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CURITIBA
2014
AMANDA BRANDENBURG PIVATTO
CURITIBA
2014
TERMO DE APROVAÇÃO
À Deus, por estar sempre presente em cada instante da minha vida e nunca
desistir de mim, me mostrando que é necessário paciência e serenidade para
superar todas as coisas e encontrar o melhor caminho.
À Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, por me acompanhar nos momentos
mais difíceis, sempre me iluminando e me fazendo companhia.
Aos meus pais amados, Amadeo e Lisiane, pelo amor, carinho, amizade e por
todos os momentos felizes. Agradeço pelo incentivo, pelas conversas e pela
confiança para comigo. Se eu pudesse escolher meus pais escolheria sempre
vocês.
Aos meus avós Edgar (in memorian) e Geni, pelo incentivo e amor desde
sempre. E aos meus avós Hilda e Eugênio, pelo carinho.
Aos padrinhos Osmar e Edson e às madrinhas Aleida (in memorian) e Joseane, por
todas as orações, pelo carinho e amor.
Ao Professor Dr. Marcos Arndt, por toda colaboração, compreensão,
paciência e orientação disponibilizada para o desenvolvimento deste estudo.
À Engenheira Débora Perelles, por todo o conhecimento repassado e ajuda
disponibilizada para a realização deste trabalho.
À Lucas, por todo o companheirismo, apoio e por poder contar sempre.
Aos demais amigos, por cada momento compartilhado, por cada descoberta e
conquista que fizemos juntos e pela alegria de ter conhecido vocês.
RESUMO
The lack of maintenance, the change in loadings, project and execution failures, and
even failures of constituent materials of a structural part lead to the necessity of
applying a structural reinforcement. For this there are several methods of
reinforcement in order to rehabilitate the piece in question. This paper aims to
develop a comparison between structural reinforcement methods for adding metallic
plates, collage of composites reinforced with carbon fibers and external prestressing,
identifying the advantages and disadvantages of each one. It has also been
described the sizing for the use of the metallic plate and carbon fibers for two
reinforced bi-supported concrete beans. With the results of the sizing, it was possible
to do comparisons between the effectiveness of the methods of study, and that, more
than the requested load, the choice of a specific process of enhancing relies heavily
on the application site, the conditions of the component to strengthen and the
behaviour of global structure to which this belongs to.
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
3.4.3.2 Considerações adicionais para o reforço com CRFC, com o alívio parcial
de cargas ........................................................................................................... 60
3.5.3.1 Considerações adicionais para o uso do reforço com chapa com alívio
parcial de cargas ................................................................................................ 66
3.6.1 Desenho da viga reforçada com CRFC, com alívio de cargas .................. 69
3.6.2 Desenho da viga reforçada com CRFC, com alívio parcial de cargas ...... 71
3.6.3 Desenho da viga reforçada com chapa metálica, com alívio parcial de
cargas ................................................................................................................ 72
4.4.1 Reforço com compósitos reforçados com fibra de carbono para viga não
descarregada ..................................................................................................... 83
4.4.2 Reforço com compósitos reforçados com fibra de carbono para viga
parcialmente descarregada ................................................................................ 84
APÊNDICE A ............................................................................................................ 98
1. INTRODUÇÃO
Machado (2002). Destaca-se que cada caso de implantação de reforço deve ser
analisado singularmente, pois muitas particularidades podem existir dependendo da
situação.
Este trabalho visa elaborar um estudo de dois diferentes métodos de reforço
para viga de concreto armado biapoiada: a colagem com chapas metálicas e a
implantação de compósitos reforçados com fibras de carbono. Estes reforços
também serão comparados com o reforço por protensão externa com cordoalhas
engraxadas, realizado por Kramer (2013). Estas três formas de reforço estrutural
não necessitam de mudanças consideráveis na seção da peça e, dependendo da
situação, podem ser aplicados sem interromper a utilização da edificação a ser
reforçada.
1.1 OBJETIVO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Lima (2009) destaca que a forma utilizada para reforço estrutural deve ser
facilmente distinguível da estrutura original. Isso porque facilita o processo de
manutenção e inspeção, evitando a adulteração de materiais antigos e impedindo a
reversibilidade do processo. Entretanto, segundo Reis (2001) em qualquer método
de reforço externo é importante que o comportamento do sistema seja como uma
nova e única peça.
Se tratando do dimensionamento do reforço de uma estrutura, ele se diferencia
do cálculo de uma estrutura nova, pois há a necessidade de análise do
comportamento da estrutura antiga ao longo do tempo, estudo de sua deformação e
chance de colapso. Soma-se a isto, o fato de não existir nenhum software capaz de
calcular um reforço estrutural, diferentemente do cálculo de estruturas novas
(NAKAMURA, 2009).
De acordo com Machado (2002), no caso de reabilitação estrutural deve-se,
sobretudo, definir as condições de utilização e destinação da edificação, bem como
se deve definir os carregamentos limites. Isto evitará que ocorra uma solicitação
indevida e que se excedam as tensões e as deformações admissíveis.
É importante destacar também o procedimento de descarregamento (alívio) do
elemento estrutural antes de ser reforçado. Segundo Reis (1998), a estrutura pode
ser escorada ou até mesmo erguida por meio de macacos hidráulicos com o objetivo
de reduzir as flechas existentes e neutralizar parte das solicitações, conforme a
FIGURA 1. Segundo a autora, “este processo garante que o reforço contribua
efetivamente na resistência e controle de deformações causadas pelas ações
permanentes”.
6
Se uma estrutura não conseguir mais resistir aos esforços direcionados a ela
sem o aparecimento de manifestações patológicas ou se houver a incapacidade de
adequação desta estrutura a novas cargas, ocorre a necessidade de reabilitação
dessa peça estrutural.
Segundo Almeida (2001), Reis (2001), Romero (2007) e, Ripper e Souza
(1998), o reforço estrutural pode ser feito pela associação de materiais metálicos
como barras de aço adicionais ou chapas metálicas, pela implementação de
concreto, pela utilização de fibras e também por meio da aplicação de forças que se
contraponham às tensões adicionais através do uso da protensão.
Na sequência, apresenta-se uma breve descrição de alguns métodos de
reforço estrutural, com maior ênfase nos processos estudados neste trabalho, ou
7
Segundo Reis (2001), este método é uma das soluções mais tradicionais,
sendo comumente utilizada em situações de emergência. O autor destaca que é
importante dar relevância à ligação estrutura-reforço, averiguando se as partes estão
devidamente interligadas e, para isso, a superfície da peça deve estar corretamente
8
preparada antes da implantação dos perfis, o que pode ser alcançado por processos
de reparo.
Moraes (2009) coloca algumas vantagens da utilização deste método como
reforço, como o elevado desempenho mecânico e a flexibilidade do sistema
construtivo. Além disso, o autor destaca que esta solução é consideravelmente leve
e de fácil aplicação junto à peça, sendo aplicada mediante a inserção de parafusos
expansivos e resinas injetáveis.
Orientação do sistema Carbono/ Epóxi Módulo de Tensão Máxima Deformação de Coeficiente de expansão
Representação da orientação
(graus) tração (Gpa) de Tração (MPa) ruptura (%) térmica (-10-6/oC)
0 Fibra unidirecional 117 - 145 1380 - 2070 1,0 - 1,5 0
0/90 Fibra igualmente orientada segundo direções 55 - 76 690 - 1035 1,0 - 1,5 1,7
ortogonais, onde 0 (ou 45) é a direção do
carregamento e 90 (ou -45) é a normal à direção
45/-45 do carregamento 14 - 28 175 - 275 1,5 - 2,5 5,5 - 8,3
2.2.3.5 Formas de utilização dos polímeros reforçados com fibra de carbono (PRFC)
Almeida (2001) diz que “não é necessário que a viga se deforme para que o
reforço comece a atuar sobre ela”, pois este método de reabilitação é ativo,
trabalhando continuamente na peça estrutural.
Outra vantagem é que o sistema de reforço por meio de protensão externa
pode ser utilizado em diferentes tipos de peças estruturais e de diferentes materiais
(madeira, aço ou concreto), sendo uma solução viável para diversos casos, sem
mesmo interromper a utilização do local durante a execução.
Conforme Almeida (2001), além deste método de reforço melhorar o
comportamento da peça frente às cargas solicitantes de serviço, torna a peça capaz
de suportar cargas maiores do que as previstas além de contribuir na resistência
19
perdas nas ancoragens, no momento da liberação dos cabos dos macacos, gerando
uma acomodação e, por consequência, perda no alongamento.
métodos mais eficientes (mais tensão normal absorvida para um mesmo consumo
de aço).
Outro estudo foi o de Alfaiate e Costa (2004), que elaboraram a modelagem
de vigas de concreto armado com diferentes áreas de aço pré-existentes, reforçadas
ou não. Os pesquisadores observaram que as curvas carga-deslocamento
encontradas pelo modelo numérico proposto, foram semelhantes às curvas
provenientes do método experimental. Nos modelos empregados foi considerada
uma interface reforço/peça original de espessura nula. Concluíram, então, que o
modelo proposto é adequado para descrever o comportamento de estruturas de
concreto armado interna e externamente.
DEFORMAÇÃO DE INÍCIO
AÇO fyk (MPa) fyd (MPa)
DE ESCOAMENTO (%)
Em que:
bw – base da viga;
h – altura da viga;
d – distância da fibra mais comprimida até o centro de gravidade da armadura
inferior;
d’ – distância da fibra mais comprimida até o centro de gravidade da armadura
superior;
t – distância da base inferior da viga até o centro de gravidade da armadura inferior;
x – distância da fibra mais comprimida até a Linha Neutra;
As – Armadura inferior (de tração);
A’s – Armadura superior (de compressão);
Ar – Área de reforço;
εc – Deformação da região comprimida;
εs – Deformação da armadura inferior;
ε’s – Deformação da armadura superior;
εR – Deformação do reforço;
FC – Força resultante da seção comprimida de concreto;
FS – Força resultante da seção tracionada da armadura inferior;
31
2,5 εc
Ψ= . $0,002, para εc<0,2%
Equação 3
3
fck
FC =ϱ . .Ψ. ϛ. x.bw
Equação 4
γ,
Ou seja,
fck
FC =0,85. .Ψ.0,8.x.bw
1,4
As tensões atuantes podem ser encontradas pela Lei de Hooke, conhecendo
o modo de elasticidade dos materiais e as deformações lineares já encontradas.
Para o cálculo das forças correspondentes às resultantes das armaduras
comprimidas e tracionadas (F’S e FS) deve-se considerar a área conhecida da
armadura correspondente e a tensão do material (valor de cálculo) para fS e f’S para
o aço interior e fR para o material de reforço. Deste modo:
3 = 4 . Equação 5
3′ = 4′ . ′ Equação 6
36 = 46 . 6
Equação 7
=7 . Equação 8
89
= ′ =
Equação 9
6; = <= . 6;∗
Equação 10
6; = <= . 6;∗
Equação 11
sendo:
x
MRA FC . Eh-0,8. H IF'S .Lh-d' N-FS . h-d"
Equação 13
2
x
O MB MRd FC . Ed-0,8. H IF ' S .Ld-d' NIFR .t.Φ
Equação 14
2
x x
O MC MRd FS . Ed-0,8. H IF ' S .L0,4.x-d' NIFR .Φ. h-0,8. "
Equação 15
2 2
35
Tal que,
Φ – fator de redução, sugerido pelo ACI 440.2R (2008), aplicado à fibra de carbono
em função de o compósito ser considerado uma “novidade”. Neste trabalho este
coeficiente de redução será utilizado também para o cálculo do dimensionamento de
reforço com chapas metálicas, por ser a favor da segurança.
Estas equações resultam em dois valores para FR, que por equilíbrio devem
ser iguais.
Com a determinação de FR, é possível determinar a área de reforço
necessária para suportar os esforços solicitantes:
FR
AR =
Equação 16
fR
Tal que,
ER – é o módulo de elasticidade do reforço, fornecido pelo fabricante do material;
fR – é a tensão resistente no reforço;
ε’R – é a deformação do material de reforço, encontrada por:
′6 = 6 − UV ≤ 6;
Equação 18
sendo,
εR – a deformação do reforço encontrada pela variabilidade linear de deformações
considerada, de acordo com a posição da LN (x);
εbi – a deformação preexistente na viga, resultado de seu carregamento antigo. Este
valor depende do método de aplicação do reforço e descarregamento (disposição de
escoramento ou não).
O valor de εbi deve ser considerado porque, de acordo com Machado (2002),
é preciso conhecer o nível de tensão já existente na estrutura a se reforçar, para que
então seja possível conhecer o nível de tensão que o reforço será submetido em sua
aplicação. A deformação preexistente na peça estrutural deve ser calculada a partir
36
concreto, sendo que em geral este fenômeno de descolamento é obtido para cargas
significativamente superiores às de serviço. Segundo Machado (2002), fissuras por
cisalhamento da viga, ruptura por cisalhamento interfacial, irregularidades
superficiais e a elevada tensão do recobrimento do concreto são as causas mais
frequentes de descolamento do reforço.
Perelles (2013) aponta causas de ocorrência da delaminação, como a tensão
excessiva na interface e baixa resistência à compressão do concreto (que deve ser
maior que 17 MPa para aplicação deste reforço).
As considerações a seguir expostas são sugeridas por Machado (2002).
1 n . E6 . e Equação 19
km . Y1- \ #0,90 para n . ER . e ≤180000 N⁄mm
60 . εRu 360000
1 90000 Equação 20
\ #0,90 para n . ER .e >180000N/mm
60 . εRu n . ER . e
km .Y
Em que,
o a. 76 . b é a rigidez do reforço em N/mm;
o e é a espessura da camada de reforço (mm);
o n é o número de camadas de PRFC superpostas sobre o substrato na
seção do esforço;
o fu é a deformação de ruptura do reforço;
38
d = . .
Equação 22
6
Sendo:
– coeficiente que correlaciona aproximadamente a resistência à tração na
flexão com a resistência à tração direta (1,2 para seções “T” e 1,5 para seções
retangulares);
39
0,3 . A . 0,667
Equação 23
Efc . t fc
lt, max =0,7.f
Equação 24
fct,m
Sendo:
lt,max - comprimento de ancoragem em mm;
tfc - espessura do plástico do CFC em mm;
Efc - módulo de elasticidade à tração pura ou tração na flexão do plástico;
fct,m - resistência média à tração do concreto, encontrado por:
fct,m =0,3.$fck
3
2
Equação 25
FIGURA 14: VIGA REFORÇADA COM CHAPAS METÁLICAS COM E SEM PARAFUSOS
METÁLICOS.
(FONTE: APPLETON E GOMES, 1997).
Souto Filho (2002) afirma que quando as chapas forem utilizadas a fim de
reforçar a flexão, a largura da chapa deve ser um pouco menor que a da viga em
questão, evitando a entrada de água entre elas pela aplicação de adesivo em suas
extremidades. Mas se a chapa necessitar de um comprimento de ancoragem maior
do que o disponível deve-se somar ao reforço o encamisamento do pilar de
sustentação da viga ou a utilização de estribos pré-tracionados nas extremidades.
FIGURA 15: SOLUÇÃO PARA GRANDE ÁREA DE ARMADURA DE REFORÇO E SOLUÇÃO PARA
EVITAR FENDILHAÇÃO NOS CANTOS.
(FONTE: SOUSA, 2008).
sendo:
gd – carga distribuída (valor de cálculo) da viga descarregada;
γPc – peso específico do concreto armado.
Para a viga em estudo, tem-se:
1,4
gd =25cm.65cm.25kN/m³.
1000000
gd =0,0569 kN/cm
jk Equação 27
d 9 = i9 .
8
s s
d 9 = 3 . Er − ϛ. H = ϱ. s. 9 . tu . ϛ . r − ϛ. "
Equação 28
2 2
Assim:
s
s = d 9 / tu . ϱ. 9 . ϛ. Er − ϛ. H"
Equação 29
2
Deste modo, a posição da linha neutra pode ser encontrada, por equilíbrio,
por uma equação do segundo grau de modelo ax²+bx+c=0. Fazendo com que a
48
v tu . ϱ. 9 . ϛ²/2
Equação 30
=
A Equação 31
9
2,5 0,8k
v = 25. 0,85. . = 12,143
1,4 2
t = − tu . ϱ. 9 . ϛ. r"
Equação 32
!=d9 Equação 33
! = 2559,375
s = 1,434 !q
s
3 = d 9 ÷ r − ϛ. "
2
Equação 34
1,434
3 = 2559,375 ÷ Y59,37 − 0,8. \ = 43,529 op
2
4,6209xp/!q² qq
= = = 0,00022 = 0,022%
:
7: 21000xp/!q² qq
49
ℎ − s" 65 − 1,434
:. = 0,022. = 0,02414%
UV
r − s" 59,37 − 1,434
s = 14,442 !q
14,442
3 = 23496,3 ÷ Y59,37 − 0,8. \ = 438,419 kp
2
: = 3 ÷ 4: = 438,419 ÷ 9,42 = 46,541 op/!q²
50
= = = 43,478 op/!q²
: 89
1,15
FIGURA 18: VIGA DE ESTUDO CONSIDERANDO MODO DE RUPTURA LIMITE DOS DOMÍNIOS 2
E 3.
51
+
s r.
Equação 35
:
0,35
s = 59,37. = 15,392 !q
0,35 + 1
Sabendo que a deformação máxima do concreto εC é de 0,35%, pelas
Equações 1 e 4 tem-se que:
50
′: = = = 43,478 op/!q²
:
1,15
43,478xp
3′ = 2,45!q². = 106,522 op
!qk
43,478xp
3 = 9,42. = 409,570 op
!qk
15,392
d6z = 467,264. Y59,37 − 0,8. \ + 106,522. 65 − 5,27" − 409,570. 65 − 59,37"
2
d6z = 31551,952 op!q
52
1
Valor adimensional que define a tensão de tração referente à armadura de tração
2
Valor adimensional que define a tensão de tração referente à armadura de compressão
53
15,392
467,264. Y59,37 − 0,8. \ + 106,522. 59,37 − 5,27" +
2
+36 . 65 − 59,37". 0,85 = 31551,952xp!q
O d|
36 = 193,2 op
15,392 15,392
409,57. Y59,37 − 0,8. \ + 106,522. Y0,8. − 5,27\ +
2 2
Od = 15,392
+36 . Y65 − 0,8. \ . 0,85 = 31551,952xp!q
2
36 = 193,2 op
. ℎ − s"
=
Equação 36
6
s
0,35. 65 − 15,392"
= = 1,128%
6
15,392
}
6 1,128 − 0,024 = 1,106%
Este valor ε’R deve ser inferior à deformação última do reforço (εRu), que é
dada pela Equação 11 e de acordo com a TABELA 3. Será adotado o valor do
coeficiente de redução da deformação de ruptura pelo tipo de ambiente (CE) igual a
0,85, considerando um ambiente externo e sabendo que o reforço é com fibra de
carbono e a ligação por resina epóxi:
1,1060 22700xp op
= . = 251,0653
6
100 !qk !qk
De acordo com (MACHADO, 2002), a fibra CF-130 tem resistência dada pelo
fabricante (fRu*) de 3800 MPa. Com o fator de redução relativo ao ambiente (CE),
pela Equação 10 tem-se:
xp op
= 380 . 0,85 = 323
6;
!q k !qk
6 = 251,0653 < 323 ∴ •b€• •!v!
36 193,2
46 = = = 0,770 !q²
6 251,0653
55
46 Equação 37
ƒV
b
0,770
ƒV 46,638!q
0,0165
Adotando uma folga (s) de 0,5 cm em cada lado da viga, tem-se que o
número de camadas de reforço (n), sendo n um valor inteiro, seja de:
56
ƒ• Equação 38
tu − 2 . „
a
46,638
a= = 2 !vqvrv„
25 − 2 . 0,5
ƒ… = tu − 2 . „ Equação 39
3.4.1.1 Considerações adicionais para o reforço com CRFC, com alívio de cargas
† = a . b . 76 Equação 40
1 †
† = 2 . 0,165qq . 22700d‡v = 74910 ∴ ˆ‰ = . Y1 − \ ≤ 0,9
60 . 6; 360000
1 74910
ˆ‰ = . Y1 − \ = 0,790
60 . 0,017 360000
}
6 = 1,50% ≤ 6; . ˆ‰
}
6 = 1,05% ≤ 1,445% . 0,790
57
}
6 1,05% ≤ 1,122% ∴ •b€• •!v!
op
= 0,3. $ = 0,3. @25k = 2,565 d‡v = 0,257
Š Š
k
,‰ A
!qk
Deste modo, pela Equação 24, o comprimento de aderência, neste caso, é de:
0,165
ƒ = 0,7. f22700 . = 84,589 mq
‰‹Œ
0,257
ƒ ‹9• ‹9• = 10 !q
Da mesma forma que foi feito no cálculo do reforço com CRFC com alívio de
carga, neste item será calculada uma área correspondente para o reforço com este
material sem o descarregamento. Para isto será utilizada a deformação inicial da
base da viga calculada no item 3.2.
Pela Equação 18 é possível determinar a deformação real da região do
reforço, sem o descarregamento:
UV 0,233%
}
6 = 1,128 − 0,125 = 0,003%
Este valor ε’R é muito próximo de zero. Isto pode ser justificado pelo fato de
que nesta viga em questão toda a capacidade do aço de tração está sendo utilizada,
com deformação de escoamento limite (próximo de 1%). Deste modo, é possível que
a aplicação do reforço sem o descarregamento da viga leve o aço de tração iniciar
processo de ruptura, podendo até mesmo apresentar estricções.
Assim, sem o descarregamento, o reforço não trabalharia de forma adequada,
sendo inviável a sua aplicação.
Entretanto, pode-se calcular a porcentagem necessária de descarregamento
da carga aplicada, de modo que se evite este acontecimento.
Deste modo, fazendo o cálculo inverso ao que fora feito para a determinação
da deformação inicial do bordo inferior da viga e com os valores descritos acima,
chega-se em uma posição da linha neutra de 13,486 cm, uma deformação inicial do
bordo inferior da viga igual 0,232% e a um momento solicitante aplicado de
22097,251 kN.cm.
Este valor de momento é 5,95% menor que o momento solicitante inicial
calculado (23496,3 kN.cm). Isto significa que a viga deve ser descarregada no
mínimo 5,95% para que o reforço com CRFC tenha sua funcionalidade.
Para este valor de momento e para a deformação inicial do bordo inferior da
viga encontrado pode-se calcular a área de reforço a se implantar.
Nota-se que se for feito o alívio parcial ou total de cargas, neste estudo de
caso, é possível utilizar o reforço por meio de CRFC. Entretanto, conforme fora
mencionado na revisão bibliográfica, é aconselhável que seja feito o
descarregamento total, para que o reforço contribua efetivamente na resistência e
controle de deformações da peça (REIS, 1998). Como este caso é teórico, a
continuidade dos cálculos será feita para o alívio parcial de cargas. No entanto, no
caso de uma peça real, deve-se averiguar as consequências deste descarregamento
60
3.4.3.2 Considerações adicionais para o reforço com CRFC, com o alívio parcial de
cargas
61
1 †
3 . 0,165qq . 22700d‡v = 112365 ∴ ˆ‰ = . Y1 − \ ≤ 0,9
60 . 6; 360000
†
1 112365
ˆ‰ = . Y1 − \ = 0,687
60 . 0,0167 360000
}
6 = 0,896% ≤ 6; . ˆ‰
}
6 = 0,896% ≤ 1,42% . 0,687
}
6 = 0,896 ≤ 0,974% ∴ •b€• •!v!
0,165
ƒ = 0,7. f22700 . = 84,506 mq
‰‹Œ
0,257
ƒ ‹9• ‹9• = 10 !q
camada deve estar defasada 15 cm dos pontos de momento crítico, que são os
mesmo da opção com descarregamento total.
}
6 1,128 − 0,024 = 1,104%
Este valor ε’R deve ser inferior à deformação limite de escoamento do reforço
(εRy), que no caso da chapa metálica é de 1% (SANTOS, 2008). Deste modo, como
a deformação encontrada para o reforço na viga foi maior que a limite, significa que,
nesta situação, a estrutura de reforço romperia, não sendo possível sua utilização.
}
6 = 1,128 − 1,125 = 0,003%
63
Isto significa que tanto para o reforço com CRFC como com chapas
metálicas, esta viga em questão deve ser descarregada para a aplicabilidade do
sistema.
F• 193,2
A• = = = 8,887 cm²
f•• 21,739
Como a largura da viga (bw) é de 25 cm, significa que o reforço com adição de
chapas metálicas não irá ultrapassar a base da viga. Neste caso, adotou-se um
comprimento efetivo (l’“ ) de 23 cm. A relação entre a largura da chapa e sua
espessura, fica no valor de:
ƒ…” 23
= = 55,545
b 0,4
66
Deste modo, como a relação acima está entre 50 e 60, significa que a
delaminação pode ser evitada, conforme mencionado na revisão bibliográfica.
3.5.3.1 Considerações adicionais para o uso do reforço com chapa com alívio parcial
de cargas
4
0,7. f20000 . = 390,933 qq
0,256
ƒ
ƒ ‹9• ‹9• = 40 !q
Por tentativas, é possível perceber que para que a chapa metálica não atinja
a sua deformação limite, a posição mínima da linha da linha neutra é igual a 16,6 cm
(no domínio 3). A partir disto, é possível definir o momento resistente com o reforço
no valor de 33465,963 kN.cm, maior que o solicitante de 30000 kN.cm
(aproximadamente 10% maior). Com este valor chega-se a uma área de chapa
metálica a se aplicar, na seção transversal da viga, de valor igual a 10,871 cm² para
o caso de descarregamento total e de 11,527 cm² para o caso sem
descarregamento. Isto é ilustrado nas figuras a seguir (FIGURA 21 e FIGURA 22):
67
OK!
fr (KN/cm²) 21,739
Ar (cm²) 10,871
Deformação negativa
fr (KN/cm²) 21,739
Ar (cm²) 11,527
Por meio disto, é possível perceber que a utilização do reforço com chapa
metálica com descarregamento total é capaz de suportar o acréscimo de carga
solicitante previsto para a peça de estudo.
Entretanto, para o caso sem descarregamento algum a deformação do reforço
apresentou-se negativa, o que significa que o reforço não trabalha de forma
69
adequada. Isto mostra que esta solução sem alívio de cargas não é pertinente,
assim como nas demais situações sem alívio de cargas estudadas neste trabalho.
É importante destacar também que a relação de largura e espessura da
chapa ilustrada na FIGURA 21 acima é maior que 50, como sugerido no item 2.5.6
deste trabalho. Entretanto, este valor é maior que 60, o que significa que a
espessura da chapa poderia ser maior. No entanto, conforme as recomendações
expostas no item 2.5.6 não é recomendado o uso de reforço estrutural com chapas
de espessura maior que 4 mm.
FIGURA 23: DETALHE LONGITUDINAL DA VIGA DE KRAMER (2013) COM REFORÇO POR
CRFC, COM ALÍVIO DE CARGAS. MEDIDAS EM CM.
FIGURA 24: SEÇÃO AA' E BB' DA VIGA DE KRAMER (2013) REFORÇADA COM CRFC, COM
DESCARREGAMENTO.
3.6.2 Desenho da viga reforçada com CRFC, com alívio parcial de cargas
FIGURA 25: VIGA DE KRAMER (2013) COM REFORÇO POR CRFC, SEM O ALÍVIO DE CARGAS.
MEDIDAS EM CM.
72
FIGURA 26: SEÇÃO CC' E DD’ DA VIGA DE KRAMER (2013) REFORÇADA COM CRFC, SEM
DESCARREGAMENTO.
3.6.3 Desenho da viga reforçada com chapa metálica, com alívio parcial de cargas
Reforço
FIGURA 27: DETALHE LONGITUDINAL DA VIGA DE KRAMER (2013) COM REFORÇO POR
ADIÇÃO DE CHAPAS METÁLICAS, SEM DESCARREGAMENTO. MEDIDAS EM CM.
FIGURA 28: SEÇÕES EE' E FF’ DA VIGA DE KRAMER (2013) COM REFORÇO COM CHAPAS
METÁLICAS, SEM DESCARREGAMENTO
A área total de chapa metálica MR250 a ser utilizada, neste caso, é de:
74
s 1,237 !q
s 18,013 !q
Conforme pode ser visto na TABELA 11, o valor encontrado, por tentativas,
para a posição da linha neutra (x) é de 22,13 cm, atingindo um valor para o
momento fletor resistente de 16293,498 kN.cm, que é maior que o solicitante
(MSd=16292,532 kN.cm). Como o valor resistente é ligeiramente superior ao
solicitante, significa que a posição da linha neutra arbitrada representa uma solução
econômica para a peça em questão.
É importante destacar que o valor encontrado para a deformação do aço está
entre a deformação de início de escoamento (0,207%) e a limite (1,0%) para o aço
CA-50 (conforme a TABELA 2), o que significa que está submetido à tensão de
escoamento (fyd) e está sendo aproveitado ao máximo.
O momento crítico, para posterior adequação do posicionamento do reforço
com CRFC, seguindo os mesmos princípios do cálculo feito para a viga de Kramer
(2013), tem o valor de 5033,625 kN.cm, nas posições de 42,4 cm e 457,6 cm .
82
Além disso, da mesma forma que fora feito para o caso da viga de Kramer
(2013), é necessário verificar a delaminação do reforço. Os resultados desses
cálculos estão ilustrados na TABELA 14.
DELAMINAÇÃO
VERIFICAÇÃO DA DEFORMAÇÃO MÁXIMA EM FUNÇÃO DO NÚMERO DE CAMADAS
Rigidez G 149820,000
Coeficiente relativo à cola κm 0,583
εru (%) 0,827
Deformação ultima do reforço com correção da cola
DEFORMAÇÃO OK
lt (mm) 91,120
COMPRIMENTO DE ANCORAGEM
lt adotado (cm) 10
TABELA 14: VERIFICAÇÃO DE DELAMINAÇÃO DA VIGA DE BASTOS (2010) COM
DESCARREGAMENTO E COM CRFC
4.4.1 Reforço com compósitos reforçados com fibra de carbono para viga não
descarregada
4.4.2 Reforço com compósitos reforçados com fibra de carbono para viga
parcialmente descarregada
Da mesma maneira que foi calculado para a viga de Kramer (2013), para esta
situação também será estimada uma porcentagem mínima de descarregamento
para a aplicabilidade do reforço com CRFC, além da situação de total
descarregamento.
Tomando a tensão do aço ligeiramente inferior ao valor de sua tensão de
escoamento, pode-se obter um valor para a força referente ao aço (FS) e também a
deformação no aço.
Fazendo o processo inverso do cálculo da deformação inicial do bordo inferior
da viga, determinando que a força do aço (FS) é esta mencionada no parágrafo
anterior, é possível encontrar os resultados da TABELA 15 abaixo.
Determinação da
deformação inicial - viga
parcialmente descarregada
fs 43,46
Fs 349,4184
εs(mm/mm) 0,002069524
εs (%) 0,2070
Msd' 13559,550
a 7,771
b -893,714
c 13559,550
Δ 377216,929
xi' (cm) 97,015
xi'' (cm) 17,985
xi (cm) 17,985
xi (cm) 349,418
εbi (%) 0,237
Porcentagem
0,129
descarregada
Com isto, percebe-se que é possível não descarregar toda a carga atuante na
viga para a aplicação do reforço, apesar de ser recomendado pela literatura (como
anteriormente já mencionado). Deste modo, o descarregamento mínimo encontrado,
para este caso, é próximo de 0,13%, o que indica que nesta situação a chance de se
aplicar o reforço sem descarregamento algum é muito próxima de acontecer.
Deste modo, é possível calcular a área de reforço a se aplicar com base nesta
nova deformação inicial da base da viga, como ilustra a TABELA 16.
Como pode ser visto, a deformação corrigida do reforço tem valor menor que
a limite do material (1,42%), o que significa que o material pode suportar a carga em
questão. Também a tensão no reforço (fR) está dentro do limite, sendo inferior à 323
kN/cm², que é a tensão máxima do material multiplicada pelo fator de redução pelo
tipo de ambiente.
DELAMINAÇÃO
VERIFICAÇÃO DA DEFORMAÇÃO MÁXIMA EM FUNÇÃO DO NÚMERO DE CAMADAS
Rigidez G 262185,000
Coeficiente relativo à cola κm 0,343
εru (%) 0,486
Deformação ultima do reforço com correção da cola
DEFORMAÇÃO OK
lt (mm) 91,120
COMPRIMENTO DE ANCORAGEM
lt adotado (cm) 10
Isto significa que tanto para o reforço com CRFC como com chapas
metálicas, esta viga em questão deve ser descarregada para a aplicabilidade do
sistema.
Além disso, como a deformação do reforço sem o desconto da deformação
inicial da base da viga ( 6 ) é menor que 1%, com um valor de 0,441%, não há a
possibilidade de descarregamento parcial desta viga para a aplicação de reforço
com chapas metálicas. Isto porque, a deformação no reforço é muito pequena se
comparada à do substrato (0,441%<<1,143%), ao contrário da viga de Kramer
(2013) para reforço com chapas metálicas, onde esta deformação do reforço atingiu
um valor maior que 1%.
89
carga aliviada é possível a utilização de reforço com chapas metálicas com o valor
exato da deformação limite alcançado pelo reforço, com uma área de material a se
implantar na seção transversal da viga no valor de 8,887 cm².
Entretanto, é difícil garantir que o valor de 45% da carga seja descarregada,
uma vez que se houver um descarregamento maior, a deformação inicial do bordo
inferior da viga será menor e o reforço alcançará ou até mesmo ultrapassará a sua
deformação limite.
Utilizando um valor maior para a posição da linha neutra (maior porção de
concreto comprimido), a viga tem ruptura no domínio 3 e a utilização do reforço com
chapas metálicas com alívio total e também sem descarregamento de cargas
tornam-se possíveis.
No caso da viga de Bastos (2010) o modo de ruptura foi no domínio 3,
utilizando o máximo do concreto e início de escoamento do aço.
Com relação ao reforço com CRFC, caso esta viga tivesse alívio mínimo de
cargas, a área a se aplicar de reforço seria cerca de 200% maior do que na situação
com descarregamento total da peça, o que se mostra inviável devido ao custo com
material.
Quando reforçada com chapa metálica, esta viga não apresentou problemas
com o descarregamento, pois a chapa não teve sua deformação ultrapassando o
limite de escoamento. Isto pode ser justificado pelo fato de esta viga não estar no
limite dos domínios 2 e 3 como a de Kramer (2013).
Em relação à protensão externa, Kramer (2013) concluiu que, apesar da
complexidade de execução pelo posicionamento de desviadores, a opção de traçado
de cabo poligonal é uma das mais pertinentes, sobretudo onde o traçado se
assemelha com o diagrama de momentos fletores da peça. Outra opção de traçado
é o traçado reto posicionado abaixo da viga que, segundo Kramer (2013), com um
momento resistente próximo ao solicitante, reduz a força de protensão a se aplicar e
diminui o número de cabos a se implantar, sendo mais econômico. Porém, esta
última opção deve ser feita com uma ancoragem diferenciada para não ocasionar
tração nos apoios.
Para ambos os casos de protensão externa, o momento fletor resistente tem
um valor de, no mínimo, 382807 kN.cm, que é cerca de 12,5 vezes maior que o
solicitante para a viga de Kramer (2013), (30600 kN.cm). Isto mostra que a
91
Deste modo, é possível que uma das soluções de reforço mais adequadas
para a viga de Kramer (2013) seja o CRFC com descarregamento total, já que o
dimensionamento não apresentou nenhum problema de deformação excessiva. Esta
solução, ao contrário da adição de chapas metálicas, foi pertinente para o caso de
Kramer (2013) pela elevada deformação que o CRFC pode sofrer antes de romper e
por sua elevada resistência mecânica (3800 MPa para o CRFC e 25 MPa para a
chapa metálica). É válido destacar também que há uma economia considerável com
a utilização do descarregamento total da peça, com uma redução de 23% de
material de CRFC, se comparado à situação com alívio parcial de cargas.
Outra solução pertinente é a utilização da chapa metálica com ruptura no
domínio 3, com descarregamento das cargas. Nesta opção o material resiste ao
esforço solicitante, mas o momento resistente com a adição do reforço é maior que o
solicitante.
Já para o caso da viga de Bastos (2010) o modo de ruptura encontrado foi
pertencente ao domínio 3 (viga subarmada). Quanto à solução mais adequada para
o reforço da peça, tanto o CRFC quanto a chapa metálica (ambas com alívio inicial
de cargas) foram aptas para solicitação proposta.
Tanto o dimensionamento da viga de Kramer (2013) como da viga de Bastos
(2010) mostram que o comportamento inicial da peça e da estrutura global à que
esta pertence, além do dimensionamento que a peça recebeu antes de se reforçar e
do seu modo de ruptura, influenciam significativamente na escolha do método de
reforço.
Além disso, as condições ambientais que a peça se encontra, como a
existência de um projeto de prevenção contra incêndios, a presença de corrosão das
armaduras, a degradação do concreto e o valor do acréscimo de carga solicitante
são parâmetros primordiais para a escolha da alternativa de reforço mais oportuna.
Ademais, é preciso verificar se o local em que a peça se encontra pode ser
paralisado ou não para a execução do reforço e se o projeto arquitetônico pode ser
alterado. Isto porque há métodos que necessitam de paralização e interferem
significativamente na arquitetura (como o encamisamento) e outros não (como os
estudados neste trabalho).
Outra consideração importante é a possibilidade ou não de execução de um
projeto de elaboração do processo de descarregamento (quando este houver). Isto
94
porque, como foi descrito no capítulo 5, existe certa dificuldade de execução deste
processo, além de ser necessário garantir o descarregamento calculado para que o
reforço estrutural trabalhe conforme previsto na concepção do projeto.
Entretanto, nos casos em que vários métodos de reforço são aplicáveis, é
conveniente realizar um estudo de custos de execução dos métodos de reforço, uma
vez que o custo pode ser muitas vezes um fator determinante na escolha de projeto.
No entanto, para todos os casos é necessário que seja feita a recuperação da
estrutura e do substrato originais, caso apresentem problemas, antes de qualquer
interferência estrutural.
Como sugestões para trabalhos futuros, nesta área de pesquisa, propõem-se:
o Estudo do comportamento de laminados de CRFC protendidos;
o Viabilidade da utilização de matriz cimentícia de elevado
desempenho, junto às fibras de carbono;
o Desenvolvimento do dimensionamento ao cisalhamento para os
reforços com CRFC e chapas metálicas, uma vez que a resistência
ao cisalhamento pode limitar o momento fletor resistente, levando a
estrutura à ruína pelo cisalhamento;
o Modelagem estrutural de peças reforçadas, analisando o
comportamento da peça frente à variação de cargas.
95
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APÊNDICE A
Planilha eletrônica para cálculo do reforço com CRFC – viga de Kramer (2013)
99
Inserção de Dados
MOMENTO SOLICITANTE COM REFORÇO - Msdr(KNcm) 30600,000
MOMENTO RESISTENTE INICIAL - Msdi (KNcm) 23496,300
Dados Iniciais
Base da viga bw (cm) 25,000
Altura da viga h (cm) 65,000
Peso específico do concreto armado γPc (KN/m³) 25,000
Resistência característica do concreto fck (MPa) 25,000
Resistência característica do concreto fck (KN/cm²) 2,500
Resistência de cálculo do concreto fcd (KN/cm²) 1,786
Resistência média à tração do concreto fct,m (KN/cm²) 0,256
Módulo de elasticidade do concreto Ec (MPa) 23500,000
Módulo de elasticidade do concreto Ec (KN/cm²) 2350,000
Módulo de elasticidade do aço Es (KN/cm²) 21000,000
Área de armadura inferior As 9,420
Área de armadura superior As' 2,450
Altura útil da viga d (cm) 59,370
Distância entre fibra mais comprimida e centro de
gravidade da armadura superior d' (cm) 5,270
Distância entre o CG da armadura inferior até a fibra
mais inferior t (cm) 5,630
Vão da viga L (cm) 600,000
Coeficiente referente co efeito Rüsch ϱ 0,850
Fator de correção do diagrama parábola-retângulo ϛ 0,800
Tensão de escoamento do aço (inferior) fyk (KN/cm²) 50,000
Tensão de escoamento do aço - cálculo (inferior) fyd (KN/cm²) 43,478
Tensão de escoamento do aço (superior) f'yk (KN/cm²) 50,000
Tensão de escoamento do aço - cálculo (superior) f'yd (KN/cm²) 43,478
Momento solicitante de cálculo sem reforço Msdi (KNcm) 23496,300
Espessura do reforço e (mm) 0,165
Módulo de elasticidade do reforço Er (KN/cm²) 22700,000
Tensão máxima de resistência do reforço, dada pelo
fabricante fru* (KN/cm²) 380,000
Fator de redução da deformação de ruptura, pelo tipo de
ambiente Ce 0,850
Tensão máxima de resistência do reforço, com coeficiente de
redução Ce fru (KN/cm²) 323,000
Deformação máxima do reforço dado, pelo fabricante εru* (%) 1,670
Deformação de ruptura do reforço, corrigida εru (%) 1,420
Folga em cada lado da viga s (cm) 0,500
Com descarregamento:
100
DELAMINAÇÃO
VERIFICAÇÃO DA DEFORMAÇÃO MÁXIMA EM FUNÇÃO DO NÚMERO DE CAMADAS
Rigidez G 74910,000
Coeficiente relativo à cola κm 0,790
εru (%) 1,122
Deformação ultima do reforço com correção da cola
Maior que solicitada. OK!
lt (mm) 84,589
COMPRIMENTO DE ADERÊNCIA
lt adotado (cm) 10
Sem descarregamento:
Determinação da deformação inicial - peso próprio da viga + carga máxima inicial - ANÁLISE
SEM DESCARREGAMENTO
Determinação da deformação
inicial - viga parcialmente
descarregada
fs 43,460
Fs 409,393
εs(mm/mm) 0,002
εs (%) 0,207
Msd(KNcm) 22097,251
qd (KN/cm) 0,491
a 12,143
b -1802,304
c 22097,251
Δ 2175003,100
xi' (cm) 134,939
xi'' (cm) 13,486
xi (cm) 13,486
Fs (KN) 409,393
εbi (%) 0,232
Porcentagem
5,954
descarregada
103
Cálculo do Momento resistente sem reforço para viga parcialmente descarregada, admitindo
seção normalmente armada
Deformação do aço εs (%) 1,000
Deformação do concreto εc (%) 0,350
Posição da LN x (cm) 15,392
Coeficiente de redução da resistência característica à
compressão Ψc 1,000
Força resultante concreto Fc (KN) 467,264
Força resultante armadura de tração Fs (KN) 409,565
Deformação na armadura superior ε's (%) 0,230
Tensão armadura de compressão real f's (KN/cm²) 43,478
Força resultante armadura de compressão F's (KN) 106,522
Coeficiente de redução do Reforço de Fibra de Carbono Φ 0,850
DELAMINAÇÃO
VERIFICAÇÃO DA DEFORMAÇÃO MÁXIMA EM FUNÇÃO DO NÚMERO DE CAMADAS
Rigidez G 112365,000
Coeficiente relativo à cola κm 0,687
εru (%) 0,974
Deformação ultima do reforço com correção da cola
Maior que solicitada. OK!
lt (mm) 84,589
COMPRIMENTO DE ANCORAGEM
lt adotado (cm) 10
104
APÊNDICE B
Planilha eletrônica para cálculo do reforço com chapa metálica – viga de Kramer
(2013)
Inserção de Dados
MOMENTO SOLICITANTE COM REFORÇO - Msdr(KNcm) 30600
MOMENTO RESISTENTE INICIAL - Msdi (KNcm) 23496,3
Dados Iniciais
Base da viga bw (cm) 25,000
Altura da viga h (cm) 65,000
Peso específico do concreto armado γPc (KN/m³) 25,000
Resistência característica do concreto fck (MPa) 25,000
Resistência característica do concreto fck (KN/cm²) 2,500
Fator de minoração da resistência do concreto γc 1,400
Resistência de cálculo do concreto fcd (KN/cm²) 1,786
Resistência média à tração do concreto fct,m (KN/cm²) 0,256
Módulo de elasticidade do concreto Ec (MPa) 23500,000
Módulo de elasticidade do concreto Ec (KN/cm²) 2350,000
Módulo de elasticidade do aço Es (KN/cm²) 21000,000
Área de armadura inferior As 9,420
Área de armadura superior As' 2,450
Altura útil da viga d (cm) 59,370
Distância entre fibra mais comprimida e centro de
gravidade da armadura superior d' (cm) 5,270
Distância entre o CG da armadura inferior até a fibra
mais inferior t (cm) 5,630
Vão da viga L (cm) 600,000
Coeficiente referente co efeito Rüsch ϱ 0,850
Fator de correção do diagrama parábola-retângulo ϛ 0,800
Tensão de escoamento do aço (inferior) fyk (KN/cm²) 50,000
Fator de minoração da resistência do aço γs 1,150
Tensão de escoamento do aço - cálculo (inferior) fyd (KN/cm²) 43,478
Tensão de escoamento do aço (superior) f'yk (KN/cm²) 50,000
Tensão de escoamento do aço - cálculo (superior) f'yd (KN/cm²) 43,478
Momento solicitante de cálculo sem reforço Msd0 (KNcm) 23496,300
Espessura do reforço e (mm) 4,000
Módulo de elasticidade do reforço Er (KN/cm²) 20000,000
Tensão de escoamento do aço de reforço fyr (KN/cm²) 25,000
Com descarregamento:
Determinação da deformação inicial - peso próprio da viga - ANÁLISE COM
DESCARREGAMENTO
Carga distribuída referente ao peso próprio gd (KN/cm) 0,057
Momento solicitante do pp Msd (KNcm) 2559,375
a 12,143
b -1802,304
c 2559,375
Posição da LN Δ 3123985,664
xi' (cm) 146,991
xi'' (cm) 1,434
xi (cm) 1,434
Força resultante armadura de tração Fs (KN) 43,529
Tensão para armadura de tração fs (KN/cm²) 4,621
Deformação das armaduras de tração εs(mm/mm) 0,000
Deformação das armaduras de tração εs (%) 0,022
Deformação inicial na base inferior da viga εbi (%) 0,024
Sem descarregamento:
lt (mm) 390,9330639
COMPRIMENTO DE ANCORAGEM
lt adotado (cm) 40