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Jesse C. P. Filho
Macaé-RJ
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SUMÁRIO
1. Introdução...............................................................................................................................3
3. Comandita simples..................................................................................................................5
4. Sociedade limitada..................................................................................................................5
6. Sociedade Anônima................................................................................................................7
7. Empresários Individuais..........................................................................................................8
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1. INTRODUÇÃO
Dos procedimentos mais importantes na hora de abrir uma empresa, criar o nome
empresarial é um dos primeiros passos.
Para ser reconhecida no mundo jurídico e na sociedade é necessário que essa empresa
crie uma identidade única para não ser confundida nem com qualquer outra empresa e nem com
outra pessoa jurídica. Se faz necessário então, que empresa tenha um nome único.
Por que por meio desse nome, a sociedade que a compõe e a empresa exercerão suas
obrigações, seus direitos, seus contratos, pagamentos e toda e qualquer atividade econômico-
financeira que necessitará de uma assinatura da empresa, pois ela agora já sua personalidade
própria.
Já foi, Nome de Empresa e Nome Comercial, mas uma lei da década de 90, a Lei n°
8934/94, que determinou que se adotasse Nome Empresarial.
1.2 Confusões que possam surgir com Nome Empresarial, Marca e Nome Fantasia
Marca é o nome que identificará os produtos ou serviços que serão comercializados pela
empresa, exemplo: Nike, Adidas, Dell, Apple, Samsung, etc.
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1.3 Sistema da Veracidade
A Sociedade em nome coletivo só pode ser composta por pessoas físicas, assim todos
os sócios respondem solidariamente e ilimitadamente pelas obrigações sociais, e eles podem
limitar as responsabilidades entre si no ato constitutivo ou por unanime convenção posterior, e
a administração da sociedade em nome coletivo compete aos sócios. A previsão legal da
sociedade em nome coletivo se encontra no código civil art. (1039-1044).
Este tipo de societário só pode adotar firma como nome empresarial, sendo esta
composta pelo nome civil, abreviado ou por extenso, de um ou de alguns sócios e o ramo de
atividade da empresa poderá ou não ser mencionado.
“Marcos Santos, João Silva”; “M. Santos, J. Silva”; “M. Santos, j. Silva Doces”;
“Marcos Santos Doces & Cia”.
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3. COMANDITA SIMPLES
Esta sociedade possui sócios que respondem de forma ilimitada, este também só pode
adotar firma como nome empresarial, e será composto somente pelo nome civil, por extenso ou
abreviado, de um, alguns ou todos os sócios comanditados, também podendo facultativamente
ser acrescido o ramo de atividade da empresa.
O nome dos sócios comanditários não pode integrar a firma, pois eles têm
responsabilidades limitadas sobre as obrigações sociais, estão para fazer referência a estes
sócios o nome terá que ser acrescido da expressão “& Cia.”.
Se caso o nome de um sócio comanditário for acrescido na firma, este também passará
a ser um sócio comanditado.
Ex.: Supondo que os sócios sejam Marcos Santos e João Silva.
“Marcos Santos, João Silva & Cia.”; “M. Santos, J. Silva & Cia”; “M. Santos, j.
Silva & Cia Doces”.
A Sociedade Simples Limitada (base legal nos artigos 1.052 a 1.087, Código Civil) é a
mais utilizada no Brasil por possuir uma maneira simples de ser operada e pela proteção
patrimonial oferecida aos sócios.
Ela é registrada na Junta Comercial, tem como documento hábil o Contrato Social e seu
Capital Social é dividido em quotas. Por ser pessoa jurídica (possuindo seu próprio patrimônio),
a Sociedade Limitada não pode ser confundida com a pessoa física dos sócios e após a
integralização do Capital Social os mesmos não poderão utilizar bens pessoais para arcar com
as obrigações da empresa.
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O nome escolhido para registro deve sinalizar a atividade que a sociedade desempenha
e, segundo o artigo 1.158 do Código Civil, apresentar a palavra “limitada” (ou a sigla “LTDA”)
ao final do mesmo. A sociedade pode utilizar, também, os nomes dos sócios ou um nome
fantasia:
A Sociedade em Comandita por Ações (base legal nos artigos 1.090 a 1.092, Código
Civil e na Lei 6.404/76) é uma sociedade empresária com natureza híbrida, possui aspectos
das Sociedades em Comandita Simples e das Sociedades Anônimas. Não dispõe de um
Conselho de Administração, entretanto, possui sócios administradores e sócios investidores.
Os sócios administradores podem utilizar seu patrimônio pessoal quando a empresa adquire
dívidas, já os sócios investidores utilizam somente o valor que investiram. Os sócios possuem
responsabilidade ilimitada e, por isso, as alterações em especificidades do estatuto social só
podem ser feitas com o conhecimento dos sócios administradores (nomeados no estatuto por
tempo indeterminado e podendo ser depostos somente após decisão dos administradores que
somarem, no mínimo, dois terços do capital social).
A Sociedade em Comandita por Ações é formada por estatuto, tem seu registro feito
na Junta Comercial e seu Capital é dividido em ações. Seu nome pode ser escolhido de forma
independente ou ser constituído, necessariamente, pelos nomes dos sócios administradores
(que assumem responsabilidade pelas obrigações sociais da empresa) e ter, ao final, a
expressão “em comandita por ações” (ou sua abreviatura C/A), segundo o artigo 1.161:
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Art. 1.161. A sociedade em comandita por ações pode, em lugar de firma,
adotar denominação designativa do objeto social, aditada da expressão "comandita
por ações".
6. SOCIEDADE ANÔNIMA
A sociedade anônima é constituída por ações que representam seu capital social, desta
forma, seus acionistas ou sócios possuem responsabilidade limitada ao preço de suas ações, por
esta razão o nome empresarial será por denominação tendo como objetivo designar o objeto
social com fim lucrativo de forma precisa e completa, obedecendo aos requisitos formais
estabelecidos pelo estatuto social.
O Código Civil, Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976 estabelece que: “Art. 3º A sociedade
será designada por denominação acompanhada das expressões "companhia" ou "sociedade
anônima", expressas por extenso ou abreviadamente, mas vedada a utilização da primeira ao
final.”
Obrigatoriamente, a denominação deverá trazer o gênero da atividade da empresa.
É possível, através da denominação, constar o nome do fundador, acionista ou pessoa
que tenha contribuído para a formação da sociedade (CC, art. 1.160, parágrafo único, e LSA,
art. 3º, § 1º); bem como a adoção de um nome fantasia. O uso de nome civil em denominação
será tratado como elemento fantasia.
A assinatura dos compromissos da sociedade anônima deverá conter sua denominação,
realizada através de carimbo ou datilografia.
Podemos então determinar o nome empresarial da sociedade anônima da seguinte
forma:
Desta forma podemos citar como exemplo empresas de sociedade anônima de diversos
segmentos, tais como:
Empresa estatal – Petróleo Brasileiro S.A
Indústria alimentícia – Sadia S.A
Instituição financeira – Banco do Brasil S.A
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Indústria de produtos minerais – Cia. Cimento Portland Rio Branco
Serviços industriais de utilidade pública – Cia. Distribuidora de Gás Rio de Janeiro
(CEG)
O registro e o arquivamento dos atos da sociedade anônima tais como constituição, atas,
dentre outros, ocorre na Junta Comercial por meio de registro digital obedecendo aos requisitos
da Lei n. 8.934 de 18 de novembro de 1994.
7. EMPRESÁRIOS INDIVIDUAIS
O empresário individual é um empreendedor, pessoa física, com CNPJ que atua como
único titular do seu negócio, ele não possui personalidade jurídica e se registra com o próprio
nome na razão social, formalizado na junta comercial residente por meio de firma, adotando
seu nome completo ou abreviado, aditado, se quiser, ou quando houver um nome empresarial
idêntico, de designação mais precisa de sua pessoa ou gênero do negócio, distinguindo-se de
qualquer outro já inscrito no mesmo registro, conforme os art. 1156 e 1163 do CC. Lei
10406/02; manifestando, portanto o princípio da veracidade. Portanto quando o nome for muito
comum é conveniente adicionar o ramo de atividade ou um apelido por exemplo.
O nome civil possui natureza distinta do nome empresarial, pois este tem relação com a
atividade econômica desenvolvida, possuindo caráter patrimonial. Tal nome mercantil não pode
ser objeto de alienação, de transação: alugado, dado, vendido e outros. Entretanto, o parágrafo
único do art. 1164 abre uma brecha: o adquirente do estabelecimento, por ato entre vivos, pode,
se o contrato permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação
do seu antecessor. Como exemplo pode-se citar um empresário que deixa seu filho como
sucessor. O nome da empresa terá que ser mudado, podendo adicionar o termo sucessor:
“sucessor de José Silva de Joaquim Silva”.
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Os processos protocolados a partir de 1 de janeiro de 2018 não serão aceitos com a
partícula ME ou EPP devido à revogação do art.72 da Lei Complementar nº123, realizada
através da Lei Complementar nº155/2016.
Não pode ser empresário o prestador de serviços que exerce profissão intelectual, de
natureza científica, literária ou artística como médicos, engenheiros, arquitetos, psicólogos e
entre outros. Esses atuarão individualmente como autônomos (pessoa física com registro na
Prefeitura Municipal) ou com sócios através da constituição de uma Sociedade Simples
Assim, a razão social de uma empresa individual deverá ser constituída pelo nome
completo (sem excluir qualquer componente do nome) ou abreviado, exceto o último
sobrenome do empresário, havendo nome igual já registrado deve-se aditar uma designação
precisa de sua pessoa ou gênero do negócio a fim de diferenciá-lo do outro existente.
A SCP deve tomar por firma ou razão social o nome civil, por extenso ou abreviado, do
sócio ostensivo, proibida a utilização do adendo “companhia”. Por exemplo, uma sociedade em
conta de participação constituída por três sócios (dois participantes e o terceiro escolhido como
o participante ostensivo). A firma ou razão social dessa sociedade só pode ser o seu nome civil
do ostensivo.
Quanto a atribuição de nome empresarial, o registro está vetado pela mesma lei:
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LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. (...)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
DO NOME EMPRESARIAL (...)
Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou
denominação.
Brasília, 10 de janeiro de 2002; 181o da Independência e 114o da República.
(CÓDIGO CIVIL, 2002)
Mais simples, o SCP permite estabelecer parcerias de negócios, é muito utilizada em
empresas da construção civil ou fabricantes de móveis para atender pedidos em larga escala,
por exemplo.
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NORMAS LEGAIS. Registro empresarial. Disponível em:
<http://www.normaslegais.com.br/guia/registro-empresarial.htm>. Acesso em: 03 de nov.
2018
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