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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS- CCHL


DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL – DSS
DISCIPLINA: SEMINÁRIO TEMÁTICO IV
PROFESSORA: EDNA MARIA GOULART JOAZEIRO

JÉSSICA FERREIRA GUIMARÃES

SANTOS, Josiane Soares. Pós-modernidade, Neoconservadorismo e Serviço Social.


Temporalis, Recife: ABEPSS, n.10, 2005, p. 29-50.

No começo do artigo, em sua introdução, Santos (2005) destaca o debate a cerca da


pós-modernidade, “uma vez que sua essencialidade está datada pelo potencial
neoconservador” (p. 30). Em seguida a autora coloca que,

a pós-modernidade corresponde à “lógica cultural do capitalismo tardio”, na feliz


expressão de Jameson (1996), significando dizer que esse pensamento deve ser
situado enquanto uma das respostas á crise – no campo ideológico – e somente
adensado por tais mediações chegaremos ao seu caráter mediador. (SANTOS, 2005,
p. 31)

Citando Marx, a autora refere-se sobre a contradição “medular” entre as forças


produtivas e as relações de produção, onde destaca em seu texto o conceito de mais-valia que,

[...] é fruto do trabalho humano na esfera da produção, onde o capitalista, além de se


apropriar do produto final, apropria-se de parte do trabalho realizado e não pago ao
assalariado, qualquer alteração na dinâmica básica dessa relação tem impactos sobre
a sua extração e consequente realização, na esfera da circulação.” (SANTOS, 2005,
p. 32)

Sobre a “Crise da Modernidade”, Santos (2005) destaca Harvey (1996) afirmando que
a crise contemporânea do capitalismo,

tem sua principal marca a rigidez do fordismo e sua superação pelo padrão de
acumulação flexível, proporcionada pela sua nova base técnica assentada na
microeletrônica. [...] são visíveis as transformações no padrão de acumulação
sinalizadas pela descentralização, desverticalização, terceirização, automação,
enfim, por uma nova organização do trabalho com o objetivo com o objetivo de
potencializar a extração da mais-valia relativa, sem prejuízo da extração da mais-
valia absoluta. (SANTOS, 2005, p. 33)
Conforme esse contexto, de reestruturação produtiva, destaca-se também o conceito de
transnacionalização da produção, que de acordo com a autora, se trata de uma “onda
migratória” “à procura de novos mercados de trabalho preferencialmente com mão-de-obra
abundante e de baixo custo” (SANTOS, 2005, p.34). No texto, também é destacado o termo
“acumulação flexível” onde a autora ressalta que as iniciativas neste sentido,
ainda não conseguiram superar a crise dos ganhos de produtividade de forma
satisfatória: “ [os] resultados [são] medíocres tanto em termos de crescimento
econômico quanto no que diz respeito à elevação da produtividade média do
trabalho e à expansão do comércio internacional. Em todos esses aspectos, o mundo
atual está longe de apresentar desempenhos semelhantes aos do período 1945-75. (
SANTOS, 2005, p. 36)

Já sobre o neoliberalismo, Santos (2005) diz que “a proposta neoliberal centra-se na


inteira despolitização das relações sociais: qualquer regulação política do mercado (via
Estado, via outras instituições) é rechaçada de princípio”. (NETTO apud SANTOS, 2005, p.
35) E que a consciência da crise, outro conceito que trás ao texto, “faz parte dessa
sociabilidade a ‘naturalização’ da crise a fim de que suas expressões sejam vivenciadas no
clima da mais perfeita ‘normalidade’ e ‘banalização’”. (SANTOS, 2005, p. 36) Acrescentando
ainda que “o que denomino aqui de “consciência da crise” pode ser considerada uma das
vozes que ecoa no interior do variado espectro do pensamento pós-moderno”. (SANTOS,
2005, p. 38)
Quanto à Modernidade, Santos (2005) concorda com Rouanet (1998) que a afirmação
da universalidade, da individualidade e da autonomia, pilares de sustentação do que Rouanet
designa como “projeto moderno de civilização”. (SANTOS, 2005, p. 38) Para a autora, a crise
da modernidade “[...] diz respeito a uma configuração determinada do projeto moderno,
encarnada no capitalismo” (SANTOS, 2005, p. 41). Nesse sentido ela discorda de Santos
(1996) “cuja hipótese explicativa remete ao esgotamento da modernidade enquanto projeto
civilizatório devido o ‘não cumprimento das suas promessas’. [...] ‘mesmo admitindo que a
classe operária continua a ter interesse na superação do capitalismo, não parece que tenha
capacidade para levar a cabo.
Em outro trecho Santos (2005), afirma que “a pós-modernidade, para além de ser a
linguagem coadunante com o novo estágio desta sociedade (capitalista), é a linguagem que a
legitima e reforça”. (SANTOS, 2005, p. 43) E também que “a pós-modernidade, para além de
ser a linguagem coadunante com o novo estágio desta sociedade (capitalista), é a linguagem
que a legitima e reforça”. (SANTOS, 2005, p. 43) Trás o marxismo com “[...] teoria social
que desenvolve plenamente a racionalidade dialética herdada da Ilustração, com todo o seu
potencial totalizante.” (SANTOS, 2005, p. 44) E por fim, cita Jameson (1996, p. 72) que faz
uma ressalva de que o pós-modernismo “é uma concepção histórica e não meramente
estilística”, coloca que essa concepção do pós-modernismo,

traz em seu bojo, nas mais diferentes áreas onde se expressa (arte, arquitetura
sociologia, linguística, política, etc.), a celebração das imagens reificadas do
presente e transforma “ o passado em uma miragem visual, em estereotipo, ou textos
[abolindo] efetivamente qualquer sentido prático do futuro e de um projeto coletivo”
(SANTOS, 2005, p. 45)

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