1) Em seus mais de dois mil anos de existência, a Igreja Cristã composta
de homens e mulheres cristãos tem refletido sobre a pessoa e a obra do homem-Deus ou Deus-homem: Jesus de Nazaré, que é o mesmo que o Cristo da Fé. 2) Teologia é, então, basicamente o ato de refletir sobre. Este refletir sobre, para ser teologia cristã, precisa necessariamente passar por Jesus Cristo que é Palavra de Deus encarnada na história humana. Caso contrário, o resultado é qualquer outra coisa que desejar alguém: sociologia, antropologia, filosofia, literatura, etc. 3) Fazer teologia é pegar na ponta de uma corda extensa, longa, que vem sendo puxada há séculos por muitos outros anteriores a nós, que viveram em épocas muito diferentes da nossa. É dar continuidade a uma tarefa interminável. Algo muito importante para qualquer teólogo é saber que ele será apenas mais um. Independente de sua desenvoltura, de seus resultados, de suas marcas, de sua influência, logo tudo passa e você — muito lembrado ou totalmente anônimo — será apenas mais uma simples gota num oceano gigantesco de ideias, de doutrinas e pensamentos que é a teologia cristã. 4) Outra consideração que desejo fazer: estudar a história da teologia cristã não pode ser entretenimento a uma mente desocupada. Somos muito curiosos, e a história, o passado nos instiga. Mas, o passado teológico da Igreja Cristã tem algo bem mais sério, bem mais contagiante que entretenimento. Essa história não visa aguçar nossa curiosidade, visa sim, nos mostrar algo importante sobre nós mesmos. A única maneira de não se perder nesse mundo líquido de inconstâncias, a única forma de não perder o rumo de casa é buscar pelas origens sempre e sempre. 5)