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Género (ciências sociais)

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Género (português europeu) ou gênero (português brasileiro) é uma gama de


características pertencentes e diferenciadas entre a masculinidade e a feminilidade.
Dependendo do contexto, essas características podem incluir o sexo biológico como o
estado de ser do sexo masculino, do sexo feminino ou uma variação hermafrodita que
pode complicar a atribuição do sexo, as estruturas sociais baseadas no sexo, incluindo o
papel social de gênero e outros papéis sociais, e a identidade de gênero.[1][2][3] Algumas
culturas têm papéis de gênero específicos que podem ser considerados distintos da
categoria "homens" e "mulheres", como a hijra na Índia e Paquistão.
O sexólogo John Money introduziu a distinção terminológica entre sexo biológico e gênero
como um papel social em 1955. Antes de seu trabalho, era incomum usar a palavra
"gênero" para se referir a qualquer coisa, exceto para se referir a categorias
gramaticais.[1][2] No entanto, o significado da palavra dado por Money não se generalizou
até a década de 1970, quando as teorias feministas abraçaram o conceito da distinção
entre o sexo biológico e a construção social de gênero. Hoje, a distinção é rigorosamente
seguida em alguns contextos, principalmente nas ciências sociais[4][5] e em documentos
escritos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).[3]
Em outros contextos, incluindo algumas áreas das ciências sociais, gênero inclui sexo ou
o substitui.[1][2] Por exemplo, em pesquisas com animais, gênero é geralmente utilizado
para se referir ao sexo biológico dos animais.[2] Essa mudança no significado de gênero
pode ser atribuída na década de 1980. Em 1997, a Food and Drug Administration (FDA)
começou a usar gênero em vez de sexo.[6] Depois, em 2011, a FDA modificou sua
posição e começou a usar sexo como classificação biológica e gênero como "auto
representação de uma pessoa como homem ou mulher, ou como essa pessoa é
respondida por instituições sociais com base na apresentação de gênero do indivíduo."[7]
As ciências sociais têm um ramo dedicado aos estudos de gênero. Outras ciências,
como sexologia e neurociência, também são interessadas no assunto. Embora as
ciências sociais às vezes abordem o gênero como uma construção social, e os estudos
de gênero geralmente abordam dessa forma, a pesquisa nas ciências naturais investigam
se diferenças biológicas em homens e mulheres influenciam o desenvolvimento do gênero
em humanos.[2][8]
Índice

 1 Ciências humanas

 2 Feminismo e estudos de gênero

 3 Status legal

 4 Gênero e cooperação

 5 Referências

 6 Ver também

Ciências humanas[editar | editar código-fonte]


Na Antropologia clássica a distinção de gênero é recorrente no estudo da organização
social e do parentesco, mas a questão não é problematizada, ficando restrita a esses dois
aspectos. Para Lewis Henry Morgan, antropólogo clássico do evolucionismo, a
descendência pela linha feminina só é possível em sociedades "menos avançadas",
sendo a passagem da descendência para a linha paterna o que marcaria a passagem à
civilização e emergência de uma nova ordem social. Na tradição estruturalista, Lévi-
Strauss percebe que a troca de mulheres através do casamento representa uma forma
básica de garantir a aliança entre os grupos de parentesco e constituir, assim, a
sociedade. A crítica feminista pontua que, assim como Morgan e Lévi-Strauss, a maior
parte dos antropólogos clássicos observou e descreveu cuidadosamente o
comportamento dos homens e das mulheres nas diversas esferas de atividade, seus
desempenhos no ritual e sua presença no imaginário mítico. No entanto, essa descrição
etnográfica é marcada pelo etnocentrismo, inclusive na abordagem das distinções de
gênero e das relações entre homens e mulheres.[9]
No entanto, há três teóricos clássicos que são considerados pioneiros ao abordar
temáticas que o feminismo passou a estudar: Bronislaw Malinowski, Gregory
Bateson e Margaret Mead. Em A vida sexual dos selvagens, Malinowski abordou a
questão da sexualidade, tratando-na como uma força sociológica e cultural que
fundamenta o amor, o namoro, o casamento e a família, incorporando, então, ao tema as
relações de gênero. Entretanto, esta concepção de gênero inclui apenas a dicotomia
homem/mulher, sem abordar as relações estabelecidas entre homens e mulheres.
Conceitualmente não havia distinção entre sexo e gênero, ou seja, qualquer tipo de
relação entre homens e mulheres era de ordem sexual.[9] Bateson ao descrever o naven,
cerimônia do povo Iatmul, da Nova Guiné, examina a construção simbólica da
feminilidade e da masculinidade deste povo: homens vestem-se de mulheres e vice-versa.
Essa conduta está relacionada à estrutura e ao ethos da cultura Iatmul. Mas essa
considerável diferenciação na conduta de homens e mulheres e na construção simbólica
seria algo "típico" das sociedades simples.[9]
Margaret Mead, em Coming of age in Samoa, publicado em 1928, através do relato
etnográfico sobre um povo diferente, faz a crítica da moralidade do povo dos Estados
Unidos. Em Samoa, a passagem da infância para a adolescência era um processo suave,
sem a ansiedade que essa passagem gerava nos Estados Unidos. Mead observou que
"as jovens mulheres samoanas adiavam o casamento por muitos anos, enquanto
desfrutavam do sexo ocasional, mas que, uma vez casadas, "assentavam" e criavam com
êxito os próprios filhos". Já em Sexo e Temperamento, etnografia de 1935, Mead aborda o
comportamento como uma variável que não pode ser analisada sem levar a cultura em
consideração, e que também não é algo determinado por aspectos fisiológicos ligados ao
sexo. A etnografia foi feita junto a três tribos da Nova Guiné: os Arapesh das montanhas,
os Mundugumor habitantes do rio, e os Tchambuli habitantes do lago. Essas tribos
possuíam culturas relativamente simples e homogênea, que enfatizavam certos
comportamentos/temperamentos, enquanto outros eram desaprovados e até mesmo
punidos. Mead procurou mostrar, através do contraste com outras culturas, como cada um
de nós pertence a um sexo e tem um temperamento que é compartilhado com outros de
nosso sexo e do sexo oposto. Os temperamentos que reputamos naturais em um sexo
são meras variações do temperamento humano às quais os membros de um ou ambos os
sexos podem ser, com maior ou menor sucesso, aproximados através da educação.[10]
O livro O segundo sexo, de Simone de Beauvoir, em 1949 abriu, através da Filosofia e
Literatura, um debate político mais aprofundado, ao contestar o determinismo biológico
e/ou desígnio divino, retomando a perspectiva hegeliana de que ser é tornar-se,
resultando na ideia de que não se nasce mulher, mas se torna mulher. Ao distinguir o
componente social do sexo feminino do seu aspecto biológico, Lucila Scavone destaca
que "essa constatação lançou a primeira semente para os estudos de gênero, já que ela
distingue o componente social do sexo feminino de seu aspecto biológico, ainda sem
conceituar ‘gênero’".[11]
Ao psicólogo e sexologista John Money é creditada a expressão papel de gênero (gender
role em inglês) em 1955. "A expressão papel de gênero é usada para significar tudo o que
a pessoa diz ou faz para evidenciar a si mesma como garoto ou homem, como garota ou
mulher, respectivamente. Isso inclui, mas não é restrito a, sexualidade, no senso
de erotismo."[12] Elementos de tais papéis incluem vestimenta, modo de falar, gestos,
profissão e outros fatores que não são limitados pelo sexo biológico. Por se presumir que
os aspectos sociais de gênero são normalmente os aspectos de interesse na sociologia e
disciplinas relacionadas, papel de gênero é normalmente abreviado por gênero. sem que
haja ambiguidade neste contexto.
A diferença conceitual entre sexo e gênero foi estabelecida pelo psicólogo norte-
americano Robert Stoller em 1968: sexo refere-se aos aspectos anatômicos, morfológicos
e fisiológicos (genitália, gônadas, cromossomos sexuais, hormônios) da espécie
humana.[13][14] Stoller estudou casos de meninos e meninas classificados, à época,
como hermafroditas (hoje em dia a expressão correta é "pessoas intersexo") ou que
possuíam "genitais escondidos" e que foram educados de acordo com um gênero que
não correspondia ao seu sexo biológico.[13][14] Esses meninos e meninas, mesmo
depois de saberem que suas genitálias externas eram mal formadas ou sofreram alguma
mutilação acidental, empenhavam-se em manter os padrões de comportamento de
acordo com os quais haviam sido educados,[14] o que levou Stoller à conclusão de que
seria "mais fácil mudar o sexo biológico do que o gênero de uma pessoa".[13]
Muitas sociedades reconhecem apenas dois papéis de gênero - masculino ou feminino —
e estes correspondem ao sexo biológico. Entretanto, algumas sociedades explicitamente
incorporam pessoas que adotam o papel de gênero oposto ao sexo biológico, por
exemplo em algumas sociedades indígenas norte-americanas. Outras sociedades incluem
papéis bem desenvolvidos que são explicitamente considerados distintos dos arquétipos
masculinos e femininos. Na linguagem da sociologia de gênero há a inclusão de
um terceiro gênero, um tanto distinto do sexo biológico (algumas vezes a base para os
papéis de gênero incluem a intersexualidade ou incorpora eunucos). Um exemplo é o
papel de gênero adotado pelas Hijras da Índia e Paquistão. O povo Bugis
de Celebes, Indonésia possui uma tradição de incorporar todas as características
acima. Joan Roughgarden, uma bióloga estadunidense, argumenta que em algumas
espécies animais não-humanas, ocorre a existência de mais de dois gêneros, de forma
que pode haver múltiplas formas de comportamento disponíveis para organismos de um
determinado sexo biológico.[15]
Considerando as dinâmicas sociais como as apresentadas acima debate-se quais das
diferenças entre gêneros masculinos e femininos são aprendidas socialmente, ou
refletidas biologicamente. Construcionistas sociais argumentam que os papéis de
gênero são inteiramente arbitrários, e que a biologia não interfere nos comportamentos
sociais.

Na Sociologia clássica, a questão de gênero não foi desenvolvida, já que era considerada
uma questão micro, cujas explicações não eram totalizantes. Houve algumas tentativas
de estudo sobre as relações entre mulheres e homens e sobre a participação das
mulheres, como as pesquisas de Madeleine Guilbert sobre o trabalho das mulheres, em
1946.[16]A partir da década de 1960, através da influência dos estudos feministas, o
gênero passa a ser uma das variáveis para a análise sociológica. Lucila Scavone ressalta
que os estudos feministas e/ou estudos de gênero, por sua relativa autonomia histórica,
teórica e política, ainda causam certo preconceito às/aos cientistas sociais em geral, "que
consideram-no de menor importância diante de questões sociológicas e políticas
abrangentes".[17] A dicotomia indivíduo X sociedade, característica da Sociologia clássica,
foi desconstruída por sociólogos contemporâneos, como Norbert Elias, Pierre
Bourdieu, Anthony Giddens, Bruno Latour que também buscaram soluções para
apreender sociologicamente a realidade social no duplo movimento sartreano
("interiorização da exteriorização e da exteriorização da interiorização”), abrindo então
caminho ao estudo da diferenciação social, processo que torna possível a desconstrução
de outras dicotomias clássicas como: "particular x universal; sujeito x objeto; natureza x
cultura; mente x corpo; razão x emoção e dá lugar nas Ciências Sociais a abordagens não
totalizantes e a um longo processo de transição de paradigmas".[11]
Os objetos de investigação sociológica são, em grande medida, definidos por urgências
sociais: "Questões sociais e problemas sociológicos caminham juntos. Assim, os
problemas relacionados ao trabalho, à saúde, à política, à educação, à família, à religião,
à violência, às ciências, à cultura, à identidade, ao corpo, às tecnologias produtivas e
reprodutivas, e à sexualidade passaram a ser tratados com o ‘olhar de gênero’. E foi esse
olhar que deu visibilidade às relações de dominação e poder que dividem o mundo social
em gêneros e que questionaram uma ordem sexual tida como natural".[18]
Giddens destaca que as diferenças sociais entre homens e mulheres despertam o
interesse sociológico porque estão intimamente relacionadas às desigualdades e às
relações de poder em uma sociedade. Na Sociologia há três formas de interpretação das
desigualdades e diferenças entre os gêneros que são mais abrangentes. A primeira delas
é composta por autores que sustentam que as diferenças biológicas (cromossomos,
hormônios, tamanho cerebral, herança genética) são determinantes das diferenças
comportamentais entre homens e mulheres. Ou seja, essas diferenças são verificadas em
todas as sociedades, e que, por isso, os fatores naturais são responsáveis pelas
desigualdades entre os gêneros, negando, portanto, a importância dos processos de
interação social na questão do comportamento humano. A segunda abordagem é
guindada pela socialização de gênero que interpreta as desigualdades entre homens e
mulheres como decorrente da socialização em papéis diferentes. Assim, no contato com
organismos sociais (família, escola, igreja, etc.) é que as crianças aprendem a agir de
acordo com as expectativas relacionadas ao seu sexo biológico, sem considerar,
entretanto, que os indivíduos podem rejeitar ou modificar os papéis sociais de gênero. A
terceira abordagem coloca que, assim como o gênero, o sexo também é construído
socialmente, ou seja, o corpo humano e a biologia estão sujeitos às escolhas pessoais e
ao agenciamento humano. De acordo com os ideais de masculinidade e feminilidade,
homens e mulheres serão encorajados a cultivar uma imagem específica do corpo e um
determinado conjunto gestual.[19]
A sociologia contemporânea refere-se aos papéis de gênero masculino e feminino como
masculinidades e feminilidades, respectivamente no plural ao invés do singular,
enfatizando a diversidade tanto dentro das culturas como entre as mesmas.

Feminismo e estudos de gênero[editar | editar código-fonte]


A filósofa e feminista Simone de Beauvoir aplicou o existencialismo para a experiência de
vida da mulher: “Ninguém nasce mulher, torna-se”.[20] No contexto é um testamento
filosófico, entretanto é uma verdade sociológica – a maturidade em relação ao contexto
social é aprendida, não instintiva – e verdade nos estudos de gênero – a feminilidade
como uma aprendizagem social e cultural.
Dentro da teoria feminista a terminologia para as questões de gênero se desenvolveu por
volta da década de 1970. Na edição de 1974 do livro Masculine/Feminine or Human? de
Janet Sa autora usa “gênero inato” e “papéis sexuais aprendidos”, mas na edição de 1978,
o uso de sexo e gênero é invertido. Na década de 1980, a maioria dos escritos feministas
passaram a concordar no uso de gênero apenas para aspectos socioculturais adaptados.

Os estudos de gênero se iniciaram na década de 1960, na Europa e nos Estados Unidos,


em que outros grupos sociais, como os negros e homossexuais, também se organizavam
para reivindicar o direito à diferença. Nesses movimentos, embora as mulheres militassem
da mesma forma que os homens, seu papel era considerado secundário, com os homens
nas funções de comando dentro da militância, o que levou à problematização das
questões de gênero nesse contexto. No Brasil os estudos de gênero, também chamados
de relações de gênero, emergem durante a década de 1970/80, em torno da problemática
da “condição feminina”. Inicialmente acreditava-se que havia um problema da mulher, que
deveria ser pensado unicamente pelas mulheres, já que, durante séculos, os homens as
silenciaram e reprimiram. Na década de 1980 os estudos sobre a "condição feminina" dão
espaço aos estudos sobre as mulheres, já que não é possível falar de uma única
condição feminina no Brasil, e no mundo: há diferenças de classe, idade, raça/etnia,
orientação sexual. No entanto, permanece a referência a uma unidade biológica: todas as
mulheres se reconheceriam pela morfologia do sexo feminino (seios, vagina, útero). Na
década de 1990 chega ao Brasil o conceito de gênero, através das pesquisadoras
feministas norte-americanas, para assinalar que as características e comportamentos que
reputamos como naturais de um gênero são construções sociais e culturais e que,
portanto, não podem ser interpretadas como determinados por aspectos biológicos. A
partir de então, passa-se aos estudos de gênero, que buscam explicar como as
diferenças entre mulheres e homens são utilizadas para justificar, e até mesmo legitimar,
desigualdades.[13] Os estudos de gênero emergem na mesma época em que eclode a
chamada segunda onda do feminismo, revelando o diálogo entre o feminismo e as teorias
sociais, constituindo, também, base teórica e científica para a contestação das
desigualdades sociais entre mulheres e homens.[16]
Nos estudos de gênero, o termo gênero é usado para se referir às construções sociais e
culturais de masculinidades e feminilidades. Neste contexto, gênero explicitamente exclui
referências para as diferenças biológicas e foca nas diferenças culturais. Isto emergiu de
diferentes áreas: da sociologia nos anos 50; das teorias do psicanalista Jacques Lacan; e
no trabalho de feministas como Olympe de Gouges, Jeanne Deroin, Simone de
Beauvoir, Monique Wittig, Daniele Kergoat, Júlia Kristeva, Jane Flax, Carole
Pateman, Nancy Fraser, Joan Scott, Gayle Rubin, Christine Delphy e Judith Butler. A
distinção entre o componente social do sexo feminino e a sua base biológica é discutida
na contemporaneidade. A filósofa Judith Butler analisa, de maneira crítica, a dicotomia
entre sexo e gênero: para ela, os corpos sexuados podem ser base para uma variedade
de gêneros e que o gênero não se limita apenas às duas possibilidades usuais.[16] Esse
desdobramento do conceito de gênero foi dado nos anos 1990, através da teoria queer,
que questiona a normatividade heterossexual e ressalta o "aspecto socialmente
contingente e transformável dos corpos e da sexualidade".[21] Para Butler o gênero é
uma performance que se dá em qualquer corpo, "portanto desconectado da ideia de que
a cada corpo corresponderia somente um gênero".[22] Butler percebe o corpo da mesma
forma que o gênero, como um construto cultural, ressaltando o aspecto cultural/social da
vinculação entre sexo e gênero. "Com a proposição de gênero como performance, Butler
também vai solapar o peso metafísico da identidade (de gênero). Para ela, não há
identidades que precedam o exercício das normas de gênero, é o exercício mesmo que
termina por criar as normas. É a repetição das normas de gênero que promove isto, que
no pensamento da desconstrução chamamos de "duplo gesto". A repetição das normas
como performance se dá sempre ao mesmo tempo em que se dá a possibilidade de burlá-
las, de fazê-las nem verdadeiras, nem falsas".[22]

Status legal[editar | editar código-fonte]


O sexo masculino ou feminino das pessoas possui significância legal – sexo é indicado
em documentos legais, e leis agem diferentemente sobre homens e mulheres. Muitos
sistemas de pensão possuem idades de aposentadoria diferentes para homens ou
mulheres. O casamento é permitido geralmente para casais de sexo opostos.

A questão que surge é sobre o que determina alguém como masculino ou feminino. Na
maioria dos casos isto é tido como corriqueiro, mas a questão se complica para
pessoas intersexuais ou transgênero. Jurisdições diferentes têm adotado respostas
diferentes para esta questão. Praticamente todos os países permitem mudança do status
legal de gênero nos casos de intersexualidade, quando o gênero designado no
nascimento é considerado biologicamente incerto – tecnicamente, entretanto, esta não é
uma mudança de status por si. E um reconhecimento de um status que já existia, mas
desconhecido, no nascimento. Nos últimos tempos, jurisdições também têm provido de
procedimentos para mudanças no gênero legal de pessoas transgêneros.

O gênero designado, quando há indicações de que a genitália sexual pode não ser
decisiva em casos particulares é normalmente definida por uma série de condições,
incluindo cromossomos e gônadas. Assim, por exemplo, em muitas jurisdições uma
pessoa com cromossomos XY mas com gônadas femininas pode ser reconhecida como
feminina no nascimento.

A habilidade de alterar o gênero legal para pessoas transgêneros em particular têm


levantado o fenômeno em algumas jurisdições da mesma pessoa ter gêneros diferentes
para diferentes áreas da lei. Por exemplo, na Austrália, pessoas transexuais poderiam ser
reconhecidas como tendo o gênero que identificavam sob muitas áreas da lei, incluindo
a previdência social, mas não para a lei do casamento. Assim, por um período, foi
possível para a mesma pessoa ter dois gêneros diferentes sob a lei australiana.

Em sistemas federativos, é possível que uma mesma pessoa tenha um gênero sob a lei
estadual e outro sob a lei federal (e.g., quando a legislação de um estado reconhece
transições de gênero, e a legislação federal não).

Gênero e cooperação[editar | editar código-fonte]


Gênero, e particularmente os papéis da mulher são extensamente reconhecidos como
importantes para as questões de cooperação internacional. Isto muitas vezes significa um
foco em igualdade de gênero, garantindo participação, mas inclui um entendimento dos
diferentes papéis e expectativas dos gêneros dentro das comunidades.

Assim como endereçar as desigualdades diretamente, a atenção para questões de


gênero é considerada importante para o sucesso dos programas desenvolvidos, para
todos os participantes. Algumas organizações que trabalham em países em
desenvolvimento e na questão do desenvolvimento incorporaram a advocacia e
empoderamento das mulheres nos seus trabalhos. exemplo notável é a organização
ambiental queniana de Wangari Maathai chamada Green Belt.

Referências
1. ↑ Ir para:a b c Udry, J. Richard (novembro de 1994). «The Nature of Gender» (PDF). Demography. 31 (4): 561–
573. JSTOR 2061790. PMID 7890091. doi:10.2307/2061790
2. ↑ Ir para:a b c d e Haig, David (abril de 2004). «The Inexorable Rise of Gender and the Decline of Sex: Social Change
in Academic Titles, 1945–2001» (PDF). Archives of Sexual Behavior. 33 (2): 87–
96. PMID 15146141. doi:10.1023/B:ASEB.0000014323.56281.0d. Arquivado do original (PDF) em 15 de junho de 2012
3. ↑ Ir para:a b «What do we mean by "sex" and "gender"?». World Health Organization. Consultado em 26 de novembro
de 2015. Arquivado do original em 30 de janeiro de 2017
4. ↑ «GENDER». Social Science Dictionary. Consultado em 20 de março de 2015
5. ↑ Lindsey, Linda L. (2010). «Ch. 1. The Sociology of gender». Gender Roles: A Sociological Perspective (PDF). [S.l.]:
Pearson. ISBN 0-13-244830-0. Arquivado do original (PDF)em 5 de abril de 2015

6. ↑ «Guideline for the Study and Evaluation of Gender Differences in the Clinical Evaluation of Drugs» (PDF)
7. ↑ «Draft Guidance for Industry and Food and Drug Administration Staff Evaluation of Sex Differences in Medical Device
Clinical Studies». U.S. Food and Drug Administration. 19 de dezembro de 2011. Consultado em 3 de agosto de 2014

8. ↑ Yudkin, M. (1978). «Transsexualism and women: A critical perspective». Feminist Studies. 4 (3): 97–
106. JSTOR 3177542. doi:10.2307/3177542

9. ↑ Ir para:a b c SOARES, Mireya Suárez de (1995). «Enfoques feministas e antropologia» (PDF). Consultado em 18 de
outubro de 2013
10. ↑ MEAD, Margaret (2000). Sexo e temperamento. São Paulo: Perspectiva
11. ↑ Ir para:a b SCAVONE, Lucila (2008). «Estudos de gênero: uma sociologia feminista?» (PDF). p. 175.
Consultado em 22 de outubro de 2013
12. ↑ Money, John "Hermaphroditism, gender and precocity in hyperadrenocorticism: Psychologic findings', Bulletin
of the Johns Hopkins Hospital 96 (1955): 253–264. Traduzido da Wikipédia em inglês

13. ↑ Ir para:a b c d GROSSI, Miriam Pillar. «Identidade de gênero e sexualidade» (PDF). Consultado em 17 de
outubro de 2013
14. ↑ Ir para:a b c LIMA, Rita de Lourdes (2011). «Diversidade, identidade de gênero e religião: algumas
reflexões». Consultado em 17 de outubro de 2013
15. ↑ Roughgarden, Joan "Evolução do Gênero e da Sexualidade", Editora Planta
16. ↑ Ir para:a b c SCAVONE, Lucila (2008). «Estudos de gênero: uma sociologia feminista?» (PDF). Consultado
em 22 de outubro de 2013
17. ↑ SCAVONE, Lucila (2008). «Estudos de gênero: uma sociologia feminista?» (PDF). p. 173. Consultado em 22
de outubro de 2013

18. ↑ SCAVONE, Lucila (2008). «Estudos de gênero: uma sociologia feminista?» (PDF). p. 179. Consultado em 22
de outubro de 2013

19. ↑ GIDDENS, Anthony (2005). «Gênero e sexualidade». Sociologia. Porto Alegre: Artmed. pp. 101–127
20. ↑ De Beauvoir, Simone “O Segundo Sexo Vol. 2, pág. 9. Tradução Sérgio Millet, Ed. Nova Fronteira.
21. ↑ SCAVONE, Lucila (2008). «Estudos de gênero: uma sociologia feminista?» (PDF). p. 180. Consultado em 22
de outubro de 2013

22. ↑ Ir para:a b RODRIGUES, Carla (2012). «Performance, gênero, linguagem e alteridade: J. Butler leitora de J.
Derrida» (PDF). p. 150-151. Consultado em 22 de outubro de 2013

Ver também[editar | editar código-fonte]


Livro: Gênero
 Feminilidade
 Masculinidade
 Identidade de gênero
 Orientação Sexual
 Papel social de gênero
 Feminismo
 Sistema de género
 Gênero na ficção especulativa
S
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Não-binariedade
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p(Redirecionado de Agênero)
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np
ea
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qe Bandeira da visibilidade não binária
ug
Não-binariedade[nota 1],[1] género (português europeu) ou gênero (português
ia
brasileiro) não binário, gênero-
sçqueer (do inglês: genderqueer), generidade ou identidade não binária é um "termo
aãguarda-chuva" (que abarca várias identidades diferentes dentro de si) para identidades de
ogênero que não sejam integral e exclusivamente homem ou mulher, estando portanto fora
do binário de gênero e da cisnormatividade.[2][3] Academicamente, a não-binariedade
pode ser frequentemente agrupada à inconformidade de gênero.[4] Pessoas não binárias
podem ter variadas identidades de género, entre as quais:
 Bigênera (de dois gêneros)
 Pangênera (pessoa de todos os gêneros)
 Poligênera/Poligênero (pessoa de vários gêneros)
 Agênera (pessoa sem gênero)[5]
 Gênero neutro (pessoa que se identifica com um gênero neutro)
 Intergênera/Intergênero (gênero, de uma pessoa intersexo, que está entre as
binariedades)
 Demigênera (pessoa parcialmente homem ou mulher)
 Terceiro gênero (outro gênero que não seja homem ou mulher, incluindo pessoas que não
nomeiam seu gênero)[6]
 Gênero fluido (fluidez entre os gêneros)[7]

Índice

 1 Diferença entre gênero, expressão de gênero e sexo biológico

 2 Termos

 2.1 Bigeneridade

 2.2 Gênero fluido

 2.3 Ageneridade e gênero neutro

 2.4 Demigeneridade ou semigeneridade

 2.5 Poligeneridade ou pangeneridade

 3 História

 4 Bandeira

 5 Pessoas notáveis

 6 Discriminação e estado legal

 6.1 Estados Unidos

 6.2 Austrália

 6.3 Japão

 7 Ver também

 8 Notas

 9 Referências
Diferença entre gênero, expressão de gênero e sexo
biológico[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Diferença entre sexo e gênero

O sexo biológico refere-se ao corpo, e pode ser identificado à nascença por médicos com
base nas genitálias independentemente do gênero com que os bebês se possam vir a
identificar mais tarde. O sexo ser classificado em masculino, feminino, diádico, intersexo e
altersexo.[8] Embora existam classificações mais atuais, que tentam se desvencilhar das
terminologias tradicionais, levando em conta Ductos de Müller e de Wolff,
pessoas ovarianas, espermatogênicas, oogénicas, estrogênicas, vulvares, testiculares (te
sticuladas), ovotesticulares, microgaméticas e megagaméticas (ou macrogaméticas), que
podem ser diádicas ou intersexuais.[9]
O gênero é uma questão de autopercepção e não se prende com fatores externos. Uma
pessoa pode ser cis (identifica-se com o gênero designado ao nascer) ou trans
(transexualou transgênero). Sendo trans, pode identificar-se com um gênero binário
(homem ou mulher) ou não binário.[10]
Expressão de gênero resulta de uma combinação entre comportamento social e
maneirismos, com aparência (penteado, roupas...) interior ou exterior, e é geralmente
encarada como feminina ou masculina. Considera-se que quem não exibe um
alinhamento entre o que se considera feminino ou masculino é andrógino ou
inconformidade de gênero.[11]

Termos[editar | editar código-fonte]


Ver também: Linguagem neutra de gêneros gramaticais

Algumas pessoas género-queer preferem utilizar pronomes neutros ou epicenos, em


inglês são conhecidos "one", "ze", "hir", "ey" ou a versão singular de "they/their/them",
equivalentes a u/elu, ili/i, elx/x, @/el@ e ile/e propostos em nosso idioma,[12] enquanto há
quem prefira os pronomes pessoais binários convencionais "ela" ou "ele". Há ainda
pessoas gênero-queer que preferem que sejam referidas por pronomes alternados,
variando por exemplo entre "ele" e "ela", outras preferem não usar nenhum
pronomes.[13] Muitas pessoas não binárias podem preferir o uso de uma linguagem
neutra adicional para tratamento, tal como os títulos em inglês "Mx" ou "Mt" em vez de
"Mr." ou "Ms", equivalentes a senhoria, "sre." e "srte.", versões neutras advindas de
"sr(a)." e "srt(a)."
Genderqueer foi uma das 56 opções de identidade de gênero adicionadas ao Facebook
em Fevereiro de 2014.[14]
Ao contrário do que se possa pensar, a identificação com gêneros não binários não tem
qualquer correlação necessária com o facto de alguém ser, ou não, intersexual.

Bigeneridade[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Bigênero


Identificação dupla (a pessoa pode pertencer tanto ao gênero feminino quanto ao gênero
masculino ou tanto ao gênero neutro quanto ao indefinido, por exemplo), podendo ela ser
estável ou fluída. Alguns indivíduos bigêneros expressam duas identidades de gênero,
distintas ou simultâneas.

Gênero fluido[editar | editar código-fonte]

Bandeira da fluidez de gênero

O gênero com que a pessoa gênero-fluída se identifica varia através do tempo: às vezes
sente-se cis, outras vezes trans binária, outras vezes trans não-binária, noutras identifica-
se com vários gêneros, parcialmente, indefinidos ou com nenhum. A velocidade com que
o gênero muda varia de pessoa para pessoa, pode ser gradual, súbita, constantes,
inconstantes, mensais, anuais ou diárias, podendo ser entre gêneros totalmente opostos.
Além disso, gênero fluido não é uma mistura de identidades — é uma identidade própria,
e as fluências de gênero não precisam necessariamente abranger todo o espectro de
gênero.[15]
Ageneridade e gênero neutro[editar | editar código-fonte]

Bandeira da neutralidade de gênero

Apesar de tenderem a confundir-se, e de várias pessoas aplicarem a si mesmas ambos


os termos, implicam coisas diferentes: o primeiro associa-se à negação de uma
identificação, enquanto que o segundo é uma identificação-própria, relativamente aos
gêneros binários.

 Agênero: significa "sem gênero", e quer dizer que a pessoa não se identifica com nenhum
gênero.[16] Não confundir com agênere.
 Neutrois: identifica-se como sendo gênero neutro. É diferente de não ter gênero. Pode ser
estático ou fluído.
Demigeneridade ou semigeneridade[editar | editar código-fonte]

Demigênero ou semigênero implica uma conexão parcial em relação a um certo gênero,


sendo um termo guarda-chuva que engloba, por exemplo, demiboy (semigaroto,
semimenino, demimenino ou demigaroto, alguém que se identifica parcialmente com o
gênero masculino) ou demigirl (semigarota, semimenina, demimenina ou demigarota,
alguém que se identifica parcialmente com o gênero feminino).[17][18]
Poligeneridade ou pangeneridade[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Pangênero

Identificação com vários gêneros ou todos os gêneros, dentro de sua cultura, experiência
de vida e neurotípo (de uma vez só ou fluindo, podendo haver um fluxo na intensidade ou
não).[19] Possuem dois ou mais gêneros.

História[editar | editar código-fonte]


A palavra genderqueer tem origem nos anos 1990, e começou por ser chamada "Gender
Queer" antes que se tornasse uma única palavra. O significado original era literalmente
"queer gender", traduzido para português como "género estranho".

O uso mais antigo da palavra é atribuído a Riki Anne Wilchins, ativista dos direitos LGBT+,
que utilizou o conceito na primavera de 1995 na newsletter In Your Face.

Muitas culturas e grupo étnico adotaram conceitos de papéis tradicionais de gênero-


variante, por volta do século XVIII. hijra e dois-espíritos, por exemplo. Estas identidades
eram comumente análogas a não-binariedade, como se não se classificassem na
ideia ocidental de papéis binários de gênero.[20]
Na tradição judaica, há identidades como androgynos (em hebraico: ‫ אנדרוגינוס‬,
"andrógino") e tumtum (em hebraico: ‫ טומטום‬, "escondido"), que respectivamente,
representam pessoas que naturalmente possuam ambas as características femininas e
masculinas, e a ausência delas.[21][22][23]

Bandeira[editar | editar código-fonte]

A bandeira genderqueer.

Ver artigo principal: Simbologia LGBT

Criada por Marilyn Roxie em 2011, a bandeira de orgulho gênero-queer e não binário
consiste em três riscas horizontais e foi criada para complementar as atuais bandeiras de
gênero e sexualidade.[24]
A risca roxa, mistura de azul e rosa (cores tradicionalmente associadas com homens e
mulheres, respectivamente), representa a androginiae "queerness" (queeridade). O
branco simboliza agênero, refletindo o uso de branco na bandeira trans para gêneros
neutros, e o verde representa todos cuja identidade está fora do gênero binário.[25]
Em 2013, Roxie clarificou que a semelhança entre as cores desta bandeira e a
da Women's Social and Political Union, uma organização de sufrágio baseada no Reino
Unido, não era intencional.[26]

Pessoas notáveis[editar | editar código-fonte]


 Angel Haze, rapper de origem norte-americana, identifica-se como agênera, tendo
revelado a sua identidade de gênero publicamente em Fevereiro de 2015. O seu pronome
pessoal de escolha é o "singular they".[27]
 Ruby Rose, atriz, modelo e DJ australiana, identifica-se como gênero fluido. O seu
pronome pessoal de escolha é "ela".
 Nico Tortorella, ator e modelo estadunidense, identifica-se como gênero fluido, tendo
vindo a público como tal em 2016.
 Linn da Quebrada, atriz, cantora, compositora, travesti e ativista social brasileira. Ela se
define como terrorista de gênero.[28]
 Triz Rutzats, rapper paulista, indivíduo transgênero e não-binário. Usa-se denotações em
linguagem neutra.[29]
 Matheusa Passareli, pessoa não binária, estudante e assassinada aos 21 anos.[30][31]

Discriminação e estado legal[editar | editar código-fonte]

Reconhecimento de identidades não binárias no mundo

Estados Unidos[editar | editar código-fonte]


A maioria dos interrogados no questionário "National Transgender Discrimination Survey"
escolheu a opção "Um gênero não listado aqui" (em inglês: Question 3 Gender Not Listed
Here, Q3GNLH). Destes, 90% reportaram testemunhar preconceitos anti-trans no local de
trabalho e 43% reportaram ter tentado cometer suicídio.[32]
Austrália[editar | editar código-fonte]
Desde 2003 os cidadãos australianos podem escolher "X" como opção para marcar o seu
gênero no passaporte.[33]
Japão[editar | editar código-fonte]
No Japão, o "X-gender" é um terceiro género e identidade genderqueer conhecida

como X ジェンダー.

Ver também[editar | editar código-fonte]


 Transgênero
 Dois-espíritos
 Travestilidade
 Transfeminismo
 Queer
 Androginia
 Terceiro gênero
 Sistema de gênero

Notas
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Homens que fazem sexo com homens
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ia Interpretação artística de Paul Avrildo relacionamento homossexual de Adriano e Antínoo.

Homens que Fazem Sexo com Homens (HSH) é uma expressão de cariz

opredominantemente médica, criada na década de 1990 por epidemiologistas, com o
objectivo de estudarem a propagação de doenças sexualmente transmissíveis,
delimitando um grupo demográfico de estudo consubstanciado nos indivíduos do sexo
masculino que, frequente ou esporadicamente, têm actividade sexual com outros
indivíduos também do sexo masculino.

Empregam-se igualmente variantes como "Homens que Têm Sexo com Homens" ou
"Homens que Realizam Sexo com Homens. HSH deriva do original inglês "Men Who
Have Sex With Men" (MSM).

A expressão contém a ideia segundo a qual há homens, independentemente da forma


como se identificam a si mesmos, que optam por não aceitar (ou não podem fazê-lo, por
estarem psíquica ou socialmente constrangidos a um ambiente culturalmente
conservador) identidades sociais de homossexuais ou bissexuais.[1][2][3][4][5] Não é
incomum homens que socialmente se identificam como heterossexuais terem
episodicamente contactos sexuais com outros homens, sem que os próprios se
considerem homo ou bissexuais.
O termo foi criado na década de 1990 por epidemiologistas, com o objectivo de estudar a
propagação de doenças sexualmente transmissíveis (ou infecções sexualmente
transmissíveis) entre os homens que fazem sexo com homens, independentemente
da identidade sexual.[2]
O termo HSH é frequentemente utilizado na literatura médica e em investigação social
para descrever esses homens como um grupo de estudo de investigação, sem considerar
questões de auto-identificação.

No Brasil, o termo também passou a ser usado pelo Ministério da Saúde em campanhas
de prevenção a Aids e doenças sexualmente transmissíveis.[6][7]
Em Portugal, apesar de disseminada entre a comunidade médica e nos média, a
expressão HSH é intrigante para muitos, que julgam estar em causa um eufemismo para
homossexualidade (o que tem um fundo de verdade, pois o objectivo inicial dos
epidemiologistas terá sido o de definir actos e não identidades sexuais).

Ver também[editar | editar código-fonte]


 Mulheres que fazem sexo com mulheres
 Heteronormatividade

Referências
1. ↑ «MSM in Africa: highly stigmatized, vulnerable and in need of urgent HIV prevention»
2. ↑ Ir para:a b «UNAIDS: Men who have sex with men» (asp). UNAIDS. Consultado em 24 de julho de 2008
3. ↑ Greenwood, Cseneca; Mario Ruberte (9 de abril de 2004). «African American Community and HIV (Slide 14 mentions
TG women)» (ppt). East Bay AIDS Education and Training Center. Consultado em 24 de julho de 2008
4. ↑ Operario D, Burton J, Underhill K, Sevelius J (2008). «Men who have sex with transgender women: challenges to
category-based HIV prevention». AIDS Behav. 12 (1): 18–26. PMID 17705095. doi:10.1007/s10461-007-9303-y

5. ↑ Operario D, Burton J (2000). «HIV-related tuberculosis in a transgender network--Baltimore, Maryland, and New York
City area, 1998-2000». MMWR Morb. Mortal. Wkly. Rep. 49 (15): 317–20. PMID 10858008

6. ↑ «Gays e HsH». Mix Brasil. 26 de março de 2008. Consultado em 31 de julho de 2009


7. ↑ «Plano inédito estabelece metas para combater a aids entre gays, HSH e travestis». Ministério da Saúde -
Departamento de DST e Aids. 25 de março de 2008. Consultado em 31 de julho de 2009

Este artigo sobre LGBT é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

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Pansexualidade
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Símbolo da pandade
Parte da série sobre
Orientação sexual
Orientações[Expandir]

Conceitos alternativos[Expandir]

Pesquisas[Expandir]

 Categoria
 v
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Bandeira da Visibilidade Pansexual

A pansexualidade, onissexualidade ou omnissexualidade, é caracterizada pela


atração sexual ou amorosa entre pessoas, independentemente do sexo ou identidade de
gênero, ou por todos os gêneros.

A palavra pansexual deriva do prefixo grego pan-, que significa "tudo" ou "todos". Este
"todos" inclui gêneros binários e não-binários. Em sua forma mais simples,
pansexualidade denota o potencial de atração sexual por todos os sexos ou gêneros.
Pessoas pansexuais podem sentir atração sexual por indivíduos que se identificam como
homem ou mulher, assim como por pessoas que podem ser identificadas por
outras identidades sexuais.

Algumas pessoas trans e intersexuais se descrevem como "pansexuais", tendo uma


percepção íntima que existem muitas gradações entre o masculino e o feminino. Contudo
isto não deve ser visto como generalização, já que as pessoas trans podem se identificar
como heterossexuais, bissexuais ou homossexuais com base em sua identidade de
gênero, e pessoas cisgênero podem também ser atraídas por indivíduos de qualquer faixa
do espectro sexual.
O prefixo pan- refere-se apenas aos gêneros e não a práticas sexuais. Portanto,
pansexualidade não implica aceitação de todos os comportamentos sexuais, como
as parafilias, por exemplo. A pansexualidade refere-se ao papel do gênero na atração
sexual e não aos atos e comportamentos sexuais.

O dia internacional em que se celebra a pansexualidade é o dia 8 de Dezembro.

Índice

 1 Pansexualidade versus Bissexualidade (versus Polissexualidade)

 1.1 Convenção

 2 Invisibilidade da pansexualidade

 3 Referências

Pansexualidade versus Bissexualidade (versus


Polissexualidade)[editar | editar código-fonte]
Bissexualidade é frequentemente utilizado como termo guarda-chuva que denota atração
por pelo menos dois gêneros(os gêneros similares e os diferentes), dessa forma inclui
todos os casos que não são de uma mono-sexualidade, outra uso comum é para referir a
quem sente atração por apenas homens e mulheres, ambas os usos estão corretos.
Tendo em vista o segundo uso a polissexualidade é utilizada como forma de escapar das
definições binárias de gênero, sendo então a pansexualidade a atração por pessoas
independente do gênero.

Convenção[editar | editar código-fonte]


Atualmente convencionou-se que a diferença entre bissexualidade e pansexualidade é
que, enquanto uma pessoa que se auto-domina bissexual reconhece os diferentes
gêneros e os encara de forma diferente (podendo a percepção de diferenças levar a uma
atração de diferentes graus conforme o gênero), uma pessoa pansexual sente atração por
todos os gêneros sem fazer distinção, por isso é definida como atração
independentemente do gênero.[1] Há ainda pessoas que se consideram polisexuais e que,
apesar de não sentirem atração por todos os gêneros (não se considerando pansexuais),
não partilham da percepção da bissexualidade.
Invisibilidade da pansexualidade[editar | editar código-fonte]
Por ainda haver um grande desconhecimento relativamente a gêneros fora da concepção
binária há muitos pansexuais que se auto-denominam bissexuais, os possíveis motivos
disso são os seguintes:

 Praticidade: para facilitar a compreensão por parte daqueles que não tem conhecimento
sobre o tema ou até mesmo preconceituosas, de forma a evitar perguntas e
constrangimentos.
 Desconhecimento: pelo desconhecimento das diferenças entre os termos.

Referências
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Polissexualidade
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eaParte da série sobre
vs Orientação sexual
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Bandeira do orgulho polissexual

Polissexualidade é a atração por vários gêneros. Uma pessoa polissexual é "abrangente


ou caracterizada por diferentes tipos de sexualidade." [1] Os autores Linda Garnets e
Douglas Kimmel afirmam que polisexual é uma identidade sexual "que é utilizado por
pessoas que reconhecem que o termo bissexual retifica a dicotomia de gênero que
fundamenta a distinção entre a heterossexualidade e a homossexualidade, o que implica
que a bissexualidade é nada mais do que uma combinação híbrida destas dicotomias de
gênero e sexuais. [2] No entanto, é possível argumentar que a bissexualidade, na verdade,
não impõe uma dicotomia de gênero. Ativistas bissexuais muitas vezes argumentam que
a parte "bi" pode referir-se aos mesmos gêneros e o que são diferentes.[3]

Âmbito de aplicação e aspectos culturais[editar | editar código-fonte]


A polisexualidade é distinta do poliamor, o desejo de estar intimamente envolvido com
mais de uma pessoa ao mesmo tempo, ou pansexualidade, que é a atração para todos os
gêneros e sexos. A polisexualidade engloba vários, mas não necessariamente todas as
sexualidades.[4]
A polisexualidade é um termo de auto-identificação, que é algo amorfo,[5] como há uma
grande variedade de diferentes pessoas que usam o termo para descrever a si
mesmas.[6] A identidade polissexual está relacionada à identidade de gênero e é usada
por algumas pessoas que se identificam fora do espectro binarista de sexo. Pessoas que
referem a si mesmas como polissexual podem ser atraídas por pessoas transexuais,
pessoas do terceiro gênero dois espíritos, genderqueer, além de pessoas que
são intersexuais. No entanto, a polisexualidade não tem de ser a atração exclusiva em
relação aos não-binário de gêneros ou os sexos, embora possa ser.[carece de fontes]As
pessoas que se identificam como polissexual ainda podem ser atraídas por um ou ambos
gêneros e sexos binários.
A relação entre religião e sexualidade varia muito entre os sistemas de crenças, com
alguns proibindo o comportamento polissexual e outros incorporando-os em suas
práticas.[7] Grandes religiões monoteístas geralmente proíbem atividades polissexuais.[7]

Notas[editar | editar código-fonte]


1. ↑ Simpson, John (ed.) (2009).
2. ↑ Com Granada, Linda; Kimmel, Douglas C. (2003).
3. ↑ «www.biresource.net»
4. ↑ Conselho, Mykel.
5. ↑ Kaloski, Ann (1999).
6. ↑ Som, Indigo Chih-Lien.
7. ↑ Ir para:a b Hutchins, Loraine; Williams, H. Sharif (2011).
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Amor livre
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Anarquismo
Correntes[Expandir]
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História[Expandir]
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svPrincípios[Expandir]
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Estratégias
ug de luta[Expandir]

iaEconomia[Expandir]

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Relacionados[Expandir]

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uma série acerca do
Socialismo
Libertário

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significativos[Expandir]

Tópicos
relacionados[Expandir]

 Anarquia
 Comunismo
 Política
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 e
O termo amor livre tem sido utilizado desde o século XIX para descrever o movimento
social que rejeita o casamento e despreza estereótipos e que acredita no amor sem posse,
controle ou nome. O amor livre surgiu enquadrado no seio do movimento anarquista, em
conjunto com a rejeição da interferência do Estado e da Igreja na vida e nas relações
pessoais. Alguns defensores do amor livre consideravam que tanto os homens como as
mulheres tinham direito ao prazer sexual, o que na era vitoriana era profundamente
radical.[1]
Embora o amor livre seja presentemente reduzido em sua complexidade a promiscuidade,
em referência ao movimento hippie das décadas de 1960 e 1970, historicamente o
movimento pelo amor livre não defendia especificamente relações de curto-prazo ou a
existência de múltiplos parceiros sexuais. Os proponentes do amor livre consideravam
que uma relação de amor aceite livremente por ambos os parceiros nunca deveria ser
regulada pela lei, pelo que a prática do amor livre poderia incluir relações monógamas de
longo prazo ou mesmo o celibato, mas não qualquer forma institucional de monogamia
ou poligamia, por exemplo.[carece de fontes]
Os movimentos do amor livre lutaram mais fortemente contra as leis que impediam a vida
em comum de um casal não casado face ao Estado ou à Igreja, bem como as que
regulavam o adultério, o divórcio, a idade de consentimento, o controle de natalidade,
a homossexualidade, o aborto e as leis sobre obscenidade, que limitavam o direito à
discussão pública de assuntos relacionados a sexualidade. A revogação pelo casamento
de alguns direitos civis, mesmo que parcialmente, foi também motivo de preocupação
entre os defensores do amor livre, por exemplo, quando uma violação que ocorre num
casamento é tratada de forma mais leve que uma violação que ocorre fora do mesmo. No
século XX, alguns proponentes do amor livre alargaram a crítica à instituição do
casamento argumentando que este encoraja a possessividade emocional e dependência
psicológica.[carece de fontes]

Ver também[editar | editar código-fonte]


 Amor
 Autogestão
 Grupo de afinidade
 Poliamor
 Sexualidade
Referências
1. ↑ McElroy, Wendy. "The Free Love Movement and Radical Individualism." Libertarian Enterprise .19 (1996): 1.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]


 Victoria Woodhull, Free Lover: Sex, Marriage And Eugenics in the Early Speeches of
Victoria Woodhull (Seattle: Inkling, 2005) ISBN 1-58742-050-3
 Stoehr, Taylor, ed. Free Love in America: A Documentary History (New York: AMS Press,
1977).
 Sears, Hal, The Sex Radicals: Free Love in High Victorian America (Lawrence, KS: The
Regents Press of Kansas, 1977
 Joanne E. Passet, Sex Radicals and the Quest for Women’s Equality. Champaign:
University of Illinois Press, 2003. ISBN 0-252-02804-X.
 Martin Blatt, Free Love and Anarchism: The Biography of Ezra Heywood (Urbana:
University of Illinois Press, 1989)
 Barbara Goldsmith, Other Powers: The Age of Suffrage, Spiritualism, and the Scandalous
Victoria Woodhull, 1999, ISBN 0-06-095332-2
 Françoise Basch, Rebelles américaines au XIXe siècle : mariage, amour libre et
politique (Paris : Méridiens Klincksieck, 1990)
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Pomossexualidade
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Este artigo é órfão, pois não contém artigos que apontem para ele.
a Por favor, ajude criando ligações ou artigos relacionados a este tema.

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ia da série sobre
sç Orientação sexual

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Orientações[Expandir]

Conceitos alternativos[Expandir]

Pesquisas[Expandir]

 Categoria
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 e
Pomossexual é uma palavra-valise dos termos pomo - uma abreviação de pós-
modernismo - e sexual; ela é um neologismo utilizado para descrever indivíduos que
evitam classificar de orientações sexuais, tais como heterossexual e homossexual.[1] Ela
não deve ser confundida com a assexualidade, que é uma orientação sexual, e é utilizada
para descrever indivíduos que não experimentam atração sexual.[2]

Índice

 1 Etimologia

 1.1 Origem

 2 Ver também

 3 Referências

 4 Ligações externas

Etimologia[editar | editar código-fonte]


Pomossexualidade é formada ao se adicionar o prefixo pomo- (estenografia para pós-
moderno) para o adjetivo -sexual, e é utilizado em referência a si próprio como um
protesto contra tais rótulos.[3]
Origem[editar | editar código-fonte]
Carol Queen e Lawrence Schimel, editores e escritores ativistas do sexo-positivo,
popularizaram o termo, ao utilizá-lo como título de
uma antologia de dissertações publicada em 1997. Nela, eles
descrevem pomossexualidade como a realidade do "erótica" além das limitações
do gênero, do separatismo, e do essencialismo das noções de orientação sexual." Na
introdução eles afirmam,

Nós não propomos que 'pomossexual' substitua GLBT&S. Nós não estamos interessados em
“ ”
adicionar ainda outro nome novo à enorme quantidade que nós já temos, embora nós
reconheçamos a utilidade de possuir um nome pelo qual todos GLBT&Ss possam ser
chamados. 'Pomossexual' faz referência a homossexualidade ao mesmo tempo em que
descreve os exteriores à comunidade, os queers queer, que parecem não conseguir ficar
parados em uma só identidade simples e agradável. Nós cunhamos o termo para situar o este
livro e suas dissertações em conjunto e na relação à comunidade GLBT&S. Ele é em todos
aspectos um artefato de, e de várias maneiras uma repercussão para, esta comunidade--ou
mais, para determinados pressupostos mantidos amplamente com e/ou sobre ele, pressupostos
essencialistas sobre o que significa ser queer. Nós reagimos contra estes pressupostos, do
mesmo modo que o pós-modernismo da arte foi uma reação contra o Modernismo."[4]
O andrologista Sudhakar Krishnamurthy afirmou que ele sentia isso mais como um rótulo
de modismo ou estilo de vida; ele afirma "Agora é moderno pertencer a uma nova
categoria. Até onde a pomossexualidade vai, a moda é não acreditar em nenhuma das
comportamentalizações."[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]


 Assexualidade
 Bissexualidade
 Metrossexual
 Pansexualidade
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Monogamia
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Escultura de bronze de um casal cassubiano idoso localizada na praça Kaszubski, Gdynia, Polônia.

Monogamia é uma forma de relacionamento em que um indivíduo tem apenas um


parceiro durante a sua vida ou durante períodos (a monogamia serial), em comparação
com a poligamia, poliandria, ou poliamor.[1] O termo também é aplicado
ao comportamento social de alguns animais, que têm apenas um companheiro sexual por
vez.
É importante ter uma compreensão clara da nomenclatura do termo "monogamia", porque
os cientistas usam-no para diferentes tipos de relacionamentos. Os biólogos,
antropólogos biológicos, comportamentais e ecologistas costumam usar o termo
monogamia no sentido sexual, se não genético.[2] Os pesquisadores biológicos modernos
usam a teoria da evoluçãohumana aproximar a monogamia como o mesmo em espécies
animais não-humanos e humanos . Eles postulam os quatro aspectos da monogamia
seguintes:
 Monogamia civil refere-se a casamentos de apenas duas pessoas.
 Monogamia social refere-se a dois parceiros que vivem juntos, fazem sexo e
colaboraram na aquisição de recursos básicos, como moradia, comida e dinheiro.
 Monogamia sexual refere-se a dois parceiros exclusivamente sexuais, que não têm
outros parceiros sexuais.[3]
 Monogamia genética refere-se relações sexualmente monogâmicas com evidência
genética de paternidade.[3]
Quando os antropólogos culturais ou sociais e outros cientistas sociais usam o termo
monogamia, o significado é a monogamia social, ou marital[3] A monogamia civil podem
distinguir-se ainda entre: casamento uma vez na vida; casamento com apenas uma
pessoa de cada vez, em contraste com a bigamia ou a poligamia;[1] e monogamia em
série, um novo casamento após a morte do cônjuge ou o divórcio. Aspectos legais da
monogamia humana são ensinados nas faculdades de direito. Há também aspectos
filosóficos em disciplinas como antropologia filosófica, filosofia da religião e teologia.
Em animais é comum o comportamento monogâmico, a poliginia, poliandria e a
promiscuidade. Essas classificações variam de espécie para espécie. Um exemplo de
monogamia é encontrado no maior representante da família Psittacidae no mundo, A
Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus). Para reproduzirem elas foram um único par,
permanecendo fiel até a morte. O casal fica o tempo todo junto em período reprodutivo ou
não,[4] dividindo atividades como cuidados com o ninho e os filhote. Quanto a nidificação,
ultilizam por décadas a mesma cavidade, permanecem fiéis ao seus sítios.[5] Esse
comportamento também ocorre em rouxinol (Luscinia megarhynchos). essa ave além de
ter um canto muito chamativo e usa-lo como ferramenta de conquista para conseguir
reproduzir, ele é muito cuidadoso tanto com a fêmea quanto com o filhote. As fêmeas
podem inclusive selecionar o macho através do canto. o macho após a cópula defende a
fêmea e o seu território, provê alimento durante o período de incubação e também
durante o crescimento da prole. o macho é uma figura influente para o desenvolvimento
dos filhos e a fêmea, por sua vez ajuda também nos cuidados com os filhotes.[6]

Índice

 1 Etimologia

 2 Incidência em humanos

 2.1 Incidência de monogamia social


 2.2 Incidência de monogamia sexual

 2.3 Incidência de monogamia genética

 3 Desenvolvimento evolutivo e histórico

 3.1 Argumentos biológicos

 3.2 Argumentos culturais

 4 Ver também

 5 Referências

 5.1 Bibliografia

 6 Ligações externas

Etimologia[editar | editar código-fonte]


A palavra monogamia vem do grego μονός, monos, o que significa "um" ou "sozinho",
e γάμος, gamos, que significa casamento.[1]

Incidência em humanos[editar | editar código-fonte]


Incidência de monogamia social[editar | editar código-fonte]

Casamento cristão em Quioto, Japão

De acordo com o Atlas Etnográfico, das 1.231 sociedades analisada em todo o mundo,
186 eram monogâmicas; 453 tinham poligamiaocasional; 588 tinha poligamia com mais
frequência; e 4 tiveram registros de poliandria [7] No entanto, isso não leva em conta a
população relativa de cada uma das sociedades estudadas e a prática da poligamia em
uma sociedade tolerante pode realmente ser baixa, sendo que a maioria dos polígamos
praticam também o casamento monogâmico.[8]
Muitas sociedades que consideramos monogâmicas na verdade permitem um processo
de divórcio simples e rápido. Em muitos países ocidentais, as taxas de divórcio se
aproximam de 50%. Aqueles que se casam acabam por casar novamente, em média, 3
vezes ao longo da vida. O divórcio e um novo casamento podem, portanto, resultam na
chamada "monogamia em série", ou seja, múltiplos casamentos, mas apenas um de cada
vez. Isto pode ser interpretado como uma forma de acasalamento plural, como são
aquelas em sociedades dominadas por famílias chefiadas por mulheres no Caribe, Ilhas
Maurícias e no Brasil, onde há rotação frequente de parceiros não casados.[9]
Incidência de monogamia sexual[editar | editar código-fonte]
A incidência da monogamia sexual pode ser grosseiramente estimada pela porcentagem
de pessoas casadas que não se envolvem em relações sexuais extraconjugais. O
"Standard Cross-Cultural Sample" descreve a quantidade de sexo extraconjugal feito por
homens e mulheres em mais de 50 culturas pré-industriais. A quantidade de sexo
extraconjugal por homens é descrita como "universal" em seis culturas, "moderada" em
29 culturas, "ocasional" em seis culturas e "incomum" em 10 culturas. A quantidade de
sexo extraconjugal por mulheres é descrita como "universal" em seis culturas, "moderada"
em 23 culturas, "ocasional" em nove culturas e "incomum" em 15 culturas. Estes
resultados apoiam a alegação de que a quantidade de sexo extraconjugal difere entre
culturas e sexos diferentes.[10][11]
Pesquisas recentes realizadas em países não-ocidentais também encontraram diferenças
culturais e de gênero nas relações sexuais extraconjugais. Um estudo do comportamento
sexual na Tailândia, Tanzânia e Costa do Marfim sugere cerca de 16-34% dos homens se
envolvem em relações sexuais extraconjugais, enquanto uma porcentagem (não
declarada) muito menor de mulheres se envolvem em relações sexuais
extraconjugais.[12] Estudos na Nigéria estimaram que cerca de 47-53% dos homens e 18-
36% das mulheres se envolvem em relações sexuais extraconjugais.[13][14] Um estudo
de casais que coabitam no Zimbabwe em 1999 relata que 38% dos homens e 13% das
mulheres que tiveram relações sexuais extraconjugais nos últimos 12 meses.[15]
A questão do sexo extraconjugal foi examinado com frequência nos Estados Unidos.
Muitas pesquisas que perguntaram sobre sexo extraconjugal nos Estados Unidos têm
estimados com amostras de conveniência. Em uma amostra de conveniência, os
questionários são distribuídos a quem passa a ser facilmente disponível (por exemplo,
estudantes universitários voluntários ou leitores da revista voluntário). As amostras de
conveniência não refletem com precisão a população dos Estados Unidos como um todo,
o que pode causar sérias distorções nos resultados da pesquisa. Não deveria ser
surpreendente, portanto, que as pesquisas de sexo extraconjugal nos Estados Unidos
produziram resultados muito diferentes. Esses estudos relatam que cerca de 12-26% das
mulheres casadas e 15-43% dos homens casados se envolveram em relações sexuais
extraconjugais.[16][17][18]A única maneira de obter estimativas cientificamente confiáveis
sobre sexo extraconjugal é usar amostras nacionalmente representativas. Três estudos
utilizaram amostras representativas em termos nacionais. Esses estudos descobriram que
cerca de 10-15% das mulheres e 20-25% dos homens se envolveram em relações
sexuais extraconjugais.[19][20][21]
Uma oficial da Marinha dos Estados Unidos beija sua noiva ao desembarcar.

Uma pesquisa feita por Colleen Hoffon com 566 casais de homens homossexuais na Área
da Baía de São Francisco, na Califórnia, descobriu que 45% mantinham relações
monogâmicas. Esse estudo foi financiado pelo National Institute of Mental Health.[22] No
entanto, a Human Rights Campaign afirmou, com base em um relatório do Instituto
Rockway, que "muitos jovens LGBTs ... querem passar sua vida adulta em um
relacionamento de longo prazo e criar filhos". Especificamente, mais de 80% dos
homossexuais pesquisados esperavam estar em um relacionamento monogâmico depois
dos 30 anos de idade.[23]
A maioria das pessoas casadas permanecem sexualmente monógamas durante seus
casamentos. O número de pessoas casadas que se envolvem em relações sexuais
extraconjugais nunca é superior a 50% em estudos com amostras grandes ou
nacionalmente representativas. No entanto, a incidência da monogamia sexual varia entre
culturas. Pessoas em determinadas culturas são mais sexualmente monógamas do que
pessoas de outras culturas.[carece de fontes]
Incidência de monogamia genética[editar | editar código-fonte]
A incidência de monogamia genética pode ser estimada a partir de taxas de paternidade
extra-par, que é quando prole criada por um casal monogâmico vêm do acasalamento da
mulher com outro homem. As taxas de paternidade extra-par não têm sido
extensivamente estudadas na população. Muitos relatos de paternidade extra-par são
pouco mais de cotações com base em boatos, anedotas e em resultados não
publicados.[24] Simmons, Firman, Rhodes e Peters avaliaram 11 estudos publicados
sobre paternidade extra-par em vários locais nos Estados Unidos, França, Suíça, Reino
Unido, México e entre os índios ianomâmis da América do Sul.[25] As taxas de
paternidade extra-par variaram de 0,03% a 11,8%, embora a maioria dos locais tenham
tido baixas percentagens. A taxa média deste tipo de paternidade foi de 1,8%. Uma
análise separada de 17 estudos por Bellis, Hughes, Hughes e Ashton encontrou taxas
ligeiramente superiores de paternidade extra-par. As taxas variam de 0,8% a 30% nesses
estudos, com uma taxa média de 3,7%.[26] Uma gama de 1,8% a 3,7% de paternidade
extra-par implica uma gama de 96% a 98% de monogamia genética. Embora a incidência
de monogamia genética possa variar de 70% a 99% em diferentes culturas ou ambientes
sociais, uma grande percentagem de casais permanecerem geneticamente monogâmicos
durante as suas relações. Um artigo que revisou outros 67 outros estudos relatou que a
paternidade extra-par em diferentes sociedades que varia de 0,4% a mais de 50%.[27]
Erros de linhagem são uma bem conhecidos fonte de erro em estudos médicos. Quando
são feitas tentativas para tentar estudar aflições médicas e seus componentes genéticos,
torna-se muito importante para entender as taxas não-paternidade e erros de linhagem.
Existem inúmeros procedimentos que existem para corrigir os dados das pesquisas para
erros de linhagem em softwares.[28][29][30]
Desenvolvimento evolutivo e histórico[editar | editar código-fonte]

Um par de aves da espécie Nestor meridionalis no zoológico de Auckland, Nova Zelândia.

Argumentos biológicos[editar | editar código-fonte]


A monogamia, ou pelo menos a monogamia social, não existe em muitas sociedades ao
redor do mundo,[31] o que é importante para entender como esses sistemas de
casamento podem ter evoluído. Em todas as espécies, há três aspectos principais que se
combinam para promover um sistema de acasalamento monogâmico: cuidados parentais,
o acesso a recursos e a escolha de um companheiro;[3] no entanto, em seres humanos,
as principais fontes teóricas da monogamia são o cuidado parental e tensões ecológicas
extremas.[2] O cuidado parental deve ser particularmente importante em humanos devido
à exigência nutricional extra de terem cérebros maiores e um período de desenvolvimento
mais longo.[32][33][34] Portanto, a evolução da monogamia pode ser um reflexo deste
aumento da necessidade de cuidar da prole.[32][33][34] Da mesma forma, a monogamia
deve evoluir em áreas de tensão ecológica, porque o sucesso reprodutivo masculino deve
ser maior se os seus recursos estão focados em garantir a sobrevivência da prole ao
invés de procurar outros companheiros.[2] No entanto, as evidências não apoiam estas
alegações.[2] Devido à sociabilidade extrema e ao aumento da inteligênciados humanos,
o Homo sapiens têm resolvido muitos dos problemas que geralmente levam a monogamia,
como os mencionados acima.[2]Por exemplo, a monogamia é certamente correlacionada
com o cuidado parental, como mostrado por Marlowe,[33] mas não é causado por ele
causado porque os seres humanos diminuem a necessidade de cuidados parentais do
casal com a ajuda de irmãos e outros membros da família na criação dos filhos.[2] Além
disso, a inteligência humana e a cultura material permitem uma melhor adaptação à
diferentes e hostis áreas ecológicas, reduzindo, assim, o nexo de causalidade e até
mesmo correlação do casamento monogâmico e climas extremos.[2]
A paleoantropologia e estudos genéticos oferecem duas perspectivas sobre quando a
monogamia evoluiu na espécie humana: paleoantropólogos oferecem a evidência
preliminar de que a monogamia pode ter evoluído muito cedo na história
humana.[35] Enquanto que os estudos genéticos mostram que a monogamia evoluído
muito mais recentemente, ha menos de 10 a 20 mil anos.[36][37]
Orangotangos machos não são monogâmicos e disputam pelo acesso às fêmeas.

Estimativas paleoantropológicas sobre a evolução da monogamia são baseadas


principalmente nos níveis de dimorfismo sexual observados em registros fósseis, porque,
em geral, a competição entre machos reduzida, vista em resultados de acasalamento
monogâmico, reduz o dimorfismo sexual.[38] De acordo com para Reno et al., o
dimorfismo sexual do Australopithecus afarensis, um ancestral humano de cerca de 3,9-
3,0 milhões de anos atrás,[39] estava dentro da faixa humana moderna, com base na
morfologia dentária e pós-craniana.[35] Embora isso não indique que acasalamentos
monogâmicos eram prática dos primeiros hominídeos, visto que os autores dizem que os
níveis reduzidos de dimorfismo sexual no A. afarensis "não significam que a monogamia é
menos provável do que a poligamia".[35] No entanto, Gordon, Green e Richmond afirmam
que os do A. afarensis apresentam mais dimorfismo sexual do que os humanos modernos
e os chimpanzés, com níveis mais próximos aos dos orangotangos e gorilas.[36] Além
disso, o Homo habilis, que viveu cerca de 2,3 milhões de anos atrás,[39] é o hominídeo
com mais dimorfismo sexual precoce.[40] Plavcan e van Schaik Plavcan concluem em
sua análise desta controvérsia que, em geral, o dimorfismo sexual
em Australopithecus não é indicativo de quaisquer implicações comportamentais ou
sistemas de acasalamento.[41]
A evidência genética para a evolução da monogamia em humanos é mais complexa, mas
muito mais simples. Embora o tamanho efetivo da população feminina (o número de
indivíduos que produzem com êxito a prole, contribuindo assim para a variação genética),
como indicado pela evidência de DNA mitocondrial, aumentou em torno da época da
expansão humana (não hominídeo) para fora da África, cerca de 80.000-100.000 anos
atrás, enquanto o tamanho efetivo da população masculina, como indicado pela evidência
do cromossomo Y, não aumentou até o advento da agricultura, 18.000 anos atrás. Isso
significa que, antes de 18 000 anos, muitas mulheres reproduziam-se com os mesmos
poucos machos da população.[37]
Argumentos culturais[editar | editar código-fonte]

Poligamia permitida e praticada

Poligamia proibida, mas a prática não é totalmente ilegal


Poligamia completamente proibida

Estado legal desconhecido

Apesar da capacidade humana de evitar a monogamia sexual e genética, a monogamia


social ainda se desenvolve em muitas condições diferentes, mas a maioria dessas
condições são consequências de processos culturais.[2] Estes processos culturais podem
não ter nada a ver com o sucesso reprodutivo relativo. Por exemplo, o estudo comparativo
do antropólogo Jack Goodyutilizando o Atlas Etnográfico, demonstrou que a monogamia é
parte de um complexo cultural encontrado na ampla faixa de sociedades da Eurásia,
entre Japão e Irlanda, que praticam a monogamia social, a monogamia sexual e
o dote.[42] Goody demonstra uma correlação estatística entre este complexo cultural e o
desenvolvimento da agricultura, com o arado intensivo nessas áreas.[43] Com base na
obra de Ester Boserup, Goody observa que o divisão sexual do trabalho varia na
agricultura por arado intensivo e horticultura de deslocamento. Na agricultura com arado,
em grande parte o trabalho é dos homens e está associado com a propriedade privada; o
casamento tende a ser monogâmico para manter a propriedade dentro da família nuclear.
Perto da família (endogamia) estão os parceiros de casamento preferido para manter a
propriedade dentro do grupo.[44] Um estudo genético molecular da diversidade genética
humana global argumentou que a poligamia sexual era típica e comum em padrões
reprodutivos humanos até a mudança para as comunidades sedentárias agrícolas,
aproximadamente 10.000 a 5.000 anos atrás, na Europa e na Ásia, e mais recentemente
na África e na América.[45] Um outro estudo com base no Atlas Etnográfico mostrou uma
correlação entre o aumento do tamanho da sociedade, a crença em deuses para apoiar
a moralidade humana e a monogamia.[46] Um estudo de outras amostras transculturais
confirmou que a ausência do arado era o único preditor da poligamia, embora outros
fatores, como a alta mortalidade masculina em guerras (em sociedades sem Estado) e
o estresse (patógeno nas sociedades com Estado), também tivessem algum impacto.[47]

Mulher agricultora nas montanhas de Nuba, no Sudão do Sul

Betzig postulou que a cultura/sociedade pode também ser uma fonte de monogamia
social, impondo-a através de regras e leis estabelecidas por atores de terceiros,
geralmente, com o objetivo de proteger a riqueza ou o poder da elite.[2][48][49] Por
exemplo, Augusto César incentivou o casamento e a reprodução para forçar
a aristocracia romana a dividir sua riqueza e poder entre vários herdeiros, mas os
aristocratas mantiveram suas rlações socialmente monogâmicas, com filhos legítimos
para garantir o seu legado, apesar de ter muitas cópulas extraconjugais.[48] Da mesma
forma, de acordo com Betzig, a Igreja Cristã aplicou a monogamia porque a riqueza era
passada para o parente legítimo do sexo masculino vivo e mais próximo, o que muitas
vezes resultava em um rico irmão mais velho ficar sem um herdeiro masculino.[49] Assim,
a riqueza e o poder da família passaria para o irmão mais novo, "celibatário" da igreja.
[48] [49] Em ambos os casos, os processos culturais usados pelas elites viram lei para
garantir uma maior aptidão reprodutiva para si e para os seus descendentes, levando a
uma influência genética maior nas futuras gerações[48][49] Além disso, as leis da Igreja
cristã, em particular, foram importantes na evolução da monogamia social nos seres
humanos. [48] Eles permitiram, mesmo encorajada, homens pobres a se casar e produzir
descendentes que reduziu a diferença em sucesso reprodutivo entre ricos e pobres,
resultando, assim, na propagação rápida de sistemas de casamento monogâmico no
mundo ocidental.[49] de acordo com a B. S. Low, a cultura parece ter um impacto muito
maior sobre a monogamia em seres humanos do que forças biológicas, que são fatores
mais importantes para os animais não-humanos.[2]
Outros teóricos usam fatores culturais que influenciam o sucesso reprodutivo para
explicar a monogamia. Durante os tempos de grandes transições
econômicas/demográficas, investir mais em menos filhos (monogamia social, não
poligamia) aumenta o sucesso reprodutivo, assegurando que a prole tenha riqueza inicial
própria suficiente para ser bem sucedida.[2] Isto foi observado no Reino Unido e
na Suécia durante a Revolução Industrial[2] e atualmente está sendo visto na
modernização da Etiópia rural. [49][50] Da mesma forma, nas sociedades modernas
industrializadas, a monogamia social pode proporcionar uma vantagem reprodutiva sobre
a poligamia social, mas isso ainda não impede a monogamia em série e/ou cópulas
extraconjugais.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]


 Concubinagem
 Casamento
 Poligamia
 Hipergamia
 Promiscuidade
 Poliamor
 Amor livre

Referências
S
a
l
t
a
r

p
a
r
a

np
ea
sv
qe
ug

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