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Sobre a “Crise da Modernidade”, Santos (2005) destaca Harvey (1996) afirmando que
a crise contemporânea do capitalismo,
tem sua principal marca a rigidez do fordismo e sua superação pelo padrão de
acumulação flexível, proporcionada pela sua nova base técnica assentada na
microeletrônica. [...] são visíveis as transformações no padrão de acumulação
sinalizadas pela descentralização, desverticalização, terceirização, automação,
enfim, por uma nova organização do trabalho com o objetivo com o objetivo de
potencializar a extração da mais-valia relativa, sem prejuízo da extração da mais-
valia absoluta. (SANTOS, 2005, p. 33)
Conforme esse contexto, de reestruturação produtiva, destaca-se também o conceito de
transnacionalização da produção, que de acordo com a autora, se trata de uma “onda
migratória” “à procura de novos mercados de trabalho preferencialmente com mão-de-obra
abundante e de baixo custo” (SANTOS, 2005, p.34). No texto, também é destacado o termo
“acumulação flexível” onde a autora ressalta que as iniciativas neste sentido,
ainda não conseguiram superar a crise dos ganhos de produtividade de forma
satisfatória: “ [os] resultados [são] medíocres tanto em termos de crescimento
econômico quanto no que diz respeito à elevação da produtividade média do
trabalho e à expansão do comércio internacional. Em todos esses aspectos, o mundo
atual está longe de apresentar desempenhos semelhantes aos do período 1945-75. (
SANTOS, 2005, p. 36)
traz em seu bojo, nas mais diferentes áreas onde se expressa (arte, arquitetura
sociologia, linguística, política, etc.), a celebração das imagens reificadas do
presente e transforma “ o passado em uma miragem visual, em estereotipo, ou textos
[abolindo] efetivamente qualquer sentido prático do futuro e de um projeto coletivo”
(SANTOS, 2005, p. 45)