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Do conceito de "sentido", na filosofia grega antiga e em outras línguas

O que é o sentido (em grego: ennoia) de algo? Na língua grega actual, a expressão o sentido
das coisas diz-se "ennóia (sentido) tós pragmáton (coisas). A expressão "sentido de" significa,
não a capacidade sensorial humana, mas uma ordem, imanente ou transcendente a cada
coisa. Sentido tem várias acepções, entre as quais:

A) Finalidade (télos) ou causa final . Por exemplo, na cosmologia de Aristóteles, o sentido do


movimento dos corpos no mundo sub-lunar é o do retorno à fonte primordial: uma maçã cai da
árvore em direcção à esfera da terra no centro do mundo porque a sua finalidade é voltar ao
lugar de origem. O sentido de uma chama subir no ar é o desejo de regressar à esfera do fogo,
de onde é originária, esfera essa que se situa acima das esferas da terra, água e ar.
B) Proporção (logos), que é o sentido imanente a algo, por comparação entre as diferentes
partes.
C) Inteligência (nous).
D) Direcção (tésis).
E) Inerência de uma qualidade à respectiva substância.
F) Necessidade (ananké), isto é, lei infalível de causa-efeito, que estrutura não só a natureza
biofísica - a físis, ou seja, o nascimento, crescimento, declínio e morte ou desagregação dos
entes - mas também a lógica e a matemática.
G) Ordem (táxis).

O sentido é, pois, um nexo ou elo de ligação do ponto de vista da coerência interna - o que se
exprime sobretudo na táxis, ananké, logos e no nous- mas também do ponto de vista da
referência ou correspondência externa - o que se traduz sobretudo
na direcção, na necessidade e na finalidade, e também no logos universal, no nous. Há sentido
no monismo e sentido no dualismo. O positivismo lógico reduziu o termo sentido ao
binómio ideação-comprovação: só tem sentido algo que se pense e se formule por palavras
e se comprove empiricamente, de forma directa ou indirecta. É uma definição insuficiente,
falseadora. É exactamente o oposto da ideia de "sentido-nexo" da filosofia grega antiga e da
posterior tradição filosófica.

O que é interessante é notar a tonalidade intelectual do conceito de "sentido" na língua


grega, em oposição a outras línguas como o português, o espanhol, o francês, o inglês
em que o termo "sentido" designa também a capacidade de percepção sensorial (aistésis,
em grego): em português, fala-se, por exemplo, no "sentido da vista" e no "sentido da vida";
em espanhol usa-se o termo "sentido" para "la visión, audición, olor, etc" e para o nexo
inteligente da vida, el «sentido de la vida»; em francês, les "sens des organes sensorielles" são
de natureza diferente do "sens de ce mot ou de cette phrase, uns sens intelectuel"; em inglês,
"the five senses of the body" e "the sense of life" possuem significados muito distintos.

Na língua grega, não se confunde, no plano vocabular, a ideia de sentido como nexo ou
ordem inteligível das coisas com a ideia de sentido como faculdade de
percepção empírica, sensorial.

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