos essenciais. Período
posterior ao século XV: continuidade e fortalecimento dos Estados Nacionais. A situação das fontes do
direito até a Modernidade.

Leitura obrigatória:

LIMA LOPES, José Reinaldo. “A Alta Idade Média”, “O direito canônico e a formação do direito ocidental
moderno” e “Metodologia do ensino jurídico e sua história. Idade Média – a escolástica”. In: ________. O
direito na história – lições introdutórias. São Paulo: Max Limonad, 2000, p. 63-140.

Bibliografia:

BERMAN, Harold J. La formación de la tradición jurídica de Occidente. México: Fondo de Cultura


Económica, 1996.
BRIGGS, Asa. A social history of England. 3ª ed. London: Penguin Books, 1999.
BRONOWSKI, J. MAZLISCH, Bruce. A tradição intelectual do ocidente. Trad. Joaquim João Braga
Coelho Rosa. Lisboa: Edições 70, 1960.
CAENEGEM, R.C. van. Uma introdução histórica ao direito privado. Trad. Carlos Eduardo Machado. São
Paulo: Martins Fontes, 1995.
________. The birth of the english common law. 2. ed. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.
________. I sistemi giuridici europei. Trad. Emmanuela Bertucci. Bologna: Il Mulino, 2003.
________. Legal History: a european perspective. London and Rio Grande: The Hambledon Press, 1991.
DUBY, Georges. A Europa na Idade Média. Trad. Maria Assunção Santos. Lisboa: Teorema, 1989.
________. Ano 1000, ano 2000 – na pista de nossos medos. Trad. Eugênio Michel da Silva e Maria Regina
Borges-Osório. São Paulo: Unesp/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1999.
_______. Idade Média, idade dos homens – do amor e outros ensaios. Trad. Jônatas Batista Neto. São
Paulo: Companhia das Letras, 2001.
_______. Sociedades medievais – lição inaugural proferida no Collège de France, em 4 de dezembro de
1970. Trad. Augusto Joaquim. Lisboa: Terramar, 1999.
_______. As Três Ordens ou o Imaginário do Feudalismo. 2ª ed.Trad. Maria Helena Costa Dias. Lisboa:
Estampa, 1994.
FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: Nau, 1996.
GILISSEN, John. Introdução histórica ao direito. Trad. A.M. Botelho Hespanha e I.M. Macaísta Malheiros.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1995.
GINZBURG, Carlo. Feitiçaria e piedade popular: notas sobre um processo modenense de 1519. In:
________. Mitos, emblemas, sinais – morfologia e história. Trad. Federico Carotti. 2a ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2002.
HESPANHA, António Manuel. A política perdida – ordem e governo antes da Modernidade. Curitiba:
Juruá, 2010.
________. Cultura jurídica européia – síntese de um milênio. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2005.
KANTOROWICZ, Ernst. Os dois corpos do rei – um estudo sobre teologia política medieval. Trad. Cid
Knipel Moreira. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
4
LE GOFF, Jacques (org.). A civilização do Ocidente Medieval (volumes I e II). Trad. Eduardo Brandão. 2ª
ed. Lisboa: Estampa, 1995.
________. Para um novo conceito de Idade Média – tempo, trabalho e cultura no Ocidente. Trad. Maria
Helena da Costa Dias. Lisboa: Estampa, 1993.
LOYN, Henry R. (org.). Dicionário da Idade Média. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
1990.
MARTINS, Argemiro Cardoso Moreira. O direito romano e seu ressurgimento no final da Idade Média. In:
WOLKMER, Antonio Carlos (org.). Fundamentos de história do direito. 7ª ed. revista e ampliada. Belo
Horizonte: Del Rey, 2012, p. 195-230.
SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento político moderno. Trad. Renato Janine Ribeiro e Laura
Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
THOMPSON, E. P. Costumes em comum – estudos sobre a cultura popular europeia. Trad. Rosaura
Eichemberg. São Paulo: Companhia das Letras: 1998.
WIEACKER, Franz. História do direito privado moderno. Trad. A.M. Botelho Hespanha. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian, 1980.

MÓDULO III: REVOLUÇÃO, MODERNIDADE E CONSTITUCIONALISMO.


Pré-constitucionalismo na Inglaterra. A reocupação semântica do termo constituição. Sistematização e
codificação. Filosofia iluminista e Revolução. O amadurecimento da idéia de constituição como
consolidação do estatuto jurídico do político. O constitucionalismo norte-americano e o judicial review.
Ondas de constitucionalismo e o direito da sociedade mundial.

Leitura obrigatória:

CANOTILHO, J.J. Gomes. Constituição e constitucionalismo. In: ________. Direito constitucional e teoria
da constituição. 2ª ed. Coimbra: Almedina, 1998, p. 43-95 (parte I, capítulos 1-3).
DWORKIN, Ronald. Direitos fundamentais. In: DARNTON, Robert. DUHAMEL, Olivier (org.).
Democracia. Trad. Clóvis Marques. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 155-162.
HUNT, Lynn. “Eles deram um grande exemplo”: declarando os direitos. In: ________. A invenção dos
direitos humanos – uma história. Trad. Rosaura Eichenberg. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p.
113-145 (capítulo 3).

Bibliografia:

BAILYN, Bernard. As origens ideológicas da revolução americana. Trad. Cleide Rapucci. Bauru: Edusc,
2003.
BALL, Terence. POCOCK, J.G.A. (ed.). Conceptual change and the constitution. Kansas: University Press
of Kansas, 1988.
BALL, Terence. FARR, James. HANSON, Russell L. (ed.). Political innovation and conceptual change.
Cambridge: Cambridge University Press, 1995.
CORSI, Giancarlo. Sociologia da Constituição. Trad. Juliana N. Magalhães. Revista da Faculdade de
Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Nº 39. Belo Horizonte: UFMG, janeiro-junho de 2001.
COSTA, Pietro. Diritti. In: FIORAVANTI, Maurizio (ed.). Lo Stato moderno in Europa – Istituzioni e
diritto. Roma-Bari: Laterza, 2006, p. 36-58.
DARNTON, Robert. Os dentes falsos de George Washington – um guia não convencional para o século
XVIII. Trad. José Geraldo Couto. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
________. O Grande Massacre de Gatos e outros episódios da História Cultural Francesa. 4a edição.
Trad. Sonia Coutinho. São Paulo: Graal, 2001.
DIPPEL, Horst. O constitucionalismo moderno. Introdução a uma história que está por escrever. In:
_______. História do constitucionalismo moderno – novas perspectivas. Trad. António Manuel Hespanha e
Cristina Nogueira da Silva. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2007, p. 1-35.
5
DOGLIANI, Mario. Introduzione al diritto costituzionale. Bologna: Mulino, 1994.
FIORAVANTI, Maurizio. Constitución – de los antiguos a los modernos. Trad. Manuel Martínez Neira.
Madrid: Trotta, 2001.
________. Stato e costituzione: materiali per una storia delle dottrine costituzionali. Torino: Giappichelli
Editore, 1993.
GORDON, Scott. Controlling the state – constitutionalism from ancient Athens to today. Cambridge, MA:
Harvard University Press, 2002.
GREENE, Jack. POLE, J. R. The Blackwell encyclopedia of the American Revolution. Oxford; Cambridge
(MA): Blackwell, 1994.
GRIMM, Dieter. MONHAUPT, Heinz. Constituição – história do conceito desde a antiguidade até nossos
dias. Tradução Peter Naumann. Belo Horizonte: Tempus, 2012.
HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da esfera pública – investigações quanto a uma categoria da
sociedade burguesa. Trad. Flávio R. Kothe. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984.
HILL, Christopher. O mundo de ponta-cabeça – idéias radicais durante a Revolução Inglesa de 1640. 4a
reimpressão. Trad. Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
LUHMANN, Niklas. “La costituzione come acquisizione evolutiva”. In: ZAGREBELSKY, Gustavo.
PORTINARO, Pier Paolo. LUTHER, Jörg. Il futuro della costituzione. Torino: Einaudi, 1996.
MARSHALL, John. Decisões constitucionais de Marshall. Trad. Américo Lobo. Brasília: Ministério da
Justiça, 1997.
MCILWAIN, Charles Howard. Constitutionalism and the changing world. Cambridge: Cambridge
University Press, 1969.
________. Constitucionalismo antiguo y moderno. Trad. Juan José Echavarría. Madrid: Centro de Estudios
Constitucionales, 1991.
PAIXÃO, Cristiano. Arqueologia de uma distinção – o público e o privado na experiência histórica do
direito. In: OLIVEIRA PEREIRA, Claudia Fernanda (org.). O novo direito administrativo brasileiro – o
Estado, as agências e o terceiro setor. Belo Horizonte: Forum, 2003.
________. Modernidade, tempo e direito. Belo Horizonte: Del Rey, 2002.
PAIXÃO, Cristiano. BIGLIAZZI, Renato. História constitucional inglesa e norte-americana: do surgimento
à estabilização da forma constitucional. 1ª reimpressão. Brasília: Ed. UnB/Finatec, 2012.
PAIXÃO, Cristiano. MAIA, Paulo Sávio Peixoto. História da Constituição como história conceitual:
Marbury v. Madison e o surgimento da supremacia constitucional. Revista Acadêmica - Faculdade de
Direito do Recife, v. LXXXI, p. 156-175, 2009.
SOARES, Rogério Ehrhardt. O conceito ocidental de Constituição. Revista de Legislação e de
Jurisprudência. Ano 119. N° 3743-3744. Coimbra: Coimbra Editora, junho e julho de 1986.

2ª PARTE: HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO

MÓDULO I: BRASIL COLÔNIA E BRASIL IMPÉRIO


Brasil Colonial: Conquista das Américas. Direito preexistente. Organização política e administrativa do
Brasil Colonial. Antigo regime português. A vigência do direito: o problema das fontes. Organização
judiciária: juízos e tribunais. Crise do antigo regime. Período pombalino. O pluralismo e o jus commune no
Brasil colônia. Brasil Imperial: Estrutura jurídica do Brasil Império. Constituição de 1824. Liberalismo,
direito e escravidão. A transição brasileira para a modernidade jurídica.

Leitura obrigatória:

LARA, Silvia Hunold. Os escravos e seus direitos. In: NEDER, Gizlene (org.). História e Direito: jogos de
encontros e transdisciplinaridade. Rio de Janeiro: Revan, 2007, p. 129-140.
MELLO E SOUZA, Laura. Tensões sociais em Minas na segunda metade do século XVIII. In: NOVAES,
Adauto (org.). Tempo e história. 1ª reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras e Secretaria Municipal de
Cultura, 1994, p. 347-366.
6

Bibliografia:

CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados – o Rio de Janeiro e a república que não foi. 3ª ed., 14ª
reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
_________. A construção da ordem: a elite política imperial. Teatro das sombras: a política imperial. 2ª ed.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
_________. A formação das almas – o imaginário da república no Brasil. 19ª reimpressão. São Paulo:
Companhia das Letras, 2009.
FAORO, Raymundo. Os donos do poder. 7ª ed. Rio de Janeiro: Globo, 1987. 2v.
LOPEZ, Adriana. MOTA, Carlos Guilherme. História do Brasil – uma interpretação. 2a ed. São Paulo: Ed.
Senac, 2008.
MOTA, Carlos Guilherme (org.). Viagem incompleta – a experiência brasileira (1500-2000) – Formação:
Histórias. 2a ed. São Paulo: Editora SENAC, 2000.
ROMÃO, José Eduardo Elias. Direito sem Estado no Brasil: uma reconstrução histórica. In: GUSTIN,
Miracy B. De Sousa. SILVEIRA, Jacqueline Passos da. AMARAL, Carolline Scofield (org.). História do
direito – novos caminhos e novas versões. Belo Horizonte: Mandamentos, 2007, p. 335-366.
WEHLING, Arno. O Direito Constitucional como engenharia social no Brasil da independência. Métis:
história & cultura – v. 11, n. 21, p. 23-38, jan./jun. 2012.
WEHLING, Arno. WEHLING, Maria José C.M. O escravo na justiça do Antigo Regime: o Tribunal da
Relação do Rio de Janeiro. Arquipélago, 2ª série, III (1999), p. 119-138.
WOLKMER, Antonio Carlos. História do direito no Brasil. 4ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007.
_________. Direito e justiça na América Indígena – da conquista à colonização. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 1998.

MÓDULO II: A EXPERIÊNCIA REPUBLICANA NO BRASIL


Brasil Republicano: experiências jurídicas e políticas na consolidação do regime. Constituição de 1891:
estrutura, Influências, elementos. Revoltas, insurreições, greves. Demandas por participação. Fontes do
direito e organização judiciária. Década de 1920. Crise do modelo. Revolução de 1930: significados,
desdobramentos. A questão democrática. Etapas históricas. Constituições de 1934 e 1937. Regra e exceção.
Demais fontes do direito. Legislativo. Organização judiciária. Redemocratização e a constituição de 1946.
Interregno democrático: experiências de participação. O governo João Goulart: antecedentes do golpe. O
golpe civil-militar de 1964: versões e controvérsias. Estado de direito e autoritarismo. Legalidade
autoritária: constitucionalização e judicialização. Resistência: oposição partidária, movimentos sociais, luta
armada. Periodização oficial: domínio castelista (1964-1967), linha dura (1967-1974), transição (1974-85).
Abertura lenta, gradual e segura, diretas já e a EC 26/85. 1987-1988: processo constituinte. Etapas.
Convocação. Instalação e definição de regras. Compreensão da constituição de 1988 em perspectiva
histórica. Tensões subjacentes. Riscos e desafios.

Leitura obrigatória:

KARAM DE CHUEIRI, Vera. CÂMARA, Heloísa Fernandes. (Des)ordem constitucional: engrenagens da


máquina ditatorial no Brasil pós-64. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, Vol. 95, 2015, p. 259-288.
PILATTI, Adriano. Constituintes, golpes e constituições: os caminhos e descaminhos da formação
constitucional do Brasil desde o período colonial, in GOMES, Marcos Emílio (org.). A Constituição de
1988, 25 anos: a construção da democracia & liberdade de expressão: o Brasil antes, durante e depois da
Constituinte. São Paulo: Instituto Vladimir Herzog, 2013, p. 26-101.
VERSIANI, Maria Helena. “Constituinte de 1987/1988: a sociedade brasileira vive a democracia”, in
QUADRAT, Samantha Viz (org.). Não foi tempo perdido: os anos 80 em debate. Rio de Janeiro: 7Letras,
2014, p. 362-384.
7
Bibliografia:

BARBOSA, Leonardo A. A. Mudança constitucional, autoritarismo e democracia no Brasil pós-1964.


Brasília, 2009. Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade de Brasília.
BARBOSA, Leonardo A.A. PAIXÃO, Cristiano. Crise Política e Sistemas de Governo: origens da 'solução
parlamentarista' para a crise político-constitucional de 1961. Universitas Jus, v. 24, p. 47-61, 2013.
BATALHA, Cláudio H.M. Formação da classe operária e projetos de identidade coletiva. In: FERREIRA,
Jorge. DELGADO, Lucilia de Almeida Neves (org.). O Brasil republicano (vol. ) – o tempo do liberalismo
excludente: da Proclamação da República à Revolução de 1930. 4ª ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2010, p. 161-189.
CARVALHO NETTO, Menelick de. A hermenêutica constitucional sob o paradigma do Estado
Democrático de Direito. Notícia do direito brasileiro. Nova série, nº 6. Brasília: Ed. UnB, 2º semestre de
1998.
_________. A hermenêutica constitucional e os desafios postos aos direitos fundamentais. In: SAMPAIO,
José Adércio Leite (org.). Jurisdição constitucional e os direitos fundamentais. Belo Horizonte: Del Rey,
2003.
CATTONI, Marcelo. Constitucionalismo e história do direito. Belo Horizonte: Pergamum, 2011.
CATTONI, Marcelo. PATRUS, Rafael D. Constituição e poder constituinte no Brasil pós-1964: o processo
de constitucionalização brasileiro entre “transição e ruptura”. Quaderni Fiorentini per la Storia del Pensiero
Giuridico Moderno, v. 45, p. 171-191, 2016.
FAORO, Raymundo. Assembléia Constituinte: a legitimidade recuperada. 3ª ed. São Paulo: Brasiliense,
1985.
FAUSTO, Boris (org.). História Geral da Civilização Brasileira. Tomo III. O Brasil Republicano, vol. 8:
Estrutura de poder e economia (1889-1930). 8ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006(a).
FAUSTO, Boris (org.). História Geral da Civilização Brasileira, Tomo III. O Brasil Republicano, vol. 9:
Sociedade e instituições (1889-1930). 8ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006(b).
FAUSTO, Boris (org.). História Geral da Civilização Brasileira, Tomo III. O Brasil Republicano, vol. 10:
Sociedade e política (1930-1964). 9ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
FICO, Carlos. Além do golpe – versões e controvérsias sobre 1964 e a ditadura militar. Rio de Janeiro:
Record, 2004.
GOMES, Angela de Castro. A invenção do trabalhismo. 3ª ed., 5ª reimpr. Rio de Janeiro: FGV, 2013.
GOMES, Angela de Castro. Estado Novo: ambiguidades e heranças do autoritarismo no Brasil. In:
ROLLEMBERG, Denise. QUADRAT, Samantha Viz. (org.). A construção social dos regimes autoritários –
legitimidade, consenso e consentimento no século XX – Brasil e América Latina. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2010, p. 35-70.
HERMANN, Jacqueline. Religião e política no alvorecer da República: os movimentos de Juazeiro,
Canudos e Contestado. In: FERREIRA, Jorge. DELGADO, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil
Republicano: o tempo do liberalismo excludente – da Proclamação da República à Revolução de 1930.
Livro 1. 4ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010, p. 121-160.
HORTA, Raul Machado. Constituinte e Constituições brasileiras. In: ________. Estudos de direito
constitucional. Belo Horizonte: Del Rey, 1995, p. 53-70.
KOERNER, Andrei. Ativismo judicial? Jurisprudência constitucional e política no STF pós-88. Novos
Estudos CEBRAP. Nº 96, Julho de 2013, p. 69-85.
LUCAS COELHO, João Gilberto. A participação popular na Constituinte. Revista de Cultura Vozes 82 (2),
1988.
MONCLAIRE, Stéphane. Um processo de longo prazo. In: DANTAS, Bruno et. al. (org.). Constituição de
1988: o Brasil 20 anos depois. Brasília: Senado Federal – ILB, 2008, p. 153-169.
MOTA, Carlos Guilherme (org.). Viagem incompleta – A grande transação. 2ª ed. São Paulo: Ed. Senac,
2000
MOTA, Carlos Guilherme e SALINAS, Natasha S.C. (org.). Os juristas na formação do Estado-Nação
brasileiro (1850-1930 e 1930-dias atuais). São Paulo: Saraiva, 2010.
NOBRE, Marcos. Imobilismo em movimento – da abertura democrática ao Governo Dilma. São Paulo:
Companhia das Letras, 2013.
8
________. Indeterminação e estabilidade: os 20 anos da Constituição Federal e as tarefas da pesquisa em
direito. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 82, p. 97-106, novembro de 2008.
________. Conservadorismo em chave democrática – a redemocratização brasileira, 1979-2013. In:
ALONSO, Angela. DOLHNIKOFF, Miriam (org.). 1964 – do golpe à democracia. São Paulo: Hedra, 2015,
p. 247-266.
OLIVEN, Ruben George. RIDENTI, Marcelo. BRANDÃO, Gildo Marçal (org.). A Constituição de 1988 na
vida brasileira. São Paulo: ANPOCS/Hucitec, 2008
PAIXÃO, Cristiano. Autonomia, democracia e poder constituinte: disputas conceituais na experiência
constitucional brasileira (1964-2014). Quaderni Fiorentini per la Storia del Pensiero Giuridico Moderno, v.
43, p. 415-460, 2014. Disponível em: http://www.centropgm.unifi.it/cache/quaderni/43/0421.pdf
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4. AVALIAÇÃO

Os métodos de avaliação dos alunos serão os seguintes: (i) desempenho em duas provas escritas,
realizadas em datas a serem fixadas pelo professor; (ii) apresentação de resenha a partir de obras
cinematográficas e textos históricos, em formato a ser explicitado ao longo do semestre; e (iii) assiduidade e
participação nas aulas expositivas.
Observação importante relacionada à resenha: o procedimento de cópia de trechos de outras obras
(bibliográficas ou obtidas na internet) sem a devida indicação da fonte caracteriza conduta incompatível com
a seriedade e o rigor acadêmicos e gera a reprovação na disciplina, sem prejuízo da incidência de outras
sanções disciplinares, administrativas e penais.

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