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O paradigmático alcance da Psicologia Escolar e Educacional ministrado


na Universidade Pedagógica: uma análise teórico prático

Por: Euclides Roberto C. Cossa1

*caros leitores agradecia que enviassem os vossos

comentários como forma de aperfeiçoar o presente artigo.

Resumo

O presente artigo pretende discutir a necessidade da prática clínica na formação dos


Psicólogos Escolares e Educacionais, alertando para a importância do resgate e a pertinência
da existência do curso de Psicologia Escolar no panorama da intervenção em saúde escolar,
nos curricula da Universidade Pedagógica, passando pelo contexto histórico que ditaram as
mudanças epistemológicas e paradigmáticas dos cursos ministrados pela mesma instituição.
Com o objectivo, não só de abrir as possibilidades de reflexão em torno das Práticas
Pedagógicas e com ela as Práticas Profissionalizantes na sua relação com o perfil do
psicólogo educacional que se pretende formar, mas, igualmente de demonstrar a pertinência
do formando em Psicologia Escolar (em especial) e Psicologia Educacional (como proposta)
de ter contacto com pacientes, realizar diagnósticos, entrevistas clínicas e aplicar testes
psicológicos, discutir as estratégias de intervenção com a equipe multidisciplinar, num longo
e continuo processo de Estágio Técnico Profissional supervisionado, clínico-hospitalar, ao
longo do seu processo de formação.

Palavras-chave: Estágio Técnico Profissional, Prática clínica, Psicologia Escolar, Psicologia


Educacional.

1
Licenciado em Psicologia Escolar pela Universidade Pedagógica, de momento é docente de Psicologia da
Aprendizagem e responsável pela Secção de Cultura do Departamento de Serviços Sociais, na Universidade
Pedagógica delegação de Maxixe. Correio electrónico: euclidescossa@gmail.com ou
euclidescossa@hotmail.com.
2

Introdução

Devo antes de mais, endereçar o meu especial agradecimento ao Professor Jaime Alípio pela
paciência ao se dispor a entrevista e o esclarecimento de alguns aspectos relativos ao percurso
histórico da Universidade Pedagógica e dos cursos ministrados. E não só, aos colegas que de
uma ou de outra forma ajudaram-me a perceber algumas incongruências quando da
elaboração do presente artigo, bem como a rectificação em aspectos técnicos e linguísticos.

Em 1986 funda-se o Instituto Superior Pedagógico, um instituto vocacionado para a formação


de professores para o ensino Secundário. Devido à escassez de recursos humanos
(professores) na educação havia a necessidade de estes se formarem num regime de cursos
bivalentes (e.g. História e Geografia, Física/Química, Psicologia e Pedagogia) por se entender
que estes podiam leccionar duas ou mais disciplinas, dentro da área de formação.

A Universidade Pedagógica é uma instituição, como tal, fundada em 1995 mantendo-se a


orientação de formar professores para o ensino secundário. No entanto, neste período a
Universidade Pedagógica não só se interessa pela formação de professores para o ensino
Secundário mas também com a formação de quadros para a educação. O sistema curricular do
tipo bivalente continua sendo opcional na medida em que possibilita servir à escassez do
mercado em tempo útil. Pouco tempo depois a Universidade Pedagógica amplia as suas áreas
de formações para abarcar um mercado para além da educação, englobando no seu “menu”
cursos de Administração, Contabilidade, Economia, Direito, entre outros. É neste âmbito que
ocorre uma cisão do curso de Psicologia e Pedagogia passando a designar-se Psicologia
Escolar. Esta cisão entre a Psicologia e a Pedagogia no currículo da UP dá-se em 2006 no
âmbito da reforma curricular de 2003, donde grande parte dos cursos assumiu o regime
monovalente.

O contexto que levou esta transformação foi a necessidade de formar psicólogos que podiam
actuar na área da educação. O objectivo, como afirma o Professor Jaime Alípio com quem
desenvolvemos uma interessante entrevista, era que este profissional deveria actuar na escola,
observando os processos ligados à aprendizagem e os comportamentos subsequentes e ajudar
os pais no relacionamento com os seus filhos e, não só, facilitar a aprendizagem e ajudar o
professor a lidar com o insucesso escolar. Neste processo cria-se igualmente o curso de
3

Psicologia Social e das Organizações, um curso desenhado sob solicitação do Ministério da


Indústria e Comércio 2.

Como que uma evolução, de Psicologia Escolar passa a designar-se Psicologia Educacional,
mantendo-se as intensões e uma boa parte do currículo, com a diferença que, o curso de
Psicologia Educacional apresenta dois minor’s, um em Educação de Infância e outro em
Educação e Assistência Social. Portanto volta-se aqui ao regime de formação bivalente, com
uma nova abordagem curricular porém, implicitamente, com o mesmo alcance: formar um
profissional com dupla funcionalidade para a leccionação de Psicologia.

Levanta-se aqui um paradoxo epistemológico: o que distingue, sob ponto de vista de alcance,
a Psicologia Escolar e a Psicologia Educacional? Ou seja, qual é o seu estatuto
epistemológico? Pretendemos, em primeira linha, analisar o processo de transição e
construção do currículo de Psicologia Educacional então ministrado na Universidade
Pedagógica e reflectir sobre o seu modelo de formação principalmente no que se refere à
pertinência das Práticas Pedagógicas (Estágio Técnico Profissional) nele desenvolvido. Com
objectivo maior de abrir as possibilidades de reflexão em torno das Práticas Pedagógicas e
com ela as Práticas Profissionalizantes na sua relação com o perfil do psicólogo educacional
que se pretende formar. Por outro lado pretendemos analisar até que ponto está-se a ter em
conta a necessidade de uma prática clínica, um subsídio extremamente fundamental para o
psicólogo, uma vez que grande parte dos problemas decorrentes do processo de aprendizagem
descai em abordagens clínicas de intervenção. Tal é o exemplo do papel do psicólogo escolar
e/ou educacional no processo de ensino inclusivo. Será que o modelo de formação da UP
habilita uma plena intervenção destes psicólogos neste grande debate que é o ensino
inclusivo? E até que ponto as Práticas (Estágio Técnico Profissional) são efectivas?
Pretendemos portanto demonstrar a necessidade de uma prática clínica na formação dos
Psicólogos Educacionais como pressuposto básico para uma plena intervenção em contexto
educacional e não só, o resgate e a pertinência da existência do curso de Psicologia Escolar no
panorama da intervenção em saúde escolar.

2
Informação obtida em entrevista com o Prof. Doutor Jaime Alípio.
4

Transição e contexto do surgimento do currículo de Psicologia Escolar e Psicologia


Educacional: um estudo comparativo

Desde já alertar que não pretendemos fazer um estudo exaustivo quanto ao processo de
“transformação” da acção da Universidade Pedagógica no contexto da Educação em
Moçambique mas sim debruçar-nos apenas nas motivações da transformação curricular e suas
consequências no que tange ao curso de Psicologia ministrado nesta instituição. Propondo,
portanto, um estudo comparado em relação ao contexto a que estes pretendiam dar respostas,
os objectivos curriculares e o seu alcance.

Ora vejamos, a área de Psicologia, principalmente a Psicologia Escolar e Psicologia


Educacional, constituem em Moçambique um campo de actuação bastante desconhecido, não
se nota uma estratégia clara e efectiva de “utilização” destes profissionais de saúde. Este
desconhecimento parece, como iremos ver, atingir a orientação e o alcance do currículo quer
da Psicologia Escolar, quer da Psicologia Educacional, ministrados na Universidade
Pedagógica.

Quando da existência do Instituto Superior Pedagógico o modelo de formação consistia num


regime de cursos bivalentes, dada a escassez do mercado em matéria de profissionais da
educação (professores para o ensino secundário). Neste sentido o curso de Psicologia e
Pedagogia foi criado em 1986 com a duração de 5 (cinco) anos como curso Bivalente, no fim
do qual o estudante obtinha o grau de Licenciado em Psicologia e Pedagogia. Donde, por ser
um curso Bivalente, as cadeiras de Psicologia eram leccionadas tendo em conta os objectivos
do curso3, não sendo possível abordar aqueles aspectos considerados importantes ligados a
aprendizagem; orientação escolar e profissional; aconselhamento psicológico e disposições
cognitivas dos jovens e adultos4.

O Plano Curricular de Bacharelato e Licenciatura em Psicologia Escolar (2008) clarifica que


as disciplinas Psicológicas eram de formação geral e básica e em mais de metade também
leccionadas nas outras Faculdades de acordo com os planos de estudo em vigor, não havendo
portanto a especialização. O que significa que o tempo dedicado à compreensão de questões

3
Dentre os objectivos do curso de Psicologia e Pedagogia constavam a aquisição de habilidades de planificação
curricular, para além da leccionação de cadeiras psicopedagógicas. Portanto verifica-se aqui uma orientação mais
direccionada para o ensino do que para a intervenção psicológica. (cf. Plano Curricular de Bacharelato e
Licenciatura em Psicologia Escolar)
4
Cf. Plano Curricular de Bacharelato e Licenciatura em Psicologia Escolar, 2008
5

Psicológicas era bastante limitado uma vez que dever-se-ia considerar a Pedagogia,
Psicologia, Planificação e Administração da Educação e disciplinas gerais.

Quando o Instituto Superior Pedagógico se transforma em Universidade Pedagógica em Abril


de 19955 não houve nenhuma alteração a nível da Faculdade quanto aos objectivos, perfil de
entrada e de saída tendo havido apenas um reajustamento de disciplinas que consistiu em
substituição ou introdução de uma ou mais disciplinas. Os cursos passam a assumir o regime
Monovalente. Esta mudança de carácter institucional tal como a expansão institucional, a
elevação do nível profissional dos docentes, as reformas do Sistema Nacional de Educação,
bem como as exigências do mercado, constituíram as bases de fundo que ditaram a revisão do
currículo, assim como de toda a filosofia dos cursos.

Cria-se então o curso de Bacharelato e Licenciatura em Psicologia Escolar com o intuito de


responder a quatro áreas de formação: Psicologia da Aprendizagem, Orientação Escolar e
Profissional, Aconselhamento Psicológico e Psicologia Cognitiva “Essas áreas de
conhecimento psicológico constituem aquilo que é a síntese para a materialização daquela que
é a missão da Universidade – formação de professores a vários níveis.”6.

É por isso que o alcance deste curso prendia-se na formação de professores de Psicologia e
Técnicos de Educação. No entanto, entre outras, o perfil do psicólogo escolar centrava-se na
capacidade deste realizar pesquisas em Psicologia Escolar, sendo algumas das suas tarefas
ocupacionais: leccionar as disciplinas de Psicologia Escolar em instituições de ensino
vocacional e de formação de professores; diagnosticar perturbações de aprendizagem e de
comportamento; orientar jovens e adultos nas escolhas académicas e profissionais nas classes
terminais do ensino primário, secundário ou equivalente. Em relação ao anterior curso de
Psicologia e Pedagogia, o curso de Psicologia Escolar comporta um grande número de
disciplinas científicas técnicas e específicas: Introdução a Psicologia, Psicologia do
Desenvolvimento, Psicologia Social e das Organizações, Psicologia da Aprendizagem,
Psicologia da Personalidade, Psicopatologia Infanto-Juvenil, Psicologia Cognitiva, Orientação
Escolar e Profissional, Métodos de Observação e Avaliação Psicológica, Psicologia

5
A Universidade Pedagógica é criada pelo Diploma Ministerial n°73/85 de 4 de Dezembro de 1985 como uma
Instituição de Ensino Superior, de utilidade pública, estatuariamente responsável pela formação de professores
para todos os níveis do Sistema Nacional de Educação em Moçambique e outros quadros da Educação.
6
PLANO CURRICULAR DE BACHARELATO E LICENCIATURA EM PSICOLOGIA ESCOLAR, 2008: 8
6

Experimental e Aplicada, Deontologia Profissional, História da Psicologia e Aconselhamento


Psicológico7.

Este curso decorria sem actividades práticas ligadas a intervenção clínica, supervisionada, o
que tornava o curso mais teórico que prático. Os estudantes eram levados a exercer as
chamadas Práticas Pedagógicas (nas escolas) o que apenas os propiciava forte componente
pedagógica, que se pretendia reduzir, do que psicológica, que se pretendia potenciar.
Acreditamos que a falha deste currículo começa aqui. Ao não oferecer uma vivência clínica,
como o psicólogo escolar pode efectivamente cuidar das perturbações (distúrbios ou
transtornos) que possam decorrer do processo de aprendizagem? Como diagnosticar ou
desenhar um programa efectivo de orientação escolar e profissional sem bases
epistemológicas coerentes? Como questionar os métodos de intervenção em psicologia
escolar, sem vivenciar a prática do psicólogo escolar na escola, sem vivenciar os efeitos de
um processo terapêutico sobre o paciente e a sua evolução em contexto clínico-hospitalar?

Em 2009 (cf. Vale et all, 20098), no âmbito da segunda reforma curricular da Universidade
Pedagógica, os cursos voltam a ser ministrados em regime Bivalente, tendo-se utilizado a
estratégia de “major” (corpo geral do curso e que corresponde aos dois primeiros anos) e
“minor” (especialização e que corresponde aos dois últimos anos). Cria-se assim o curso de
Bacharelato e Licenciatura em Psicologia Educacional com Habilitação (minor) em Educação
de Infância e Educação e Assistência Social. As Reformas Curriculares, iniciadas em 2007
assentaram-se na exigência de actualização do raio de acção desta Instituição face a um
contexto global de melhoria da qualidade de ensino, da aprendizagem, da gestão pedagógica
administrativa da Instituição, motivados pelo compromisso em relação a Agenda 2025, o
Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA), o Programa Quinquenal do
Governo de Moçambique, o Plano Estratégico da Educação e Cultura (PEEC), as
Transformações Curriculares do Ensino Básico e Ensino Secundário Geral, a Proposta do
Quadro Nacional de Qualificações do Ensino Superior (QNQ-ES), e a Proposta de Sistema
Nacional de Acumulação e Transferência de Créditos Académicos (SNATCA) 9. A opção pelo
curso de Psicologia Educacional parece ter-se centrado na seguinte ideia:

7
Plano Curricular de Bacharelato e Licenciatura em Psicologia Escolar, 2008: 8
8
Plano Curricular de Bacharelato e Licenciatura em Psicologia Educacional com Habilitação em Educação de
Infância e Educação e Assistência Social, 2009
9
Neste ponto há que congratular a Universidade Pedagógica, na medida em que um sistema de transferência e
acumulação de créditos académicos permite maior mobilidade horizontal, vertical e diagonal dos estudantes,
para além da competitividade no acesso ao mercado de trabalho aos diplomados, bem como a necessidade de
7

Hoje é necessário que a formação do psicólogo e particularmente do psicólogo


educacional seja geradora de um perfil que lhe possibilite ver o fenómeno
psicológico na sua interdependência com o contexto sócio-cultural, actuar em
equipes multidisciplinares, estar engajado nos movimentos de transformação
social, gerando conhecimento e tecnologias apropriadas a realidade em que
actua (VALE, et all, 2009: 9).

Entre outros objectivos, o curso de Psicologia Educacional foi desenhado para que o
formando adquira uma visão científica do desenvolvimento humano, adquira e domine
conteúdos na área de Psicologia Educacional, adequando-os às actividades profissionais que
vai desenvolver particularmente na Educação de Infância e Assistência Social (é por isso que
se colocam como sectores de trabalho alvo as instituições de infância e grupos comunitários, e
o Ministério da Mulher e de Coordenação da Acção Social). Ao fazer-se esta proposta a
Universidade Pedagógica pretende extrapolar as barreiras da Escola, para abarcar um leque
ainda maior de campos de actuação, típico da construção epistemológica da Psicologia
Educacional.

Por um lado, o currículo do Ensino Secundário Geral e Técnico Profissional não previam a
integração das disciplinas de Psicologia e Pedagogia na formação dos seus graduados, bem
como a integração de um psicólogo escolar na intervenção e assistência de crianças no Ensino
Primário pois o seu campo de actuação ainda não tinha sido claramente definido e/ou
actividades de Orientação Escolar e Profissional; o facto do curso de Psicologia Escolar ser
monovalente; e por este apresentar no seu currículo, pouca clareza em relação às disciplinas
de Psicopatologia e Necessidades Educativas Especiais, sendo que os seus conteúdos eram
tratados de forma comungada, ditaram a retirada deste no quadro dos cursos da Universidade
Pedagógica e a consequente substituição pelo curso de Psicologia Educacional.

De facto o curso de Psicologia Educacional comporta um corpo ainda maior de disciplinas


científicas-técnicas-especificas: Aconselhamento Psicológico; Desenvolvimento da
Linguagem Infantil; Didáctica Geral; Etnopsicologia; Fundamentos de Pedagogia; Genética e
Fisiologia do Sistema Nervoso; História e Sistemas de Psicologia Contemporâneos;
Intervenção Psicológica; Necessidades Educativas Especiais; Orientação Escolar e
Profissional; Orientação Vocacional e Profissional; Psicologia da Aprendizagem; Psicologia
da Motivação Infantil; Psicologia da Personalidade; Psicologia da Personalidade 1, 2;

promoção da mobilidade de estudantes dentro da região da SADC, pela adequação e harmonização dos cursos da
UP aos outros sistemas de ensino da região.
8

Psicologia de Desenvolvimento Humano; Psicologia Experimental e Aplicada 1, 2; Psicologia


Geral; Psicopatologia Infanto-Juvenil; Psicopatologia Infanto-Juvenil 1, 2; Teorias de
Desenvolvimento Humano, Avaliação Psicológica (Vale et all, 2009).

Ao ser desenhado desta forma pretende-se que o psicólogo educacional seja capaz de
diagnosticar e elaborar estratégias de intervenção em crianças com problemas de
aprendizagem e desadaptação sócio escolar. Se partirmos do actual plano das Práticas
Pedagógicas (cf. Dias et. al., 2010); estes formandos apenas no último ano são levados a
realizar o Estágio Técnico Profissional nas instituições de infância e grupos comunitários
(creches, jardins de infância), e o Ministério da Mulher e de Coordenação da Acção Social10.
Um Estágio Técnico Profissional não deve ser apenas o fim de um processo mas sim a
continuidade de um processo do qual exigir-se-á um relatório exaustivo de todo o percurso,
não de um semestre mas de vários semestres (que compõem os anos lectivos) arrolando os
vários momentos possíveis de se vivenciar, por exemplo: ao nível das necessidades educativas
especiais, ao nível da intervenção e assistência social, ao nível da orientação escolar e
profissional, ao nível do aconselhamento psicológico e psicoterapia, abarcando o
relacionamento com a equipe multidisciplinar, entre outras (voltaremos a este assinto mais
adiante).

O modelo de Práticas Pedagógicas (Práticas Psicológicas e Estágio Técnico Profissional)


na Universidade Pedagógica no curso de Psicologia Educacional

Afinal o que são Práticas Pedagógicas? Antes de nos atermos a qualquer comentário acerca do
modelo de Práticas Pedagógicas proposto pela Universidade Pedagógica há que
questionarmos á sua epistemologia, se possível desconstruirmo-la para no fim determinarmos
quais as leis que orientam as práticas gerais e até que ponto é possível falarmos de uma
prática específica. Não pretendemos aqui dar respostas mas levantar questionamentos que nos
levem a reflexões!

Para tal analisamos o Manual de Práticas e Estágio Pedagógico (2010). Na primeira edição o
presente manual designava-se apenas Manual de Práticas Pedagógicas (2008), já na segunda
edição incluiu-se o Estágio Pedagógico, como parte das práticas, sendo que estas têm carácter

10
E neste ponto, ainda podemos questionar os mecanismos em que este Estágio acontece. Como são
credenciados os formandos a realizar tais práticas, qual é o nível de supervisão, e quais o instrumento de recolha
de informação, enfim, o debate é interminável.
9

profissionalizante, cabendo a cada departamento e/ou regente adaptar o plano da disciplina


por forma a aproximar cada vez mais os formandos à realidade da profissão. O que se entende
é que o Estágio Pedagógico constitui o momento final das Práticas Pedagógicas, ao que
parece, onde o estudante é levado a estagiar, ou seja a aplicar fazendo. Com efeito, é
introduzido em apenas um semestre do 4º ano e o estudante continua, sob supervisão, a fazer
regência e intervenção na escola através da orientação de pequenos Projectos Pedagógicos
(Dias, et all, 2010). Dentre as competências desejadas podemos concluir que se pretende nesta
fase um “militar” pronto para o campo de batalha: como que um último teste.

Deste manual levantam-se duas questões epistemológicas: a primeira é quanto ao conceito


Práticas Pedagógicas: afinal, o que são Práticas Pedagógicas: donde ela deriva, para onde vai,
existirá uma Prática Pedagógica Específica? A segunda questão centra-se nas razões desta
viragem, ou seja o porquê da introdução do Estágio Técnico Profissional no último ano de
formação? Ou ainda, qual é a extensão e aplicação do Estágio Técnico Profissional? Esta
pergunta remete-nos inevitavelmente a outra ainda mais profunda e eloquente: será Estágio
das Práticas Pedagógicas ou Estágio da Prática da Profissão (curso) em causa?

As Práticas Pedagógicas culminam com o Estágio Pedagógico no último ano de formação,


donde o estudante é levado a aplicar os conhecimentos em Didáctica (Específica) em contexto
de sala de aula, isto para o caso dos cursos eminentemente pedagógicos, destinados ao ensino.
Por outro lado os cursos profissionalizantes, como é o caso da Psicologia Educacional, o
Estágio Pedagógico converte-se em Estágio em Psicologia Educacional centrando as suas
acções nas seguintes áreas de actuação: Orientação Escolar e Profissional, Aconselhamento
Psicológico, Intervenção e Avaliação Psicopedagógica (Cf. Vale et all, 2009). No entanto o
grande paradoxo está em que este Estagio em Psicologia Educacional são realizadas apenas
no último ano e em apenas único semestre, perdendo-se de vista a real vocação de um estágio.
Não obstante, o Estágio em Psicologia Educacional é antecedido pelas Práticas Psicológicas 1
e 2, correspondendo aos segundos e terceiros anos respectivamente.

Nas Práticas Psicológicas 1 o estudante é levado a desenvolver competências de observação e


identificação dos fenómenos que concorrem para o processo de ensino-aprendizagem. Por
isso actua entre centros infantis a estabelecimentos de ensino regular e especial, e centros de
aconselhamento. Nas Práticas Psicológicas 2 o estudante deve ser capaz de diagnosticar,
aconselhar e aplicar testes. Por isso actua no Centro de Exames Psicotécnicos, Centros de
Reabilitação e Atendimento Psicossocial, e Institutos de Formação de Professores (para
10

efeitos de avaliação de interesses académicos e profissionais dos formandos, futuros


professores).

O que nos oferece comentar é que deste modo quer num ou noutro caso a vivência clínico-
hospitalar não se encontra efectiva, mas apenas superficialmente estes formandos se
aproximam da profissão. Na medida em que, pelo menos nos planos curriculares as práticas
resumem-se a visitas de estudos para posteriores debates em seminários. Com a diferença que
no Estágio o formando participa activamente em algumas actividades das quais fará um
relatório das aprendizagens de apenas quatro meses que compõem o semestre lectivo! Como
então o estudante irá perceber os processos de desistência dos pacientes, as suas resistências,
conflitos e a necessidade de um diagnóstico diferencial cada vez mais exaustivo? Como
efectivamente estas práticas são supervisionadas? Será que o estágio técnico profissional
(neste caso Estágio em Psicologia Educacional) espelha todas as actividades desenvolvidas
desde os primeiros anos das práticas (2º e 3º anos)?

A Psicologia Escolar e a Psicologia Educacional, dois híbridos da mesma ciência: uma


breve discussão epistemológica

A Psicologia Escolar e a Psicologia Educacional parecem dizer a mesma coisa, mas não são.
Logo à prior e, analisando a formação de cada um dos conceitos, a Psicologia Escolar
constitui a Psicologia institucionalizada (à Escola), enquanto instituição, donde procura, por
inerência do objecto de estudo da Psicologia (o estudo do comportamento, das cognições e
das emoções) estudar os factores que determinam a plena saúde mental escolar, e/ou dos
indivíduos que compõem a escola e intervir sobre eles.

Por outro lado, e pelo mesmo processo, a Psicologia Educacional corresponderia à aplicação
da Psicologia na Educação, donde, igualmente, seu foco estaria no estudo dos factores
psicológicos inerentes ao processo de ensino e aprendizagem (educação formal e não formal),
bem como ao processo de transmissão de valores culturais, éticos, cívicos das gerações
adultas (educadores) às gerações mais novas (educandos). Uma espécie de “Teoria
psicológica da educação”. Portanto abarca um leque ainda maior de aplicabilidade, atingindo
a escola, a família, a comunidade, todos os sectores onde a educação ocorre. Em primeira
análise.
11

Salvador apud Pessanha et al (2010), observa que com a implementação progressiva da


escolarização generalizada e obrigatória, adveio a necessidade de se introduzir mudanças
significativas no ensino, donde surgem as expectativas quanto a elaboração de uma teoria
educativa de fundamento científico, que possa melhorar o ensino e intervir sobre os
problemas que se apresentem na escolarização generalizada. Nesta perspectiva a ciência que
podia atender a tais preocupações era a Psicologia, nascendo assim a Psicologia da Educação.
De facto este aspecto é notório nas primeiras definições de Psicologia da Educação: “ (A
finalidade da Psicologia da Educação é) fornecer os fundamentos psicológicos dos (…) factores
educativos na civilização e nas suas escolas” (W.T. Harris, 1898, apud PESSANHA, op cit.: 235);
ou “ A Psicologia da Educação é a aplicação dos métodos e dos factores conhecidos da psicologia às
questões que surgem em pedagogia” (K. Gorgon, 1917:1, apud PESSANHA, 2010, 235).

Ora vejamos, a Psicologia Educacional (ou Psicologia da Educação) como nos afirma
Sprinthal e Sprinthal (1993), tem-se debatido desde à sua existência com problemas de
identidade, por inerência da posição que ocupa quanto à sua epistemologia, ou seja ela é uma
ponte em construção entre dois mundos, entre duas tradições diferentes, não sendo
suficientemente científica para a Psicologia, nem suficientemente prática para o ensino. No
entanto, e quem nos garante é Salvador et al (1999), ainda na obra de Pessanha (2010), a
Psicologia Educacional pode também ser assumida como uma disciplina com objectivos e
conteúdos próprios, sendo assumida como um dos ingredientes imprescindíveis para
fundamentar cientificamente a educação e o ensino.

Como afirma Coll (2000; apud Pessanha, op. Cit.) a Psicologia Educacional centra os seus
estudos sobre os processos de mudanças comportamentais, provocados ou induzidos nas
pessoas como resultado das suas participações em actividades educativas. Este estudo
acontece com três finalidades: (1) contribuir para a elaboração de uma teoria explicativa
destes processos; (2) elaborar modelos e programas de intervenção dirigindo à sua acção
sobre eles com uma finalidade determinada; (3) dar lugar a uma prática educativa coerente
com as propostas teóricas formuladas.

Segundo Antunes (2008), a Psicologia Educacional pode ser considerada como uma subárea
da psicologia, o que pressupõe esta última como área de conhecimento. Ou seja, o corpus
sistemático e organizado de saberes produzidos de acordo com procedimentos definidos,
referentes a determinados fenómenos ou conjunto de fenómenos constituintes da realidade,
fundamentado em concepções ontológicas, epistemológicas, metodológicas e éticas
12

determinadas. Portanto, a psicologia da educação pode ser entendida como subárea de


conhecimento, que tem como vocação a produção de saberes relativos ao fenómeno
psicológico constituinte do processo educativo.

Já a Psicologia Escolar, diferentemente, define-se pelo âmbito profissional e refere-se a um


campo de acção determinado, ou seja, o processo de escolarização, tendo por objecto a escola
e as relações que aí se estabelecem; fundamenta sua actuação nos conhecimentos produzidos
pela psicologia da educação, por outras subáreas da psicologia (Psicologia Clinica, Psicologia
Organizacional, entre outras) e por outras áreas de conhecimento.

Ao afirmarmos que a Psicologia Educacional se circunscreve à teorização dos conhecimentos


em educação, na perspectiva do estudo e aplicação dos aspectos psicológicos nele envolvidos
e dele resultado, não queremos dizer que a teoria e a prática seguem caminhos diferentes, mas
sim que a orientação primária desta ciência está na formulação do corpus teórico que até a
própria Psicologia Escolar se servirá em seus estudos: “(…) a teoria sem prática pode ser uma
especulação abstracta. A prática não guiada por uma teoria, por outro lado, pode resultar
numa actividade ao acaso- ou pior ainda, frenética- sem um objectivo definido ou
consequência relevante” (SPRINTHAL e SPRINTHAL, 1993: 5).

Antunes (op. Cit.) sublinha que a psicologia educacional e psicologia escolar são
intrinsecamente relacionadas, mas não são idênticas, nem podem reduzir-se uma à outra,
guardando cada uma sua autonomia relativa. A primeira constitui uma área de conhecimento
(ou subárea) e, grosso modo, tem por finalidade produzir saberes sobre o fenómeno
psicológico no processo educativo. A outra constitui-se como campo de actuação profissional,
realizando intervenções no espaço escolar ou a ele relacionado, tendo como foco o fenómeno
psicológico, fundamentada em saberes produzidos não só, mas principalmente, pela subárea
da psicologia, a psicologia da educação.

A necessidade da prática clínica na formação do Psicólogo Escolar/Educacional

A prática clínica em psicologia pode entender-se como um conjunto de pressupostos teóricos


sobre a dinâmica do comportamento humano e dos processos mentais aplicados ao contexto
clínico de intervenção, na perspectiva de diagnóstico das suas eventuais perturbações,
tratamento e profilaxia. Portanto a prática clínica consiste em habilitar o psicólogo na
intervenção (prevenção e tratamento) dos distúrbios psicológicos.
13

Latife Yazigi (2004) no seu artigo A necessidade da prática clínica na formação do


psicólogo: experiência de 27 anos do programa de especialização em psicologia da saúde em
hospital-escola afirma que a diversidade curricular que se propõe à formação do psicólogo
não oferece, contudo, condições de fornecer ao psicólogo o que uma prática clínica
supervisionada em uma instituição de saúde pode oferecer como complementação da
formação graduada. Pois na prática clínica o psicólogo terá condições de ampliar a sua
formação em personalidade, psicopatologia, psicoterapia, avaliação diagnóstico diferencial,
métodos de exame psicológico. Mais ainda, Yazigi (op. Cit.) afirma que essa experiência
permite:

a) a elucidação de diagnóstico que busca o conhecimento do que se passa com


aquela pessoa, do que acontece em seu mundo interno, como ela se encontra
no momento, que condições tem, o que a está afectando (carência, inibição),
quais as subtilezas de certos funcionamentos mentais (descarga, agressão,
actuação, acto puro) elucidação que constitui um contraponto com a
omnisciência; b) o confronto com outras perspectivas: biológica, orgânica ou
médica; c) o imperativo de tratar o paciente, de aplacar seu sofrimento, lhe dar
conforto físico e psíquico, a necessidade de interagir com a equipe, de lidar
com o sofrimento dessa equipe, de se relacionar com a família e o sofrimento
desta, de lidar com o preconceito, com a esquiva, com o abandono; d) a
pesquisa que visa o conhecimento sistematizado envolve o experimentar
formas de atendimento e sua repercussão, avaliar malefícios dos tratamentos.

Portanto, mais do que um conjunto de Disciplinas curriculares acumuladas o formando em


psicologia necessita conhecer e vivenciar a realidade clínica, sob o risco de se manter nas
abstracções. O Estágio Técnico Profissional que se oferecer aos formandos em Psicologia
Escolar e/ou Educacional deve necessariamente perfurar as entranhas hospitalares, buscando a
forma de trabalho em contexto clínico.
14

Considerações finais

Em gesto de finalização temos de reconhecer que a Psicologia Escolar e a Psicologia


Educacional embora intimamente relacionadas são diferentes, se orientam de forma
diferenciada. Enquanto a primeira orienta-se por excelência para a construção dos
conhecimentos na esfera da educação e psicologia, a segunda se estabelece como um campo
de actuação em contexto escolar específico, portanto institucional. A visão da Psicologia
Escolar em termos da sua actuação deve ser entendida numa perspectiva clínica-institucional-
educacional-organizacional, para usar a linguagem Macro de Eunice V. R. Demônica (1993).
Uma proposta de intervenção que busca reunir as contribuições destes quatro campos teórico-
técnicos de conhecimento.

Há portanto de resgatar a Psicologia Escolar e pressionar para a sua inclusão no panorama


escolar, uma vez que grande parte da dinâmica desta Organização “Escola” só pode
efectivamente ser resolvida se for compreendida como um núcleo de conflitos, pressões e
decepções, típicos e necessários para a sua sobrevivência e evolução. A Psicologia Escolar,
quer epistemologicamente, quer sob ponto de vista do seu alcance prático, parece ser a ciência
capaz de suprir esta lacuna: actuar de forma efectiva sobre a dinâmica da escola num contexto
e perspectiva clínico-institucional-educacional-organizacional. Contudo deve-se potenciar a
questão das práticas em contexto clínico, como suporte das suas abordagens de intervenção
psicológica.

Já a Psicologia Educacional, segundo o actual currículo da Universidade Pedagógica, está


repleta de boas intenções no entanto não chega ao cerne da questão. Epistemologicamente a
Psicologia Educacional visa a pesquisa e teorização dos aspectos psicológicos envolvidos ou
em resultado da educação (formal, não formal, informal), não se constituindo portanto como
válida para uma intervenção efectiva. Ao colocarmos os minor’s na verdade estamos
cegamente a estabelecer pequenos arranjos que apenas afunilam, como que uma tentativa, o
campo de actuação em termos de pesquisa. A verdade é que os psicólogos educacionais saídos
sob este paradigma de formação, no caso de não se tomarem devidas precauções, continuarão
fora do sistema: o Ministério da Mulher e da Coordenação da Acção Social é uma instituição
pública, como as outras, sem capacidade real de absorver a totalidade de quadros que a
Universidade Pedagógica poderá dispor ao mercado; até agora não existe obrigatoriedade em
consultas ou intervenção psicológica a pais e crianças inscritas nos jardins-de-infância,
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mesmo porque grande parte deles são privados. O alcance da Psicologia Educacional parece
então perder-se de vista.

Ao longo do processo, o formando em Psicologia Escolar (em especial) e Psicologia


Educacional (como proposta) deve ter contacto com pacientes, realizar diagnósticos,
entrevistas clínicas e aplicação de testes psicológicos. Discussão das estratégias de
intervenção com a equipe multidisciplinar. O que requer um conhecimento da ética
psicanalítica. Deve vivenciar as consequências da escolha de um método de intervenção
psicoterapêutica em função das suas opções teóricas e das características particulares do
paciente e da situação que este se encontra. Deve perceber a necessidade de resgate do
ambiente familiar como pressuposto básico para a recuperação do paciente, não no sentido de
acumulação de teorias a respeito, mas porque a dinâmica e vivência clínica-hospitalar o
obrigam a tal. Deve sentir a fadiga de uma noite mal dormida. Deve, mais do que entender,
intervir na orientação vocacional como uma medida profiláctica das perturbações mentais,
quer em contexto clínico da orientação, quer em contexto meramente escolar ou profissional.
Deve propor outras técnicas de intervenção psicológica em contexto africano e suas
particularidades fruto das suas práticas, enfim, são infinitas as estratégias como podemos de
forma eficaz e eficiente garantir que de facto, na escola, que é o seu local de trabalho, o
psicólogo escolar (em especial) e educacional saiam dotados de ferramentas seguras para
actuarem e cumprirem com os seus papeis.
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Bibliografia

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compromissos e perspectivas, vol. 12, Campinas, 2008, in:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-85572008000200020&script=sci_arttext,
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2. DELAMÔNICA, Eunice Verçosa. Macro- Uma proposta de acção clínica-institucional-


educacional-organizacional em Psicologia Escolar, Dissertação de Mestrado em Educação,
Área de Psicologia da Educação, IESAE, Rio de Janeiro, 1993.
3. DIAS, Hildizina, et. al. Manual de Práticas Pedagógicas, Editora Educar, Maputo, 2008.
4. DIAS, Hildizina, et. al. Manual de Práticas e Estágio Pedagógico, 2ª edição, Editora
Educar, Maputo, 2010.
5. YAZIGI, Latife. A necessidade da prática clínica na formação do psicólogo:
experiência de 27 anos do programa de especialização em psicologia da saúde em
hospital-escola, 2004 in: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1677-
04712006000100012&script=sci_arttext consultado em 20/08/2013, as 14h:10min.
6. UNIVERSIDADE PEDAGOGICA. Plano Curricular de Bacharelato e Licenciatura em
Psicologia Escolar, Maputo, 2008.

7. VALE, et all. Plano Curricular de Bacharelato e Licenciatura em Psicologia Educação


e Assistência Social, Universidade Pedagógica, Maputo, 2009.

8. SPRINTHALL, N. A. e SPRINTHALL, R. C. Psicologia Educacional, Uma Abordagem


Desenvolvimentista, Mcgraw-Hill, Lisboa, 1993.

9. PESSANHA, Manuela, et al. Psicologia da Educação, Plural Editores, Maputo, 2010.

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