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DISPENSA DE LICITAÇÃO

A licitação, inexistindo os seus pressupostos, pode ser dispensada ou mesmo inexigível. Caráter
excepcional; exige motivação do ato que dispensa a licitação. A expressão “dispensa de licitação” é
um gênero, havendo 3 (três) situações específicas que se distinguem: 1) Inexigibilidade da licitação
(art. 25, Lei 8.666/93).; 2) Dispensa de Licitação (art. 24, Lei 8.666/93).; e 3) Licitação Dispensada (art.
17, Lei 8.666/93).

Atenção!

Inexigibilidade versus Dispensa

A dispensa caracteriza-se pela circunstância de que, em tese, poderia o procedimento ser realizado,
sob os pressupostos lógico e fático, mas que, pela particularidade do caso, decidiu o legislador não
torná-lo obrigatório. Diversamente ocorre na inexigibilidade, porque aqui sequer é viável a realização
do certame.

Licitação Dispensada – aquela que a própria lei declarou-a como tal (Hely Lopes Meirelles). Basta a
ocorrência de uma das hipóteses prescritas nos dois incisos do art. 17 da Lei 8.666/93 (rol taxativo)
para desencadear um ato administrativo vinculado. Está relacionada à alienação de bens públicos,
móveis ou imóveis.

BENS IMÓVEIS (inc.I) - prevê a necessidade de autorização legislativa e avaliação prévia. Refere-se
aos casos de dação em pagamento, doação, permuta, investidura, venda a outro órgão ou para
atender a programa habitacional de interesse social. Portanto, em relação aos imóveis a licitação está
dispensada para:

Dação em pagamento – quando a Administração se libera de uma dívida sem desembolsar dinheiro
através da transferência do domínio de um imóvel. Neste caso, o credor é definido, não cabendo
licitação.

Doação – a licitação está dispensada somente quando a doação do imóvel for para “outro órgão ou
entidade da Administração Pública, de qualquer esfera do governo”. O STF, ADI 927-3, entendeu que
essa restrição só se aplica a Administração Pública Federal, por se tratar de uma regra específica e
não regra geral. Em razão dessa decisão cautelar, a doação de imóveis por entes estaduais, distrital e
municipais pode ter donatários públicos ou privados. A União, por sua vez, apenas poderá ter como
donatário pessoas jurídicas integrantes das Administrações Públicas de qualquer esfera de Poder.

Permuta - para atender as características ou localização especial que atenda aos fins propostos pelo
Poder Público.

Investidura – trata-se: 1) da incorporação de uma área remanescente de obra pública a um terreno


público ou particular, por se apresentar imprestável isoladamente; e 2) alienação de imóveis situados
em regiões de usinas hidrelétricas. (art. 17, § 3º)
Venda a outro órgão ou entidade da Administração Pública – alínea “e”, inciso I, art. 17.

Alienação de imóveis para atender a programas habitacionais de interesse social – alínea “f”, inciso
I, art. 17. A finalidade perseguida pela Administração, nessa hipótese, não é a de encontrar a melhor
proposta financeira para a realização desse negócio, mas prestigiar um dos direitos fundamentais -
direito social de moradia (art. 6º, CF).

Legitimação de posse, concessão de título de propriedade ou direito real de uso – art. 17, I, “g” –
processo discriminatório de terras devolutas – ocupante de terras públicas que as tenha tornado
produtivas (Lei 6.383/76, art. 29) fará jus à legitimação de posse de área contínua até cem hectares...
O poder público poderá conceder título de propriedade ou de direito real de uso de imóveis,
dispensada a licitação.

BENS MÓVEIS(inc.II) - prevê a necessidade de avaliação prévia, mas não é necessária autorização
legislativa. Em relação aos bens móveis a licitação está dispensada para:

Doação para fins e uso de interesse social – art. 17, II, “a”. Não veda a doação a particulares.
Caracteriza atividade administrativa de fomento.

Permuta - só poderia ocorrer entre órgãos ou entidades da Administração Pública. O STF suspendeu
a aplicabilidade da parte final deste dispositivo a Estados-membros, Distrito Federal e Municípios. A
União, por sua vez, apenas poderá permutar com pessoas jurídicas integrantes das Administrações
Públicas de qualquer esfera de Poder.

Venda de ações por meio de bolsa de valores – alínea “c”, inciso II. A demora prejudicaria. Atos
instantâneos.

Venda de títulos – Hipótese de intervenção do Estado no domínio econômico e que, por sua
natureza, é realizado diariamente. O objetivo é atender à política monetária governamental. A
demora prejudicaria. Atos instantâneos.

Venda de bens produzidos ou comercializados pela Administração Pública – alguns órgãos da


Administração, como presídios quando pretenderem alienar bens ali produzidos, como enfeites,
móveis etc.

Venda de materiais e equipamentos sem utilização previsível – Não se trata de bem inservível, mas
de bem que, sem uma utilização previsível, possa ser aproveitada de imediato em outro órgão ou
entidade estatal, antes que se perca pela ação do tempo.

Licitação Dispensável – Art.24 da Lei 8.666/93 - rol taxativo. Neste caso, a licitação é viável, podendo
inclusive acontecer. A lei, porém, facultou ao administrador a possibilidade de dispensá-la. Ato da
Administração, motivado. São os seguintes casos:

Critério de valor
O legislador considerou que até determinados limites de valor poderia o administrador não licitar,
distinguindo duas faixas,uma para obras e serviços de engenharia, mais elevada em razão do tipo de
trabalho, e outra para serviços comuns e compras (incisos I e II). Tais valores sofrem atualização
permanente (hoje anual) e são divulgados através da imprensa oficial, como dita o art. 120 e
parágrafo único da Lei 8.666/93.

O limite para a dispensa é de até 10% do valor máximo fixado para a modalidade de
licitação convite (art. 23, I, a e II, a). Entretanto,se as obras, serviços e compras forem contratados
por agências executivas, o percentual será de 20% sobre a mesma base de cálculo (art. 24, parágrafo
primeiro).

Neste caso , as contratações com objetos similares devem considerar o valor global, de forma a não
caracterizar fracionamento do objeto com a finalidade de se buscar a dispensa da licitação.

Critério quanto à matéria licitada

Situações excepcionais – guerra ou grave perturbação da ordem (inc. III); calamidade pública e
emergência (inc. IV) e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou
calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180
dias.

Obras de arte - Aquisição ou restauro de obras de arte e objetos históricos (inc. XV) – desde que
sejam compatíveis com a finalidade do órgão ou entidade (museus, bibliotecas, escolas) e que a obra
tenha autenticidade certificada.

Gêneros perecíveis - Aquisição de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis (inc. XII) –
somente é admissível no tempo necessário para que seja realizada a licitação.

Peças no período de garantia técnica - quando a Administração adquirir, do fornecedor original,


componentes ou peças, nacionais ou estrangeiros, para a manutenção de equipamentos durante o
período de garantia técnica (inc. XVII).

Complementação do objeto - para complementação da obra, serviço ou fornecimento anterior (inc.


XI). Neste caso, deve ser observada a ordem de classificação dos participantes do certame licitatório.
O convocado deve aceitar as mesmas condições do contrato anterior.

Desinteresse na contratação - quando não acudirem interessados à licitação anterior e a repetição do


procedimento redundar em prejuízo para a Administração, mantidas as condições preestabelecidas
(inc. V). Chamada licitação frustrada ou licitação deserta. Não é o caso em que os candidatos tenham
sido desclassificados por inobservância do edital.

Disparidade das propostas - situação em que os candidatos em conluio fixam preços incompatíveis
com as condições de mercado (inc. VII). Observar o procedimento do art. 48, §3º, Lei 8.666/93 – se
todas as propostas tiverem essa impropriedade e forem, por isso, desclassificadas, pode a
Administração tentar superar o vício, dando aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a
apresentação de propostas compatíveis.

Intervenção no domínio econômico - surgindo a necessidade de a União intervir na ordem econômica


para reprimir o abuso do poder econômico (arts. 174 e 173, §4º da CF), podem os órgãos federais
contratar diretamente, porque a licitação seria incompatível com a peculiaridade de que se reveste a
situação.

Contratação de entidades– alcança as instituições brasileiras:

sem fins lucrativos que tenham o objetivo estatutário de pesquisa, ensino ou desenvolvimento
institucional (inc. XIII);

sem fins lucrativos que exerçam atividade de recuperação social do preso (inc. XIII);

sem fins lucrativos que promovam os interesses dos portadores de deficiência física (inc. XX);

sem fins lucrativos, para a implementação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água
para consumo humano e produção de alimentos para beneficiar as famílias rurais de baixa renda
atingidas pela seca ou falta regular de água (inc. XXXIII).

constituídas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda, reconhecidas estas oficialmente
como catadores de materiais recicláveis(inc.XXVII);

com ou sem fins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no
âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na
Reforma Agrária, instituído por lei federal (inc.XXX);

aquelas qualificadas como Organizações Sociais - OS (inc. XXIV), para atividades contempladas no
contrato de gestão (a dispensa não alcança as Oscip). Para a contratação destas entidades deve
existir o vínculo de pertinência, isto é, a contratação deve estar ligada a finalidade estatutária das
entidades. O preço ajustado deve ser compatível com o praticado no mercado.

Pessoas administrativas – a dispensa abrange a contratação entre pessoas ligadas à própria


Administração desde que do mesmo ente da federação (inc. VIII) e não alcança pessoas da
administração indireta dedicadas à exploração de atividades econômicas. Importante considerar,
aqui, que foi incluído o §2º no artigo 24 da Lei 8.666/93 que esclarece que o limite temporal de
criação do órgão ou entidade que integre a administração pública indicado neste inciso VIII não se
aplica aos órgãos ou entidades que produzem produtos estratégicos para o SUS, no âmbito da Lei
n.º 8.080/90.

Pessoas administrativas - contratação das empresas públicas e sociedades de economia mista com
suas subsidiárias e controladas, para aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de
serviços (inc.XXIII).
Consórcios Públicos e Convênios de Cooperação – para a realização dos seus contratos de programa
(inc. XXVI).

Diários oficiais, formulários padronizados e edições técnicas oficiais, bem como prestação de serviços
de informática – assuntos estratégicos relacionados à proteção de assuntos internos da
Administração Pública (inc. XVI).

Locação e compra de imóvel– desde que destinado ao atendimento das finalidades precípuas da
Administração Pública (inc. X).

Negócios internacionais - acordos que possibilitam condições vantajosas para aquisição de bens e
serviços. O acordo deve ser aprovado pelo Congresso Nacional (inc. XIV).

Pesquisa científica e tecnológica - aquisição de bens e insumos destinados exclusivamente à pesquisa


científica e tecnológica com recursos concedidos pela Capes, Finep, CNPq ou por outras instituições
de fomento à pesquisa credenciadas por esta última (inc. XXI).

Transferência de tecnologia - contratação firmada por instituição pública científica ou tecnológica ou


por agência de fomento quando o objeto de ajuste for a transferência de tecnologia ou o
licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida (inc. XXV). Contratação em
que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde,
conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, nos termos da Lei n.º 8.080/1990 (inc.XXXII).
Contratos e convênios relacionados ao estímulo à construção de ambientes especializados e
cooperativos de inovação tecnológica, nos termos da Lei 10.973/2004 (inc. XXXI).

Bens e serviços de alta complexidade e de defesa nacional – (inc. XXVIII) produzidos ou prestados no
País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante
parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão.

Bens e serviços para atender a contingentes militares das Forças Singulares brasileiras em operações
de paz no exterior – (inc. XXIX) necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do
fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da Força.

Energia elétrica- contratação do fornecimento ou suprimento de energia elétrica com concessionário,


permissionário ou autorizado, segundo as normas de legislação específica (art. 24, XXII).

Navios, embarcações, aeronaves e tropas- abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas


ou tropas e seus meios de deslocamento, quando houver estada eventual de curto período em
portos, aeroportos ou locais diversos de sua sede (art. 24, XVIII). E o valor contratado não pode
exceder o disposto no art. 23, II, “a”.

Materiais de uso militar - para manter a padronização exigida pela estrutura de apoio logístico dos
meios navais, aéreos e terrestres (art. 24, XIX). Não se incluem na hipótese os materiais de uso
pessoal e administrativo.
O processo de dispensa e de inexigibilidade (ou de retardamento de obra ou execução de serviço)
será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:

caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso;

razão da escolha do fornecedor ou executante;

justificativa do preço.

documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados

Estes atos deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e
publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos.

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