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A pulsoterapia (PT) de Glicocorticóides (CG), também conhecida como

“the big shot”, consiste na administração de uma dose muito alta de GC num
curto intervalo de tempo. Utiliza-se com o propósito de interromper rapidamente
um quadro progressivo, evitar a administração prolongada de GC orais (com os
efeitos adversos correspondentes), e aumentar o período de remissão da
doença, não sendo isenta, porém, de ocorrências que podem ocorrer durante a
infusão. Os efeitos da pulsoterapia são explicados pelos mecanismos típicos dos
GC (genômicos), e pelos chamados efeitos não genômicos. Alguns são rápidos
demais e estes seriam intermediados por receptores de membrana ou pela
interação direta com membranas celulares. A administração rápida de GC age
sobre seus receptores antes destes terem sido submetidos a uma supressão por
uma terapia prolongada. Todavia, há poucas evidências sobre a rapidez de ação
da pulsoterapia.

A PT com GC tem sido empregada em inúmeras doenças. As drogas mais


administradas são metilprednisolona e dexametasona via endovenosa, ambas
com baixíssimo efeito mineralocorticóide e alta potência. Não existe uma
padronização das doses, mas normalmente administram-se 500 a 1.000 mg de
metilprednisolona e 100 a 200 mg de dexametasona por pulso diário.
Habitualmente são feitos de 3 a 5 pulsos em dias contínuos, com repetição
mensal, se for necessário, porém existem outros esquemas como doses
menores administradas em dias alternados. Para a manutenção pós ou inter
pulsoterapia, associa-se prednisona oral, ciclofosfamida, azatioprina e
metotrexate, entre outros. Alguns autores consideram que a PT isoladamente
tem efeitos a médio e longo prazo.

Assim como em várias doenças, a PT pode ser utilizada no tratamento do


Lupus eritematoso sistêmico e vem ganhando cada vez mais destaque quando
há comprometimento multivisceral, lesões em órgãos nobres como rins,
pulmões, cérebro e lesões cutâneas. Cada sessão de pulsoterapia em adulto
consiste na infusão durante duas a três horas, de uma solução endovenosa
prescrita pelo médico, composta de 100 ml Soro Fisiológico 0,9% ou Soro
Glicosado a 5%, contendo Metilprednisolona em doses que variam de 500 a
1000 mg; freqüentemente com adição de Ciclofosfamida de 500 a 1000 mg por
metro quadrado ou 750mg por metro quadrado de superfície corporal;
antiemético, que pode ser Metoclopramida 10 mg ou Ondansetrona 4 a 8 mg. A
Ondansetrona, por ter indicação específica no controle de náuseas e vômitos
induzidos por quimioterapia citotóxica emetogênica, tem sido bastante prescrito
às pacientes que assistimos. A apresentação da Metilprednisolona é em
ampolas de 40 mg, 125mg, 500 mg e 1000 mg; Ciclofosfamida encontra-se em
ampolas de 50mg ou 200 mg; Metoclopramida, em ampolas de 2ml com 10mg;
Ondansetrona, em ampolas de 2ml com 4mg e de 4ml com 8 mg.

Grande parte dos efeitos adversos da PT não são observados com a


terapia oral convencional. Costumam ser leves e incluem flushing facial,
artralgias, psicose aguda, depressão, soluço, entre outros. Tem-se relatado
efeitos severos como morte súbita, arritmias, isquemia miocárdica, hiper e
hipotensão e alteração de eletrólitos. Esses efeitos severos são raros e em geral
ocorrem nas primeiras 24 horas.

Para evitar os efeitos adversos recomenda-se uma administração lenta


(2-3 horas), medições de sinais vitais frequentes e medições de eletrólitos
plasmáticos pré e pós infusão. Monitorização cardiovascular contínua só seria
necessária em pacientes com patologia renal e cardiovascular prévia. No
entanto, alguns autores propõem monitorização cardiovascular contínua durante
as primeiras 24 horas da infusão em todos os pacientes. A administração
endovenosa de potássio durante o pulso evitaria reações adversas
cardiovasculares. As contra-indicações da PT seriam infecção crônica e
recorrente, tuberculose, arritmia basal, hipopotassemia, esclerose sistêmica
progressiva, hipertensão arterial descontrolada e gravidez.

PEREIRA, A.L.C.; BOLZANI, F.C.B.; STEFANI, M.; CHARLÍN, R. Uso sistêmico de


corticosteróides: revisão da literatura. Rev. Med Cutan Iber Lat Am. v. 35, n. 1, p.
35-50, 2007

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