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A arte de orar dos

místicos

Parte integrante do livro


A Prece do
Coração
Para entrar no silêncio de Deus
Aliñe Charest
A arte de orar dos místicos

Tuas próprias preces se tornarão chamas, as frases se dissiparão dos teus lábios com uma ardente devoção.

Rabino Nahman de Bratslaw

“Nenhum ser humano jamais orou sem aprender alguma coisa”, afirmou Ralph
Waldo Emerson. A prece é sempre seguida de um resultado, se feita em
condições adequadas. Mas aquele que ora deve saber invocar Deus no seu
coração. Há uma “arte de orar”, comprovada pelos místicos de todas as tradições
espirituais, que leva à contemplação e à união com Deus. ‘Por exemplo, os
judeus praticam a hitbodedout, os muçulmanos, o dhifo, os budistas, o nembutsu,
os hinduístas, a bhakti, e os cristãos, a invocação com o coração. Os rosa-cruzes
procuram se harmonizar com as leis cósmicas. Enfim, os cabalistas sempre
afirmaram que a prece tem o poder de atrair os influxos divinos aqui em baixo,
na matéria.
1 - 0 HASSIDISMO OU O “DIÁLOGO ISOLADO” COM DEUS
“Tuas próprias preces se tornarão chamas, as frases se dissiparão dos teus
lábios com uma ardente devoção”, revela o Rabino Nahman de Bratslaw, que foi
um dos mestres hassídicos mais audaciosos do século XVIII. Os hassidim,
místicos judeus, praticam a hitbodedout ou o “diálogo isolado” com Deus, que se
situa na conjunção da meditação e da prece. Esta prática foi ensinada
principalmente pelo Rabino Nahman de Bratslaw. Ela consiste, diz ele, em
“escoar a alma ante o Eterno, como um rio, isolando-se todo dia para orar
perante Deus1”. E na natureza que esse isolamento é mais fecundo, pois como
“morada do Senhor”, ela é um espaço vivo, o espelho no qual se reflete o mundo
do alto. Sumariamente, essa prática consiste numa fase de silêncio até que “do
âmago da alma surge um grito”, uma letra, as primeiras palavras da prece.
Segundo Aryeh Kaplan, na sua obra sobre a meditação e a Bíblia 2, “a
hitbodedout é a experiência de uma ascensão de degrau a degrau ao divino, que
põe em jogo três partes essenciais do ser: rouah, nefech e nechama;
literalmente, o sopro, o sangue e a respiração”. Ela “convida a uma viagem ao
coração das palavras, do amor e do desejo”, desejo das vogais pelas
consoantes, afirmava o Rabino Nahman.
A técnica hassídica consiste em projetar “todas as suas forças em cada letra da
prece”. O verbo deve proceder do domínio de uma arte verdadeira e ser utilizado
com uma força, dizia o Rabino Nahman, capaz de convencer um fuzil a não
disparar. Um outro mestre hassídico, Isaque de Prysuca, dizia: “Sabeis que
vossa prece é feita com devoção quando estais tão absortos nela que não
sentiríeis sequer uma faca atravessando o vosso corpo...”. Para o místico judeu,
a prece dita com fervor tem então um poder muito grande de influência: ela é
capaz de sacudir todo o processo cósmico. Além disso, todo ser humano que
ora com fervor jamais retorna idêntico. O segredo para orar, ensinava ainda o
Rabino Nahman, está em articular cada palavra da prece com uma profunda
emoção e uma total concentração. Então surgirá a reiya ou a visão, que fará o
coração “ver muita sabedoria”, como evocamos no capítulo sobre a prece do
coração.
2 - 0 SUFISMO E O APELO A DEUS (DHIKR)
“Orai a mim, eu vos responderei”, diz o Alcorão (40, 62). Segundo a doutrina sufi,
além das regras habituais da vida religiosa há um nível de espiritualidade mais
profundo que Maomé só compartilhou com alguns dos seus companheiros
escolhidos. Cada vez que ele suspirava de nostalgia pelo estado sublime de
união com Deus, dizia: “Oh Bilâl, conforta-nos atendendo à prece”. Para ele,
então, cada prece era uma nova introdução na proximidade de Deus. Vários
versículos do Alcorão assim convidam os seres humanos a se aproximarem de
Deus, a amá-lo e a sempre recorrerem a ele {dhi^r ou o apelo}. E o objetivo da
prática espiritual a que se dedicam as confrarias de sufis. Trata-se de repetir
indefinidamente o nome de Deus ou a profissão de fé: “Là ilàha illAllàh”, para
permitir o “apelo” a Deus. Esta repetição se faz a sós ou o mais das vezes em
grupo. A virtude transformadora da prática do dhif^r foi descrita por Al-Ghazâli
como segue:
Após ter se sentado na solidão, ele não cessa de dizer “Allàh, Allàh”, continuamente e com a
presença do coração. E isto até que ocorre um estado em que ele abandona o movimento da língua
e vê a palavra como que escorrendo sobre ela. Depois ele chega ao ponto em que apaga o vestígio
da palavra na língua e persevera... até que o senso da palavra persiste no seu coração, como que
junto dele, e não o deixa mais.

Um dos mais célebres dhikr sufis é o da ordem dos Mevlevi na Turquia, fundada
pelo poeta persa Rümí; trata-se de urna dança em que a pessoa gira sobre si
mesma ao som de um instrumento musical. Ela é mais conhecida no Ocidente
com o nome de dança dos dervixes giradores. Diz-se da música que acompanha
essa dança que ela é comparável “ao ruído que faz a porta do céu quando se
abre”. Para efetuar a união mística, diz-nos Michel Random, que publicou uma
obra sobre o sufismo e a dança, o sufi projeta sua alma para fora da zona de
poluição do mundo e alcança um grau de realização que lhe permite perceber
os verdadeiros fundamentos da realidade3
3 - 0 CRISTIANISMO E A INVOCAÇÃO
“Orai e orai assiduamente. Quanto mais orardes mais sereis iluminados”, exorta-
nos Angèle de Foligno. Esta mística da Idade Média ensina que o conhecimento
de Deus e do Homem-Deus é absolutamente necessário à transformação
espiritual do ser humano. Chegar a isto “supõe — diz ela — uma oração devota,
pura, humilde, forte, profunda e assídua. Não falo somente da prece vocal, falo
da prece mental, da que parte do coração e de todos os poderes da alma
reunidos”. Ela definiu três tipos de orações: a oração corporal, mental e
sobrenatural, de que já falamos no primeiro capítulo. Lembramos aqui,
brevemente, os componentes de cada uma4.
A oração corporal supõe a participação da voz e dos gestos, como o sinal da
cruz. “Esta oração, eu jamais a abandono” — diz ela. “Ela é a rota que leva às
outras; mas é preciso fazê-la em recolhimento”. Ela aconselha sobretudo que a
pessoa não se apresse em repetir a prece certo número de vezes, nem acredite
que orou bem porque o fez por muito tempo. Por exemplo, pode-se escolher
recitar várias vezes uma prece como a Ave Maria ou o Pai Nosso, concentrando-
se no sentido de cada palavra, até que se sinta que o seu espírito esteja
completamente absorto na prece. Esta etapa se acrescenta à prática do
hitbodedout entre os místicos judeus. Os efeitos descritos na oração mental se
assemelham ao que é alcançado na prática do dhikr de que já falamos.
Há oração mental quando o pensamento em Deus possui a tal ponto o espírito que o ser humano
não se lembra de mais nada além do seu Senhor. [...] Esta oração trava a língua, que não pode
mais se mexer. O espírito está tão pleno de Deus que não há lugar, nele, para o pensamento nas
criaturas.

Quanto à oração sobrenatural, induz um estado próximo ao êxtase, à


contemplação e à iluminação.
Há uma oração sobrenatural quando a alma, arrebatada acima dela mesma pelo pensamento e pela
plenitude divina, é transportada mais alto do que sua natureza, entra na compreensão
divina mais profundamente do que permite a natureza das coisas, e encontra a luz nesta
compreensão. Mas os conhecimentos que colhe nas fontes a alma não pode explicar, porque tudo
o que ela vê e sente é superior à sua natureza.

Angèle de Foligno acrescenta que a alma “ama na medida em que conhece; que
ela deseja na medida em que ama; e que o sinal do amor não é uma
transformação parcial e sim uma transformação absoluta”. Assim o amor é o
fundamento de toda prece eficaz que leva à união com Deus.
4 - 0 ROSACRUCIANISMO E A HARMONIZAÇÃO CÓSMICA
“A prece é a linguagem da alma. Neste particular ela deve proceder do coração
e não da razão. Importa então que seu conteúdo seja mais emocional do que
intelectual”, lê-se nos manuscritos da Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis.
Como ordem mística, ela ensina que a prática da prece é muito eficaz para a
pessoa se harmonizar com a Divindade e receber seu influxo espiritual.
A prece permite à nossa personalidade-alma se elevar aos planos superiores e se colocarem
ressonância mais estreita com sua fonte, no caso a Alma Universal. Independentemente de toda
consideração religiosa, orar consiste então em criarmos um diálogo íntimo entre nós mesmos e o
Deus do nosso coração.

No rosacrucianismo, a prática da prece permite que se realize um desejo legítimo


ou um projeto particular, em conformidade com as leis divinas. Ralph Maxwell
Lewis, que dirigiu a Antiga e Mística Ordem da Rosae Crucis de 1939 a 1987,
escreveu que a prece propicia nossa harmonização com as leis cósmicas, o que
implica que não podemos influenciar Deus somente para o nosso bem pessoal
sem levarmos em conta leis cósmicas e naturais. “E porque as leis cósmicas
operam de modo lógico e são imutáveis devido à sua natureza que o ser humano
sabe que pode contar com os princípios divinos e cósmicos5”, explica ele.
O Rosacruz sabe que a prática mística da prece não é tão somente a mais rica
em resultados, mas também o método mais lógico.
O místico afirma que tudo é possível no plano divino, exceto o que se oponha à própria natureza de
Deus. Por conseguinte, uma petição ou um pedido negativo é vão. Assim sendo, o místico não
solicita o impossível nas suas preces. Ele crê firmemente no princípio de causa e efeito e sabe que
é impossível pedir que uma lei, cujo desencadeamento ele próprio provocou, seja amenizada
em seu favor6.

Para Ralph Maxwell Lewis, a prece é eficaz quando a pessoa que ora
compreende a maneira como ela funciona, em conformidade com as leis
cósmicas estabelecidas por Deus, e ela se ajusta a isto nos seus pedidos. “O
místico não pede a realização completa de um projeto particular, mas antes a
iluminação que lhe permita, por seus esforços, realizar esse projeto 7”, aconselha
ele. E conclui dizendo que “tudo o que está em conformidade com as leis
cósmicas pode ser um dia realizado pelo ser humano. Nada é dado a ele, mas é
ele quem dirige e reúne os poderes cósmicos a que acessa para realizar seus
desígnios 8”. O método Rosacruz para orar requer uma reparação, ou “colocação
em estado de prece”, que consiste em se isolar num local calmo, se interiorizar
e depois invocar Deus no silêncio do seu coração, pois “não basta recitar uma
prece para se beneficiar do seu impacto espiritual e se harmonizar com a
Divindade. E preciso também se impregnar do seu sentido e vivê-la
interiormente”. E ainda aconselhado, além de dizermos preces extraídas de
livros sagrados, orarmos com nossas próprias palavras e com os sentimentos
que nos animam no decorrer da prece.
5 - 0 BUDISMO E O NEMBUTSU
Como cabe dizer o nembutsu? “Abandonai”, respondeu Küya Shônin.
Onembutsu é uma prática baseada na invocação do nome do Buda Amida, ou
seja, a repetição “Namu Amida Butsu”, que já descrevemos no capítulo sobre a
prece contemplativa. Amida Butsu significa “Buda infinito”. Segundo a
interpretação do mestre chinês Zendô, este Buda é dito “infinito” porque todos
aqueles que pensam nele são abraçados e nunca mais são abandonados9.
Quanto à atitude mental a manter durante o nembutsu, eis o que diz um outro
mestre desta prática, Ippen Shônin (1229 1289):
Vós me interrogais quanto à atitude mental que deveis assumir para com o nembutsu. Tudo o que é
exigido do devoto do nembutsu é que ele diga “Namu Amida Butsu’ e não há outra instrução que eu
vos possa dar. Ao dizerdes “Namu Amida Butsu’, encontrareis a vossa paz essencial10.

“Abandonar” é então tudo o que é exigido do devoto do nembutsu. “Que ele


abandone o saber, a sabedoria e a ignorância também; que ele abandone toda
noção do bem e do mal, de rico e de pobre, de nobre e de vil, de inferno e de
paraíso, bem como todas as espécies de satori que cultivam e ensinam as
diversas escolas de budismo. Rejeitando todas estas noções e estes desejos,
causas de confusão, entregai-vos inteiramente a dizer liNamu Amida Butsu 11”,
prossegue Küya Shônin. Ele salienta que é preciso recitar o nembutsu com um
“pensamento unificado”. Virá o momento para vós, prossegue ele, “em que
compreendereis que recitando “Namu Amida Butsu” não há nem Buda, nem Eu,
nem qualquer outro raciocínio a colocar antes”. O que faz supor que pela
repetição do nome do Buda a própria pessoa alcança budeidade, isto é, um
estado libertado do samsâra — da roda das reencarnações. O que redunda em
dizer que se impregnar do ideal que representa o estado de Buda “é tão eficaz,
se não até mais, do que pensar num Buda considerado como histórico”, enfatiza
Jean-Yves Leloup.
6 - 0 HINDUÍSMO E O BHAKTI YOGA
Vishnu-Krishna “só ama a pura bhakti, sendo tudo o mais supérfluo”, lê-se no
Bhagavad-Gita, um dos livros sagrados da índia (VII 7,52). Para alcançar a união
extática com Deus, “é indispensável repetir mentalmente o nome divino, cantar
os hinos, associar-se a homens santos 12”.
O bhakti, ou hinduísmo devocionista, tem raízes antigas. Ele ensina a devoção a Vishnu, Shiva ou a
Deusa, cria seu próprio culto puja, que substitui os sacrifícios védicos (yajna), e seus próprios textos,
como os agamas e os tantras B.

Num dos relatos fundamentais do Bhagavad Gita se descreve o amor que o


jovem Krishna inspira nas gopi (as jovens que cuidam dos animais domésticos)
e a rasa-lila, a dança do amor que ele dança com elas multiplicando-se de
maneira que cada gopi dança com ele.
E a via do amor, do abandono confiante ao Bhagavan 14 em quem se encontra refúgio. E a via da
adoração e do coração em que se considera o Divino como pai, mãe, filho, amigo, esposo, esposa,
amado ou mestre. Aqui o Divino é considerado muito mais como uma pessoa com quem se entra
em relação amorosa. Nesse yoga só se pensa nele (no Divino), repete-se incessantemente o seu
nome, seja interiormente, seja exteriormente (japa). Várias pessoas usam um rosário para ajudar
essa repetição. Só se canta ele, só se dança ele. Nele a pessoa se perde. Nele a pessoa se funde; às
vezes até se recusa a se identificar com ele para melhor desfrutá-lo15.

Ojapa é a prece que repete o nome de Deus na inalação e na exalação. Sua


prática leva à contemplação da divindade suprema, simbolizada principalmente
por Brahma, Vishnu e Shiva, a trindade divina hindu. O místico vive
continuamente na presença de Deus. Ele o implora nas suas preces e lhe presta
homenagem por seus cantos de louvor. Aspira com todo o seu ser à união divina
e à libertação das correntes terrenas. Segundo A Doutrina Secreta da Deusa
Tripurá, “para se obter a libertação é preciso aspirar a ela com a mesma paixão
que um ser humano queimado em todo o seu corpo dedica a buscar contato com
água fresca”, explica Robert Blais na sua obra sobre a felicidade 16. Para Má
Ananda Moyí, mística indiana, “a angustia não vos deixará enquanto não tiverdes
encontrado Deus. Se a pessoa quer conseguir isto precisa praticar a repetição
do seu nome, contemplá-lo, adorá-lo, cantar seus louvores. Não existe para o
ser humano nenhum outro caminho que leve à suprema beatitude 17”.
7 - A CABALA E A ATRAÇÃO DOS INFLUXOS DIVINOS
Desde Moisés os cabalistas atribuem um poder muito grande à prece do justo
(denominado tsadik), um poder capaz de atrair os influxos divinos para o mundo
(denominado Malkhut), de instaurar a realeza de Deus (denominada Kether) e
de reconstruir o Santuário (ou seja, o Shekinah) no próprio coração do místico.
A união de Kether e de Malkhut, os dois sefirot extremos da Arvore da Vida, deve
fazer o ser humano reencontrar sua natureza divina original. Segundo o Sepher
Yesirah, ou Livro da Criação, os dez sefirot que compõem a Arvore da Vida são
receptáculos que recebem a luz incriada, a qual se obscurece cada vez mais à
medida em que desce para o mundo criado. Charles Mopsik, em Os Grandes
Textos da Cabala, explica que “na cabala, a prece tenta atrair os influxos divinos
para aqui embaixo, no seio das emanações inferiores. Ela tem também por
função atrair para o alto a derradeira emanação, para que ela se reúna aos graus
superiores 18”.
Segundo os cabalistas, o poder de Deus seria reforçado ou enfraquecido
conforme os atos dos seres humanos. Esses “poderes” se referem aos dez
sefirot que são as emanações saídas de Deus no momento da criação do
universo. “A ajuda que Deus pede ao ser humano é uma convocação para ele
se associar à sua obra e orar em seu favor”, explica ainda Charles Mopsik.
Assim, o Talmude diz que Moisés, ao receber a Torah, ergueu as mãos para o
céu orando assim: “e agora, então, que cresça a força de YHVH” (Nb 14,17), e
que isto teve um. efeito imediato, pois sua breve prece permitiu reforçar a
misericórdia de Deus para com os seres humanos. Como ocorreu isto? Pela
menção do Tetragrama (YHVH), que é o nome de Deus identificado com seu
atributo de misericórdia.
Ezra ben Salomon, um dos discípulos do rabino Isaque o Cego, relata as
proposições do seu mestre relativamente à atitude ideal do místico judeu durante
a prece:
Trata-se de reunir o nome de Deus nas suas letras e aí incluir os dez sefirot, assim como a chama
ligada à brasa... Esta operação é realizada por meio da pronúncia oral dos substitutos do
Tetragrama, e da pronúncia, interior e simultânea, do próprio Nome sagrado.

O judeu que não tem o direito de pronunciar o nome de Deus usa substitutos do
Tetragrama, que são todos os outros nomes dados a Deus, como AHIE, Elohim,
El Sabaot, e dos quais o mais usado é Adonai. Para os cabalistas, uma união a
Deus se produz no decorrer da prece dita com fervor. Exercendo uma ação
teúrgica, o místico é então capaz de reconstruir o Santuário interior no seu
coração. Uma antiga prece cabalística será dada no capítulo sobre os efeitos
espirituais da prece. Em suma, a prece, embora tenha uma prática diferente de
um místico para outro, demonstra-se não obstante eficaz para se alcançar a
união divina. É verdade que certas características persistem, como a purificação
preliminar, a invocação do nome de Deus, a concentração, o fervor e o estado
interior daquele que ora. Como para todo músico que toca um instrumento, este
deve estar no diapasão e sua maestria é essencial, mas, tendo chegado a um
certo grau de prática, o que distingue o técnico do artista é esse “toque de amor”
que o artista acrescentará à sua virtuosidade. A prece é também mais uma arte
do que uma técnica, no fato de que ela é de início uma “meditação que tem um
coração 19”.
A arte de orar dos místicos
1. COHEN (Laurent), l^e Maitre desfrontières incertaines [O Mestre das fronteiras incertas], Paris, Le
Seuil, 1994.
2. KAPLAN (Aryeh), La Méditation et la Bible [A Meditação e a B íblia], prefácio de Marc-Alain
Ouaknin, Paris, Albin Michel, 1993.
3. RANDOM (Michel), Mauslana: Djalál-ud-Din, Rümi, lesoufisme et la danse [Djalál-ud-Din, Rümi, o
sufismo e a dança [, Tunis, Sud-Éditions, 1980.
4. ANGELE DE FOLIGNO, Le livre des visions et instructions de la bien-heureuse Angéle de Foligno [O
livro das visões e instruções da bem-aventurada Angéle de Foligno], Paris, Le Seuil, col. « Points
Sagesses», 1991, pág. 184' 185.
5. LEW IS (Ralph Maxwell), Le Sanctuaire intérieur [O Santuário interior], Le Tremblay, Diffusion
Rosicrucienne, 1995, pág. 110.
6. Idem.
7. Ibidem, pág. 111.
8. Idem.
9. LELOUP (Jean-Yves), Ecrits sur l'hésychasme |Escritos sobre o hesicasmo], Paris, Albin Michel,
col. « Spiritualités vivantes », 1990, pág. 158.
10. Idem.
11. Ibidem, pág. 159.
12. EL1ADE (M ircea), Dictionnaire des religions [Dicionário das religiões], Paris, Plon, 1990, pág. 192.
13. Ibidem, pág. 190.
14. Bhagavan é urna das denominações da realidade suprema, assim com o Brahman,
exceto pelo fato de que ele é o aspecto personificado da realidade suprema, ao passo que
Brahman é percebido como a realidade suprema no seu aspecto impessoal.
15. DAS (Kalpana), VACHON (Robert), LHindouisme [O Hinduísmo], Montreal, Éditions
Guérin, 1987, pág. 49.
16. HULIN (Michel), L inde des sages [A India dos sábios [, Paris, Éditions du Félin, Philippe
Lebaud, 2000, pág. 134. Citado por BLAIS (Robert) em Chemins de bonheur [Sendas de felicidade],
obra inédita.
17. Mâ ANANDA MOYI, LEnseignement de M á Ananda Moyi [O ensinamento de M á Ananda Moyi],
traduzido por Josette Herbert, Paris, Albin Michel, col. “Spiritualités vivantes”, 1974, pág.
206.
18. M OPSIK (Charles), Les Grands Textes de la Cabale [Os Grandes Textos da Cabala], Lagrasse,
Verdier, col.« Les Dix Paroles », 1993.
19. LELOUP (Jean-Yves), op. cit., pág. 118

AlceWebs 2019

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