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Unidade 2: EaD
Então, em algumas é assim que funciona e funcionará por muitos anos, mas, e
as outras sobre as quais falei que se modernizam a cada dia? O que é isso?
Como ocorre e como percebemos essa modernização?
Ah, ok, eu tenho cartão de crédito, mas vou à Paris agora, como você, sem tirá-
lo da minha carteira. Duvida? Então, bon voyage pour nous!1
http://www.louvre.fr/accueil
E aí, gastou quanto por isso? Nada! E foi divertido, não foi? O mesmo você
pode fazer para conhecer qualquer lugar do mundo!
Certa vez fui para Bariloche e tive uma grande curiosidade de saber como as
pessoas estavam se vestindo por lá. Antes de viajar, eu quis saber sobre o
clima e, assim, pude arrumar minha mala com mais tranquilidade, levando
exatamente o que seria necessário vestir.
http://www.bariloche.com.ar/camaras/centro-civico-infoespacio.html
Nele você pode ver imagens atualizadas a cada trinta segundos. Para meu
objetivo, arrumar a mala com roupas adequadas à temperatura, foi muito útil,
não concorda?
1
Boa viagem para nós! (tradução do francês).
2
Aí está! É o museu do Louvre! (tradução do francês).
3
Deu para perceber o quanto a internet pode nos ajudar? Encontramos de tudo
nela, das coisas mais corriqueiras às mais complexas. É uma ajuda e tanto na
sala de aula!
É disso que estou falando. Refiro-me à ampliação do espaço escolar para além
das paredes da sala de aula e, mais ainda, para além dos muros da escola!
Assim, lhe pergunto: podemos viver sem tecnologia? Não, não mesmo e isso
inclui a escola.
O que precisamos saber é que nem sempre foi assim. Nem sempre a
educação contou com recursos tão modernos, como a lousa digital, por
exemplo, para auxiliá-la.
Quando, em pleno século XXI pensamos em EaD, na hora nos vem à mente
um computador conectado à Internet.
Ah, eu penso nisso também, mas, nem sempre foi assim e, ainda hoje,
encontramos iniciativas que fazem EaD sem computador, ou, sem Internet. É
verdade!
Você já ouviu falar do Instituto Universal Brasileiro? Ele está há mais de setenta
anos no mercado, oferecendo diversos cursos à distância.
Hoje, o IUV tem até site e vende cursos pela Internet, como o de Unhas
decoradas ou de Comida árabe. Ainda apoia-se nas apostilas, mas elas estão
digitalizadas e você pode estudar em seu computador.
Viu que EaD é muito mais que Internet? Podemos dizer, diante disso, que
houve várias gerações de produção de EaD. Vamos conhecê-las?
A cada época a EaD utilizou-se de determinadas mídias através das quais ela
pôde acontecer. Cada um destes momentos específicos ficou conhecido como
“geração”.
As 3 gerações da EaD
Geração Características
Estudo por correspondência, no qual o principal meio
de comunicação eram materiais impressos, geralmente
1ª
um guia de estudo, com tarefas ou outros exercícios
enviados pelo correio.
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Moore e Kearsley publicaram este livro em 1996. De lá para cá, muitas coisas
mudaram, assim, houve a necessidade de ampliar sua classificação. A partir
deste quadro, temos que as gerações de EaD, portanto, são cinco (In:
http://ftp.comprasnet.se.gov.br/sead/licitacoes/Pregoes2011/PE091/Anexos/Eve
ntos_modulo_I/topico_ead/Aula_02.pdf, adaptado de MOORE, M.; KEARSLEY,
G. 1996:
Aqui, a interação era entre aluno e material. Ainda, como na geração anterior, o
indivíduo estudava sozinho, assistindo aos vídeos ou ouvindo sons preparados
pela equipe. O contato era raro entre alunos e tutores.
Esta foi uma geração que preparou o que temos na atualidade. Foi muito
importante e marcou, definitivamente, o fazer EaD.
5ª geração – 2000
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Ah, esse modelo soa familiar, não é? Na UNIP Interativa ministramos aulas
virtuais, nas quais os professores vão aos estúdios da universidade para gravá-
las e, depois, as mesmas são disponibilizadas para você, que interage, a partir
da mesma, com seus colegas e professores.
docência.
Veja, os recursos com os quais contamos nos dias de hoje requerem que
nossos conhecimentos e dúvidas desenvolvam-se num fazer apurado e
reflexivo.
Reflexão, sempre!
Para isso, discutiremos agora quem são as personagens do EaD. Quem faz
EaD acontecer? Quais os diferentes papéis necessários que devem ser
assumidos pelos protagonistas neste processo de ensinar e aprender?
<Observação – início>
<Observação – fim>
Se EaD é uma
Os tutores podem ser personagens que estão indicando, todo o tempo, o que
fazer, onde clicar, o que acontecerá em seguida ao clique, ou seja, eles são
programados para monitorar toda a navegação dos participantes, já antevendo
possíveis percursos e oferecendo possibilidades.
Claro que não se comparam aos tutores “de verdade”, de carne e osso... Gente
é sempre melhor do que programa de computador.
Programa de computador só faz aquilo que alguém já pensou por ele, mas não
toma decisão, não escolhe o que fazer.
O papel do tutor pode, porém, ser outro. Este papel se amplia a partir da
possibilidade de interação, propiciada pelas tecnologias digitais interativas. É
aqui que entra o tutor “de verdade”. Aquela pessoa para quem pedimos socorro
quando precisamos ou para quem desejamos um bom final de semana após
árduos dias de trabalho diante da máquina.
E, para sentir que há alguém ali, será através do texto produzido por ele(a) que
vamos perceber. Será uma palavra amável, uma indicação gentil de algo que
devemos saber melhor, ou na demonstração de um errinho nosso que se
desenrolará o relacionamento com o tutor.
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<Lembrete início>
O tutor é uma figura fundamental no processo de EaD. É ele quem faz a
mediação entre alunos, conteúdos e professores.
<Lembrete fim>
Uma outra figura importante, sem a qual não há o curso, é o aluno. Ele tem
funções primordiais para o bom andamento de qualquer projeto em EaD. Sem
sua participação nenhum curso terá vida, não se constituirá como ação
pedagógica.
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Quanto a ele, o curso, é de suma importância que ele seja interativo, ou seja,
que o aluno possa sentir que tem amis alguém por lá.
Os alunos dão vida, como já disse, aos cursos. Sem sua voz, não se fala com
ninguém.
Agora, pense num curso em EaD em que os materiais são tal como no ensino
presencial – textos xerocados, por exemplo, aqui são digitalizados. Há
questionários intermináveis que devem ser respondidos e encaminhados por e-
mail para o(a) tutor(a), o qual lhe atribuirá uma nota pelas respostas.
Não há vídeos, sons ou bonequinhos andando pela tela e sorrindo para você.
Só há textos, intermináveis páginas com textos e mais textos. O que você acha
desse curso?
Certamente ficou cansado e torcendo para não ter que realiza-lo, certo? Sou
sua parceira nesse sentimento. Também não quero isso para mim.
Pois bem. Essa é a parte em que eu lhe digo: todo curso em EaD tem que
prever a interação. Mais que interatividade, a troca, a parceria, a construção de
laços e vínculos entre os elementos ou personagens de um curso nesta
modalidade de ensino.
Educação é interação, assim, todo curso deve ser interativo e contar com a
colaboração dos participantes para promover e fortalecer a aprendizagem!
<Observação início>
Vou contar uma coisa para você: sou professora em EaD desde 2002 quando
iniciei o Mestrado na PUC-SP. Foi tudo assim, meio de sopetão. Quando me
dei conta, já estava lá, ensinando, aprendendo, criando... Percebo as
potencialidades do EaD a cada dia crescendo e um mundo se abrindo a partir
dele. É emocionante estar num curso em EaD e conhecer as pessoas à
distância!
<Observação fim>
Cada vez mais as pessoas têm menos tempo para se deslocar entre a cidade
em que moram e trabalham. São questões desde grandes distâncias até os
terríveis engarrafamentos que fazem com que percamos, em média, duas
horas desde a saída do ponto inicial até a chegada a um ponto que pode ser o
intermediário, considerando que saímos do trabalho para o local de estudo e só
de lá e que vamos para casa.
Assim sendo, uma opção pertinente é EaD. Buscar cursos que podem ser
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Não é só responder aos questionários, mas não pode deixar de fazê-los. Não é
decidir entrar sempre à noite, ao final do trabalho, pois você poderá estar muito
cansado(a) e os olhinhos não abrirem o suficiente para ler os materiais e
assistir às apresentações. Não é pensar que clicar na setinha que faz virar a
página o conteúdo terá sido entendido.
Diante disso, vai a pergunta para ser completada: Por que EaD? Você escolheu
a modalidade EaD pois (aqui vai sua resposta).
Então, reflita: você optou por essa modalidade, pois se sente motivado a
estudar em EaD ou é uma necessidade que você tem (independente do seu
motivo)?
Ainda, de acordo com Lieb (1991), citado por Rurato, Gouveia & Gouveia
(2007, p. 87), há seis fatores que servem de motivação ao aprendente:
especial a primeira, ou seja, ter um upgrade em sua carreira, que poderá levar
a promoções, aumento de salários e diversas outras vantagens que todo
profissional deseja obter.
A questão aqui não é levar à discussão se estou em EaD por que gosto ou por
que preciso. O que deve ser levado em consideração é se tenho o perfil para
ser aluno(a) em EaD.
Diante do exposto, espero que você esteja satisfeito por ter feito a escolha
correta e continue buscando outros cursos – em EaD ou em educação
presencial - para aprimorar-se cada vez mais como profissional.
Essa questão de como estabelecer a carga horária para estudos via Internet é
muito curiosa. Como saber qual será o ritmo de cada aluno. Alguns realizarão
as atividades propostas com muita facilidade, com muita rapidez. Outros vão
demorar mais do que foi imaginado e outros nem conseguirão terminar.
Uma vez uma aluna me perguntou sobre como saber exatamente quanto de
seu tempo seria consumido no curso (ela estava escrevendo o curso e
pretendia vendê-lo).
Minha resposta foi simples (ou não). Fiz a seguinte pergunta: para docente ou
para alunos? É aí que está a diferença e é em cima disso que devemos nos
prender: qual seu foco?
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Caso você pense em realizar chats, aí cada conversa deve ter em torno de
sessenta minutos, pois é um tempo razoável para falar com os alunos, ouvi-los,
discutir questões previamente indicadas e tomar decisões a partir delas. Nesse
caso, um resumo do chat precisa ser feito para que um aluno que, porventura
não tenha conseguido estar presente, possa, em seu tempo, acompanhar as
discussões e posicionar-se nos fóruns.
<Observação – início>
Você quer uma “formulinha”, não é? Já disse que aqui não é o espaço para
apresentação de fórmulas ou receitas prontas, lembra-se? Ainda assim, lá via
uma dica: procure pensar que, para o aluno, seria interessante planejar-se para
estudar por, pelo menos, duas horas diárias e, para o tutor, pelo menos uma
hora diária de acompanhamento dos fóruns e atividades postadas para cada
unidade, ok?
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<Observação – fim>
Todo(a) bom(a) tutor(a) de curso em EaD precisa estar presente, mesmo que
fisicamente longe. E, como eu já disse aqui nesse material, é através de seu
texto que conseguirá fazê-lo.
Situação 1
O aluno 1 faz uma pergunta. O tutor responde de forma seca, objetiva por
demais.
O aluno 2 acrescenta que não entendeu bem. O tutor refaz a resposta, mas
continua distante.
O aluno 3 decide nem participar.
Situação 2
O aluno 1 faz uma pergunta. O tutor responde de forma atenciosa, objetiva,
mas propondo desmembramento da questão e sugere que os demais alunos
coloquem-se.
O aluno 2 coloca-se e acrescenta que não entendeu bem. O tutor refaz a
resposta, apresentando novos exemplos, trazendo a questão da dúvida para a
realidade prática.
O aluno 3, que não é muito ativo, decide participar pois é convidado pelo tutor.
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Responda:
<Resumo – início>
Resumo
Nesta unidade foi possível conhecer um pouco mais sobre EaD – as gerações
pelas quais passou e vem passando e seu desenvolvimento.
Pudemos perceber, assim, que EaD não é uma modalidade tão recente, não é
mesmo? O que aconteceu foi que, especialmente devido à inserção das TICs –
Tecnologias da Informação e de Comunicação - no ensino, muita coisa mudou
e ainda tem a mudar.
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Foi um grande salto, realmente, que não nos deixa mais voltar aos tempos
antigos, quando só se aprendia formalmente indo à escola.
Sempre repito isso! Você está aqui, estudando Didática do Ensino Superior:
Cases de Qualidade, pois escolheu EaD para concluir sua pós graduação. Já
pensou nisso?
<Resumo – fim>