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02/12/2018 A Crise Impossível – Católico Romano


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A Crise Impossível
por John Daly

Publicado pela primeira vez em The Four Marks a partir de abril de 2009.
The Impossible Crisis foi proferida por John Daly em seminário realizado
em Verona, New York em 2002.

[Divisão em capítulos de nossa autoria. Os textos entre colchetes são


acréscimos nossos]

Índice


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I. Introdução

A. O que é o sedevacantismo

B. Duas vias de demonstração da Vacância

C. Apresentação da Primeira Via por um breve silogismo

II. Posições contrárias ao sedevacantismo.

A. Objeção comum.

B. Panorâma histórico das divergências

C. Incoerência dos objetores.

III. Demonstração da Premissa Maior.

A. O Concílio do Vaticano (Vaticano I)

B. O Magistério Ordinário Universal é Infalível

C. Prova da Infalibilidade do MOU

1. Fonte da Argumentação (Cartechini)

2. Modos de exercício do MOU


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D. O Magistério meramente Autêntico – não infalível, também


é obrigatório.

E. Recapitulando

F. Con ança na Igreja, obrigatória mas rara.

IV. Demonstração da Premissa Menor.

A. Não se pode con ar na Igreja Conciliar.

1. A Liturgia da Igreja Nova

a. A Liturgia Católica é protegida pelo Espírito Santo


para não ser nem heterodoxa nem nociva.

b. A missa nova é a ordem litúrgica vigente na Igreja


Conciliar

c. Erros da Nova Ordem Litúrgica

2. Novo Código de Direito Canônico.

3. O Concílio Vaticano II

a. Dignitatis Humanae

b. Nulidades Matrimôniais pós Vaticano II

c. Omissão e silêncio em relação ao Inferno.



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V. Conclusão

A. A conclusão independe de questões de pertinácia ou


quali cações teológicas.

B. Ainda sobre às disposições do católico em relação a Igreja.

C. Concluindo

I. Introdução

A. O que é o sedevacantismo.

Reverendo Padre, Senhoras e Senhores

Essa conferência é dedicada a estabelecer alguns argumentos em favor


do sedevacantismo.


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Antes de começar, devo assegurar-me que todos entendam o que o


sedevacantismo é, e o que ele não é. Sedevacantismo é a convicção de
que a Santa Sé está vacante. Se você acredita que a Igreja Católica hoje
não tem papa – não tem um verdadeiro, válido e legítimo sucessor de
Pedro – você é um sedevacantista;

Então, gostaria de enfatizar que sedevacantismo não é um movimento. Há


sedevacantistas que somente vão a Missa de padres sedevacantistas; há
sedevacantistas que vão em outros lugares (FSSPX, etc). Da mesma forma,
há pessoas que vão a Missas de padres sedevacantistas sem serem eles
mesmos sedevacantistas. Então sedevacantismo não é questão de com
quem uma pessoa está associada, ou se pensa que mulheres deveriam
usar calças, ou qual a opinião que tem sobre rastros químicos no céu, ou
o estado dental do Arcebispo Thuc – A questão é se você reconhece ou
não João Paulo II (ou hoje Francisco. n.d.t.) como cabeça visível da Igreja
de Cristo.

E como é uma convicção, não um movimento, o sedevacantismo como tal


não tem por si objetivos ou exerce em si mesmo uma atividade inerente.
Se você veio aqui hoje pra nos escutar falar sobre a melhor forma de
restaurar a ordem Católica, ou aumentar o número de Católicos
tradicionais, ou conseguir mais assinantes para sua lista católica, você
cará desapontado. O escopo dessas duas palestras não será se o
sedevacantismo é útil.

O assunto será se o sedevacantismo é verdadeiro. Se é verdade que João


Paulo II não é o Vigário de Cristo, a verdade continuará obstinadamente

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sendo verdade quer gostemos disso ou não, e, independentemente do


que façamos a respeito. Um proeminente escritor de Remnant
recentemente disse que o sedevacantismo vai destruir o movimento
tradicional. Isso não é verdade, e mais importante ainda, não é relevante.
Não se amamos a verdade.

Existem muitos fatos pouco conhecidos e bastante inconvenientes, mas


não por isso deixam de ser fatos. Se você descobrir um nódulo tumoral
nas axilas, ou que suas despesas estão excedendo sua receita, ou se seu
carro começa a fazer barulho e cheirar mal… você não para pra pensar se
cancêr, falência ou cilindro quebrado são coisas populares ou desejáveis:
você quer saber a verdade, por inconveniente que seja. E a verdade deve
ser baseada em evidência. No caso da verdade Católica, ela deve ser
baseada no que a Igreja nos diz pelos seus ensinamentos, suas leis, seus
teólogos, etc.

A palavra sedevacantismo é, obviamente, um neologismo – inventado no


m dos anos 70. É uma etiqueta, assim como a palavra tradicionalista –
pessoas de fora costumam criar apelidos bem convenientes para
identi car certos grupos e esses apelidos geralmente pegam. O que
importa é captar o signi cado do termo. Aqui um teste: se você entendeu
corretamente o termo, você entendeu também que sempre que um papa
morre todo o mundo Católico se torna ‘sedevacantista’. E se você ainda
não é um sedevacantista, então poderia ser chamado de sedeplenista.

E, é claro, sedevacantismo não tem nada a ver com a rejeição do papado.


Aceitamos o papado e todos os papas, simplesmente não pensamos
 que
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Karol Wojtyla seja um. E baseamos essa convicção nos ensinamentos e


leis da Igreja Católica.

B. Duas vias de demonstração da Vacância

Hoje você ouvirá duas palestras sobre o sedevacantismo e cada uma


apresentará um simples argumento, porque há duas formas
fundamentalmente diferentes de provar que João Paulo II não é papa.

Suponhamos que alguém lhe ofereça um anel que aparenta ser de ouro
mas é uma falsi cação. Há duas formas de mostrar que o anel é falso. A
primeira é mostrar que ele não possui as características que um de ouro
deve ter. A segunda é mostrar que de fato o anel é de outro material, bem
diferente de ouro e incompatível com o ser do ouro. Por exemplo, se você
passa um imã perto e o anel gruda no imã, você percebe que tem nas
mãos algum metal e não ouro puro.

Na análise de João Paulo II, o senhor Lane argumentará que ele é um


herege público e que um herege público não pode, em nenhuma
circunstância, ser um verdadeiro papa. Ele vai passar o imã da heresia
sobre JPII e ele vai grudar, mostrando-se como um metal propenso a
ferrugem.

Porém esse argumento não será o meu, é algo que o senhor Lane
apresentará com grande competência. 
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Meu trabalho não é mostrar que Karol Wojtyla é um herege. E nem


mesmo fazer um inquérito sobre o caso de porque ele não é o papa.
Apenas mostrarei que um verdadeiro papa está protegido pelo Espírito
Santo de fazer o que KW faz, e por consequência ele não pode ser o papa.

Ao fazê-lo será necessária uma considerável discussão a respeito do


corpo religioso do qual KW é cabeça: um corpo que se apresenta como
Igreja Conciliar. Eu pretendo mostrar que essa igreja demonstra uma
incompatibilidade essencial com o Catolicismo – ou seja, esse corpo
adotou doutrinas, costumes, leis e cerimônias que a Igreja Católica (por
sua própria natureza. N.d.T.) não só não deveria, como não poderia adotar.

C. Apresentação da Primeira Via por um breve silogismo

Permitam que eu resuma meu argumento.

PREMISSA MAIOR

Eu a rmo que a Igreja mesma nos ensina que ela é infalível e


indefectível, não somente nos seus ensinamentos do Magistério
Extraordinário, mas também no seu Magistério Ordinário e Universal; Nas
suas leis, na sua liturgia e no seu ensinamento universal transmitido
diariamente aos éis por todos os meios costumeiros que ela o faz. Não

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pode em nenhum deles [desses meios NdT] ensinar erros opostos ainda
que indiretamente à revelação divina, nem contradizer o que ela disse
antes, nem induzir os éis ao erro ao pecado ou ainda apartá-los da
verdade e da santidade.

PREMISSA MENOR

A rmo ainda que a Igreja Conciliar faz tudo isso que a Verdadeira Igreja é
incapaz de fazer em qualquer circunstância. A Liturgia, as leis e o
ensinamento ordinário unânime da Igreja Conciliar, além de suas práticas,
são incompatíveis com a doutrina Católica e induz inúmeras almas na
direção da heresia da apostasia e da condenação eterna.

CONCLUSÃO

Por consequência lógica, a Igreja Conciliar não é a Igreja Católica e sua


cabeça não é um papa.

II. Posições contrárias ao sedevacantismo.

A. Objeção comum.


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Agora, há várias objeções que podem ser postas contra esse argumento,
mas não há dúvida de que uma das mais comuns é a vinda daqueles que
adotam posturas alinhadas com as da FSSPX. Essa objeção a rma que
estaríamos exagerando o escopo da Infalibilidade e indefectibilidade da
Igreja, e que o que nós chamamos impossível, na verdade é apenas
indesejável e não usual, mas não seria contrário a nenhuma promessa
divina.

Eu penso que esse é o ponto principal de divergência entre os


tradicionalistas sedevacantistas e os tradicionalistas ‘sedeocupantistas’
[ou sedeplenistas]. E é por isso que vou citar várias autoridades tratando
precisamente essa questão.

B. Panorâma histórico das divergências

Porém antes de fazer isso, lembremos o panorâma histórico dessa


divergência. Através dos anos 60 e ainda no início dos 70 ocorre o que  se
costuma chamar “mudanças na Igreja”. A Missa passou por uma série de
estágios até se tornar uma cerimônia vernacular estilo protestante. Todos
os outros sacramentos também foram alterados. Do mesmo modo, as
vestes e os costumes dos padres e religiosos, suas cerimônias e tradições.
Cessaram as condenações – exceto para aqueles que se recusavam a

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aceitar as mudanças. Cultos conjuntos com não-católicos, previamente


um pecado mortal, tornaram-se permitidos e mais ainda desejáveis.
Nações que em suas constituição concediam privilégios a Igreja fundada
por Deus, foram constrangidos a alterar suas constituições para remover
esses privilégios. Algumas doutrinas desapareceram, especialmente as
que falavam da condenação eterna e da necessidade de pertencer a única
Igreja Verdadeira. Ensinamentos morais inconvenientes, quando
mencionados, apareciam com ressalvas ligadas aos supostos direitos da
consciência. E muito mais.

No início, não havia quem fosse capaz de entender a natureza dessa crise.
Só um tolo culparia alguém por não entender em 1968 que o que se
enfrentava era uma nova falsa religião. Mas, em 1968, já circulavam as
novas orações Eucarísticas e o novo rito de ordenação, ainda antes da
assim chamada Missa Nova.

A questão é que em entre 1969 e 1970 muitos padres e leigos em


consciência não podiam aceitar o Novus Ordo (a Missa Nova), mas a
possibilidade de que Paulo VI poderia não ser um papa verdadeiro, não
era concebível. Para explicar e justi car a rejeição do que aparentemente
eram leis e ensinamentos dos papas, o movimento tradicional emergente
acostumou-se a enfatizar os [supostos] limites da infalibilidade. Tornou-
se costume a rmar que somente ensinamentos ex cathedra eram infalíveis
e que os ritos, as encíclicas, etc. não tinham essa proteção especial. Isso é
compreensível, porém, escancaradamente contrário a doutrina Católica,
como devemos ver.

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C. Incoerência dos objetores.

E é claro, que aqueles que adotaram essa posição rapidamente se viram


em terreno inconsistente. Disso segue-se que vemos tradicionalistas
condenando os modernistas por se recusarem em aceitar os
ensinamentos doutrinais presentes nas encíclicas papais, por exemplo,
condenando a contracepção. Mas eles mesmos triunfantes rejeitavam ou
ignoravam os ensinamentos das encíclicas dos ‘papas’ pós concílio.

III. Demonstração da Premissa Maior.

A. O Concílio do Vaticano  (Vaticano I)

Penso que temos aqui terreno aberto para reabrir a questão.


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Coloquemos de lado velhos hábitos e conceitos e olhemos de coração


aberto para o que a Igreja mesma ensinou sobre sua infalibilidade e
indefectibilidade. Até onde essa infalibilidade se estende?

Comecemos com o Concílio do Vaticano em 1870. Todos sabemos que o


concílio de niu a infalibilidade das de nições doutrinais ex cathedra. Mas
ele a rmou ou sugeriu que a infalibilidade se limita exclusivamente a
elas?

Longe disso… Ele claramente ensinou que os católicos devem crer com fé
divina em todas as coisas que a Igreja ensina como divinamente
reveladas, quer seja por juízo solene, quer seja pelo Magistério Ordinário
Universal (Dz 1792). Os dois são correlatos. Eles impõem o mesmo nível
de assentimento. Eles são igualmente infalíveis. Então por que o Vaticano
I se concentra sobre a infalibilidade papal do Magistério extraordinário?
Simplesmente porque esta era a doutrina que estava sendo questionada
naquele tempo – notadamente na França.

A infalibilidade do Magistério Ordinário sob certas condições era uma


verdade tão bem conhecida por todos os católicos que não foi necessário
não mais do que uma breve menção a ela. E era a infalibilidade da
de nição papal solene que precisava ser sublinhada.

Hoje no movimento tradicional o oposto parece se aplicar. Tem-se a


impressão de que ao de nir a infalibilidade do Magistério Extraordinário
do papa, a Igreja relegou ao esquecimento o dogma da infalibilidade de
seu Magistério Ordinário e Universal.

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De fato, esse erro já se arrastava desde muito antes do Vaticano II (V2).

(Must I Believe It? Canon Smith, Clergy Review 1940s):

“Não é de modo algum incomum encontrar a opinião, senão


expressa, ao menos cultivada, de que nenhuma doutrina deve
ser considerada dogma de fé a não ser que tenha sido de nida
solenemente por um Concílio Ecumênico ou pelo próprio
Soberano Pontí ce. Isso não é necessário de maneira alguma.
Basta que a Igreja a ensine em seu Magistério Ordinário,
exercido através dos Pastores dos éis, os Bispos, cujo
ensinamento unânime por todo o orbe católico, seja comunicado
expressamente através de cartas pastorais, catecismos emitidos
pela autoridade episcopal, sínodos provinciais, seja
implicitamente através de orações e práticas religiosas
permitidas ou encorajadas, ou através do ensinamento de
teólogos aprovados, [tudo isso] não é menos infalível do que
uma de nição solene promulgada por um Papa ou um Concílio
Geral”

B. O Magistério Ordinário Universal é Infalível


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Então agora sabemos que ele é infalível, olhemos mais de perto para o
que é este Magistério Ordinário.

Existe uma certa confusão entre os católicos que tem procurado entender
o conceito de Infalibilidade do Magistério Ordinário, causada pelo fato de
que os católicos sabem que toda encíclica papal, toda carta pastoral do
bispo, todo catecismo aprovado, toda oração do Missal ou Breviário e
toda lei no Código de Direito Canônico da Igreja, tudo isso é parte do
Magistério Ordinário. E, apesar disso, eles obviamente não são todos
infalíveis em si mesmos como são os pronunciamentos ex cathedra.

Porém, não há mistério aqui. Permitam-me uma comparação. Germes


podem causar doenças, mas é necessário um monte de germes agindo no
mesmo lugar e ao mesmo tempo para que doença possa se manifestar. Os
atos individuais do Magistério ordinário não são positivamente infalíveis
como uma de nição doutrinal. Mas pelo seu peso e número ele se vincula
à infalibilidade. Uma declaração isolada em uma encíclica papal
normalmente não se iguala a uma de nição doutrinal. Uma doutrina
ensinada nas cartas pastorais de um punhado de bispos não equivalem a
um concílio geral. Mas quando as declarações dos papas e/ou bispos e
outras fontes que representam a Igreja são tão numerosas e concordes de
modo que os éis inevitavelmente considerem este ensinamento como
sendo próprio da Igreja – então temos um ensinamento que possui de
fato a mesma autoridade e exige o mesmo grau de assentimento daquele
que foi ensinado mediante uma de nição solene. 
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Quando digo que os éis consideram este ensinamento como sendo


próprio da Igreja, quero dizer que a grande massa dos éis ao redor do
mundo – donde o uso da palavra “universal”. É o Magistério Ordinário e
Universal (MOU) que é infalível. Não se trata de algo diferente do
Magistério ordinário, trata-se do Magistério ordinário quando seu
ensinamento sobre algum ponto se tornou universal.

C. Prova da Infalibilidade do MOU

1. Fonte da Argumentação

Certo, z uma declaração forte aqui, chegou então a hora de ver se sou
capaz de justi car o que digo pela voz da autoridade católica.

Existem muitas grandes obras que tratam dos diferentes modos em que a
Igreja ensina os éis e os diferentes modos em que seu ensinamento os
obriga, mas o principal guia que quero usar nessa questão é um que
poucos de vocês vão ter ouvido falar, embora este tenha a mais alta
autoridade. É o chamado De Valore Notarum Theologicarum – Sobre o
Signi cado das Quali cações Teológicas – do Padre Sixtus Cartechini. O
que faz esta obra especial é o fato dela ter sido escrita para o uso das

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Congregações Romanas na avaliação da ortodoxia ou heterodoxia de


diferentes doutrinas. Ela foi publicada na Pontifícia Universidade
Gregoriana em Roma, 1951. Ela se baseia na doutrina unânime dos
grandes teólogos e dos próprios papas sobre esses tópicos, e
imediatamente se tornou uma obra de referência e permaneceu assim até
o momento em que João XXIII decidiu que a era de condenar falsas
doutrinas tinha chegado ao m.

Eu me apoiarei pesadamente sobre a obra do Padre Cartechini, pois o que


ele diz é o ensinamento padrão. Qualquer um que duvide de um ponto do
que ele diz pode conferir a questão em uma in nidade de outras fontes.

2. Modos de exercício do MOU

Os primeiros três capítulos da obra de Padre Cartechini são sobre os


dogmas de nidos – Magistério extraordinário. O quarto capítulo se
intitula O que é o Magistério Ordinário e como dogmas pode ser
comprovados por meio dele, ou sobre a fé divina e católica fundada no
Magistério Ordinário. O título já é eloquente – ele nos diz que dogmas
que requerem o mais alto grau de assentimento podem ser comprovados
a partir do Magistério Ordinário assim como pelo Extraordinário.

a. Primeiro, diz ele, o Magistério ordinário é exercido por expressa


doutrina comunicada pelo papa ou pelos bispos aos éis pelo mundo

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todo sem o uso de de nições formais. E então [para comprovar sua


a rmação] ele apresenta uma lista de doutrinas sobre fé e moral
infalivelmente ensinadas pelo magistério ordinário como divinamente
reveladas. Muitas delas são simplesmente propostas em encíclicas papais.

b. Num Segundo modo, ele a rma, o Magistério Ordinário é exercido pelo


ensinamento implícito, contido na vida ou prática da Igreja. Aqui ele
assinala que a Igreja segue o exemplo do próprio Cristo que também
ensinava certas coisas por seus atos, como por exemplo, o dever de
honrar sua Santa Mãe Maria. E quanto a isso ele trata especialmente do
colossal status doutrinal da liturgia. “A liturgia não cria dogmas, mas
exprime dogmas, pois em sua maneira de louvar a Deus, ou suplicar a Ele,
a Igreja exprime o que, o modo e de acordo com quais conceitos Deus
quer ser publicamente cultuado… [numa outra tradução: o que é o culto
público, como ele deve ser e sobre que termos deve ser realizado. NdT.]
[logo] a Igreja não pode permitir fossem ditas em seu nome na liturgia
coisas contrárias ao que ela mesma sustenta ou crê.” (p.37)

Cartechini menciona também as leis da Igreja como fonte de


ensinamento infalível do magistério ordinário e universal manifestado na
vida e prática da Igreja “… nem um concílio geral, nem um papa pode
estabelecer leis que contenham pecado… e nada poderia ser incluso no
Código de Direito Canônico que de algum modo se opusesse às regras da
fé ou à santidade evangélica.

c. Finalmente, há o terceiro modo em que a Igreja exerce seu magistério


ordinário infalível: pela aprovação tácita que a Igreja concede ao 
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ensinamento dos Santos Padres, Doutores e Teólogos. Se uma doutrina é


difundida pelo mundo católico sem objeção, isto signi ca que a Igreja
tacitamente aprova essa doutrina. De outro modo, toda Igreja poderia e
inevitavelmente iria errar em matéria de fé.

Se você está acostumado com a noção de que o ensinamento da Igreja


somente é plenamente certo e obrigatório quando ele toma a forma de
de nição ex cathedra, você já deve ter percebido que você foi enganado.
Penso ter mostrado que a questão tem mérito. Deus con ou a sua Igreja
mais garantias do que muitos católicos se dão conta. Mas a dimensão da
fraude teológica da qual alguns de vocês podem ter sido vítimas não para
por aí.

D. O Magistério meramente Autêntico – não infalível, também é


obrigatório.

Até o momento conversamos sobre o ensinamento estritamente infalível


da Igreja comunicado seja pelo Magistério extraordinário, seja pelo
Magistério ordinário e universal. Mas também existe o ensinamento da
Igreja que está logo ao lado da infalibilidade em sentido estrito, mas que
é estrita e gravemente obrigatório para todo católico.


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Aqui nos referimos, por exemplo, ao cerne dos conteúdos doutrinas das
encíclicas e decretos das Congregações Romanas.

Sobre as encíclicas, o Papa Pio XII escreveu o seguinte na Humani


Generis:

Nem se deve pensar que os ensinamentos das Encíclicas não


exijam assentimento, apoiado sob o pretexto de que os
Pontí ces não exercem nelas a suprema autoridade de seu
Magistério. Tais ensinamentos fazem parte do magistério
ordinário, para o qual também valem as palavras: “Quem vos
ouve, a mim ouve” (Lc 10,16)  Além do que, a maior parte do que
vem proposto e estabelecido nas Encíclicas pertence já, por
outras razões, à doutrina católica. Mas se os soberanos
pontí ces chegam a pronunciar um juízo expresso, nos seus
documentos o ciais, sobre uma questão previamente sujeita a
disputa, é claro para todos que, de acordo com a mente e a
intenção do mesmo pontí ce, essa questão não pode mais ser
considerada como de livre debate entre os teólogos. (Dz 2313)

Essa citação é bastante clara. O ensinamento das encíclicas é obrigatório,


mesmo se ele não pertencesse previamente ao corpo do ensinamento da
Igreja. E o dever de crer nele não deriva do dever de fé. Procede do dever
de obediência, do mesmo modo que o dever da criança de acreditar nos
seus pais.

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Pra citar um exemplo, o Canon George Smith novamente, escrevendo um


artigo nos anos 40 para a Clergy Review expressamente trata do que os
católicos devem crer.

“… que muito do ensinamento autoritativo da Igreja, quer na


forma de encíclicas papais, decisões, condenações, respostas das
Congregações Romanas – tais como o Santo Ofício – ou da
Comissão Bíblica, não é exercício do Magistério infalível. E aqui
mais uma vez nosso cuidadoso el levanta a questão “Devo crer
nisso?” A resposta está implícita nos princípios já estabelecidos.
Vimos que a fonte da obrigação de crer não é a infalibilidade da
Igreja, mas a missão divina de ensinar. Portanto, quer seu
ensinamento seja protegido pela infalibilidade ou não, a Igreja
sempre é a mestra divinamente designada e a guardiã da
verdade revelada, e consequentemente a suprema autoridade da
Igreja, mesmo quando não intervém para tomar uma decisão
de nitiva e infalível em matérias de fé e moral, tem o direito,
em virtude de sua missão divina, de exigir o assentimento
obediente dos éis. Na ausência de infalibilidade, o
assentimento dado não pode ser aquele de fé, quer seja católica
ou eclesiástica; ele será um assentimento de uma ordem
inferior, proporcional ao seu fundamento ou motivo. Mas seja
qual for o nome que lhe seja dado — por ora o chamaremos de
crença — ele é obrigatório; obrigatório não porque o
ensinamento é infalível – ele não o é – mas porque ele é o

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ensinamento da Igreja divinamente designada. É um dever da


Igreja, como Franzelin assinalou, não somente ensinar a
doutrina revelada, mas também protegê-la e por isso a Santa Sé
“pode prescrever para serem seguidas ou prescrever para serem
evitadas opiniões teológicas ou opiniões conectadas com a
teologia, não somente quando tem intenção de decidir
infalivelmente a verdade, por algum pronunciamento [solene,
ndT], mas também – mesmo sem essa intenção ‘de nitória’ –
meramente na intenção de guardar a segurança da Doutrina
católica. Se é dever da Igreja, mesmo sem empregar sua
infalibilidade, ‘prescrever e proscrever’ doutrinas com esse m,
então é evidente que também é dever dos éis aceitá-las ou
rejeitá-las da mesma forma.

Nem se cumpre essa obrigação de submissão às declarações


não-infalíveis da autoridade (do magistério, ndT.) pelo mero
silentium obsequiosum. A segurança da doutrina católica, que é
o propósito dessas declarações, não seria salvaguardada se os
éis fossem livres para recusar seu assentimento. Não é
su ciente que eles ouvissem em silêncio respeitoso, abstendo-se
de oposição aberta. Os éis estão obrigados em consciência a se
submeter a elas (Carta de Pio IX ao Arcebispo de Munique,
1861; cf. Denzinger, 1684), e submissão consciente a um decreto
doutrinal não signi ca simplesmente abster-se de rejeitá-lo
publicamente; Signi ca a submissão do próprio juízo ao mais
competente juízo (aquele) da autoridade. 
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Mas, como já ressaltamos, ad impossibile nemo tenetur, e sem


um motivo intelectual de algum tipo nenhum assentimento
intelectual, ainda que obrigatório, é possível. Sob qual base
intelectual, portanto, os eis apoiam o assentimento ao que
estão obrigados a prestar às decisões não infalíveis da
autoridade? No que o Cardeal Franzelin (De Divina Scriptura et
Traditione, 1870, p.116) de uma forma incômoda, porém precisa,
descreve como auctoritas universais providentiae
ecclesiasticae. Os éis devidamente consideram que, mesmo
onde não há o exercício do Magistério infalível, a Providência
Divina tem um cuidado especial com a Igreja de Cristo; e que
portanto o Soberano pontí ce em vista do seu ofício sagrado é
dotado por Deus com as graças necessárias para o devido
cumprimento desse ofício; que portanto suas decisões
doutrinais, mesmo quando não asseguradas pela infalibilidade,
gozam da mais alta competência; que em grau proporcionado
isto é também verdadeiro quanto às Congregações Romanas e
às Comissões Bíblicas, compostas por homens de grande saber e
experiência, que estão completamente atentos às necessidades
e tendencias doutrinais atuais, e que, em vista do cuidado e da
atenção com as quais eles levam adiante seus deveres a eles
atribuídos pelo Soberano Pontí ce, inspiram total con ança na
sabedoria e prudência de suas decisões. Baseando-se nessas
considerações de ordem religiosa, o assentimento em questão é
chamado ‘assentimento religioso’ “.

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02/12/2018 A Crise Impossível – Católico Romano

(Possibilidade de erro. O erro não poderia ser uma heresia. A


opinião de que uma encíclica poderia possivelmente conter uma
a rmação imprecisa – porque ela não seria em si mesma infalível
– é sustentada por alguns poucos, mas essa opinião de modo
algum sugere que uma encíclica possa ensinar uma doutrina
previamente condenada, ou colocar as almas fora do caminho reto.
E de modo algum ainda sugere que tais doutrinas errôneas numa
nas encíclicas pudessem tornar-se tão habitual a tal ponto de que
os Católicos tivessem que lê-las com um manual de teologia
aberto em seu colo pra ver se por acaso o ensinamento ali era
ortodoxo…)

Citei o Canonista Smith pela comodidade dele escrever em Inglês. Se


vocês leem Latim, remeto-os especialmente nesse ponto a Cartechini e o
De Divine Scriptura e Traditione do Cardeal Franzelin que é considerada a
análise teológica mais detalhada e respeitada no assunto.

Ele a rma que…

E, de fato, a obrigação de assentimento aos decretos, ainda que [aqueles]


das Congregações Romanas, foi frequentemente reiterada pelos papas.

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02/12/2018 A Crise Impossível – Católico Romano

Por exemplo, sob o Ponti cado de São Pio X foi o cialmente estabelecido
que uma falha em submissão ao um decreto da Comissão Bíblica
implicava em grave culpa de desobediência em respeito à sua autoridade
e de temeridade em respeito à sã doutrina (Dz 2113). Carterchini nos diz
que os decretos doutrinais das Congregações Romanas, quando
promulgadas sob encargo papal constituem um preceito doutrinal
obrigatório (p. 117), mas mesmo quando eles não são especi camente
promulgados por encargo Papa, mas somente pela autoridade geral já
delegada às Congregações, eles ainda requerem obediência sob pena de
pecado grave (118). E o Papa Pio IX decidiu pela Tuas Libenter (1863
carta ao Arcebispo de Munique) que de modo algum era su ciente aos
autores e especialistas católicos aceitar os dogmas da Igreja “mas eles
devem também se submeter às decisões – disse ele – pertinentes a
doutrina que foram estabelecidas pelas congregações pontifícias, e
àqueles pontos de doutrina que são sustentando pelo consentimento
comum e constante dos católicos como sendo verdades teológicas tão
verdadeiras que mesmo se as opiniões contrárias a elas não possam ser
chamadas heréticas, elas, por certo, merecem alguma outra teológica
censura.” (Dz 1684)

E. Recapitulando

 

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Então, vamos recapitular um pouco. Mostrei que a verdadeira


infalibilidade doutrinal se extenue bem além dos limites das de nições
solenes. Espero ter sublinhado os modos como o Magistério Ordinário
pode ensinar infalivelmente, tais como por leis, liturgia e pelo
ensinamento comum dos teólogos. Mostrei ainda que nosso dever de
submissão ao ensinamento das autoridades Eclesiásticas se extende
ainda além dos limites da infalibilidade do Magistério Ordinário.

F. Con ança na Igreja, obrigatória mas rara.

Eu espero que acima de tudo eu tenha reanimado em vocês uma atitude


que é rara nos nosso dias. Chama-se con ança na Igreja. Penso ter dito o
su ciente para mostrar que nossa mãe a Santa Igreja Católica é
realmente “o pilar e o alicerce da verdade” e verdadeiramente, como o
profeta Isaías anteviu “35:8. Haverá ali um caminho e uma vereda, que
será chamado caminho santo; o impuro não passará por ele, e será para
vós um caminho reto, em que mesmo os tolos não erraram se se
mantiverem nele.”

É algo que me move do fundo da alma espalhar con ança na Igreja. Nós
mortais somos tão escassos em con ança onde ela é merecida – tão
cheios de auto con ança – quando ela raramente vale a pena. Nós

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agimos como se Cristo nunca houvesse feito Suas promessas. Nossa vida
espiritual não progride, porque não con amos em Deus o su ciente. E
nossa catolicidade é fraca e pálida, deixando-nos vulneráveis à confusão
na crise; ao comprometimento e distorção da sã doutrina, porque não
con amos na Igreja de Deus do modo como Deus quer que ela seja objeto
da nossa con ança.

Eis o que diz Dom Guéranger:

(Guéranger : Le Sens Chrétien de l’Histoire [O Sentido Cristo da História],


Paris, 1945, p. 21-22)

Mas o que torna sempre mais rme e mais serena a re exão do


historiador cristão é a  certeza que lhe dá a Igreja que marcha
diante dele como uma coluna luminosa e alumia  divinamente
todo os seus juízos. Ele sabe que vínculo estreito une a Igreja ao
Homem-Deus, como ela é assegurada por sua promessa contra
todo erro no ensinamento e na direção geral da sociedade
cristã, como o Espírito Santo a anima e conduz; é, pois, nela que
ele buscará o critério dos seus juízos. …ele sabe onde se
manifesta a direção, o espírito da Igreja, seu instinto divino.
Recebe-os, aceita-os, confessa-os corajosamente; aplica-os em
seu trabalho de historiador. Igualmente, nunca  trai, nunca
sacri ca; diz que é bom o que a Igreja julga bom, mau o que a
Igreja julga mau. Que lhe importam os sarcasmos, as chacotas


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dos covardes medíocres? Ele sabe que está com a verdade por
que está com a Igreja e que a Igreja está com Cristo.

IV. Demonstração da Premissa Menor.

A. Não se pode con ar na Igreja Conciliar.

Mas claro, vocês não podem ter essa atitude com a Igreja Conciliar,
podem? Se vocês conhecem e acreditam na imutável Fé Católica, vocês
não podem acreditar em tudo que a religião Conciliar ensina nos decretos
do Vaticano II (V2), nas suas encíclicas, no ensinamento comum dos seus
bispos, nos seus textos litúrgicos o cialmente usados e aprovados, nas
suas leis e normas disciplinares.

Muito menos poderíamos ter a atitude de Dom Gueranger para com a


igreja que emergiu do V2, e segurar sua mão como uma criança,
con ando em cada palavra dela, admirando-a, e ávidos para aprender
dela em todo tempo – con ando nela.


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Eu digo que não se pode. E chegou o tempo para demonstrar e provar


essa a rmação. Gastei muito tempo na base doutrinal para assegurar-me
que nosso critérios de julgamento fossem corretos. Assim espero agora
ser bem mais breve.

B. Provas da Premissa Menor

Devo mostrar que a Igreja que emergiu do V2 claramente não goza das
garantias divinas no que diz respeito ao seu Magistério Ordinário e atos
associados que a Igreja Católica necessariamente e inalteravelmente
possui. Poder-se-ia passar anos nos exemplos disponíveis – devo escolher
alguns poucos que serão su cientes.

1. A Liturgia da Igreja Nova

Como meu primeiro exemplo, escolho a liturgia da Igreja Conciliar. Isso


porque a liturgia é algo crucial.


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a. A Liturgia Católica é protegida pelo Espírito Santo para não ser nem
heterodoxa nem nociva.

Na Sua Quas Primas, Pio XI fez uma memorável declaração. Ele disse que
“o povo é instruído nas verdades de fé… muito mais efetivamente pela
celebração anual dos nossos sagrados mistérios do que por qualquer
outro pronunciamento o cial do ensinamento da Igreja.” Em outras
palavras, quando se trata de comunicar à fé, no nível prático, a liturgia é
mais importante e in uente que qualquer outro meio pelo qual a Igreja
comunique o seu pensamento. E sabemos por experiência que isso é
verdade. Basta pensar um pouco. Não foi o Vaticano II que arruinou
[pouco a pouco] a fé nas massas católicas, porque elas nunca leram seus
documentos. Foi a Missa Nova que realmente o fez. Correto?

Nós mencionamos que a liturgia é garantida pelo infalível Magistério


Ordinário.

Cartechini disse: “a Igreja não pode permitir que coisas sejam ditas na
liturgia em seu nome que são contrárias ao que ela mesma sustenta e
crê.” (p. 37)

O papa Pio VI condenou o sínodo Jansenista de Pistola por sugerir que a


“a ordem litúrgica existente [em uso] recebida e aprovada pela Igreja
poderia ser em alguma parte devida a algum tipo de esquecimento dos
princípios que deviam guiá-la” – o papa ensinou que esta ideia era
impossível porque “a Igreja, guiada pelo Espírito de Deus, não pode


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02/12/2018 A Crise Impossível – Católico Romano

estabelecer uma disciplina …que seja perigosa ou nociva”. Dz 1533 e


1578.

b. A missa nova é a ordem litúrgica vigente na Igreja Conciliar

Pode-se ver que essas citações – e há várias outras disponíveis –


excluem de vez as mais comuns tentativas de fuga. Não se pode dizer que
a Missa Nova não é completamente obrigatória ou não se aplica para a
Igreja toda. Se a Igreja Conciliar é a Igreja Católica a missa nova é
indubitavelmente a maior parte da “ordem litúrgica existente recebida e
aprovada pela Igreja” e, portanto, protegida pelo Espírito Santo para não
ser nem heterodoxa nem nociva.

c. Erros da Nova Ordem Litúrgica

Estritamente falando, não se pode nem mesmo tomar a saída popular –


de Michael Davies e outros seguidores dos Indultos para Missa Antiga –
de que o que conta é a Missa em Latim. Porque as autoridades da Igreja
Conciliar conscientemente aprovaram os erros de tradução no vernáculo
– mais notavelmente a tradução errônea encontrada em todas linguagens
do mundo onde as palavras “derramado por vós e por muitos” na

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consagração do Cálice são traduzidas como “por vós e por todos”. Essa
tradução herética é agora parte da ordem litúrgica existente recebida e
aprovada pela Igreja – não é mesmo? A única questão é por qual Igreja?

Mas suponhamos que tomássemos apenas a versão latina.  Vou tomar


apenas um exemplo. Ele aparece na oração pelos Judeus da Sexta Feira
Santa quando os ministros do Novus Ordo rezam não pela conversão dos
Judeus, mas, ao contrário, para que eles continuem  ou progridam na
delidade à aliança divina. “in sui foederis delitate  pro cere”. Isso só
pode signi car que os Judeus são no momento presente éis a aliança
divina. Mas é claro que eles abandonaram completamente a antiga
aliança por sua recusa em aceitar o Messias, por clamar “Não temos outro
Rei além de César… Não teremos esse homem reinando sobre nós.”
Consequentemente a Antiga Aliança foi ab-rogada e substituída pela nova
e eterna aliança entre Deus e Sua Igreja, com quem os pér dos Judeus
não tem qualquer conexão. Aqui temos uma clara heresia ensinada pela
liturgia Conciliar, de fato uma promoção anual de Judaísmo.

Além disso, levanto rapidamente alguns pontos sobre a Liturgia Conciliar,


todos eles ofensivos a Doutrina Católica e nocivo às almas:

A forma traduzida da consagração [do Cálice] altera as próprias


palavras de Cristo e torna inválida de acordo com São Tomás, com as
rubricas, com o Concílio de Florença (Dz 715) e com os Padres da
Igreja.
Ausência de um verdadeiro ofertório – essencial – substituído por
uma ação de Graças Judaica antes das refeições. 
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Consagração que é mandada ler como narrativa e não in persona


Christi.
A aprovação dada, pelo menos, para “Missa” voltada para o povo,
comunhão na mão, ministros extraordinários, para a supressão de
tudo que inspira reverência – mudanças calculadas para destruir a fé
na presença real, na natureza sacri car da Missa, na necessidade de
um sacerdócio sacri cial ordenado.
A total ausência no novo rito e no novo catecismo da palavra ou
doutrina de que a Missa é propiciatória.
Chamo atenção para o muito lúcido e valioso livreto do Rev. Padre
Cekada entitulado Os problemas com as orações da Missa Moderna. É
uma análise do próprios da nova missa e como eles foram criados a
partir dos próprios tradicionais. Ele prova para além de qualquer
disputa que os próprios da missa nova foram estabelecidos
estritamente para suprimir e substituir qualquer menção a milagres,
ira divina, perigo de perda da alma, tentações, concupiscência, culpa,
afastamento do mundo, existência de inimigos da Santa Igreja ou das
nossas almas e muito mais. Tudo isso foi aniquilado.

Eu recordei [aqui] que a Igreja não pode levar as almas ao erro ou ao


perigo através de uma sua liturgia aprovada.

Nas palavras de Santo Agostinho: “A Igreja de Deus, cercada de tanta


palha e cizânia, tolera muitas coisas, mas ela nem aprova nem faz o que é
contrário a fé e a virtude e nem pode car em silêncio diante de tais
coisas.”

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02/12/2018 A Crise Impossível – Católico Romano

A indefensável suposta missa nova, tão derrogatória da honra divina, tão


nociva às almas e tão corrosiva da sã doutrina, é portanto meu primeiro
exemplo claro de que a Igreja Conciliar não pode ser a Igreja Católica.

2. Novo Código de Direito Canônico.

Meu segundo exemplo está relacionado com as leis da Igreja. Lembram-


se de Cartechini sumarizando o ensinamento unânime dos teólogos?

“Nem concílios gerais, Nemo o papa podem estabelecer leis que incluem
pecado… Nada pode ser encontrado no Código de Direito Canônico que é
de algum modo oposto às leis ou à santidade evangélica.”

Agora se nós consultamos as leis da Igreja Conciliar encontramos várias


que contêm pecado, que são opostas de várias formas às regras da fé e
que claramente pisoteiam o próprio conceito de santidade evangélica.

Aqui alguns exemplos que me ocorrem.

a. Autorização para administração dos sacramentos para não-Católicos.


[Monstrando o plan eto] No antigo Código de Direito Canônico – Canon
731 “É proibido administrar os sacramentos da Igreja para hereges e
cismáticos, ainda que errem em boa fé e os peçam, a menos que eles
primeiro tenham abjurado de seus erros e tenham se reconciliado  com a

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02/12/2018 A Crise Impossível – Católico Romano

Igreja.”  No novo código, Canon 844/3+4 , isso é permitido para todos os
hereges orientais e cismáticos e também para muitos outros não-
católicos.

b. A autorização para culto público ativo com não-católicos e a


participação em seus ritos. O antigo Código, Canon 1258 – não vou nem
me dar ao trabalho de ler porque está até no catecismo. Agora temos
ainda o V2 com seu decreto Unitatis Redintegratio dizendo que agora pode
ser uma boa ideia violar o primeiro mandamento dessa forma (Conf.
844/2).

Por 2000 anos a Igreja ensinou enfaticamente que ambos atos eram
pecado mortal. E em ambos os casos sua doutrina é tão conforme a
santidade evangélica quanto se pode desejar: ‘Não se dá as coisas santas
aos cães, não se lança pérolas aos porcos, se eles não ouvirem a Igreja,
sejam para vós como pagãos e publicanos’ [Mt. 6,6 e 18,17. NdT]

c. A de nição de matrimônio, no Canon 1055, que segue o decreto do V2


sobre a Igreja no mundo moderno, ao igualar os vários ns do
matrimônio, está em claro con ito com o ensinamento tradicional da
Igreja sumarizado no código de 1917 que dizia sucintamente que “o m
primário do matrimônio é a procriação e a educação dos lhos” (Canon
1013). De fato, o novo código lista o bem dos esposos primeiro que o m
primário e somente menciona mais na frente a procriação e a educação
dos lhos. Foi justamente esse erro combatido durante o V2 pelo Cardeal
Ottaviani e pelo Cardeal Browne superior-geral dos Dominicanos.


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d. A supressão no novo código da lei divina promulgada por São Paulo


conforme a qual as mulheres devem ter a cabeça coberta e os homens a
cabeça descoberta na Igreja. Ou será que São Paulo precisa de umas
lições de santidade evangélica daqueles que redigiram o código de 1983?

Vimos assim que a Igreja Conciliar por suas leis autoriza e encoraja o
pecado mortal e a heresia de que a Igreja é algo diferente, maior que
(mais universal) a Igreja Católica. A Igreja Católica não poderia fazer isso.

3. O Concílio Vaticano II

Agora olhemos o Vaticano II em si mesmo. Tradicionalistas enfatizaram


que o concílio não se propôs a exercer o magistério extraordinário, e
concluem portanto que é aceitável supor que ele errou. Opa, espere um
momento. Quando os decretos de um concílio geral não estão fazendo
de nições dogmáticas solene, ainda assim eles permanecem como um
dos momentos mais altos do exercício do Magistério Ordinário e
Universal. Dizer que não temos que automaticamente aceitar com fé
divina tudo que eles dizem não equivale a sugerir que eles podem
ensinar erros contra a doutrina Católica que foram previamente
condenados infalivelmente. No mínimo tais ensinamentos conciliares são
infalivelmente seguros e obrigatórios em consciência.

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Ainda assim encontramos nos textos do V2 numerosas heresias e falsas


doutrinas.

a. Dignitatis Humanae

Não tenho o tempo para listar muitas, mas devemos mencionar a


liberdade religiosa para a qual foi dedicada (no concílio) toda uma
declaração a qual contradiz palavra por palavra o ensinamento da Quanta
Cura de Pio IX que é tida como um típico exemplo de de nição solene do
magistério infalível extraordinário.

Não poderia mencionar esse tópico sem aludir aos ingênuos esforços do
Dr. Brian Harrison em mostrara que a doutrina do V2 de fato é compatível
com o ensinamento infalível que ela aparenta contradizer. Eu diria que
até onde eu sei o Dr. Harrison é o primeiro homem na história do
Cristianismo que julgou necessário escrever um enorme livro acadêmico
para demonstrar que apesar das reconhecidas aparências, o ensinamento
de um dado concílio pode, na verdade – com grande esforço – ser
interpretado de um modo que pode ser justo e compatível com a Doutrina
Católica!

Seria rude não admirar os esforços do Dr. Harrison. Eles parecem para
mim de um verdadeiro heroísmo. Esses esforços partem do nítido [e
correto] princípio – que ele conhece tão bem quanto eu – de que sem

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02/12/2018 A Crise Impossível – Católico Romano

essa reconciliação a Igreja Conciliar entraria em colapso e reduzida a


ruínas.

Mas, foi uma tarefa desesperada. Só o fato de tal trabalho ter sido
considerado necessário já demonstra que o V2 não foi um concílio geral
da Igreja Católica. Harrison estica os antigos ensinamentos pré vaticano 2
o máximo que ele pode na direção do liberalismo; e na outra ponta ele
estica a doutrina do Vaticano 2 ao máximo na direção do catolicismo; e,
então, convence a si mesmo que ele conseguiu fazer os dois se
encontrarem. De fato ele não conseguiu.

Ele não conseguiu porque em ambos os casos sua interpretação é única. E


em ambos casos, todo mundo entendeu e supôs o contrário dele.

Até o V2, por exemplo, os papas insistiram enfaticamente no dever das


nações de professar a verdadeira fé e eles vivamente censuraram
qualquer nação que outrora católica não o tenha feito.

Desde o V2, porém, os novos «papas» ao redor do mundo insistiram que


todas nações católicas removessem das suas constituições qualquer sinal
de privilégio para a Fé verdadeira. E eles privaram a liturgia de qualquer
alusão (e havia muitas) ao dogma de que Cristo deve reinar não somente
sobre as almas dos indivíduos mas também sobre os estados e
instituições.

Nós temos mesmo que acreditar que tudo isso se deve à simples
conveniência política? Ou que as circunstâncias políticas mudaram tão


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radicalmente entre 1958 e 1963 que um dever grave tornou-se do dia pra
noite um pecado grave?

Realmente temos que acreditar que Pio IX entendeu errado o verdadeiro


signi cado da Quanta Cura e agora precisamos do Dr. Harrison pra nos
explicar melhor? E que João Paulo II entendeu errado o signi cado do
Vaticano II e precisa que o Dr. Harrison o explique? E se João Paulo II
aceitou a versão da liberdade religiosa do Dr. Harrison ao invés das
heresias de John Courtney Murray, quando é que ele vai nalmente nos
dar algum sinal disso?

b. Nulidades Matrimôniais pós Vaticano II

Um outro erro nítido na lei da Igreja Conciliar encontra-se no seu regime


de nulidades matrimoniais. Nos EUA, capital mundial das nulidades,
logicamente, quase metade dos casamentos católicos terminam, por
decreto da Igreja Conciliar, declarados como nulos desde o início. Em
outras palavras, os casais não eram realmente casados.  Viviam em
fornicação. Seus lhos são bastardos. Agora, ou a igreja conciliar está
promovendo adultérios por atacado por anular casamentos sem razão
su ciente, separando o que Deus uniu. Ou então a igreja conciliar não
sabe nem mais como casar validamente as pessoas (pra início de
conversa) e, por conseguinte, está promovendo adultérios por atacado ao
dizer para as pessoas que elas estão casadas quando de fato elas 
não
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estão. De qualquer forma, a mensagem é alta e em bom som. Aqueles que


aprenderam através das leis e práticas da igreja conciliar estão
concluindo que o matrimônio sacramental não é um estado permanente
que dura até a morte. E isso é uma heresia.

c. Omissão e silêncio em relação ao Inferno.

Um último exemplo. Nós aprendemos que a Igreja ensina através de seu


magistério infalível, não só pelo que ela diz, mas também pelo que ela
não diz. Quem cala consente – isso é verdadeiro quando uma igreja por
40 anos falha em desaprovar um erro ou mal notório, esparso e até
universal. Agora, entre muitos outros desses erros, olhemos para a
importante verdade da eterna condenação. Por um simples pecado mortal
nós perdemos a vida divina e estamos necessariamente destinado ao
Inferno a menos que nos arrependamos. Nosso Senhor Jesus Cristo
ensinou essa verdade umas 40 vezes nos Evangelhos. Poucas verdades
são tão centrais no Catolicismo. Depois de dar Glória a Deus  a principal
tarefa da Igreja é salvar as almas. Salvá-las de quê? Sem o perigo das
chamas do Inferno a redenção não signi ca nada – o Cristianismo não faz
nenhum sentido.

Agora olhemos para o silêncio ensurdecedor da Igreja Conciliar a respeito


do Inferno. Seu silêncio sobre o pecado mortal. Pergunte a um padre
conciliar quando foi a sua última pregação sobre o Inferno. Pergunte
 a
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João Paulo II porque ele dedica suas encíclicas, centenas de textos, ao


propósito de criar uma noção de que a encarnação cria um vínculo
permanente entre Cristo e cada homem, convite à noção de salvação
universal, e, por outro lado, nunca alerta seu rebanho do perigo de
condenação. O fato é claro. Pelo seu silêncio a Igreja Conciliar nega o
Inferno, ou pelo menos que haja um perigo real ameaçando seus
membros.

V. Conclusão

Reverendos Padres, senhroras e senhores, se me acompanharam até aqui,


vocês viram que a Igreja Conciliar ensina falsas doutrinas aos seus éis
de maneiras que a Igreja Católica por garantia divina é incapaz de
ensinar. A Igreja Conciliar portanto não é a Igreja Católica.

A. A conclusão independe de questões de pertinácia ou quali cações


teológicas.


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Por favor, lembrem-se que essa premissa de modo algum depende de


pertinácia – se aqueles que ensinam erros percebem ou não que esses
erros são contrários à Doutrina Católica. Cristo prometeu proteger Sua
Igreja para que ela não levasse seus éis ao erro ou ao perigo para suas
almas, seja deliberadamente seja por acidente. Sendo assim, meu mérito
aqui não depende de forma alguma de distinções precisas que algumas
vezes se aplicam para a exata quali cação teológica de uma certa
doutrina. Parte do que a Igreja ensina infalivelmente deve ser crido com
fé eclesiástica e não divina. A negação do que é de fé eclesiástica é
pecado grave e acarreta excomunhão, porém não necessariamente está
quali cado como heresia. Esse tipo de distinção não tem lugar aqui. A
Igreja não pode ensinar para as almas um erro, oposto de alguma forma
ao ensinamento que ela mesma já deu – independente da exata
quali cação teológica relacionada a doutrina em questão. A Igreja é “o
pilar e o rmamento da verdade” (1 Tim 3,15 Douay-Rheims nota de
rodapé – 3:15. Mas se me alongo, é para que saibais como vos portar na
casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, o pilar e rmamento da
verdade. O pilar e rmamento da verdade… Portanto a Igreja do Deus
vivo não pode nunca apoiar o erro, nem introduzir corrupção, superstição,
ou idolatria.)

A razão pela que a Igreja Conciliar não é a Igreja Católica é muito


simples. Se você publicamente professa uma heresia, por esse mesmo
fato, você deixa de ser católico. JP2 e seus bispos o zeram. Mas isso
vocês vão ouvir com o Sr. Lane.


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02/12/2018 A Crise Impossível – Católico Romano

B. Ainda sobre às disposições do católico em relação a Igreja.

Gostaria de encerrar retornando às disposições que os bons católicos


devem ter para com a Igreja. Gostaria de citar algumas palavras do
imortal livro do Padre Faber O Sangue Precioso.

Devemos ser eis a Cristo até mesmo nos menores juízos que
fazemos dela.

Devemos gostar dos seus modos, da mesma forma que obedecer


seus preceitos e acreditar em suas doutrinas.

Devemos estimar o que a Igreja abençoa e tudo que ela admira.

Nossa atitude deve ser sempre aquela de submissão, nunca de


crítica. Aquele que estiver desapontado com a Igreja de estar
perdendo sua fé, mesmo que ele não perceba isso. O amor de
um homem para com a Igreja é o maior teste do seu amor para
com Deus. Ele sabe que a Igreja toda é guiada pelo Espírito
Santo. A vida divina do Paráclito, Seus conselhos, Suas
inspirações, Suas operações, Suas considerações, Sua atração
estão por toda parte nela.

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O dom da infalibilidade nada mais é que a concentração, o


ponto mais alto, a exteriorização o cial e solene, da vida interna
do Espírito Santo na Igreja. Enquanto pede, assim como a
revelação, pela submissão absoluta da alma e do coração, todos
os arranjos, modos e disposições da Igreja pedem por uma
submissão geral, por docilidade e reverência, porque toda a
Igreja é um santuário cheio da vida do Espírito Santo. —Fr. F. W.
Faber Cong. Orat. D.D., Burns and Oates, 4th ed. pp. 187-9

C. Concluindo

O que estou dizendo é que nenhum Católico Tradicional pode encarar


dessa forma João Paulo II e a religião da qual ele é cabeça. A razão disso
está no fato atestado por um cardeal estrangeiro nos EUA pelo Congresso
Eucarístico de 1969, na Filadél a. Ele disse “Nos encontramos agora
diante do maior confronto que a história human já presenciou… estamos
diante do confronto entre a Igreja e a anti-Igreja, do Evangelho versus o
anti-Evangelho. O confronto estava nos planos da providência divina.” O
nome desse cardeal era Karol Wojtyla, arcebispo de Cracóvia. É bom ver
que posso concordar com ele em alguma coisa.


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02/12/2018 A Crise Impossível – Católico Romano

Encerro meu caso.

Por Diogo | 07/06/2018 | Sedevacante | 0 Comentários

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