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O João, o André, o Afonso e o Francisco são quatro amigos que vivem na mesma

terra. Apesar de serem amigos desde pequenos, cada um tem os seus próprios
passatempos. Um gosta de tocar guitarra, o outro gosta de surfar, há um que gosta
de pintar e o outro faz coleção de selos.

Qual será o passatempo de cada um deles?


1. Definição de Lógica

Vamos verificar…
TOCA FAZ PINTA COLECIONA
GUITARRA SURF AGUARELAS SELOS

JOÃO

ANDRÉ

AFONSO

FRANCISCO
1. Definição de Lógica

É uma característica-chave do pensamento


humano – lógica natural ou espontânea.

É usada quotidianamente,
mesmo sem o sabermos.

Enquanto disciplina filosófica, foi


criada por Aristóteles.

Procura avaliar a estrutura


Aristóteles dos argumentos.
(384 a.C. - 322 a.C.)

Procura desenvolver o nosso pensamento crítico, dotando-nos das


ferramentas necessárias para o seu uso correto.
2. CLASSIFICAÇÃO das proposições categóricas - Aristóteles
O que é uma proposição categórica? É a ideia, verdadeira ou falsa,
expressa por uma frase declarativa.
Dentro das proposições categóricas, Aristóteles apresentou quatro tipos,
tendo em conta a QUALIDADE e a QUANTIDADE.

A QUALIDADE de uma proposição A QUANTIDADE, por sua vez, refere-se à


refere-se ao seu carácter afirmativo extensão do sujeito da proposição.
ou negativo. Dizemos que uma A proposição é considerada universal
proposição é afirmativa quando ela quando ela se refere a todos os
nos indica - através da cópula - que elementos de uma determinada classe;
o predicado convém ao sujeito. é considerada singular quando a
proposição se refere apenas a alguns
dos elementos de uma determinada
classe.
2.1 - O Quadrado Lógico de Oposição

As proposições podem ser dispostas no quadrado que se segue, chamado


QUADRADO LÓGICO DE OPOSIÇÃO, no qual aparecem as diversas relações
lógicas que ocorrem entre essas proposições. Conforme as relações em causa,
as proposições são designadas por contraditórias, contrárias, subcontrárias e
subalternas.
Todos os homens são mortais Nenhum homem é mortal

Alguns homens são mortais Alguns homens não são mortais


Classificação das proposições categóricas

AfIrmo nEgO
(afirmativas ) (negativas)
2.2 RELAÇÕES LÓGICAS entre as proposições do quadrado

Proposições contraditórias: Duas proposições contraditórias não podem ser


ambas verdadeiras nem ambas falsas simultaneamente.

Proposições contrárias: Duas proposições contrárias não podem ser


simultaneamente verdadeiras, mas podem ser ambas falsas.

Proposições subcontrárias: Duas proposições subcontrárias não podem ser


simultaneamente falsas, mas podem ser ambas verdadeiras.

Proposições subalternas: Duas proposições subalternas serão ambas


verdadeiras se a proposição universal for verdadeira e ambas falsas se a
proposição particular for falsa. Contudo, nada podemos concluir da proposição
universal falsa ou da particular verdadeira.
2.2.1 Aplicar o quadrado da oposição à negação das teses
3. Lógica Proposicional – classificação de proposições

3.1 Proposições simples (atómicas) e complexas (compostas ou


moleculares)
Como já sabemos, uma proposição é o pensamento ou o conteúdo
expresso por uma frase declarativa, suscetível de ser considerada
verdadeira ou falsa. As proposições têm, portanto, valor de verdade.
Exemplo 1 Exemplo 2
• Está bom tempo. • Vou à praia e vou jantar fora.
• Vou à praia. • Se estiver bom tempo, vou à praia.
• Ou vou à praia e não vou jantar fora
• Vou jantar fora. ou não vou à praia e vou jantar fora.

PROPOSIÇÕES SIMPLES PROPOSIÇÕES COMPLEXAS

Qualquer uma destas proposições é complexa, na medida em


que resulta da ligação de duas ou mais proposições simples.
Operadores ou conectivas proposicionais: «ou»/«e»/«se…então»/«não»
Lógica Proposicional – a verdade das proposições

O VALOR DE VERDADE DAS PROPOSIÇÕES SIMPLES dependerá do facto de elas


estarem ou não de acordo com a realidade.
MAS…

Por sua vez, o VALOR DE VERDADE DAS PROPOSIÇÕES COMPLEXAS dependerá
do valor de verdade das proposições simples e dos OPERADORES UTILIZADOS.

Suponha-se que a proposição expressa pela frase «Gertrudes é arquiteta» é


verdadeira (V) e que a proposição expressa pela frase «PauIo é engenheiro» é
falsa (F). Se assim for, as proposições complexas a seguir expressas terão
diferentes valores de verdade:
1

Sugestão de resposta:
São proposições simples as expressas nas alíneas d), e) e f).
São proposições complexas as expressas nas alíneas a), b), c) e g).
3.2 As CONECTIVAS (ou operadores verofuncionais ou operadores lógicos) e
as VARIÁVEIS proposicionais.

Para ligar as proposições temos CINCO CONECTIVAS: a conjunção, a disjunção


(inclusiva), a disjunção exclusiva, a condicional (ou implicação) e a bicondicional
(ou equivalência). Qualquer uma destas conectivas liga proposições simples
entre si, constituindo proposições complexas.

Considera-se ainda a NEGAÇÃO como um operador proposicional, que é


monádico por não ligar proposições, incidindo sobre uma proposição simples ou
sobre uma proposição complexa, mas nunca ligando duas proposições. Pelo que,
em rigor, não pode ser considerada uma conetiva.

As VARIÁVEIS PROPOSICIONAIS (ou letras proposicionais) correspondem às


letras (maiúsculas P, Q, R, … ou minúsculas) que usamos para designar as
proposições simples .
As CONECTIVAS (ou operadores verofuncionais ou operadores lógicos) e as
VARIÁVEIS proposicionais.
Consideremos as seguintes proposições criando o seguinte DICIONÁRIO:

P: Deus existe
Q: A vida tem sentido

Estamos perante um argumento dedutivamente válido, pois é logicamente


impossível que a premissa seja verdadeira e a conclusão falsa. Assim, não só é
possível determinar o valor de verdade das proposições complexas a partir do
valor de verdade das proposições simples, mediante a utilização de operadores
verofuncionais, como também se pode determinar, com base em tais
operadores, a validade dos argumentos em que as proposições se integram.
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Atividade 2
As CONECTIVAS (ou operadores verofuncionais ou operadores lógicos) e as
VARIÁVEIS proposicionais.
As CONECTIVAS (ou operadores verofuncionais ou operadores lógicos) e as
VARIÁVEIS proposicionais.
Vejamos agora, com base no exemplo que apresentámos na secção anterior
exemplos concretos dessas formas proposicionais, simbolizadas pelas letras
maiúsculas que indicámos:
As CONECTIVAS (ou operadores verofuncionais ou operadores lógicos) e as
VARIÁVEIS proposicionais.

Para formalizares proposições, tens de substituir cada uma das proposições


simples por uma letra (variável proposicional, P, Q, R…) e todos os conectores
(«e», «ou», «se…,então», «não»,… pelo símbolo correspondente à conectiva
utilizada(¬, Ʌ, V, ,  …). Terás também de recorrer, consoante os casos, ao
uso de parênteses curvos, parênteses retos e chavetas.

NEGAÇÃO Consideremos a seguinte proposição simbolizando-a por «P»:

P : Portugal é um país asiático.

A negação desta proposição será uma nova proposição com a forma «não P»,
representando-se por «¬ P». No exemplo apresentado, a expressão canónica da
negação será:

Portugal não é um país asiático.


Negação

¬ P: Portugal não é um país asiático.


NEGAÇÃO
Outras expressões possíveis da negação são as seguintes:

Embora se expresse de formas diferentes, a proposição, em termos lógicos, é a


mesma, pelo que se formaliza sempre da mesma maneira (¬ P).

ATENÇÃO: Uma dupla negação corresponde a uma afirmação. «¬ ¬ P»


«Não é verdade que Portugal não seja um país europeu»
NEGAÇÃO

A partir do valor de verdade das proposições envolvidas,


NEGAÇÃO podemos agora elaborar a tabela de verdade da negação.

O que é uma tabela de verdade? Uma TABELA DE VERDADE — ou matriz lógica


— é uma tabela que apresenta as diversas condições de verdade de uma forma
proposicional específica, permitindo determinar de modo mecânico a sua
verdade ou falsidade.

Indicados todos os valores possíveis da proposição


«P» na coluna da esquerda, apresentam-se na ¬
outra os valores que resultam da negação dessa
proposição. Só haverá, neste caso, duas filas na
tabela — ou, se preferirmos, duas circunstâncias
ou duas condições de verdade.
3

soluções
CONJUNÇÃO

CONJUNÇÃO Consideremos as seguintes proposições simples:

P : A vida é enigmática.
Dicionário:
Q : A morte é enigmática.

É possível, como já vimos, formar uma proposição complexa a partir das duas
anteriores.

A vida é enigmática e a morte é enigmática.

A nova proposição pode ser simbolizada por «P Ʌ Q», sendo então o operador
«e» representado pelo símbolo «Ʌ». Para lá da expressão canónica indicada
acima, há outros modos de exprimir a conjunção:
Para lá da expressão canónica «A vida é enigmática e a
CONJUNÇÃO morte é enigmática.», há outros modos de exprimir a
conjunção:

O valor de verdade da nova proposição Ʌ


dependerá naturalmente dos valores de verdade
das proposições simples, como no-lo mostra a V V
tabela de verdade da conjunção. Como se trata V F
de um operador binário, haverá na tabela F V
quatro condições de verdade. F F

REGRA
4

Dicionário:
P: O mundo é ilusório.
Q: O eu é fictício

Sugestão de resposta:
1. a ) «O mundo é ilusório (F) e o eu é fictício.» = Falsa
b) «O mundo é ilusório e o eu é fictício (F) .» = Falsa
c) «O mundo é ilusório (V) e o eu é fictício (V) .» = Verdadeira
DISJUNÇÃO (inclusiva)

DISJUNÇÃO Consideremos as seguintes proposições simples:

P : Descartes era racionalista.


Dicionário:
Q : Locke era empirista.

É possível, como já vimos, formar uma proposição complexa a partir das duas
simples anteriores (neste caso chamam-se disjuntas porque vão ser ligadas pelo
operador «ou»).

Descartes era racionalista ou Locke era empirista.

A nova proposição pode ser simbolizada por «P V Q», sendo então o operador
«ou» representado pelo símbolo «V».
DISJUNÇÃO Eis a tabela de verdade deste tipo de disjunção, a que
chamamos disjunção inclusiva:

V
Como se pode ver pela tabela, apenas
no caso em que ambas as proposições V V
simples são falsas é que a disjunção
V F
inclusiva é falsa.
F V
F F

Acabámos de estudar a disjunção inclusiva. Mas o operador «ou» pode ter um


sentido inclusivo ou exclusivo. O facto de, em linguagem comum, não se ter em
atenção a qual destes sentidos nos referimos poderá conduzir a algumas
ambiguidades.
A impossibilidade de as duas proposições serem verdadeiras em simultâneo
justifica que estejamos perante um caso de disjunção exclusiva. Seja como for,
em lógica utilizam-se dois símbolos diferentes para os dois sentidos.

A fim de percebermos a disjunção exclusiva, consideremos as proposições


simples expressas a seguir:

P: Vou ao cinema. V
Dicionário:
Q: Fico em casa.
V V
Formemos agora uma proposição V F
composta pelas duas proposições simples F V
referidas: F F
Ou vou ao cinema ou fico em casa.
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CONDICIONAL

CONDICIONAL Consideremos as seguintes proposições simples:

P : Marco golos.
Dicionário:
Q : Sou desportista.

Podemos relacionar estas duas proposições simples através da conectiva


condicional, a que por vezes também se chama implicação material:

Se marco golos, então sou desportista.

ANTECEDENTE CONSEQUENTE

marco golos (antecedente), sou desportista (consequente).


A nova proposição pode ser simbolizada por «P  Q», sendo então o operador
«se …,então» representado pelo símbolo «». Para lá da expressão canónica
indicada acima, há outros modos de exprimir a condicional:

A partir destes diversos modos de exprimir a condicional, facilmente concluímos


que o antecedente e o consequente representam diferentes condições:
CONDICIONAL ou implicação material

CONDICIONAL Eis a tabela de verdade da conectiva condicional:


Nestes casos, só há uma situação em V V
que a proposição é considerada faIsa V F
quando a antecedente (P) é verdadeira F V
e quando a consequente (Q) é falsa. F F
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BICONDICIONAL ou equivalência material

BICONDICIONAL Consideremos as seguintes proposições simples:

P : Sou escritor.
Dicionário:
Q : Publico livros.

Podemos relacionar estas duas proposições simples através da conectiva


bicondicional, a que por vezes também se chama equivalência material:

Sou escritor, se e só se, publico livros.

Correspondendo, na nossa língua, à expressão «se, e só se», e


sendo simbolizada por P  Q, a bicondicional consiste, portanto,
na conjunção de duas condicionais: — «P  Q» e «Q  P».
BICONDICIONAL ou equivalência material

A nova proposição pode ser simbolizada por «P  Q», sendo então o operador
«se, e só se». Para lá da expressão canónica indicada anteriormente, há outros
modos de exprimir a bicondicional:
BICONDICIONAL ou equivalência material

Neste caso, para que a proposição



complexa seja verdadeira, ambas as
V V
proposições simples têm de possuir
V F
o mesmo valor lógico. É isso que
nos mostra a tabela de verdade da F V
bicondicional: F F

Verdadeira se forem ambas verdadeiras ou ambas falsas


É possível agora construir um quadro que sintetize as diversas formas
proposicionais estudadas, com a indicação dos operadores verofuncionais e dos
valores das diversas proposições.
Formas ALTERNATIVAS de expressão simbólica:
3.3 Âmbito dos operadores e formalização das proposições

Para esclarecer o que significa âmbito dos operadores, comecemos por


apresentar dois exemplos de formas proposicionais complexas

P : Eu sonho.
Dicionário: Formalizemos agora cada um dos exemplos.
Q : Eu estudo.

Eu sonho (P) e (Ʌ) não (¬) estudo (Q).


¬[Eu sonho (P) e (Ʌ) não (¬) estudo (Q)].
Âmbito dos operadores e formalização das proposições

Uma vez esclarecida a noção de âmbito de um operador, procuremos saber


como formalizar proposições complexas. Para tal, devemos seguir os passos
abaixo indicados:

Vamos colocar esses passos em prática e formalizar


proposições.
Âmbito dos operadores e formalização das proposições

Partamos do seguinte exemplo:

Exprime uma CONDICIONAL…se, então…


Âmbito dos operadores e formalização das proposições

Um outro exemplo:

Exprime uma BICONDICIONAL…se, e só se…

(dicionário)

Negação de P e de Q
Âmbito dos operadores e formalização das proposições

Exemplo mais complexo com 3 variáveis:

Estamos perante uma


condicional cujo antecedente
envolve uma negação que incide
sobre uma conjunção, pelo que
temos de ter em conta a
necessidade de colocação de
parêntesis. Procuremos então
formalizar esta proposição
complexa.

(dicionário)
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Expressão canónica Interpretação/Dicionário Formalização

a) … a) … a) …
3.4 TABELAS de Verdade – o método das tabelas de verdade

Vamos agora aprender a utilizar a técnica que se lhes encontra


associada.

Consideremos a seguinte proposição:

Para construir a tabela de verdade devemos ter em conta os seguintes


passos:
TABELAS de Verdade – o método das tabelas de verdade

1º passo: desenhar a
2º passo: colocar na
tabela, colocando aí as
tabela os valores de
letras proposicionais e a
verdade das proposições
proposição complexa.
simples, esgotando as
possibilidades.
TABELAS de Verdade – o método das tabelas de verdade

3º passo: calcular os
4º passo: Calcular os
valores de verdade das
valores de verdade da
proposições, executando
proposição relativa ao
os valores daquela que é
operador principal.
relativa ao operador
principal.
TABELAS de Verdade – o método das tabelas de verdade

Impõe-se agora uma explicação


relativamente ao número de filas 3 variáveis (P, Q e R)
da tabela. Como é natural, esse
número depende do número de
variáveis proposicionais. Para
duas variáveis são necessárias
quatro filas; para três, oito; para
quatro, dezasseis, etc. Assim, o
número destas linhas será dado
por 2n, sendo «n» o número de
variáveis.
• (Exemplo: «P e Q» = 2x2(P/Q)= 4
linhas)
• (Exemplo: «P, Q e R» = 2x3(P/Q)=
8 linhas)
TABELAS de Verdade – o método das tabelas de verdade
Como se pode observar na tabela, também aqui houve necessidade de
colocar parêntesis retos nesta proposição bicondicional, a fim de ser
possível perceber qual o operador principal (neste caso, o da
bicondicional).

[R V (PɅ Q)] (R V Q)
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CONJUNÇÃO
Ʌ = verdadeira se
a) [P Ʌ (Q V R)]  (R  P) ambas verdadeiras.

DISJUNÇÃO
P Q R [P Ʌ (Q V R)]

(R  P)
V = falsa se ambas
V V V V V V V falsas.

V V F V V V V BICONDICIONAL

V F V V V V V  = Verdadeira se
V F F F F F V ambas verdadeiras
ou ambas falsas
F V V F V V F
F V F F V F V CONDICIONAL

F F V F V V F
 = faIsa quando
a antecedente é
F F F F F F V verdadeira e a
consequente é
1º 2º 3º 6º 4º 7º 5º falsa.
b) [(¬ P Ʌ Q)  R] Ʌ (R V P)
CONJUNÇÃO
Ʌ = verdadeira se
ambas verdadeiras.
P Q R [(¬P Ʌ Q)  R] Ʌ (R V P)
V V V F F V F F
V V F F F V V V
DISJUNÇÃO EXCLUSIVA
V F V F F V F F V = falsa quando
V F F F F V V V possuem mesmo
F V V V V V V V valor lógico.

F V F V V F F F
CONDICINAL
F F V V F V V V  = faIsa quando
F F F V F V F F a antecedente é
verdadeira e a
1º 2º 3º 4º 5º 7º 8º 6º consequente é
falsa.
3.4.1 TAUTOLOGIAS, CONTRADIÇÕES e CONTINGÊNCIAS
As tabelas de verdade permitem-nos determinar se uma proposição
complexa é uma tautologia, uma contradição ou uma contingência, a
partir da exibição dos valores de verdade das proposições simples
envolvidas. Vejamos mais detalhadamente em que consiste cada uma
delas.

TAUTOLOGIAS,
ou verdades lógicas …

… referem-se às fórmulas
proposicionais que são sempre V
verdadeiras, qualquer que seja V
o valor de verdade das
V
proposições simples que as
V
constituem.
3.4.1 TAUTOLOGIAS, CONTRADIÇÕES e CONTINGÊNCIAS

CONTRADIÇÕES,
ou falsidades lógicas …

Perante esta afirmação, sabemos


intuitivamente que ela é contraditória.
… são as fórmulas
proposicionais que
são sempre falsas,
independentemente
do valor de verdade
das proposições F
simples que as F
compõem. F
F
3.4.1 TAUTOLOGIAS, CONTRADIÇÕES e CONTINGÊNCIAS

CONTINGÊNCIAS,
ou proposições
indeterminadas …

… são fórmulas
proposicionais que V
tanto podem ser F
verdadeiras como V
falsas, consoante o F
valor lógico das V
proposições simples F
que as compõem. V
V
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Inspetores de circunstância

E quando e que estamos perante um argumento dedutivo válido? Já


sabemos que num argumento dedutivo válido é impossível que as
premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.

Deste modo, num inspetor de circunstâncias (tabela de verdade), um


argumento válido será aquele em que cada linha que torne todas as
premissas verdadeiras é uma linha em que a conclusão e verdadeira.

Isso equivale a afirmar que é um argumento no qual não existe


nenhuma linha que torne todas as premissas verdadeiras e a conclusão
falsa.
TAUTOLOGIAS e formas de inferência válidas

Vejamos como primeiro exemplo, o modus ponens, que acabamos de


analisar enquanto formula tautológica e que agora nos aparece,
enquanto forma de inferência, com uma apresentação diferente.
TAUTOLOGIAS e formas de inferência válidas

Tendo em conta a nota anterior, podemos escrever o argumento na


horizontal (assim o colocaremos no inspetor de circunstâncias):
P  Q , P Q. Teremos, pois, o seguinte inspetor de circunstâncias:

A primeira linha exprime a única circunstância em que ambas as premissas


são verdadeiras. Ora dado que tal circunstância também torna a conclusão
verdadeira, o argumento e considerado válido.
TAUTOLOGIAS e formas de inferência válidas

Outro exemplo:

A primeira e a terceira linhas exprimem as únicas circunstâncias em que


ambas as premissas são verdadeiras. Contudo, se na primeira linha a
circunstância torna a conclusão verdadeira, já na terceira linha a
circunstância torna a conclusão falsa. o argumento é, por isso, inválido.
3.5 Formas de inferência válidas - o Modus ponens (do latim ponere= afirmar)

Numa inferência dedutiva válida, se as premissas forem verdadeiras, a


conclusão também necessariamente o será.

Vejamos, de seguida, algumas formas de inferência válida: modus


ponens, modus tollens, contraposição, silogismo disjuntivo, silogismo
hipotético e leis de De Morgan.

Como já sabemos, o modus ponens - afirmação do antecedente na


segunda premissa (ou premissa menor) e afirmação do consequente na
conclusão — pode ser expresso do seguinte modo:

Modus ponens
3.5 Formas de inferência válidas - o Modus tollens (do latim tollere= negar)

Por sua vez, o modus tollens — negação do


Modus tollens consequente na segunda premissa e negação do
antecedente na conclusão — pode ser expresso
do seguinte modo:
Formas de inferência válidas - a Contraposição

A contraposição é uma forma argumentativa que


Contraposição resulta da equivalência entre duas condicionais
e que depende da regra da implicação. Pode ser
expressa de qualquer um dos seguintes modos:
Formas de inferência válidas - o silogismo disjuntivo

Silogismo Quanto ao silogismo disjuntivo, referimo-nos aqui


disjuntivo àquele que se baseia numa disjunção inclusiva. A tal
silogismo também se chama modus tollendo ponens.
Trata-se de uma forma argumentativa que pode ser
expressa de qualquer um dos seguintes modos:

tollens - negar
ponens - afirmar
Formas de inferência válidas - o silogismo hipotético

O silogismo hipotético diz respeito a um argumento em


que cada proposição constitui uma condicional, isto é,
Silogismo
tanto as duas premissas como a conclusão são
hipotético
condicionais. Poderá ser expresso do seguinte modo:
Formas de inferência válidas – Leis de De Morgan – Augustus De
Morgan foi um matemático britânico do séc. XIX

No que às leis de De Morgan diz respeito, elas indicam-nos


Leis de que de uma conjunção negativa podemos inferir uma
De Morgan disjunção de negações, e que de uma disjunção negativa
podemos inferir uma conjunção de negações.
A negação da conjunção pode ser expressa de qualquer
um dos seguintes modos:

Negação da conjunção

INVERSÃO de proposições
Algumas formas de inferência válidas – Leis de De Morgan – Augustus De
Morgan foi um matemático britânico do séc. XIX

Leis de A negação da disjunção traduz-se de qualquer um dos


De Morgan seguintes modos:

Negação da disjunção
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4. As FALÁCIAS formais - formas de inferência inválidas

O que é uma
É um erro de raciocínio que, muitas vezes, passa
falácia? despercebido. As falácias formais não preservam a
verdade, uma vez que a estrutura do argumento
não garante uma conclusão verdadeira a partir de
premissas verdadeiras.

Frequentemente, as regras do modus ponens e do modus tollens são


indevidamente aplicadas, incorrendo-se em erros de raciocínio
conhecidos como falácia da afirmação consequente e falácia da
negação da antecedente.
As FALÁCIAS - formas de inferência inválidas

Ora, se, em vez de AFIRMARMOS o antecedente na segunda premissa


(modus ponens), afirmarmos o consequente, cometemos a falácia da
afirmação do consequente.

antecedente consequente

Assim, a falácia da afirmação do consequente comete-se quando, a


partir de uma proposição condicional, se afirma o consequente na
segunda premissa, concluindo-se com a afirmação do antecedente.
As FALÁCIAS - formas de inferência inválidas

Por outro lado, se, em vez de NEGARMOS o consequente na segunda


premissa (modus toIlens), negarmos o antecedente, cometemos a falácia
da negação do antecedente.

Assim, a falácia da negação do antecedente comete-se quando, a partir


de uma proposição condicional, se nega o antecedente na segunda
premissa, concluindo-se com a negação do consequente.
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5. O Discurso Argumentativo e PRINCIPAIS TIPOS de ARGUMENTOS
e FALÁCIAS INFORMAIS

Quando queremos justificar ou refutar um ponto de vista, condenar ou


enaltecer pessoas, situações ou ações, quando necessitamos de avaliar
os prós e os contras de uma teoria, escolha ou decisão, em todos estes
momentos ou outros semelhantes somos levados a fornecer razões a
favor ou contra uma conclusão. Fazemo-lo usando argumentos
DEDUTIVOS e/ou NÃO DEDUTIVOS.

Foi Aristóteles quem, pela primeira vez, distinguiu o âmbito dos


argumentos lógico-formais daquilo que é apenas arguível
(argumentável), estabelecendo três tipos distintos de argumentação
legítima:
5. 1 – Os três tipos de argumentação legítima

→ Argumentação científica, na qual se faz uso da demonstração ou


prova.

→ Argumentação dialética, na qual se infere dedutivamente a


partir de premissas apenas hipotéticas, razoáveis ou
prováveis abertas à discussão.

→ Argumentação retórica, que inclui, também,


procedimentos não dedutivos e que se desenvolve em
torno de um elemento fundamental, a persuasão.
Também definida como arte oratória, da palavra ou arte de
bem falar.
5. 2 – Argumentos indutivos

O que são argumentos indutivos?

Um argumento diz-se indutivo quando se pretende que algo que está


para além do conteúdo das premissas seja de alguma maneira apoiado
por elas ou se torne provável devido a elas.

As inferências indutivas são sempre extrapolações: a conclusão


ultrapassa as premissas, no sentido em que a verdade conjunta das
premissas não garante a verdade da conclusão.

Mesmo que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão esteja


baseada num forte grau de probabilidade, nenhuma inferência não
dedutiva, por muito boa que seja, pode garantir absolutamente uma
conclusão.
Tipos de argumentos: INDUTIVOS (generalização e previsão)
A indução como GENERALIZAÇÃO consiste num
argumento cuja conclusão é mais geral do que a(s)
premissa(s). Uma generalização é válida se cumprir dois
requisitos: se partir de casos particulares representativos
e se não existirem contraexemplos.
INDUTIVOS

Todos os A observados são X.


Logo, todos os A são X.

A indução como PREVISÃO pode ser definida como o


argumento que, baseando-se em casos passados, antevê casos
não observados, presentes ou futuros. A sua validade está
dependente da probabilidade de a conclusão corresponder, ou
não, à realidade. É um tipo de argumento muito usado pelas
ciências.

Todos os A observados (até a este momento) são X.


Logo, todos os A (no futuro) são X.
Argumento por ANALOGIA

O argumento por analogia consiste em partir de


certas semelhanças ou relações entre dois objetos ou
duas realidades e em encontrar novas semelhanças
ou relações.
ANALOGIA

Baseia-se, assim, na comparação que se estabelece


entre as realidades, supondo semelhanças novas a
partir das já conhecidas. Um argumento por analogia
válido é aquele em que as semelhanças entre as
realidades são mais relevantes que as diferenças.
Argumento de AUTORIDADE

O argumento de autoridade pode ser definido como o


argumento que se apoia na opinião de um especialista
para fazer valer a sua conclusão.
AUTORIDADE

Para ser válido deve cumprir 4 requisitos:

1º o especialista deve ser um perito no tema em


questão;
2º não pode existir controvérsia entre os
especialistas do tema em questão;
3º o especialista invocado não pode ter interesses
pessoais no tema em questão;

4º o argumento não pode ser mais fraco que o


argumento contrário.
Principais tipos de FALÁCIAS INFORMAIS
• Petição de princípio - argumento circular;
• Falso dilema;

• Apelo à ignorância – argumentum ad ignorantiam

• Contra o Homem - ad hominem

• Derrapagem - bola de neve ou declive escorregadio

• Boneco de palha – espantalho

• Generalização precipitada;
• Falsa causa - post hoc, ergo propter hoc

• Amostra não representativa;

• Falsa analogia;

• Falácia ad populum -
Falácia da PETIÇÃO DE PRINCÍPIO (argumento circular)

É a falácia que consiste em assumir como verdadeiro aquilo


que se pretende provar.
Falácia do FALSO DILEMA

É a falácia que consiste em reduzir as opções possíveis a apenas


duas, ignorando as restantes.
Falácia APELO À IGNORÂNCIA – argumentum ad ignorantiam

É a falácia do apelo à ignorância - Argumentum ad ignorantiam – é


aquela em que uma proposição é tida como verdadeira só porque não
se provou a sua falsidade ou como falsa só porque não se provou que é
verdadeira.
Falácia CONTRA O HOMEM - ad hominem

Ad hominem é a falácia que se comete quando, em vez de se atacar


ou refutar a tese de alguém, se ataca a pessoa (o ethos) que a
defende.
Falácia da DERRAPAGEM - bola de neve ou declive escorregadio

A falácia da derrapagem
ou “bola do neve” ou
“declive escorregadio” é
a falácia cometida
sempre que alguém,
para refutar uma tese,
apresenta, pelo menos,
uma premissa falsa ou
duvidosa e uma série de
consequências
progressivamente
inaceitáveis.
Falácia BONECO DE PALHA – espantalho

A falácia do boneco de palha ou do espantalho é a falácia cometida


sempre que o orador, em vez de refutar o verdadeiro argumento do
seu opositor/interlocutor, ataca ou refuta uma versão simplificada,
mais fraca e deturpada desse argumento, a fim de ser mais fácil de
rebater a tese oposta.
Falácia da GENERALIZAÇÃO PRECIPITADA
Falácia da FALSA CAUSA - post hoc, ergo propter hoc

A falsa causa também conhecida como post hoc, ergo propter hoc
é a falácia que surge sempre que se toma como causa de algo
aquilo que é apenas um antecedente ou uma qualquer
circunstância acidental.
Falácia da AMOSTRA NÃO REPRESENTATIVA
Falácia da FALSA ANALOGIA
Falácia AD POPULUM
Causa falsa

Apelo à ignorância

Ad hominem

Falso dilema

Petição de princípio
CORREÇÃO da FICHA pág. 102 do manual

1. Construa um ensaio argumentativo a partir do qual convença os seus


colegas a fazerem a separação do lixo.

a) Explique a questão.

Face aos problemas ecológicos que se têm agravado nos


últimos anos, todos e cada um devem dar um contributo para
a melhoria das condições ambientais do nosso planeta. A
separação do lixo é um desses pequenos grandes contributos,
pois permite a reciclagem de vidros, papéis e plásticos.

Só separando o lixo e
b) Apresente uma tese: contribuiremos para um futuro
melhor!
CORREÇÃO da FICHA pág. 102 do manual

c) Apresente argumentos que suportem a tese.

Não são só as grandes indústrias que poluem o ambiente. As


famílias também produzem lixos diários que o prejudicam. Nesse
sentido, as nossas preocupações ecológicas devem começar
precisamente em casa, antes mesmo de criticarmos políticos e
grandes empresários.

Não faz sentido estarmos todos a destruir o planeta que nos acolhe,
ou melhor, a “cuspir na água que bebemos” Além disso, a separação
do lixo não exige grande esforço.
CORREÇÃO da FICHA pág. 102 do manual

d) Considere objeções possíveis e contra-argumentos.

Muitos argumentam que existem poucos ecopontos e que não


fazem a separação do lixo por não haver nenhum próximo da sua
residência. No entanto, tal como nos deslocamos todos os dias para
o nosso local de trabalho, situado, muitas vezes, longe da residência,
a fim de podermos assegurar a nós próprios e a nossa família um
maior bem-estar e uma melhor qualidade de vida, também nos
podemos deslocar para encontrar um ecoponto, a fim de
assegurarmos ou, pelo menos, não comprometermos a
sobrevivência das gerações vindouras.
CORREÇÃO da FICHA pág. 102 do manual

e) Apresente uma conclusão.

A nossa atitude ecológica associada a separação do lixo, ainda que


nos pareça irrelevante, representará, sem dúvida, um contributo
para assegurar as condições ambientais que garantam o futuro da
humanidade.
CORREÇÃO da FICHA pág. 102 do manual
2. Identifique os seguintes argumentos.
Um comentador desportivo afirmou que o
Orçamento de Estado é Justo. Logo, o Argumento de
Orçamento de Estado é justo. autoridade

As girafas têm pescoço comprido. As


toupeiras, sendo animais, são como as Argumento por
girafas. Logo, as toupeiras têm pescoço analogia
comprido.

Todos os meus amigos gostam de ir a Argumento


discotecas. Logo, todas as pessoas gostam de indução por
ir a discotecas. generalização

Todas as sardinhas respiram por guelras. Será


Argumento
de prever que as sardinhas que ainda não
indução por
nasceram respirarão por guelras.
previsão
3. Pronuncie-se acerca da validade desses argumentos, justificando.

a) Inválido, pois o especialista usado não é um perito no tema em


questão.

b) Inválido, porque as semelhanças entre a girafa e a toupeira (o facto de


serem ambas animais) são menos relevantes do que as diferenças que
há entre elas, não permitindo também concluir que ambas têm o
pescoço comprido.

c) Inválido, uma vez que não parte de casos particulares representativos


e existem, decerto, contraexemplos capazes de inviabilizar a conclusão.

d) Válido, pois há forte probabilidade de a conclusão corresponder à


realidade.
4. Apresente um exemplo de um argumento por analogia em que se
estabeleça a comparação entre a gestão de uma escola e o governo de
um país.

Governar um país exige imparcialidade nas decisões de quem governa.


Gerir uma escola é como governar um país.
Logo, gerir uma escola exige imparcialidade nas decisões de quem a
gere.

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