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ESTADO DE SANTA CATARINA

CONSELHO ESTADUAL DE TRÂNSITO – CETRAN/SC

ATA SESSÃO ORDINÁRIA N.º 013/2015

Aos trinta e um dias do mês de março de 2015, às 07:00 horas, reuniram-se nas
dependências do CETRAN, situado na cidade de Florianópolis – SC, bairro Estreito, rua
Ursulina de Senna Castro, 226, os membros do CETRAN/SC em sessão Ordinária, com a
presença dos seguintes conselheiros; Luiz Antonio de Souza – Presidente; José Vilmar
Zimmermann – FECTROESC; Áureo Sandro Cardoso - PMSC; José Leles de Souza –
ICETRAN; Osmar Ricardo Labes – FETRANCESC; João Marcelo Fretta Zappelini -
DETRAN; Celso Luiz Muller de Faria – DEINFRA; José Carlos Chico Pereira –
Florianópolis; Eduardo Bartniak Filho – Joinville; Paulo Evandro Raymundi –
Blumenau; Emannuelle Eccel Rachadel – Sociedade; Dando início à verificação do
expediente, o Sr. Presidente registra o recebimento do e-mail encaminhado pelo Policial
Militar Rafael Meneghel Vieira, que exerce funções na Guarnição Especial de Braço do
Norte, questionando como notificar o condutor de um veículo de tração animal ou de
propulsão humana, bem como um veículo que não foi registrado e, por esse motivo, não
apresenta a placa, item obrigatório quando do preenchimento do AIT. Ainda, questiona se
os Pareceres deste Conselho possuem caráter facultativo ou força de lei. Após o breve
debate que seguiu, a consulta foi encaminhada ao Conselheiro José Vilmar Zimmermann
para estudo e elaboração da manifestação que o caso requer. Em seguida, dá conta do
recebimento da consulta formulada pelo Comandante da Polícia Militar de Major Gercino,
Márcio Meyer, que questiona aonde o condutor/infrator deverá apresentar o veículo
quando lhe é estipulado prazo para regularização em virtude de alguma irregularidade,
quem deve restituir um veículo retido – se a própria Polícia Militar que aplicou a medida
administrativa ou a CITRAN -, bem como a quem deve ser feita a restituição, se somente
ao proprietário ou também é possível fazê-la ao condutor. Após o debate que seguiu, a
consulta foi encaminhada ao Conselheiro José Vilmar Zimmermann para estudo e
elaboração da manifestação que o caso requer. Na sequência, acusa o recebimento da
consulta formulada pelo Diretor Executivo do Consórcio de Informática na Gestão Pública
Municipal – CIGA, Gilsoni Lunardi Albino, que, após discorrer apresentação sobre o
consórcio público e seus objetivos, questiona se, tendo em vista a possibilidade do
acesso ao banco de dados do RENAVAM e RENACH autorizado pelo DENATRAN, o
Departamento Estadual de Trânsito possui a prerrogativa de fornecer aos municípios
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consorciados ao CIGA o acesso aos dados cadastrais dos veículos registrados e dos
condutores habilitados, para fins de imposição e notificação de penalidades e de
arrecadação de multas aos Órgãos Municipais integrados ao Sistema Nacional de
Trânsito. A consulta foi seguida de um amplo debate, sendo designado o Conselheiro
José Vilmar Zimmermann para estudo e elaboração de Parecer. Encerrados os assuntos
de expediente, o Sr. Presidente passa a palavra aos demais. O Conselheiro José Leles de
Souza comenta que foi solicitado à Câmara Temática de Educação para o Trânsito e
Cidadania que estudasse a possibilidade de os exames veiculares serem realizados com
tecnologia embarcada - como sensor de ré e sensor de uso do cinto de segurança -, e os
representantes de Belo Horizonte se propuseram a realizar as pesquisas e testes – onde
os condutores em habilitação e habilitados realizarão os mesmos exames em veículos
com e sem a citada tecnologia -, para que possa verificar até onde tal existência interfere
ou não na aprendizagem. Passada a palavra, o Conselheiro José Vilmar Zimmermann
apresenta o voto Revisor ao Parecer apresentado pelo Conselheiro Relator André Gomes
Braga na Sessão Ordinária n.º 044/2014, realizada em 04/11/2014, acerca dos efeitos
jurídicos do ato administrativo exarado na ocorrência do falecimento do proprietário do
veículo, tendo ele recorrido ou não do auto de infração de trânsito lavrado pelo Estado,
visto que, em tese, no caso de anulação do referido auto, estaria caracterizada renúncia
de receita corrente, por divergir do posicionamento apresentado. Passou a leitura:
“PARECER/CETRAN/SC; Interessado: Piotr Krzeminski Junior – Coordenadoria de
Recursos do DETRAN; Assunto: Óbito do proprietário do veiculo e os efeitos jurídicos do
auto de infração lavrado; Relator: André Gomes Braga; Revisor: José Vilmar
Zimmermann; EMENTA: O falecimento opera a extinção das penas de caráter subjetivo
(advertência por escrito, suspensão do direito de dirigir, cassação do documento de
habilitação e frequência obrigatória em curso de reciclagem). As multas de trânsito
constituem obrigações propter rem e, nesta condição, a responsabilidade quanto ao seu
pagamento, perante a autoridade de trânsito, será sempre daquele que detiver o domínio
sobre o bem. Precedentes deste Conselho. Na hipótese de falecimento do dono do
veículo, as multas acompanham o bem, transmitindo-se a responsabilidade pelo
pagamento a quem quer que venha a sucedê-lo na qualidade de proprietário. I. Consulta:
1. A presente consulta tem por objeto manifestação deste Colegiado a respeito das
consequências que o falecimento do proprietário do veículo acarreta às multas
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inadimplidas, figurantes dos assentamentos cadastrais do bem. 2. O Conselheiro André


Gomes Braga examinou originalmente a questão e proferiu parecer que restou assim
ementado: A morte do proprietário do veículo com pendência de multa de trânsito
resultará na perda do objeto e consequente extinção do direito de punir da Administração
Pública em relação às sanções previstas no Código de Trânsito Brasileiro, conforme
preconiza o art. 107, I do C.P, o qual se aplica subsidiariamente ao Código de Trânsito. A
extinção do direito de punir da Administração Pública deverá ocorrer em qualquer fase do
processo administrativo, mediante comprovação da morte do referido proprietário através
do atestado de óbito, naqueles casos em que a multa for de responsabilidade do
proprietário, bem como nas infrações de responsabilidade do condutor em que não tenha
ocorrido a identificação do infrator. 3. Sem desmerecer o laudatório posicionamento do
ínclito Relator, este Conselheiro se vê compelido a discordar, destacando que há
precedentes neste Conselho apontando em sentido diametralmente oposto, conforme
adiante assentado. II.Fundamentação técnica: 4. O preclaro Relator fundamenta seu
parecer no art. 107 do Código Penal Brasileiro, com espeque no princípio insculpido no
art. 5º, inciso XLV, da Constituição Federal vigente, que sustenta que a pena não deve
passar da pessoa do condenado. Ocorre que, como bem observou o Relator, esses
ditames são aplicáveis às penas que possuem caráter pessoal. É justamente nesse
aspecto que reside o dissenso. 5. No Parecer nº 118/2011, aprovado por unanimidade,
esta Casa asseverou que a multa imposta por infração de trânsito equivale a um ônus de
natureza real, assumindo as feições de uma verdadeira obrigação propter rem, já que
acompanha o veículo com quem quer que ele esteja. Apregoou-se, taxativamente,
que, com fundamento na Resolução/CONTRAN nº 108/99, c/c §3º do art. 282 do CTB, ao
assumir a titularidade do veículo, o adquirente passa a ser responsável pelo pagamento
das multas a ele vinculadas, ainda que as infrações tenham sido praticadas sob o
domínio do antigo proprietário. Tal parecer também restou sedimentado na doutrina de
Julyver Modesto de Araújo: Ao analisar as penalidades aplicáveis às infrações de trânsito,
previstas no art. 256 do CTB, combinado com a regulamentação específica de cada uma
delas, é possível dividi-las, didaticamente, em dois grupos, considerando o quê ou quem
será diretamente atingido por seus efeitos; teremos, portanto, as penalidades objetivas,
por se referirem ao objeto (veículo), que são a multa e a apreensão do veículo e as
penalidades subjetivas, por se direcionarem ao infrator: advertência por escrito,
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suspensão do direito de dirigir, cassação do documento de habilitação e frequência


obrigatória em curso de reciclagem. Analisando sob esta óptica, veremos que o legislador
preocupou-se em criar formas de determinar a responsabilidade, seja pelo tipo de
infração cometida (art. 257, §§ 1º a 6º), seja pela informação do real infrator (artigo 257,
§7º) ou pela obrigatoriedade criada ao antigo proprietário do veículo, que pode se tornar
responsável subsidiariamente em decorrência de sua desídia (artigo 134), tudo isso com
o objetivo de tornar possível a aplicação das penalidades subjetivas, já que as objetivas
(multa e apreensão do veículo) independem da análise sobre quem é o infrator,
sendo aplicadas diretamente sobre o objeto, de acordo com a previsão legal em
cada infração de trânsito. (1). 6. Diante desta lição, o CETRAN/SC apregoou que “as
multas incidem sobre o veículo e, via de regra, é irrelevante saber quem cometeu a
infração, já que a responsabilidade quanto ao seu pagamento, perante a autoridade de
trânsito, será sempre daquele que detiver o domínio sobre o bem, ou seja, daquele que
constar como proprietário nos assentamentos cadastrais do veículo”. 7. Os tribunais
pátrios confirmam que a multa de trânsito é um ônus que acompanha o veículo: MULTA
DE TRÂNSITO. (...) Infração cometida por anterior proprietário de veículo, antes da
transferência. Sistema desatualizado do DETRAN, que não apontou a existência de multa
pendente, na época da transação e possibilitou a expedição de novo certificado de
registro do veículo, sem a quitação da multa. Ônus que acompanha o veículo.
Obrigação propter rem. Descabida a repetição do indébito. (...). Demanda
improcedente. Recurso não provido. (TJ-SP - APL: 17212120108260136 SP 0001721-
21.2010.8.26.0136, Relator: Edson Ferreira, Data de Julgamento: 23/11/2011, 12ª
Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 24/11/2011). 8. Assim, podemos defender
que o falecimento opera a extinção das penas de caráter subjetivo: advertência por
escrito, suspensão do direito de dirigir, cassação do documento de habilitação e
frequência obrigatória em curso de reciclagem. No entanto, a multa, enquanto obrigação
propter rem, segue o veículo em obediência ao princípio da sequela. 9. Sílvio de Salvo
Venosa conceitua ônus reais “como o gravame que recai sobre uma coisa, restringindo o
direito do titular de direito real” (2). Já Carlos Roberto Gonçalves afirma que “são
obrigações que limitam o uso e gozo da propriedade constituindo gravames ou direitos
oponíveis erga omnes” (2). Maria Helena Diniz afirma que os ônus reais “são obrigações
que limitam a fruição e a disposição da propriedade. Representam direitos sobre coisa
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alheia e prevalecem erga omnes”(3) 10. Nas obrigações propter rem, o vínculo não se
estabelece com uma pessoa determinada, mas com quem quer que seja o titular do
direito real. Dessa forma, na hipótese de falecimento do dono do veículo, o gravame
acompanha o bem, transmitindo-se a quem quer que venha a sucedê-lo na qualidade de
proprietário. 11. Nesse tipo de ônus, devedor fica obrigado a determinada prestação em
razão de ser titular de um direito sobre uma coisa e não por conta de sua manifestação
de vontade (expressa ou tácita). 12. No caso em apreço, o que o torna a pessoa
devedora da multa não é o fato de ter cometido uma infração, mas sim o fato de ser
proprietária do bem. Essa obrigação não prende o devedor pessoalmente, mas apenas
em virtude de sua condição de titular do domínio e enquanto essa se mantiver. A
obrigação propter rem é ambulat cum dominio, isto é, se transfere com o domínio
sobre o bem real, independentemente de qualquer convenção entre as partes. III.
Considerações finais: 13. Diante do que restou acima alinhavado, é lícito concluir que:
a) o falecimento opera a extinção das penas de caráter subjetivo (advertência por escrito,
suspensão do direito de dirigir, cassação do documento de habilitação e frequência
obrigatória em curso de reciclagem); b) as multas de trânsito constituem obrigações
propter rem e, nesta condição, a responsabilidade quanto ao seu pagamento, perante a
autoridade de trânsito, será sempre daquele que detiver o domínio sobre o bem; c) na
hipótese de falecimento do dono do veículo, as multas acompanham o bem, transmitindo-
se a responsabilidade pelo pagamento a quem quer que venha a sucedê-lo na qualidade
de proprietário. Contribuiu na elaboração do presente parecer o especialista em trânsito e
ex-conselheiro, Rubens Museka Junior”. Considerando a ampla discussão que seguiu a
leitura, o Conselho entendeu por estabelecer um prazo de trinta dias para que seja
possível aprofundar os estudos sobre os posicionamentos firmados, após o qual a
questão será submetida à votação. Encerrando as participações, o Conselheiro Osmar
Ricardo Labes comenta a notícia divulgada na edição de março do jornal O MONATRAN,
intitulada “Banidos em Paris”, da qual consta que a prefeita da cidade luz está à frente de
uma idéia que irá banir das ruas do centro da metrópole veículos fabricados antes de 31
de dezembro de 1996, caminhões fabricados antes de 30 de setembro de 1997 e
automóveis de uso comercial e ônibus fabricados antes de 30 de setembro 2001, o que
seria o primeiro passo rumo à diminuição do trânsito e da poluição. Do mesmo jornal, o
Conselheiro realiza leitura do artigo “maconhômetro na Colômbia”, dando conta da
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criação de um dispositivo similar ao bafômetro, usado para identificar se um motorista


consumiu maconha ou outro alucinógeno. O aparelho ainda está em “processo de
socialização” na Colômbia para ser conhecido por moradores locais. Terminadas as
explanações, passou-se ao julgamento dos processos.
RECURSOS DE PARTICULARES

ÓRGÃO DE Nº DO DECISÃO
TRÂNSITO PROCESSO
DRP DE SÃO JOSE 5/2013 INDEFERIDO
FUMTRAN 113/2013 INDEFERIDO
DETRAN 499/2013 INDEFERIDO
DRP DE CRICIUMA 3/2014 INDEFERIDO
DETRAN 1025/2014 INDEFERIDO
DETRANSJ 3/2013 INDEFERIDO
IPUF 297/2013 INDEFERIDO
DETRAN 21/2014 INDEFERIDO
DRP DE JOINVILLE 38/2014 DEFERIDO
FUMTRAN 116/2013 DEFERIDO
DETRAN 30/2013 DEFERIDO
DRP DE SÃO JOSE 43/2013 DEFERIDO
DRP DE CRICIUMA 4/2014 DEFERIDO
FUMTRAN 117/2013 DEFERIDO
DITRAN GASPAR 13/2012 DEFERIDO

Verificada a necessidade de deliberação dos assuntos pendentes, o Senhor Presidente,


nos termos do Art. 6º., caput e inciso XI, art. 7º., caput e inciso I, art. 9º., caput e inciso III
e art. 12, caput, do Regimento Interno do CETRAN (Decreto n. 1.637/2004), convoca
reunião Extraordinária a ser realizada a seguir, precisamente às 09:00 horas. E, para
constar, eu Maria Fernanda Martins, Secretária Executiva Ad Hoc, lavrei a presente ata
que digitei e assino.
____________________
Luiz Antonio de Souza
Presidente
____________________
Maria Fernanda Martins
Secretária Executiva Ad Hoc

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