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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
SETOR DE ENGENHARIA DE ÁGUA E SOLO
IRRIGAÇÃO E DRENAGEM I
Parte 1
NOTAS DE AULA
2014
GNE-120 IRRIGAÇÃO E DRENAGEM I Prof. ELIO LEMOS da SILVA
1 INTRODUÇÃO
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GNE-120 IRRIGAÇÃO E DRENAGEM I Prof. ELIO LEMOS da SILVA
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GNE-120 IRRIGAÇÃO E DRENAGEM I Prof. ELIO LEMOS da SILVA
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Var Ar Mar
Vp
Va Ma
Água
M
V
Vs Ms
Sólidos
ρg = M s (1)
V
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80 g
ρg = 3
⇒ ρ g = 1,14 g / cm 3
70cm
ρp = Ms (2)
Vs
V −V s
P= (3)
V
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ρg
P = 1 −
× 100
(4)
ρ p
70cm 3 − 36cm 3
P=
3
= 0,486 cm3 de poros/ cm3 de solo ou P=0,486 cm3/cm3 ; P=
70cm
48,6% ou simplesmente P=0,486.
1,14 g / cm 3
ou P = 1 −
× 100
⇒ P = 48,65%
2,22 g / cm 3
Ma
U= (5)
Ms
20 g
U= = 0,25g de água / g de solo seco
80 g
ou simplesmente U=0,25 g/g ou U=25%
Este resultado mostra que uma amostra úmida de 125 g contem 25 g de água.
Portanto, é preciso que se tenha cuidado na interpretação de resultados de
umidade com base em peso.
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Ma
θ = Va =
ρa
(6)
V V
θ = U ⋅ ρg (7)
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Este resultado nos diz que 58,8 % dos poros do solo estão ocupados por água.
AL = ∫ θ ⋅ dz (9)
0
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θ
0 (cm3/cm3)
AL
L
z
(cm)
θ(z)t
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θ
cm3 /cm3)
AL
L
z (cm)
θ(z)t
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ψ =ψ +ψ +ψ +ψ + ... (11)
g p m os
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preciso lembrar que a escolha do nível de referência é arbitrária e que uma vez
escolhido precisa ser mantido em todos os cálculos de um dado problema. Em
termos de energia por unidade de volume, o potencial gravitacional é portanto
determinado por
ψ =γ
g a
⋅z (13)
ψ p = γa ⋅ H (14)
Toda vez que um solo não estiver saturado, nele existe ar e, portanto
existem interfaces água/ar (meniscos) que lhe conferem o estado de tensão
(pressão negativa). Assim a água no solo, via de regra, encontra-se sob tensões.
A expressão do potencial total da água no solo (Equação 11) apresenta ψp e ψm,
porém, é bom frisar que estes dois componentes não existem ao mesmo tempo;
a água no solo saturado estará sob pressão (ψp) e no solo não saturado ela estará
sob tensão (ψm).
A tensão, valor absoluto do potencial matricial, é resultante da afinidade
da água com a matriz do solo, devida às forças adsortivas e de capilaridade
oriundas das forças coesivas e adesivas que se desenvolvem dentro e entre as
três fases do solo.
O potencial matricial da água em diferentes pontos no solo é determinado
diretamente com tensiômetro. Este dispositivo consiste de uma cápsula de
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ψ m = −12 ,6 h + h1 + h 2 (15)
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ψ = − l + 0,098 c (16)
m
borracha de tampa
vedação reservatório
manômetro
tubo de PVC ou
acrílico
cápsula porosa
ψ = l + 0,098 c (17)
m
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sensor
tampa de borracha
flexível
ar
tubo de acrílico
transparente leitor digital
agulha
hipodérmica
tubo de PVC ou
acrílico
água
cápsula
porosa
ψos = − R ⋅ T ⋅ C (18)
ψ os = − 36 ⋅ CE e (19)
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-ψm
θ (cm3 / cm3)
A figura acima mostra uma curva com variações mais acentuadas para o
solo arenoso. A maioria dos poros nestes solos apresenta tamanho relativamente
grande, e, uma vez esvaziados, à sucção relativamente baixa, restará apenas
pequena quantidade de água.
Em solo argiloso, a distribuição dos poros, com respeito ao tamanho, é
muito mais uniforme, o que determina a adsorção de maior quantidade de água,
motivo pelo qual é mais gradual o decréscimo do teor de água motivado pelo
aumento da sucção (tensão).
De maneira geral, as curvas características de retenção são determinadas
experimentalmente para cada solo ou horizonte de um solo por processo de
esvaziamento dos poros, chamado de processo de secamento. Utiliza-se de
instrumentos especializados de laboratório que constituem-se, de acordo com a
tensão avaliada, de funil de placa porosa e de extratores de Richards ( de placa
ou de membrana). O interessado na revisão da metodologia pode consultar
Klute (1986).
O uso de equações de retenção está substituindo o uso dos gráficos por
permitir a inclusão de informações em aplicativos computacionais para o
manejo da irrigação a partir de dados de tensão da água no solo. Os dados de
umidade como função do potencial matricial podem ser ajustados ao modelo de
Mualem-van Genuchten (Genuchten, 1980), dado pela equação
[
θ = θ R + (θ S − θ R ) ⋅ 1 + (α ⋅ ψ m )n ]
−m
(20)
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∆Ψ
q = −K (h). (23)
∆x
V
q= (24)
A. t
8,0cm3
q= =0,008cm/s = 288 mm/h
20cm 2 ⋅ 50 s
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K ( h ) = K 0 ⋅ e α ⋅h (25)
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i = a ⋅tn (27)
em que:
i é a infiltrabilidade (fluxo) no instante t, (L.T-1);
t é o tempo decorrido desde o início da infiltração, (T);
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I = A⋅tN (29)
im = A ⋅ t n (31)
em que t deve ser aquele obtido pela Equação 30, isto é, t é o tempo mínimo
necessário para aplicar a lâmina de irrigação sem haver acúmulo ou escoamento
de água na superfície do solo. Outro critério usado para cálculo da intensidade
máxima de aplicação é o da infiltrabilidade básica (ib). A ib, corresponde à
condutividade hidráulica da superfície do solo quando saturada e representa a
capacidade de infiltração mínima do solo. Como garantia de que não irá haver
escoamento, o projetista escolhe o aspersor ou emissor de maneira a se ter taxa
de aplicação menor ou igual à infiltrabilidade básica ib, que é estimada a partir
dos parâmetros A e N por:
N −1
− 0,01 −2
N
ib = A ⋅ N (32)
A ⋅ N(N − 1)
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im = 6,0 t –0,54
1 1
I N 30 0, 46
em que t = = = 33,1 minutos.
A 6,0
portanto,
A= 6,0
N= 0,46
0, 46 −1
− 0,01 0, 46− 2
Portanto, ib = 6,0 ⋅ 0,46 = 0,48 mm/min = 29 mm/h
6,0 ⋅ 0,46(0,46 − 1)
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Material:
• - cilindro de chapa de até 2mm de espessura, com diâmetro e altura de
30 cm;
• - plástico;
• - cronômetro;
• - régua milimetrada;
• - água limpa;
• - provetas de 1000 ml.
Instalação:
Mantenha a superfície do solo o mais natural possível removendo apenas
galhos, pedras ou qualquer outra coisa que possa dificultar a instalação do
cilindro. O cilindro deve ter a borda inferior cortante na forma de bisel para sua
fácil penetração no solo. Introduza o cilindro, uniformemente, na vertical, sem
bater dos lados no cilindro (utilize algum artifício que permita essa introdução
uniforme). A profundidade de instalação deve ser de pelo menos 20 cm de
maneira a garantir um fluxo vertical na camada superficial do solo. Forre a área
interna do cilindro com plástico de maneira a impedir infiltração antes de iniciar
as medições ou utilize um saco plástico com volume conhecido de água. Prenda
uma régua na parede interna do cilindro ou prepare algum dispositivo que
permita acompanhar a variação da água durante o processo de infiltração.
Medições:
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Caso a variação esteja já próxima dos 20%, faça reposição de volume conhecido
de água de maneira que, com a reposição, a altura d’água volte para a altura
inicial. A reposição deve ser feita após um registro de leituras (régua e
cronômetro), mesmo que não tenha ainda havido a variação inicialmente
estabelecida na régua. As primeiras três ou quatro leituras exigem mais atenção
devida a infiltrabilidade ser mais rápida no início do processo, principalmente
se o solo estiver seco. As demais leituras são mais tranqüilas, porém, deve se
observar sempre a variação para provável reposição de água. O teste é feito
durante pelo menos uma hora com pelo menos dez leituras para posterior
determinação da equação de infiltração acumulada e estimativa da ib.
Exemplo:
Estão apresentados na Tabela 2 os dados, obtidos de um teste de infiltração,
para determinação da equação de infiltração acumulada.
Ajusta-se os dados das duas últimas colunas de maneira a obter infiltração
acumulada (I) como função do tempo acumulado (t) obtendo-se uma equação do
tipo da Equação 29.
Conforme mostra a Figura 11, a equação de Infiltração Acumulada é
I = 8,2 ⋅ t 0,44 , com t em minutos e I em mm. Por derivação tem-se a a equação da
−0,56
infiltrabilidade i = 3,6⋅ t , com t em minutos e i em mm/min. A infiltrabilidade
básica é determinada pela Equação 32, lembrando que os parâmetros dessa
equação são aqueles da equação de infiltração acumulada, A e N.
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0,4369
y = 8,2146x
80
Inf. Acumulada (I)
2
R = 0,9998
60
40
20
0
0 50 100 150
tempo (min)
FI
GURA 10: Representação gráfica da infiltração acumulada como função do
tempo decorrido desde o início do processo de infiltração
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6 A ÁGUA NA PLANTA
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A quase totalidade das perdas de água pelas plantas se dá na forma gasosa, pelo
processo de transpiração. À semelhança da evaporação, dá-se sempre que a
pressão de vapor da água na folha for maior do que a pressão de vapor da água
na atmosfera. Entretanto, no caso da transpiração, há a resistência adicional
oferecida pelo sistema biológico à difusão do vapor d’água.
A maior parte da transpiração se realiza através dos estômatos por constituirem
a via de escape que oferece a menor resistência à difusão gasosa. Calcula-se que
de 80 a 90% da perda total de vapor de água pela planta provém da transpiração
estomática, ou seja, dá-se através de uma superfície que representa apenas 1,0 a
2,0% da área da folha.
O comportamento das diferentes espécies de plantas em relação à transpiração é
bastante variável. Existem plantas, como numerosas parasitas, que perdem água
à semelhança de uma superfície livre, pois os estômatos permanecem abertos o
dia todo. Outras plantas, como o feijoeiro por exemplo, diminuem a abertura
dos estômatos por volta do meio dia, provocando redução da transpiração nesse
período. Existem plantas que fecham completamente os estômatos ao redor do
meio dia. Plantas como as cactáceas fecham os estômatos durante o dia. Nestas,
a transpiração estomática é praticamente nula durante o dia devido ao
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Kc
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2 I II III IV
35 dias 60 dias 30 dias
30 dias
35
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2
K p = 0,475 − 2,40 × 10 −4 (U 2 m ) + 5,16 × 10 −3 (UR ) + 1,18 × 10 −3 (d ) − 1,60 × 10 −5 (UR )
2 2 2
− 1,01 × 10 −6 (d ) − 8,0 × 10 −9 (UR ) (U 2 m ) − 1,0 × 10 −8 (UR ) (d )
em que:
U2m = velocidade do vento a 2,0 m da superfície do solo [km d-1]
UR = umidade relativa média do ar [%]
d = distância mínima com vegetação ao redor do tanque [m], d ≤ 1000
0, 2
2,0
U 2m = U z (36)
z
em que:
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TABELA 4: Coeficiente Kp para o Tanque Classe A para níveis de umidade relativa média
e velocidade do vento
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8 ÁGUA DISPONÍVEL
em que:
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A profundidade efetiva das raizes tem sido considerada como sendo a espessura
da camada de solo de contém 80% das raízes. Depende do estádio vegetativo da
cultura e das condições físicas e químicas do solo. A Tabela 5 traz valores de Z
para algumas culturas em estádio final de crescimento, sem restrição física ou
nutricional de desenvolvimento. Deve se ter cuidado no uso dos dados
apresentados em tabelas fazendo-se as devidas correções de acordo com as
condições locais de solo e tipo de fornecimento de água.
A profundidade efetiva antes de alcançar o valor máximo pode ser
estimada, segundo Martin et al. (1992), por:
(
Z = Zi + Kc Z f − Zi ) (38)
em que:
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O limite inferior da ADT nunca deve ser atingido pois representa água retida
com tamanha força que é impossível de ser absorvida pela maioria da plantas.
Mesmo antes do solo atingir o ponto de murcha a planta precisa gastar energia
extra para retirar água do solo, energia que poderia estar sendo usada para o
crescimento ou produção. Várias pesquisas têm mostrado que diferentes
espécies ou mesmo diferentes cultivares têm capacidades diferentes em retirar
água do solo sem reduzir crescimento ou produção. Portanto, apenas parte da
chamada Água Disponível Total é facilmente disponível para a cultura. A esta
parte da ADT, dá-se o nome de “Água Facilmente Disponível” ou Água
Disponível Real que é expressa por:
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GRUPO CULTURAS
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9 DOTAÇÃO DE REGA
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ADR
TR = (41)
ET ∗m
em que:
Para intervalo fixo entre irrigações, a reposição de água é feita com lâminas
crescentes, de acordo com o estádio vegetativo. Para isto, é necessário “encher o
reservatório”, isto é, fazer uma irrigação de pré-plantio de maneira a levar a
umidade da camada de solo correspondente à profundidade efetiva final do
sistema radicular para capacidade de campo (capacidade máxima de retenção
de água). A partir da capacidade de campo (“reservatório cheio”) faz-se a
reposição a cada TR dias do consumo de água ocorrido no período. Portanto, a
quantidade de água necessária para cada irrigação ou lâmina bruta de irrigação
é determinada por:
TR × ETm
LBI = − Pe (42)
Ei
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em que:
TR = Turno de rega (dias)
Etm = Média da Evapotranspiração máxima da cultura desde a irrigação
anterior (mm/dia)
Ei = Eficiência da irrigação (%/100)
Pe = Chuva efetiva ocorrida desde a última irrigação (mm)
Existem três formas básicas de expressar a dotação de rega para fins de projeto:
a) pela quantidade total de água necessária no ano ou no ciclo da cultura; b) pela
quantidade de água por irrigação dando o número de irrigações no ano ou no
ciclo da cultura e o turno de rega; c) pela vazão contínua unitária q ( L/s.ha ).
ETm∗
q = 0,116 × (43)
Ei
em que:
q = vazão contínua unitária [ L/s.ha]
ET*m = ETm máxima [mm/dia]
Ei = Eficiência de irrigação [%/100]
Qnec = q × A (44)
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Portanto, com os dados do exemplo, teremos uma Qnec = 11,2 L/s. Esta vazão
corresponde à vazão contínua (24 horas por dia) mínima necessária para atender
a demanda por água na fase de maior consumo pela planta. A vazão de captação
é obtida considerando a jornada diária de trabalho (J) e é obtida por:
24
Q c = Q nec × (45)
J
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