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D. JOÃO VI
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D. PEDRO I
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LISBOA 1822
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MAIS DOCUMENTOS
DIRIGIDOS A SUA MAGESTADE
O SENHOR D. JOÃO VI
PELO PRÍNCIPE REAL
O SENHOR D. PEDRO
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LISBOA:
NA IMPRENSA NACIONAL.
Anno de 18&2.
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DIRIGIDOS A SUA MAGESTADE
O SENHOR D. JOÃO VI
PELO PRÍNCIPE REAL
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S. P. e os do Rio de Janeiro R. J.
Tenho a honra de protestar novamente a V. M. os meus
sentimentos de amor, respeito, e submissão, de filho, para
um Pay carinhozo , e de súbdito para um Rey justo.
Deus guarde a pressiosa vida, e saúde de V. M. como
todos os bons Portuguezes 5 e mormente nós Braziíeiros o ha-
vemos mister.
Sou de V. M. Súbdito — fiel, e filho obedientíssimo, que
lhe beija a Sua Real Mão — PEDRO.
Jpocumentos e Representação, que a Sua Alteza Real o Prín-
,
dade.
Senhor. — A
Natureza, a razão, e a humanidade yestef
*
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(12)
O eco desta nossa resolução soou pelas sete montanhas
de Lisboa, que o repercutirão nos Salões do Congresso: o
perigo instava , urgia o remédio... a franqueza apontava a
confissão dos erros, o Machiavelismo só lembrou o disfarce,
e a injuria: juntou-se o escarneo ao oppròbio e a irrisão á
,
desgraça.
Por entre a arrastrada supposição de que talvez, outro
género de Governo conviesse ao Erazií apparecem berr) pro-
,
pensar, não pôde, nem deve tornar a ser governada como era
antes dessa mudança. O Brazil elevado á categoria de Rei-
,
(( ** )
( *
Portuga] — Examinar, se a Constituição, que se está fazen-
do nas Cortes geraes de Lisboa, he' no seu todo adaptada
ao Brazil e sobre as Bases alii decretadas, e aqui juradas
;
,
estabelecer as emendas reformas
, e alterações ,com que a ,
?
.
( 13 )
Fàlfa, que a
A. R. o Príncipe Rer/rntè Constitucional , e De-
S. r
Senhor —
Se a Lei suprema da Salvação da Pátria exigio a
ficada de V. A. R., como remédio único de a conservar unida,
esta mesma Lei impera hoje, que se convoque já nesta Corte
uma Assembléa Geíral das Provincks do Brazil: pois bem que
estas achando em V. A. R. o centro da sua união venhão
,
L
( 21 )
das reformas
. e alterações
, com que a mesma Constituição
,
(22)
civil, económico, e administrativa somente, e guardando á
disposição immediata de Portugal a força armada, encobria
o sinistro fim de o dividir e desarmar, para o reduzir ao
,
E como
verá o Braz H com indifTerença, que Portugal dés^
se por decidida a importante queslâo da Sede da Monarquia,
sem audiência dos Deputados deste Reino? Como se o Bra-
B
zil não tivesse direito igual, se não maior, a pertender ,
que
se viesse estabelecer no coração do seu vasto, rico, e pode-
C
roso Império
Como
verá o Brazil a sangue frio, que ao Soberano Con-
gresso não lembrasse a necessidade de dar a este Reino um
Corpo Legislativo Brazileiro? Poderia elle manter-se, e pro-
sperar sem este ? Acaso da Legislatura de Lisboa viria ás
1
do que forão, quasi todos sem despacho; como sabem por ex-
periência própria de três séculos e virão com dor, e magoa
,
acção ....
Sim, Portugal quer a separação; porque insiste no co-
lmato efficaz de dividir o Brazil para o dominar. He prova in-
contestável, quando outras faltassem, o Parecer daCommissão
Especial dos Negócios Politicos do Brazil enunciativo do
,
-~r
( 25.)
D
! ,
( 26 )
que sua grandeza aspira, nem a garanfia que lhes deve se- ,
um só momento !
tando por esta forma ao Brazil a sua mais valente força, elíe
Livro das Leis Eternas, que o Brazil deve passar hoje , oh!
Grande Dia! á Lista das Nações Livres. He Decreto do
Arbitro do Universo ha de cumprir-se, queirão ou não , ,
2:8 )
I
Fevereiro de arrno,, cf«e. corre, Hei por bem Mandar convo-
car para o dia de amanha os jáeleiíos, e aqui. residentes
#
então conheci que a vontade- dos Povos era não só útil, ma«
necessária para sustentar a integridade da Monarchia era
geral e mui principalmente do grande Brazil
, de quem soá ,
a honra a gloria
, a; salvação da nossa
, Pai ria., que está em
summo perigo.
estes os sentimentos que regem
Illustres Procuradores,
a Minha Alma, e também os que háo de reger a vossa;
Contai comigo nao só como intrépido guerreiro, que pela Pá-
tria arrostará todos, e quaesquer perigos, mas também como
Amigo- vosso, Amigo da liberdade dcs Povos, e do Grande,
Fértil, e Riquíssimo Brazil, que tanto tem honrado, e Me
Me ama.
Nao
assenteis, illustres Procn dores, que tudo o que te-
nho he nascido de grandes cogitações, esquadrinhando
dito
palavras estudadas, e enganadoras nao: he filho do Meu
:
cado.
Senhor. —A
Salvação publica a integridade da Nação,
o Decoro do Brazil e a Gloria de V. A. R insfão, urgein
,
,
Casa que elle adora, e serve ainda mais por amor,e leajda t
,
Hl
de, do que por, dever, e obediência.
Não precisamos Senhor,, neste momento fazer a enume-
,
ra
, ,
(31)
O" arrependimento não entra em coração, que o crime devora;
9 Congresso de Lisboa, que perdeo o norte que o devia guiar,
istohe,a felicidade da maior parte, sem attenção a velhas eti-
quetas, já agora he capaz de tentar todos os tramas, e de
propagar a anarquia , para arruinar o que não pôde dominar.
Maquinão-se partidos , fomentão-se dissensões, alentao se es-
peranças criminosas, semêão-se inimizades i eavão-se abysmos
sob os nossos pés: ainda mais, consentem se dous centros no
Brazil, dous princípios de eterna discórdia ,e insistem na re*
tirada de V. A. R„, que será o instante, que os ha de pôr a
um contra o outro.
E deverá K* A. R cruzar os braços, e im movei espe-
rar que rebente o volcão sobre que está o Throno de V. A.?
He este, Senhor o grande momento da felicidade ou da rui-
, 5
O
Brazil tem direitos iuauferiveis para estabelecer o seu ,
vystema Europeo não pôde pela eterna, razão das cousas ser
>
Syslema. Americauo^ e sempre que o tentarem será um
stado de coacção e de violência, que necessariamente pro-
,
sa Independência.
Digne se pois V. A
R. ouvir o nosso Requerimento:
6
CAPITULO I.
çDaslEleições,
No
dia «aprazado para as Eleições Paroquiaes , reunido
na Freguezia o respectivo Povo, celebrará o Pároco Missa so-
lemne do Espirito Santo , e fará, ou outro por elle, um dis-
curso análogo ao objecto, e circumstancias.
2v Terminada esta ceremonia religiosa, o Presidente, o
Pároco, e o Povo se dirigirão ás Casas do Concelho^ ou ás que
melhor convier, e tomando os ditos Presidente e Pároco assen-
to á cabeceira de uma meza, fará o primeiro em voz alta, ein-
telligivel a leitura do Capitulo I e II destas Instrucções. Depois
proporá dentre os circumstantes os Secretários, e Escrutina
dores, que serão approvados, ou rejeitados por acclamação de
.
Povo.
3. Na
Freguezia, que tiver até quatrocentos fogos inclusi-
ve , haverá um Secretario , e dous Escrutinadores ; e nas que
tiverem dahi para; cima dous Secretários, e ires Escrutina-
dores. O
Presidente, o Pároco, os Secretários $ e os Escru- i
tinadores formão a Meza ^ ou Junta Paroquial.
4. Lavrada a? Acta desta nomeação-, perguntará o Presi
dente, se algum dós circumstantes sabe^ e- tem que denuncia
suborno ou conloio para que a Eleição recaia sobre pessoa
,
CAPÍTULO IIL
-
lE
aIcançárão a pluralidade possuem os requisitos exigidos e ,
(
3® );
a~ cada Eteitor ,
que lhe servirá de Diploma-, remetler-se-ha
mna á Secretaria de Estado dos Negócios do Brazil e uma ,
Na Província G$ Platina,
( 37 )
Nm Provinda de S. Paião".
Na Provinda de Goiaz* , i
A
Capital Viila de S. João Marcos. Viila de S. Antónia
de Sá. IMacahé,
Na Província da Bahia.
Na Província de Pernambuco,
Na Província da Paraíba.
Na Província do Siará.
Na Província do Piauhu
Na Província do Maranhão.
( 39: )
Na Provinda do Para,
GAPITLO IV.
Dos Deputados.
Província Eis-VJalina* 2
Rio Grande do Sul 3
S; Gatharina. 1
São Paulo. 9
M a tto Grosso. 1
Goiaz. 2
Minas Geraes. 20
Rio de Janeiro*' 8
Capitania. 1
Bahia. 13
Alagoas. 5*
Pernambuco. 13
Paraíba. 5
Rio Grande do Norte. 1
Siará/ 8
Piauhi. 1
Maranhão, 4
Pará. 3„
( W)
2. Para ser nomeado Depurado cumpre que tenha, além
das qualidades exigidas para Eleitor no §. 6.° Capitulo II, as
seguintes: " Que seja nalural do Brazil, ou d'outra qualquer
parte da Monarquia Portugueza , com tanto que tenha doze
annos cie residência no Brazil e sendo extrangeiro, que te-
;
do Braz.
y 3. Poderão ser reeleitos os Deputados do Brazil ora resi-
,
Arquivo da Camará.
10. A Camará os Deputados, os Eleitores e circum br
, ?
santa Independência.
E nós, Excellentrssimos Senhores, para perpetuar a Me-
moria deste Dia, em que começão os séculos do Brazil , man-
demos gravar em bronze aquellas palavras de S. A. R. —
Em desempenho da Minha Honra, e Amor ao Brazil, Darei
a vida pelo Brazil —
Lucas José Obes , Procurador Geral
J do Estado Cis-Platino.
Brazileiros ? e Amigos.
A nossas Pátria está ameaçada por facções: prepárão-
se ao longe ferros para lhe serem suas mãos agrilhoadas, ( e
no tempo da Liberdade!! Que desgraça! ) E no meio des-
tes apparatos próprios dos fracos e dos facciosos fazem-se
, ,
para que o Brazil nunca mais tome a ser nem» colónia, nem
escravo , e neHe exista um systema liberal dicíado pela pru-
dência, que tanto caracteriza a nossa amave] Pátria
Viva Elflei Constitucional o Senhor D. João IV, e vi-
va a Assembléa Geral Braziliense, e viva a Uniào JLuso-Brar
zileira. —t Príncipe Regente.
7
s >
I
ral Constituinte e Legislativa
Braziliea na forma da Re- ,
( *8- )
ò Co mm e rei©
aos seus interesses j persegue a innocente Agri-
cultura, da verdadeira nobreza origem e das riquezas, carre-
gando-a de impostos sobre impostos, para que o dinheiro não!
falte nos seus cofres sempre exhaustos ; as fabricas afugen-
ta, 13 a productora industria, porque estas civilizadoras são dos
iiomens , fugitivas por consequência de um Povo escravo.
Os Sagrados Direiros da Liberdade Civil , da Propriedade, e
Segurança individual do Cidadão , são objectos omissos no
seu Código. . a sua Lei
. para dizer tudo
, he o seu arbí-,
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mSts fo^^íud^o iiP a
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de V. AR elia ZXt
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Xavier Ferreira.
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Decreto.
Havendo-se ponderado na Minha Real Presença, que
MatiàamXo E& eonvoear uma Assembtóa Geral Constituinte
e Legislativa para o Reino do Brazil cumpria-Me necessa- ,
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taes defictes , vinte e quatro Cidadãos escolhidos d'eníre Q
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cia de culpa, o Juiz imporá a pena. E por quanto
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mirem.
, Todos os Escriptos deverão ser assignados pelos Escrí-
ptores para sua responsabilidade, e os Editores, ou Impres-
sores que imprimirem ,e publicarem papeis anonymos são
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Meu Pay e Meu Senhor.
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