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Devido ao fato de fazer fronteira com países como a Bolívia e Paraguai, a região Centro-
Oeste possui influências destes em seus pratos típicos. Como exemplo da influencia do
Paraguai temos: a sopa paraguaia, que nada mais é que uma torta salgada de milho, a chipa e
o locro. Merece destaque especial o Tereré, também de origem paraguaia, uma das mais
populares bebidas sul-matogrossense, uma espécie de chimarrão dos gaúchos, preparado com
a erva mate (Ilex paraguariensis) e bebido frio ou gelado.
a Bolívia contribuiu com a as salteñas bolivianas, que são pastéis assados recheados com
carne de frango e o arroz boliviano (espécie de risoto com ervilhas, banana da terra frita,
pedaços de galinha, ovos cozidos e milho verde).
Dos peixes, frutas e carnes do Centro-Oeste surgem pratos típicos como o peixe na telha
(assado na telha), peixe com banana, carne com banana, costelinha, bolinhos de arroz,
pamonha. predominam os pratos à base de carne, devido aos grandes rebanhos. É comum o
consumo de peixes de água doce, aves e caça do Pantanal, frutas do cerrado (como o pequi) e
ervamate.
As diferenças entre as regiões do país não são apenas culturais, climáticas ou sociais, a
imensidão do Brasil também se reflete nos costumes alimentares da população. Ainda que o
feijão e o arroz sejam unanimidade em todo o território nacional, algumas peculiaridades se
destacam entre as regiões.
O assunto, clima versus alimentação, é de importância fundamental para o estado nutritivo das
populações brasileiras, visto que, como muito bem soube caracterizar ARAÚJO LIMA, "o
homem e o meio não se isolam, nem se opõem: formam um sistema de interações, inter-
relações, de relações recíprocas e dependentes".
De início, temos a salientar que, mesmo dentro dessa ampla região, podemos encontrar
variações no que tange à alimentação; variações essas, que englobam tanto a diversidade de
hábitos alimentares e de culinária, quanto, inclusive, a questão da utilização apropriada de
alimentos, nativos ou não. Josué DE CASTRO considera essa área como zona onde
predomina o milho, o feijão, o toucinho e a carne. Todavia, sobressai dentre esses, como
alimento típico, o milho, à semelhança do que ocorre na área dos sertões nordestinos. No caso
presente, o toucinho e a carne de porco são os alimentos mais comumente empregados na
dieta. A couve mineira, por sua vez, constitui um componente habitual da dieta regional,
servindo de fonte de sais minerais e de vitaminas.
O estudo da alimentação do povo brasileiro nos dá o ensejo de examinar os principais
inquéritos alimentares e nutritivos efetuados em todas as regiões ou áreas do país.
Evidentemente, o conhecimento dos seus resultados é de grande necessidade e importância
para o combate à desnutrição.
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/115/rbg_1964_v26_n3.pdf
http://www.sudeco.gov.br/a-regiao-centro-oeste
parte de alice
https://www.ufrgs.br/proesp/institucional/atlas-proesp/co_gen.html
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não
Transmissíveis e Promoção da Saúde.
Vigitel Brasil 2016: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico : estimativas
sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26
estados brasileiros e no Distrito Federal em 2016 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
160p.: il. - tabelas de obesos e sobrepeso
Apesar das dificuldades e dos desafios existentes, a Região Centro-Oeste tem um histórico de
aproveitamento de algumas espécies vegetais nativas na culinária tradicional, a exemplo do
arroz com pequi, prato símbolo da culinária do estado de Goiás. Diversos municípios da
região têm sua economia baseada no agroturismo e, obviamente, a gastronomia está
diretamente relacionada a esta atividade. Existem atualmente, na Região Centro-Oeste,
centenas de hotéis-fazenda, pousadas erestaurantes que oferecem um cardápio riquíssimo em
alimentos preparados a partir de ingredientes regionais, caso do pequi (Caryocar brasiliense),
da gueroba (Syagrus oleracea) e do jenipapo (Genipa americana), que apresentam sabores
muito peculiares. A castanha e o licor de baru (Dipteryx alata) são outros exemplos destas
opções regionais, destinados, inclusive, ao mercado internacional. A valorização da culinária
e dos costumes tradicionais constitui, nos dias de hoje, uma importante ferramenta para a
preservação do patrimônio histórico cultural e garantia da segurança alimentar, revelando a
integração existente entre a história, a cultura e a alimentação dos povos desta região
O Centro-Oeste brasileiro é hoje uma das maiores áreas de produção agrícola do Brasil
(Figura 2), com cultivos extensos de soja, algodão, cana-de-açúcar, além de ser um grande
pólo de pecuária de corte (Figura 3), criações de aves e suínos, exploração de madeira para
carvão e lenha, e grandes
Apesar de ter sido submetida a um rápido processo de urbanização nas últimas décadas, a
Região é o berço de diversas etnias indígenas e comunidades tradicionais, quilombolas,
caipiras e outras. Além destas, em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso há uma população
humana que vive em uma das maiores áreas inundáveis do planeta (apopulação pantaneira),
subsistindo à base de atividades agropastoris nas fazendas da região, ou em pequenas
propriedades à beira dos rios
A Região Centro-Oeste apresenta uma flora nativa bastante rica em espécies alimentícias, que
podem ser aproveitadas na alimentação como fontes de vitaminas, minerais, fibras, ácidos
graxos e compostos bioativos. Esta riqueza alimentar, ainda subutilizada ou negligenciada,
tem seu uso restrito a algumas tribos indígenas e comunidades tradicionais, formando uma
parte complexa da cultura e da dieta dessas comunidades humanas.
farinha de jatobá, a castanha de baru, o pequi e seus derivados. As hortaliças não
convencionais são mais comercializadas nas feiras livres, a exemplo do que ocorre com a ora-
pro-nobis, a beldroega e a jurubeba.
caso da gueroba (Syagrus oleracea) e do Chichá (Sterculia striata). Considerou-se de
fundamental importância agregar ao grupo também algumas hortaliças nativas que, apesar de
negligenciadas, são consideradas de grande importância para a alimentação e saúde na Região
Centro-Oeste, caso da jurubeba (Solanum paniculatum), ora-pro-nobis (Pereskia aculeata),
mini-pepininho (Melothria pendula), beldroega (Portulaca oleracea), croá (Sicana odorifera) e
do major-gomes (Talinum paniculatum). a exemplo do coquinho-azedo (Butia capitata) e da
macaúba (Acrocomia aculeata), consideradas espécies prioritárias para a alimentação humana
e, também para uso ornamental. (livro do coverno)
No cinema, Brasília também se destaca.
além da convergência natural por ser a capital do país,
Outro elemento bastante presente é o guaraná de ralar, usado principalmente pelos mais
velhos que o tomam sempre pela manhã antes de começar o dia. Fonte: LOUREIRO,
Antônio. Cultura mato-grossense. Cuiabá, 2006
O tereré se toma na guampa, mas não é chimarrão. Tem que ser gelado, ao contrário do mate
gaúcho, servido quente, na chaleira. Outros dois costumes ‘importados’ são a chipa e a sopa
paraguaia. No auge da ferrovia, a cada estação os passageiros disputavam as vendedoras de chipa.
Hoje ela é vendida nas ruas, em feiras, pontos de ônibus e até em repartições públicas,
acondicionadas em caixas de isopor.