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Deus está mais perto do que você pensa

John Ortberg
Acomodação espiritual
Os psicólogos que estudam a percepção fazem referência a um fenômeno
chamado “acomodação”. A idéia é que, toda vez que um novo objeto ou estímulo é
introduzido em nosso ambiente, ficamos intensamente atentos a ele, mas a atenção
enfraquece com o tempo. Assim, por exemplo, quando usamos um relógio de pulso
pela primeira vez, nós o sentimos no pulso o tempo todo, mas depois de algum
tempo nem sequer notamos que ele está adi. Quando as pessoas se mudam para
uma nova casa, geralmente fazem uma lista de coisas que precisam consertar ou
reformar porque a mera visão delas é intolerável. Cinco anos depois, elas podem ter
a mesma lista, mas a falta de conserto não as incomoda mais.
Anos atrás tínhamos um cão que costumava comer nossa mobília. Quando eu
digo “comer”, não quero dizer “mastigar”. Ele comia a parte superior do pufe
colocado em frente ao sofá, de tal forma que a espuma de borracha ficava exposta,
e depois comia a maior parte da espuma. O patético da história é que nós nos
acostumamos com um pufe meio comido e com a espuma de borracha exposta.
Depois de algum tempo, nem sequer o notávamos mais. Nós nos habituamos.
Um dos maiores desafios da vida é lutar com o que pode ser chamado de
acomodação espiritual. Nós simplesmente nos desgarramos para uma aceitação da
vida no modo de manutenção espiritual. Racionalizamos isso porque pensamos:
“Eu mão estou

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envolvido em um pecado escandaloso de grande importância. Não tenho feito nada
que ponha em risco minha ida para o céu.
Estou
A acomodação espiritual é, agindo certo”. E esquecemos que Jesus nunca
em alguns casos, mais disse: “Eu vim para que vocês possam agir
perigosa do que a depravação
certo”. Certo não é certo. Nós temos um tipo
espiritual, pois pode ser
muito sutil, muito gradual. de déficit na atenção espiritual que Deus terá
de vencer.
Quando a vida está no piloto automático,
rios de água viva não fluem por intermédio dela com energia e alegria. Em vez
disso, ela se parece com isto:
— Eu grito com meus filhos.
— Eu me preocupo muito com dinheiro ou com meu trabalho.
— Eu fico com inveja de pessoas mais bem-sucedidas ou mais atraentes que
eu.
— Eu uso o engano para sair de dificuldades.
— Eu sou preconceituoso com relação às pessoas, sempre que tenho uma
inveja secreta delas.
A acomodação espiritual é, em alguns casos, mais perigosa do que a
depravação espiritual, pois pode ser muito sutil, muito gradual. Na maior parte das
vezes, ela envolve uma deficiência para enxergar.
Somos atraídos por crianças, poetas e santos porque eles notam coisas que o
restante de nós esquece de ver. Jesus disse à igreja de Éfeso: “Contra você, porém,
tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor” (Ap 2.4).
Vimos no capítulo 1 que Deus deu um sonho a Jacó em Betei. Então, por que
ele não nos manda sonhos todas as noites? Por que ele não faz de cada dia um dia
do arco-íris e envia epifanias 24 horas por dia, 7 dias por semana? Talvez porque
Deus queira que

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aprendamos a vê-lo no que é comum, em vez de sermos dependentes do
extraordinário. Talvez seja porque Deus, se satisfizesse regularmente nossa
exigência por efeitos especiais, seria como uma mãe que, sem perceber, treina os
filhos para prestarem atenção somente quando ela levanta a voz.
Nancy e eu descobrimos um estranho fenômeno no processo de criação e
educação dos filhos. Quando elevamos o volume da voz para obter a atenção de
nossos filhos, eles imediatamente passam a nos ignorar. Contudo, quando
baixamos nosso tom de voz para falar sobre algo particular um com o outro
(presentes de aniversário, talvez, ou modos de punição), nossos filhos ficam
imediatamente atentos. As palavras que tentamos sussurrar serão ouvidas a uma
distância de três quartos e duas portas fechadas. Ê como se nossos filhos
tivessem um instinto interior para saber quandlo estamos tentando evitar que a
informação chegue até eles e, de repente, desenvolvessem capacidades de
audição pelas quais os agentes secretos da CIA pagariam caro.
Talvez o motivo pelo qual Deus abaixa a voz seja para que aprendamos a
prestar atenção. Talvez seja um convite para tornar-nos como uma das
personagens do romance O príncipe das marés, a respeito de quem o narrador
diz:
Eu gostaria de ter andado por este mundo agradecendo a Deus pelas
ostras e toninhas, louvando a Deus pelo canto dos pássaros e pelos
relâmpagos, vendo Deus refletido em piscinas de riachos e nos olhos de
gatos perdidos.. Gostaria de ter conversado com cães como se eles fossem
meus amigos e companheiros de viagem ao longo de estradas batidas pelo
sol e inebriadas com o amor de Deus... Eu gostaria de ter visto o mundo
todo com olhos incapazes de qualquer coisa a não ser deslumbrar-se, e
com a língua fluente so mente em louvar,5

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Talvez os dias comuns não sejam “comuns”, afinal, mas façam parte do curso
exigido para desenvolver olhos cheios de admiração e língua fluente em louvor.
William Barry escreve: “Conscientes ou não, a todo momento de nossa
existência encontramos Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, que está tentando
chamar a nossa atenção e atrair-nos para um relacionamento consciente e
recíproco”.6 Talvez nossa capacidade de prestar atenção em Deus — como a
capacidade de levantar pesos ou de falar espanhol — só fique mais forte quando
exercitada.

Revendo as filmagens do dia


Uma técnica de filmagem nos ensina uma maneira de ver Deus no cotidiano.
Recentemente, o cinegrafista Bob Fisher escreveu um apaixonado artigo sobre a
necessidade de o elenco gastar algum tempo todos os dias revendo o filme
gravado no dia anterior. Ao protelar temporariamente a produção para rever o
trabalho do dia anterior, o produtor de cinema pode identificar pequenos erros,
enquanto eles ainda podem ser corrigidos, e comemorar o que está certo. Nas
palavras de Fisher: “E edificante ver as filmagens diárias. Elas entusiasmam a
todos”.7
Da mesma forma, é muito útil a nós gastar alguns momentos para “rever as
filmagens diárias” com Deus. Você pode fazer isso agora mesmo, revendo na
mente ,Q_que aconteceu ontem com Deus 7 e indagando onde ele estava presente e
agindo em cada cena. Comece com o momento em que você acordou pela manhã.
Deus estava presente, acordando-o, dando-lhe uma minirressurreição. Quais foram
seus primeiros pensamentos? O que você acha que Deus quis dizer a você naquele
momento?
Depois, vamos avançar de uma cena para a outra ao longo do dia. Enquanto
revejo o que aconteceu quando cumprimentei minha família, tomei café e saí
para as reuniões de trabalho, percebo

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