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ISSN 2177-3548
[1] [2] | Título abreviado: Habilidades Sociais Educativas de Mães | Endereço para correspondência: | Email: maiafalmeida@gmail.com | DOI: 10.18761/PAC.2018.8
Resumo: O estudo objetivou identificar em que medida estão envolvidas as habilidades so-
ciais nas práticas educativas parentais das mães com seus filhos e comparar as habilidades
sociais educativas das mães na relação entre meninos e meninas de escola pública e particular.
Participaram 3 mães de escola pública (2 mães de meninas e uma mãe de menino) e 3 mães
de escola particular (2 mães de menino e uma mãe de menina) do 6º ano, com idades entre
11 e 12 anos. Foi utilizada entrevista semiestruturada com base no Roteiro de Entrevista de
Habilidades Sociais Educativas Parentais (RE-HSE-P). Os resultados da interação indicaram
que as mães de meninos e meninas de escola pública e particular apresentaram um bom re-
pertório de HSE-P, mas, nas práticas negativas mostraram um repertório clínico, influencian-
do nos problemas de comportamento. Os filhos e filhas apresentaram um bom repertório de
habilidades sociais, mas revelaram problemas de comportamento. Considera-se importante
ampliar a discussão sobre o comportamento de mães no uso de um repertório de habilidades
sociais educativas na interação com os filhos percebendo como atuam e interagem no com-
portamento das crianças.
Palavras-chave: habilidades sociais educativas, práticas educativas parentais, relações in-
terpessoais
Resumen: El estudio tuvo como objetivo identificar en que medida están involucradas las
habilidades sociales en las prácticas educativas parentales de las madres con sus hijos y com-
parar las habilidades sociales educativas de las madres enlarelación entre niños y niñas de
la escuela pública y privada. Participaron 3 madres (una de niño y dos de niñas) de escuela
pública y 3 madres (una de niña y dos de niños) de escuela privada de 6° año de laenseñanza
primaria, con edades entre 11 y 12 años. Fue utilizada entrevista semi estructurada con base
en el Guión de Entrevista de Habilidades Sociales para Educación de los Padres (RE-HSE-P).
Los hallazgos de la interacción indican que las madres de niños y niñas en escuela pública
y privada presentaron un buen repertorio de HSE-P, sin embargo en prácticas negativas de-
muestran un buen repertorio clínico influenciando los problemas de comportamiento. Los
hijos e hijas presentanunbuen repertorio de habilidades sociales, sin embargo revelaron pro-
blemas de comportamiento. Puestoeso, se considera importante ampliar la discusión sobre el
comportamiento de madres en uso del repertorio de habilidades sociales educativas durante
la interaccióncon sus hijos, de modo a percibir como actúan e interactúanenel comporta-
miento de ellos.
Palabras-clave: habilidades sociales educativas, prácticas educativas parentales, relaciones
interpersonales
Educar é uma tarefa difícil e muitos pais e mães As práticas educativas parentais definem-se como
podem apresentar obstáculos e dúvidas sobre a estratégias cotidianas específicas da parentalidade
melhor estratégia que os indique uma prática edu- para orientar a conduta dos filhos (Gomide, 2009).
cativa positiva e consistente. Para Grusec (2011), Nesse sentido, podem influenciar a autoestima, os
a criança aprende valores morais e convenções so- comportamentos externalizantes e internalizan-
ciais através do processo de socialização, com os tes, o desempenho acadêmico e as relações sociais.
pais transmitindo regras e padrões sociais aos seus Portanto, Bolsoni-Silva, Loureiro e Marturano
filhos, sendo as intervenções parentais o eixo cen- (2011); Grusec 2011; Piña e Salcido (2012); Casali-
tral na educação dos filhos. Robalinho, Z. Del Prette e Del Prette (2015) des-
Cavalcante e Kabengele (2014) referem-se à ex- tacaram que quando os pais educam seus filhos,
pressão “pais”, tanto para o pai como para a mãe, estimulam repertórios por meio de interações po-
destacados por um exercício de muita responsabi- sitivas, estabelecem normas de convivência e super-
lidade no que diz respeito à educação dos filhos. visão contínua, promovem as necessidades básicas
Apesar de o pai ter um papel relevante nesse ensi- dos filhos e trazem contribuições para que eles se
no, estudos mostraram que o envolvimento da mãe desenvolvam socialmente, por meio da transmissão
e o vínculo afetivo são intensos e seu papel fren- de atitudes, valores e crenças.
te ao cuidado dos filhos e da família ainda exerce Bolsoni-Silva, Loureiro e Marturano (2011),
uma grande influência na educação deles (Sousa utilizaram a abordagem teórica da Análise do
& Löhr-Tacla, 2015; Maia & Soares, prelo; Borsa Comportamento para operacionalizar a descrição
& Nunes, 2011; Patias, Siqueira, & Dias, 2013). Os funcional de habilidades sociais educativas, princi-
autores Kobarg, V. Vieira e Vieira (2010); Biglan, palmente as relacionadas à interação pais e filhos.
Flay, Embry e Sandler (2012) ressaltaram que existe Utilizaram o Roteiro de Entrevista de Habilidades
um consenso progressivo de que as interações mãe- Sociais Educativas Parentais (RE-HSE-P) que é um
-filho quando se apresentam positivas e confiáveis, instrumento que compreende e avalia a interação
favorecem o suporte necessário para o desenvolvi- entre pais e filhos, além de investigar variáveis ante-
mento psicossocial sadio de crianças. Dessa forma, cedentes e consequentes para cada habilidade social
é de grande importância ampliar a discussão sobre educativa parental. Baseia-se em uma entrevista se-
o comportamento de mães relacionando as práticas miestruturadada que permite analisar as relações
educativas maternas, as habilidades sociais educati- que se estabelecem neste contexto, suas queixas e
vas e os problemas de comportamento de meninos comportamentos dos pais frente ao desenvolvimen-
e meninas, percebendo como atuam e interagem to dos filhos. Este instrumento é o mesmo utilizado
com seus filhos adolescentes. neste estudo. Bolsoni-Silva et al. (2011) indicaram
Considera-se, então, que práticas educativas que os estudos sobre habilidades sociais educativas
parentais adequadas, que buscam relacionar ha- parentais têm sido efetivados com a intenção de
bilidades sociais educativas, podem gerar um de- ajudar os pais na trajetória e na superação de obstá-
senvolvimento positivo nos adolescentes nas quais culos referentes à prática educativa. Segundo Biglan
estimulam a interação com outras pessoas e mi- et al. (2012), espaços que promovem o desenvol-
nimizam problemas de comportamento. As habi- vimento bem sucedido e impedem o aumento de
lidades sociais educativas (HSE-P) são definidas problemas psicológicos e comportamentais são ca-
por Silva (2000) como o conjunto de habilidades racterizados como ambientes estimulantes que pro-
dos pais, aplicáveis à prática educativa dos filhos, movem o comportamento pró-social e que ajudam
que estabelecem limites e/ou regras e que venham aos filhos a terem comportamentos autoregulado-
a colaborar com a aprendizagem de novos com- res e as habilidades necessárias para tornarem-se
portamentos. Segundo Souza e Löhr-Tacla (2015), futuros adultos produtivos da sociedade.
a maneira como os pais educam seus filhos tem Gomide (2009), Rodrigues, Veiga, Fuentes e
sido objeto de estudo, pois as práticas educativas García (2013) e Murta (2007), descreveram que
parentais estão interligadas ao desenvolvimento muitos dos problemas relacionados às práticas
psicológico e comportamental na adolescência. parentais impositivas e reforçadas por repertórios
que apresentam pouco envolvimento, possuíam necessário conversar e esclarecer o cuidado com o
como um dos fatores preditivos o comprometi- corpo e o namoro, evitando o risco de engravidar.
mento de habilidades sociais no desenvolvimen- Portanto, verificou-se que a educação de meninos
to socioemocional de crianças e adolescentes. e meninas é diferente e as práticas em relação a eles
Portanto, os ambientes estimuladores, que geram são orientadas pelas representações sociais de gê-
satisfação, conforto e segurança, são importantes nero presentes nas famílias, prevalecendo valores
para a saúde e bem-estar de crianças e adolescen- tradicionais já definidos socialmente. O estudo de
tes, pois minimizam os problemas psicológicos e Bolsoni-Silva (2017) descreveu as interações sociais
comportamentais, prejudiciais ao contexto fami- estabelecidas entre mães e filhos em relação às prá-
liar (Cecil, Barker, Jaffee, & Viding (2012); Biglan, ticas educativas, indicando que as mães interagiam
Embry, & Sandler, 2012; Alegre, Benson, & Pérez- mais em função dos comportamentos do que em
Escoda, 2014). Contudo, estudos da literatura relação ao sexo da criança. Os resultados indicaram
(Silva & Tokumaru, 2008) têm recebido atenção que, de maneira geral, as mães utilizavam estraté-
em investigações que ajudam na percepção das gias iguais para meninos e meninas, mas ao sepa-
práticas parentais educativas, embora sejam es- rar os subgrupos por problema e por sexo, algumas
cassas as comparações envolvendo meninos e me- poucas diferenças existiram e as práticas negativas
ninas de escolas públicas e particulares. contingentes aos comportamentos dos meninos fo-
O estudo de Nascimento e Trindade (2010) teve ram evidenciadas.
por objetivo conhecer as práticas educativas dire- O estudo de Mensah e Kuranchie (2013) cor-
cionadas a meninos e meninas na família e reco- robora os resultados de Nascimento e Trindade
nhecer as representações sociais de gênero que as (2010) à medida que verificou a influência dos
orientam. Participaram 44 famílias compostas por comportamentos parentais no desenvolvimento
pais, mães e adolescentes de ambos os sexos, de social dos filhos e em suas atividades nos resulta-
um bairro de classe popular, de Vitória, no Espírito dos educacionais das crianças. Participaram 480
Santo. As diferenças na criação de filhos e filhas adolescentes de escola básica e 16 professores dos
apontadas pelos participantes nas entrevistas fo- Distritos Educativos Oriente e Oeste de Sunyani
ram agrupadas em categorias sobre a representação da região de BrongAhafo, no Gana. Os resulta-
social tradicional do que é ser homem ou mulher. dos revelaram que a maioria dos pais adotavam
Os resultados indicaram que para a maioria dos estilos autoritativos, isto é, mais democráticos na
participantes as práticas educativas mostravam-se educação de seus filhos. Percebe-se que as práticas
distintas para meninos e meninas e as diferenças educativas autênticas, baseadas no raciocínio, na
relatadas por pais, mães e filhos (as) eram orienta- compreensão, no consenso e na confiança resulta-
das pelas representações de gênero que estão no seu ram em um comportamento pró-social, enquan-
meio social. Os pais disseram que as meninas apre- to a prática autoritária baseada em regras rígidas,
sentavam-se como “mais respeitosas” e as mães já força, ameaças, punições verbais e físicas resultou
indicavam os meninos como sendo mais preguiço- em comportamento antissocial. A competência e
sos na escola, menos cuidadosos e as meninas, mais o desenvolvimento social dos estudantes foram
calmas e carinhosas. Os adolescentes de ambos os determinados pela classificação dos professores
sexos relataram que os meninos davam mais tra- sobre os comportamentos dos alunos exibidos na
balho porque brigavam mais, obedeciam pouco e escola. Portanto, indica-se que os pais se empe-
faziam mais desordem, enquanto as meninas foram nham em adotar um estilo parental autêntico para
consideradas menos difíceis porque exibiam mais permitir que seus filhos e filhas desenvolvessem
cuidado e educação. Em outra categoria de respos- comportamentos pró-sociais.
tas os participantes apontaram que é diferente o Oliveira, Rabuske e Arpini (2007), investiga-
tipo de preocupação que ambos, pais e mães têm ram as práticas educativas maternas em usuários
com os filhos e as filhas. O receio dos pais está no de um Centro de Saúde em Santa Maria/RS a partir
envolvimento dos meninos com drogas e das meni- do relato oral de mães de crianças de até 12 anos,
nas com o início da vida sexual muito cedo, sendo através de entrevistas individuais semiestruturadas.
O objetivo do estudo foi identificar as dificuldades Marturano (2008) objetivou comparar habilidades
enfrentadas na educação dos filhos e as práticas Sociais Educativas Parentais (HSE-P) entre pais de
educativas maternas. Os relatos maternos foram pré-escolares com problemas de comportamento e
submetidos à análise de conteúdo temática cate- pais de pré-escolares com comportamentos social-
gorial e mostraram que as dificuldades apontadas mente habilidosos, sendo comparadas as HSE-P de
foram o ciúme e os conflitos relacionados às regras pais e mães, pertencentes à escola pública do inte-
familiares. As práticas educativas maternas obser- rior de São Paulo. Participaram 48 casais, sendo 24
vadas foram sobre a infância e o desenvolvimento, com filho (a) que, segundo o professor, tinha com-
bem como dificuldades existentes na relação mães- portamento socialmente habilidoso (Grupo CSA)
-filhos, os motivos conferidos a essas dificuldades, e 24, um filho com problemas de comportamento
o uso de estratégias maternas para resolução das (Grupo PC). Pais e mães responderam a um roteiro
situações difíceis, os critérios e as fontes de auxílio de entrevista que avaliava HSE-P. Observou-se no
para a educação dos filhos. Observou-se para o uso Grupo CSA uma tendência a avaliar mais positiva-
dessas estratégias, as influências familiares, as ex- mente suas HSP-E demonstrar carinho, concordar
periências com o primeiro filho e a busca pela me- com cônjuge, cumprir promessas. Nesse estudo, as
lhor maneira de agir. As mães relataram que faziam mães consideraram-se mais habilidosas que os pais
uso de estratégias de força coercitiva, exercendo de e as HSP-E que mais diferenciaram os grupos fo-
violência física e/ou psicológica nas relações com ram àquelas relacionadas à consistência e ao afeto
os filhos. Observa-se que a utilização de práticas positivo. Portanto, segundo Bolsoni-Silva, Loureiro
educativas coercitivas e pouco conhecimento de e Marturano (2011) os resultados demonstram que
como lidar com situações intensas da convivên- pode-se considerar que as mães, especialmente as
cia, podem reforçar nos filhos um maior número CSA, utilizam-se de habilidades de comunicação
de problemas de comportamento (Cavalcante & utilizadas tanto para declarar afeto como para de-
Kabengele, 2014). O estudo de Souza e Löhr-Tacla terminar limites sendo mais consistentes quanto à
(2015) apresentaram dados semelhantes aos de forma de educar e solicitar mudança de comporta-
Oliveira, Rabuske e Arpini (2007), pois trazem a mento. O resultado do presente estudo corrobora
família como referência na educação e no desenvol- com os estudos de Leme e Bolsoni-Silva (2010) que
vimento da criança, agindo no aprendizado de no- relataram resultados com 20 mães de crianças com
vos repertórios sociais. O estudo teve por objetivo problemas de comportamento (Grupo Clínico) e
verificar a relação entre práticas parentais e habili- de 20 mães de crianças sem problemas de compor-
dades sociais de crianças do 6º ao 7º ano do Ensino tamento (Grupo não Clínico). Participaram deste
Fundamental de uma escola pública. Participaram estudo 40 mães de crianças com idade entre qua-
do estudo 28 crianças de 10 a 13 anos de idade, de tro e seis anos, de Escolas Municipais de Educação
ambos os sexos. Os resultados apontaram que para Infantil (EMEI) e 19 professoras, do interior de São
as habilidades sociais, 100% as crianças apresenta- Paulo. O estudo teve por objetivos, comparar as fre-
ram comportamento socialmente habilidoso. Nas quências das habilidades sociais e dos problemas de
práticas parentais, 57% apresentaram práticas po- comportamento das crianças, descrever as situações
sitivas e 43% práticas negativas. Percebe-se que as em que as crianças apresentavam os comportamen-
práticas educativas autênticas, baseadas no raciocí- tos problema e socialmente habilidosos, descrever
nio, na compreensão, no consenso e na confiança, os comportamentos das mães diante dos compor-
podem resultar em um comportamento pró-social, tamentos dos filhos e descrever os comportamentos
enquanto a prática autoritária baseada em regras rí- dos filhos diante dos comportamentos maternos.
gidas, força, ameaças, punições verbais e físicas po- Os resultados indicaram que as crianças do Grupo
dem aumentar a probabilidade de comportamentos não Clínico apresentaram mais habilidades sociais
antissociais. e menos problemas de comportamento externali-
Dessa forma, no que diz respeito a compor- zantes que as crianças do Grupo Clínico. As mães
tamentos socialmente habilidosos na compara- do Grupo não Clínico relataram mais Habilidades
ção entre pais e filhos, o estudo de Bolsoni-Silva e Sociais Educativas Parentais de Expressão de
A Tabela 1 traz a frequência das pergun- conversa sobre tudo. Eu converso sobre tudo com
tas gerais para Comunicação; Expressão de ele tudo, tudo. Não espero acontecer situações para
Sentimentos e Enfrentamento positivos e negativos sentar e conversar” (I., 39 anos, menino/12 anos).
e Estabelecimento de Limites, segundo o RE HSE-P. Em relação à expressão de sentimentos positivos,
Foi possível perceber que as mães de meninas e me- as mães relataram como expressavam os sentimen-
ninos de instituição pública e privada, destacaram tos positivos e demonstravam carinho: “De amor? O
a Comunicação e relataram conversar com seus fi- tempo todo, o tempo todo. Ela não gosta” (R., 44 anos,
lhos sobre os assuntos do seu dia a dia, os quais menina/11 anos). “Sempre abraçando e ele quer mais,
apresentavam comportamentos não clínicos com porque ele é muito carinhoso, dengoso, aí de vez em
alto escore de HSE-P conforme descrito nas falas a quando ele fala: - Mãe, você não está ficando muito
seguir. Você conversa com seu filho(a)? “Converso, tempo comigo” (A.P., 42 anos, menino/11anos). Com
converso bastante. É com bastante frequência. Eu os relatos das mães, pode-se perceber que se preocu-
converso com ela sobre tudo, sobre todos os assun- pavam em expressar sentimentos positivos, ajudan-
tos, principalmente quando a gente vê algo relacio- do seus filhos na valorização de suas atitudes, poten-
nado ao jovem na televisão, aí eu entro no assun- cializando o aprendizado de comportamentos mais
to com ela pra deixar ela a par, né”? (F., 33 anos, adequados, com práticas estimuladoras de comporta-
menina/11 anos). “Muito. Todo dia. Somos muito mentos pró-sociais dos filhos.Além do repertório de
amigas. A gente conversa sobre sexo, sobre drogas, práticas positivas, as mães também expressam senti-
sobre a vida, a violência” (E., 49 anos, menina/12 mentos negativos, quando consideram inadequados
anos). “É o cotidiano da gente mesmo. A gente os comportamentos dos filhos.
Tabela 1 – Análise do RE HSE-P (perguntas gerais) de Mães e Filhos dos gêneros masculino e feminino
correlacionando-os por escolas pública e privada.
Masculino Feminino
Mães Filhos AR Mães Filhas AR
HSE-P PN HS PC C TN TP HSE-P PN HS PC C TN TP
2
22 21 49 10 36 31 107
(F./33
(NC) (C) (NC) (L) (NC) (C) (NC)
3 anos)
30 24 48 22 27 46 103
Pública (I./39 3
(NC) (C) (NC) (C) (NC) (C) (NC)
anos) (R./44 29 14 26 31 41 45 95
anos) (NC) (NC) (NC) (C) (NC) (C) (NC)
1
36 24 53 16 48 40 137
(A./44
(NC) (C) (NC) (C) (NC) (C) (NC) 1
anos) 29 18 35 19 51 37 115
Privada (E./44
2 (NC) (C) (NC) (C) (NC) (C) (NC)
19 15 37 04 30 19 86 anos)
(AP./42
(NC) (C) (NC) (NC) (NC) (C) (NC)
anos)
Legenda: AR: Aspectos do Relacionamento; HSE-P: Habilidades Sociais Educativas Parentais; PN: Práticas Negativas; HS:
Habilidades Sociais; PC: Problemas de Comportamento; C: Contexto; TN: Total Negativo; TP: Total Positivo. As classificações
são mostradas como NC: Não Clínica; C: Clínica e L: Limítrofe.
Tanto mães de meninos como mães de meninas cia geral indicaram que as mães de duas meninas,
de escola pública e particular relataram apresentar apresentavam um repertório clínico, utilizando-se
qualidades nas HSE-P (não clínico), nas quais mos- de práticas negativas de educação e revelaram altos
tram um resultado positivo de interação. A quali- escores para problemas de comportamento. Em re-
dade da interação (número de itens) e a frequên- lação aos meninos, as mães também apresentaram
um repertório deficitário (clínico) nas práticas ne- bilidosos e ambos (meninos e meninas de escola
gativas de educação, influenciando negativamente pública ou particular) reagiam com sentimentos
na interação total e interferindo nos aspectos do re- de enfrentamento: choravam, ficavam teimosos e
lacionamento. Em seguida as mães relataram como insistentes, emburravam e tentavam vencer pelo
expressavam os sentimentos negativos. De que for- convencimento. Pode-se observar que tanto mães
ma você expressa sentimentos negativos? “Ah, é gri- de meninos quanto mães de meninas para estabe-
tando, gritando. Gritar é o que eu mais faço. Grito lecer limites utilizam habilidades sociais educativas
de vez em quando” (F. 33 anos, menina/11 anos). de comunicação no sentido de orientá-los sobre o
“Ah, eu bato e falo ao mesmo tempo. Eu bato e falo certo e o errado, nas situações do dia a dia, pois
ao mesmo tempo. Eu falo mais do que bato, mas relatam se sentirem muito bem ao colocar o limi-
eu bato” (I., 39 anos, menino/12 anos).“Às vezes é te. Observam-se as seguintes falas. Como seu(ua)
difícil eu bater, mas às vezes assim tem hora que filho(a) reage ao limite? “Fica sem graça, com muita
ele me tira tanto do sério..., que de vez em quando vergonha, assim, me pede desculpa. Tudo bem. Só
sobra um tapinha” (A. P. 42 anos, menino, 11 anos). não quero que repita a dose” (E., 49 anos, meni-
A relação que comparou meninos e meninas na/12 anos). “Ele obedece, alguns ele obedece bem,
baseia-se na Comunicação que aponta um reper- como na hora de dormir, dificilmente ele fica acor-
tório clínico para problemas de comportamen- dado e os outros ele nunca aceita, na realidade ele
tos. Esses comportamentos apresentam-se como nunca aceita. Ele chora, ele resmunga, ele insiste
internalizantes tanto para meninos como para as achando que eu vou ceder em qualquer momento,
meninas de escola pública e particular. Os com- mas ele já está vendo que não adianta insistir” (I.,
portamentos internalizantes são identificados nas 39 anos, menino/12 anos).
respostas das mães quando dizem que os filhos ao Em relação ao comportamento dos filhos, esses
responderem aos seus questionamentos “ficam en- apresentavam, segundo o relato de mães, um reper-
vergonhados, ficam quietos, não querem responder, tório não clínico de habilidades sociais e oferecem
ficam tristes, se desvalorizam, ignoram, ficam sem um resultado positivo de interação. Algumas vezes
conversar”. manifestam comportamentos internalizantes como
Em relação ao Estabelecimento de Limites, as o choro, como sentir-se envergonhado, quando res-
mães tanto de escola pública, como particular, di- mungam e as mães imporem algumas regras e limi-
zem que colocam limites para educar seus filhos, tes, principalmente na comparação entre as meni-
pois há limites e regras na sociedade conforme nas que expõem mais comportamentos deficitários
exemplo a seguir. Em sua opinião é importante es- (clínicos e um comportamento limítrofe).
tabelecer limites? “É, é sim, senão minha filha. Já Comparando também meninos e meninas, to-
estabelecendo é difícil, imagina, tem que ter todo das as mães relataram que o cônjuge não interfere
mundo tem que ter, até a gente tem que ter” (R., 44 na educação dos filhos, deixando toda a responsa-
anos, menina/ 11 anos). “Muita coisa. Em qualquer bilidade de educá-los para as mães. Essa decisão
faixa etária, porque eu já dei aula e sei que a falta de é da própria mãe que dificilmente deixa que o pai
limites gera insegurança na criança” (A., 54 anos, interfira em suas decisões que, segundo as mães,
menino/11 anos). “Ah, pra mim é, pra mim é. Se são elas que irão administrar na maior parte do
eu deixasse por ele, ia dormir 2, 3 horas da manhã, tempo. Algumas falas são descritas a seguir. Você
porque é isso que os colegas falam” (I., 39 anos, me- e seu cônjuge se entendem quanto a forma de edu-
nino/12 anos). car seu(ua) filho(a)? “Hoje em dia sim, antes não. A
Portanto, as práticas das mães se identificam gente brigava muito, agora ele escuta eu falar: - É
quanto ao Estabelecimento de Limites e a intenção isso mesmo, sua mãe está falando, meu filho, não
é para que os filhos aprendam que não podem fa- pode ser assim, entendeu” (I., 39 anos, menino/12
zer tudo o que querem, mas acabam impondo li- anos). “Olha, a gente se entende porque a educação
mites principalmente para o celular, a televisão e a quem dá sou eu” (R., 44 anos, menina/ 11 anos).
internet. Quando os filhos não concordavam com “Nós temos algo assim. Eu sou mais direta e o pai
suas mães, apresentavam comportamentos não ha- é a minha retaguarda. Então eu tô falando, eu sou
à frente, mas na hora que ele fala chega, chega” (A., como as mães conduzem suas interações com os
54 anos, menino/11 anos). filhos, pode influenciar nas atitudes dos adoles-
Na comparação com as mães de meninos e centes, interferindo no clima familiar e na quali-
meninas pode-se perceber que as mães apresen- dade dos laços afetivos (Delatorre, Patias, & Dias,
tam uma qualidade nas HSE-P (não clínico) e as 2015). Desse modo, a utilização de práticas co-
práticas negativas de educação apresentam um re- ercitivas e mais restritivas dos pais, quando con-
pertório clínico, influenciando na interação total tingentes aos problemas de comportamento dos
negativa. As mães, de uma maneira geral, apre- filhos, pode inibir sua autonomia e revelar índices
sentam um bom escore das interações de contex- de comportamentos opositores e de grande de-
to, sendo que as mães de meninas mostram uma pendência emocional (Bolsoni-Silva, et al., 2016b;
frequência deficitária (clínica), no que diz respeito Gomide, 2011).
aos aspectos de relacionamento. Considerando a frequência de perguntas espe-
Nota-se que todas as meninas apresentavam cíficas, as mães apresentam qualidade nas HSE-P
um bom repertório de habilidades sociais, embora (não clínico), nas quais mostram um resultado
revelassem altos escores de problemas de compor- positivo de interação. Os filhos também apresen-
tamento também. Os meninos, nesse caso, apresen- tam repertório não clínico de habilidades sociais
tavam altos escores de habilidades sociais, sendo e oferecem um resultado positivo de interação.
que dois meninos apresentam escores altos para Apesar de apresentarem boas HSE-P, duas mães
problemas de comportamento e apenas um menino de meninas apresentam um repertório clínico e
não apresenta problemas de comportamento signi- outro limítrofe nas práticas negativas de educação,
ficativo. O sexo não aparece como determinante pois sinalizam que quando fazem algo errado em
das práticas educativas. relação à filha, sentem-se erradas, utilizando ser-
Os resultados mostraram que, tanto às mães mões, quando falam alguma coisa ruim, brigam
de escola particular, como as mães de escola pú- de forma exagerada e ficam bravas. Em relação aos
blica, apresentaram um bom repertório de HSE-P, meninos a frequência das interações de contexto
mas as práticas negativas de educação apresenta- aparece como deficitária (clínico) e somente para
vam excessos afetando a interação total negativa uma mãe de menino, as interações de contexto
com os filhos, que interferem nos aspectos do não apresentam influências nas práticas negativas
relacionamento. De uma maneira geral, a forma e nos problemas de comportamento.
Tabela 2 – Análise do RE HSE-P (perguntas específicas) de Mães e Filhos dos gêneros masculino e feminino
correlacionando-os por escolas pública e privada.
Masculino Feminino
Mães Filhos AR Mães Filhas AR
HSE-P PN HS PC C TN TP HSE-P PN HS PC C TN TP
2
15 07 12 03 01 10 28
(F./33
(NC) (C) (L) (NC) (C) (NC) (L)
anos)
3 16 08 14 03 06 11 36
Pública
(I./39 anos) (NC) (NC) (NC) (NC) (NC) (NC) (NC) 3
15 05 07 03 04 08 26
(R./44
(NC) (NC) (C) (NC) (L) (NC) (NC)
anos)
1 18 06 16 03 06 09 40
(A./44anos) (NC) (L) (NC) (NC) (C) (NC) (NC) 1
11 06 17 04 04 10 32
Privada 2 (E./44
16 06 12 -- 03 06 31 (L) (L) (NC) (NC) (C) (NC) (NC)
(AP./42 anos)
(NC) (L) (NC) (NC) (C) (NC) (NC)
anos)
Legenda: AR: Aspectos do Relacionamento; HSE-P: Habilidades Sociais Educativas Parentais; PN: Práticas Negativas; HS:
Habilidades Sociais; PC: Problemas de Comportamento; C: Contexto; TN: Total Negativo; TP: Total Positivo. As classificações
são mostradas como NC: Não Clínica; C: Clínica e L: Limítrofe.
cisa existir, porque sem regras fica muito mais ção, nas expectativas no desempenho feminino e
difícil educar. De uma maneira geral, pode-se masculino. Portanto, o estudo pôde mostrar que,
perceber que estabelecer limites, dizer não, escla- de maneira geral, as mães apresentavam formas de
recer regras, pode minimizar problemas de com- educar parecidas para meninos e meninas, embora
portamentos, sendo importante estabelecer outras apareçam mais problemas de comportamento in-
habilidades como dar opiniões, fazer perguntas e ternalizantes nas meninas. Segundo Bolsoni-Silva,
ter uma concordância parental quanto à forma Loureiro e Marturano (2016), os problemas inter-
de educar (Bolsoni-Silva, Loureiro & Marturano, nalizantes aparecem sob a forma de inibidores do
2011). Mensah e Kuranchie (2013) compreendem comportamento, timidez acentuada, tristeza e de-
que os limites são importantes para conter compor- pressão, podendo afetar o desenvolvimento socioe-
tamentos inapropriados e que existem outras for- mocional de crianças e adolescentes. Segundo Fanti
mas de determiná-los, sem precisar usar técnicas e Henrich (2010) os comportamentos internalizan-
coercitivas. Ainda relatam que práticas autoritárias tes têm sido associados ao sexo feminino. Os dados
baseadas em punições, ameaças físicas ou verbais, apresentados neste estudo indicaram interações po-
podem fortalecer comportamentos antissociais, sitivas das mães tanto com as filhas, quanto com os
incluindo problemas de comportamento externali- filhos. Entretanto, o estudo atestou a necessidade de
zantes ou internalizantes que apresentam condutas reduzir as práticas negativas de educação, para di-
prejudiciais ao desenvolvimento humano. Segundo minuir os problemas de comportamento dos filhos,
Breinholst, Esbjorn, Reinholdt-Dunne, e Stallard, realçados por comportamentos internalizantes, tais
2012; Lins e Alvarenga, 2015; Kehoe et al., 2014; como retraimento, depressão e ansiedade (Bolsoni-
Achenbach et al., 2008, os problemas de comporta- Silva et al., 2011).
mento internalizantes são distúrbios pessoais, como
relações de apego inseguro, problemas de comuni- 3) HSE-P segundo instituição pública e
cação, superproteção, críticas e exigências excessi- privada
vas, falhas no ensino de autonomia, a depressão e Os resultados mostraram que, tanto às mães de
sentimento de inferioridade, enquanto os proble- escola particular, como as mães de escola pública,
mas externalizantes diferenciam-se no desafio, nos apresentaram um bom repertório de HSE-P, apesar
comportamentos agressivos, associados aos con- de apresentarem diferenças tanto na escolaridade
flitos com o ambiente. Dessa forma, Goldiamond quanto no contexto socioeconômico. As mães apre-
(2002) destaca que quando o comportamento é re- sentam ideias próximas sobre a forma de educar os
forçado positivamente, as crianças podem buscar filhos e apresentam um bom repertório de habili-
respostas mais encorajadoras e, baseado nos princí- dades educativas parentais. Contudo, pode-se per-
pios da Análise do Comportamento, pode ampliar ceber que as variáveis sexo e instituição parecem
novos repertórios e minimizar futuros problemas interferir pouco nas práticas utilizadas pelas mães.
de conduta. Além disso, nesse modelo de atuação Este estudo mostrou que as práticas parentais são
não há um foco exclusivo em desenvolver repertó- mais contingentes aos comportamentos das crian-
rios comportamentais centrados na queixa princi- ças e a forma como as mães lidam e educam seus
pal do indivíduo, mas sim em promover uma ampla filhos independem do sexo ou da instituição públi-
gama de comportamentos que o ajude a resolver ca ou particular. No estudo de Bolsoni-Silva (2017)
suas dificuldades e obter os reforçadores necessá- também foi percebido que as interações sociais
rios ao seu desenvolvimento (Goldiamond, 2002). constituídas entre mães e filhos são contingencia-
das pelos comportamentos e algumas raras diferen-
2) HSE-P segundo sexo ças foram encontradas nas práticas entre meninos
Sampaio (2007) relata que existem poucos estudos e meninas. A literatura destaca que quando os pais
sobre práticas educativas na família sobre o sexo educam seus filhos, de uma maneira geral, incenti-
dos filhos. As práticas educativas parentais em rela- vam repertórios que envolvam relações positivas e
ção ao sexo podem interferir nas relações de apego, com atitudes que contribuem para uma convivência
a comportamentos verbais e formas de comunica- saudável para viver em sociedade (Bolsoni-Silva,
Loureiro, & Marturano, 2011; Grusec, 2011; Piña das mães na relação entre meninos e meninas de
& Salcido, 2012; Casali-Robalinho, Z. Del Prette, & escola pública e particular, o estudo apresenta evi-
Del Prette, 2015). Portanto, alguns estudos explici- dências de um bom repertório de habilidades so-
tam que existem expectativas parentais que condu- ciais educativas das mães, com práticas facilitadoras
zem a educação entre gêneros, podendo interferir ao desenvolvimento social dos adolescentes. Com
na forma de comunicação e de exigências aos com- base nos resultados apresentados pode-se concluir
portamentos socialmente esperados. No entanto, que as mães de meninos e meninas de escola pú-
os autores afirmam que os achados são frágeis, in- blica e particular apresentam um bom repertório
conclusivos e que demandam mais estudos na área de habilidades educativas parentais, indicando, em
(Sampaio, 2007; Bolsoni-Silva, 2017). Porém, as geral, boas interações entre eles. Nos padrões de co-
práticas negativas de educação apresentam déficits, municação das mães, apresentam um diálogo posi-
que afetam a interação total com os filhos e interfe- tivo com os filhos, participando de sua rotina diá-
rem nos aspectos do relacionamento, no qual pode ria, dando explicações sobre as consequências dos
motivar comportamentos mais vulneráveis. Apesar comportamentos, fazendo perguntas e estabelecen-
dos dados apresentados indicarem características do regras. Em comportamentos que expressam sen-
positivas na relação materna, as práticas negativas timentos e enfrentamento, as mães apontam como
de educação precisam ser reduzidas para dimi- estratégias o agrado, o abraço, o carinho e sentem-
nuir os problemas de comportamento. Um estudo -se felizes em poder expressar bons sentimentos aos
apresentado por Casali-Robalinho (2013) aponta seus filhos.
que o tipo de instituição não prediz o repertório A pesquisa permitiu diferenciar as práticas
de práticas educativas das mães nem o repertó- educativas das mães, quando utilizavam-se de
rio de habilidades sociais das crianças. Segundo ações coercitivas e não coercitivas e as consequên-
Dunker, Fernandes e Carreira Filho (2009) o que cias nos comportamentos dos filhos. Na aborda-
comumente se apresenta é que estudantes de esco- gem não coercitiva, as mães expressaram um bom
la pública de uma maneira geral, apresentam baixa repertório de habilidades sociais, mas no uso de
renda familiar, podendo limitar o acesso a maiores um tratamento coercitivo, apresentaram práticas
interações sociais em outros ambientes. Os auto- negativas indicando um repertório clínico poden-
res como Bandeira, Rocha, Freitas, Del Prette e Del do influenciar nos problemas de comportamento
Prette (2006) sugerem uma possível relação entre dos filhos. Nesse caso, o estudo reforça a redu-
o nível social e o desenvolvimento de habilidades ção de práticas negativas que possam minimizar
sociais, indicando que crianças de escola particular os problemas de comportamento. Sistematizar
diferem de crianças de escola pública pela maior algumas habilidades como conversação, dispo-
competência acadêmica relacionada com as habi- nibilidade social, diminuição de intervenções
lidades sociais. Portanto, pode-se perceber que os físicas, bom humor, são importantes estratégias
estudos não trazem correlações que definam dife- para reduzir problemas de conduta, construindo
renças significativas com o nível socioeconômico relacionamentos mais positivos e saudáveis. O
das mães. O resultado desse estudo corrobora com estudo também apontou que não houve diferen-
estudos da área e não traz características diferentes ça nas práticas de mães de escola pública e es-
sobre as práticas educativas das mães de escolas pú- cola particular. Em ambas as instituições, tanto
blicas e particulares. as meninas quanto os meninos apresentam um
bom repertório de habilidades sociais, embora as
meninas e dois meninos revelem altos escores de
Considerações Finais problemas de comportamento. Portanto, é impor-
tante perceber que alunos nessa fase de transição
Com o objetivo de identificar em que medida es- podem enfrentar novas demandas, necessitando
tão envolvidas as habilidades sociais educativas nas de modelos de comportamentos habilidosos que
práticas educativas parentais das mães com seus fi- os auxiliem a expressar e solucionar os problemas
lhos e comparar as habilidades sociais educativas de comportamento.
Informações do Artigo
Histórico do artigo:
1ª decisão editorial: 20/03/2018
2ª decisão editorial: 14/05/2018
3a decisão editorial: 19/06/2018