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Não é só gosto, Dinho Kamers, ou não é bem gosto.

Tem o gosto, para mim ele existe e não tem juízo


nenhum. E tem o senso crítico, por meio do qual eu devo pesquisar, perscrutar, analisar, interpretar e, por
meio de argumentação válida e de apontamento de fatos e exemplos de obras (ou trechos de obras, ou
obra inteira de um autor etc) dialogar com outros. A conversa sobre arte não pode ser fundada no gosto,
embora ele sempre interfira; não viramos frios aparelhos de computar dados sobre a arte. Mas tentamos o
que se chama, nas ciências humanas e nas teorias das artes, um maior "distanciamento". Preciso dizer
porque considero esta produção de São Paulo melhor que a do Rock Brasília da primeira geração. Para
isto eu vou ter que elencar uns critérios. Não tendo tanta capacidade para determinar critérios para o
diálogo, eu evoco o benefício de um postulado. Postular significa "eu peço que você aceite". Então o
interlocutor aceita os critérios que você elenca par que você possa começar e desenvolver sua
argumentação. Lá mais para o final, o interlocutor irá apontar os problemas que viu na sua argumentação,
mesmo sendo ela feita a partir dos seus postulados e, se for o caso, irá apontar problemas nos seus
postulados. E assim seguimos acordando, em acordos e discórdias, argumentando, dialogando. Agora,
gosto é que nem vesícula biliar, cada um tem a sua. Ops! Menos eu, tiraram a minha. Kkkkk!
(Dinho Kamers, Mário Pazcheco, Lino Ao Léu, Claudio Bull, Raphael Mendes, Francisco K Saraiva,
Newton Lima, Carlos Camurça, muito rígida esta minha proposta de procedimento em debate crítico, não
é? Mas em uma coisa eu insisto, "Gosto não se discute, mal gosto lamenta-se" (Dizem que é de minha
autoria, essa frase). Mas não é possível um debate fundado no gosto. Não considero também aplicável o
conceito de "juízo de gosto", da terceira crítica de Kant. Desculpas se acaso fui pesado e careta para
alguns e, paradoxalmente, pouco rígido para outros. Foi o que deu para fazer até hoje, nestes 45 anos de
contato com as teorias da literatura, primeiro, e do cinema, fotografia e artes plásticas, em seguida; teorias
da imagem, no momento. (Claudete Castro).

Afinal, estou nesse mundo a passeio, não vim trabalhar, mas acabei trabalhando, transgredi meu ócio. E já
que venho trabalhando, gosto de conversar com respeito e com interlocutores capazes, como vocês. No
mais, tomo sempre o cuidado de não me levar a sério demais, ou ao menos pelejo por isso. (Laércio José
Pereira e Ronaldo Eustáquio Santos, sempre marco vocês, sabendo dos limites materiais (tempo) para a
Vossa participação; perdoem se marco em excesso, mas já pedi para largar para lá quando não der tempo
sem ter que vir se justificar a cada vez. :-D )
ssalvess

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