Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
2008
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
Sumário
O texto acadêmico-científico............................................................................ 8
Diga não aos adjetivos desnecessários!........................................................... 10
Metodologia de pesquisa................................................................................. 12
A escolha do tema.......................................................................................... 12
A definição do recorte temático...................................................................... 12
As fontes de pesquisa...................................................................................... 14
A importância do fichamento......................................................................... 14
Bibliografia recomendada............................................................................... 32
Tabela de expressões em latim........................................................................ 33
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
Bacharel em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) e
pós-graduado em Globalização e Cultura pela mesma instituição. Redator profissional desde 2001. Autor de
onze livros e do artigo Como fazer uma monografia, publicado pela Editora Rideel em 2007.
A quarta etapa é o tradicional Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). No entanto, como se sabe,
esta avaliação não influi na titulação acadêmica em si, mas na autorização para exercer a função regulariza-
da e profissional de advogado.
O estudante universitário é um ser múltiplo. Aqui, ele será chamado de “graduando”, “estagiário”, “orientan-
do”, “monografista” e até, veja só, de “aluno”.
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
tempestade em copo d’água” foi tão válido quanto nesse ponto da vida acadêmica. O
pânico e o ceticismo em relação ao TCC não se sustentam. Qualquer aluno que tenha
cursado com um mínimo de interesse as matérias e disponha-se a pesquisar as bases
históricas e teóricas das legislações é capaz de desenvolver um trabalho consistente e
fundamentado. Esforço sempre há. Dedicação é princípio. A capacidade de conhecer,
mensurar e interpretar não nasce de geração espontânea, mas a recompensa pelo êxito
nessa labuta é generosa – e nos vários sentidos atribuídos às palavras “recompensa”
e “generosa”. Principal mecanismo de iniciação científica, a monografia contribui
para apurar características como a organização e o poder de síntese argumentativa,
além de apresentar ao monografista tanto a perspectiva conceitual quanto o modus
operandi associado à sua pretensa especialização. Vale a pena, sim! A ciência alarga
horizontes e perspectivas. As teorias que aprendemos na faculdade influenciam e são
influenciadas pelos anseios, dramas e situações da “vida real”. É o círculo virtuoso do
aprendizado!Além do respeitável ganho intelectual na articulação de idéias e soluções,
vital num mundo globalizado em que inovação e conhecimento são imperativos, uma
boa monografia (leia-se coerente, rigorosa e criativa) é um chamariz para qualquer
currículo e, no limite, pode decidir acirradas disputas por oportunidades no mercado
de trabalho. Uma trajetória promissora na faculdade, coroada com um belo TCC, salta
aos olhos de selecionadores e caçadores de talento. Sobretudo quando não se possui
um histórico profissional consolidado, condição da maioria dos que estão em fase
universitária. Ah, claro! É preciso lembrar que os melhores advogados costumam ser
juristas de renome. Eles estão, portanto, integrados à universidade como intelectuais,
professores, pesquisadores, orientadores e autores de livros inseridos na bibliografia
das disciplinas. A apresentação do TCC tornou-se obrigatória no curso de Direito a
partir da Portaria no 1.886 do Ministério da Educação (MEC), oficializada no dia 30
de dezembro de 1994. Nas demais ciências humanas e sociais, ele já se constituía
num pré-requisito para a obtenção do diploma. Geralmente em formato textual de
monografia, a produção do TCC exige a observância de procedimentos técnicos,
normativos e de investigação científica. Auxiliar o graduando a desvendá-los e aplicá-
los em suas pesquisas é o objetivo dos próximos capítulos. Embora com enfoque
nas monografias jurídicas, este texto pode ser acompanhado por estudantes de todas
as áreas. Afinal, exceto por determinados métodos típicos do Direito, o exercício
monográfico obedece a convenções e padrões definidos pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas, a ABNT.
As jurisprudências, a percepção média de juízes, promotores e defensores sobre um assunto, as mudanças
históricas na legislação, a forma como a sociedade se relaciona com as leis etc.
Assinada por Murilo de Avellar Hingel, então ministro da Educação do governo Itamar Franco (1992-1994),
a portaria determinava, em 17 artigos, o currículo mínimo para os cursos superiores na área jurídica. Em
tempo: o artigo que trata da obrigatoriedade da monografia é o 9o.
Organização responsável por regulamentar, fiscalizar e orientar as padronizações técnico-científicas na in-
dústria, na ciência e na academia, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) foi fundada em 1940.
Ela é a representante no Brasil da Comissão Panamericana de Normas Técnicas (COPANT), da International
Electrotechnical Comission (IEC) e da International Organization for Standardization (ISO).
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
O projeto de pesquisa
Não levando em conta, neste momento, as normas internas de cada instituição, a
monografia acadêmica é definida como um texto ou relatório, de realização individual
ou em grupo, no qual é apresentado o resultado de uma pesquisa teórica e/ ou trabalho de
campo. A monografia é precedida pela redação do projeto de pesquisa. Nesse primeiro
passo, é delineado o recorte temático, definido e justificado o objetivo, formuladas as
hipóteses e estabelecido o cronograma de atividades. A estrutura básica de um projeto
de pesquisa é a seguinte:
Este projeto é, digamos, o pontapé inicial da monografia. Ele funciona como o guia
que organizará todo o resto. Daí em diante, a pesquisa tende a derivar para caminhos
às vezes contrários à percepção primária. Contudo, as bases do projeto são como
pilastras. É esse movimento de descobertas, confirmações e perspectivas impensadas
a face mais atraente da monografia. “Como assim atraente?” – o leitor se pergunta
e, indignado, complementa: “Existe brecha para o fascínio num arrazoado técnico-
científico?”. Explico. Para começar, a resposta é sim – e muito! Quando optamos por
um assunto que nos seduz e intriga, as dificuldades e prazos apertados são facilmente
superados por uma curiosidade saudável, inquieta e fértil. O recorte evita desvios e
exageros; não é limite para a imaginação. Por sinal, é natural que nossas preferências
recaiam sobre assuntos com os quais mantemos afinidade. Aliás, recomendo aos
graduandos que não sejam tragados pelo ciclone dos modismos temáticos. Desde que
explorado com criatividade e senso de medida, qualquer mote, por modesto que seja,
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
resultará num trabalho digno de nota dez, aplausos, menção honrosa e cumprimentos
da banca!
Um episódio ocorrido em minha época de estudante de Sociologia ilustra esta consideração. Certa vez, um
professor discutia conosco sobre nossos projetos de TCC. Um colega pediu a palavra e perguntou, constran-
gido, se pesquisar revistas em quadrinhos seria uma opção. A classe (ou seria a claque?) caiu na gargalhada.
O professor, com aquela conhecida serenidade e polidez, interpelou-nos sobre o motivo do ataque de risos.
Ninguém respondeu. Então, ele disse que pesquisar gibis seria uma opção muito interessante. E falou com
tanta firmeza e eloqüência sobre fatos históricos e sociológicos sobre o mundo dos quadrinhos que, minutos
depois, os alunos estavam em absoluto silêncio e, por que não, aliviados por perceber que aquilo que no
fundo gostariam de abordar (o esporte favorito, a revista preferida...) poderia ser uma proposta viável.
Em diversos cursos superiores, o trabalho de iniciação técnica ou científica recebe um nome alternativo:
Trabalho de Graduação Interdisciplinar (TGI).
O argüidor é um membro do corpo docente ou – desde que autorizado – professor de outra instituição que
avalia o TCC e questiona o monografista. Assim como para o orientador, a escolha se faz pelo critério da
especialização, para garantir um aproveitamento teórico denso.
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
10
Nascido em Curitiba, Cesare Monsueto Giulio Lattes, o César Lattes (1924-2005), era um físico formado pela
Universidade de São Paulo e co-descobridor, com o norte-americano Cecil Powell, da partícula subatômica
meson-pi. A descoberta teria rendido a Lattes o Prêmio Nobel de Física de 1950. No entanto, Powell foi o
único a recebê-lo. A justificativa para o brasileiro ter sido preterido é a de que, naquela época, o comitê de
premiação só oferecia a honraria ao chefe da equipe.
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
O texto acadêmico-científico
Em 1996, o físico Alan Sokal enviou para apreciação dos editores da revista Social Text
o artigo “Atravessando as fronteiras: em direção a uma hermenêutica transformativa da
gravitação quântica”. Nele, Sokal divagava sobre a influência da “filosofia contemporânea”
e das “humanidades” nas ciências físico-naturais. Uma vez aprovado pelo conselho
editorial, o texto foi publicado numa edição especial do prestigiado periódico acadêmico.
Tempos após, o físico revelou suas intenções: o artigo era, na realidade, um amontoado
sem pé nem cabeça, uma paródia a autores “verborrágicos” como Jacques Lacan, Gilles
Deleuze e Jean Baudrillard, até ali intocáveis em seus pedestais. Do alto de suas torres de
marfim, esses filósofos-profetas da “pós-modernidade” usavam e abusavam, sem critério,
de termos e conceitos de disciplinas como matemática, física, biologia e química.11 E o
mais tragicômico é que a rigorosa Social Text deixou-se ludibriar pelo título pomposo,
recheado de chavões “pós-qualquer coisa” como “hermenêutica” e “atravessando
fronteiras”. No ano seguinte, com o fito de alertar contra abusos técnicos e lingüísticos
dessa monta, Alan Sokal, em co-autoria com o também físico Jean Bricmont, publicou
o provocador livro “Imposturas intelectuais”, lançado no Brasil em 1999. O clima
esquentou. Gente gabaritada vestiu a carapuça. Outros reverteram o ataque e viram na
atitude dos autores um ranço de quem se preocupa em preservar o purismo científico.12
Seguiu-se ao bate-boca um joguinho de vaidades de doer. Era um tal de filósofo espernear
pra cá, matemático chorar pra lá... Estranhamente, a questão chave – quais são os limites
da linguagem acadêmica? – ficou esquecida em meio ao tiroteio de acusações. Essa
dúvida, por sinal, coincide com os questionamentos de graduandos de todos os campos.
Por que trabalhos científicos adotam palavreado tão empolado? Minha monografia vai ter
frases tão longas assim? Citações e clichês ocultam uma má ciência? O estilo vale mais
que o conteúdo? Resumindo: por que, ó raios, “todo intelectual” escreve enrolado? Para
começar, essa história de escrever difícil é papo-furado. Nenhum manual de redação
científica se prestaria a ensinar um disparate desses. Contudo, a vontade de soar erudito
às vezes bate forte nos corações e mentes dos pesquisadores. Assim, consagrou-se entre
nós uma montanha de vícios de linguagem. É efeito bola de neve, mesmo. Repete-se até
virar epidemia. O sujeito se gradua, faz mestrado, defende o doutorado, vira professor e
passa os erros, quer dizer, os cacoetes para frente. Os vícios mais corriqueiros são:
1. Substituir palavras por seu sinônimo não usual. Exemplo: “encobrir” vira
“sobrepujar”; “semanal” é trocado por “hebdomadário”. Num trecho ou outro, vá
lá, tem a sua graça. Exagero é pedantismo e trava a comunicação.
11
Justiça seja feita, a filosofia é a matriz do conhecimento, vide Blaise Pascal para a lógica da computação,
René Descartes para as ciências exatas, Francis Bacon para o empirismo...
12
Nos seus primórdios, a sociologia almejava ser para a sociedade aquilo que as ciências físico-naturais e a
biologia são para o estudo da fauna, da flora, do funcionamento do corpo. Um dos primeiros paradigmas
das ciências sociais era o chamado “evolucionismo social”. Ler um autor como Emile Durkheim é deparar-se
com termos da Medicina e da Biologia: “anômia”, “patologia”...
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
13
É sensato não entrar em rota de colisão com o orientador se ele considerar “mais científico” um festival de
“consideramos”, “pesquisamos”, “compreendemos”, “pensamos”...
14
Encomendar monografias a ghost-writers é o cúmulo da indigência intelectual.
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
***
10
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
11
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
Metodologia de pesquisa
Não se elabora texto científico sob os ditames das Normas da ABNT sem antes projetar o
escopo da pesquisa. Não se projeta o escopo da pesquisa sem antes definir um recorte para
o tema selecionado. No Dicionário Aurélio, “recortar” significa “cortar formando” ou “talhar
ou recortar de novo, reduzindo”. No meio acadêmico, “recortar” é realizar exatamente as
ações sugeridas pelas acepções da palavra, com o “papel” (tema) e a “tesoura” (os ajustes
de objetivo). A metodologia começa com as escolhas do tema e do recorte.
A escolha do tema
O tema do TCC é uma decisão a ser tomada com muita calma e reflexão. Devem
ser ponderados, pela ordem, aspectos como o interesse pelo assunto, a pertinência
da pesquisa, a viabilidade e os prazos. Como não há uma regra fixa ou fórmula
infalível para essa escolha (exemplo: as Normas da ABNT para as padronizações
técnicas), a individualidade do graduando se faz mais presente. Definir o tema
com alguma antecedência – lá pela metade do penúltimo ano – é seguramente o
ponto chave. Deixar para última hora é um “Deus-nos-acuda”. Recomendo seguir
os passos abaixo:
12
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
Pronto!
Como não somos imunes às emoções, ficamos em princípio decepcionados por
supostamente “reduzir” a nossa “obra-prima”. Acontece que o recorte (perdoe-me o
péssimo trocadilho) não “cortará o seu barato”. Nas notas explicativas, abrem-se espaços
preciosos para se demonstrar conhecimentos mais genéricos. Reduzir o objeto não é
reduzir a sua qualidade. É torná-lo exeqüível.
***
13
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
Dificilmente realiza-se uma tese sem elementos quanti e quali. Uma coleta de dados
sem reflexão é tão duvidosa e intelectualmente frágil quanto uma reflexão sem amparo
estatístico. Contudo – e como sempre –, é a ambição da pesquisa que mostrará qual
deles será a mola-mestra.
As fontes de pesquisa
Para as monografias jurídicas, as fontes primárias de pesquisa estão fundamentalmente
contidas na tríade legislação (o corpo de leis do estatuto jurídico), a doutrina (as
raízes teórico-filosóficas da legislação) e a jurisprudência (a aplicação da lei em casos
concretos). Todo o resto gira em torno delas. Pelo ângulo da legislação, o acadêmico de
Direito examina situações não prescritas nos códigos e verifica se há conflito entre leis.
A doutrina demanda um trabalho de maior vulto filosófico, enquanto a jurisprudência é
o ponto de contato entre os códigos e a realidade social. Nela, as disciplinas de História,
Antropologia, Política e Sociologia se aproximam ainda mais do Direito.15 A análise
das jurisprudências requer cautela do monografista, que deve se limitar às decisões
majoritárias e não tomar como verdade uma sentença isolada. Ou, para caprichar na
criatividade, desvendar por que tal sentença foi exclusiva, se sua concepção retroage
ou avança na questão, se revê as bases de um velho artigo jurídico ou se apenas partiu
das idiossincrasias e excentricidades de um juiz de comarca. Então... Mãos à obra,
graduando! Dentro de uma monografia, seja ela de graduação ou pós-graduação, essas
três fontes circulam ativamente, pois por meio do “olhar” acadêmico-científico do Direito
é um tanto improvável construir uma hipótese ou um objeto de pesquisa sem ao menos
mencionar sua concepção, estatuto e aplicabilidade.
A importância do fichamento
As fontes de consulta primárias (legislação, doutrina e jurisprudência) e complementares
(documentações e obras de apoio) fornecem ao monografista um bombardeio de dados,
indícios e citações. E o principal recurso para selecioná-los e organizá-los é o fichamento.16
O fichamento é um arquivo de computador (Word, Excel, PowerPoint) ou uma ficha
manual com as informações valiosas contidas num livro, artigo ou documento.
15
Na época áurea dos bacharéis – fins de Império, princípio da República –, eram os filhos da elite cafeeira e
política que, enviados às faculdades de Direito de Coimbra, Lisboa, Recife e São Paulo, voltavam com pen-
dores progressistas e a ambição de escrever obras literárias, políticas e proto-sociológicas que explicassem a
sociedade brasileira. Já no século XX, obras seminais de juristas como Victor Nunes Leal (Coronelismo, En-
xada e Voto) e Raymundo Faoro (Os donos do poder) fazem parte da bibliografia fundamental de sociólogos,
historiadores e cientistas políticos.
16
O fichamento é indispensável, também, por razões burocráticas e operacionais: empréstimos de livros expi-
ram e é ilegal apropriar-se de documentações de arquivos públicos e privados.
14
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
15
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
17
Os elementos textuais são os capítulos da monografia e os pós-textuais são os anexos (tabelas adicionais,
fotos, questionários etc.) que fornecerão um panorama completo acerca da pesquisa.
18
Os resumos e as palavras-chave de dissertações de mestrado e teses de doutorado, pós-doutorado e livre-do-
cência são bilíngües, preferencialmente em inglês (abstract e key words). Numa monografia de graduação,
esse expediente é facultativo.
16
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
e tem de ser minuciosamente revisado. É o último item do TCC a ser redigido, pois é nele
que serão incluídos os nomes dos capítulos, com suas páginas correspondentes. Cada
capítulo costuma ter um, dois ou três subcapítulos. Eles são referenciados da seguinte
maneira: capítulo 1, subcapítulo 1.1, 1.2, capítulo 2 e subcapítulo 2.1, 2.2 e assim por
diante. Isso facilitará bastante a própria organização das idéias e do material coligido. Os
pré-textuais ficarão nessa ordem: capa, página de rosto, folha de aprovação, dedicatória,
agradecimentos, epígrafe, resumo com palavras-chave e sumário. Acompanhe os
modelos:
17
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
1. Capa
TÍTULO DO TCC
Subtítulo do TCC
Nome do Aluno
Cidade
Ano
18
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
2. Página de Rosto
Nome do Aluno
TÍTULO DO TCC
Subtítulo do TCC
Cidade
Ano
19
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
3 – Folha de Aprovação
FOLHA DE APROVAÇÃO
Nome do Aluno
Título do TCC
Subtítulo do TCC
CONCEITO:
Banca Examinadora
Prof.(a)___________________________________________________
Assinatura________________________________________________
Prof.(a)___________________________________________________
Assinatura________________________________________________
Data de Aprovação / /
20
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
4. Dedicatória
[Dedicatória]
21
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
5 – Agradecimentos
AGRADECIMENTOS
22
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
6 – Epígrafe
[Epígrafe]
23
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
RESUMO
Palavras-Chave
I. Direito Eleitoral II. Fidelidade Partidária III. Poder Legislativo.
24
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
SUMÁRIO
1– INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 8
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................37
ANEXOS ..........................................................................................................................48
25
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
E antes de migrarmos para o item subseqüente, um lembrete que é uma oportuna dica
de etiqueta: apesar de facultativo, é de boa educação agradecer ao orientador do TCC
e, se houver alguma bolsa de iniciação científica envolvida, à agência de fomento que
o financiou. Porém, convenhamos, quem é que vai perder o ensejo de dedicar o esforço
àqueles que estiveram presentes nos momentos de provação, como familiares, amigos e
professores?
26
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
Citação literal de até três linhas: feita no corpo do texto, com abertura de aspas e
menção à fonte realizada conforme demonstram os modelos abaixo:
Citação literal com mais de três linhas: virá após o parágrafo, com recuo de 4 cm da
margem esquerda e fonte 11 ou 10. Dispensa as aspas.
Ou
19
Alguns pesquisadores preferem substituir (AUTOR, XXXX, p. [no da página]) por (Autor, XXXX: [no da pági-
na]), sem prejuízo na confiabilidade dos dados relacionados à fonte.
27
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
***
O campo “Referências Bibliográficas” encontra-se listado no encerramento da
monografia, contendo livros, revistas, jornais, teses e sites da Internet. Confira:
Livros:
MICELI, Sérgio. A expansão do mercado do livro e a gênese de um grupo de romancistas
profissionais. Intelectuais à brasileira. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
Ou
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Sendo a abreviação do primeiro nome igualmente válida (exemplo: KELSEN, H.).
Para reforçar: o título do livro é citado em itálico e o capítulo em fonte normal (ou
regular).
Periódicos:
EL FAR, Alessandra. Viagem na leitura. Revista Cult, São Paulo, n. 79, ano VI, abr.
2004, p. 60-63.
Internet:
BERTOL, Sonia Schena. Novidades da ciência na Science e Ciência Hoje, 2004.
Disponível em <www.comunicacaoesaude.com.br/rev1artigosoniabertol.htm>. Acesso
em: 6 ago. 2005.
Ou
RONCAGLIA, Daniel. Fiel representante: leia o voto de Carlos Britto sobre fidelidade
partidária. Disponível em <http://conjur.estadao.com.br/static/text/60507,1>. Acesso
em: 18 out. 2007.
28
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
29
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
30
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
Ato 5 – Encerrados os debates, a banca se retira ou, como de hábito, solicita que o
graduando e a platéia deixem o ambiente, para as deliberações sobre a nota.
Ato 6 – Com a nota decidida, o orientador conclama ao público e ao graduando
que retornem à sala. Nesse instante, a adrenalina estará a mil. Ele pedirá a todos que se
levantem e, em seguida, anuncia se o aluno foi aprovado ou não, sua nota e, em casos
excepcionais, se haverá menção honrosa.
Ato 7 – Orientador, argüidor(es) e o novo graduado em Direito assinam a ata oficial da
sessão, constando a data e a nota atribuída!
Ato 8 – Festa! Festa!
Ato 9 – Currículo, entrevista, trabalho, trabalho, trabalho!
31
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
Bibliografia recomendada
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14724: informação e
documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
BRICMONT, Jean; SOKAL, Alan D. Imposturas intelectuais: o abuso da ciência pelos
filósofos pós-modernos. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 2006.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 18. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
_______________. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
LEITE, Eduardo de Oliveira. Monografia jurídica. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006.
LOBÃO, Antonio Carlos A. É possível ser feliz fazendo uma monografia. São Paulo:
Hucitec, 2004.
MAGALHÃES, Gildo. Metodologia da pesquisa científica: caminhos da ciência e
tecnologia. São Paulo: Ática, 2005.
NUNES, Luiz Antonio Rizzato. Manual de monografia jurídica. 2. ed. São Paulo: Saraiva,
1999.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo:
Cortez, 2002.
SOLOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 9. ed. São Paulo: Martins Fontes,
1999.
32
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
33
— Minimanual de Monografia Jurídica — Daniel Rodrigues Aurélio — Editora Rideel
34