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Diabetes
Com certificado
Samara Calixto Gomes
online
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................5
CLASSIFICAÇÃO ..........................................................................................................6
2.1 DIABETES TIPO 1 (DM1) .....................................................................................7
2.2 DIABETES TIPO 2 (DM2) .....................................................................................7
2.3 DIABETES GESTACIONAL .................................................................................7
SINTOMAS E FATORES DE RISCO DO DIABETES ..............................................8
ESTRATIFICAÇÃO DOS RISCOS ............................................................................10
4.1 ESCORE DE FRAMINGHAN .............................................................................11
ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA
AO PORTADOR DE DIABETES ...............................................................................13
CONSULTA DE ENFERMAGEM PARA AVALIAÇÃO INICIAL .......................15
CONSULTA DE ENFERMAGEM PARA ACOMPANHAMENTO APÓS
DIAGNÓSTICO DE DM. .............................................................................................17
7.1 HISTÓRICO ..........................................................................................................18
7.2 EXAME FÍSICO ...................................................................................................18
7.3 DIAGNÓSTICO DAS NECESSIDADES DE CUIDADO ..................................19
7.4 PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA ..............................................................20
7.5 IMPLEMENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA ...........................................................20
7.6 AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE CUIDADO..................................................20
CONSULTA DE ENFERMAGEM PARA ACOMPANHAMENTO DO PÉ
DIABÉTICO ..................................................................................................................22
8.1 AVALIAÇÃO DA PELE ......................................................................................25
8.2 AVALIAÇÃO MUSCULOESQUELÉTICA ........................................................25
8.3 AVALIAÇÃO VASCULAR .................................................................................26
8.4 AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA .........................................................................26
8.4.1 Teste de Sensibilidade com Monofilamento de 10 g ..................................... 26
8.4.2 Teste com o Diapasão de 128 Hz .................................................................. 27
8.4.3 Teste para a Sensação de Picada.................................................................... 28
8.4.4 Teste para o ReflexoAquileu ......................................................................... 28
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E O CUIDADO INTEGRAL AO
PACIENTES E FAMILIARES ....................................................................................29
ORIENTAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DO DM ............................................30
10.1 TERAPIA MÉDICA NUTRICIONAL (TMN)...................................................30
10.2 ATIVIDADE FÍSICA..........................................................................................31
10.3 INSULINOTERAPIA .........................................................................................31
10.4 HIPOGLICEMIANTES ORAIS .........................................................................32
INTRODUÇÃO .............................................................................................................34
HISTÓRICO ..................................................................................................................35
CONCEITO DE DIABETES MELLITUS .................................................................37
3.1 CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA .......................................................................37
3.1.1 Diabetes tipo 1 ............................................................................................... 38
3.1.2 Diabetes tipo 2 ............................................................................................... 38
3.1.3 Diabetes Gestacional ..................................................................................... 39
3.2 ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DO DIABETES ..................................39
PRÉ-DIABETES............................................................................................................40
CRITÉRIOS ATUAIS PARA O DIAGNÓSTICO DO DIABETES ........................42
5.1 RASTREIO PARA DIABETES EM INDIVÍDUOS ASSINTOMÁTICOS ........43
5.2 DETECÇÃO E DIAGNÓSTICO DE DIABETES MELLITUS GESTACIONAL
(DMG) .........................................................................................................................44
5.3 PREVENÇÃO DO DIABETES TIPO 2 ...............................................................44
5.4 MONITORIZAÇÃO GLICÊMICA ......................................................................45
5.5 TESTES DE HEMOGLOBINA GLICADA (A1C) ..............................................46
5.6 METAS GLICÊMICAS EM ADULTOS .............................................................46
5.7 CONDUTA NA HIPOGLICEMIA .......................................................................46
5.8 INDICAÇÕES PARA A CIRURGIA BARIÁTRICA ..........................................47
TRATAMENTO DO DIABETES ................................................................................48
6.1 TRATAMENTO DO DM1 ...................................................................................48
6.1.1 Terapia Médica Nutricional (TMN) .............................................................. 49
6.1.2 Atividade Física ............................................................................................. 49
6.1.3 Insulinoterapia ............................................................................................... 49
6.1.4 Transplante .................................................................................................... 51
6.2 TRATAMENTO DO DM2 ...................................................................................51
6.2.1 Terapêutica Médica Nutricional (TMN)........................................................ 52
6.2.2 Atividade Física ............................................................................................. 52
6.2.3 Antidiabéticos Orais ...................................................................................... 52
6.2.1 Insulinoterapia ............................................................................................... 53
AVALIAÇÃO ................................................................................................................54
REFERÊNCIAS ............................................................................................................58
Assistência em
Diabetes
01
INTRODUÇÃO
O diabetes é hoje uma das principais prioridades da saúde pública em virtude da sua
elevada carga de morbimortalidade e de suas complicações. O impacto econômico do diabetes
continua a subir por causa dos custos de cuidados de saúde crescentes e de uma população em
envelhecimento.
No Brasil, junto com a hipertensão arterial é responsável, de longe, pela primeira causa de
mortalidade e de hospitalizações, de amputações de membros inferiores. Estima-se que a
proporção de diabetes não diagnosticada em diversos países no mundo está entre 30% e 60%.
Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem em Diabetes" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme
a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do
autor (Artigo 29).
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Unidade 2 – Classificação
02
CLASSIFICAÇÃO
Além dos tipos descritos a seguir, também existem outros tipos específicos de diabetes
menos frequentes que podem resultar de:
Endocrinopatias;
Infecções; e
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Unidade 2 – Classificação
A destruição das células beta é geralmente causada por processo autoimune, que pode ser
detectado por autoanticorpos circulantes como antidescarboxilase do ácido glutâmico, anti ilhotas
e anti insulina. Em menor proporção, a causa da destruição das células beta é desconhecida.
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Unidade 3 – Sintomas e Fatores de Risco do Diabetes
03
SINTOMAS E FATORES DE RISCO DO
DIABETES
Aproximadamente metade dos portadores de diabetes tipo 2 desconhecem sua condição, uma
vez que a doença é pouco sintomática. O diagnóstico precoce do diabetes é importante, pois
o tratamento evita suas complicações.
Poliúria;
Polidipsia;
Polifagia; e
Fadiga;
Fraqueza;
Letargia;
Balanopostite; e
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Unidade 3 – Sintomas e Fatores de Risco do Diabetes
Infecções de repetição.
A maioria dos casos de diabetes, próximo a 90%, são do tipo 2, pouco sintomáticos,
podendo passar despercebida e retardar portanto o diagnostico o tratamento e favorecer a
ocorrência de complicações.
Pressão Alta
Colesterol elevado
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Unidade 4 – Estratificação dos Riscos
04
ESTRATIFICAÇÃO DOS RISCOS
Para estratificar, preciso identificar os fatores riscos de cada pessoa e classifica-los como
leve, moderado ou alto.
Essa definição deve sempre seguir classificações de risco já validadas. No caso do diabetes
e de outras doenças cardiovasculares, seguimos o Escore de risco de Framinghan, que avalia e
classifica o risco de ocorrer um evento cardiovascular nos próximos dez anos.
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Unidade 4 – Estratificação dos Riscos
Foi criada com o objetivo de identificar os fatores que contribuíam para o desenvolvimento
das doenças cardiovasculares, visto que na época de sua criação, pouco se conhecia sobre fatores
de risco cardiovascular.
Essa escala mede o risco de uma pessoa apresentar angina, infarto do miocárdio ou morrer
de doença cardíaca em 10 anos. Classifica-se da seguinte forma, de acordo com os resultados de
cada avaliação.
Tabagismo
Hipertensão
Obesidade
Sedentarismo
Sexo masculino
História familiar de evento cardiovascular prematuro (homens <55 anos e mulheres <65
anos)
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Unidade 4 – Estratificação dos Riscos
Nefropatia
Retinopatia
Diabetes mellitus
O cálculo será realizado apenas quando o usuário apresentar mais de um fator de risco
baixo/intermediário.
Vale ressaltar que essa escore trata-se apenas de uma estimativa de risco e que o fato de
ter baixo risco agora não significa que nunca terá doença cardíaca. A melhor prevenção é sempre
manter hábitos saudáveis.
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Unidade 5 – Atribuições e Competências do Enfermeiro na Assistência ao Portador de
Diabetes
05
ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS DO
ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO
PORTADOR DE DIABETES
Realizar consulta de enfermagem com pessoas com maior risco para diabetes tipo 2,
definindo claramente a presença do risco e encaminhado ao médico para rastreamento
com glicemia de jejum quando necessário;
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Unidade 5 – Atribuições e Competências do Enfermeiro na Assistência ao Portador de
Diabetes
Realizar, também, cuidados específicos nos pés acometidos e nos pés em risco;
Usar os dados dos cadastros e das consultas de revisão dos pacientes para avaliar a
qualidade do cuidado prestado em sua unidade e para planejar ou reformular as ações em
saúde.
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Unidade 6 – Consultas de Enfermagem para Avaliação Inicial
06
CONSULTA DE ENFERMAGEM PARA
AVALIAÇÃO INICIAL
Toda pessoa com presença de fatores de risco, requerer investigação diagnóstica laboratorial. O
processo de educação em saúde do usuário deverá ser contínuo e iniciado desde a primeira
consulta. Para isso, é importante que o plano de cuidado seja pactuado com a pessoa e inclua as
mudanças de estilo de vida (MEV) recomendadas.
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Unidade 6 – Consultas de Enfermagem para Avaliação Inicial
qualidade de vida: hábitos alimentares saudáveis, estímulo à atividade física regular, redução do
consumo de bebidas alcoólicas e abandono do tabagismo.
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Unidade 7 – Consultas de Enfermagem para Acompanhamento após Diagnóstico de DM
07
CONSULTA DE ENFERMAGEM PARA
ACOMPANHAMENTO APÓS
DIAGNÓSTICO DE DM.
Pode ser realizada com a aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e possui
seis etapas inter-relacionadas entre si, objetivando a educação em saúde para o autocuidado. São
elas:
Histórico;
Exame físico;
Planejamento da assistência;
Implementação da assistência;
A SAE precisa estar voltada para um processo de educação em saúde que auxilie o indivíduo
a conviver melhor com a sua condição crônica, reforce sua percepção de riscos à saúde e
desenvolva habilidades para superar os problemas, mantendo a maior autonomia possível e
tornando-se corresponsável pelo seu cuidado.
As ações devem ser desenvolvidas para auxiliar a pessoa a conhecer o seu problema, seus
fatores de risco correlacionados, identificar vulnerabilidades, prevenir complicações e conquistar
um bom controle metabólico que, em geral, depende de alimentação regular e de exercícios físicos.
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Unidade 7 – Consultas de Enfermagem para Acompanhamento após Diagnóstico de DM
7.1 HISTÓRICO
Momento de colher as informações mais importantes do paciente:
Investigação de seus hábitos de vida, sua alimentação, sono e repouso, atividade física,
higiene, funções fisiológicas.
Além de todos esses cuidados, é importante a percepção da pessoa diante de sua doença,
tratamento e autocuidado.
Alterações de visão.
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Unidade 7 – Consultas de Enfermagem para Acompanhamento após Diagnóstico de DM
Membros inferiores: unhas, dor, edema, pulsos pediosos e lesões; articulações (capacidade
de flexão, extensão, limitações de mobilidade, edemas); pés (bolhas, sensibilidade,
ferimentos, calosidades e corte das unhas). Leia mais sobre exame dos pés no Capítulo 5
deste Caderno.
Insulina: realiza a autoaplicação? Se não realiza, quem faz? Por que não autoaplica?
Apresenta complicações e reações nos locais de aplicação? Como realiza a conservação
e o transporte?
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Unidade 7 – Consultas de Enfermagem para Acompanhamento após Diagnóstico de DM
Uso da insulina e o modo correto de como reutilizar agulhas; planejamento de rodízio dos
locais de aplicação para evitar lipodistrofia.
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Unidade 7 – Consultas de Enfermagem para Acompanhamento após Diagnóstico de DM
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Unidade 8 – Consultas de Enfermagem para Acompanhamento do Pé Diabético
08
CONSULTA DE ENFERMAGEM PARA
ACOMPANHAMENTO DO PÉ DIABÉTICO
Uma das principais complicações crônicas do DM são as úlceras de pés, também chamadas de pé
diabético. As complicações de extremidades inferiores têm se tornado um crescente e significante
problema de saúde pública por estarem associadas a neuropatias e doença arterial periférica que
predispõem ou agravam as lesões nos pés, levando subsequentemente à infecção e amputação.
Entretanto, essa complicação pode ser prevenida por meio do exame frequente dos pés de pessoas
com DM.
O estímulo ao autocuidado faz parte das ações de prevenção de úlcera nos pés. Para avaliar
o potencial para o autocuidado, o enfermeiro precisa observar alguns desses seguintes aspectos:
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Unidade 8 – Consultas de Enfermagem para Acompanhamento do Pé Diabético
Níveis de glicose elevados cronicamente provocam danos nos nervos periféricos, levando a
um quadro chamado de neuropatia diabética. Nesse caso, o paciente pode perder a sensibilidade
normal dos pés, tendo dificuldade de sentir dor e de distribuir corretamente o peso do corpo sobre
estes.
Estes fatores podem levar a uma pressão anormal em regiões dos pés, até mesmo em uma
simples caminhada. Isso facilita o surgimento de pontos de pressão calosos e ferimentos na pele,
tecidos moles, ossos e articulações.
A neuropatia diabética pode também enfraquecer certos músculos dos pés, contribuindo
ainda mais para o surgimento de deformidades. Ao longo do tempo, repetidas lesões nos ossos e
articulações podem alterar drasticamente a anatomia do pé, criando um ciclo vicioso onde cada
nova lesão favorece o aparecimento de outras.
Assim, é recomendado que toda pessoa com DM realize o exame dos pés anualmente,
identificando fatores de risco para úlcera e amputação. Durante a consulta de enfermagem, alguns
aspectos da história são essenciais para a identificação das pessoas de maior risco para ulceração
dos pés.
Várias condições contribuem para a ulceração nos pés da pessoa com DM. São elas:
Amputação prévia
Neuropatia periférica
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Unidade 8 – Consultas de Enfermagem para Acompanhamento do Pé Diabético
Tabagismo
Em uma consulta de enfermagem para pessoas com DM na Atenção Básica, será possível,
por meio da avaliação sistemática dos pés, prevenir, suspeitar ou identificar precocemente
neuropatia periférica com diminuição da sensibilidade, deformidades, insuficiência vascular e
úlcera em membro inferior. É fundamental o adequado registro em prontuário dessa avaliação. Se
forem identificadas anormalidades durante a avaliação também deverá ser registrado o manejo
com cada um dos achados específicos.
Infecção fúngica: Encaminhar para avaliação médica para tratamento com antimicótico.
Unha encravada: Avaliar a necessidade de correção e orientar para que não tente corrigir
o problema sozinho.
Higiene inadequada: Escuta para identificar fatores que não permitem a higiene adequada
e orientações sobre o tema.
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Unidade 8 – Consultas de Enfermagem para Acompanhamento do Pé Diabético
O exame de inspeção inicia-se ao pedir que o paciente retire seus calçados e meias. O local
deve estar bem iluminado. Nesse momento, deve ser feito a avaliação do próprio calçado, se estes
são apropriados aos pés dessa pessoa, se estão ajustados e confortáveis. É importante observar
seis características do calçado: estilo, modelo, largura, comprimento, material e costuras na parte
interna.
O calçado ideal para pessoas com DM deve privilegiar o conforto e a redução das áreas de
pressão. Oriente o uso de sapatos de cano alto e couro macio, que permitam a transpiração do pé,
e também alguns tipos com alargamento da lateral para acomodar as deformidades como artelhos
em garra e háluxvalgus.
O segundo passo é o exame físico minucioso dos pés que didaticamente pode ser dividido
em quatro etapas:
Avaliação da pele;
Avaliação musculoesquelética;
Avaliação vascular;
Avaliação neurológica.
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Unidade 8 – Consultas de Enfermagem para Acompanhamento do Pé Diabético
São abordados quatro testes clínicos que são práticos e úteis no diagnóstico da PSP:
Monofilamento de 10 g;
Percepção de picada, e
Reflexoaquileu.
Recomenda-se que sejam utilizados, pelo menos, dois destes testes para avaliar a PSP. De
preferência o teste com monofilamento de 10 g associado a outro. Um ou dois resultados alterados,
sugerem PSP. Em todos os testes, deve-se aplicar, no mínimo, três repetições, intercalada com uma
aplicação falsa. Um teste normal é quando o paciente afirma que sente, no mínimo, duas das três
repetições.
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Unidade 8 – Consultas de Enfermagem para Acompanhamento do Pé Diabético
Recomenda-se que quatro regiões sejam pesquisadas: hálux (superfície plantar da falange distal) e
as 1º, 3º e 5º cabeças dos metatarsos de cada pé, determinando uma sensibilidade de 90% e
especificidade de 80%.
O paciente deverá estar sentado na frente do enfermeiro e com os pés apoiados, de forma
confortável. Orientar sobre a avaliação e demonstrar o teste com o monofilamento utilizando uma
área da pele com sensibilidade normal. Em seguida, solicite que ele feche os olhos.
Solicite ao paciente responder “sim” ao sentir o toque e “não” quando não sentir nada. Não
esqueça de questionar onde foi sentida a pressão. Repetir duas vezes no mesmo local, mas alternar
com, pelo menos, uma aplicação “simulada”, quando nenhum filamento é aplicado (em um total
de três perguntas em cada ponto).
O uso desta ferramenta é uma forma prática de avaliar a sensibilidade vibratória. O cabo
do diapasão deve ser posicionado sobre a falange distal do hálux. Alternativamente, o maléolo
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Unidade 8 – Consultas de Enfermagem para Acompanhamento do Pé Diabético
lateral pode ser utilizado. O teste é considerado anormal quando a pessoa perde a sensação da
vibração enquanto o examinador ainda percebe o diapasão vibrando.
Primeiro, aplique o diapasão nos punhos, cotovelos ou clavícula do paciente para que ele
saiba o que esperar. Ele não deverá ver onde será aplicado o diapasão.
É realizado com um objeto pontiagudo para testar a percepção tátil dolorosa da picada como uma
agulha ou palito, na superfície dorsal da pele próxima a unha do hálux. A falta de percepção diante
da aplicação do objeto indica um teste alterado e aumenta o risco de ulceração.
Com o tornozelo em posição neutra, utiliza-se um martelo apropriado para percussão do tendão
de Aquiles. O teste é considerado alterado quando há ausência da flexão do pé.
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Unidade 9 – Assistência de Enfermagem e o Cuidado Integral ao Paciente e Familiares
09
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E O
CUIDADO INTEGRAL AO PACIENTES E
FAMILIARES
Chamamos de cuidado integral a prevenção e controle feito com o paciente e todos que os cercam.
Pode ser familiares ou cuidadores, ou seja, todas as pessoas próximas ao paciente portador de
diabetes.
O cuidado integral ao paciente com diabetes e sua família é um desafio para o enfermeiro,
especialmente para poder ajudá-lo a mudar seus hábitos de vida, o que estará diretamente ligado
à vida de seus familiares e amigos.
Aos poucos, ele deverá aprender a gerenciar sua vida com diabetes em um processo que
vise qualidade de vida e autonomia e para isso é importante que a família e/ ou seus respectivos
cuidadores estejam na mesma luta, procurando reforçar e incentivar a uma cultura de estilos de
vida saudáveis.
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Unidade 10 – Orientações Sobre o Tratamento do DM
10
ORIENTAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO
DO DM
As principais metas do tratamento incluem o controle dos níveis de glicemia e prevenção das
complicações agudas e de longo prazo. O enfermeiro pode contribuir ajudando os pacientes a
desenvolver habilidades no manejo do autocuidado e orientando-os sobre as principais formas de
tratamento.
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Unidade 10 – Orientações Sobre o Tratamento do DM
Cada uma das refeições principais deve conter os três macronutrientes: carboidratos,
gordura e proteínas nas proporções recomendadas para a população em geral, além dos
micronutrientes (minerais), vitaminas e fibras.
Com relação aos efeitos glicêmicos dos carboidratos, a quantidade total dos mesmos
nas refeições e lanches é mais importante que sua fonte ou tipo, que podem ser açúcares,
oligossacarídeos, polissacarídeos.
10.3 INSULINOTERAPIA
A insulina deve ser iniciada assim que for feito o diagnóstico de DM1. A escolha do melhor esquema
terapêutico deve levar em consideração:
Idade do paciente;
Estágio puberal;
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31
Unidade 10 – Orientações Sobre o Tratamento do DM
Horário de escola;
Trabalho;
Atividades físicas;
Padrão de alimentação; e
A explanação feita para o DM1 aqui também é válida. Deve-se, entretanto, ressaltar que a
maior aderência à introdução da insulinoterapia em diabéticos tipo 2 ocorre quando o fazemos
prescrevendo uma dose pequena de insulina de ação intermediária antes do paciente se deitar
(“bed-time insulin”), com manutenção da posologia antidiabética oral durante o dia.
É sempre importante lembra-los de que todo medicamento deve ser tomado mediante
prescrição médica, e a interrupção deve ser comunicada ao médico.
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32
Diabetes
Mellitus
01
INTRODUÇÃO
Apesar de ser uma doença que acompanha a atual rotina contemporânea, o Diabetes Mellitus (DM)
está longe de ser um fenômeno moderno, uma vez que já é conhecida desde a Antiguidade.
Em 2014, havia 387 milhões de casos diabetes e que até o ano 2035, esse número
pode chegar até 592 milhões de pessoas.
Estima-se que 179 milhões ou quase metade do total de pessoas com diabetes ainda não
foram diagnosticadas e que a cada 7 segundos, 1 pessoa morre por diabetes no mundo. No Brasil,
em uma população adulta (de 20 a 79 anos) 11,6 milhões tem diabetes e que há 3,2 milhões de
casos não diagnosticados (20-79).
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34
Unidade 2 – Histórico
02
HISTÓRICO
A primeira descrição documentada dos sintomas do diabetes até hoje encontrada está em um
papiro egípcio. Posteriormente, por volta de 500 anos a.C., o indiano Susruta, diagnosticou
o diabetes mellitus em seus pacientes, entre as mais de 1.200 doenças estudadas por ele. Foi
o primeiro a diferenciar dois tipos de diabetes: o primeiro tipo era diagnosticado em pessoas
jovens e altamente fatal, enquanto o segundo era típica de adultos obesos.
Foram os gregos a cunhar o termo “diabetes”. Apolônio de Memphis (250 a.C.) foi
o primeiro a usar a palavra, que significa passar através de devido à passagem de líquido
pelo corpo dos pacientes. Mellitus, que em latim quer dizer mel foi adicionado mais tarde na
literatura médica ocidental, embora na medicina indiana já fosse usado, numa referência à
urina adocicada que atraía formigas e abelhas.
Em 1775, uma substância “açucarada” foi detectada pela primeira vez na urina pelo
britânico Matthew Dobson, a qual foi finalmente analisada e identificada como sendo glicose
pelo químico francês Michel EugèneChevreul. É nesse período que o açúcar começa a ser
demonizado na dieta dos que tinham diabetes.
O médico alemão Paul Langerhans abriu caminho com a descoberta das células
ilhotas do pâncreas em 1869. Durante um experimento em 1889, cientistas notaram que um
cão adquiriu diabetes após ter o pâncreas removido e concluíram que o pâncreas seria crucial
para o metabolismo sanguíneo.
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Unidade 2 – Histórico
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Unidade 3 – Conceito de Diabetes Mellitus
03
CONCEITO DE DIABETES MELLITUS
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou
má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as
moléculas de glicose para transformá-las em energia a fim de que seja aproveitada por todas
as células.
Outro tipo encontrado com maior frequência e cuja etiologia ainda não está esclarecida é
o diabetes gestacional, que, em geral, é um estágio pré-clínico de diabetes, detectado no
rastreamento pré-natal.
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Unidade 3 – Conceito de Diabetes Mellitus
A taxa de destruição das células beta é variável, sendo, em geral, mais rápida entre
as crianças. A forma lentamente progressiva ocorre em adultos, sendo referida como diabetes
autoimune latente do adulto.
Nesse tipo, as células são resistentes à ação da insulina. É o principal tipo de diabetes,
compreendendo cerca de 90% do total de casos. Caracteriza-se por defeitos na ação e secreção da
insulina. Em geral, ambos os defeitos estão presentes quando a hiperglicemia se manifesta, porém
pode haver predomínio de um deles.
Considerado um tipo específico para adultos com mais de 40 anos, atualmente vê-se
com maior frequência em jovens, em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e
stress da vida urbana.
Os diabéticos tipo 2 não dependem de insulina exógena para sobreviver, porém podem
necessitar de tratamento com insulina para obter controle metabólico adequado.
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38
Unidade 3 – Conceito de Diabetes Mellitus
Por ser pouco sintomática o diabetes na maioria das vezes permanece por muitos anos sem
diagnóstico e sem tratamento o que favorece a ocorrência de suas complicações no coração e no
cérebro.
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39
Unidade 4 – Pré-Diabetes
04
PRÉ-DIABETES
Como o título já sugere, este termo é usado para identificar as pessoas que possuem risco
potencial de desenvolver o diabetes.
Excesso de peso;
Sedentarismo;
Hipertensão arterial;
Mulheres que geraram filhos com mais de 4 kg ou que sejam portadoras de Síndrome
dos Ovários Policísticos também têm risco aumentado.
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40
Unidade 4 – Pré-Diabetes
A quantidade de pessoas que evoluem para o diabetes é parecida nos grupos que têm
glicemia de jejum alterada e os que apresentam alterações nas taxas de glicemia na segunda
hora do teste oral. No mais, apesar de serem raros, outros grupos que não apresentarem essas
condições e nem fatores de risco, também podem desenvolver diabetes no futuro.
É importante salientar que as pessoas que adquirem novos hábitos no estilo de vida,
tais como a atividade física regular resultando na diminuição do peso corporal, ajudam a, no
mínimo, retardar o aparecimento do diabetes.
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41
Unidade 5 – Critérios Atuais para o Diagnóstico do Diabetes
05
CRITÉRIOS ATUAIS PARA O
DIAGNÓSTICO DO DIABETES
Para que seja necessário solicitar de exames para diagnóstico do DM, precisamos pesquisar os
fatores de risco, bem como os sinais e sintomas característicos da doença.
Poliúria;
Polidipsia;
Polifagia
Embora possam estar presentes no DM tipo 2, esses sinais são mais agudos no tipo 1 e
podem progredir para cetose, desidratação e acidose metabólica, especialmente na presença de
estresse agudo.
Sintomas mais vagos e menos específicos também podem estar presentes, como:
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42
Unidade 5 – Critérios Atuais para o Diagnóstico do Diabetes
Glicemia casual,
Glicemia de jejum,
Para que o diagnóstico seja estabelecido em adultos, os valores devem ser confirmados em
um dia subsequente, por qualquer um dos critérios descritos, exceto em gestantes.
A perda de peso, a irritabilidade, a desidratação, são alguns dos sinais e sintomas que
devem despertar a atenção médica para o diagnóstico do diabetes em crianças. A descompensação
em cetoacidose ainda é, infelizmente, uma realidade da maior parte dos diagnósticos de diabetes.
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Unidade 5 – Critérios Atuais para o Diagnóstico do Diabetes
Em pessoas que não apresentem fatores de risco, os testes de rastreio devem ser
iniciados aos 45 anos de idade.
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Unidade 5 – Critérios Atuais para o Diagnóstico do Diabetes
Glicemia
normal
<100 <140 <200
Glicemia
alterada
>100 e <126
Tolerância
Diminuída à
Glicose ≥140 e <200
Diabetes
Mellitus
<126 ≥200 200*
A terapia preventiva com metformina pode ser considerada em pacientes com maior
risco de desenvolver diabetes, tais como aqueles com múltiplos fatores de risco e progressão
da hiperglicemia (A1C ≥ 6,0%) apesar das intervenções no estilo de vida.
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Unidade 5 – Critérios Atuais para o Diagnóstico do Diabetes
Portanto, a meta de A1C para a maioria das pessoas adultas e não grávidas é de
<7,0%. Metas menos rígidas de A1C podem ser apropriadas para pacientes com uma história
de hipoglicemia severa, expectativa de vida limitada, complicações micro e macrovasculares
avançadas, condições extensivas de comorbidades, entre outras.
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Unidade 5 – Critérios Atuais para o Diagnóstico do Diabetes
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Unidade 6 – Tratamento do Diabetes
06
TRATAMENTO DO DIABETES
Nesse caso, o tratamento tem melhores resultados quando proporcionado por uma equipe
multidisciplinar, da qual o paciente precisa ser membro ativo e principal. Desta equipe, devem
também fazer parte: o endocrinologista, nutricionista, psicoterapeuta, educador físico e
enfermeiro.
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48
Unidade 6 – Tratamento do Diabetes
O valor calórico total (VCT) da TMN deve ser apropriado para permitir estado nutricional,
crescimento e desenvolvimento adequados. A ingestão alimentar diária deve ser feita em três
refeições principais:
Cada uma das refeições principais deve conter os três macronutrientes: carboidratos,
gordura e proteínas nas proporções recomendadas para a população em geral, além dos
micronutrientes (minerais), vitaminas e fibras.
Com relação aos efeitos glicêmicos dos carboidratos, a quantidade total dos mesmos
nas refeições e lanches é mais importante que sua fonte ou tipo, que podem ser açúcares,
oligossacarídeos, polissacarídeos.
A atividade física é desejada por seus vários efeitos benéficos, principalmente em relação ao
sistema cardiovascular, mas deve ser regular, pois há consumo de glicose pelo músculo em
exercício independentemente da insulina, devendo fazer parte do plano terapêutico.
6.1.3 Insulinoterapia
A insulina deve ser iniciada assim que for feito o diagnóstico de DM1.
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49
Unidade 6 – Tratamento do Diabetes
Idade do paciente;
Estágio puberal;
Horário de escola;
Trabalho;
Atividades físicas;
Padrão de alimentação; e
Pelo seu rápido início de ação, pode ser administrada imediatamente antes das refeições,
para controle da glicemia pós-prandial.
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50
Unidade 6 – Tratamento do Diabetes
Insulina glargina e detemir são análogos que tentam imitar a secreção basal de insulina.
Comparadas com a NPH, apresentam ação mais prolongada, redução da variabilidade glicêmica e
redução de hipoglicemias (principalmente noturnas), com manutenção ou discreta melhora da A1C.
A glargina deve ser aplicada uma vez ao dia, pela manhã ou à noite. A detemir pode ser
aplicada uma (pela manhã ou à noite) ou duas vezes ao dia. Está também associada à menor ganho
ponderal. As insulinas detemir e glargina não devem ser misturadas com outras insulinas pelo risco
de modificação da farmacocinética de uma delas.
6.1.4 Transplante
Tratamento mais eficaz para o diabetes seria o transplante do pâncreas ou das células ß.
O primeiro tem sido realizado junto ao transplante renal há mais tempo e mais
frequentemente, tendo havido consideráveis progressos na técnica e nos resultados. Todavia,
devido à necessidade de imunossupressão prolongada, o transplante de pâncreas só está
indicado numa fase tardia da microangiopatia, como a insuficiência renal crônica.
Entre os diabéticos tipo 2 há um largo espectro clínico de: disfunção das células ß,
índice de massa corporal e resistência à insulina que requer uma escolha cuidadosa das várias
opções terapêuticas.
Os pacientes com DM2 sendo mais velhos têm com maior frequência associação com
outros problemas clínicos, tais como: hipertensão arterial, dislipidemia e osteoporose, que
precisam ser tratados concomitantemente.
Como para os diabéticos tipo 1, o tratamento para os de tipo 2 é mais eficaz quando
conduzido por uma equipe multidisciplinar, da qual o paciente precisa ser um participante
ativo.
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51
Unidade 6 – Tratamento do Diabetes
Tudo o que foi escrito para o DM1 é válido para o DM2, exceto quanto à necessidade em
geral da TMN ser hipocalórica para o controle glicêmico, principalmente nos períodos pós-
prandiais e redução do peso, uma vez que grande parte dos diabéticos tipo 2 são obesos.
Com a diminuição de peso há diminuição da resistência à insulina, com melhora metabólica.
O que foi referido para o DM1 também se aplica para o DM2 com o benefício adicional de
poder proporcionar perda de peso.
Compreendem:
Metformina: É uma biguanida que tem menor risco de causar acidose lática se
observadas suas contra-indicações. Age principalmente diminuindo a neoglicogênese
hepática. Pode determinar perda de peso e reduz os níveis de triglicérides de 10 a 15% e do
inibidor-1 do ativador do plasminogênio (PAI-1). Os efeitos colaterais mais frequentes são
distúrbios digestivos.
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52
Unidade 6 – Tratamento do Diabetes
como principal mecanismo de ação estimular a secreção de insulina ligando-se a seu receptor
na superfície das células ß, com fechamento dos canais de K+ dependentes de ATP,
resultando em despolarização das células. As sulfoniluréias de segunda geração são mais
eficazes e têm menos efeitos colaterais que as de primeira geração (clorpropamida). Quanto
aos últimos, destaca-se o ganho ponderal e a possibilidade de hipoglicemia.
Associações
6.2.1 Insulinoterapia
A explanação feita para o DM1 aqui também é válida. Deve-se, entretanto, ressaltar que a maior
aderência à introdução da insulinoterapia em diabéticos tipo 2 ocorre quando o fazemos
prescrevendo uma dose pequena de insulina de ação intermediária antes do paciente se deitar
(“bed-time insulin”), com manutenção da posologia antidiabética oral durante o dia.
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53
Referência
AVALIAÇÃO
1. O valor calórico total (VCT) da TMN deve ser apropriado para permitir estado nutricional,
crescimento e desenvolvimento adequados. A ingestão alimentar diária deve ser feita
preferencialmente em quantas refeições?
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54
Referência
c. O controle dos níveis de glicemia e prevenção das complicações agudas e de longo prazo.
4. As orientações de prevenção e controle feito com o paciente e todos que os cercam, denomina-
se:
b. Diagnóstico de diabetes;
c. Aconselhamento individual;
c. 03 etapas. Avaliação dos calçados, rua onde o paciente mora e seu emprego;
a. Diabetes tipo 1;
b. Diabetes tipo 2;
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55
Referência
c. Diabetes gestacional;
7. Qual o termo usado para identificar a forma ou um estado intermediário entre a normalidade
e o diabetes do tipo 2 no adulto?
b. Pré-diabetes;
8. A atividade física é desejada por seus vários efeitos benéficos. Portanto, deve ser orientado ao
paciente portador de diabetes que tipo de plano terapêutico?
b. O alvo mínimo é de 150 minutos/semana que equivalem a 30 min/5 dias ou 50 min/ 3 dias,
semanalmente;
c. O alvo máximo é de 150 minutos/semana que equivalem a 30 min/5 dias ou 50 min/ 3 dias,
semanalmente;
a. Aplicação de insulina no mínimo 3 vezes por manhã, somente em dias de consultas anuais;
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56
Referência
a. Insulina NPH;
b. Metformina;
c. Sulfoniluréias;
d. Glinidas.
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57
Referência
REFERÊNCIAS
Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda mais o seu
conhecimento.
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica nº 35. Estratégias para o cuidado da
pessoa com doença crônica/ Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento
de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica nº 36. Estratégias para o cuidado da
pessoa com doença crônica: diabetes mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
MAGANHA, C. A.; ABRAO, K. C.; ZUGA IB, M. Tratamento do diabetes melito gestacional baseado
em achados ultrassonográficos. Rev Assoc. Méd. Bras.v. 50 n. 3 São Paulo jul. /set. 2004.
MAGANHA, C. A.; et al. Tratamento do diabetes mellitus gestacional. Rev. Assoc. Méd. Bras. v. 49
n. 3 São Paulo jul./set. 2003.
MARTINEZ, M. C.; LATORRE, M. R. D. O. Fatores de risco para hipertensão arterial e diabetes melito
em trabalhadores de empresa metalúrgica e siderúrgica. Arq. Bras. Cardiol.v. 87 n. 4 São Paulo
Outubro 2006.
MERCK SHARP & DOHME (MSD) Monografia do Januvia: Uma nova abordagem para o controle
glicêmico no diabetes mellitus tipo 2. Lisboa junho 2006.
NEGRI, G. Diabetes mellitus: Plantas hipoglicemiantes com princípio natural ativo. Rev. Bras. Cienc.
Farm.vol. 41, n. 2, p. 121-142. São Paulo abr. / jun. 2005.
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58
Referência
OLIVEIRA, C. L.; et al. Obesidade e síndrome metabólica na infância e adolescência. Rev. Nutr. v.
17, n. 2, p. 237-245. Campinas, abr./jun. 2004.
PASSOS, V. M. A.; BARRETO, S. M.; DINIZ, L. M. Diabetes tipo 2: prevalência e fatores associados
em uma comunidade brasileira. Projeto Bambuí de estudo de saúde e envelhecimento. J. Méd.v.
123, n. 2, p. 66-71. São Paulo, março 2005.
PICON, P. X. ; et al. Análises dos critérios de definição da síndrome metabólica em pacientes com
diabetes melito tipo 2. Arq. Bras. Endocrinol. Metab. v. 50 n. 2 São Paulo, Abril 2006.
SANTOS, V. P.; SIVEIRA, D. R.; CAFFARO, R. A. Fatores de risco para amputações maiores primárias
em pacientes diabéticos. J. Méd. v. 124, n. 2, p. 66-70. São Paulo, 2006
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