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9.

Edição e distribuição IttVEttTÁRIO DE SlttTOMAS PSICOPATOLÓGICOS (asl)


Uma revisão crítica dos estudos realizados em Portugal
Encontra-se em curso o processo de preparação da edição e co- Maria Cristina Canavarro
mercialização da BANe.

10. Contacto com os autores Introdução


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Mário R. Simões. Serviço de Avaliação Psicológica. Faculdade de o presente texto retoma, descrevendo e actualizando, os princi- :z
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z:
.<t Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. pais estudos psicométricos realizados em Portugal com o Inventário ~
o
L
w Rua do Colégio Novo, Apartado 6153, 3001-802 Coimbra. [endere- o
(f) de Sintomas Psicopatológicos (Canavarro, 1999) que constituem m
..J
ço electrónico: simoesmr@fpce.uc.pt] ~
<t a adaptação portuguesa do Brief Symptom Inventory (BSI) de L. :z
--i
'"crw Derogatis (1982). Através da referência a estudos recentes realizados
o
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em grupos particulares (clínicos e outros) é também objectivo deste
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texto revelar as possíveis utilizações deste instrumento de avaliação .
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1. Indicações o
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1.1. Dimensões avaliadas


304
305
Este inventário avalia sintomas psicopatológicos em termos de
nove dimensões de sintomatologia e três Índices Globais, sendo, estes
últimos, avaliações sumárias de perturbação emocional. ~
r-
s
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As nove dimensões primárias foram descritas por Derogatis (1993, ».
o
pp. 7-10) da seguinte forma: ""Cl
(f)

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r-
Somatização: Dimensão que reflecte o mal-estar resultante da per- o-
9
n
cepção do funcionamento somático, isto é, queixas centradas nos »
sistemas cardiovascular, gastrointestinal, respiratório ou outro
qualquer sistema com clara mediação autonómica. Dores locali-
zadas na musculatura e outros equivalentes somáticos da ansieda-
de são igualmente componentes da somatização (inclui sete itens:
2, 7,23,29,30,33 e 37).
Obsessões-Compulsões: Inclui sintomas identificados com a sindro-
ma clínica do mesmo nome. Esta dimensão inclui as cognições,
impulsos e comportamentos que são percepcionados como persis-
tentes e aos quais o indivíduo não consegue resistir, embora sejam
ego-distónicos e de natureza indesejada. Estão também incluídos
nesta dimensão comportamentos que indicam uma dificuldade
cognitiva mais geral (inclui seis itens: 5, 15,26,27,32 e 36).
.,
Sensibilidade lnterpessoal: Esta dimensão centra-se nos sentimentos controlo de pensamento. A escala fornece um contínuo graduado
de inadequação pessoal, inferioridade, particularmente na com- desde o isolamento interpessoal ligeiro à evidência dramática de
paração com outras pessoas, A autodepreciação, a hesitação, o psicose (inclui cinco itens: 3, 14,34, 44 e 53).
desconforto e a timidez, durante as interacções sociais são as ma-
Quatro dos itens do BSI (itens 11,25,39 e 52) embora contribu-
nifestações características desta dimensão (inclui quatro itens: 20,
am com algum peso para as dimensões descritas não pertencem uni-
21,22 e 42).
vocamente a nenhuma delas. Assim, por critérios estatísticos não de-
Depressão: Os itens que compõem esta dimensão reflectem o grande
rn
o veriam ser incluídos no inventário mas, dada a sua relevância clínica, :z
u número de indicadores de depressão clínica. Estão representados <
Õ são apenas considerados nas pontuações dos três índices Globais. m
:z
'o
-J os sintomas de afecto e humor disfórico, perda de energia vital, -i
o Estas três pontuações gerais foram descritas por Derogatis (1993) }>,
:o
~ falta de motivação e de interesse pela vida (inclui seis itens: 9, 16, o
o do seguinte modo: o
u 17, 18, 35 e 50). m
Ui
a.. SQ
Ansiedade: Indicadores gerais tais como nervosismo e tensão foram Índice Geral de Sintomasil'G'S): Este índice representa uma pontua- :z
..:
rn -i
o
3
L
incluídos nesta dimensão. São igualmente contemplados sintomas ção combinada que pondera a intensidade do mal-estar experien- }>
~
z:
rn

Ui de ansiedade generalizada e de ataques de pân~co'. Componentes ciado com o número de sintomas assinalados. -u
(f)

w ri
c cognitivas que env~lvem apreensã.a e algun~ cdi:ela~os somáti~os Índice de Sintomas Positivos (lSP): O ISP oferece a média da inten- o
Q
da ansiedade tambem foram considerados (mcfúl seis Iten~: 1., 6.2,: ,. sidade de todos os sintomas que foram assinalados. ~
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'..:
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o
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z:
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19,38,45 e 49). ,·1 I :1
• "-.'
': Total de Sintomas Positivos (TSP): Enquanto que o ISP é uma me- o'
a
> ri
z: Hostilidade: A dimensão hostilidade inclui pensamentos, emoções dida de intensidade dos sintomas, o TSP representa o número de o
rn

e comportamentos característicos do estado afectivo negativo da queixas sintomáticas apresentadas. Teoricamente, um indivíduo
306 307
cólera (inclui cinco itens: 6, 13, 40, 41 e 46). pode apresentar um ISP baixo, indicando que os sintomas que
Ansiedade Fóbica: A ansiedade fóbica é definida como a resposta tem não são particularmente intensos e perturbadores, mas pos-
~
r-
de medo persistente (em relação a uma pessoa, local ou situação suir um TSP elevado, apontando para uma constelação complexa s
-o
específica) que sendo irracional e desproporcionado em relação de sintomatologia. , }>.
o
-u
ao estímulo, conduz ao comportamento de euitamento, Os itens rn
ri
o
desta dimensão centram-se nas manifestações do comportamento 1.2. Populações-alvo r-
o'
a
fóbico mais patognomónicas e disruptivas (inclui cinco itens: 8, O BSI pode ser administrado a doentes do foro psiquiátrico, indi- n
}>

28,31,43 e 47). víduos perturbados emocionalmente, a quaisquer outros doentes e a


Ideação Paranóide: Esta dimensão representa o comportamento pa- pessoas da população em geral.
ranoide fundamentalmente como um modo perturbado de funcio- Pode ser utilizado com adolescentes (a idade mínima recomenda-
namento cognitivo. O pensamento projectivo, hostilidade, suspei- da é de 13 anos), com a condição de um técnico se encontrar disponí-
ção, grandiosidade, egocentrismo, medo da perda de autonomia vel para esclarecer eventuais dúvidas em relação a alguns itens.
e delírios são vistos primariamente como os reflexos desta per-
turbação. A selecção dos itens foi orientada de acordo com esta
conceptualização (inclui cinco itens: 4, 10,24,48 e 51). 2. História
Psicoticismo: Esta escala foi desenvolvida de modo a representar este
constructo como uma dimensão contínua da experiência humana. Têm sido feitas diversas tentativas de quantificação das dimensões
Abrange itens indicadores de isolamento e de estilo de vida esqui- da psicopatologia (p. ex., Crown & Crisp, 1966; Derogatis, 1977,
zóide, e sintomas primários de esquizofrenia como alucinações e Goldberg & Williams, 1981; Kellner & Sheffield, 1973), seguindo a
ideia de Woodworth (1918) de «cada homem se poder entrevistar a cinco categorias (FOO a F49) segundo o CID-lO e para as perturba-
si próprio», ções do Eixo I, segundo o DSM-IV.
Um dos questionários de autoresposta mais utilizados foi elabo- Também os níveis de consistência interna para as nove escalas,
rado por L. Derogatis (1977) e é conhecido na literatura por SCL-90 com valores de alfa entre .71 (Psicoticismo) e .85 (Depressão) e a
(Symptom Check-List). O SCL-90-R, como a designação sugere, é sua estrutura factorial, avaliada na população em geral e em popu-
composto por 90 descrições de sintomas psicopatológicos, corres- lação clínica (que confirmaram a estrutura dimensional subjacente à
pondentes a 90 itens. A construção deste questionário teve por base versão longa do SCL-90-R) são indicadores da unidade e solidez, do
cn :z
o o Hopkins Symptom Checklist (HSCH, Derogatis, Lipman, Rickels, ponto de vista conceptual. <
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..J Uhlenhuth & Covi, 1974) que, de acordo com os autores, por sua --i
»,
o :u
~ vez encontra as suas raízes no Disconfort Scale (Padoff, Kelman & Õ
o o
o Frank, 1954) e no Cornell Medical lndex (Wider, 1948). O SCL- 4. Estudos realizados em portugal m
\!1
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o, :z
90-R, em relação a outros questionários construídos com a mesma --i
..:
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3
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finalidade, possui a vantagem de avaliar um maior número de di- 4.1. Data e objectivos l>
cn
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mensões psicopatológicas. No entanto, o facto de er.constituído por Os primeiros estudos de adaptação do BSI à população portu- 'tl
cn
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n
o 90 itens, implica a necessidade de um tempo de, preenchimento de guesa (Canavarro, 1999) tiveram o objectivo de permitir o estudo o
o ~
cr
'..: 12 a 20 minutos o que em determinados conrektos constitui' urna científico de variáveis psicopatológicas, medidas através de um ques- o
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I- o'
z: limitação à sua utilização. A anotar que em Portugalç o Sç:L<90:R"fol" tionário adequado a contextos em que a brevidade de tempo de pre- C)
w
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z: estudado por Baptista (1993). . i ,'.'. enchimento fosse um requisito importante. Posteriormente, outros cn

O Brief Symptom Inuentory (BSI; Derogatis, 1982) foi desenvol- estudos realizados por diversos autores com o BSI, aos quais nos re-
308 309
vido numa tentativa de resposta a esta desvantagem apontada ao feriremos mais adiante no presente texto, têm oferecido importantes
SCL-90-R. A análise das correlações dos itens com as escalas a que contributos para a validação deste instrumento.
pertencem, no SCL-90-R (Derogatis & Cleary, 1977), sugeriu que
cinco ou seis itens de cada escala teriam suficiente peso, para supor- 4.2. Amostra e metodologia
tar sozinhos a definição operacional de cada dimensão psicopatoló- Tendo em conta a especificidade das variáveis avaliadas, os estu-
gica (Derogatis, 1993). Os itens com maior peso em cada dimensão dos preliminares do BSI realizaram-se na população em geral e em
foram seleccionados para formar o BSI. Numa amostra de 565 doen- população clínica.
tes psiquiátricos, as correlações encontradas para as nove dimensões Numa primeira fase, a tradução do inventário! foi administrada
psicopatológicas entre o BSI e o SCL-90-R, variam entre .92 e .99, a pessoas individualmente contactadas, a quem era pedida a colabo-
permitindo concluir que "para a população clínica, estes dois instru- ração voluntária. Posteriormente, a recolha da amostra processou-se
mentos medem o mesmo constructo" (Derogatis, 1993, p. 19). de forma individual (para a amostra 2 e, em alguns casos, para a
amostra 1), ou em pequenos grupos (para a maioria dos casos da
amostra 1) e obedecendo sempre às mesmas normas'.
3. Fundamentação teórica
-1 -A tradução do inventário foi feita de acordo com o sugerido por De Figueiredo
Os itens que formam as nove dimensões de psicossintomatologia e Lemkau (1980) nomeadamente: tradução, seguida de retroversão e posterior
administração a pequenos grupos com o objectivo de verificar a acessibilidade do
avaliadas pelo instrumento constituem, no seu conjunto, importan- vocabulário e a compreensão unívoca dos itens.
tes elementos da psicopatologia. São considerados pelos Manuais de As normas referem-se aos seguintes procedimentos: explicação sobre a natureza
< do estudo e do tipo de tratamento dos dados; informação sobre a confidencialidade
Classificação Diagnostica mais utilizados, CID-10 e DSM-IV, como das respostas; fornecimento de instruções gerais e apoio da autora do estudo ou
de duas psicólogas que colaboraram na colheita dos dados, para o esclarecimento
aspectos importantes para a elaboração de diagnósticos das primeiras de dúvidas, sempre que necessário.
Na aplicação deste inventário à população portuguesa foram uti- A amostra 2 ficou constituída por pessoas que recorreram aos
lizadas duas amostras distintas, A amostra 1, constituída por elemen- serviços da Clínica Psiquiátrica dos Hospitais da Universidade de
tos da população em geral que, subjectivamente, responderam que Coimbra entre Janeiro de 1995 e Maio de 1996. Formada por 56
«não sofriam dos nervos- ' e a amostra 2, constituída por indivíduos homens e 91 mulheres, num total de 147 indivíduos, nesta amostra a
perturbados emocionalmente, maioria das pessoas era solteira ou casada, tinha escolaridade obriga-
A amostra 1 ficou constituída por 404 indivíduos (114 homens e tória e pertencia às categorias socioeconómicas 7 e 9 (de acordo com
290 mulheres), sendo na sua maioria pessoas casadas, com um grau a classificação referida anteriormente). A classificação diagnóstica
cn :z
o
u de instrução correspondente ao ensino secundário ou a um curso utilizada na caracterização da amostra 2 baseou-se no diagnóstico <
m
Ü :z
..;
'o médio e pertencentes às ca tegorias socioeconómicas 5 e 94• definido em contexto hospitalar (Quadro 1).
-'
o
:1>,

Na amostra 1 os grupos de homens e mulheres revelaram-se equi- o'"


~
o
o
m
~ valentes na sua distribuição em relação à Idade (t=-0.064, gl =188.4, 4.3. Resultados no âmbito da precisão '!1
cn
c, :z
cn p=0.949), Estado Civil (X'=1.406, gl=3, p=.704) e Grau de Instrução Os estudos da fiabilidade do instrumento foram feitos através da ..;
o
« :5
r: (X'=7.613, gl=4, p=.107). Apresentaram diferenças significativas em análise da consistência interna do BSI, nomeadamente do comporta- Iii
~
z: relação à distribuição por categoria socioecon6mica (X'=12.518, mento dos itens na escala (dimensão) a que pertencem e dos índices "C
cn
üi ri
w
gl=4, p=.014) existindo uma maior prevalênci\?e mulheres p~rten- globais das escalas (Quadro 2). Dadas as características do instru- o
o
o
ã:: centes às categorias socioeconómicas 7 e 9. . , .; lI.' ,. mento, optámos por calcular os índices mencionados em relação à ~
o
,« I \ '-.
r-
I- t- , . o'
z:
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escala a que pertenciam e não à totalidade do inventário. o
ri
> Quadro 1. Características diagnósticas do Grupo clínico o
z: Ao examinar as correlações obtidas entre cada item e a nota glo- cn

Diagnóstico' (DSM-IV)" (N=147) '/.


bal da escala, quando esta contém o próprio item e quando este é
310 311
perturbações Depressivas 55 37.41 excluído, verificamos que estas variam entre .29 e .79. O valor mais
« Perturbação Obsessivo-Compulsiva 15 10.20
baixo encontrado para a correlação quando esta não contém o item
u
Ü
Fobia Social 11 7.48 ~
r-
'o Fobias Específicas 7 4.76 (índice de fiabilidade mais fidedigno, já que a nota não é inflaciona- 'i>
.,...,
-'
o
u perturbação de pânico 18 12.24 da) é de .29, para o item 43. De acordo com os critérios apontados :1>'
o
üi
c, Outras =erturbecões da Ansiedade 11 7.48 "C
por diversos autores (Nunally, 1978; Streiner & Norman, 1989) es- cn
o
,« Perturbações Alimentares 3 2.04 ri
o- o
« =erturbecões da Personalidade 7 4.76 tas correlações devem ser superiores a .20, o que, no presente caso, r-
o'
:; o
perturbações Psicóticas 16 10.88
nos permite referir a homogeneidade dos itens constituintes das di- ri
~ perturbações Bipolares I 4 2.72
:I>

versas escalas.
Stevens (1996) considera que os valores de alfa, que mede a va-
Perguntámos aos indivíduos se "sofriam. ou tinham sofrido. dos nervos". riância devido à heterogeneidade, devem situar-se entr .7 e .8. No
expressão do senso comum que traduz a presença de emoções negativas fortes
e persistentes que perturbam o indivíduo, aspecto cuja existência se pretendia caso do BSI, os valores de alfa encontram-se dentro do interval r f -
avaliar.
Recorremos à classificação, em nove categorias distintas, da organização das rido, à excepção dos valores observados para as escalas de Ansiedade
Nações unidas (1989), também utilizada pelo Instituto Nacional de Estatística Fóbica e de Psicoticismo, que apresentam valores ligeiramente inf -
(1991), definida a partir da profissão e situação na profissão, condição perante o
trabalho, ramo de actividade e principal meio de vida do representante do agregado: riores. (Quadro 2).
1· Empresários Agrícolas. 2- Trabalhadores por conta de outrem na agricultura, 3-
Trabalhadores de profissões liberais e similares e trabalhadores familiares não
remunerados, 4- Empresários não agrícolas, 5· Quadros de direcção, técnicos e -•• -os códigos do DSM-IVincluídos para os díaqnóstlcos conside~ados são, resp~ctiva~
científicos. artísticos e similares, 6- Outros trabalhadores por conta de outrem na mente: Depressão: 296.3, 300,4 e 311.0; perturbaçao Obsessl~o-comp_ulslva.300.3,
indústria, 7- Outros trabalhadores por conta de outrem no comércio, nos serviços Fobia social: 300.23; Fobias Específicas: 300,29; perturbaçao de Pan,co: 300.21
e na administração pública, 8- Outros activos, 9- Não activos. e 300.01; Outros distúrbios mediados pela ansiedade: 300~02, 300,00 e 3~9.81;
O diagnóstico utilizado na classificação dos doentes é o diagnóstico hospitalar, perturbações Alimentares: 307.1, 307.51 e 309,8.1; ~erturbaç.oe;sde personalidade:
elaborado pelo psiquiatra ou pelo psicólogo que acompanhou o doente, e confirma- 301.83, 301.50, 301,4, 301.6, 301.86 e 301,9; üistúrbios PSICOtICOS:
295.3. 295.9,
do no final do tratamento isto é, na altura em que foi dada alta ao indivíduo. 297.10 e 298,9; perturbações Bipolares I: 296.4, 296.6 e 296.5,
Quadro 2. Consistência Interna: valores globais para as nove escalas (alfa de alguns autores (Jaeger, 1983, cit por Vaz-Serra, 1994; Nunally, 1978,
Cronbach) Stevens, 1996) considerado que este tipo de validação subordina
todos os outros. Os contributos dos nossos estudos de validade de
Escala alfa
constructo incluíram a análise de consistência interna, nomeadamen-
Somatização .80
te na análise das correlações entre os itens e a nota global (índices já
Obsessões-compulsões .77
mencionados a propósito dos estudos de fiabilidade, mas cujo objec-
Sensibilidade Interpessoal .76
tivo nos estudos de validade é avaliar a existência de uma dimensão
Depressão .73 :z
CIl <
o
u Ansiedade .77 global subjacente). m
:z
...,
'o
Ô
Hostilidade .76
Seguindo o caminho percorrido por investigações na aferição do J>,

'"Õ
...J

Ansiedade Fóbica .62 SCL-90R às populações Holandesa e Alemã (Arrindell & Ettma, o
~
o 1989; Franke, 1995, respectivamente) procurámos dar uma outra
m
u Ideação paranóide .72 ~
:z
Ui ...,
11. Psicoticismo .62 contribuição para o estudo da validade do instrumento, a partir da o
cn 3
« matriz de correlações de Spearman entre as notas das nove dimen- J>
L CIl
~
z: Num subgrupo de 108 indivíduos avaliámosra estabilidade tem- sões de sintomatologia e das três notas globais.
'O
(j)

Ui ri
o
w poral .do inventár,io, O temp~ entre as duas ,a~lfft~ções ~orrésp~nd~" As correlações apresentadas no Quadro 4 são todas estatistica- 'O
o ~
o
~ a um Intervalo rrummo de tres semanas e maximo de seis. ,
-As
I .'
corre- I .•
mente significativas (p<.OOl), embora se deva ter em conta o elevado o
r
o'
número de indivíduos que compõem a amostra (N=404) o que cer- e>
'~
z: lações de Pearson entre os valores obtidos em cada escala (.63 - .81), ri
w O
>
z: nas duas aplicações do inventário (Quadro 3), são indicativos de que tamente inflaciona as correlações encontradas. A variação das corre- (j)

o BSI possui uma boa estabilidade temporal. lações indica que o aumento numa das dimensões da psicopatologia 313
312 se encontra associado a acréscimos em todas as outras dimensões.
Quadro 3. Estabilidade temporal dos resultados Como é óbvio, todas as escalas apresentam correlações mais elevadas
«
u
~
r
Ô com as três notas globais de psicopatologia do que entre si. i>
-o
'o
...J r p J>.
o O
U
Somatização .76 .000 'O
Ui
11. Quadro 4. Matriz de correlações entre as pontuações do aSI (j)

o Obsessões-compulsões .71 .000 ri


O
.« r
o- Sensibilidade Interpessoal .68 .000 P51 IG5 ISP o'
« SOM oe SI DEP ANS H05 AF IP e>
::; ri
Depressão .81 .000 J>
~ 1 somatização
Ansiedade .74 .000
2 obsessões-compulsões .46
Hostilidade .65 .000
3 sensibilidade Interpessoal ,40 .58
Ansiedade Fóbica .79 .000
4 Depressão .38 ,55 ,64
Ideação paranóide .63 .000
.54 .61 .61 .58
Psicoticismo .78 .000 5 Ansiedade

IGS .79 .000 6 Hostilidade .46 ,57 .61 .54 .61

TSP .84 .000 7 Ansiedade =óblca .46 .42 .44 .40 .54 .47

ISP .45 .000 8 Ideação paranóide .49 .45 .61 .48 .53 ,57 .42

.46 ,58 .68 .73 .62 .61 .48 .55


9 psicoticismo
4.5. Resultados relativos à validade 10 ICS .69 .77 .80 .78 ,82 .78 .66 .73 .82

A validade de constructo procura avaliar em que medida os re- .47 .61 ,57 .70 .64 .57 .52 .54 .62 .76
II ISP
sultados do teste são indicativos dos constructos teóricos subjacen- .65 .70 .74 .66 .72 ,72 .58 .68 .74 .91 .47
12 TSP
tes isto é, das dimensões que o instrumento procura medir. É por
Se analisarmos as correlações mais elevadas de cada escala com as Verificámos que a função de forma global é estatisticamente sig-
outras dimensões, constatamos que a Somatização se encontra prepon- nificativa, dado que existem diferenças multivariadas significativas
derantemente ligada à Ansiedade (r=.54); as Obsessões-Compulsões entre os dois grupos, o que é igualmente corroborado pelo valor do
ao Psicoticismo (r=.58) e à Ansiedade (r=.61); a Sensibilidade Lambda de Wilks (.17), que revela que as variáveis individuais em
Interpessoal correlaciona-se de modo elevado com o Psicoticismo causa diferenciam os indivíduos perturbados emocionalmente dos in-
(r=.68) e com a Depressão (r=.64); a Hostilidade encontra-se mais divíduos da população em geral, contribuindo para a explicação de
ligada à Sensibilidade Interpessoal (r=.61), ao Psicoticismo (r=.61) 83 % da variância relacionada com a pertença ao grupo.
cn :z
o
o e à Ansiedade (r=.61); a Ansiedade Fóbica correlaciona-se com Julgamos de interesse o facto de, embora sendo todos os F alta- <
m
U :z
'o
...J a Ansiedade (r=.54); a Ideação Paranóide com a Sensibilidade mente significativos, aqueles que apresentam valores mais elevados -i
l>.
o :o
Interpessoal (r=.61) e o Psicoticismo liga-se sobretudo, à Depressão (Obsessões-Compulsões, Depressão e Ansiedade) se relacionarem o
~
o
o
m
~ (r=.73). com sintomatologia característica dos quadros clínicos com maior ~
sn
a. :z
Avaliámos igualmente a validade discriminativa do BSI, isto é, a incidência na nossa amostra (Quadro 1), o que parece ser mais um -i
o
..:I:
cn
dado abonatório em favor da capacidade discriminativa do BSI.
3:
o sua capacidade para distinguir os indivíduos perturbados ernocio- l>
cn
~
z: A análise da função discriminante permite que sejam correcta- 'TJ

iii
nalmente daqueles que não apresentam perturrações emocionais. . cn
n
mente classificados no seu grupo de pertença 92.51 % dos indivíduos o
UJ
o No sentido de avaliar a forma como as variáveís',disc,ril11~nad~ra~ ,. 'TJ

o
perturbados emocionalmente e 99.75% dos indivíduos da população ~
õ:
'..:
(pontuações obtidas nas escalas do BSI e os três '!Íbélitds <Gerais.)'se o
r-
~ o-
z: relacionam com a variável dependente (Saúde mental) utilizámos o . em geral. ~
n
UJ
> o
z: teste estatístico Análise Discriminante (Quadro 5). Este, para além O coeficiente de concordância de Kappa Cohen (.943) revela que Ul

do poder explicativo referido, tem ainda poder preditivo, permitindo se obtém uma concordância que corresponde a 94% da máxima que
315
314
determinar as probabilidades de pertença a um dado grupo, compa- se poderia alcançar, independentemente do acaso. Combinando-a
rando-as posteriormente com a classificação prévia, dado abonatório com o erro padrão (.016), podemos afirmar que a eficiência destas
em relação à validade preditiva dos resultados no instrumento. variáveis na classificação dos indivíduos nos dois grupos referidos
varia entre 92% a 95%, em relação ao método clínico. A função
Quadro 5. Análise de função discriminante: indivíduos perturbados emocional- discriminante revelou assim uma boa capacidade para classificar os
mente versus indivíduos da população em geral
indivíduos nos grupos.
variável F P
Após constatar que todas as variáveis eram importantes para a
somatização 615.910 .000 diferenciação dos grupos (Quadro 5), fomos confirmar, através das
obsessões-Compulsões 1283.151 .000 médias das variáveis discriminadoras, se o sentido da diferença era
Sensibilidade Interpessoal 644.575 .000
o esperado (Quadro 6). Como seria de prever, podemos reconhe-
Depressão 1020.631 .000
cer que, para todas as escalas do BSI e para os três índices gerais,
Ansiedade ll04.643 .000
Hostilidade 687.032 .000 os indivíduos perturbados emocionalmente apresentam valores mais
Ansiedade Fóbica 384.383 .000 elevados de sintomas psicopatológicos, do que os indivíduos da po-
Ideação Paranólde 885.578 .000 pulação em geral, tal como esta é avaliada pelo BSI.
psicoticismo 899.136 .000 Verificado que todas as pontuações obtidas no BSI (nas nove
ICS 125.829 .000
escalas e nos três índices gerais) permitem discriminar entre indiví-
TSP 81.592 .000
ISP 160.376 .000
duos perturbados emocionalmente e indivíduos pertencentes à popu-
Lambda de wilks=.l71 F=216.654 lação em geral, tentámos estabelecer pontos de corte entre estes dois
C.L.=12.537 p=.OOO grupos.
Quadro 6. Estatística descritiva para as pontuações do BSI Correlação com outros instrumentos.
Um contributo para a validade concorrente do BSI, foi evidenciado
perturbações
População geral
emocionais
por Moura-Ramos, Oliveira, Monteiro, Pedrosa e Canavarro (2004)
variáveis
Média DP Média DP ao procurar estabelecer associações entre o inventário e a Escala de
somatização 0,573 0,916 1.355 1.004 Avaliação de Emoções (EAS; Carlson, Collins, Stewart, Porzelius,
obsessões-compulsões 1.290 0.878 1,924 0.925 Nitz & Lind, 1989; versão portuguesa de Moura-Ramos; Canavarro
Sensibilidade Interpessoal 0,958 0.727 1,597 1.033 & Pedrosa, 2004), no contexto de uma investigação sobre adaptação
Depressão 0,893 0.722 1.828 1,051 :z
o
(J)
à parentalidade. Todas as emoções de cariz mais negativo avaliadas <
m
u Ansiedade 0.942 0.766 1.753 0.940
U :z
'o Hostilidade 0.894 0.784 1.411 0.904
pela EAS (medo, ansiedade, culpa, cólera e tristeza) correlacionam-se -i
»,
-'
o :o
~ Ansiedade Fóbica 0.418 0.663 1.020 0.929 positivamente de forma muito significativa com as pontuações to- o
a. o
o
u
Ideação =aranõíoe 1.063 0.789 1.532 0.850 tais do BSI e com as suas nove dimensões; por sua vez, a emoção m
SQ
üi psicoticismo 0.668 0.614 1.403 0.825 :z
a. felicidade apresenta correlações negativas com as três pontuações -i
o
(J)
« ICS 0.835 0.480 ,1.430 0.705 3
I:
I
gerais do inventário, assim como com as dimensões Somatização, »
TSP 26.993 11.724 37.349 '12.l!66 (J)
~
z Obsessões-Compulsões, Sensibilidade Interpessoal, Depressão, "U
(J)
ISP 1.561 0.385 t 2.111 ~ '·01595
(J) n
w
o , , ;, 11< ,.
Ansiedade, Hostilidade e Psicoticismo. Finalmente, a emoção surpre- o
o sa, apenas se correlaciona positivamente de forma muito significativa
ã: Neste procedimento ponderámos a utilização' do IGS ~e dó .ISP. ~
,« r
o'
f0-
z Apesar do IGS, pela sua fórmula de cálculo, surgir como o melhor com a dimensão Ansiedade e de forma significativa com a dimensão a
w n
o
>
z; indicador único de sintomas psicopatológicos, das três pontuações Psicoticismo. No âmbito do estudo referido anteriormente, foram (J)

globais, o ISP é aquele que, de acordo com o valor de F apresenta- igualmente altamente significativas as associações encontradas entre
317
316
do, melhor discrimina os dois grupos nos estudos que realizámos o BSI e o total da Perceiued Stress Scale (PSS; Cohen, 1983, 1997;
« (cf. Quadro 5). Por este motivo optámos por utilizar o valor do ISP Versão Portuguesa de Mota-Cardoso, Araújo, Ramos, Gonçalves &
u ~
r
U
'o para determinar o ponto de corte entre os dois grupos considerados. Ramos, 2001), variando entre .265 e .396. J;
...J -o
o Ao construir a 23QVS, uma escala para avaliar a vulnerabilida- »1
~
(J)
Este ponto de corte foi obtido a partir das médias e desvios-padrão O
"U
a. de ao stress, Vaz Serra (2000) procurou relacioná-la com níveis de (J)

o (Quadro 6) obedecendo à fórmula de Fisher para o ponto de corte n


1« O
u.
« (Angoff, 1971)5. Com base neste resultado pode referir-se que, com psicopatologia, examinados através do BSI. Todos os factores da es- r
o'
:J a
uma nota no ISP do BSI 21.7, é provável encontrar pessoas perturba- cala se correlacionam positivamente com pelo menos um, ou mais n
»
~ do que um agrupamento psicossintomatológico. Por uma questão
das emocionalmente; e abaixo desse valor, indivíduos da população
em geral. de relevância passamos apenas a referir as que se revelaram esta-
Dado que a validade é um conceito de natureza cumulativa, os re- tisticamente muito significativas (p$.OOl). Nomeadamente, o Factor
sultados dos estudos de validade são um processo permanentemente 1 (Perfeccionismo e intolerância à frustração) apresenta correlações
em aberto. Assim, algumas investigações em que o BSI foi posterior- positivas e significativas com as nove dimensões do BSI; o Factor 2
mente utilizado tornam-se particularmente relevantes para a valida- (Inibição e dependência funcional) apresenta correlações positivas
ção deste instrumento de medida de psicopatologia. De acordo com com as dimensões Obsessões-Compulsões, Sensibilidade Interpessoal,
este critério, destacamos alguns estudos que passamos a referir. Depressão, Ansiedade Fóbica e Psicoticismo; o Factor 3 (Carência
de apoio social) mostra correlações com a Sensibilidade Interpessoal
- e a Ideacção Paranóide; o Factor 4 (Condições de vida adversas)
5 Ponto de corte = (Ml+DP1)+ (M2-DP2)/2. Na utilização desta fórmula deve-se terem
conta que Ml<M2; assim no caso vertente Ml= média dos indivíduos perturbados tem correlações positivas com a Ideacção Paranoide, o Factor 5
emocionalmente e M2= média dos indivíduos da população em geral. Assim, para o
caso vertente, ponto de corte = (1.561+0.385) + (2.111-0.595)/2; obtendo-se deste (Dramatização da existência) apresenta correlações positivas com a
modo o valor 1.731 que, por arredondamento por defeito, passa a 1.7.
I)

Somatizaçdo e a Depressão; o Factor 6 (Subjugação) mostra corre- e intensidade dos sintomas revelaram diferenças significativamente
lações positivas com as dimensões Obsessões-Compulsões e Ideação mais elevadas nos doentes com fibromialgia do que nos indivíduos
Paranóide; e, por fim, o Factor 7 (Deprivação de afecto e rejeição) da população em geral. Resultado idêntico foi encontrado para todas
apresenta correlações positivas com a Hostilidade. as dimensões do instrumento, confirmando uma maior incidência de
Num estudo recente que teve como objectivo a validação, para psicopatologia em geral nos doentes com fibromialgia. A este pro-
a população portuguesa, do instrumento de qualidade de vida da pósito, o autor faz notar que estes resultados devem ser lidos como
Organização Mundial de Saúde (WHOQOL), nas suas versões longa "um reflexo de um mal-estar individual, não específico, que se ex-
CIl
:z
o
u (WHOQOL-100) (Vaz Serra, Canavarro, Simões, Pereira, Gameiro, pressa simultaneamente através de sintomas físicos e psicológicos" <
o m
..,
:z
'0
...J Quartilho, Rijo, Carona, C. & Paredes, 2006a) e breve (WHOQOL- (Quartilho, 1999, p. 261). No contexto desta investigação, e dado o ;,..
O

~ Bref) (Vaz Serra, Canavarro, Simões, Pereira, Gameiro, Quartilho, tipo de doença que caracteriza o grupo clínico, faz sentido realçar que '"
6
O o
U Rijo, Carona, & Paredes, 2006b; Cana varro, Simões, Vaz Serra, a dimensão Somatização apresenta as diferenças mais substanciais m
ül
c, ~
CIl Pereira, Rijo, Quartilho, Gameiro, Paredes & Carona, presente vo- entre doentes com fibromialgia, indivíduos da população em geral ..,
:z
q: o
L
O
f0-
lume), os autores procuraram conhecer as associações entre quali- e indivíduos perturbados emocionalmente (respectivamente com as ;,.
:I
CIl
z:
ül dade de vida, e sinto.n:atologia psicopatológica, t','aliada através do médias e desvio-padrão de 2.120:t0.71; 0.573:t0.916; 1.355:t1.004). 'tl
CIl
w n
o BSL FOl possível verificar que, em ambas as versões do instrumento, Num estudo sobre toxicodependência e cormobilidade psiqui- o
O
iX todos os domínios de qualidade de vida apreseni:~rh cbHioi~rites 'd~ , átrica, Almeida, Vieira, Almeida, Rijo e Felisberto (2005), numa ~
o
.q:
f0- r
o.
z:
w correlação significativos com todas as dimensões do BSI, assim como amostra de 60 sujeitos dependentes de substâncias psicoactivas, com o
> n
z: com as suas pontuações globais. Como seria esperado, todas as cor- idades compreendidas entre os 17 e os 45 anos, verificaram que os O
CIl

relações são inversas, isto é, uma melhor pontuação nas medidas da valores médios da amostra deste estudo para os indicadores gerais e
318 319
qualidade de vida associa-se a resultados mais baixos nos indicadores dimensões psicopatológicas do BSI, são inferiores aos valores médios
q: psicopatológicos. Mais especificamente, as correlações entre os seis obtidos na validação portuguesa para o grupo de indivíduos com
u
o perturbação emocional, de acordo com os nossos primeiros estudos
'0
...J domínios do WHOQOL-IOO e o índice geral de sintomas (IGS) do
o
U
üi BSI foram, em valores absolutos, maiores para o domínio Psicológico de validação do BSI (Canavarro, 1999). No entanto, ao comparar os
o,
o
.q: (-.69) e menores para o domínio Espiritualidade e Crenças (-.20). Os resultados dos indivíduos toxicodependentes com os dados da popu-
u-
« quatro domínios do WHOQOL-Bref apresentam um padrão de asso- lação sem perturbação emocional dos referidos estudos (Canavarro,
::;
~ ciação com o IGS do BSI semelhante ao observado na versão longa. 1999), observa-se que os valores dos sujeitos da amostra se situam
As correlações mais elevadas, em valor absoluto, reportam-se igual- geralmente acima dos valores dos índices da população não-clínica,
mente às encontradas para o domínio Psicológico (-.69) e as menores "algures entre os indivíduos sem indícios de perturbação emocional,
dizem respeito ao domínio Ambiente e Relações Sociais (-.48). e os indivíduos com manifestações clínicas de psicopatologia do Eixo
Os resultados das associações encontradas entre as pontuações do I do DSM-IV" (Almeida et aI., 2005).
BSI e as que são fornecidas pelo EAS, PSS, 23QVS e WHOQOL são Um outro estudo, foi conduzido por Monteiro, Matos e Coelho
consistentes do ponto de vista conceptual e reforçadores da validade (2004), num grupo de mulheres com filhos com paralisia cerebral.
dos resultados no instrumento. Esta investigação tinha como objectivo conhecer factores de influ-
ência da adaptação destas mulheres. Numa amostra constituída por
Estudos com grupos especiais 101 mães de crianças com paralisia cerebral, de idades compreendi-
Diversos estudos têm sido conduzidos em grupos especiais da das entre os 3 e os 10 anos de idade, os autores encontraram que,
população. Numa amostra de doentes com fibromialgia, Quartilho comparativamente com população em geral, os índices gerais de
(1.999) encontrou que os índices globais do BSI relativos ao número psicossintomatologia são significativamente mais altos no grupo em
••
estudo. As diferenças são também estatisticamente significativas para' três índices gerais em ambos os momentos assinalados. No entanto,
as dimensões de Somatização, Ansiedade, Depressão e Hostilidade. no primeiro momento as diferenças apenas são estatisticamente sig-
Foi ainda possível verificar que variáveis associadas ao apoio social, nificativas para as dimensões Somatização, Depressão, Ansiedade e
coping e gravidade da deficiência explicam respectivamente 30.6%, TSP; no segundo momento, todas as pontuações de sintomatologia
17.3 % e 22.8% dos sintomas psicopatológicos encontrados neste psicopatológica diminuem e as diferenças entre os pais e as mães só
grupo de mulheres, avaliada através do IGS. são relevantes para a dimensão Hostilidade, onde os pais apresentam
O BSI tem também vindo a ser utilizado em diversas investigações valores significativamente mais elevados.
(f)
o
o em grupos de grávidas e jovens mães, como medida de adaptação. Num outro estudo realizado por Rocha (2004), foram compa- :z
<
(3 m
'o Num estudo longitudinal realizado numa amostra de 210 famílias rados em relação à sintomatologia psicopatológica dois grupos de :z
-' :;j.
~ de utentes da Maternidade Doutor Daniel de Matos dos Hospitais mães, umas seropositivas e outras sem qualquer doença crónica. As '"i5
o o
ü da Universidade de Coimbra (Canavarro, Pedrosa, Oliveira, Moura- mães seropositivas, apesar de apresentarem pontuações ligeiramente m
üi
c, <Q
(f)
Ramos, Pereira, & Monteiro, 2004), o BSI foi utilizado como medida mais elevadas nas diversas dimensões do BSI e nos três índices gerais, :z
-i
« o
~ de adaptação psicopatológica do pai e da mãe ao nascimento de um apenas para a dimensão Depressão esse valor representa uma dife- 3
~
z:
;p
(f)
filho. Foi possível verificar que, dois a cinco dias após o nascimento rença estatisticamente significativa entre os grupos (t=2.398, p=.02).
üi "
(f)

ri
LU
O do bebé, os valores apresentados pelo pai e Je'l~ mãe s~osienifi~ Num estudo sobre factores promotores de ajustamento emocional o
O
õ2
,« cativamente mais baixos do que as pontuações encontradas. para a em adolescentes durante a gravidez (Pereira, Cana varro, Mendonça "~
o
f0- r-
z:
LU
população em geral (Canavarro, 1999), com a excepção das pontu- . & Cardoso, 2003), o BSI foi utilizado como uma das medidas de o'
a
> ri
z: ações maternas para a Somatização, que aumenta significativamente avaliação do ajustamento emocional das jovens. Os resultados re- o
(f)

(t=-3.780, gl=209); Hostilidade, Psicoticismo e TSP não apresentam velaram que a sobreprotecção materna é a variável que maior valor
320 321
diferenças significativas. Estes resultados indicam que, de forma ge- preditivo tem em relação ao IGS do BSI.
ral, o nascimento de um filho é um factor associado a um aumento Por sua vez, Mendonça (2003), numa amostra de 309 mulheres
de bem-estar para ambos os pais. Ainda nesta investigação, os auto- ~
grávidas, entre as 22 e as 25 semanas de gestação verificou que a r-
i>
res compararam os valores apresentados pelos pais e pelas mães na adaptação das grávidas, avaliada através do BSI, é influenciada pelas
'0
;p.
o
mesma ocasião. É interessante notar que, para todas as dimensões do condições sociais e demográficas, pelos hábitos de vida e pelo esta- "ri
(f)

BSI as diferenças encontradas são muito significativas, à excepção da do de saúde. As condições sociodemográficas parecem encontrar-se o
r-
o'
dimensão Ideação Paranoide para a qual não há diferenças entre os associadas às dimensões Depressão, Hostilidade (F=4.574, p=O.Oll)
e>
ri
;p
pais e as mães. Após o nascimento de uma criança, a mãe apresenta e Ansiedade Fóbica (F=5.077, p=.007); os hábitos de vida, nomeada-
valores mais elevados do que o pai em todas as dimensões, e também mente o consumo de tabaco, encontram-se associados às dimensões
nas três pontuações globais, embora, como referimos, esses valores Sensibilidade Interpesssoal (F=4.735, p=0.03), Depressão (F=12.435,
sejam significativamente mais baixos do que os apresentados pela p=.OOO) e Hostilidade (F=10.680, p=.Ol); por último, o estado de
população em geral. saúde encontra-se associado à Somatizaçào (F=7.674, p=.006) e
Por sua vez, Pedrosa, Cana varro, Oliveira, Moura-Ramos e Obsessões-Compulsões (F=4.126, p=.006).
Pereira (2004) utilizaram o BSI para comparar os padrões de sinto-
matologia psicopatológica das mães e dos pais de 48 bebés nascidos Outros estudos
prematuramente, em dois momentos distintos: dois a cinco dias após Numa investigação com pais da comunidade em geral e pais
o nascimento e três meses após o nascimento. Os resultados revela- alegadamente maltratantes, Figueiredo, Ribeiro, Clemente, Maia,
ram que as mães, comparativamente com os pais, apresentam pontu- Fernandes, Matos e Paiva (2002), referem, para os pais da comu-
ações mais elevadas em todas as dimensões do BSI, assim como nos nidade em geral valores do BSI semelhantes aos que nós próprios
I)

encontrámos nos estudos realizados em 1999 com indivíduos da po- Num outro estudo, Rebelo e Lopes (2001), ao procurarem co-
pulação em geral. Verificaram ainda que 71.4% das mães e 37.5% nhecer os efeitos de alguns factores relacionados com a integração
dos pais alegadamente maltratantes, apresentam valores do ISP su- académica dos alunos do 1a ano da Faculdade de Engenharia da
periores ao ponto de corte referido, o que alerta para a possibilidade Universidade do Porto, encontraram valores para as diferentes di-
destes indivíduos poderem sofrer de perturbação psicopatológica. Ao mensões e índices gerais do BSI que não diferem de forma significa-
comparar os valores globais do BSI obtidos pelos pais alegadamente tiva dos dados referentes aos estudos psicométricos do BSI por nós
maltratantes, com os por nós próprios encontrados, em 1999, para realizados em 1999 na população em geral.
(f)
O
u os indivíduos da população em geral e para os indivíduos perturba-
13 4.6. Procedimentos de aplicação e correcção
'0
...J dos emocionalmente, Figueiredo et aI. (2002) referem que estes são
O
significativamente superiores aos apresentados pelos indivíduos da O BSI pode ser aplicado individual ou colectivamente. Apesar de
~
O
u população em geral (e também pelos pais da comunidade em geral), ser um inventário de autoresposta, aquando da sua administração,
üi
c,
(f)
sendo no entanto inferiores aos característicos dos indivíduos per- deverá ser reservado inicialmente um breve período de tempo para o
«
1: turbados. Recordamos que situação idêntica havia sido referida .por técnico fornecer as instruções gerais. Deve ser colocada especial aten-
O
I-
z: Almeida, Vieira, Almeida, Rijo e Felisberto (200s'~a propósirode um ção no esclarecimento de que a escolha feita para cada item deverá
üi
w
Cl grupo de indivíduos toxicodependentes. ' " . .' " corresponder ao que melhor descreve a forma como aquele problema
,·1, \."
O
~ A influência de experiências de adversidade ocorridas durante' a o afectou nos passados sete dias.

I-
z: infância (como doenças graves, violência familiar, negligência, abuso Em circunstâncias normais, para preencher o BSI são necessários
W
> 8 a 10 minutos.
z: físico, psicológico e sexual) na psicopatologia e comportamentos de
saúde apresentados na idade adulta foi estudada por Maia e Seabra Para obter as pontuações para as nove dimensões psicopatológicas
322 3i
(2005) utilizando uma amostra de estudantes do ensino superior. Os deverá somar-se os valores (0-4) obtidos em cada item, pertencentes
« resultados revelam uma associação positiva entre adversidade na in- a cada dimensão. A soma obtida deverá, seguidamente, ser dividida
u
13
'0
...J
fância e sintomatologia psicopatológica, nomeadamente Somatizaçào pelo número de itens pertencentes à dimensão respectiva.
o O cálculo dos três índices globais deverá obedecer às seguintes
U
üi
e os índices gerais do BSI.
o,
o Por sua vez, Costa, Pacheco e Figueiredo (2002) ao explorar a fórmulas:


« influência de diversos factores na qualidade da aliança terapêutica es- indice Geral de Sintomas (IGS) - Deverá somar-se as pontuações de
:::;
~ tabelecida em contexto psicoterapêutico, procuraram conhecer espe- todos os itens e seguidamente, dividir-se pelo número total de res-
«
cificamente a influência da psicopatologia. Na avaliação da qualidade postas (isto é, 53, se não existirem respostas em branco).
da aliança terapêutica, foram contempladas medidas que traduzem Total de Sintomas Positivos (TSP) - Pode obter-se contando o núme-
a percepção do paciente e do psicoterapeuta. Utilizaram o ponto de ro de itens assinalados com uma resposta positiva (isto é, maior
corte por nós referido e constataram a existência de diferenças signi- do que zero).
ficativas entre os pacientes que apresentam valores do ISP superiores indice de Sintomas Positivos (ISP) - Calcula-se dividindo o somató-
e inferiores a 1. 7. Mais especificamente, os pacientes que apresentam rio de todos os itens pelo TSP.
valores no ISP superiores a 1.7, possuindo assim uma maior probabili-
dade de apresentarem perturbação emocional, têm significativamente
uma percepção mais desfavorável da relevância das tarefas terapêuti- 5. Interpretação dos resultados
cas. Uma tendência no mesmo sentido, embora sem relevância esta-
tística, é observada quando é utilizada a percepção do psicoterapeuta De forma geral, a interpretação das pontuações do BSI é linear,
sobre a qualidade da aliança psicoterapêutica estabelecida. dada a natureza descritiva da informação que este instrumento de
avaliação permite obter (Groth-Marnat, 2003). No entanto, a forma indivídu~s não perturbados emocionalmente) poderá utilizar-se o
de leitura dos resultados dependerá do objectivo de utilização do ponto de 'orte como critério de probabilidade de pertença ao grupo.
inventário.
É importante referir que, embora os resultados do BSI possam ['
servir como uma forma de triagem de situações clinicamente signifi- 6. Avaliação crítica
cativas, não se confinam a essa função, dado que permitem avaliar
o mal-estar sintomático ao longo de um contínuo que vai desde o 6.1. vantagens e potencialidades
(f) :z
o
u mal estar psicológico, com pouco ou nenhum significado clínico, até Como já referimos, o BSI permite avaliar uma vasta gama de di- <
m
13 :z
'0 ao mal estar mórbido, formalmente característico das perturbações mensões de sintomas psicopatológicos num curto espaço de tempo. ~
--' :u
psiquiátricas (Derogatis & Titzpatrick, 2004). As características psicométricas apresentadas oferecem segurança o
~ o
O
o Do ponto de vista clínico a análise das pontuações obtidas nas para a sua' utilização, funcionando assim como um bom indicador m
cn
iii
o.. :z
nove dimensões fornece informação sobre o tipo de sintomatologia de sintomas do foro psicopatológico. Como ficou demonstrado, as -i
(f)
o
« pontuações no BSI são igualmente um bom discriminador de saúde 3
L
O
que preponderantemente perturba mais o indivíduo.' A simples leitu- l>
(f)
f0-
z: ra dos índices globais permite avaliar, de forma geral, o nível de sin- mental, permitindo distinguir os indivíduos que apresentam pertur- -c
(f)
iii fi
w
c tomas psicopatológicos apresentado. A título de eXemplo, a integsi-:' bações emocionais daqueles que não as apresentam. No entanto, a o
O
fi: dade da sensibilidade ao criticismo dos outros pode ser aYalk~da'Com ' utilização exclusiva do inventário não permite a formulação de um ~
o
.« r
c-
f0-
z: base na pontuação obtida na dimensão Sensibilidade lnterpessoal. diagnóstico. C>
w ri
> Vantagens adicionais acerca da utilização do BSI prendem-se com O
~ No entanto, os clínicos, com base nos seus conhecimentos espe- (f)

cíficos, podem desejar ir além da interpretação descritiva. No caso a internacionalização do instrumento, isto é, com a robustez psicomé-
324 32~
exemplificado, podem considerar que um indivíduo com pontuações trica que a sua utilização em diferentes países e culturas tem revelado
« elevadas na dimensão Sensibilidade Interpessoal, poderá amplificar (e.g. AI Krenawi, Graham, & Slonim-Nevo, 2002; Francis, Rajan, &
u ~
13
'0 as situações de criticismo, ruminar sobre esses acontecimentos, pos- Turner, 1990; Neville, 2000; Ruiperez, 2001), bem como com a sua r
';;
--'o -o
u suir baixa autoestima e capacidade de autoafirmação. Nesse caso, os utilização num grande número de estudos internacionais em diver- l>'
O
üi
o, -c
o aspectos referidos deverão ser analisados através de outros procedi- I sas áreas da saúde. A este propósito é de realçar a sua aplicação na cn
,« ri
o-
« mentos de avaliação (nomeadamente: entrevista clínica, testes com- avaliação de grupos com doença oncológica (e.g. Ben Zur, Gilbar, & O
r
o-
:::; C>
portamentais, registos de automonitorização), sendo os resultados Lev, 2001; Gagnon, Massie, & Kash, 1996; Gilbar, 1998; Plass, & fi
~ l>

do BSI utilizados como "ponto de partida" para a exploração de Koch, 2001); comportamentos aditivos (e.g. Blume, Schmaling, &
outros dados. Marlat, 2001; Robinson, Brower, & Gomberg, 2001); infecção por
O que acabámos de referir é igualmente válido em relação à in- VfH/SIDA (e.g. Kennedy, Skurnick, Foley, & Louria, 1995); pertur-
formação adicional que pode ser obtida através de uma análise qua- bações psiquiátricas (e.g. Bowen, & D'Arcy, 2003; Davis, McVey,
litativa, referente ao conteúdo específico dos itens assinalados pelo Heinmaa, Rockert, & Kennedy, 1999; Erickson, Wolfe, King, King,
indivíduo. Por exemplo, itens pertencentes à dimensão Depressão, & Sharkansky, 2001) e outras áreas clínicas. De forma global, estes
podem fornecer informação particular sobre ideação suicida, aspecto estudos têm corroborado a sensibilidade do instrumento a manifes-
que deverá ser posteriormente avaliado através de outros instrumen- tações de mal-estar psíquico, sugerindo a sua validade.
tos e/ou métodos de avaliação.
Para fins de investigação os mesmos parâmetros devem ser tidos 6.2. Limitações
em conta e ainda, se o inventário for utilizado com o objectivo de No sentido do exposto, parece que o maior inconveniente da
formação de grupos (indivíduos perturbados emocionalmente versus utilização do BSI, não se prende com o inventário em si, mas com
7. Bibliografia fundamental
eventuais interpretações abusivas dos seus resultados. Um clínico
menos esclarecido poderá sentir-se tentado a considerar os resultados AI Krenawi, A., craharn, J.R., e,.Slonim-Nevo, V. (2002). Mental health aspects of
não como indicadores de sintomatologia, mas como fundamentos Arab-Israeli adolescents from polygamous versus monogamous families.
Journal of Social psychology, 142(4), 446-460.
únicos para a definição de um critério diagnóstico. Almeida, D., Vieira, C.,Almeida, Rijo, D., e- Felisberto, A. (2005). Toxicodependência
Especificamente sobre os estudos psicométricos realizados na po- e cormobilidade psiqulátrica: sintomatcloqia do Eixo 1 e perturbações de
I
pulação portuguesa, dadasas limitações do estudo preliminar de va- Personalidade. psiquiatria Clínica, 26(1), 55-70.
American Psychiatric Association. (1994). Diagnostic and Statistical Manual of
lidação do instrumento em relação à estranificaçâo da amostra, não Mental Disorders: DSM-IV. Washington: American =svchtetrtc Association.
Ul
o
u
procedemos a estudos de normalização dos resultados, considerados Angoff, W.H. (1971). scales, norms and equivalent scores, tn R.L. Thorndike
(3 (sd.). Educational measurement (pp. 588-600). washington: American on
'0
...J
como a etapa final de um processo de aferição (Simões, 1994). No Education. .
O
entanto, com vista a uma futura estandardização do inventário, ava- Arrindell, W., e,. Ettema, J.H.M. (1986). SCL-90: Handleiding bij multidimensionele
~ psychopathologie indicator (SCL-90: Manual for a multidimensional measure
O
<,! liámos a sensibilidade do BSI em relação às diferenças de sexo, idade
Ul of psychopathology). The Netherlands: Swets Tést services.
c,
Ul
e grau de instrução, já que os valores T padronizados são habitual- Baptista, A. (1993). A génese da perturbação de pânico: A importância dos
4;
I: mente calculados em função do sexo e do grupo erário (Derogatis, factores familiares e ambientais durante a infância e adolescência. Tese de
O
f0- dissertação de doutoramento, não publicada.
z: 1993) e algumas investigações (cf. Franke, 1995) mostraram a in- Ben Zur; H., Cilbar, O.,e,.Lev, S. (2001). Coping with breast cancer: patient, spouse,
iii
w
O
terferência da escolaridade nas notas do SCL-~O~R. Os resl,ll\l,íldos and dyad models. Psychosomatic nedicine, 63(1), 32-39.
O
obridos'i levam a ponderar a futura elaboração de'v~lonis ~rmativo; Blume, A.W., schmaling, K.B., e,. Marlat, C.A. (2001). Motivating drinking behavior
ã:
'4;
f0-
change: Depressive syrnptorns rnay not be noxious. Addictive aehaviors,
z: para a população portuguesa de forma separada para cada sexo, gru- 26(2), 267-272.
w
>
z: po etário e grau de instrução. Bowen, R.C.,e,. D'Arcy, C. (2003). Response of patients with panic disorder and
syrnptorns of hypornania to cognitive behavior therapy for panic, eipoler
Disorders, 5(2), 144-149.
326
6.3. Desenvolvimentos e estudos futuros Canavarro, M. C. (1999). Inventário de sintomas psicopatológicos - BSI. In M.R.
simões. M. Gonçalves, e,. L.S. Almeida (sds). Testes e Provas psicológicas em
4; Para além da necessidade de realização de estudos norma tivos
o eortuqet (vol. li; pp. 87-109). Braga: SHO/APPORT.
(3 para o BSI, será também importante o prosseguimento de estudos em
'0
...J
Canavarro, M.C, Simões, M.R., Vaz Serra, A., Pereira, M., Rijo, D., ouartilho, M.,
o carneiro. s. paredes, T., e,. Carona, C. (presente volume). Instrumento de
o grupos específicos.
iii
c, Avaliação da Qualidade de vida da organização Mundial de saúde: WHOQOL-Bref.
o In M. R. slmões. C. Machado, M. Gonçalves e,. L.S. Almeida (coords.), Avaliação
'4;
o- psicológica: Instrumentos validados para a população Portuguesa (vol. 111).
4;
:::; Coimbra: Quarteto Editora.
~ Canavarro, M.C.,=edrosa. A., oliveira, C., Moura-Ramos, M., pereira, M., e,.Monteiro,
Na comparação dos resultados por sexos, usámos testes t de student para S. (2004, Junho, 28) Impacto e adaptação à gravidez e parentalidade:
amostras independentes e verificámos que existiam diferenças estatísticas
Apresentação de um projecto longitudinal. Comunicação oral apresentada no
significativas para as escalas Somatização (t=-2.511, gl=230, p=.013) e
Obsessões-compu/sões (t=-2.806, gl=206, p=.005) apresentando as mulheres, em 5° Congresso Nacional de Psicologia da Saúde, Fundação Calouste culbenkian,
ambas as dimensões, um maior índice de sintomatologia. Lisboa.
As correlações entre as notas do BSIe a idade mostraram que apenas as dimensões carlson, C., Collins, F., Stewart, J., =orzellus. J., r+itz, J., e,. Lind, C. (1989). The
somatização e Depressão são sensíveis à idade dos indivíduos (r=0.143, p=0.04, assessment of emotional reactivity: A scale development and validation
para a somatização e r=-0.114, p=0.022, para a Depressão). study. Joumal of Psychopathology and 8ehavioral Assessment, 4, 313-325.
No que toca ao efeito do grau de instrucão. efectuámos análises de. v~riância Cohen, S., e,. Williamson, C.M. (1988). =ercetved stress in a probability sample of
utilizando o teste de Tukey para comparar, emparelhando, as medias das
notas do BSI para os grupos de indivíduos com diferentes graus de instrução. the united States. In S. sacapan e,.S. oskamp (Eds.), The social psychology of
Os resultados mostram diferenças estatisticamente significativas para as health (pp. 31-67). Newbury park, CS:sage.
. dimensões somatização (F=10.447, p=.OOl, r2= 0.095), apresentando os indivíduos Cohen, S., Kamarck, T., e- Mermelstein, R. (1983). A global measure of perceived
com um grau de escolaridade primária ou obrigatória resultados mais ~Ievados stress. Journal of Health and Social 8ehavior, 4, 385-396.
do que os indivíduos pertencentes a todos os outros grupos e diferenciando-se Cohen, S., Kessler, R.C.,e,.Cordon, L.U. (1997). strategies for measuring stress in
inclusiva mente entre si no sentido de uma maior escolaridade estar ligada a um
maior índice somatização. A Ideação paranóide é igualmente sensível à influência studies of psychiatric disorders. In S. Cohen, R.C.Kessler e,.L.U. Gordon (Eds.),
do grau de instrução (F=3.456, p=0.009 e r2=0.033). Ape~as os indivíduos com Measuring stress - a guide for health and social scientists (pp. 3-26). Oxford:
escolaridade obrigatória apresentam maior índice de slntomatolcqia quando oxford university Press.
comparados com os indivíduos com grau de instrução superior.

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