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ÍNDICE

Magistrado é o Juiz de Direito do Juízo Militar, denominação atual


do Auditor, é um bacharel em Direito, que ingressa na carreira por
concurso público de provas e títulos, para o cargo de Juiz de
Direito Substituto, e tem os mesmos deveres, garantias e prerr o-
CÓDIGO DISCIPLINAR – PM/BMCE gativas dos magistrados da primeira instância da Justiça comum.
É ele quem dirige os trabalhos dos conselhos, sendo competente
também para elaboração e prolatação das sentenças.
Os juízes militares integrantes dos Conselhos de Justiça, qualquer que
LEI Nº 13.407, DE 21.11.03 seja sua categoria, são militares da ativa, sorteados entre os nomes cons-
(DOE 02.12.03)
tantes de relações enviadas pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros
Militar a cada uma das Auditorias Judiciárias.
Institui o Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e do
Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, dispõe sobre o
comportamento ético dos militares estaduais, estabelece os proce- III - aos militares reformados do Estado.
dimentos para apuração da responsabilidade administrativo-
Estão sujeitos as regras desta lei; os militares em serviço ativo,
disciplinar dos militares estaduais e dá outras providências.
os da reserva remunerada, ou seja, os aposentados, exceto os
reformados, que são aqueles militares dispensados definitivamen-
te do serviço na ativa da Corporação.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ

Art. 3º. Hierarquia militar estadual é a ordenação progressiva


Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanci- da autoridade, em graus diferentes, da qual decorre a obediência,
ono a seguinte Lei: dentro da estrutura da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
Militar, culminando no Governador do Estado, Chefe Supremo das
CAPÍTULO I Corporações Militares do Estado.
Das Disposições Gerais § 1º. A ordenação da autoridade se faz por postos e gradua-
ções, de acordo com o escalonamento hierárquico, a antiguidade e
a precedência funcional.
Art. 1º. Esta Lei institui o Código Disciplinar da Polícia Militar Escalonamento hierárquico é a distribuição de maneira ordenada,
do Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, obedecendo à hierarquia de determinada classe ou grupo, no
Corporações Militares Estaduais organizadas com base na hierar- caso do militares estaduais são os postos e as graduações.
quia e na disciplina, dispõe sobre o comportamento ético dos milita-
res estaduais e estabelece os procedimentos para apuração da
responsabilidade administrativo-disciplinar dos militares estaduais. § 2º. Posto é o grau hierárquico dos oficiais, conferido por ato
do Governador do Estado e confirmado em Carta Patente ou Folha
As Corporações Militares Estaduais PMCE e CBMCE são ba sea-
das na hierarquia (ordenação progressiva da autoridade que se
de Apostila.
inicia no aluno soldado, soldado, cabo, 3º Sargento, 2 º sargento, Carta Patente é um diploma confirmatório do posto, das prerrogativas e dos
1º Sargento, Subtenente, aluno do CFO, 2º Tenente, Capitão, direitos e deveres do oficial, nos termos da lei. Sendo conferida Carta
Major, Tenente-coronel, Coronel, Coronel Cmt Geral, culminando Patente para o posto de 2º Tenente e para o pos to de Major.
no Governador do Estado, chefe supremo das Corporações) e na
As promoções dos oficiais são confirmadas em folhas de apostilas
disciplina (que é aceitação da ordenação hierárquica, das leis,
normas, regulamentos e ordens) e estabelece a forma como serão que são anexadas à carta patente e só produz seus efeitos qua n-
apuradas as transgressões cometidas pelos mil itares. do apresentada juntamente com esta.

Art. 2º. Estão sujeitos a esta Lei os militares do Estado do § 3º. Graduação é o grau hierárquico das praças, conferido
serviço ativo, os da reserva remunerada, nos termos da legislação pelo Comandante-Geral da respectiva Corporação Militar.
vigente. EMECE - Art.30. Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica: nas Corporações Militares Estaduais são fixados nos esquemas e
parágrafos seguintes:
I - aos militares do Estado, ocupantes de cargos públicos não
militares ou eletivos;
Cargo público não militar é aquele que não faz parte das atribu i-
ções inerentes à função policial militar, ou seja, não se enquadra
em nenhuma das atividades da Corporação, desta forma o militar
poderá ficar à disposição de outros órgãos, como por exe mplo:
Secretaria de educação, PGE, secretaria de meio ambiente e etc .

II - aos Magistrados da Justiça Militar;

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Art. 4º. A Antiguidade entre os militares do Estado, em igual- II - relativamente aos bombeiros militares, à proteção da pes-
dade de posto ou graduação, será definida, sucessivamente, pelas soa, visando sua incolumidade em situações de risco, infortúnio ou
seguintes condições: de calamidade.
I - data da última promoção; O CBMCE tem como atribuições básicas; Garantia da integridade
II - prevalência sucessiva dos graus hierárquicos anteriores; física das pessoas a prevenção e o combate a incêndios e a sit u-
ações de pânico, assim como ações de busca e salvamento de
III - classificação no curso de formação ou habilitação; pessoas e bens; o desenvolvimento de atividades educativas
IV - data de nomeação ou admissão; relacionadas com a defesa civil e a prevenção de incêndio e etc.

V - maior idade.
§ 1º. Aplicada aos componentes das Corporações Militares,
independentemente de posto ou graduação, a deontologia policial-
Parágrafo único. Nos casos de promoção à primeiro-tenente, militar reúne princípios e valores úteis e lógicos a valores espirituais
de nomeação de oficiais, ou admissão de cadetes ou alunos- superiores, destinados a elevar a profissão do militar estadual à
soldados prevalecerá, para efeito de antiguidade, a ordem de classi-
condição de missão.
ficação obtida nos respectivos cursos ou concursos.
Aplicada a todos os militares estaduais; oficiais e praças da Pol í-
Quando tivermos dois militares no mesmo posto ou na mesma cia Militar e do Corpo de Bombeiros militar.
graduação, o mais antigo é quem assume o comando. Ex: Dois
sargentos o mais antigo assume o serviço como CMT da viatura.
§ 2º. O militar do Estado prestará compromisso de honra, em
caráter solene, afirmando a consciente aceitação dos valores e
Art. 5º. A precedência funcional ocorrerá quando, em igualda-
deveres militares e a firme disposição de bem cumpri-los.
de de posto ou graduação, o oficial ou a praça:
(art. 49. I, a), do EMECE - Quando se tratar de Praça na PMCE:
I - ocupar cargo ou função que lhe atribua superioridade funci-
“Ao ingressar na Polícia Militar do Ceará, prometo regular a minha
onal sobre os integrantes do órgão ou serviço que dirige, comanda conduta pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente as o r-
ou chefia; dens das autoridades a que estiver subordinado e dedicar -me
II - estiver no serviço ativo, em relação aos inativos. inteiramente ao serviço policial-militar, à polícia ostensiva, à
preservação da ordem pública e à segurança da comunidade,
No caso da precedência funcional, despreza-se a antiguidade, mesmo com o risco da própria vida”.
pois em virtude da função mesmo que o militar seja mais mode r-
no, ele poderá passar determinações ao mais antigo.
Ex: O Coronel Chico (Cmt Geral Adjunto do CBMCE) com 02 anos Seção II
no Posto de Coronel pode passar determinações a outros Cor o-
Dos Valores Militares Estaduais
néis do CBMCE, mesmo que estes sejam mais antigos.

Art. 7º. Os valores fundamentais, determinantes da moral mili-


CAPÍTULO II
tar estadual, são os seguintes:
Da Deontologia Policial-Militar
I - o patriotismo;
Seção I
Patriotismo é o sentimento de orgulho, amor, e devoção à pátria, aos seus
Disposições Preliminares símbolos (bandeira, hino, brasão, vultos históricos e riquezas naturais).

Art. 6º. A deontologia militar estadual é constituída pelos valo- II - o civismo;


res e deveres éticos, traduzidos em normas de conduta, que se
O termo civismo refere-se a atitudes e comportamentos que no dia-a-dia
impõem para que o exercício da profissão do militar estadual atinja
manifestam os cidadãos na defesa de certos valores e práticas assumidas
plenamente os ideais de realização do bem comum, mediante: como os deveres fundamentais para a vida coletiva, visando a preservar a
Deontologia significa tratado do dever, significando ainda o co n- sua harmonia e melhorar o bem-estar de todos. Mais especificamente, o
junto de deveres, princípios e normas que determinados profiss i- civismo consiste no respeito aos valores, às instituições e às práticas
onais adotam. Serve para nortear, indicar o que é necessário e especificamente políticas de um país.
moralmente aceito para o exercício de uma profissão.

III - a hierarquia;
I - relativamente aos policiais militares, a preservação da or- Hierarquia militar estadual é a ordenação progressiva da autoridade, em
dem pública e a garantia dos poderes constituídos; graus diferentes, da qual decorre a obediência, dentro da estrutura da
Poderes constituídos: Executivo, Legislativo e Judiciário. A Pol í- Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. (Art. 3º do CD e art. 29 do
EMECE)
cia Militar deve garantir o pleno exercício dos três poderes.
IV - a disciplina;
A disciplina militar é o exato cumprimento dos deveres do militar estadual,
traduzindo-se na rigorosa observância e acatamento integral das leis, regu-

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lamentos, normas e ordens, por parte de todos e de cada integrante da I - cultuar os símbolos e as tradições da Pátria, do Estado do
Corporação Militar. (Art. 9º) Ceará e da respectiva Corporação Militar e zelar por sua inviolabili-
dade;
V - o profissionalismo; O militar estadual deve respeito às seguintes Bandeiras: Naci o-
nal, Estadual, e da sua corporação, além do respeito ao Hino
Profissionalismo é procedimento característico dos bons profissionais Nacional, Hino do Estado do Ceará e a Cançã o da Corporação.
(seriedade, competência, responsabilidade etc.)

II - cumprir os deveres de cidadão;


VI - a lealdade;
Todos os brasileiros, independente da condição social, cor, etnia ou reli-
Lealdade significa consideração aos preceitos que dizem respeito à honra, gião, possuem direitos e deveres. O Militar Estadual é cidadão como
à decência e à honestidade, aquele que honra seus compromissos com qualquer outro, e, portanto, tem os mesmos deveres. Ex: Resp ei-
retidão e responsabilidade. Os militares devem lealdade à pátria e a sobe- tar e cumprir a legislação (leis) do país;
rania popular.
- Escolher, através do voto, os governantes do país (presidente
da República, deputados federais e estaduais; senadores, prefe i-
VII - a constância; tos, governadores de estados e vereadores);
- Respeitar os direitos dos outros cidadãos, sejam eles brasileiros
Constante é aquele que tem estabilidade funcional, que cumpre as ordens
ou estrangeiros;
e determinações legais sem nenhuma ou quase nenhuma alteração,
transmitindo segurança e confiança, proporcionando o desenvolvimento de - Tratar com respeito e solidariedade todos os cidadãos, princ i-
tarefas com excelente desempenho. palmente os idosos, as crianças e as pessoas com deficiências
físicas;
- Proteger e educar, da melhor forma possível, os filhos e outras
VIII - a verdade real; pessoas que dependem de nós;
O militar estadual deve sempre pautar-se pela verdade real, dos fatos. - Colaborar para a preservação do patrimônio histórico -cultural do
Brasil;
- Ter atitudes que ajudem na preservação do meio ambiente e dos
IX - a honra; recursos naturais, etc.
A honra é julgamento que determina o caráter de uma pessoa exatamente:
se ou não a pessoa reflete honestidade, respeito, integridade ou justiça. O
militar deve ser honrado em todos os aspectos, ou seja, virtuoso, corajoso,
III - preservar a natureza e o meio ambiente;
honesto etc. Para melhor defender e preservar o meio ambiente, ficando subordinada ao
Comando de Policiamento da Capital foi criado o Batalhão Policial Militar
Ambiental.
X - a dignidade humana;
O "Princípio da dignidade da pessoa humana" é um valor moral e espiri-
tual inerente à pessoa, ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito,
IV - servir à comunidade, procurando, no exercício da suprema
e tal constitui o princípio máximo do estado democrático de direito. missão de preservar a ordem pública e de proteger a pessoa, pro-
mover, sempre, o bem estar comum, dentro da estrita observância
das normas jurídicas e das disposições deste Código;
XI - a honestidade; V - atuar com devotamento ao interesse público, colocando-o
Honestidade significa falar a verdade, não omitir, não dissimular. O militar acima dos anseios particulares;
que é honesto repudia a malandragem a esperteza de querer levar vanta-
Os militares estaduais, bem como a administração pública como um todo
gem em tudo. A Honestidade, de maneira explícita, é a obediência incondi-
devem vincular e direcionar seus atos de modo a garantir que interesses
cional às regras morais existentes.
privados não prevaleçam nem sucumbam os interesses e necessidades da
sociedade como um todo. Trata-se do princípio da Supremacia do interes-
se público.
XII - a coragem.
Coragem é um sentimento que significa ter moral forte perante o perigo, os
riscos; ser bravo, intrépido. VI - atuar de forma disciplinada e disciplinadora, com respeito
mútuo a superiores e a subordinados, e com preocupação para com
a integridade física, moral e psíquica de todos os militares do Esta-
Seção III do, inclusive dos agregados, envidando esforços para bem encami-
Dos Deveres Militares Estaduais nhar a solução dos problemas surgidos;
Trata-se do respeito mútuo entre subordinados e superiores e
Art. 8º. Os deveres éticos, emanados dos valores militares es- vice-versa. Ex: O subordinado deve prestar continência ao sup e-
rior, que por sua vez é obrigado a responder este cumprimento.
taduais e que conduzem a atividade profissional sob o signo da
retidão moral, são os seguintes: VII - ser justo na apreciação de atos e méritos dos subordi-
nados;

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A justiça deve prevalecer na análise de atos e méritos dos subo r- O militar estadual constantemente depara-se com dificuldades
dinados, por parte dos superiores hierárquicos. das mais diversas, tais como: partos dentro de viatura, primeiros
socorros em acidentes, dentre outros; mesmo sem dispor de ma-
terial necessário para agir em tais situações. E nem por isso o
VIII - cumprir e fazer cumprir, dentro de suas atribuições le- militar poderá se afligir frente a estas dificuldades.
galmente definidas, a Constituição, as leis e as ordens legais das
autoridades competentes, exercendo suas atividades com res-
ponsabilidade, incutindo este senso em seus subordinados; XV - zelar pelo bom nome da Instituição Militar e de seus
componentes, aceitando seus valores e cumprindo seus deveres
A obediência hierárquica é a denominação jurídica para o vínculo de su- éticos e legais;
bordinação ao qual estão submetidos o superior hierárquico e o subordina-
do em uma organização militar. Deste vínculo decorre o poder hierárquico, Aqueles que almejam ingressar nas corporações militares estad u-
por parte do superior. O subordinado é obrigado a acatar todas as ais devem saber das dificuldades que vai enfrentar ao longo de
ordens legais dos superiores, sendo desobrigado a cumprir d e- sua carreira e, portanto não pode, nem deve denegrir a imagem
terminações ilegais. da Instituição por palavras ou atitude s praticadas.

IX - dedicar-se em tempo integral ao serviço militar estadual, XVI - manter ambiente de harmonia e camaradagem na vida
buscando, com todas as energias, o êxito e o aprimoramento técni- profissional, solidarizando-se com os colegas nas dificuldades,
co-profissional e moral; ajudando-os no que esteja ao seu alcance;
O militar estadual tem dedicação exclusiva ao serviço e, portanto, Nada impede que um companheiro de trabalho seja auxiliado
não poderá realizar outra atividade profissional, não relacionada pelos companheiros em alguma situação de dificuldade que venha
com a missão militar estadual. a passar, seja esta dificuldade do tipo que for. Porém os militares
estaduais não devem ser Corporativistas e nem deixar de cumprir
seu dever na presença de um companheiro de farda que pratica
X - estar sempre disponível e preparado para as missões que algum delito.
desempenhe;
O militar estadual não tem uma escala de serviço definida por lei XVII - não pleitear para si, por meio de terceiros, cargo ou fun-
e, portanto não tem horário para sair do serviço. O inciso dispõe ção que esteja sendo exercido por outro militar do Estado;
ainda da disponibilidade do militar para o desempenho das mais
diversas missões que podem surgir, como: escalas a pé, em m o- O Militar estadual deve abster -se de, a qualquer custo, querer de
tos, viaturas, serviços administrativos do quartel, eventos fest i- alguma forma, o cargo ocupado por colega.
vos, culturais, esportivos e etc.

XVIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e particular;


XI - exercer as funções com integridade e equilíbrio, segundo Significa dizer que o militar estadual deve agir sempre de acordo com a
os princípios que regem a administração pública, não sujeitando o ordem, a moral e os bons costumes, seja na vida pública ou na particular.
cumprimento do dever a influências indevidas;
Os princípios da administração pública, como: Legalidade, Impe s-
soalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência e outros devem ser XIX - conduzir-se de modo não subserviente, sem ferir os prin-
seguidos pelos militares estaduais no cumprimento do seu dever. cípios de hierarquia, disciplina, respeito e decoro;
Não podendo ainda o militar se sujeitar a inf luência de pessoas Subserviente é o “bajulador”, “Babão”, o militar jamais deve agir
não autorizadas a opinar no serviço. de forma servil, deve prezar sempre pelo profissionalismo.

XII - procurar manter boas relações com outras categorias pro- XX - abster-se do uso do posto, graduação ou cargo para ob-
fissionais, conhecendo e respeitando-lhes os limites de competên- ter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar
cia, mas elevando o conceito e os padrões da própria profissão, negócios particulares ou de terceiros, exercer sempre a função
zelando por sua competência e autoridade; pública com honestidade, não aceitando vantagem indevida, de
A Polícia militar sempre trabalha em parceria com outras categ o- qualquer espécie;
rias profissionais como: DETRAN, AMC, GM, PRF, IBAMA, S E- Como exemplo temos as milícias, quadrilhas formadas por polic i-
MACE, dentre outras, desta forma, deve o militar procurar agir ais civis e militares, é um exemplo de uso indevido do posto,
dentro da legalidade e respeitando a com petência de cada agen- graduação ou cargo para encaminhar negócios particulares.
te, gerando assim uma relação de aproximação com tais agentes,
estreitando os laços.
XXI - abster-se, ainda que na inatividade, do uso das desig-
nações hierárquicas em:
XIII - ser fiel na vida militar, cumprindo os compromissos rela-
cionados às suas atribuições de agente público; a) atividade político-partidária, salvo quando candidato a cargo
eletivo;
XIV - manter ânimo forte e fé na missão militar, mesmo diante
das dificuldades, demonstrando persistência no trabalho para supe- b) atividade comercial ou industrial;
rá-las;

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c) pronunciamento público a respeito de assunto militar, salvo XXIX - observar os direitos e garantias fundamentais, agindo
os de natureza técnica; com isenção, equidade e absoluto respeito pelo ser humano, não se
d) exercício de cargo ou função de natureza civil; prevalecendo de sua condição de autoridade pública para a prática
de arbitrariedade;
O candidato a cargo eletivo pode usar sua designação hierárqu i-
ca. Ex: Capitão Wagner para Deputado Estadual e Cabo Sabino Os direitos e garantais fundamentais da dignidade da pessoa
para Deputado Federal, dentre outros. humana, são parâmetros de limitação dos agentes do Estado na
consecução de suas atribuições, desta forma, o militar estadual,
no exercício de sua função, deve atuar com estrito respeito a
XXII - prestar assistência moral e material ao lar, conduzindo-o dignidade da pessoa humana.
como bom chefe de família;
Ser chefe de família é esforçar-se para MULTIPLICAR momentos felizes, XXX - não usar meio ilícito na produção de trabalho intelectual
procurando cumprir à risca e a bom termo todos os encargos que o posto ou em avaliação profissional, inclusive no âmbito do ensino;
de líder lhe exige, e não ficar bebericando com os amigos gastando dinhei-
ro à toa quando há insuficiência de pão à sua mesa. Com o advento da internet e outras tecnologias, o militar estadual
poderá tentar plagiar um trabalho da internet, ou praticar qual quer
irregularidade na confecção de trabalho intelectual. Tal atitude
XXIII - considerar a verdade, a legalidade e a responsabilidade não é permitida, podendo inclusive gerar a exclusão do candidato
como fundamentos de dignidade pessoal; do concurso público.

XXIV - exercer a profissão sem discriminações ou restrições


de ordem religiosa, política, racial ou de condição social; XXXI - não abusar dos meios do Estado postos à sua dis-
O policial militar não deve se envolver, ou se posicionar a favor posição, nem distribuí-los a quem quer que seja, em detrimento dos
de qualquer das partes em atendimento de ocorrências. Em caso fins da administração pública, coibindo, ainda, a transferência, para
de dúvida, o agente de segurança deve encaminhar os envolvidos fins particulares, de tecnologia própria das funções militares;
para a delegacia para que a autoridade policial apure o fato e Alguns militares estaduais têm a sua disposição; viatura, aparelho
tome as providências legais cabíveis. celular, bem como outros materiais e equipamentos do Estado
para serem usados exclusivamente para o interesse público,
todavia, acabam por usá-los para fins particulares, sendo esta
XXV - atuar com prudência nas ocorrências militares, evitando
conduta reprovada pela lei.
exacerbá-las;
Ou seja, Evitar se exceder, ser desproporcional, ir além do n e-
cessário, caso contrário, poderá responder cível, penal e admini s- XXXII - atuar com eficiência e probidade, zelando pela econo-
trativamente pelos seus atos. mia e conservação dos bens públicos, cuja utilização lhe for con-
fiada;

XXVI - respeitar a integridade física, moral e psíquica da pes- Eficiência é a capacidade de realizar tarefas ou trabalhos de
modo eficaz e com o mínimo de desperdício; produtividade. Pr o-
soa do preso ou de quem seja objeto de incriminação, evitando o
bidade significa retidão ou integridade de caráter; honestidade e
uso desnecessário de violência; honradez. O militar estadual deve tratar o bem público com o
A partir do momento que o indivíduo é preso ou detido ele fica devido zelo, empenho extraordinário na execução dos deveres.
sob custódia do Estado e deve ter sua integridade física prese r-
vada, ainda que tenha acabado de cometer um crime grave e tudo
que acontecer com ele será responsabilidade do Estado. XXXIII - proteger as pessoas, o patrimônio e o meio ambiente
com abnegação e desprendimento pessoal;
A preservação ambiental ou proteção ambiental é uma prática de
XXVII - observar as normas de boa educação e de discrição
proteger o ambiente natural em níveis individuais, organizacionais
nas atitudes, maneiras e na linguagem escrita ou falada; ou governamentais, para o benefício tanto do meio ambiente
O Militar estadual deve evitar o uso indiscriminado de gírias, como dos seres humanos. A PMCE possui uma subunidade re s-
códigos ou de qualquer linguajar indevido, principalmente no ponsável pela proteção desta riqueza: Companhia de Policiame n-
atendimento de ocorrências e em entrevistas concedidas à i m- to do Meio Ambiente.
prensa.

XXXIV - atuar onde estiver, mesmo não estando em serviço,


XXVIII - não solicitar publicidade ou provocá-lo visando a pró- para preservar a ordem pública ou prestar socorro, desde que não
pria promoção pessoal; exista, naquele momento, força de serviço suficiente;
O militar deve evitar o aparecimento demas iado na imprensa Mesmo no período de folga o militar estadual tem obrigação de
escrita ou falada. A corporação já dispõe de uma assessoria de agir, desde que não exista naquele momento pessoal de serviço
comunicação responsável em repassar todas as informações prestando tal apoio.
necessárias a sociedade. Geralmente, quem o faz, faz no sentido
de futuramente conseguir algum cargo político. Esta ati tude é
reprovável. XXXV - manter atualizado seu endereço residencial, em seus
registros funcionais, comunicando qualquer mudança;

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É obrigação do militar estadual manter devidamente atualizado o CAPÍTULO III
seu endereço bem como seu número de telefone, pois, em certas Da Disciplina Militar
situações precisará ser localizado, mesmo no período de férias ou
de folga.
Art. 9º. A disciplina militar é o exato cumprimento dos deveres
do militar estadual, traduzindo-se na rigorosa observância e acata-
XXXVI – cumprir o expediente ou serviços ordinário e extraor-
mento integral das leis, regulamentos, normas e ordens, por parte
dinário, para os quais, nestes últimos, esteja nominalmente escala-
de todos e de cada integrante da Corporação Militar.
do, salvo impedimento de força maior.
O militar estadual deve ser assíduo e pontual, não faltando ou
atrasando-se para o serviço ou para o expediente, salvo imped i- § 1º. São manifestações essenciais da disciplina:
mentos, de força maior, devidamente comprovados como: probl e- I - a observância rigorosa das prescrições legais e regula-
ma de saúde, acompanhamento de dependente em hospital, de n-
mentares;
tre outros.
II - a obediência às ordens legais dos superiores;
III - o emprego de todas as energias em benefício do serviço;
§ 1º. Ao militar do Estado em serviço ativo é vedado exercer
atividade de segurança particular, comércio ou tomar parte da ad- IV - a correção de atitudes;
ministração ou gerência de sociedade empresária ou dela ser sócio V - as manifestações espontâneas de acatamento dos valores
ou participar, exceto como acionista, cotista ou comanditário. e deveres éticos;
O acionista é um sócio capitalista que participa na gestão da VI - a colaboração espontânea na disciplina coletiva e na efi-
sociedade na mesma medida em que detém capital da mesma, ciência da Instituição.
tendo por isso, direitos de voto proporcionais à quantidade de
ações que possui. Os militares estaduais obedecem à hierarquia co nforme os postos
ou graduações dos quais são detentores. Os inferiores se obrigam
Cotista é aquele que participa de uma despesa ou de uma e m-
a obedecer aos superiores. Essa é uma norma inquestionável da
presa com cota(s).
vida militar. Ao prestar o compromisso de honra o militar assume
Comanditário é o sócio que, na sociedade em comandita, entra essa conduta. Negá-la é negar-se a ser militar. Desta forma, os
apenas com o dinheiro e não tem qualquer responsabilidade ad i- superiores têm o poder-dever de dar ordens e os subordinados de
cional. executá-las prontamente, porém essas ordens devem ser legais,
As situações de acionista, cotista ou comanditários são permit i- ou seja, dentro dos limites estabelecidos pela Lei.
das, pois não vão tomar o tempo do militar que faz o inv estimento
e passa a acompanhá-los sem ter que participar da administração
de tais bens. § 2º. A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser manti-
dos, permanentemente, pelos militares do Estado, tanto no serviço
ativo, quanto na inatividade.
§ 2º. Compete aos Comandantes fiscalizar os subordinados
O militar da reserva remunerada ainda pode ser punido discipl i-
que apresentarem sinais exteriores de riqueza, incompatíveis com a
narmente.
remuneração do respectivo cargo, provocando a instauração de
procedimento criminal e/ou administrativo necessário à comprova-
ção da origem dos seus bens. § 3º. A camaradagem é indispensável à formação e ao conví-
Quando o militar passa a apresentar crescimento patrimonial vio do militar, incumbindo aos comandantes incentivar e manter a
incompatível com sua remuneração, tal fato deve ser investigado harmonia e a solidariedade entre os seus comandados, promoven-
para garantir que tal militar não vem se beneficiando de sua fun- do estímulos de aproximação e cordialidade.
ção pública por obter vantagens ilícitas.
A camaradagem torna-se indispensável à formação e ao convívio da famí-
lia policia militar, cumprindo existir as melhores relações sociais entre os
policiais militares. Tem como significado a atitude tida como própria de
§ 3º. Aos militares do Estado da ativa são proibidas mani-
amigo ou camarada, bem como convivência íntima e agradável, ou seja,
festações coletivas sobre atos de superiores, de caráter reivindica- camaradagem é o companheirismo, a amizade, solidariedade, familiarida-
tório e de cunho político-partidário, sujeitando-se as manifestações de, etc.
de caráter individual aos preceitos deste Código.
O militar não poderá fazer ou participar de abaixo -assinado, mo-
vimentos reivindicatórios, nem tampouco de greves. § 4º. A civilidade é parte integrante da educação polici-
al-militar, cabendo a superiores e subordinados atitudes de respeito
e deferência mútuos.
§ 4º. É assegurado ao militar do Estado inativo o direito de Art. 10. As ordens legais devem ser prontamente acatadas e
opinar sobre assunto político e externar pensamento e conceito executadas, cabendo inteira responsabilidade à autoridade que as
ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse determinar.
público, devendo observar os preceitos da ética militar e preservar
os valores militares em suas manifestações essenciais. § 1º. Quando a ordem parecer obscura, o subordinado, ao re-
cebê-la, poderá solicitar que os esclarecimentos necessários sejam
oferecidos de maneira formal.

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É garantido ao subordinado, quando acreditar que está recebendo §4º A disciplina e o comportamento do militar estadual estão
uma determinação, ou ordem que parece ser ilegal, que a mesma sujeitos à fiscalização, disciplina e orientação pela Controladoria
seja dada de maneira formal, ou seja, por escrito. Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Penitenciário, na forma da lei:‖ (NR-lei 14.933/11 e Lei Complementar nº
098/11)
§ 2º. Cabe ao executante que exorbitar no cumprimento da or-
dem recebida à responsabilidade pelo abuso ou excesso que come-
ter, salvo se o fato é cometido sob coação irresistível ou sob estreita Seção II
obediência à ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierár- Da Transgressão Disciplinar
quico, quando só será punível o autor da coação ou da ordem.
Exorbitar significa ultrapassar os limites do justo ou razoável;
exceder-se, ir além da determinação. Desta forma, o executor da
Art. 12. Transgressão disciplinar é a infração administrativa
ordem vai responder pelo excesso. A menos que o executor est e- caracterizada pela violação dos deveres militares, cominando ao
ja sendo coagido de forma irresistível. infrator as sanções previstas neste Código, sem prejuízo das res-
ponsabilidades penal e civil.

CAPÍTULO IV
§ 1º. As transgressões disciplinares compreendem:
Da Violação dos Valores, dos Deveres e da Disciplina
I - todas as ações ou omissões contrárias à disciplina militar,
Seção I
especificadas no artigo seguinte, inclusive os crimes previstos nos
Disposições Preliminares Códigos Penal ou Penal Militar;
II - todas as ações ou omissões não especificadas no artigo
Art. 11. A ofensa aos valores e aos deveres vulnera a discipli- seguinte, mas que também violem os valores e deveres militares.
na militar, constituindo infração administrativa, penal ou civil, isolada
ou cumulativamente.
§ 2º. As transgressões disciplinares previstas nos itens I e II
O militar estadual, como qualquer outro servidor público, poderá do parágrafo anterior, serão classificadas como graves, desde que
ser responsabilizado nas esferas administrati va, penal e civil de venham a ser:
forma isolada, ou cumulativamente.
I - atentatórias aos Poderes Constituídos, às instituições ou ao
Estado;
§ 1º. O militar do Estado é responsável pelas decisões que II - atentatórias aos direitos humanos fundamentais;
tomar ou pelos atos que praticar, inclusive nas missões expressa-
mente determinadas, bem como pela não observância ou falta de III - de natureza desonrosa.
exação no cumprimento de seus deveres. Todas as transgressões graves se enquadram como: atentatórias
aos Poderes Constituídos, às instituições ou ao Estado; atentat ó-
Falta de exação significa falta de exatidão, de cuidado e de co m-
rias aos direitos humanos fundamentais ou de natureza desonro-
promisso, ou seja, quando o militar deixar de cumprir a ordem no
sa.
momento em que for determinada.

§ 3º. As transgressões previstas no inciso II do § 1º e não en-


§ 2º. O superior hierárquico responderá solidariamente, na es-
quadráveis em algum dos itens do § 2º, deste artigo, serão classifi-
fera administrativo-disciplinar, incorrendo nas mesmas sanções da
cadas pela autoridade competente como médias ou leves, conside-
transgressão praticada por seu subordinado quando:
radas as circunstâncias do fato.
I - presenciar o cometimento da transgressão deixando de
§ 4º. Ao militar do Estado, aluno de curso militar, aplica-se, no
atuar para fazê-la cessar imediatamente;
que concerne à disciplina, além do previsto neste Código, subsidia-
II - concorrer diretamente, por ação ou omissão, para o co- riamente, o disposto nos regulamentos próprios dos estabelecimen-
metimento da transgressão, mesmo não estando presente no local tos de ensino onde estiver matriculado.
do ato.
Aos alunos devidamente matriculados nos cursos de formação
Nesses casos o superior deverá ser punido juntamente com o aplicam-se as regras do regulamento disciplinar das corporações
subordinado, pois foi omisso ou contribuiu para o acontecimento militares estaduais, bem como o Regulamento da Academia (local
da transgressão. onde os militares são formados).

§ 3º. A violação da disciplina militar será tão mais grave quan- § 5º. A aplicação das penas disciplinares previstas neste Có-
to mais elevado for o grau hierárquico de quem a cometer. digo independe do resultado de eventual ação penal ou cível.
O superior deverá ser punido de forma mais severa que o subo r- As esferas administrativa, penal e civil são independentes e,
dinado, quando os dois cometerem a mesma transgressão. portanto a punição ou a absolvição não estão atreladas a result a-
do de outra esfera.

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Art. 13. As transgressões disciplinares são classificadas, de Só quem poderá liberar preso é autoridade judiciária competente,
acordo com sua gravidade, em graves (G), médias (M) e leves (L), e, portanto o militar (praça ou oficial) jamais poderá praticar tal
conforme disposto neste artigo. ato.

§ 1º São transgressões disciplinares graves: XII - receber vantagem de pessoa interessada no caso de fur-
to, roubo, objeto achado ou qualquer outro tipo de ocorrência ou
I - desconsiderar os direitos constitucionais da pessoa no ato
procurá-la para solicitar vantagem (G);
da prisão (G);
Estas condutas são consideradas crimes e, portant o, são puníveis
II - usar de força desnecessária no atendimento de ocorrência
também na esfera penal.
ou no ato de efetuar prisão (G);
O militar estadual deve sempre agir dentro da legalidade no uso proporcio-
nal da força, não podendo infringir nenhuma lei da constituição na sua XIII - receber ou permitir que seu subordinado receba, em ra-
ação. É necessário também, agir com proporcionalidade, sem excessos, e zão da função pública, qualquer objeto ou valor, mesmo quando
também a conveniência em suas ações, seja equilibrado. oferecido pelo proprietário ou responsável (G);
A administração Pública proíbe o militar estadual de receber
III - deixar de providenciar para que seja garantida a inte- qualquer vantagem em razão da função que exerce. Se o militar
receber qualquer vantagem em razão da função estará sujeito a
gridade física das pessoas que prender ou detiver (G);
ser punido também na esfera penal.
IV - agredir física, moral ou psicologicamente preso sob sua
guarda ou permitir que outros o façam (G);
XIV - apropriar-se de bens pertencentes ao patrimônio público
V - permitir que o preso, sob sua guarda, conserve em seu
ou particular (G);
poder instrumentos ou outros objetos proibidos, com que possa ferir
a si próprio ou a outrem (G); Caracteriza-se como crimes; Peculato, furto, apropriação indébita,
dentre outros.
“A partir do momento que o indivíduo se encontra preso ou detido
ele está sob custódia do Estado e tudo que acontecer com ele
será responsabilidade do Estado”. XV - empregar subordinado ou servidor civil, ou desviar qual-
quer meio material ou financeiro sob sua responsabilidade ou não,
VI - faltar com a verdade (G); para a execução de atividades diversas daquelas para as quais
foram destinadas, em proveito próprio ou de outrem (G);
“O militar é servidor público e deve sempre primar pela verdade”.
Ocorre por exemplo, quando o Comandante ou o superior hierá r-
quico utiliza subordinado para executar serviços particulares,
VII - ameaçar, induzir ou instigar alguém para que não declare durante o horário do expediente.
a verdade em procedimento administrativo, civil ou penal (G);
Esta conduta também é tipificada como crime e, portanto quem XVI - provocar desfalques ou deixar de adotar providências, na
ameaça pode responder administrativamente, civil e penalmente. esfera de suas atribuições, para evitá-los (G);
Ocorre quando o militar desvia bens da administração pública ou
VIII - utilizar-se do anonimato para fins ilícitos (G); valor pecuniário ou não toma as providências para evita -lo.

Esta conduta também é proibida pela Constituição Federal.


XVII - utilizar-se da condição de militar do Estado para obter
facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar ne-
IX - envolver, indevidamente, o nome de outrem para es-
gócios particulares ou de terceiros (G);
quivar-se de responsabilidade (G);
XVIII - dar, receber ou pedir gratificação ou presente com fi-
Tentar atribuir a responsabilidade de algum ato a outrem. nalidade de retardar, apressar ou obter solução favorável em qual-
quer ato de serviço (G);
X - publicar, divulgar ou contribuir para a divulgação irrestrita Ao servidor público, civil ou militar é proibido valer-se do cargo
de fatos, documentos ou assuntos administrativos ou técnicos de para lograr qualquer proveito pessoal ou de outrem, em detrime n-
natureza militar ou judiciária, que possam concorrer para o despres- to da dignidade da função pública.
tígio da Corporação Militar:
Os fatos ocorridos na administração só devem ser leva dos a pú- XIX - fazer, diretamente ou por intermédio de outrem, agio-
blico quando autorizado pelos gestores públicos. tagem ou transação pecuniária envolvendo assunto de serviço,
bens da administração pública ou material cuja comercialização seja
XI - liberar preso ou detido ou dispensar parte de ocorrência proibida (G);
sem competência legal para tanto (G); A agiotagem é conduta proibida, principalmente se é praticada por
militar, pagar ou receber para agilizar proces so de férias ou licen-
ças, por exemplo.

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XX - exercer, o militar do Estado em serviço ativo, a função de XXIX - recriminar ato legal de superior ou procurar desconsi-
segurança particular ou administrar ou manter vínculo de qualquer derá-lo (G);
natureza com empresa do ramo de segurança ou vigilância (G); O militar deve ser disciplinado e quando passa a recriminar ato
O militar estadual deve dedicação exclusiva à função policial legal praticado por superior, ou seja, passa a fazer acusações;
militar, sendo o serviço de segurança particular expressamente criticar amargamente, se torna indisciplinado.
proibido, bem como outras atividades.

XXX - ofender, provocar ou desafiar superior, igual ou subor-


XXI - exercer qualquer atividade estranha à Instituição Militar dinado hierárquico ou qualquer pessoa, estando ou não de serviço
com prejuízo do serviço ou com emprego de meios do Estado ou (G);
manter vínculo de qualquer natureza com organização voltada para XXXI - promover ou participar de luta corporal com superior,
a prática de atividade tipificada como contravenção ou crime(G); igual, ou subordinado hierárquico (G);
Ao militar estadual é proibido exercer outra atividade e principa l- Ocorre quando o militar entra nas “vias de fato”, sendo esta atit u-
mente se esta atividade tiver relação com crime. Ex : Milícias, de totalmente proibida no âmbito militar, independente de quem
Jogo do bicho, dentre outras. dê causa.

XXII - exercer, o militar do Estado em serviço ativo, o comércio XXXII - ofender a moral e os bons costumes por atos, palavras
ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade empre- ou gestos (G);
sária ou dela ser sócio, exceto como acionista, cotista ou comandi-
tário (G); Usar palavras de baixo calão ou fazer gestos obscenos, p or
exemplo, na sua vida pública ou particular.
XXIII - deixar de fiscalizar o subordinado que apresentar sinais
exteriores de riqueza, incompatíveis com a remuneração do cargo
(G); XXXIII - desconsiderar ou desrespeitar, em público ou pela im-
XXIV - não cumprir, sem justo motivo, a execução de qualquer prensa, os atos ou decisões das autoridades civis ou dos órgãos
ordem legal recebida (G); dos Poderes Constituídos ou de qualquer de seus representantes
(G);
O militar deve ser disciplinado e qu ando deixa de praticar uma
ordem legal sem motivo plausível se torna indisciplinado. O militar ativo está proibido pelo regulamento de se pronunciar
publicamente de maneira desrespeitosa, sobre atos praticados
por autoridades civis, militares ou de qualquer dos poderes: Ex e-
XXV - dar, por escrito ou verbalmente, ordem manifestamente cutivo, Judiciário ou Legislativo.
ilegal que possa acarretar responsabilidade ao subordinado, ainda
que não chegue a ser cumprida (G); XXXIV - desrespeitar, desconsiderar ou ofender pessoa por
O superior somente poderá emitir determinações legais e quando palavras, atos ou gestos, no atendimento de ocorrência militar ou
emite determinações ilegais estará cometendo esta transgressão em outras situações de serviço (G);
grave.
Neste caso, somente quando o militar estiver de serviço ou em
razão deste usar palavras de baixo calão ou utilizar -se de gestos
XXVI - deixar de assumir a responsabilidade de seus atos ou obscenos.
pelos praticados por subordinados que agirem em cumprimento de
sua ordem (G); XXXV - evadir-se ou tentar evadir-se de escolta, bem como re-
Se esquivar de responsabilidade por ato praticado por si ou por sistir a ela (G);
subordinado em virtude de determinação sua.
Ocorre quando o militar estadual estiver recolhido, ou preso e
sendo escoltado, em hipótese alguma poderá tentar fugir, nem
XXVII - aconselhar ou concorrer para não ser cumprida qual- tampouco resistir a tal escolta.
quer ordem legal de autoridade competente, ou serviço, ou para que
seja retardada, prejudicada ou embaraçada a sua execução (G); XXXVI - tendo conhecimento de transgressão disciplinar, dei-
O militar deve ser disciplinado e quando deixa de praticar uma xar de apurá-la (G);
ordem legal ou incentiva alguém para que não cumpra tal dete r- XXXVII - deixar de comunicar ao superior imediato ou, na au-
minação, sem motivo plausível, se torna indisciplinado.
sência deste, a qualquer autoridade superior toda informação que
tiver sobre iminente perturbação da ordem pública ou grave altera-
XXVIII - dirigir-se, referir-se ou responder a superior de modo ção do serviço ou de sua marcha, logo que tenha conhecimento (G);
desrespeitoso (G); Conduta classificada como prevaricação ou omissão praticada por
Por mais que o superior emita uma determinação ilegal ou esteja quem deveria apurar a transgressão, ou seja, crime.
agindo de forma indevida o subordinado deve saber se dirigir a
este superior para não ser acusado de agir de maneira desre spei-
tosa.

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XXXVIII - omitir, em boletim de ocorrência, relatório ou qual- O militar estadual tem obrigação de evitar tal conduta de consumo
quer documento, dados indispensáveis ao esclarecimento dos fatos de substâncias entorpecentes, e ja mais deverá introduzi-las em
(G); local sob administração militar.

Conduta classificada como omissão praticada por quem deveria


preencher o documento mencionado. XLVII - ingerir bebida alcoólica quando em serviço ou apre-
sentar-se alcoolizado para prestá-lo (G);
XXXIX - subtrair, extraviar, danificar ou inutilizar documentos Conduta classificada também como crime pela Legislação Penal
de interesse da administração pública ou de terceiros (G); Militar.
XL - deixar de assumir, orientar ou auxiliar o atendimento de
ocorrência, quando esta, por sua natureza ou amplitude, assim o XLVIII - portar ou possuir arma em desacordo com as normas
exigir (G); vigentes (G);
Condutas classificadas como crimes. Todo militar estadual tem direito ao porte de arma, porém some n-
te poderá portar arma dentro do estrito cumprimento das leis.

XLI - passar a ausente (G);


De acordo com o EMECE e a legislação Penal Militar, esta conduta pode XLIX - andar ostensivamente armado, em trajes civis, não se
dar início a um processo de deserção. E é caracterizado quando: Estatuto achando de serviço (G);
“Art. 176. É considerado ausente o militar estadual que por mais de 24 Os militares estaduais jamais poderão portar arma de fogo de
(vinte e quatro) horas consecutivas: maneira ostensiva, ou seja, a mostra, salvo em serviço.
I - deixar de comparecer a sua Organização Militar Estadual, sem comuni-
car qualquer motivo de impedimento;
II - ausentar-se, sem licença, da Organização Militar Estadual onde serve L - disparar arma por imprudência, negligência, imperícia, ou
ou local onde deve permanecer.” desnecessariamente (G);
O militar estadual deve ter o máximo de cuida do ao manusear sua
arma de maneira a evitar disparos acidentais. Em ocorrendo di s-
XLII - abandonar serviço para o qual tenha sido designado ou paro acidental o militar cometerá transgressão disciplinar se não
recusar-se a executá-lo na forma determinada (G); ocorrer algo mais grave.
O abandono de serviço também é caracterizado como crime pela
Legislação Penal Militar .
LI - não obedecer às regras básicas de segurança ou não ter
cautela na guarda de arma própria ou sob sua responsabilidade (G);
XLIII - faltar ao expediente ou ao serviço para o qual esteja O militar estadual tem a obrigação de observar todas as regras de
nominalmente escalado (G); segurança previstas no Estatuto do desarmamento, bem como
O militar estadual não pode faltar ao s erviço ou ao expediente, deve tomar todos os cuidados para evitar que pessoa não autor i-
salvo situações excepcionais devidamente comprovadas. zada tome posse de arma sob sua responsabilidade.

XLIV - afastar-se, quando em atividade militar com veículo au- LII - dirigir viatura ou pilotar aeronave ou embarcação policial
tomotor, aeronave, embarcação ou a pé, da área em que deveria com imperícia, negligência, imprudência ou sem habilitação legal
permanecer ou não cumprir roteiro de patrulhamento predetermina- (G);
do (G); O militar jamais poderá conduzir veículo público sem estar dev i-
Ocorre por exemplo; quando a composição de serviço na viatura damente habilitado para tal.
Sair de sua área de atuação previamente estabelecida sem aut o-
rização de quem de direito.
LIII - retirar ou tentar retirar de local, sob administração militar,
material, viatura, aeronave, embarcação ou animal, ou mesmo deles
XLV - dormir em serviço de policiamento, vigilância ou segu- servir-se, sem ordem do responsável ou proprietário (G);
rança de pessoas ou instalações, salvo quando autorizado (G); O militar não poderá retirar do quartel, qualquer material, ou a
Conduta altamente desonrosa. Imagine: Um Policial militar, fard a- própria viatura sem permissão de autoridade competente.
do, armado, responsável pela segurança da comunidade, dormi n- LIV - entrar, sair ou tentar fazê-lo, de Organização Militar, com
do dentro da viatura ou em seu local de serviço. tropa, sem prévio conhecimento da autoridade competente, salvo
para fins de instrução autorizada pelo comando (G);
XLVI - fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem ao uso de Cometida pelo comandante de tropa que ingressa em quartel com
substância proibida, entorpecente ou que determine dependência os militares sob seu comando sem autorização de quem de dire i-
física ou psíquica, ou introduzi-las em local sob administração militar to.
(G);

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LV - frequentar ou fazer parte de sindicatos, associações pro- VI - contrair dívida ou assumir compromisso superior às suas
fissionais com caráter de sindicato, ou de associações cujos estatu- possibilidades, desde que venha a expor o nome da Corporação
tos não estejam de conformidade com a lei (G); Militar (M);
O militar estadual não poderá se sindicalizar, nem tampouco Quando o militar faz algum tipo compra que sabe não ser capaz
frequentar a sindicatos ou Associações não previstas em lei. de quitar, colocando o nome, endereço e telefone da corporação
denegrindo assim a imagem da corporação.

LVI - divulgar, permitir ou concorrer para a divulgação indevida


de fato ou documento de interesse da administração pública com VII - retardar, sem justo motivo, a execução de qualquer or-
classificação sigilosa (G); dem legal recebida (M);
LVII - comparecer ou tomar parte de movimento reivindicató- Também conhecida como falta de exação (exatidão), quando o
rio, no qual os participantes portem qualquer tipo de armamento, ou militar deixa de cumprir uma ordem, quando podia ter cumprido.
participar de greve (G);
Esta conduta poderá gerar a expulsão do militar da p raça ou a VIII - interferir na administração de serviço ou na execução de
demissão do oficial se for o caso. ordem ou missão sem ter a devida competência para tal (M);
Ocorre quando o militar age com intromissão, se mete onde não
LVIII - ferir a hierarquia ou a disciplina, de modo compromete- deve.
dor para a segurança da sociedade e do Estado (G).
Conduta um tanto complexa e subjetiva. Pode ser enquadrada em IX - procurar desacreditar seu superior ou subordinado hie-
várias situações, como: A greve armada, ferir a hierarquia e a rárquico (M);
disciplina e comprometer a segurança da sociedade ou do Estado.
Quando o militar Fizer perder o crédito ou a reputação de superior.
Desmerecer; depreciar, Não acreditar. Faz com que as pessoas dei-
§ 2º. São transgressões disciplinares médias: xem de respeitar aquele superior ou subordinado, através de
comentários tendenciosos.
I - reter o preso, a vítima, as testemunhas ou partes não de-
finidas por mais tempo que o necessário para a solução do proce-
dimento policial, administrativo ou penal (M); X - deixar de prestar a superior hierárquico continência ou ou-
O militar estadual somente pode reter as testemunhas ou partes tros sinais de honra e respeito previstos em regulamento (M);
pelo tempo extremamente necessário. XI - deixar de corresponder a cumprimento de seu subordi-
nado (M);
II - espalhar boatos ou notícias tendenciosas em prejuízo da Continência é a saudação militar e uma das maneiras de manifestar respei-
boa ordem civil ou militar ou do bom nome da Corporação Militar to e apreço aos seus superiores, pares, subordinados e símbolos. O su-
(M); bordinado por questão de educação é obrigado a cumprimentar
seu superior, que por sua vez é obrigado a responder. O cumpr i-
Ocorre quando o militar passar a denegrir a imagem da corpor a- mento militar é a continência que é semelhante ao bom dia, boa
ção, ou seja, quando tentar manchar a reputação, através de fatos tarde, boa noite.
e/ou noticias que possam gerar descrédito junto à comunidade.

XII - deixar de exibir, estando ou não uniformizado, documento


III - provocar ou fazer-se, voluntariamente, causa ou origem de de identidade funcional ou recusar-se a declarar seus dados de
alarmes injustificados (M); identificação quando lhe for exigido por autoridade competente (M);
Ocorre quando o militar Passa a criar fatos e espalhar notícias Em várias situações a lei obriga o militar a se apresentar através
que possam causar temor na comunidade, por exemplo: a Polícia de sua identidade funcional. Ex: Para ter acesso a transporte
vai entrar em “greve”. coletivo, a locais sujeitos a fiscalização, como: casas de espet á-
culo.

IV - concorrer para a discórdia, desarmonia ou cultivar inimi-


zade entre companheiros (M); XIII - deixar de fazer a devida comunicação disciplinar (M);
Criar fatos e/ou espalhar notícias que possam causar desavença, O superior tem obrigação de fiscalizar o subordinado e ao ident i-
inimizade e intrigas entre os companheiros. ficar qualquer transgressão disciplinar deverá comunicar o fato a
V - entender-se com o preso, de forma velada, ou deixar que autoridade competente para apurá-lo.
alguém o faça, sem autorização de autoridade competente (M); XIV - deixar de punir o transgressor da disciplina, salvo se
O militar é extremamente proibido de manter qualquer tipo de houver causa de justificação (M);
relacionamento indevido, ou transação com o preso, bem como O superior tem obrigação de fiscalizar o subordinado e se for
jamais poderá permitir que alguém o faça. autoridade competente deverá punir os transgressores da disc i-
plina.

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XV - não levar fato ilegal ou irregularidade que presenciar ou O militar por natureza deve ser honesto e organizado, honesto
de que tiver ciência, e não lhe couber reprimir, ao conhecimento da para não fazer acusações sem fundamento contra superior ou
autoridade para isso competente (M); subordinado e organizado para não perder os prazos ou fazer
recursos sem obedecer ao ritual da lei.
O superior tem obrigação de fiscalizar o subordinado e ao identi-
ficar qualquer transgressão disciplinar deverá comunicar o fato a
autoridade competente para apurá-lo. Assim como o subordinado XXIV - dificultar ao subordinado o oferecimento de represen-
é obrigado a representar contra o superior que comete irregular i- tação ou o exercício do direito de petição (M);
dades.
Para garantir o direito do subordinado de denunciar o superior ou
de requerer algo, o superior deve dar o encaminhamento devido
XVI - deixar de manifestar-se nos processos que lhe forem en- sem dificultar tal providência.
caminhados, exceto nos casos de suspeição ou impedimento, ou de
absoluta falta de elementos, hipótese em que essas circunstâncias
serão declaradas (M); XXV - faltar a qualquer ato em que deva tomar parte ou assis-
tir, ou ainda, retirar-se antes de seu encerramento sem a devida
XVII - deixar de encaminhar à autoridade competente, no mais autorização (M);
curto prazo e pela via hierárquica, documento ou processo que
receber, se não for de sua alçada a solução (M); Faltar a uma formatura ou solenidade para qual foi escalado ou
sair antes do encerramento sem a autorização da autoridade
Ocorre quando o militar deixa de encaminhar o documento a competente.
quem foi endereçado quando não lhe seja competente para sol u-
cionar.
XXVI - afastar-se de qualquer lugar em que deva estar por for-
ça de dispositivo ou ordem legal (M);
XVIII - trabalhar mal, intencionalmente ou por desídia, em
qualquer serviço, instrução ou missão (M); O militar quando escalado em determinado posto de serviço não
pode afastar-se do local em que lhe foi determinado, salvo autor i-
Desídia é a ausência de atenção ou cuidado; desleixo; negligência; falta zação de quem de direito.
de compromisso.

XXVII - permutar serviço sem permissão da autoridade compe-


XIX - retardar ou prejudicar o serviço de polícia judiciária mili- tente (M);
tar que deva promover ou em que esteja investido (M);
XXVIII - simular doença para esquivar-se ao cumprimento do
Quando um militar pratica um crime militar, deverá ser confecci o- dever (M);
nado o competente Inquérito Policial Militar, onde o responsável
por tal documento deverá adotar todas as providência de confe c- Essas transgressões ocorrem quando o militar estadual trocar o
ção e remessa a Justiça Militar. serviço sem autorização de autoridade competente e fingir está
doente para não trabalhar ou para não cumprir determinada o r-
dem legal.
XX - desrespeitar medidas gerais de ordem militar, judiciária
ou administrativa, ou embaraçar sua execução (M);
XXIX - deixar de se apresentar às autoridades competentes
Ocorre quando o militar deixa de comparecer a a udiências quando nos casos de movimentação ou quando designado para comissão
convocado. ou serviço extraordinário (M);
Ocorre dentre outras situações quando escalado em um serviço
XXI - não ter, pelo preparo próprio ou de seus subordinados de policiamento de estádio o militar deverá procurar o comanda n-
ou instruendos, a dedicação imposta pelo sentimento do dever (M); te do policiamento para se apresentar a ele e tirar sua falta.

Instruendo é aquele que está recebendo instrução. Ocorre quando o


militar Deixar de se preocupar com sua preparação profissional ou XXX - não se apresentar ao seu superior imediato ao término
de seus subordinados ou instruendos (alunos em curso militar). de qualquer afastamento do serviço ou, ainda, logo que souber que
o mesmo tenha sido interrompido ou suspenso (M);
XXII - causar ou contribuir para a ocorrência de acidente de Ao término de férias, licença, dispensa de serviço, luto, ou qua l-
serviço ou instrução (M); quer outro afastamento deverá se apresentar a seu comandante,
bem como em caso de interrupção ou suspensão destes afasta-
Este acidente pode ser em serviço (acidente de trânsito, por mentos.
exemplo) ou na instrução (acidentes com arma de fogo durante
aula de tiro ou mesmo com armamento e munição não letal).
XXXI - dormir em serviço, salvo quando autorizado (M);
XXIII - apresentar comunicação disciplinar ou representação Conduta parecida com inc. XLV, mas neste caso como não está
sem fundamento ou interpor recurso disciplinar sem observar as sendo citado o tipo de serviço que está sendo executado, parece -
prescrições regulamentares (M); nos que é serviço interno e, portanto menos grave do que dormir
no meio da rua em viatura.

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XXXII - introduzir bebidas alcoólicas em local sob administra- XXXIX - deixar o responsável pela segurança da Organização
ção militar, salvo se devidamente autorizado (M); Militar de cumprir as prescrições regulamentares com respeito à
Ocorre quando o militar Introduzir a bebida é diferente de ingerir entrada, saída e permanência de pessoa estranha (M);
a bebida e, portanto introduzir é menos grave. XL - permitir que pessoa não autorizada adentre prédio ou lo-
cal interditado (M);
XXXIII - comparecer ou tomar parte de movimento reivindica- O militar somente deve permitir a entrada de civil no quartel depois de
tório, no qual os participantes não portem qualquer tipo de arma- inteirado de sua identidade, motivo de sua presença e do conhecimento da
pessoa com quem deseja entender-se, mesmo assim, devidamente acom-
mento, que possa concorrer para o desprestígio da corporação
panhado, quando julgar essa medida necessária.
militar ou ferir a hierarquia e a disciplina;
Caso o militar participe de movimentos reivindicatórios sem que
tenham pessoas armadas à gravidade da transgressão é menor. XLI - deixar, ao entrar ou sair de Organização Militar onde não
Em caso do militar estar armado o problema será maior podendo sirva, de dar ciência da sua presença ao Oficial-de-Dia ou de servi-
gerar inclusive a expulsão da praça e a demissão do oficial. ço e, em seguida, se oficial, de procurar o comandante ou o oficial
de posto mais elevado ou seu substituto legal para expor a razão de
sua presença, salvo as exceções regulamentares previstas (M);
XXXIV - ter em seu poder, introduzir, ou distribuir em local sob
administração militar, substância ou material inflamável ou explosivo Sempre que o militar ingressar em unidade militar onde não sirva
sem permissão da autoridade competente (M); (trabalha) ele deverá se apresentar ao Oficial de Dia (ou ao mil i-
tar responsável pela Guarda do quartel). Se o militar que entra ou
Pode trazer grandes riscos para si e para os companheiros e sai for oficial deverá também procurar também o Comandante da
superiores, pode gerar acidente e por isso considerada transgres- unidade.
são.

XLII - adentrar, sem permissão ou ordem, aposentos desti-


XXXV - desrespeitar regras de trânsito, de tráfego aéreo ou de nados a superior ou onde este se encontre, bem como qualquer ou-
navegação marítima, lacustre ou fluvial, salvo quando essencial ao tro lugar cuja entrada lhe seja vedada (M);
atendimento de ocorrência emergencial (M);
O cabo e soldado não podem adentrar no Alojamento dos subt e-
As viaturas possuem prerrogativas de l ivre circulação, estaciona- nentes e sargentos sem a devida autorização.
mento e parada, mas somente se estiverem em atendimento de
urgência.
XLIII - abrir ou tentar abrir qualquer dependência da Organiza-
ção Militar, desde que não seja a autoridade competente ou sem
XXXVI - autorizar, promover ou executar manobras perigosas sua ordem, salvo em situações de emergência (M);
com viaturas, aeronaves, embarcações ou animais, salvo quando
essencial ao atendimento de ocorrência emergencial (M); O militar não pode abrir ou mesmo tentar abrir qua lquer depen-
dência do quartel sem a devida autorização de quem de direito.
Além de ser caracterizado como infração gravíssima pelo Código
de trânsito brasileiro, executar manobras perigosas, arrancada ou
frenagens bruscas e cavalos de pau, o militar estadual que pr o- XLIV - permanecer em dependência de outra Organização Mi-
mover ou mesmo autorizar tais condutas cometer á transgressão litar ou local de serviço sem consentimento ou ordem da autoridade
disciplinar média podendo ser responder penal, civil e administr a- competente (M);
tivamente.
Aqui a conduta proibida é a de permanecer em dependência do
quartel sem a devida autorização.
XXXVII - não ter o devido zelo, danificar, extraviar ou inutilizar,
por ação ou omissão, bens ou animais pertencentes ao patrimônio
público ou particular, que estejam ou não sob sua responsabilidade XLV - deixar de exibir a superior hierárquico, quando por ele
(M); solicitado, objeto ou volume, ao entrar ou sair de qualquer Organi-
zação Militar (M);
Caracteriza-se em danificar (quebrar), extraviar (perder) ou inut i-
lizar (tornar inservível) viatura, computador, celular ou até mesmo Procedimento padrão nas unidades militares. O militar a o sair do
animais que pertençam administração pública ou a outra pessoa, quartel poderá ser obrigado a mostrar bolsas, pacotes ou vol u-
mas que esteja sob a responsabilidade do militar. mes.

XXXVIII - negar-se a utilizar ou a receber do Estado farda- XLVI - apresentar-se, em qualquer situação, mal uniformizado,
mento, armamento, equipamento ou bens que lhe sejam destinados com o uniforme alterado ou diferente do previsto, contrariando o
ou devam ficar em seu poder ou sob sua responsabilidade (M); Regulamento de Uniformes da Corporação Militar ou norma a res-
peito (M);
Negar significa rejeitar, recusar, caracteriza-se quando o militar
estadual recusa aceitar o material do Estado para ser utilizado no XLVII - usar no uniforme insígnia, medalha, condecoração ou
desempenho de sua função. Ex: Fardamentos, coletes, armas, distintivo, não regulamentares ou de forma indevida (M);
algemas, dentre outros.

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O militar estadual deve, sempre que se apresentar para serviço, LVI - procrastinar injustificadamente expediente que lhe seja
formaturas ou eventos, está com o fardamento adequad o, limpo e encaminhado, bem como atrasar o prazo de conclusão de inquérito
completo, de acordo com as prescrições regulamentares. policial militar, conselho de justificação ou disciplina, processo ad-
ministrativo-disciplinar, sindicância ou similar (M);
XLVIII - comparecer, uniformizado, a manifestações ou reu- Procrastinar significa adiar, deixar alguma coisa pra depois, transferir a
niões de caráter político-partidário, salvo por motivo de serviço (M); realização de alguma coisa para outro momento, prorrogar para outro dia.

O militar jamais poderá participar de eventos desta natureza


usando os uniformes da corporação, a menos que esteja de serv i- LVII - manter relações de amizade ou exibir-se em público
ço, ou em razão deste. com pessoas de notórios e desabonados antecedentes criminais ou
policiais, salvo por motivo relevante ou de serviço (M);
XLIX - autorizar, promover ou participar de petições ou ma- Ocorre quando o militar mantem qualquer tipo de relacionamento
nifestações de caráter reivindicatório, de cunho político-partidário, com pessoas de desabonados antecedente criminais.
religioso, de crítica ou de apoio a ato de superior, para tratar de
assuntos de natureza militar, ressalvados os de natureza técnica ou
LVIII - retirar, sem autorização da autoridade competente,
científica havidos em razão do exercício da função militar (M);
qualquer objeto ou documento da Corporação Militar (M);
L - frequentar lugares incompatíveis com o decoro social ou
O militar somente pode retirar documentos, objetos ou materiais
militar, salvo por motivo de serviço (M);
da corporação, devidamente autorizado.
O militar não pode participar de abaixo assinados e nem muito
menos, frequentar zonas de baixo meretrício, prostíbulos, casa de
jogo ou qualquer local incompatível, exceto se em serviço, ou em § 3º. São transgressões disciplinares leves:
razão deste. I - deixar de comunicar ao superior a execução de ordem dele
recebida, no mais curto prazo possível (L);
LI - recorrer a outros órgãos, pessoas ou instituições para re- Ocorre quando o militar deixa de dar o retorno (informar ao sup e-
solver assunto de interesse pessoal relacionado com a corporação rior) da execução da determinação recebida.
militar, sem observar os preceitos estabelecidos neste estatuto (M);
Solicitar a políticos ou outras autoridades que interfiram na adm i- II - retirar-se da presença do superior hierárquico sem obedi-
nistração da corporação militar para resolução de questões de ência às normas regulamentares (L);
interesse particular.
Ocorre quando o militar sai da presença do superior sem pedir
permissão para isto.
LII - assumir compromisso em nome da Corporação Militar, ou
representá-la em qualquer ato, sem estar devidamente autorizado
(M); III - deixar, tão logo seus afazeres o permitam, de apresentar-
se ao seu superior funcional, conforme prescrições regulamentares
Participar de eventos de qualquer natureza como representante (L);
da corporação, sem a devida autorização, ou mesmo assumir
qualquer compromisso em nome da instituição sem está devid a- O militar deve apresentar-se a seu superior ao chegar para o
mente autorizado. serviço.

LIII - deixar de cumprir ou fazer cumprir as normas legais ou IV - deixar, nas solenidades, de apresentar-se ao superior hie-
regulamentares, na esfera de suas atribuições (M); rárquico de posto ou graduação mais elevada e de saudar os de-
mais, de acordo com as normas regulamentares (L);
O militar por si só, em virtude do treinamento, qualificação e das
determinações de superiores sabe quais são suas atribuições. Quando na ocorrência de solenidades, formaturas, o militar dev e-
Desta forma ao deixar de cumprir tais normas o militar é consid e- rá apresentar-se a autoridade maior presente no evento e ainda,
rado transgressor. deve saudar os demais militares presentes.
LIV - faltar a ato judiciário, administrativo ou similar, salvo mo- V - consentir, o responsável pelo posto de serviço ou a senti-
tivo relevante a ser comunicado por escrito à autoridade a que esti- nela, na formação de grupo ou permanência de pessoas junto ao
ver subordinado, e assim considerado por esta, na primeira oportu- seu posto (L);
nidade, antes ou depois do ato, do qual tenha sido previamente Por questão de segurança, o militar não poderá permitir aglome-
cientificado (M); ração de pessoas nas proximidades do posto de serviço.
Durante a carreira do militar, em diver sos momentos será convo-
cado para audiências. Se o faltar a essas audiências, sem motivo
plausível, cometerá transgressão disciplinar. VI - içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou insígnia de au-
toridade (L);

LV - deixar de identificar-se quando solicitado, ou quando as


circunstâncias o exigirem (M);

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Ocorre quando o militar erguer ou baixar bandeira nacional, do Somente poderá dirigir o veículo será seu condutor nominalmente
estado ou bandeira do comandante da unidade, sem a devida escalado, ou outro condutor determinado por quem de direito e
autorização. obviamente o referido veículo só pode ser util izado para fins de
serviço.

VII - dar toques ou fazer sinais, previstos nos regulamentos,


sem ordem de autoridade competente (L); XVII - andar a cavalo, a trote ou galope, sem necessidade, pe-
las ruas da cidade ou castigar inutilmente a montada (L);
Os toques de corneta ocorrem para emitir comando ou para c o-
mando movimentos de ordem unida e para tal devem ser exe cuta- XVIII - permanecer em dependência da própria Organização
dos após a determinação da autoridade competente. Militar ou local de serviço, desde que a ele estranho, sem consenti-
mento ou ordem da autoridade competente (L);
VIII - conversar ou fazer ruídos em ocasiões ou lugares im- XIX - entrar ou sair, de qualquer Organização Militar, por luga-
próprios (L); res que não sejam para isso designados (L);
Durante palestras ou discursos o militar não poderá fazer bar u- Ocorre quando o militar pular um muro, cerca ou de qualquer
lhos que atrapalhem o evento. outra forma sair ou entrar do quartel por local indevido.

IX - deixar de comunicar a alteração de dados de qualificação XX - ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em local sob
pessoal ou mudança de endereço residencial (L); administração militar, publicações, estampas ou jornais que atentem
contra a disciplina, a moral ou as instituições (L);
O militar poderá ter que ser localizado até em seu período de
folga e, portanto deve manter seus dados atualizados. XXI - usar vestuário incompatível com a função ou descurar do
asseio próprio ou prejudicar o de outrem (L);
Deixar de ter cuidado com o seu asseio ou prejudicar o de co m-
X - chegar atrasado ao expediente, ao serviço para o qual es- panheiro dificultando, como por exemplo: impedindo que subord i-
teja nominalmente escalado ou a qualquer ato em que deva tomar nado tome banho.
parte ou assistir (L);
XI - deixar de comunicar a tempo, à autoridade competente, a
impossibilidade de comparecer à Organização Militar (OPM ou XXII - estar em desacordo com as normas regulamentares de
OBM) ou a qualquer ato ou serviço de que deva participar ou a que apresentação pessoal (L);
deva assistir (L); A apresentação individual é indispensável na vida militar, desta
forma, o militar deve se apresentar fardado corretamente, com
Quando o militar por motivos devidamente justificados, for se
farda limpa e engomada, o cabelo cortado e a barba feita.
atrasar ou faltar ao serviço, deverá informar a quem de direito,
através de uma ligação ou de qualquer outra forma, mesmo que
esteja doente e com atestado médico. XXIII - recusar ou devolver insígnia, salvo quando a regula-
mentação o permitir (L);
XII - permanecer, alojado ou não, deitado em horário de ex- XXIV - aceitar qualquer manifestação coletiva de subordina-
pediente no interior da Organização Militar, sem autorização de dos, com exceção das demonstrações de boa e sã camaradagem e
quem de direito (L); com prévio conhecimento do homenageado (L);
Os militares não podem permanecer deitados em horário de e x- As manifestações coletivas, como: Abaixo assinado, greves, mo-
pediente normal de trabalho. bilizações são proibidas. Porém se a manifestação tem por objet i-
vo homenagear companheiro de trabalho poderão ser autorizadas.

XIII - fumar em local não permitido (L);


XIV - tomar parte em jogos proibidos ou jogar a dinheiro os XXV - discutir ou provocar discussão, por qualquer veículo de
permitidos, em local sob administração militar, ou em qualquer ou- comunicação, sobre assuntos políticos, militares ou policiais, exce-
tro, quando uniformizado (L); tuando-se os de natureza exclusivamente técnica, quando devida-
mente autorizado (L).
Os militares não podem dar-se a jogos proibidos, muito mesmo
dentro das dependências do quartel. XXVI - transferir o oficial a responsabilidade ao escrivão da
elaboração de inquérito policial militar, bem como deixar de fazer as
XV - conduzir veículo, pilotar aeronave ou embarcação oficial, devidas inquirições (L);
sem autorização do órgão militar competente, mesmo estando ha-
bilitado (L); O inquérito Policial Militar tem como responsável (presidente do
IPM) um oficial, porém este é auxiliado por um escrivão, sendo,
XVI - transportar na viatura, aeronave ou embarcação que es- portanto proibido a este oficial transferir esta responsabilidade ao
teja sob seu comando ou responsabilidade, pessoal ou material, escrivão.
sem autorização da autoridade competente (L);

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XXVII - acionar desnecessariamente sirene de viatura policial Parágrafo único. A sanção de que trata o caput aplica-se ex-
ou bombeirística (L). clusivamente às faltas de natureza leve, constituindo ato nulo quan-
O militar não deve acionar a sirene da viatura de forma desnece s- do aplicada em relação à falta média ou grave.
sária, principalmente próximo a hospitais, escolas e etc, salvo se A advertência, sanção mais branda tem como características :
em situação de ocorrência. Admoestação verbal, feita particular ou ostensivamente, não
publicada em boletim, registrada na ficha do mil itar e aplicável
apenas às faltas leves.
§ 4º. Aos procedimentos disciplinares, sempre serão garanti-
dos o direito a ampla defesa e o contraditório.
Seção III

CAPÍTULO V Da Repreensão

Das Sanções Administrativas Disciplinares


Seção I Art. 16. A repreensão é a sanção feita por escrito ao trans-
gressor, publicada em boletim, devendo sempre ser averbada nos
Disposições Gerais assentamentos individuais.
Parágrafo único. A sanção de que trata o caput aplica-se às
Art. 14. As sanções disciplinares aplicáveis aos militares do faltas de natureza leve e média, constituindo ato nulo quando apli-
Estado, independentemente do posto, graduação ou função que cada em relação à falta grave.
ocupem, são: A Repreensão é uma admoestação escrita e publicada em bole-
I - advertência; tim, registrada na ficha do militar e aplic ável às faltas leves e
médias.
II - repreensão;
III - permanência disciplinar;
Seção IV
IV - custódia disciplinar;
Da Permanência Disciplinar
V - reforma administrativa disciplinar;
VI - demissão;
Art. 17. A permanência disciplinar é a sanção em que o trans-
VII - expulsão;
gressor ficará na OPM ou OBM, sem estar circunscrito a determina-
VIII - proibição do uso do uniforme e do porte de arma. do compartimento.
Ao cometer um crime, o militar fica sujeito às penas previstas no Parágrafo único. O militar do Estado sob permanência disci-
Código Penal ou Código Penal Militar. Ao cometer uma transgre s- plinar comparecerá a todos os atos de instrução e serviço, internos
são disciplinar, o militar fica sujeito a uma sanção disciplinar e externos.
conforme o nível de gravidade da transgressão cometida .
O militar estadual punido com permanência disciplinar não ficará
em local fechado, podendo utilizar todas as dependências do
Parágrafo único. Todo fato que constituir transgressão deve- quartel, bem como poderá participar dos serviços, atividades ou
rá ser levado ao conhecimento da autoridade competente para as de cursos, os dias de cumprimento da sanção podem ser conve r-
providências disciplinares. tidos em serviços extraordinários, a sanção é publicada em bol e-
tim e averba-se na ficha individual do militar.
Qualquer militar estadual pode ser punido, (oficial ou praça),
porém somente os oficiais e as demais autoridades elencadas no
art. 31 são competentes para aplicar as sanções disciplinares, ou Art. 18. A pedido do transgressor, o cumprimento da sanção
seja, do Tenente ao Governador do Estado e somente podem de permanência disciplinar poderá, a juízo devidamente motivado,
aplicar a seus subordinados ou integrantes de unidades subord i- da autoridade que aplicou a punição, ser convertido em prestação
nadas.
de serviço extraordinário, desde que não implique prejuízo para a
manutenção da hierarquia e da disciplina.
Seção II O militar estadual poderá solicitar a troca (conversão) da perm a-
Da Advertência nência por serviços extras, na proporção 1 serviço extra = 1 dia
permanência ou 1 serviço extra = 2 dias permanências (somente
no caso do militar ser ficha limpa, ou seja, sem transgressões
Art. 15. A advertência, forma mais branda de sanção, é apli- graves ou médias registradas em seus assentamentos)
cada verbalmente ao transgressor, podendo ser feita particular ou
ostensivamente, sem constar de publicação, figurando, entretanto,
§ 1º. Na hipótese da conversão, a classificação do com-
no registro de informações de punições para oficiais, ou na nota de
portamento do militar do Estado será feita com base na sanção de
corretivo das praças.
permanência disciplinar.

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Mesmo que a punição seja convertida em prestação de serviço, a quer serviço, instrução ou atividade e sem estar circunscrito a de-
sanção será constada nos assentamentos do militar e poderá terminado comportamento.
interferir na classificação do comportamento.
§ 1º. Nos dias em que o militar do Estado permanecer custo-
diado perderá todas as vantagens e direitos decorrentes do exercí-
§ 2º. Considerar-se-á 1 (um) dia de prestação de serviço ex- cio do posto ou graduação, inclusive o direito de computar o tempo
traordinário equivalente ao cumprimento de 1 (um) dia de perma- da pena para qualquer efeito.
nência, salvo nos casos em que o transgressor não possua nenhu- O militar punido não ficará em local fechado, podendo utilizar
ma falta grave ou média, quando 1 (um) dia de prestação de serviço todas as dependências do quartel, porém não poderá partic ipar
extraordinário equivalerá ao cumprimento de 2 (dois) dias de per- dos serviços, atividades ou de cursos, tendo total prejuízo em sua
manência. remuneração e no tempo de serviço e somente pode ser aplicada
pelos demais ocupantes de funções próprias do Posto de Coronel
§ 3º. O prazo para o encaminhamento do pedido de conversão e demais autoridades previstas no art 31 e no art. 32 deste Códi-
será de 3 (três) dias úteis, contados da data da publicação da san- go.
ção de permanência.
§ 4º. O pedido de conversão elide o pedido de reconsideração
de ato. § 2º. A custódia disciplinar somente poderá ser aplicada quan-
do da reincidência no cometimento de transgressão disciplinar de
Elide significa impede, ou seja, o militar será impe dido de reque- natureza grave.
rimento de reconsideração de ato, quando solicitar a conversão
da referida punição em multa.
Art.21. A custódia disciplinar será aplicada pelo Controlador
Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
§ 5º. Nos casos em que o transgressor não possua nenhuma
Penitenciário, pelo Secretário de Segurança Pública e Defesa Soci-
falta grave ou média, o pedido de conversão não elidirá o pedido de
al, Comandante Geral e pelos demais oficiais ocupantes de funções
reconsideração de ato.
próprias do posto de Coronel. (NR – Lei nº 14.933/11)
O militar com ficha limpa será beneficiado, ou seja, neste caso
Como esta sanção causa grande prejuízo, esta só po derá ser
não impede a interposição do requerimento de reconsideração de
aplicada por oficiais ocupantes de funções próprias do posto de
ato.
coronel ou superiores deste e somente quando o militar for reinc i-
dente no cometimento de Transgressão grave.
Art. 19. A prestação do serviço extraordinário, nos termos do
caput do artigo anterior, consiste na realização de atividades, inter- § 1º. A autoridade que entender necessária a aplicação da
nas ou externas, por período nunca inferior a 6 (seis) ou superior a custódia disciplinar providenciará para que a documentação alusiva
8 (oito) horas, nos dias em que o militar do Estado estaria de folga. à respectiva transgressão seja remetida à autoridade competente.
§ 1º. O limite máximo de conversão da permanência disciplinar Se, por exemplo, um Tenente, responsável por procedimento
em serviço extraordinário é de 5 (cinco) dias. disciplinar, achar necessário aplicar a Custódia disciplinar, como
§ 2º. O militar do Estado, punido com período superior a 5 ele não pode aplicar esta sanção, deverá encaminhar a docume n-
(cinco) dias de permanência disciplinar, somente poderá pleitear a tação a um Coronel ou superior Hierárquico.
conversão até o limite previsto no parágrafo anterior, a qual, se
concedida, será sempre cumprida na fase final do período de puni-
§2º Ao Governador do Estado compete conhecer da sanção
ção.
disciplinar prevista neste artigo em grau de recurso, quando tiver
Ex: o militar que for punido com 15 dias de permanência poderá sido aplicada pelo Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos de
ter a conversão da seguinte forma: 10 dias de permanência + 05 Segurança Pública e Sistema Penitenciário, cabendo ao Conselho
serviços extras (após os dias de permanência). de Disciplina e Correição o conhecimento do recurso quando a
aplicação da sanção decorrer de ato das autoridades previstas no
§ 3º. A prestação do serviço extraordinário não poderá ser caput deste artigo.‖ (NR Lei nº 14.933/11).
executada imediatamente após ou anteriormente a este, ao término
de um serviço ordinário. Seção VI
É proibido ao militar estadual punido juntar escala ordinária (no r- Da Reforma Administrativa Disciplinar
mal) com escala extraordinária.

Art. 22. A reforma administrativa disciplinar poderá ser apli-


Seção V cada, mediante processo regular:
Da Custódia Disciplinar I - ao oficial julgado incompatível ou indigno profissionalmente
para com o oficialato, após sentença passada em julgado no Tribu-
Art. 20. A custódia disciplinar consiste na retenção do militar nal competente, ressalvado o caso de demissão;
do Estado no âmbito de sua OPM ou OBM, sem participar de qual-

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II - à praça que se tornar incompatível com a função militar es- Todo servidor público ao praticar condutas delituosas poderá ser
tadual, ou nociva à disciplina, e tenha sido julgada passível de re- condenado à perda da função pública, perdendo a função pública
forma. por decisão judicial, por consequência teremos a demissão do
condenado.

Parágrafo único. O militar do Estado que sofrer reforma ad-


ministrativa disciplinar receberá remuneração proporcional ao tempo c) praticar ato ou atos que revelem incompatibilidade com a
de serviço militar. função militar estadual, comprovado mediante processo regular;
Aplicada a todos os militares estaduais (oficiais e praças). O A praça quando submetida a Conselho de Disciplina ou PAD p o-
soldado reformado com 15 anos de serviço receberá somente a derá ser considerado incompatível para o exercício da função
metade da remuneração do soldado, pois para se aposentar com militar, gerando assim a demissão do mesmo.
salário integral o militar deverá trabalhar/contribuir para a prev i-
dência 30 anos.
d) cometer transgressão disciplinar grave, estando há mais de
2 (dois) anos consecutivos ou 4 (quatro) anos alternados no mau
Seção VII comportamento, apurado mediante processo regular;
Da Demissão O comportamento Mau é a pior classificação que uma praça pod e-
rá ter e se esta praça não se corrige e continua cometendo tran s-
gressões de natureza grave poderá ter como consequência sua
Art. 23. A demissão será aplicada ao militar do Estado na se- demissão.
guinte forma: O oficial não possui classificação de comportamento.

I - ao oficial quando: e) houver cumprido a pena conseqüente do crime de deser-


a) for condenado na Justiça Comum ou Militar a pena privativa ção, após apurada a motivação em procedimento regular, onde lhe
de liberdade por tempo superior a 2 (dois) anos, por sentença pas- seja assegurado o contraditório e a ampla defesa.
sada em julgado, observado o disposto no art. 125, § 4º, e art. 142, f) considerada desertora e capturada ou apresentada, tendo
§ 3º, VI e VII, da Constituição Federal, e art. 176, §§ 8o e 9o da sido submetida a exame de saúde, for julgada incapaz definitiva-
Constituição do Estado; mente para o serviço militar.
O oficial quando condenado a 3 anos de prisão por uma lesão A praça que comprovadamente comete o crime de deserção (de i-
corporal, por exemplo. xar de comparecer ao serviço ou ao expediente por mais de 08
dias consecutivos, sem apresentar motivo plausível ou justific á-
vel) poderá quando capturada ou apresentada ser considerada
b) for condenado a pena de perda da função pública, por sen- incapaz de retornar ao serviço militar, sendo desta forma demit i-
tença passada em julgado; da, sem ter que cumprir a pena referente ao crime ou se conside-
Todo servidor público, civil ou militar, ao praticar condutas delit u- rada apta, será demitida após cumprir a pena de demissão.
osas poderá ser condenado à perda da função pública, perdendo
a função pública por decisão judicial, por consequência teremos a
demissão do condenado. Parágrafo único. O oficial demitido perderá o posto e a paten-
te, e a praça, a graduação.

c) for considerado moral ou profissionalmente inidôneo para a


promoção ou revelar incompatibilidade para o exercício da função Seção VIII
militar, por sentença passada em julgado no Tribunal competente; Da Expulsão
O oficial quando submetido a Conselho de Justificação poderá ser
considerado incompatível para o exercício da função mili tar, ge- Art. 24. A expulsão será aplicada, mediante processo regular,
rando assim a demissão do mesmo.
à praça que atentar contra a segurança das instituições nacionais
ou praticar atos desonrosos ou ofensivos ao decoro profissional.
II - à praça quando: Enquanto a demissão pode ser aplica ao oficial ou a praça, a
a) for condenada na Justiça Comum ou Militar a pena privativa Expulsão é cabível somente às praças que praticam atos que
de liberdade por tempo superior a 2 (dois) anos, por sentença pas- atentam contra a segurança das instituições nacionais ou praticar
atos desonrosos ou ofensivos ao decoro profissional . (ver Art. 48)
sada em julgado, observado o disposto no art. 125, § 4º. da Consti-
tuição Federal e art. 176, § 12, da Constituição do Estado;
A praça quando condenada a 3 anos de prisão por uma lesão Parágrafo único. A participação em greve ou em passeatas,
corporal, por exemplo. com uso de arma, ainda que por parte de terceiros, configura ato
atentatório contra a segurança das instituições nacionais.

b) for condenada a pena de perda da função pública, por sen-


tença passada em julgado;

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Seção IX Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário, no caso de
Da Proibição do Uso de Uniformes e de Porte de Arma suposto cometimento deste crime, ou apenas a este último, no caso
de suposta prática de transgressão militar.‖ (NR Lei nº 14.933/11).
O recolhimento transitório será comunicado, caso haja crime militar: ao
Art. 25. A proibição do uso de uniformes militares e de porte Juiz Auditor, ao Ministério Público e ao Controlador -Geral; Caso
de arma será aplicada, nos termos deste Código, temporariamente, seja apenas transgressão militar: será comunicado somente Co n-
ao inativo que atentar contra o decoro ou a dignidade militar, até o trolador Geral de Disciplina dos órgãos de Segurança Pública e
limite de 1 (um) ano. Sistema Penitenciário.
Esta punição é aplicada somente ao militar inativo da reserva
remunerada, pois os militares reformados não estão sujeitos as
§ 4º. O militar do Estado sob recolhimento transitório, nos ter-
regras do Regulamento Disciplinar.
mos deste artigo, somente poderá permanecer nessa situação pelo
tempo necessário ao restabelecimento da normalidade da situação
CAPÍTULO VI considerada, sendo que o prazo máximo será de 5 (cinco) dias,
salvo determinação em contrário da autoridade judiciária competen-
Do Recolhimento Transitório
te.
§ 5º. O militar do Estado não sofrerá prejuízo funcional ou re-
Art. 26. O recolhimento transitório não constitui sanção disci- muneratório em razão da aplicação da medida preventiva de reco-
plinar, sendo medida preventiva e acautelatória da ordem social e lhimento transitório.
da disciplina militar, consistente no desarmamento e recolhimento
do militar à prisão, sem nota de punição publicada em boletim,
podendo ser excepcionalmente adotada quando houver fortes indí- § 6º. Ao militar estadual preso nas circunstâncias deste artigo,
cios de autoria de crime propriamente militar ou transgressão militar são garantidos os seguintes direitos:
e a medida for necessária: I - justificação, por escrito, do motivo do recolhimento transitó-
I – ao bom andamento das investigações para sua correta rio;
apuração; ou II - identificação do responsável pela aplicação da medida;
II – à preservação da segurança pessoal do militar e da socie- III - comunicação imediata do local onde se encontra recolhido
dade, em razão do militar: a pessoa por ele indicada;
O Recolhimento transitório é uma medida acautelatória da ordem social e IV - ocupação da prisão conforme o seu círculo hierárquico;
na disciplina militar. Não constitui sanção disciplinar, porém sua aplicação
deve se revestir da máxima cautela, pois é medida a ser comunicada ao V - apresentação de recurso.
juiz, ao Ministério Público e ao Controlador Geral de Disciplina, conforme Utilize a sigla “JICOA” que você lembrará as 05 (cinco) garantias do militar
existência de crime ou de transgressão disciplinar. recolhido transitoriamente.
Obs: A sigla JICOA é de criação do Cap. Wagner

a) mostrar-se agressivo e violento, pondo em risco a própria


vida e a de terceiros; ou, § 7º. O recurso do recolhimento transitório será interposto pe-
b) encontrar-se embriagado ou sob ação de substância entor- rante o Comandante da Corporação Militar onde estiver recolhido o
pecente. militar.
O problema do Recolhimento transitório não é simplesmente recolher, é, § 8º. Na hipótese do recolhimento transitório ser determinado
sobretudo, identificar a situação, diagnosticar, analisar a proporcionalidade pelo Comandante da Corporação Militar para onde for recolhido o
e a razoabilidade na quantidade de dias a ser aplicada. militar, o recurso será interposto perante esta autoridade, que ime-
diatamente o encaminhará ao seu superior hierárquico, a quem
incumbirá à decisão.
§ 1º. A condução do militar do Estado à autoridade com-
petente para determinar o recolhimento transitório somente poderá § 9º. A decisão do recurso será fundamentada e proferida no
ser efetuada por superior hierárquico ou por oficial com precedência prazo de dois dias úteis. Expirado esse prazo, sem a decisão do
funcional ou hierárquica sobre o conduzido. recurso, o militar será liberado imediatamente.

§ 2º. São autoridades competentes para determinar o re-


colhimento transitório àquelas elencadas no art. 31 deste Código.
A condução poderá ser feita por qualquer superior, ou seja, um soldado
pode ser conduzido por um Cabo, porém este Cabo não poderá determi-
nar o recolhimento do soldado, pois somente as autoridades do Art. 31
(Tenente ao Governador) podem determinar o recolhimento.

§3º As decisões de aplicação do recolhimento transitório serão


sempre fundamentadas e imediatamente comunicadas ao Juiz
Auditor, Ministério Público e Controlador Geral de Disciplina dos

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CAPÍTULO VII berá um Termo Acusatório, com todas as acusações e possíveis
Do Procedimento Disciplinar transgressões cometidas para que possa apresentar sua ampla
defesa e contraditório. A manifestação preliminar poderá ser
Seção I dispensada quando não houver dúvidas a cerca do cometimento
Da Comunicação Disciplinar da transgressão. Isto não significa que o militar será punido,
afinal de contas este militar poderá ter cometido à transgressão
em Legítima Defesa, ou em preservação da ordem pública.
Art. 27. A comunicação disciplinar dirigida à autoridade com-
petente destina-se a relatar uma transgressão disciplinar cometida
por subordinado hierárquico, quando houver indícios ou provas de Art. 29. A solução do procedimento disciplinar é da inteira res-
autoria. ponsabilidade da autoridade competente, que deverá aplicar sanção
ou justificar o fato, de acordo com este Código.
§ 1º. A solução será dada no prazo de 30 (trinta) dias, conta-
Art. 28. A comunicação disciplinar será formal, tanto quanto
dos a partir do recebimento da defesa do acusado, prorrogável, no
possível, deve ser clara, concisa e precisa, contendo os dados
máximo, por mais 15 (quinze) dias, mediante declaração de moti-
capazes de identificar as pessoas ou coisas envolvidas, o local, a
vos.
data e a hora do fato, além de caracterizar as circunstâncias que o
envolveram, bem como as alegações do faltoso, quando presente e § 2º. No caso de afastamento regulamentar do transgressor,
ao ser interpelado pelo signatário das razões da transgressão, sem os prazos supracitados serão interrompidos, reiniciada a contagem
tecer comentários ou opiniões pessoais. a partir da sua reapresentação.
§ 1º. A comunicação disciplinar deverá ser apresentada no Caso o militar entre de férias ou venha a entrar de licença para
prazo de 5 (cinco) dias, contados da constatação ou conhecimento tratamento de saúde, ou licença paternidade ou qualquer outro
do fato, ressalvadas as disposições relativas ao recolhimento transi- afastamento regulamentar, os prazos serão interrompidos, volta n-
tório, que deverá ser feita imediatamente. do a contar a partir da volta do militar ao serviço normal.

§ 2º. A comunicação disciplinar deve ser a expressão da ver-


dade, cabendo à autoridade competente encaminhá-la ao indiciado § 3º. Em qualquer circunstância, o signatário da comunicação
para que, por escrito, manifeste-se preliminarmente sobre os fatos, disciplinar deverá ser notificado da respectiva solução, no prazo
no prazo de 3 (três) dias. máximo de 90 (noventa) dias da data da comunicação.
A comunicação disciplinar é o documento que dará início ao pr o- § 4º. No caso de não cumprimento do prazo do parágrafo an-
cedimento disciplinar que vai apurar o cometimento de transgres- terior, poderá o signatário da comunicação solicitar, obedecida a via
são, podendo gerar punição administrativa ao transgressor. Será hierárquica, providências a respeito da solução.
dirigida a autoridade competente para apurar e se for o caso
punir. As autoridades competentes para punir são as descritas no A comunicação disciplinar foi feita pelo signatário que deverá ser
Art. 31, porém ao fazer a leitura do artigo podemos ver que estas informado sobre o resultado do procedimento em até 90 dias.
autoridades somente poderão punir os militares sob seu comando.
Ex: Um Major que Comanda determinada Companhia flagra um
soldado que trabalha em outra companhia cometendo transgre s- Seção II
são disciplinar não poderá puni-lo, poderá, entretanto, comunicar Da Representação
o fato ao Comandante da Companhia onde o militar transgressor
é lotado para tome as providências legais.
Art. 30. Representação é toda comunicação que se referir a
ato praticado ou aprovado por superior hierárquico ou funcional, que
§ 3º. Conhecendo a manifestação preliminar e considerando se repute irregular, ofensivo, injusto ou ilegal.
praticada a transgressão, a autoridade competente elaborará termo
acusatório motivado, com as razões de fato e de direito, para que o § 1º. A representação será dirigida à autoridade funcional ime-
militar do Estado possa exercitar, por escrito, o seu direito a ampla diatamente superior àquela contra a qual é atribuída a prática do ato
defesa e ao contraditório, no prazo de 5 (cinco) dias. irregular, ofensivo, injusto ou ilegal.

§ 4º. Estando a autoridade convencida do cometimento da § 2º. A representação contra ato disciplinar será feita somente
transgressão, providenciará o enquadramento disciplinar, mediante após solucionados os recursos disciplinares previstos neste Código
nota de culpa ou, se determinar outra solução, deverá fundamentá- e desde que a matéria recorrida verse sobre a legalidade do ato
la por despacho nos autos. praticado.

§ 5º. Poderá ser dispensada a manifestação preliminar do in- § 3º. A representação nos termos do parágrafo anterior será
diciado quando a autoridade competente tiver elementos de convic- exercida no prazo estabelecido no § 3º, do art. 58.
ção suficientes para a elaboração do termo acusatório, devendo § 4º. O prazo para o encaminhamento de representação será
esta circunstância constar do respectivo termo. de 5 (cinco) dias úteis, contados da data do conhecimento do ato ou
fato que a motivar.
A comunicação disciplinar será encaminhada ao indiciado (acus a-
do) para que ele possa se defender (manifestação preliminar). A comunicação disciplinar é a forma que dispõe o superior hierár-
Caso esta primeira defesa demonstre que não houve transgre s- quico de denunciar um a transgressão cometida por subordinado,
são, ou que o acusado não foi culpado o procedimento será a r- já o subordinado também poderá denunciar o cometimento de
quivado. Caso não consiga provar sua inocência o acusado rec e-

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transgressão cometida por superior hierárquico, através da repr e- V - aos oficiais do posto de major: as sanções disciplinares de
sentação. advertência, repreensão e permanência disciplinar de até 15 (quin-
ze) dias;
CAPÍTULO VIII VI - aos oficiais do posto de capitão: as sanções disciplinares
de advertência, repreensão e permanência disciplinar de até 10
Da Competência, do Julgamento, da Aplicação e do
(dez) dias;
Cumprimento das Sanções Disciplinares
VII - aos oficiais do posto de tenente: as sanções disciplinares
Seção I de advertência, repreensão e permanência disciplinar de até 5 (cin-
Da Competência co) dias. AC pela lei 14.933/11
Do Tenente Coronel ao 1º Tenente as sanções disciplinares apl i-
cadas são as mesmas, mudando somente a quantidade de dias da
Art. 31. A competência disciplinar é inerente ao cargo, função
Permanência que sobe de 5 em 5 dias (5,10,15,20)
ou posto, sendo autoridades competentes para aplicar sanção dis-
ciplinar:
I - o Governador do Estado: a todos os militares do Estado su- Parágrafo único. Nos casos de sanções aplicadas pelas auto-
jeitos a este Código; ridades previstas nos incisos II a VII, deverá ser comunicada no
prazo de 10 (dez) dias ao Controlador Geral de Disciplina, sob pena
II - o Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, o res-
de responsabilidade disciplinar.‖ (NR 14.933/11)
pectivo Comandante Geral e o Controlador Geral de Disciplina dos
AUTORIDADE LIMITE DAS SANÇÕES QUE PODE APLICAR
Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário: a todos os
militares do Estado sujeitos a este Código; Todas as Sanções (único que pode demitir os
Governador
oficiais)
III - os oficiais da ativa: aos militares do Estado que estiverem Todas as Sanções, exceto a Demissão dos ofic i-
sob seu comando ou integrantes das OPM ou OBM subordinadas. Controlador Geral
ais.
(NR Lei nº 14.933/11)
Sub Cmt geral e
IV - os Subcomandantes da Polícia Militar e do Corpo de Advertência, repreensão, permanência discipl i-
Sub Chefe Casa
Bombeiros Militar: a todos sob seu comando e das unidades subor- nar, custódia disciplinar e proibição do uso de
Militar
uniformes.
dinadas e às praças inativas da reserva remunerada;
Advertência, repreensão, permanência disciplinar
V - os oficiais da ativa: aos militares do Estado que estiverem Coronel de até 20 (vinte) dias e custódia disciplinar de até
sob seu comando ou integrantes das OPM ou OBM subordinadas. 15 (quinze) dias.
Advertência, repreensão e permanência discipl i-
Tenente-Coronel
nar de até 20 dias.
Parágrafo único. Ao Controlador Geral de Disciplina e aos Advertência, repreensão e permanência discipl i-
Major
Comandantes-Gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros nar de até 15 dias.
Militar compete conhecer das sanções disciplinares aplicadas aos Advertência, repreensão e permanência discipl i-
Capitão
inativos da reserva remunerada, em grau de recurso, respectiva- nar de até 10 dias.
mente, se oficial ou praça.‖ (NR Lei nº 14.933/11). 1º e 2º Tenente
Advertência, repreensão e permanência discipli-
nar de até 05 dias.

Seção II
Seção III
Dos Limites de Competência das Autoridades
Do Julgamento

Art. 32. O Governador do Estado é competente para aplicar


todas as sanções disciplinares previstas neste Código, cabendo às Art. 33. Na aplicação das sanções disciplinares serão sempre
demais autoridades as seguintes competências: considerados a natureza, a gravidade e os motivos determinantes
do fato, os danos causados, a personalidade e os antecedentes do
I - ao Controlador Geral de Disciplina: todas as sanções disci- agente, a intensidade do dolo ou o grau da culpa.
plinares, exceto a demissão de oficiais; (NR Lei nº 14.933/11).
As sanções devem ser aplicadas nos limites do art. 41 e 42, se n-
II - ao respectivo Subcomandante da Corporação Militar e ao do assim, os responsáveis pelo julgamento devem levar em co n-
Subchefe da Casa Militar, as sanções disciplinares de advertência, sideração todos os fatores positivos e negativos para aplicar a
repreensão, permanência disciplinar, custódia disciplinar e proibição sanção mais justa ou não aplicar sanção.
do uso de uniformes, até os limites máximos previstos;
III - aos oficiais do posto de coronel: as sanções disciplinares
Art. 34. Não haverá aplicação de sanção disciplinar quando
de advertência, repreensão, permanência disciplinar de até 20 (vin-
for reconhecida qualquer das seguintes causas de justificação:
te) dias e custódia disciplinar de até 15 (quinze) dias;
I - motivo de força maior ou caso fortuito, plenamente compro-
IV - aos oficiais do posto de tenente-coronel: as sanções disci-
vados;
plinares de advertência, repreensão e permanência disciplinar de
até 20 (vinte) dias; II – em preservação da ordem pública ou do interesse coletivo;

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III - legítima defesa própria ou de outrem; III - reincidência;
IV - obediência à ordem superior, desde que a ordem recebida Verifica-se a reincidência, quando o policial-militar comete nova
não seja manifestamente ilegal; transgressão, depois de transitar em julgado a decisão admini s-
trativa que o puniu por transgressão anterior .
V - uso de força para compelir o subordinado a cumprir ri-
gorosamente o seu dever, no caso de perigo, necessidade urgente,
calamidade pública ou manutenção da ordem e da disciplina. IV - conluio de duas ou mais pessoas;
Estas 05 (cinco) situações são casos em que o militar comete Ocorre quando dois ou mais militares se juntam para cometerem
transgressão, mas não será punido em virtude de existirem mot i- transgressão (ões) disciplinar (es).
vos que justificam o cometimento da transgressão. Ex: Matar
alguém, além de ser crime é transgressão, mas se matei em def e-
sa de outra pessoa, não serei punido na esfera administrativa, V - ter sido a falta praticada durante a execução do serviço;
nem na penal. Na esfera pena é chamado também de excludente
de ilicitude, ou seja, é uma causa excepcional que retira o caráter VI - ter sido a falta praticada em presença de subordinado, de
antijurídico de uma conduta tipificada como criminosa (fato típi- tropa ou de civil;
co). A sanção será proporcional ao grau hierárquico, ou seja, quanto
mais elevado for o grau hierárquico maior será a punição, princ i-
palmente se esta transgressão for cometida em presença de s u-
Art. 35. São circunstâncias atenuantes: bordinado, de tropa ou de civil (pessoa do povo).
I - estar, no mínimo, no bom comportamento;
As praças que cometerem transgressões disciplinares e estiverem VII - ter sido a falta praticada com abuso de autoridade hierár-
classificadas nos comportamentos bom, ótimo ou excelente, terão quica ou funcional ou com emprego imoderado de violência mani-
suas penas abrandadas.
festamente desnecessária.
Estas circunstâncias vão tornar a transgressão mais grave, imp u-
II - ter prestado serviços relevantes; tando ao transgressor uma sanção maior.
O militar estadual que tiver registrado em seus assentamentos;
elogios, condecorações ou medalhas, por exemplo.
§ 1º. Não se aplica a circunstância agravante prevista no inci-
so V quando, pela sua natureza, a transgressão seja inerente à
III - ter admitido à transgressão de autoria ignorada ou, se co- execução do serviço.
nhecida, imputada a outrem; § 2º. Considera-se reincidência o enquadramento da falta pra-
Ocorre quando uma transgressão é cometida, porém não foi ide n- ticada num dos itens previstos no art. 13 ou no inciso II do § 1º. do
tificado o transgressor e determinado militar assume a aut oria do art. 12.
fato sem ter sido ele de fato, o autor.

Seção IV
IV - ter praticado a falta para evitar mal maior; Da Aplicação
V - ter praticado a falta em defesa de seus próprios direitos ou
dos de outrem;
Art. 37. A aplicação da sanção disciplinar abrange a análise
VI - ter praticado a falta por motivo de relevante valor social; do fato, nos termos do art. 33 deste Código, a análise das circuns-
VII - não possuir prática no serviço; tâncias que determinaram a transgressão, o enquadramento e a
decorrente publicação.
VIII - colaborar na apuração da transgressão disciplinar.
Quando a autoridade competente for aplicar sanção a subordin a-
Estas circunstâncias tornarão a transgressão menos grave, imp u-
do deve seguir todos os parâmetros determinados pela lei, faze n-
tando ao transgressor uma sanção mais branda.
do o devido enquadramento, bem como providenciando a devida
publicação.
Art. 36. São circunstâncias agravantes:
I - estar em mau comportamento; Art. 38. O enquadramento disciplinar é a descrição da trans-
Interessante que o militar estando classificado no comportamento gressão cometida, dele devendo constar, resumidamente, o seguin-
regular, não se configura nem como atenuante e nem agravante. te:
I - indicação da ação ou omissão que originou a transgressão;
II - prática simultânea ou conexão de duas ou mais trans- II - tipificação da transgressão disciplinar;
gressões; III - alegações de defesa do transgressor;
Por exemplo: quando o militar chegar atrasado par a o serviço e IV - classificação do comportamento policial-militar em que o
faltar com a verdade para justificar o atraso. punido permaneça ou ingresse;

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V - discriminação, em incisos e artigos, das causas de jus- Ex: Quando for aplicada uma repreensão e uma permanência
tificação ou das circunstâncias atenuantes e ou agravantes; disciplinar a um militar pela mesma transgressão de natureza
grave, a repreensão será anulada.
VI - decisão da autoridade impondo, ou não, a sanção;

Art. 42. A sanção disciplinar será proporcional à gravidade e


VII - observações, tais como:
natureza da infração, observados os seguintes limites:
a) data do início do cumprimento da sanção disciplinar;
I - as faltas leves são puníveis com advertência ou repreensão
b) local do cumprimento da sanção, se for o caso; e, na reincidência, com permanência disciplinar de até 5 (cinco)
c) determinação para posterior cumprimento, se o trans- dias;
gressor estiver baixado, afastado do serviço ou à disposição de II - as faltas médias são puníveis com permanência disciplinar
outra autoridade; de até 8 (oito) dias e, na reincidência, com permanência disciplinar
d) outros dados que a autoridade competente julgar neces- de até 15(quinze) dias;
sários; Temos aqui uma situação de divergência, pois o inciso, não me n-
ciona a repreensão para as transgressões médias, prevista no art.
16 desta lei. A depender do que caia referente a este assunto, a
VIII - assinatura da autoridade. questão poderá ser contestada através de recursos.

Art. 39. A publicação é a divulgação oficial do ato ad- III - as faltas graves são puníveis com permanência disciplinar
ministrativo referente à aplicação da sanção disciplinar ou à sua de até 10 (dez) dias ou custódia disciplinar de até 8 (oito) dias e, na
justificação, e dá início a seus efeitos. reincidência, com permanência de até 20 (vinte) dias ou custódia
Parágrafo único. A advertência não deverá constar de pu- disciplinar de até 15 (quinze) dias, desde que não caiba demissão
blicação em boletim, figurando, entretanto, no registro de informa- ou expulsão.
ções de punições para os oficiais, ou na nota de corretivo das pra-
Aqui ocorre outro problema, visto que, menciona a custódia disc i-
ças. plinar sendo aplicada quando o militar cometer a 1ª transgressão
disciplinar grave, sendo que no art. 20 § 2º desta lei vemos que
somente poderá ser aplicada na reincidência. A depender do que
Art. 40. As sanções aplicadas a oficiais, alunos-oficiais, subte-
caia referente a este assunto, a questão poderá ser contestada
nentes e sargentos serão publicadas somente para conhecimento através de recursos.
dos integrantes dos seus respectivos círculos e superiores hierár-
quicos, podendo ser dadas ao conhecimento geral se as circunstân-
cias ou a natureza da transgressão e o bem da disciplina assim o Art. 43. O início do cumprimento da sanção disciplinar depen-
recomendarem. derá de aprovação do ato pelo Comandante da Unidade ou pela
Quando a sanção for aplicada a Subtenente ou superiores a d i-
autoridade funcional imediatamente superior, quando a sanção for
vulgação da publicação será feita somente entre os pares ou por ele aplicada, e prévia publicação em boletim, ressalvados os
superiores hierárquicos, salvo se as circunstâncias ou a natureza casos de necessidade da medida preventiva de recolhimento transi-
da transgressão e o bem da disciplina assim o recomenda rem. tório, prevista neste Código.
O militar só cumprirá a punição, após a devida publicação em
Boletim, bem como após a aprovação da punição pela autoridade
Art. 41. Na aplicação das sanções disciplinares previstas nes-
competente. O recolhimento transitório c omo não é caracterizado
te Código, serão rigorosamente observados os seguintes limites: como sanção, poderá ser aplicada sem publicação.
I - quando as circunstâncias atenuantes preponderarem, a
sanção não será aplicada em seu limite máximo;
Art. 44. A sanção disciplinar não exime o militar estadual pu-
II - quando as circunstâncias agravantes preponderarem, po- nido da responsabilidade civil e criminal emanadas do mesmo fato.
derá ser aplicada a sanção até o seu limite máximo;
Parágrafo único. A instauração de inquérito ou ação criminal
Simplesmente quando o número de agravantes for maior que o de não impede a imposição, na esfera administrativa, de sanção pela
atenuantes, poderá ser aplicada a sanção até o limite máximo
prática de transgressão disciplinar sobre o mesmo fato.
conforme o art. 42, mas quando não for maior o número de agr a-
vantes a punição NÃO poderá chegar ao limite máximo. O militar estadual, como qualquer outro servidor público, poderá
ser responsabilizado nas esferas administrativa, penal e civil de
forma isolada, ou cumulativamente, ou seja, nas três esferas.
III - pela mesma transgressão não será aplicada mais de uma
sanção disciplinar, sendo nulas as penas mais brandas quando
indevidamente aplicadas a fatos de gravidade com elas incompatí- Art. 45. Na ocorrência de mais de uma transgressão, sem co-
vel, de modo que prevaleça a penalidade devida para a gravidade nexão entre elas, serão impostas as sanções correspondentes
do fato. isoladamente; em caso contrário, quando forem praticadas de forma
conexa, as de menor gravidade serão consideradas como circuns-
tâncias agravantes da transgressão principal.

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Ex: O militar que chega atrasado para o serviço e ainda se apr e- Parágrafo único. Quando o local determinado para o cumpri-
senta mal uniformizado, pratica duas transgressões em conexão mento da sanção não for a respectiva OPM ou OBM, a autoridade
e, portanto será punido somente por uma transgressão, tendo a indicará o local designado para a apresentação do militar punido.
outra como agravante. Porém se o militar chega atrasado para o
serviço e durante a execução do serviço abusa de sua autoridade,
comete duas transgressões sem conexão entre elas, devendo Art. 50. Nenhum militar do Estado será interrogado ou ser-lhe-
então ser punido duas vezes. á aplicada sanção se estiver em estado de embriaguez, ou sob a
ação de substância entorpecente ou que determine dependência
física ou psíquica, devendo, se necessário, ser, desde logo, recolhi-
Art. 46. Na ocorrência de transgressão disciplinar envolvendo
do transitoriamente, por medida preventiva.
militares do Estado de mais de uma Unidade, caberá ao comandan-
te da área territorial onde ocorreu o fato apurar ou determinar a O militar embriagado ou sob efeito de substância entorpecente
apuração e, ao final, se necessário, remeter os autos à autoridade poderá alegar posteriormente que não recorda de seu depoime n-
funcional superior comum aos envolvidos. to, portanto para evitar problemas posteriores o militar não será
interrogado nestas circunstâncias .
O soldado A pertencente a 1ª CIA e o cabo B pertencente a 3ª
CIA se encontram na área da 2ª CIA e por lá cometem transgre s-
são disciplinar, juntos. O fato deve ser apurado pelo Comandante Art. 51. O cumprimento da sanção disciplinar, por militar do
da 2ª CIA e se houver necessidade de punir os envolvidos, os Estado afastado do serviço, deverá ocorrer após a sua apresenta-
documentos deverão ser encaminhados ao CMT comum aos dois ção na OPM ou OBM, pronto para o serviço militar, salvo nos casos
transgressores (CMT do Batalhão).
de interesse da preservação da ordem e da disciplina.
Parágrafo único. A interrupção de afastamento regulamentar,
Art. 47. Quando duas autoridades de níveis hierárquicos dife- para cumprimento de sanção disciplinar, somente ocorrerá quando
rentes, ambas com ação disciplinar sobre o transgressor, conhece- determinada pelo Governador do Estado ou pelo Controlador Geral
rem da transgressão disciplinar, competirá à de maior hierarquia dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário.‖ (NR Lei
apurá-la ou determinar que a menos graduada o faça. nº 14.933/11).

Parágrafo único. Quando a apuração ficar sob a incumbência O militar estadual que se encontrar de férias, de licença patern i-
da autoridade menos graduada, a punição resultante será aplicada dade ou qualquer outro afastamento regulamentar poderá ter a
após a aprovação da autoridade superior, se esta assim determinar. interrupção deste afastamento por determinação de 02 autorid a-
des (Governador ou Controlador Geral de Discipl ina).
Quando um Major e um Capitão, ambos com ação disciplinar
sobre o transgressor, conhecerem da transgressão disciplinar,
caberá ao Major apurar o fato ou determinar que o Capitão apure, Art. 52. O início do cumprimento da sanção disciplinar deverá
porém se for necessário punir o militar transgressor, somente ocorrer no prazo máximo de 5 (cinco) dias após a ciência, pelo
poderá ser punido se a sanção for aprovada pelo Major. militar punido, da sua publicação.
§ 1º. A contagem do tempo de cumprimento da sanção co-
Art. 48. A expulsão será aplicada, em regra, quando a praça meça no momento em que o militar do Estado iniciá-lo, computan-
militar, independentemente da graduação ou função que ocupe, for do-se cada dia como período de 24 (vinte e quatro) horas.
condenado judicialmente por crime que também constitua infração § 2º. Não será computado, como cumprimento de sanção dis-
disciplinar grave e que denote incapacidade moral para a continui- ciplinar, o tempo em que o militar do Estado passar em gozo de
dade do exercício de suas funções, após a instauração do devido afastamentos regulamentares, interrompendo-se a contagem a
processo legal, garantindo a ampla defesa e o contraditório. partir do momento de seu afastamento até o seu retorno.
Além dos casos previstos no art.24 desta lei, a praça poderá ser § 3º. O afastamento do militar do Estado do local de cum-
expulsa quando, concedido o direito a ampla defesa e ao contr a- primento da sanção e o seu retorno a esse local, após o afas-
ditório, seja considerada culpada por crime que seja também tamento regularmente previsto no § 2º, deverão ser objeto de publi-
transgressão disciplinar grave.
cação.
O militar estadual que tiver de cumprir sanção disciplinar, por
Seção V exemplo: 05 dias de permanência disciplinar, começando segu n-
Do Cumprimento e da Contagem de Tempo da-feira 10h00, sairia 10h00 do sábado.

Art. 49. A autoridade que tiver de aplicar sanção a su- CAPÍTULO IX


bordinado que esteja a serviço ou à disposição de outra autoridade Do Comportamento
requisitará a apresentação do transgressor.
Quando o militar estiver adido, ou seja, à disposição de outra Art. 53. O comportamento da praça militar demonstra o seu
autoridade, a autoridade que tiver de aplicar a sanção deverá procedimento na vida profissional e particular, sob o ponto de vista
solicitar a apresentação do mesmo para que possa cumprir a
disciplinar.
sanção.

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Os oficiais não têm classificação comportamento, sendo essa Art. 56. O militar do Estado, que considere a si próprio, a su-
classificação exclusiva das praças. bordinado seu ou a serviço sob sua responsabilidade prejudicado,
ofendido ou injustiçado por ato de superior hierárquico, poderá
interpor recursos disciplinares.
Art. 54. Para fins disciplinares e para outros efeitos, o compor-
tamento militar classifica-se em:
I - Excelente - quando, no período de 10 (dez) anos, não lhe Parágrafo único. São recursos disciplinares:
tenha sido aplicada qualquer sanção disciplinar, mesmo por falta I - pedido de reconsideração de ato;
leve; II - recurso hierárquico.
II - Ótimo - quando, no período de 5 (cinco) anos, lhe tenham
sido aplicadas até 2 (duas) repreensões;
Art. 57. O pedido de reconsideração de ato é recurso interpos-
III - Bom - quando, no período de 2 (dois) anos, lhe tenham to, mediante parte ou ofício, à autoridade que praticou, ou aprovou,
sido aplicadas até 2 (duas) permanências disciplinares; o ato disciplinar que se reputa irregular, ofensivo, injusto ou ilegal,
IV - Regular - quando, no período de 1 (um) ano, lhe tenham para que o reexamine.
sido aplicadas até 2 (duas) permanências disciplinares ou 1 (uma) § 1º. O pedido de reconsideração de ato deve ser encami-
custódia disciplinar; nhado, diretamente, à autoridade recorrida e por uma única vez.
V - Mau - quando, no período de 1 (um) ano, lhe tenham sido § 2º. O pedido de reconsideração de ato, que tem efeito sus-
aplicadas mais de 2 (duas) permanências disciplinares ou mais de pensivo, deve ser apresentado no prazo máximo de 5 (cinco) dias, a
1 (uma) custódia disciplinar. contar da data em que o militar do Estado tomar ciência do ato que
COMPORTAMENTO REQUISITOS o motivou.
Quando, no período de 10 (dez) anos, não lhe § 3º. A autoridade a quem for dirigido o pedido de recon-
EXCELENTE tenha sido aplicada qualquer sanção disciplinar,
mesmo por falta leve.
sideração de ato deverá, saneando se possível o ato praticado, dar
solução ao recurso, no prazo máximo de 10 (dez) dias, a contar da
Quando, no período de 5 (cinco) anos, lhe tenham
ÓTIMO
sido aplicadas até 2 (duas) repreensões.
data de recebimento do documento, dando conhecimento ao inte-
ressado, mediante despacho fundamentado que deverá ser publi-
Quando, no período de 2 (dois) anos, lhe tenham
BOM sido aplicadas até 2 (duas) permanências discipli-
cado.
nares. § 4º. O subordinado que não tiver oficialmente conhecimento
Quando, no período de 1 (um) ano, lhe tenham da solução do pedido de reconsideração, após 30 (trinta) dias con-
REGULAR sido aplicadas até 2 (duas) permanências discipli- tados da data de sua solicitação, poderá interpor recurso hierárqui-
nares ou 1 (uma) custódia disciplinar. co no prazo previsto no inciso I do § 3º, do artigo seguinte.
Quando, no período de 1 (um) ano, lhe tenham
§ 5º. O pedido de reconsideração de ato deve ser redigido de
sido aplicadas mais de 2 (duas) permanências
MAU forma respeitosa, precisando o objetivo e as razões que o funda-
disciplinares ou mais de 1 (uma) custódia discipli-
nar. mentam, sem comentários ou insinuações desnecessários, podendo
ser acompanhado de documentos comprobatórios.

§ 1º. A contagem de tempo para melhora do comportamento § 6º. Não será conhecido o pedido de reconsideração in-
se fará automaticamente, de acordo com os prazos estabelecidos tempestivo, procrastinador ou que não apresente fatos ou argumen-
neste artigo. tos novos que modifiquem a decisão anteriormente tomada, deven-
do este ato ser publicado, obedecido o prazo do § 3º deste artigo.
§ 2º. Bastará uma única sanção disciplinar acima dos limites
estabelecidos neste artigo para alterar a categoria do comportamen-
to. Art. 58. O recurso hierárquico, interposto por uma única vez,
§ 3º. Para a classificação do comportamento fica estabelecido terá efeito suspensivo e será redigido sob a forma de parte ou ofício
que duas repreensões equivalerão a uma permanência disciplinar. e endereçado diretamente à autoridade imediatamente superior
àquela que não reconsiderou o ato tido por irregular, ofensivo, injus-
§ 4º. Para efeito de classificação, reclassificação ou melhoria to ou ilegal.
do comportamento, ter-se-ão como bases as datas em que as san-
ções foram publicadas. § 1º. A interposição do recurso de que trata este artigo, a qual
deverá ser precedida de pedido de reconsideração do ato, somente
poderá ocorrer depois de conhecido o resultado deste pelo reque-
Art. 55. Ao ser admitida, a praça militar será classificada no rente, exceto na hipótese prevista pelo § 4º do artigo anterior.
comportamento ―bom‖. § 2º. A autoridade que receber o recurso hierárquico deverá
comunicar tal fato, por escrito, àquela contra a qual está sendo
CAPÍTULO X interposto.
Dos Recursos Disciplinares § 3º. Os prazos referentes ao recurso hierárquico são:

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I - para interposição: 5(cinco) dias, a contar do conhecimento RETIFICAÇÃO Correção de irregularidade formal sanável
da solução do pedido de reconsideração pelo interessado ou do (pode ser sanada, corrigida).
vencimento do prazo do § 4º. do artigo anterior; ATENUAÇÃO Atenuação vem de atenuante e, portanto será
benéfica para o transgressor.
II - para comunicação: 3 (três) dias, a contar do protocolo da
OPM ou OBM da autoridade destinatária; AGRAVAÇÃO Agravação vem de agravante e, portanto será
maléfica para o transgressor.
III - para solução: 10 (dez) dias, a contar do recebimento da in- Declaração de invalidade da sanção disciplinar,
terposição do recurso no protocolo da OPM ou OBM da autoridade quando, na apreciação do recurso, verificar a
destinatária. ocorrência de ilegalidade, devendo retroagir
(ou seja, se o militar deixar de ser promovido
ANULAÇÃO em virtude de uma punição e esta for anulada,
§ 4º. O recurso hierárquico, em termos respeitosos, precisará o militar deverá ser promovido retroativo a data
o objeto que o fundamenta de modo a esclarecer o ato ou fato, em que deixou de ser promovido por estar com
podendo ser acompanhado de documentos comprobatórios. a sanção registrada em sua ficha) à data do
ato. O militar terá somente 5 anos para solicitar
§ 5º. O recurso hierárquico não poderá tratar de assunto es- a anulação.
tranho ao ato ou fato que o tenha motivado, nem versar sobre maté-
ria impertinente ou fútil.
Art. 63. A retificação consiste na correção de irregularidade
§ 6º. Não será conhecido o recurso hierárquico intempestivo, formal sanável, contida na sanção disciplinar aplicada pela própria
procrastinador ou que não apresente fatos ou argumentos novos autoridade ou por autoridade subordinada.
que modifiquem a decisão anteriormente tomada, devendo ser
cientificado o interessado, e publicado o ato em boletim, no prazo
de 10 (dez) dias. Art. 64. A atenuação é a redução da sanção proposta ou apli-
cada, para outra menos rigorosa ou, ainda, a redução do número de
dias da sanção, nos limites do art. 42, se assim o exigir o interesse
Art. 59. Solucionado o recurso hierárquico, encerra-se para o da disciplina e a ação educativa sobre o militar do Estado.
recorrente a possibilidade administrativa de revisão do ato discipli-
nar sofrido, exceto nos casos de representação previstos nos §§ 3º.
e 4º. do art. 30. Art. 65. A agravação é a ampliação do número dos dias pro-
postos para uma sanção disciplinar ou a aplicação de sanção mais
rigorosa, nos limites do art. 42, se assim o exigir o interesse da
Art. 60. Solucionados os recursos disciplinares e havendo disciplina e a ação educativa sobre o militar do Estado.
sanção disciplinar a ser cumprida, o militar do Estado iniciará o seu
cumprimento dentro do prazo de 3 (três) dias: Parágrafo único. Não caberá agravamento da sanção em ra-
zão da interposição de recurso disciplinar pelo militar acusado.
I - desde que não interposto recurso hierárquico, no caso de
solução do pedido de reconsideração;
II - após solucionado o recurso hierárquico. Art. 66. Anulação é a declaração de invalidade da sanção dis-
ciplinar aplicada pela própria autoridade ou por autoridade subordi-
nada, quando, na apreciação do recurso, verificar a ocorrência de
Art. 61. Os prazos para a interposição dos recursos de que ilegalidade, devendo retroagir à data do ato.
trata este Código são decadenciais. Parágrafo único. A anulação de sanção administrativo-
disciplinar somente poderá ser feita no prazo de 5 (cinco) anos, a
CAPÍTULO XI contar da data da publicação do ato que se pretende invalidar, res-
salvado o disposto no inciso III do art. 41 deste Código.
Da Revisão dos Atos Disciplinares

CAPÍTULO XII
Art. 62. As autoridades competentes para aplicar sanção dis-
ciplinar, exceto as ocupantes dos postos de 1º. Tenente a major, Das Recompensas Militares
quando tiverem conhecimento, por via recursal ou de ofício, da
possível existência de irregularidade ou ilegalidade na aplicação da Art. 67. As recompensas militares constituem reconhecimento
sanção imposta por elas ou pelas autoridades subordinadas, po- dos bons serviços prestados pelo militar do Estado e consubstan-
dem, de forma motivada e com publicação, praticar um dos seguin- ciam-se em prêmios concedidos por atos meritórios e serviços rele-
tes atos: vantes.
I - retificação;
II - atenuação; Art. 68. São recompensas militares:
III - agravação; I - elogio;
IV - anulação. II - dispensa de serviço;
III - cancelamento de sanções, passíveis dessa medida.

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Parágrafo único. O elogio individual, ato administrativo que Concedido independentemente da classi-
coloca em relevo as qualidades morais e profissionais do militar, ficação do comportamento, ou seja,
poderá ser formulado independentemente da classificação de seu ELOGIO
mesmo que o militar esteja no MAU
comportamento e será registrado nos assentamentos. comportamento poderá ser elogiado /
será registrado nos assentamentos(ficha
individual).
Art. 69. A dispensa do serviço é uma recompensa militar e Concedida somente por Tenente-Coronel
DISPENSA DO SERVIÇO ou Coronel/ fica limitada ao máximo de 6
somente poderá ser concedida por oficiais dos postos de tenente- (seis) dias por ano, sendo sempre publ i-
coronel e coronel a seus subordinados funcionais. cada em boletim.
Parágrafo único. A concessão de dispensas do serviço, ob- CANCEL DE Após os ADVERTÊNCIA 2 ANOS
servado o disposto neste artigo, fica limitada ao máximo de 6(seis) SANÇÕES lapsos REPREENSÃO 3 ANOS
temporais
dias por ano, sendo sempre publicada em boletim. PERMANÊNCIA DISCI- 7 ANOS
PLINAR OU DETENÇÃO
CUSTÓDIA DISCIPLINAR 10 ANOS
Art. 70. O cancelamento de sanções disciplinares consiste na OU PRISÃO
retirada dos registros realizados nos assentamentos individuais do Indepen- Controlador Geral poderá cancelar uma
militar da ativa, relativos às penas disciplinares que lhe foram apli- dente de ou mais punições do militar que tenha
cadas, sendo inaplicável às sanções de reforma administrativa qualquer praticado qualquer ação militar conside-
disciplinar, de demissão e de expulsão. outro rada especialmente meritória, que não
requisito. chegue a constituir ato de bravura. Prati-
cado ato de bravura o Comandante-Geral
poderá cancelar todas as punições do
§ 1º O cancelamento de sanções é ato do Comandante Geral militar.
de Oficio, comprovados em seus assentamentos, e depois de de-
corridos os lapsos temporais a seguir indicados, de efetivo serviço
sem qualquer outra sanção, a contar da data da última pena impos- I - o Conselho de Justificação, para oficiais;
ta: (Redação dada pelo Art.1º da Lei 15.051/2011). II - o Conselho de Disciplina, para praças com 10 (dez) ou
a) para o cancelamento de advertência: 2 anos; mais anos de serviço militar no Estado;
b) para o cancelamento de repreensão: 3 anos; III - o processo administrativo-disciplinar, para praças com
menos de 10 (dez) anos de serviço militar no Estado;
c) para o cancelamento de permanência disciplinar ou, anteri-
ormente a esta Lei, de detenção: 7 anos; IV - o procedimento disciplinar previsto no Capítulo VII desta
Lei.
d) para o cancelamento de custódia disciplinar ou, anterior-
mente a esta Lei, de prisão administrativa: 10 anos.
§ 1 º O processo regular poderá ter por base investigação pre-
liminar, inquérito policial-militar ou sindicância instaurada, realizada
§ 2º Independentemente das condições previstas neste artigo,
ou acompanhada pela Controladoria Geral dos Órgãos de Seguran-
o Controlador Geral de Disciplina poderá cancelar uma ou mais
ça Pública e Sistema Penitenciário.‖ (NR Lei nº 14.933).
punições do militar que tenha praticado qualquer ação militar consi-
derada especialmente meritória, que não chegue a constituir ato de § 2º. A inobservância dos prazos previstos para o processo
bravura. Configurado ato de bravura, assim reconhecido, o Coman- regular não acarreta a nulidade do processo, porém os membros do
dante-Geral poderá cancelar todas as punições do militar, indepen- Conselho ou da comissão poderão responder pelo retardamento
dentemente das condições previstas neste artigo. (Redação dada pelo injustificado do processo.
Art.1º da Lei 15.051/2011)
§ 3º. O cancelamento de sanções não terá efeito retroativo e Art. 72. O militar do Estado submetido a processo regular de-
não motivará o direito de revisão de outros atos administrativos verá, quando houver possibilidade de prejuízo para a hierarquia,
decorrentes das sanções canceladas. disciplina ou para a apuração do fato, ser designado para o exercí-
O cancelamento de sanções disciplinares somente poderá ser cio de outras funções, enquanto perdurar o processo, podendo
aplicado às sanções de Advertência, Repreensão, Permanência e ainda a autoridade instauradora proibir-lhe o uso do uniforme e o
Custódia Disciplinar. porte de arma, como medida cautelar.

CAPÍTULO XIII Parágrafo único. Não impede a instauração de novo proces-


Do Processo Regular so regular, caso surjam novos fatos ou evidências posteriormente à
conclusão dos trabalhos na instância administrativa, a absolvição,
Seção I
administrativa ou judicial, do militar do Estado em razão de:
Disposições Gerais
I - não haver prova da existência do fato;
II - falta de prova de ter o acusado concorrido para a trans-
Art. 71. O processo regular de que trata este Código, para os gressão; ou,
militares do Estado, será:
III - não existir prova suficiente para a condenação.

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Art. 73. Aplicam-se a esta Lei, subsidiariamente, pela ordem, Art. 76. O oficial submetido a Conselho de Justificação e con-
as normas do Código do Processo Penal Militar, do Código de Pro- siderado culpado, por decisão unânime, deverá ser agregado disci-
cesso Penal e do Código de Processo Civil. plinarmente mediante ato do Comandante-Geral, até decisão final
do Tribunal competente, ficando:
Art. 74. Extingue-se a punibilidade da transgressão disciplinar A decisão unânime acontece quando os 03 (três) membros dec i-
pela: dem da mesma forma. Votando pela demissão do acusado.

I - passagem do transgressor da reserva remunerada para a


reforma ou morte deste; I - afastado das suas funções e adido à Unidade que lhe for
O militar que for transferido da reserva remunerada para a refo r-
designada;
ma não poderá mais ser punido administrativamente, pois o r e- II - proibido de usar uniforme e de portar arma;
formado não está sujeito às regras do Código Disciplinar.
III - mantido no respectivo Quadro, sem número, não con-
correndo à promoção.
II - prescrição.
A prescrição acontece quando o militar não mais puder ser punido Art. 77. A constituição do Conselho de Justificação dar-se-á
em virtude da lentidão em tomar providências. por ato do Governador do Estado, ou do Controlador Geral de Dis-
ciplina, composto cada um, por 3 (três) oficiais, sejam Militares ou
Bombeiros Militares Estaduais, ou das Forças Armadas, dos quais,
§ 1º. A prescrição de que trata o inciso II deste artigo se verifi-
1 (um) Oficial intermediário, recaindo sobre o mais antigo a presi-
ca:
dência da Comissão, outro atuará como interrogante e o último
a) em 2 (dois) anos, para transgressão sujeita à advertência e como relator e escrivão. (Redação dada pelo art. 2º da lei 15.051/2011)
repreensão;
§ 1º. . Quando o justificante for oficial superior do último posto,
b) em 3 (três) anos, para transgressão sujeita à permanência o Conselho será formado por oficiais daquele posto, da ativa ou na
disciplinar; inatividade, mais antigos que o justificante, salvo na impossibilidade.
c) em 4 (quatro) anos, para transgressão sujeita à custódia Quando o justificante for oficial da reserva remunerada, um dos
disciplinar; membros do Conselho poderá ser da reserva remunerada.
d) em 5 (cinco) anos, para transgressão sujeita á reforma ad- Quando o justificante (acusado) for Coronel (oficial do último
ministrativa; disciplinar, demissão, expulsão e proibição do uso do posto) a comissão será composta por três outros Coronéis mais
uniforme e do porte de arma; antigos do que o acusado.

e) no mesmo prazo e condição estabelecida na legislação pe-


nal, especialmente no código penal ou penal militar, para transgres- § 2º. Não podem fazer parte do Conselho de Justificação:
são compreendida também como crime. I - o Oficial que formulou a acusação;
II - os Oficiais que tenham entre si, com o acusador ou com o
§ 2º. O início da contagem do prazo de prescrição de qualquer acusado, parentesco consanguíneo ou afim, na linha reta ou até o
transgressão disciplinar é da data em que foi praticada, interrom- quarto grau de consanguinidade colateral ou de natureza civil;
pendo-se pela instauração de sindicância, de conselho de justifica- III - os Oficiais que tenham particular interesse na decisão do
ção ou disciplina ou de processo administrativo-disciplinar ou pelo Conselho de Justificação; e
sobrestamento destes.
IV - os Oficiais subalternos.
Para que a comissão seja isenta e não prejudique ou beneficie o
Seção II acusado alguns oficiais não poderão fazer parte da composição
Do Conselho de Justificação do Conselho por motivos óbvios: parentesco, interesses particul a-
res e etc. No caso do oficial subalterno a proibição se dá em
virtude do acusado ser também um oficial e os componentes
Art. 75. O Conselho de Justificação destina-se a apurar as devem ser de posto superior, sendo o acusado no mínimo tenente
transgressões disciplinares cometidas por oficial e a incapacidade outro tenente não pode julgá-lo.
deste para permanecer no serviço ativo militar.
Parágrafo único. O Conselho de Justificação aplica-se tam- § 3º. O Conselho de Justificação funciona sempre com a tota-
bém ao oficial inativo presumivelmente incapaz de permanecer na lidade de seus membros, em local que a autoridade nomeante, ou
situação de inatividade. seu presidente, julgue melhor indicado para a apuração dos fatos.
Este procedimento visa apurar a compatibilidade do oficial pe r- Todos os atos devem acontecer com a presença do Presidente,
manecer ou não na Corporação, poden do resultar em Demissão Interrogante e Relator. Não podendo ser ouvidas testemunhas ou
ou Reforma Administrativa Disciplinar. praticados quaisquer atos com a ausência de qualquer dos três.

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Art. 78. O Conselho de Justificação dispõe de um prazo de § 6º. As provas a serem colhidas mediante carta precatória se-
60(sessenta) dias, a contar da data de sua nomeação, para a con- rão efetuadas por intermédio da autoridade Policial-Militar ou, na
clusão de seus trabalhos relativos ao processo, e de mais 15 (quin- falta desta, da Policia Judiciária local.
ze) dias para deliberação, confecção e remessa do relatório conclu- Quando houver necessidade de interrogar uma testemunha em
sivo. localidade distante da sede (em outro município) poderá este
interrogatório ser feito por parte de outra autoridade policial -
militar do município onde se encontra a testemunha, na f alta
Art. 79. Reunido o Conselho de Justificação, convocado pre- desta autoridade por ser utilizada a polícia civil do local (polícia
viamente por seu Presidente, em local, dia e hora designados com judiciária).
antecedência, presentes o acusado e seu defensor, o Presidente
manda proceder à leitura e a autuação dos documentos que instruí-
ram e os que constituíram o ato de nomeação do Conselho; em Art. 80. O acusado poderá, após o interrogatório, no prazo de
seguida, ordena a qualificação e o interrogatório do justificante, três dias, oferecer defesa prévia, arrolando até três testemunhas e
previamente cientificado da acusação, sendo o ato reduzido a ter- requerer a juntada de documentos que entender convenientes à sua
mo, assinado por todos os membros do Conselho, pelo acusado e defesa.
pelo defensor, fazendo-se a juntada de todos os documentos por
este acaso oferecidos em defesa.
Art. 81. Apresentada ou não a defesa, proceder-se-á à inquiri-
O primeiro ato que deverá acontecer com a presença dos me m- ção das testemunhas, devendo as de acusação, em número de até
bros, do acusado e de seu defensor, salvo no caso de revelia três, serem ouvidas em primeiro lugar.
quando a comissão poderá realizar os atos sem a presença do
acusado, mas sempre com a presença de um Defensor. Parágrafo único. As testemunhas de acusação que nada
disserem para o esclarecimento dos fatos, a Juízo do Conselho de
Justificação, não serão computadas no número previsto no caput,
§ 1º. Sempre que o acusado não for localizado ou deixar de sendo desconsiderado seu depoimento.
atender à intimação formal para comparecer perante o Conselho de
No máximo três testemunhas de acusação e de três de defesa,
Justificação serão adotadas as seguintes providências: sendo sempre as testemunhas de acu sação ouvidas em primeiro
a) a intimação é publicada em órgão de divulgação com circu- lugar. Sendo que, os membros do Conselho poderão substituir
lação na respectiva OPM ou OBM; alguma de acusação, caso estas não esclareçam os fatos.
b) o processo corre à revelia do acusado, se não atender à
publicação, sendo desnecessária sua intimação para os demais Art. 82. O acusado e seu defensor, querendo, poderão com-
atos processuais. parecer a todos os atos do processo conduzido pelo Conselho de
Justificação, sendo para tanto intimados, ressalvado o caso de
revelia. (Redação dada pelo art. 4º da lei 15.051/2011)
§ 2º. Ao acusado revel ou não comparecimento do defensor
nomeado pelo acusado em qualquer ato do processo, será nomea- Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à sessão
do defensor dativo, por solicitação do Controlador Geral de Discipli- secreta de deliberação do Conselho de Justificação.
na, para promover a defesa do oficial justificante, sendo o defensor Os atos do Conselho devem ser informados com antecedência ao
intimado para acompanhar os atos processuais. (Redação dada pelo acusado e seu advogado para que eles possam comparecer,
art. 3º da lei 15.051/2011) salvo no caso de revelia quando será informado somente o defe n-
§3º Reaparecendo, o revel poderá acompanhar o processo no sor público. O acusado só será proibido de participar da sessão
estágio em que se encontrar, podendo nomear defensor de sua secreta (sessão de deliberação = sessão decisão)
escolha, em substituição ao defensor dativo.‖ (Redação dada pelo art.
3º da lei 15.051/2011).
Art. 83. Encerrada a fase de instrução, o oficial acusado será
§ 4º. Aos membros do Conselho de Justificação é lícito rein- intimado para apresentar, por seu defensor nomeado ou dativo, no
quirir o acusado e as testemunhas sobre o objeto da acusação e prazo de 15 (quinze) dias, suas razões finais de defesa. (Redação
propor diligências para o esclarecimento dos fatos. O reconheci- dada pelo art. 5º da lei 15.051/2011).
mento de firma somente será exigido quando houver dúvida de
autenticidade.
Art. 84. Apresentadas as razões finais de defesa, o Conselho
§ 5º. Em sua defesa, pode o acusado requerer a produção, de Justificação passa a deliberar sobre o julgamento do caso, em
perante o Conselho de Justificação, de todas as provas permitidas sessão, facultada a presença do defensor do militar processado,
no Código de Processo Penal Militar. A autenticação de documen- elaborando, ao final, relatório conclusivo. (Redação dada pelo art. 6º da
tos exigidos em cópias poderá ser feita pelo órgão administrativo. lei 15.051/2011).
Não haverá necessidade de autenticação em cartório, bastando
que o documento seja autenticado no próprio quartel por oficial
que vai conferir a cópia com o documento original. § 1º. O relatório conclusivo, assinado por todos os membros
do Conselho de Justificação, deve decidir se o oficial justificante:
I - é ou não culpado das acusações;

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II - está ou não definitivamente inabilitado para o acesso, o ofi- I - a perda do posto e da patente; ou,
cial considerado provisoriamente não habilitado no momento da II - a reforma administrativa disciplinar, no posto que o oficial
apreciação de seu nome para ingresso em Quadro de Acesso; possui na ativa, com proventos proporcionais ao tempo de serviço
III - está ou não incapaz de permanecer na ativa ou na situa- militar.
ção em que se encontra na inatividade.
§ 2º. Publicado o acórdão do Tribunal, o Governador do Esta-
§ 2º. A decisão do Conselho de Justificação será tomada por do decretará a demissão ex officio ou a reforma administrativa dis-
maioria de votos de seus membros, facultada a justificação, por ciplinar do oficial transgressor.
escrito, do voto vencido.
A comissão é composta por três membros justamente para que a Seção III
decisão não gere decisão de empate. A decisão será tomada por
maioria de votos, ou seja, não é porque o Presidente é a autor i- Do Conselho de Disciplina
dade maior que o voto dele vai ter mais valor.

Art. 88. O Conselho de Disciplina destina-se a apurar as


Art. 85. Elaborado o relatório conclusivo, será lavrado termo transgressões disciplinares cometidas pela praça da ativa ou da
de encerramento, com a remessa do processo, pelo Presidente do reserva remunerada e a incapacidade moral desta para permanecer
Conselho de Justificação, ao Controlador Geral de Disciplina, para no serviço ativo militar ou na situação de inatividade em que se
fins previstos no Art. 28-A, da Lei complementar nº 98, de 20 de encontra.
junho de 2011. (Redação dada pelo art. 16 da lei 15.051/2011). Este procedimento visa apurar a compatibilidade da Praça perm a-
necer ou não na Corporação, podendo resultar em Demissão,
Expulsão ou Reforma Administrativa Disciplinar.
Art. 86. Recebidos os autos do processo regular do Conselho
de Justificação, o Governador do Estado decidirá se aceita ou não o
julgamento constante do relatório conclusivo, determinando: § 1º. A constituição do Conselho de Disciplina dar-se-á por ato
I - o arquivamento do processo, caso procedente a justifica- do Controlador Geral de Disciplina, composto, cada um, por 3 (três)
ção; Oficiais, sejam Militares ou Bombeiros Militares Estaduais, ou das
Forças Armadas, dos quais, um Oficial Intermediário, recaindo so-
II - a aplicação da pena disciplinar cabível, adotando as razões
bre o mais antigo a presidência da Comissão, outro atuará como
constantes do relatório conclusivo do Conselho de Justificação ou interrogante e o último como relator e escrivão. (Redação dada pela lei
concebendo outros fundamentos; 15.051/2011).
III - a adoção das providências necessárias à transferência pa- § 2º. O mais antigo do Conselho, no mínimo um capitão, será
ra a reserva remunerada, caso considerado o oficial definitivamente o presidente e o que se lhe seguir em antiguidade ou precedência
não habilitado para o acesso; funcional será o interrogante, sendo o relator e escrivão o mais
IV - a remessa do processo ao Auditor da Justiça Militar do Es- moderno.
tado, caso a acusação julgada administrativamente procedente seja A designação dos três membros da Comissão será feita pelo CMT
também, em tese, crime; Geral, SSPDS ou outra autoridade autorizada pelo CMT Geral,
V - a remessa do processo ao Tribunal de Justiça do Estado, sendo estes oficiais ativos. Pelo menos um dos oficiais deve ser
quando a pena a ser aplicada for a de reforma administrativa disci- Capitão ou de Posto Superior.
plinar ou de demissão, em conformidade com o disposto no art. 176,
§ 8º, da Constituição Estadual. § 3º. Entendendo necessário, o presidente poderá nomear um
O Governador poderá concordar ou não com o parecer da comi s- subtenente ou sargento para funcionar como escrivão no processo,
são. A punição (demissão ou reforma) só será aplicada ao oficial o qual não integrará o Conselho.
se for autorizado pelo Tribunal de Justiça do E stado.
Caso o Presidente perceba que vai ter qualquer dificuldade para
conclusão do processo, poderá nomear um Subtenente ou Sa r-
Art. 87. No Tribunal de Justiça, distribuído o processo, o rela- gento para auxiliar a comissão, sendo esta disposição aplicada
somente a este Processo ou ao PAD, não se aplicando de n e-
tor mandará citar o oficial acusado para, querendo, oferecer defesa,
nhuma forma ao Conselho de Justificação, pois o acusado é um
no prazo de 10 (dez) dias, sobre a conclusão do Conselho de Justi- oficial.
ficação e a decisão do Governador do Estado, em seguida, manda-
rá abrir vista para o parecer do Ministério Público, no prazo de
10(dez) dias, e, na sequência, efetuada a revisão, o processo deve- § 4º. Não podem fazer parte do Conselho de Disciplina:
rá ser incluído em pauta para julgamento. I - o Oficial que formulou a acusação;
II - os Oficiais que tenham entre si, com o acusador ou com o
§ 1º. O Tribunal de Justiça, caso julgue procedente a acusa- acusado, parentesco consanguíneo ou afim, na linha reta ou até o
ção, confirmando a decisão oriunda do Executivo, declarará o oficial quarto grau de consanguinidade colateral ou de natureza civil; e,
indigno do oficialato ou com ele incompatível, decretando:

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III - os Oficiais que tenham particular interesse na decisão do § 2º. Existindo concurso ou continuidade infracional, deverão
Conselho de Disciplina. todos os atos censuráveis constituir o libelo acusatório da portaria.
Para que a comissão seja isenta e não prejudique ou beneficie o § 3º. Surgindo, após a elaboração da portaria, elementos de
acusado alguns oficiais não poderão fazer parte da composição autoria e materialidade de infração disciplinar conexa, em continui-
do Conselho por motivos óbvios: parentesco, interesses particul a- dade ou em concurso, esta poderá ser aditada, abrindo-se novos
res e etc. prazos para a defesa.

§ 5º. O Conselho de Disciplina funciona sempre com a totali- Art. 92. O Conselho de Disciplina dispõe de um prazo de 45
dade de seus membros, em local que a autoridade nomeante, ou (quarenta e cinco) dias, a contar da data de sua nomeação, para a
seu presidente, julgue melhor indicado para a apuração dos fatos. conclusão de seus trabalhos relativos ao processo, e de mais 15
Todos os atos devem acontecer com a presença do Presidente, (quinze) dias para deliberação, confecção e remessa do relatório
Interrogante e Relator. Não podendo ser ouvidas testemunhas ou conclusivo.
praticados quaisquer atos com a ausência de qualquer dos três.
O primeiro ato que deverá acontecer com a presença dos me m-
bros, do acusado e de seu defensor, salvo no caso de revelia
quando a comissão poderá realizar os atos sem a presença do
§ 6º. A instauração de Conselho de Disciplina importa no afas-
acusado, mas sempre com a presença de um Defensor.
tamento da praça do exercício de qualquer função policial, para que
permaneça à disposição do Conselho.
Art. 93. Reunido o Conselho de Disciplina, convocado previa-
mente por seu Presidente, em local, dia e hora designados com
Art. 89. As autoridades referidas no artigo anterior podem,
antecedência, presentes o acusado e seu defensor, o Presidente
com base na natureza da falta ou na inconsistência dos fatos apon-
manda proceder a leitura e a autuação dos documentos que instruí-
tados, considerar, desde logo, insuficiente a acusação e, em conse-
ram e os que constituíram o ato de nomeação do Conselho; em
quência, deixar de instaurar o Conselho de Disciplina, sem prejuízo
seguida, ordena a qualificação e o interrogatório da praça, previa-
de novas diligências.
mente cientificada da acusação, sendo o ato reduzido a termo,
Quando as acusações não possuírem fundamentação o proced i- assinado por todos os membros do Conselho, pelo acusado e pelo
mento não será instaurado. defensor, fazendo-se a juntada de todos os documentos por este
acaso oferecidos em defesa.
Art. 90. O Conselho de Disciplina poderá ser instaurado, inde-
pendentemente da existência ou da instauração de inquérito policial § 1º. Sempre que a praça acusada não for localizada ou deixar
comum ou militar, de processo criminal ou de sentença criminal de atender à intimação formal para comparecer perante o Conselho
transitada em julgado. de Disciplina serão adotadas as seguintes providências:
Parágrafo único. Se no curso dos trabalhos do Conselho sur- a) a intimação é publicada em órgão de divulgação com circu-
girem indícios de crime comum ou militar, o presidente deverá extra- lação na respectiva OPM ou OBM;
ir cópia dos autos, remetendo-os, por ofício, à autoridade competen-
b) o processo corre à revelia do acusado, se não atender à
te para início do respectivo inquérito policial ou da ação penal cabí-
publicação, sendo desnecessária sua intimação para os demais
vel.
atos processuais.
Como já comentado no art. 11. O militar estadual, como qualquer
outro servidor público, poderá ser responsabilizado nas esferas
administrativa, penal e civil de forma isolada, ou seja, somente § 2º. Ao acusado revel ou não comparecimento do defensor
em uma delas, ou cumulativamente, ou seja, nas três esferas. nomeado pelo acusado em qualquer ato do processo, será nomea-
do defensor dativo, para promover a defesa da praça, sendo o de-
fensor intimado para acompanhar os atos processuais. (Redação dada
Art. 91. Será instaurado apenas um processo quando o ato ou pelo Art. 8º da lei 15.051/2011).
atos motivadores tenham sido praticados em concurso de agentes.
§ 3º. Reaparecendo, o revel poderá acompanhar o processo
§ 1 º Havendo 2 (dois) ou mais acusados pertencentes a Cor- no estágio em que se encontrar, podendo nomear defensor de sua
porações Militares diversas, o processo será instaurado pelo Secre- escolha, em substituição ao defensor dativo. (Redação dada pelo Art. 8º
tário de Segurança Pública e Defesa Social, ou pelo Controlador da lei 15.051/2011)
Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema § 4º. Aos membros do Conselho de Disciplina é lícito reinquirir
Penitenciário.‖ o acusado e as testemunhas sobre o objeto da acusação e propor
Caso mais de um militar cometa a mesma transgressão em con- diligências para o esclarecimento dos fatos. O reconhecimento de
curso (juntos) eles responderão um só Conselho de disciplina. Se firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade.
forem de corporações diferentes, ex: Um Cabo PM e o Sargento
dos Bombeiros, ambos com mais de 10 anos serão submetidos ao
§ 5º. Em sua defesa, pode o acusado requerer a produção,
mesmo Conselho, neste caso instaurado pelo Secretário de Segu- perante o Conselho de Disciplina, de todas as provas permitidas no
rança Pública e Defesa Social ou Controlador Geral. Código de Processo Penal Militar. A autenticação de documentos
exigidos em cópias poderá ser feita pelo órgão administrativo.

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Não haverá necessidade de autenticação em cartório, bastando § 1º. O relatório conclusivo, assinado por todos os membros
que o documento seja autenticado no próprio quartel por oficial do Conselho de Disciplina, deve decidir se a praça acusada:
que vai conferir a cópia com o documento original.
I - é ou não culpada das acusações;
II - está ou não incapacitada de permanecer na ativa ou na si-
§ 6º. As provas a serem colhidas mediante carta precatória se- tuação em que se encontra na inatividade.
rão efetuadas por intermédio da autoridade policial-militar ou bom-
beiro-militar, na falta destas, da Polícia Judiciária local.
§ 2º. A decisão do Conselho de Disciplina será tomada por
Quando houver necessidade de interrogar uma testemunha em
maioria de votos de seus membros, facultada a justificação, por
localidade distante da sede (em outro município) poderá este
interrogatório ser feito por parte de outra autoridade policial -
escrito, do voto vencido.
militar do município onde se encontra a testemunha, na falta A comissão é composta por três membros justamente para que a
desta autoridade por ser utilizada a polícia civil do local (polícia decisão não gere decisão de empate. A decisão será tomada por
judiciária). maioria de votos, ou seja, não é porque o Presidente é a autor i-
dade maior que o voto dele vai ter mais valor.

Art. 94. O acusado poderá, após o interrogatório, no prazo de


três dias, oferecer defesa prévia, arrolando até três testemunhas e Art. 99. Elaborado o relatório conclusivo, será lavrado termo
requerer a juntada de documentos que entender convenientes à sua de encerramento, com a remessa do processo, pelo presidente do
defesa. Conselho de Disciplina, à autoridade competente para proferir a
decisão, a qual dentro do prazo de 20 dias decidirá se aceita ou não
o julgamento constante do relatório conclusivo, determinando:
Art. 95. Apresentada ou não a defesa, proceder-se-á à inquiri-
ção das testemunhas, devendo as de acusação, em número de até I - o arquivamento do processo, caso improcedente a acusa-
três, serem ouvidas em primeiro lugar. ção, adotando as razões constantes do relatório conclusivo do Con-
selho de Disciplina ou concebendo outros fundamentos;
Parágrafo único. As testemunhas de acusação que nada
disserem para o esclarecimento dos fatos, a Juízo do Conselho de II - a aplicação da pena disciplinar cabível, adotando as razões
Disciplina, não serão computadas no número previsto no caput, constantes do relatório conclusivo do Conselho de Disciplina ou
sendo desconsiderado seu depoimento. concebendo outros fundamentos;
III - a adoção das providências necessárias à efetivação da re-
No máximo três testemunhas de acusação e de três de defesa,
sendo sempre as testemunhas de acusação ouvidas em primeiro
forma administrativa disciplinar ou da demissão ou da expulsão;
lugar. Sendo que os membros do Conselho poderão substituir IV - a remessa do processo ao Auditor da Justiça Militar do Es-
alguma de acusação, caso estas não esclareçam os fatos. tado, caso a acusação julgada administrativamente procedente seja
também, em tese, crime.
Art. 96. O acusado e seu defensor, querendo, poderão com-
parecer a todos os atos do processo conduzido pelo Conselho de § 1º. A decisão proferida no processo deve ser publicado ofici-
Disciplina, sendo para tanto intimados, ressalvado o caso de revelia. almente no Boletim da Corporação e transcrita nos assentamentos
(Redação dada pelo Art. 9º da lei 15.051/2011) da Praça.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à sessão § 2º. A reforma administrativa disciplinar da Praça é efetivada
secreta de deliberação do Conselho de Disciplina. no grau hierárquico que possui na ativa, com proventos proporcio-
Os atos do Conselho devem ser informados com antecedência ao
nais ao tempo de serviço.
acusado e seu advogado para que eles possam comparecer, O CMT Geral ou a autoridade competente poderá concordar ou
salvo no caso de revelia quando será informado somente o defe n- não com o parecer da comissão. Uma vez sendo reformado adm i-
sor público. O acusado só será proibido de participar da sessão nistrativamente à Praça irá na graduação que possui na ativa.
secreta (sessão de deliberação = sessão decisão)

Art. 100. O acusado ou, no caso de revelia, o seu Defensor


Art. 97. Encerrada a fase de instrução, a praça acusada será que acompanhou o processo pode interpor recurso contra a decisão
intimada para apresentar, por seu advogado ou defensor, no prazo final proferida no Conselho de Disciplina, no prazo de 5 (cinco) dias,
de 8 (oito) dias, suas razões finais de defesa. (Redação dada pelo Art. para a autoridade que instaurou o processo regular.
10 da lei 15.051/2011)
Parágrafo único. O prazo para a interposição do recurso é
contado da data da intimação pessoal do acusado ou de seu defen-
Art. 98. Apresentadas as razões finais de defesa, o Conselho sor, ou, havendo qualquer dificuldade para estas se efetivarem, da
de Disciplina passa a deliberar sobre o julgamento do caso, em data da publicação no Boletim da Corporação.‖ (Redação dada pelo
Art. 11 da lei 15.051/2011)
sessão, facultada a presença do defensor do militar processado,
elaborando, ao final, o relatório conclusivo. (Redação dada pelo Art. 11
da lei 15.051/2011) Art. 101. Cabe à autoridade que instaurou o processo regular,
em última instância, julgar o recurso interposto contra a decisão
proferida no processo do Conselho de Disciplina, no prazo de 30

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(trinta) dias, contados da data do recebimento do processo com o
recurso. ESTATUTO DOS MILITARES
ESTADUAIS DO CEARÁ
Art.102. A decisão do Secretário de Segurança Pública e De-
fesa Social e do Controlador Geral de Disciplina, proferida em única
instância, caberá revisão processual ao Governador do Estado, e LEI Nº 13.729, DE 11 DE JANEIRO DE 2006.
nos demais casos ao Controlador Geral de Disciplina, desde que (Publicada no DOE nº 010, de 13/01/2006)
contenha fatos novos, será publicada em boletim, e o não atendi- Atualizado até a Lei nº 15.797, 25 de maio de 2015.
mento desta descrição ensejará o indeferimento liminar.‖ (NR Lei Lei de Promoções dos Militares Estaduais.
14.933/11).
Dispõe sobre o Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará e
dá outras providências.
Seção IV
Do Processo Administrativo-Disciplinar
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ.
Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanci-
Art. 103. O processo administrativo-disciplinar é o processo
ono a seguinte Lei:
regular, realizado por comissão processante formada por 3 (três)
oficiais, designada por portaria do Controlador-Geral de Disciplina,
destinado a apurar as transgressões disciplinares cometidas pela TÍTULO I
praça da ativa, com menos de 10 (dez) anos de serviço militar no
GENERALIDADES
Estado e a incapacidade moral desta para permanecer no serviço
ativo, observado o procedimento previsto na Seção anterior. (Reda-
ção dada pelo art. 13 da Lei nº 15.051/2011). Art. 1º. Esta Lei é o Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará
Este procedimento visa apurar a compatibilidade da Praça perm a- e regula a situação, direitos, prerrogativas, deveres e obrigações
necer ou não na Corporação, podendo resultar em Demissão, dos militares estaduais.
Expulsão ou Reforma Administrativa Disciplinar. Sendo seguido o
procedimento do Conselho de Disciplina. O Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará (EMECE) Está para a PMCE e
pro CBMCE assim como a Constituição está para o país. É nossa carta
Magna (carta mãe) e nela encontramos nossos direitos, prerrogativas,
Parágrafo único: A comissão processante dispõe de um pra- deveres e obrigações.
zo de 30 (trinta) dias, a contar da data de sua nomeação, para a
conclusão de seus trabalhos relativos ao processo, e de mais 15
Art. 2º. São militares estaduais do Ceará os membros das
(quinze) dias para confecção e remessa do relatório conclusivo.‖.
Corporações Militares do Estado, instituições organizadas com base
na hierarquia e disciplina, forças auxiliares e reserva do Exército,
CAPÍTULO XIV subordinadas ao Governador do Estado e vinculadas operacional-
Disposições Finais mente à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, tendo as
seguintes missões fundamentais:

Art. 104. Para os efeitos deste Código, considera-se Coman- As Corporações militares estaduais têm as seguintes características:
dante de Unidade o oficial que estiver exercendo funções privativas São organizadas com base na hierarquia e na disciplina;
dos postos de coronel e de tenente-coronel. Forças auxiliares e reservas do Exercito;
Parágrafo único. As expressões diretor e chefe têm o mesmo Subordinam-se ao Governador do Estado e
significado de Comandante de Unidade. São vinculadas operacionalmente à Secretaria de Segurança Pública e
Defesa Social.

Art. 105. Os Comandantes-Gerais poderão baixar instruções


complementares conjuntas, necessárias à interpretação, orientação Serão convocadas a auxiliarem o Exército brasileiro em caso de necessi-
dade, por motivo de Estado de Guerra, de Sítio, de Defesa, dentre outras
e fiel aplicação do disposto neste Código.
situações de emergência.

Art. 106. Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias após a da-
ta de sua publicação, revogadas todas as disposições em contrário, I - Polícia Militar do Ceará: exercer a polícia ostensiva, pre-
em especial as Leis nº s. 10.280, de 5 de julho de 1989, e 10.341, servar a ordem pública, proteger a incolumidade da pessoa e do
de 22 de novembro de 1979, o Decreto nº. 14.209, de 19 de de- patrimônio e garantir os Poderes constituídos no regular desempe-
zembro de 1980, e as constantes da Lei nº. 10.072, de 20 de de- nho de suas competências, cumprindo as requisições emanadas de
zembro de 1976, e de suas alterações. qualquer destes, bem como exercer a atividade de polícia judiciária
militar estadual, relativa aos crimes militares definidos em lei, ine-
rentes a seus integrantes;
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 21 de novembro de
2003. Lúcio Gonçalo de Alcântara GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ

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II - Corpo de Bombeiros Militar do Ceará: a proteção da Art.4º. O serviço militar estadual ativo consiste no exercício de
pessoa e do patrimônio, visando à incolumidade em situações de atividades inerentes à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros Mili-
risco, infortúnio ou de calamidade, a execução de atividades de tar, compreendendo todos os encargos previstos na legislação
defesa civil, devendo cumprimento às requisições emanadas dos especifica e relacionados com as missões fundamentais da Corpo-
Poderes estaduais, bem como exercer a atividade de polícia judiciá- ração.
ria militar estadual, relativa aos crimes militares definidos em lei, Não devemos confundir Serviço Militar Estadual com Carreira Militar Esta-
inerentes a seus integrantes. dual. Esta é caracterizada pelo devotamento do militar diuturna voltada às
finalidades e missões institucionais.
Parágrafo único. A vinculação é ato ou efeito de ficarem as
Corporações Militares do Estado sob a direção operacional da Se- Art.5º. A carreira militar estadual é caracterizada por atividade
cretaria da Segurança Pública e Defesa Social. continuada e inteiramente devotada às finalidades e missões fun-
Vinculação não é subordinação, contudo gera, por outro viés, a obrigação damentais das Corporações Militares estaduais, denominada ativi-
de atender as orientações alusivas ao planejamento das ações e opera- dade militar estadual.
ções de preservação da ordem pública emanadas pela SSPDS. Essa Parágrafo único. A carreira militar estadual é privativa do
vinculação tem caráter operacional e não administrativa.
pessoal da ativa das Corporações Militares do Estado, iniciando-se
com o ingresso e obedecendo-se à sequência de graus hierárqui-
Art. 3º. Os militares estaduais somente poderão estar em uma cos.
das seguintes situações:
Os membros das Corporações militares estaduais são denominados “Milita- Art.6º. Os militares estaduais da reserva remunerada poderão
res Estaduais”, e dentro dessa estrutura hierarquizada, eles só podem ser convocados para o serviço ativo e poderão também ser para
estar em duas situações: ATIVA ou INATIVA. este designados, em caráter transitório e mediante aceitação volun-
tária, por ato do Governador do Estado, quando:
I - na ativa: Ver os arts. 184,185 e 186 do EMECE.
a) os militares estaduais de carreira;
b) Cadetes e Alunos-Soldados de órgãos de formação de mili- I - se fizer necessário o aproveitamento dos conhecimentos
tares estaduais; (Nova redação dada pela Lei nº 15.797/2015). técnicos e especializados do militar estadual;
Redação dada pela nova Lei de promoções dos militares estaduais. II - não houver, no momento, no serviço ativo, militar estadual
habilitado a exercer a função vaga existente na Corporação Militar
estadual.
c) os alunos dos cursos específicos de Saúde, Capelania e
Complementar, na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar,
conforme dispuser esta Lei e regulamento específico; §1º. O militar estadual designado terá os direitos e deveres
* Alínea c, com a redação dada pela Lei nº 13.768, de 04/05/2006(DOE nº dos da ativa, em igual situação hierárquica, exceto quanto à promo-
085, de 08/05/2006. ção, à qual não concorrerá, contando esse tempo como de efetivo
O Art. 10, afirma que o curso de formação é apenas uma etapa do certame.
serviço.
Já os arts. 59 e 209 mostram os alunos, em serviço ativo, com direito a §2º. Para a designação de que trata o caput deste artigo, se-
férias e contagem de tempo para efeito de aposentadoria, ou seja, há uma rão ouvidas a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social e a
aparente controvérsia. Secretaria da Administração.
O militar convocado não será obrigado a retornar ao serviço ativo, salvo
d) os componentes da reserva remunerada, quando convoca- em situações excepcionais. Caso aceite a convocação, o militar terá os
dos; mesmos direitos, prerrogativas, deveres e vencimentos dos militares da
ativa, exceto quanto à promoção.

II - na inatividade:
Art.7º. São equivalentes às expressões ―na ativa‖, ―da ativa‖,
a) os componentes da reserva remunerada, pertencentes à
―em serviço ativo‖, ―em serviço na ativa‖, ―em serviço‖, ―em ativida-
reserva da respectiva Corporação, da qual percebam remuneração,
de‖ ou ―em atividade militar‖, conferida aos militares estaduais no
sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convoca-
desempenho de cargo, comissão, encargo, incumbência ou missão
ção;
militar, serviço ou atividade militar ou considerada de natureza ou
b) os reformados, quando, tendo passado por uma das situa- interesse militar, nas respectivas Corporações Militares estaduais,
ções anteriores, estejam dispensados, definitivamente, da prestação bem como em outros órgãos do Estado, da União ou dos Municí-
de serviço na ativa, mas continuem a perceber remuneração pela pios, quando previsto em lei ou regulamento.
respectiva Corporação.
O militar reformado tem os mesmos direitos do militar da reserva remune-
Art.8º. A condição jurídica dos militares estaduais é definida
rada, porém, não poderá mais ser convocado a prestar serviço na ativa.
pelos dispositivos constitucionais que lhes forem aplicáveis, por este

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Estatuto e pela legislação estadual que lhes outorguem direitos e a) idade igual ou superior a 18 (dezoito) anos e inferior a 30
prerrogativas e lhes imponham deveres e obrigações. (trinta) anos, para as carreiras de praça e oficial do Quadro de Ofi-
Os militares estaduais estão sujeitos às normas jurídicas do País aplicáveis ciais Policiais Militares - QOPM, ou Quadro de Oficiais Bombeiros
a qualquer cidadão brasileiro, contudo lhes é acrescentado uma carga Militares - QOBM;
normativa a mais, no caso, o Estatuto, o Código Disciplinar, o Código Penal b) idade igual ou superior a 18 (dezoito) anos e inferior a 35
Militar e outros regulamentos e leis específicas. (trinta e cinco) anos, para a carreira de oficial do Quadro de Oficiais
de Saúde da Polícia Militar - QOSPM, Quadro de Oficiais Comple-
Parágrafo único: Os atos administrativos do Comandante- mentar Bombeiro Militar - QOCPM/BM, Quadro de Oficiais Capelães
Geral, com reflexos exclusivamente internos, serão publicados em - QOCplPM/BM;
Boletim Interno da respectiva Corporação Militar. * O inciso II e as alíneas “a” e “b”, com as redações dadas pela Lei nº
14.113, de 12/05/2008 (DOE nº 088, de 13/05/2008).
* Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 13.768, de 04/05/2006 (DOE
nº 085, 08/05/2006). c) 30 (trinta) anos, quando militar, para as carreiras de Praça e
Oficial.
Nas corporações militares estaduais existe o Boletim interno, justamente
para que os atos de interesse internos não sejam levados ao conhecimento Hoje, essa exigência tem sido objeto de inúmeras brigas judiciais, pois
de todos, ficando restrito apenas aos militares estaduais. segundo entendimento do STF a idade cobrada deve ser na data da inscri-
ção do certame e não da matrícula do curso de formação profissional.

Art.9º. O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber,


aos militares estaduais da reserva remunerada e aos reformados. III - possuir honorabilidade compatível com a situação de futu-
ro militar estadual, tendo, para tanto, boa reputação social e não
Ou seja, diferentemente do Código Disciplinar, o EMECE também se aplica
aos militares reformados. estando respondendo a processo criminal, nem indiciado em inqué-
rito policial;
Em tese, essa exigência parece ferir o princípio da presunção da inocência,
Parágrafo único. O voluntário incluído com base na Lei nº todavia o candidato que esteja respondendo a processo criminal ou indicia-
13.326, de 15 de julho de 2003, estará sujeito a normas próprias, a do, mesmo não tendo sido julgado ainda, será impedido de ingressar na
serem regulamentadas por Decreto do Chefe do Poder Executivo, Corporação.
na conformidade do art.2º da citada Lei.

IV - não ser, nem ter sido, condenado judicialmente por prática


TÍTULO II criminosa;
DO INGRESSO NA CORPORAÇÃO Aqui o candidato já foi condenado e, portanto, corretamente será impedido
MILITAR ESTADUAL de ingressar na Corporação.

CAPÍTULO I
DOS REQUISITOS ESSENCIAIS V - estar em situação regular com as obrigações eleitorais e
militares;
Aqui o candidato que não votou ou não se apresentou para o serviço militar
Art. 10. O ingresso na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros obrigatório não poderá ingressar na Corporação, contudo, poderá caso
Militar do Ceará dar-se-á para o preenchimento de cargos vagos, regularize a situação em tempo hábil.
mediante prévia aprovação em concurso público de provas ou de
provas e títulos, promovido pela Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social em conjunto com a Secretaria do Planejamento e VI - não ter sido isentado do serviço militar por incapacidade
Gestão, na forma que dispuser o Edital do concurso, atendidos os definitiva;
seguintes requisitos cumulativos, além dos previstos no Edital: VII - ter concluído, na data da matrícula no Curso de Forma-
* O Art. 10, com a redação dada pela Lei nº 14.113, de 12/05/2008 (DOE ção Profissional, o ensino médio para ingresso na Carreira de Pra-
nº 088, de 13/05/2008). ças, e curso de nível superior para ingresso na Carreira de Oficiais,
Além de preencher todos estes requisitos o candidato ainda está sujeito ambos reconhecidos pelo Ministério da Educação; (Nova redação dada
aos requisitos que possam ser exigidos no edital do concurso que podem pela Lei nº 15.456/13)
aumentar. Ex: a questão de Tatuagens. Também tem sido objeto de inúmeras brigas judiciais, pois existe Súmula
do STJ que afirma que o diploma de habilitação legal deverá ser exigido na
I - ser brasileiro; data da posso e não na matrícula do curso de formação.

Os candidatos aos cargos militares estaduais podem ser brasileiros natos


ou naturalizados. VIII - não ter sido licenciado de Corporação Militar ou das For-
ças Armadas no comportamento inferior ao ―Bom‖;
Caso algum candidato que tenha servido ao Corpo de Bombeiros, outra
I I - ter, na data da matrícula no Curso de Formação Profissio-
Polícia Militar ou do Exército, Marinha ou Aeronáutica e tenha sido desliga-
nal: do, excluído ou licenciado no comportamento Mau ou Regular não poderá
ingressar em Corporação militar do Estado do Ceará.

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IX - não ter sido demitido, excluído ou licenciado ex officio ―a §1º O Edital do concurso público estabelecerá as notas míni-
bem da disciplina‖, ―a bem do serviço público‖ ou por decisão judici- mas das provas do exame intelectual, as performances e condições
al de qualquer órgão público, da administração direta ou indireta, de mínimas a serem alcançadas pelo candidato nos exames médico,
Corporação Militar ou das Forças Armadas; biométrico, físico, toxicológico, psicológico e de habilidade específi-
O candidato não pode ter sido demitido de nenhum outro órgão público ou ca, sob pena de eliminação no certame, bem como, quando for o
de qualquer corporação militar como forma de punição (a bem da disciplina caso, disciplinará os títulos a serem considerados, os quais terão
ou a bem do serviço público). caráter classificatório.
§2º Somente será aprovado o candidato que atender a todas
exigências de que trata o parágrafo anterior, caso em que figurará
X - ter, no mínimo, 1,62 m de altura, se candidato do sexo
entre os classificados e classificáveis.
masculino, e 1,57m, se candidato do sexo feminino;
* O §3º, do Art. 10, foi revogado pelo Art. 7º da Lei nº 14.113, de
XI - se do sexo feminino, não estar grávida, por ocasião da re- 12/05/2008 (DOE nº 088, de 13/05/2008).
alização do Curso de Formação Profissional, devido à incompatibili-
Classificados serão os candidatos que passarem dentro do número de
dade desse estado com os exercícios exigidos; vagas. Ex: Concurso para 1.000 vagas (7.000 candidatos tiram nota acima
* Inciso XI, com a redação dada pela Lei nº 14.113, de 12/05/2008 (DOE da nota mínima, mas somente os 1.000 primeiros são classificados, sendo
nº 088, de 13/05/2008). os demais classificáveis). Os classificáveis poderão entrar, mas não tem
As candidatas até podem se inscrever grávidas para o concurso, todavia, direito adquirido.
não poderão está neste estado durante o Curso de Formação, pois partici-
param de exercícios físicos.
XV - ser portador de carteira nacional de habilitação classifica-
da, no mínimo, na categoria ―AB‖, na data da matrícula no Curso de
XII - ter conhecimento desta Lei, da Lei Complementar Esta- Formação Profissional.‖ (Acrescentado pela Lei nº 15.456/13)
dual nº 98, de 20 de junho de 2011, e do Código Disciplinar da
Nova exigência acrescentada pela Lei nº 15.456/13, todos que almejam
Polícia Militar do Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará;‖
entrar nas corporações militares estaduais devem possuir habilitação na
(Nova redação dada pela Lei nº 15.456/13).
categoria “AB” exigida na matrícula do curso de formação profissional.
Ou seja, esta disciplina é a única que está garantida no concurso, uma vez
que para ingressar o candidato deve conhecer o EMECE e o Código Disci-
plinar. Art.11. O ingresso de que trata o artigo anterior, dar-se-á, ex-
clusivamente:
XIII - ter obtido aprovação em todas as fases do concurso pú- I - para a carreira de Praça, como Aluno-Soldado do Curso de
blico, que constará de 3 (três) etapas: Formação de Soldados;
a) a primeira etapa constará dos exames intelectuais (pro- II - para a carreira de Oficial combatente, como Cadete do
vas), de caráter classificatório e eliminatório, e títulos, quando esta- Curso de Formação de Oficiais;
belecido nesta Lei, esse último de caráter classificatório; III - para as carreiras de Oficial de Saúde, Oficial Capelão e
b) a segunda etapa constará de exames médico- Oficial Complementar na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros
odontológico, biométrico e toxicológico, de caráter eliminatório; Militar, como aluno.
* Inciso III com a redação dada pela Lei nº 13.768, de 04/05/2006 (DOE nº
c) a terceira etapa constará do Curso de Formação Profissio- 085, de 08/05/2006).
nal de caráter classificatório e eliminatório, durante o qual serão
realizadas a avaliação psicológica, de capacidade física e a investi- A carreira de Oficial na PMCE é composta de vários quadros conforme a
especialidade do militar. (Art. 31, parágrafo 5º, I) Assim temos:
gação social, todos de caráter eliminatório;
1. Quadro de Oficiais Combatentes;
O Art. 10, afirma que o curso de formação é apenas uma etapa do certame.
2. Quadro de Oficiais de Saúde;
Já os arts. 59 e 209 mostram os alunos, em serviço ativo, com direito a
férias e contagem de tempo para efeito de aposentadoria, ou seja, há uma 3. Quadro de Oficiais Capelães;
aparente controvérsia. 4. Quadro de Oficiais de Administração.

§1° O Edital do concurso público estabelecerá os assuntos a A carreira de Oficial no CBMCE é composta de vários quadros conforme a
especialidade do militar. (Art. 31, parágrafo 5º, II) Assim temos:
serem abordados, as notas e as condições mínimas a serem atingi-
das para obtenção de aprovação nas diferentes etapas do concurso 1. Quadro de Oficiais Bombeiros Militares;
e, quando for o caso, disciplinará os títulos a serem considerados, 2. Quadro de Oficiais Complementares;
os quais terão apenas caráter classificatório. 3. Quadro de Oficiais de Administração;
* Inciso XIII, com a redação dada pela Lei nº 14.113, de 12/05/2008 (DOE
nº 088, de 13/05/2008).
§1º As nomeações decorrentes dos Concursos Públicos das
XIV - atender a outras condições previstas nesta Lei, que tra-
Corporações Militares serão processadas através da Secretaria da
tam de ingresso específico, conforme cada Quadro ou Qualificação.
Administração do Estado.

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Hoje, não existe outra forma de ingressar nas corporações militares esta- Art.15. O concurso público para os cargos de Oficiais do Qua-
duais a não ser através do CFO, seja ele combatente, saúde, complemen- dro de Saúde, dar-se-á na seguinte sequência:
tar ou de Capelania ou do curso de formação de soldados.
I - Exame Intelectual, que constará de provas escritas geral e
específica;
§2º É vedada à mudança de quadro, salvo no caso de aprova- II - Inspeção de Saúde, realizada por uma Junta de Inspeção
ção em novo concurso público. de Saúde Especial, com a convocação respectiva acontecendo de
O oficial que fez concurso para combatente não poderá ser transferido para acordo com a aprovação e classificação no Exame Intelectual, den-
outro quadro (saúde ou capelão, por exemplo) e vice-versa, exceto se for tro do limite de vagas oferecidas.
aprovado em um novo concurso público para o quadro pretendido.

§1º Os candidatos aprovados no concurso, dentro do limite de


CAPÍTULO II vagas estipuladas, participarão de Curso de Formação de Oficiais,
DO INGRESSO NO QUADRO DE OFICIAIS DE num período de 06 (seis) meses, durante o qual serão equiparados
a Cadete do 3º ano do Curso de Formação de Oficiais, fazendo jus
SAÚDE DA POLÍCIA MILITAR à remuneração correspondente.
§2º Após o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso de For-
Art.12. A seleção, para ingresso no Quadro de Oficiais de Sa- mação Profissional se considerado aprovado, o candidato será
úde, ocorre por meio de concurso público de provas, de caráter nomeado 2º Tenente, por ato do Governador do Estado. (Nova reda-
eliminatório, e títulos, de caráter classificatório, que visa à seleção e ção dada pela Lei nº 15.797/2015).
à classificação dos candidatos de acordo com o número de vagas §3º As vagas fixadas para cada Quadro serão preenchidas de
previamente fixado. acordo com a ordem de classificação final no Curso de Formação.
Parágrafo único. O ingresso no Quadro de Oficiais de Saúde * § 3º com a redação dada pela Lei nº 13.768, de 04/05/2006 (DOE nº 085,
deverá obedecer ao disposto no art. 92 desta Lei. 08/05/2006).

* O Parágrafo único com a redação dada pela Lei nº 13.768, de


04/05/2006(DOE nº 085, 08/05/2006). Art.16. O Oficial do Quadro de Saúde, quando afastado ou
impedido definitivamente ou licenciado do exercício da medicina, da
Art.13. O concurso de admissão tem como objetivo selecionar farmácia ou da odontologia, por ato do Conselho competente, será
os candidatos que demonstrem possuir capacidade intelectual, demitido da Corporação, por incompatibilidade para com a função
conhecimentos fundamentais, vigor físico e condições de saúde que de seu cargo, sendo-lhe assegurado o contraditório e a ampla defe-
lhes possibilitem desenvolver plenamente as condições do cargo sa.
pleiteado, bem como acompanhar os estudos por ocasião do Curso O oficial médico que for punido pelo Conselho Regional de Medicina ou o
de Formação de Oficiais. Dentista que for punido pelo Conselho Regional de Odontologia ou o Far-
macêutico que for punido pelo Conselho Regional de Farmácia com afas-
tamento ou impedimento definitivo do exercício da medicina, da farmácia
Art.14. Os candidatos devem satisfazer as seguintes condi- ou da odontologia será demitido da corporação.
ções, além das previstas no art.10 desta Lei:
Aqui o candidato além de preencher cumulativamente os requisitos previs-
CAPÍTULO III
tos no art. 10 (idade, escolaridade, altura e etc.) ainda deverá preencher os
requisitos abaixo. DO QUADRO DE OFICIAIS CAPELÃES DA POLÍCIA MILITAR

I - ser diplomado por faculdade reconhecida pelo Ministério da Art.17. A seleção, para posterior ingresso no Quadro de Ofici-
Educação na área de saúde específica, conforme dispuser o Edital ais Capelães, do Serviço Religioso Militar do Estado, destinado a
do concurso; prestar apoio espiritual aos militares estaduais, dentro das respecti-
* O inciso II, do Art. 14, foi revogado pelo Art. 7º da Lei nº 14.113, de vas religiões que professam, ocorre por meio de concurso público
12/05/2008 (DOE nº 088, de 13/05/2008). de provas ou de provas e títulos, de caráter eliminatório e classifica-
III - para os médicos, ter concluído o curso de especialização, tório, que visa à seleção e à classificação dos candidatos de acordo
residência ou pós-graduação até a data de inscrição do concurso, com o número de vagas previamente fixado, devendo atender às
conforme dispuser o Edital do concurso; seguintes condições, além das previstas no art.10 desta Lei:

IV - para os farmacêuticos, ter concluído o curso de Farmácia, Aqui o candidato além de preencher cumulativamente os requisitos previs-
tos no art. 10 (idade, escolaridade, altura e etc.) ainda deverá preencher os
com o apostilamento do diploma em Farmácia-Bioquímica ou Far-
requisitos abaixo.
mácia-Industrial até a data de inscrição do concurso, conforme
dispuser o Edital do concurso;
V - para os dentistas, ter concluído o curso de especialização I - ser sacerdote, ministro religioso ou pastor, pertencente a
ou residência até a data de inscrição no concurso, conforme dispu- qualquer religião que não atente contra a hierarquia, a disciplina, a
ser o Edital do concurso. moral e as leis em vigor;

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* O inciso II, do Art. 17, foi revogado pelo Art. 7º da Lei nº 14.113, de CAPÍTULO IV
12/05/2008 (DOE nº 088, de 13/05/2008).
DOS QUADROS DE OFICIAIS DE ADMINISTRAÇÃO
III - possuir o curso de formação teológica regular, de nível
universitário, reconhecido pela autoridade eclesiástica de sua reli- Seção I
gião; Generalidades
Fique esperto, o curso referido neste inciso deve ser reconhecido pela
autoridade eclesiástica da respectiva religião e não pelo MEC.
Art. 19. O Quadro de Oficiais de Administração – QOA, da Po-
lícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar serão constituídos de
IV - ter sido ordenado ou consagrado sacerdote, ministro reli- Segundos-Tenentes, Primeiros-Tenentes, Capitães e Majores con-
gioso ou pastor; forme as vagas existentes nos respectivos cargos e a legislação
específica da respectiva Corporação.‖ (Nova redação dada pela Lei nº
V - possuir pelo menos 02 (dois) anos de atividade pastoral 15.797/2015).
como sacerdote, ministro religioso ou pastor, comprovada por do-
Os oficiais do QOA chegarão ao máximo até o posto de Major, visto que,
cumento expedido pela autoridade eclesiástica da respectiva reli-
não existem neste quadro os postos de Tenente-Coronel, Coronel e Coro-
gião; nel Comandante Geral.
VI - ter sua conduta abonada pela autoridade eclesiástica de
sua religião;
Art. 20. O Quadro de Oficiais de Administração destina-se a
VII - ter o consentimento expresso da autoridade eclesiástica prestar apoio às atividades da Corporação, mediante o desempenho
competente da respectiva religião; de funções administrativas e operacionais.‖ (NR)
VIII - ser aprovado e classificado em prova escrita geral de
Português e específica de Teologia.
Art. 21. Os Oficiais do QOA exercerão as funções privativas
Aqui, nós vemos que esse é o único concurso público, o qual, as disciplinas de seus respectivos cargos, nos termos estabelecidos nas normas
cobradas já estão definidas: Português e Teologia.
dos Quadros de Organização da respectiva Corporação, observan-
do-se o disposto no artigo anterior.‖ (NR)
§1º os candidatos aprovados no concurso, dentro do limite de
vagas estipuladas, participarão do Curso de Formação de Oficiais, Art. 22. Fica autorizada a designação de oficial integrante do
num período de 6(seis) meses, durante o qual serão equiparados a QOA para as funções de Comando e Comando Adjunto de subuni-
Cadete do 3º ano do Curso de Formação de Oficiais, fazendo jus à dades. (Nova redação dada pela Lei nº 15.797/2015).
remuneração correspondente;
§2º Após o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso de For- Art.23. Ressalvadas as restrições expressas nesta Lei, os Ofi-
mação Profissional se considerado aprovado, o candidato será ciais do QOA têm os mesmos direitos, regalias, prerrogativas, ven-
nomeado 2º Tenente, por ato do Governador do Estado. (Nova reda- cimentos e vantagens atribuídas aos oficiais de igual posto dos
ção dada pela Lei nº 15.797/2015). demais Quadros.‖ (NR)
§3º O ingresso no Quadro de Oficiais Capelães, deverá obe- O oficial do QOA não poderá frequentar o Curso de Aperfeiçoamento de
decer ao disposto no art. 92 desta Lei. Oficiais (este curso é pré-requisito para ser promovido a Major e Ten-
Coronel). Os oficiais do QOA chegarão ao máximo até o posto de Capitão,
§4º O Serviço Religioso Militar do Estado será proporcionado visto que, não existe neste quadro o posto de Major, Ten-Coronel ou Coro-
pela Corporação, ministrado por Oficial Capelão, na condição de nel, porém terão os mesmos direitos e deveres dos oficiais de outros qua-
sacerdote, ministro religioso ou pastor de qualquer religião, desde dros.
que haja, pelo menos, um terço de militares estaduais da ativa que
professem o credo e cuja prática não atente contra a Constituição e
as leis do País, e será exercido na forma estabelecida por esta Lei. Seção II
* §§ 3º e 4º com as redações dadas pela Lei nº 13.768, de Da Seleção e Ingresso no Curso de Habilitação
04/05/2006(DOE nº 085, 08/05/2006).
de Oficiais e Ingresso no Quadro

Art.18. O Oficial do Quadro de Capelães, quando afastado ou


Art.24. Para a seleção e ingresso no Curso de Habilitação de
impedido definitivamente ou licenciado do exercício do ministério
Oficiais, deverão ser observados, necessária e cumulativamente,
eclesiástico, por ato da autoridade eclesiástica competente de sua
até a data de encerramento das inscrições, os seguintes requisitos:
religião será demitido da Corporação, por incompatibilidade para
com a função de seu cargo, sendo-lhe assegurado o contraditório e
a ampla defesa. I - ser Subtenente do serviço ativo da respectiva Corporação,
O oficial capelão que for punido pela autoridade eclesiástica de sua religião e:
com afastamento ou impedimento definitivo do ministério eclesiástico será a) possuir o Curso de Formação de Sargentos – CFS, ou o
demitido da corporação. Curso de Habilitação a Sargento - CHS;
b) possuir o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos – CAS,
ou Curso de Habilitação a Subtenente - CHST;

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c) ter, no mínimo, 15 (quinze) anos de efetivo serviço na Cor- Os cursos de Habilitação, Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos ou
poração Militar do Estado do Ceará, computados até a data de de Habilitação a Subtenentes podem ter sido realizados na própria corpo-
encerramento das inscrições do concurso; ração ou em outra, desde que tenha sido autorizado pelo Comando Geral
da Corporação.
d) ser considerado apto, para efeito de curso, pela Junta de
Saúde de sua Corporação;
e) ser considerado apto em exame físico; §4º (REVOGADO pela Lei nº 15.797/2015).
O subtenente para fazer o CHO será inspecionado pela junta de saúde da §5º (REVOGADO pela Lei nº 15.797/2015).
corporação.
Art.25. O ingresso no Quadro de Oficiais de Administração –
f) estar classificado, no mínimo, no ―bom‖ comportamento; (De acordo QOA, dar-se-á mediante aprovação e classificação no processo
com os artigos 7º, X e 42 da Lei nº 15.797/2015). seletivo, e após conclusão com aproveitamento no respectivo curso,
A Lei de promoções dos militares estaduais, lei nº 15.797/2015 O subte- obedecido estritamente o número de vagas existente nos respecti-
nente para fazer o CHO deverá estar classificado no comportamento “Bom” vos Quadros.
ou em qualquer outro acima como o “Ótimo” ou “Excelente’”. §1º As vagas fixadas para cada Quadro serão preenchidas de
acordo com a ordem de classificação final no Curso de Habilitação.
g) possuir diploma de curso de nível superior, reconhecido pe- O candidato aprovado e classificado no Processo Seletivo e que, em con-
lo Ministério da Educação. (De acordo com os artigos 5º e 42 da Lei nº sequência, tenha sido matriculado e haja concluído o Curso de Habilitação
15.797/2015).
de Oficiais com aproveitamento, obterá o acesso posto de 2º Tenente do
A Lei de promoções dos militares estaduais, lei nº 15.797/2015 traz em ser
QOA.
art. 5º o requisito de possuir diploma de nível superior para que o subte-
nente possa realizar o CHO.
§2º (REVOGADO pela Lei nº 15.797/2015).
II – não estar enquadrado em nenhuma das situações abaixo:
As situações abaixo impedem o ingresso no CHO mesmo que o Subtenen- Seção III
te preencha os requisitos acima. Das Promoções nos Quadros

a) submetido a Processo Regular (Conselho de Disciplina) ou Art.26. As promoções no QOA obedecerão aos mesmos re-
indiciado em inquérito policial militar; quisitos e critérios estabelecidos neste Estatuto para a promoção de
b) condenado à pena de suspensão do exercício de cargo ou oficiais da Corporação, até o posto de Capitão.
função, durante o prazo que persistir a suspensão; Parágrafo único. O preenchimento das vagas ao posto de
c) cumprindo sentença, inclusive o tempo de sursis; Segundo-Tenente obedecerá, rigorosamente, à ordem de classifica-
d) gozando Licença para Tratar de Interesse Particular - LTIP; ção final obtida no Curso de Habilitação de Oficiais. (Nova redação dada
pela Lei nº 15.797/2015).
e) no exercício de cargo ou função temporária, estranha à ati-
Os oficiais do QOA chegarão ao máximo até o posto de Major, visto que,
vidade policial ou bombeiro militar ou à Segurança Pública; não existe neste quadro o posto de Tenente-Coronel, Coronel e Coronel
f) estiver respondendo a processo-crime, salvo quando decor- Cmt Geral.
rente do cumprimento de missão policial militar ou bombeiro militar;
g) ter sido punido com transgressão disciplinar de natureza Art.27. As vagas do QOA são estabelecidas nas normas es-
grave nos últimos 24 (vinte e quatro) meses. pecíficas de cada Corporação.

§1º REVOGADO. CAPÍTULO V


§2º O candidato aprovado e classificado no Processo Seletivo DOS QUADROS DE OFICIAIS COMPLEMENTAR POLICIAL MI-
e que, em consequência, tenha sido matriculado e haja concluído o LITAR E BOMBEIRO MILITAR
Curso de Habilitação de Oficiais com aproveitamento, obterá o * Denominação dada pela Lei nº 13.768, de 04/05/2006(DOE nº 085, 08/05/2006).
acesso posto de 2º Tenente do QOA. (Nova redação dada pela Lei nº
15.797/2015).
§3º Os cursos de que tratam as alíneas ―a‖ e ―b‖ do inciso I Art. 28. O Quadro de Oficiais Complementar Bombeiro Militar
deste artigo são aqueles efetivados pela Corporação ou, com auto- – QOCBM, é destinado ao desempenho de atividades bombeirísti-
rização do Comando-Geral, em outra Organização Militar Estadual cas integrado por oficiais possuidores de curso de nível superior de
respectiva, não sendo admitidas equiparações destes com quais- graduação, reconhecido pelo Ministério da Educação, em áreas de
quer outros cursos diversos dos previstos neste Capítulo, como interesse da Corporação que, independente de posto, desenvolve-
dispensa de requisito para ingresso no Curso de Habilitação de rão atividades nas áreas meio e fim da Corporação dentro de suas
Oficiais ou para qualquer outro efeito. especialidades, observando-se o disposto no art.24, §4º, desta Lei.‖
(NR)

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“§1º O Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, solicitará Esquema I
ao Governador do Estado, por intermédio da Secretaria de Segu-
rança Pública e Defesa Social e ouvida a Secretaria de Planejamen- CÍRCULOS ESCALA HIERÁRQUICA
to e Gestão, a abertura de concurso público para o preenchimento Coronel Comandante-
de posto de 2º Tenente de oficiais do Quadro Complementar, com Superiores. Geral, Coronel, Tenente-
profissionais de nível superior.‖ (Nova redação dada pela Lei nº 15.797/2015). Coronel e Major.
OFICIAIS POSTOS
“§2º Aplica-se, no que for cabível, em face da peculiaridade Intermediários Capitão PM ou BM.
dos Quadros, aos integrantes do QOCBM, o disposto nesta Lei para Primeiro-Tenente
Subalternos.
os Quadros de Oficiais de Saúde e de Capelães da Polícia Militar.‖ Segundo-Tenente
(NR)
Esquema II
Aqui, a lei é omissa em relação às determinações ao curso de formação
dos oficiais complementares, sua duração, processo seletivo, porém equi-
para-se este quadro aos quadros de Saúde e Capelania, sendo assim o CÍRCULOS ESCALA HIERÁRQUICA
CFO deste quadro também deverá ter duração de 6 meses, durante o qual Subtenente,
o aluno será equiparado a aluno do 3º ano. Subtenentes, pri- Primeiro, Segun-
meiro, segundo e do e Terceiro
terceiros Sargentos. Sargento
―§3º O ingresso no QOCBM obedecerá ao disposto no art. 92 PRAÇAS GRADUÇÕES
desta Lei.‖ (NR)
Cabos e Soldados. Cabo e Soldado
CAPÍTULO VI
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
O esquema III, Círculo das Praças especiais, foi extinto pela Lei nº 15.797/2015.

Art.29. A hierarquia e a disciplina são a base institucional das


Corporações Militares do Estado, nas quais a autoridade e a res- §1º Posto é o grau hierárquico do Oficial, conferido pelo Go-
ponsabilidade crescem com o grau hierárquico do militar estadual. vernador do Estado, correspondendo cada posto a um cargo.

Independente do tipo de organização social (militar, civil, eclesiástica, ou §2º Graduação é o grau hierárquico da Praça, conferido pelo
governamental), sua base de sustentação deve repousar em pilares rígidos Comandante-Geral, correspondendo cada graduação a um cargo.
e fortes. §3º (REVOGADO pela Lei nº 15.797/2015).
§4º Os graus hierárquicos dos diversos Quadros e Qualifica-
§1º A hierarquia militar estadual é a ordenação da autoridade ções são fixados separadamente para cada caso, de acordo com a
em níveis diferentes dentro da estrutura da Corporação, obrigando Lei de Fixação de Efetivo da respectiva Corporação.
os níveis inferiores em relação aos superiores. §5º Sempre que o militar estadual da reserva remunerada ou
§2º A ordenação é realizada por postos ou graduações dentro reformado fizer uso do posto ou graduação, deverá fazê-lo mencio-
de um mesmo posto ou de uma mesma graduação e se faz pela nando essa situação.
Antiguidade ou precedência funcional no posto ou na graduação.
§3º O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de Art.31. A precedência entre militares estaduais da ativa, do
acatamento à sequência crescente de autoridade. mesmo grau hierárquico, é assegurada pela antiguidade no posto
§4º A disciplina é a rigorosa observância e o acatamento inte- ou na graduação, salvo nos casos de precedência funcional estabe-
gral às leis, regulamentos, normas e disposições que fundamentam lecida neste artigo, em lei ou regulamento.
a Corporação Militar Estadual e coordenam seu funcionamento A precedência incide quer pela antiguidade quer pela fu nção que
regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do o militar ocupa. Quando dois ou mais militares de mesma gradua-
dever por parte de todos, com o correto cumprimento, pelos subor- ção ou posto estiverem de serviço, por exemplo, será o mais
dinados, das ordens emanadas dos superiores. antigo àquele militar que estiver no coma ndo.
§5º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos
em todas as circunstâncias entre os militares. §1º A antiguidade entre os militares do Estado, em igualdade
§6º A subordinação não afeta, de nenhum modo, a dignidade de posto ou graduação, será definida, sucessivamente, pelas se-
do militar estadual e decorre, exclusivamente, da estrutura hierar- guintes condições:
quizada e disciplinada da Corporação Militar. I - data da última promoção;
II - prevalência sucessiva dos graus hierárquicos anteriores;
Art.30. Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica nas III - classificação no curso de formação ou habilitação;
Corporações Militares Estaduais são fixados nos esquemas e pará-
IV - data de nomeação ou admissão;
grafos seguintes: (Nova redação dada pela Lei nº 15.797/2015).
V - maior idade.

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§2º Nos casos de promoção a Segundo-Tenente, ou admissão As Praças Especialistas eram uma categoria de militares que desempe-
de Cadetes ou Alunos-Soldados prevalecerá, para efeito de antigui- nhavam funções específicas como: Corneteiros, músicos, manutenção de
dade, a ordem de classificação obtida nos respectivos cursos ou armamento, enfermeiro, dentre outras especialidades. Posteriormente
concursos. (Nova redação dada pela Lei nº 15.797/2015). essas especialidades foram extintas e os quadros foram unificados em um
único denominado de Combatentes.
Para saber que militar é mais antigo deve -se observar a sequên-
cia exata destes critérios, ou seja, devem ser obedecidas as
condições de forma sucessiva. Assim, observa se inicialmente a §7º Em igualdade de postos ou graduações, entre os integran-
1ª condição (data da última promoção), caso tenham sido prom o- tes da Polícia Militar do Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do
vidos na mesma data, segue-se para a 2ª condição (prevalecia Ceará, aqueles militares terão precedências hierárquicas sobre
sucessiva de graus hierárquicos anteriores) e assim sucessiva-
estes.
mente.
Por exemplo: se tivermos um 1º Sgt da PMCE e 1º Sgt BMCE, o policial
militar tem precedência em relação ao bombeiro.
§3º Entre os alunos de um mesmo órgão de formação policial Não há aplicabilidade da antiguidade prevista na Lei entre as Corporações
militar ou bombeiro militar, a antiguidade será estabelecida de acor- militares estaduais. O que temos é precedência hierárquica entre seus
do com o regulamento do respectivo órgão. integrantes.
Se tivermos dois alunos-soldados, por exemplo, a precedência se dará de
acordo com o Regulamento do órgão de ensino ou de formação.
§8º A precedência funcional ocorrerá quando, em igualdade
de posto ou graduação, o oficial ou praça ocupar cargo ou função
§4º Em igualdade de posto ou graduação, os militares estadu- que lhe atribua superioridade funcional sobre os integrantes do
ais da ativa têm precedência sobre os da inatividade. órgão ou serviço que dirige, comanda ou chefia.
Se tivermos um Coronel PM da ativa e um Coronel PM da inativa (reserva Quando dois ou mais militares de mesma graduação ou posto
remunerada ou reforma) é lamentável, mas o Coronel transferido para a estiverem de serviço, por exemplo, ser á o mais antigo àquele
inativa passa a ser o mais moderno que qualquer outro de mesmo posto militar que estiver no comando ou quando o Subcomandante de
que encontra-se n ativa. um Batalhão for mais moderno que o Comandante da companhia.

§5º Em igualdade de posto, as precedências entre os Quadros Art.32. A precedência entre as praças especiais e as demais
se estabelecerão na seguinte ordem: praças é assim regulada:
Se tivermos um 1º Tenente QOPM e um 1º Tenente QOAPM, terá prece- I - os Aspirantes-a-Oficial são hierarquicamente superiores às
dência o 1º Tenente QOPM. demais praças;
O Circulo das praças especiais foi extinto pela nova Lei de Promoções dos
militares estaduais, portanto, esse dispositivo encontra-se Revogado taci-
I - na Polícia Militar do Ceará: tamente.
a) Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM;
b) Quadro de Oficiais de Saúde - QOSPM; II - os Cadetes são hierarquicamente superiores aos Subte-
c) VETADO. nentes, Primeiros-Sargentos, Cabos, Soldados e Alunos-Soldados.
d) Quadro de Oficiais Capelães - QOCplPM;
e) Quadro de Oficiais de Administração - QOAPM; Art.33. Na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar será
f) VETADO. organizado o registro de todos os Oficiais e Graduados, em ativida-
* Inciso I com a redação dada pela Lei nº 13.768, de 04/05/2006(DOE nº
de, cujos resumos constarão dos Almanaques de cada Corporação.
085, 08/05/2006). §1º Os Almanaques, um para Oficiais e outro para Subtenen-
tes e Sargentos, conterão configurações curriculares, complemen-
II - no Corpo de Bombeiros Militar do Ceará: tadas com fotos do tamanho 3 x 4, de frente e com farda, de todos
os militares em atividade, distribuídos por seus Quadros e Qualifica-
a) Quadro de Oficiais Bombeiros Militares - QOBM; ções, de acordo com seus postos, graduações e antiguidades,
b) Quadro de Oficiais Complementar Bombeiro Militar - observando-se a precedência funcional, e serão editadas no forma-
QOCBM; to digital. (Nova redação dada pela Lei nº 15.797/2015).
c) Quadro de Oficiais de Administração - QOABM. §2º A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar manterão
Vale lembrar que os oficiais da PMCE e do CBMCE só podem pertencer a um registro de todos os dados referentes ao pessoal da reserva
um único Quadro e que é vedado passar de um Quadro para outro, salvo remunerada, dentro das respectivas escalas numéricas, segundo
mediante aprovação em novo Concurso Público. instruções baixadas pelo respectivo Comandante-Geral.
Caso exista necessidade de convocação dos militares da reserva remune-
rada a Corporação militar estadual deve ter como localizá-los, Desta forma,
§6º Em igualdade de graduação, as praças combatentes têm
o militar da reserva remunerada deve manter sempre atualizados os seus
precedência sobre as praças especialistas. dados junto à corporação.

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Art.34. Concluído o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso Art.37. A cada cargo militar estadual corresponde um conjunto
de Formação Profissional, para o QOPM, QOBM, QOSPM, QOCBM de atribuições, deveres e responsabilidades que se constituem em
e QOCplPM e o Curso de Habilitação de Oficiais para o QOAPM e o obrigações do respectivo titular.
QOABM, e obtida a provação, serão os concludentes nomeados ou O cargo se refere à posição que o militar ocupa na Corporação na PMCE
obterão acesso, por ordem de classificação, no respectivo curso, ao eles são divididos de acordo com sua forma de provimento, ou seja, efetivo
posto de Segundo-Tenente, através de ato governamental. (Nova ou em comissão.
redação dada pela Lei nº 15.797/2015).

Parágrafo único. As atribuições e obrigações inerentes a car-


CAPÍTULO VII
go militar estadual devem ser, preferencialmente, compatíveis com
DO CARGO, DA FUNÇÃO E DO COMANDO o correspondente grau hierárquico, e no caso do militar estadual do
sexo feminino, preferencialmente, levando-se em conta as diferen-
EFETIVO  Postos e Graduações ciações físicas próprias, tudo definido em legislação ou regulamen-
CARGO COMISSIONADO  Cargos de Confiança / Livre tação específicas.
Nomeação e Exoneração pelo Governador
É o exercício das obrigações inerentes a cargo militar
FUNÇÃO
estadual Art.38. O cargo militar estadual é considerado vago:
É a soma de autoridade, deveres e responsabilidades
COMANDO
do militar. I - a partir de sua criação e até que um militar estadual dele
tome posse;

Art.35. Os cargos de provimento efetivo dos militares estadu-


ais são os postos e graduações previstos na Lei de Fixação de II - desde o momento em que o militar estadual for exonerado,
Efetivo de cada Corporação Militar, compondo as carreiras dos demitido ou expulso;
militares estaduais dentro de seus Quadros e Qualificações, somen- Estes são os casos que geram abertura de vagas que serão preenchidas
te podendo ser ocupados por militar em serviço ativo. através de concurso público, quando o militar sair da corporação ou mesmo
Parágrafo único. O provimento do cargo de Oficial é realizado quando for promovido.
por ato governamental e o da Praça, por ato administrativo do Co-
mandante-Geral.
§1º Consideram-se também vagos os cargos militares estadu-
As promoções dos oficiais serão efetuadas por ato Governador e a das ais cujos ocupantes:
praças por ato do Cmt Geral da respectiva Corporação.
I - tenham falecido;
II - tenham sido considerados extraviados;
Art.36. Os cargos de provimento em comissão, inerentes a
III - tenham sido considerados desertores.
comando, direção, chefia e coordenação de militares estaduais,
previstos na Lei de Organização Básica da Corporação Militar, são
de livre nomeação e exoneração pelo Chefe do Poder Executivo, §2º É considerado ocupado para todos os efeitos o cargo pre-
somente podendo ser providos por militares do serviço ativo da enchido cumulativamente, mesmo que de forma provisória, por
Corporação. detentor de outro cargo militar.
§1º O Comandante-Geral poderá, provisoriamente, por neces-
sidade institucional urgente devidamente motivada, designar o ofici-
Art.39. Função militar estadual é o exercício das obrigações
al para o cargo em comissão ou dispensá-lo, devendo regularizar a
inerentes a cargo militar estadual.
situação na conformidade do caput, no prazo de 15 (quinze) dias a
contar do ato, sob pena de restabelecer-se a situação anterior. Cargo é diferente de função. No cargo existe um conjunto de atribuições,
enquanto função é entendida como o exercício dessas obrigações.
§2º A designação ou dispensa mencionada no parágrafo ante-
rior tem natureza meramente acautelatória, não constituindo sanção
disciplinar. Art.40. Dentro de uma mesma Organização Militar Estadual, a
Aqui há uma excepcionalidade: Ocorre quando o CMT. Geral nomear ou sequência de substituições para assumir cargos ou responder por
exonerar algum um oficial de cargo comissionado devendo esta nomeação funções, bem como as normas, atribuições e responsabilidades
ou exoneração ser confirmada pelo Governador em até 30 dias, em caso relativas, são as estabelecidas em lei ou regulamento, respeitada a
contrário se restabelecerá a situação anterior, ou seja, o oficial exonerado qualificação exigida para o cargo ou exercício da função.
voltará ao cargo comissionado e o que foi nomeado pelo CMT. Geral deixa-
rá o cargo.
Art.41. As obrigações que, pelas generalidades, peculiarida-
des, duração, vulto ou natureza, não são catalogadas em Quadro
§3º O militar estadual que ocupar cargo em comissão, de for- de Organização ou dispositivo legal, são cumpridas como encargo,
ma interina, fará jus, após 30 (trinta) dias, às vantagens e outros incumbência, comissão, serviço, ou atividade militar estadual ou de
direitos a ele inerentes. natureza militar estadual.

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Parágrafo único. Aplica-se, no que couber, ao encargo, in- Art.48. O cidadão que ingressar na Corporação Militar Esta-
cumbência, comissão, serviço ou atividade militar estadual ou de dual, prestará compromisso de honra, no qual afirmará aceitação
natureza militar estadual, o disposto neste capítulo para cargo mili- consciente das obrigações e dos deveres militares e manifestará a
tar estadual. sua firme disposição de bem cumpri-los.
Cargo é diferente de função. No cargo existe um conjunto de atribuições,
enquanto função é entendida como o exercício dessas obrigações. Art.49. O compromisso a que se refere o artigo anterior terá
caráter solene e será prestado na presença de tropa ou guarnição
Art.42. Comando é a soma de autoridade, deveres e respon- formada, tão logo o militar estadual tenha adquirido um grau de
sabilidades de que o militar estadual está investido legalmente, instrução compatível com o perfeito entendimento de seus deveres
quando conduz subordinados ou dirige uma Organização Militar como integrante da respectiva Corporação Militar Estadual, na for-
Estadual, sendo vinculado ao grau hierárquico e constituindo uma ma seguinte:
prerrogativa impessoal, em cujo exercício o militar estadual se defi- Após ingressar em uma das Corporações Militares Estaduais o militar deve
ne e se caracteriza como chefe. prestar seu compromisso de honra. Esse compromisso é feito perante a
tropa e ratificado por meio do termo de posse e compromisso (documento
Aqui, há uma distribuição de competências. No exercício das atribuições de
no qual o Cidadão já nomeado toma posse do cargo). Seu caráter é solene
cada cargo os militares trabalharão da seguinte forma: Os oficiais estão
e só pode ser prestado após período de instrução que o torne capaz de
nos escalões superiores comandando, chefiando, instruindo a tropa, sendo
compreender seus deveres como integrante da Corporação Militar Estadual
auxiliados pelos Subtenentes e 1º Sargentos. Já os Cabos e soldados
serão os executores do serviço.
I - quando se tratar de praça:
Art.43. O Oficial é preparado, ao longo da carreira, para o a) da Polícia Militar do Ceará: ―Ao ingressar na Polícia Militar
exercício do comando, da chefia e da direção das Organizações do Ceará, prometo regular a minha conduta pelos preceitos da
Militares Estaduais. moral, cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que
estiver subordinado e dedicar-me inteiramente ao serviço policial-
militar, à polícia ostensiva, à preservação da ordem pública e à
Art.44. Os Subtenentes e Sargentos auxiliam e complemen- segurança da comunidade, mesmo com o risco da própria vida‖.
tam as atividades dos oficiais na capacitação de pessoal e no em-
prego dos meios, na instrução, na administração e no comando de b) do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará: ―Ao ingressar
frações de tropa, mesmo agindo isoladamente nas diversas ativida- no Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, prometo regular minha
des inerentes a cada Corporação. (Nova redação dada pela Lei nº conduta pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente as ordens
15.797/2015). das autoridades a que estiver subordinado, dedicar-me inteiramente
ao serviço de bombeiro militar e à proteção da pessoa, visando à
Parágrafo único. No exercício das atividades mencionadas
sua incolumidade em situação de risco, infortúnio ou de calamidade,
neste artigo e no comando de elementos subordinados, os Subte-
mesmo com o risco da própria vida‖.
nentes e Sargentos deverão impor-se pela lealdade, pelo exemplo e
pela capacidade profissional e técnica, incumbindo-lhes assegurar a
observância minuciosa e ininterrupta das ordens, das regras do II – (REVOGADO pela Lei nº 15.797/2015).
serviço e das normas operativas pelas praças que lhes estiverem
III – quando for promovido ao primeiro posto: ―Perante a
diretamente subordinadas, e à manutenção da coesão e do moral
Bandeira do Brasil e pela minha honra, prometo cumprir os deveres
das mesmas praças em todas as circunstâncias. (Nova redação dada
pela Lei nº 15.797/2015).
de Oficial da Polícia Militar/Corpo de Bombeiros Militar do Ceará e
dedicar me inteiramente ao serviço‖.

Art.45. Os Cabos e Soldados são, essencialmente, os respon-


sáveis pela execução. Art.50. O Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e do
Corpo de Bombeiros Militar do Ceará dispõe sobre o comportamen-
to ético-disciplinar dos militares estaduais, estabelecendo os proce-
Art.46. (REVOGADO pela Lei nº 15.797/2015). dimentos para apuração da responsabilidade administrativo-
disciplinar, dentre outras providências.
Art.47. Cabe ao militar estadual a responsabilidade integral §1º (REVOGADO pela Lei nº 15.797/2015).
pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos que §2º Ao Cadete e ao Aluno-Soldado aplicam-se, cumulativa-
praticar. mente ao Código Disciplinar, as disposições normativas disciplina-
res previstas no estabelecimento de ensino onde estiver matricula-
do.
CAPÍTULO VIII
Aqui, nos mostra que os Cadetes, e alunos soldados respondem adminis-
DO COMPROMISSO, DO COMPORTAMENTO
trativamente e de forma cumulativa tanto pelo Código Disciplinar da corpo-
ÉTICO E DA RESPONSABILIDADE DISCIPLINAR ração como pelo regulamento do estabelecimento de ensino militar onde
está sendo formado.
E PENAL MILITAR

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§3º O militar estadual que se julgar prejudicado ou ofendido V - percepção de remuneração;
por qualquer ato administrativo, poderá, sob pena de prescrição, Todo trabalhador tem direito a receber pelo seu trabalho, com o militar não
recorrer ou interpor recurso, no prazo de 120(cento e vinte) dias é diferente, tem garantido o direito de percepção de remuneração pelo
corridos, excetuando-se outros prazos previstos nesta Lei ou em trabalho que desempenha.
legislação específica.
* § 3º acrescido pela Lei nº 13.768, de 04/05/2006(DOE nº 085,
08/05/2006). VI - constituição de pensão de acordo com a legislação vigen-
te;
Caso o militar estadual venha a falecer a família terá o direito a receber a
Art.51. Os militares estaduais, nos crimes militares definidos
pensão.
em lei, serão processados e julgados perante a Justiça Militar do
Estado, em primeira instância exercitada pelos juízes de direito e
Conselhos de Justiça, e em segunda instância pelo Tribunal de VII - promoção, na conformidade desta Lei;
Justiça do Estado, enquanto não for criado o Tribunal de Justiça
O militar estadual concorrerá à promoção de acordo com a nova Lei de
Militar do Estado.
Promoções aprovada em Maio de 2015.
Os militares quando cometerem crimes comuns serão julgados pela justiça
comum, como qualquer cidadão, porém ao cometerem crimes militares
serão julgados na forma do art. 51, ou seja, serão julgados pela Justiça VIII - transferência para a reserva remunerada, a pedido, ou
Militar Estadual. reforma;
O militar estadual poderá pedir pra ir para a reserva remunerada ou irá ex
§1º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e offício, ou seja, compulsoriamente, desde que preencha os requisitos
previstos do Arts. 180 ao 186 do EMECE.
julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as
ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Con-
selho de Justiça, sob a presidência de Juiz de Direito, processar e IX - férias obrigatórias, afastamentos temporários do serviço e
julgar os demais crimes militares. licenças, nos termos desta Lei;
§2º O disposto no caput não se aplica aos casos de compe- As férias traduzem o afastamento total do serviço, concedidas anualmente,
tência do júri quando a vítima for civil. de acordo com portaria do Comandante-Geral, de gozo obrigatório após a
concessão, remuneradas com um terço a mais da remuneração normal,
sendo atribuídas ao militar estadual para descanso, a partir do último mês
TÍTULO III do ano a que se referem ou durante o ano seguinte, devendo o gozo ocor-
DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS rer nesse período. (Art. 59)

DOS MILITARES ESTADUAIS


CAPÍTULO ÚNICO X - exoneração a pedido;
DOS DIREITOS Observe que a exoneração ocorre somente a pedido.

Art.52. São direitos dos militares estaduais: XI – porte de arma, quando oficial em serviço ativo ou em ina-
tividade, salvo por medida administrativa acautelatória de interesse
I – garantia da patente quando oficial e da graduação quando
social, aplicada pelo Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos de
praça em toda a sua plenitude, com as vantagens, prerrogativas e
Segurança Pública e Sistema Penitenciário, inativação proveniente
deveres a elas inerentes;
de alienação mental, condenação que desaconselhe o porte ou por
II – estabilidade para o oficial, desde a investidura, e para a processo regular, observada a legislação aplicável.‖ (NR).
praça, quando completar mais de 3 (três) anos de efetivo serviço;
XII - porte de arma, quando praça, em serviço ativo ou em ina-
A praça quando completar mais de 3 anos de serviço na Corporação adqui- tividade, observadas as restrições impostas no inciso anterior, a
re a estabilidade, porém o oficial somente ao ser investido no cargo de regulamentação a ser baixada pelo Comandante-Geral e a legisla-
oficial, ou seja, ao ser promovido a 1º Tenente que para os combatentes
ção aplicável;
acontecerá após 3 anos de CFO mais o período de estágio supervisionado
(no mínimo 6 meses de aspirante), ou para os oficiais de Saúde, Capelania O militar estadual ativo, inativo, oficial, praça, BM ou PM, de serviço ou de
ou Complementar. folga tem direito ao porte de armas, observando as previsões legais e as
restrições impostas nesta Lei.

III - uso das designações hierárquicas;


XIII - assistência jurídica gratuita e oficial do Estado, quando o
O militar estadual poderá usar sua designação hierárquica (Capitão, Coro-
nel, Sargento, Cabo e etc) desde que não o façam para cometer qualquer
ato for praticado no legítimo exercício da missão;
ilegalidade. O militar estadual tem direito a um Defensor Público quando o ato for
praticado no serviço ou em razão deste.

IV - ocupação de cargo na forma desta Lei;

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XIV - livre acesso, quando em serviço ou em razão deste, aos XXIV - salário-família, pago em razão do número de depen-
locais sujeitos à fiscalização policial militar ou bombeiro militar; dentes, nas mesmas condições e no mesmo valor dos segurados
O militar quando de serviço poderá ingressar em locais como: casas de do Regime Geral de Previdência Social, na proporção do número de
show, espetáculos, estádios de futebol e etc. filhos ou equiparados de qualquer condição de até 14 (quatorze)
anos ou inválidos;
XXV – VETADO.
XV - seguro de vida e invalidez em razão da atividade de risco
que desempenha; XXVI - fica assegurado ao Militar Estadual da ativa, quando
fardado e mediante a apresentação de sua identidade militar, aces-
Quando o militar ficar inválido, por exemplo, terá direito a uma indenização so gratuito aos transportes rodoviários coletivos intermunicipais,
como forma de seguro e quando vier a falecer a família vai receber este
ficando estabelecida a cota máxima de 02 (dois) militares por veícu-
seguro de vida.
lo;
Para ter o direito ao transporte gratuito entre dois municípios diferentes o
XVI - assistência médico-hospitalar, através do Hospital da Po- militar deverá estar fardado e apresentar a identidade funcional.
lícia Militar;
XVII - tratamento especial, quanto à educação de seus depen-
XXVII - isenção de pagamento da taxa de inscrição em qual-
dentes, para os militares estaduais do serviço ativo, através dos
quer concurso público para ingresso na Administração Pública Es-
Colégios da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros;
tadual, Direta, Indireta e Fundacional;
Este inciso garante aos filhos do militar que for transferido da capital para o
Se o militar pretender se inscrever para qualquer concurso na esfera esta-
interior a vaga nos colégios militares sem necessidade de participar de
dual não precisará pagar a taxa de inscrição, porém se o concurso for na
concurso.
esfera municipal ou federal.

XVIII - recompensas ou prêmios, instituídos por lei;


XXVIII – VETADO.
Ocorre quando o militar estadual apreende armas, munições ou acessórios
XXIX - assistência psicossocial pelo Hospital da Polícia Militar;
e recebe da respectiva corporação recompensas em dinheiro pela respecti-
va apreensão. XXX – VETADO.
XXXI – VETADO.
XIX - auxílio funeral, conforme previsto em lei; XXXII – afastar-se por 02(duas) horas diárias, por prorrogação
do início ou antecipação do término do expediente ou de escala de
Por ocasião de falecimento de algum militar estadual a família receberá
este auxílio para custear as despesas. serviço, para acompanhar filho ou dependente legal, que sofra de
moléstia ou doença grave irreversível, em tratamento específico, a
fim de garantir o devido cuidado, comprovada a necessidade por
XX – VETADO. Junta Médica de Saúde da Corporação;
XXI - fardamento ou valor correspondente, constituindo-se no XXXIII – alimentação conforme estabelecido em Decreto do
conjunto de uniformes fornecidos, pelo menos uma vez ao ano, ao Chefe do Poder Executivo;
Cabo e Soldado na ativa, bem como aos Cadetes e Alunos- Hoje, o militar tem incorporado em seus vencimentos o valor corresponden-
Soldados, e, em casos especiais, aos demais militares estaduais; te para custear sua alimentação.
Os sargentos, subtenentes, os aspirantes e oficiais deverão custear seus
uniformes. Este direito é exclusivo aos Cabos, Soldados e Alunos Oficiais
ou Alunos Soldados, porém em situações especiais, como, mudança de XXXIV – a percepção de diárias quando se deslocar, a servi-
uniformes todos os militares receberão os uniformes ou valores correspon- ço, da localidade onde tem exercício para outro ponto do território
dentes. estadual, nacional ou estrangeiro, como forma de indenização das
despesas de alimentação e hospedagem, na forma de Decreto do
Chefe do Poder Executivo.
XXII - transporte ou valor correspondente, assim entendido
* Incisos XXXII, XXXIII, XXXIV acrescidos pela Lei nº 13.768, de
como os meios fornecidos ao militar estadual para seu deslocamen- 04/05/2006(DOE nº 085, 08/05/2006).
to, por interesse do serviço, quando o deslocamento implicar em
O militar estadual quando viajar a serviço da corporação terá direito a um
mudança de sede ou de moradia, compreendendo também as pas-
valor diário para custear suas despesas com alimentação e hospedagem,
sagens para seus dependentes e a transição das respectivas baga-
ou seja, por cada dia recebe um valor e por isso é chamado de diária.
gens, de residência a residência;
Ocorre quando o militar estadual for prestar serviço em outro município.
Desta forma, terá direito ao transporte para o deslocamento, bem como Art.53. O militar estadual alistável é elegível, atendidas as se-
quando for transferido para local que gere mudança de sede terá direito as guintes condições:
passagens para dependentes e também transporte das bagagens. I - se contar menos de 10 (dez) anos de serviço deverá afas-
tar-se definitivamente da atividade militar estadual a partir do regis-
XXIII - décimo terceiro salário; tro de sua candidatura na Justiça Eleitoral, apresentada pelo Partido
e autorizada pelo candidato, com prejuízo automático, imediato e

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definitivo do provimento do cargo, de promoção e da percepção da Art.55. O subsídio ou os vencimentos dos militares estaduais
remuneração; são irredutíveis e não estão sujeitos à penhora, sequestro ou arres-
II - se contar 10 (dez) ou mais anos de serviço, será agregado to, exceto nos casos previstos em Lei.
por ato do Comandante-Geral, sem perda da percepção da remune- O militar estadual não terá nenhum desconto de sua remuneração sem sua
ração e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, autorização, salvo nos casos de obrigação do militar pagar pensão alimen-
para a reserva remunerada, com proventos proporcionais ao tempo tícia.
de contribuição;
III - se suplente, ao assumir o cargo eletivo será inativado na Art.56. O valor do subsídio ou dos vencimentos é igual para o
forma do inciso anterior. militar estadual da ativa, da reserva ou reformado, de um mesmo
A Carreira política tem sido um atrativo para dezenas de militares. O fato é grau hierárquico, exceto nos casos previstos em Lei.
que se o militar pode se alistar é coerente que também possa ser elegível.
Para isso, ele deve atender a algumas condições exigidas nesta Lei. Ou
seja, poderá se candidatar, porém se contar com menos de 10 anos terá o Art.57. Os proventos da inatividade serão revistos sempre que
prejuízo definitivo de tudo (cargo, remuneração e etc). Se contar com mais se modificar o subsídio ou os vencimentos dos militares estaduais
de 10 anos irá para a reserva remunerada proporcional ao tempo de contri- em serviço ativo, na mesma data e proporção, observado o teto
buição, não podendo mais retornar após o mandato, a não ser que seja remuneratório previsto no art.54 desta Lei.
convocado pelo Governador.
Parágrafo único. Respeitado o direito adquirido, os proventos
da inatividade não poderão exceder a remuneração percebida pelo
Seção I militar estadual da ativa no posto ou graduação correspondente.
Da Remuneração Este parágrafo nos informa que os militares estaduais independente de
estarem na ativa, na reserva remunerada ou reformados, receberão a
mesma remuneração, bem como quando reajustada a remuneração dos
Art.54. A remuneração dos militares estaduais compreende ativos deverá ser reajustamento no mesmo percentual , salvo direito adqui-
vencimentos ou subsídio fixado em parcela única, na forma do ro.
art.39.
Art.58. Por ocasião de sua passagem para a inatividade, o mi-
§1º O militar estadual ao ser matriculado nos cursos regulares litar estadual terá direito a proventos proporcionais aos anos de
previstos nesta Lei, exceto os de formação, e desde que esteja no serviço, computáveis para a inatividade, até o máximo de 30 (trinta)
exercício de cargo ou função gratificada, por período superior a 06 anos, computando-se, para efeito da contagem naquela ocasião, o
(seis) meses, não perderá o direito à percepção do benefício cor- resíduo do tempo igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias
respondente. como se fosse mais 01 (um) ano.
Caso o militar tenha que frequentar algum curso regular na Corporação
(CHS, CHST, CAO, CSP) e esteja em função gratificada a mais de 6 me- Seção II
ses continuará recebendo a gratificação durante o período do curso.
Das Férias e Outros Afastamentos
Temporários do Serviço
§2º Ao militar estadual conceder-se-á gratificação pela partici-
pação em comissão examinadora de concurso e pela elaboração ou
execução de trabalho relevante, técnico ou científico de interesse da Art.59. As férias traduzem o afastamento total do serviço,
Corporação Militar Estadual. concedidas anualmente, de acordo com portaria do Comandante-
Geral, de gozo obrigatório após a concessão, remuneradas com um
terço a mais da remuneração normal, sendo atribuídas ao militar
§3º O Secretário da Segurança Pública e Defesa Social, o estadual para descanso, a partir do último mês do ano a que se
Chefe da Casa Militar ou os Comandantes-Gerais poderão: referem ou durante o ano seguinte, devendo o gozo ocorrer nesse
I – autorizar o militar estadual, ocupante de cargo efetivo ou período.
em comissão, a participar de comissões, grupos de trabalho ou
projetos, sem prejuízo dos vencimentos;
§1º A concessão e o gozo de férias não sofrerão nenhuma
II – conceder ao militar nomeado, a gratificação prevista no § restrição, salvo:
2º deste artigo.
I - para cumprimento de punição disciplinar de natureza grave
ou prisão provisória;
§4º O valor das gratificações previstas no § 2º será regulado II - por necessidade do serviço, identificada por ato do Co-
por Decreto do Chefe do Poder Executivo. mandante-Geral, conforme conveniência e oportunidade da Admi-
* §§ 2º, 3º e 4º acrescidos, enumerando-se como § 1º o atual Parágrafo nistração, garantida ao militar estadual nova data de reinício do
único, de acordo com a Lei nº 13.768, de 04/05/2006(DOE nº 085, 08/05/2006). gozo das férias interrompidas.

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§2º Não fará jus às férias regulamentares o militar estadual ridade a que estiver subordinado o militar estadual tome conheci-
que esteja aguardando solução de processo de inatividade. mento, de acordo com portaria do Comandante-Geral.
§3º As férias a que se refere este artigo poderão ser divididas
em 2 (dois) períodos iguais. Art.61. As férias e outros afastamentos mencionados nesta
O tempo de afastamento total do serviço para gozo de férias é de 30 (trinta) Seção são concedidos sem prejuízo da remuneração prevista na
dias, contudo o militar não precisa usufruir esse direito de uma única vez. A legislação específica e computados como tempo de efetivo serviço
concessão é integral, porém o gozo pode ser dividido em 02 (dois) perío- e/ou contribuição para todos efeitos legais.
dos de 15 (quinze) dias cada.

Seção III
§4º O direito destacado neste artigo estende-se aos militares
Das Licenças e das Dispensas de Serviço
que estão nos cursos de formação para ingresso na Corporação.
O Art. 10, afirma que o curso de formação é apenas uma etapa do certame.
Já os arts. 59 e 209 mostram os alunos, em serviço ativo, com direito a Art.62. Licença é a autorização para o afastamento total do
férias e contagem de tempo para efeito de aposentadoria, ou seja, há uma serviço, em caráter temporário, concedida ao militar estadual, obe-
aparente controvérsia. decidas as disposições legais e regulamentares.
A licença é a autorização para afastamento total do serviço, existindo pelo
Art.60. Os militares estaduais têm direito, aos seguintes perí- menos 06 (seis) tipos, a saber: à gestante, paternidade, para tratar de
odos de afastamento total do serviço, obedecidas às disposições interesse particular, para tratar de saúde de dependente, para tratar de
saúde própria e à adotante.
legais e regulamentares, por motivo de:
Além das férias os militares têm direito a outros períodos de afastamento
total do serviço. Esses afastamentos decorrem de núpcias (casamento), §1º A licença pode ser:
luto (falecimento), instalação e trânsito (movimentação de OPM para outra). I - à gestante, por 120 (cento e vinte) dias;
II - paternidade, por 10 (dez) dias;
I - núpcias: 8 (oito) dias; III - para tratar de interesse particular;
Na Caserna, tem-se por núpcias o período de afastamento do serviço por IV - para tratar da saúde de dependente, na forma desta Lei;
08 (oito) dias, contudo o militar deve solicitar esse afastamento antes do
evento para que o Comandante reorganize as escalas de serviço, publique V - para tratar da saúde própria;
a nota concedendo o afastamento e adote outras medidas administrativas
necessárias.
VI - à adotante:
a) por 120 (cento e vinte) dias se a criança tiver até 01 (um)
II - luto: 8 (oito) dias, por motivo de falecimento de pais, irmão, ano de idade;
cônjuge, companheiro(a), filhos e sogros;
b) por 60 (sessenta) dias se a criança tiver entre 01 (um) e 04
Durante a perda de ente querido o ser humano enfrenta o luto, o choro, o (quatro) anos de idade;
sofrimento, a tristeza, a solidão, ansiedade dentre outros sentimentos, que
são formas de reação diante da morte, cuja duração é inconstante, desta c) por 30 (trinta) dias se a criança tiver de 04 (quatro) a 08 (oi-
forma o Estatuto dos militares estaduais prevê um afastamento total de 08 to) anos de idade.
(oito) dias, a fim de que o militar possa se reestabelecer, se reorganizar
para então voltar ao trabalho.
§2º A licença à gestante será concedida, mediante inspeção
médica, a partir do 8º mês de gestação, salvo prescrição em contrá-
III - instalação: até 10 (dez) dias; rio.
É um afastamento decorrente do trânsito e tem por finalidade oportunizar §3º A licença paternidade será iniciada na data do nascimento
um período de até 10 (dez) dias para que o militar movimentado adote as do filho.
medidas de ordem pessoal e familiar na cidade para onde foi transferido.
§4º A licença para tratar de interesse particular é a autorização
para afastamento total do serviço por até 02 (dois) anos, contínuos
IV - trânsito: até 30 (trinta) dias. ou não, concedida ao militar estadual com mais de 10 (dez) anos de
efetivo serviço que a requerer com essa finalidade, implicando em
Trânsito é um afastamento total do serviço concedido pelo Comandante
prejuízo da remuneração, da contagem do tempo de serviço e/ou
imediato ao militar movimentado de uma OPM/OBM para outra e que
implique em mudança de sede e destina-se aos preparativos decorrentes
contribuição e da antiguidade no posto ou na graduação.
dessa mudança. Não farão jus ao trânsito e à instalação os militares movi- §5º As licenças para tratar de interesse particular, de saúde de
mentados no âmbito da Capital e Região Metropolitana. dependente e para tratamento de saúde própria, serão regulamen-
tadas por Portaria do Comandante-Geral, no prazo de 120 (cento e
vinte) dias, observado o disposto nesta Lei.
Parágrafo único. O afastamento do serviço por motivo de
núpcias ou luto será concedido, no primeiro caso, se solicitado por §6º A licença-maternidade só será concedida à adotante ou
antecipação à data do evento, e, no segundo caso, tão logo a auto- guardiã mediante apresentação do respectivo termo judicial.

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§7º Na hipótese do inciso IV deste artigo o militar poderá ser Parágrafo único. As dispensas do serviço serão concedidas
licenciado por motivo de doença nas pessoas dos seguintes depen- com a remuneração integral e computadas como tempo de efetivo
dentes: pais; filhos; cônjuge do qual não esteja separado; e de serviço e/ou contribuição militar.
companheiro(a); em qualquer caso, desde que prove ser indispen-
sável a sua assistência pessoal e esta não possa ser prestada
simultaneamente com o exercício funcional, pelo prazo máximo de 2 Art.67. Para fins de que dispõe esta Seção, no tocante à con-
(dois) anos, dos quais os 6 (seis) primeiros meses sem prejuízo de cessão de licenças e dispensas de serviços, o militar que não se
sua remuneração. No período que exceder os 06 (seis) meses até o apresentar no primeiro dia útil após o prazo previsto de encerramen-
limite de 2 (dois) anos, observar-se-á o que dispõe o §4º deste to da citada autorização, incorrerá nas situações de ausência e
artigo. deserção conforme disposto na legislação aplicável.

São as seguintes as pessoas consideradas como dependentes para efeito As dispensas do serviço serão concedidas com a remuneração integral e
de LTSD: Pais, filhos, cônjuge do qual não esteja separado e Companhei- computadas como tempo de efetivo serviço e/ou contribuição, todavia, o
ro(a). militar que não se apresentar no primeiro dia útil após o prazo previsto de
encerramento de uma licença ou de uma dispensa incorrerá nas situações
de ausência e deserção.
Art.63. O tempo da licença de que trata o §4º do artigo anteri-
or, será computado para obtenção de qualquer beneficio previden-
Seção IV
ciário, inclusive aposentadoria desde que haja recolhimento mensal
da alíquota de 33% (trinta e três por cento) incidente sobre o valor Das Recompensas
da última remuneração para fins de contribuição previdenciária, que
será destinada ao Sistema Único de Previdência Social dos Servi- Art.68. As recompensas constituem reconhecimento dos bons
dores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Mem- serviços prestados pelos militares estaduais e serão concedidas de
bros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC. acordo com as normas regulamentares da Corporação.
Entende-se por recompensa o reconhecimento dos bons serviços e con-
Art.64. As licenças poderão ser interrompidas a pedido ou nas substanciam-se em prêmios concedidos por atos meritórios e serviços
seguintes condições: relevantes prestados pelos militares estaduais.
I - em caso de mobilização, estado de guerra, estado de defe-
sa ou estado de sítio; Parágrafo único. São recompensas militares estaduais, além
II - em caso de decretação de estado ou situação de emer- das previstas em outras leis:
gência ou calamidade pública; I - prêmios de honra ao mérito;
III - para cumprimento de sentença que importe em restrição II - condecorações por serviços prestados;
da liberdade individual;
III - elogios;
IV - para cumprimento de punição disciplinar, conforme deter-
minado pelo Comandante-Geral; O elogio individual, ato administrativo que coloca em relevo as qualidades
morais e profissionais do militar, poderá ser formulado independentemente
V - em caso de prisão em flagrante ou de decretação de prisão da classificação de seu comportamento e será registrado nos assentamen-
por autoridade judiciária, a juízo desta; tos.
VI - em caso de indiciação em inquérito policial militar, recebi-
mento de denúncia ou pronúncia criminal, a juízo da autoridade IV - dispensas do serviço, conforme dispuser a legislação.
competente.
O Código disciplinar em seu Art. 68, temos ainda o cancelamento de san-
ções como recompensa concedida aos militares estaduais.
Parágrafo único. A interrupção de licença para tratamento de
saúde de dependente, para cumprimento de punição disciplinar que
importe em restrição da liberdade individual, será regulada em lei Seção V
específica. Das Prerrogativas
Subseção I
Art.65. As dispensas do serviço são autorizações concedidas Da Constituição e Enumeração
aos militares estaduais para afastamento total do serviço, em cará-
ter temporário.
Art.69. As prerrogativas dos militares estaduais são constituí-
das pelas honras, dignidades e distinções devidas aos graus hierár-
Art.66. As dispensas do serviço podem ser concedidas aos quicos e cargos que lhes estão afetos.
militares estaduais:
I - para desconto em férias já publicadas e não gozadas no to- Parágrafo único. São prerrogativas dos militares estaduais:
do ou em parte;
II - em decorrência de prescrição médica.

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I - uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias, divisas, em- Art.72. Os uniformes das Corporações Militares Estaduais,
blemas, agildas e peças complementares das respectivas Corpora- com seus distintivos, insígnias, divisas, emblemas, agildas e peças
ções, correspondentes ao posto ou à graduação; complementares são privativos dos militares estaduais e represen-
II - honras, tratamentos e sinais de respeito que lhes sejam tam o símbolo da autoridade militar, com as prerrogativas a esta
assegurados em leis e regulamentos; inerentes.
III - cumprimento de pena de prisão ou detenção, mesmo após O uniforme é símbolo da autoridade e seu uso correto é elemento primordi-
o trânsito em julgado da sentença, somente em Organização Militar al na apresentação individual e coletiva dos militares, constituindo-se em
importante fator para o fortalecimento da disciplina, o desenvolvimento do
da Corporação a que pertence, e cujo comandante, chefe ou diretor
espírito de corpo e o bom conceito da Corporação no seio da opinião públi-
tenha precedência hierárquica sobre o militar; ca.
IV - julgamento por crimes militares, em foro especial, na con-
formidade das normas constitucionais e legais aplicáveis.
Parágrafo único. Constituem crimes previstos na legislação
específica o desrespeito ao disposto no caput deste artigo, bem
Art.70. O militar estadual só poderá ser preso em caso de fla- como uso por quem a eles não tiver direito.
grante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade
judiciária competente ou de autoridade militar estadual competente,
nos casos de transgressão disciplinar ou de crime propriamente Art.73. O militar estadual fardado tem as obrigações corres-
militar, definidos em lei. pondentes ao uniforme que usa e aos distintivos, insígnias, divisas,
emblemas, agildas e peças complementares que ostenta.
§1º Somente em casos de flagrante delito, o militar estadual
poderá ser preso por autoridade policial civil, ficando retido na Dele-
gacia durante o tempo necessário à lavratura do flagrante, comuni- Art.74. O uso dos uniformes com os seus distintivos, insígnias,
cando-se imediatamente ao juiz competente e ao comando da res- emblemas e agildas, bem como os modelos, descrição, composição
pectiva Corporação Militar, após o que deverá ser encaminhado e peças acessórias, são estabelecidos nas normas específicas de
preso à autoridade militar de patente superior mais próxima da cada Corporação Militar Estadual.
Organização Militar da Corporação a que pertencer, ficando esta
obrigada, sob pena de responsabilidade funcional e penal, a manter
a prisão até que deliberação judicial decida em contrário. Art.75. É proibido ao militar estadual o uso dos uniformes e
acréscimos de que trata esta subseção, na forma prevista no Códi-
§2º Cabe ao Secretário da Segurança Pública e Defesa Social go Disciplinar e nas situações abaixo:
e ao Comandante-Geral da respectiva Corporação responsabilizar
ou provocar a responsabilização da autoridade policial civil e da I - em manifestação de caráter político-partidário;
autoridade militar que não cumprir o disposto neste artigo e que Ao militar estadual, é extremamente proibido usar o uniforme em qualquer
maltratar ou consentir que seja maltratado qualquer militar estadual, tipo de manifestação de caráter político partidário, salvo quando em sérvio
preso sob sua custódia, ou, sem razão plausível, não lhe der trata- ou em razão deste.
mento devido ao seu posto ou graduação.
§3º Se, durante o processo e julgamento no foro civil houver II - no estrangeiro, quando em atividade não relacionada com
perigo de vida para qualquer militar estadual preso, o Comandante- a missão policial militar ou bombeiro militar, salvo quando expres-
Geral da respectiva Corporação Militar providenciará os entendi- samente determinado e autorizado;
mentos com o Juiz de Direito do feito, visando à garantia da ordem
III - na inatividade, salvo para comparecer as solenidades mili-
nas cercanias do foro ou Tribunal pela Polícia Militar.
tares estaduais, cerimônias cívico-comemorativas das grandes
A prisão do militar estadual é assunto delicado, pois ele só poderá ser datas nacionais ou estaduais ou a atos sociais solenes, quando
preso em caso de flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da devidamente autorizado pelo Comandante-Geral.
autoridade judiciária competente ou de autoridade militar estadual compe-
tente, e caso seja preso por autoridade policial civil, somente ficará retido O militar estadual, quando está usando o uniforma da corporação tem total
na Delegacia durante o tempo necessário à lavratura do flagrante, comuni- responsabilidade quanto ao seu uso, aos lugares que frequenta e quanto a
cando-se imediatamente ao Juiz competente e ao comando da respectiva seus atos.
Corporação.
Parágrafo único. Os militares estaduais na inatividade, cuja
Art.71. O militar estadual da ativa, no exercício de função mili- conduta possa ser considerada ofensiva à dignidade da classe,
tar, de natureza militar ou de interesse militar, é dispensado do poderão ser, temporariamente, proibidos de usar uniformes por
serviço na instituição do Júri e do serviço na Justiça Eleitoral. decisão do Comandante-Geral, conforme estabelece o Código
Disciplinar.
O militar da ativa não é obrigado a participar de júri ou mesmo de trabalhar
como mesário durante os pleitos eleitorais.
Art.76. É vedado a qualquer civil ou organizações civis o uso
de uniforme ou a ostentação de distintivos, insígnias, agildas ou
Subseção II
emblemas, iguais ou semelhantes, que possam ser confundidos
Do Uso dos Uniformes com os adotados para os militares estaduais.

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Parágrafo único. São responsáveis pela infração das disposi- h) ter sido condenado a pena restritiva de liberdade superior a
ções deste artigo, além dos indivíduos que a tenham cometido, os 06 (seis) meses e enquanto durar a execução, excluído o período
diretores ou chefes de repartições, organizações de qualquer natu- de suspensão condicional da pena;
reza, firmas ou empregadores, empresas, institutos ou departamen- i) tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil tem-
tos que tenham adotado ou consentido sejam usados uniformes ou porária, não eletiva inclusive da administração indireta;
ostentados distintivos, insígnias, agildas ou emblemas, iguais ou
que possam ser confundidos com os adotados para os militares j) ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do
estaduais. cargo ou função.
* O § 2º foi revogado pelo Art. 7º da Lei nº 14.113, de 12/05/2008 (DOE nº
088, de 13/05/2008).
TÍTULO IV
(REVOGADO pela Lei nº 15.797/2015).
§3º A agregação do militar estadual, a que se refere à alínea ―i‖
(Do Art. 77 ao 171). do inciso III do §1º, é contada a partir da data da posse no novo
cargo, emprego ou função até o retorno à Corporação ou transferên-
TÍTULO V cia ex offício para a reserva remunerada.

DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS §4º A agregação do militar estadual a que se referem às alíneas
―a‖, ―c‖ e ―d‖ do inciso III do §1º é contada a partir do primeiro dia
CAPÍTULO I após os respectivos prazos e enquanto durar o afastamento.
DAS SITUAÇÕES ESPECIAIS §5º A agregação do militar estadual, a que se referem às alí-
Seção I neas ―b‖, ―e‖, ―f‖ ―g‖, ―h‖ e ―j‖ do inciso III do §1º, é contada a partir da
Da Agregação data indicada no ato que torna público o respectivo afastamento.
* §§ 3º, 4º e 5º, com a redação dada pela Lei Estadual nº 14.113, de 12 de
maio de 2008.
Art.172. A agregação é a situação na qual o militar estadual
em serviço ativo deixa de ocupar vaga na escala hierárquica do seu
Quadro, nela permanecendo sem número. §6º A agregação do militar estadual que tenha 10 (dez) ou
mais anos de serviço, candidato a cargo eletivo, é contada a partir
da data do registro da candidatura na Justiça Eleitoral até:
§1º O militar estadual deve ser agregado quando: I - 48 (quarenta e oito) horas após a divulgação do resultado
* O inciso I, do Art. 172, foi revogado pelo Art. 7º da Lei nº 14.113, de do pleito, se não houver sido eleito;
12/05/2008 (DOE nº 088, de 13/05/2008).
II - a data da diplomação;
II - estiver aguardando transferência para a inatividade, deci-
são acerca de demissão ou exclusão, por ter sido enquadrado em III - o regresso antecipado à Corporação Militar Estadual, com
qualquer dos requisitos que as motivam, após transcorridos mais de a perda da qualidade de candidato.
90 (noventa) dias de tramitação administrativa regular do processo,
ficando afastado de toda e qualquer atividade a partir da agregação; §7º O militar estadual agregado fica sujeito às obrigações dis-
ciplinares concernentes às suas relações com os outros militares e
III - for afastado temporariamente do serviço ativo por motivo autoridades civis.
de: §8º O militar estadual não será agregado, sob nenhuma hipó-
a) ter sido julgado incapaz temporariamente, após um ano tese, fora das condições especificadas neste artigo, mormente para
contínuo de tratamento de saúde; fins de geração de vagas a serem preenchidas para efeito de pro-
moção, e, em especial, quando se encontrar em uma das seguintes
b) ter sido julgado, por junta médica da Corporação, definiti- situações:
vamente incapaz para o serviço ativo militar, enquanto tramita o
processo de reforma, ficando, a partir da agregação, recolhendo
para o SUPSEC como se estivesse aposentado; I - for designado, em boletim interno ou por qualquer outro
c) ter ultrapassado um ano contínuo de licença para tratamen- meio oficial, para o exercício de encargo, incumbência, serviço,
to de saúde própria; atividade ou função no âmbito de sua Corporação, administrativa ou
operacional:
d) ter ultrapassado 06 (seis) meses contínuos de licença para
tratar de interesse particular ou de saúde de dependente; a) não constante no respectivo Quadro de Organização e Dis-
tribuição;
e) ter sido considerado oficialmente extraviado;
b) prevista para militar estadual de posto ou graduação inferior
f) houver transcorrido o prazo de graça e caracterizado o cri- ou superior ao seu grau hierárquico;
me de deserção;
c) prevista para militar estadual pertencente a outro quadro ou
g) deserção, quando Oficial ou Praça com estabilidade asse- qualificação.
gurada, mesmo tendo se apresentado voluntariamente, até senten-
ça transitada em julgado do crime de deserção;

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II - estiver frequentando curso de interesse da Corporação, I - sendo o mais moderno na escala hierárquica do seu Qua-
dentro ou fora do Estado; dro ou Qualificação, ultrapasse o efetivo fixado em Lei, quando:
III - estiver temporariamente sem cargo ou função militar, a) tiver cessado o motivo que determinou a sua agregação ou
aguardando nomeação ou designação; a de outro militar estadual mais antigo do mesmo posto ou gradua-
IV - enquanto permanecer na condição de excedente, salvo ção;
quando enquadrado em uma das hipóteses previstas no §1º deste b) em virtude de promoção sua ou de outro militar estadual em
artigo; ressarcimento de preterição;
V - for denunciado em processo-crime pelo Ministério Público. c) tendo cessado o motivo que determinou sua reforma por in-
capacidade definitiva, retorne à atividade.
§9º A agregação se faz por ato do Comandante-Geral, deven-
do ser publicada em Boletim Interno da Corporação até 10 (dez) II - é promovido por erro em ato administrativo, nas condições
dias, contados do conhecimento oficial do fato que a motivou, rece- previstas nos §§1.º e 2.º do art.137 e nos §§1.º e 2.º do art.167.
bendo o agregado a abreviatura ―AG‖.
§10. A agregação de militar para ocupar cargo ou função fora §1º O militar estadual cuja situação é a de excedente ocupará
da Estrutura Organizacional das Corporações Militares deve obede- a mesma posição relativa em antiguidade que lhe cabe na escala
cer também ao que for estabelecido em Decreto do Chefe do Poder hierárquica, com a abreviatura ―EXC‖ e receberá o número que lhe
Executivo. competir em consequência da primeira vaga que se verificar.
§2º O militar estadual cuja situação é a de excedente, é consi-
Art.173. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar man- derado como em efetivo serviço para todos os efeitos e concorre,
terão atualizada a relação nominal de todos os seus militares, agre- respeitados os requisitos legais, em igualdade de condições e sem
gados ou não, no exercício de cargo ou função em órgão não per- nenhuma restrição, a qualquer cargo ou função militar estadual,
tencente à estrutura da Corporação. bem como à promoção, observado o disposto no Título IV desta Lei.
Parágrafo único. A relação nominal será semestralmente pu- §3º O militar estadual promovido por erro em ato administrati-
blicada no Diário Oficial do Estado e no Boletim Interno da Corpora- vo, nas condições previstas no caput do art.137 e no caput do
ção e deverá especificar a data de apresentação do serviço e a art.167 retroagirá ao posto ou graduação anterior, recebendo o
natureza da função ou cargo exercido. número que lhe competir na escala hierárquica, podendo concorrer
às promoções subsequentes, desde que satisfaça os requisitos para
promoção.
Seção II
Da Reversão
Seção IV
Do Ausente
Art.174. Reversão é o ato pelo qual o militar estadual agrega-
do, ou inativado, retorna ao respectivo Quadro ou serviço ativo,
quando cessado o motivo que deu causa à agregação ou quando Art.176. É considerado ausente o militar estadual que por
reconduzido da inatividade para o serviço temporário, na forma mais de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas:
desta Lei. I - deixar de comparecer a sua Organização Militar Estadual,
§1º Compete ao Comandante–Geral efetivar o ato de reversão sem comunicar qualquer motivo de impedimento;
de que trata este artigo, devendo ser publicado no Boletim Interno II - ausentar-se, sem licença, da Organização Militar Estadual
da Corporação até 10 (dez) dias, contados do conhecimento oficial onde serve ou local onde deve permanecer.
do fato que a motivou.
§2º A reversão da inatividade para o serviço ativo temporário é
ato da competência do Governador do Estado ou de autoridade por Art.177. Decorrido o prazo mencionado no artigo anterior, se-
ele designada. rão observadas as formalidades previstas em lei.

§3º A qualquer tempo, cessadas as razões, poderá ser deter-


minada a reversão do militar estadual agregado, exceto nos casos CAPÍTULO II
previstos nas alíneas ―f‖, ―g‖, ―h‖ e ―j‖ do inciso III do §1º do art.172. DO DESLIGAMENTO DO SERVIÇO ATIVO

Seção III Art.178. O desligamento do serviço ativo de Corporação


Do Excedente Militar Estadual é feito em consequência de:
I - transferência para a reserva remunerada;
Art.175. Excedente é a situação transitória na qual, automati- II - reforma;
camente, ingressa o militar estadual que: III - exoneração, a pedido;

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IV - demissão; §4º Não será concedida transferência para a reserva remune-
V - perda de posto e patente do oficial e da graduação da pra- rada, a pedido, ao militar estadual que:
ça; I - estiver respondendo a processo na instância penal ou penal
VI - expulsão; militar, a Conselho de Justificação ou Conselho de Disciplina ou
processo regular;
VII - deserção;
II - estiver cumprindo pena de qualquer natureza.
VIII - falecimento;
IX – desaparecimento;
§5º O direito à reserva, a pedido, pode ser suspenso na vigên-
X - extravio. cia de Estado de Guerra, Estado de Sítio, Estado de Defesa, cala-
midade pública, perturbação da ordem interna ou em caso de mobi-
Parágrafo único. O desligamento do serviço ativo será pro- lização.
cessado após a expedição de ato do Governador do Estado.
Art.182. A transferência ex officio para a reserva remunerada
Art.179. O militar estadual da ativa aguardando transferência verificar-se-á sempre que o militar estadual incidir em um dos se-
para a reserva remunerada continuará, pelo prazo de 90 (noventa) guintes casos:
dias, no exercício de suas funções até ser desligado da Corporação I – atingir a idade limite de 60 (sessenta) anos. (Nova redação da-
Militar Estadual em que serve. da pela Lei nº 15.797/2015).

Parágrafo único. O desligamento da Corporação Militar Esta-


dual em que serve deverá ser feito quando da publicação em Diário II - Atingir ou vier ultrapassar:
Oficial do ato correspondente.
a) 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, com no mínimo 25
(vinte e cinco) anos de contribuição militar estadual ao Sistema
Seção I Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e Milita-
res, dos Agentes Públicos e Membros de Poder do Estado do Ceará
Da Transferência para a Reserva Remunerada
– SUSPEC;

Art.180. A passagem do militar estadual à situação da inativi-


b) (REVOGADO pela Lei nº 15.797/2015).
dade, mediante transferência para a reserva remunerada, se efetua:
c) (REVOGADO pela Lei nº 15.797/2015).
I - a pedido;
d) (REVOGADO pela Lei nº 15.797/2015).
II - ―ex officio‖.

III - ultrapassar 02 (dois) anos de afastamento, contínuo ou


Art.181. A transferência para a reserva remunerada, a pedido,
não, agregado em virtude de ter sido empossado em cargo, empre-
será concedida, mediante requerimento do militar estadual que
go ou função pública civil temporária não eletiva;
conte com 53 (cinquenta e três) anos de idade e 30 (trinta) anos de
contribuição, dos quais no mínimo 25 (vinte e cinco) anos de contri- IV - se eleito, for diplomado em cargo eletivo, ou se, na condi-
buição militar estadual ao Sistema Único de Previdência Social dos ção de suplente, vier a ser empossado.
Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e Mem- V - for oficial abrangido pela quota compulsória.
bros de Poder do Estado do Ceará – SUSPEC.
VI – o Coronel Comandante-Geral que for substituído na che-
§1º No caso do militar estadual estar realizando ou haver con- fia da Corporação por Coronel promovido pelo Governador do Esta-
cluído qualquer curso ou estágio de duração superior a 6 (seis) do; (Nova redação dada pela Lei nº 15.797/2015).
meses, por conta do Estado, sem haver decorrido 3 (três) anos de
VII – o Coronel que possuir 30 (trinta) anos de efetiva contri-
seu término, a transferência para a reserva remunerada só será
buição e 3 (três) anos no posto respectivo, excetuando-se aquele
concedida mediante prévia indenização de todas as despesas cor-
que ocupar os cargos de provimento em comissão de Comandante-
respondentes à realização do referido curso ou estágio, inclusive as
Geral Adjunto e Secretário Executivos das Corporações Militares
diferenças de vencimentos.
Estaduais e Chefe, Subchefe e Secretário Executivo da Casa Mili-
§2º Se o curso ou estágio, mencionado no parágrafo anterior, tar. (Acrescentado pela Lei nº 15.797/2015).
for de duração igual ou superior a 18 (dezoito) meses, a transferên-
VIII – o Major QOA que possuir 30 (trinta) anos de efetiva con-
cia para a reserva remunerada só será concedida depois de decor-
tribuição e 3 (três) anos no posto respectivo. (Acrescentado pela Lei nº
ridos 05 (cinco) anos de sua conclusão, salvo mediante indenização 15.797/2015).
na forma prevista no parágrafo anterior.
§3º O cálculo das indenizações a que se referem os §§1º e 2º
§1º As disposições da alínea ―b‖ do inciso II deste artigo não
deste artigo será efetuado pelo órgão encarregado das finanças da
se aplicam aos oficiais nomeados para os cargos de Chefe e Sub-
Corporação.
chefe da Casa Militar do Governo, de Comandante-Geral e Coman-
dante-Geral Adjunto da Polícia Militar e Comandante-Geral e Co-

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mandante-Geral Adjunto do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, Seção II
enquanto permanecerem no exercício desses cargos. Da Reforma

§2º Enquanto permanecer no exercício de cargo civil temporá- Art.187. A passagem do militar estadual à situação de inativi-
rio, não-eletivo, de que trata o inciso II deste artigo o militar estadu- dade, mediante reforma, se efetua ex officio.
al:
I - tem assegurado a opção entre os vencimentos do cargo ci-
vil e os do posto ou da graduação; Art.188. A reforma será aplicada ao militar estadual que:

II - somente poderá ser promovido por antiguidade; I - atingir a idade limite de 65 (sessenta e cinco) anos; (Nova re-
dação dada pela Lei nº 15.797/2015).
III - terá seu tempo de serviço computado apenas para a pro- II - for julgado incapaz definitivamente para o serviço ativo, ca-
moção de que trata o inciso anterior e para a inatividade. so em que fica o militar inativo obrigado a realizar avaliação por
junta médica da Corporação a cada 02 (dois) anos, para atestar que
§3º O órgão encarregado de pessoal da respectiva Corpora- sua invalidez permanece irreversível, respeitados os limites de
ção Militar deverá encaminhar à Junta de Saúde da Corporação, idade expostos no inciso I do art.182.
para os exames médicos necessários, os militares estaduais que III - for condenado à pena de reforma, prevista no Código Pe-
serão enquadrados nos itens I e II do caput deste artigo, pelo me- nal Militar, por sentença passada em julgado;
nos 60 (sessenta) dias antes da data em que os mesmos serão IV - sendo Oficial, tiver determinado o órgão de Segunda Ins-
transferidos ex officio para a reserva remunerada. tância da Justiça Militar Estadual, em julgamento, efetuado em
consequência do Conselho de Justificação a que foi submetido;
Art.183. A idade de 53 (cinquenta e três) anos a que se refere V - sendo Praça com estabilidade assegurada, for para tal in-
o caput do art.181 e as alíneas ―b‖, ―c‖ e ―d‖ do inciso II, do artigo dicado ao respectivo Comandante-Geral, em julgamento de Conse-
anterior, será exigida apenas do militar que ingressar na corporação lho de Disciplina.
a partir da publicação desta Lei.

§1º Excetua-se das ―idades-limites‖ de que trata o inciso I des-


Art.184. O militar estadual na reserva remunerada poderá ser te artigo o militar estadual enquanto revertido da inatividade para o
revertido ao serviço ativo, ex officio, quando da vigência de Estado desempenho de serviço ativo temporário, conforme disposto em lei
de Guerra, Estado do Sítio, Estado de Defesa, em caso de Mobili- específica, cuja reforma somente será aplicada ao ser novamente
zação ou de interesse da Segurança Pública. conduzido à inatividade por ter cessado o motivo de sua reversão
ou ao atingir a idade-limite de 70 (setenta) anos.
Art.185. Por aceitação voluntária, o militar estadual da reserva §2º Para os fins do que dispõem os incisos II e III deste artigo,
remunerada poderá ser designado para o serviço ativo, em caráter antes de se decidir pela aplicação da reforma, deverá ser julgada a
transitório, por ato do Governador do Estado, desde que aprovado possibilidade de aproveitamento ou readaptação do militar estadual
nos exames laboratoriais e em inspeção médica de saúde aos quais em outra atividade ou incumbência do serviço ativo compatível com
será previamente submetido, quando se fizer necessário o aprovei- a redução de sua capacidade.
tamento de conhecimentos técnicos e especializados do militar
estadual. Art.189. O órgão de recursos humanos da Corporação contro-
§1º O militar estadual designado nos termos deste artigo terá lará e manterá atualizada a relação dos militares estaduais relativas
os direitos e deveres dos da ativa de igual situação hierárquica, às ―idades limites‖ de permanência na reserva remunerada, a fim de
exceto quanto à promoção, a que não concorrerá. serem oportunamente reformados.
§2º A designação de que trata este artigo terá a duração ne- Parágrafo único. O militar estadual da reserva remunerada,
cessária ao cumprimento da atividade que a motivou, sendo compu- ao passar à condição de reformado, manterá todos os direitos e
tado esse tempo de serviço do militar. garantias asseguradas na condição anterior.

Art.186. Por aceitação voluntária, o militar estadual da reserva Art.190. A incapacidade definitiva pode sobrevir em conse-
remunerada poderá ser designado para o serviço ativo, em caráter quência de:
transitório, por ato do Governador do Estado, desde que aprovado I - ferimento recebido na preservação da ordem pública ou no
nos exames laboratoriais e em inspeção médica de saúde aos quais legítimo exercício da atuação militar estadual, mesmo não estando
será previamente submetido, para prestar serviço de segurança em serviço, visando à proteção do patrimônio ou à segurança pes-
patrimonial de próprios do Estado, conforme dispuser a lei específi- soal ou de terceiros em situação de risco, infortúnio ou de calami-
ca, sendo computado esse tempo de serviço do militar. dade, bem como em razão de enfermidade contraída nessa situa-
ção ou que nela tenha sua causa eficiente;
II - acidente em objeto de serviço;

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III - doença, moléstia ou enfermidade adquirida, com relação como também os da visão rudimentar que apenas permitam a per-
de causa e efeito inerente às condições de serviço; cepção de vultos, não suscetíveis de correção por lentes, nem re-
IV - tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, movíveis por tratamento médico cirúrgico.
cegueira, lepra, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia §9º O Atestado de Origem – AO e o Inquérito Sanitário de Ori-
grave, mal de Parkinson, mal de Alzeheimer, pênfigo, espondiloar- gem - ISO, de que trata este artigo, serão regulados por ato do
trose anquilosante, nefropatia grave, síndrome da imunodeficiência Comandante-Geral da Corporação.
adquirida deficiência e outras moléstias que a lei indicar com base §10. Para fins de que dispõe o inciso II do caput deste artigo,
nas conclusões da medicina especializada; considera-se acidente em objeto de serviço aquele ocorrido no
V - acidente ou doença, moléstia ou enfermidade, sem relação exercício de atividades profissionais inerentes ao serviço policial
de causa e efeito com o serviço; militar ou bombeiro militar ou ocorrido no trajeto casa-trabalho-casa.

§1º Os casos de que tratam os incisos I, II e III deste artigo se- Art.191. O militar estadual da ativa, julgado incapaz definiti-
rão provocados por atestado de origem ou inquérito sanitário de vamente por um dos motivos constantes no artigo anterior será
origem, sendo os termos do acidente, baixa ao hospital, prontuários reformado com qualquer tempo de contribuição.
de tratamento nas enfermarias e hospitais, laudo médico, perícia
médica e os registros de baixa, utilizados como meios subsidiários
para esclarecer a situação. Art.192. O militar estadual da ativa julgado incapaz definitiva-
mente por um dos motivos constantes do inciso I do art.190, será
§2º Nos casos de tuberculose, as Juntas de Saúde deverão reformado, com qualquer tempo de contribuição, com a remunera-
basear seus julgamentos, obrigatoriamente, em observações clíni- ção integral do posto ou da graduação de seu grau hierárquico.
cas, acompanhados de repetidos exames subsidiários, de modo a
comprovar, com segurança, o estado ativo da doença, após acom-
panhar sua evolução por até 03 (três) períodos de 6 (seis) meses de Art.193. O militar estadual da ativa, julgado incapaz definiti-
tratamento clínico-cirúrgico metódico, atualizado e, sempre que vamente por um dos motivos constantes dos incisos II, III, IV e V do
necessário, nosocomial, salvo quando se tratar de forma ―grande- art.190, será reformado:
mente avançadas‖, no conceito clínico e sem qualquer possibilidade I - com remuneração proporcional ao tempo de contribuição,
de regressão completa, as quais terão parecer imediato de incapa- desde que possa prover-se por meios de subsistência fora da Cor-
cidade definitiva. poração;
§3º O parecer definitivo adotado, nos casos de tuberculose, II - com remuneração integral do posto ou da graduação, des-
para os portadores de lesões aparentemente inativas, ficará condi- de que, com qualquer tempo de contribuição, seja considerado
cionado a um período de consolidação extranosocomial, nunca inválido, isto é, impossibilitado total e permanentemente para qual-
inferior a 06 (seis) meses, contados a partir da época da cura. quer trabalho.
§4º Considera-se alienação mental todo caso de distúrbio
mental ou neuromental grave persistente, no qual, esgotados os
Art. 194. O militar estadual reformado por incapacidade defini-
meios habituais de tratamento, permaneça alteração completa ou
tiva que for julgado apto em inspeção de saúde por junta superior,
considerável na personalidade, destruindo a auto determinação do
pragmatismo e tornando o indivíduo total e permanentemente im- em grau de recurso ou revisão, poderá retomar ao serviço ativo por
ato do Governador do Estado.
possibilitado para o serviço ativo militar.
§5º Ficam excluídas do conceito da alienação mental as epi- Parágrafo único. O retorno ao serviço ativo ocorrerá se o
tempo decorrido na situação de reformado não ultrapassar 2 (dois)
lepsias psíquicas e neurológicas, assim julgadas pela Junta de
Saúde. anos.

§6º Considera-se paralisia todo caso de neuropatia a mobili-


dade, sensibilidade, troficidade e mais funções nervosas, no qual, Art.195. O militar estadual reformado por alienação mental,
esgotados os meios habituais de tratamento, permanecem distúr- enquanto não ocorrer à designação judicial do curador, terá sua
bios graves, extensos e definitivos, que tornem o indivíduo total e remuneração paga aos beneficiários, legalmente reconhecidos,
permanentemente impossibilitado para o serviço ativo militar. desde que o tenham sob responsabilidade e lhe dispensem trata-
§7º São também equiparados às paralisias os casos de afec- mento humano e condigno.
ção ósteo-músculo-articulares graves e crônicos (reumatismo gra- §1º A interdição judicial do militar estadual, reformado por ali-
ves e crônicos ou progressivos e doença similares), nos quais esgo- enação mental, deverá ser providenciada, por iniciativa de benefici-
tados os meios habituais de tratamento, permaneçam distúrbios ários, parentes ou responsáveis, até 90 (noventa) dias a contar da
extensos e definitivos, quer ósteo-músculo-articulares residuais, data do ato da reforma.
quer secundários das funções nervosas, mobilidade, troficidade ou
mais funções que tornem o indivíduo total e permanentemente
§2º A interdição judicial do militar estadual e seu internamento
impossibilitado para o serviço ativo militar.
em instituição apropriada deverão ser providenciados pela respecti-
§8º São equiparados à cegueira, não só os casos de afecções va Corporação quando:
crônicas, progressivas e incuráveis, que conduzirão à cegueira total,
I - não houver beneficiários, parentes ou responsáveis;

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II - não forem satisfeitas as condições de tratamento exigidas §3º O cálculo das indenizações a que se referem os §§1º e 2º
neste artigo; deste artigo, será efetuado pela Organização Militar encarregada
III - não for atendido o prazo de que trata o §1º deste artigo. das finanças da Corporação.
§4º O militar estadual exonerado, a pedido, não terá direito a
qualquer remuneração, sendo a sua situação militar definida pela
§3º Os processos e os atos de registros de interdição do mili- Lei do Serviço Militar.
tar estadual terão andamento sumário e serão instruídos com laudo
proferido por Junta de Saúde, com isenção de custas. §5º O direito à exoneração, a pedido, pode ser suspenso na
vigência de Estado de Guerra, Estado de Sítio, Estado de Defesa,
calamidade pública, perturbação da ordem interna ou em caso de
Seção III mobilização.
Da Reforma Administrativo-Disciplinar §6º O militar estadual exonerado, a pedido, somente poderá
novamente ingressar na Polícia Militar ou no Corpo de Bombeiros
Militar, mediante a aprovação em novo concurso público e desde
Art.196. A reforma administrativo-disciplinar será aplicada ao
que, na data da inscrição, preencha todos os requisitos constantes
militar estadual, mediante processo regular, conforme disposto no desta Lei, de sua regulamentação e do edital respectivo.
Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e do Corpo de Bom-
beiros Militar do Ceará.
§7º Não será concedida a exoneração, a pedido, ao militar es-
tadual que:
Seção IV
I - estiver respondendo a Conselho de Justificação, Conselho
Da Demissão, da Exoneração e da Expulsão
de Disciplina ou Processo Administrativo-Disciplinar;
II - estiver cumprindo pena de qualquer natureza.
Art.197. A demissão do militar estadual se efetua ex officio.

Art.199. O militar estadual da ativa que tomar posse em cargo


Art.198. A exoneração a pedido será concedida mediante re- ou emprego público civil permanente será imediatamente, mediante
querimento do interessado: demissão ex officio, por esse motivo, transferido para a reserva,
I - sem indenização aos cofres públicos, quando contar com sem qualquer remuneração ou indenização.
mais de 05 (cinco) anos de oficialato do QOPM ou no QOBM na Há aqui uma aparente controvérsia, pois a demissão ocorre de forma ex
respectiva Corporação Militar Estadual, ou 3 (três) anos, quando se offício, todavia, aqui em tese o militar estaria pedindo para sair da Corpora-
tratar de Oficiais do QOSPM, QOCplPM, QOCPM e QOCBM, res- ção e não sendo excluído a força, e ainda tem a situação de reserva não
salvado o disposto no §1º deste artigo; remunerada que na realidade apenas serve de “status” e nada mais.
* Inciso I com a redação dada pela Lei nº 13.768, de 04/05/2006(DOE nº
085, 08/05/2006).
Art.200. Além do disposto nesta Lei, a demissão e a expulsão
II - sem indenização aos cofres públicos, quando contar com
do militar estadual, ex officio, por motivo disciplinar, é regulada pelo
mais de 3 (três) anos de graduado na respectiva Corporação Militar Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e do Corpo de Bom-
Estadual, ressalvado o disposto no §1º deste artigo; beiros Militar do Ceará.
III - com indenização das despesas relativas a sua preparação
Parágrafo único. O militar estadual que houver perdido o pos-
e formação, quando contar com menos de 05 (cinco) anos de oficia-
to e a patente ou a graduação, nas condições deste artigo, não terá
lato ou 3 (três) anos de graduado. direito a qualquer remuneração ou indenização, e terá a sua situa-
A exoneração é um dos tipos de desligamento do serviço ativo, feito medi- ção militar definida pela Lei do Serviço Militar.
ante requerimento do interessado, não podendo ocorrer de forma ex offício.
O cálculo das indenizações será efetuado pela Organização militar encar-
regada das finanças da Corporação. Art.201. O militar estadual da ativa que perder a nacionalidade
brasileira será submetido a processo judicial ou regular para fins de
demissão ex officio, por incompatibilidade com o disposto no inciso I
§1º No caso do militar estadual estar realizando ou haver con- do art.10 desta Lei.
cluído qualquer curso ou estágio de duração superior a 06 (seis)
meses e inferior ou igual a 18 (dezoito) meses, por conta do Estado,
e não tendo decorrido mais de 3 (três) anos do seu término, a exo- Seção V
neração somente será concedida mediante indenização de todas as Da Deserção
despesas correspondentes ao referido curso ou estágio.
§2º No caso do militar estadual estar realizando ou haver con- Art.202. A deserção do militar estadual acarreta interrupção
cluído curso ou estágio de duração superior a 18 (dezoito) meses, do serviço com a conseqüente perda da remuneração.
por conta do Estado, aplicar-se-á o disposto no parágrafo anterior,
se não houver decorrido mais de 5 (cinco) anos de seu término. §1º O Oficial ou a Praça, na condição de desertor, será agre-
gado ao seu Quadro ou Qualificação, na conformidade do art.172,

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inciso III, alínea ―g‖, até a decisão transitada em julgado e não terá Art.208. Lei específica, de iniciativa privativa do Governador
direito a remuneração referente a tempo não trabalhado. do Estado, estabelecerá os direitos relativos à pensão, destinada a
§2º O militar estadual desertor que for capturado, ou que se amparar os beneficiários do militar estadual desaparecido ou extra-
apresentar voluntariamente, será submetido à inspeção de saúde e viado.
aguardará a solução do processo.
§3º Compete à Justiça Militar Estadual processar e julgar o mi- CAPÍTULO III
litar estadual desertor, cabendo ao tribunal competente decidir so- DO TEMPO DE SERVIÇO E/OU CONTRIBUIÇÃO
bre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das
Praças.
§4º As demais disposições de que tratam esta Seção estão Art.209. Os militares estaduais começam a contar tempo de
estabelecidas em Lei Especial. serviço na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar do Ceará
a partir da data da sua inclusão no posto ou na graduação.

Seção VI
Parágrafo único. Considera-se como data da inclusão, para
Do Falecimento, do Desaparecimento e do Extravio fins deste artigo:
I - a data do ato em que o militar estadual é considerado inclu-
Art.203. O falecimento do militar estadual da ativa acarreta o ído em Organização Militar Estadual;
desligamento ou exclusão do serviço ativo, a partir da data da II - a data de matrícula em órgão de formação de militares es-
ocorrência do óbito. taduais;
O Art. 10, afirma que o curso de formação é apenas uma etapa do certame.
Art.204. É considerado desaparecido o militar estadual da ati- Já os arts. 59 e 209 mostram os alunos, em serviço ativo, com direito a
va que, no desempenho de qualquer serviço, em viagem, em ope- férias e contagem de tempo para efeito de aposentadoria, ou seja, há uma
rações policiais militares ou bombeiros militares ou em caso de aparente controvérsia.
calamidade pública, tiver paradeiro ignorado por mais de 08 (oito)
dias. III - a data da apresentação pronto para o serviço, no caso de
Parágrafo único. A situação de desaparecido só será consi- nomeação.
derada quando não houver indício de deserção.

Art.210. Na apuração do tempo de contribuição do militar es-


Art.205. O militar estadual que, na forma do artigo anterior, tadual será feita à distinção entre:
permanecer desaparecido por mais de 30 (trinta) dias, será conside- I - tempo de contribuição militar estadual;
rado oficialmente extraviado.
II - tempo de contribuição não militar.

Art.206. O extravio do militar estadual da ativa acarreta inter-


rupção do serviço militar estadual com o conseqüente afastamento §1º Será computado como tempo de contribuição militar:
temporário do serviço ativo, a partir da data em que o mesmo for I - todo o período que contribuiu como militar, podendo ser
oficialmente considerado extraviado. contínuo ou intercalado;
§1º O desligamento do serviço ativo será feito 06 (seis) meses II - o período de serviço ativo das Forças Armadas;
após a agregação por motivo de extravio. III - o tempo de contribuição relativo à outra Corporação Mili-
§2º Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, calami- tar;
dade pública ou outros acidentes oficialmente reconhecidos, o ex- IV - o tempo passado pelo militar estadual na reserva remune-
travio ou o desaparecimento do militar estadual da ativa será consi- rada, que for convocado para o exercício de funções militares na
derado como falecimento, para fins deste Estatuto, tão logo sejam forma do art.185 desta Lei;
esgotados os prazos máximos de possível sobrevivência ou quando
se deem por encerradas as providências de salvamento. V - licença especial e férias não usufruídas contadas em do-
bro, até 15 de dezembro de 1998.

Art.207. O reaparecimento do militar estadual extraviado ou


desaparecido, já desligado do serviço ativo, resulta em sua reinclu- §2º Será computado como tempo de contribuição não militar:
são e nova agregação, enquanto se apura as causas que deram I - o tempo de contribuição para o Regime Geral de Previdên-
origem ao seu afastamento. cia Social – RGPS;
Parágrafo único. O militar estadual reaparecido será subme- II - o tempo de contribuição para os Regimes Próprios de Pre-
tido a Conselho de Justificação, a Conselho de Disciplina ou a Pro- vidência Social, desde que não seja na qualidade de militar.
cesso Administrativo-Disciplinar.

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§3º O tempo de contribuição a que alude o caput deste artigo, TÍTULO VI
será apurado em anos, meses e dias, sendo o ano igual a 365 (tre- DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
zentos e sessenta e cinco) dias e o mês 30 (trinta) dias.
Art.215. Ao militar estadual são proibidas a sindicalização e a
§4º Para o cálculo de qualquer benefício previdenciário, de- greve.
pois de apurado o tempo de contribuição, este será convertido em
dias, vedada qualquer forma de arredondamento. §1º VETADO.

§5º A proporcionalidade dos proventos, com base no tempo de §2º O militar estadual poderá fazer parte de associações, sem
contribuição, é a fração, cujo numerador corresponde ao total de qualquer natureza sindical ou político-partidária, desde que não haja
dias de contribuição e o denominador, o tempo de dias necessário à prejuízo para o exercício do respectivo cargo ou função militar que
respectiva inatividade com proventos integrais, ou seja, 30 (trinta) ocupe na ativa.
anos que corresponde a 10.950 (dez mil novecentos e cinquenta) §3º O militar estadual da ativa quando investido em cargo ou
dias. função singular de dirigente máximo de associação que congregue
§6º O tempo de contribuição, será computado à vista de certi- o maior número de oficiais, de subtenentes e sargentos ou de cabos
dões passadas com base em folha de pagamento. e soldados, distintamente considerados e pré-definidos por eleições
internas, poderá ficar dispensado de suas funções para dedicar-se à
§7º O tempo de serviço considerado até 15 de dezembro de direção da entidade.
1998 para efeito de inatividade, será contado como tempo de con-
tribuição. §4º A garantia prevista no parágrafo anterior, além do cargo
singular de dirigente máximo, alcança um representante por cada
2.000 (dois mil) militares estaduais que congregue, não podendo
§8º Não é computável para efeito algum o tempo: ultrapassar a 03 (três) membros, além do dirigente máximo.
I - passado em licença para trato de interesse particular; (Ver art. §5º O disposto nos §§3º e 4º em nenhuma hipótese se aplica
62, parágrafo 2º) à entidade cuja direção máxima seja exercida por órgão colegiado.
II - passado como desertor; (Ver art. 202) * §§2º, 3º, 4º e 5º, acrescidos e enumerando-se como §1º o atual Pará-
grafo único, passando a vigorar com a redação pela Lei nº 13.768, de
III - decorrido em cumprimento de pena e suspensão de exer-
04/05/2006(DOE nº 085, 08/05/2006).
cício do posto, graduação, cargo ou função, por sentença passada
em julgado.
Art.216. O militar estadual, enquanto em serviço ativo, não
pode estar filiado a partido político.
Art.211. O tempo que o militar estadual vier a passar afastado
do exercício de suas funções, em consequência de ferimentos re- Ao participarem de uma greve, os militares estaduais podem ser responsabiliza-
cebidos em acidente quando em serviço, ou mesmo quando de dos por crimes de motim e insubordinação, previstos no Código Penal Militar
(Decreto-Lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969). O artigo 182, que trata do
folga, em razão da preservação de ordem pública, de proteção do
amotinamento, prevê pena de reclusão até três anos aos "cabeças" e detenção
patrimônio e da pessoa, visando à sua incolumidade em situações de até dois anos para quem participar. Oficiais que se abstiverem de tomar
de risco, infortúnio ou de calamidade, bem como em razão de mo- alguma providência também podem ser punidos. Podendo inclusive gera o
léstia adquirida no exercício de qualquer função militar estadual, desligamento da Corporação assim como prevê o Código Disciplinar dos milita-
será computado como se o tivesse no exercício efetivo daquelas res estaduais.
funções.

Art.217. Os militares estaduais são submetidos a regime de


Art.212. O tempo de serviço passado pelo militar estadual no tempo integral de serviço, inerente à natureza da atividade militar
exercício de atividades decorrentes ou dependentes de operações estadual, inteiramente devotada às finalidades e missões funda-
de guerra será regulado em legislação específica. mentais das Corporações Militares estaduais, sendo compensados
através de sua remuneração normal.
Art. 213. A data limite estabelecida para final da contagem dos §1º Em períodos de normalidade da vida social, em que não
anos de contribuição, para fins de passagem para a inatividade, haja necessidade específica de atuação dos militares em missões
será o término do período de 90 (noventa) dias posterior ao reque- de mais demorada duração e de mais denso emprego, os militares
rimento, no caso de reserva remunerada a pedido, ou a data da estaduais observarão a escala normal de serviço, alternada com
configuração das condições de implementação, no caso de reserva períodos de folga, estabelecida pelo Comando-Geral.
remunerada ex officio ou reforma." (NR). §2º No interesse da otimização da segurança pública e defesa
social do Estado, em períodos de normalidade, conforme definido
no parágrafo anterior, lei específica poderá estabelecer critérios,
Art.214. Na contagem do tempo de contribuição, não poderá
limites e condições para a utilização, a titulo de reforço para o servi-
ser computada qualquer superposição dos tempos de qualquer
ço operacional, dos efetivos disponíveis nas Corporações Militares,
natureza.
mediante a adesão voluntária do militar estadual que faça a opção
de participar de escala de serviço, durante parte do período de sua
folga.

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§3º Ao militar estadual que fizer a opção de que trata o pará- Art.220. O militar estadual que, embora efetivo e classificado
grafo anterior e que efetivamente participe do serviço para o qual foi no Quadro de Organização e Distribuição de uma Organização
escalado, a lei deverá assegurar, como retribuição, vantagem pecu- Policial Militar ou Bombeiro Militar, venha a exercer atividade funci-
niária, eventual, compensatória e específica, não incorporável à onal em outra Organização Militar, ficará na situação de adido.
remuneração normal.
Art.221. Fica assegurado ao militar estadual que, até a publi-
§4º Em nenhuma hipótese aplicar-se-á o disposto nos pará- cação desta Lei, tenha completado, no mínimo, 1/3 (um terço) do
grafos anteriores, quando o efetivo da Corporação Militar estiver, no interstício no posto ou graduação exigido pela Lei nº 10.273, de 22
todo ou em parte, mobilizado pelo Comando-Geral para emprego de junho de 1979, e pelos Decretos nºs. 13.503, de 26 de outubro
em regime de tempo integral de serviço, na conformidade do caput, de 1979, e 26.472, de 20 de dezembro de 2001, o direito de concor-
especialmente por ocasião de: rer ao posto ou à graduação subsequente, na primeira promoção
I - estado de defesa ou estado de sítio; que vier a ocorrer após a publicação desta Lei.
II - catástrofe, grande acidente, incêndio, inundação, seca, ca- Parágrafo único. O cômputo da pontuação para a promoção
lamidade ou sua iminência; de que trata o caput será feito na conformidade das normas em
vigor antes da vigência.
III - rebelião, fuga e invasão;
IV - sequestro e crise de alta complexidade;
Art.222. Para fins de contagem de pontos para promoção de
V - greve, mobilização, protesto e agitação que causem grave militares estaduais, serão considerados equivalentes ao Código
perturbação da ordem pública ou ensejem ameaça disso; Disciplinar da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do
VI - evento social, festivo, artístico ou esportivo que cause Ceará as seguintes punições disciplinares de que tratam, respecti-
grande aglomeração de pessoas; vamente, os revogados Regulamentos Disciplinares da Polícia
VII - quaisquer outros eventos ou ocorrências que o Comando- Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará:
Geral identifique como de ameaça à preservação da ordem pública I – repreensão – repreensão;
e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. II – detenção – permanência disciplinar;
Nestes casos o militar é convocado, pois há a necessidade urgente do III – prisão – custódia disciplinar.
emprego de uma maior efetivo de militares estaduais, sendo que o militar
não receberá qualquer tipo de gratificação financeira ou pecuniária.
Art.223. Para fins de cancelamento de punições disciplinares,
aplica-se a equivalência prevista no artigo anterior, obedecidos os
Art.218. Os critérios para nomeação e funcionamento de Jun-
prazos e demais condições estabelecidas no Código Disciplinar da
ta de Saúde e Junta Superior de Saúde da Corporação serão regu-
Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará.
lados, no prazo de 60 (sessenta) dias após aprovação desta Lei, por
meio de Decreto do Governador do Estado.
Art.224. Os remanejamentos funcionais, inclusive os de cará-
ter temporário, que devem acontecer dentro dos originais interesses
Art.219. Os critérios para julgamento da capacidade para o
institucionais quanto à conveniência organizacional ou operacional,
serviço ativo, bem como a possibilidade da readaptação do militar
observarão o equilíbrio da relação custo-benefício dos investimen-
estadual para outra atividade dentro da Corporação quando reduzi-
tos que foram efetivados em programas de capacitação técnico-
da sua capacidade, em razão de ferimento, acidente ou doença
profissional, dentro de regras estabelecidas em Decreto do Chefe
serão regulamentados por Decreto.
do Poder Executivo.

§1º Sob pena de responsabilidade penal, administrativa e civil,


Art.225. Excluem-se da exigência da letra ―g‖ do inciso I do
os integrantes de Junta de Saúde e de Junta Superior de Saúde da
art.24 os atuais 1º Sargentos e Subtenentes, na data de publicação
Corporação Militar deverão investigar a fundo a efetiva procedência
desta Lei.
da doença informada ou alegada pelo militar interessado, mesmo
que apoiado em atestado ou laudo médico particular, sempre que a
natureza da enfermidade permitir fraude que possibilite o afasta- Art.226. É vedado o uso, por parte de sociedade simples ou
mento gracioso do serviço ativo militar. empresária ou de organização civil, de designação que possa suge-
§2º O militar interessado flagrado na prática de fraude nas rir sua vinculação às Corporações Militares estaduais.
condições previstas no parágrafo anterior terá sua responsabilidade Parágrafo único. Excetua-se das prescrições deste artigo, as
penal, administrativa e civil devidamente apurada. associações, clubes e círculos que congregam membros das Corpo-
§3º Todos os repousos médicos por período superior a 03 rações Militares e que se destinem, exclusivamente, a promover
(três) dias deverão ser avaliados criteriosamente pelas Junta de intercâmbio social, recreativo e assistencial entre militares estaduais
Saúde ou Junta Superior de Saúde da Corporação Militar, mesmo e seus familiares e entre esses e a sociedade, e os conveniados
quando apoiados em atestado ou laudo médico particular. com o Comando-Geral da Corporação.

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Aqui no Estado temos diversas associais que congregam os militares
estaduais, como: Associação do Cabos e Soldados, associação dos profis- LEI COMPLEMENTAR Nº 098,
sionais de segurança pública, associação dos Subtenentes e Sargentos,
associação dos Oficiais, dentre outras.
DE 13 DE JUNHO DE 2011
Alterada pela Lei Complementar nº 104, de 06 de Dezembro de 2011. Publica-
da no Diário Oficial do Estado nº 239, Fortaleza, 16 de Dezembro de 2011.
Art.227. No que tange aos deveres e obrigações, além dos já
estabelecidos nesta Lei, aplica-se ao militar estadual o disposto no Dispõe sobre a criação da Controladoria Geral de Discipli-
Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e do Corpo de Bom- na dos órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário,
beiros Militar do Ceará. Acrescenta dispositivo à Lei nº 13.875, de 7 de Fevereiro de 2007 e
dá outras providências.
Parágrafo único. A Lei nº 10.237, de 18 de dezembro de
1978, com suas alterações, permanece em vigor, dispondo sobre o
Serviço de Assistência Religiosa aos Militares Estaduais, salvo O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ. Faço saber que
quanto aos seus arts.9.º, 10, 11 e 12, que ficam revogados. a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei
Complementar:
Art.1º Fica criada, no âmbito da Administração Direta do Po-
Art.228. Aplica-se à matéria não regulada nesta Lei, subsidia-
der Executivo Estadual, a Controladoria Geral de Disciplina dos
riamente e no que couber, a legislação em vigor para o Exército
Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado do
Brasileiro.
Ceará, com autonomia administrativa e financeira, com a compe-
Somente haverá aplicação da legislação do Exercito brasileiro aos militares tência para realizar, requisitar e avocar sindicâncias e processos
estaduais à matéria não abrangida por este Estatuto. administrativos para apurar a responsabilidade disciplinar dos servi-
dores integrantes do grupo de atividade de polícia judiciária, polici-
ais militares, bombeiros militares e agentes penitenciários, visando
Art.229. O disposto nesta Lei não se aplica ao soldado tempo-
o incremento da transparência da gestão governamental, o combate
rário, do qual trata a Lei nº13.326, de 15 de julho de 2003, e sua
à corrupção e ao abuso no exercício da atividade policial ou de
regulamentação.
segurança penitenciaria, buscando uma maior eficiência dos servi-
ços policiais e de segurança penitenciária, prestados à sociedade.
Art.230. Permanece em vigor o disposto na Lei nº13.035, de A administração direta consiste na prossecução das atividades e funções
30 de junho de 2005, salvo no que conflitar com as disposições do Estado diretamente por órgãos do próprio Estado.
desta Lei. Nos últimos anos, tem sido objeto de constante preocupação por parte do
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput à legislação Governo do Estado o alcance da eficácia dos serviços de segurança públi-
em vigor, decorrente da Lei nº13.035, de 30 de junho de 2005, que ca prestados à população, bem como a disciplina de seus servidores,
trata da remuneração dos militares estaduais. diante disse o Governo decidiu pela criação de um órgão externo de con-
trole disciplinar; A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segu-
rança Pública e Sistema Penitenciário.
Art.231. Ficam revogadas as Leis nº10.072, de 20 de dezem-
bro de 1976, nº10.186, de 26 de junho de 1976, nº10.273, de 22 de Parágrafo único. A Controladoria Geral de Disciplina poderá
junho de 1979, nº10.236, de 15 de dezembro de 1978, e as altera- avocar qualquer processo administrativo disciplinar ou sindicância,
ções dessas Leis, e todas as disposições contrárias a este Estatuto. ainda em andamento, passando a conduzi-los a partir da fase em
que se encontram.
A CGD é um órgão de primeiro escalão do Governo, uma secretaria de
Art.232. Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias após a sua Estado vinculada somente ao Governador, que trabalha na seara da res-
publicação. ponsabilização administrativa disciplinar de agentes públicos específicos.
PALÁCIO IRACEMA DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 11 de janeiro de 2006.
Lúcio Gonçalo de Alcântara GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
Art.2º Os trabalhos da Controladoria Geral de Disciplina serão
executados por meio de atividades preventivas, educativas, de
auditorias administrativas, inspeções in loco, correições, sindicân-
cias, processos administrativos disciplinares civis e militares em que
deverá ser assegurado o direito de ampla defesa, visando sempre à
melhoria e o aperfeiçoamento da disciplina, a regularidade e eficá-
cia dos serviços prestados à população, o respeito ao cidadão, às
normas e regulamentos, aos direitos humanos, ao combate a desvi-
os de condutas e à corrupção dos servidores abrangidos por esta
Lei Complementar.
A CGD atua em diversas ações, dentre as quais as de orientação e de
ensino, pois são de caráter preventivo, visto o potencial de evitar ou mini-
mizar substancialmente futuras irregularidades disciplinares, todavia, por
ser um órgão disciplinar também atuará em auditorias administrativas,

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inspeções in loco (no lugar), correições, sindicâncias e nos mais diversos XII - ter acesso a qualquer banco de dados de caráter público
processos administrativos disciplinares. no âmbito do Poder Executivo do Estado, bem como aos locais que
guardem pertinência com suas atribuições;
Art.3º São atribuições institucionais da Controladoria Geral de XIII - manter contato constante com os vários órgãos do Esta-
Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciá- do, estimulando-os a atuar em permanente sintonia com as atribui-
rio do Estado do Ceará: ções da Controladoria Geral de Disciplina e apoiar os órgãos de
I - exercer as funções de orientação, controle, acompanha- controle externo no exercício de suas missões institucionais, inclusi-
mento, investigação, auditoria, processamento e punição disciplina- ve firmando convênios e parcerias;
res das atividades desenvolvidas pelos servidores integrantes do XIV - participar e colaborar com a Academia Estadual de Se-
grupo de atividade de polícia judiciária, policiais militares, bombeiros gurança Pública – AESP, na elaboração de planos de capacitação,
militares e agentes penitenciários, sem prejuízo das atribuições bem como na promoção de cursos de formação, aperfeiçoamento e
institucionais destes órgãos, previstas em lei; especialização relacionados com as atividades desenvolvidas pelo
II - aplicar e acompanhar o cumprimento de punições discipli- Órgão;
nares; No contexto educacional, a CGD visa o aperfeiçoamento da disciplina nos
III - realizar correições, inspeções, vistorias e auditorias admi- órgãos de segurança pública e no sistema penitenciário, pautadas nas
nistrativas, visando à verificação da regularidade e eficácia dos ações educativas, de integração interinstitucional, do respeito aos direitos
serviços, e a proposição de medidas, bem como a sugestão de humanos, aos valores éticos e da legalidade, buscando orientar a boa
conduta comportamental, colaborando com o processo de preparação e
providências necessárias ao seu aprimoramento;
aperfeiçoamento dos profissionais de segurança pública. Dentre todas as
IV - instaurar, proceder e acompanhar, de ofício ou por deter- funções atribuídas a CGD, entendo que as mais importantes são as de
minação do Governador do Estado, os processos administrativos orientação e de ensino, pois são de caráter preventivo, visto o potencial de
disciplinares, civis ou militares para apuração de responsabilidades; evitar ou minimizar substancialmente futuras irregularidades disciplinares.
V - requisitar a instauração e acompanhar as sindicâncias para
a apuração de fatos ou transgressões disciplinares praticadas por XV - auxiliar os órgãos estaduais nas atividades de investiga-
servidores integrantes do grupo de atividade de polícia judiciária, ção social dos candidatos aprovados em concurso público para
policiais militares, bombeiros militares, servidores da Perícia Foren- provimento de cargos;
se, e agentes penitenciários; XVI - expedir recomendações e provimentos de caráter correi-
VI - avocar quaisquer processos administrativos disciplinares, cional.
sindicâncias civis e militares, para serem apurados e processados A CGD atua em três eixos básicos: o 1º eixo é voltado ao atendimento no
pela Controladoria Geral de Disciplina; campo da inteligência, daquelas demandas de maior potencial ofensivo
VII - requisitar diretamente aos órgãos da Secretaria de Segu- (delitos ligados a grupos de extermínio, homicídios, sequestros e extorsão),
rança Pública e de Defesa Social e da Secretaria de Justiça e Cida- Que exigem investigações mais meticulosas para serem encaminhadas ao
Ministério Público ou outros órgãos competentes. O 2º eixo é direcionado à
dania toda e qualquer informação ou documentação necessária ao
concentração de esforços no intuito de dar celeridade aos processos oriun-
desempenho de suas atividades de orientação, controle, acompa-
dos da antiga Corregedoria, para dar melhores respostas á Sociedade. O
nhamento, investigação, auditoria, processamento e punição disci- 3º eixo concentra seus esforços nas questões relacionadas à prevenção de
plinares; pequenos e médios delitos, objetivando desestimular àqueles que são
VIII - criar grupos de trabalho ou comissões, de caráter transi- afetos ao abuso de autoridade, improbidade administrativa e outras infra-
tório, para atuar em projetos e programas específicos, podendo ções.
contar com a participação de outros órgãos e entidades da Adminis-
tração Pública Estadual, Federal e Municipal;‖ (Nova redação dada pelo
art. 1º da Lei Complementar nº 104/11).
§1º Para cumprimento de suas atribuições, a Controladoria
Geral de Disciplina poderá requisitar, no âmbito do Poder Executivo,
IX - acessar diretamente quaisquer bancos de dados funcio- documentos públicos necessários à elucidação e/ou constatação de
nais dos integrantes da Secretaria da Segurança Pública e Defesa fatos objeto de apuração ou investigação, sendo assinalados prazos
Social e da Secretaria de Justiça e Cidadania; não inferiores a 5 (cinco) dias para a prestação de informações,
X - encaminhar à Procuradoria Geral de Justiça do Estado có- requisição de documentos públicos e realização de diligências.
pia dos procedimentos e/ou processos cuja conduta apurada, tam- §2º O descumprimento do disposto no parágrafo anterior en-
bém constitua ou apresente indícios de ilícitos penais e/ou improbi- sejará a apuração da responsabilidade do infrator e, em sendo o
dade administrativa, e a Procuradoria Geral do Estado todos que caso de improbidade administrativa, comunicação ao Ministério
recomendem medida judicial e/ou ressarcimento ao erário; Público.
XI - receber sugestões, reclamações, representações e de- §3º Quando se tratar de documentos de caráter sigiloso, re-
núncias, em desfavor dos servidores integrantes do grupo de ativi- servado ou confidencial, será anunciado com estas classificações,
dade de polícia judiciária, policiais militares, bombeiros militares, devendo ser rigorosamente observadas às normas legais, sob pena
servidores da Perícia Forense, e agentes penitenciários, com vistas de responsabilidade de quem os violar.
ao esclarecimento dos fatos e a responsabilização dos seus auto-
res;
Art.4º Fica criado o Cargo de Controlador Geral de Disciplina,
de provimento em comissão, equiparado a Secretário de Estado, de

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livre nomeação e exoneração pelo Governador do Estado, escolhido XII - representar pela instauração de inquérito policial civil ou
dentre profissionais bacharéis em Direito, de conduta ilibada, sem militar visando à apuração de ilícitos, acompanhando a documenta-
vínculo funcional com os órgãos que compõem a Secretaria da ção que dispuser;
Segurança Pública e Defesa Social e a Secretaria de Justiça e XIII - expedir provimentos correcionais ou de cunho recomen-
Cidadania. datórios;
O dirigente maior da CGD de nomina a lei de Controlador Geral de Discipli- XIV - integrar o Conselho de Segurança Pública previsto na
na, cargo em comissão equiparado a secretário de Estado, de livre nomea- Constituição do Estado do Ceará;
ção e exoneração do Chefe do Executivo Estadual, escolhido dentre profis-
sionais bacharéis em Direito, de conduta ilibada, sem vinculo funcional com XV - instaurar o Conselho de Disciplina e o Conselho de Justi-
os órgãos que compões a Secretaria de Segurança Pública e Defesa ficação, de acordo com o art.77 da Lei nº13.407, de 21 de novembro
Social e da Secretaria de Justiça e Cidadania. de 2003;
XVI - editar e praticar os atos normativos inerentes às suas
Art.5º São atribuições do Controlador Geral de Disciplina: atribuições, bem como exercer outras atribuições correlatas ou que
I - o controle, o acompanhamento, a investigação, a auditoria, lhe venham a ser atribuídas, ou as delegadas pelo Governador do
o processamento e a punição disciplinar das atividades desenvolvi- Estado, além das atribuições previstas nos arts.82 e 84 da Lei
das pelos policiais civis, policiais militares, bombeiros militares e nº13.875, de 7 de fevereiro de 2007.
agentes penitenciários; XVII – constituir comissões formadas por um militar e um ser-
II - dirigir, definir, planejar, controlar, orientar e estabelecer as vidor civil estável para apurarem, em sede de sindicância, fatos que
políticas, as diretrizes e as normas de organização interna, bem envolvam, nas mesmas circunstâncias, servidores civis e militares
como as atividades desenvolvidas pelo Órgão; estaduais; (Nova redação dada pelo art. 2º da Lei Complementar nº 104/11).
III - assessorar o Governador do Estado nos assuntos de sua XVIII – delegar a apuração de transgressões disciplinares.‖
(Nova redação dada pelo art. 2º da Lei Complementar nº 104/11).
competência, elaborando pareceres e estudos ou propondo normas,
medidas e diretrizes, inclusive medidas de caráter administrati-
Art.6º Fica criado o Cargo de Controlador Geral Adjunto de
vo/disciplinar;
Disciplina, de provimento em comissão, de livre nomeação e exone-
IV - fixar a interpretação dos atos normativos disciplinares de ração pelo Governador do Estado, escolhido dentre Bacharéis em
sua competência, editando recomendações a serem uniformemente Direito, de reputação ilibada, sendo o substituto do Controlador
seguidas pelos Órgãos e entidades subordinados à Secretaria da Geral em suas ausências e impedimentos, com atribuições previs-
Segurança Pública e Defesa Social e à Secretaria de Justiça e tas na forma dos arts.83 e 84 da Lei 13.875, de 7 de fevereiro de
Cidadania; 2007.
V - unificar a jurisprudência administrativa/disciplinar de sua
competência, garantindo a correta aplicação das leis, prevenindo e Art.7º Fica criado o Cargo de Secretário Executivo de Discipli-
dirimindo as eventuais controvérsias entre os órgãos subordinados na, de provimento em comissão, de livre nomeação e exoneração
à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social e à Secretaria pelo Governador do Estado.
de Justiça e Cidadania;
VI - editar enunciados de súmula administrativa/disciplinar de Art.8º A estrutura organizacional da Controladoria Geral de
sua competência, resultantes de jurisprudência iterativa dos Tribu- Disciplina será definida em Decreto do Chefe do Poder Executivo.
nais e das manifestações da Procuradoria Geral do Estado;
VII - dispor sobre o Regimento Interno da Controladoria Geral Art.9º O Controlador Geral de Disciplina, atendendo solicita-
de Disciplina, a ser aprovado por Decreto do Chefe do Poder Exe- ção do Controlador Geral Adjunto e/ou dos Coordenadores de Dis-
cutivo; ciplina, poderá, em caráter especial, designar integrantes das Co-
VIII - processar as sindicâncias e processos administrativos missões Permanentes Civil ou Militar, para comporem Comissão de
disciplinares civis e militares avocados pela Controladoria Geral de Processos Administrativos, Conselhos de Disciplina e/ou Justifica-
Disciplina e aplicar quaisquer penalidades, salvo as de demissão; ção.
IX - ratificar ou anular decisões de sindicâncias e de processos
administrativos disciplinares de sua competência, ressalvadas as Art.10. O Controlador Geral de Disciplina, poderá solicitar ao
proferidas pelo Governador do Estado; Governador do Estado a cessão de Oficiais das Forças Armadas,
X - convocar quaisquer servidores públicos estaduais para Oficiais de outras Polícias Militares Estaduais, Procuradores de
prestarem informações e esclarecimentos, no exercício de sua Estado, Membros da Carreira da Advocacia Geral da União, Dele-
competência, configurando infração disciplinar o não compareci- gados da Polícia Federal ou outros Servidores Estaduais, Munici-
mento; pais e Federais, para comporem Comissão de Processo Administra-
tivo Disciplinar, Conselhos de Disciplina e/ou Justificação.
XI - requisitar servidores dos órgãos estaduais, para o desem-
penho das atividades da Controladoria Geral de Disciplina sendo-
lhes assegurados todos os direitos e vantagens a que fazem jus no Art.11. Ficam criadas Comissões Civis Permanentes de Pro-
órgão ou entidade de origem, inclusive a promoção; cessos Disciplinares, compostas por 3 (três) membros, que serão
indicados mediante ato do Controlador Geral de Disciplina, ou a

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quem por delegação couber, dentre Delegados de Polícia ou Servi- I - realizar atividades de fiscalização operacional, bem como
dores Públicos Estáveis, sendo: outras necessárias investigações;
I - um presidente; II - realizar correições preventivas e repressivas, por meio de
II - um secretário; inspeções em instalações, viaturas e unidades;
III - um membro. III - apurar condutas atribuídas a servidores civis, militares e
bombeiros militares estaduais de que trata esta Lei Complementar,
inclusive, a observância dos aspectos relativos a jornada de traba-
§1º Os relatórios finais dos processos administrativos discipli- lho, área de atuação, apresentação pessoal, postura e compostura,
nares serão decididos pelo Controlador-Geral de Disciplina, antes bem como a legalidade de suas ações;
do envio para publicação ou, se for o caso, do envio ao Governador
do Estado, para decisão que seja de competência legal; podendo IV - observar a utilização regular e adequada de bens e equi-
este determinar quaisquer outras providências que se fizerem ne- pamentos, especialmente de proteção a defesa, armamento e mu-
cessárias à regularidade do processo e decisão. nição;
§2º Nos processos administrativos disciplinares em que a pe- V - exercer outras atribuições que lhe forem delegadas pelo
na seja a de demissão, após decididos pelo Controlador-Geral de Controlador Geral.
Disciplina e, antes do envio ao Governador do Estado, deverá ser O GTAC é uma Coordenação da CGD diretamente subordinada ao Contro-
encaminhado para a Procuradoria Geral do Estado, com o fito de lador-Geral, com a missão prioritariamente preventiva e educativa, realiza-
atestar a regularidade do procedimento.‖ (Nova redação dada pelo art. 3º das por meio de fiscalizações e inspeções consoante planejamento próprio
da Lei Complementar nº 104/11). da CGD. Esta atuação não obsta, contudo, a realização de ações repressi-
vas decorrentes do entendimento mútuo entre Controlador e o Secretário
de Segurança, Secretário de Justiça ou as chefias e Comandos dos órgãos
Art.12. Fica autorizada a criação, por ato do Controlador-Geral
vinculados a SSPDS, visando à otimização e eficácia dos meios emprega-
de Disciplina, de Conselhos Militares Permanentes de Justificação, dos no desempenho das ações de fiscalização.
compostos, cada um, por 3 (três) Oficiais, sejam Militares e Bombei-
ros Militares Estaduais, ou das Forças Armadas, dos quais, um
Oficial Superior, recaindo sobre o mais antigo a presidência da Art.15. Os policiais civis, militares e bombeiros militares esta-
comissão outro atuará como interrogante e o último como relator e duais e outros servidores que desempenhem suas atividades na
escrivão.‖ (Nova redação dada pelo art. 4º da Lei Complementar nº 104/11). Controladora Geral de Disciplina, inclusive os presidentes, membros
e secretários das Comissões Civis Permanentes e dos Conselhos
Os Conselhos Militares Permanentes de Justificação, dirigido a apuração de Disciplina e de Justificação, terão seu desempenho e produtivi-
dos desvios de conduta dos oficiais são compostos, cada um, por 03 (três) dade avaliados mensalmente e consolidado anualmente, com base
oficiais, militares e/ou bombeiros militares estaduais, ou das Forças arma-
nos seguintes critérios sem prejuízo de outros estabelecidos em
das, dos quais um deverá ser oficial superior, recaindo sobre o mais antigo
a presidência.. regulamento:
I - assiduidade, urbanidade, pontualidade e produtividade;
Art.13. Fica autorizada a criação, por ato do Controlador Ge- II - correção formal e jurídica dos processos administrativos e
ral de Disciplina, de Conselhos Militares Permanente de Disciplina, sindicâncias;
compostos, cada um, por 3 (três) Oficiais, sejam Militares e Bombei- III - cumprimento dos prazos processuais administrativos;
ros Militares Estaduais, ou das Forças Armadas, dos quais, um
Oficial Intermediário, recaindo sobre o mais antigo a presidência da IV - cumprimento dos planos de metas e das tarefas determi-
Comissão, outro atuará como interrogante e o último como relator e nadas pelo Controlador Geral.
escrivão.‖ (Nova redação dada pelo art. 5º da Lei Complementar nº 104/11).
Art.16. Cabe ao Controlador Geral de Disciplina, ao Secretário
Os Conselhos Militares Permanentes de Disciplina, dirigido a apuração dos
desvios de conduta das Praças são compostos, cada um, por 03 (três)
da Justiça e Cidadania, ao Secretario da Segurança Pública e Defe-
oficiais, militares e/ou bombeiros militares estaduais, ou das Forças arma- sa Social e aos Comandantes Gerais da Polícia Militar e do Corpo
das, dos quais um deverá ser oficial intermediário, recaindo sobre o mais de Bombeiros Militar, respectivamente, a informação do oficial ou da
antigo a presidência.. praça a ser submetido a Conselho de Justificação e de Disciplina,
acompanhada da documentação necessária.
Parágrafo único. Quando a apuração dos fatos praticados por
policiais militares e bombeiros militares estaduais revelar conexão, Art.17. Cabe ao Controlador Geral de Disciplina, ao Secretário
sobretudo envolvendo praças estáveis e não estáveis, a competên- da Justiça e Cidadania, ao Secretário da Segurança Pública e Defe-
cia para apuração será do Conselho de Disciplina previsto no caput sa Social e quando for o caso, ao Delegado Geral da Polícia Civil,
deste artigo. ao Perito Geral da Perícia Forense do Estado do Ceará e ao Diretor
da Academia Estadual de Segurança Pública, respectivamente, a
Art.14. Fica criada, no âmbito da Controladoria Geral de Dis- informação do servidor a ser submetido a sindicância ou a processo
ciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário administrativo disciplinar, acompanhada da documentação necessá-
do Estado do Ceará o Grupo Tático de Atividade Correicional – ria.
GTAC, com as seguintes competências:

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Art.18. Compete ao Governador do Estado e ao Controlador DISPOSIÇÕES FINAIS
Geral, sem prejuízo das demais autoridades legalmente competen- E TRANSITÓRIAS
tes, afastar preventivamente das funções os servidores integrantes
do grupo de atividade de polícia judiciária, policiais militares, bom- Art.19. Os policiais civis e os militares e os bombeiros milita-
beiros militares e agentes penitenciários que estejam submetidos à res estaduais requisitados para servir na Controladoria Geral de
sindicância ou processo administrativo disciplinar, por prática de ato Disciplina serão considerados, para todos os efeitos, como no exer-
incompatível com a função pública, no caso de clamor público ou cício regular de suas funções de natureza policial civil, policial militar
quando necessário á garantia da ordem pública, à instrução regular ou bombeiro militar.
da sindicância ou do processo administrativo disciplinar e à viabili-
zação da correta aplicação de sanção disciplinar. Art.20. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a instituir
§1º O afastamento de que trata o caput deste artigo é ato dis- o Conselho de Disciplina e Correição dos Órgãos de Segurança
cricionário, atendendo à sugestão fundamentada do Secretário da Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará, cuja composi-
Segurança Pública e Defesa Social e do Secretário de Justiça e ção e atribuições constarão de Decreto do Chefe do Poder Executi-
Cidadania, do Controlador Geral Adjunto, dos Coordenadores de vo.
Disciplina Militar e Civil e dos Presidentes de Comissão. Parágrafo único. Será assegurado aos Membros integrantes
§2º O afastamento das funções implicará na suspensão do do Conselho previsto no caput deste artigo, o pagamento de verba
pagamento das vantagens financeiras de natureza eventual, e das indenizatória, por presença em sessão, equivalente a R$2.000,00
prerrogativas funcionais dos servidores integrantes do grupo de (dois mil reais), ficando o pagamento limitado ao máximo de 2 (du-
atividade de polícia judiciária, policiais militares, bombeiros militares as) sessões mensais.
e agentes penitenciários, podendo perdurar a suspensão por até
120 (cento e vinte) dias, prorrogável uma única vez, por igual perío- Art.21. Fica instituída a Gratificação por Atividade Disciplinar e
do. Correição - GADC, não cumulativa, devida pelo exercício:
§3º Os servidores dos Órgãos vinculados à Secretaria da Se- I - das atribuições de Presidente e Membro de Comissões
gurança Pública e Defesa Social e os agentes penitenciários afas- Permanentes ou Especiais de Processos Administrativos Disciplina-
tados de suas funções, ficarão à disposição da unidade de Recur- res Civis e de Conselhos Militares, no valor de RS 2.000,00 (dois mil
sos Humanos a que estiverem vinculados, que deverá reter a identi- reais);
ficação funcional, distintivo, arma, algema ou qualquer outro instru- II - das atribuições de Presidentes de Sindicância, no valor de
mento funcional que esteja em posse do servidor, e remeter à Con- R$1.200,00 (um mil e duzentos reais);
troladoria Geral de Disciplina cópia do ato de retenção, por meio
digital, e relatório de sua frequência. III – das atividades desenvolvidas no GTAC, no valor de
R$2.000,00 (dois mil reais) para oficiais, delegados e peritos;
§4º Os processos administrativos disciplinares em que haja
suspensão tramitarão em regime de prioridade nas respectivas IV – das atividades desenvolvidas no GTAC, no valor de
Comissões e Conselhos. R$1.200,00 (um mil e duzentos reais) para as praças, policiais civis
e servidores civis;
§5º Findo o prazo do afastamento sem a conclusão do pro-
cesso administrativo, os servidores mencionados nos parágrafos V – das atividades desenvolvidas na Coordenação de Inteli-
anteriores retornarão às atividades meramente administrativas, com gência, no valor de R$1.200,00 (um mil e duzentos reais) para as
restrição ao uso e porte de arma, até decisão do mérito disciplinar, praças, policiais civis e servidores civis;
devendo o referido setor competente remeter à Controladoria Geral
de Disciplina relatório de frequência e sumário de atividades por §1º As gratificações previstas nos itens III e IV do caput deste
estes desenvolvidas, por meio digital. artigo serão concedidas exclusivamente aos servidores lotados e
§6º O período de afastamento das funções será computado, em exercício no Grupo Tático de Atividades Correicionais e na
para todos os efeitos legais, como de efetivo exercício, salvo para Coordenadoria de Inteligência da Controladoria Geral de Disciplina
fins de promoção, seja por merecimento ou por antiguidade. dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário,
que exerçam atividades típicas de inteligência ou contribuam dire-
§7º Na hipótese de decisão de mérito favorável ao servidor, tamente para a atividade-fim e preencham os seguintes requisitos:
cessarão, após a publicação, as restrições impostas, sendo o tempo
de suspensão computado retroativamente para fim de promoção por I – exerçam atividades que necessitem estar de sobreaviso,
merecimento e antiguidade. em razão da necessidade do exercício permanente de atividades
especializadas;
§8º A autoridade que determinar a instauração ou presidir pro-
cesso administrativo disciplinar, bem como as Comissões e Conse- II – exerçam atividades em escalas de serviços em reveza-
lhos, poderão, a qualquer tempo, propor, de forma fundamentada, mento, e os que na mesma condição estejam sujeitos a permanen-
ao Controlador Geral a aplicação de afastamento preventivo ou tes acionamentos de urgência.
cessação de seus efeitos. §2º As gratificações de que trata este artigo serão concedidas
por ato do Controlador-Geral de Disciplina, não sendo essas acu-
muláveis entre si.‖ (Nova redação dada pelo art. 6º da Lei Complementar nº
104/11).

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Art.22. Ficam criados 46 (quarenta e seis) Cargos de Direção §3º Fica autorizada a transferência para a Controladoria Geral
e Assessoramento Superior, sendo 7 (sete) símbolo DNS-2, 23 de Disciplina, dos bens patrimoniais, móveis, equipamentos, insta-
(vinte e três) símbolo DNS-3, 13 (treze) símbolo DAS-1, 1 (um) lações, arquivos, projetos, documentos e serviços existentes na
símbolo DAS-2 e 2 (dois) símbolo DAS-3. Corregedoria Geral, integrante da estrutura organizacional da Se-
Parágrafo único. Os Cargos a que se refere o caput deste ar- cretaria de Segurança Pública e Defesa Social.
tigo serão consolidados por Decreto no quadro de Cargos de Dire-
ção e Assessoramento Superior da Administração Direta e Indireta. Art.27. Os servidores estaduais designados para servirem na
Controladoria Geral de Disciplina deverão ter, no mínimo, os seguin-
Art.23. Fica autorizada a instituição de estágio acadêmico no tes requisitos:
âmbito da Controladoria Geral de Disciplina para estudantes do I - ser, preferencialmente, Bacharel em Direito, em Administra-
curso de graduação em Direito, Administração, Gestão Pública, ção ou Gestão Pública;
Sociologia, Psicologia, Informática, dentre outros, conforme decreto II - se militar ou policial civil, possuir, preferencialmente, no
regulamentador. mínimo 3 (três) anos de serviço operacional prestado na respectiva
Instituição;
Art.24. Fica criada a Delegacia de Assuntos Internos, vincula- III - não estar respondendo a qualquer processo administrativo
da administrativamente à Superintendência da Polícia Civil e, funci- disciplinar, Conselho de Justificação ou de Disciplina;
onalmente à Controladoria Geral de Disciplina, cujas competências
serão definidas em Decreto. IV - possuir conduta ilibada;
Parágrafo único. Os integrantes do Grupo Ocupacional Ativi- V - não estar denunciado ou respondendo a qualquer proces-
dade Polícia Judiciária, lotados e em exercício na Delegacia de so criminal;
Assuntos Internos, prevista no caput deste artigo, gozarão de todas VI - não haver sido punido, nos últimos 6 (seis) anos, com pe-
as prerrogativas e atribuições previstas em Lei. na de custódia disciplinar ou suspensão superior a 30 (trinta) dias.
Trata-se de uma Delegacia especializada da PCCE, mas seu funcionamen-
to, direção, missão, encontra-se vinculada a CGD, para exercer as funções Art.28. As Comissões, Conselhos e os Processos Administra-
de polícia judiciária, quanto à apuração das infrações penais. Realiza tivos Disciplinares seguirão o rito estabelecido nas respectivas leis.
investigações relativas aos delitos que tenham repercussão funcional ou As Comissões, Conselhos, sindicâncias e os Processos Administra-
que sejam praticados em razão da função, ou possam caracterizar desvios tivos Disciplinares seguirão o rito estabelecido nas respectivas leis.‖
de conduta atinentes aos profissionais abrangidos pela CGD e ainda ou- (Nova redação dada pelo art. 8º da Lei Complementar nº 104/11).
tras, necessárias ao cumprimento de suas finalidades, exceto àquelas
tipicamente de natureza militar. A Delegacia de assuntos internos encontra-
se vinculada administrativamente à Polícia Civil e funcionalmente à CGD. “Art.28-A. O Controlador-Geral de Disciplina após o recebi-
mento do processo proferirá a sua decisão.
Art.25. A Controladoria Geral de Disciplina, na forma do art.8º §1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da sua
desta Lei, poderá constituir de acordo com a necessidade de cober- competência, o processo será encaminhado ao Governador do
tura e expansão, unidades avançadas, temporárias ou permanen- Estado.
tes, para atender demandas ordinárias ou excepcionais, sem prejuí- §2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções,
zo das ações de fiscalização e correições disciplinares realizadas o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição da
por meio do GTAC. pena mais grave.
§3º Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, o
Art.26. Fica extinta a Corregedoria Geral dos Órgãos de Segu- Controlador-Geral de Disciplina determinará o seu arquivamento,
rança Pública e Defesa Social, integrante da estrutura organizacio- salvo se flagrantemente contrária às provas dos autos.
nal da Secretaria de Segurança Pública e Defesa da Cidadania, §4º O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo
prevista no art.5º, incisos e parágrafos, da Lei nº12.691, de 16 de quando contrário às provas dos autos.
maio de 1997. §5º Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos
§1º A Corregedoria Geral dos Órgãos de Segurança Pública e autos, o Controlador Geral de Disciplina poderá, determinar diligên-
Defesa Social somente será desativada após a entrega e transfe- cias ou outras providências necessárias a adequada instrução, sem
rência de todos os feitos, em tramitação e os já arquivados, para a possibilidade de recurso, poderá ainda, motivadamente, agravar a
Controladoria Geral de Disciplina. penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsa-
§2º Os Conselhos de Justificação, de Disciplina e Processos bilidade.
Administrativos Disciplinares em trâmite nas corporações militares, §6º Verificada a ocorrência de vício insanável, o Controla-
na Secretaria da Justiça e Cidadania – SEJUS, e na Procuradoria dor-Geral de Disciplina ou o Governador declarará a sua nulidade,
Geral do Estado deverão continuar até sua conclusão, oportunidade total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de outra
em que, juntamente com os já arquivados nos últimos 5 (cinco) comissão para instauração do novo processo.‖ (Nova redação dada pelo
anos, deverão ser enviados para a Controladoria Geral de Disciplina art. 9º da Lei Complementar nº 104/11).
para as providencias que couber, salvo os avocados pela Controla-
doria Geral de Disciplina.‖(Nova redação dada pelo art. 7º da Lei Comple- Art.29. A competência atribuída à Procuradoria Geral do Es-
mentar nº 104/11). tado, de acordo com o art.28. da Lei Complementar nº58, de 31 de

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março de 2006, não se aplica aos servidores públicos submetidos
disciplinarmente à competência da Corregedoria Geral de Disciplina LEI DE PROMOÇÕES DOS MILITARES
dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Esta- ESTADUAIS DO CEARÁ
do do Ceará.

Art.30. Caberá recurso no prazo de 10 (dez) dias, dirigido


LEI Nº 15.797/2015
ao Conselho de Disciplina e Correição, das decisões proferidas pelo (DOE 27.05.15)
Controlador-Geral de Disciplina decorrentes das apurações realiza- Dispõe sobre as Promoções dos Militares Estaduais.
das nas Sindicâncias, pelos Conselhos de Justificação, Conselhos
de Disciplina e pelas Comissões de Processos Administrativos
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ. Faço saber que a As-
Disciplinares.
sembleia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:
Parágrafo único. Das decisões definitivas tomadas no âm-
bito da Controladoria Geral de Disciplina, somente poderá discordar
o Governador do Estado.‖ (Nova redação dada pelo art. 10 da Lei Comple- CAPÍTULO I
mentar nº 104/11). DAS DIRETRIZES E DEFINIÇÕES

Art.31. Fica acrescido à Lei nº13.875, de 7 de fevereiro de


Art. 1° A promoção, direito do militar estadual, consiste na eleva-
2007, o item 5. do inciso I do art.6º, da seguinte forma: ção na carreira, tendo por objetivo o estímulo ao constante aprimora-
―Art.6º...I -...5. Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos mento funcional com resultado no alcance dos graus hierárquicos
de Segurança Pública e Sistema Penitenciário.‖ (NR). superiores nas corporações militares.

Art.32. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 2° Serão planejadas as promoções observando as peculiarida-
des de cada posto e cada graduação e objetivando assegurar um fluxo
Art.33. Revogam-se as disposições em contrário. regular e equilibrado nas carreiras de oficial e de praça.

PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, CAPÍTULO II


DAS PROMOÇÕES
Seção I
Das modalidades

Art. 3° As promoções ocorrerão nas seguintes modalidades:


I - antiguidade;
II - merecimento;
III - post mortem;
IV - bravura;
V - requerida.

§ 1° A promoção por antiguidade baseia-se na precedência hierár-


quica do militar estadual sobre os demais de igual posto ou graduação,
observados os demais requisitos estabelecidos nesta Lei.
§ 2° A promoção por merecimento tem por fundamento os valores
funcionais agregados pelo militar no decorrer da carreira e que o desta-
quem na atuação funcional, preferencialmente no posto ou graduação
ocupado por ocasião da disputa pela promoção, sendo essa aferição
promovida por comissão específica de promoção, nos termos desta Lei.
§ 3° A promoção post mortem ocorrerá nas seguintes situações:
I - quando o militar estadual falecer em razão do desempenho da
atividade militar estadual, ou em acidente em serviço ou em conse-
quência de doença, moléstia ou enfermidade que nele tenha sua causa
imediata, conforme aferição de comissão de meritoriedade designada
pelo Comandante-Geral;
II - quando o militar fazia jus à promoção em vida, não sendo esta
efetivada a tempo, em razão do seu óbito.

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§ 4° A promoção por bravura, a ser aferida por comissão de merito- g) para o posto de Tenente-Coronel - 5 (cinco) anos no posto de
riedade designada pelo Comandante-Geral, resulta de ato, ou atos, não Major;
comuns de coragem e audácia, que, ultrapassando os limites normais h) para o posto de Coronel - 3 (três) anos no posto de Tenente-
do cumprimento do dever, representem feitos de notório mérito, em Coronel;
operação ou ação inerente à missão institucional da corporação militar
em serviço ou de folga.
§ 5° A promoção requerida alcançará o militar estadual que com- II - para praças:
pletar 30 (trinta) anos de contribuição, sendo, no mínimo, 25 (vinte e a) para a graduação de Cabo - 7 (sete) anos na graduação de Sol-
cinco) anos como de contribuição como militar ao SUPSEC, e consistirá dado;
na sua elevação, a pedido, ao grau imediatamente superior, observa-
b) para a graduação de 3° Sargento - 5 (cinco) anos na graduação
das as condições estabelecidas nesta Lei.
de Cabo;
c) para a graduação de 2° Sargento - 3 (três) anos na graduação
Art. 4° A promoção do oficial se dará por ato do Governador do Es- de 3° Sargento;
tado, já a da praça por ato do Comandante-Geral.
d) para a graduação de 1° Sargento - 3 (três) anos na graduação
de 2° Sargento;
Art. 5° A passagem da praça para o quadro de oficiais acontecerá e) para a graduação de Subtenente - 4 (quatro) anos na graduação
por acesso, exigindo-se a conclusão, com aproveitamento, de Curso de de1 ° Sargento.
Habilitação de Oficiais - CHO, cujo ingresso se dará metade por anti-
guidade e a outra metade por prévia aprovação por seleção interna,
supervisionada pela Academia Estadual de Segurança Pública, para os § 2° O curso obrigatório de que trata o inciso Il, disposto no caput
integrantes do QOAPM e QOABM. deste artigo, a ser concluído, com aproveitamento, até a data de encer-
Parágrafo único. Para fins de concorrer à seleção para ingresso ramento das alterações, é o que possibilita o acesso e a promoção do
no Curso de Habilitação de Oficiais, exigir-se-á do candidato diploma oficial e da praça aos sucessivos postos e graduações de carreira, nas
em curso de nível superior, devidamente reconhecido, à exceção das seguintes condições:
praças beneficiadas com a previsão do art. 225 da Lei n° 13.729, de 13
de janeiro de 2006. I - para oficiais:
a) para acesso e para nomeação no posto de 2° Tenente: Curso de
Seção II Formação de Oficiais - CFO ou Curso de Formação Profissional - CFP,
para os integrantes do QOPM, QOSPM, QOCplPM e QOCPM, na
Do Quadro de Acesso Geral
Polícia Militar, e QOBM e QOCBM, no Corpo de Bombeiros Militar, sob
coordenação da Corporação Militar Estadual. e Curso de Habilitação de
Art. 6º Para fins de promoção por antiguidade e merecimento, deve Oficiais - CHO, para os integrantes do QOAPM e QOABM, por meio de
o militar figurar no Quadro de Acesso Geral, cujo ingresso requer o seleção interna supervisionada pela Academia Estadual de Segurança
preenchimento dos seguintes requisitos, cumulativamente: Pública;
I - interstício no posto ou na graduação de referência; b) para promoção ao posto de Major QOPM e QOBM: Curso de
Aperfeiçoamento de Oficiais - CAO ou curso regular equivalente reali-
II - curso obrigatório estabelecido em lei; zado em Corporação Militar Estadual, supervisionado pela Academia
III - serviço arregimentado; Estadual de Segurança Pública, quando realizado no Estado;
IV - mérito. c) para promoção ao posto de Major QOAPM e QOABM: Curso de
Aperfeiçoamento de Oficiais do Quadro Administrativo-CAO/QOA, ou
curso regular equivalente realizado em Corporação Militar Estadual.
§ 1° O interstício de que trata o inciso I deste artigo, a ser comple- supervisionado pela Academia Estadual de Segurança Pública, quando
tado até a data em que efetivada a promoção, é o tempo mínimo de realizado no Estado;
efetivo serviço considerado em cada posto ou graduação, descontado o
tempo não computável, da seguinte forma: d) para promoção ao posto Coronel QOPM e QOBM: Curso Supe-
rior de Polícia- CSP, ou Curso Superior de Bombeiro - CSB, ou curso
regular equivalente realizado em Corporação Militar Estadual, supervi-
I - para oficiais: sionado pela Academia Estadual de Segurança Pública, quando reali-
zado no Estado;
a) para o posto de 1° Tenente - 5 (cinco) anos no posto de 2° Te-
nente; II - para praças:
b) para o posto de 1° Tenente QOAPM e QOABM - 3 (três) anos no a) para ingresso no cargo de Soldado: Curso de Formação de Sol-
posto de 2° Tenente QOAPM e QOABM; dados, ou Curso de Formação Profissional, ou curso regular equivalen-
te realizado em Corporação Militar Estadual, supervisionado pela Aca-
c) para o posto de Capitão - 5 (cinco) anos no posto de 1º Tenente; demia Estadual de Segurança Pública, quando realizado no Estado;
d) para o posto de Capitão QOAPM e QOABM - 2 (dois) anos no b) para promoção à graduação de 3° Sargento: Curso de Habilita-
posto de 1° Tenente QOAPM e QOABM;
ção de Sargentos, ou curso regular equivalente realizado em Corpora-
e) para o posto de Major - 6 (seis) anos no posto de Capitão; ção Militar Estadual, supervisionado pela Academia Estadual de Segu-
f) para o posto de Major QOAPM e QOABM - 2 (dois) anos no pos- rança Pública, quando realizado no Estado;
to de Capitão QOAPM e QOABM; c) para promoção à graduação de Subtenente: Curso de Habilita-
ção a Subtenentes, ou curso regular equivalente realizado em Corpora-

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ção Militar Estadual, supervisionado pela Academia Estadual de Segu- a) para a promoção à graduação de Cabo: 6 (seis) anos na gradua-
rança Pública, quando realizado no Estado. ção anterior;
b) para a promoção à graduação de 3° Sargento: 4 (quatro) anos
§ 3° O Estado deverá oferecer o curso obrigatório de que trata o in- na graduação anterior;
ciso II do caput, em tempo hábil, evitando prejuízo às promoções regu- c) para a promoção à graduação de 2° Sargento: 2 (dois) anos na
lares. graduação anterior;
§ 4° Para o ingresso no Curso de Habilitação de Sargentos - CHS, d) para a promoção à graduação de 1° Sargento: 2 (dois) anos na
e no Curso de Habilitação a Subtenentes - CHST, ou equivalente, será graduação anterior;
observado o critério de antiguidade, sendo exigidos do militar exames e) para a promoção à graduação de Subtenente: 3 (três) anos na
médicos e laboratoriais, incluindo o toxicológico, custeados pelo Esta- graduação anterior.
do.
§ 5° Para o ingresso no CAO, no CAO/QOA, no CSP e no CSB, ou
equivalente, será observado o critério de antiguidade, sendo exigidos § 10. No tempo arregimentado do § 9°, não se computará:
do militar exames médicos e laboratoriais, incluindo o toxicológico, I - o período de licença para tratamento de saúde própria do militar,
custeados pelo Estado. salvo quando se tratar de enfermidade motivada pelo serviço, no pleno
§ 6° Caso o laudo médico a que se referem os §§ 4° e 5° dê resul- desempenho da atividade militar estadual, devidamente justificada em
tado positivo para o uso de drogas ilícitas, o militar será impedido de procedimento administrativo, a cargo da Corporação;
realizar o curso correspondente, devendo ser encaminhado para trata- II - o período em que o militar estiver trabalhando na situação de
mento. apto para serviços leves, salvo quando se tratar de enfermidade moti-
§ 7° A partir da publicação desta Lei, o militar que, por 3 (três) ve- vada pelo serviço, no pleno desempenho da atividade militar estadual,
zes for indicado, e não aceitar, ou aceitando, desistir ou não concluir devidamente justificada em procedimento administrativo, a cargo da
com aproveitamento os cursos necessários para promoção de carreira, Corporação;
ficará impedido de realizá-los e, consequentemente, não mais poderá III - os afastamentos por atestado, salvo quando se tratar de enfer-
ingressar em Quadro de Acesso Geral, assim permanecendo, de forma midade motivada pelo serviço, no pleno desempenho da atividade
definitiva, no cargo em que se encontrar até completar condições para militar estadual, devidamente justificada em procedimento administrati-
a inatividade. vo, a cargo da Corporação;
§ 8° O disposto no § 2°, inciso I, alíneas "b" e "d", deste artigo, não IV - o período de Licença para Tratamento de Interesse Particular.
se aplica aos oficiais integrantes dos Quadros de Saúde e Capelão da
Polícia Militar e Complementar do Corpo de Bombeiros.
§ 9° O serviço arregimentado de que trata o inciso III, do caput, cor- § 11 Enquadra-se como atividade-fim, para o disposto no § 9°, o
responde ao tempo mínimo necessário a ser desempenhado pelo serviço exercido pelo militar estadual junto aos órgãos administrativos
militar no exercício efetivo de função de natureza ou de interesse militar da sua própria corporação, à Secretaria de Segurança Pública, a Casa
Militar, à Defesa Civil, à Controladoria-Geral de Disciplina dos Órgãos
estadual, especificamente na atividade-fim da Corporação, caracteriza-
da como de execução programática ou equivalente, nas unidades de de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado, ou a outros
Grandes Comandos, Batalhões, Companhias, Pelotões e Destacamen- órgãos aos quais esteja cedido, para o desempenho de atividade de
interesse militar estadual, inclusive nas entidades associativas.
tos, definidas em legislação própria, da seguinte forma:
§ 12. O militar estadual que for nomeado ao posto de 2° Tenente
ou de 1° Tenente ou ao cargo de Soldado, nos quadros QOPM e
I - para oficiais: QOBM, deverá, obrigatoriamente, permanecer todo o período de inters-
a) para a promoção ao posto de 1° Tenente: 4 (quatro) anos no tício exigido para promoção ao posto ou à graduação imediata exer-
posto anterior; cendo suas funções em unidade eminentemente operacional, junto a
Batalhão, Companhia e Pelotão, na Capital, na Região Metropolitana
b) para a promoção ao posto de 1° Tenente QOAPM e QOABM: 2 ou no interior do Estado.
(dois) anos no posto anterior;
§ 13. No tempo de serviço arregimentado de que trata o § 9° deste
c) para a promoção ao posto de Capitão: 4 (quatro) anos no posto artigo, será computado o período de licença à gestante.
anterior;
d) para a promoção ao posto de Capitão QOAPM e QOABM: 1
(um) ano no posto anterior; Art. 7° O oficial ou a praça não poderá constar no Quadro de Aces-
so Geral, ou deste será excluído, quando:
e) para a promoção ao posto de Major: 5 (cinco) anos no posto an-
terior; I - for preso provisoriamente, enquanto a prisão não for revogada
ou relaxada;
f) para a promoção ao posto de Maior QOAPM e QOABM: 1 (um)
ano no posto anterior; II - for recebida a denúncia em processo-crime, enquanto a senten-
ça final não transitar em julgado, salvo quando o fato ocorrer no exercí-
g) para a promoção ao posto de Tenente-Coronel: 4 (quatro) anos cio de missão de natureza ou interesse militar estadual, ainda que
no posto anterior; durante a folga do militar, e não envolver suposta prática de improbida-
h) para a promoção ao posto de Coronel: 2 (dois) anos no posto an- de administrativa ou crime hediondo;
terior; III - estiver submetido a Conselho de Justificação, a Conselho de
Disciplina ou a Processo Administrativo Disciplinar, mesmo que este
II - para praças: esteja sobrestado, até decisão final do Tribunal ou autoridade compe-
tente;

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IV - for condenado em processo-crime, enquanto durar o cumpri- Art. 8° Para figurar o militar no Quadro de Acesso Geral, além das
mento da pena, inclusive no caso de suspensão condicional da pena e condições previstas nesta Lei, deverá demonstrar mérito mínimo no
de livramento condicional, não se computando o tempo acrescido à desempenho da função, alcançando, assim, em avaliação a ser reali-
pena original para fins de sua suspensão condicional; zada pela Corporação, no momento da organização do respectivo
V - encontrar-se submetido à suspensão condicional do processo, Quadro, pontuação igualou superior a 2.500 (dois mil e quinhentos).
até decisão judicial definitiva de extinção do benefício; Parágrafo único. Os critérios para a avaliação prevista no caput
VI - for Licenciado para Tratar de Interesse Particular - LTlP; serão objetivos, segundo definição em decreto.

VII - for condenado à pena de suspensão do exercício do posto,


graduação, cargo ou função, prevista no Código Penal Militar, durante o Seção III
prazo de sua suspensão ou de outras disposições legais; Do Procedimento da Promoção
VIII - for considerado desaparecido, extraviado ou desertor;
IX - houver sido punido disciplinarmente, nos últimos 12 (doze) me- Art. 9° Elaborado o Quadro de Acesso Geral, serão promovidos
ses que antecedem a data de fechamento das alterações para a pro- 60% (sessenta por cento) dos militares incluídos na relação de habilita-
moção, com, pelo menos, uma custódia, ou 2 (duas) permanências dos para graduação ou posto, dos quais metade ascenderá por antigui-
disciplinares, ou 4 (quatro) repreensões; ou ainda 2 (duas) repreensões dade e a outra metade por merecimento.
e 1 (uma) permanência disciplinar;
Parágrafo único. Na apuração do quantitativo de promoções, nos
X - para as praças, ter, no mínimo, comportamento "BOM"; termos do caput, proceder-se-á ao arredondamento para o número
XI - houver ultrapassado, por motivo de gozo de licença para trata- inteiro seguinte, sempre que da incidência do percentual previsto resul-
mento de saúde de dependente, legalmente reconhecido, prazo superi- tar número fracionado.
or a 6 (seis) meses ininterruptos;
XII - encontrar-se inabilitado em exames de saúde, segundo a Co- Art. 10. O militar estadual ingresso em Quadro de Acesso Geral por
ordenadoria de Perícias Médicas da Secretaria do Planejamento e 2 (duas) vezes, que não conseguir ascender, será automaticamente, na
Gestão; promoção seguinte, promovido ao posto ou à graduação subsequente,
XIII - for nele incluído indevidamente; bastando que, nesta próxima promoção, figure em Quadro de Acesso
XIV - por algum motivo já houver sido promovido; Geral, observado o percentual do § 1° do art. 11.

XV - vier a falecer;
XVI - for afastado do serviço ativo da respectiva Corporação, por Art. 11. As promoções de que trata esta Lei, à exceção dos postos
estar aguardando reserva remunerada, a pedido, por mais de 90 (no- de Coronel e Major QOA, independerão de vagas e ocorrerão com
venta) dias; observância ao percentual previsto no caput do art. 9°.

XVII - encontrar-se, nos 12 (doze) meses anteriores ao fechamento § 1° Nas promoções da Praça Soldado, deverá ser observado o
das alterações para a promoção, afastado ou com restrições ao de- número mínimo de permanência na citada graduação de 40% (quarenta
sempenho da atividade-fim da Corporação Militar por período superior a por cento) do efetivo de Soldado existente na Corporação respectiva.
3 (três) meses contínuos ou não, excetuando-se: § 2° Efetuadas as promoções, o posto ou a graduação do militar
a) enfermidades contraídas em objeto de serviço devidamente promovido será transformado para o posto ou a graduação que passar
comprovadas por Atestado de Origem ou por Inquérito Sanitário de a ocupar.
Origem;
b) licença Maternidade ou licença para Tratamento de Saúde rela- Art. 12. As promoções serão anuais, para as quais se levarão em
cionada a efeitos da gestação; consideração as alterações ocorridas na vida funcional do oficial ou
c) licenças para Tratamento de Saúde decorrentes de intervenções praça, e acontecerão nas datas e segundo processamento estabeleci-
cirúrgicas diversas ou doenças crônicas em processos de agudização; dos em decreto.

XVIII - obtiver resultado positivo para o consumo de drogas ilícitas Art. 13. O disposto nesta Seção não se aplica à promoção aos pos-
em laudo de exame toxicológico. tos de Coronel e de Major QOA.

§ 1° O militar que, por ocasião da elaboração do Quadro de Acesso Seção IV


Geral, encontrar-se no exercício de cargo público civil temporário, não Da Promoção por Antiguidade e por Merecimento
eletivo, inclusive da Administração Indireta, ou que estiver à disposição
de órgão ou entidade federal, estadual ou municipal, para exercer cargo
ou função de natureza estritamente civil, só poderá concorrer por anti- Art. 14. Elaborado o Quadro de Acesso Geral e estabelecido o
guidade. quantitativo mínimo de promoções, para cada posto ou graduação,
observando o percentual do art. 9°, metade dos militares aptos será
§ 2° Impedido o militar, de participar da promoção por incorrer na promovida por antiguidade, aferindo-se dentre os demais a ordem de
hipótese do inciso XVIII deste artigo, poderá voltar a concorrer regular- classificação para promoção por merecimento.
mente nas promoções subsequentes, uma vez concluído tratamento
clínico psicossocial com laudo favorável. § 1° A promoção ao posto de Major QOAPM e Major QOABM não
observará o percentual do art. 9°, sendo efetivada somente pelo critério
de merecimento, nos termos desta Lei e segundo disciplina estabeleci-
da em decreto.

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§ 2° A relação dos Capitães QOAPM e QOABM, habilitados para a) Presidente: Comandante-Geral;
promoção por merecimento de que trata o § 1°, será formada por or- b) Membros Natos: Comandante-Geral Adjunto e Secretário Execu-
dem de antiguidade e contará com número equivalente ao triplo de tivo;
Majores QOAPM e QOABM previsto em lei.
c) Membros Efetivos: 4 (quatro) Coronéis do serviço militar estadual
§ 3° A relação a que refere o § 2° será elaborada semestralmente, ativo;
conforme previsto em decreto, observadas as disposições dos arts. 6°
e 7° desta Lei.
II - Comissão de Promoção de Praças da Polícia Militar:
Art. 15. A classificação para promoção por merecimento para ofici- a) Presidente: Comandante-Geral Adjunto;
ais será feita por avaliação da Comissão de Promoções de Oficiais - b) Membros Natos: Secretário Executivo e Coordenador de Gestão
CPO, considerando a média aritmética do resultado obtido pelo militar de Pessoas;
no Relatório Individual de Promoção, que será composto pelo somató-
rio da pontuação obtida em ficha de informação preenchida pelo setor c) Membros Efetivos: 4 (quatro) Oficiais Superiores do serviço mili-
de pessoal de cada Corporação com a pontuação do julgamento pela tar estadual ativo;
Comissão considerando o desempenho funcional do oficial.
§ 1° A ficha de informação, a ser definida em decreto, conterá a III - Comissão de Promoção de Oficiais do Corpo de Bombeiros
pontuação positiva e negativa do militar resultante de sua atuação Militar:
funcional, incluindo critérios meritórios e conceito do comandante ime- a) Presidente: Comandante-Geral;
diato, devidamente justificado.
b) Membros Natos: Comandante-Geral Adjunto e Secretário Execu-
tivo;
§ 2° O julgamento pela Comissão de Promoção será motivado e le- c) Membros Efetivos: 2 (dois) Coronéis do serviço militar estadual
vará em conta o desempenho funcional do militar estadual, com pontu- ativo;
ação máxima de 6.000 (seis mil) pontos, no ano de referência, obser-
vando-se os seguintes aspectos, se não aferidos pela ficha de informa-
ção, além de outros que poderão ser previstos em decreto: IV - Comissão de Promoção de Praças do Corpo de Bombeiros
I - tempo de exercício funcional no posto e na carreira; Militar:
II - desempenho no cargo/função exercida; a) Presidente: Comandante-Geral Adjunto;
III - elogios e condecorações recebidas; b) Membros Natos: Secretário Executivo e Supervisor de Gestão de
Pessoas;
IV - obras realizadas de interesse militar estadual;
c) Membros Efetivos: 2 (dois) Oficiais Superiores do serviço militar
V - ações destacadas; estadual ativo.
VI - exercício em locais de difícil provimento, a serem indicados em
decreto;
§ 1° Cada Comissão de Promoção contará com um secretário, que
VII - exercício como coordenador / professor / instrutor / monitor / deverá ser designado dentre oficiais do serviço ativo da Corporação por
conteudista na Academia Estadual de Segurança Pública; ato do respectivo presidente, incumbindo-lhe a gestão administrativa da
VIII - lesões e moléstias decorrentes do serviço; documentação atinente ao processamento das promoções.
IX - afastamento das funções por motivo de gozo de licença para
tratar de interesse particular; § 2° Às Comissões de Promoção competem, dentre outras atribui-
X - afastamento das funções para gozo de licença para tratamento ções previstas em regimento interno:
de saúde própria, não decorrente de missão militar, ou tratamento de I - ter pleno conhecimento da legislação atinente às promoções;
saúde de dependente.
II - organizar e submeter à aprovação do Comandante-Geral o
Quadro de Acesso e as propostas para as promoções por antiguidade e
§ 3º Em caso de empate na formação do quadro de acesso por me- merecimento;
recimento, o desempate observará o disposto no § 6°, do art. 18 desta III - propor a agregação de militar estadual que deva ser transferido
Lei. ex officio para a reserva, segundo o disposto nesta Lei;
Art. 16. A classificação para fins de promoção por merecimento pa- IV - emitir parecer sobre recurso referente a processamento de
ra praças deverá ser feita mediante análise do Relatório Individual de promoção;
Promoção, composto pela ficha de informação preenchida pelo setor de
pessoal da Corporação, e avaliação da Comissão de Promoções de V - organizar a relação de militares estaduais impedidos de ingres-
Praças, observando, em caso de empate, o disposto no § 6°, do art. 18 so em Quadro de Acesso;
desta Lei. VI - propor ao Comandante-Geral a elaboração de Quadro de
Acesso extraordinário;
Art. 17. As Comissões para Promoções de Oficiais e Praças serão VII - fixar prazos para remessa de documentos;
constituídas anualmente por ato do respectivo Comandante-Geral e VIII - processar os requerimentos interpostos, e solucioná-las,
terão a duração no ano de referência, observando o seguinte: quando não for o caso de encaminhamento à Procuradoria-Geral do
Estado;
I - Comissão de Promoção de Oficiais da Polícia Militar:

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IX - constar as respectivas deliberações em atas, sob pena de nuli- Parágrafo único. As vagas serão consideradas abertas:
dade. I - na data do ato de agregação, salvo se, no próprio ato, for esta-
belecida outra data;
§ 3° As deliberações das Comissões de Promoção serão publica- II - na data do início do processo de reserva ex officio, por um dos
das em boletim interno e suas decisões serão tomadas, por maioria motivos especificados na Lei n° 13.729, de 13 de janeiro de 2006;
simples de votos, ficando o presidente dispensado de votar, exceto nos III - na data oficial do falecimento;
casos de empate, quando proferirá voto de qualidade.
IV - conforme disposição na Lei de aumento de efetivo.
§ 4° Caso não exista número suficiente de oficiais para compor as
comissões, por qualquer causa legal, elas poderão funcionar com até 3
(três) membros, observado o disposto no § 3º. Seção V
Da Quota Compulsória
Art. 18. A promoção ao posto de Coronel ocorrerá pelo critério de
merecimento, observados os demais preceitos estabelecidos nesta Lei.
Art. 20. Haverá, anualmente, número mínimo de vagas à promoção
§ 1º A promoção prevista no caput se efetivará por escolha do Go- ao posto de Coronel QOPM e QOBM e ao posto de Major QOAPM e
vernador do Estado dentre os Tenentes-Coronéis constantes de lista QOABM, para manter a renovação, o equilíbrio e a regularidade de
elaborada pela Corporação respectiva. acesso ao referido posto, em quantitativo a ser estabelecido em decre-
§ 2º A lista a que se refere este artigo, para promoção por mereci- to.
mento, conterá relação com nomes equivalentes ao dobro do número § 1° O número mínimo de vagas de que cuida o caput observará o
de vagas abertas para o posto de Coronel, devendo, no mínimo, contar seguinte:
com 5 (cinco) nomes.
I - Coronel QOPM - 4 (quatro) vagas por ano;
§ 3° A lista de Tenentes-Coronéis, habilitados para promoção por
merecimento, realizada semestralmente, terá por base a ordem de II - Coronel QOBM - 2 (duas) vagas por ano;
antiguidade, tendo por limite quantitativo o dobro de Coronéis previsto III - Major QOAPM - 3 (três) vagas por ano;
em lei específica, conforme estabelecido em decreto, e observados os IV - Major QOABM - 2 (duas) vagas por ano.
arts. 6° e 7° desta Lei.
§ 4° Verificada a existência de vaga no posto de Coronel, o Co-
mandante-Geral de cada Corporação encaminhará ao Secretário da § 2° As vagas para promoção obrigatória, em cada ano-base, serão
Segurança Pública e Defesa Social a relação dos Tenentes-Coronéis divulgadas por ato do Comandante-Geral, em data fixada por decreto,
devidamente habilitados, por ordem de merecimento, com posterior sendo efetivadas na próxima data de promoção.
remessa ao Governador para escolha e promoção na forma estabeleci- § 3° Para assegurar o número fixado de vagas à promoção obriga-
da em decreto. tória, na forma estabelecida neste artigo, quando este número não
§ 5° A promoção de que trata o caput não observará a data a que tenha sido alcançado com as vagas ocorridas durante o ano-base
faz referência o art. 12 desta Lei. considerado, uma quota dos Coronéis QOPM e QOBM e de Majores
QOAPM e QOABM será compulsoriamente transferida para a inativida-
§ 6° Em caso de empate na pontuação final para a promoção do de, de maneira a possibilitar as promoções.
militar estadual ao posto de Coronel, o desempate se dará observando
os seguintes critérios, em ordem de precedência: § 4° Somente se submeterá à quota compulsória o oficial Coronel
QOPM e QOBM e o Major QOAPM e QOABM que possuir 30 (trinta)
I - resultado no relatório individual de promoção; anos de tempo de contribuição e 25 (vinte e cinco) de tempo de contri-
II - antiguidade no posto; buição militar, excetuando-se o ocupante dos cargos de Comandante-
III - tempo de serviço na respectiva corporação; Geral Adjunto, Secretário Executivo das Corporações Militares Estadu-
ais e Chefe, Subchefe e Secretário Executivo da Casa Militar.
IV - idade.
§ 5° Na formação da quota compulsória, a indicação recairá sobre
o oficial mais antigo no posto.
§ 7° Inexistindo Tenentes-Coronéis, com interstício para compor a § 6° As quotas compulsórias só serão aplicadas quando houver
lista, o quantitativo previsto poderá ser preenchido com Tenentes- Tenentes-Coronéis QOPM e QOBM e Capitães QOAPM e QOABM que
Coronéis que possuam, no mínimo, um ano no posto, observando-se a satisfaçam as condições de promoção.
ordem de antiguidade e o disposto nos arts. 6° e 7° desta Lei.
§ 7° Não serão consideradas, para efeito da quota compulsória, as
promoções decorrentes do previsto no art. 23 desta Lei.
Art. 19. As vagas a serem preenchidas para a promoção aos pos-
tos de Coronel QOPM e QOBM e de Major QOAPM e Major QOABM
serão provenientes de: Seção VI

I - agregação, em conformidade com o previsto na Lei n° 13.729, Da Promoção a Coronel Comandante-Geral


de 13 de janeiro de 2006;
II - passagem à situação de inatividade; Art. 21. A promoção a Coronel Comandante-Geral das Corpora-
III - demissão; ções militares se dará exclusivamente por escolha do Governador do
Estado, a incidir entre os coronéis com mais de 25 (vinte e cinco) anos
IV - falecimento; de tempo de contribuição militar, com relevantes serviços prestados à
V - aumento de efetivo, conforme dispuser a Lei. atividade.

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§ 1° Promovido a Coronel Comandante-Geral, o oficial se encarre- II - o número de promoções requeridas por semestre fica limitado a
gará da chefia da Corporação respectiva, desempenhando as atribui- 1/3 (um terço) do efetivo previsto na lista de Tenentes-Coronéis, habili-
ções segundo previsão em legislação específica. tados para promoção por merecimento.
§ 2° O militar promovido, na hipótese deste artigo, permanecerá na
chefia a depender do Governador do Estado, que poderá escolher, § 3° Decreto será editado prevendo o período, por semestre, em
observados os requisitos do caput, outro Coronel para ser promovido a que deverá o Tenente-Coronel protocolizar requerimento para promo-
Coronel Comandante-Geral. ção de que trata este artigo, bem dispondo sobre o período necessário
§ 3° Na situação do § 2°, o anterior Coronel Comandante-Geral se- para que a Comissão de Promoção de Oficiais avalie os requerimentos.
rá transferido ex officio para a reserva. § 4° As promoções requeridas serão efetivadas, após avaliação
§ 4° Será também transferido para a reserva ex officio o Coronel dos requerimentos, obedecendo à ordem de classificação da lista de
Comandante-Geral que demonstrar interesse de não mais permanecer Tenentes-Coronéis habilitados para promoção por merecimento.
na chefia da Corporação, mediante provocação dirigida ao Governador § 5° Para promoção requerida ao posto de Major QOA, será neces-
do Estado, devendo continuar na ativa até ulterior promoção do novo sário que o militar tenha constado na lista de Capitães QOA, habilitados
ocupante do referido posto. para promoção por merecimento, observadas as demais regras prevista
nesta Lei para a promoção requerida ao posto de Coronel.
Seção VII § 6° O acesso do Subtenente ao posto de 2° Tenente QOA, pela
Da Promoção em Ressarcimento de Preterição promoção requerida, requer do militar o seguinte:
I - ter, pelo menos, 1 (um) ano na graduação de Subtenente;

Art. 22. A promoção em ressarcimento de preterição somente será II - estar no comportamento "BOM."
admitida nas seguintes hipóteses excepcionais:
I - obtenção de decisão favorável em recurso interposto ou compro- § 7° O acesso do Subtenente ao posto de 2° Tenente QOA, pela
vação, ex officio, de erro administrativo, após análise da respectiva promoção requerida, independerá da realização do Curso de Habilita-
comissão processante ou, se for o caso, da Procuradoria-Geral do ção de Oficiais.
Estado; § 8° Não fazem jus à promoção requerida o Coronel Comandante-
II - cessação da situação de desaparecido ou extraviado; Geral, os Coronéis e os Majores QOA.
III - absolvição, impronúncia ou absolvição sumária, na forma da le- § 9° A promoção requerida independerá do curso a que se refere o
gislação processual penal vigente; art. 6°, inciso II desta Lei, à exceção da promoção para Coronel e Major
IV - ocorrência de prescrição da pretensão punitiva relativa a delito QOA.
que lhe é imputado, devidamente reconhecida pela autoridade judiciária
competente; § 10. Inexistindo requerimentos deferidos, em número suficiente pa-
V - reconhecimento da procedência da justificação em Conselhos ra preencher o limite estabelecido no inciso II do § 2° deste artigo, as
de Justificação e Disciplina e Processo Administrativo Disciplinar. vagas remanescentes poderão ser requeridas pelos demais Tenentes-
Coronéis e Capitães QOA, as quais serão efetivadas após a avaliação
dos requerimentos, obedecendo, neste caso, a ordem de antiguidade.
Seção VIII
Da Promoção Requerida
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 23. A promoção requerida será efetivada a pedido do militar in-
teressado que atenda às condições do art. 3°, § 5°, e do art. 7° desta
Lei. Art. 24. Não haverá promoção do militar por ocasião da passagem
§ 1° O militar estadual promovido nos termos do caput será transfe- à inatividade.
rido para a reserva remunerada ex officio, devendo contribuir, mensal-
mente e por 5 (cinco) anos, após a inativação, para o Sistema Único de Art. 25. O efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar
Previdência Social do Estado do Ceará - SUPSEC, com um acréscimo do Ceará observará o quantitativo disposto no anexo I desta Lei.
de contribuição previdenciária, além da que normalmente lhe é devido
recolher na inatividade, equivalente ao montante resultado da aplicação
do índice legalmente previsto para esta contribuição incidente sobre a Art. 26. A Lei n° 13.729, de 13 de janeiro de 2006, passa a vigorar
diferença entre o valor de seus proventos considerando o posto ou a com as seguintes alterações:
graduação anterior à promoção requerida e o valor dos proventos
considerando aquele posto ou a graduação com base na qual concedi- "Art.3° ...
da a reserva. I - ...
§ 2° A promoção de que trata o capta, além das condições já pre- b) os Cadetes e Alunos-Soldados de órgãos de formação de milita-
vistas nesta Lei, deverá observar o seguinte: res estaduais;
I - para a promoção requerida ao posto de Coronel, deve o militar
interessado ter constado na lista de Tenentes-Coronéis, habilitados Art.15 ....
para promoção por merecimento, realizada semestralmente;

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§ 2° Após o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso de Formação Art. 44. Os Subtenentes e Sargentos auxiliam e complementam as
Profissional, se considerado aprovado, o candidato será nomeado 2° atividades dos oficiais na capacitação de pessoal e no emprego dos
Tenente, por ato do Governador do Estado. meios, na instrução, na administração e no comando de frações de
tropa, mesmo agindo isoladamente nas diversas atividades inerentes a
cada Corporação.
Art. 17. ...
Parágrafo único. No exercício das atividades mencionadas neste
§ 2° Após o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso de Formação artigo e no comando de elementos subordinados, os Subtenentes e os
Profissional, se considerado aprovado, o candidato será nomeado 2° Sargentos deverão impor-se pela lealdade, pelo exemplo e pela capa-
Tenente, por ato do Governador do Estado. cidade profissional e técnica, incumbindo-lhes assegurar a observância
minuciosa e ininterrupta das ordens, das regras do serviço e das nor-
mas operativas pelas praças que lhes estiverem diretamente subordi-
Art. 19. Os Quadros de Oficiais de Administração - QOA, da Polícia nadas, e à manutenção da coesão e do moral das mesmas praças em
Militar e do Corpo de Bombeiros Militar serão constituídos de Segun- todas as circunstâncias.
dos-Tenentes, Primeiros-Tenentes, Capitães e Majores.

Art. 182. ...


Art. 22. Fica autorizada a designação de oficial integrante do QOA
para as funções de Comando e Comando Adjunto de subunidades. I - atingir a idade limite de 60 (sessenta) anos;
...
Art. 24 . ... VI - o Coronel Comandante-Geral que for substituído na chefia da
Corporação por Coronel promovido pelo Governador do Estado;
§ 2° O candidato aprovado e classificado no processo seletivo e
que, em consequência, tenha sido matriculado e haja concluído o Cur- VII - o Coronel que possuir 30 (trinta) anos de efetiva contribuição e
so de Habilitação de Oficiais com aproveitamento, obterá o acesso ao 3 (três) anos no posto respectivo, excetuando-se aquele que ocupar os
posto de 2° Tenente do QOA. cargos de provimento em comissão de Comandante-Geral Adjunto e
Secretário Executivo das Corporações Militares Estaduais e Chefe,
Subchefe e Secretário Executivo da Casa Militar;
Art. 26. ...
VIII - o Major QOA que possuir 30 (trinta) anos de efetiva contribui-
Parágrafo único. O preenchimento das vagas ao posto de Segun- ção e 3 (três) anos no posto respectivo.
do-Tenente obedecerá, rigorosamente, à ordem de classificação final
obtida no Curso de Habilitação de Oficiais.
Art. 188 ....
I - atingir a idade limite de 65 (sessenta e cinco) anos;" (NR)
Art. 28. ...
§ 1° O Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar solicitará
ao Governador do Estado, por intermédio da Secretaria da Segurança Art. 27. Os Esquemas do art. 30 da Lei n° 13.729, de 13 de janeiro
Pública e Defesa Social, e ouvida a Secretaria de Planejamento e de 2006, passam a vigorar com as seguintes alterações:
Gestão, a abertura de concurso público para o preenchimento de posto
de 2° Tenente de Oficiais do Quadro Complementar, com profissionais
de nível superior. Esquema I

Art. 31. ...


§ 2° Nos casos de promoção a Segundo-Tenente ou admissão de
Cadetes ou Alunos-Soldados prevalecerá, para efeito de antiguidade, a
ordem de classificação obtida nos respectivos cursos ou concursos.

Art. 33. ...


§ 1° Os Almanaques, um para Oficiais e outro para Subtenentes e
Sargentos, conterão configurações curriculares, complementadas com Esquema II
fotos do tamanho 3 x 4, de frente e com farda, de todos os militares em
atividade, distribuídos por seus Quadros e Qualificações, de acordo
com seus postos, graduações e antiguidades, observando-se a prece-
dência funcional, e serão editadas no formato digital.

Art. 34. Concluído o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso de


Formação Profissional, para o QOPM, QOBM, QOSPM, QOCBM e
QOCplPM, e o Curso de Habilitação de Oficiais, para o QOAPM e
QOABM, e obtida aprovação, serão os concludentes nomeados ou
obterão acesso, por ordem de classificação no respectivo curso, ao
posto de Segundo-Tenente, através de ato governamental.

| 72 |
Art. 28. Os atuais Subtenentes da Polícia Militar e Corpo de Bom- § 2° Para efeitos do disposto neste artigo, nenhum militar estadual
beiro, que tenham concluído, com aproveitamento, o Curso de Habilita- será beneficiado com mais de uma promoção no ano de 2015.
ção de Oficiais, realizado na Academia Estadual de Segurança Pública, § 3° Considera-se no cômputo de tempo de carreira, para os fins do
serão nomeados ao posto de 1° Tenente QOAPM e 1° Tenente QO- disposto neste artigo, o período referente ao Curso de Formação de
ABM, a contar da data da publicação desta Lei, cuja data da solenidade Soldados e ao Curso de Formação de Sargentos.
será estipulada pelo respectivo Comandante-Geral.
§ 4° Para a promoção deste artigo, não será exigido tempo de ser-
viço arregimentado e será observado o disposto no art. 7° desta Lei.
Art. 29. Os candidatos aprovados nos concursos para Oficial PM e § 5° A promoção de que trata o caput requer a conclusão pelo mili-
BM, regidos pelos Editais n.os 01 SSPDS/AESP - 1° Tenente BMCE e tar dos cursos de que trata o art. 6°, § 2°, inciso II desta Lei, cabendo
01 SSPDS/AESP - 1° Tenente PMCE, de 18 de novembro de 2013, ao Estado promovê-lo até a data das promoções a serem realizadas no
serão nomeados ao posto de 1° Tenente QOPM e 1° Tenente QOBM, ano de 2015.
após conclusão, com aproveitamento, do Curso de Formação Profissi-
onal. § 6° A aferição do tempo exigido do militar para a promoção de que
trata o caput se dará por ocasião da data da abertura das promoções
Parágrafo único. O interstício para promoção ao posto de Capitão que ocorrerão em 2015.
QOPM e Capitão QOBM, para os militares de que trata este artigo, será
de 8 (oito) anos, e o tempo arregimentado, de 7 (sete) anos.
Art. 32. Os atuais Soldados que. após seu ingresso na Corporação,
tenham passado por um período de, no mínimo, 4 (quatro) anos sem
Art. 30. Excepcionalmente, para a promoção que ocorrerá em ingresso em turma para efeito de promoção, ao serem incluídos em
2015, será garantida aos atuais oficiais a promoção segundo os crité- Quadro de Acesso Geral, não terão aplicada a obrigatoriedade prevista
rios abaixo, independentemente dos limites estabelecidos no art. 9° no art. 9° desta Lei, para efeito exclusivo de sua promoção a Cabo.
desta Lei:
I - ao posto de Tenente-Coronel QOPM/QOBM, o Major que tenha
cumprido, no mínimo, 20 (vinte) anos na carreira; Art. 33. Os atuais Oficiais dos Quadros de Saúde e Capelão, na
Polícia Militar, e Quadro Complementar, no Corpo de Bombeiros, con-
II - ao posto de Major QOPM/QOBM, o Capitão que tenha cumpri- correrão, quando for o caso, aos postos de Major e Tenente-Coronel
do, no mínimo, 15 (quinze) anos na carreira; com os interstícios previstos no Título IV da Lei n° 13.729, de 13 de
III - ao posto de Capitão QOPM/QOBM, o 1° Tenente que tenha janeiro de 2006.
cumprido, no mínimo, 10 (dez) anos na carreira.

Art. 34. Fica assegurado aos atuais Capitães e Majores, na data da


§ 1° Para a promoção disposta neste artigo, não será exigido tem- publicação desta Lei, cumprir os interstícios previstos no Título IV da
po de serviço arregimentado e será observado o art. 7° desta Lei. Lei n° 13.729, de 13 de janeiro de 2006, até a promoção ao posto de
§ 2° Considera-se no cômputo de tempo na carreira, para os fins do Tenente-Coronel, desde que possuam no mínimo 12 (doze) anos de
disposto neste artigo, o período referente ao Curso de Formação de carreira.
Oficiais e Aspirante a Oficial.
§ 3° A promoção de que trata o caput requer a conclusão, pelo mili- Art. 35. O militar estadual que for promovido, ou que deixar de in-
tar, dos cursos de que trata o art. 6°, § 2°, inciso I desta Lei, cumprindo gressar em inatividade ex officio, ou que retomar ao serviço ativo, tudo
ao Estado promovê-lo até a data das promoções a serem realizadas no por ordem judicial, não ocupará vaga no respectivo quadro, ficando
ano de 2015. como excedente até o trânsito em julgado da decisão.
§ 4° A aferição do tempo exigido do militar para a promoção de que
trata o caput se dará por ocasião da data da abertura das promoções Art. 36. Os oficiais e as praças das corporações militares serão de-
que ocorrerão em 2015. signados para as funções em consonância com os princípios da conve-
niência e da oportunidade, visando ao interesse institucional, observado
Art. 31. Excepcionalmente, para a promoção que ocorrerá em o disposto nos artigos 43, 44 e 45 da Lei n° 13.729, de 13 de janeiro de
2015, será garantida à praça a promoção segundo os critérios abaixo: 2006.

I - à graduação de Subtenente, o 1° Sargento que tenha cumprido, Art. 37. Fica extinto o cargo de provimento em comissão de Co-
no mínimo, 22 (vinte e dois) anos na carreira; mandante-Geral da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado.

II - à graduação de 1° Sargento, a praça que tenha cumprido, pelo


menos, 18 (dezoito) anos na carreira; Art. 38. O soldo do Coronel Comandante-Geral da PMCE e do
III - à graduação de 2° Sargento, a praça que tenha cumprido de 15 CBMCE observará o disposto no anexo II, desta Lei.
(quinze) anos até 18 (dezoito) anos incompletos na carreira;
IV - à graduação de 3° Sargento, a praça que tenha cumprido de 12 Art. 39. Além do soldo a que se refere o art. 38, o Coronel Coman-
(doze) anos até 15 (quinze) anos incompletos na carreira; dante-Geral fará jus à Gratificação pelo Exercício de Comando, no valor
V - à graduação de Cabo, os militares que tenham cumprido de 7 previsto também no anexo II, desta Lei, incorporável à inatividade
(sete) anos até 12 (doze) anos incompletos na carreira. desde que sobre ela contribua o militar para o SUPSEC por, no mínimo,
2 (dois) anos.
§ 1° A promoção mencionada no caput ocorrerá exclusivamente
pelo critério de antiguidade. Parágrafo único. Na hipótese de não possuir o Coronel Coman-
dante-Geral o período mínimo para incorporação a que se refere o
caput, levará para os proventos percentual da Gratificação pelo Exercí-

| 73 |
cio de Comando proporcional ao tempo que permaneceu na chefia da ANEXO I, A QUE SE REFERE O ART. 25
Corporação.

Quantificação do efetivo de militares da Polícia Militar e do Corpo


Art. 40. Os ocupantes do cargo de provimento em comissão de de Bombeiros Militar do Ceará
Comandante-Geral, na data da publicação desta Lei, poderão incorpo-
rar a gratificação a que se refere o art. 39, desde que contem, no míni-
mo, com 12 (doze) meses de contribuição sobre ela para o SUPSEC. I - Polícia Militar:
§ 1° Para completar o tempo de incorporação a que se refere o ca-
put, poderá o militar aproveitar o período de exercício do cargo em a) QUADRO DE OFICIAIS POLICIAIS MILITARES - QOPM.
comissão de Comandante-Geral, desde que recolha para a previdência
estadual, retroativamente e considerando o intervalo que deseja apro- CORONEL e CORONEL
veitar, contribuição previdenciária incidente sobre o valor atribuído por 24
COMANDANTE-GERAL
lei, no momento da reserva ex officio, à Gratificação pelo Exercício de
Comando.
OFICIAL 829
§ 2º No caso de o militar de que trata este artigo, mesmo se utili-
zando da regra do § 1°, não possuir o tempo necessário à incorporação SOMA 853
prevista no capta, poderá incorporar a Gratificação pelo Exercício de
Comando na integralidade, recolhendo, após a inatividade, para o
SUPSEC, e no intuito de completar o requisito temporal, valor a maior a b) QUADRO DE OFICIAIS DA SAÚDE - QOSPM.
título de contribuição previdenciária, tendo por base de cálculo o quanto
atribuído em lei à referida gratificação, no momento da reserva. CORONEL MÉDICO 01

CORONEL DENTISTA 01
Art. 41. As promoções de que trata esta Lei, previstas para o ano
de 2015, serão efetivadas até a data de 24 de dezembro. CORONEL
01
FARMACÊUTICO

Art. 42. Ficam revogadas as disposições em contrário, em especial


OFICIAL 47
o Título IV, §§ 4° e 5°, do art. 24, §2° do art. 25, §3° do art. 30, art. 46,
inciso II do art. 49, §1° do art. 50, alíneas "b", "c" e "d" do inciso II, do SOMA 50
art. 182, e anexos I, II e III da Lei n° 13.729, de 13 de janeiro de 2006,
e as Leis nos 13.767, de 28 de abril de 2006, 13.765, de 20 de abril de
2006, 13.781, de 21 de junho de 2006, e 14.931, de 2 de junho de c) QUADRO DE OFICIAIS CAPELÃES - QOCPL.
2011.
OFICIAL 09

Art. 43. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. SOMA 09

d) QUADRO DE OFICIAIS DA ADMINISTRAÇÃO - QOA.


PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em
Fortaleza, 25 de maio de 2015. MAJOR 09

Camilo Sobreira de Santana OFICIAL 227


GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
SOMA 236

e) QUADRO DE PRAÇAS POLICIAL MILITAR.

PRAÇA QPPM 6.561

SOLDADO QPPM 9.842

SOMA 16.403

EFETIVOS

OFICIAIS PM 1.148

PRAÇAS PM 16.403

TOTAL GERAL 17.551

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II - Corpo de Bombeiros Militar:
EXERCÍCIOS DIVERSOS
a) QUADRO DE OFICIAIS BOMBEIROS MILITARES - QOBM.
(Prof. Gilmar Pereira / 2015) Considere a seguinte situação
CORONEL e CORONEL
09
hipotética: José, Rosangela e Moacir, Policiais militares, efetu-
COMANDANTE-GERAL aram a prisão de certo acusado de cometer vários crimes de
estupro no bairro. No momento da prisão, o acusado não esbo-
OFICIAL 300 çou nenhum tipo de reação, contudo, movidos por sentimento
de revolta, os policiais começaram a agredir fisicamente e psi-
SOMA 309 cologicamente o preso. Tendo como referência a situação nar-
rada e os preceitos contidos na Lei nº 13.407/2003, julgue os
próximos itens.
b) QUADRO DE OFICIAIS COMPLEMENTARES - QOC.

CORONEL QOC 01 01. José e Rosangela e Moacir cometeram transgressão de natu-


reza grave, ficando sujeitos a quaisquer das sanções prevista
OFICIAL QOC 38 no CDPM/BM.

SOMA 39 02. Após o devido processo legal, onde lhes tenham sido garanti-
dos a ampla defesa e o contraditório, caso sejam punidos dis-
ciplinarmente, ficarão isentos da responsabilidade civil e crimi-
c) QUADRO DE OFICIAIS DA ADMINISTRAÇÃO - QOA. nal pelo mesmo fato.
MAJOR QOA 04 03. Os militares envolvidos no fato poderão sofrer as sanções
disciplinares correspondentes à gravidade do fato.
OFICIAL QOA 82
(Prof. Gilmar Pereira / 2015) Consoante o Código Disciplinar
SOMA 86 dos militares estaduais do Ceará, Julgue os itens subsequen-
tes relativos às transgressões disciplinares.
d) QUADRO DE PRAÇAS BOMBEIRO MILITAR - QPBM.
04. Mauro, Sargento da PMCE, acabou de cometer transgressão
PRAÇA QPBM 2.525 disciplinar de natureza média, desta forma após o devido pro-
cesso regular, caso seja considerado culpado, terá a respectiva
SOLDADO QPBM 744 sanção publicada apenas para o conhecimento do seu circulo
hierárquico.
SOMA 3.269
05. Salomão, militar estadual, encontra-se em estado de embria-
guez, desta forma, ele não pode ser interrogado, todavia como
EFETIVOS
forma de fazer prevalecer às regras contidas neste Código, po-
OFICIAIS BM 434
derá ser-lhe aplicada sanção disciplinar.

PRAÇAS BM 3.269
(Prof. Gilmar Pereira / 2015) Considere a seguinte situação
hipotética: Certo Soldado da PMCE foi penalizado com uma
TOTAL GERAL 3.703 Custódia disciplinar de 10 (dez) dias. Ao quinto dia de cumpri-
mento da respectiva sanção recebeu a notícia que sua compa-
nheira, que estava enferma, acabara de vir a óbito. Nesta situa-
ção:
ANEXO II, A QUE SE REFEREM OS ARTS. 38 E 39 DA 06. O Soldado não poderá em hipótese alguma, se ausentar do
Remuneração do Coronel Comandante-Geral quartel, pois está cumprindo uma sanção disciplinar.

Soldo R$ 10.873,72 07. Interrompe-se o cumprimento da Custódia disciplinar, o militar


se afasta por 08 (oito) dias por motivo de luto. Após o referido
Gratificação pelo Exercício de Comando R$ 16.759,58 afastamento o militar deve retornar a cumprir os dias que lhe
restam de Custódia.

08. Somente os militares estaduais que cumprem Permanência


disciplinar é que podem, em caso de luto de pessoa da família,
interromper o cumprimento da sanção.

| 75 |
(PMCE 2008 – CESPE) Considerando os preceitos contidos no falta de exação no cumprimento de seus deveres. Portanto, o
Código da Disciplina da Polícia Militar e do Corpo de Bombei- superior hierárquico não responde solidariamente na esfera
ros Militar do Estado do Ceará (CD-PMCBM-CE), que dispõe administrativo-disciplinar com seu subordinado nem incorre nas
sobre o comportamento ético e estabelece os procedimentos sanções da transgressão praticada por ele.
para apuração da responsabilidade administrativo-disciplinar
dos militares estaduais, julgue os seguintes itens. 18. São consideradas transgressões militares graves usar de força
desnecessária no atendimento de ocorrência ou no ato de efe-
09. O CD-PMCBM-CE aplica-se aos militares do estado do serviço tuar prisão e agredir física, moral ou psicologicamente preso
ativo, da reserva remunerada e também aos militares do estado sob sua guarda ou permitir que outros o façam.
ocupantes de cargos públicos não-militares ou eletivos.
(PMCE 2008 – CESPE) Com base no Estatuto dos Militares
10. O governador do estado é o chefe supremo das corporações Estaduais do Ceará (EME-CE), que regula a situação, os
militares do estado e compete a ele, observando sempre os re- direitos, as prerrogativas, os deveres e as obrigações
quisitos da antiguidade e da precedência funcional, conferir a dos militares estaduais, julgue os itens a seguir.
graduação das praças.
19. O militar estadual que, embora efetivo e classificado no quadro
11. A antiguidade entre os militares do estado, em igualdade de de organização e distribuição de uma organização policial mili-
posto ou graduação, é estabelecida, sucessivamente, pelas tar ou de bombeiro militar, venha exercer atividade funcional
seguintes condições: data da última promoção, prevalência su- em outra organização militar ficará na situação de adido.
cessiva dos graus hierárquicos anteriores, classificação no cur-
so de formação ou habilitação, data de nomeação ou admissão 20. É vedado ao militar estadual fazer parte de associações de
e, por fim, maior idade. natureza sindical ou político-partidária ou mesmo de associa-
ções que não causem prejuízos para o exercício do respectivo
12. A deontologia militar estadual é constituída pelos valores e cargo ou função militar que ocupe na ativa.
deveres éticos, traduzidos em normas de conduta, que se im-
põem para que o exercício da profissão do militar atinja plena- 21. Não será computado, para nenhum efeito, o tempo que o militar
mente os ideais de realização do bem comum; reúne princípios estadual ficar afastado do exercício de suas funções em con-
e valores úteis e lógicos a valores espirituais superiores, desti- sequência de ferimentos ocorridos durante o serviço ou, mes-
nados a elevar a profissão à condição de missão. mo quando de folga, em razão da preservação de ordem públi-
ca, de proteção do patrimônio e da pessoa, visando a sua inco-
13. Os deveres éticos emanados dos valores militares estaduais e lumidade em situações de risco, infortúnio ou de calamidade,
que conduzem a atividade profissional sob o signo da retidão bem como em razão de moléstia adquirida no exercício de
moral incluem: dedicação em tempo integral ao serviço militar, qualquer função militar.
buscando, com todas as energias, o êxito e o aprimoramento
técnico-profissional e moral; abstenção do uso do posto, gra- 22. O falecimento de militar estadual da ativa acarreta o desliga-
duação ou cargo para obter facilidades pessoais de qualquer mento ou exclusão do serviço ativo a partir da data da ocorrên-
natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de ter- cia do óbito.
ceiros; exercício constante da função pública com honestidade,
não aceitando vantagem indevida, de qualquer espécie. 23. Como forma de dirimir dúvidas na aplicação do EME-CE aplica-
se, em qualquer caso, subsidiariamente, a legislação em vigor
(PMCE 2008 – CESPE) Ainda com base no CD-PMCBM-CE, para o Exército Brasileiro.
julgue os itens que se seguem.
(PMCE 2008 – CESPE) Considerando, ainda, os preceitos
14. Aos militares do estado da ativa são proibidas manifestações contidos no EME-CE e em suas recentes alterações,
coletivas de caráter reivindicatório ou de cunho político- julgue os itens subsequentes.
partidário e em relação a atos de superiores.
24. A deserção do militar estadual acarreta interrupção do serviço,
15. Ao militar do estado em serviço ativo é vedado exercer ativida- com a consequente perda da remuneração. Se o desertor for
de de segurança particular e de comércio ou integrar a adminis- capturado ou apresentar-se voluntariamente, será submetido à
tração ou gerência de sociedade empresária ou dela ser sócio inspeção de saúde e aguardará a solução do processo. Com-
ou participar, exceto como acionista, cotista ou comanditário. pete à justiça militar estadual processar e julgar o militar esta-
dual desertor, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a
16. A disciplina militar traduz-se no exato cumprimento dos deve- perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das
res, em especial, na rigorosa observância e acatamento inte- praças.
gral das leis, regulamentos, normas e ordens, na obediência às
ordens legais dos superiores, no emprego de todas as energias 25. A demissão do militar estadual se efetua a pedido do interes-
em benefício do serviço e nas manifestações espontâneas de sado e será concedida mediante requerimento, com a indeni-
acatamento dos valores e deveres éticos. zação das despesas relativas à sua preparação e formação,
quando contar com menos de 5 anos de oficialato ou 3 anos de
17. O militar do estado é o único responsável pelas decisões que graduado.
tomar e pelos atos que praticar, inclusive nas missões expres-
samente determinadas, bem como pela inobservância ou pela

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26. A transferência para a reserva remunerada, a pedido, será 39. Somente os oficiais do posto de Coronel, o Secretário da
concedida mediante requerimento do militar estadual que conte SSPDS e o Governador do Estado podem aplicar sanção disci-
com 53 anos de idade e 30 anos de contribuição, dos quais, no plinar aos militares estaduais.
mínimo, 25 anos de contribuição militar estadual ao Sistema
Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e 40. Mauro, que foi punido com Permanência Disciplinar de 08(oito)
Militares, dos Agentes Públicos e Membros de Poder do Estado dias, sendo a sanção convertida em seu limite máximo em ser-
do Ceará (SUSPEC). viço extraordinário, tendo Mauro cumprido 04 dias de perma-
nência e os 04 últimos dias foram convertidos em serviço.
27. Agregação é a situação em que o militar estadual em serviço
ativo deixa de ocupar vaga na escala hierárquica do seu qua- 41. Ao PM recolhido transitoriamente é garantido dentre outros
dro, nela permanecendo sem número. A agregação ocorre, direitos, a identificação do responsável pela sua prisão.
dentre outras situações, quando o militar toma posse em cargo,
emprego ou função pública civil temporária não eletiva, inclusi- 42. As transgressões disciplinares são classificadas de acordo com
ve da administração indireta, e é contada a partir da data da sua gravidade em gravíssima, grave, média e leve.
posse no novo cargo, emprego ou função até o retorno à corpo-
ração ou transferência de ofício para a reserva remunerada. 43. O 2º Tenente o Betim foi punido disciplinarmente em virtude de
ter usado da força para compelir o SD José (que estava saindo
28. Mauro agrediu fisicamente, sem motivo aparente, preso que de serviço) a dar apoio ao efetivo que trocava tiros com bandi-
estava sob sua guarda sendo punido após Processo Disciplinar dos que acabavam de assaltar um banco na cidade.
com Advertência.
44. São considerados agravantes na aplicação das sanções disci-
29. Betim, que cumpria 10 dias de Custódia Disciplinar foi escalado plinares: conluio de duas ou mais pessoas e a reincidência.
de serviço na guarda do quartel no quarto dia após o início da
sanção, devendo trabalhar normalmente. (PMCE 2008 – CURSO DE FORMAÇÃO/CESPE) Considerando a
legislação da polícia militar no que diz respeito aos afastamen-
30. Quando a Permanência Disciplinar for convertida em prestação tos temporários do serviço, às licenças e à deserção, julgue os
de serviço extraordinário o comportamento não será alterado. itens a seguir.

31. A soldado Maria foi punida disciplinarmente com 04 (quatro) 45. O militar estadual tem direito ao afastamento total do serviço
dias de Permanência Disciplinar e como já havia sido punida por dez dias, por motivo de núpcias.
com transgressão grave conseguiu converter em 02(dois) ser-
viços extraordinários. 46. Ao militar estadual podem ser concedidos dez dias de licença-
paternidade.
32. O Major comandante da 2ªCia/15ºBPM aplicou 10(dez) dias de
Custódia Disciplinar ao Soldado José, que estava sendo punido 47. A deserção do militar estadual acarreta automaticamente a
pela 3ª vez em virtude de transgressão grave. perda do posto e da patente, no caso de ele ser oficial, ou a
perda da graduação, no caso de ele ser praça.
33. O Capitão Salomão foi identificado como o líder de movimento
grevista praticado por cerca de 1000 Policiais Militares arma- (PMCE 2011 – CESPE) Com relação à disciplina militar e aos
dos. Por isto poderá ser expulso da Corporação. deveres dos policiais militares do estado do Ceará, julgue os
itens seguintes.
34. O militar que estiver recolhido transitoriamente terá descontado
do seu salário o valor correspondente aos dias que deixar de 48. Ao militar inativo é assegurado o direito de opinar sobre assun-
trabalhar. to político e externar pensamento e conceito ideológico, filosófi-
co ou relativo a matéria pertinente ao interesse público; contu-
35. Caso o signatário de comunicação disciplinar interpele o faltoso do, ao exercer esse direito, deve o militar observar os preceitos
deverá constar obrigatoriamente as alegações do mesmo no da ética militar e preservar os valores militares em suas mani-
documento comunicativo. festações essenciais.

36. Quando a autoridade competente tiver convencimento suficien- 49. Constitui dever ético imposto aos militares emanado dos valo-
te para elaboração de termo acusatório poderá ser dispensada res militares estaduais abster-se, exceto se na inatividade, do
a manifestação preliminar do acusado, devendo esta circuns- uso das designações hierárquicas em atividade comercial ou
tância ser constada no respectivo termo. industrial.

37. Excelente, ótimo, bom, regular, mau e ruim são os comporta- 50. Ao militar candidato a cargo eletivo impõe-se o dever ético de
mentos existentes nas Corporações militares estaduais. abster-se do uso das designações hierárquicas nas atividades
político-partidárias.
38. O soldado José que presenciou o Sargento Carlos utilizando
indevidamente viatura da PMCE comunicou o fato ao superior 51. O candidato que almeja ingressar na PMCE e já se encontra na
do Sargento através de Representação. situação de militar de qualquer Estado da Federação ou das
Forças Armadas, caso seja aprovado no Concurso Público, po-

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derá possuir a idade de 30 (trinta) anos na data de matrícula no 62. Nenhum militar pode ser interrogado ou sofrer sanção se esti-
Curso de Formação Profissional. ver em estado de embriaguez ou sob a ação de substância en-
torpecente ou que determine dependência física ou psíquica,
(PMCE 2011 – CESPE) Tendo como referência a Lei nº sendo vedado, nesse caso, o recolhimento transitório preventi-
13.407/2003, do estado do Ceará, julgue os itens subsequentes, vo.
relativos à transgressão disciplinar militar.
63. Compete aos oficiais do posto de capitão a aplicação, aos seus
52. A aplicação das penas disciplinares previstas no Código Disci- subordinados, das sanções disciplinares de advertência, repre-
plinar da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Es- ensão e permanência disciplinar de até dez dias.
tado do Ceará independe do resultado de eventual ação penal
ou cível. (PMCE 2011 – CESPE) À luz do Código Disciplinar da Polícia
Militar do Estado do Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do
53. Ofender a moral e os bons costumes por atos, palavras ou Estado do Ceará (Lei n.º 13.407/2003), julgue os itens a seguir.
gestos é considerado transgressão disciplinar média.
64. Posto é o grau hierárquico das praças, conferido por ato do
54. Simular doença para esquivar-se do cumprimento do dever comandante-geral da respectiva corporação militar.
constitui transgressão disciplinar média.
65. Hierarquia militar estadual é a ordenação progressiva da auto-
55. As transgressões disciplinares correspondem a ações que ridade, em graus diferentes, da qual decorre a obediência, den-
violam os valores e deveres militares. Transgressões de natu- tro da estrutura da polícia militar e do corpo de bombeiros mili-
reza meramente desonrosa são consideradas leves. tar. Nessa hierarquia, o mais alto grau refere-se ao secretário
de segurança pública do estado, chefe supremo das corpora-
56. O oficial que transfira ao escrivão a responsabilidade da elabo- ções militares do estado.
ração de inquérito policial militar e se exima da responsabilida-
de pelas devidas inquirições comete transgressão disciplinar 66. Tratando-se de promoção à segundo-tenente, de nomeação de
grave. oficiais ou de admissão de cadetes ou alunos-soldados, preva-
lece, para efeito de antiguidade, a ordem de classificação obti-
(PMCE 2011 – CESPE) Em relação às sanções administrativas da nos respectivos cursos ou concursos.
disciplinares a que se sujeitam os militares do estado do Ceará,
julgue os itens a seguir. (PMCE 2011 – CESPE) Acerca da deontologia policial-militar,
conforme a Lei Estadual n.º 13.407/2003, julgue os próximos
57. A condenação, na justiça comum ou militar, à pena privativa de itens.
liberdade por tempo superior a dois anos, por sentença passa-
da em julgado, implica a aplicação à praça ou ao oficial das pe- 67. Aplicada aos componentes das corporações militares, inde-
nas de demissão ou expulsão. pendentemente de posto ou graduação, a deontologia policial-
militar reúne princípios e valores úteis e lógicos e valores espiri-
58. A advertência aplica-se, verbalmente, exclusivamente nos tuais superiores, destinados a elevar a profissão do militar es-
casos de faltas de natureza leve, constituindo ato nulo a sua tadual à condição de missão.
aplicação a casos de faltas médias ou graves.
68. A probidade consta expressamente em lei como um valor fun-
59. Nos dias em que permanecer sob a sanção denominada custó- damental, determinante da moral militar estadual.
dia disciplinar, o militar terá assegurados todos os direitos e
vantagens decorrentes do exercício do posto ou graduação, in- (PMCE 2011 – CESPE) Julgue os itens seguintes, acerca do
clusive o direito de computar o tempo da pena para todos os recolhimento transitório e sobre a violação dos valores, dos
efeitos. deveres e da disciplina militar, tendo como referência a Lei
Estadual n.º 13.407/2003.
(PMCE 2011 – CESPE) Com base nas previsões do Código
Disciplinar da Polícia Militar do Estado do Ceará, julgue os 69. O superior hierárquico responde solidariamente, na esfera
itens subsequentes, a respeito da competência, do julgamento, administrativo-disciplinar, incorrendo nas mesmas sanções da
da aplicação e do cumprimento das sanções disciplinares. transgressão praticada por seu subordinado, quando presenci-
ar o cometimento da transgressão e deixar de atuar para fazê-
60. Não haverá aplicação de sanção disciplinar quando a suposta la cessar imediatamente.
transgressão tiver sido praticada em obediência a ordem supe-
rior, desde que a ordem recebida não seja manifestamente ile- 70. A violação da disciplina militar será tão mais grave quanto mais
gal. baixo for o grau hierárquico de quem a cometer.

61. Na ocorrência de mais de uma transgressão, havendo ou não 71. O recolhimento transitório caracteriza sanção disciplinar, sendo
conexão entre elas, serão impostas as sanções corresponden- medida preventiva e acautelatória da ordem social e da disci-
tes a cada uma delas isoladamente. plina militar, consistente no desarmamento e recolhimento do
militar à prisão, com nota de punição publicada em boletim. Es-
sa sanção poderá ser adotada quando houver fortes indícios de
autoria de crime propriamente militar ou transgressão militar.

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72. A condução do militar à autoridade competente para determinar serviço ativo militar ou na situação de inatividade em que se
o seu recolhimento transitório somente poderá ser efetuada por encontra.
superior hierárquico ou por oficial com precedência funcional ou
hierárquica sobre o conduzido. (PMCE 2011 – CESPE) Julgue os itens seguintes, com base no
Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará.
73. O militar sob recolhimento transitório somente poderá perma-
necer nessa situação pelo tempo necessário ao restabeleci- 83. O ingresso na Polícia Militar do Ceará depende de prévia apro-
mento da normalidade da situação considerada, não podendo o vação em concurso público de provas e títulos. Além disso, de-
recolhimento ultrapassar cinco dias, salvo determinação em vem ser atendidos outros requisitos cumulativos, como: ter boa
contrário da autoridade judiciária competente. reputação social, não estar respondendo a processo criminal
nem ter sido indiciado em inquérito policial e ser confirmado na
(PMCE 2011 – CESPE) A respeito do procedimento disciplinar, etapa dos exames médico-odontológico, biométrico e toxicoló-
de acordo com a Lei Estadual n.º 13.407/2003, julgue os itens gico.
que se seguem.
84. A hierarquia e a disciplina são a base institucional das corpora-
74. A comunicação disciplinar deverá ser apresentada no prazo de ções militares do estado e devem ser mantidos em todas as
cinco dias, contado da constatação ou do conhecimento do fa- circunstâncias entre os militares, não existindo prevalência en-
to, inclusive no caso de recolhimento transitório. tre os mesmos postos ou de uma mesma graduação.

75. A representação contra ato disciplinar será feita somente de- 85. Aplica-se o disposto no estatuto, no que couber, aos militares
pois de solucionados os recursos disciplinares e desde que a estaduais da reserva remunerada e aos reformados.
matéria recorrida verse sobre a legalidade do ato praticado.
86. Ato do governador do estado pode convocar para o serviço
(PMCE 2011 – CESPE) Julgue os itens subsequentes, a respeito ativo os militares estaduais da reserva remunerada e os refor-
do comportamento e das recompensas dos militares, com base mados, em caráter transitório, caso em que não poderá haver
na Lei Estadual n.º 13.407/2003. recusa por parte do militar.

76. O elogio individual, ato administrativo que coloca em relevo as 87. O provimento do cargo efetivo dos militares estaduais — postos
qualidades morais e profissionais do militar, só pode ser formu- e graduações —, previstos na Lei de Fixação de Efetivo de ca-
lado ao militar que ostenta, no mínimo, bom comportamento. da corporação militar, é realizado por ato administrativo do co-
mandante-geral.
77. A dispensa do serviço é uma recompensa militar e somente
pode rá ser concedida por oficiais dos postos de tenente- (PMCE 2011 – CESPE) No que se refere às prerrogativas esta-
coronel e coronel a seus subordinados funcionais. belecidas no Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará, julgue
os itens subsequentes.
78. Para fins disciplinares e outros efeitos, o comportamento do
militar classifica-se em ótimo quando, no período de dez anos, 88. Nos casos de transgressão disciplinar ou de crime propriamen-
não lhe tenha sido aplicada qualquer sanção disciplinar, mes- te militar, o militar só poderá ser preso por ordem escrita e fun-
mo em decorrência de falta leve. damentada da autoridade judiciária competente.

(PMCE 2011 – CESPE) Acerca do processo regular, segundo a 89. Nos termos do estatuto, somente em casos de flagrante delito
Lei Estadual n.º 13.407/2003, julgue os itens a seguir. o militar estadual poderá ser preso por autoridade policial civil,
ficando retido na delegacia durante o tempo necessário à lavra-
79. O Conselho de Disciplina dispõe do prazo de quarenta e cinco tura do flagrante, comunicando-se imediatamente ao juiz com-
dias, a contar da data de sua nomeação, para a conclusão dos petente e ao comando da respectiva corporação militar.
trabalhos relativos ao processo, e de mais quinze dias para de- 90. O estatuto veda, expressamente, ao militar estadual usar uni-
liberação, confecção e remessa do relatório conclusivo. formes em manifestação de caráter político-partidário.

80. O militar submetido a processo regular deverá, quando houver 91. Mauro, Subtenente PM, pretende ingressar no Quadro de Ofi-
possibilidade de prejuízo para a hierarquia, disciplina ou para a ciais de Administração da respectiva Corporação, desta forma
apuração do fato, ser designado para o exercício de outras se lograr êxito poderá exercer a função de Comandante de
funções, enquanto perdurar o processo, podendo ainda a auto-
Unidade militar estadual.
ridade instauradora proibir-lhe o uso do uniforme e o porte de
arma, como medida cautelar. 92. O estatuto assegura ao militar estadual o cumprimento de pena
de prisão ou detenção, mesmo após o trânsito em julgado da
81. O Conselho de Justificação destina-se a apurar as transgres- sentença penal condenatória, em organização militar da corpo-
sões disciplinares cometidas pela praça e a incapacidade desta ração a que pertença o preso e na qual o comandante, chefe
para permanecer no serviço ativo militar. ou diretor preceda-o hierarquicamente.
82. O Conselho de Disciplina destina-se a apurar as transgressões (PMCE 2011 – CESPE) Julgue os itens seguintes, relativos ao
disciplinares cometidas pelos oficiais da ativa ou da reserva Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará.
remunerada e a sua incapacidade moral para permanecer no

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93. Assegura-se ao militar estadual o direito de perceber, em reco- (PMCE 2011 – CESPE) Acerca dos direitos dos militares esta-
nhecimento dos bons serviços prestados e de acordo com as duais, julgue os itens a seguir, de acordo com o disposto no
normas regulamentares da corporação, recompensas, como, Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará.
por exemplo, condecorações por serviços prestados, elogios e
dispensas do serviço. 103. Ao praça é assegurado o livre acesso, independentemente de
encontrar-se ou não em serviço ou de estar agindo em razão
94. O subsídio ou os vencimentos dos militares estaduais são deste, aos locais que estejam sujeitos à fiscalização da polícia
irredutíveis e não estão sujeitos a penhora, sequestro ou arres- ou do bombeiro militar.
to, salvo nos casos previstos em lei.
104. Ao militar estadual da ativa e ao em inatividade, fardado e
95. O direito a licença para tratar de interesse particular e a licença mediante a apresentação de sua identidade militar, é garantido
por motivo de doença é garantido aos militares estaduais; en- o acesso gratuito aos transportes rodoviários coletivos, inter-
tretanto, em ambos os casos, o tempo de licença implica preju- municipais e interestaduais, estabelecida cota máxima de dois
ízo da remuneração, da contagem do tempo de serviço e(ou) militares por veículo.
de contribuição e da antiguidade no posto ou na graduação.
105. O militar estadual alistável é elegível. No caso de ser suplente,
96. Nos termos do estatuto, não faz jus às férias regulamentares o ao assumir o cargo eletivo, o militar passará automaticamente,
militar estadual que esteja aguardando solução de processo de no ato da diplomação, para a reserva remunerada, com pro-
inatividade nem o que esteja matriculado em curso de forma- ventos proporcionais ao tempo de contribuição.
ção para ingresso na corporação.
106. O porte de arma é direito dos militares estaduais, tanto para os
97. Consideram-se dispensas do serviço as autorizações concedi- do serviço ativo como para os em inatividade, salvo se a inati-
das aos militares estaduais para afastamento total do serviço, vação for proveniente de alienação mental ou de condenação
em caráter temporário. Nesse caso, não há prejuízo da remu- que desaconselhe o porte.
neração integral nem da contagem do tempo de efetivo serviço
e(ou) de contribuição militar. Essas dispensas podem ser des- 107. É assegurado ao militar estadual, oficial ou praça, o direito à
contadas em férias já publicadas e não gozadas, no todo ou assistência jurídica integral, gratuita e oficial do estado em ca-
em parte, ou concedidas em razão de prescrição médica. so de questionamento de ato por ele praticado no legítimo
exercício da missão.
(PMCE 2011 – CESPE) À luz do Estatuto dos Militares Estaduais
do Ceará, julgue os próximos itens, relativos ao compromisso, (PMCE 2011 – CESPE) Ainda com base no Estatuto dos Milita-
ao comportamento ético e à responsabilidade disciplinar e res Estaduais do Ceará, julgue os próximos itens.
penal militar.
108. Na apuração do tempo de contribuição do militar estadual,
98. Ao militar estadual é expressamente assegurado o direito de não poderá ser computada superposição de tempos, de
recorrer ou interpor recurso, quando se julgar prejudicado ou quaisquer naturezas.
ofendido, a qualquer ato administrativo, no prazo de cento e
vinte dias corridos, sob pena de prescrição desse direito. 109. Nos termos do estatuto, a deserção do militar estadual acarre-
ta interrupção do serviço, com a consequente perda da remu-
99. O militar estadual que permanecer ausente do serviço por mais neração. O militar desertor será agregado ao seu quadro ou
de 30 (trinta) dias, será oficialmente considerado extraviado. qualificação, até a decisão transitar em julgado.

100. As ações judiciais contra atos disciplinares militares, com 110. O estatuto veda, expressamente, que sociedade simples ou
recurso para o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, são empresária ou organização civil de modo geral use de desig-
julgadas singularmente por juízes de direito do juízo militar. nação que possa sugerir sua vinculação a corporação militar
estadual.
101. Ao ingressar na corporação militar estadual, tão logo o militar
tenha adquirido grau de instrução compatível com o perfeito 111. O comandante-geral da polícia militar poderá determinar o
entendimento de seus deveres como integrante da respectiva emprego da força militar em regime de tempo integral de ser-
corporação, deve prestar compromisso de honra, de caráter viço em razão de rebelião, fuga, invasão, greve, mobilização,
solene, na presença de tropa ou guarnição formada, no qual protesto e agitação que causem grave perturbação da ordem
afirmará a aceitação consciente das obrigações e dos deveres pública. Nesse caso, a adesão do militar estadual será volun-
militares e manifestará a sua firme disposição de bem cumpri- tária e àquele que se dispuser a participar de escala de servi-
los. ço, durante parte do período de sua folga, estará assegurada,
como retribuição, vantagem pecuniária, eventual, compensató-
102. Enquanto não concluir o curso de formação, o aluno-soldado ria e específica, não incorporável à remuneração normal.
submetido a procedimento de apuração de responsabilidade
administrativo-disciplinar está sujeito apenas às disposições 112. A exoneração a pedido é uma das formas previstas no estatu-
normativas disciplinares previstas no estabelecimento de ensi- to para o desligamento do militar da corporação militar estadu-
no onde estiver matriculado. al. Sua concessão ocorre mediante requerimento do interes-
sado, sendo vedada ao militar que estiver respondendo a
Conselho de Justificação, Conselho de Disciplina ou processo

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administrativo-disciplinar ou ainda àquele que se encontrar vado nos exames laboratoriais e em inspeção médica de saú-
cumprindo pena de qualquer natureza. de aos quais será previamente submetido, para prestar serviço
de segurança patrimonial de próprios do Estado, conforme
(PMCE 2011 – CESPE) Com relação ao Estatuto dos Militares dispuser a lei específica, sendo computado esse tempo de
Estaduais do Ceará e o disposto na Lei Complementar n.º serviço do militar.
93/2011, julgue os itens que se seguem.
(Prof. Gilmar Pereira / 2015) Com base no Estatuto dos Militares
113. Considera-se comando a prerrogativa pessoal do militar inves- Estaduais do Ceará (EMECE), que regula a situação, os
tido nessa função, vinculada ao grau hierárquico. Essa prerro- direitos, as prerrogativas, os deveres e as obrigações dos
gativa consiste na soma de autoridade, deveres e responsabi- militares estaduais, julgue os itens a seguir acerca dos
lidades de que o militar estadual está legalmente investido requisitos para ingresso nas corporações militares estaduais.
quando conduz subordinados ou dirige uma organização mili-
tar estadual. 123. O ingresso na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar
do Ceará dar-se-á para o preenchimento de cargos vagos,
114. O militar estadual reformado por incapacidade definitiva que mediante prévia aprovação em concurso público de provas ou
for julgado apto em inspeção de saúde por junta superior, em de provas e títulos.
grau de recurso ou revisão, poderá retornar ao serviço ativo, a
qualquer tempo, por ato do governador do estado. 124. O Concurso Público para ingresso nas corporações militares
estaduais será promovido pela Secretaria da Segurança Públi-
(Prof. Gilmar Pereira / 2015) Considerando, ainda, os preceitos ca e Defesa Social em conjunto com a Secretaria do Planeja-
contidos no EMECE e em suas recentes alterações, julgue os mento e Gestão, na forma que dispuser o Edital do concurso,
itens subsequentes acerca da convocação para o serviço ativo atendidos os requisitos cumulativos previstos no EMECE,
dos militares da Reserva remunerada. além dos previstos no Edital.

115. Os militares estaduais da reserva remunerada poderão ser 125. O candidato a ingresso nas corporações militares estaduais
convocados para o serviço ativo e poderão também ser para deverá ter, na data da inscrição no concurso público idade
este designados, em caráter transitório e mediante aceitação igual ou superior a 18 (dezoito) anos e inferior a 30 (trinta)
voluntária, por ato do Governador do Estado. anos, para as carreiras de praça e oficial do Quadro de Ofici-
ais Policiais Militares - QOPM, ou Quadro de Oficiais e Bom-
116. O militar será convocado, dentre outras situações, quando; se beiros Militares – QOBM, idade igual ou superior a 18 (dezoito)
fizer necessário o aproveitamento de seus conhecimentos anos e inferior a 35 (trinta e cinco) anos, para a carreira de ofi-
técnicos e especializados. cial do Quadro de Oficiais de Saúde da Polícia Militar -
QOSPM, Quadro de Oficiais Complementar Bombeiro Militar -
117. O militar da reserva poderá ser convocado, mesmo que haja, QOCPM/BM, Quadro de Oficiais Capelães - QOCplPM/BM e
no momento, no serviço ativo, militar estadual habilitado a 30 (trinta) anos, quando militar, para as carreiras de Praça e
exercer a função vaga existente na Corporação Militar estadu- Oficial.
al.
126. Salomão foi condenado na justiça por um crime, todavia já
118. O Coronel PM Mauro, da reserva remunerada foi convocado cumpriu sua pena. De acordo com o EMECE, Salomão poderá
para o serviço ativo para assumir a Diretoria de ensino da ingressar em uma das corporações militares estaduais, pois já
AESP, o mesmo alegou que não tinha interesse e nem possu- cumpriu sua pena e não deve mais nada a justiça.
ía conhecimentos técnicos e especializados para exercer tal
função, todavia mesmo assim, foi obrigado a voltar para o ser- 127. Não ter sido isentado do serviço militar por incapacidade defi-
viço ativo da corporação por determinação do Governador do nitiva e estar em situação regular com as obrigações eleitorais
Estado. e militares, são alguns dos requisitos básicos para ingresso
nas corporações militares do Estado.
119. O militar estadual designado terá os direitos e deveres dos da
ativa, em igual situação hierárquica, exceto quanto à promo- 128. Para ingresso na carreira de praças ou de oficiais, o candidato
ção, à qual não concorrerá. deverá ter concluído, na data da matrícula no Curso de
Formação Profissional, o ensino médio.
120. Para a designação de militar estadual da inativa para a ativa,
serão ouvidas a Secretaria da Segurança Pública e Defesa 129. Quem almeja ingressar nas corporações militares estaduais
Social e a Secretaria da Administração. deve ser portador de carteira nacional de habilitação classifi-
cada, no mínimo, na categoria ―B‖, na data da matrícula no
121. O militar estadual na reserva remunerada somente poderá ser Curso de Formação Profissional.‖
revertido ao serviço ativo, a pedido, quando da vigência de Es-
tado de Guerra, Estado do Sítio, Estado de Defesa, em caso 130. Ao militar estadual é vedada à mudança de quadro, salvo no
de Mobilização ou de interesse da Segurança Pública. caso de aprovação em novo concurso público.

122. Por aceitação voluntária, o militar estadual da reserva remune- 131. Os candidatos aprovados no concurso, para os quadros de
rada poderá ser designado para o serviço ativo, em caráter Saúde e Capelania, dentro do limite de vagas estipuladas, par-
transitório, por ato do Governador do Estado, desde que apro- ticiparão de Curso de Formação de Oficiais, num período de

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06 (seis) meses, durante o qual serão equiparados a Cadete 142. As promoções ocorrerão exclusivamente por antiguidade,
do 3º ano do Curso de Formação de Oficiais, fazendo jus à merecimento, post mortem, bravura, e em ressarcimento de
remuneração correspondente. preterição.

132. Após o Curso de Formação de Oficiais de Capelães, se consi- 143. A promoção, por qualquer dos critérios, sempre baseia-se na
derado aprovado, o candidato será declarado Aspirante à Ofi- precedência hierárquica do militar estadual sobre os demais
cial do Quadro de Oficiais Capelães, por ato do Governador do de igual posto ou graduação, observados os demais requisitos
Estado. estabelecidos nesta Lei.

(Prof. Gilmar Pereira / 2015) No que se refere aos preceitos 144. A promoção por merecimento tem por fundamento os valores
estabelecidos no Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará, funcionais agregados pelo militar no decorrer da carreira e que
julgue os itens subsequentes relativos à seleção e ingresso no o destaquem na atuação funcional, preferencialmente no posto
CHO (Curso de Habilitação de Oficiais) e ao QOA (Quadro de ou graduação ocupado por ocasião da disputa pela promoção,
Oficiais de Administração). sendo essa aferição promovida por comissão específica de
promoção.
133. Para a seleção e ingresso no Curso de Habilitação de Oficiais,
o Subtenente deverá ter, dentre outros requisitos, no mínimo, 145. O militar estadual será promovido post mortem quando o
20 (vinte) anos de efetivo serviço na Corporação Militar do militar estadual falecer em razão do desempenho da atividade
Estado do Ceará, computados até a data de encerramento das militar estadual, ou em acidente em serviço ou em consequên-
inscrições do concurso. cia de doença, moléstia ou enfermidade que nele tenha sua
causa imediata, conforme aferição de comissão de meritorie-
134. Ser Subtenente do serviço ativo, estar classificado, no mínimo, dade designada pelo Governador ou pelo Secretário de Segu-
no ―Bom‖ comportamento e possuir diploma de curso de nível rança Pública e Defesa Social ou quando o militar fazia jus à
superior, reconhecido pelo Ministério da Educação são alguns promoção em vida, não sendo esta efetivada a tempo, em ra-
dos requisitos para ingresso no CHO. zão do seu óbito.
135. Mauro, Subtenente PM foi aprovado e classificado no Proces-
146. A promoção por bravura, a ser aferida por comissão de merito-
so Seletivo e que, em consequência, foi matriculado e concluiu
riedade designada pelo Comandante-Geral, resulta de ato, ou
o Curso de Habilitação de Oficiais (CHO) com aproveitamento,
atos, não comuns de coragem e audácia, que, ultrapassando
tendo desta forma, acesso ao posto de 2º Tenente do QOA.
os limites normais do cumprimento do dever, representem fei-
tos de notório mérito, exclusivamente em operação ou ação
136. As vagas para o ingresso no CHO serão distribuídas na
inerente à missão institucional da corporação militar em servi-
proporção de 50% (cinquenta por cento) por antiguidade e
ço.
50% (cinquenta por cento) por seleção interna composta por
provas de conhecimento intelectual.
147. A promoção requerida alcançará o militar estadual que com-
137. O Quadro de Oficiais Administrativos (QOA) é formado por 1º, pletar 30 (trinta) anos de contribuição, sendo, no mínimo, 25
2º Tenentes e Capitães. (vinte e cinco) anos como de contribuição como militar ao SU-
PSEC, e consistirá na sua elevação, a pedido, ao grau imedia-
138. O Oficial pertencente ao QOA não pode realizar serviços tamente superior, observadas as condições estabelecidas nes-
operacionais. ta Lei.

139. Salomão, Subtenente PM almejava realizar o Curso de Habili- 148. A promoção do oficial se dará por ato do Governador do Esta-
tação de Oficiais (CHO) para posterior ingresso no Quadro de do, já a da praça por ato do Comandante-Geral.
Oficiais Administrativos (QOA). Após a verificação dos requisi-
tos necessários para a matrícula, foi constatado que Salomão 149. A passagem da praça para o quadro de oficiais acontecerá por
havia sido punido com transgressão disciplinar de natureza acesso, exigindo-se a conclusão, com aproveitamento, de
média nos últimos 24 (vinte e quatro) meses, desta forma, o Curso de Habilitação de Oficiais - CHO, cujo ingresso se dará
Subtenente foi impedido de ingressar no referido curso. metade por antiguidade e a outra metade por prévia aprova-
ção por seleção interna, supervisionada pela Academia Esta-
(Prof. Gilmar Pereira / 2015) No que se refere à Lei de Promo- dual de Segurança Pública, para os integrantes do QOAPM e
ções dos militares estaduais, julgue os próximos itens. QOABM.

150. Para fins de promoção, por quaisquer dos critérios, deve o


140. A promoção, direito do militar estadual, consiste na elevação
militar figurar no Quadro de Acesso Geral, cujo ingresso re-
na carreira, tendo o objetivo o estímulo ao constante aprimo-
quer o preenchimento dos seguintes requisitos, cumulativa-
ramento funcional com resultado no alcance dos graus hierár-
mente: interstício no posto ou na graduação de referência,
quicos superiores nas Corporações militares estaduais.
curso obrigatório estabelecido em lei, serviço arregimentado e
mérito.
141. Serão planejadas as promoções observando as peculiaridades
de cada posto e cada graduação e objetivando assegurar um
fluxo regular e equilibrado nas carreiras de oficial e de praça.

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151. O interstício no Posto ou na Graduação, a ser completado até 162. Os policiais civis, militares e bombeiros militares estaduais que
a data em que efetivada a promoção, é o tempo mínimo de desempenhem suas atividades na Controladora Geral de Dis-
efetivo serviço considerado em cada posto ou graduação, ciplina, terão seu desempenho e produtividade avaliados se-
descontado o tempo não computável. mestralmente e consolidado anualmente, com base nos se-
guintes critérios sem prejuízo de outros estabelecidos em re-
152. Para a promoção ao posto de 1º Tenente o interstício mínimo gulamento; assiduidade, urbanidade, pontualidade e produtivi-
exigido é de 05 (cinco) anos no posto de 2º Tenente. dade, correção formal e jurídica dos processos administrativos
e sindicâncias, cumprimento dos prazos processuais adminis-
153. Para que um 2º Tenente do QOAPM e QOABM possa ser trativos e cumprimento dos planos de metas e das tarefas de-
promovido ao posto de 1° Tenente deve possuir dentre outros terminadas pelo Controlador Geral.
requisitos, 03 (três) anos no posto de 2° Tenente QOAPM ou
QOABM. 163. O período de afastamento das funções do policial militar em
virtude de estar submetido á Sindicância ou à Processo Admi-
nistrativo Disciplinar será computado, para todos os efeitos le-
154. Mauro é Soldado e Salomão é Cabo ambos da PMCE. Para
gais, como de efetivo exercício, salvo para fins de promoção,
alcançar a graduação de Cabo, Mauro deve possuir o interstí-
seja por merecimento ou por antiguidade.
cio de 07 (sete) anos na graduação de Soldado e 06 (seis)
anos de serviço arregimentado e para que Salomão alcance a
164. A lei Complementar nº 098/2011 cria o cargo de Controlador
promoção a 3º Sargento deve possuir 05 (cinco) anos de in-
Geral Adjunto de Disciplina, de provimento em comissão, de
terstício na graduação de Cabo e 04 (quatro) anos de serviço
livre nomeação e exoneração pelo Governador do Estado, es-
arregimentado.
colhido dentre Bacharéis em Direito, de reputação ilibada,
sendo o substituto do Controlador Geral em suas ausências e
155. Para fins de concorrer à seleção para ingresso no Curso de
impedimentos.
Habilitação de Oficiais, exigir-se-á do candidato diploma em
curso de nível superior.
165. As Comissões Civis Permanentes de Processos Disciplinares,
compostas por 3 (três) membros, que serão indicados median-
(Prof. Gilmar Pereira / 2015) À luz da Lei Complementar nº
te ato do Controlador Geral de Disciplina, ou a quem por dele-
098/2011, que dispõe sobre a criação da Controladoria Geral
gação couber, dentre Delegados de Polícia ou Servidores Pú-
dos órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário,
blicos Estáveis, sendo um presidente, um secretário e um
julgue os próximos itens.
membro.
156. O dirigente maior da CGD denomina a ei de Controlador-
166. Fica criada, no âmbito da Controladoria Geral de Disciplina
Gerencial de Disciplina, cargo preenchido mediante concurso
público, equiparado a Secretário de Estado. dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do
Estado do Ceará o Grupo Tático de Atividade Correicional –
157. O GTAC é diretamente subordinada ao Governador, com a GTAC, que tem dentre outras atribuições; realizar atividades
missão preventiva e ostensiva, realizada por meio de fiscaliza- de fiscalização operacional, bem como outras necessárias in-
ções e inspeções, em instalações, viaturas e unidades. vestigações e realizar correições preventivas e repressivas,
por meio de inspeções em instalações, viaturas e unidades.
158. A CGD tem dentre outras atribuições; participar e colaborar
com a Academia Estadual de Segurança Pública-AESP na 167. A Delegacia de assuntos internos é vinculada operacionalmen-
elaboração de planos de capacitação, bem como na promoção te à CGD e subordinada administrativamente ao Governador
de cursos de formação. do Estado.
159. Por ser um órgão fiscalizador a CGD não pode ser composta 168. Caberá recurso no prazo de 10 (dez) dias, dirigido ao Conse-
de servidores das pastas que fiscaliza. lho de Disciplina e Correição, das decisões proferidas pelo
Controlador-Geral de Disciplina decorrente das apurações rea-
160. Os policiais civis e os militares e os bombeiros militares esta- lizadas nas Sindicâncias, pelos Conselhos de Justificação,
duais requisitados para servir na Controladoria Geral de Disci- Conselhos de Disciplina e pelas Comissões de Processos
plina serão considerados, para todos os efeitos, como no Administrativos Disciplinares, sendo que das decisões definiti-
exercício regular de suas funções de natureza policial civil, po- vas tomadas no âmbito da Controladoria Geral de Disciplina,
licial militar ou bombeiro militar. somente poderá discordar o Governador do Estado.
161. O Controlador Geral de Disciplina, poderá solicitar ao Gover- 169. Os servidores estaduais designados para servirem na Contro-
nador do Estado a cessão de Oficiais das Forças Armadas, ladoria Geral de Disciplina deverão ter, no mínimo, os seguin-
Oficiais de outras Polícias Militares Estaduais para comporem tes requisitos, dentre outros; ser, preferencialmente, Bacharel
Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, Conselhos em Direito, em Administração ou Gestão Pública e se militar
de Disciplina e/ou Justificação. ou policial civil, possuir, preferencialmente, no mínimo 10 (dez)
anos de serviço operacional prestado na respectiva Instituição.

170. Instaurar o Conselho de Disciplina e o Conselho de Justifica-


ção é atribuição do GTAC.

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Email/facebook: gilmar01pereira@hotmail.com

GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E E C E E E C E E E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C C C C C C E C C E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E C E C E C C E E E
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E E E E C C E C E E
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
C E E C E C E C E E
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
C C E C E E E C E C
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
E E C E E C C E C E
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
E C C E C E C E C C
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
E E C E C E E E C C
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
E C C C E E C C E C
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110
C E E E C C C C C C
111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
E C E E C C E E C C
121 122 123 124 125 126 127 128 129 130
E C C C E E C E E C
131 132 133 134 135 136 137 138 139 140
C E E C C C E E E C
141 142 143 144 145 146 147 148 149 150
C E E C E E C C C E
151 152 153 154 155 156 157 158 159 160
C C C C C E E C E C
161 162 163 164 165 166 167 168 169 170
C E C C E C E C E E

A HORA É AGORA!

Não se deixe enganar. A vida passa rapidamente. Não podemos ficar per-
dendo tempo para realizar nossos sonhos. Se você pensa que concurso é
como carnaval, que acontece todo ano, você acabará passando muitos
carnavais e aniversários vendo seus amigos comemorarem o sucesso no
concurso, enquanto você fica de fora vendo o bonde passar.
Não deixe para amanhã quando você pode passar hoje!
Então, mãos à obra: O importante agora é estudar! .

Vai dar Certo!


Professor Gilmar Pereira

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